BIOC52 - Programa de Pós-Graduação em Diversidade Animal da

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
SUPERINTENDÊNCIA ACADÊMICA
SECRETARIA GERAL DOS CURSOS
PROGRAMA DE
DISCIPLINAS
D ISCI P LINAS
CÓDIGO
NOME
BIOC52
COMPORTAMENTO ANIMAL
CARGA HORÁRIA
T
P
34
85
E
CRÉDITOS
ASSINATURA DO CHEFE DO DEPARTAMENTO
ANO
TOTAL
119
4
EM ENTA
Comportamento como uma interface entre evolução e ecologia. Estudos sobre estereotipia e plasticidade no
comportamento, envolvendo a aprendizagem individual e social, podendo levar à construção de nicho, ao
surgimento de tradições comportamentais, incluindo o uso de ferramentas. Estudos demonstrando que, apesar
deste caráter particular do fenótipo comportamental, ele se enquadra na teoria evolutiva, via darwinismo
universal. Tópicos especiais em etologia: homologia, evo-devo, micro-evolução, socialidade, conservação.
Estes desenvolvimentos teóricos serão acompanhados por uma pesquisa prática orientada, para a qual serão
aulas práticas sobre técnicas de coleta e análise de dados.
OBJETIVOS
Capacitar o aluno a entender o comportamento como um fenótipo diferenciado, e a debater as relações entre o
comportamento e a morfologia funcional. Familiarizar o aluno com programas de computador utilizados para o
estudo do comportamento e de sua evolução. Treinar o trabalho em grupo e a exposição de resultados de
pesquisa. Estimular a produção discente, capacitando os alunos a realizar apresentações orais e painéis em
congressos, bem como a produzir resenhas de livros.
M ETODO LO GIA
Aulas expositivas. Leitura crítica de textos com discussão em sala de aula. Aulas práticas com resolução de
problemas evolutivos em programas de computador. Avaliação de resenhas individuais, trabalhos finais em
grupo, e processo de aprendizagem em aula.
C ON TEÚDO PRO GRAMÁ TIC O
Plasticidades no comportamento.
Cognição animal
Aprendizagem individual e aprendizagem socialmente mediada.
Tradições comportamentais em animais não-humanos
Hipóteses sobre a evolução do intelecto primata
Construção de nicho e abordagens naturalísticas da Cultura
Evolução do comportamento: estimativa e uso de filogenias; teste de hipóteses.
Darwinismo universal e formas de herança.
Níveis de seleção e evolução da socialidade.
Evo-devo, homologia e comportamento.
Informação em sistemas biológicos: conceituação e evolução.
Variação geográfica no comportamento.
Comportamento e conservação.
BI BLIOGRAF IA
Altman, J. 1974. Observational study of behavior: sampling methods. Behaviour, 49:227-266.
Blumstein, DT & Daniel, JC. 2007. An introduction to quantifying behavior. In Quantifying behavior. Sinauer.
West-Eberhard, MJ. 2003. Phenotypic recombination due to learning. In Developmental plasticity and evolution. Oxford
University Press. pp.337-352.
Kitching IJ, Forey PL, Humphries CJ & Williams DM (1998). Characters and character coding, in Cladistics: the theory
and practice of parsimony analysis, 2nd Ed. Oxford University Press, Oxford. pp.19-37.
Cap H, Deleporte P, Joachim J & Reby D. 2009. Male vocal behavior and phylogeny in deer. Cladistics 24: 917–931.
Fernando, C; Szathmáry, E. 2010. Chemical, neuronal and linguistic replicators. in Pigliucci, M & Muller, GB.
Evolution: the extended synthesis. MIT Press. Cambridge. .
Nowak, MA. 2006. Five rules for the evolution of cooperation. Science 314: 1560-1563.
Nowak, MA; Tarnita, CE; Wilson, EO. 2010. The evolution of eusociality. Nature 466: 1057-1062.
Réplicas e tréplica a Nowak, Tarnita e Wilson 2010. Nature 471:E1-E10.
Bertossa, RC. 2011. Morphology and behaviour: functional links in development and evolution. Phil.Trans.R.Soc.B
366:2056-2068.
Scharff 2011 Evo-devo, deep homology and FoxP2: implications for the evolution of speech and language.
Phil.Trans.R.Soc.B 366:2124-2140.
Griffiths, PE & Gray, RD. 2001. Darwinism and developmental systems. in Cycles of contingency: developmental
systems and evolution. MIT Press, Cambridge. .
Wimsatt, WC. 2001. Generative entrenchment and the developmental systems approach to evolutionary processes. in
Cycles of contingency: developmental systems and evolution. MIT Press, Cambridge. .
Deacon, TW. 2010. What is missing from theories of information? in Information and the nature of reality. Oxford
University Press. .
Foster, S & Engler, J. 1999. Introduction and aims. in Geographic variation in behavior. Oxford University Press.
Wilczynski, W; Ryan, MJ. 1999. Geographic variation in animal communication systems. in Geographic variation in
behavior. Oxford University Press. .
Smith, ME & Belk, MC. 2001. Risk assessment in western mosquitofish. Behav Ecol Sociobiol 51:101-107.
Fernald, RD. 2012. Social Control of the Brain. Ann.Rev.Neurosci 35: 133-151.
Caro, T. 2007. Behavior and conservation: a bridge too far? Trends in Ecology and Evolution 22: 394-400.
McDougall, PT, Réale, D; Sol, D; Reader, SM. 2006. Wildlife conservation and animal temperament: causes and
consequences of evolutionary change for captive, reintroduced, and wild populations. Animal Conservation.
Shettleworth 2001 Animal cognition and animal behaviour.
Galef & Laland 2005 Social Learning in Animals.
Ottoni & Izar 2008 Capuchin Monkey Tool Use.
Whiten 2005 The second inheritance system of chimpanzees and humans. Nature.
Ottoni 2009 A Evoluçaõ da Inteligência e a Cogniçaõ Social.
Laland & O Brien 2012 Cultural Niche Construction.
Laland & Hoppitt 2003 Do Animals Have Culture?