Powerhouse, Menace or the Next Japan? Scenarios for China`s

Transcrição

Powerhouse, Menace or the Next Japan? Scenarios for China`s
Relatório CEBC:
Palestra com Arthur Kroeber
Diretor da GK Dragonomics
Powerhouse, Menace or the Next
Japan? Scenarios for China's Future
Growth.
São Paulo, 02 de março / Rio de Janeiro, 03 de março
2016
O Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) realizou, no dia 2 de março, em
São Paulo, em parceria com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais
(CEBRI) e a FIESP, palestra intitulada “Powerhouse, Menace or the Next
Japan? Scenarios for China's Future Growth”, com o diretor da GK
Dragonomics, Arthur Kroeber. No dia 3 de março, foi realizada palestra
homônima no Rio de Janeiro, na sede do BNDES.
Em sua Palestra, Kroeber apresentou diferentes cenários para o futuro da
China, levando em consideração os principais desafios econômicos, os dilemas
políticos da liderança do Partido Comunista, assim como as questões sociais
suscitadas pelas recentes transformações demográficas do país. Por meio de
um estudo detalhado da situação econômica e política chinesa, Kroeber expôs
e comentou três possíveis cenários para o futuro da potência asiática.
O primeiro ponto diz respeito à fuga de capitais e ao “colapso da moeda”.
Kroeber defende a ideia de que há boas e más saídas de capitais. As do tipo
negativo são aquelas que ocorrem por conta da perda de confiança no futuro
financeiro do país, enquanto as saídas de capitais de tipo positivo são as que
tomam a forma de investimentos externos diretos, pagamento de dívidas e
outras movimentações financeiras. As evidências, afirmou o palestrante,
indicam que aproximadamente 70% das saídas de capitais são boas, sendo, a
maior parte, pagamento de dívidas em dólares. Portanto, a economia do país
não parece estar em risco de uma grande fuga de capitais. Entretanto, caso
mantenha-se no atual ritmo, a saída de capitais pode causar uma erosão das
reservas em moeda estrangeira, que por sua vez tornaria muito difícil para o
Banco Central da China (PBOC) manter o renminbi em suas taxas atuais,
podendo optar por depreciá-lo. A principal variável nesta equação é o dólar. No
caso da moeda americana menos valorizada, Kroeber acredita que o PBOC
deve sustentar sua promessa de não depreciar o renminbi.
Outra preocupação comentada pelo palestrante foi a possibilidade de um
“pouso forçado” (hard landing), isto é, o risco da desaceleração da economia
chinesa agravar-se ao ponto de o país entrar em uma crise econômica.
Kroeber vê esse cenário como pessimista, e ofereceu uma análise mais
objetiva da desaceleração do crescimento chinês. O palestrante apontou para a
grande disparidade setorial da economia chinesa no que diz respeito ao
crescimento. Enquanto as áreas de construção e indústria apresentam menor
ritmo, os setores de serviços e consumo interno indicam um sólido crescimento
desde 2012. Além da estabilidade, o setor de serviços tem liderado em número
de empregos gerados, ainda que estes sejam, majoritariamente, de baixa
remuneração.
O terceiro ponto discutido foi chamado pelo palestrante de “long landing”. Neste
cenário, a China teria dificuldades em realizar a transição de uma economia
com o crescimento puxado por investimentos para uma mais focada no
consumo interno. O processo de envelhecimento da população, que deve se
acentuar nos próximos anos, também foi lembrando por Kroeber como um fator
que aumentará as dificuldades de realização das reformas econômicas. Neste
caso, a China poderia, no longo prazo, encontrar-se em uma situação de baixo
crescimento, alto endividamento e população relativamente envelhecida,
cenário que o palestrante chamou de “o próximo Japão”.
Por fim, Arthur Kroeber afirmou que as reformas das estatais - que operam em
níveis de produtividade consideravelmente inferiores, se comparadas às
empresas chinesas privadas - são imprescindíveis. A questão aqui posta, e
ainda sem resposta, é se Xi Jinping está verdadeiramente comprometido em
realizar profundas reformas no setor estatal da economia, ou se apenas faz uso
desse discurso para centralizar e consolidar seu poder dentro do governo.
Kroeber acredita que teremos mais informações sobre esta matéria após o
próximo Congresso Nacional do Partido Comunista.
Bradesco, São Paulo - 02 de março de 2016
Embaixador Castro Neves, Presidente do CEBC
Palestra com Arthur Kroeber, Diretor da Gavekal Dragonomics
Arthur Kroeber, Diretor da Gavekal Dragonomics
BNDES, Rio de Janeiro - 03 de março de 2016
Arthur Kroeber, Diretor da Gavekal Dragonomics
Palestra com Arthur Kroeber, Diretor da Gavekal Dragonomics
Roberto Fendt , Secretário Executivo do CEBC
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