Estabilidade indica 2008 positivo para mercado de

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Estabilidade indica 2008 positivo para mercado de
a n o X I I I • n º 60 • n o v e m b r o / d e z e m b r o 2 0 0 7
Estabilidade indica 2008 positivo
para mercado de valores mobiliários
A
economia brasileira vem
apresentando um cenário favorável, tendo como destaques o
comportamento do PIB, que registrou crescimento de 5,2% até
o terceiro trimestre de 2007 comparado aos 12 meses anteriores, a
expansão da oferta de crédito e a
ampliação dos prazos de financiamentos, além do bom desempenho
dos investimentos domésticos.
Nesse quadro, o principal desafio
para 2008 será, ao que parece, o
de conciliar os bons indicadores
relacionados ao nível de atividade
com o risco de um reaquecimento
inflacionário. O IGP-M fechou o
ano em 7,75%, maior taxa desde
2004, e o IPCA acumulou 3,6%
até novembro, com previsão de
fechamento anual de 4,3%.
Em aparente dissintonia com
o comportamento da economia, o
mercado de debêntures encerrou
2007 com volume de emissões
abaixo do verificado no ano anterior, interrompendo a curva ascendente verificada desde 2003.
O total das emissões de debêntures aprovadas pela CVM, em
2007, foi de aproximadamente
R$ 48 bilhões, contra R$ 73,5
bilhões em 2006. A queda tem
como principal explicação um
2
| Diretor da CVM
faz balanço do
mercado em 2007
comportamento menos agressivo
observado no ano anterior. O
das empresas de leasing, cuja capvolume médio diário negociado
tação foi de R$ 33 bilhões, ante
aumentou de R$ 59,3 milhões em
R$ 49 bilhões em 2006. Apesar
2006 para R$ 110,5 milhões, em
do recuo do volume, o número de
parte devido ao crescimento do
emissões manteve-se constante:
estoque disponível dos ativos re44 em 2007, contra 47 em 2006.
gistrados no sistema, que passou
Em 2007, as debêntures foram
de R$ 155 bilhões para R$ 209
utilizadas fundamentalmente para
bilhões, na mesma comparação.
financiar despesas de curto prazo
Neste total, predominam os ativos
das empresas ou melhorar seus
remunerados pela Taxa DI (cerca
respectivos perfis de endividade 92%), seguidos pelos atrelados
mento. Tal fato ficou evidente nas
aos índices de preços (5%) e indedestinações dos recursos das emisxados ao dólar (2%).
sões, destacando-se: capital de
A perspectiva de um ambiente
giro (64%); alongamento do eneconômico interno estável, com
dividamento (23%); investimento
previsão de continuidade do cres(4%); e resgate de debêntures de
cimento do PIB acima dos 4% ao
outra emissão (4%). De modo geano, e os anúncios de investimenral, as operações de resgate foram
tos pelo setor privado permitem
motivadas pela redução da remuacreditar que o ano de 2008 será
neração proposta para as emissões.
positivo para o mercado de valoAs taxas dos papéis atrelados à
res mobiliários doméstico, espeTaxa DI, por exemplo, registraram
cialmente para os segmentos de
queda, com a sobretaxa máxima
debêntures e ações.
passando de 3% para
Custos das Emissões de Debêntures (%)
2,35% ao ano (detalhes
Ano
Taxas
DI + Spread
% DI
IGP-M + Taxa IPCA + Taxa
na tabela ao lado).
Mínima
0,90
103,00
8,00
2004
Quanto às negoMáxima
5,00
122,00
11,00
Mínima
1,20
100,00
9,29
ciações no mercado
2005
Máxima
3,00
115,00
11,80
secundário, o SND reMínima
0,25
100,00
9,00
6,00
2006
gistrou em 2007 voluMáxima
3,00
110,00
10,65
6,00
me de R$ 27 bilhões,
Mínima
0,29
100,00
7,60
6,80
2007
Máxima
2,35
108,00
10,00
9,00
superior em 85% ao
6
| Emissões atingem a
casa de R$ 2,5 bilhões
no bimestre
7
| Site reformula
consulta Colocação/
Comissão
100% Reciclado
US$ + Taxa
10,38
11,30
6,50
6,50
12,04
12,04
5,90
5,90
Opinião - Sergio Weguelin
Molto Allegro Ma
(ancora purtroppo)
Non Troppo
racional de toda a infra-estrutura
de negócios do país: sistema de
pagamentos, custódia e liquidação, gestão de risco etc. Também merecem destaque, dentre
vários outros, a Lei de Falências,
o patrimônio de afetação e, até
mesmo, um CNPJ expedito para
os investidores estrangeiros. Na
“
Neste final de 2007,
chegamos aonde, há
bem pouco tempo, não
imaginávamos chegar.
O grande salto dos últimos
“
N
ão há dúvida de que o momento é de muita comemoração. Afinal, neste final de 2007,
estamos chegando aonde, há bem
pouco tempo, não imaginávamos
chegar. Embora suspeitássemos
de que isso pudesse ocorrer,
naquele momento não colocaríamos a mão no fogo por isso.
Explico: todos nós estivemos
trabalhando intensamente para
construir as bases que, em tese,
dariam ao mercado as condições
para deslanchar, e isso, afinal,
aconteceu. Essa primeira etapa,
aliás, foi a parte mais inglória de
todo o processo. Tratou-se, quase
sempre, de um trabalho anônimo
e cansativo que, nos primeiros
momentos, não gerou nenhuma
conquista visível e nem proporcionou grande reconhecimento
aos que dele participaram.
Mas a sólida fundação aí está
e sobre ela começa a se formar
o mercado dos nossos sonhos.
Acreditamos que já é possível
olhar para trás e dizer que o grande salto destes últimos anos se
deve à estabilidade macroeconômica com controle da inflação,
o que restabeleceu a noção do
longo prazo no nosso meio de negócios (antes, o longo prazo era
uma série de curtíssimos prazos
renovados em deltas - bom para
o cálculo diferencial, mas ruim
para a construção de um país),
às reformas microeconômicas e à
formação de um sólido arcabouço regulatório e auto-regulatório.
Dentre as reformas microeconômicas, devemos destacar o
fortalecimento normativo e ope-
anos se deve à estabilidade
macroeconômica
Sergio Weguelin
parte que envolve a CVM, os destaques são o ritmo firme de normatização de todos os segmentos
e atividades inerentes à circulação eficiente do capital, além da
acumulação de uma base cada
vez mais sólida e representativa
de decisões e interpretações normativas, conferindo a necessária
segurança ao processo de tomada
de decisão por parte dos investidores. Adeus aos vácuos de produtos e às incertezas jurisdicionais, podemos dizer.
De destaque, nos parece, é a
contribuição da auto-regulação
(oficial e auto-constituída). Esta,
aliás, parece ser a grande mudança que vimos surgir no nosso mercado: o abandono de uma
postura francamente predadora,
por parte de muitos agentes, e
a migração para uma cultura da
preservação e do cuidado com as
nossas conquistas. Os inúmeros
padrões, normas e códigos de
conduta definidos pelos diversos
“guardiões” que se estabeleceram
em cada segmento de mercado
confirmam esse movimento.
Com toda essa base, o ansiado mercado mostrou a sua cara.
Os números são fantásticos e nos
enchem de orgulho: IPO’s “bombando”; indústria de fundos “triliardária”; estoque crescente de
títulos ligados ao agronegócio;
embarque das pessoas físicas nas
Bolsas; consolidações setoriais;
internacionalização de empresas;
crescimento do crédito; redução
do número de falências; entrada
de novos setores na Bovespa;
crescimento do número de papéis
com formadores de mercado; expansão do volume de recursos financeiros ou previdenciários sob
gestão profissional; fundações
confiantes na economia comprando no auge da crise e proporcionando uma estabilização interna
do mercado; redução da SELIC
ajudando os investidores a identi-
ficar custos anormais; surgimento de algumas empresas de capital pulverizado; securitização em
alta e o (conseqüência de tudo)
surgimento de family offices para
assessorar as novas grandes fortunas que se formaram, dentre diversos outros indicadores de uma
atividade econômica com maior
densidade. Já é possível, até mesmo, alardear com convicção que
o mercado de capitais é responsável por uma boa fatia da taxa de
crescimento da economia.
Quanto ao purtroppo, não se
trata de uma crítica ou de uma
nota dissonante, mas apenas um
lembrete de que o concreto da
base ainda não secou e a estrutura que nela se apóia precisa ser
expandida e aperfeiçoada. Faltam
algumas coisas, sim, mas a idéia
é ter em mente que o nosso maior
mérito tem sido a manutenção de
um ritmo gradual e consistente
de aperfeiçoamento institucional.
Não demos passos além da conta
e, por isso, o terreno vem sendo
ocupado com firmeza. Mas a perda de momento poderia colocar
algumas conquistas a perder.
Sendo assim, todos temos que
nos manter atentos, apertar os parafusos que faltam e desbravar o
terreno à frente. Não importa que
alguns números do próximo ano
não superem os deste ano. O importante é manter a acumulação
virtuosa que vem ocorrendo.
Entre os avanços que teremos
que providenciar mais imediatamente está a criação de um mercado de renda fixa. Hoje, temos
apenas um mercado flat, em uma
única dimensão (duration), faltando-lhe perspectiva (risco de
crédito e pré-pagamento). Um
mercado francamente insosso e
aquém da capacidade dos bem
preparados gestores que aí estão.
Desaponta verificar que o louvável IMA ainda é um índice de
uma nota só (os treasuries). Sem
as emissões privadas e sem um
mercado de ABS capaz de ser
registrado pelo sismógrafo da
Andima, a nossa já festejada
superestrutura de mercado não
ajudará a propiciar a desejada
expansão do investimento que
desemboque em crescimento sustentado. Além desse “pequeno
detalhe”, temos muitas outras
tarefas para empreender. Quanto
à CVM, há ainda um grande número de instruções para discutir
e editar. Por exigência do teste
das ruas de um mercado aquecido, muitas novas versões de regras originalmente definidas “em
tese”, para impulsionar o mercado, precisarão ser revistas e adaptadas à vida real. Outras, como a
Nova 202, representarão novos
paradigmas de mercado. Além
disso, alguns novos conceitos serão trabalhados ou ficarão mais
evidentes: supervisão baseada em
risco, suitability, convergência
dos padrões contábeis, proxy vote
etc. Também os auto-reguladores
terão muito trabalho à frente. Afinal, são eles que estão preenchendo os espaços da regulação.
Em suma, há muito trabalho
por fazer. Isso significa que podemos ampliar a nossa comemoração: brindar às conquistas e às
perspectivas que se descortinam
à nossa frente. Tintim!
Sergio Weguelin é diretor da CVM Comissão de Valores Mobiliários
Estatísticas
do SND
Emissões em Análise na CVM e Programas de Distribuição de Debêntures
Emissões em Análise na CVM
Emissor
Emissão
Coordenador Líder
Entrada em Análise
Volume (R$ milhões)
Serra do Facão
1ª
Banco Santander
10/8/2007
140,00
Tecnisa
1ª
BB Banco de Investimento
3/9/2007
150,00
Eletrometrô
2ª
Banco Fator
10/9/2007
50,00
Citibank Leasing*
6ª
Banco Citibank
20/9/2007
1.000,00
Even Construtora
2ª
Banco Itaú BBA
26/10/2007
150,00
Duke Energy
1ª
Banco Citibank
14/11/2007
750,00
Usiminas*
4ª
Banco Bradesco BBI
7/12/2007
500,00
Neoenergia
3ª
Banco Bradesco BBI
7/12/2007
0,00
Bradesco Leasing*
5ª
Banco Bradesco BBI
10/12/2007
5.000,00
Cyrela*
2ª
Banco Itaú BBA
10/12/2007
370,00
Inpar*
1ª
Banco UBS Pactual
28/12/2007
230,00
Saldo (R$ milhões)
Programas de Distribuição de Debêntures
Emissor
Data de Registro
Coordenador Líder
Data de Vencimento
Inpar
Em Análise CVM
Banco UBS Pactual
2 anos a partir do Registro
600,00
Usiminas
Em Análise CVM
Banco Bradesco BBI
2 anos a partir do Registro
2.000,00
Bradesco Leasing
Em Análise CVM
Banco Bradesco BBI
2 anos a partir do Registro
10.000,00
Citibank Leasing
Em Análise CVM
Banco Citibank
2 anos a partir do Registro
5.000,00
Vivo Participações**
Em Análise CVM
Banco Bradesco BBI
2 anos a partir do Registro
3.000,00
Dibens Leasing
14/11/2007
Unibanco
14/11/2009
5.000,00
Klabin Segall
25/10/2007
Banco Itaú BBA
25/10/2009
98,00
Real Leasing
26/7/2007
Banco ABN Amro Real
26/7/2009
10.900,00
BFB Leasing
24/7/2007
Banco Itaú BBA
24/7/2009
10.000,00
Rossi Residencial
23/7/2007
Banco Bradesco BBI
23/7/2009
300,00
Localiza Rent a Car
10/7/2007
BB Banco de Investimento
10/7/2009
300,00
Tractebel Energia
19/6/2007
Unibanco
19/6/2009
1.150,00
Safra Leasing
24/5/2007
Banco Safra de Investimento
24/5/2009
5.000,00
Cyrela
27/4/2007
Banco Itaú BBA
27/4/2009
500,00
Net
21/12/2006
Banco Bradesco
21/12/2008
320,00
BNDESPar
19/12/2006
Banco Bradesco
19/12/2008
50,00
Itapebi
25/9/2006
Unibanco
25/9/2008
75,00
* Emissões em análise que estão vinculadas a um programa de distribuição.
** Este programa de distribuição pode ser utilizado tanto para emissões de debêntures quanto para Notas Promissórias.
Destinação de Recursos das Debêntures Registradas no SND
Volume Negociado no Mercado Secundário do SND
35
30
30,71
2007
30
27,31
2006
23,82
25
24,80
21,45
25
Volume (R$ bilhões)
R$ (bilhões)
20,37
20
15,26
15
11,13
10
7,30
5
0
1,81
Capital
de Giro
19,16
20
15
17,38
14,70
14,10
13,17
10
3,51
1,78
Alongamento Recompra ou Investimento
Resgate de ou Aquisição
do Perfil de
Societária
Endividamento Debêntures
1,61
1,32 0,66
5
Redução
Aquisição de
Outras
de Passivo Bens para
Destinações
Arrendamento
0
0,89
0,00
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Características dos Ativos Registrados no SND no Bimestre
Emissor
Série/
Emissão
Volume
(R$ milhões)
Garantia/
Espécie
Cemig Distribuição
Única/2ª
400,00
Quirografária
Providência
Cosern
Coelba
Rio Grande Energia
Rio Grande Energia
Rio Grande Energia
Rio Grande Energia
Rio Grande Energia
Citibank Leasing
Única/1ª
Única/4ª
Única/6ª
1ª/3ª
2ª/3ª
3ª/3ª
4ª/3ª
5ª/3ª
Única/6ª
150,00
163,60
353,92
100,00
140,00
40,00
50,00
50,00
1.000,00
Quirografária
Subordinada
Quirografária
Quirografária
Quirografária
Quirografária
Quirografária
Quirografária
Subordinada
Proposta do
Bookbuilding
Nov/07
IPCA+7,96%
Dez/07
Taxa DI + 1,35%
Taxa DI +0,6%
Taxa DI +0,6%
-
Remuneração
Amortização
IPCA+7,96%
Anualmente a partir de 15/12/2015
Taxa DI + 1,35%
Taxa DI + 0,6%
Taxa DI + 0,6%
Taxa DI + 0,6%
Taxa DI + 0,6%
Taxa DI + 0,6%
Taxa DI + 0,6%
Taxa DI + 0,6%
100% da Taxa DI
Anualmente a partir de 30/11/2010
Semestralmente a partir de 1/12/2010
Semestralmente a partir de 1/12/2010
Anualmente a partir de 1/12/2011
Anualmente a partir de 1/12/2011
Anualmente a partir de 1/12/2011
Anualmente a partir de 1/12/2011
Anualmente a partir de 1/12/2011
-
Ativos mais Negociados em 2007 - Por número de dias
Emissor
Panamericano Leasing
Vale
Vale
Votorantim Finanças
Petrobras
Telesp
Itaubank Leasing
Tam
Vale
Telemar Norte Leste
Santander Leasing
Bic Leasing
Bradesco Leasing
All América
Eletropaulo
Ativo
PANA13
CVRDA6
CVRD27
VFIN14
PETR13
TLPP11
ILAM10
TAMM11
CVRD17
TLNL11
STBA12
LBIC12
BRAM12
ALLG16
ELSP18
Número de Dias
234
130
55
46
46
45
45
45
43
40
38
37
36
36
35
Soma do Número de Negócios
697
363
209
134
101
318
189
117
124
122
40
77
158
112
80
Volume Total Negociado (R$ milhões)
394,10
24,60
1.364,67
396,23
23,95
1.098,04
572,14
121,24
401,06
299,92
161,41
215,78
1.213,97
175,65
1.153,22
Por que utilizar as cláusulas padronizadas
Dúvidas
freqüentes
de cálculo para debêntures?
A padronização simplifica os pagamentos de juros, prêmios, amortizações etc., unificando o entendimento
de todas as partes envolvidas, e viabiliza o cálculo automático e a divulgação diária dos preços das curvas
das debêntures pelo SND. Além disso, aumenta a transparência no mercado de debêntures e difunde o
conhecimento a outros públicos, como os investidores de varejo, contribuindo para ampliar a base de
negócios e, desta forma, a liquidez no mercado secundário. Criado pela ANDIMA como parte integrante do
COM – Código Operacional do Mercado, o Trabalho de Orientação de Textos para Cálculos de Debêntures
busca proporcionar essa padronização, definindo critérios para os cálculos de atualização e remuneração
dos ativos que passaram a ser adotados por todo o mercado, incentivando as negociações.
Emissões
do bimestre
Volume alcança
R$ 2,5 bilhões
Cemig Distribuição S.A. - Registrou sua segunda emissão, em série única, composta por 40 mil debêntures escriturais, no montante de R$ 400 milhões. Os recursos obtidos serão integralmente destinados ao pagamento do
saldo devedor remanescente da terceira emissão de notas promissórias da companhia. A Companhia Energética
de Minas Gerais é uma das maiores e mais importantes concessionárias de energia elétrica do
Brasil, por sua posição estratégica e abrangência de mercado - a área de concessão da empresa
cobre cerca de 96,7% do território de Minas Gerais.
Companhia Providência Indústria e Comércio - Registrou sua primeira emissão, em série única, composta por
15 mil debêntures escriturais, totalizando R$ 150 milhões. Os recursos destinam-se à quitação de notas
promissórias emitidas pela empresa e despesas relativas à emissão, sendo o valor excedente utilizado
como capital de giro. Com mais de 40 anos de existência, a Companhia Providência é uma das maiores
transformadoras de plástico do país, atuando, com as marcas Kami e Provinil, nas áreas de não-tecido e de
tubos e conexões de PVC, respectivamente.
Coelba - Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia - Registrou sua sexta emissão, em série única, composta
por 35.392 debêntures escriturais, totalizando R$ 353,92 milhões. Os recursos serão utilizados para resgate antecipado da primeira série da quinta emissão de debêntures da empresa. Criada em 1960, a Coelba surgiu com a missão
de fornecer energia para o desenvolvimento da Bahia. Ao longo de sua trajetória, foi incorporando os serviços prestados pelas prefeituras e demais concessionárias existentes, como a
CERC - Companhia Elétrica Rio de Contas e a CEEB - Companhia de Energia Elétrica da Bahia.
Cosern - Companhia Energética do Rio Grande do Norte - Registrou sua quarta emissão (ainda em análise na
CVM), em série única, composta por 16.360 debêntures escriturais, totalizando R$ 163,60 milhões. Os recursos
destinam-se ao resgate da terceira emissão da empresa. A Cosern tem como objetivo projetar, construir e explorar sistema de produção, transmissão e distribuição de energia elétrica. Com mais de 800
mil clientes, situa-se hoje entre as maiores distribuidoras do país, sendo responsável pelo
fornecimento de energia elétrica para todo o território do Rio Grande do Norte.
Rio Grande Energia S.A. - Registrou sua terceira emissão, dividida em cinco séries, cada qual composta por uma
debênture escritural, de espécie quirografária e não conversível em ações, com dispensa automática de registro na
CVM, no montante total de R$ 380 milhões. Os recursos serão direcionados para adequar o perfil econômico-financeiro da emissora, proporcionar liquidez para suportar os investimentos em ativos imobilizados e possibilitar a liquidação de dívidas vincendas até 2009. A RGE é a distribuidora de energia elétrica
da região norte-nordeste do Rio Grande do Sul e atende 262 municípios, 51% do total do Estado.
Citibank Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil - Registrou sua sexta emissão, em série única, composta por
um milhão de debêntures escriturais, de espécie subordinada e não conversíveis em ações, totalizando R$ 1
bilhão. Os recursos serão destinados para composição de caixa, crescimento das operações ativas e,
eventualmente, aquisição de carteiras de leasing da emissora. Constituída em 1976 e controlada pelo
Banco Citibank desde maio de 2006, a companhia atua principalmente no mercado de arrendamento
de máquinas e equipamentos, veículos e equipamentos de informática para pessoas jurídicas.
Comitê discute precificação
e registro de cias abertas
O
Comitê de Valores Mobiliários da ANDIMA reuniu-se no dia 5 de dezembro,
tendo como convidados o superintendente geral da Abrasca,
Eduardo Lucano, a diretora-financeira da Braskem, Marcela Drehemer, e seu assistente,
Alexandre Almeida. Lucano
apresentou proposta conceitual
para a revisão dos procedimentos de registro das companhias
abertas, visando à reformulação
da Instrução Normativa nº 202
da CVM. Os representantes da
Braskem fizeram um avaliação
da atual situação do mercado fi-
nanceiro brasileiro, enfatizando
que um dos principais gargalos
a serem superados é a questão
da precificação de ativos no
momento da estruturação da
emissão. Durante o encontro, o
superintendente de Produtos e
Relações Institucionais da Associação, Luiz Macahyba, detalhou a proposta de atualização
das cláusulas de cálculo para
as emissões de debêntures e o
novo texto de orientação para as
escrituras desses ativos. Também esteve presente o diretor
da ANDIMA responsável pelo
Comitê, Sergio Cutolo.
Grupo avalia COMPARE de debêntures
E
m reunião realizada no dia 29
de novembro, o Grupo de Precificação de Debêntures, subordinado ao Comitê de Precificação
de Ativos da ANDIMA, avaliou
o projeto COMPARE de debêntures, que permitirá ao usuário
analisar, por meio de gráficos e
tabelas, séries históricas de taxas
e preços das emissões precificadas pela Associação, podendo
comparar com os negócios realizados no SND e nos ambientes
eletrônicos de negociação, entre
outras funcionalidades. O projeto foi considerado pelo grupo
como um importante avanço no
sentido da transparência, uma
vez que consolidará, em um único ambiente, informações históricas referentes a preços indicativos e de negócios do mercado de
debêntures. No encontro, foram
ainda apresentados dados analíticos de dispersões de taxas de
alguns ativos precificados pela
ANDIMA, com destaque para os
papéis atrelados ao IPCA. Além
dos representantes do Grupo,
participou do encontro a superintendente Técnica da Associação,
Valéria Arêas Coelho.
A ssociação N acional
das
I nstituições
do
Dicas
do site
Já está disponível a versão reformulada da consulta Colocação/Comissão.
O item agora pode ser acessado pela
página Mercado Primário, possibilitando ao usuário visualizar o regime de colocação e o comissionamento de cada
emissão. Também foram desenvolvidas
opções de busca de ativos por meio do
Registro CVM e de download de informações. Na opção Estoque a Vencer,
foi incorporada uma nova consulta que
permite verificar os ativos segundo o
critério de eventos de vencimento e
seu impacto financeiro no estoque,
considerando a data de repactuação, se
houver. A consulta pode ser feita tanto
em moeda da época quanto em dólar.
Curso
Será realizado pela ANDIMA
nos dias 15 e 22 de janeiro,
em São Paulo e no Rio de
Janeiro, respectivamente,
o curso Debêntures:
Conceitos Básicos.
O programa apresenta os
aspectos básicos envolvidos
em uma emissão de
debêntures e na negociação
desses títulos no mercado.
Mais informações pelos
telefones (11) 3115-1313,
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M ercado Financeiro
Presidente - Alfredo Neves Penteado Moraes; Vice-presidentes - Aldo Luiz Mendes e Edgar da Silva Ramos; Diretores - Daniel Luiz Gleizer, José Roberto
Machado Filho, Marco Antonio Sudano, Marcos Albino Francisco, Regis Lemos de Abreu Filho, Reinaldo Le Grazie, Robert John van Dijk, Saša Markus e
Sergio Cutolo dos Santos; Superintendente Geral - Paulo Eduardo de Souza Sampaio; Superintendente de Produtos e Relações Institucionais - Luiz Macahyba
Elaborado pela Assessoria de Comunicação em conjunto com a Gerência Operacional
ANDIMA RJ: Av. Chile, 230/12º e 13º - Tel.: (21) 3814-3800 • SP: Rua Líbero Badaró, 377/4º - Tel.: (11) 3115-1313
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