FIN-URB-ACT Resumo executivo
Transcrição
FIN-URB-ACT Resumo executivo
an URBACT II project FIN-URB-ACT Resumo executivo Abril de 2011 FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 1 19.07.11 12:46 2 Editorial É com grande prazer e satisfação que vos apresento os resultados finais do projeto europeu FIN-URB-ACT – Integrated Urban Actions for Fostering and Financing Innovative Economies and SMEs (“Ações Integradas a Nível Urbano para a Promoção e o Financiamento de Economias Inovadoras e PME”). Quando os onze parceiros lançaram o projeto FIN-URB-ACT em 2008, o mundo económico e financeiro afigurava-se bastante diferente. Durante os últimos 24 meses, os acontecimentos nos mercados financeiros internacionais, os programas de ajuda por parte dos governos e a crescente incerteza quanto aos efeitos deste tumulto financeiro em que vivemos provaram que o projeto FIN-URB-ACT abordou temas de grande importância. x De que modo podem as regiões e as cidades criar condições de enquadramento que promovam o apoio financeiro e não financeiro das pequenas e médias empresas? x Que tipo de rede precisamos para obter programas de financiamento para a nossa economia local e colocar projetos em prática? x De que modo podemos intensificar a cooperação entre "autoridades de gestão" a nível regional e nacional e a realidade local? Centrando-nos nestas questões, o nosso trabalho ao longo dos últimos três anos tem sido afetado pelas aparências e consequências das crises económicas e financeiras mundiais com maior impacto nas cidades e nas respetivas estruturas de apoio às PME. Além disso, tem demonstrado que o nosso tema principal – ações integradas a nível urbano para a promoção e o financiamento de economias inovadoras e PME – nunca foi tão importante como hoje. Fazendo uma retrospetiva, os resultados obtidos em diversas cidades parceiras são excelentes. Foram criadas novas estruturas e reforçadas e modificadas estruturas mais antigas. A cooperação administrativa entre os municípios e as autoridades de gestão abriu o horizonte a novas possibilidades de colaboração. Adicionalmente, esta cooperação especial proporcionou perspetivas interessantes sobre as diversas formas de organização nas respetivas cidades parceiras. Além destas experiências estruturais, diversos projetos a nível europeu também criam um sentimento de união, um sentimento de sermos uma Comunidade Europeia capaz de, em conjunto, enfrentar futuros desafios. A este respeito, gostaria de sublinhar a importância do Urbact como o principal programa deste projeto. Com a introdução da Estratégia de Lisboa em 2000, a dimensão urbana de desenvolvimento territorial adquiriu importância em programas da União Europeia. O Urbact, como um programa especificamente concebido para o intercâmbio de experiências entre cidades europeias, é emblemático para esta crescente perceção do papel das cidades no futuro da Europa. Thomas Hissel Municipality of Aachen FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 2 19.07.11 12:46 3 FIN-URB-ACT Acções Urbanas Integradas para Promoção e Financiamento de Economias e PMEs inovadoras A principal ideia do FIN-URB-ACT O FIN-URB-ACT direccionou o tema de estruturas de suporte financeiro e local eficazes e orientadas para as PMEs e economias urbanas inovadoras. A convicção do projecto era que as estruturas eficazes a nível local - onde os instrumentos financeiros encontram a assistência não financeira - podem facilitar o acesso ao financiamento das PMEs como uma condição base para estimular o arranque e crescimento empresarial. A base desta estrutura de suporte era uma parceria local vasta entre os actores principais para o suporte da PME, tais como as autoridades locais, instituições financeiras, câmaras e outros representantes empresariais, organizações de apoio empresarial profissionais, universidades, assim como instituições de qualificação e formação. A principal ideia do FIN-URB-ACT baseava-se no facto de não ser suficiente criar ferramentas de suporte individual. Além disso, o objectivo era combinar ofertas em pacotes completos e orquestrar os actores individuais, de modo a que os efeitos de sinergia possam ser alcançados e as tarefas possam ser transmitidas e, ao mesmo tempo, vários grupos de empresários com diferentes necessidades e expectativas possam ser alcançados. Uma vez que as políticas das PME estão organizadas a níveis administrativos superiores - com a maioria das fontes de fundos para o suporte das PME disponível a nível regional ou nacional existem várias oportunidades para apoio financeiro e não financeiro fora do acesso directo das Cidades (por ex. esquemas de fundos financiados pelos Fundos Estruturais da União Europeia). Infelizmente, nem sempre estão bem ligados às políticas de desenvolvimento económico locais. Concentram-se em logística financeira e económica geral, sem ter em consideração contextos económicos locais específicos e potenciais, assim como as estruturas de suporte local existentes. Existem falhas importantes ao relacionar o desenvolvimento económico geral com as políticas de desenvolvimento regional/estrutural e as PME em geral. Por isso, o desafio para as Cidades foi também elaborar conceitos para dar um melhor uso aos instrumentos de suporte existentes, adaptados às necessidades e potenciais das suas empresas locais. FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 3 19.07.11 12:46 4 FIN-URB-ACT – um Projecto URBACT II O FIN-URB-ACT foi co-financiado pelo programa URBACT II, um programa de intercâmbio e aprendizagem europeu, que promove o desenvolvimento sustentável urbano. Permite às Cidades trabalharem em conjunto para desenvolver soluções para maiores desafios urbanos, reafirmando a função principal que desempenham ao encararem desafios sociais cada vez mais complexos. Ajuda-as a desenvolver soluções pragmáticas que são novas e sustentáveis e que integram as dimensões económicas, sociais e ambientais. Permite às Cidades partilhar as boas práticas e as lições aprendidas com todos os profissionais envolvidos na política urbana em toda a Europa. Sob este programa, o FIN-URB-ACT juntou Cidades de toda a Europa que pretendiam melhorar o desempenho e os resultados das parcerias de suporte locais através da referência, troca, aprendizagem e capitalização Europeias, assim como através das respectivas acções locais concretas. De acordo com o principal princípio do URBACT II, a rede actuou a dois níveis: com base nos Planos de Acção Local integrados, desenvolvidos pelas parcerias locais (Grupos de Apoio Local), o projecto centrou-se no desenvolvimento e implementação de serviços de suporte financeiro e não financeiro personalizados, como lojas de conveniência, microcréditos e outros esquemas de fundos inovadores, incubações, redes de negócios, inquéritos de PME, mapeamento de ofertas de suporte existentes, instalações de informação e formação. A um nível europeu, a rede FINURB-ACT juntou, comparou e reflectiu as experiências locais para desenvolver as melhores práticas e conclusões comuns para as estruturas de suporte de PMEs financeiras e não financeiras e instrumentos. A um nível local concreto, as redes urbanas entre Cidades, as instituições financeiras e outros actores locais foram definidos na forma mais ampla possível, de modo a responder às necessidades locais quando criam ou juntam os instrumentos financeiros e não financeiros. Também outros actores relacionados com as PME, como as câmaras, bancos locais, representantes empresariais, assim como instituições de investigação e formação como por exemplo universidades, foram incluídos na parceria local. FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 4 19.07.11 12:46 A parceria FIN-URB-ACT 5 A parceria FIN-URB-ACT foi composta por 11 Cidades parceiras. A Cidades de Aachen na Alemanha teve o papel de líder na rede. As outras Cidades foram Aveiro (Portugal), Edimburgo (RU), Gijón (Espanha), Gliwice (Polónia), Galati (Roménia), Leipzig (Alemanha), Linz (Áustria), Maribor (Eslovénia), Reims (França) e Roma (Itália). Adicionalmente, o projecto foi acompanhado pelo Perito Patrick Fourguette, e a Associação Alemã de Alojamento, Desenvolvimento Urbano e Espacial, que actuaram como coordenadores temáticos. Além disso, o projecto foi apoiado pela Associação de Caixas Económicas Europeias e Alemãs. Os parceiros vieram de dez países diferentes espalhados por toda a Europa - com Edimburgo e Roma mais distantes a Norte/Sul e Aveiro e Galatin na parte mais Ocidente/Oeste da União Europeia; cinco situam-se na convergência e seis em regiões competitivas, de acordo com a classificação da Política de Coesão da UE. As Cidades mostraram uma mistura interessante de diferentes tamanhos e de estruturas económicas. A maioria das Cidades são Cidades grandes, com cerca de 300.000 (Galati) a 75.000 habitantes (Aveiro), mas constituem todos os centros importantes económicos e funcionais para as suas regiões. Apenas Roma (2,7 milhões de habitantes), Edimburgo (460.000) e Leipzig (500.000) são aglomerações maiores, que detêm também funções de importância nacional. Com a excepção de Edimburgo, com um importante número de empresas maiores no sector financeiro e de serviços, em todas as outras Cidades as PMEs têm uma função importante na sua estrutura empresarial e para a maioria das Cidades, são especialmente as pequenas e microempresas, assim como os arranques que caracterizam a sua comunidade empresarial local. Os principais desafios e dificuldades que pretendem ultrapassar com as futuras actividades dizem principalmente respeito a dois problemas diferentes: x Acesso insuficiente aos serviços financeiros e não financeiros para as PMEs: Apesar de em alguns casos haver uma vasta gama de fundos e ofertas de aconselhamento às PMEs, muitas vezes esses não estão facilmente acessíveis aos empresários locais. Por vezes, isto deve-se à complexidade e falta de informação e orientação; por vezes as PMEs não possuem a capacidade e o conhecimento para aplicar; e por vezes as ofertas existentes não FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 5 19.07.11 12:46 se direccionam realmente para a comunidade empresarial local com a sua estrutura, 6 necessidades e requisitos específicos. Por isso, muito frequentemente existem défices de nichos de negócios ou para empresas específicas, principalmente as empresas muito pequenas e microempresas. Muitas vezes existe apoio ao arranque, mas não para a fase de consolidação ou para transferências de negócios. x Défices nos serviços específicos de indicações e aconselhamento: isto diz respeito, por um lado, a indicações orientadas e apoio no arranque e auto-emprego para facilitar o seu acesso ao financiamento e melhorar a taxa de sucesso (por exemplo pela monitorização de seguimento após a concessão de microempréstimos), assim como uma consultoria e indicações mais específicas para inícios mais inovadores, o que é importante para realçar as suas capacidades de inovação e acesso a novos mercados e tecnologias. Especialmente o segundo assunto muitas vezes exige experiência específica, que não está disponível através dos serviços de indicações empresariais "normais". Por isso, o principal desafio em termos de apoio a PMEs para todas as Cidades é realmente direccionar o apoio existente para as necessidades locais. Isto é descrito nos grupos de trabalho. O projecto FIN-URB-ACT foi conduzido em duas fases. A primeira fase foi a fase de desenvolvimento, que incluiu a composição dos respectivos Grupos de Apoio Local e a definição dos Planos de Acção Local (04/2008 a 10/2008), e a fase de implementação com trabalho activo ao nível local e oito reuniões de rede Europeia, realizadas pelas Cidades parceiras, entre 10/2008 e 04/2011. Durante esta fase, as actividades individuais dos Planos de Acção Local foram preparadas e por vezes até implementadas. Durante as reuniões de trabalho ao nível europeu, os tópicos centraram-se em quatro grupos de trabalho principais: Cidades e Autoridades Administrativas, Projectos de Pequena Escala, Projectos de Alta Tecnologia e Inovadores e Comunicação. As conclusões destes grupos de trabalho são descritas nos últimos capítulos. O orçamento A tabela seguinte apresenta uma visão geral da contribuição financeira para o projecto, tanto pelas Cidades como pelo Secretariado URBACT para a fase de desenvolvimento: FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 6 19.07.11 12:46 7 FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 7 19.07.11 12:46 Grupo de Trabalho I: Cidades e Autoridades Administrativas - Um Caminho para a Parceria 8 Ao seguir a metodologia prescrita em URBACT II, e a recomendação de um projecto URBACT anterior sobre o acesso a financiamento para PMEs (ECO-FIN-NET), as Cidades parceiras do FINURB-ACT colocaram ênfase no desenvolvimento de parcerias sólidas com as suas Autoridades Administrativas. Dedicaram um grupo de trabalho específico sobre este assunto para trocarem a experiência sobre esta abordagem. Várias AA (Autoridades Administrativas) decidiram/aceitaram fazer parte das reuniões de rede e o seu contributo foi sempre bastante valioso. Casualmente, também tiraram partido das reuniões de rede para trocarem experiências com os seus colegas de outras regiões/países. Apoio financeiro para as PMEs exige acesso a fundos É óbvio indicar que, se as Cidades decidirem dar apoio financeiro às suas comunidades de PMEs, devem garantir o acesso aos fundos. Mas não faz parte das competências normais das Cidades darem fundos. Como consequência, têm de procurar outras fontes de financiamento. De facto, as principais fontes de fundos públicos existem aos níveis regionais e até nacionais. Este é o motivo pelo qual o relacionamento com as AA teve uma grande importância para as Cidades. A cooperação entre Cidades e Autoridades Administrativas é mutuamente frutífera Para as Cidades parceiras, a cooperação estava claramente direccionada para o acesso de várias fontes de fundos, que podem ser disponibilizados para o desenvolvimento dos negócios locais, para gerar o desenvolvimento económico local. Porém, para as Autoridades Administrativas, a cooperação também tem várias vantagens: x Os projectos integrados preparados pelas Cidades envolvem um vasto número de accionistas numa só aplicação para o financiamento: para as AA, isto significa uma utilização mais eficaz dos recursos humanos para aconselhar e monitorizar os projectos em vez de um maior número de aplicações mais pequenas. x A informação sobre os programas de financiamento pode ser coordenada e entregue a um maior número de accionistas de um modo mais eficaz. x As Cidades são entidades públicas, submetidas a procedimentos de controlo restritos, o que certifica um determinado nível de garantia sobre a qualidade da implementação dos projectos. Mas teve de ser muito bem clarificado, uma vez que no início dos FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 8 19.07.11 12:46 projectos para as AA, participar no FIN-URB-ACT não significa aprovação automática das 9 aplicações resultantes para o financiamento. Não pode haver nenhuma ambiguidade sobre a possibilidade de ambos os parceiros manterem a sua independência. Lições aprendidas no FIN-URB-ACT As Cidades devem identificar cuidadosamente as Autoridades Administrativas e as entidades implementadoras Correspondente ao seu projecto, para apoio às PMEs, a Cidades de Galati identificou por fim três entidades (para o Programa Operacional Regional Integrado, para Competitividade de Economia e para Protecção Ambiental) e o novo programa para a Região Inferior do Danúbio pode introduzir uma nova entidade. Adicionalmente, dentro das AA, as Cidades devem considerar dois níveis: o design e a implementação das medidas de apoio; em alguns casos, pode ser necessária alguma construção de capacidades para a equipa das Cidades, principalmente para entender melhor as condições de financiamento do projecto, especialmente no caso de fundos estruturais. Para este fim, as Cidades de Gliwice e Reims, em colaboração com as suas AA, organizaram sessões informativas para a sua equipa e os accionistas locais dentro dos GAL (Grupos de apoio local). É função das Cidades dar os primeiros passos no contacto das AA para um novo projecto As Cidades tiveram a função de coordenadores locais nos projectos; assim a sua função foi informar as AA sobre a preparação dos novos projectos e recolher as observações das AA, de modo a que os projectos pudessem ser criados de forma viável. É fortemente recomendado que esta iniciativa seja apoiada pela hierarquia da Cidade, ainda melhor quando alguns dos membros eleitos estão envolvidos, como é o caso de Aveiro, onde se destacou claramente uma forte liderança, ou Maribor, com o projecto de revitalização do centro histórico. As respectivas funções das Cidades e das Autoridades Administrativas De modo a criar uma cooperação frutífera, as respectivas funções das Cidades e das AA devem ser bastantes claras: x As Cidades são responsáveis por iniciar os projectos, formar os GAL, coordenar a preparação das aplicações e coordenar a implementação dos projectos. Com a sua legitimidade local e o seu estado público, elas desempenham uma função fulcral na construção de projectos integrados. FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 9 19.07.11 12:46 10 x As AA podem disponibilizar informação e aconselhamento sobre a fonte mais adequada de financiamento; em algumas regiões, podem ter a função de "intermediários" para o financiamento público. Com a sua posição regional, também possuem a capacidades de dar a massa crítica necessária a alguns projectos locais, ao juntá-los a projectos semelhantes em outras Cidades. Este foi o caso de Edimburgo com o ESIF (Fundo de investimento a Este da Escócia), que combina nove autoridades locais, ou em Leipzig com a possibilidade de coligar ao nível regional a experiência técnica necessária para um grupo. Parceiros das Autoridades Administrativas nos Grupos de Apoio Local Não pode ser tomada nenhuma posição distinta sobre se as AA devem ser membros dos GAL. Algumas AA decidiram tornar-se num membro (importante): em Aveiro, foram associadas ao processo de preparar o regime de apoio integral "Aveiro Empreendedor"; em Roma, onde parte do projecto consistiu na preparação de acções coordenadas entre a Cidade e as AA ao nível regional, as AA tiveram de ser membro dos GAL; em Galati, o projecto foi utilizado por vezes como teste para a adequação das medidas de apoio financiadas pelas AA, por isso, naturalmente as AA estiveram intimamente associadas com os GAL, e agora estes GAL progressivamente passam à forma de um "instituto de política" regional para o apoio de PMEs (com a participação de outras Cidades na região). Outras AAs seguiram os projectos, mas não pretendiam estar envolvidas como membros dos GAL; preferiam manter uma posição mais neutra, como em Gijon com o Fundo de Capital Empresarial local, ou em Reims, com CREAREIMS, a rede para apoio local ao empreendedorismo. Por fim, em Edimburgo, as AA tomaram uma posição intermédia; eram um membro activo dos GAL, acolheram as ideias de Edimburgo de definir um fundo de empréstimo e deram-lhe uma dimensão supra-local e uma massa crítica, ao associar outras oito autoridades locais, mantendo a sua posição neutra ao nível regional. Em todos os casos, quer as AA decidam ou não ser membros dos GAL, é importante que as Cidades criem ligações regulares entre os GAL e as AA, uma vez que claramente é uma forte fonte de motivação para os membros dos GAL, que podem ver que os seus projectos estão realmente a ser tidos em consideração. Os relacionamentos com as AA devem ser oficializados É natural que a primeira abordagem seja iniciada pelas pessoas que estão responsáveis pelos projectos. Mas a experiência em várias Cidades, mostrou que as pessoas podem alterar as suas posições nas Cidades ou nas AA, e isto não deve por os projectos em causa. Para evitar este FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 10 19.07.11 12:46 risco, as Cidades FIN-URB-ACT recomendam que, numa determinada etapa do desenvolvimento 11 do projecto, seja assinado um compromisso formal entre a Cidades e as AA, durante pelo menos o período de duração do projecto. Por exemplo, isto foi alcançado com sucesso em Reims e em Roma, com uma carta de intenções a descrever o conteúdo da cooperação. Adicionalmente, clarifica a situação e alivia a equipa responsável pela implementação do projecto de uma responsabilidade que não pode suportar durante um longo período. A dimensão "álibi" do projecto FIN-URB-ACT O FIN-URB-ACT foi frequentemente utilizado como um bom álibi para testar uma nova abordagem de projectos para ambas as partes - as Cidades e as Autoridades Administrativas. Quando as regras iniciais foram projectadas em separado pelos níveis locais e regionais, deu a oportunidade de criar (ou recriar) ligações entre estes níveis. Por exemplo, em Galati, a cooperação entre a Cidades e as AA era o procedimento normal, geralmente para projectos referentes às infra-estruturas, mas que não foi aplicado para as PMEs apoiadas, onde um grande número de accionistas locais está envolvido. A mesma situação prevaleceu em Aveiro, Gliwice, Reims ou até mesmo em Roma, onde foi uma necessidade urgente coordenar as acções de apoio entre a Cidade e a Região e eliminar as redundâncias. Esta dimensão de “álibi” não deve ser subestimada e as Cidades nos projectos URBACT devem tirar total partido da mesma. Claro que só precisa de ser realizada uma vez, pois pode ser capitalizado a nível local para o futuro. Aveiro, por exemplo, está a planear utilizar o mesmo método para todos os projectos de que estarão responsáveis. FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 11 19.07.11 12:46 12 Grupo de Trabalho II: Apoio Financeiro para Pequenas Actividades Empreendedoras Várias Cidades no FIN-URB-ACT (Aveiro, Edimburgo, Galati, Gijón, Gliwice, Leipzig, Maribor, Reims e Roma) decidiram colaborar nesta questão, porque: x diz directamente respeito aos residentes que pensam em ter um rendimento adicional ou/e tornar o projecto na sua actividade principal; para alguns deles, é a única forma de fazer parte do mercado de trabalho, x o sector privado não está muito interessado neste segmento, uma vez que não é muito lucrativo (pelo menos no início das actividades), x em alguns países pode haver uma provisão abundante de apoio público, mas os empreendedores declaram que não sabem ou não podem aceder a todas as possibilidades e pedem alguma forma de coordenação. Apoiar as empresas não é a competência normal das Cidades; normalmente falta-lhes experiência, não possuem recursos financeiros específicos e, como entidades públicas, devem ser extremamente cuidadosos para não serem considerados como envolvidos na administração de negócios privados com todas as consequências prejudiciais, no caso de dificuldades. Neste caso, a abordagem integrada de URBACT, que dá uma função de coordenação às Cidades dentro de uma rede local de actores competentes, faz sentido. O grupo de trabalho analisou esses tópicos, como mapeamento do apoio público disponível a nível local, pontos de informação coordenados para os empreendedores e expectativas empresariais locais analisadas, em termos de apoio financeiro. Também analisaram a operação de alguns instrumentos de apoio financeiros que pretendiam implementar. Em específico, prepararam um questionário comum que utilizaram para inquéritos nos seus alvos empresariais locais. Foram realizados sete inquéritos1 pelos Grupos de Apoio Local; o mais interessante foi que, apesar de se poder prever resultados semelhantes, uma vez que se supõem que os requisitos das pequenas empresas são semelhantes em qualquer local, os resultados foram diferentes. De facto, estes inquéritos apresentaram uma imagem da percepção das realidades locais pelos negócios, e essas realidades são diferentes. Neste sentido, esses inquéritos simples eram um instrumento interessante para afinar as medidas de 1 Aveiro (P), Edimburgo (RU), Galati (Ro), Gijón (E), Gliwice (PL), Maribor (SLO) e Reims (F) FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 12 19.07.11 12:46 apoio local e as Cidades parceiras no FIN-URB-ACT poderiam recomendar realizar esses 13 inquéritos como pontos de partida para a preparação de um LAP: x podem ser orientadas com precisão para o assunto a ser analisado (aqui apoio financeiro), x podem ser direccionados com precisão para os negócios alvo (algumas Cidades decidiram centrar-se em inícios, outras abrangeram todas as pequenas empresas), x os resultados podem ser facilmente adequados aos membros dos GAL para coordenar as suas acções, e representam uma avaliação segura da situação inicial. Casualmente, o inquérito em Galati também foi utilizado para redesenhar algumas medidas durante a avaliação intermédia de um OP. As Cidades prepararam dois tipos de acções: a) instrumentos financeiros específicos: Leipzig implementou um fundo de microcrédito. É gerido pelo Município com contribuições técnicas das câmaras locais. A nível financeiro, Leipzig não definiu este fundo com as suas AA regionais, mas tirou partido de um regime de apoio existente, implementado a nível nacional pela KfW, com a contribuição dos fundos estruturais europeus (OP nacional para ESF). Fizeram uso de um efeito de vantagem dupla: a contribuição financeira da Cidade foi aumentada pela caixa económica local e este capital local foi multiplicado por cinco, pela contribuição nacional de KfW, o que resulta num nível total de oito vezes o capital investido pelo Município. Este factor mostra facilmente as vantagens da parceria! Edimburgo iniciou um fundo de investimento local, mas as suas AA aperceberam-se que este instrumento poderia ser muito mais eficaz se tivesse uma massa crítica superior; por isso aumentaram a operação de financiamento para oito autoridades locais vizinhas e apoiaram-se na perícia administrativa existente para aumentar a eficácia e reduzir os custos administrativos. Gijón começou a operação de um fundo de capital empreendedor municipal, direccionado para apoiar o desenvolvimento de negócios com elevado potencial e garantindo o seu local em Gijón. b) planos de acção coordenados para apoiar as pequenas empresas locais Aveiro e Galati prepararam planos de acção completos, para apoiar o empreendedorismo a nível local. Roma, Gliwice, Reims e Maribor tiveram uma abordagem mais centrada: Roma apercebeu-se que a sua acção deveria acomodar principalmente os negócios recentemente FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 13 19.07.11 12:46 14 criados, de modo a ultrapassarem com sucesso os seus primeiros três anos de funcionamento; Gliwice reorganizou o seu sistema de informação para as PMEs – junto com os membros dos GAL, prepararam um mapa de instrumentos disponível na Região para o apoio financeiro às PMEs e criaram numa nova base de dados que iriam publicar no sítio Web do Município (resumo dedicado a empreendedores e investidores); Reims redesenhou a sua comunicação na direcção de novos empreendedores; enquanto Maribor está a preparar um plano de revitalização para o centro histórico da Cidade, com a modernização do pequeno negócio nos sectores do comércio e artesanato. No final do FIN-URB-ACT, algumas Cidades perceberam que um dos requisitos de várias pequenas empresas refere-se a uma verdadeira loja de conveniência, o que significa uma coordenação dos actores locais, não só para o registo de novos negócios, mas para toda a vida dos negócios. De facto, eles pretendem que cada negócio possa ter um consultor escolhido entre as organizações de apoio, que possa coordenar com as outras organizações de apoio para aconselhar de modo eficaz sobre uma vasta gama de serviços. É um assunto difícil, mas se houver uma solução para este, provavelmente está relacionada com o funcionamento de um GAL. FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 14 19.07.11 12:46 15 Grupo de Trabalho III: Instrumentos Financeiros e Não Financeiros para Projectos de Alta Tecnologia e Inovadores Todas as Cidades estão interessadas em ter um forte desenvolvimento dos projectos e negócios inovadores e de altas tecnologias na sua região; um elevado potencial de crescimento, uma ligação com a economia do futuro, actividades atractivas e trabalhos, imagem positiva são algumas das vantagens que significam que nenhuma Cidade gostaria de perder estas oportunidades. Foram desenvolvidos vários instrumentos financeiros para projectos inovadores, mas numerosos factores têm uma função importante e os instrumentos financeiros são apenas uma parte. Isto explica a complexidade dos sistemas de apoio local e o grande número de organizações de apoio especializadas. Dentro do FIN-URB-ACT, este grupo de trabalho concentrou-se em instrumentos complementares financeiros e não financeiros e em pacotes de serviço que contribuem para o desenvolvimento e crescimento de negócios de alta tecnologia e inovadores. Acesso orientado para financiar as PMEs de alta tecnologia e inovadoras Na teoria, as Cidades têm a possibilidade de intervir em cada etapa do processo. Mas, normalmente não é da responsabilidade de uma autoridade local pública envolver-se na administração de empresas privadas, especialmente em empreendedorismos de elevado risco e com interesses minoritários. Na prática, as Cidades estão interessadas em apoiar estes projectos (e negócios) para permitir que cresçam, criem empregos e riqueza e, posteriormente, mantê-los na sua região. Normalmente, as Cidades concentram-se nas suas funções e tarefas tradicionais e não se envolvem elas próprias nos negócios, mas melhoram o ambiente para o apoio aos negócios. Contudo, está provado por um estudo de viabilidade global da Cidade de Gijón, que um Fundo de Capital Empreendedor municipal pode actuar como um forte veículo para apoiar negócios inovadores. O Fundo CE é um mandato do acordo “GijónInnova” alcançado pelo Conselho da Cidade e os accionistas sociais (associações empresariais, sindicatos), direccionado para definir e implementar as políticas locais sobre o Desenvolvimento Económico e Emprego. Destina-se a ser a ferramenta mais potente para suportar projectos inovadores e com elevado valor acrescentado. O fundo é constituído por 100% de capital local (financiado pela Cidade) e vai servir como complemento para os instrumentos regionais e nacionais que já estão em funcionamento. FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 15 19.07.11 12:46 16 Os arranques precisam de pacotes de apoio globais Os arranques precisam de pacotes de apoio globais, incluindo apoio não financeiro, principalmente baseado no treino/orientação sobre assuntos técnicos (relacionados com os campos empresariais) e não técnicos (jurídico, marketing, patentes, vendas) e serviços administrativos, apoio financeiro que cobre todas as fases de desenvolvimento do projecto, mas principalmente a fase inicial, com pouco capital de lançamento e flexível, uma boa ligação com banco(s), com esquemas de apoio público (aos níveis nacional e regional) e com investidores privados ("anjos" empresariais, fundos de capital empreendedor). Os "anjos" empresariais cobrem ambas as dimensões de apoio: claro que o apoio financeiro, uma vez que pode consolidar a equidade (que é uma fonte de financiamento com um elevado efeito de vantagem), mas também o apoio não financeiro, uma vez que são frequentemente bons especialistas no(s) seu(s) sector(es) de investimento, e possuem experiência na preparação de planos empresariais aceitáveis. Os pacotes de apoio globais foram estudados pela Cidade de Gijón que está a executar o programa “GijónInnova”, em que os serviços globais de financiamento e consultoria são fornecidos pelos accionistas locais, ou “Aveiro Empreendedor”, um pacote de apoio a PMEs completo, que cobre os campos de incubação, apoio a PMEs, estimulação do empreendedorismo nas escolhas e estimulação da cultura empreendedora na Cidade de Aveiro. As universidades podem ter um papel decisivo na estimulação de uma atitude empreendedora entre os estudantes As universidades estão numa posição que lhes permite ensinar os estudantes e demonstrar-lhes que tornar-se num empreendedor pode ser uma opção para o futuro. Também precisam de ter a capacidade de oferecer pacotes de apoio globais básicos para os seus alunos empreendedores. Espera-se que possam apresentar a experiência técnica, crítica em projectos de alta tecnologia/tecnológicos. Neste último papel, frequentemente são a principal fonte de experiência. É por esse motivo que a sua função é tão importante, uma vez que estão numa posição de apoio aos nossos empreendedores na avaliação correcta do seu risco técnico e darlhes confiança nos seus projectos. Uma condição importante para isto ser possível é que alguns professores sejam eles próprios empreendedores ou, pelo menos, estejam abertos ao empreendedorismo. Foram estabelecidos programas de aconselhamento comuns de empreendedores que provêm do lado prático, em combinação com académicos da universidade: por exemplo a Cidade de Aveiro, através do programa PREBIZ, ou o Centro de FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 16 19.07.11 12:46 Transferência Tecnológica de Edimburgo (ETTC), que oferece uma ponte importante entre os 17 laboratórios da universidade e as instituições de investigação e o mundo empresarial. Nem todos os projectos de alta tecnologia precisam de instrumentos de apoio extremamente sofisticados O que foi visto em praticamente todas as Cidades é que, além da experiência técnica (que pode ser um assunto complicado, mas está tradicionalmente prevista nas universidades técnicas), muitos projectos de alta tecnologia só precisam de apoio base durante a sua fase inicial, tal como pequenas instalações com renda barata, serviços administrativos, financiamento inicial pequeno, serviço jurídico básico, serviços de contabilidade e consultoria financeira. Estes projectos formam geralmente a maioria dos arranques locais. As Cidades devem certificar-se que esses serviços básicos também estão disponíveis a nível local, sem sofisticação inútil (e dispendiosa). Desenvolvimento de alianças estratégicas A Cidade de Linz desenvolveu uma metodologia de mapeamento das instalações de apoio existentes, indicando a posição específica de cada fornecedor de serviço numa infra-estrutura completa de apoio à PME e encontrando falhas dentro desta estrutura. Uma troca intensa entre todos os accionistas mostrou que a competição entendida entre os accionistas pode ser limitada pelas alianças estratégicas, tendo sido reconhecido que existe uma menor sobreposição das competências essenciais do que o previsto. O modelo é aplicável para outras Cidades, como a Cidade de Aveiro, que testou a mesma metodologia, e a Cidade de Gliwice, que pretende desenvolver um processo semelhante, com base no mesmo modelo. Para estabelecer alianças interligadas, é pré-condição um longo processo de definição de confiança entre cada accionista. Na etapa seguinte, essas alianças deverão ser formalizadas, para alcançar uma estabilidade necessária, que é fortemente exigida no arranque. Apesar disso, a eficácia, confiança e cooperação estável entre os accionistas demoram bastante tempo a ser estabelecidas e têm de ser elaboradas reuniões constantes e uma estratégia para manter as redes vivas. As Cidades podem ter uma função importante, uma vez que actuam como um ponto importante e necessário. Como consequência, a concorrência entre cada actor é diminuída e pode ser disponibilizado um aconselhamento e apoio mais específico e orientado. FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 17 19.07.11 12:46 18 Desenvolvimento de uma massa crítica para apoio eficaz Os programas de apoio local precisam de um financiamento impressionante, que poderá parecer estar fora do alcance para várias Cidades. Desse modo, é necessária uma massa crítica para apoiar os sectores inovadores de forma eficaz. A Cidade de Edimburgo oferece uma infraestrutura de apoio complementar global para projectos inovadores, formando um grupo importante, em particular para as PMEs do sector da ciência da vida. Isto é caracterizado por uma forte interface entre as instalações académicas, as incubações empresariais e físicas e virtuais que se centram em redor das massas críticas. Pode ser estabelecido um processo de inovação aberto entre os accionistas privados e públicos. Tal processo de inovação aberto é caracterizado através de um elevado fluxo de conhecimento tácito, através de várias formas de cooperação, desde redes soltas até acordos contratuais de troca de conhecimento entre os negócios, peritos e as instalações educacionais. Em Espanha, GijónInnova é um programa bastante completo para os sectores inovador/de alta tecnologia em Gijón. Aí, os sectores apoiados foram cuidadosamente seleccionados em relação às forças locais e os negócios apoiados foram orientados numa abordagem complementar com a região, de modo a evitar sobreposições. A Cidade de Aachen segue um projecto de grupo além-fronteiras entre a Alemanha, Holanda e a Bélgica, denominado de TTR ELAt. Em qualquer um dos casos, os grupos parecem ser a base para actividades de apoio eficazes. Desse modo, o território adequado para formar estes grupos com uma massa significativa pode ser encontrado localmente ou dentro das regiões vizinhas. Detecção de projectos promissores Para encontrar bons projectos com uma boa hipótese de conseguir acesso aos fundos através de, por ex. empréstimos, "anjos" empresariais ou capital empreendedor, é necessário um processo de avaliação cuidado. Principalmente, os projectos extremamente inovadores não podem ser simplesmente considerados como projectos normais, mas sim como projectos com um processo de desenvolvimento complexo. O incubador de alta tecnologia tech2b na Cidade de Linz utiliza com sucesso o processo Stage – Gate. Este processo é combinado com campanhas de consciencialização completas e observação orientada nas redes de inovação local, que são pré-condições necessárias, coordenadas pela Cidade de Linz e os accionistas locais para o apoio à PME. FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 18 19.07.11 12:46 Acesso a experiência através de associações de peritos externos 19 O acesso ao financiamento também exige o acesso a várias fontes de experiência. Embora as Cidades apresentem frequentemente incubadores bem dotados, existe por vezes uma falta de experiência necessária nessas instalações. Desse modo, a formação e assistência técnica devem ser fornecidas por associações de peritos externos e instituições especializadas. Tal programa foi desenvolvido na Cidade de Aveiro com o Bizness PREVIEW. Nesse programa, são disponibilizados conceitos de consultoria e negócios, assim como supervisão da implementação de novos negócios pelos accionistas da universidade e empreendedores externos, de modo a oferecer orientação académica e prática num processo de fertilização mútua durante o arranque. O projecto TTR ELAt disponibiliza um conjunto de peritos com um orçamento adicional. Os peritos para os projectos inovadores e de alta tecnologia têm de estar bastante próximos das questões de tecnologia, mas ao mesmo tempo têm de ser peritos na transferência dos resultados da investigação em projectos concretos. Além disso, a atracção da perícia externa depende da visibilidade do grupo, e por isso alcançar uma massa crítica é um problema crucial. O apoio para os projectos de alta tecnologia é bastante mais complexo no sector das biotecnologias, onde a massa crítica para o grupo pode ser alcançada em Leipzig, a Cidade em parceria com a caixa económica, que definiu uma organização ad-hoc "Bio-City Leipzig", direccionada para reunir a experiência local e disponibilizar um enquadramento para a rede local de investigação e empresas locais. FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 19 19.07.11 12:46 20 Grupo de Trabalho IV: Comunicação sobre o Apoio às PMEs Conceber instrumentos de apoio eficazes é um bom resultado, mas o verdadeiro objectivo é conceber instrumentos de apoio que sejam realmente exigidos e utilizados pelas empresas. Desse modo, o ponto essencial deste grupo de trabalho foi elaborar e mostrar possibilidades sobre como alargar as actividades relativas ao apoio das PMEs e como comunicar as ofertas de modo eficaz às PMEs. A diferença reside na qualidade da visibilidade e na política de comunicação ao nível local. As PMEs tornam isto num exercício difícil, uma vez que exigem continuidade (ambiente estável e previsível) e a maioria da credibilidade é criada numa informação entre utilizadores. São necessários instrumentos de concepção consistentes e uma "linha vermelha" clara. Dentro do FIN-URB-ACT, todas as Cidades possuem um plano de comunicação forte. As Cidades mostraram durante as reuniões de trabalho comuns que a comunicação é um dos pontos fortes das tarefas diárias dos municípios. Geralmente possuem a capacidade de comunicação e têm a capacidade de unir todos os actores locais. Foram discutidos diferentes exemplos de campanhas de informação diária e de comunicação em geral, por exemplo, nas Cidades de Edimburgo, Galati, Roma, Leipzig, Reims, Aveiro, Gliwice e Linz. Comunicação externa A comunicação externa tem de ser realizada de modo a alcançar vários grupos alvo, tais como a comunidade empresarial e as suas organizações representativas, as organizações de suporte e os decisores ao nível mais elevado. De facto, praticamente todas as Cidades tiveram a experiência de que os potenciais investidores (particularmente os provenientes do exterior) ou empreendedores se podem perder num labirinto de informação pouco claro de várias instalações e serviços de apoio, produtos e eventos, já que a maioria da informação valiosa co-existe sem estar realmente interligada. Foi revelada uma utilização crescente das páginas Web como uma valiosa ferramenta de comunicação. A Cidade de Aveiro criou uma estratégia de comunicação como parte do pacote de apoio global às PMEs "Aveiro Empreendedor”. Dentro da estratégia de comunicação, foi instalada uma página Web como local de ajuda virtual. Por conseguinte, Aveiro vai utilizar um modelo de conveniência de modo virtual ao interligar a ramificação de diversas instalações de apoio de um modo claramente disposto e mais frutífero na forma de uma "página Web integrada". De modo a aumentar a visibilidade da infra-estrutura de apoio, a Cidade de Gliwice criou um sítio Web sobre o modelo desenvolvido em Edimburgo e trabalham num Ponto de Informação FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 20 19.07.11 12:46 Local em Gliwice, que será colocado na Sede municipal. A informação disponibilizada pelo 21 Ponto de Informação será ligada a um mapa do regime de apoio público, uma vez que o inquérito às PMEs que foi realizado na Cidade mostrou que os empreendedores precisam de uma orientação clara para descobrir as respectivas instalações de apoio e os peritos que oferecem os serviços necessários. De modo a agir contra essas faltas, a Cidade de Linz desenvolveu uma metodologia de mapeamento para oferecer uma visibilidade clara da maioria das instalações de apoio locais. Um resultado importante é um compasso base (Gründerkompass) que apresenta uma visão geral completa dos serviços locais, orientados para necessidades específicas em cada etapa da fase de arranque das PMEs. A Cidade de Roma estabeleceu um serviço que prevê enviar um e-mail a cada nova empresa que acabou de ser registada na Câmara do Comércio, onde agradecem à empresa por ter aberto um escritório na região de Lazio e a informam sobre os instrumentos actuais públicos e privados que apoiam o desenvolvimento das PMEs (por ex. Fundos de garantia, Fundos VC, serviços públicos não financeiros, etc.). No final do e-mail também pode ser indicada a pessoa que envia o e-mail e/ou contactos, ligações, assim como uma "linha de apoio" dedicada às novas empresas. Tendo estabelecido o ESIF, a comunicação através da Cidade de Edimburgo está interligada com uma plataforma de comunicação geral, dedicada a arranques de empresas - o Portal Empresarial (Business Gateway). Este pode agir como uma boa prática para a comunicação externa. A Cidade está envolvida na rede do Portal Empresarial, baseando-se na experiência da Câmara de Comércio local e outros parceiros e obtendo lucros dos benefícios de uma rede regional/nacional (qualidade, visibilidade, comunicação, apoio), que reduziu os custos e melhorou o conhecimento. Dentro do FIN-URB-ACT, a Cidade de Reims colocou um ponto central forte nas campanhas de comunicação da rede CREAREIMS. Esta rede une todos os accionistas locais envolvidos na criação de negócios, sob a coordenação do Município. Um inquérito realizado por um consultor externo mostrou que existe também uma forte necessidade para a auto-promoção desse tipo de rede. Como consequência, foi desenvolvida uma marca comum e foram preparados vários eventos e ferramentas de comunicação. FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 21 19.07.11 12:46 22 Comunicação interna A comunicação interna das ferramentas de apoio das PMEs tem de ser realizada dentro dos departamentos municipais, de modo a que a dimensão das PMEs seja considerada quando as medidas que afectam as empresas são contempladas. Nas primeiras etapas, a estratégia de comunicação do Fundo de Microfinanças de Leipzig foi direccionada para o sector bancário comercial. O objectivo era induzir melhor os bancos para a disponibilização de microfinanciamento. Os bancos eram abordados em relação à disponibilização de contribuições financeiras para o fundo e para apoiar o processo de decisão sobre empréstimos individuais. Como consequência, a comunicação para os políticos locais tornou-se mais importante. O objectivo era receber o consentimento do Conselho da Cidade, para estabelecer um esquema de microempréstimo, para obter uma decisão sobre o financiamento para microempréstimos. O Conselho da Cidade aprovou o projecto FIN-URB-ACT com uma clara maioria e concordou de forma unânime com o esquema de microempréstimo e em disponibilizar apoio financeiro local ao fundo. A Cidade de Gliwice também se centrou na comunicação interna dentro do município, de modo a aumentar a consciencialização sobre o apoio às PMEs. Discussões dentro dos Grupos de Apoio Local do FIN-URB-ACT mostraram que, além dos municípios, é necessária a comunicação interna entre os diferentes accionistas da comunidade de apoio local às PMEs. A Cidade de Linz e a Cidade de Aveiro realizaram esta experiência durante o processo de mapeamento. Foi necessário um processo longo e de cuidada negociação com todos os respectivos accionistas, durante a discussão das diferentes posições e das respectivas tarefas de cada actor dentro da infra-estrutura de apoio local às PMEs. Colocar a consciencialização crescente sob eventos de protecção A segunda ideia estratégica para utilizar os efeitos de sinergia de comunicação é utilizar eventos maiores, como captação geral para organizar eventos mais pequenos relacionados com o mesmo tópico ou área. Até agora, foram muitas vezes realizados diferentes eventos, como eventos sobre incubação de empresas de instrumentos financeiros adequados, que precisam de ser competitivos. Aveiro utilizou a Semana Europeia das PME 2010 e realizou quatro eventos diferentes, executados mutuamente pelos membros deste Grupo de Apoio Local. A abordagem é semelhante na Cidade de Linz. Utilizaram o Ano Europeu de Criatividade e Inovação e Linz como a Cidade Europeia da Cultura 2009 para impulsionar o sector da indústria criativa na Cidade. Os accionistas particulares deveriam estar mais voltados para desviar as pessoas para eventos locais e para atrair mais potenciais accionistas para contribuir (obter a massa crítica) ao explorar este tipo de eventos de protecção. FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 22 19.07.11 12:46 Ensinar o empreendedorismo 23 Além disso, as questões de comunicação incluíam a tarefa de ensinar o empreendedorismo e aumentar a consciencialização entre os jovens, para mostrar que ser um empreendedor pode ser uma boa abertura e oportunidade para a vida profissional futura. A Cidade de Aveiro está envolvida no pacote de apoio completo "Aveiro Empreendedor", uma ferramenta para ensinar o empreendedorismo nas escolas secundárias. A Cidade de Gliwice e a Cidade de Galatin começaram a colaborar com as instituições académicas locais. Ensinar o empreendedorismo é eficaz, caso haja trabalho sobre casos intimamente relacionados com a realidade local. As oportunidades existem ou podem ser implementadas a nível local e os alunos aprendem através de exemplos da vida real. Se os alunos estiverem ligados com as organizações de apoio local, significa que os seus projectos serão normalmente enraizados localmente e irão desenvolver-se localmente, caso sejam implementados. Se as Cidades apoiarem os programas de ensino, irão desejar que esses programas tenham resultados locais e isto pode ser uma forma de garantir que os programas de ensino têm recompensas positivas para a economia local. Contudo, a experiência realizada no projecto FIN-URB-ACT também mostrou que a cooperação íntima com as universidades nem sempre é disponibilizada. Uma instituição académica é principalmente personalizada para uma pessoa (um professor). Se esta pessoa não pretender colaborar ou simplesmente não estiver interessada numa abordagem integrada, é difícil instalar uma plataforma de troca. FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 23 19.07.11 12:46 24 Conclusões Gerais do FIN-URB-ACT Todos os planos de acção local são diferentes Todos os Planos de Acção Local executados pelas Cidades parceiras do FIN-URB-ACT são diferentes: alguns dizem respeito à implementação do apoio financeiro directo às PMEs com instrumentos técnicos, como o fundo de microcrédito municipal em Leipzig, o fundo de capital empreendedor municipal em Gijón ou o Fundo de empréstimo do Este da Escócia em Edimburgo. Outras são novas acções multi-anuais coordenadas a favor das PMEs locais, como Aveiro Empreendedor em Aveiro, o programa completo submetido pelas Autoridades Administrativas em Galati ou o programa de apoio à consolidação de novas empresas em Roma. Algumas Cidades tiraram partido da legitimidade dada por um projecto URBACT para iniciar uma parceria local duradoura, como Gliwice, com o seu centro de informação coordenada para as PMEs locais, ou Maribor que preparou a possibilidade de execução de um plano de revitalização do centro histórico da Cidade. Por fim, outras Cidades melhoraram os seus métodos de administração local: Linz implementou um novo método para garantir a coordenação entre os accionistas que oferecem apoio às PMEs inovadoras locais. Um aspecto interessante deste método é o facto de se basear na preparação de um consenso entre os parceiros locais nos campos que cobrem respectivamente e que, pode ser transferido com sucesso para outra Cidade parceira (Aveiro); desse modo, este método pode ser considerado como uma boa prática. Aachen precisou de consolidar uma parceria com os accionistas situados em dois Estados-Membros vizinhos e está a iniciar uma Euro-região, enquanto Reims redefiniu a operação da sua rede de apoio local para novas empresas. Mas o FIN-URB-ACT iniciou um processo de mudança O que é claro em todas as Cidades parceiras é que o projecto FIN-URB-ACT produziu alterações significativas com as situações iniciais; como consequência, as Cidades parceiras avaliam os seus Planos de Acção Local (e o seu nível de satisfação) não em termos absolutos, mas no processo de mudança que foi implementado a nível local, uma vez que as situações iniciais eram bastante diferentes em todas as Cidades. As Cidades são pontos focais para projectos integrados locais O FIN-URB-ACT demonstrou que as Cidades possuem a capacidade de preparar projectos integrados, sendo um parceiro coordenador reconhecido, eficaz e aceite: FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 24 19.07.11 12:46 x para os accionistas locais que se tornam membros dos Grupos de Apoio Local. A este 25 respeito, as Cidades criaram parcerias duradouras e recomendam contemplar dois níveis de envolvimento: um grupo principal de parceiros locais que irão participar em todos os projectos e parceiros ad-hoc que serão integrados, quando os assuntos assim o necessitarem, x para as Autoridades Administrativas que geralmente apreciam esta capacidade de conceber e implementar projectos de grande escala, cobrir todas as dimensões das acções, num território consistente, com todos os accionistas locais. Além disso, as Cidades são organizações públicas, submetidas aos procedimentos de controlo público e oferecendo garantia pública. Poucos operadores, além das Cidades, possuem esta capacidade de criar projectos integrados com uma legitimidade territorial e uma garantia pública. As Cidades parceiras recomendam que as Autoridades Administrativas sejam contactadas na fase inicial do projecto, mas não foi tomada nenhuma posição definida sobre as possíveis vantagens das Autoridades Administrativas serem um membro dos Grupos de Apoio Local. Algumas Autoridades Administrativas aceitaram tornar-se membro, outras preferiram manter uma posição mais neutra. Mas em todos os casos, a presença das AA nos projectos é um factor importante que aumentou o envolvimento e o empenho de todos os outros accionistas locais. As Cidades devem tomar a iniciativa Geralmente, as Cidades tomavam a iniciativa de contactar e envolver os accionistas locais e as Autoridades Administrativas; a aceitação desta iniciativa era bastante favorável e todas as Cidades parceiras recomendavam fortemente que as Cidades, que teriam um papel fulcral nos projectos locais, dessem os primeiros passos na direcção dos membros dos GAL e das Autoridades Administrativas. Casualmente, o FIN-URB-ACT foi por vezes utilizado como um "álibi" para contactar todos os parceiros, uma vez que o projecto, com o seu reconhecimento oficial por uma "autoridade" ao nível Europeu, dava legitimidade para esta nova abordagem ocasional. Este álibi (onde/quando necessário) foi usado apenas uma vez, no início dos projectos locais, uma vez que os parceiros locais depressa entenderam os potenciais benefícios desta abordagem. Os Peritos, com a sua posição de "neutralidade" externa, também podiam trazer um contributo valioso para esses contactos e as Cidades parceiras recomendam que os peritos de rede sejam utilizados para este fim, caso seja necessário. As Cidades do FIN-URB-ACT também iriam recomendar que o Secretariado URBACT e/ou as unidades de coordenação nacional FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 25 19.07.11 12:46 26 publicassem mais informação na direcção das AA, sobre a necessidade de participarem nos projectos URBACT. Isto não significa que as AA se devam sentir obrigadas a aceitar/financiar o LAP; significa que os membros dos GAL iriam gostar de receber algum comentário da parte das AA. Os programas de financiamento devem ter a possibilidade de "alojar" projectos integrados Se as Cidades tiverem uma capacidade apreciada para preparar e organizar projectos integrados significativos, os programas de financiamento devem, do mesmo modo, ter a capacidade de cobrir, de "alojar" esses projectos e esta preocupação deve prevalecer na etapa inicial, quando os programas de financiamento são concebidos. A este respeito, as Cidades recomendam ser consultadas pelas Autoridades Administrativas nas etapas iniciais da preparação do financiamento, para que possam exprimir os seus pontos de vista sobre o tipo de projecto que será criado durante os anos seguintes. Foram consideradas no FIN-URB-ACT várias formas de consultoria dos Municípios pelas AA, mais ao menos completas, formais ou caso a caso; não podendo ser formulada nenhuma recomendação restrita sobre a geometria deste processo de consultoria, uma vez que as situações podem variar significativamente nas regiões em termos de dimensão das Cidades, peso na economia regional, relação com o interior ... mas uma solução aceitável poderá ser uma “plataforma de consultoria” com as maiores Cidades da região, de modo a que os programas de financiamento possam incluir a dimensão urbana e o tipo de projectos integrados que as Cidades podem coordenar. Troca de experiência Europeia O FIN-URB-ACT não é apenas uma oportunidade para conceber Planos de Acção Local integrados; é também uma oportunidade para trocar experiência entre as Cidades dos vários Países, por vezes apenas para provar que são possíveis diferentes abordagens e permitir a inovação local. Foi delineada uma tabela de troca de experiências (documento anexo) que mostra o quão ricas eram estas trocas, entre TODAS as Cidades parceiras, provenientes dos antigos ou dos novos Estados-Membros. De salientar que esta tabela mostra apenas parte da realidade - trocas entre Cidades - mas não há dúvidas de que outros membros dos GAL também beneficiaram dos contactos com outros parceiros (quando tiveram a possibilidade de participar nas reuniões de rede). Os representantes das AA também indicaram que os contactos com os seus colegas noutros Estados-Membros foram bastante frutíferos e poderiam levar a abordagens mais inovadoras nos procedimentos para a administração de fundos. FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 26 19.07.11 12:46 Rotulagem Europeia 27 Ser um parceiro num projecto reconhecido por um programa Europeu é uma dimensão adicional por si mesma; para algumas Cidades parceiras, trouxe legitimidade para contactar os accionistas locais para formar os GAL e convencê-los de que devem fazer parte do projecto. Também legitimou a abordagem das AA para um novo projecto com um novo modus operandi. Para alguns, é um elemento de visibilidade ao nível Europeu que melhora (moderadamente) a imagem do Município. Mas em todos os casos, justificou internamente as despesas para cobrir alguns custos extra (mesmo que modestos) que normalmente não surgem no funcionamento diário de um Município. É interessante reparar que esta dimensão de rotulagem Europeia foi muito importante no início do projecto, mas diminuiu regularmente, excepto para os aspectos financeiros; esta é a prova de que a metodologia foi completamente assimilada e que os seus benefícios se tornaram óbvios para todos. Os procedimentos podem ser simplificados, principalmente no que diz respeito a despesas menores que formam a maioria das linhas de orçamento, onde existe uma nova possibilidade de utilizar montantes fixos e diários. Isto é ainda mais evidente se considerarmos as Cidades como entidades públicas que já se submeteram a todas as formas de controlo público a vários níveis. A metodologia URBACT II é uma boa prática por si mesma Para a maioria das Cidades parceiras envolvidas no FIN-URB-ACT, a metodologia URBACT II, cujas principais características são: x iniciativa e coordenação pela Cidade, x criação de um GAL para concepção e implementação do projecto, x participação de uma AA, x troca de experiência com outros parceiros Europeus, x suporte de um perito com experiência, foi inovadora e trouxe resultados inesperados, especialmente se nos referirmos aos modestos orçamentos que foram atribuídos inicialmente. Todos consideraram esta metodologia como FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 27 19.07.11 12:46 28 uma boa prática por si mesma que podia/devia ser utilizada para muitos outros projectos dos quais as Cidades eram responsáveis. Alguns aspectos podem ser facilmente adoptados: aqueles com uma dimensão local. A formação do Grupo de Apoio Local e um contacto prévio com as AA pode ser facilmente executado pelas Cidades, especialmente assim que tiverem a experiência de um projecto URBACT, uma vez que estes aspectos não exigem "custos especiais", isto é, custos que não fazem parte do funcionamento diário das organizações. Para essas acções, as Cidades recomendam que a uma determinada etapa do desenvolvimento, as relações com os accionistas sejam "institucionalizadas"; no início do projecto, provavelmente começaram numa base pessoal, mas após algum tempo, para garantir alguma estabilidade e para se certificarem que o projecto local pode ser executado com sucesso até o seu final, estas relações devem ser confirmadas e "oficializadas" por um compromisso, pelo menos durante o período do LAP. A dimensão europeia necessita de mais atenção em termos de detecção de parceiros nos outros Estados-Membros, selecção de peritos competentes e cobertura dos custos para a organização das reuniões nos vários países: x detecção de parceiros: O resultado de uma rede depende fortemente das contribuições de cada um dos seus membros. As Cidades parceiras no FIN-URB-ACT consideram que a sua parceria tem sido bastante equilibrada e bem sucedida. Mas também sabem que têm bastante sorte na sua selecção das 11 Cidades parceiras, uma vez que esta parceria se baseou apenas numa prospecção bastante limitada, contactos pessoais, conversas de circunstância... Recomendam que seja implementada alguma ferramenta de apoio pelo Secretariado URBACT para facilitar a detecção de possíveis parceiros, com base em critérios transparentes e objectivos. Sugerem que seja criado um resumo de "parceria" na página Web URBACT, a oferecer a possibilidade a todos os parceiros interessados de publicarem um anúncio de meia página com as principais características do parceiro e do projecto que têm em mente. Claro que a utilização de anúncios são seria obrigatória para os parceiros e nem implicaria qualquer responsabilidade do Secretariado. FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 28 19.07.11 12:46 x selecção de peritos: 29 O sistema actual com o grupo de peritos acreditados no sítio Web URBACT parece satisfatório para os parceiros. Oferece vantagens em termos de transparência, número/escolha de peritos e simplicidade do procedimento de selecção. x cobertura dos custos de rede: Para os projectos aprovados, os custos de rede são cobertos pelas contribuições dos parceiros e por um subsídio. Este subsídio tem uma dimensão dupla: x é a materialização da "boa qualidade" do projecto, que apresenta internamente legitimidade para fazer parte deste projecto: dimensão “suave”, x cobre os custos que normalmente não são devidos aos orçamentos dos parceiros (custos de deslocação, organização de reuniões, formação...): dimensão “dura”, Após a experiência de fazer parte do projecto FIN-URB-ACT, as Cidades parceiras gostariam de ter a oportunidade de definir uma rede Europeia e implementar a metodologia URBACT II para encontrar soluções para vários problemas, sem estarem cingidas à rigidez necessária do programa URBACT, por exemplo, calendário das chamadas, procedimentos, etc. Por outras palavras, pretendem que esta metodologia seja transmitida. A dimensão "suave" pode ser superada nas mãos de profissionais experientes, a dimensão "dura" precisa de um procedimento inovador; os parceiros sugeriram que seja feita alguma investigação na direcção de formar redes de uma Cidade/AA subsequente que cubram os seus próprios custos através da contribuição da Cidades e um pequeno subsídio local (na linha do orçamento para assistência técnica na OP, por exemplo) de modo a que cada "subsequência" pudesse cobrir os seus próprios custos na rede e iria contribuir para os custos de rede partilhados em partes iguais. Isto iria garantir uma boa motivação para as Cidades e as AA para colaborarem e iria tornar o método bastante flexível em termos de calendário e escolha dos assuntos. Em conclusão, para as 11 Cidades parceiras, o FIN-URB-ACT provou ser um projecto bastante frutífero e o seu resultado vai bem além do previsto em tais orçamentos tão limitados. O valor adicionado diz respeito não só aos aspectos técnicos do apoio financeiro das PMEs locais. Está também relacionado com as alterações nos relacionamentos com os actores locais, novo entendimento da dependência mútua entre os níveis local e regional e poderia tornar-se num teste para a implementação de novas formas de encontrar soluções com uma dimensão europeia. FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 29 19.07.11 12:46 30 CONTACTOS PARCEIRO GERAL Cidade de Aachen Luise Clemens Wirtschaftsförderung und Europäische AngelegenheitenAureliusstraße 2, 52064 Aachen, Germany Telefone: 0049 - (0)241 - 432 – 7634 e-mail: [email protected] PERITO GERAL Patrick Fourguette e-mail: [email protected] COORDENADOR TEMÁTICO Associação alemã para o desenvolvimento de alojamento, urbano e espacial Jonas Scholze 47-51, Rue du Luxembourg 1050 Brussels, Belgium Telefone: +32 (0)2 550 16 13 e-mail: [email protected] FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 30 19.07.11 12:46 31 ANEXO: Detalhes de Contacto da Parceria Cidades Aachen (Parceiro geral) Aveiro Edimburgo Pessoa de contacto Telefone 31 E-mail Luise Clemens +49 241 432 7634 [email protected] Liana Costea +49 241 432 7681 [email protected] André Costa +35 123 440 6300 [email protected] Charlie Shanlin +44 131 529 3208 [email protected] Roger Horam +44 131 221 3189 [email protected] Galati Costel Hanta +40 236 323136 [email protected]; [email protected] Gijon Pablo de la Fuente +34 985 30 82 21 [email protected] Gliwice Katarzyna Kobierska +48 32 239 1100 [email protected] Anna Sakarajda-Ziober +48 32 239 1100 [email protected] Brigitte Brück +49 341 123-5810 [email protected] Uta Johannes +49 341 123 5835 [email protected] Wennemar de Weldige +49 341 123-5848 [email protected] Barbara Kovsca-Sagmeister +43 7070 2316 [email protected] Markus Costabiei +43 732 9015 5638 [email protected] Anreja Budar +38 622 20 1408 [email protected] Katja Lenic Salamun +38 622 20 1338 [email protected] Reims Nathalie Marie +33 326778759 [email protected] Roma Giuseppe Panebianco +39 339 6520 488 [email protected] Walter Nastasi +39 06 85339219 [email protected] Paola Procaccini +39 0 6 67106295 [email protected] Perito Geral Patrick Fourguette +32 2343 9591 [email protected] Associação da Caixa de Poupança Alemã Lothar Blatt +32 274 016 10 [email protected] Associação Alemã para o Desenvolvimento de Alojamento, Urbano e Espacial (Coordenador Temático) Jonas Scholze +32 2 550 1613 [email protected] Leipzig Linz Maribor FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 31 19.07.11 12:46 an URBACT II project URBACT é um programa de intercâmbio e aprendizagem Europeu, que promove o desenvolvimento urbano sustentável. Permite às Cidadestrabalharem em conjunto para desenvolver soluções para maiores desafios urbanos, reafirmando a função principal que desempenham ao encararem desafios sociais cada vez mais complexos. Ajudaas a desenvolver soluções pragmáticas que são novas e sustentáveis e que integram as dimensões económicas, sociais e ambientais. Permite às Cidades partilhar as boas práticas e as lições aprendidas com todos os profissionais envolvidos na política urbana em toda a Europa. URBACT engloba 181 Cidades, 29 países, e 5.000 participantes activos. www.urbact.eu/project FIN-URB-ACT is co-financed by the European Union under the URBACT II programme. FIN_URB_ACT_Broschüreprojektergebnisse_DIN_A4_PT_1107.indd 32 19.07.11 12:46
Documentos relacionados
Abril 2014
enquadramento do URBACT II encorajámos as cidades a identificar e a estudar boas práticas, no URBACT III as cidades tentarão reutilizar essas boas práticas, analisando como estas podem ser adaptada...
Leia mais