Na região Sul
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Na região Sul
Com isso, ele pode não só reduzir o imposto a pagar ou, até mesmo, ter direito à restituição. Luciano Marcos da Silva, da Niners Corretora de Seguros, lembra que além do benefício tributário, o poupador deve ter a consciência de que a previdência privada é uma complementação para a sua aposentadoria. “Se a previdência privada fosse vendida como uma complementação para a aposentadoria e não apenas um investimento, não teríamos tanto problema de resgates na indústria, que só devem ocorrer em última instância. O produto ainda é muito comercializado como transferência de recursos da poupança para a previdência”, opina ele. Ao visualizar o plano de previdência como uma reserva para uma renda extra na aposentadoria, o poupador, conforme especialistas, estará mais seguro em momentos voláteis que são comuns na indústria fi nanceira e nos quais nem sempre se perde. Há também chances de ganhar recursos como agora nos quais os gestores estão obtendo maior retorno das aplicações devido aos juros maiores mesmo diante da volatilidade dos mercados. Na região Sul No Sul do Brasil, apesar de ocupar o posto de segunda região mais relevante em depósitos no segmento de previdência privada, a consciência das pessoas em relação à necessidade de investir no produto com a visão de longo prazo está em linha com o patamar nacional, segundo corretores da região. Somadas as produções do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul respondem por 14,3% da receita nacional da indústria de previdência privada, segundo a Fenaprevi. O corretor da Região Sul, Luiz Antonio Mordini, sócio-gerente da corretora Planos & Metas, conta que o fato de a venda de previdência privada ajudar na retenção do cliente sempre pesou nas receitas. No entanto, ele reclama da elevada concorrência no segmento e ainda falhas por parte das seguradoras independentes, que têm no corretor um de seus canais principais de distribuição. “As seguradoras independentes perderam espaço por falhas exclusivas delas mesmas, despertando uma atuação mais vigorosa pelas ligadas a bancos”, conta ele. Diferente do que acontece com seguro de pessoas, não há players locais na região Sul que atuam no segmento de previdência privada. Em geral, as líderes do setor também dominam este mercado. Uma novata no segmento é a empresa que está sendo constituída pelo banco de investimento BTG Pactual. A companhia recebeu autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para operar nos ramos de pessoas e previdência em maio último. Batizada de BTG Pactual Vida e Previdência, a empresa terá capital social de R$ 30 milhões. O foco inicial será ofertar produtos customizados para o público de gestão de fortunas (wealth management) da instituição, criando uma nova frente de concorrência para players já tradicionais neste público tais como Icatu e SulAmérica. A nova seguradora está em linha com a estratégia do banco de ter uma plataforma global de seguros. “Nossa ideia era estruturarmos uma plataforma global em seguros apenas a partir do ano que vem, mas antecipamos para este exercício por conta da aceleração dos negócios”, explica André Gregori, sócio e presidente da seguradora e resseguradora do BTG Pactual.