prova residência médica

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prova residência médica
PROVA DE RESIDÊNCIA
MÉDICA – 2016
COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA – COREME
PROVA DE RESIDÊNCIA MÉDICA – 2016
CADERNO DE QUESTÕES
Local:
Universidade Unigranrio
Campus I - Duque de Caxias
Data
Duração da Prova
31/01/2016
Início Previsto: 09H
Término Previsto: 14H
Nome do Candidato:
Número de Inscrição:
INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA PROVA
1. Esta prova é composta de 60 (sessenta) questões de múltipla escolha, sendo 04 (quatro)
alternativas, das quais apenas uma está correta; São questões de conhecimento na área de Clínica
Médica, Cirurgia Geral, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia; Medicina Preventiva e Social;
2. O candidato terá de usar caneta esferográfica azul ou preta e não serão aceitas rasuras e nem
o uso de corretivo no Cartão de Respostas;
3. O candidato não poderá utilizar nenhum equipamento eletrônico durante a realização da
prova;
4. O candidato deverá identificar o Cartão de Respostas no local indicado pelo fiscal; O Cartão de
Respostas deverá ser entregue ao término da prova.
5. O Caderno de questões poderá ser levado pelo candidato faltando 1 (uma) hora para o término
da prova;
6. O candidato só poderá ausentar-se do local de realização da prova após 1 (uma) hora de seu
efetivo início;
7. O candidato deverá assinar a lista de presença, na linha correspondente ao seu nome, de
acordo como assinado no seu documento de identidade.
8. Você dispõe de 05 (cinco) horas para a realização da prova, incluindo o preenchimento do
Cartão de Resposta;
9. Os 3 (três) últimos candidatos só poderão deixar o local de realização da prova junto.
Boa Prova!
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PROVA DE RESIDÊNCIA MÉDICA – 2016
CADERNO DE QUESTÕES
1. Mulher, 70 anos, apresenta paralisia facial central após AVE no hemisfério
cerebral D. O déficit de forças será detectado em:
a) hemiface inferior E.
b) toda a hemiface D.
c) toda a hemiface E.
d) hemiface inferior D.
2. Mulher, 24 anos, apresenta lesões papuloeritematosas, não pruriginosas,
descamativas, inclusive nas palmas das mãos e plantas dos pés. Qual o
diagnóstico mais provável?
a) Líquen plano.
b) Sífilis secundária.
c) Tinea corporis.
d) Pitiríase versicolor.
3. Qual das opções abaixo mais se associa à morte súbita em pacientes com
cardiopatia isquêmica crônica?
a) Extrassístoles ventriculares.
b) HAS associada a episódios de fibrilação atrial paroxística.
c) Fração Ejeção VE < 30%.
d) IAM prévio.
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CADERNO DE QUESTÕES
4. Homem, 55 anos, apresenta sinais de artrite aguda intensa na 1ª
metatarsofalangeana D. Esta é a 3ª crise nos últimos 5 meses. Tem
diagnóstico de HAS, mas não faz tratamento. PA 170/110 mmHg. Quais as
medicações a serem prescritas nesse momento?
a) Alopurinol e losartana.
b) Diclofenaco de sódio e hidroclorotiazida.
c) Butazolidina e propranolol.
d) Colchicina e losartana.
5. Homem, 69 anos, com DPOC confirmada por quadro clínico, radiológico e
espirométrico há 4 anos, apresenta atualmente escore de sintomas
elevados. Relata 3 exacerbações anuais nos últimos 2 anos. VEF1 29% do
previsto. Qual das alternativas está correta em relação ao tratamento deste
paciente?
a) Há indicação da combinação CI+SABA, por ter maior eficácia que o uso
isolado de ambos os medicamentos na melhora da função pulmonar, mas
não na redução do número de exacerbações.
b) A prescrição da associação de anticolinérgico de longa duração à
combinação CI+LABA visa melhorar a função pulmonar e a diminuir o
número de exacerbações.
c) Para pacientes em GOLD II, como este, o uso de roflumilast não interfere
no número de exacerbações, mas sim na melhora da qualidade de vida.
d) Deve ser usado indacaterol por ser uma droga de ação antiinflamatória
específica para enfisematosos com mais de 5 exacerbações anuais,
independentemente do estágio GOLD.
6. Homem, 51 anos, alcoolista, interna com quadro clínico-laboratorial de
pancreatite aguda. É submetido a tratamento adequado e reavaliado após
as primeiras 48 horas. Qual dos seguintes achados, se detectado neste
período, é indicativo de mau prognóstico?
a)
b)
c)
d)
Glicemia de 180 mg/dL.
Leucócitos de 15500/mm 3 .
Aumento do nitrogênio ureico em 7 mg/dL.
PO2 arterial de 65 mmHg.
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CADERNO DE QUESTÕES
7. Homem, 73 anos, hipertenso e diabético, há uma semana apresenta dor
precordial progressiva aos esforços, cansaço e palpitações. Usa enalapril,
metformina e AAS. Está em regular estado geral, sem sinais de congestão
periférica. PA 140/90 mmHg; FC 140bpm, ritmo cardíaco 2 tempos,
irregular, SS de ejeção aórtico 2+/6; ausculta pulmonar com subcrepitantes
basais bilaterais. ECG de repouso: fibrilação atrial, sobrecarga ventricular
E com lesão subendocárdica lateral e lateral alta. Enzimas cardíacas
normais. Qual a conduta inicial mais apropriada?
a) Clopidogrel, nitroglicerina parenteral e cineangiocoronariografia.
b) Digitalização, diurético parenteral e ecocardiografia transtorácica.
c) Heparina de baixo peso molecular e angiotomografia pulmonar.
d) Metoprolol, heparina de baixo peso molecular e ecocardiograma
transesofágico.
8. Mulher, 37 anos, apresenta insuficiência renal e hipercalcemia.
Ultrassonografia abdominal: litíase renal bilateral não obstrutiva; RX de
tórax: alargamento de mediastino; anatomopatológico de biópsia renal
percutânea: glomérulos normais, interstício comprometido com grande
número de leucócitos e granuloma não caseoso. Este resultado pode ser
compatível com nefropatia por:
a) tuberculose.
b) linfoma.
c) sarcoidose.
d) lúpus eritematoso sistêmico.
9. Mulher, 33 anos, refere palpitações, sudorese excessiva e perda de peso,
mesmo estando com aumento de apetite. Ao exame: pele quente e
sudorética, tremor fino de extremidades, FC 112bpm, PA 140/70mmHg,
retração palpebral e proptose. Investigação laboratorial: T3 e T4 elevados,
TSH suprimido e anticorpo antirreceptor do TSH positivo. Em relação ao
exame físico da tireoide nesta paciente, são apresentados os seguintes
achados:
I. Bócio multinodular e indolor à palpação.
II. Bócio difuso com sopro à ausculta da glândula.
III. Bócio uninodular e endurecido à palpação.
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CADERNO DE QUESTÕES
Qual é a alternativa correta?
a)
b)
c)
d)
Apenas I.
Apenas II.
Apenas III.
Apenas II e III.
10. Homem, 67 anos, previamente hígido, apresenta dor em HTD, tosse com
expectoração purulenta, TAx 37,8°C, estertores crepitantes em 1/3 inferior
do HTD, FR 22 ipm, PA 80/60mmHg. RX de tórax: focos de consolidação
em LID. Função renal normal. Frente a esta situação clínica, qual é a
alternativa correta?
a) Deve ser classificado como CURB-65 grupo 1, que por ter baixa
mortalidade, pode ser tratado ambulatorialmente.
b) O paciente, por apresentar infecção apenas unilobar, é classificado como
CURB-65 grupo 1, devendo receber hidratação parenteral até a
normalização da PA.
c) Por se enquadrar à categoria CURB-65 grupo 2, pode ser tratado
hospitalizado ou em ambulatório, dependendo de presença ou não de
confusão mental.
d) Trata-se de um caso classificado como CURB-65 grupo 2, pelo que o
tratamento deve ser hospitalizado, embora não haja indicação de UTI neste
momento.
11. Homem, 54 anos, diabético, não aderente ao tratamento, relata há 2 meses
diminuição de sensibilidade e de força, inicialmente nos pés e agora
também nas mãos. À noite, refere sensação de queimadura nos pés,
perturbando o sono. Exame neurológico mostra déficit bilateral de
sensibilidade em luva e bota. Este paciente provavelmente apresenta:
a) mielopatia carencial.
b) mononeurite múltipla.
c) polimiosite.
d) polineurite.
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CADERNO DE QUESTÕES
12. Mulher, 47 anos, refere importante dor lombar, disúria e febre há 24 horas.
Ao exame físico, está febril, levemente desidratada, Punho Percussão
Lombar resulta em dor E. Frente a esta situação clínica, qual é o tipo de
germe mais provável?
a) Escherichia coli.
b) Proteus mirabilis.
c) Streptococcus faecalis.
d) Pseudomonas aeruginosa.
13. Mulher, 25 anos, submetida à curetagem uterina devido ao quadro de
abortamento, ainda apresenta teste laboratorial para gravidez positivo no
dia seguinte ao procedimento. Este fato deve-se à:
a) Meia-vida longa da gonadotrofina coriônica
b) Reação cruzada com outros hormônios hipofisários
c) Procedimento realizado de forma incompleta
d) Síntese aumentada de esteroides pelos ovários
14. Gestante ao termo, em franco trabalho de parto, com a apresentação
cefálica bem fletida, no plano imaginário das espinhas ciáticas, apresenta
logo após parada de progressão do parto. O diagnóstico mais provável por
exclusão é:
a) Apresentação com deflexão do segundo grau
b) Discinesia da musculatura lisa uterina
c) Período latente patologicamente prolongado
d) Desproporção céfalo-pélvica no estreito superior
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CADERNO DE QUESTÕES
15. Gestante, G2 P1, história de parto normal anterior com recém-nascido
prematuro, apresentando 22 semanas de gravidez, submetida à
ultrassonografia transvaginal, que revelou comprimento cervical de 1,8 cm.
Qual a melhor conduta preventiva durante a gestação?
a) Atividade física sem restrição
b) Beta-adrenérgico oral contínuo
c) Progesterona vaginal diariamente
d) Cerclagem cervical de emergência
16. Multípara, 38 anos, história de doença inflamatória pélvica há 12 meses,
amenorréia de 6 semanas, apresenta imagem de pequena massa tubária
à esquerda e útero vazio, com reação decidual. Nesse caso, o tratamento
com metotrexato estaria indicado se houver
a) massa anexial até 3,5 cm e desejo reprodutivo.
b) massa anexial até 3,5 cm e estabilidade hemodinâmica.
c) estabilidade hemodinâmica e beta HCG > 10 000.
d) desejo reprodutivo e beta HCG > 10 000.
17. Gestante, 17 anos, G1 P0, com 36 semanas, é admitida com queixa de
cefaleia occipital intensa, epigastralgia e escotomas visuais. O exame físico
revela PA=170X110 mmHg, FU=34cm, BCF=140bpm, ausência de
atividade uterina e colo posterior e fechado. A cardiotocografia revela
padrão ondulatório e reatividade fetal. Qual a conduta mais apropriada para
este caso?
a) Cesariana após avaliação da maturidade fetal
b) Indução do parto com misoprostol vaginal
c) Estabilização do quadro e realização de cesariana
d) Amniotomia para indução do parto
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CADERNO DE QUESTÕES
18. Gestante de 24 anos, primigesta, na 34ª semana, sem intercorrências
durante a gestação, apresenta rotura prematura de membranas, sem
contrações e ao toque vaginal colo centralizado, dilatado para uma polpa
digital e feto em apresentação cefálica fletida. A conduta mais adequada é
a) corticoterapia e interrupção da gestação em 48 horas.
b) realização de cesariana imediata.
c) aguardar o trabalho de parto.
d) indução do parto com misoprostol.
19. Adolescente, 18 anos é levada ao ginecologista por ainda não ter
apresentado menarca.
Mãe refere crescimento e desenvolvimento
normais, assim como a presença de caracteres sexuais secundários, o que
foi confirmado pelo exame físico. Exames laboratoriais mostraram
dosagens hormonais normais. O diagnóstico mais provável é:
a) malformação mülleriana
b) puberdade normal
c) síndrome de Morris
d) síndrome de Turner
20. Paciente, 46 anos, refere fogachos, dispareunia e irregularidade menstrual.
Seu médico solicita algumas dosagens hormonais a serem realizadas no
3º dia do ciclo menstrual. Que resultados de exames confirmam a suspeita
diagnóstica?
a) Hormônio luteinizante (LH) diminuído e progesterona normal.
b) Hormônio folículo estimulante (FSH) elevado e estradiol diminuído.
c) prolactina elevada e Hormônio estimulante da tireoide (TSH) normal.
d) testosterona diminuída e inibina elevada.
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21. Mulher, 42 anos, tabagista (1 maço/dia), deseja utilizar como contraceptivo
adesivo transdérmico que contém estrogênio e progestogênio. Ela se
enquadra em que categoria dos critérios de elegibilidade da Organização
Mundial da Saúde (OMS)?
a) Risco maior que o benefício (Categoria III)
b) Uso sem restrição (Categoria I)
c) Benefício maior que o risco (Categoria II)
d) Contraindicação absoluta (Categoria IV)
22. Paciente, 57 anos, Gesta III/Para III, realizou colpocitologia de rotina com
resultado de lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL), presença
de Gardnerella vaginallis e Mobiluncus sp.
O próximo passo do
acompanhamento deve ser:
a)
b)
c)
d)
colposcopia
citologia em 6 meses
conização cervical
histerectomia
23. Paciente relata corrimento vaginal com odor fétido, que piora após as
relações sexuais desprotegidas. Ao exame especular foi observado colo
róseo, sem lesões e discreta secreção fluida, confirmando o odor referido
pela paciente. Qual o tratamento?
a)
b)
c)
d)
Miconazol creme vaginal 2% por 7 dias
Itraconazol 200 mg via oral em dose única
Metronidazol 500 mg 12/12h por 7 dias
Ácido bórico via oral 600 mg por 14 dias
24. Paciente, 59 anos, menopausa aos 50 anos, assintomática, realizou
ultrassonografia transvaginal de rotina que mostrou útero heterogêneo e
mioma subseroso de 2,0 cm, ovários não visualizados e endométrio com 6
mm. Qual a conduta nesse caso?
a)
b)
c)
d)
Videolaparoscopia
Histeroscopia
Repetir ultrassonografia em 6 meses.
Ressonância nuclear magnética
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25. Paciente deu entrada na emergência pediátrica com quadro sugestivo de
anafilaxia. Assinale abaixo a alternativa que representa o conjunto de sinais
e sintomas característicos para fechamento do diagnóstico:
a) urticária generalizada de início agudo após exposição a um alérgeno
provável
b) dor abdominal e vômitos após exposição a um alérgeno provável
c) síncope que tem início minutos ou horas após exposição a um alérgeno
provável
d) hipotensão que tem início minutos ou horas após exposição a um alérgeno
conhecido
26. Mãe procura o consultório do pediatra com bebê de 10 meses, alegando
pouco desenvolvimento comparado a crianças da mesma idade. Não
deambula, apresenta interesse em objetos ao redor, só fala “papa” e
“mama”. Brinca com alguns brinquedos colocados em seu campo visual.
Engatinha precariamente, ficando em pé apenas por alguns segundos. Na
história pregressa: pré-termo de 35 semanas, pesando 2300g, sem
intercorrências no pós-parto imediato, tendo alta após 2 dias. Aleitamento
exclusivo imediato. Cabe ao pediatra a seguinte conduta neste caso:
a) solicitar audiometria e encaminhar ao neurologista, com início de
tratamento fonoaudiológico imediato
b) reavaliação em 1 mês, considerando a defasagem normal se for feita
correção da idade gestacional
c) solicitar avaliação neurológica com solicitação de imagem e
eletroencefalograma
d) solicitar investigação auditiva e transtorno do espectro autista, iniciando
tratamento fonoaudiológico e terapia ocupacional
27. De acordo com o que preconiza o Ministério da Saúde, a infecção congênita
considerada evento sentinela é:
a)
b)
c)
d)
Zika
Varicela
Sífilis
Citomegalovírus
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28. Recém-nascido, a termo, parto vaginal, apgar 8/9/10 (1º., 5º. E 10º.
Minutos), teve realizado seu teste do coraçãozinho com 30 horas de vida e
repetição após 1 hora. SO2 em membro superior direito : 99 e em membro
inferior direito 92. Que conduta abaixo está indicada:
a)
b)
c)
d)
alta hospitalar e consulta ambulatorial com cardiopediatra
ecocardiograma
indometacina IV
teste terapêutico com dopaminérgico
29. É correto afirmar, em tratando-se de
Citomegalovírus, a seguinte opção abaixo:
infecção
congênita
pelo
a) incidência considerável (10-15%) dos recém-nascidos infectados e
assintomáticos ao nascer irão desenvolver anormalidades tardiamente,
particularmente surdez neurossensorial
b) estima-se que 5-10% dos recém-nascidos sejam infectados pelo CMV na
vida intra-uterina
c) nos países subdesenvolvidos a maioria das mulheres tem sorologia
positiva, mas a infecção congênita pelo CMV é mais baixa
d) em virtude da sensibilidade e especificidade podemos afirmar que o
anticorpo IgM – anti CMV negativo no sangue do recém-nascido afasta o
diagnóstico da infecção congênita
30. Adolescente, 11 anos, há 1 mês apresentou quadro de febre elevada,
náuseas e vômitos, cefaleia retro-orbitária, mialgia intensa, com
aparecimento de exantema macular nos primeiros dois dias, que
empalidecia à digitopressão, durando este quadro 1 semana. Após 48
horas do término do quadro febril, surge novo exantema maculopapular
generalizado, exceto mãos e pés, durando 4 dias. O paciente teve completa
recuperação. A hipótese diagnóstica é:
a)
b)
c)
d)
Eritema nodoso
Mononucleose infecciosa
Dengue
Parvovirose
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31. É importante identificar o mais breve possível a criança com suspeita de
Transtorno do Espectro Autista (TEA), objetivando adequação e melhor
qualidade de vida para o paciente e seus familiares. Marque a opção que
leva o pediatra a suspeitar de TEA:
a) prematuridade, atraso de linguagem, movimentos corporais estereotipados
b) diminuição na reciprocidade social, movimentos corporais, atraso de
linguagem
c) convulsões, hipotonia, prematuridade
d) diminuição da reciprocidade social, prematuridade, atraso de linguagem
32. Escolar internado em UTI com diagnóstico de doença incurável , em estado
terminal. Seus pais procuram desesperadamente o médico de plantão
solicitando que seja interrompido qualquer tratamento, abreviando assim o
sofrimento de seu filho. Pedem ainda que medidas sejam tomadas para
abreviar a vida de seu filho, estando prontos a assinar qualquer documento.
O médico ao levar o pleito à equipe médica encontra polêmica, tendo a
maior parte se colocado francamente em oposição ao pedido e se
recusando a cumpri-lo. O médico ao colocar à família que não poderiam
fazer o acordo, foi denunciado pela mesma ao Conselho de Medicina. De
acordo com o ECA e o CEM, o médico:
a) está correto já que é vedado ao médico abreviar a vida do paciente, mesmo
que a seu pedido ou de seu representante legal
b) está correto, pois há uma discordância entre o CEM que permite e o ECA
que não permite abreviar a vida em tal situação
c) transgrediu o CEM, já que deve o médico respeitar a vontade do paciente
ou, na sua impossibilidade, do seu representante legal
d) transgrediu o CEM, pois o paciente menor de idade é considerado incapaz,
devendo o médico respeitar a vontade do seu representante legal
33. Lactente de dois meses, em bom estado geral, com história de febre (tax:
38°C) há três dias, sem outras alterações, é levado a consulta médica.
Após história completa e exame físico rigoroso, não se consegue
determinar diagnóstico. A melhor conduta diante do exposto é:
a) internar o paciente, uma vez que nesta faixa etária, devido à pobreza do
exame físico, devemos colher exames e tratar a todos com
antibioticoterapia empírica (ampicilina + ceftriaxona)
b) liberar o paciente com orientação, uma vez que a grande maioria dos
pacientes febris, nesta faixa etária, são portadores de síndromes virais
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c) solicitar exames complementares (hemograma, proteína C reativa e exame
simples de urina) e de acordo com o resultado dos mesmos indicar a
conduta
d) liberar o paciente com orientação, uma vez que o registro de temperatura
elevada foi feito apenas pelos responsáveis e não durante o exame físico
34. Pré-escolar de quatro anos apresenta quadro de tosse, febre, vômitos e
dispneia há quatro dias. Exame físico: taquipneia, tiragem subcostal e
cianose. Radiografia de tórax: pneumonia extensa. A gasometria arterial,
colhida antes da administração de oxigênio, revela: pH: 7,26; pO2:
67mmHg; pCO2: 38mmHg, bicarbonato: 14mEq/l. Diante deste quadro,
pode-se afirmar que o paciente apresenta:
a)
b)
c)
d)
acidose mista
alcalose mista
apenas acidose metabólica
apenas alcalose respiratória
35. Escolar apresenta quadro de febre de início há quatro dias (tax: 38,5°C),
cefaleia refratária a analgésicos, vômitos, inapetência e fraqueza. Exame
físico: tax: 37,9°C, ictérico +/4+, palidez cutâneomucosa, desconforto
abdominal à palpação em hipocôndrio direito, fígado a 3cm do RCD.
Exames complementares: BT: 4,5mg/dl, BI: 0,5mg/dl, BD: 4mg/dl,
ALT(TGP): 800 UI/l, AST(TGO): 500UI/l. Marcadores virais: anti-HAV total
+, anti-HAV IgM +, HBsAg -, anti-HBsAg +, anti-HBc IgM -, Hbe Ag – e anti–
HCV -. A hipótese diagnóstica é hepatite por vírus:
a)
b)
c)
d)
B
C
A
D
36. Lactente de 45 dias, com quadro de tosse há 14 dias que vem piorando
progressivamente, e atrapalhando as mamadas. Exame físico: bom estado
geral, afebril, FR: 65irpm, estertores difusos à ausculta pulmonar, ausência
de tiragem, restante sem alterações. Hemograma: aumento do número de
eosinófilos. A principal hipótese diagnóstica nesse caso é:
a)
b)
c)
d)
coqueluche
pneumonia por clamídia
síndrome de Loeffler
bronquite eosinofílica
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37. No município do Rio de Janeiro, o coeficiente de mortalidade materna
perinatal persiste elevado. Na determinação deste indicador, o
denominador usado é:
a)
b)
c)
d)
Nascidos vivos
Mulheres em idade fértil
Total de óbitos femininos
Crianças menores de um ano
38. Um estudo de coortes é aquele que:
a) Observa uma população exposta a um determinado risco, para associá-lo
ao surgimento de uma doença específica ao longo do tempo
b) Pesquisa uma população acometida por uma doença específica,
procurando associações entre a mesma e riscos a que a população esteve
exposta
c) Investiga as diferenças entre uma população acometida por uma doença
específica e outra sadia, para ver a que riscos a primeira esteve exposta.
d) Compara duas populações com a mesma doença e tratamentos diferentes,
para estabelecer qual terapêutica é mais eficaz
39. Um médico de família e comunidade atende um paciente com alguns
sintomas que podem estar presentes em uma certa doença. Entretanto, o
paciente não apresenta alguns outros sintomas que o médico acredita que
deveriam estar presentes nesse caso. Para auxiliá-lo no diagnóstico, o
médico resolve solicitar um teste laboratorial. Diante dessa situação,
assinale a alternativa correta.
a) Caso opte por solicitar um teste muito sensível, o médico sabe que é pouco
provável que, diante de um resultado positivo, o paciente não seja de fato
portador da doença.
b) Caso opte por solicitar um teste muito específico, e o resultado vier
negativo, o médico pode afirmar que o paciente não é de fato portador da
doença.
c) A sensibilidade e a especificidade de um teste vão depender da prevalência
da doença em questão.
d) O valor preditivo de um teste depende da prevalência da doença em
questão.
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CADERNO DE QUESTÕES
40. Com relação ao campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS),
definidos por lei, identificam:
1. A participação na formulação da política e na execução de ações de
saneamento básico
2. A ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde
3. A fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo
humano
4. A participação no controle e na fiscalização da produção, transporte,
guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e
radioativos
5. A formulação e execução da política de sangue e seus derivados
a)
b)
c)
d)
Todas estão corretas
Somente 3 e 5 estão corretas
Somente a questão 5 está correta
Somente as respostas 1,3 e 5 estão corretas
41. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) foi
desenvolvido no início da década de 90, com objetivo de padronizar a
coleta e processamento dos dados sobre agravos de notificação obrigatória
em todo o território nacional. O SINAN é atualmente alimentado,
principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e
agravos que constam da Lista Nacional de Doenças de Notificação
Compulsória em todo Território Nacional – LDNC. Assinale a alternativa em
que todas as doenças pertencem à LDNC.
a)
b)
c)
d)
Diabetes, Coqueluche, Tétano e Difteria.
Tuberculose, Hanseníase, Dengue e Malária.
Difteria, Hanseníase, Malária e Amebíase.
Tétano, Difteria, Dengue e Caxumba.
42. Um dos princípios que deve nortear um gestor em saúde ao implementar
um programa ou política de rastreamento populacional:
a) se a doença tiver uma evolução rápida e alta taxa de mortalidade, o
programa deve ser instituído pela magnitude do problema, independente
de outros fatores.
b) o teste utilizado deve ser capaz de alterar a história natural da doença
através da redução de morbidade e melhora da qualidade de vida.
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c) a história natural da doença ou do problema clínico deve ser bem
conhecida.
d) os programas de rastreamento, em geral, têm o potencial de trazer mais
benefícios que danos às populações submetidas aos testes.
43. Após seis meses trabalhando na equipe de saúde de família, você se
depara com um caso antes nunca visto: D. Roseli traz a filha de 5 anos,
Vitória, pois suspeita de que a menor está sendo abusada sexualmente
pelo sobrinho de 15 anos que toma conta dela em alguns momentos
enquanto a mãe vai trabalhar. A menina lhe fala que brinca de “papai e
mamãe” com o primo, sem maiores detalhes. Em relação às situações de
violência e de abuso infantil, assinale a alternativa correta.
a) Há mais casos de abuso a meninos em relação às meninas.
b) Segundo o Estatuto da Criança e Adolescente, infelizmente não há multas
a professores e médicos assistentes que não comuniquem ao Conselho
Tutelar a suspeita ou confirmação de violência infantil.
c) Neste caso, se o exame físico não apontar para lesões de abuso agudo,
deve-se tranquilizar a mãe e não notificar, orientando que retorne caso
suspeite novamente.
d) O agressor geralmente é pessoa conhecida da família, na maioria das
vezes, membro dela e o abuso é repetitivo, podendo levar anos até o
descobrimento.
44. Uma criança de 6 anos comparece à Unidade Básica de Saúde da Família,
alguns minutos após ter sido mordido enquanto brincava com o cachorro
da vizinha. Mãe da criança afirma ter feito limpeza vigorosa do ferimento,
com água e sabão. O animal agressor vive solto na rua, mas é conhecido
e presumidamente sadio, passível de ser mantido em observação. Ao
exame, criança apresenta lesão traumática em palma da mão direita com
aproximadamente 1 cm, superficial. No caso descrito, qual seria a
classificação do caso e o esquema para tratamento profilático antirrábico
indicado?
a)
b)
c)
d)
Acidente leve / Não requer tratamento com vacina.
Acidente grave / Tratamento com duas doses da vacina (dias 0 e 3).
Acidente leve / Tratamento com duas doses da vacina (dias 0 e 3).
Acidente grave / Administração de soro antirrábico / Tratamento com cinco
doses da vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28).
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CADERNO DE QUESTÕES
45. Para responder a esta questão, considere o enunciado abaixo: Médico de
família, único médico de uma pequena comunidade rural, estava
atendendo na Unidade Básica de Saúde quando foi chamado para atestar
um óbito. O paciente era um senhor cardiopata de 83 anos, que naquela
manhã havia sido encontrado sem vida pela família, na própria cama. O
médico já havia atendido aquele idoso por diversas vezes, porém não
prestou assistência no evento que levou à morte, cuja causa desconhece.
Não há no município um Serviço de Verificação de Óbitos. Qual seria, neste
caso, a conduta eticamente mais adequada a ser tomada pelo médico?
a) Verificar o óbito e encaminhar o corpo para necrópsia imediatamente.
b) Verificar o óbito e não fornecer a Declaração de Óbito, justificando não ter
prestado assistência durante o evento fatal.
c) Verificar o óbito e não fornecer a Declaração de Óbito, justificando
desconhecer a causa da morte.
d) Verificar o óbito e preencher a Declaração de Óbito, afirmando ter assistido
o paciente e inferindo a causa de morte a partir dos registros existentes no
prontuário.
46. Em relação à hanseníase, assinale a alternativa correta.
a) A baciloscopia positiva classifica o caso como multibacilar, independente
do número de lesões.
b) Tem baixa letalidade e alta mortalidade.
c) O coeficiente de detecção de casos novos é função da prevalência de
casos e da agilidade diagnóstica dos serviços de saúde.
d) O resultado negativo da baciloscopia exclui o diagnóstico de hanseníase.
47. Um paciente dependente, usuário de álcool, chega ao serviço de saúde
trazido pela esposa que refere que o marido bebe todos os dias três
garrafas de cerveja, perde sempre o trabalho e, às vezes, torna-se
agressivo com ela e com os filhos. Assinale a alternativa que apresenta a
conduta adequada a ser tomada pelo Médico de Família:
a) Encaminhar este paciente para o serviço de referência especializado.
b) Fazer uma abordagem com o paciente detectando quantidade de ingesta,
padrão de uso, história familiar e pregressa do paciente, além de detectar
qual o perfil psicossocial deste paciente e qual seu juízo crítico quanto a
sua condição.
c) Solicitar exames laboratoriais e mais tarde conversar com a esposa para
internamento deste paciente.
d) Colher a anamnese e fazer exame físico deste paciente. O exame
neurológico não deve ser feito, pois o paciente com certeza não conseguirá
realizá-lo devido a sua dependência do álcool.
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PROVA DE RESIDÊNCIA MÉDICA – 2016
CADERNO DE QUESTÕES
48. A Atenção Primária é primeiro nível de um sistema de serviços de saúde,
e pode ser melhor descrita por suas características. Em relação a algumas
dessas características, correlacione as colunas e, em seguida, assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta.
1. Geral.
2. Acessível.
3. Integrada.
4. Continuada.
5. Holística.
6. Pessoal.
7. Coordenada.
a)
b)
c)
d)
( ) Perspectivas físicas, psicológicas e sociais dos
indivíduos, das famílias e das comunidades.
( ) Longitudinalidade ao longo de períodos substanciais
de vida.
( ) Coordenação de toda a orientação e apoio que a
pessoa recebe.
( ) Atenção centrada na pessoa, e não na enfermidade.
( ) Curativa, reabilitador, promotora de saúde e
preventiva de enfermidades.
( ) Não é restrita a faixas etárias ou tipos de problemas
ou condições.
( ) Em relação ao tempo, lugar, financiamento e cultura.
5/ 4/ 7/ 6/ 3/ 1/ 2
5/ 4/ 7/ 6/ 2/ 1/ 3
1/ 7/ 4/ 6/ 3/ 5/ 2
1/ 4/ 6/ 7/ 2/ 5/ 3
49. Você foi solicitado a comprovar a morte cerebral de um rapaz de 20 anos
que sofreu TCE por acidente de motocicleta e que começa a deteriorar
hemodinamicamente. Há um receptor de fígado compatível que aguarda
sua resposta. Antes do seu exame já havia sido feito um exame onde se
constatou ausência de sinais de função do tronco cerebral e de resposta
motora à dor central profunda. Ao seu exame o paciente se encontra
normotenso, eutérmico, saturando 99%, em uso de fenobarbital, com
pupilas não reativas, sem reflexos corneano, oculocefálico, oculovestibular
e sem drive respiratório, mesmo quando se deixa a PaO2 exceder 60
mmHg. O EEG realizado apresenta somente artefatos. Você confirma a
morte cerebral ?
a)
b)
c)
d)
Sim porque não há quisquer reflexos.
Não porque paciente está em usando fenobarbital.
Sim porque o EEG exclui atividade cerebral.
Não porque faltou no seu exame a pesquisa de reação á dor.
50. Um homem de 65 anos vítima de atropelamento dá entrada na emergência
com TCE fechado e ruptura esplênica. Ele foi avaliado e submetido a
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CADERNO DE QUESTÕES
esplenectomia. Nos primeiros 4 dias de pós operatório ele foi hidratado com
soro glicosado 5% e soro fisiológico meio a meio, na taxa de 125ml/hora.
O balanço hídrico diário mostra uma perda pela sonda nasogástrica
variando entre 450-600ml e a diurese entre 700-1000ml. O paciente está
sonolento, mas é facilmente acordado até a manhã do 5o dia, quando se
diagnostica um coma profundo e pela tarde ele começa a ter convulsões.
A tomografia de urgência não demonstra achados de piora ou de indicação
cirúrgica. Os achados laboratoriais são os seguintes : Sódio 130 mEq/l;
Potássio 1,9 mEq/l; Cloro 96 mEq/l; Bicarbonato 19mEq/l. A osmolalidade
do soro foi estimada em 260 mOsm/l. Os eletrólitos na urina estão : Sódio
61 mEq/l e o potássio 18 mEq/l. Qual é a causa mais provável das
convulsões do paciente ?
a)
b)
c)
d)
hipocalemia
hipocalcemia
hiponatremia
hipomagnesemia
51. Você está fazendo uma consulta pré operatória numa mulher de 35 anos
com feocromocitoma de 5cm na adrenal esquerda. Ela foi classificada
como ASA III (P3). Todos os exames pré operatórios solicitados para o
risco cirúrgico estão normais. Sua pressão arterial está 130 x 90 mmHg
com uso de fenoxibenzamina 200mg, duas vezes ao dia, já há 3 semanas.
Ela também tem recebido implementos de hidratação. Sua frequência
cardíaca está em 140 batimentos por minuto. O que fazer ?
a)
b)
c)
d)
Agendar a cirurgia.
Aumentar a dose da fenoxibenamina.
Trocar por prazozin.
Iniciar propranolol.
52. Um mototaxista de 20 anos foi vítima de colisão com automóvel que o
imprensou contra um muro. Deu entrada na Emergência trazido pela
ambulância do Corpo de Bombeiros, já tendo recebido o atendimento
inicial. No hospital recebeu avaliação secundária e estudo
ultrassonográfico de emergência (FAST) que detectou hematoma
extraperitoneal e pouco líquido na cavidade pélvica. Não havia sinais de
trauma hepático ou esplênico. Estes achados foram confirmados na
tomografia sem contraste que confirmou uma fratura de bacia. Como
encontrava-se tendendo à hipotensão o ortopedista optou por realizar um
tamponamento pélvico pré peritoneal com 6 compressas e fixação externa
da bacia. O paciente estabilizou por 2 horas, mas chocou logo em seguida,
mesmo após receber 02 unidades de concentrado de hemácias. Repetiu a
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CADERNO DE QUESTÕES
tomografia agora com contraste que demonstrou extravazamento de
contraste e hematoma em expansão. Qual a melhor conduta a ser tomada
?
a)
b)
c)
d)
Transfundir mais sangue e plasma fresco.
Realizar arteriografia.
Laparotomia.
Transfundir expansores e iniciar infusão de noradrenalina.
53. No atendimento ao politraumatizado, o ATLS possui um algoritmo com
letras. Na letra “A”, além de assegurar via aérea pérvia e adequada, devese incluir também:
a)
b)
c)
d)
Colar cervical rígido
Acesso venoso calibroso com reposição com cristalóides
Colocação de cateter vesical
Exposição adequada do paciente
54. Utilizando a escala de Glasgow, qual o fator que apresenta maior relação
com a gravidade do TCE e com a sobrevida do paciente:
a)
b)
c)
d)
Resposta verbal
Resposta Motora
Abertura Ocular
Glasgow < ou = 10
55. Na avaliação de um paciente do sexo masculino com dor abdominal em
fossa ilíaca direita, o exame que costuma dar mais subsídios para o correto
diagnóstico é:
a)
b)
c)
d)
Rotina Radiológica Abdome Agudo
USG Abdominal
TC Abdominal contrastada
Clister opaco
56. Uma das complicações mais temíveis e grave da apendicite aguda é:
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CADERNO DE QUESTÕES
a)
b)
c)
d)
Infecção de sítio cirúrgico
Fístula estercoral
Abscesso peritoneal
Pileflebite
57. Homem de 49 anos de idade foi diagnosticado como sendo portador de um
adenocarcinoma gástrico pouco diferenciado, com células em “anel de
sinete”, com aspecto endoscópico de linite plástica. Refere adinamia e
anorexia, mas consegue alimentar-se com líquidos e pastosos. Nega
hematêmese ou melena. Ao exame físico encontra-se emagrecido, com
“performance status” de 70 % na escala de Karnosfsky; tem hepatomegalia
dolorosa. A ultrassonografia abdominal demonstrou múltiplos nódulos
hepáticos e pequen ascite. Nesta situação qual o tratamento indicado ?
a)
b)
c)
d)
Quimioterapia
Cirurgia
Radioterapia
Cuidados paliativos
58. Uma mulher de 50 anos de idade está no CTI , no 10o dia de pós operatório
de uma apendicite retrocecal complicada, que necessitou hemicolectomia
direita e drenagem de volumoso abscesso retroperitoneal. Ela apresenta
íleo paralítico, insuficiência renal em hemodiálise, icterícia ++/++++;
depende de aminas para manutenção da pressão arterial e está em prótese
ventilatória com PEEP elevado. Desde a cirurgia vem sendo tratada com
ciprofloxacina e metronidazol nas doses de 400mg EV de 12/12h e 500 mg
EV de 8/8h, respectivamente. Aguarda culturas. Leucograma com 38.000
leucócitos e 15% de bastonetes. A radiografia de tórax mostra infiltrado
alveolar e intersticial difuso. Qual a conduta mais importante a ser tomada
?
a)
b)
c)
d)
Trocar antibiótico.
Intensificar hemodiálise.
Reoperar a paciente.
Solicitar tomografia com contraste.
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CADERNO DE QUESTÕES
59. Uma senhora de 80 anos está internada devido a uma pneumonia lobar
direita associada a derrame pleural parapneumônico. Recebe antibióticos,
fisioterapia respiratória e já foi submetida a três toracocenteses sem
resolução do quadro. Apresenta piora da dispnéia e a tomografia
demonstra opacidade de 2/3 inferiores do hemitórax acometido por
derrame pleural, além de consolidação pulmonar. Qual a melhor conduta a
ser tomada de início ?
a)
b)
c)
d)
Toracocenteses repetidas.
Drenagem pleural .
Troca de antibiótico.
Instalar CPAP.
60. Um homem de 55 anos de idade deu entrada na Emergência com dor
abdominal intensa na fossa ilíaca e flanco esquerdos, sensação de
tenesmo e febre de 40oC. Refere vários episódios anteriores semelhantes
de menor gravidade, todos tratados clinicamente. Informa já ter sido
submetido a tomografias e colonoscopias, tendo tido o diagnóstico de
doença diverticular e diverticulite. Seu hemograma atual tem leucometria
de 30.000, com desvio até metamielócito e granulações grosseiras nos
neutrófilos. A tomografia demonstra espessamento do cólon sigmóide, com
espessamento da gordura pericolônica e presença de divertículos;
pneumoperitônio pequeno, líquido livre na cavidade (subfrênico esquerdo,
goteira parietocólica esquerda, pelve e entre alças), bem como uma
coleção líquida volumosa na pelve com gás e paredes espessadas, de
aproximadamente 500ml. Qual a conduta a ser tomada ?
a)
b)
c)
d)
Tratamento conservador e antibioticoterapia.
Colonoscopia.
Drenagem das coleções por radiologia intervencionista.
Cirurgia.
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