Prova Residência Médica – 2013.1

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Prova Residência Médica – 2013.1
ATENTE PARA AS INFORMAÇÕES SEGUINTES
DA REALIZAÇÃO DA PROVA
12-
Caso o caderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito, informe ao fiscal de sala.
3-
Este caderno é constituído de 100 (cem) questões objetivas, acompanhado do cartão de respostas.
4-
Não utilize lápis, lapiseira (grafite), borracha e(ou) qualquer material de consulta que
não seja fornecido pela Cepros; não se comunique com outros candidatos
e nem se levante sem autorização do fiscal de sala.
5-
Você deverá permanecer obrigatoriamente em sala por, no mínimo, uma hora após
o início da prova.
67-
Quando concluir a prova, faça um sinal ao fiscal para a entrega do caderno de questões
e o cartão de respostas.
8-
Caso você esteja entre os três últimos candidatos que concluiu a prova, só poderá sair da sala
juntamente com os outros dois, para assinarem a Ata de Sala, juntamente com o fiscal.
DOS RECURSOS DA PRIMEIRA E SEGUNDA FASES:
1Não serão concedidas revisões de provas de forma integral. Caberá recurso contra questões das provas, na
primeira fase, no prazo de até 48 ( quarenta e oito) horas após a divulgação do gabarito.
2O recurso deverá ser apresentado em folhas separadas para cada questão recorrida, com indicação do
número da questão, da resposta marcada pelo candidato e da resposta divulgada no gabarito oficial, com argumentação lógica e consistente, bem como anexação de cópia do texto da bibliografia referida. Este recurso deverá ser
entregue pessoalmente ou por procuração, à Coreme, até as 17 horas, do dia 18 de janeiro.
3Caberá recurso contra o resultado da primeira fase relativo à contagem de pontos, no prazo de 48 (quarenta
e oito) horas após sua divulgação. O recurso deverá ser entregue pessoalmente ou por procuração.
4O recurso contra a nota da Avaliação Curricular deverá ser apresentado, com argumentação lógica e consistente em relação aos itens e à documentação apresentada para análise no prazo previsto, ser baseado exclusivamente nas instruções do modelo, da Avaliação Curricular, padronizado.
5Nenhum documento poderá ser acrescentado ao recurso contra a avaliação curricular. A análise do recurso
será baseada exclusivamente nos argumentos do candidato e na análise da documentação anexada no momento da
entrega do currículo.
6Não serão aceitos recursos coletivos. Não serão aceitos recursos por e-mail. Serão rejeitados, liminarmente os
recursos que não tiverem devidamente fundamentados.
7Todos os recursos serão analisados pela Coreme que dará decisão terminativa, constituindo-se em única e
última instância administrativa.
8Se houver alteração do gabarito oficial, por força de provimento de algum recurso, o gabarito será alterado e
as provas serão corrigidas de acordo com o novo gabarito. No caso de questão anulada será atribuída a pontuação
referente à questão a todos os candidatos.
9Se houver alteração da Classificação Geral dos candidatos por força de provimento de algum recurso,
ocorrerá uma reclassificação e será considerada válida a classificação.
Clínica Médica
01
03
Homem, 58 anos, retorna ao ambulatório de cardiologia três
semanas após internação por Infarto Agudo do Miocárdio
extenso de parede anterior. Traz ecocardiograma transtorácico
bidimensional realizado há dois dias que evidencia área de
acinesia em parede anterior de ventrículo esquerdo. A fração de
ejeção estimada foi de 29%, (método de Simpson). O paciente
referiu dispneia ao realizar esforços como andar dentro de
casa e tomar banho. Negou dispneia em repouso, ortopneia,
episódios de dispneia paroxística noturna, sintomas anginosos
ou palpitações. PA = 148/80 mmHg; FC = 88 bpm; ausculta
cardíaca = hipofonese de B1, sem sopros. Ritmo regular. Em
relação a este paciente, assinale a alternativa que expressa a
conduta terapêutica mais adequada:
Enalapril, carvedilol, espironolactona, AAS, clopidogrel
e sinvastatina.
Candesartan, metoprolol, AAS, clopidogrel, digoxina,
furosemida e sinvastatina.
Captopril, carvedilol, espironolactona, AAS, clopidogrel,
digoxina, furosemida e sinvastatina.
Enalapril, metoprolol, espironolactona, warfarin,
digoxina, furosemida e sinvastatina.
Ramipril, bisoprolol, AAS, clopidogrel, digoxina,
furosemida e sinvastatina.
Mulher 68 anos, trazida ao setor de emergência com história
de rebaixamento súbito do nível de consciência há 120
minutos. Passado de diabetes, tabagismo e hipertensão. Não
fazia uso de nenhum medicamento. Ao exame, Glasgow
= 07, com desvio tônico do olhar para a direita, midríase
paralítica em olho esquerdo e hemiplegia à esquerda
(evidenciada com estímulo doloroso), arreflexa e hipotônica.
PA = 200/100 mmHg; FR = 16 irpm; FC = 54 bpm.
Ausculta cardiovascular evidenciava ritmo irregular, em 2
tempos. Ausculta respiratória normal. Saturação periférica
de O2 = 98% em ar ambiente. ECG mostrou irregularidade
dos intervalos RR e ausência de ondas P. TC não contrastada
de crânio feita e interpretada após 160 minutos do início
do quadro mostrou edema em todo o território de artéria
cerebral média direita, com desvio da linha média para
a esquerda de 5 mm. Sobre o caso, assinale a alternativa
que melhor exprime as condutas (inicial ou relacionadas à
profilaxia secundária).
A indicação de trombólise química é mandatória
neste caso, devendo-se iniciá-la imediatamente (ainda
há janela terapêutica). O alteplase diminui sequelas
neurológicas, no entanto não tem efeitos sobre a
mortalidade associada a estes eventos.
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Homem, 54 anos, portador de cirrose de etiologia alcoólica,
admitido por surgimento de ascite volumosa nas últimos cinco
dias. Ao exame, apresentava-se alheio ao examinador, com
discurso incoerente e pouco compreensível, com certa agitação
psicomotora. Ausência de sinais neurológicos focais. Ictérico
(++/++++). Estava abstêmio há seis meses. Exame do
líquido ascítico evidenciou 900 leucócitos/mm3, sendo 30% de
polimorfonucleares; glicose = 90 mg/dL; DHL = 34 UI/L;
coloração de Gram negativa. Amostra do líquido ascítico foi
enviada para cultura. Em relação a este caso, conforme conduta
preconizada pelo Clube Internacional de Ascite, assinale a
alternativa que melhor exprime a conduta inicial:
Solicitar exames de imagem e avaliação da cirurgia geral
uma vez que o estudo do líquido ascítico é sugestivo de
Peritonite Bacteriana Secundária.
Deve-se iniciar ciprofloxacina 400 mg EV 12/12 horas
para tratamento da Ascite Neutrofílica. Flumazenil,
lactulose, furosemida, espironolactona e albumina
devem ser adicionados ao regime terapêutico.
Deve-se iniciar cefotaxima 02 g EV 08/08 horas. A
administração de albumina no primeiro e terceiro dia
da antibioticoterapia diminui a incidência de Síndrome
Hepatorrenal. Não fazer uso de diuréticos inicialmente.
A alteração do sensório observada neste paciente não tem
nenhuma relação com o diagnóstico de base. Solicitar
tomografia computadorizada de encéfalo para descartar
lesão estrutural do sistema nervoso central.
Iniciar imediatamente benzodiazepínicos e neurolépticos
típicos, como o haloperidol. Iniciar ciprofloxacina 400 mg
EV 12/12 horas para tratamento de ascite neutrofílica,
associada à albumina. Não fazer diuréticos inicialmente.
Monitoração invasiva da Pressão Intracerebral (PIC)
e da Pressão Arterial Média (PAM) estão indicadas
neste caso para determinação da Pressão de Perfusão
Cerebral (PPC). Manitol, hiperventilação e elevação
da cabeceira devem ser indicados com o objetivo de
manter a PPC menor que 70 mmHg.
A paciente deverá ser intubada, iniciar heparina de alto
peso em doses profiláticas, AAS, controle rigoroso do
sódio, temperatura corporal e manutenção dos níveis
pressóricos (não iniciar anti-hipertensivos inicialmente
neste caso).
Não há indicação inicial para intubação orotraqueal
(paciente sem sofrimento respiratório, saturando
adequadamente em ar ambiente). Inicia medidas de
controle da hipertensão intracraniana em unidade de
terapia intensiva. Nimodipina não apresenta benefícios
nestes pacientes.
A paciente após alta deverá ter como elemento central
na profilaxia secundária a anticoagulação plena através
do uso de warfarínicos, objetivando INR entre 2,5 e 3,5.
A utilização de estatinas, objetivando níveis de LDL
menores de 70 mg/dL, além do controle adequado da
pressão arterial, são medidas que também deverão ser
indicadas na profilaxia secundária.
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Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
Clínica Médica
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Mulher, 38 anos, em investigação de amenorreia de início há
seis meses, com beta-hCG persistentemente negativo. Referiu
também ressecamento cutâneo e queda de cabelo, constipação
e certa sonolência. Negou alterações da libido e galactorreia.
Trazia na primeira consulta um TSH de 2,5 UI/mL (VR = 0,5
- 4,0 UI/mL) e um T4L de 0,48 ng/dL (VR = 0,9 - 1,8 ng/dL);
prolactina de 90 ng/dL (VR < 20 ng/dL) e ultrassonografia
pélvica que evidenciou ovários aumentados de volume com
várias imagens microcísticas em suas periferias. A paciente está
preocupada principalmente com sua dificuldade em engravidar.
A conduta inicial mais adequada neste caso seria:
Paciente trazido por familiares após tentativa de suicídio
por uso de um determinado inseticida. No rótulo do
produto havia a informação de que a substância se tratava
de um carbamato. Assinale a alternativa que corresponde
ao prováveis alterações presentes no exame físico ou quadro
laboratorial do paciente:
Iniciar levotiroxina e solicitar RNM de hipófisehipotálamo.
Iniciar levotiroxina e cabergolina. Não há necessidade
para exames adicionais.
Iniciar metformina isoladamente e solicitar anti-TPO.
Iniciar levotiroxina, metformina e solicitar cintilografia
de tireoide.
Iniciar metformina, cabergolina e solicitar TRab.
Acidose metabólica grave com anion gap elevado,
com insuficiência renal aguda por deposição tubular
de cristais de oxalato de cálcio.
Pupilas puntiformes não fotorreagentes,
ventilação superficial e irregular.
Hipersalivação,
hipersecreção
fasciculações musculares.
brônquica
com
e
Prolongamento do intervalo QT, com predisposição a
taquiarritmia ventricular polimórfica sustentada.
Sangramentos espontâneos de pele, mucosas e
cavidades (hemoperitônio, hemotórax).
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Homem, 24 anos, com quadro há quatro semanas
de fadiga, mal-estar, dispneia aos esforços de caráter
progressivo, palpitações, gengivorragia espontânea e aos
mínimos traumas (escovação dentária), tonturas, cefaleia
e alterações visuais (referia falhas flutuantes em ambos
campos visuais). Negou febre em qualquer momento da
evolução. Hemograma evidenciou Hb = 9,1 g/dL, padrão
normocítico, normocrômico; leucócitos = 220.000/mm3;
plaquetas = 55.000/mm3; reticulócitos = 8.000/mm3;
presença de blastos na hematoscopia em torno de 10%.
Ao exame físico, chamava atenção infiltração gengival
A solução inicialmente utilizada deverá ser salina a 0,45% severa, com mucosa friável e apresentando vários pontos
com potássio 50 mEq/L. A insulinoterapia só deverá ser de sangramento. Em relação ao caso, assinale a alternativa
iniciada após a correção do potássio sérico, tendo em vista correta:
o desvio do potássio para o compartimento intracelular
Os sintomas de tontura, cefaleia e dispneia neste
provocado pela insulinoterapia.
paciente são melhor explicados pela síndrome
anêmica associada.
Iniciar insulinoterapia venosa simultaneamente (0,15
UI/Kg em bolus seguido por 0,1 UI/Kg/h por BIC) à
O blasto presente na circulação periférica deste
ressuscitação volêmica. Postergar a reposição de potássio
paciente é mais provavelmente um promielócito.
para quando a glicemia estiver em torno de 250 mg/dL.
Este tipo de leucemia responde bem ao ácido transIniciar antibioticoterapia de largo espectro, já que o
retinóico (ATRA).
quadro é compatível com sepse grave. A hidratação
Este paciente deverá ser prontamente submetido à
inicial deverá ser salina a 0,9%, com reposição de potássio
terapia citorredutora. Iniciar hidratação adequada,
por via endovenosa (40 mEq/L).
alcalinização da urina e alopurinol com o objetivo de
O diagnóstico mais provável é o de cetoacidose diabética.
evitar insuficiência renal aguda.
A solução para ressuscitação volêmica deverá ser a salina a
Transfundir concentrado de plaquetas (uma unidade
0,9%. Iniciar insulinoterapia por via subcutânea, na forma
para cada 10 Kg) imediatamente, em função da
de insulina NPH na dose de 0,3 UI/Kg fracionada em
presença de sangramento ativo.
duas doses (dois terços pela manhã e um terço à noite).
Homem, 75 anos, diabético há cerca de 15 anos, deu entrada
no pronto-socorro com quadro de torpor há cerca de dois dias.
Apresentava sinais de desidratação severa. PA = 80/45 mmHg;
FC = 64 bpm; FR = 28 irpm; T = 36,9° C. Glicemia capilar
resultou HI. Laboratório evidenciou glicemia = 900 mg/dL;
ureia de 150 mg/dl; creatinina = 2,6 mg/dL; Na+ = 160
mEq/L; K+ = 3,0 mEq/L; pH arterial = 7,26; HCO3- =
12 mEq/L; pCO2 = 26 mmHg; pO2 = 94 mmHg. Sumário
de urina normal. Beta-hidroxibutirato e acetoacetato séricos
normais. Em relação ao quadro, assinale a alternativa correta:
O diagnóstico mais provável é o de Estado Hiperosmolar
Hiperglicêmico não Cetótico. Iniciar ressuscitação
volêmica com solução salina 0,9% (fases de 20 mL/Kg/
hora) até a estabilização volêmica. Só iniciar insulinoterapia
venosa com insulina regular após a correção dos níveis
séricos de potássio.
Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
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Clínica Médica
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Homem, 34 anos, sem antecedentes mórbidos, com história
de cefaleia de início súbito, intensa, há 12 horas, evoluindo
com síncope, dá entrada no pronto socorro com rebaixamento
do sensório e hemiplegia a direita. Ao exame, sinais evidentes
de irritação meníngea. Em função da principal hipótese
diagnóstica neste caso, o paciente foi prontamente submetido
ao exame A, o qual não confirmou a suspeita inicial. Como a
suspeita clínica não poderia ser definitivamente afastada através
do exame A, o paciente foi então submetido ao exame B, o qual
confirmou o diagnóstico. Os exames A e B são respectivamente:
Homem 60 anos, usuário de enalapril, furosemida e atenolol,
no primeiro dia pós-operatório de colecistectomia evolui com
quadro de confusão mental, cefaleia, mal-estar, náuseas e
vômitos associados a achado laboratorial de sódio sérico de 120
mEq/L, com osmolaridade sérica (verificada por osmômetro)
de 256 mOsm/Kg. Exame físico não evidencia edema periférico,
ascite ou evidências de derrame pleural. PA = 110/74 mmHg;
FC = 80 bpm; FR = 16 irpm; T = 36,8° C. A alternativa que
respectivamente mostra (1) o diagnóstico mais provável, (2) a
solução que deverá ser utilizada na correção do distúrbio, e (3)
a variação absoluta na concentração sérica de sódio do paciente
decorrente da terapêutica indicada num período de 24 horas é:
TC de encéfalo não contrastada e TC de encéfalo com
contraste.
TC de encéfalo não contrastada e RNM de encéfalo.
TC de encéfalo contrastada e punção lombar.
TC de encéfalo não contrastada e punção lombar.
TC de encéfalo não contrastada e eletroneuromiografia.
Síndrome da Secreção Inapropriada do Hormônio
Antidiurético (SIADH); SF 3%; 10 mEq.
Síndrome cerebral perdedora de sal; SF 0,9%; 10 mEq.
SIADH; SF 7%; 20 mEq.
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Efeito colateral da furosemida; SF 3%; 5 mEq.
Homem 58 anos, com diagnóstico de soropositividade para
o HIV-1 há cerca de seis anos, após transfusão sanguínea,
retorna em consulta de rotina para mostrar exames. Linfócitos
T CD4 = 450/mm3, com carga viral indetectável. Totalmente
assintomático. Sorologia negativa para VHB e VHC. Sorologia
para Toxoplasma gondi evidenciou positividade para IgG em
títulos moderados. Creatinina sérica de 1,9 mg/dL. Em relação
ao caso assinale a melhor conduta.
SIADH; SF 0,45%; 10 mEq.
09
Você está atendendo na UBSF um homem de 28 anos, sem
antecedentes patológicos ou uso de medicamentos, com
história há dois dias de febre alta, de início súbito, com calafrios,
mialgias, cefaleia, dor retrocular e surgimento de exantema
máculo-papular de aparecimento céfalo-caudal nas últimas 24
horas, além de turvação visual ao levantar-se nas últimas seis
horas. Ao exame, o paciente apresentava PA em posição sentada
de 122/78 mmHg e em pé de 100/70 mmHg. Prova do laço
evidenciou 15 micropetéquias em quadrado com 2,5 cm de
lado. O paciente negou dificuldade respiratória, dor abdominal
ou sangramentos espontâneos de maior monta. Em relação ao
quadro, conforme o recomendado pelo Ministério da Saúde do
Brasil, assinale a alternativa incorreta:
Iniciar TARV (Terapia antirretroviral) e profilaxia
secundária para neurotoxoplasmose.
Iniciar TARV e profilaxia primária para neurotoxoplasmose.
Não iniciar nem TARV nem profilaxia primária para
neurotoxoplasmose.
Iniciar TARV isoladamente, com o esquema de dois
análogos nucleosídeos associado ao efavirenz.
Iniciar TARV isoladamente. Zidovudina + Lamivudina
+ Lopinavir/ritonavir é o esquema inicial adequado.
Obrigatoriamente deve-se indicar a pesquisa etiológica
específica, que neste caso deverá ser realizado através do
isolamento viral, considerando o tempo de evolução.
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A classificação de risco deste paciente orienta a admissão Analise a seguinte gasometria arterial: pH = 7,10; HCO3- =
10 mEq/L; pCO2 = 29 mmHg; Na+ = 140 mEq/L; Cl =
do mesmo em unidade de observação hospitalar.
100 mEq/L; BE = -14; pO2 = 110 mmHg; gradiente A-a
O grupo de risco neste caso só poderá ser determinado = 10 mmHg, com o paciente respirando ar ambiente. O(s)
após a solicitação e interpretação do hemograma.
diagnóstico(s) mais provável(is) é (são):
O exantema do paciente não é considerado sinal de mau
Cetoacidose diabética + insuficiência respiratória tipo 2.
prognóstico.
Intoxicação por metanol.
O paciente deverá submeter-se a hidratação com
solução salina 20 ml/kg, e após estabilização do quadro,
recomenda-se 25 ml/kg a cada seis a oito horas, com
verificação periódica dos sinais vitais, débito urinário,
hematócrito e plaquetas.
Acidose láctica + insuficiência respiratória tipo 1.
Acidose tubular renal tipo 1 + insuficiência respiratória
tipo 2.
Acidose láctica + DPOC avançado estável.
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Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
Clínica Médica
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Mulher, 54 anos, portadora de transtorno depressivo maior,
chega ao pronto socorro após tentativa de suicídio com
amitriptilina (ingeriu 10 comprimidos de 75 mg há cerca de 30
minutos da chegada ao setor). Ao exame encontra-se sonolenta
e com respostas lentas, no entanto apropriadas. Bom grau de
orientação no tempo e espaço. Glasgow de 14. PA = 140/89
mmHg, FC = 88 bpm; FR = 18 irpm com incursões de
amplitude normal; SatpO2 em ar ambiente = 98%. Ausculta
cardíaca mostrou ritmo irregular. ECG evidenciou extrassístoles
ventriculares monomórficas isoladas. Em relação ao caso,
assinale a alternativa mais adequada para o manejo terapêutico:
Admitir esta paciente em enfermaria. Manter com
oximetria de pulso e solicitar gasometria arterial. Não
há necessidade para oxigenioterapia suplementar. Iniciar
atropina imediatamente.
Admitir em unidade intermediária com monitoração cardíaca
contínua. Alto risco para desenvolvimento de taquicardia
polimórfica sustentada. Administrar bicarbonato de sódio.
Manter em observação comum no setor de pronto
atendimento. A intoxicação é de evolução benigna, e a
paciente poderá ser liberada nas próximas 12 horas.
Admitir paciente em unidade de terapia intensiva, para
suporte ventilatório imediato, tendo em vista que o
esperado é depressão respiratória grave nas próximas
horas. Administrar flumazenil.
Não indicar lavagem gastrointestinal, em função do
tempo decorrido entre a entrada da paciente no setor e a
ingestão da droga.
Paciente 53 anos, masculino, portador de hepatite crônica pelo
HCV genótipo 1A, em uso de interferon peguilado e ribavirina
há 03 meses, evolui há 03 semanas com surgimento de lesões
purpúricas palpáveis em membros inferiores, artralgias,
febre baixa, anorexia, mal-estar e decaimento progressivo do
estado geral. Ao exame, observou-se surgimento recente de
hipertensão arterial. Laboratório evidenciou CH50, C3 e C4
diminuídos; além de anemia normocítica, normocrômica;
e elevação da creatinina de 0,9 mg/dL para 2,8 mg/dL em 03
semanas. Sumário de urina evidenciou hematúria dismórfica,
cilindros hemáticos e leucocitários, além de proteinúria (++).
Em relação ao quadro, assinale a alternativa correta:
O diagnóstico sindrômico mais adequado é o de
Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva. O paciente
encontra-se em classe III conforme a classificação AKIN.
A biópsia renal está indicada.
O diagnóstico sindrômico mais adequado é o de Síndrome
Nefrítica. O paciente encontra-se em classe II conforme a
classificação AKIN. A biópsia renal não está indicada.
O diagnóstico mais provável é o de Doença de Berger
descompensada pela hepatite em atividade pelo HCV.
Espera-se que a pesquisa de crioglobulinas de natureza
monoclonal seja positiva neste caso, caracterizando
crioglobulinemia classe I associada ao HCV.
O quadro apresentado pelo paciente é tipicamente
associado ao uso do interferon peguilado. Indica-se a
suspensão do mesmo nesta situação.
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Mulher 32 anos, com queixas de artralgias em punhos,
metacarpofalangeanas e interfalageanas proximais de caráter
aditivo, simétrico, há cerca de 12 semanas, com rigidez matinal de 30
minutos, associado à úlceras orais, e lesão eritematosa, edemaciada,
em regiões malares bilateralmente, poupando o sulco nasolabial,
que piorava à exposição solar, admitida com história de edema
facial, cefaleia e surgimento de dispnéia nas últimas 02 semanas.
Ao exame, PA = 212/112 mmHg, FC = 85 bpm, FR = 26 irpm.
AR = Crépitos finos bibasilares. Sumário de urina evidenciava
proteinúria (+++) e cilindros hemáticos. Creatinina sérica na
admissão 3,1 mg/dL (há 02 semanas estava 1,0 mg/dL). A paciente
foi submetida à diureticoterapia agressiva, sem resposta adequada.
Em relação ao caso acima, assinale a alternativa incorreta.
Há indicação absoluta de biópsia renal nesta paciente,
sendo o resultado da mesma fundamental para
determinação da estratégia terapêutica.
O complemento sérico neste caso provavelmente
encontra-se diminuído (consumido). Caso encontre-se
normal, o diagnóstico sugerido pelo quadro clínico da
paciente deverá ser revisto.
Há indicação para início de hidroxicloroquina. A mesma
apresenta atividade imunomoduladora, interferindo de forma
favorável na evolução de pacientes com este diagnóstico.
A paciente está em insuficiência renal aguda, classe AKIN
III ou “F” RIFLE. Apresenta redução maior que 75% na
taxa de filtração glomerular em relação ao encontrado há
duas semanas. Há indicação de terapia dialítica.
A insuficiência renal desta paciente é mais provavelmente
do tipo não oligúrica. O padrão de imunofluorescência
esperado na biópsia renal neste caso é a deposição linear
de IgG e complemento na membrana basal.
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Paciente 58 anos, masculino, tabagista em atividade, 30 maços.
ano, com queixas de tosse matinal persistente há cerca de 06
anos, com secreção mucóide escassa, evoluindo com dispnéia
progressiva aos esforços, que atualmente surge somente ao
apressar o passo e subir ladeiras ou escadas. Negou exacerbações
nos últimos 12 meses. Exame físico evidenciando aumento
do tempo expiratório e sibilos esparsos. Radiografia de tórax
normal. Submetido à espirometria que evidenciou relação
VEF1/CVF de 63% e VEF1 de 55% (pós-broncodilatador)
do previsto (ambas medidas foram realizadas após a inalação
de 400 mcg de salbutamol). Em relação ao caso, assinale a
alternativa correta.
O paciente apresenta DPOC grupo A (poucos sintomas
e baixo risco de exacerbação). Deverá fazer uso de betaagonista de curta ação de resgate.
O paciente apresenta DPOC grupo C (poucos sintomas
e alto risco de exacerbação). Está indicado o uso de
corticoides inalatórios de forma isolada.
O paciente apresenta DPOC grupo B (muitos sintomas
e baixo risco de exacerbação). Está indicado o uso isolado
de terapia bronco-dilatadora de manutenção, utilizando
beta-agonistas de ação prolongada ou o tiotrópio.
O paciente apresenta DPOC grupo C (poucos sintomas
e alto risco de exacerbação). Está indicado o uso de betaagonistas de ação prolongada e corticoides inalatórios.
O paciente apresenta DPOC grupo D (muitos sintomas
e alto risco de exacerbação). Deverá fazer uso de betaagonistas de ação prolongada e corticoides inalatórios.
Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
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As malignidades eventualmente manifestam-se remotamente
através de efeitos mediados pela liberação de fatores humorais
com efeitos biológicos diversos ou através de reações de
hipersensibilidade mediadas pelo sistema imunológico.
Marque a alternativa incorreta em relação às síndromes
paraneoplásicas.
Síndrome de Eaton-Lambert caracteriza-se por fraqueza
muscular distal que melhora com contração mantida do
membro acometido. Deve-se a formação de um anticorpo
que bloqueia os canais de cálcio voltagem dependente no
neurônio pré-sináptico na placa motora.
Heliótropo corresponde a uma lesão violácea
encontrada nas pálpebras e fortemente relacionada à
dermatopolimiosite.
Síndrome carcinoide (rubor facial, hipotensão e diarreia)
é causada pela liberação maciça de serotonina na
circulação a partir de tumores carcinoides originados
do intestino médio (origem embriológica), sugerindo
metástases hepáticas já instaladas.
Encefalite límbica corresponde a um quadro neurológico
caracterizado por alterações cognitivas relacionadas a
memória, afeto e personalidade, mediada pelo surgimento de
anticorpos com especificidade para componentes neuronais
específicos, como o anti-HU. Está associada ao timoma.
Hipoglicemia severa pode estar associada a malignidades
através da formação de IGF-II por tumores mesenquimais,
anticorpos anti-insulina ou comprometimento extenso e
maciço do fígado pelo tumor.
Mulher, 65 anos, portadora de neoplasia de mama em estágio
avançado, com quadro de desorientação temporal e espacial,
com sonolência de instalação progressiva nos últimos cinco
dias, dá entrada no pronto socorro com piora do quadro
geral. Ao exame, desidratação severa, palidez cutâneo mucosa
e letargia. PA = 88/54 mmHg; FC = 130 bpm, com ritmo
regular; laboratório evidenciou cálcio sérico corrigido pela
albumina de 16 mg/dL, com PTH de 48 pg/mL (VR = 10 - 90
pg/mL). Em relação ao caso, assinale a alternativa correta:
A primeira medida terapêutica é a hidratação vigorosa
com solução salina, seguida da utilização de diuréticos
tiazídicos.
O diagnóstico mais provável é o hipercalcemia aguda por
hiperparatiroidismo primário.
Bifosfonatos como o alendronato e o ibandronato devem
ser indicados precocemente para reduzir a calcemia.
A reabsorção tubular de fósforo está aumentada nestes
casos, tendendo a provocar hiperfosfatemia.
A hipercalcemia humoral da malignidade geralmente
é uma complicação de surgimento precoce no curso
da doença.
19
Homem, 68 anos, hipertenso, em uso regular de enalapril, atenolol e hidroclorotiazida, queixa-se de intolerância aos esforços
e tonturas há dois dias. Há 12 horas, apresentou episódio de perda da consciência precedida por turvação visual, sudorese e
mal-estar. Ao exame físico: consciente, orientada, extremidades frias, PA = 84/66 mmHg; FR = 18 irpm; T = 36,6° C; estase
jugular a 45°, ausculta cardíaca com hiperfonese de bulhas, ausculta pulmonar com estertores crepitantes em bases pulmonares,
abdômen distendido, doloroso à palpação em hipocôndrio direito. ECG realizado ainda no pronto socorro mostrou o padrão
visto na figura abaixo. Assinale a alternativa correta quanto ao manejo terapêutico mais adequado para esta paciente:
Indicar cardioversão elétrica prontamente.
Iniciar infusão de amiodarona em drip.
Indicar colocação de marca-passo transvenoso de emergência.
Iniciar trombolíticos.
Realizar pericardiocentese de urgência.
7
Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
Clínica Médica
20
Homem 54 anos, tabagista e hipertenso, dá entrada em pronto-socorro com quadro de dor precordial em aperto, difusa, com
irradiação para face ulnar de MSE há cerca de 04 horas, acompanhada por sintomas diaforéticos, náuseas e um episódio de
vômito. Há 30 minutos referiu aumento da dor com surgimento de dispneia em repouso. Ao exame, presença de crepitações
finas até terço médio de ambos hemitóraces. Ritmo cardíaco regular, a dois tempos, com sopro sistólico em foco mitral irradiando
para a axila e abafando a primeira bulha. PA = 128/68 mmHg; FC = 54 bpm; FR = 26 irpm. Fácies de dor, com sudorese fria.
ECG feito na admissão mostrou o seguinte padrão (vide figura abaixo).
Assinale a alternativa que melhor exprime a conduta diagnóstica e/ou
terapêutica a ser adotada:
Solicitar enzimas cardíacas e iniciar AAS, clopidogrel, enoxaparina,
betabloqueador, nitratos e morfina. Não indicar trombólise química
inicialmente.
Indicar trombólise mecânica por angioplastia primária de preferência.
Iniciar prontamente AAS, clopidogrel, enoxaparina e nitratos. Não
iniciar betabloqueador.
Indicar trombólise química com alteplase de preferência.
Iniciar imediatamente AAS, clopidogrel, enoxaparina, nitratos e
betabloqueador.
Solicitar tomografia computadorizada de tórax antes de qualquer
medida trombolítica, pois o quadro é muito sugestivo de aneurisma
dissecante de aorta.
Solicitar ecocardiografia transtorácica bidimensional com
Doppler, pois o quadro clínico e o ECG são sugestivos de
pericardite aguda.
Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
8
Pediatria
25
21
Adolescente de 14 anos, sexo feminino, comparece a consulta
com sua mãe preocupada por não ter apresentado a menarca.
Nega antecedentes patológicos. A menarca materna ocorreu
aos 12 anos. Exame físico: peso no percentil 50, altura no
percentil 25, velocidade de crescimento: 5cm/ano. Tanner:
M1P1. A hipótese diagnóstica é:
Síndrome de Turner.
Puberdade normal.
Anorexia nervosa.
Atraso puberal.
Bulimia.
Lactente de cinco meses, em aleitamento materno exclusivo,
deu entrada no serviço de pronto-atendimento com quadro
de lesões papuloeritematosas difusas pelo corpo e edema
periorbitário e labial. A mãe relata que esse quadro se
iniciou cerca de dez minutos após oferecer leite de vaca à
criança. Exame físico: ativa, hidratada, boa perfusão capilar,
placas papuloeritematosas difusas, pálpebras, orelhas e lábios
edemaciados, dispneia leve com sibilância, bulhas rítmicas e
normofonéticas, abdome sem alterações. Neste caso, indica-se
corticoide IV.
adrenalina IM.
lavagem gástrica.
carvão ativado VO.
anti-histamínico VO.
26
Pré-escolardetrêsanosapresentafebreporcincodias,acompanhada
de fraqueza, mal-estar, dor de garganta, lacrimejamento, eritema
das conjuntivas e linfadenopatia cervical e pré-auricular. O
provável agente etiológico desse quadro clínico é:
Vírus herpes simples tipo 1.
Streptococcus pyogenes.
Vírus de Epstein-Barr.
Bartonella henselae.
Adenovírus do tipo 3.
22
Recém-nascido a termo, parto normal, pesando 3.600g. Exame
físico: normal. Os exames pré-natais indicaram infecção
em atividade pelo citomegalovírus no final da gestação. A
recomendação em relação à alimentação é
indicar aleitamento materno em regime de livre demanda.
contraindicar a amamentação e prescrever fórmula láctea.
contraindicar a amamentação e prescrever fórmula láctea
e aciclovir.
indicar aleitamento materno com leite ordenhado após
congelamento.
indicar aleitamento materno com leite ordenhado
após pasteurização.
27
Lactente de 10 meses é levado a unidade de saúde devido a
quadro de diarreia, com fezes líquidas, amareladas, várias
vezes por dia, anorexia, vômitos e febre não aferida, há três
dias. Exame físico: irritado, inquieto, olhos fundos e sinal
da prega com desaparecimento lento, bebendo avidamente
a água oferecida. Considerando as informações acima e as
23
recomendações do Ministério da Saúde, o diagnóstico e a
Recém-nascido a termo, após 30 segundos de assistência conduta corretos neste caso são, respectivamente:
adequada na sala de parto, evolui com respiração regular,
desidratação grave – iniciar hidratação venosa e, se após
FC: 110bpm e cianose generalizada (central e periférica). A
4-6 horas ainda estiver desidratado, indicar hospitalização.
conduta, neste momento, será indicar
desidratação – liberar com prescrição de sais de reidratação
estímulo tátil.
oral, alimentação habitual e oferta de líquidos abundante.
oxigênio inalatório.
desidratação – iniciar hidratação com sais de reidratação
oral na unidade de emergência.
intubação traqueal.
desidratação – internar e iniciar hidratação com sais de
expectante.
reidratação oral.
ventilação com balão e máscara.
desidratação grave – internar e iniciar hidratação venosa.
24
28
Escolar de oito anos é atendido na emergência com história de
tosse e coriza há 24 horas, que evoluiu para dispneia nas últimas
seis horas. Mãe relata que a criança tem asma controlada,
não usa corticosteroide inalatório ou oral e nunca necessitou
de internação. Exame físico: dispneia, tiragem subcostal,
FR: 40irpm, FC: 144bpm, SatO2 de 89%, PFE<30%,
comunicando-se somente com frases curtas. Segundo as IV
Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma, esta crise pode
ser classificada como
leve.
grave.
muito grave.
moderada/grave.
Lactente de 22 meses apresentou crise convulsiva tônicoclônica generalizada, que durou três minutos. Logo após a
crise, o paciente ficou sonolento, mas, 30 minutos depois, não
apresentava mais nenhuma anormalidade. A mãe relatou
coriza e tosse há um dia. Exame físico: t.ax: 39,2ºC, FC:
110bpm, FR: 30irpm, PA: 84/48 mmHg, eritema acentuado da
orofaringe, ausência de rigidez de nuca ou déficits neurológicos
focais. A conduta apropriada é:
orientar os pais acerca da benignidade do quadro.
prescrever fenobarbital como profilático.
realizar punção lombar e hemocultura.
internar para observação rigorosa.
prescrever antibiótico intravenoso.
moderada.
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Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
Pediatria
29
33
Pré-escolar de três anos é levado a consulta por apresentar febre
alta há 10 dias. Exame físico: edema palpebral, petéquias no
palato, exsudato amigdaliano, adenomegalia cervical anterior
e posterior, fígado palpável a 3,5cm do RCD e baço a 2,5cm
do RCE. O exame laboratorial indicado para confirmação do
diagnóstico é:
aspirado de medula óssea.
sorologia para vírus da dengue.
sorologia para vírus de EpsteinBarr.
bacterioscopia e cultura da secreção faringeia.
teste rápido para pesquisa de estreptococo do grupo A.
Adolescente de 11 anos, com diagnóstico de SIDA, apresentase
desnutrido sem indicação de internação. O último exame
mostrou CD4 de 150 células/mm3. Além daorientação
alimentar e do tratamento específico para SIDA, está indicada
quimioprofilaxia para:
tuberculose.
criptococose.
pneumocistose.
candidíase e pneumocistose.
tuberculose e pneumocistose.
34
Pré-escolar de dois anos, sexo masculino, é internado em
hospital no interior da Paraíba para investigar quadro de
palidez e hepatoesplenomegalia. A mãe relata início dos
sintomas há dois meses com febre baixa diária e astenia.
Após cinco semanas de febre, persistiram fadiga e diarreia
eventual. Exame físico: peso: 9.500g, comprimento: 80cm,
FC: 126bpm,FR: 32irpm, PA: 88x60mmHg, petéquias
generalizadas, fígado papável a 4cm do RCD de consistência
normal,borda lisa, doloroso à palpação e baço palpável
a 8cm do RCE de consistência aumentada. Exames
laboratoriais: hemograma: anemia moderada, leucopenia e
trombocitopenia. O diagnóstico mais provável é:
calazar.
esquistossomose.
leucemia linfocítica aguda.
linfoma de Hodgkin.
mononucleose infecciosa.
30
Recém-nascido a termo com 16 dias de vida, em aleitamento
materno exclusivo, é levado a consulta devido a quadro de
icterícia. Exame físico: corado, ictérico até zona III de Kramer,
fígado palpável a 1cm do RCD, Traube livre. Exames
laboratoriais (colhidos em regime de urgência): BT: 15,1mg/
dl, BI: 14,8mg/dl, Ht: 47%. As hipóteses diagnósticas que
devem ser consideradas incluem:
atresia de vias biliares e hipotireoidismo.
icterícia do leite materno e hipotireoidismo.
icterícia fisiológica e icterícia do leite materno.
icterícia fisiológica e incompatibilidade materno-fetal.
incompatibilidade materno-fetal e atresia de vias biliares.
31
Pré-escolar de três anos, sexo feminino, apresenta quadro de
urgência e disúria há dois dias. Exame físico: dor discreta à
palpação da região suprapúbica, restante sem anormalidades.
Exame de urina: piócitos incontáveis, 10/15 hemácias por
campo de grande aumento. A conduta indicada nesse
momento consiste em:
realizar ultrassonografia em regime de urgência e
reavaliar conduta após resultado.
colher urinocultura e iniciar tratamento ambulatorial
com sulfametoxazol-trimetoprim.
internar, colher urinocultura, realizar ultrassonografi a e
iniciar tratamento com ceftriaxona.
iniciar tratamento ambulatorial com amoxicilina sem
necessidade de exame complementar.
colher urinocultura e reavaliar em 72h, iniciando
antimicrobiano de acordo com resultado.
35
Lactente de 45 dias de vida apresenta quadro de tosse há
duas semanas. A mãe informa que a tosse vem piorando
progressivamente e que, nos últimos dias, tem atrapalhado
as mamadas. Exame físico: bom estado geral, afebril, FR:
65irpm, estertores difusos à ausculta pulmonar, ausência
de tiragem, restante sem alterações. Hemograma: aumento
do número de eosinófilos. A principal hipótese diagnóstica
nesse caso é:
coqueluche.
bronquiolite viral.
síndrome de Loeffler.
bronquite eosinofílica.
pneumonia por clamídia.
36
Lactente de dois meses, nascido de parto domiciliar e
nunca vacinado, com quadro provável de imunodeficiência
congênita, em boas condições clínicas, é levado ao posto de
saúde para receber orientação quanto à vacinação. A conduta
adequada é:
não aplicar nenhuma vacina.
aplicar todas as vacinas, exceto BCG.
aplicar todas as vacinas indicadas para a idade.
aplicar somente vacinas de agentes inativados.
aplicar somente vacinas com agentes atenuados.
32
Lactente de 20 meses é levado a serviço de pronto-atendimento
devido a quadro de febre alta (39°C) e vômitos há 48 horas.
Exame físico: orofaringe hiperemiada apresentando úlceras
no palato mole e lojas amigdalianas. A conduta indicada nesse
caso, além da orientação dos pais, consiste na prescrição de:
aciclovir.
ganciclovir.
azitromicina.
sintomáticos.
penicilina benzatina.
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10
Pediatria
37
Pré-escolar de três anos foi levado a consulta por não comer
verduras. A mãe se esforçava muito com prêmios, brincadeiras,
distração (TV na hora das refeições) e já o havia castigado, mas
a criança não aceitava nenhum “verdinho”. Este problema é
conhecido como:
neofobia, comum na idade.
megaloblastose, carência de folatos.
birra, defeito de personalidade grave.
escorbuto, deficiência de ascorbatos.
mimo, excesso de cuidados maternos.
38
Pré-escolar de cinco anos é levada a atendimento devido
ao aparecimento, há duas semanas, de pápula eritematosa
de crescimento centrífugo no tronco. Exame físico: lesão
circular, bem delimitada, de 3cm de diâmetro no tórax,
mais descamativa na periferia, centro claro e prurido local.
Restante do exame físico sem anormalidades. A principal
hipótese diagnóstica é:
psoríase.
estrófulo.
tinea corporis.
eczema atópico.
impetigo bolhoso.
39
Lactente de quatro meses, sexo masculino, foi internado com
história de febre alta há três dias, dispnéia e gemência. Radiografia
de tórax: infiltrado no terço superior do pulmão esquerdo e
imagem de hipotransparência de permeio com nível hidroaéreo.
Exame físico: prostração, tiragem subcostal e impetigo bolhoso
na perna esquerda. Segundo as normas do Ministério da Saúde,
a melhor opção inicial de antimicrobiano é:
oxacilina.
ampicilina.
gentamicina.
penicilina cristalina.
gentamicina+ampicilina.
40
Lactente de 18 meses é atendido com história de febre e coriza
há 72 horas. Exame físico: eupnéico, hidratado, afebril; FR:
38 irpm; FC: 88 bpm; MV com roncos difusos. Radiografia
de tórax: hipotransparência triangular na região paratraqueal
direita do tipo vela de barco. Neste caso indica-se:
amoxicilina.
broncoscopia.
ecocardiograma.
conduta expectante.
tomografia computadorizada.
11
Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
Ginecologia e Obstetrícia
41
45
Dentre as classes de drogas abaixo, qual é a mais efetiva para
o tratamento da Síndrome Pré-Menstrual (SPM):
Inibidores seletivos da receptação de serotonina.
Anti-inflamatórios não hormonais.
Benzodiazepínicos.
Opiáceos.
Derivados do Ergot.
O exame colpocitológico, também conhecido como preventivo
ou Papanicolaou, objetiva a detecção precoce de alterações
que podem levar ao câncer de colo uterino, permitindo a
prevenção e/ou detecção precoce desta patologia, permitindo
o tratamento precoce, se necessário. As células devem
ser colhidas, com o auxílio de uma espátula e/ou escova
endocervica, principlamente da:
Ectocérvice.
Endocervíce.
Junção Escamo-Colunar.
Fundo de saco vaginal posterior. Vulva.
46
A principal causa de sangramento uterino disfuncional
(SUD) é:
Mal-formações congênitas.
Pólipos endometriais.
42
Anovulação.
Essa vulvovaginite, muito comum em crianças do nosso
Necrose endometrial.
meio, está associada a intenso prurido anal, perineal e nasal.
Miomatose uterina.
É frequentemente encontrada em vários membros da família.
O diagnóstico pode ser feito pelo exame parasitológico de
47
fezes com fita ou mesmo pela identificação de ovos em Os miomas, ou leiomiomas – neoplasias benignas de células
secreção vaginal. O mais provável agente etiológico, entre os de músculo liso uterino – são os tumores mais comuns do
abaixo, é o:
trato genital feminino e acometem 20 a 40% das mulheres
em idade reprodutiva (Stewart, 2001). Entre os fatores de
Entamoeba histolytica.
risco para miomatose uterina, não se inclui:
Enterobius vermicularis.
Multiparidade.
Ascaris lumbricoides.
Obesidade.
Schistosoma mansoni. Historia familiar de miomatose.
Trichomonas vaginalis.
Etnia afro-descendente.
Aumento do número de receptores de estrogênio e
43
progesterona no miométrio.
Não é critério diagnóstico para a Síndrome dos Ovários
Policísticos (SOP), segundo os critérios de Rotterdam:
48
O
tratamento
definitivo da miomatose sintomática é:
Irregularidade menstrual devido à anovulação.
Hirsutismo.
Uso de análogos do GnRH.
Alopecia.
Uso de anti-inflamatórios não hormonais.
Aumento dos níveis séricos dos androgênios.
Uso de moduladores seletivos dos receptores de
estrogênio (SERMs).
Diminuição dos níveis séricos de 21-hidroxilase.
Cirúrgico.
Uso de dispositivo intra-uterino liberador de levonogestrel
44
(Mirena®).
A dismenorreia é a queixa ginecológica mais comum em
adolescentes e a principal causa de absenteísmo na escola ou
49
no trabalho. A dismenorreia primária é caracterizada como
Doença
sistêmica
de fácil detecção e de tratamento simples,
dor em cólica, , recorrente, localizada no abdome inferior,
que ocorre no período menstrual. A causa mais comum de barato e 100% eficaz, é geralmente adquirida por contato
sexual, mas também por transfusão de sangue ou de forma
dismenorreia primária é:
transplacentária (em qualquer período da gestação). A
Endometriose.
afirmação é compatível com:
Aderências pélvicas.
Herpes genital
Varizes pélvicas.
Sífilis.
Doença inflamatória pélvica.
Cancro mole.
Não há causa subjacente na dismenorreia primária.
Linfogranuloma venéreo.
Donovanose.
Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
12
Ginecologia e Obstetrícia
50
54
O primeiro atendimento à mulher vítima de violência sexual:
Inclui o acolhimento, reconhecimento e tratamento das
lesões, suporte psicológico, prevenção da gestação, avaliação,
tratamento e prevenção das DSTs, encaminhamento
para acompanhamento ambulatorial com ginecologia e
psiquiatria.
Só deve ser realizado após a lavratura de um boletim
de ocorrência (BO) por uma autoridade policial.
Pode ser recusado pelo profissional médico por razões
religiosas.
Deve ser realizado na presença de policiais, a fim de
resguardar a segurança da vítima e dos profissionais
envolvidos em seu atendimento.
Inclui o acolhimento, reconhecimento e tratamento das
lesões, suporte psicológico, prevenção da gestação, avaliação,
tratamento e prevenção das DSTs, encaminhamento
para acompanhamento ambulatorial com ginecologia
e psiquiatria e, necessariamente, o encaminhamento da
mulher para uma delegacia especializada, a fim de registrar
a queixa e lavrar o boletim de ocorrência (BO).
A melhor idade gestacional para pesquisa da translucência
nucal é:
11 a 14 semanas.
20 a 28 semanas.
5 a 9 semanas.
Após a 36ª semana.
14 a 18 semanas.
55
Durante uma curetagem uterina pós-abortamento, você
suspeita de que houve perfuração do útero. A paciente
encontra-se estável hemodinamicamente e ainda existem
restos ovulares a ser removidos. A melhor conduta é:
Deixar a paciente em observação por 24 horas.
Levar à laparotomia.
Suspender momentaneamente o procedimento e
completá-lo sob visão laparoscópica.
Administrar ocitocina 10 U em 500 mL de soro fisiológico,
infundir 40 gotas/min e continuar o procedimento.
Continuar o procedimento utilizando uma cureta maior.
51
O diagnóstico precoce de uma gestação é fundamental para
56
uma assistência pré-natal de qualidade, pois possibilita o
início precoce do acompanhamento pré-natal e dos cuidados O esquema de tratamento para sífilis primária proposto pelo
que visam à promoção da saúde materno-fetal. É sinal de Ministério da Saúde é o seguinte:
Penicilina Benzatina 2,4 milhões UI, intramuscular
presunção da gestação:
(IM) em dose única (1,2 milhão em cada glúteo).
Consistência cervical amolecida.
Penicilina Benzatina 2,4 milhões UI, intramuscular
Aumento do volume abdominal.
(IM) repetida após uma semana.
Sinal de Hegar (flexão do corpo sobre o colo uterino
Penicilina Benzatina 2,4 milhões UI, intramuscular
no toque bimanual).
(IM) semanal, durante 3 semanas.
Ausculta de batimentos cardíacos fetais.
Penicilina Benzatina 4,8 milhões UI, intramuscular
Alterações do muco cervical (maior quantidade de muco
(IM) em dose única (2,4 milhões em cada glúteo).
e ausência de cristalização com padrão arboriforme).
Penicilina Benzatina 4,8 milhões UI, intramuscular
52
(IM) repetida após uma semana.
Mulheres gestantes, não vacinadas ou com passado vacinal
57
para tétano ignorado devem:
Único medicamento que previne a sífilis congênita:
Tomar uma dose de reforço logo que possível.
Eritromicina.
Tomar duas doses da vacina, com intervalo de 8
semanas a partir da 20ª semana.
Penicilina.
Tomar três doses da vacina, com intervalo de 8
Azitromicina.
semanas, a partir da 20ª semana.
Sulfametoxazol.
Tomar uma dose da vacina na 14ª semana.
Ceftriaxona.
Tomar três doses da vacina, com intervalo de 6 semanas,
a partir da 12ª semana.
58
53
É indicação absoluta de cesariana:
O uso do ácido fólico antes da concepção e no primeiro
Herpes genital ativo.
trimestre da gestação objetiva:
Gestante HIV positivo.
Prevenir a ocorrência de malformações cardíacas.
Gestação múltipla.
Prevenir a ocorrência de malformações gastro-intestinais.
Psicopatia.
Prevenir a ocorrência de malformações neurológicas.
Descolamento prematuro de placenta.
Prevenir a ocorrência de malformações uro-genitais.
Prevenir a ocorrência de malformações pulmonares.
13
Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
Ginecologia e Obstetrícia
59
O partograma abaixo é compatível com:
Trabalho de parto de evolução normal.
Parada secundária da dilatação.
Parada secundária da descida.
Amniotomia.
Distocia do colo uterino.
60
Analise mais este partograma. O mesmo é compatível com:
Trabalho de parto de evolução normal.
Parada secundária da dilatação.
Parada secundária da descida.
Amniotomia.
Distocia do colo uterino.
Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
14
Cirurgia Geral
61
66
Você está de plantão área vermelha do Hospital de Traumas. A doença tromboembólica é um fator de complicação, exceto:
O SAMU chega com um paciente politraumatizado, vítima
Do pós-parto.
de queda de motocicleta. O paciente abre os olhos sob seu
De neoplasias.
comando verbal, tem respostas verbais confusas e localiza
estímulos dolorosos. O escore de coma de Glasgow desse
De fraturas dos membros inferiores.
paciente é igual a:
De intervenções cirúrgicas.
15.
12.
9.
De Hérnias crurais.
6.
3.
67
62
A pele da região inguinal está separada do plano músculoPaciente adulto, com queimaduras atingindo toda a aponeurótico pelo tecido celular subcutâneo que se organiza
parede anterior do tórax e a totalidade do membro superior para formar três fáscias. São elas:
esquerdo. Segundo a regra dos nove, a área corporal
Superficial: Camper; Intermediária: Scarpa e
queimada corresponde a:
Profunda: Gallauder.
9%.
18%.
27%.
Superficial: Scarpa; Intermediária: Camper e Profunda:
36%.
45%.
Gallauder
Superficial: Camper; Intermediária: Gallauder e
63
Profunda: Scarpa
A primeira prioridade para o socorrista em atendimento pré Superficial: Gallauder; Intermediária: Scarpa e
hospitalar em um incidente de trauma é:
Profunda: Camper;
A via aérea da vítima.
Superficial: Scarpa; Intermediária: Gallauder e
A avaliação da cena.
Profunda: Camper.
O acesso venoso da vítima.
A estabilização da coluna cervical da vítima.
68
Reconhecer a existência de incidentes de múltiplas vítimas É característica das hérnias inguinais indiretas:
e desastres.
São adquiridas.
64
São mais comuns em homens idosos.
Sobre o atendimento ao paciente traumatizado afirma-se:
Aparecem rapidamente.
I. Assegurar uma via aérea pérvia é a primeira prioridade
Frequentemente chegam à bolsa escrotal.
no tratamento e reanimação do traumatizado.
Raramente estrangulam.
II. Independentemente da técnica de abordagem das vias
aéreas, o socorrista deve ter em mente a possibilidade
69
de lesão cervical.
A localização mais habitual da úlcera péptica gástrica é:
III. O uso de qualquer uma das técnicas de controle das
Pequena curvatura.
vias aéreas necessita de estabilização simultânea da
Grande curvatura.
coluna cervical em posição neutra até que o paciente
tenha sido completamente imobilizado.
Fundo gástrico.
Está(ão) correta(s)
Parede anterior.
apenas I.
Parede posterior.
apenas I e II.
apenas I e III.
70
apenas II e III.
A apresentação mais comum de fístula entérica é em um
todas.
paciente no pós-operatório, com distensão e tensão abdominal
e uma febre baixa, além de não recuperar-se normalmente
65
de uma cirurgia abdominal. O surgimento das fístulas pósColeção purulenta bem limitada, posterior a uma inflamação operatórias se dá geralmente:
de evolução aguda e desenvolvida em uma cavidade
entre 3 e 5 dias.
neoformada no interior dos tecidos. Trata-se de:
entre 5 e 7 dias.
Panarício.
entre 7 e 10 dias.
Abscesso quente.
Abscesso frio.
entre 15 e 20 dias.
Osteomielite.
entre 1 e 3 dias.
Adenopatia.
15
Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
Cirurgia Geral
71
75
As fístulas entéricas consideradas de alto débito drenam:
Mais de 200 mL/dia.
Entre 200 e 500 mL/dia.
Mais de 500 mL/dia.
Menos de 200 mL/dia.
Manos de 50 mL/dia.
Ainda sobre a videocirurgia afirmamos:
I. As colecistectomias por videolaparoscopia foram algumas
das primeiras cirurgias desenvolvidas pelo método.
II. A colecistectomia por videolaparoscopia se inicia com o
clampeamento dos elementos do pedículo (ducto cístico
e artéria cística), assim como na técnica aberta, mas
a dissecção da vesícula se faz no sentido inverso ao do
método convencional, ou seja, do pedículo para o fundo.
72
III.
Uma da vantagens da colecistectomia por
O tipo de lesão mais comum, que acomete cerca de 80% das
videolaparoscopia é o menor surgimento de aderências
vítimas de traumatismo urogenital é:
e hérnias incisionais em decorrência do procedimento.
Cortante.
Está(ão) correta(s):
Contusa.
Apenas I.
Penetrante.
Apenas I e II.
Em sela (a cavaleiro).
Apenas I e III.
Mista.
Apenas II e III.
I, II e III.
73
No tratamento das lesões traumáticas de bexiga o objetivo
76
inicial é:
A complicação mais comum de apendicectomias é:
Manter o órgão repleto.
Síndrome de Fitz-Hughs-Curtis.
Manter o órgão completamente descomprimido,
utilizando uma sonda vesical de demora.
Septicemia.
Infecção de ferida operatória.
Hemorragia.
Fístula.
Manter o órgão completamente descomprimido,
utilizando uma sonda vesical de alívio.
Realizar uma cistostomia.
77
Evitar qualquer intervenção, em virtude da alta
capacidade de regeneração dos tecidos vesicais.
A conduta mais adequada para confirmar o diagnóstico de
fístula gastro-cutânea é:
74
Ultrassonografia.
Sobre a videocirurgia, podemos afirmar:
Raios X simples do abdome, em pé.
I. Tem como vantagens, entre outras, menor tempo de
Exploração digital do trajeto da suposta fístula.
recuperação pós-cirúrgica e menor risco de infecção
Tomografia computadorizada sem contraste.
de ferida operatória.
Infusão de azul de metileno através de sonda naso-gástrica.
II. Um de seus principais inconvenientes é o custo
relativamente alto.
78
III. O insuflador de monóxido de carbono (CO) é parte As lesões traumáticas de baço que podem ter tratamento
fundamental do equipamento, e é utilizado para conservador devem ser acompanhadas:
insuflar a cavidade abdominal, provocando um
Ambulatorialmente, com retornos do paciente a cada
pneumoperitonio.
dois dias.
Está(ão) correta(s):
Ambulatorialmente, com retornos do paciente a cada
Apenas I.
cinco dias.
Com o paciente internado, observando-se periodicamente
Apenas I e II.
RNM e Hb/Ht.
Apenas I e III.
Com o paciente internado, observando-se periodicamente
Apenas II e III.
radiografias e Hb/Ht.
I, II e III.
Com o paciente internado, observando-se periodicamente
TC e Hb/Ht, além dos parâmetros hemodinâmicos.
Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
16
Cirurgia Geral
79
A colecistite aguda refere-se a uma síndrome de dor no
quadrante superior direito, febre e leucocitose associada à
inflamação da vesícula biliar que geralmente está relacionado
à presença do cálculo no interior da vesícula biliar. Sobre
esta patologia, afirma-se:
I. Colecistite acalculosa é clinicamente idêntica à colecistite
aguda, mas não está associada com cálculos biliares, e
ocorre geralmente em pacientes criticamente enfermos.
É responsável por cerca de 10 por cento dos casos de
colecistite aguda e está associada com alta morbidade e
mortalidade.
II. Colecistite crônica é o termo usado pelo patologista para
descrever a infiltração de células inflamatória crônica da
vesícula biliar visto em histopatologia. É quase sempre
associada com a presença de cálculos biliares e pensa-se
ser o resultado de uma irritação mecânica ou ataques
recorrentes de colecistite aguda que conduzem a fibrose
e espessamento da vesícula biliar.
III. Assim como na cólica biliar, o desenvolvimento de
colecistite aguda está completamente explicado pela
obstrução do canal cístico.
Está(ão) correta(s):
Apenas I.
Apenas I e II.
Apenas I e III.
Apenas II e III.
I, III e III.
80
A radiografia abaixo é sugestiva de:
Embolia pulmonar.
Obstrução intestinal.
Úlcera perfurada.
Abdome agudo inflamatório.
Hepatomegalia.
17
Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
Medicina Preventiva e Social
81
84
Assinale a alternativa que preencha corretamente os espaços
em branco da afirmação “Se alguém utilizasse os dados do
_______ para estudar _______ no Brasil estaria incluindo
_______ os eventos registrados” _______ .
Pesquisadores resolvem investigar a relação entre o consumo
regular de café e eventos coronarianos agudos. Para isso
decidem acompanhar toda a população adulta de uma
pequena cidade registrando todos os casos de síndromes
coronarianas agudas ao longo de três anos. A informação
sobre o consumo de café é obtida através de consultas
domiciliares a todos os habitantes da cidade. Trata-se então
de um estudo:
SIM / mortalidade / todos / no território nacional
SIM / mortalidade / apenas / por hospital
SINASC / natimortalidade / todos / no território nacional
SINAM / agravos notificáveis / apenas / por hospitais
particulares
Observacional do tipo transversal.
Experimental, prospectivo de coorte.
SIA-SUS / morbidade hospitalar / todos / no território
nacional
Experimental, retrospectivo de coorte.
Observacional, prospectivo de coorte.
Observacional, retrospectivo de caso-controle.
A figura abaixo ilustra a ocorrência de 10 casos de uma
doença (A, B, C, D,....J) no período de 1994 a 1996.
Analise-a e responda às questões 85 e 86.
82
No final dos anos 40 foi iniciada uma série estudos na vila de
1994
1995
1996
Framingham nos Estados Unidos. O objetivo era investigar
possíveis fatores de risco cardiovascular e um desses estudos
avaliou a relação entre o HDL - colesterol e o infarto agudo
do miocárdio (IAM). Foram acompanhadas 8000 pessoas
sendo que metade delas apresentava o HDL acima de 60
mg/dL (HDL elevado). Neste grupo com HDL elevado,
800 desenvolveram IAM até o final do seguimento de cinco
anos. No grupo com HDL abaixo de 60 mg/dL, 2400 pessoas
apresentaram a mesma doença. Pergunta-se: qual o risco Legenda:
relativo do HDL elevado para o desenvolvimento de IAM?
° - inicio da doença
---- duração da doença
6
x - fim da doença
2
85
1
2
3
O número de casos incidentes em 1995 foi de:
1
3
3
4
6
10
5
86
O número de casos prevalentes no ano de 1995 foi de:
83
8
7
6
Um pesquisador coletou as seguintes informações de um
5
4
grupo de 300 entrevistados quanto a prevenção de doenças
sexualmente transmissíveis (DSTs): gênero, idade, grau de
87
escolaridade; utilização de preservativos. Como podemos
Em uma cidade de 100.00 habitantes, foram registrados 500
classificar as variáveis coletadas pelo pesquisador?
óbitos por todas as causas durante o ano de 2002. Dentre
Ordinal, nominal, discreta e nominal.
estes óbitos 80 homens e 20 mulheres tiveram como causa o
acidente vascular cerebral (AVC). Com bases nesses dados,
Nominal , discreta , nominal e ordinal.
é possível dizer que
Discreta, nominal, discreta e ordinal.
a taxa de mortalidade geral foi de 50 por 1.000.
Continua, discreta, ordinal e nominal.
a letalidade por AVC entre os homens foi de 80%.
Nominal, continua, ordinal e nominal.
a incidência de casos de casos de AVC foi de 10 por 500.
A
L
U
N
a mortalidade proporcional por AVC foi de 20%.
a taxa de mortalidade geral foi de 5 por 1000.
Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
18
Medicina Preventiva e Social
88
92
Observa-se no Brasil, uma tendência mantida de queda das
taxas de mortalidade infantil desde os anos 70, particularmente
mais acentuada de 1985 em diante, embora existam, ainda,
grandes diferenças regionais. As ações não relacionadas
às possíveis causas contributivas para o declínio dessa
mortalidade no Brasil são:
aumento da cobertura vacinal, reduzindo a incidência de
doenças imunopreveníveis.
grande redução na proporção de partos operatórios,
diminuindo a mortalidade neonatal.
melhoria nas condições de saneamento, reduzindo a
mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias.
redução da desnutrição infantil, através das campanhas
de suplementação alimentar e incentivo ao aleitamento
materno.
Expansão dos Programas de Atenção Básica.
O risco de câncer de bexiga por grupo etário, ignorando a
variável tabagismo, foi, respectivamente:
A
L
U
0,08/1000 - 0,17/1000 - 0,4/1000.
8,0 % - 17%
- 4%
8/1000 - 17/1000 - 40/1000
0,8/1000 1,7/1000 - 4,0/1000
0,8% 1,7% - 0,4%
N
93
Sabendo-se que 25%, 30% e 20% são as prevalências
de tabagismo nas faixas etárias de 50-59, 60-69 e 70-79,
respectivamente, os riscos relativos de câncer de bexiga,
por grupo etário, comparando fumantes e não fumantes,
foram, respectivamente de:
89
60 - 23,3 e 19,4
60% - 23,3% e 19,4%
6,0 - 2,33 e 1,94
0,17 - 0,07 e 0,06
Impossível de calcular com os dados da tabela.
Em um município do interior do Rio de Janeiro, com 30.000
habitantes, ocorreram no ano de 2007, 2400 nascidos vivos, 52
óbitos nos primeiros 28 dias de vida, sendo 30 nos primeiros
7 dias de vida. Baseado nesses dados, podemos afirmar que
o coeficiente de mortalidade NEONATAL do referido
município foi de:
12,5
80
17,3
21,6
10
94
Analisando os resultados da tabela, podemos afirmar que:
90
A taxa de incidência de câncer da bexiga aumenta com a
idade, sendo menor para os fumantes.
A força de associação entre câncer de bexiga e tabagismo
é o mesmo para qualquer idade.
A taxa de incidência de câncer da bexiga aumenta com a
idade, sendo maior para os não fumantes.
A força de associação entre câncer de bexiga e tabagismo
aumenta com a idade.
A taxa de incidência de câncer da bexiga aumenta com a
idade, sendo maior para os fumantes.
Para a construção do coeficiente de mortalidade materna, o
denominador usado é:
Total de óbitos feminino.
População de mulheres em idade fértil.
Mulheres que tiveram complicações na gravidez, parto e
puerpério.
População de mulheres que morreram.
Número de nascidos vivos no mesmo período.
As questões de 91 a 94 estão relacionadas com o texto a seguir.
Uma população estável de 100.000 homens 50 a 79 anos foi
acompanhada de 1974 a 1976 (24 meses) para detecção de
câncer de bexiga. Durante esse período, 192 casos novos foram
identificados. A tabela a seguir apresenta o número total de
indivíduos e de casos novos por idade e exposição ao fumo.
95
Dos Sistemas de Informações abaixo citados, um deles
além de ter como objetivo principal a questão contábiladministrativa, fornece também, indiretamente, dados
epidemiológicos a respeito da morbidade da rede
assistencial. Qual deles?
SINASC – Sistema de Informação de Nascidos Vivos.
SIM – Sistema de Informações de Mortalidade.
SIAB - Sistema de Informações da Atenção Básica
SIH – Sistema de Informações Hospitalares
SINAN – Sistema Nacional de Agravos Notificáveis.
91
O estudo epidemiológico acima realizado pode ser
caracterizado como:
Ensaio clínico randomizado.
Caso – controle.
Coorte.
Estudo ecológico.
Impossível identificar com os dados da tabela.
19
Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
Medicina Preventiva e Social
96
Em uma cidade da Paraíba, com uma população de 30.000
habitantes, ocorreu, no ano de 2006, uma epidemia de dengue
cuja incidência foi 50/10.000 habitantes, tendo ocorrido 30
óbitos. Podemos afirmar que:
A letalidade da doença foi de 80,0% do total de doentes.
A letalidade da doença foi de 20,0% do total de doentes.
A letalidade da doença foi de 8,0 % do total de doentes.
A letalidade da doença foi de 2,0% do total de doentes.
É impossível calcular com os dados fornecidos.
97
Para a investigação de associações etiológicas em doenças de
baixa incidência qual dos estudos abaixo é o mais indicado?
Coorte.
Ecológico.
Caso-controle.
Secional.
Ensaio clínico randomizado.
98
Qual dos elementos abaixo é considerado padrão do Sistema
de Informações de Mortalidade (SIM)?
Atestado de óbito.
Serviço de Verificação de Óbitos.
Serviço de Medicina Legal.
Cartório de Registro Civil.
Declaração de Óbito.
99
Qual, das doenças abaixo, não faz parte do Sistema Nacional
de Agravos Notificáveis?
Tuberculose.
Sarampo.
Erisipela.
Varíola.
Raiva
100
Em relação ao Sistema Único de Saúde (SUS) não é correto
afirmar que:
Está regulamentado pelas Leis 8080 e 8142 de 90.
Tem como princípios doutrinários a universalidade,
integralidade e equidade da atenção.
Tem nos Conselhos e Conferencias de Saúde duas
ferramentas importantes do Controle Social.
Compõe com conjunto de ações de promoção, proteção
e recuperação da saúde.
É integrado por um conjunto de ações e serviços públicos
de saúde, organizados de forma hierarquizada e vertical.
Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013
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