Prova Residência Médica – 2013.1
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Prova Residência Médica – 2013.1
ATENTE PARA AS INFORMAÇÕES SEGUINTES DA REALIZAÇÃO DA PROVA 12- Caso o caderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito, informe ao fiscal de sala. 3- Este caderno é constituído de 100 (cem) questões objetivas, acompanhado do cartão de respostas. 4- Não utilize lápis, lapiseira (grafite), borracha e(ou) qualquer material de consulta que não seja fornecido pela Cepros; não se comunique com outros candidatos e nem se levante sem autorização do fiscal de sala. 5- Você deverá permanecer obrigatoriamente em sala por, no mínimo, uma hora após o início da prova. 67- Quando concluir a prova, faça um sinal ao fiscal para a entrega do caderno de questões e o cartão de respostas. 8- Caso você esteja entre os três últimos candidatos que concluiu a prova, só poderá sair da sala juntamente com os outros dois, para assinarem a Ata de Sala, juntamente com o fiscal. DOS RECURSOS DA PRIMEIRA E SEGUNDA FASES: 1Não serão concedidas revisões de provas de forma integral. Caberá recurso contra questões das provas, na primeira fase, no prazo de até 48 ( quarenta e oito) horas após a divulgação do gabarito. 2O recurso deverá ser apresentado em folhas separadas para cada questão recorrida, com indicação do número da questão, da resposta marcada pelo candidato e da resposta divulgada no gabarito oficial, com argumentação lógica e consistente, bem como anexação de cópia do texto da bibliografia referida. Este recurso deverá ser entregue pessoalmente ou por procuração, à Coreme, até as 17 horas, do dia 18 de janeiro. 3Caberá recurso contra o resultado da primeira fase relativo à contagem de pontos, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas após sua divulgação. O recurso deverá ser entregue pessoalmente ou por procuração. 4O recurso contra a nota da Avaliação Curricular deverá ser apresentado, com argumentação lógica e consistente em relação aos itens e à documentação apresentada para análise no prazo previsto, ser baseado exclusivamente nas instruções do modelo, da Avaliação Curricular, padronizado. 5Nenhum documento poderá ser acrescentado ao recurso contra a avaliação curricular. A análise do recurso será baseada exclusivamente nos argumentos do candidato e na análise da documentação anexada no momento da entrega do currículo. 6Não serão aceitos recursos coletivos. Não serão aceitos recursos por e-mail. Serão rejeitados, liminarmente os recursos que não tiverem devidamente fundamentados. 7Todos os recursos serão analisados pela Coreme que dará decisão terminativa, constituindo-se em única e última instância administrativa. 8Se houver alteração do gabarito oficial, por força de provimento de algum recurso, o gabarito será alterado e as provas serão corrigidas de acordo com o novo gabarito. No caso de questão anulada será atribuída a pontuação referente à questão a todos os candidatos. 9Se houver alteração da Classificação Geral dos candidatos por força de provimento de algum recurso, ocorrerá uma reclassificação e será considerada válida a classificação. Clínica Médica 01 03 Homem, 58 anos, retorna ao ambulatório de cardiologia três semanas após internação por Infarto Agudo do Miocárdio extenso de parede anterior. Traz ecocardiograma transtorácico bidimensional realizado há dois dias que evidencia área de acinesia em parede anterior de ventrículo esquerdo. A fração de ejeção estimada foi de 29%, (método de Simpson). O paciente referiu dispneia ao realizar esforços como andar dentro de casa e tomar banho. Negou dispneia em repouso, ortopneia, episódios de dispneia paroxística noturna, sintomas anginosos ou palpitações. PA = 148/80 mmHg; FC = 88 bpm; ausculta cardíaca = hipofonese de B1, sem sopros. Ritmo regular. Em relação a este paciente, assinale a alternativa que expressa a conduta terapêutica mais adequada: Enalapril, carvedilol, espironolactona, AAS, clopidogrel e sinvastatina. Candesartan, metoprolol, AAS, clopidogrel, digoxina, furosemida e sinvastatina. Captopril, carvedilol, espironolactona, AAS, clopidogrel, digoxina, furosemida e sinvastatina. Enalapril, metoprolol, espironolactona, warfarin, digoxina, furosemida e sinvastatina. Ramipril, bisoprolol, AAS, clopidogrel, digoxina, furosemida e sinvastatina. Mulher 68 anos, trazida ao setor de emergência com história de rebaixamento súbito do nível de consciência há 120 minutos. Passado de diabetes, tabagismo e hipertensão. Não fazia uso de nenhum medicamento. Ao exame, Glasgow = 07, com desvio tônico do olhar para a direita, midríase paralítica em olho esquerdo e hemiplegia à esquerda (evidenciada com estímulo doloroso), arreflexa e hipotônica. PA = 200/100 mmHg; FR = 16 irpm; FC = 54 bpm. Ausculta cardiovascular evidenciava ritmo irregular, em 2 tempos. Ausculta respiratória normal. Saturação periférica de O2 = 98% em ar ambiente. ECG mostrou irregularidade dos intervalos RR e ausência de ondas P. TC não contrastada de crânio feita e interpretada após 160 minutos do início do quadro mostrou edema em todo o território de artéria cerebral média direita, com desvio da linha média para a esquerda de 5 mm. Sobre o caso, assinale a alternativa que melhor exprime as condutas (inicial ou relacionadas à profilaxia secundária). A indicação de trombólise química é mandatória neste caso, devendo-se iniciá-la imediatamente (ainda há janela terapêutica). O alteplase diminui sequelas neurológicas, no entanto não tem efeitos sobre a mortalidade associada a estes eventos. 02 Homem, 54 anos, portador de cirrose de etiologia alcoólica, admitido por surgimento de ascite volumosa nas últimos cinco dias. Ao exame, apresentava-se alheio ao examinador, com discurso incoerente e pouco compreensível, com certa agitação psicomotora. Ausência de sinais neurológicos focais. Ictérico (++/++++). Estava abstêmio há seis meses. Exame do líquido ascítico evidenciou 900 leucócitos/mm3, sendo 30% de polimorfonucleares; glicose = 90 mg/dL; DHL = 34 UI/L; coloração de Gram negativa. Amostra do líquido ascítico foi enviada para cultura. Em relação a este caso, conforme conduta preconizada pelo Clube Internacional de Ascite, assinale a alternativa que melhor exprime a conduta inicial: Solicitar exames de imagem e avaliação da cirurgia geral uma vez que o estudo do líquido ascítico é sugestivo de Peritonite Bacteriana Secundária. Deve-se iniciar ciprofloxacina 400 mg EV 12/12 horas para tratamento da Ascite Neutrofílica. Flumazenil, lactulose, furosemida, espironolactona e albumina devem ser adicionados ao regime terapêutico. Deve-se iniciar cefotaxima 02 g EV 08/08 horas. A administração de albumina no primeiro e terceiro dia da antibioticoterapia diminui a incidência de Síndrome Hepatorrenal. Não fazer uso de diuréticos inicialmente. A alteração do sensório observada neste paciente não tem nenhuma relação com o diagnóstico de base. Solicitar tomografia computadorizada de encéfalo para descartar lesão estrutural do sistema nervoso central. Iniciar imediatamente benzodiazepínicos e neurolépticos típicos, como o haloperidol. Iniciar ciprofloxacina 400 mg EV 12/12 horas para tratamento de ascite neutrofílica, associada à albumina. Não fazer diuréticos inicialmente. Monitoração invasiva da Pressão Intracerebral (PIC) e da Pressão Arterial Média (PAM) estão indicadas neste caso para determinação da Pressão de Perfusão Cerebral (PPC). Manitol, hiperventilação e elevação da cabeceira devem ser indicados com o objetivo de manter a PPC menor que 70 mmHg. A paciente deverá ser intubada, iniciar heparina de alto peso em doses profiláticas, AAS, controle rigoroso do sódio, temperatura corporal e manutenção dos níveis pressóricos (não iniciar anti-hipertensivos inicialmente neste caso). Não há indicação inicial para intubação orotraqueal (paciente sem sofrimento respiratório, saturando adequadamente em ar ambiente). Inicia medidas de controle da hipertensão intracraniana em unidade de terapia intensiva. Nimodipina não apresenta benefícios nestes pacientes. A paciente após alta deverá ter como elemento central na profilaxia secundária a anticoagulação plena através do uso de warfarínicos, objetivando INR entre 2,5 e 3,5. A utilização de estatinas, objetivando níveis de LDL menores de 70 mg/dL, além do controle adequado da pressão arterial, são medidas que também deverão ser indicadas na profilaxia secundária. 3 Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 Clínica Médica 04 06 Mulher, 38 anos, em investigação de amenorreia de início há seis meses, com beta-hCG persistentemente negativo. Referiu também ressecamento cutâneo e queda de cabelo, constipação e certa sonolência. Negou alterações da libido e galactorreia. Trazia na primeira consulta um TSH de 2,5 UI/mL (VR = 0,5 - 4,0 UI/mL) e um T4L de 0,48 ng/dL (VR = 0,9 - 1,8 ng/dL); prolactina de 90 ng/dL (VR < 20 ng/dL) e ultrassonografia pélvica que evidenciou ovários aumentados de volume com várias imagens microcísticas em suas periferias. A paciente está preocupada principalmente com sua dificuldade em engravidar. A conduta inicial mais adequada neste caso seria: Paciente trazido por familiares após tentativa de suicídio por uso de um determinado inseticida. No rótulo do produto havia a informação de que a substância se tratava de um carbamato. Assinale a alternativa que corresponde ao prováveis alterações presentes no exame físico ou quadro laboratorial do paciente: Iniciar levotiroxina e solicitar RNM de hipófisehipotálamo. Iniciar levotiroxina e cabergolina. Não há necessidade para exames adicionais. Iniciar metformina isoladamente e solicitar anti-TPO. Iniciar levotiroxina, metformina e solicitar cintilografia de tireoide. Iniciar metformina, cabergolina e solicitar TRab. Acidose metabólica grave com anion gap elevado, com insuficiência renal aguda por deposição tubular de cristais de oxalato de cálcio. Pupilas puntiformes não fotorreagentes, ventilação superficial e irregular. Hipersalivação, hipersecreção fasciculações musculares. brônquica com e Prolongamento do intervalo QT, com predisposição a taquiarritmia ventricular polimórfica sustentada. Sangramentos espontâneos de pele, mucosas e cavidades (hemoperitônio, hemotórax). 07 05 Homem, 24 anos, com quadro há quatro semanas de fadiga, mal-estar, dispneia aos esforços de caráter progressivo, palpitações, gengivorragia espontânea e aos mínimos traumas (escovação dentária), tonturas, cefaleia e alterações visuais (referia falhas flutuantes em ambos campos visuais). Negou febre em qualquer momento da evolução. Hemograma evidenciou Hb = 9,1 g/dL, padrão normocítico, normocrômico; leucócitos = 220.000/mm3; plaquetas = 55.000/mm3; reticulócitos = 8.000/mm3; presença de blastos na hematoscopia em torno de 10%. Ao exame físico, chamava atenção infiltração gengival A solução inicialmente utilizada deverá ser salina a 0,45% severa, com mucosa friável e apresentando vários pontos com potássio 50 mEq/L. A insulinoterapia só deverá ser de sangramento. Em relação ao caso, assinale a alternativa iniciada após a correção do potássio sérico, tendo em vista correta: o desvio do potássio para o compartimento intracelular Os sintomas de tontura, cefaleia e dispneia neste provocado pela insulinoterapia. paciente são melhor explicados pela síndrome anêmica associada. Iniciar insulinoterapia venosa simultaneamente (0,15 UI/Kg em bolus seguido por 0,1 UI/Kg/h por BIC) à O blasto presente na circulação periférica deste ressuscitação volêmica. Postergar a reposição de potássio paciente é mais provavelmente um promielócito. para quando a glicemia estiver em torno de 250 mg/dL. Este tipo de leucemia responde bem ao ácido transIniciar antibioticoterapia de largo espectro, já que o retinóico (ATRA). quadro é compatível com sepse grave. A hidratação Este paciente deverá ser prontamente submetido à inicial deverá ser salina a 0,9%, com reposição de potássio terapia citorredutora. Iniciar hidratação adequada, por via endovenosa (40 mEq/L). alcalinização da urina e alopurinol com o objetivo de O diagnóstico mais provável é o de cetoacidose diabética. evitar insuficiência renal aguda. A solução para ressuscitação volêmica deverá ser a salina a Transfundir concentrado de plaquetas (uma unidade 0,9%. Iniciar insulinoterapia por via subcutânea, na forma para cada 10 Kg) imediatamente, em função da de insulina NPH na dose de 0,3 UI/Kg fracionada em presença de sangramento ativo. duas doses (dois terços pela manhã e um terço à noite). Homem, 75 anos, diabético há cerca de 15 anos, deu entrada no pronto-socorro com quadro de torpor há cerca de dois dias. Apresentava sinais de desidratação severa. PA = 80/45 mmHg; FC = 64 bpm; FR = 28 irpm; T = 36,9° C. Glicemia capilar resultou HI. Laboratório evidenciou glicemia = 900 mg/dL; ureia de 150 mg/dl; creatinina = 2,6 mg/dL; Na+ = 160 mEq/L; K+ = 3,0 mEq/L; pH arterial = 7,26; HCO3- = 12 mEq/L; pCO2 = 26 mmHg; pO2 = 94 mmHg. Sumário de urina normal. Beta-hidroxibutirato e acetoacetato séricos normais. Em relação ao quadro, assinale a alternativa correta: O diagnóstico mais provável é o de Estado Hiperosmolar Hiperglicêmico não Cetótico. Iniciar ressuscitação volêmica com solução salina 0,9% (fases de 20 mL/Kg/ hora) até a estabilização volêmica. Só iniciar insulinoterapia venosa com insulina regular após a correção dos níveis séricos de potássio. Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 4 Clínica Médica 10 08 Homem, 34 anos, sem antecedentes mórbidos, com história de cefaleia de início súbito, intensa, há 12 horas, evoluindo com síncope, dá entrada no pronto socorro com rebaixamento do sensório e hemiplegia a direita. Ao exame, sinais evidentes de irritação meníngea. Em função da principal hipótese diagnóstica neste caso, o paciente foi prontamente submetido ao exame A, o qual não confirmou a suspeita inicial. Como a suspeita clínica não poderia ser definitivamente afastada através do exame A, o paciente foi então submetido ao exame B, o qual confirmou o diagnóstico. Os exames A e B são respectivamente: Homem 60 anos, usuário de enalapril, furosemida e atenolol, no primeiro dia pós-operatório de colecistectomia evolui com quadro de confusão mental, cefaleia, mal-estar, náuseas e vômitos associados a achado laboratorial de sódio sérico de 120 mEq/L, com osmolaridade sérica (verificada por osmômetro) de 256 mOsm/Kg. Exame físico não evidencia edema periférico, ascite ou evidências de derrame pleural. PA = 110/74 mmHg; FC = 80 bpm; FR = 16 irpm; T = 36,8° C. A alternativa que respectivamente mostra (1) o diagnóstico mais provável, (2) a solução que deverá ser utilizada na correção do distúrbio, e (3) a variação absoluta na concentração sérica de sódio do paciente decorrente da terapêutica indicada num período de 24 horas é: TC de encéfalo não contrastada e TC de encéfalo com contraste. TC de encéfalo não contrastada e RNM de encéfalo. TC de encéfalo contrastada e punção lombar. TC de encéfalo não contrastada e punção lombar. TC de encéfalo não contrastada e eletroneuromiografia. Síndrome da Secreção Inapropriada do Hormônio Antidiurético (SIADH); SF 3%; 10 mEq. Síndrome cerebral perdedora de sal; SF 0,9%; 10 mEq. SIADH; SF 7%; 20 mEq. 11 Efeito colateral da furosemida; SF 3%; 5 mEq. Homem 58 anos, com diagnóstico de soropositividade para o HIV-1 há cerca de seis anos, após transfusão sanguínea, retorna em consulta de rotina para mostrar exames. Linfócitos T CD4 = 450/mm3, com carga viral indetectável. Totalmente assintomático. Sorologia negativa para VHB e VHC. Sorologia para Toxoplasma gondi evidenciou positividade para IgG em títulos moderados. Creatinina sérica de 1,9 mg/dL. Em relação ao caso assinale a melhor conduta. SIADH; SF 0,45%; 10 mEq. 09 Você está atendendo na UBSF um homem de 28 anos, sem antecedentes patológicos ou uso de medicamentos, com história há dois dias de febre alta, de início súbito, com calafrios, mialgias, cefaleia, dor retrocular e surgimento de exantema máculo-papular de aparecimento céfalo-caudal nas últimas 24 horas, além de turvação visual ao levantar-se nas últimas seis horas. Ao exame, o paciente apresentava PA em posição sentada de 122/78 mmHg e em pé de 100/70 mmHg. Prova do laço evidenciou 15 micropetéquias em quadrado com 2,5 cm de lado. O paciente negou dificuldade respiratória, dor abdominal ou sangramentos espontâneos de maior monta. Em relação ao quadro, conforme o recomendado pelo Ministério da Saúde do Brasil, assinale a alternativa incorreta: Iniciar TARV (Terapia antirretroviral) e profilaxia secundária para neurotoxoplasmose. Iniciar TARV e profilaxia primária para neurotoxoplasmose. Não iniciar nem TARV nem profilaxia primária para neurotoxoplasmose. Iniciar TARV isoladamente, com o esquema de dois análogos nucleosídeos associado ao efavirenz. Iniciar TARV isoladamente. Zidovudina + Lamivudina + Lopinavir/ritonavir é o esquema inicial adequado. Obrigatoriamente deve-se indicar a pesquisa etiológica específica, que neste caso deverá ser realizado através do isolamento viral, considerando o tempo de evolução. 12 A classificação de risco deste paciente orienta a admissão Analise a seguinte gasometria arterial: pH = 7,10; HCO3- = 10 mEq/L; pCO2 = 29 mmHg; Na+ = 140 mEq/L; Cl = do mesmo em unidade de observação hospitalar. 100 mEq/L; BE = -14; pO2 = 110 mmHg; gradiente A-a O grupo de risco neste caso só poderá ser determinado = 10 mmHg, com o paciente respirando ar ambiente. O(s) após a solicitação e interpretação do hemograma. diagnóstico(s) mais provável(is) é (são): O exantema do paciente não é considerado sinal de mau Cetoacidose diabética + insuficiência respiratória tipo 2. prognóstico. Intoxicação por metanol. O paciente deverá submeter-se a hidratação com solução salina 20 ml/kg, e após estabilização do quadro, recomenda-se 25 ml/kg a cada seis a oito horas, com verificação periódica dos sinais vitais, débito urinário, hematócrito e plaquetas. Acidose láctica + insuficiência respiratória tipo 1. Acidose tubular renal tipo 1 + insuficiência respiratória tipo 2. Acidose láctica + DPOC avançado estável. 5 Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 Clínica Médica 13 15 Mulher, 54 anos, portadora de transtorno depressivo maior, chega ao pronto socorro após tentativa de suicídio com amitriptilina (ingeriu 10 comprimidos de 75 mg há cerca de 30 minutos da chegada ao setor). Ao exame encontra-se sonolenta e com respostas lentas, no entanto apropriadas. Bom grau de orientação no tempo e espaço. Glasgow de 14. PA = 140/89 mmHg, FC = 88 bpm; FR = 18 irpm com incursões de amplitude normal; SatpO2 em ar ambiente = 98%. Ausculta cardíaca mostrou ritmo irregular. ECG evidenciou extrassístoles ventriculares monomórficas isoladas. Em relação ao caso, assinale a alternativa mais adequada para o manejo terapêutico: Admitir esta paciente em enfermaria. Manter com oximetria de pulso e solicitar gasometria arterial. Não há necessidade para oxigenioterapia suplementar. Iniciar atropina imediatamente. Admitir em unidade intermediária com monitoração cardíaca contínua. Alto risco para desenvolvimento de taquicardia polimórfica sustentada. Administrar bicarbonato de sódio. Manter em observação comum no setor de pronto atendimento. A intoxicação é de evolução benigna, e a paciente poderá ser liberada nas próximas 12 horas. Admitir paciente em unidade de terapia intensiva, para suporte ventilatório imediato, tendo em vista que o esperado é depressão respiratória grave nas próximas horas. Administrar flumazenil. Não indicar lavagem gastrointestinal, em função do tempo decorrido entre a entrada da paciente no setor e a ingestão da droga. Paciente 53 anos, masculino, portador de hepatite crônica pelo HCV genótipo 1A, em uso de interferon peguilado e ribavirina há 03 meses, evolui há 03 semanas com surgimento de lesões purpúricas palpáveis em membros inferiores, artralgias, febre baixa, anorexia, mal-estar e decaimento progressivo do estado geral. Ao exame, observou-se surgimento recente de hipertensão arterial. Laboratório evidenciou CH50, C3 e C4 diminuídos; além de anemia normocítica, normocrômica; e elevação da creatinina de 0,9 mg/dL para 2,8 mg/dL em 03 semanas. Sumário de urina evidenciou hematúria dismórfica, cilindros hemáticos e leucocitários, além de proteinúria (++). Em relação ao quadro, assinale a alternativa correta: O diagnóstico sindrômico mais adequado é o de Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva. O paciente encontra-se em classe III conforme a classificação AKIN. A biópsia renal está indicada. O diagnóstico sindrômico mais adequado é o de Síndrome Nefrítica. O paciente encontra-se em classe II conforme a classificação AKIN. A biópsia renal não está indicada. O diagnóstico mais provável é o de Doença de Berger descompensada pela hepatite em atividade pelo HCV. Espera-se que a pesquisa de crioglobulinas de natureza monoclonal seja positiva neste caso, caracterizando crioglobulinemia classe I associada ao HCV. O quadro apresentado pelo paciente é tipicamente associado ao uso do interferon peguilado. Indica-se a suspensão do mesmo nesta situação. 16 Mulher 32 anos, com queixas de artralgias em punhos, metacarpofalangeanas e interfalageanas proximais de caráter aditivo, simétrico, há cerca de 12 semanas, com rigidez matinal de 30 minutos, associado à úlceras orais, e lesão eritematosa, edemaciada, em regiões malares bilateralmente, poupando o sulco nasolabial, que piorava à exposição solar, admitida com história de edema facial, cefaleia e surgimento de dispnéia nas últimas 02 semanas. Ao exame, PA = 212/112 mmHg, FC = 85 bpm, FR = 26 irpm. AR = Crépitos finos bibasilares. Sumário de urina evidenciava proteinúria (+++) e cilindros hemáticos. Creatinina sérica na admissão 3,1 mg/dL (há 02 semanas estava 1,0 mg/dL). A paciente foi submetida à diureticoterapia agressiva, sem resposta adequada. Em relação ao caso acima, assinale a alternativa incorreta. Há indicação absoluta de biópsia renal nesta paciente, sendo o resultado da mesma fundamental para determinação da estratégia terapêutica. O complemento sérico neste caso provavelmente encontra-se diminuído (consumido). Caso encontre-se normal, o diagnóstico sugerido pelo quadro clínico da paciente deverá ser revisto. Há indicação para início de hidroxicloroquina. A mesma apresenta atividade imunomoduladora, interferindo de forma favorável na evolução de pacientes com este diagnóstico. A paciente está em insuficiência renal aguda, classe AKIN III ou “F” RIFLE. Apresenta redução maior que 75% na taxa de filtração glomerular em relação ao encontrado há duas semanas. Há indicação de terapia dialítica. A insuficiência renal desta paciente é mais provavelmente do tipo não oligúrica. O padrão de imunofluorescência esperado na biópsia renal neste caso é a deposição linear de IgG e complemento na membrana basal. 14 Paciente 58 anos, masculino, tabagista em atividade, 30 maços. ano, com queixas de tosse matinal persistente há cerca de 06 anos, com secreção mucóide escassa, evoluindo com dispnéia progressiva aos esforços, que atualmente surge somente ao apressar o passo e subir ladeiras ou escadas. Negou exacerbações nos últimos 12 meses. Exame físico evidenciando aumento do tempo expiratório e sibilos esparsos. Radiografia de tórax normal. Submetido à espirometria que evidenciou relação VEF1/CVF de 63% e VEF1 de 55% (pós-broncodilatador) do previsto (ambas medidas foram realizadas após a inalação de 400 mcg de salbutamol). Em relação ao caso, assinale a alternativa correta. O paciente apresenta DPOC grupo A (poucos sintomas e baixo risco de exacerbação). Deverá fazer uso de betaagonista de curta ação de resgate. O paciente apresenta DPOC grupo C (poucos sintomas e alto risco de exacerbação). Está indicado o uso de corticoides inalatórios de forma isolada. O paciente apresenta DPOC grupo B (muitos sintomas e baixo risco de exacerbação). Está indicado o uso isolado de terapia bronco-dilatadora de manutenção, utilizando beta-agonistas de ação prolongada ou o tiotrópio. O paciente apresenta DPOC grupo C (poucos sintomas e alto risco de exacerbação). Está indicado o uso de betaagonistas de ação prolongada e corticoides inalatórios. O paciente apresenta DPOC grupo D (muitos sintomas e alto risco de exacerbação). Deverá fazer uso de betaagonistas de ação prolongada e corticoides inalatórios. Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 6 Clínica Médica 17 18 As malignidades eventualmente manifestam-se remotamente através de efeitos mediados pela liberação de fatores humorais com efeitos biológicos diversos ou através de reações de hipersensibilidade mediadas pelo sistema imunológico. Marque a alternativa incorreta em relação às síndromes paraneoplásicas. Síndrome de Eaton-Lambert caracteriza-se por fraqueza muscular distal que melhora com contração mantida do membro acometido. Deve-se a formação de um anticorpo que bloqueia os canais de cálcio voltagem dependente no neurônio pré-sináptico na placa motora. Heliótropo corresponde a uma lesão violácea encontrada nas pálpebras e fortemente relacionada à dermatopolimiosite. Síndrome carcinoide (rubor facial, hipotensão e diarreia) é causada pela liberação maciça de serotonina na circulação a partir de tumores carcinoides originados do intestino médio (origem embriológica), sugerindo metástases hepáticas já instaladas. Encefalite límbica corresponde a um quadro neurológico caracterizado por alterações cognitivas relacionadas a memória, afeto e personalidade, mediada pelo surgimento de anticorpos com especificidade para componentes neuronais específicos, como o anti-HU. Está associada ao timoma. Hipoglicemia severa pode estar associada a malignidades através da formação de IGF-II por tumores mesenquimais, anticorpos anti-insulina ou comprometimento extenso e maciço do fígado pelo tumor. Mulher, 65 anos, portadora de neoplasia de mama em estágio avançado, com quadro de desorientação temporal e espacial, com sonolência de instalação progressiva nos últimos cinco dias, dá entrada no pronto socorro com piora do quadro geral. Ao exame, desidratação severa, palidez cutâneo mucosa e letargia. PA = 88/54 mmHg; FC = 130 bpm, com ritmo regular; laboratório evidenciou cálcio sérico corrigido pela albumina de 16 mg/dL, com PTH de 48 pg/mL (VR = 10 - 90 pg/mL). Em relação ao caso, assinale a alternativa correta: A primeira medida terapêutica é a hidratação vigorosa com solução salina, seguida da utilização de diuréticos tiazídicos. O diagnóstico mais provável é o hipercalcemia aguda por hiperparatiroidismo primário. Bifosfonatos como o alendronato e o ibandronato devem ser indicados precocemente para reduzir a calcemia. A reabsorção tubular de fósforo está aumentada nestes casos, tendendo a provocar hiperfosfatemia. A hipercalcemia humoral da malignidade geralmente é uma complicação de surgimento precoce no curso da doença. 19 Homem, 68 anos, hipertenso, em uso regular de enalapril, atenolol e hidroclorotiazida, queixa-se de intolerância aos esforços e tonturas há dois dias. Há 12 horas, apresentou episódio de perda da consciência precedida por turvação visual, sudorese e mal-estar. Ao exame físico: consciente, orientada, extremidades frias, PA = 84/66 mmHg; FR = 18 irpm; T = 36,6° C; estase jugular a 45°, ausculta cardíaca com hiperfonese de bulhas, ausculta pulmonar com estertores crepitantes em bases pulmonares, abdômen distendido, doloroso à palpação em hipocôndrio direito. ECG realizado ainda no pronto socorro mostrou o padrão visto na figura abaixo. Assinale a alternativa correta quanto ao manejo terapêutico mais adequado para esta paciente: Indicar cardioversão elétrica prontamente. Iniciar infusão de amiodarona em drip. Indicar colocação de marca-passo transvenoso de emergência. Iniciar trombolíticos. Realizar pericardiocentese de urgência. 7 Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 Clínica Médica 20 Homem 54 anos, tabagista e hipertenso, dá entrada em pronto-socorro com quadro de dor precordial em aperto, difusa, com irradiação para face ulnar de MSE há cerca de 04 horas, acompanhada por sintomas diaforéticos, náuseas e um episódio de vômito. Há 30 minutos referiu aumento da dor com surgimento de dispneia em repouso. Ao exame, presença de crepitações finas até terço médio de ambos hemitóraces. Ritmo cardíaco regular, a dois tempos, com sopro sistólico em foco mitral irradiando para a axila e abafando a primeira bulha. PA = 128/68 mmHg; FC = 54 bpm; FR = 26 irpm. Fácies de dor, com sudorese fria. ECG feito na admissão mostrou o seguinte padrão (vide figura abaixo). Assinale a alternativa que melhor exprime a conduta diagnóstica e/ou terapêutica a ser adotada: Solicitar enzimas cardíacas e iniciar AAS, clopidogrel, enoxaparina, betabloqueador, nitratos e morfina. Não indicar trombólise química inicialmente. Indicar trombólise mecânica por angioplastia primária de preferência. Iniciar prontamente AAS, clopidogrel, enoxaparina e nitratos. Não iniciar betabloqueador. Indicar trombólise química com alteplase de preferência. Iniciar imediatamente AAS, clopidogrel, enoxaparina, nitratos e betabloqueador. Solicitar tomografia computadorizada de tórax antes de qualquer medida trombolítica, pois o quadro é muito sugestivo de aneurisma dissecante de aorta. Solicitar ecocardiografia transtorácica bidimensional com Doppler, pois o quadro clínico e o ECG são sugestivos de pericardite aguda. Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 8 Pediatria 25 21 Adolescente de 14 anos, sexo feminino, comparece a consulta com sua mãe preocupada por não ter apresentado a menarca. Nega antecedentes patológicos. A menarca materna ocorreu aos 12 anos. Exame físico: peso no percentil 50, altura no percentil 25, velocidade de crescimento: 5cm/ano. Tanner: M1P1. A hipótese diagnóstica é: Síndrome de Turner. Puberdade normal. Anorexia nervosa. Atraso puberal. Bulimia. Lactente de cinco meses, em aleitamento materno exclusivo, deu entrada no serviço de pronto-atendimento com quadro de lesões papuloeritematosas difusas pelo corpo e edema periorbitário e labial. A mãe relata que esse quadro se iniciou cerca de dez minutos após oferecer leite de vaca à criança. Exame físico: ativa, hidratada, boa perfusão capilar, placas papuloeritematosas difusas, pálpebras, orelhas e lábios edemaciados, dispneia leve com sibilância, bulhas rítmicas e normofonéticas, abdome sem alterações. Neste caso, indica-se corticoide IV. adrenalina IM. lavagem gástrica. carvão ativado VO. anti-histamínico VO. 26 Pré-escolardetrêsanosapresentafebreporcincodias,acompanhada de fraqueza, mal-estar, dor de garganta, lacrimejamento, eritema das conjuntivas e linfadenopatia cervical e pré-auricular. O provável agente etiológico desse quadro clínico é: Vírus herpes simples tipo 1. Streptococcus pyogenes. Vírus de Epstein-Barr. Bartonella henselae. Adenovírus do tipo 3. 22 Recém-nascido a termo, parto normal, pesando 3.600g. Exame físico: normal. Os exames pré-natais indicaram infecção em atividade pelo citomegalovírus no final da gestação. A recomendação em relação à alimentação é indicar aleitamento materno em regime de livre demanda. contraindicar a amamentação e prescrever fórmula láctea. contraindicar a amamentação e prescrever fórmula láctea e aciclovir. indicar aleitamento materno com leite ordenhado após congelamento. indicar aleitamento materno com leite ordenhado após pasteurização. 27 Lactente de 10 meses é levado a unidade de saúde devido a quadro de diarreia, com fezes líquidas, amareladas, várias vezes por dia, anorexia, vômitos e febre não aferida, há três dias. Exame físico: irritado, inquieto, olhos fundos e sinal da prega com desaparecimento lento, bebendo avidamente a água oferecida. Considerando as informações acima e as 23 recomendações do Ministério da Saúde, o diagnóstico e a Recém-nascido a termo, após 30 segundos de assistência conduta corretos neste caso são, respectivamente: adequada na sala de parto, evolui com respiração regular, desidratação grave – iniciar hidratação venosa e, se após FC: 110bpm e cianose generalizada (central e periférica). A 4-6 horas ainda estiver desidratado, indicar hospitalização. conduta, neste momento, será indicar desidratação – liberar com prescrição de sais de reidratação estímulo tátil. oral, alimentação habitual e oferta de líquidos abundante. oxigênio inalatório. desidratação – iniciar hidratação com sais de reidratação oral na unidade de emergência. intubação traqueal. desidratação – internar e iniciar hidratação com sais de expectante. reidratação oral. ventilação com balão e máscara. desidratação grave – internar e iniciar hidratação venosa. 24 28 Escolar de oito anos é atendido na emergência com história de tosse e coriza há 24 horas, que evoluiu para dispneia nas últimas seis horas. Mãe relata que a criança tem asma controlada, não usa corticosteroide inalatório ou oral e nunca necessitou de internação. Exame físico: dispneia, tiragem subcostal, FR: 40irpm, FC: 144bpm, SatO2 de 89%, PFE<30%, comunicando-se somente com frases curtas. Segundo as IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma, esta crise pode ser classificada como leve. grave. muito grave. moderada/grave. Lactente de 22 meses apresentou crise convulsiva tônicoclônica generalizada, que durou três minutos. Logo após a crise, o paciente ficou sonolento, mas, 30 minutos depois, não apresentava mais nenhuma anormalidade. A mãe relatou coriza e tosse há um dia. Exame físico: t.ax: 39,2ºC, FC: 110bpm, FR: 30irpm, PA: 84/48 mmHg, eritema acentuado da orofaringe, ausência de rigidez de nuca ou déficits neurológicos focais. A conduta apropriada é: orientar os pais acerca da benignidade do quadro. prescrever fenobarbital como profilático. realizar punção lombar e hemocultura. internar para observação rigorosa. prescrever antibiótico intravenoso. moderada. 9 Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 Pediatria 29 33 Pré-escolar de três anos é levado a consulta por apresentar febre alta há 10 dias. Exame físico: edema palpebral, petéquias no palato, exsudato amigdaliano, adenomegalia cervical anterior e posterior, fígado palpável a 3,5cm do RCD e baço a 2,5cm do RCE. O exame laboratorial indicado para confirmação do diagnóstico é: aspirado de medula óssea. sorologia para vírus da dengue. sorologia para vírus de EpsteinBarr. bacterioscopia e cultura da secreção faringeia. teste rápido para pesquisa de estreptococo do grupo A. Adolescente de 11 anos, com diagnóstico de SIDA, apresentase desnutrido sem indicação de internação. O último exame mostrou CD4 de 150 células/mm3. Além daorientação alimentar e do tratamento específico para SIDA, está indicada quimioprofilaxia para: tuberculose. criptococose. pneumocistose. candidíase e pneumocistose. tuberculose e pneumocistose. 34 Pré-escolar de dois anos, sexo masculino, é internado em hospital no interior da Paraíba para investigar quadro de palidez e hepatoesplenomegalia. A mãe relata início dos sintomas há dois meses com febre baixa diária e astenia. Após cinco semanas de febre, persistiram fadiga e diarreia eventual. Exame físico: peso: 9.500g, comprimento: 80cm, FC: 126bpm,FR: 32irpm, PA: 88x60mmHg, petéquias generalizadas, fígado papável a 4cm do RCD de consistência normal,borda lisa, doloroso à palpação e baço palpável a 8cm do RCE de consistência aumentada. Exames laboratoriais: hemograma: anemia moderada, leucopenia e trombocitopenia. O diagnóstico mais provável é: calazar. esquistossomose. leucemia linfocítica aguda. linfoma de Hodgkin. mononucleose infecciosa. 30 Recém-nascido a termo com 16 dias de vida, em aleitamento materno exclusivo, é levado a consulta devido a quadro de icterícia. Exame físico: corado, ictérico até zona III de Kramer, fígado palpável a 1cm do RCD, Traube livre. Exames laboratoriais (colhidos em regime de urgência): BT: 15,1mg/ dl, BI: 14,8mg/dl, Ht: 47%. As hipóteses diagnósticas que devem ser consideradas incluem: atresia de vias biliares e hipotireoidismo. icterícia do leite materno e hipotireoidismo. icterícia fisiológica e icterícia do leite materno. icterícia fisiológica e incompatibilidade materno-fetal. incompatibilidade materno-fetal e atresia de vias biliares. 31 Pré-escolar de três anos, sexo feminino, apresenta quadro de urgência e disúria há dois dias. Exame físico: dor discreta à palpação da região suprapúbica, restante sem anormalidades. Exame de urina: piócitos incontáveis, 10/15 hemácias por campo de grande aumento. A conduta indicada nesse momento consiste em: realizar ultrassonografia em regime de urgência e reavaliar conduta após resultado. colher urinocultura e iniciar tratamento ambulatorial com sulfametoxazol-trimetoprim. internar, colher urinocultura, realizar ultrassonografi a e iniciar tratamento com ceftriaxona. iniciar tratamento ambulatorial com amoxicilina sem necessidade de exame complementar. colher urinocultura e reavaliar em 72h, iniciando antimicrobiano de acordo com resultado. 35 Lactente de 45 dias de vida apresenta quadro de tosse há duas semanas. A mãe informa que a tosse vem piorando progressivamente e que, nos últimos dias, tem atrapalhado as mamadas. Exame físico: bom estado geral, afebril, FR: 65irpm, estertores difusos à ausculta pulmonar, ausência de tiragem, restante sem alterações. Hemograma: aumento do número de eosinófilos. A principal hipótese diagnóstica nesse caso é: coqueluche. bronquiolite viral. síndrome de Loeffler. bronquite eosinofílica. pneumonia por clamídia. 36 Lactente de dois meses, nascido de parto domiciliar e nunca vacinado, com quadro provável de imunodeficiência congênita, em boas condições clínicas, é levado ao posto de saúde para receber orientação quanto à vacinação. A conduta adequada é: não aplicar nenhuma vacina. aplicar todas as vacinas, exceto BCG. aplicar todas as vacinas indicadas para a idade. aplicar somente vacinas de agentes inativados. aplicar somente vacinas com agentes atenuados. 32 Lactente de 20 meses é levado a serviço de pronto-atendimento devido a quadro de febre alta (39°C) e vômitos há 48 horas. Exame físico: orofaringe hiperemiada apresentando úlceras no palato mole e lojas amigdalianas. A conduta indicada nesse caso, além da orientação dos pais, consiste na prescrição de: aciclovir. ganciclovir. azitromicina. sintomáticos. penicilina benzatina. Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 10 Pediatria 37 Pré-escolar de três anos foi levado a consulta por não comer verduras. A mãe se esforçava muito com prêmios, brincadeiras, distração (TV na hora das refeições) e já o havia castigado, mas a criança não aceitava nenhum “verdinho”. Este problema é conhecido como: neofobia, comum na idade. megaloblastose, carência de folatos. birra, defeito de personalidade grave. escorbuto, deficiência de ascorbatos. mimo, excesso de cuidados maternos. 38 Pré-escolar de cinco anos é levada a atendimento devido ao aparecimento, há duas semanas, de pápula eritematosa de crescimento centrífugo no tronco. Exame físico: lesão circular, bem delimitada, de 3cm de diâmetro no tórax, mais descamativa na periferia, centro claro e prurido local. Restante do exame físico sem anormalidades. A principal hipótese diagnóstica é: psoríase. estrófulo. tinea corporis. eczema atópico. impetigo bolhoso. 39 Lactente de quatro meses, sexo masculino, foi internado com história de febre alta há três dias, dispnéia e gemência. Radiografia de tórax: infiltrado no terço superior do pulmão esquerdo e imagem de hipotransparência de permeio com nível hidroaéreo. Exame físico: prostração, tiragem subcostal e impetigo bolhoso na perna esquerda. Segundo as normas do Ministério da Saúde, a melhor opção inicial de antimicrobiano é: oxacilina. ampicilina. gentamicina. penicilina cristalina. gentamicina+ampicilina. 40 Lactente de 18 meses é atendido com história de febre e coriza há 72 horas. Exame físico: eupnéico, hidratado, afebril; FR: 38 irpm; FC: 88 bpm; MV com roncos difusos. Radiografia de tórax: hipotransparência triangular na região paratraqueal direita do tipo vela de barco. Neste caso indica-se: amoxicilina. broncoscopia. ecocardiograma. conduta expectante. tomografia computadorizada. 11 Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 Ginecologia e Obstetrícia 41 45 Dentre as classes de drogas abaixo, qual é a mais efetiva para o tratamento da Síndrome Pré-Menstrual (SPM): Inibidores seletivos da receptação de serotonina. Anti-inflamatórios não hormonais. Benzodiazepínicos. Opiáceos. Derivados do Ergot. O exame colpocitológico, também conhecido como preventivo ou Papanicolaou, objetiva a detecção precoce de alterações que podem levar ao câncer de colo uterino, permitindo a prevenção e/ou detecção precoce desta patologia, permitindo o tratamento precoce, se necessário. As células devem ser colhidas, com o auxílio de uma espátula e/ou escova endocervica, principlamente da: Ectocérvice. Endocervíce. Junção Escamo-Colunar. Fundo de saco vaginal posterior. Vulva. 46 A principal causa de sangramento uterino disfuncional (SUD) é: Mal-formações congênitas. Pólipos endometriais. 42 Anovulação. Essa vulvovaginite, muito comum em crianças do nosso Necrose endometrial. meio, está associada a intenso prurido anal, perineal e nasal. Miomatose uterina. É frequentemente encontrada em vários membros da família. O diagnóstico pode ser feito pelo exame parasitológico de 47 fezes com fita ou mesmo pela identificação de ovos em Os miomas, ou leiomiomas – neoplasias benignas de células secreção vaginal. O mais provável agente etiológico, entre os de músculo liso uterino – são os tumores mais comuns do abaixo, é o: trato genital feminino e acometem 20 a 40% das mulheres em idade reprodutiva (Stewart, 2001). Entre os fatores de Entamoeba histolytica. risco para miomatose uterina, não se inclui: Enterobius vermicularis. Multiparidade. Ascaris lumbricoides. Obesidade. Schistosoma mansoni. Historia familiar de miomatose. Trichomonas vaginalis. Etnia afro-descendente. Aumento do número de receptores de estrogênio e 43 progesterona no miométrio. Não é critério diagnóstico para a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), segundo os critérios de Rotterdam: 48 O tratamento definitivo da miomatose sintomática é: Irregularidade menstrual devido à anovulação. Hirsutismo. Uso de análogos do GnRH. Alopecia. Uso de anti-inflamatórios não hormonais. Aumento dos níveis séricos dos androgênios. Uso de moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERMs). Diminuição dos níveis séricos de 21-hidroxilase. Cirúrgico. Uso de dispositivo intra-uterino liberador de levonogestrel 44 (Mirena®). A dismenorreia é a queixa ginecológica mais comum em adolescentes e a principal causa de absenteísmo na escola ou 49 no trabalho. A dismenorreia primária é caracterizada como Doença sistêmica de fácil detecção e de tratamento simples, dor em cólica, , recorrente, localizada no abdome inferior, que ocorre no período menstrual. A causa mais comum de barato e 100% eficaz, é geralmente adquirida por contato sexual, mas também por transfusão de sangue ou de forma dismenorreia primária é: transplacentária (em qualquer período da gestação). A Endometriose. afirmação é compatível com: Aderências pélvicas. Herpes genital Varizes pélvicas. Sífilis. Doença inflamatória pélvica. Cancro mole. Não há causa subjacente na dismenorreia primária. Linfogranuloma venéreo. Donovanose. Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 12 Ginecologia e Obstetrícia 50 54 O primeiro atendimento à mulher vítima de violência sexual: Inclui o acolhimento, reconhecimento e tratamento das lesões, suporte psicológico, prevenção da gestação, avaliação, tratamento e prevenção das DSTs, encaminhamento para acompanhamento ambulatorial com ginecologia e psiquiatria. Só deve ser realizado após a lavratura de um boletim de ocorrência (BO) por uma autoridade policial. Pode ser recusado pelo profissional médico por razões religiosas. Deve ser realizado na presença de policiais, a fim de resguardar a segurança da vítima e dos profissionais envolvidos em seu atendimento. Inclui o acolhimento, reconhecimento e tratamento das lesões, suporte psicológico, prevenção da gestação, avaliação, tratamento e prevenção das DSTs, encaminhamento para acompanhamento ambulatorial com ginecologia e psiquiatria e, necessariamente, o encaminhamento da mulher para uma delegacia especializada, a fim de registrar a queixa e lavrar o boletim de ocorrência (BO). A melhor idade gestacional para pesquisa da translucência nucal é: 11 a 14 semanas. 20 a 28 semanas. 5 a 9 semanas. Após a 36ª semana. 14 a 18 semanas. 55 Durante uma curetagem uterina pós-abortamento, você suspeita de que houve perfuração do útero. A paciente encontra-se estável hemodinamicamente e ainda existem restos ovulares a ser removidos. A melhor conduta é: Deixar a paciente em observação por 24 horas. Levar à laparotomia. Suspender momentaneamente o procedimento e completá-lo sob visão laparoscópica. Administrar ocitocina 10 U em 500 mL de soro fisiológico, infundir 40 gotas/min e continuar o procedimento. Continuar o procedimento utilizando uma cureta maior. 51 O diagnóstico precoce de uma gestação é fundamental para 56 uma assistência pré-natal de qualidade, pois possibilita o início precoce do acompanhamento pré-natal e dos cuidados O esquema de tratamento para sífilis primária proposto pelo que visam à promoção da saúde materno-fetal. É sinal de Ministério da Saúde é o seguinte: Penicilina Benzatina 2,4 milhões UI, intramuscular presunção da gestação: (IM) em dose única (1,2 milhão em cada glúteo). Consistência cervical amolecida. Penicilina Benzatina 2,4 milhões UI, intramuscular Aumento do volume abdominal. (IM) repetida após uma semana. Sinal de Hegar (flexão do corpo sobre o colo uterino Penicilina Benzatina 2,4 milhões UI, intramuscular no toque bimanual). (IM) semanal, durante 3 semanas. Ausculta de batimentos cardíacos fetais. Penicilina Benzatina 4,8 milhões UI, intramuscular Alterações do muco cervical (maior quantidade de muco (IM) em dose única (2,4 milhões em cada glúteo). e ausência de cristalização com padrão arboriforme). Penicilina Benzatina 4,8 milhões UI, intramuscular 52 (IM) repetida após uma semana. Mulheres gestantes, não vacinadas ou com passado vacinal 57 para tétano ignorado devem: Único medicamento que previne a sífilis congênita: Tomar uma dose de reforço logo que possível. Eritromicina. Tomar duas doses da vacina, com intervalo de 8 semanas a partir da 20ª semana. Penicilina. Tomar três doses da vacina, com intervalo de 8 Azitromicina. semanas, a partir da 20ª semana. Sulfametoxazol. Tomar uma dose da vacina na 14ª semana. Ceftriaxona. Tomar três doses da vacina, com intervalo de 6 semanas, a partir da 12ª semana. 58 53 É indicação absoluta de cesariana: O uso do ácido fólico antes da concepção e no primeiro Herpes genital ativo. trimestre da gestação objetiva: Gestante HIV positivo. Prevenir a ocorrência de malformações cardíacas. Gestação múltipla. Prevenir a ocorrência de malformações gastro-intestinais. Psicopatia. Prevenir a ocorrência de malformações neurológicas. Descolamento prematuro de placenta. Prevenir a ocorrência de malformações uro-genitais. Prevenir a ocorrência de malformações pulmonares. 13 Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 Ginecologia e Obstetrícia 59 O partograma abaixo é compatível com: Trabalho de parto de evolução normal. Parada secundária da dilatação. Parada secundária da descida. Amniotomia. Distocia do colo uterino. 60 Analise mais este partograma. O mesmo é compatível com: Trabalho de parto de evolução normal. Parada secundária da dilatação. Parada secundária da descida. Amniotomia. Distocia do colo uterino. Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 14 Cirurgia Geral 61 66 Você está de plantão área vermelha do Hospital de Traumas. A doença tromboembólica é um fator de complicação, exceto: O SAMU chega com um paciente politraumatizado, vítima Do pós-parto. de queda de motocicleta. O paciente abre os olhos sob seu De neoplasias. comando verbal, tem respostas verbais confusas e localiza estímulos dolorosos. O escore de coma de Glasgow desse De fraturas dos membros inferiores. paciente é igual a: De intervenções cirúrgicas. 15. 12. 9. De Hérnias crurais. 6. 3. 67 62 A pele da região inguinal está separada do plano músculoPaciente adulto, com queimaduras atingindo toda a aponeurótico pelo tecido celular subcutâneo que se organiza parede anterior do tórax e a totalidade do membro superior para formar três fáscias. São elas: esquerdo. Segundo a regra dos nove, a área corporal Superficial: Camper; Intermediária: Scarpa e queimada corresponde a: Profunda: Gallauder. 9%. 18%. 27%. Superficial: Scarpa; Intermediária: Camper e Profunda: 36%. 45%. Gallauder Superficial: Camper; Intermediária: Gallauder e 63 Profunda: Scarpa A primeira prioridade para o socorrista em atendimento pré Superficial: Gallauder; Intermediária: Scarpa e hospitalar em um incidente de trauma é: Profunda: Camper; A via aérea da vítima. Superficial: Scarpa; Intermediária: Gallauder e A avaliação da cena. Profunda: Camper. O acesso venoso da vítima. A estabilização da coluna cervical da vítima. 68 Reconhecer a existência de incidentes de múltiplas vítimas É característica das hérnias inguinais indiretas: e desastres. São adquiridas. 64 São mais comuns em homens idosos. Sobre o atendimento ao paciente traumatizado afirma-se: Aparecem rapidamente. I. Assegurar uma via aérea pérvia é a primeira prioridade Frequentemente chegam à bolsa escrotal. no tratamento e reanimação do traumatizado. Raramente estrangulam. II. Independentemente da técnica de abordagem das vias aéreas, o socorrista deve ter em mente a possibilidade 69 de lesão cervical. A localização mais habitual da úlcera péptica gástrica é: III. O uso de qualquer uma das técnicas de controle das Pequena curvatura. vias aéreas necessita de estabilização simultânea da Grande curvatura. coluna cervical em posição neutra até que o paciente tenha sido completamente imobilizado. Fundo gástrico. Está(ão) correta(s) Parede anterior. apenas I. Parede posterior. apenas I e II. apenas I e III. 70 apenas II e III. A apresentação mais comum de fístula entérica é em um todas. paciente no pós-operatório, com distensão e tensão abdominal e uma febre baixa, além de não recuperar-se normalmente 65 de uma cirurgia abdominal. O surgimento das fístulas pósColeção purulenta bem limitada, posterior a uma inflamação operatórias se dá geralmente: de evolução aguda e desenvolvida em uma cavidade entre 3 e 5 dias. neoformada no interior dos tecidos. Trata-se de: entre 5 e 7 dias. Panarício. entre 7 e 10 dias. Abscesso quente. Abscesso frio. entre 15 e 20 dias. Osteomielite. entre 1 e 3 dias. Adenopatia. 15 Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 Cirurgia Geral 71 75 As fístulas entéricas consideradas de alto débito drenam: Mais de 200 mL/dia. Entre 200 e 500 mL/dia. Mais de 500 mL/dia. Menos de 200 mL/dia. Manos de 50 mL/dia. Ainda sobre a videocirurgia afirmamos: I. As colecistectomias por videolaparoscopia foram algumas das primeiras cirurgias desenvolvidas pelo método. II. A colecistectomia por videolaparoscopia se inicia com o clampeamento dos elementos do pedículo (ducto cístico e artéria cística), assim como na técnica aberta, mas a dissecção da vesícula se faz no sentido inverso ao do método convencional, ou seja, do pedículo para o fundo. 72 III. Uma da vantagens da colecistectomia por O tipo de lesão mais comum, que acomete cerca de 80% das videolaparoscopia é o menor surgimento de aderências vítimas de traumatismo urogenital é: e hérnias incisionais em decorrência do procedimento. Cortante. Está(ão) correta(s): Contusa. Apenas I. Penetrante. Apenas I e II. Em sela (a cavaleiro). Apenas I e III. Mista. Apenas II e III. I, II e III. 73 No tratamento das lesões traumáticas de bexiga o objetivo 76 inicial é: A complicação mais comum de apendicectomias é: Manter o órgão repleto. Síndrome de Fitz-Hughs-Curtis. Manter o órgão completamente descomprimido, utilizando uma sonda vesical de demora. Septicemia. Infecção de ferida operatória. Hemorragia. Fístula. Manter o órgão completamente descomprimido, utilizando uma sonda vesical de alívio. Realizar uma cistostomia. 77 Evitar qualquer intervenção, em virtude da alta capacidade de regeneração dos tecidos vesicais. A conduta mais adequada para confirmar o diagnóstico de fístula gastro-cutânea é: 74 Ultrassonografia. Sobre a videocirurgia, podemos afirmar: Raios X simples do abdome, em pé. I. Tem como vantagens, entre outras, menor tempo de Exploração digital do trajeto da suposta fístula. recuperação pós-cirúrgica e menor risco de infecção Tomografia computadorizada sem contraste. de ferida operatória. Infusão de azul de metileno através de sonda naso-gástrica. II. Um de seus principais inconvenientes é o custo relativamente alto. 78 III. O insuflador de monóxido de carbono (CO) é parte As lesões traumáticas de baço que podem ter tratamento fundamental do equipamento, e é utilizado para conservador devem ser acompanhadas: insuflar a cavidade abdominal, provocando um Ambulatorialmente, com retornos do paciente a cada pneumoperitonio. dois dias. Está(ão) correta(s): Ambulatorialmente, com retornos do paciente a cada Apenas I. cinco dias. Com o paciente internado, observando-se periodicamente Apenas I e II. RNM e Hb/Ht. Apenas I e III. Com o paciente internado, observando-se periodicamente Apenas II e III. radiografias e Hb/Ht. I, II e III. Com o paciente internado, observando-se periodicamente TC e Hb/Ht, além dos parâmetros hemodinâmicos. Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 16 Cirurgia Geral 79 A colecistite aguda refere-se a uma síndrome de dor no quadrante superior direito, febre e leucocitose associada à inflamação da vesícula biliar que geralmente está relacionado à presença do cálculo no interior da vesícula biliar. Sobre esta patologia, afirma-se: I. Colecistite acalculosa é clinicamente idêntica à colecistite aguda, mas não está associada com cálculos biliares, e ocorre geralmente em pacientes criticamente enfermos. É responsável por cerca de 10 por cento dos casos de colecistite aguda e está associada com alta morbidade e mortalidade. II. Colecistite crônica é o termo usado pelo patologista para descrever a infiltração de células inflamatória crônica da vesícula biliar visto em histopatologia. É quase sempre associada com a presença de cálculos biliares e pensa-se ser o resultado de uma irritação mecânica ou ataques recorrentes de colecistite aguda que conduzem a fibrose e espessamento da vesícula biliar. III. Assim como na cólica biliar, o desenvolvimento de colecistite aguda está completamente explicado pela obstrução do canal cístico. Está(ão) correta(s): Apenas I. Apenas I e II. Apenas I e III. Apenas II e III. I, III e III. 80 A radiografia abaixo é sugestiva de: Embolia pulmonar. Obstrução intestinal. Úlcera perfurada. Abdome agudo inflamatório. Hepatomegalia. 17 Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 Medicina Preventiva e Social 81 84 Assinale a alternativa que preencha corretamente os espaços em branco da afirmação “Se alguém utilizasse os dados do _______ para estudar _______ no Brasil estaria incluindo _______ os eventos registrados” _______ . Pesquisadores resolvem investigar a relação entre o consumo regular de café e eventos coronarianos agudos. Para isso decidem acompanhar toda a população adulta de uma pequena cidade registrando todos os casos de síndromes coronarianas agudas ao longo de três anos. A informação sobre o consumo de café é obtida através de consultas domiciliares a todos os habitantes da cidade. Trata-se então de um estudo: SIM / mortalidade / todos / no território nacional SIM / mortalidade / apenas / por hospital SINASC / natimortalidade / todos / no território nacional SINAM / agravos notificáveis / apenas / por hospitais particulares Observacional do tipo transversal. Experimental, prospectivo de coorte. SIA-SUS / morbidade hospitalar / todos / no território nacional Experimental, retrospectivo de coorte. Observacional, prospectivo de coorte. Observacional, retrospectivo de caso-controle. A figura abaixo ilustra a ocorrência de 10 casos de uma doença (A, B, C, D,....J) no período de 1994 a 1996. Analise-a e responda às questões 85 e 86. 82 No final dos anos 40 foi iniciada uma série estudos na vila de 1994 1995 1996 Framingham nos Estados Unidos. O objetivo era investigar possíveis fatores de risco cardiovascular e um desses estudos avaliou a relação entre o HDL - colesterol e o infarto agudo do miocárdio (IAM). Foram acompanhadas 8000 pessoas sendo que metade delas apresentava o HDL acima de 60 mg/dL (HDL elevado). Neste grupo com HDL elevado, 800 desenvolveram IAM até o final do seguimento de cinco anos. No grupo com HDL abaixo de 60 mg/dL, 2400 pessoas apresentaram a mesma doença. Pergunta-se: qual o risco Legenda: relativo do HDL elevado para o desenvolvimento de IAM? ° - inicio da doença ---- duração da doença 6 x - fim da doença 2 85 1 2 3 O número de casos incidentes em 1995 foi de: 1 3 3 4 6 10 5 86 O número de casos prevalentes no ano de 1995 foi de: 83 8 7 6 Um pesquisador coletou as seguintes informações de um 5 4 grupo de 300 entrevistados quanto a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs): gênero, idade, grau de 87 escolaridade; utilização de preservativos. Como podemos Em uma cidade de 100.00 habitantes, foram registrados 500 classificar as variáveis coletadas pelo pesquisador? óbitos por todas as causas durante o ano de 2002. Dentre Ordinal, nominal, discreta e nominal. estes óbitos 80 homens e 20 mulheres tiveram como causa o acidente vascular cerebral (AVC). Com bases nesses dados, Nominal , discreta , nominal e ordinal. é possível dizer que Discreta, nominal, discreta e ordinal. a taxa de mortalidade geral foi de 50 por 1.000. Continua, discreta, ordinal e nominal. a letalidade por AVC entre os homens foi de 80%. Nominal, continua, ordinal e nominal. a incidência de casos de casos de AVC foi de 10 por 500. A L U N a mortalidade proporcional por AVC foi de 20%. a taxa de mortalidade geral foi de 5 por 1000. Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 18 Medicina Preventiva e Social 88 92 Observa-se no Brasil, uma tendência mantida de queda das taxas de mortalidade infantil desde os anos 70, particularmente mais acentuada de 1985 em diante, embora existam, ainda, grandes diferenças regionais. As ações não relacionadas às possíveis causas contributivas para o declínio dessa mortalidade no Brasil são: aumento da cobertura vacinal, reduzindo a incidência de doenças imunopreveníveis. grande redução na proporção de partos operatórios, diminuindo a mortalidade neonatal. melhoria nas condições de saneamento, reduzindo a mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias. redução da desnutrição infantil, através das campanhas de suplementação alimentar e incentivo ao aleitamento materno. Expansão dos Programas de Atenção Básica. O risco de câncer de bexiga por grupo etário, ignorando a variável tabagismo, foi, respectivamente: A L U 0,08/1000 - 0,17/1000 - 0,4/1000. 8,0 % - 17% - 4% 8/1000 - 17/1000 - 40/1000 0,8/1000 1,7/1000 - 4,0/1000 0,8% 1,7% - 0,4% N 93 Sabendo-se que 25%, 30% e 20% são as prevalências de tabagismo nas faixas etárias de 50-59, 60-69 e 70-79, respectivamente, os riscos relativos de câncer de bexiga, por grupo etário, comparando fumantes e não fumantes, foram, respectivamente de: 89 60 - 23,3 e 19,4 60% - 23,3% e 19,4% 6,0 - 2,33 e 1,94 0,17 - 0,07 e 0,06 Impossível de calcular com os dados da tabela. Em um município do interior do Rio de Janeiro, com 30.000 habitantes, ocorreram no ano de 2007, 2400 nascidos vivos, 52 óbitos nos primeiros 28 dias de vida, sendo 30 nos primeiros 7 dias de vida. Baseado nesses dados, podemos afirmar que o coeficiente de mortalidade NEONATAL do referido município foi de: 12,5 80 17,3 21,6 10 94 Analisando os resultados da tabela, podemos afirmar que: 90 A taxa de incidência de câncer da bexiga aumenta com a idade, sendo menor para os fumantes. A força de associação entre câncer de bexiga e tabagismo é o mesmo para qualquer idade. A taxa de incidência de câncer da bexiga aumenta com a idade, sendo maior para os não fumantes. A força de associação entre câncer de bexiga e tabagismo aumenta com a idade. A taxa de incidência de câncer da bexiga aumenta com a idade, sendo maior para os fumantes. Para a construção do coeficiente de mortalidade materna, o denominador usado é: Total de óbitos feminino. População de mulheres em idade fértil. Mulheres que tiveram complicações na gravidez, parto e puerpério. População de mulheres que morreram. Número de nascidos vivos no mesmo período. As questões de 91 a 94 estão relacionadas com o texto a seguir. Uma população estável de 100.000 homens 50 a 79 anos foi acompanhada de 1974 a 1976 (24 meses) para detecção de câncer de bexiga. Durante esse período, 192 casos novos foram identificados. A tabela a seguir apresenta o número total de indivíduos e de casos novos por idade e exposição ao fumo. 95 Dos Sistemas de Informações abaixo citados, um deles além de ter como objetivo principal a questão contábiladministrativa, fornece também, indiretamente, dados epidemiológicos a respeito da morbidade da rede assistencial. Qual deles? SINASC – Sistema de Informação de Nascidos Vivos. SIM – Sistema de Informações de Mortalidade. SIAB - Sistema de Informações da Atenção Básica SIH – Sistema de Informações Hospitalares SINAN – Sistema Nacional de Agravos Notificáveis. 91 O estudo epidemiológico acima realizado pode ser caracterizado como: Ensaio clínico randomizado. Caso – controle. Coorte. Estudo ecológico. Impossível identificar com os dados da tabela. 19 Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 Medicina Preventiva e Social 96 Em uma cidade da Paraíba, com uma população de 30.000 habitantes, ocorreu, no ano de 2006, uma epidemia de dengue cuja incidência foi 50/10.000 habitantes, tendo ocorrido 30 óbitos. Podemos afirmar que: A letalidade da doença foi de 80,0% do total de doentes. A letalidade da doença foi de 20,0% do total de doentes. A letalidade da doença foi de 8,0 % do total de doentes. A letalidade da doença foi de 2,0% do total de doentes. É impossível calcular com os dados fornecidos. 97 Para a investigação de associações etiológicas em doenças de baixa incidência qual dos estudos abaixo é o mais indicado? Coorte. Ecológico. Caso-controle. Secional. Ensaio clínico randomizado. 98 Qual dos elementos abaixo é considerado padrão do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM)? Atestado de óbito. Serviço de Verificação de Óbitos. Serviço de Medicina Legal. Cartório de Registro Civil. Declaração de Óbito. 99 Qual, das doenças abaixo, não faz parte do Sistema Nacional de Agravos Notificáveis? Tuberculose. Sarampo. Erisipela. Varíola. Raiva 100 Em relação ao Sistema Único de Saúde (SUS) não é correto afirmar que: Está regulamentado pelas Leis 8080 e 8142 de 90. Tem como princípios doutrinários a universalidade, integralidade e equidade da atenção. Tem nos Conselhos e Conferencias de Saúde duas ferramentas importantes do Controle Social. Compõe com conjunto de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde. É integrado por um conjunto de ações e serviços públicos de saúde, organizados de forma hierarquizada e vertical. Processo Seletivo Residência Médica FCM 2013 20
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