o computador que cabe no bolso

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T E C N O L O G I A
O COMPUTADOR
QUE CABE NO BOLSO
Lançamento do iPhone
acelera a revolução da
convergência tecnológica.
Todo tipo de informação
caberá na sua mão
U
ma idéia mobilizou o
mundo em janeiro deste
ano. Lançado na cidade
de São Francisco, na
Califórnia, EUA, durante
a MacWorld, a tradicional feira em que
a empresa de tecnologia Apple apresenta suas novidades, o iPhone não é
nada mais do que isso — uma idéia. O
aparelho, a rigor, só existe em protótipo. Será vendido nos Estados Unidos a
partir de junho deste ano, na Europa e
na Ásia, em 2008, e ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
Há alguns anos, todos os objetos de
consumo tecnológico eram considerados “gadgets” — brinquedos que serviam apenas para divertir os aficionados. Hoje, sabe-se que alguns desses
produtos vão muito além disso. Eles
provocam verdadeiras revoluções na
vida das pessoas, a ponto de elas não
conseguirem mais se lembrar de como
era o mundo sem eles.
O celular começou a se popularizar
no Brasil no início dos anos 1990 e na
época era visto como coisa de novosricos deslumbrados com tecnologia.
Você consegue imaginar sua vida hoje
sem o telefone celular? O mesmo se
pode dizer do iPod, que com o tempo
mostrou ser muito mais que um walkman da era digital. O aparelho mudou
radicalmente a maneira de as pessoas
se relacionarem com a música.
Inventos assim provocam revoluções
comparáveis à criação da internet ou à
invenção dos programas de busca
como o Google. Seria o iPhone um
desses produtos destinados a provocar
uma mudança radical no cotidiano das
pessoas? Para responder a essa questão
é necessário entender primeiro o que é
o aparelho. Pergunte a Steve Jobs, seu
MUITO ALÉM DO CELULAR
NO IPHONE, O COMPUTADOR É MAIS
IMPORTANTE E SOFISTICADO
QUE O PRÓPRIO TELEFONE
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criador, o que é o iPhone e ele responderá: “Nós reinventamos o telefone”.
Faz parte da estratégia de marketing da
Apple vender o iPhone como um
parente mais sofisticado do celular.
Dizer que o iPhone é um celular, no
entanto, é uma simplificação. Ao tentar definir o que é o aparelho, a revista
americana “Time” chegou mais perto
da verdade. “Trata-se de um computador que cabe na mão e que apenas por
acaso se encontra acoplado a um telefone.” Há em curso um fenômeno chamado “convergência digital”. A tendência é que diferentes tecnologias se
aglutinem num único aparelho. Um
exemplo disso seriam os telefones
celulares que trazem funções de internet. O iPhone dá um passo além nessa
direção. No aparelho, o computador é
mais importante e sofisticado que o
próprio telefone.
Pode-se dizer que Steve Jobs e sua
equipe da Apple inventaram o computador que cabe no bolso. É ou não é
uma revolução?
COISAS
QUE VOCÊ
PRECISA SABER
1
O LANÇAMENTO DO IPHONE, PELA
APPLE, NA CIDADE DE SÃO
FRANCISCO, NA CALIFÓRNIA, EM JANEIRO
DESTE ANO, MOBILIZOU O MUNDO
A APPLE VENDE O IPHONE COMO UM
VÁ FUNDO >>>
2
PARA LER
PUTADOR QUE CABE NA MÃO
• “A Religião das Máquinas: Ensaios sobre o
Imaginário da Cibercultura”, Erick Felinto. Sulina
• “Mídias Digitais”, André Barbosa Filho, Cosette
Castro, Takashi Tome. Paulinas
• “A Galáxia da Internet”, Manuel Castells. Jorge Zahar
3
O APARELHO, A RIGOR, SÓ EXISTE
4
SERÁ VENDIDO NOS ESTADOS
PARA NAVEGAR
• www.convergenciadigital.com.br
• www.midiadigital.com.br
• www.jornalismo.ufsc.br/redealcar/cd/
midiadigital.htm
PARENTE MAIS SOFISTICADO DO
CELULAR, MAS TRATA-SE DE UM COM-
EM PROTÓTIPO
UNIDOS APARTIR DE JUNHO DESTE
ANO, NA EUROPA E NA ÁSIA, EM 2008
5
AINDA NÃO HÁ PREVISÃO DE
6
A PREVISÃO É DE QUE O IPHONE
LANÇAMENTO NO BRASIL
SERÁ UM DESSES PRODUTOS QUE
PROVOCAM VERDADEIRAS REVOLUÇÕES
ARTIGO> VENERANDO SANTIAGO DE OLIVEIRA*
NA VIDA DAS PESSOAS, A PONTO DE
ELAS NÃO CONSEGUIREM MAIS SE LEMBRAR DE COMO ERA O MUNDO SEM ELES,
CONVERGÊNCIA TECNOLÓGICA
E INCLUSÃO DIGITAL
O desenvolvimento das tecnologias de informação não garante a
democratização do acesso aos bens e serviços propiciados por elas
omente um planejamento que leve em consideração todos os aspectos da inclusão digital
— definição e implementação de políticas públicas que culminem na democratização ao
acesso a bens e serviços propiciados pelas tecnologias da informação — poderá ter sucesso. A
inclusão digital, além de seu apelo social, tem impacto significativo na economia ao reduzir a
burocracia sobre processos, tempo e custos, propiciar novas modalidades de formação,
capacitação e educação. Os aparelhos de telefonia celular têm caminhado para a convergência
tecnológica (fenômeno de acumulação de diversas funções em um único aparelho) e agregado
cada vez mais tecnologias e serviços, como câmera fotográfica e filmadora, tocadores de
música, receptores de FM, além de pacotes de acesso mais baratos, serviços de mensagens
(SMS), videomensagens (MMS), acesso a sinal de TV e à internet.
Com uma forte política de barateamento das tarifas de utilização e serviços da telefonia
celular, o acesso a produtos e serviços da “Era da Informação” poderá acontecer de forma mais
eficaz pelo aparelho celular do que pelo microcomputador.
A chegada da televisão digital é um passo a mais a caminho da convergência tecnológica.
Com sinal de melhor qualidade do que o atual analógico e taxa de transmissão superior, a TV
digital, além da transmissão de conteúdo e da oferta de inúmeros serviços inovadores, pode
englobar serviços de internet em banda larga, ampliando ainda mais as possibilidades de
acesso à informação. Mas a inclusão digital realmente está a caminho?
S
COMO O CELULAR OU O IPOD
7
HÁ EM CURSO UM FENÔMENO
CHAMADO “CONVERGÊNCIA DIGI-
TAL”. A TENDÊNCIA É QUE DIFERENTES
TECNOLOGIAS SE AGLUTINEM NUM
ÚNICO APARELHO
8
UM EXEMPLO DISSO SERIAM OS
TELEFONES CELULARES QUE
TRAZEM FUNÇÕES DE INTERNET
9
O IPHONE DÁ UM PASSO ALÉM
NESSA DIREÇÃO. NO APARELHO, O
COMPUTADOR É MAIS IMPORTANTE E
SOFISTICADO QUE O PRÓPRIO TELEFONE
10
OUTRO EXEMPLO DE CONVERGÊNCIA TECNOLÓGICA É A
CHEGADA DA TELEVISÃO DIGITAL. ALÉM
DA TRANSMISSÃO DE CONTEÚDO E A
OFERTA DE INÚMEROS SERVIÇOS INOVADORES, ELA PODE ENGLOBAR
SERVIÇOS DE INTERNET EM BANDA
LARGA, AMPLIANDO AINDA MAIS AS
POSSIBILIDADES DE ACESSO À
INFORMAÇÃO
*Professor do cursinho da Poli
©
Ilustração de Nilson Cardoso sobre fotos de divulgação
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