Partituras Populares

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Partituras Populares
07. Exemplos Musicais
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EXEMPLOS
MUSICAIS
Introdução
A inclusão de alguns exemplos de música instrumental na reedição deste livro é a
resposta possível, ao desejo manifestado por Ernesto V. Oliveira e Benjamim Pereira
de complementar a vasta informação nele contida, com indicações que permitam, a
quem o deseje, conhecer e mesmo iniciar ou desenvolver uma prática instrumental
que, como os autores previam na 1.ª edição, se encontra em franco declínio.
Jorge Dias, em “Da música e da dança, como formas de expressão populares, aos ranchos
folclóricos” (1970), descreve a degradação da música tradicional portuguesa a partir
dos anos 20, como um processo irreversível a curto prazo, que justifica a adopção
de medidas eficazes para a sua salvaguarda.
A bibliografia e discografia existentes apesar de dispersas e parcelares, permitem
conhecer, a quem o queira, o repertório tradicional — que deveria ser objecto de
uma maior atenção por parte de músicos amadores e profissionais, e das escolas,
associações e academias que de algum modo desenvolvem actividades musicais. A
recente edição do Cancioneiro Popular Português (1981) de M. Giacometti e F. Lopes
Graça, pela escolha criteriosa das músicas e inclusão de bibliografia e discografia
actualizada, facilitou o trabalho desses músicos e instituições, aos quais bastará ter
a vontade necessária para começar de imediato a sua divulgação.
A música instrumental apresenta porém problemas específicos, pelo que o seu
tratamento, conducente a uma prática ou pelo menos ao seu conhecimento, só será
possível pela complementaridade de várias acções:
- contacto directo com os músicos que por todo o país tocam ou tocaram estes
instrumentos;
- conhecimento das formas de transmissão e aprendizagem dos saberes
instrumentais, tal como se processavam nos grupos e comunidades a que
pertenciam (ou pertencem);
- levantamento urgente das técnicas de construção, reparação e manutenção;
- estudo dos registos — fonográficos, fotográficos, filmes e vídeos, etc. — para
apuramento das técnicas instrumentais, postura corporal, sonoridade, adequadas
a cada um dos instrumentos;
- transcrições em notação musical e tablaturas instrumentais, acompanhadas
sempre que possível por registos áudio;
- publicação de trabalhos de divulgação sem descurar os aspectos históricos e
etnográficos facilitando o reencontro com estes instrumentos e grupos
instrumentais, bem como a procura de novas formas e funções, condição
necessária para uma renovação que acreditamos possível e potencialmente
motivadora de músicos situados em diferentes quadrantes da prática musical.
Outras acções seriam necessárias, com destaque para as que dependem dos poderes
públicos, que lamentavelmente pouco fizeram nas duas décadas que nos separam da
1.ª edição deste livro. Jorge Montes Caranova e Manuel Moreira, tocadores de viola
campaniça e viola beiroa, e como eles tantos outros, já não nos podem ensinar os
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segredos dos seus instrumentos. As gravações, fotografias, registos escritos e algumas
cartas, os relatos vividos por quem de perto com eles conviveu, não respondem
infelizmente a algumas perguntas que só eles, pelo seu exemplo, poderiam
esclarecer.
Quando, nos cursos de formação de professores da Fundação Gulbenkian (1969) e
posteriormente na Juventude Musical Portuguesa e Escola Superior de Educação pela
Arte procurámos conhecer a música instrumental portuguesa, foi este livro que então
nos serviu — e serve — de guia na descoberta de um mundo que a nossa formação
e experiência anteriores não nos tinha revelado.
Tornámo-nos frequentadores habituais do Museu de Etnologia de Lisboa, que fomos
conhecendo com a ajuda de todos quantos aí trabalhavam. Os objectos e colecções,
os livros, os filmes, eram um constante desafio à nossa curiosidade que já não se
contentava com os aspectos especificamente musicais e se abria a outros campos do
conhecimento sem os quais aqueles não podem ser compreendidos.
O estudo da colecção de instrumentos populares e gravações do Museu, foi-nos
facilitado pelo constante situar dos objectos nas pessoas e grupos que os tocavam
e nas situações em que eram utilizados. Aprendemos que todo esse trabalho se
baseava num método de investigação apurado e rigoroso e num profundo respeito
por esses homens e mulheres, camponeses na sua maioria, no seu saber e na sua
vontade.
Devemos a F. Lopes Graça e Michel Giacometti, os textos e gravações onde começámos
a estudar a música do nosso povo. A Francisco d’Orey o gosto e a prática da música
vocal na J.M.P.. A Javier Hinojosa e Emílio Pujol o conhecimento das tablaturas
instrumentais e a sua utilização para a transcrição da música popular portuguesa. Ao
Grupo de Acção Cultural, o conhecimento e apoio decisivos na procura de novos
caminhos para a música portuguesa. A Luís Pedro Faro, Pedro Caldeira Cabral e Rui
Vaz o esclarecimento de muitas das nossas dúvidas e a clarificação de determinados
procedimentos instrumentais.
A publicação de algumas partituras instrumentais é o resultado do continuado
interesse e dedicação das pessoas citadas e de muitas outras que, de quaisquer
outras formas nos têm ajudado.
A todos nos basta que os instrumentos populares portugueses recuperem o lugar a que
têm direito, como modesta homenagem aos homens e mulheres das comunidades
rurais que lhes deram vida.
Estamos com Ernesto V. Oliveira quando nos diz que «...eles não são relíquias mortas
e inertes, exotismos pitorescos ou curiosidades eruditas: são testemunhos do passado
que explica o presente, a própria história da marcha e da luta do Homem, a dignidade
e a beleza das suas mãos — uma lição viva de Humanismo, a dizer o que é o Homem
de sempre».
Domingos Morais
José Pedro Caiado
Carlos Guerreiro
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Nota Preliminar
1) As músicas transcritas a partir das gravações originais de Ernesto V. Oliveira e
Benjamim Pereira, entre 1960/63, referem-se apenas aos instrumentos e grupos
instrumentais mais significativos.
2) A escolha dos trechos musicais, dada a impossibilidade na maior parte dos casos
de recorrer aos músicos que os tocaram, teve em conta a nossa capacidade de
analisar as gravações e a informação que sobre cada um deles existia, sendo a opção
por aqueles que pensamos ter apreendido no que de essencial os caracteriza.
3) Utilizámos ainda outros materiais de diferentes proveniências, que não existiam
ou eram de difícil tratamento nas gravações referidas em 1).
4) Os instrumentos e grupos instrumentais seguem a ordem de apresentação dada
neste livro, onde se assinalam com a letra M, seguida do número ou números dos
exemplos musicais que o complementam. Pelo número limitado de exemplos a incluir,
não foi possível tratar todas as formas e géneros musicais referidos.
5) Nome dos colectores, local, data da recolha, responsáveis pela notação musical e
notas explicativas, são indicadas a seguir ao nome dos instrumentos, excepto nos
casos em que não foi possível seguir esta norma.
6) O nome dos informadores está junto a cada exemplo musical, logo a seguir ao título,
ou nas notas explicativas quando se tratava de um grupo numeroso; para as músicas
(3.1), (3.2), (13), (14.1) e (14.3) não foi possível dar esta indicação.
7) Nos cordofones, a restituição dos exemplos musicais é facilitada pela
complementaridade da informação dada na notação musical e na tablatura — que
indica as cordas e trastos (ou pontos) que os dedos da mão esquerda pressionam e
ainda as que soam livres.
Neste tipo de tablatura, muito usado em edições modernas de música para
instrumentos similares aos tratados neste livro, os símbolos usados são:
1ª linha: Primeira(s) corda(s)
2ª linha: Segunda(s) corda(s)
3ª linha: Terceira(s) corda(s)
4ª linha: Quarta(s) corda(s)
5ª linha: Quinta(s) corda(s)
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- Espaços separados por linhas que representam as cordas; nos instrumentos de
cordas duplas, cada espaço representa duas cordas. As cordas são ainda
representadas por um número num círculo.
- Números que representam os trastos ou pontos a partir da pestana ( = zero ou corda
solta).
- Outros símbolos de uso corrente em notação musical (barras de compasso, sinais
de repetição, figuração rítmica, etc.).
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Cordofones
EM 1. VIOLA AMARANTINA
EM
E. V.1.DEVIOLA
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/ B. Pereira
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Basto (1960/63)
E.V.
de Oliveira
/ B.dePereira
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Celorico de Basto (1960/63)
D. Morais
D. Morais
1.1.
Afinação
1.1. Afinação
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07. Exemplos Musicais
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EM
BEIROA
EM2.2.VIOLA
VIOLA
BEIROA
E.
V.dedeOliveira
Oliveira
B. Pereira
E.V.
/ B./ Pereira
D.
Morais
Penha
Garcia, Idanha-a-Nova (1960/63)
D. Morais
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2.1. Afinação
2.1.
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EXEMPLOS MUSICAIS
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2.3.
PARABÉNS EE SERENATA
SERENATA AOS
2.3. PARABÉNS
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NOIVOS
Canto
—Catarina
CatarinaChitas
Chitas
Canto —
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Viola
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ManuelMoreira
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07. Exemplos Musicais
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1. Ó senhora esposada
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(bis)
2. Já se pode d(i)spidir(i)
desse trajo tão bonito
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7
0
(bis)
(bis)
3. Deixa-te estar linda rosa
na roseira fechadinha
(bis)
(bis)
4. Eu vou a servir o Rei
(a) em vindo hás-de ser minha
EM 3. VIOLA BEIROA
E.EM
V. 3.
de VIOLA
Oliveira /BEIROA
B. Pereira
E.V, de Castelo
Oliveira Branco
/ B. Pereira
Lousa,
(1960/63)
Lousa,
Castelo Branco (1960/63)
D.
Morais
D. Morais
3.1.
DANÇA DOS
DOS HOMENS
3.1. DANÇA
HOMENS
Genebres eeviola
Genebres
viola
V˙ ˙
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1
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EXEMPLOS MUSICAIS
333
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 334
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3.2. DANÇA DAS VIRGENS
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07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 335
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/ B. Pereira
E.V. deVitória,
Oliveira Beja
/ B. Pereira
Santa
(1960/63)
Santa
Vitória, Beja (1960/63)
D.
Morais
D. Morais
4.1. Afinação
4.1. Afinação
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1
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2
3
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˙
4
˙
˙
5
4.2. MODA PARA VIOLA
4.2. MODA PARA VIOLA
Viola
—Jorge
JorgeMontes
Montes
Caranova
Viola —
Caranova
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3
3
3 3 3
3
EXEMPLOS MUSICAIS
335
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 336
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4.3. MURIANOS É BOM POVO
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8
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 337
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EXEMPLOS MUSICAIS
337
16.11.01
23:44
Page 338
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07. Exemplos Musicais
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07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 339
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5
7
EXEMPLOS MUSICAIS
339
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 340
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EM 5. CAVAQUINHO
EM 5. CAVAQUINHO
E. V. de Oliveira / B. Pereira
E.V. de Oliveira / B. Pereira
Ferreiros,Braga
Braga(1960/63)
(1960/63)
Ferreiros,
D. Morais
Morais
D.
5.1. Afinação
5.1.
Afinação
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2
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9 10 10 9 10 7
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œ
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5
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5
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0
˙˙˙
˙
7
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 341
5.2. MEU CAVAQUINHO
Cavaquinho — Bernardo da Silva
5.2. MEU CAVAQUINHO
Violão
— Manuel
da Silva
Cavaquinho
— Bernardo
da Silva
Violão — Manuel da Silva
# # 2 q»ª™
œœ .. œœ œœ œœ
& 4 œ. œ œ œ
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3
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0
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0
5
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0
0
5
3
0
0
œœœ œœœ
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2
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0
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(etc...)
‰ œœj œœj œœ
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EXEMPLOS MUSICAIS
341
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 342
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07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 343
2ª
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EM
EM6.6.GUITARRA
GUITARRA
Pedro Caldeira Cabral
Pedro Caldeira Cabral
6.1.
VARIAÇÕES EM
6.1. VARIAÇÕES
EMLÁ
LÁMENOR
MENOR
Lisboa
Lisboa
Guitarra de
Guitarra
deLisboa
Lisboa
Armandinho
Armandinho
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EXEMPLOS MUSICAIS
343
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 344
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6.2.
VARIAÇÕES EM
6.2. VARIAÇÕES
EMRÉ
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Coimbra
Coimbra
Guitarra de
Guitarra
deCoimbra
Coimbra
Artur Paredes
Artur Paredes
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Lá 7
(*) A escrita da guitarra de Coimbra apresenta-se 1 tom acima do som real.
344
8
.
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07. Exemplos Musicais
16.11.01
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23:44
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Page 345
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Lá 7
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.
11 8
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10 8
Ré m.
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8
10
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8
6
5
~~~
Lá 7
EXEMPLOS MUSICAIS
345
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 346
EM 7. CHULA
E. V. de Oliveira / B. Pereira
Arnoia,
Celorico de Basto
EM
7. CHULA
E.V.
de Oliveira / B. Pereira
D. Morais
Arnoia, Celorico de Basto
D. Morais
7.1. CHULA VAREIRA
7.1. CHULA
VAREIRA
Arnoia
Celorico
de Basto (1960/63)
Arnoia, Celorico de Basto (1960/63)
Rabeca
Violão
assurdinado
1ª Viola
2ª Viola
Violão
solto
Ferrinhos
Bombo
Rab
V.ass.
1ª V.
2ª V.
V.
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346
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œ œ
07. Exemplos Musicais
16.11.01
Rab
V.ass.
1ª V.
2ª V.
V.
solto
23:44
Page 347
œ œ. œ œ œ
œ. œ œ. œ œ. œ œ. œ œ. œ œ.
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Rab
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Ferr.
V.ass.
(Repete sempre
a acompanhar
a Rabeca e
o Violão assurdinado)
œ œ. œ œ. œ œ.
œ œ. œ œ. œ œ. œ œ. œ œ. œ œ. œ œ. œ œ. œ œ. #œ œ. œ œ. œ œ. œ
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EXEMPLOS MUSICAIS
347
07. Exemplos Musicais
16.11.01
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(O Canto interrompe as variações instrumentais da Rabeca e do Violão assurdinado
que imediatamente passam a tocar A ou B.)
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V. ass.
1ª e 2ª Violas
Violão
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1.Quan-do eu a
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qui che - guei -
(1ª e 2ª Violas, em acordes de Dó e Sol, com o Violão solto)
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2. Meu amor nos braços d'outro (bis)
não sei como não morri.
4. De Amarante fui nascido
no Covelo (?) baptizado.
6. Eu vos peço por favor
se for da vossa vontade
se parais um bocadinho.
(bis)
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 349
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1ª/2ª V.
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Ferr.
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V 44
3.Mas eu le-vo_a de - va - ga - ri - (i) - nho
5.
Ai,
pe - lo man - ti - lho, mas eu le-vo_a
(1ª e 2ª Violas, em acordes de Dó e Sol, com o Violão solto)
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(A ordem dos
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7.1.1. Afinação
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EXEMPLOS MUSICAIS
349
07. Exemplos Musicais
16.11.01
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7.2. CHULA
Tabuado,
Marcode
deCanavezes
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(1960/63)
Tabuado, Marco
(1960/63)
Rabeca
Violão
assurdinado
Viola
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07. Exemplos Musicais
16.11.01
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EXEMPLOS MUSICAIS
351
07. Exemplos Musicais
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07. Exemplos Musicais
16.11.01
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1. Eu já bolto a cantar
junto da Graça de Deus
que nos benha auxiliar.
8. Biba o grande e o pequeno
biba o nobo e biba o velho
bibam quantos aqui estão.
Ai um biba ao grabador
um biba ao grabador
biba mais quem tem no livro.
2. Ai um biba aos grabadores
um biba aos grabadores
que a fala me bão cortar.
9. Ó pobo de Tabuado
o pobo abençoado
já que todos me dão tenção.
Biba a sua paciência
e biba quem nos ensina. (bis)
3. Nossa Senhora de Fátima
desceu do Alto Pombal.
10. A todos bós agradeço
bossa boa deboção.
4. Que desceu do Céu a Terra
dar a paz a Portugal.
11. Agora bai terminar
o grabador de cantar
que já se encontra enfadado.
5. Biba o senhor D. Ernesto
mais a sua aparelhada.
6. Quando o cantador cansou
já nos ficou na jornada.
(...)
(bis)
Senhores, muito boa noite
são horas de m'ir embora
mais de eu arrecolher.
Bejo já bir a polícia
(bis)
e a todos nos bai prender.
12. Bai a Glória Vieira
e a festa de Tabuado
dar tudo por acabado.
e assoai à multidão
e toda a nossa aflição
do perigo, oh! De os prender.
(...)
7. Bai um biba ao geral
mais à humana geração
biba o probe e biba o rico.
(...)
EXEMPLOS MUSICAIS
353
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 354
7.2.1. Afinação
7.2.1. Afinação
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EM 8. INSTRUMENTOS DE TUNA
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8.1.
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07. Exemplos Musicais
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EXEMPLOS MUSICAIS
355
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 356
8.2. MOURISCA DE S. JOÃO DE BRAGA
8.2.
MOURISCA DE S. JOÃO DE BRAGA
Braga
Braga
Bernardino
Nascimento
(1981)
Bernardino Nascimento
(1981)
# 2Allegretto
& 4 ∑
∑
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∑
∑
# 2
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∑
∑
∑
∑
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356
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 357
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EM 9. SANFONA
EM 9. pezas
SANFONA
“Catro
pra zanfona recollidas por Castro Sampedro y Folgar” (Cancioneiro Musical Musical de Galicia)
"Catro pezas pra zanfona recollidas por Castro Sampedro y Folgar" (Cancioneiro Musical de Galicia)
9.1. CANTIGA
9.1.
CANTIGA
Graba, Ourense
Graba,
Ourense
Allegretto
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EXEMPLOS MUSICAIS
357
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 358
9.2.
CANTIGA
9.2. CANTIGA
Graba,
Ourense
Graba, Ourense
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9.3. CANTIGA
9.3. CANTIGA
Zalin,
Pontevedra
Zalin, Pontevedra
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Allegretto
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9.4. CANTIGA
9.4. CANTIGA
Zalin,
Pontevedra
Zalin, Pontevedra
Allegretto
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358
Œ ‰
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 359
9.5. Afinação das Sanfonas
9.5. Afinações das Sanfonas
Afinação da Sanfona segundo Santalices:
1ª
TOM DE DÓ
&w
1ª
TOM DE SOL
&w
Cantantes
2ª
w
2ª
w
Bordoncillo
3ª
Bordon
?w
?w
?w
?w
˙
3ª
˙
Actualmente, nas Sanfonas em sol, empregamos a seguinte afinação:
1ª
&w
Cantantes
2ª
w
Bordoncillo
3ª
? w
?w
Bordon
?
w
Só em algumas Sanfonas
EXTENSÃO
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#
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#
œ
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Com o teclado
Solta
EXEMPLOS MUSICAIS
359
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 360
Aerofones e
Membranofones
EM 10. GAITA-DE-FOLES
EM
GAITA-DE-FOLES
E. V.10.
de Oliveira
/ B. Pereira
C. Guerreiro
/ D.
E.V,
de Oliveira
/ B.Morais
Pereira
C. Guerreiro / D. Morais
10.1. ALVORADA
10.1. ALVORADA
Moimenta,
Vinhais (1960/63)
Moimenta, Vinhais (1960/63)
Gaita
—Carlos
CarlosGonçalves
Gonçalves
Gaita —
Caixa —
—Augusto
AugustoDiegues
Diegues
Bombo —
de de
Azevedo
Bombo
—Isaias
Isaias
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07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 361
10.2. CARVALHESA
Moimenta,
Vinhais (1960/63)
10.2. CARVALHESA
Moimenta,
Vinhais
(1960/63)
Gaita
— Carlos
Gonçalves
Gaita — Carlos Gonçalves
Ferranholas
—
Iria
Anjos
Ferranholas — Iria dosdos
Anjos
Pandeiro
—Maria
MariadodoCarmo
Carmo
Garcia
Pandeiro —
Garcia
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Ferranholas
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EXEMPLOS MUSICAIS
361
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 362
10.3. ELEVAÇÃO DA HOSTIA
Ifanes,
Miranda do
(1960/63)
10.3. ELEVAÇÃO
DADouro
HOSTIA
Ifanes, Miranda
do Douro
(1960/63)
Gaita,
José João
da Igreja
Gaita — José João da Igreja
Original em:
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10.4. MIRA-ME MIGUEL
10.4. MIRA-ME MIGUEL
Ifanes,
Mirandadodo
Douro
(1960/63)
Ifanes, Miranda
Douro
(1960/63)
Gaita,
daIgreja
Igreja
Gaita —José
JoséJoão
João da
Originalj em:
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362
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07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
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Page 363
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10.5. JOTA CARVALHESA
10.5.deJOTA
CARVALHESA
Rio
Onor,
Bragança (1960/63)
Rio de Onor, Bragança (1960/63)
Gaita
—
Juan
Prieto
Chimeno
Gaita — Juan Prieto
Chimeno
Caixa
JoãoManuel
Manuel
Fernandes
Caixa —
— João
Fernandes
Original em:
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EXEMPLOS MUSICAIS
363
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 364
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3
1) O canto é realizado pelo gaiteiro em uníssono com a gaita
10.6. CAROLINA ANDA À VARANDA
10.6. CAROLINA ANDA À VARANDA
Zés-pereiras
Bravães,
Ponte
da Barca
(1960/63)
Zés-pereiras dedeBravães,
Ponte
da Barca
(1960/63)
Original em:
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Bombo
(q ≈ ¡º•)
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07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
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Page 365
œ œ n œ œ œ . œ œ œ œ œ œ œ n œ œ œ œ œ œ œ n œ œ œ . # œj .. œ Œ Ó
1° vez
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÷
1) No início, é aqui a entrada do Tambor e Bombo
EM 11. FLAUTAS
EM
FLAUTAS
E.
V. 11.
de Oliveira
/ B. Pereira
E.V.
Oliveira
/ B.Morais
Pereira
J.
P. de
Caiado
/ D.
J.P. Caiado / Domingos Morais
11.1 LLAÇO DAS CAMPANITAS
11.1. LLAÇO DAS CAMPANITAS
Genísio,
MirandadodoDouro
Douro
(1960/63)
Genísio, Miranda
(1960/63)
Pífaro —
JoãoJoão
Pífaro
—António
AntónioInácio
Inácio
Original em:
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EXEMPLOS MUSICAIS
365
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 366
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# 2 j j j j j j j j
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y la_I - gre - ja de Le - on,
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ven- to_y las tor - res de San Si - mon. Cam - pa - ni - tas de To - le - do y la_I - gre - ja de Le -
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œ œ œ œ œ œj œj œj œj œj œj œj j œj œ œj œj œ œ
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re - ló - gios y be - na - ven - to_y la tor - re de San Si - mon. Gui - sa - di - tas
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com pre - sun - to,
ai,
que me
bien
sa - bo - ro - sas
são, que me
bien sa-bo-ro-sas são.
11.2. TOQUE DO PEDITÓRIO
11.2. TOQUE Miranda
DO PEDITÓRIO
Constantim,
do Douro (1960/63)
Constantim, Miranda do Douro (1960/63)
Tamboril
pífaro——
José
Francisco
Tamboril eepífaro
José
Francisco
PiresPires
œ œ
Original em:
b
† b bbbb
œ œ œ
J
œ
3
œ 3 œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œj œ œ
‰
J
J
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† 4
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2œ
4
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œ
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3
3
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3
3
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œ
‰
J
J
J
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j> >
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3
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3
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3
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3
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j> >
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3
3
œ
# œ œœœ œœ œ œ œ
†
3
÷
366
œ
j> >
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j>
œ œ œ
3
3
œ œ œ œ . œ œ Jœ œ œ
J
3
j> >
j> >
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œ œ œ
U
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œ
J
3
3
>
j> >
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œ œ œ œ œ œ œ œ
j> >
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3
œ œ
œ œ
3
œ
j> >
œ œ œ
œ
>
œ Œ
Œ
3
j
œ œ
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 367
11.3.
ALVORADA
11.3. ALVORADA
Barrancos
(1960/63)
Barrancos (1960/63)
Tamboril eepífaro
António
Torrado
Rodrigues
Tamboril
pífaro——
António
Torrado
Rodrigues
q»¡™º. (;»;)
6 œ Jœ œ 3 ˙ .
&8
4
.
6 œ Jœ œ 3 ˙ .
8
4
6 .. œ . œ œ œ . b Jœ œ 3 ˙ œ
8
4
J
j
j
j
j
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˙
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3
œ
œ
œ
.
&8 J 4
œ 6 œ. bœ œ 3 ˙
J 4
8
œ 6 ˙.
8
34 ˙ .
.. Œ
j
÷ 68 œ . œ œ 43 ˙
j
œ 68 œ . œ œ 43 ˙
j
œ 68 œ . œ œ 43 ˙
œ .. œ
11.4. VITÓRIA
11.4. VITÓRIA
Malpica
do Tejo, Castelo branco (1960/63)
Malpica do Tejo, Castelo Branco (1960/63)
Flauta
travessa
João
Barata
Flauta travessa ——
João
dos dos
Reis Reis
Barata
Canto —
Canto
—Conceição
ConceiçãoMarques
Marques
Pandeiro — Lucrécia Marques
Pandeiro
— Lucrécia Marques
Original em:
Flauta
Canto
Flauta
Canto
##
† # 38 œj œ
œ
J
### 3 j
& 8œ œ
œ
J
(q.»¶§)
# 3
† 8 œj
# 3
& 8 œj
Vi
Pandeiro
÷
-
38 ‰
#
† œ œœœ œ
.. œ
tó
-
œ
J
œœœœ
J
œ
œ
J
œ
J
œ œ œ
J J J
œ
œ
J
ria
lin - da
Vi - tó - ria (e)
j
œ }œ œ œ œ œ œ œ
}
‰
œ
œ œ œ œj
J
ai
Vi - tó
-
ria
.. œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ
œ.
#
j
& Jœ Jœ œ œ .
do
.. œ
co - ra - ção
1ª
Œ
Œ
2ª
j .. .. ‰ œ œ œ œ
œ
j .. .. ‰ Jœ Jœ
œ
Vi—
Ai
œ œœœ œ
œ œœœ œ
œ œ œj œ œ œj
J J
J J
Vi - tó - ria não
vai
ao
mi -
EXEMPLOS MUSICAIS
367
07. Exemplos Musicais
16.11.01
†
&
23:44
Page 368
œ
j
œ œ
œ
J
œ
j
œ
œ
j
œ œ
œ
J
œ
j
œ
né(rio)
bus - car
lá
dois
#
#
fi
œ œ œ œ œ œ.
j j
œ œ œj œ .
sa - cos
de
car - vão
D.C.
..
..
fi
œ
œ
—vão
11.5. Ó VIRGEM DAS NECESSIDADES
11.5. Ó da
VIRGEM
DAS
NECESSIDADES
Póvoa
Atalaia,
Fundão
(1960/63)
Póvoa da Atalaia, Fundão (1960/63)
Flauta
travessa
—
Francisco
Carrondo
Flauta travessa — Francisco Carrondo
Canto
—Maria
Mariadede
Jesus
Xavier
Abelho
Canto —
Jesus
Xavier
Abelho
Adufe —
Navais
Adufe
—Maria
MariaGertrudes
Gertrudes
Navais
b b ‰ Jœ .. œ Jœ œ œ œ
b
&
Original em:
Flauta
Canto
Flauta
j
b
& b b ‰ Jœ .. œ œ œ œ . œ
(e»™º•) œ œ , œ œ œ .
j Ÿm
œ œj œ œ œ œ œ œ 3 ˙
œ
œ
œ œœœ œ œ
J
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3
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J
.
.
&b 8 ‰
4
8 J
4œ
A
Canto
6
3
& b 8 ‰ Jœ .. œ Jœ Jœ Jœ . Rœ 4 œ œ œ
1. Ó
Adufe
&b
&b
÷
68
˙1ª.
˙
˙ 1ª
&b ˙
-
da - des
à
vos - sa por - ta che - guei, oh!
43
.. œœ œ œ œ œ œ œ œ œ
..
‰ Jœ ..
Ó
&b
Vir - gem das Ne - cessi
6 œ œ œ œj j 3
8 JJ œ 4œ ˙
˙2ª œ
œ œ œ œœ œ œ œ œœ œ œ œ
œ œj œ œœ œ œ œ 3 ˙
6
3
6
J
.
œ
‰ 8 .
4
8 J
4œ
B
j
‰ j 68 .. œj œj œ œ 43 œ œ œ 68 œ Jœ œ œ œj 43 œ
J J
J
˙ œ
œ
˙
2. Tan
œ ˙.
‰ J ..
‰ j ..
œ ˙.
Tan—
-
tos An - jos m'a-com - pa-nhem co
A 1. Ó Virgem das Necessidades
à vossa porta cheguei, oh!
3. Ó Virgem das Necessidades
quem vos deu o guião verde
-
mo de pas - sa-das
dei-(e).
B 2. Tantos anjos me acompanhem
como de passadas dei
4. Foi uma moça donzela
d'uma doença que teve
5. Ó Glória, ó Rei da Glória
nossa alegria é esta
6. Ó Virgem das Necessidades
à vossa porta me miro
7. Miro-me nos vossos olhos
como num espelho fino
8. Aleluia, aleluia
aleluia, já é festa
ver surgir o Rei da Glória
nossa alegria é esta
368
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 369
11.6. CHULA
11.6. CHULA
Gôve,
Baião (1960/63)
Gôve, Baião
(1960/63)
Flauta
travessa
— Joaquim Cardoso da Silva
Flauta travessa — Joaquim Cardoso da Silva
# # 4q»¡¢¢
j œœœœœœœ œ
j œœœœœœœ œ
† 4œ œ
œ œ œ œj œ œ ‰ œ œ
œœœ˙
# # ‰ œ. œ. œ. œ
‰ œ œ œ œ ‰ œj
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† # œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ ˙ ‰ œ œ œ œ œ œ. œ œ œ œ œ œ œ. œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ
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j
‰ œ œ œ œ œœœœ œ
† # œ œ œ œœœœ œ ‰ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ ˙
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3
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† œœœœœœœœ œ œ œ
œ
#
j
† # œœœœœœœœ œœœœœœ‰œ œœœœœœœœ œœœœ˙
˙ ˙
11.7. CHULA
Vilar
do Monte, Barcelos (1960/63)
11.7. CHULA
Vilar do Monte,
Ocarina
— JoséBarcelos
Dias (1960/63)
Ocarina — José Dias
# 2q»••
† 4 ‰ œœ
#
† œ
j
œ
œ œœ œ
œ œ œœ œ
œœœœ œ
œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œœœœœ œ œœ œ
œ œ œ œœœœœœ
‰ œœ œ
œ œœ
#
œ
† œ œ œœœœ
œœœœ œ
œ œ œ œœœœœœ œ
#
† œ œ œœœœ œ
œœœœ œ
œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œœœœœœ
#
† œ
#
‰ œj œ œ œ
œ œœ
œœ
œ œ œœœœ œ œ œ œ œ œ
œ œœœœ
† œ ‰ œœ œ œ œ œœ œ œ œœ
œ
‰ œ œ œ œ œ œœ
œ œ œ œœœœœœ
U
j
œ
œ
œ
œ
œ
œ
œ œ
EXEMPLOS MUSICAIS
369
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 370
EM 12.
EM
12.PALHETA
PALHETA
E. V. de Oliveira / B. Pereira
E.V. de Oliveira / B. Pereira
J. P.Caiado
Caiado
J.P.
12.1.
LAVRADOR DA
12.1. LAVRADOR
DAARADA
ARADA
Monsanto, Idanha
a Nova
Monsanto,
Idanha
a Nova
Palheta — José dos Reis
Palheta — José dos Reis
Original em:
b œ.
& b bbb
œ
J œ œ
(q ≈ •º)
# # œ . œ œ œ œ 3 œ œ . œ œ œ œ œ œ 1ª˙
J
#œ
J
&
2ª
œ
.
Œ . œ œ œœ˙
Œ
EM 13. TAMBORES
EM
13./ TAMBORES
R. Vaz
L. P. Faro
Rui
/ Luís/P.D.
Faro
J. P.Vaz
Caiado
Morais
J.P. Caiado / Domingos Morais
13.1. BOMBOS
13.1. BOMBOS
Ermesinde
(1977)
Ermesinde (1977)
(q ≈ ¡™º)
>
>
>
>
> > >
>
4
÷ 4 .. œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ
j
÷ 44 .. œ Œ
œ Œ
œ Œ
œ Œ
œ œ œ.
œ
>
> >
> >
>
>
> U
÷ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ .. œ Œ
j
j
j U
÷ œ.
œ œ
Œ
‰ œ œ œ œ.
œ .. œ Œ
Œ
Œ
Œ
Œ
13.2.BOMBOS
BOMBOS DO
DO MARÃO
MARÃO
13.2.
Paradela,
(1977)
Paradela,Amarante
Amarante
(1977)
(q ≈ ¡™º) 3 % >al Fine
3
3
3
>
> 3 > 3 1ª vez 3
÷ 42 ‰ œ œ œ œ œ œ œ .. œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ ..
÷ 42
370
.. œ
Œ
œ
Œ
œ
œ
œ
Œ
..
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 371
Fine
3
3
3
3
3 %
> >
> >
> >
÷ .. œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ .. œ Œ
>
>
>
>
÷ .. œ . œ œ œ œ . œ œ œ œ . œ œ œ œ . œ œ œ .. œ Œ
2ª vez
13.3.
MODA DO BOMBO
13.3. MODA DO BOMBO
Lavacolhos,
Fundão(1976)
(1976)
Lavacolhos, Fundão
Caixa
Bombo
para terminar
Entrada da Flauta e do Canto
3
3
3 fi
r
r
r
÷ 42 ‰ . œ œ@œœœ œ œ@ œ! œ! ‰ . œ œ@œœœ .. œœ@œ! œ! œ œ@ œ! œ! ‰ . œ œ@œœœ œ œ@ œ! œ! ..
÷ 42 œ Œ
œ Œ œ œœ .. œ œœE œœE œ Œ œ œœ œ Œ ..
3
fi
r
÷ œ œ@ œ! œ! ‰ .œ œ@œœœ œ Œ
÷œ Œ
Flauta
travessa
œ œœ œ Œ
a)
œ œ œœœœ œ œ
œ
œ œ œœœœœ œ
3
%
##
œ
œ
† œ œ œ œ œ œ œœœ
Œœœœœ
œ
œ œ œ œ œ œ œ
3
B
#
† # œ
†
2ª vez
A
3
## 2 %
† 4 ‰ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œœœ œ œ œœœœ œ œœœœ œ œ œ œ
#
† # œ
##
a)
42 œ Œ œ Œ œ œ œ .. œ œœE œœE œ œ œ œ Œ .. œ Œ
1ª vez
Outra "MODA"
(Bombo)
œ œ œœœœ œ œ
œ
%
C
œ œ œœœœœ œ œ
œ
œ œ œœœœœ œ
3
œ
œ œ œ œœ œ œ œœ œ œ œœœœ
fi % CODA
œ œ œœ œ œ œ œ œ œ œœ œ œ œ œ œ œ Œ œ
NOTA:
A ordem de repetição das frases A , B e
C é arbitrária; para finalizar,
œ
œ Œ
fi e CODA.
Canto e Flauta, são independentes; apenas respeitam a entrada no início do ostinato, retomando ad libitum.
As CODAS da Flauta, Caixas e Bombos, são o Final.
EXEMPLOS MUSICAIS
371
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 372
# 2
j œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œœ j j
& 4 œj .. Jœ Jœ œ œ œ Jœ J J
J J
J J
JJ œ œ œœ
Ó
&
#
A - na vem
ve - r(i), ó
j œ œ œ
œ. œ J J
der, ai
la - ri - ló
œ
-
A - na vem
ve - r(i) o
fo - go no
1ª vez
j
j j
œ Jœ œ œ œ œ ˙ ˙
lé - la,
Ó Ana vem ver
ò Ana vem ver
o fogo no mar
e os peixes a arder
ai larilóléla, ó Ana vem ver
ó
A - na vem
mar
e os
pei-xes ar -
∑ ∑ Œ . j ..
œ ˙
2ª vez
ver.
Ó
Senhora Maria
senhora Maria
o seu galo canta
e o meu assobia
ai larilóléla, senhora Maria
ver.
Ao alto, ao alto
ao alto, ao alto
quanto mais acima
maior é o sal
ai larilóléla, ao alto, ao alto
EM 14. PANDEIROS
EM
PANDEIROS
E. V.14.
de Oliveira
/ B. Pereira
E.V.
de Oliveira
B. Pereira
D. Morais
/ R. /Vaz
D. Morais / Rui Vaz
14.1. TOQUE DE PANDEIRO E FERRANHOLAS
14.1. TOQUE
DE PANDEIRO
E FERRANHOLAS
Moimenta,
Vinhais
(1960/63)
Moimenta, Vinhais (1960/63)
Ferranholas
Pandeiro
1ª vez
(q ≈ ¡ºº)
.. œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ
÷ 44 ∑
÷ 44 œ œ œ œ .. œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ
2ª vez
œ .. œ œ Œ ..
œ .. œ œ Œ ..
— De cima para baixo
— De baixo para cima
14.2.OOLILARÉ,
LILARÉ,COM
COM OS
OS CINCO
CINCO SENTIDOS
14.2.
SENTIDOS
Moimenta,
(1960/63)
Moimenta,Vinhais
Vinhais
(1960/63)
,
U
j
‰œ œ
&
(e)-jo,
,
bb j j j j j j œ œ œ œ œj œ œ œ œ Uœ
V œ œ œ œ œ œ œ. œ J J
JJ
Tempo rubato (e ≈ ¡¡™)
bb
Mulheres
j
œ
J œ Jœ œ œ œ œ n œ œ
quan - do pas - so pe - la ru - (u) - a,
j
œ
J œ Jœ œ œ œ œ n œ œ
1. O pri-mei-ro que é ver, a coi-sa qu'eu mais de-se - jo, quan - do pas - so pe - la ru - (u) - a,
>œ œ
>œ œ j œj >j
b nœ œ bœ œ j
œ
œ
.
.
.
b
Œ
Œ
Œ
b
œ
œ
(
)
& J
J J J J œ œ œ œ œ œœ
J œ œ ˙ œ
sem - pre jul - go que te ve - jo.
Li- la - ré-(é), e_ai
li- la - ré - (é) li - la-ró.
j
>
“
>
>
j œ œ œ œ b œ ~ œ œ œ œ œ œj œ œj œ >j
b n œœ œœ b œ œ j
.
Œ
b
œ œœ
V J
J œ œ ˙ œ œ œ JJ J J J
sem - pre jul - go que te ve - jo.
372
Li - la- ré-(é), li - la - ré
e_ai
li- la - ré - (é) li - la-ró.
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
&b
b
Vb
b
Page 373
˙˙
..
..
˙
..
..
>
>
>
>1ª vez
>ad. libitum
5 œ œ œ œ œ œ œ œ 68 œ . œ . œ œ œ .. œ .
68 œ . œ œ œ .. œ . œ . œ œ œ œ . œ . œ œ œ 16
÷
O primeiro que é ver
a coisa que eu mais desejo
quando passo pela rua
sempre julgo que te vejo
li-ra-lé ...
O terceiro que é cheirar
um raminho d'alecrim
peço-te amor da minh'alma
que não te esqueças de mim
li-la-ré ...
o segundo que é ouvir
eu de si não ouço nada
quando ouço mal de si
fica-me a cor demudada
li-la-ré ...
O quarto que é gostar,
eu de si sempre gostei
desde que nasci até agora
sempre por si aguardei
li-la-ré ...
D.C.
O quinto que é apalpar
menina, os meus anseios
desejava de saber
porque são tais arreceios
li-la-ré ...
14.3. ALVÍSSARAS À RESSURREIÇÃO
14.3. ALVÍSSARAS À RESSURREIÇÃO
Lousa,
CasteloBranco
Branco
Lousa, Castelo
(q»¡¡§)
œ œ
3
& 4 œ œ Jœ J
1. Al
-
vi
-
œ œ œ œ œ œ Jœ œ œ œ ˙
J JJ
ssar', al - vi - ssar',
al
-
˙.
vi - ss'ras d'a-le - gri - a
÷ 43 œ œ œœ œ œ œ œ œœ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ (etc...)
,
œ œ œ Jœ Jœ . Rœ œ . Jœ œ œ œ œ Jœ œ œ œ ˙
˙
&
J
J JJ
-
(a)
˙.
-
(a) -
Adufe
(a).
Al - vi - ss'ras à Se - nho - ra a - (l) - vi - ss'ras d'a-le - gri - a
& ˙
(a).
j
÷ œ œœœ ‰
˙.
-
(a)
˙.
-
(a)
˙
-
(a).
Alvíssaras, alvíssaras
alvíssaras de alegria
O seu amado filho
ressurgiu ao meio dia
}
bis
Alvíssaras à Senhora
alvíssaras de alegria
Aleluia, aleluia,
aleluia com fervor
}
bis
Aleluia, já é festa
ressurgiu Nosso Senhor
EXEMPLOS MUSICAIS
373
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 374
Notas Explicativas
1. Viola amarantina
Os dois trechos foram tocados a solo, para exemplificar a função de acompanhamento
deste instrumento em grupos instrumentais. Tocado de «rasgado» pela mão direita
que no seu movimento ascendente apenas faz vibrar as 3 primeiras cordas, a digitação
da mão esquerda e a própria afinação estão perfeitamente adaptadas a tocar os acordes
que são o suporte harmónico de actuações musicais que duram várias horas.
Os melhores tocadores são os que conseguem reforçar a secção rítmica dos grupos
(bombo, ferrinhos, violão, etc.) ao mesmo tempo que com oportunidade introduzem
motivos melódicos curtos, num quase «ponteado».
O violeiro Domingos Machado, de Tebosa/Braga, com a viola braguesa, consegue tirar
partido de cada uma das afinações deste instrumento (que pouco difere da viola
amarantina) para tocar de «ponteado» o repertório minhoto, com melodia e
acompanhamento.
As setas que aparecem na tablatura, indicam se o «rasgado» é ascendente ou
descendente.
2. Viola beiroa
Manuel Moreira, talvez o último tocador de viola beiroa, utilizava uma técnica de
mão direita com utilização do polegar para os «bordões» de «requintas» e do indicador
em movimento de vaivém — dedilho — para as «fundeiras», «segundas» e «toeiras».
O movimento ascendente ou descendente do indicador e a ornamentação da mão
esquerda fraseiam a melodia. Na «Senhora da Póvoa» (2.2) há uma predominância
do «dedilho» ascendente, enquanto em «Parabéns e serenata aos noivos» (2.3), a
alternância ascendente/descendente do «dedilho» nos desenhos em semi-colcheias
só é interrompida por movimentos ascendentes quando é necessária uma acentuação
para guiar o canto, ou para finalizar, no último verso.
3. Viola beiroa
A «Dança das Virgens» (3.2) é tocada numa guitarra portuguesa afinada uma terceira
menor ascendente em relação à viola beiroa de Manuel Moreira, sem «requintas».
Estamos talvez perante um caso em que se substituiu um instrumento por outro, que
adoptou a mesma afinação e técnica instrumental, o que justifica a sua inclusão
neste local.
Na «Dança dos Homens» (3.1), a afinação das «bandurras» beiroas, só se explica,
para nós, pela comodidade para a mão esquerda de formar os acordes que a mão
direita pulsa de «rasgado».
374
07. Exemplos Musicais
16.11.01
23:44
Page 375
4. Viola campaniça
Pouco podemos acrescentar ao que o livro já nos diz sobre a forma de tocar este
instrumento. Se nos é possível comparar as gravações que conhecemos de Manuel
Moreira com a viola beiroa e Jorge Montes Caranova com a viola campaniça,
encontramos neste uma maior utilização da escala em toda a sua extensão e um
andamento mais vivo, com passagens muito rápidas no desenho melódico sobre as
«primas», «segundas» e «toeiras» que realiza a duas vozes paralelas em intervalo de
terceiras, sempre que possível.
Pedro Caldeira Cabral, em gravações recentes de colaboração com o cantor Vitorino,
utiliza a viola campaniça que nas suas mãos reencontra uma sonoridade só possível
pelo seu perfeito domínio deste instrumento. Em «Não há terra que resista», (1979 —
Edição Orfeu) a viola campaniça está incluída na música com o mesmo título na face 1;
e na face 2, em «Diz a laranja ao limão», procura-se restituir uma gravação feita por
Ernesto V. Oliveira e Benjamim Pereira (1960/63) com Jorge Montes Caranova.
Em «Romances» (1981 — Edição Orfeu) a viola campaniça é tocada em «D. Filomena»
e em «Indo eu por i abaixo».
5. Cavaquinho
Bernardino da Silva toca quase que exclusivamente na afinação indicada, que designa
por «antiga» e lhe permite percorrer toda a extensão da escala, em passagens de
grande virtuosidade.
A mão direita toca de «rasgado», segundo uma técnica própria do instrumento, o
«varejamento», que é feito com o polegar e indicador (e/ou médio, e/ou anelar,
e/ou mínimo, consoante os tocadores) em posição rígida que no movimento
ascendente ou descendente da mão pulsam sucessivamente as cordas, mantendo uma
amplitude constante no movimento da mão que articula pelo pulso e cotovelo.
Conseguem assim os bons tocadores criar a ilusão de não haver interrupção no fluxo
sonoro, pela isocronia e rapidez dos ataques dos dedos, em cada movimento
ascendente ou descendente.
As pausas e acentuações, são feitas por interrupção súbita do movimento ou por
aumento de velocidade de um dos movimentos para o dobro. Ainda por divisão
ternária em tempos de divisão binária e vice-versa.
O exemplo transcrito, que escolhemos entre os mais simples de realizar neste
instrumento, tem indicada na tablatura as direcções ascendente ou descendente do
«varejamento», que faz soar cada acorde 2 ou 3 vezes, consoante o número de dedos
usados, o que não anotámos por complicar, sem vantagem, a escrita musical.
Júlio Pereira, no disco «Cavaquinho» (1981 — Edição Sasseti) faz uma utilização
quase exaustiva das possibilidades do «varejamento».
EXEMPLOS MUSICAIS
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07. Exemplos Musicais
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6. Guitarra
A técnica da mão direita em guitarra portuguesa, consiste na utilização do dedo
indicador em movimento de vaivém — «dedilho» —, para tocar a melodia; e do
polegar, em movimento descendente, para o acompanhamento.
Na técnica de Coimbra, o «dedilho» é utilizado de acordo com o princípio de articulação
forte/fraco (ascendente/descendente) e nos acordes são normalmente utilizados dois
dedos em movimentos opostos (polegar descendente — indicador ascendente).
Na técnica de Lisboa o «dedilho» é utilizado indiferentemente.
Exemplo:
&
œœ
œ œœœ œœœ œ œ
Coimbra
Lisboa
A técnica da guitarra de Coimbra segue os princípios de utilização do «dedilho»
comuns na prática dos tocadores populares de violas portuguesas, herdeiros dos
violistas Ibéricos do Renascimento.
A guitarra com a afinação de Coimbra transpõe uma segunda maior abaixo do efeito escrito.
7. Chula
Como «forma musical, instrumental, vocal e coreográfica», banalizada por inúmeros
agrupamentos que talvez abusivamente a usam para designar algumas das suas
músicas e danças, a transcrição das duas chulas, de Arnoia (7.1) e Tabuado (7.2),
por apresentarem um instrumental completo (sem recorrer a harmónicas e
concertinas) revela uma interessante textura musical, pela complementaridade dos
vários instrumentos. Se a alternância dos acordes de tónica e dominante, que
estrutura a secção de acompanhamento aos instrumentos solistas e voz, delimita as
possibilidades harmónicas, deixa, por outro lado, campo livre à rabeca, violão
assurdinado e cantores que com grande virtuosidade tocam os interlúdios
instrumentais e se adaptam às variações introduzidas por qualquer deles, mesmo
quando acontece um engano.
Transcrevemos em (7.1.1) e (7.2.1) a 1.ª viola de Arnoia e a viola de Tabuado que
completam a informação dada em 1. sobre a viola amarantina.
Optámos por transcrever apenas algumas das variações dos instrumentos solistas,
não anotando ainda as diferenças que o canto apresenta, quando procura para cada
verso ou frase as acentuações e figuração rítmica mais adequadas às palavras que
sempre se destacam com nitidez e correcção. A secção de acompanhamento, pelo seu
376
07. Exemplos Musicais
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carácter repetitivo, apenas figura no início.
Em Arnoia, a «Festada» era constituída por Francisco da Mata, rabeca; Sepriano
Coelho, violão assurdinado; António da Cunha, 1.ª viola; Francisco Gonçalves, 2.ª
viola; Francisco Coelho, violão solto; António Coelho, ferrinhos; Francisco Teixeira,
bombo; cantador, Sepriano.
Em Marco de Canaveses, por Fernando da Cunha «major», rabeca; Álvaro da Silva
Coelho, violão assurdinado; Alexandre Napoleão Moreira, viola; Joaquim Moreira,
ferrinhos; Manuel de Oliveira, bombo; cantadeira, Maria da Glória Vieira.
8. Instrumentos de Tuna
Deve-se a Bernardino Nascimento a inclusão de dois quartetos inéditos para dois
bandolins, bandola (ou bandoleta) e bandoloncelo, que pertencem a uma série
de arranjos feitos sobre músicas publicadas no Cancioneiro Popular Português de
M. Giacometti e Fernando Lopes Graça (nos 119 e 205).
«’Stando eu a coser» (8.1) é uma Xácara da Quaresma recolhida por Francisco Serrano
entre 1913/20. A «Mourisca de S. João de Braga» (8.2) foi recolhida por Gonçalo
Sampaio entre 1890/1933(?).
O 1.º bandolim, em (7.1) toca a sua parte em «trémulo», com o plectro.
Os dois bandolins afinam em mi4 -lá3 -ré3 -sol2; a bandola, em lá3 -ré3 -sol2 -dó2;
o bandoloncelo em lá2 -ré2 -sol1 -dó1.
As partes de bandola, que habitualmente se lê em clave de dó na 3.ª linha, foram
escritas em clave de sol na 2.ª linha, com indicação de 8.ª grave.
Com o «Quarteto Zimarlino»: Bernardino Nascimento, que o dirige e toca o 1.º bandolim;
José Grazina, 2.º bandolim; Eduardo Marques, bandola; Analide Ferreira, bandoloncelo,
dominam um repertório adaptado a estes instrumentos, com que têm percorrido o
país, tocando em centros culturais e museus, entre outros locais. A sua colaboração
com grupos de Teatro, tocando a música ao vivo no decorrer dos espectáculos, é
considerada exemplar pela qualidade das actuações e escolha do repertório.
Referimos ainda a gravação em disco do Grupo de recolha e Divulgação de Música
Popular Portuguesa da J.M.P., «Almanaque», do trabalho «Descantes e Cantaréus»
que inclui em algumas músicas o bandolim; permitimo-nos destacar uma Quadrilha
do Douro Litoral, com a indicação de ser tocada «...tal qual a colhemos, incluindo os
bordões do violão» (1978 — Edição Valentim de Carvalho).
9. Sanfona
«A sanfona de há muito desapareceu completamente do nosso País sem quase deixar
rasto...». Com esta frase começa o capítulo dedicado a este instrumento neste livro.
Recordamos tê-la sublinhado quando em 1968 a lemos, por nos alertar para o que
poderia acontecer a tantos outros instrumentos.
EXEMPLOS MUSICAIS
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07. Exemplos Musicais
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Escrevemos a Xavier Garrote, director da Escola de Gaitas de Santa Maria de
Ortigueira (A Coruña), solicitando a sua colaboração. Na volta do correio, chegavam
as músicas aqui publicadas, com a indicação de pertencerem ao «Cantigueiro de
Castro Sampredro», onde têm respectivamente os números 468, 469, 470 e 471.
Devemos-lhe ainda a indicação das várias afinações usadas, bem como a extensão
deste instrumento.
Transcrevemos do texto que acompanha o duplo álbum (2 discos) sobre a «Escola de
Gaitas» (1980 — Edição Guimbarda DD-22035/36), algumas das suas realizações,
esperando que o seu exemplo seja seguido entre nós:
(...) - Taller-Escola de Gaitas e zanfonas, dirixido polo Mestre-artesán Antón Coral,
os seus obxetivos son: formar novos artesáns, mellora-la calidade dos instrumentos
(gaitas, pitos, zanfoñas, etc.) é recuperar instrumentos xa perdidos, como o charrasco.
- Clases gratuitas de solfeo, gaita, zanfona e demais.
- Recopilación de música pra gaita, zanfoña, etc., contando xa con unhas 600
partituras. En Novembro do 79, fizose unha xuntanza cos grupos de gaitas de
toda Galicia cateima de atopar solucións, estímulos, sistematización da nossa
música tradicional de gaita.
- Departamento de fotografia de instrumentos populares.
- Dende o mes de novembro de 1979, conta tamén cun grupo de «Zanfonas, pitos
e requintas» e un «Grupo de baile», que xa acompañan ó grupo de gaitas nas suas
actuacións.
10. Gaita-de-foles
A transcrição de música de gaita-de-foles em notação musical põe problemas de difícil
resolução, pela quase impossibilidade de anotar o que para alguns autores são
«...faltas de entoação (verdadeiras desafinações)» e para Lopes Graça «...verdadeiras
escalas microcromáticas... que, além do mais, são frequentes na música vocal» como
se lê neste livro, no capítulo dedicado à gaita-de-foles.
Com uma extensão limitada, que nos exemplos transcritos não ultrapassa o âmbito
de uma nona, o que importa, como aliás acontece com outros aerofones, são as
digitações que derivam de um compromisso entre as possibilidades de cada
instrumento, o repertório que habitualmente toca e a forma como se fazem as notas
«picadas», os acentos e as ornamentações.
Resolvemos por isso não sobrecarregar os textos musicais com muitas indicações que
dificultariam, sem resolver completamente, a restituição dos trechos musicais, por
estarmos certos que os interessados poderão recorrer às gravações originais que se
encontram no Museu Nacional de Etnologia, corrigindo assim os erros que cometemos.
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07. Exemplos Musicais
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A transposição de todos os trechos para o âmbito de dó4 a ré5, visa facilitar aos
executantes a sua leitura. A exemplo do que hoje se faz na Galiza, a gaita-de-foles
é tratada como instrumento transpositor, indicando-se no início se a música era ou
deve ser tocada num instrumento em ré, dó ou si b.
Enrique Otero Covelo, em Leccións de Gaita (ed. Galaxia, Vigo, 1978) sistematiza os
procedimentos de escrita e técnica instrumentais que aqui utilizamos.
Não nos foi possível infelizmente comparar as digitações usadas pelos gaiteiros nas
músicas transcritas, pelo que optámos por indicar a digitação utilizada actualmente
nas gaitas galegas. A construção ou recuperação de instrumentos portugueses, com
características que lhes são próprias, não deve no entanto ser esquecida, por serem
os únicos que permitem uma restituição fiel do repertório tradicional.
†
w bw nw w #w w
w
#
w
w
#
w
w
#w w #w
Mão esquerda
P
I
M
A
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
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●
●
❍
●
●
●
❍
●
●
❍
●
●
●
❍
❍
●
❍
●
❍
●
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
Mão direita
I
M
A
Mi
●
●
●
●
●
●
●
❍
●
●
❍
●
●
●
❍
❍
●
❍
●
❍
●
❍
❍
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❍
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●
●
●
●
❍
❍
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❍
❍
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❍
❍
❍
❍
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❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
Um dos procedimentos técnicos utilizados pelos gaiteiros portugueses, muito frequente
em notas longas (que indicamos com «mmm», que não é o mesmo que «trmmm») é
o «picado», que lhes permite uma articulação e subtil variação de intensidade e timbre,
sem modificar a altura do som. Otero Covelo, na obra citada (p. 20), diz-nos ainda:
«...A gaita é un instrumento de sonido continuado ou permanente, anque en
determinados momentos se corte o son por ter que acompañar a outros
instrumentos ou conxuntos.
Na maioría dos instrumentos, sexan de boquilla ou cana, o picado faise cun
pequeno golpe de língua. Mentras que na gaita ese mesmo afecto hai que facelo
cos propios dedos.
A maioría das persoas que escriben pra este instrumento fano desvirtuando o picado,
escribindo un mordendo dunha nota cun sonido superior à nota real, que pode
darse por bon pro que en realidade non o é.
Dos moitos segredos que ten a gaita, un dos principais é o punteado. Por ser
instrumento de sonido permanente, poderíamos decir que as melodias sempre
están ligadas. Pero toda nota que sexa do mesmo nome e esteña á mesma altura
ten que ser quitada por ser nota repetida.
EXEMPLOS MUSICAIS
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07. Exemplos Musicais
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Na gaita existen tres maneiras de facer o picado: picado, picado ligado e acento.
Este último depende da pulsación do dedo que fai o picado.
Picado da man dereita. Todas as notas que facemos coa man dereita, que son Do,
Re, Mi, e Fa, pícanse co dedo número seis según a escala numera da, ou sexa co
dedo do La que pertence á man ezquerda.
Picado da man ezquerda. As notas Sol e La pícanse co dedo n.º 7, ou sexa ca
posición do Si. O Si, co último dedo, ou sexa ca posición do Re. O Do con tres
dedos ao mesmo tempo que pertencen ás posicións Sol, La e Si. E o Re, que é a
última nota, cos catro dedos da mesma man ao mesmo tempo.
Picado ligado. Este picado ten unhas características moi especiais xa que se ten que
facer ca maioria dos dedos que nese momento están abertos. A primeira nota do
punteiro é quizais na que non podemos usar este termo, ainda que tampouco se
adoita facer cadencia sobre dela por ser nota de paso e resolver na tónica. A
segunda nota, que é o Re, faise co maimiño. O Mi cos dous primeiros dedos. O Fa
cos tres. O Sol cos catro. O La cos cinco. O Si cos seis, ou cos dous primeiros dedos
da man ezquerda. O Do cos tres dedos desta mesma man. E o Re, que é a última
nota, cos catro dedos. O picado que facemos con máis dun dedo ten de ser
simultáneo e preciso no momento de facelo pra non desfigurar o sonido».
11. Flautas
A flauta de tamborileiro de três furos, subordina-se a princípios acústicos comuns a
instrumentos idênticos que já na Idade Média eram usados na Europa. Anthony
Baines, em Woodwind Instruments and their History (Londres, 1957, pp. 224 e 225)
diz-nos que «...as notas fundamentais da flauta de tamborileiro podem-se tocar, mas
não são muito usadas. A escala começa uma oitava acima, com o 2.º harmónico e
continua, por intensidade de sopro, pelo 3.º, 4.º e 5.º harmónicos e mesmo mais.
Neste instrumento, o intervalo maior entre dois registos é de uma quinta, do 2.º para
o 3.º harmónico, pelo que os três furos são suficientes para se conseguir as notas
necessárias para fazer uma escala. Fica assim uma mão livre para segurar a baqueta
do tamboril».
Só nos foi possível verificar a digitação da «Alvorada» de Barrancos (11.3), que
transcrevemos:
bw
w
w
w bw
w
&
w
w
w bw
Polegar
●
●
●
❍
●
●
●
●
●
●
●
●
Indicador ●
●
❍
❍
●
●
❍
●
●
●
●
●
❍
❍
●
❍
❍
●
❍
●
❍
Médio
●
2º harmónico
380
w
w
❍
3º harmónico
4º harmónico
5º harmónico
●
6º harm.
07. Exemplos Musicais
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Para a restituição de repertório de flauta de tamborileiro, adoptámos a digitação
apresentada por David Munrow em Instruments of Middle Ages and Renaissance
(Oxford U.P., 1976, pp. 13 e 14):
w
w
bw
nw
w
w
w
w
w
w
w
w
●
●
●
❍
●
●
●
●
●
●
●
❍
Indicador ●
●
❍
❍
●
●
❍
❍
●
●
●
❍
●
❍
❍
❍
●
❍
●
❍
●
❍
●
❍
&
Polegar
Médio
2º harmónico
3º harmónico
4º harmónico
5º harmónico
- os círculos negros indicam os furos tapados e os brancos os abertos;
- as notas indicadas na tabela, devem ser procuradas por digitação adequada a
cada instrumento, tirando partido das combinações possíveis entre furos abertos,
fechados e semi-abertos;
- o repertório para este instrumento poderá seguir o procedimento já adoptado na
gaita-de-foles, considerando-o instrumento transpositor. Deverá sempre indicar-se
a afinação do instrumento original.
A flauta travessa, usada em «Vitória» (11.4), «Ó Virgem das Necessidades» (11.5) e
«Moda do Bombo» (13.6) é a de seis furos. A «Chula de Gôve» (11.6) é tocada numa
flauta de sete furos, sendo o sétimo tapado com o polegar.
A digitação de um instrumento em ré de seis furos (a mais comum) é dada pela tabela
seguinte:
#
† # w
w
w
w
w
w
nw
aw
w
Mão esquerda
I
M
A
●
●
●
●
●
●
●
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●
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●
●
●
●
❍
●
❍
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●
Mão direita
I
M
A
●
●
●
●
●
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●
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❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
●
●
●
As notas não indicadas na tabela, devem ser procuradas por digitação adequada a
cada instrumento, tirando partido das combinações possíveis entre furos abertos,
fechados, semi-abertos, e de digitação cruzada.
A digitação da 2.ª oitava, exceptuando a 1.ª nota, é igual à da 1.ª oitava.
EXEMPLOS MUSICAIS
381
07. Exemplos Musicais
16.11.01
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A ocarina é uma flauta globular de bisel. A digitação do instrumento usada na
«Chula» (11.7) tem a nota fundamental em sol.
Mão direita
Mão esquerda
10
10 — polegar
4 — indicador
3 — médio
2 — anelar
1 — mínimo
1
2
●
3
●
8
4
● ●
9
●
&w
w
w
w
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
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●
●
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●
●
●
●
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●
●
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❍
●
●
●
●
●
●
●
❍
❍
❍
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
8 — polegar
7 — indicador
6 — médio
5 — anelar
9 — mínimo
5
●
6
7
●
●
w
w
w
w
w
w
w
●
●
●
●
●
●
❍
❍
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●
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❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
12. Palheta
O instrumento tocado por José dos Reis, tem a digitação indicada na tabela:
† #w
w
#w
w
w
#w
Mão esquerda
I
M
●
●
●
●
●
●
●
●
●
❍
❍
❍
Mão direita
I
M
A
●
●
●
●
●
❍
●
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
❍
13. Tambores
Nos três exemplos transcritos, dá-se a conhecer uma ínfima parte do repertório destes
instrumentos, a necessitar de uma maior atenção em trabalhos futuros.
A utilização de tambores e caixas em (7.1), (7.2), (10.1), (10.5) e (10.6) completa
382
07. Exemplos Musicais
16.11.01
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Page 383
os exemplos deste capítulo, que deve ser acompanhado por uma leitura atenta do
texto respectivo no livro, onde se indica a técnica adequada a cada um deles,
conforme as regiões e os grupos instrumentais.
Em (13.1) e (13.2) as acentuações indicadas nas caixas e bombos são da maior
importância. Da sua execução correcta, depende por vezes a diferença entre duas
músicas aparentemente iguais.
Em alguns grupos, a execução das músicas é dirigida no momento da realização por
um homem, que com uma «moquinha» transmite toda uma série de sinais que todo
o grupo conhece, permitindo a mudança rápida para um novo motivo, que pela sua
diferença do anterior (alterações de andamento, de acentuações, de divisão dos tempos,
de compasso, etc.) demonstra a virtuosidade dos executantes e do grupo.
Deve-se a Luís Pedro Faro e a Rui Vaz o estudo e realização de muitas músicas para
esses instrumentos com o Grupo de Acção Cultural, de que se encontram gravados
em disco alguns exemplos nos trabalhos «... E Vira Bom» e «Ronda da Alegria»
(Edição G.A.C., Lisboa, 1977).
14. Pandeiros
Lê-se no capítulo dedicado ao pandeiro neste livro, que este se toca «...com grande à
vontade, ciência e inventiva, numa extraordinária riqueza e variedade de ritmos por
vezes muito complexos, rigorosamente exactos para cada música», descrevendo-se
ainda com pormenor os preceitos técnicos para a boa execução do instrumento.
Nos exemplos transcritos, a divisão das frases entre as mãos direita e esquerda é
indicada pela colocação das figuras sob e sobre a linha, respectivamente.
Completam a informação, os trechos musicais (10.2), (11.4) e (11.5).
EXEMPLOS MUSICAIS
383

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