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Transcrição

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ENTRE.
A CASA É SUA.
AQUI VOCÊ BUSCA O CONHECIMENTO,
DEBATE NOVAS IDEIAS,
PARTICIPA DE UM CONVÍVIO INTENSO.
AV. EPITÁCIO PESSOA, 1.164 • LAGOA • RIO DE JANEIRO, RJ
CEP: 22.410-090 • TEL.: (21) 2227-2237 (222SABER)
[email protected] • WWW.CASADOSABER.COM.BR
“Feliz aquele que transfere o que sabe
e aprende o que ensina.”
Temos a alegria e o orgulho de entregar a você mais um catálogo da CASA DO
SABER Rio, desta vez contendo a programação do primeiro semestre de 2010.
Resultado, como sempre, de um trabalho criterioso e dedicado, por exigir
planejamento, logística, sensibilidade e informação para apostar, com razoável
precisão, nos clássicos de todos os tempos que mereçam releituras e revisitas,
ou na eleição dos temas que melhor expressem este início da segunda década
de um novo século – no planeta, no Brasil e na nossa cidade. É quando,
então, o nosso processo de trabalho (“plano de voo”, como o apelidamos
na intimidade) chega à pergunta-chave: a quem será confiada a tarefa de
encantar os alunos?
Excelente oportunidade para lembrar a essencialidade dos professores,
ou melhor, dos nossos parceiros preciosos. Por melhores, mais oportunas ou
mais desafiadoras que sejam nossas criações, elas não ganhariam forma sem
eles. Sua força, suas diferenças, seus particularismos, suas dúvidas dão mais
pertinência à frase da poeta Cora Coralina reproduzida na epígrafe e são
o que explica o contagiante – e crescente - fervilhar das tardes e noites da
CASA DO SABER Rio há oito semestres.
Embora pouco combine com o nosso estilo nominá-los aqui neste espaço,
não dá para ficarmos quietos num momento em que dois acontecimentos
particularmente festivos marcam as vidas de dois dos nossos professoresfundadores: o 80o aniversário do mestre Ferreira Gullar e a eleição – em
primeiro escrutínio – de Cleonice Berardinelli para ocupar uma cadeira
na Academia Brasileira de Letras. (Ambos, é claro, têm lugar diferenciado
na nova programação).
A cada entrega semestral de um conjunto de cursos e especiais com a
magnitude do nosso, a tensão e o cansaço dão lugar ao sentimento prazeroso
de oferecer um presente feito à mão. Que reflita uma entusiasmada retribuição
à confiança, tempo e recursos dedicados por mais de 14 mil alunos. E – quem
sabe? – possa atrair os que ainda não descobriram as estradas cada vez mais
largas e surpreendentes que os professores são capazes de construir, semestre
a semestre, com os sócios, diretores e equipe da CASA DO SABER Rio.
Descubra-os com a delicadeza daquelas situações em que não há quase
supérfluos para limar.
ARMANDO STROZENBERG
ANA CECILIA IMPELLiZIERI MARTINS
Pelo Conselho Diretor
DIREÇÃO de Conteúdo
Esta programação e este catálogo
são dedicados à memória de
Ricardo Fainziliber.
O mais jovem e, talvez, o mais doce dos sócios da CASA DO SABER RIO faleceu
no final de 2009, após uma corajosa luta de anos contra uma doença que se
revelou invencível.
Ricardo, porém, pouco desperdiçou do seu curto tempo entre nós. Nem em
quantidade, nem em intensidade. Conheceu o mundo. Amou de paixão o Rio:
praia, periferia, Jobi, Marquês de Sapucaí, Uma vez Flamengo, sempre
Flamengo. O seu estilo muito particular se manifestava desde a roupa que
usava até a estética que elegia, o novo que o intrigava, o cutting-edge que o
movia. Admirou Steven Jobs e Bill Gates, mais particularmente, Warren Buffett.
Ligou-se à literatura do alemão Hermann Hess. Na ciência, era fascinado por
Stephen Hawking. Identificou-se com a mensagem espiritual de Dalai Lama.
O projeto político de Barack Obama fez a sua cabeça. Na música, o que o tocava
eram o samba, o rock, as marchinhas, o hip-hop. Aprendeu com os pais a
apreciar (e a entender) a arte contemporânea, curtiu o trabalho dos artistas
brasileiros Beatriz Milhazes e Vik Muniz; descobriu (antes dos pais) a arte
urbana, através do graffiti do paulistano Titi Freak; lá fora, gostava da proposta
pop de Andy Warhol e Roy Lichtenstein, da videoarte de Bill Viola e da street
art de Shepard Fairley. No esporte, Ayrton Senna e Lance Armstrong sempre o
encantaram, mas foi Felipe Massa quem ocupou a pole de ídolo mais recente.
Foi, acima de tudo, um raro amigo de seus amigos: entre uma batalha e outra
que travou, o que mais lamentava era o fato de não poder estar mais tempo
perto deles, de não poder ouvi-los tanto quanto queria, nem poder dar-lhes toda
a atenção, nem aconselhá-los “com alguma sabedoria”, como dizia.
Na memória dos sócios, diretores e equipe da CASA DO SABER RIO ocupam
lugar especial as perguntas inesperadas, as observações engraçadas, as
sugestões diferenciadas, os olhares de espanto diante de algumas histórias
que ouvia de seus pares mais velhos. E, em especial, as muitas manifestações
ruidosas de seu orgulho irrestrito por este nosso projeto desde que foram
apresentados um ao outro. Parafraseando aquela letra de Dia branco, parceria
de Geraldo Azevedo e Renato Rocha que tanto o emocionava, nós também
podemos afirmar: como fez para tantos outros, Ricardo Fainziliber nos prometeu
– e trouxe – o sol.
Saudades, menino.
QUEM SOMOS
A CASA DO SABER é um centro de debates e disseminação
do conhecimento, no Rio de Janeiro e em São Paulo,
que permite o acesso à cultura de forma clara e envolvente,
porém rigorosa e fiel às obras dos criadores.
Em um ambiente extra-acadêmico, a CASA DO SABER oferece
cursos livres, palestras e oficinas de estudo nas áreas de Artes
Plásticas, Ciências, Cinema, Filosofia, Literatura,
História, Música, Pensamento Contemporâneo e Psicanálise,
reunindo renomados professores e conferencistas.
As palestras e os cursos, estes com duração de um a três meses,
em encontros de duas horas, apresentam o diferencial de serem
ministrados em pequenos grupos para promover a troca de ideias
e uma maior interação entre os participantes e os mestres.
CARTA DE
PRINCÍPIOS
POR UM SABER SEM DOGMAS
O saber é um meio de aprimorar o ser humano: pressupõe o debate,
o embate democrático e a diversidade de ideias.
PELA PRESERVAÇÃO E USUFRUTO DA CULTURA
É uma necessidade do ser humano, em busca do crescimento,
absorver, traduzir e entender a riqueza cultural existente.
PELA CRIAÇÃO DE UM CENTRO DE TROCA
A CASA DO SABER é um lugar privilegiado de troca de conhecimento.
Aqui se resgata e se estimula o debate entre as diferentes áreas
do saber. Aqui se acredita que o saber se transmite de forma
mais eficiente por meio do intercâmbio e do diálogo.
POR UMA LINGUAGEM CLARA, ACESSíVEL E RIGOROSA
A linguagem e a metodologia devem ser claras, eficazes e facilitadoras
de acesso e apreensão do conhecimento. A linguagem deve estimular
a conversa, a curiosidade e o prazer da reflexão.
POR UM CONTATO ENRIQUECEDOR
A CASA DO SABER é também um centro do prazer de pensar,
de se expressar e de aprender.
CONSELHO RIO DE JANEIRO
CONSELHO DIRETOR
ALEXANDRE RIBENBOIM
ARMANDO STROZENBERG
ELISABETE CARNEIRO FLORIS
ILANA STROZENBERG
JORGE CARNEIRO
LUIZ EDUARDO VASCONCELOS
MARCOS P. Q. FALCÃO
PATRICIA FAINZILlBER
direção DE CONTEÚDO
ANA CECILIA IMPELLlZIERI MARTINS
Direção de operações
LILIAN GHITNICK ARCALJI
CONSELHO SÃO PAULO
DIRETOR CONSELHEIRO
MARIO VITOR SANTOS
CONSELHO DIRETOR
ANA MARIA DINIZ
CELSO LODUCCA
GABRIEL CHALlTA
JAIR RIBEIRO DA SILVA NETO
LUIZ FELIPE D’ÁVILA
MARIA FERNANDA CÂNDIDO
PIERRE MOREAU
CASA DO SABER
NA EMPRESA
A CASA DO SABER desenvolve atividades exclusivas para empresas
interessadas em investir na ampliação dos horizontes de seus
profissionais. Os programas podem abranger diversas áreas
de conhecimento, em diferentes formatos e durações. Ministradas
com a qualidade característica dos cursos da CASA DO SABER, essas
aulas especiais podem acontecer na empresa, em nossa sede na Lagoa,
na filial Barra ou em outro espaço definido de comum acordo.
A CASA DO SABER oferece seu espaço
para reuniões de trabalho internas ou com seus
parceiros comerciais e para eventos em geral.
Com excelente localização, possui ambientes
confortáveis, salas equipadas com aparelhos
de projeção e som e estrutura para coffee-break.
Mais informações pelo e-mail:
[email protected].
EVENTOS
E REUNIÕES
Para mais informações, visite: www.casadosaber.com.br/empresas
ou mande e-mail para [email protected].
CARTÃO PAIDEIA
UNIVERSALIS
A CASA DO SABER desenvolveu um cartão
exclusivo que garante ingresso em todos
os cursos, palestras e eventos da programação
do primeiro semestre de 2010. Com ele, é possível
compor um conjunto de cursos mais amplo
e adequado aos diversos interesses do aluno.
Para isso, basta adquirir o Paideia Universalis
(R$ 5 mil) e comunicar sua presença
na aula com até duas horas de antecedência.
A edição é limitada a dez cartões.
Presenteie Pensamento, Arte, Filosofia, História,
Ciências, Psicanálise. Invista na formação, na
informação e na transformação. A CASA DO
SABER preparou vales que dão acesso aos cursos.
Apresentados em embalagens especiais, indicam o
título do curso escolhido ou representam um valor
que poderá ser convertido em aulas.
Para conhecer os cursos que serão
oferecidos durante o 1º semestre,
acesse o site www.casadosaber.com.br.
CASA DO SABER
NA TRAVESSA
BARRASHOPPING
VALE-PRESENTE
Para conhecer os cursos que serão oferecidos
durante o 1º semestre, acesse o site
www.casadosaber.com.br.
FORMAs DE
PAGAMENTO
A seguir, relacionamos as diversas opções de pagamento:
À VISTA
Pode ser feito através de cartão de crédito (Visa, Amex ou Mastercard),
cartão de débito (Visa ou Mastercad), cheque ou dinheiro.
PARCELADO
A divisão de parcelas é realizada de acordo com as premissas de cada curso
e por meio de cheques pré-datados, feitos na inscrição (as parcelas seguintes
à da inscrição podem ser datadas para períodos consecutivos de 30 dias
após o início do curso). O pagamento também pode ser feito com cartão
de crédito (Visa, Amex ou Mastercard), mas, nesse caso, as parcelas mensais
contam a partir da data da inscrição.
TELEFONE
Os pagamentos efetuados através de cartão de crédito (Visa ou Amex)
podem ser feitos por telefone. Nesse caso, o canhoto do cartão
e o recibo serão entregues ao aluno no primeiro dia do curso.
DESCONTO
Correntistas do Grupo Santander Brasil (Banco Santander e Banco Real)
têm 10% de desconto no valor de um (1) curso, de livre escolha, ao longo do
semestre. Para obter o desconto, o aluno deve ser correntista e efetuar o
pagamento com cheque próprio do Banco Santander ou do Banco Real.
INTERNET
Você já pode solicitar a sua pré-inscrição em qualquer um de nossos
cursos através da internet. Acesse www.casadosaber.com.br,
escolha o curso e preencha o formulário de reserva.
• Não serão permitidas inscrições para aulas avulsas.
Em caso de dúvida, por favor, entre em contato conosco:
[email protected] / (21) 2227-2237/ 222SABER.
Se você cancelar a inscrição no curso com mais de 15 dias de antecedência
em relação à primeira aula, receberá um reembolso integral do pagamento
efetuado à CASA DO SABER. Caso o cancelamento ocorra entre 15 dias
e 48 horas antes do início do curso, o reembolso será de 50% do valor pago.
Após as últimas 48 horas que antecedem o início do curso, não haverá
restituição, porém você poderá indicar outra pessoa para ocupar o seu lugar
na classe (nossos cursos têm vagas limitadas e a eventual desistência
de última hora dificultará a oferta da vaga a novos alunos).
1. Para melhor controle mútuo, o cancelamento de cursos deve ser feito
por escrito, via e-mail, para: [email protected], ou via
fax, pelo tel.: (21)2227-2237, a/c da Gerência Administrativa e Financeira.
2. O curso poderá ser cancelado pela CASA DO SABER na hipótese
POLÍTICAS DE
CANCELAMENTO
de não atingir o número mínimo de inscrições. Nesse caso, os valores
já pagos pelo aluno serão integralmente restituídos.
PROFESSORES
ADRIANA CALCANHOTTO
AGNALDO FARIAS
ALBERTO CARLOS ALMEIDA
ALEXANDRE garcia
ALEXANDRE JORDÃO
ALTAIR MARTINS
ANA BEATRIZ AZEVEDO
ANA BEATRIZ BARBOSA SILVA
ANA MONTES
ANDRÉ MARTINS
ANDRÉ MIDANI
ANTONIO CARLOS SECCHIN
ANTONIO DIAS
ANTONIO LAVAREDA
ARNALDO BLOCH
AUTERIVES MACIEL JR.
Bernardinho
bernardo paz
Beto Largman
CARLA RODRIGUES
CARLOS ARTHUR NUZMAN
CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO
CARLOS CONTENTE
CARLOS ROBERTO OSÓRIO
Carolina Dubeux
Celio Alzer
Chico Caruso
ClAudio Manoel
CLEONICE BERARDINELLI
DANIEL GARCIA
danielA labra
Daniela Ocampo
DANILO MARCONDES
DANTE LETTI
Dalcácio da Gama Reis
Demétrio Magnoli
DOM ORANI TEMPESTA
DUDA MENDONÇA
EDMAR BACHA
EDUARDO BERLINER
EDUARDO ROZENTHAL
EVANDO NASCIMENTO
FABIO BARBIRATO
fábio carvalho
FELIPE PRAZERES
MÁRCIO SCALERCIO
felipe scovino
MARCIO UTSCH
Fernando Caruso
MARCO ANTONIO COUTINHO JORGE
Fernando Henrique Cardoso
MARIA CRISTINA FRANCO FERRAZ
FERREIRA GULLAR
MARIA SILVIA BASTOS MARQUES
GENETON MORAES NETO
MIRIAM HALFIM
GILBERTO CHATEAUBRIAND
MÁRIO EDUARDO COSTA PEREIRA
HANS DONNER
MARY DEL PRIORE
HECILDa FADEL
MAURÍCIO PARADA
HÉLIO DIAS FERREIRA
Merval Pereira
ISABELA FERNANDES
Israel Blajberg
IVAN ZURITA
IZABEL ALEIXO
JOÃO ARAÚJO
JOÃO BRAGA
João de Souza Leite
João Henrique Barone
João Pedro Paes Leme
JOAQUIM PAIVA
JORGE BASTOS MORENO
JOSÉ AUGUSTO PÁDUA
JOSÉ MÁRCIO CAMARGO
JOSÉ OLYMPIO PEREIRA JR
JOSÉ THOMAZ BRUM
JÚLIO CÉSAR POMPEU
KEILA GRINBERG
KLEBERSON CAETANO
LAURA RÓNAI
LEONARDO GRYNER
LEILA LONGO
Leo Jaime
Miguel Paiva
Mônica Martelli
NELSON MOTTA
NINA SAROLDI
OCTAVIO BONET
OSWALDO GIACOIA JR.
Othon Bastos
paulo herkenhoff
paulo venancio filho
pedro karp vasquez
PEDRO VARELA
rachel aisengart menezes
RAFAEL HADDOCK-LOBO
RICARDO SONETO
ROBERTA SUDBRACK
rodrigo moura
Ronaldo Serôa da Motta
ROSANA SUAREZ
RUI RODRIGUES
SANDRA EDLER
SANDRA NISKIER FLANZER
Sérgio Besserman vianna
SERGIO FADEL
LIPE PORTINHO
SERGIO GUIMARÃES FERREIRA
LUCIA LAGUNA
Suzana Apelbaum
LUIZ ALBERTO OLIVEIRA
TATIANA BLASS
luiz camillo osório
THIAGO ROCHA PITTA
Luiz Paulo Horta
VILLAS-BôAS CORRÊA
MALVINE ZALCBERG
VINICIUS ANDRADE PEREIRA
MARCEL GOTTLIEB
Virgilio Gibbon
MARCELO BACKES
ZECA MARETZKI
Marcio Mac Culloch Jr.
Ziraldo
Márcio Botner
ZUENIR VENTURA
ÍNDICE
DOS CURSOS
1° SEMESTRE DE 2010
especial
1celebrando gullar
PALAVRA, MÚSICA E IMAGEM NOS 80 ANOS DE UM MESTRE
ferreira gullar, adriana calcanhoto, ANTONIO CARLOS secchin
2os valores do esporte
como elemento transformador
bernardinho entrevistado por joão pedro paes leme
3crise política x sociedade em movimento
fernando henrique cardoso
4o designer DE maior audiência do planeta
hans donner
5o que é que essa gaúcha tem para deleitar
as papilas cariocas?
roberta sudbrack
6e a belíndia, como vai?
edmar bacha
7antonio dias, um artista contemporâneo no mundo
antonio dias
8o que é raça?
demétrio magnoli
9 Música & disco. PASSADO, PRESENTE, FUTURO
DE um casamento em crise
joão araújo, andré midani, nelson motta
10como o rio 2009 ganhou a rio 2016. e agora?
carlos arthur nuzman, carlos roberto osório, leonardo gryner
11desta vez, quem entrevista o ibope somos nós
carlos augusto montenegro
12 A nova voz da igreja no rio
Dom orani tempesta
13 VINHO COM SABER
celio ALZER
pensamento
14os sentiDOS da beleza - na história e hoje
O OLHAR DE KANT, HEGEL, umberto eco e jean-françois lyotard
evando nascimento
15 AMOR FATI: o segredo da afirmação que cria
AUTERIVES MACIEL JR.
16filosofia e literatura
UM DIálogo para expandir o pensamento e a criação
maria cristina franco ferraz
17o desamparo na vida moderna
É possível o equilíbrio entre o que buscamos e
o que encontramos?
sandra niskier flanzer
18nietzsche e o cômico
a crítica irreverente à filosofia
rosana suarez
19 PARA ACABAR COM O JUÍZO
VIDA E LIBERDADE NO PENSAMENTO DE SPINOZA,
NIETZSCHE, ARTAUD E KAFKA
AUTERIVES MACIEL JR.
20a paixão em um mundo globalizado
freud, os furos da rede e a aranha da web
mário eduardo costa pereira
21uma filosofia do futuro
oswaldo giacoia jr.
22 à sombra do espetáculO
Um debate sobre depressões contemporâneas
nina soroldi, sandra edler
23alegria em psicanálise
alexandre JORDÃo
24entre a psicanálise e a filosofia
interseções e limites para o tratamento
do sujeito contemporâneo
auterives maciel jr., eduardo roZenthal
25os novos laços amorosos
malvine zalcberg
26mulheres na filosofia
carla rodrigues, rafael haddock-lobo
27as grandes obras da filosofia
pensadores e ideais que marcaram a história
danilo marcondes
28os sentidos do trabalho - DEVER OU VÍCIo?
nina saroldi
29o lugar da fantasia na psicanálise
marco antonio coutinho jorge
30 ENTRE A INDIVIDUALIDADE E o individualismo
reflexões sobre liberdade, solidão, egoísmo e altruísmo
júlio césar pompeu
31a arte de viver da fé
crença, magia e religião
andré martins
32plotino, o teórico do êxtase
josé thomaz brum
história, ciências e atualidade
33corpo: sensações e sentimentos
perspectivas na contemporaneidade
octavio bonet, rachel aisengart menezes
34faces do amor na história
mary del priore
35a tecnologia da segunda guerra mundial
as invenções que mudaram o rumo do maior conflito
armado da história
Israel blajberg, marcio MAc culloch jr., joão henrique barone
coordenação: beto largman
36o problema da matéria pensante:
sistemas complexos, inteligência e cultura
luiz alberto oliveira
37segredos da mente
o funcionamento mental nos transtornos do comportamento
ana beatriz barbosa silva
38uma revisita ao mundo dos economistas
a análise econômica diante das questões da modernidade
josé márcio camargo
39a comunicação na ERA TRANS
eu transo, tu transas, ele transa?
suzana apelbaum
40uma leitura ecológica da história do brasil
josé augusto pádua
41os senhores do século xx
CHURCHILL, ROOSEVELT, DE GAULLE, STÁLIN
maurício parada
42roma: de césar a augusto
a crise da república romana e seus grandes personagens
Márcio scalercio
43 judeus no brasil
keila grinberg
44egito antigo: cosmovisão e política
ana montes
45criação, produção e consumo em tempos
de sustentabilidade
dalcácio da gama reis
46 entretenimento, comunicação e cultura
a hora e a vez dos m.e.d.i.a
vinicius andrade pereira
47os profissionais de marketing político
estrategistas, criadores ou “bruxos”?
duda mendonça, antonio lavareda e rui rodrigues
48grandes jornalistas políticos
histórias da política brasileira
villas-bôas corrêa, jorge bastos moreno, geneton moraes neto, zuenir ventura, alexandre garcia, merval pereira
49 A mitologia grega e a mulher
isabela fernandes
50tempo para viajantes
uma (não tão breve) história do tempo
luiz alberto oliveira
51violência e informalidade no rio.
dá para encarar?
sergio guimarães ferreira
52 O que passa na cabeça do brasileiro
alberto carlos almeida
53os executivos brasileiros
ivan zurita, maria sIlvia bastos marques, marcio utsch,
fábio carvalho, dante letti
54 (eco)nomia. O valor do clima na agenda
brasileira e global
Sérgio besserman vianna, ronaldo serôa da Motta,
virgilio gibbon, carolina dubeux
55mitos e verdades na educação:
da primeira infância à adolescência
UM MODELO DE EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI
fabio barbirato
56os sentidos do design no contemporâneo
joão de souza leite
Artes
57a arte do design: ART NOUVEAU e bauhaus
hélio dias ferreira
58violino: um panorama afetivo
A história e O repertório do instrumento que atravessa
os tempos entre o clássico e o popular
felipe prazeres
59fernando pessoa
seu drama em gente, ou em almas
cleonice berardinelli
60 O universo artístico europeu na primeira
metade do século xix
hélio dias ferreira
61 Stand-ups em casa
Direção: fernando caruso, daniela ocampo
62 A cultura da moda
joão braga
63quem tem medo de música clássica?
uma abordagem crítica para quem tem vergonha de criticar
laura rónai
64a literatura que virou cinema
marcelo backes
65nova arte nova
quem são ALGUNS Dos artistas que se destacam no cenário
da arte contemporânea brasileira
lucia laguna, eduardo berliner, carlos contente,
thiago rocha pitTa, tatiana blass, pedro varela
66clássicos do jazz ao vivo
grandes obras da música recriadas em aulas-show
ana beatriz azevedo, lipe portinho, daniel garcia,
kleberson caetano, altar martins, zeca maretzki
67as primeiras estórias do sertão
trilhando as veredas de guimarães rosa
iZabel aleixo
68a arte de colecionar arte
as grandes coleções e colecionadores brasileiros
gilberto chateaubriand, josé olympio pereira jr.,
hecilda e sergio fadel, bernardo paz, joaquim paiva
69uma viagem pelo universo da ópera
grandes obras e interpretações ontem e hoje
marcelo gottlieb
70a produção cultural e artística
do século xix ao xx
uma passagem crítica pela modernidade, pelo modernismo
e pelo pós-modernismo
leila longo
71 OS GRANDES EXPOENTES DA ARTE
MODERNA BRASILEIRA
hélio dias ferreira
72a grande canção americana
ricardo soneto
73 humor a sério
miguel paiva com claúdio manoel, leo jaime, ziraldo,
mônica martelli, chico caruso
74de sófocles a kafka
a literatura dá aula de psicologia
marcelo backes
75a obra e o tempo de william shakespearE
miriam halfim
76crônica: a liberdade da escrita
arnaldo bloch
77 UM OLHAR SOBRE A ARTE CONTEMPORÂNEA NO MUNDO
BIENAL DE VENEZA, DOCUMENTA DE KASSEL E BIENAL DE SÃO PAULO
AGNALDO FARIAS
especial
1
CELEBRANDO GULLAR
PALAVRA, MÚSICA E IMAGEM NOS 80 ANOS DE UM MESTRE
especial
FERREIRA GULLAR, ADRIANA CALCANHOTTO, ANTONIO CARLOS SECCHIN
Esse encontro único celebra um dos maiores nomes da cultura brasileira,
junto a dois de seus maiores interlocutores e admiradores.
Parte da belíssima, engajada, consistente e multifacetada trajetória de Ferreira
Gullar será aqui revisitada. Por meio da música, de imagens e pelo mais vigoroso
instrumento do seu ofício como poeta: a palavra.
Mais que um festejo imperdível, um programa obrigatório e prazeroso.
FERREIRA GULLAR. Poeta, ensaísta e crítico de arte. Recebeu em 2005 o Prêmio
Machado de Assis da Academia de Letras (ABL) pelo conjunto de sua obra.
É autor de diversos livros de poesia, como A luta corporal, e de crítica de arte,
com destaque para Argumentação contra a morte da arte e Relâmpagos, que reúne
textos sobre artistas como Michelangelo, Picasso, Calder e Iberê Camargo.
Escreveu o Manifesto Neoconcreto e presidiu a Fundação Nacional de Arte
(Funarte). É colunista regular do jornal Folha de S.Paulo. Professor e parceiro
da CASA DO SABER Rio, desde a sua inauguração.
ADRIANA CALCANHOTTO. Compositora, cantora e escritora. Nasceu em Porto Alegre,
Rio Grande do Sul, onde iniciou, nos anos de 1980, a carreira musical. Em 1989
mudou-se para o Rio de Janeiro, onde vive. Amante da poesia, tem nove discos
lançados, canções gravadas por grandes intérpretes da Música Popular Brasileira,
um livro, cinco cachorros e duas gatas.
ANTONIO CARLOS SECCHIN. Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Doutor em Letras pela UFRJ. Professor de Literatura Brasileira das Universidades
de Bordeaux (1975-1979), Roma (1985), Rennes (1991), Mérida (1999), Nápoles
(2007), Paris-Sorbonne (2009) e Faculdade de Letras da UFRJ. Recebeu diversos
prêmios nacionais e escreveu livros, artigos e ensaios sobre poesia,
sua especialidade. Foi o organizador de Obras completas de Ferreira Gullar,
lançado em 2009.
03 MAR > quarta-FEIRA, ÀS 20H
R$ 100,00
2
Bernardinho entrevistado por João Pedro Paes Leme
É cada vez maior a percepção do poder do esporte como ferramenta preciosa
no processo educacional e de inclusão social. Através de sua prática se pode
aprender a ganhar, mas também a perder. A superar limites, mas respeitando
regras. A fazer o ponto individualmente, mas comemorando coletivamente.
Alta performance com fortes valores éticos. É nisto que ele acredita. E é sobre
como opera, na prática, esta sua crença que Bernardinho – técnico campeoníssimo
do vôlei brasileiro e também idealizador do Instituto Compartilhar – vai conversar
e debater, nesse encontro raro com a platéia da CASA DO SABER RIO e com um
dos jornalistas esportivos mais respeitados do país.
BERNARDO ROCHA DE REZENDE. Técnico da Seleção brasileira masculina de vôlei e
da equipe feminina Unilever, hexacampeã brasileira em 2008/2009. Integrou como
atleta a “geração de prata” do voleibol, que consagrou e difundiu a modalidade
no Brasil ao conquistar medalha de prata no Campeonato Mundial de 1982 e
nos Jogos Olímpicos de Los Angeles de 1984. Hoje é uma referência de sucesso
no Brasil e um dos palestrantes mais requisitados no meio empresarial. Seu
livro Transformando suor em ouro vendeu mais de 30 mil exemplares desde o
lançamento. Engajado em causas sociais, em 2003 fundou o Instituto Compartilhar,
entidade sem fins lucrativos que atualmente atende a mais de 5 mil crianças
e adolescentes com projetos socioesportivos e educacionais por todo o Brasil.
JOÃO PEDRO PAES LEME. Jornalista e escritor. Participou da cobertura de vários
eventos esportivos internacionais (quatro Jogos Olímpicos de Verão e dois de
Inverno; quatro Jogos Pan-Americanos; duas Copas do Mundo de futebol e
sete temporadas de Fórmula 1). Foi correspondente da TV Globo em Londres
(1999-2000) e Paris (2005-2008). É diretor executivo da Central Globo de Esportes.
04 MAR > quinta-FEIRA, ÀS 20H
R$ 180,00*
*O valor deste encontro será integralmente revertido para o Instituto Compartilhar.
Para outras doações e informações acesse www.compartilhar.org.br
especial
OS VALORES DO ESPORTE COMO
ELEMENTO TRANSFORMADOR
3
CRISE DA POLÍTICA x SOCIEDADE EM MOVIMENTO
especial
Fernando Henrique Cardoso
Professor, desde sempre, apaixonado pela sala de aula traz uma – oportuna –
reflexão sobre o paradoxo entre uma sociedade cada vez mais aberta e inteligente
e a política com todas as imperfeições que ela comete diante de nós.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO. Professor da USP, senador da República
(1983 a 1992), ministro das Relações Exteriores (1992), ministro da Fazenda
(1993 e 1994), presidente da República por duas vezes (1994 a 2002).
Membro dos Conselhos da Clinton Global Initiative (New York), do World Resources
Institute (Washington), da Brown University (Providence), do Thomas J. Watson Jr.
Institute for International Studies e da United Nations Foundation. Listado entre os
100 Pensadores Globais da revista Foreign Policy (2009/2010). Presidente de honra e
cofundador do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Presidente do iFHC.
08 MAR > SEGUNDA-FEIRA, ÀS 20H
R$ 100,00
4
O DESIGNER DE MAIOR AUDIÊNCIA DO PLANETA
Desde que criou a marca da Rede Globo, há 36 anos, poucos meses depois de ter
desembarcado no Rio, com apenas 25 anos de idade e um diploma da vienense
Hohere Graphische Bundeslehr-und-Versuchsanstalt debaixo do braço, sem
conhecer ninguém e sem falar uma palavra em português, Hans Donner entrou
na maioria dos domicílios brasileiros para nunca mais sair. Afinal, ele é também
o designer responsável pela concepção, produção e animação de centenas de
chamadas, vinhetas e peças de abertura de programas da emissora.
É praticamente o introdutor na mídia eletrônica de massa da então revolucionária
técnica tridimensional que acabou influenciando a identidade visual das maiores
redes de TV do mundo. E também o designer de vários produtos, entre os quais o
relógio Timension, seu xodó. No nível pessoal, Hans se casou com uma de suas
mais célebres criaturas (a Globeleza), Valéria Valenssa, hoje mãe de seus dois
filhos brasileiros.
Essa trajetória, que mais parece um conto de fadas, é o tema de um encontro
muito especial e, com certeza, alucinante, pela qualidade do material audiovisual
que seu piloto trará na bagagem.
HANS DONNER. Nasceu em Wuppertal, Alemanha. Entre outras, são criações
suas as aberturas das novelas Caminho das Índias, Senhora do destino, Belíssima,
América, Beleza pura; dos jornalísticos Fantástico, Jornal Nacional, Jornal da Globo,
Bom-Dia Brasil, Jornal Hoje, Globo Repórter. Criou a marca e a identidade visual
da rede de TV portuguesa SIC.
31 MAR > QUARTA-FEIRA, ÀS 20H
R$ 90,00
especial
HANS DONNER
5
especial
O QUE É QUE ESSA GAÚCHA TEM PARA DELEITAR
AS PAPILAS CARIOCAS?
ROBERTA SUDBRACK
Foram extraordinariamente intensos os 18 anos de trajetória dedicados à culinária
por Roberta Sudbrack, uma inquieta autodidata gaúcha de Porto Alegre.
Trajetória que inclui o comando pioneiro, por uma chef, da cozinha mais
importante do país, a do Palácio da Alvorada, em Brasília, onde teve a
oportunidade de ver suas criações elogiadas por centenas de chefes de Estado,
entre presidentes, príncipes, reis e rainhas. E que resultou, em seguida, numa das
maiores coleções de prêmios de gastronomia, a partir da sua saborosa decisão de
se entregar aos encantos do Rio.
A inventividade, a consistência, a delicadeza com que trata os ingredientes
nacionais, ao mesmo tempo que mantém sábia distância dos excessos dos clichês
regionais sem perda do senso de brasilidade, são alguns dos traços que explicam
e justificam o seu sucesso.
Ouvir de Roberta Sudbrack como a sua comida contrasta com o exagero
das misturas que retiram os gostos naturais do alimento, de que forma ela
garante a leveza repleta de texturas, aromas e beleza que deliciam os sentidos,
como se formou o seu rigor técnico e sobre que critérios se fundamenta a escolha
da matéria-prima e dos produtos que utiliza – eis alguns dos segredos que esse
encontro especial promete revelar.
ROBERTA SUDBRACK. Integra a seleta lista francesa de Top Chefs of the World
2009/2010. Seu restaurante, situado no Jardim Botânico, figura entre os melhores
do mundo, segundo a revista Food & Wine. Entre os prêmios mais recentes
constam: Melhor Chef do Brasil 2009/2010, Guia 4 Rodas; Melhor Restaurante de
Alta Gastronomia 2009/2010, revista Veja; Melhor Chef do Brasil 2009/2010, revista
Época; Chef do Ano 2006 e 2007, revista Gula; Chef do Ano 2006, revista Veja;
Chef do Ano 2004, 2006 e 2007, Guia Danusia Barbara de Restaurantes; Chef do Ano
Brasil – Prêmio Brasil de Gastronomia, 2007; Melhor Chef 2006 e 2007, jornal
O Globo; Melhor Chef 2005 e 2007 – Prêmio Água na Boca, jornal O Globo; Melhor
Restaurante Contemporâneo 2006, 2007 e 2008, revista Veja; Melhor Restaurante
Contemporâneo 2005, 2006, 2007 e 2008, revista Gula; Campeão dos Campeões,
Melhor Restaurante Contemporâneo 2007, revista Gula.
07 ABR > QUARTA-FEIRA, ÀS 20H
R$ 90,00
6
E A BELíNDIA, COMO VAI?
Em 1974, no auge do regime militar, quando era chefe do Departamento
de Economia da Universidade de Brasília, Edmar Bacha cunhou um neologismo
de rara e precisa oportunidade. Veio a público pela primeira vez no semanário
Opinião, em julho de 1974, num artigo intitulado “O economista, o Produto Interno
Bruto e o rei da Belíndia”. Depois foi republicado no livro de ensaios Os mitos de
uma década, sob um novo título: “O economista e o rei da Belíndia: uma fábula
para tecnocratas”.
De fato, Belíndia – uma junção do prefixo Bel (de uma Bélgica rica e equilibrada)
+ Índia (com a sua forte imagem de pobreza e desigualdade) – era uma fábula
sobre o crescimento econômico brasileiro com concentração de renda no período
dos governos militares.
Desde então, o Brasil mudou muito: a democracia voltou, a inflação estabilizou, o
crescimento foi retomado. A distribuição de renda também melhorou. Mas muitos
problemas permanecem e se intensificam, como impostos altos, serviços públicos
deficientes, falta de segurança pública.
Afinal, como vai a Belíndia hoje? Para responder a essa pergunta e a muitas
outras, esse encontro especial conta com a reflexão de um dos mais inquietos,
experientes e mais bem preparados pensadores econômicos do país.
EDMAR BACHA. Diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica da Casa das
Garças desde outubro de 2003. Consultor sênior do Banco Itaú BBA. Foi membro
da equipe econômica do Plano Real, presidente do BNDES, do IBGE e da ANBID,
professor titular da PUC-Rio, UFRJ, UnB e FGV-Rio, professor visitante das
Universidades de Columbia, Yale, Berkeley e Stanford, pesquisador associado do
IPEA, MIT e Harvard. Bacharel em Economia pela Universidade Federal de Minas
Gerais e Ph.D. em Economia pela Universidade de Yale.
14 ABR > QUARTA-FEIRA, ÀS 20H
R$ 90,00
especial
EDMAR BACHA
7
especial
ANTONIO DIAS, UM ARTISTA
CONTEMPORÂNEO NO MUNDO
ANTONIO DIAS
Ele é um dos maiores nomes da Arte Contemporânea brasileira, autor de uma
intensa, marcante e consagrada produção em diversos suportes, desenvolvida a
partir dos anos de 1960, que o transformaram em referência.
Vivendo na Europa desde 1966, Dias, como é conhecido lá fora, ou Antonio Dias,
como o conhecemos aqui, jamais abriu mão de manter uma relação atenta e ativa,
não apenas com os artistas e a produção das Artes Plásticas brasileiras, mas
também com os mais relevantes temas do debate político-cultural do seu país.
É com grande orgulho que a Casa do Saber RIO oferece a oportunidade de
conhecer melhor o pensamento, a visão sobre a arte atual (incluindo a sua própria)
e a trajetória de um artista que é hoje um dos principais nomes brasileiros da Arte
Contemporânea mundial.
ANTONIO DIAS. Nasceu em Campina Grande, Paraíba. No fim da década de 50,
muda-se para o Rio de Janeiro, onde estuda Gravura com Oswaldo Goeldi, no
Atelier Livre de Gravura da Escola Nacional de Belas-Artes. Nos anos de 1960
participa da coletiva Opinião 65, no MAM-RJ, e expõe na legendária IV Bienal
de Paris, ganhando o Grande Prêmio de Pintura. Muda-se para a Europa, fixa
residência e trabalho em Milão. Participa de dezenas de exposições coletivas
e individuais na Europa, nos Estados Unidos, no Japão e no Brasil, recebendo
diversos prêmios. Suas obras integram importantes coleções brasileiras e
internacionais – de museus e particulares.
28 ABR > QUARTA-FEIRA, ÀS 20H
R$ 95,00
8
O QUE É RAÇA?
No começo, raça era apenas nação: um grupo humano que percorre a
sua própria trajetória no firmamento do tempo. O mito contemporâneo da raça
configurou-se somente há dois séculos, com o racismo científico. O seu paradigma
é a busca da pureza, expresso em leis antimiscigenação: ele opera pela separação
dos corpos e das descendências. Incorporado ao mundo da política, serviu ontem
para a perpetuação de privilégios e, hoje, fantasiado de multiculturalismo, é uma
ferramenta para fabricação de clientelas eleitorais. Esse encontro especial vai
refletir sobre essa interrogação que atravessa a História e se apresenta como
ponto crucial para os debates político e social contemporâneos.
DEMÉTRIO MAGNOLI. Sociólogo, mestre e doutor em Geografia Humana
pelo Departamento de Geografia da FFLCH-USP e pesquisador do Grupo
de Análises de Conjuntura Internacional (GACINT) da USP. É autor, entre
outros, do livro Uma gota de sangue – história do pensamento racial .
Foi colunista semanal da Folha de S.Paulo entre 2004 e 2006. Atualmente,
é colunista de O Estado de S. Paulo e O Globo. É integrante do Conselho Editorial
da revista Interesse Nacional.
29 ABR > QUINTA-FEIRA, ÀS 20H
R$ 95,00
especial
Demétrio Magnoli
9
especial
Música & disco. PASSADO, PRESENTE, FUTURO
DE um casamento em crise
JOÃO ARAÚJO, ANDRÉ MIDANI com NELSON MOTTA
••2 AULAS
Ao oferecer esse curso de dois encontros muito especiais, a intenção é
explicitamente dupla: homenagear dois executivos de uma indústria ainda pujante
mas cujo fim, por mais paradoxal que pareça, já teria ano, dia e hora anunciados, e
ampliar o conhecimento sobre seus extraordinários percursos e suas
vastas experiências.
São eles:
João Araújo, criador da gravadora Som Livre, sinônimo de grandes vendagens da
produção nacional, incluindo as famosas trilhas de novelas, e cujos 40 anos de
fundação estão sendo comemorados este ano.
André Midani, que aqui aportou por acaso fugindo da ameaça de ter que participar
de uma guerra da França na Argélia com a qual não concordava, fez história ao
dar espaço gravado à bossa nova, a uma geração de baianos geniais, a sambistas
brilhantes e ao lançamento do rock brasileiro.
E ninguém melhor que Nelson Motta para moderar e tornar ainda mais
memoráveis esses raros encontros que a CASA DO SABER RIO tem o prazer
de promover.
JOÃO ARAÚJO. Trabalhou nas gravadoras Copacabana, Odeon, Philips/Polygram e
RGE. Fundou e presidiu, no Brasil, em Portugal e na Itália, o Sistema Globo de
Gravações (SIGLA) e o Sistema Globo de Edições Musicais (SIGEM), empresas
controladas do selo Som Livre. Foi presidente da Associação Brasileira
de Produtores de Discos (ABPD) em cinco mandatos. Foi diretor-geral da Globo
Group, em Los Angeles. Recebeu os Grammy Latino e Life Achievement pela sua
contribuição à música.
ANDRÉ MIDANI. Trabalhou nas gravadoras Decca francesa, Odeon, Imperial e
Capitol (México e EUA). Presidiu a Philips/Polygram (Brasil) e Warner (Brasil,
América Latina). Nomeado pelo ministro Gilberto Gil, atuou como ComissárioGeral do Ano do Brasil na França (2005). É membro do Conselho da IFPI –
Federação Internacional dos Produtores de Discos. Foi considerado pela revista
Billboard um dos 90 profissionais mais importantes da história da indústria
mundial de discos. É autor do livro Música, ídolos e poder – Do vinil ao download.
NELSON MOTTA. Jornalista, compositor, produtor musical e autor de livros
05 mai E 06 MAI > QUARTA-FEIRA E QUINTA-FEIRA, ÀS 20H
R$ 90,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 100,00
especial
como Noites tropicais, Vale tudo – O som e a fúria de Tim Maia e Força estranha.
É articulista do jornal O Globo e colunista do Jornal da Globo, na Rede Globo.
10
especial
COMO O RIO 2009 GANHOU A RIO 2016.
E AGORA?
CARLOS ARTHUR NUZMAN, CARLOS ROBERTO OSÓRIO, LEONARDO GRYNER
A eleição da cidade do Rio de Janeiro, pelo Comitê Olímpico Internacional (COI),
como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 atraiu a atenção do mundo, o júbilo
dos brasileiros e o orgulho dos cariocas. Além dos indispensáveis e inequívocos
apoios do Governo Federal, do Governo do Estado, da Prefeitura da Cidade, dos
patrocinadores e de parte da iniciativa privada, nada mais injusto do que não
destacar o papel fundamental exercido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Três nomes podem, e devem, ser apontados como artífices dessa conquista
dentro do COB. Seu presidente, Carlos Arthur Nuzman, cuja liderança tenaz e
desejo obsessivo de colocar o Brasil no mapa da realização de grandes eventos
esportivos marcam a sua gestão desde que deixou de ser um grande atleta
para se dedicar, como dirigente, ao desporto olímpico; Carlos Roberto Osório,
que conquistou a confiança de seus pares e interlocutores como um executivo
dinâmico e competente, desde que despontou entre os que formataram a
candidatura da cidade e realizaram o Pan 2007 até chegar ao posto máximo
do Comitê Organizador da Rio 2016, mais conhecido como CO RIO. E Leonardo
Gryner, responsável há muitos anos por um dos espaços mais complexos e
estratégicos do COB – a Comunicação e o Marketing. Esse encontro especial
permitirá – a eles – revelar os detalhes que transformaram em grande vencedora
uma candidatura contra cidades com a importância de Madri, Chicago e Tóquio;
e – a nós – conhecer e melhor compreender as consequências dessa conquista,
entre elas, que papel está reservado aos moradores do Rio nesses seis anos que
nos separam da Rio 2016.
CARLOS ARTHUR NUZMAN. Advogado. Presidiu o Comitê da Candidatura da Rio 2016.
Preside o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) desde 1995. Presidiu o CO-Rio do Pan
2007. Presidiu a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Como atleta, jogou no CIB
e no Botafogo, foi medalhista olímpico em Tóquio 1964, primeira Olimpíada que
incluiu o vôlei entre as modalidades disputadas.
CARLOS ROBERTO OSÓRIO. Empresário. Foi secretário-geral do CO-Rio do
Pan 2007 e do Comitê da Candidatura da Rio 2016. É secretário-geral do Comitê
Organizador da Rio 2016.
LEONARDO GRYNER. Matemático. Foi executivo de produção jornalística da Rede
Globo de Televisão. Dirige a Olimpo, house-agency que cuida da comunicação e do
marketing do COB.
07 MAI > SEXTA-FEIRA, ÀS 19H30
R$ 90,00
11
DESTA VEZ, QUEM ENTREVISTA O IBOPE SOMOS NÓS
O nome da empresa já virou verbete de dicionário e, no dia a dia dos
brasileiros, é sinônimo de pesquisa, audiência e prestígio. Multinacional de
capital privado nacional, com operações em 12 países da América Latina e em
Miami, o IBOPE fornece há quase 70 anos um enorme conjunto de informações
e estudos sobre mídia, opinião pública, intenção de voto, consumo, marca,
comportamento e mercado.
Mais recentemente estabeleceu duas importantes parcerias estratégicas:
IBOPE Nielsen Online, que detalha o comportamento dos usuários do meio
digital, e Millward Brown do Brasil, da qual também participa o grupo britânico
WPP, que realiza estudos sob encomenda voltados para a construção e a
manutenção de marcas.
Não será a falta de assunto que irá caracterizar esse encontro especial com o
presidente do IBOPE, Carlos Augusto Montenegro. Muito pelo contrário.
Às perguntas!
CARLOS AUGUSTO SAADE MONTENEGRO. Economista. No IBOPE desde 1971, atuou
em todas as áreas da empresa, onde ocupa o cargo de presidente há 33 anos.
Além do seu querido Botafogo de Futebol e Regatas, dedica parte do seu tempo ao
Instituto Paulo Montenegro – nome de seu pai, um dos fundadores do IBOPE –, que
desenvolve e executa projetos educacionais como o Nossa Escola Pesquisa sua
Opinião (NEPSO) e Indicador de Analfabetismo Funcional (INAF), ambos realizados
em parceria com a ONG Ação Educativa.
12 mai > quarta-feira, ÀS 20h
R$ 95,00
especial
CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO
12
A NOVA VOZ DA IGREJA NO RIO
especial
DOM ORANI TEMPESTA
Mediação: Luiz Paulo Horta
Neste mês de junho faz um ano que ele recebeu o pálio das mãos do papa Bento
XVI como novo arcebispo metropolitano do Rio de Janeiro.
Bispo muito ativo e querido em Belém do Pará, de onde veio, Dom Orani
certamente não deixará de abordar nesse encontro suas primeiras reflexões e
o teor dos planos diante de um cenário complexo como o de nossa cidade, que,
em paralelo, nunca deixou de ser uma caixa de ressonância para todo o país.
O catolicismo como experiência religiosa para o homem de hoje. A visível perda
numérica que atinge o catolicismo no Brasil, que tem como correlato o avanço das
correntes chamadas evangélicas. A força do ateísmo militante diante do crescente
diálogo entre as correntes religiosas e os pensadores que não fazem tábula rasa
da religião. A entrada do Oriente no panorama cultural do Ocidente.
O ecumenismo. O papel da comunicação, sua especialidade.
Para debater esses e outros temas com Dom Orani Tempesta, a CASA DO SABER
Rio escalou o jornalista e teólogo Luiz Paulo Horta. Garantia de duas horas
especialmente densas e intensas.
ORANI JOÃO TEMPESTA. Monge de tradição monástica (cisterciense), é paulista de
São José do Rio Pardo, onde nasceu há quase 60 anos. Bacharel em Filosofia pela
Faculdade Dom Bosco, de São João Del Rei (MG). Fez os estudos eclesiásticos
na Faculdade de Filosofia do Mosteiro de São Paulo e no Instituto Teológico Pio
XI (SP). Foi o terceiro bispo de São José do Rio Preto (1997-1999) e o nono de
Belém do Pará (2004-2009). Desde 1998 é o presidente do Conselho Superior de
Comunicação Cristã (Inbrac), mantenedor da Rede Vida de Televisão. Preside a
Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação Social. Membro
do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), Conselho Permanente, e do Conselho
Econômico da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Seu lema
episcopal: “Ut Omnes Unum Sint” (Para que todos sejam um).
LUIZ PAULO HORTA. Teólogo. Editorialista, articulista e crítico de Música do jornal
O Globo. É membro da Academia Brasileira de Letras (ABL).
11 JUN > SEXTA-FEIRA, ÀS 19H30
R$ 95,00
13
VINHO COM SABER
É verdade que nunca se bebeu tão bem e por um preço tão justo quanto hoje,
no Brasil e no mundo? A competição gerada por novos produtores está tirando a
clientela da Europa? Com as novas fronteiras do vinho brasileiro, a Serra Gaúcha
está perdendo a corrida? E os enochatos, quem são e como lidar com eles?
Cada vez mais, o vinho tem o poder mágico de reunir as pessoas para exercitar
a arte da palavra e a sensibilidade de ouvir muitas e boas.
Mas há encontros e encontros. Segundo os que já viveram essa experiência,
os encontros – e as degustações – com o enólogo Celio Alzer são simplesmente
inesquecíveis.
Ele realmente conhece o assunto, nenhuma pergunta fica sem resposta e o seu
material didático é sempre muito bem produzido. Suas abordagens são tão lúdicas
que até geraram um Jogo do Vinho – kit composto por um tabuleiro, quatro meiasgarrafas e um livro com mil perguntas.
Ao estrear neste mundo fascinante, a CASA DO SABER RIO tem a certeza de que
selecionou um mestre dos mestres – rótulo que se harmoniza bem com a figura
de Celio Alzer.
CELIO ALZER. Foi produtor de rádio durante 28 anos. É consultor de vinhos e, desde
1985, professor da Associação Brasileira de Sommeliers do Rio de Janeiro, que
presidiu por dois anos. Tradutor do livro Teoria e prática da degustação de vinhos,
do italiano Giancarlo Bossi. Durante dois anos e meio, manteve, com Danio Braga,
o programa Falando de Vinhos, na Rádio JB-FM. Também em parceria com Danio
escreveu os livros Tradição, conhecimento e prática dos vinhos e Falando de vinhos.
28 JUN > SEGUNDA-FEIRA, ÀS 20H
R$ 90,00
especial
Celio Alzer
Pensamento
14
OS SENTIDOS DA BELEZA – NA HISTÓRIA E HOJE
O OLHAR DE KANT, HEGEL, UMBERTO ECO E jean-françois lyotard
EVANDO NASCIMENTO
••4 AULAS
pensamento
A partir de quatro importantes pensadores – Kant, Hegel, Umberto Eco e JeanFrançois Lyotard – e com o apoio de obras de artistas de grande expressão,
esse curso vai apresentar uma abordagem introdutória sobre os sentidos
da beleza no Ocidente, analisando como cada época e cada pensador elaboram
um conceito específico sobre o tema. Por fim, será avaliada a concepção atual
de beleza, levando em conta tanto os questionamentos do século XX quanto
as novas perspectivas do século XXI.
1 03 MAR >A QUESTÃO DO BELO E DO SUBLIME EM KANT
Referências a quadros do Renascimento, em especial a obras
de Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael.
2 10 MAR >A ESTÉTICA DE HEGEL E O IDEAL DO BELO
Referências às artes neoclássica, romântica e realista: Canova,
Jacques-Louis David, Ingres, Courbet.
3 17 MAr >UMBERTO ECO E A HISTÓRIA DA BELEZA
Referências à Antiguidade Clássica e ao Simbolismo.
4 24 MAR >jean-françois lyotard e o pós-moderno:
O QUE RESTA DA BELEZA NO NOVO MILÊNIO?
Referências a obras de Picasso, Duchamp, Hélio Oiticica
e Damien Hirst.
EVANDO NASCIMENTO. Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Completou sua formação em Filosofia na Sorbonne e na École des Hautes Études
en Sciences Sociales, ambas na França, com pós-doutorado em Filosofia pela
Universidade Livre de Berlim. É autor e organizador de diversos livros sobre
Filosofia, Literatura e Arte, como Literatura e filosofia, Derrida, Ângulos e Jacques
Derrida: pensar a desconstrução. Publica artigos e resenhas em suplementos
culturais da Folha de S.Paulo, O Globo e Jornal do Brasil. Em 2008, publicou o livro
de ficção Retrato desnatural.
QUARTAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
15
AMOR FATI: O SEGREDO DA AFIRMAÇÃO QUE CRIA
AUTERIVES MACIEL JR.
No mundo atual, onde o desânimo, a fadiga e a depressão se apresentam como
tendências incontestes, falar de afirmação pode parecer ingênuo e até mesmo
irreal. No entanto, é com Nietzsche que o tema aparece com maior contundência:
será possível querer o que fazemos, querendo igualmente que isso se repita pela
eternidade afora? Agir de acordo consigo mesmo, fazendo valer pela vontade um
modo de existência inédito é, portanto, criar condições de vida que assegurem a
nossa crença no futuro. Nesse sentido, a ética do “amor fati” pode perfeitamente
representar uma proposta válida no mundo atual, já que acreditar na vida pela
via da afirmação, dando a ela uma determinação estética, é apostar em modos
inéditos de viver.
08 MAR >NIETZSCHE E OS ESTOICOS: O PROBLEMA DO “AMOR FATI”
1
2 15 MAR >VONTADE DE POTÊNCIA E ETERNO RETORNO
3 22 MAR >A TRANSVALORAÇÃO DE TODOS OS VALORES
4 29 MAR >DIONISO E ARIADNE: O CASAL NUPCIAL DO ETERNO RETORNO
AUTERIVES MACIEL JR. Professor de Filosofia na PUC-Rio. Mestre em Filosofia pela
Uerj e doutor em Teoria Psicanalítica pela UFRJ. É autor de Os pré-socráticos –
A invenção da razão.
SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 17H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
pensamento
••4 AULAS
16
FILOSOFIA E LITERATURA
UM DIÁLOGO PARA EXPANDIR O PENSAMENTO E A CRIAÇÃO
MARIA CRISTINA FRANCO FERRAZ
pensamento
••4 AULAS
Filosofia e Literatura são campos autônomos que, colocados em relação,
são capazes de enriquecer ainda mais a percepção de mundo e o pensamento.
A proposta desse curso é promover diálogos criadores entre temas filosóficos
e textos literários brasileiros e alemães escritos por importantes autores, como
Franz Kafka, João Guimarães Rosa, Heinrich von Kleist e Machado de Assis.
Nem a Filosofia “explica” a Literatura, nem a Literatura “ilustra” a Filosofia:
ambas se aproximam em sua idêntica luta contra os clichês, utilizando, cada
uma, suas próprias armas. Experimentar esse diálogo amplia o horizonte do
sentir e do pensar.
1 09 MAR >VERDADE NA GRÉCIA ANTIGA: “O SILÊNCIO DAS SEREIAS”
(FRANZ KAFKA)
Serão retomados o antigo sentido grego de “verdade” (alétheia),
como não-esquecimento, e a lógica da ambiguidade, que regia
a palavra na Grécia Arcaica. A partir dessa temática, será discutido
de que modo a releitura feita por Kafka de uma passagem
da Odisseia enfatiza a ambiguidade e abala a racionalidade e o
regime da contradição que prevalecem no pensamento ocidental.
2 16 MAR >SER E DEVIR: “A TERCEIRA MARGEM DO RIO”
(JOÃO GUIMARÃES ROSA)
Na história da Filosofia ocidental, a visão predominante do ser
foi ancorada na fixidez e na identidade, recalcando o devir.
A partir do contraponto entre essa tradição hegemônica e a ênfase
filosófica no devir (presente em filósofos como Heráclito,
Nietzsche, Bergson, Deleuze), esse encontro irá retomar o conto
“A terceira margem do Rio”, de Guimarães Rosa, em que a âncora
é levantada e o rio transforma-se em uma terceira margem de puro
movimento e passagem.
3 23 MAR >CORPO, GRAÇA E MOVIMENTO: “SOBRE O TEATRO
DE MARIONETES” (HEINRICH VON KLEIST)
Como Bergson sublinhou, pensamos o movimento geralmente a
partir do imóvel. O corpo em movimento na Dança e o tema da graça
favorecem novas abordagens, tanto do corpo quanto do próprio
movimento. A partir dessa discussão, será apresentado o texto em
que Kleist fala sobre a graça de um corpo e sua perda a partir da
perspectiva de um bailarino.
4 30 MAR >IMAGEM E CLICHÊ: “O ANEL DE POLÍCRATES”
(MACHADO DE ASSIS)
Vivemos imersos em clichês. O conceito de imagem pode funcionar
como contraponto crítico aos clichês, tal como em Bergson e
Deleuze. No instigante conto de Machado de Assis “O anel de
Polícrates”, a potência criadora de imagens é posta em xeque, por
conta da tendência ao desgaste e ao esvaziamento das imagens
em seu uso corrente, o que tem por efeito o empobrecimento do
horizonte do que se pode dizer, sentir e viver.
MARIA CRISTINA FRANCO FERRAZ. Professora titular de Teoria da Comunicação da
UFF. Mestre em Letras pela PUC-Rio e doutora em Filosofia pela Universidade
de Paris I, Sorbonne, com estágio de pós-doutoramento no Centro de Pesquisa
em Literatura e Cultura e no Instituto Max-Planck de História da Ciência, ambos
em Berlim, Alemanha. Foi professora visitante em universidades como Paris VIII,
Saint-Denis e Saint Andrews. É organizadora da coleção Conexões, da editora
Relume Dumará, e autora das obras Nietzsche, o bufão dos deuses, Platão: as
artimanhas do fingimento e Nove variações sobre temas nietzschianos.
TERÇAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
pensamento
17
O DESAMPARO NA VIDA MODERNA
É POSSÍVEL O EQUILÍBRIO ENTRE O QUE BUSCAMOS
E O QUE encontramos?
SANDRA NISKIER FLANZER
pensamento
••4 AULAS
Vivemos em uma cultura guiada pela expectativa de felicidade e realizações.
Diante daquilo que nos falta, cada escolha porta a idealização de um encontro
pleno, irretocável, baseado na crença de uma conjunção absoluta. Entretanto,
Freud adverte que, em nossa gênese, há um desamparo fundamental: um estado
que revela a impotência do humano diante da vida, sua incapacidade frente à
tensão interna inerente à sua estrutura psíquica. Mas a cultura contemporânea
insiste em recusar o desamparo como fato de estrutura em prol de um ideal
imperativo de bem-estar, regido pelo princípio do prazer. No entanto, ao desejar
eliminar o desamparo, mais desamparado o sujeito se encontra. Esse curso
enfocará alguns aspectos dessa importante noção psicanalítica, ressaltando suas
implicações cotidianas para o sujeito moderno. Uma realidade onde todos estão
cada vez mais inseridos.
1 10 MAR >A NOÇÃO FREUDIANA DE DESAMPARO
Por que somos insatisfeitos? É possível o perfeito encaixe entre
o que buscamos e o que conseguimos? A castração como conceito
deflagrador da impossibilidade de um encontro absoluto
para o sujeito.
2 17 MAR >OS TRÊS REGISTROS: SIMBÓLICO, IMAGINÁRIO E REAL
O fracasso, na cultura, do campo simbólico. As dificuldades
do sujeito moderno: sujeição à autoridade (hierarquia necessária
à construção da cultura) e sujeição à alteridade (diferença que
atesta um lugar para o sujeito).
3 24 MAR >O DESAMPARO E O SIMBÓLICO ABORDADOS CONJUNTAMENTE
O sujeito é constitutivamente resultado de uma interdição, mas
passa a vida negando esse fato de estrutura. Consequências
da derrisão do simbólico, trazendo como efeito a sensação de
desamparo. Exemplos cotidianos de como buscamos escamotear
nossas faltas numa cultura cada vez menos tolerante à dor.
4 31 MAR >AMOR E DESEJO, HERDEIROS DE UMA PERDA
O que a Psicanálise tem a nos dizer sobre os (des)encontros
amorosos? Libido como energia de ligação e limites dos
investimentos. Entre o sujeito e o objeto há um vazio.
SANDRA NISKIER FLANZER. Psicanalista, mestre e doutora em Teoria Psicanalítica
pela UFRJ e membro do Tempo Freudiano Associação Psicanalítica.
pensamento
QUARTAS-FEIRAS, ÀS 17H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
18
NIETZSCHE E O CÔMICO
A CRÍTICA IRREVERENTE À FILOSOFIA
ROSANA SUAREZ
••4 AULAS
pensamento
Esse curso mostrará como a filosofia de Nietzsche e, em especial, a sua crítica
à Filosofia, pode ser lida nos parâmetros do cômico. Nietzsche, o grande
pensador trágico, requer o viés da comicidade para ser compreendido com mais
consistência e originalidade. Nesse caminho, será possível conhecer não apenas o
seu pensamento e olhar sobre a Filosofia, mas também algumas das relações que
travou com filósofos e escritores a partir da irreverência e do riso.
1 29 MAR >NIETZSCHE E A CRÍTICA IRREVERENTE À FILOSOFIA
O amor de Nietzsche pela Filosofia, desde a sua época de jovem
professor de Filologia nas universidades alemãs. Uma investigação
sobre a maneira como esse início marca indelevelmente seu
pensamento. Como Nietzsche se torna um filósofo itinerante? De
que maneira a sua percepção da vida acadêmica se espraia em
direção à Filosofia? Ao fazer essas perguntas, será visto como
os temas mais graves na obra de Nietzsche – niilismo, crítica da
metafísica e transvaloração de todos os valores – se articulam ao seu
elogio do riso.
2 05 ABR >O ESPELHO CÔMICO
A significação do cômico no ensaio O riso, de Henri Bergson.
O que nos faz rir e por quê? O que diferencia uma situação
terrível de uma situação cômica? O valor crítico e salutar do riso
e a exemplificação desses valores no texto de Molière. De que
maneira a crítica nietzschiana à Filosofia – que se deixa influenciar
declaradamente pela comédia molieresca – pode ser lida também,
extemporaneamente, na ótica do ensaio de Bergson?
3 12 ABR >A FILOSOFIA NO ESPELHO CÔMICO DE NIETZSCHE
As propriedades do “espelho cômico”: ampliação, duplicação,
inversão. Através dessas “propriedades”, será analisado o modo
pelo qual Nietzsche flagra célebres filósofos – de Sócrates a
Spinoza, passando por pós-kantianos, românticos e hegelianos – em
situações cômicas reelaboradas por ele. Entre os seus temas, serão
abordados: “amor à sabedoria” e as “outras mãos” dos filósofos;
“atrás da moita” – descobrir ou inventar?
4 19 ABR >“FILÓSOFOS NAS MALHAS DA LINGUAGEM” –
A ESCRITA JOCOSA
A crítica nietzschiana à Filosofia enquanto crítica da linguagem.
A “virtude dormitiva” da gramática e o “sono” dos filósofos.
Será abordada a maneira com que Nietzsche incorpora o humor
excepcional de Molière em O doente imaginário e interpreta os casos
muito especiais de René Descartes e Immanuel Kant. Ao fim do
curso serão apreciadas as caricaturas de filósofos e os aspectos da
escrita jocosa de Nietzsche.
do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO). Licenciada em Filosofia pela PUC-Rio, onde
também lecionou. Mestre e doutora em Filosofia pela UFRJ. Autora de Nietzsche
comediante: a filosofia na ótica irreverente de Nietzsche.
SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
pensamento
ROSANA SUAREZ. Professora do Departamento de Filosofia da Universidade Federal
19
PARA ACABAR COM O JUÍZO
VIDA E LIBERDADE NO PENSAMENTO DE SPINOZA, NIETZSCHE,
ARTAUD E KAFKA
AUTERIVES MACIEL JR.
pensamento
••6 AULAS
Na tragédia grega, no pensamento platônico, na tradição judaico-cristã e também
no cenário contemporâneo, a doutrina do julgamento se desenvolveu e se
consolidou. Segundo ela, a existência é sempre vista como culpada, eternamente
endividada; sofre para pagar os juros de uma dívida tornada infinita e, em certos
casos, deverá ser submetida a um julgamento final. Contra essa doutrina,
pensadores rebeldes endereçaram à humanidade seus gritos de liberdade:
Spinoza, o precursor, com a sua filosofia materialista e imoral; Nietzsche, com um
pensamento libertário que declara guerra contra Deus e as formas de vida que Ele
legitima – ressentimento e má-consciência; Artaud, combatendo o juízo de Deus
e a sua organização, e Kafka, denunciando o sistema penal e a lei. Dessa forma,
todos eles declaram guerra contra a doutrina do julgamento. Esse curso analisará
como esses homens procederam e o que pensaram a respeito da inocência da vida
e da liberdade.
1 07 ABR >O QUE É A DOUTRINA DO JULGAMENTO?
2 14 ABR >SPINOZA, O PRECURSOR: O MATERIALISMO
E O IMORALISMO DA ÉTICA
3 28 ABR >NIETZSCHE CONTRA A VISÃO DIALÉTICA
E A VISÃO CRISTÃ DA EXISTÊNCIA
4 05 MAI > ARTAUD CONTRA O JUÍZO DE DEUS
5 12 MAI > KAFKA E A DÍVIDA INFINITA
6 19 MAI > CONCLUSÃO: PARA DAR UM FIM AO JUÍZO
AUTERIVES MACIEL JR. Professor de Filosofia na PUC-Rio. Mestre em Filosofia
pela Uerj e doutor em Teoria Psicanalítica pela UFRJ. É autor de Os pré-socráticos
– A invenção da razão.
QUARTAS-FEIRAS, ÀS 17H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 2 PARCELAS DE R$ 190,00
20
A paixão em um mundo globalizado
FREUD, OS FUROS DA REDE E A ARANHA DA WEB
MÁRIO EDUARDO COSTA PEREIRA
Tema romântico por excelência, a paixão persiste como interrogação central
sobre a existência humana, mesmo em nossos tempos, descrentes de utopias
e acomodados às propostas de organização do laço social implícitas ao processo
de globalização. A ambiguidade dos sentidos da paixão, que remetem ao mesmo
tempo ao amor sem limites e ao sofrimento, ao arrebatamento que impulsiona
à ação e à passividade do sujeito face aos excessos do desejo, desencoraja
qualquer reflexão simplista ou o recurso fácil a fórmulas prêtes-à-porter.
Como a Psicanálise pode contribuir em uma reflexão sobre o erotismo, a paixão
e suas vicissitudes nos dias de hoje? Esse é o tema do curso.
1 09 ABR >A PAIXÃO FREUDIANA
O patológico à luz da Psicanálise.
2 16 ABR >O ERÓTICO E O PASSIONAL NOS TEMPOS DO
CAPITALISMO GLOBALIZADO
Que peixes na rede (net)? Que aranhas na teia (web)?
MÁRIO EDUARDO COSTA PEREIRA. Psicanalista, psiquiatra e professor titular
de Psicopatologia Clínica da Université de Provence/Aix-Marseille I, França.
É mestre em Saúde Mental pela Universidade Estadual de Campinas e doutor
em Psicopatologia e Psicanálise pela Universidade Paris VII Denis Diderot.
Livre-docente em Psicopatologia pela Unicamp e membro do Laboratoire
de Psychopathologie Clinique et Psychanalyse da Universidade de Provence
e do Laboratório de Psicopatologia Fundamental da Unicamp.
SEXTAS-FEIRAS, ÀS 19H30
R$ 100,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 120,00
pensamento
••2 AULAS
21
UMA FILOSOFIA DO FUTURO
OSWALDO GIACOIA JR.
••4 AULAS
pensamento
A Filosofia caminha por um território inseguro, confrontada com as incertezas
causadas por um possível esgotamento dos tempos modernos: não existem
mais as referências fundamentais herdadas da tradição; o que há são perguntas,
apenas. Pergunta-se pelo sentido da existência, pelo futuro da vida humana na
Terra e se o fim da História seria a realização de um sonho de emancipação ou
de um pesadelo apocalíptico. Partindo das muitas vezes em que a História foi
proclamada finita, o curso aborda as possibilidades de otimismo, esperança e
utopia nos tempos atuais.
1 26 ABr >A CIÊNCIA MODERNA COMO SOLUÇÃO DE TODOS OS GRANDES
PROBLEMAS DA HUMANIDADE
O Iluminismo como programa de dominação da natureza.
2 03 MAI > KANT E O MILENARISMO FILOSÓFICO
O sentido da História – direito e política como signos do progresso
moral da humanidade.
3 10 MAI > O (TRÁGICO) BALANÇO CONTEMPORÂNEO DA ILUSTRAÇÃO
Progresso como regressão e barbárie. A revelação dos limites da
concepção antropológica e instrumental da tecnociência.
4 17 MAI > ESPERANÇA VERSUS RESPONSABILIDADE
Otimismo em tempos de crise ecológica. Fim da História:
o que fazer?
OSWALDO GIACOIA JR. Professor livre-docente do Departamento de Filosofia da
Unicamp. Doutor em Filosofia pela Universidade Livre de Berlim, com pósdoutorado pela mesma instituição, pela Universidade de Viena e Universidade
de Lecce, Itália. É autor de Pequeno dicionário de filosofia contemporânea, Sonhos
e pesadelos da razão esclarecida: Nietzsche e a modernidade, Nietzsche & Para
além de bem e mal, Os labirintos da alma – Nietzsche e a autossupressão da moral,
Nietzsche como psicólogo, entre outros.
SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 120,00 NA INSCRIÇÃO + 2 PARCELA DE R$ 160,00
22
À SOMBRA DO ESPETÁCULO
UM DEBATE SOBRE DEPRESSÕES CONTEMPORÂNEAS
NINA SAROLDI, SANDRA EDLER
••4 AULAS 1 26 ABR > LUTO E MELANCOLIA
Uma apresentação do pensamento de Freud a respeito da
melancolia, utilizando como referência principal o artigo “Luto e
melancolia”. Serão examinadas as questões da perda e do trabalho
de luto como modelo para compreender o psiquismo melancólico.
Como viver e elaborar as sucessivas e inevitáveis perdas que nos
impõe o cotidiano? 2 03 MAI >
O LUTO NA ERA DA LIQUIDEZ
Seguindo os pontos levantados em “Luto e melancolia”, o encontro
investiga, com um olhar influenciado pelas ideias de autores como
Zygmunt Bauman e Charles Melman, como a cultura pós-moderna
(ou “modernidade líquida”, como prefere Bauman) elide ao máximo
a dimensão do luto na vida psíquica. 3 10 MAI >
DESEJO, DEPRESSÃO E SUICÍDIO
Será abordado o conceito de desejo (der Wunsch): Freud partiu de
uma palavra simples da língua alemã para construir o conceito e
situá-lo como motor da vida psíquica. Qual a relação entre o desejo
e a depressão? A diferença entre a tristeza comum e a depressão.
Breve introdução à questão do suicídio. 4 17 MAI >
O CRESCIMENTO DAS DEPRESSÕES NA CONTEMPORANEIDADE
Uma investigação sobre os elementos que fazem crescer a epidemia
depressiva entre a população: o narcisismo, a falta de tempo
(real ou imaginária), o sentimento de decepção e a expectativa
generalizada de “reparação” de todo e qualquer tipo de perda,
inclusive – e principalmente – a perda da própria juventude.
pensamento
Partindo de elementos da teoria psicanalítica e de reflexões sobre o nosso tempo,
esse curso vai analisar o fenômeno dos estados depressivos e sua especificidade:
de que maneira o sofrimento atual difere do sofrimento das gerações anteriores?
Assim, busca-se lançar alguma luz sobre o que, no modo de vida dominante do
mundo globalizado, pode estar contribuindo para o crescimento desse quadro
clínico, apontado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como epidêmico a
partir de 2010. >
NINA SAROLDI. Mestre em Filosofia pela PUC-Rio e doutora em Teoria Psicanalítica
pela UFRJ. Professora da graduação e pesquisadora do Núcleo de Ética nas
Organizações da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas
da Fundação Getulio Vargas (EBAPE/FGV). É coordenadora editorial e autora da
coleção Para ler Freud, da editora Civilização Brasileira.
SANDRA EDLER. Psicanalista. Mestre e doutora em Teoria Psicanalítica pela UFRJ.
Membro psicanalista da Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle (SPID) e autora do
livro Luto e melancolia – À sombra do espetáculo.
pensamento
SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
23
ALEGRIA EM PSICANÁLISE
ALEXANDRE JORDÃO
••4 AULAS
Em Nietzsche, a alegria é sinal de vida afirmativa. O riso da criança, sua dança,
o “amor fati” e a gaia ciência são alegres e espontâneos, opostos ao espírito da
gravidade e à satisfação imaginária do ressentimento. Nesse curso pretendemos
partir dessas considerações nietzschianas para buscar em Freud, Ferenczi e
Winnicott alguns elementos que nos permitam traçar um breve esboço de uma
visão psicanalítica da alegria.
A gaia ciência e o rir-se de si mesmo. O “amor fati” e o egoísmo
sagrado e sadio.
2 06 MAI > FREUD: LIBIDO, SEXUALIDADE E NARCISISMO
Alegria é prazer? É sublimação?
13 MAI > FERENCZI: A LINGUAGEM DA TERNURA – A CERTEZA DE SI
3
4 20 MAI > WINNICOTT: AGRESSIVIDADE E MOTILIDADE. O JOGO E A
CRIATIVIDADE. ALEGRIA E VERDADEIRO SELF
ALEXANDRE JORDÃO. Psicólogo e psicanalista da Sociedade de Psicanálise da
Cidade do Rio de Janeiro (SPCRJ). Mestre em Psicologia pela UFRJ e doutor em
Teoria Psicanalítica pela mesma instituição. É autor de artigos publicados em
livros como A psicanálise e o pensamento moderno e Winnicott e seus interlocutores.
Publicou recentemente Narcisismo: do ressentimento à certeza de si.
QUINTAS-FEIRAS, ÀS 17H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
pensamento
1 29 ABR >NIETZSCHE: ALEGRIA DA AÇÃO x SATISFAÇÃO IMAGINÁRIA
24
ENTRE A PSICANÁLISE E A FILOSOFIA
INTERSEÇÕES E LIMITES PARA O TRATAMENTO DO SUJEITO
CONTEMPORÂNEO
AUTERIVES MACIEL JR., EDUARDO ROZENTHAL
pensamento
••5 AULAS
O objetivo da análise é o de tratar a dor de existir. Entretanto, a Psicanálise, para
se constituir como saber, necessita da construção teórica. Já a Filosofia, para
exercer o seu ofício, que é o de criar conceitos, não precisou instalar consultórios.
Ainda assim, o filósofo é, nomeadamente na Antiguidade, terapeuta de sua
própria existência (amante, amigo, rival etc.). Esse curso pretende problematizar
as interseções e também aquilo que é irredutível entre os saberes da Filosofia e
da Psicanálise para que se possa pensar em um tratamento clínico plenamente
voltado para o sofrimento do sujeito contemporâneo.
1 30 ABR >A BUSCA DA VERDADE E A INVENÇÃO DA REALIDADE COMO
CONSTRUÇÃO DO SUJEITO: FILOSOFIA, VERDADE E CURA
DE DESEJO DO SUJEITO? O CONCEITO DE REALIDADE PSÍQUICA
DA INTERPRETAÇÃO E DA LINGUAGEM AO ATO ANALÍTICO
PARA UMA TEORIA E UM TRATAMENTO DO SOFRIMENTO SUBJETIVO NA ATUALIDADE
2 07 MAI > DA SEDUÇÃO INCESTUOSA: REALIDADE CONCRETA OU FANTASIA
14 MAI > A FILOSOFIA TERAPÊUTICA COMO ARTE DE VIVER
3
4 21 MAI > AFETAR E SER AFETADO NA TRANSFERÊNCIA:
5 28 MAI > A FILOSOFIA DO “POR-VIR” E A PSICANÁLISE DO SILÊNCIO.
AUTERIVES MACIEL JR. Professor de Filosofia na PUC-Rio. Mestre em Filosofia pela
Uerj e doutor em Teoria Psicanalítica pela UFRJ. É autor de Os pré-socráticos –
A invenção da razão.
EDUARDO ROZENTHAL. Psicanalista. Professor doutor do Centro de Ensino, Pesquisa
e Clínica em Psicanálise (CEPCOP) do Instituto de Psicologia e Psicanálise
da Universidade Santa Úrsula (USU). Membro psicanalista da Sociedade de
Psicanálise Iracy Doyle (SPID). Autor de artigos em revistas especializadas e de
capítulos de livros nacionais e estrangeiros.
SEXTAS-FEIRAS, ÀS 19H30
R$ 200,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 250,00
25
OS NOVOS LAÇOS AMOROSOS
MALVINE ZALCBERG
••4 AULAS
A decadência da figura paterna e a ascensão do feminino estão entre as mais
importantes causas das novas apresentações sintomáticas de homens e mulheres
face às questões de sexo, desejo e amor. A problemática dos laços – suas
condições de possibilidade, assim como suas rupturas, seus fracassos – será
discutida à luz de trechos de filmes que ilustram relacionamentos humanos sob a
ótica da subjetividade de nossa época.
A paixão moderna pela fascinação da imagem corresponde ao modo
vertiginoso de construir e desconstruir casais em nossos tempos. A
dialética entre o olho da fotógrafa (ver) e a dança da stripper (dar a
ver) no filme Perto demais, de Mike Nichols, revela a dificuldade de
um verdadeiro encontro com o Outro.
2 12 MAI > UM HOMEM, UMA MULHER
As mulheres modernas, embora livres, produtivas e sedutoras,
ainda podem sofrer profundamente por uma ruptura amorosa.
Pedro Almodóvar, em Mulheres à beira de um ataque de nervos,
mostra como uma mulher espera da voz de um homem um resgate
de seu desamparo.
pensamento
1 05 MAI > A IMAGEM E O AMOR
3 19 MAI > O OUTRO COMO REINVENÇÃO DE VIDA
Abraçar ideais sem deixar espaço para nenhum Outro pode levar um
homem a paralisar sua vida. É o relato que faz Florian Henckel em
A vida dos outros, sobre a vida solitária de um espião da Alemanha
Oriental. Até que o encontro com um escritor que, além de livros,
sabia escrever o amor num corpo de mulher, o reinventa como
ser humano.
4 26 MAI > ENCONTROS E DESENCONTROS
Há uma lógica de interseção onde amor, desejo e sexo se
encontram, e há uma lógica de disjunção, onde essas dimensões se
desencontram. Em Infidelidades, Liv Ullmann ressalta a diferença
entre as motivações de homens e mulheres para serem infiéis aos
respectivos parceiros.
>
MALVINE ZALCBERG. Psicanalista e doutora em Psicanálise pela PUC-Rio. Na
qualidade de professora adjunta da Uerj, exerceu, por 25 anos, atividades de
coordenação, ensino e pesquisa no Serviço de Psiquiatria do Hospital Universitário
Pedro Ernesto e no Instituto de Psicologia. É autora de livros como A relação mãe e
filha e Amor paixão feminina.
pensamento
quartas-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
26
MULHERES NA FILOSOFIA
CARLA RODRIGUES, RAFAEL HADDOCK-LOBO
••4 AULAS
Na história do pensamento, o feminino aparece muitas vezes apenas para
sustentar a hierarquia em relação ao masculino, ou para confirmar como
binária a oposição homem/mulher. Esse curso analisa como a figura da
mulher aparece na obra de diferentes pensadores, do século XVIII até a
contemporaneidade, provocando uma reflexão original e de grande relevância
para o debate contemporâneo.
CARLA RODRIGUES
Para definir o sujeito da razão como masculino, Rousseau e Kant
propõem uma distinção entre homens e mulheres baseada em
oposições: natureza/cultura, razão/sensibilidade, belo/sublime.
2 20 MAI > HEGEL E HEIDEGGER
RAFAEL HADDOCK-LOBO
Hegel, na dialética do senhor e do escravo, apresenta a alienação
como uma certa sabedoria que, mais tarde, vai ser aproximada da
figura da mulher como autoanulação. Já Heidegger, em Ser e tempo,
teria pensado a diferença em termos meramente ontológicos,
deixando de lado a diferença sexual.
pensamento
1 13 MAI > ROUSSEAU E KANT
3 27 MAI > BUBER E LÉVINAS
RAFAEL HADDOCK-LOBO
Buber, em Eu e tu, surge como o primeiro filósofo a dar um lugar
digno ao outro, a pensar a relação como respeito e amor. Lévinas, a
partir de Buber, vai ver a ética como acolhimento através da figura
do feminino, possibilitando uma crítica à neutralidade da Filosofia.
4 10 JUN >NIETZSCHE E DERRIDA
CARLA RODRIGUES
A “verdade” aparece em Nietzsche como uma mulher encoberta
por véus. A partir de uma leitura de Nietzsche, Derrida vai pensar
o feminino como o questionamento dos conceitos filosóficos
da tradição.
>
CARLA RODRIGUES. Professora do Departamento de Comunicação Social, mestre
e doutoranda em Filosofia da PUC-Rio. É jornalista e autora, entre outros, de
Coreografias do feminino e coautora de Espectros de Derrida.
RAFAEL HADDOCK-LOBO. Professor do Departamento de Filosofia da UFRJ, doutor
em Filosofia pela PUC-Rio. É autor de Da existência ao infinito: ensaios sobre
Emmanuel Lévinas.
pensamento
QUINTAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
27
AS GRANDES OBRAS DA FILOSOFIA
PENSADORES E IDEIAS QUE MARCARAM A HISTÓRIA
DANILO MARCONDES
••7 AULAS
19 MAI > PLATÃO – A REPÚBLICA: UM IDEAL DE JUSTIÇA
1
2 26 MAI > ARISTÓTELES – A METAFÍSICA: UMA TEORIA DA REALIDADE
3 02 JUN >SANTO AGOSTINHO – CONFISSÕES: O AUTOEXAME COMO
EXERCÍCIO FILOSÓFICO
O CONHECIMENTO
DE LINGUAGEM
09 JUN >MONTAIGNE – ENSAIOS: UM NOVO ESTILO PARA A FILOSOFIA
4
5 16 JUN >DESCARTES – DISCURSO DO MÉTODO: UM CAMINHO PARA
23 JUN >KANT – CRÍTICA DA RAZÃO PURA: O RACIONALISMO CRÍTICO
6
7 30 JUN >WITTGENSTEIN – INVESTIGAÇÕES FILOSÓFICAS: OS JOGOS
DANILO MARCONDES. Professor de Filosofia na PUC-Rio e na UFF. Mestre em
Filosofia pela PUC-Rio e doutor pela Universidade de St. Andrews, Grã-Bretanha.
É autor de Filosofia, linguagem e comunicação, Iniciação à história da filosofia,
A pragmática na filosofia contemporânea e Textos básicos de ética – De Platão
a Foucault.
QUARTAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 170,00 NA INSCRIÇÃO + 2 PARCELAS DE R$ 230,00
pensamento
O pensamento filosófico se constituiu através das ideias inovadoras de grandes
pensadores, da Antiguidade aos nossos dias, que revolucionaram a visão de
mundo de sua época e influenciaram o desenvolvimento de novos modos de
pensar. A proposta desse curso é analisar algumas das obras de maior impacto
na formação do pensamento filosófico, destacando as grandes ideias nelas
apresentadas que levaram a novas formas de pensar.
28
Os sentidos do trabalho – Dever ou vício?
NINA SAROLDI
pensamento
••4 AULAS
Se, para muitos, o sentido do trabalho se esgota no fato de ser o caminho mais
seguro para o sustento “biológico” e para a manutenção do status social, para
outros pode estar ligado à religião, atender à necessidade de pertencimento
social e até mesmo ocupar o lugar de vício. Nesse curso, o trabalho será
examinado a partir de várias perspectivas, desde os gregos até a Sociologia
contemporânea, tentando descobrir o que, de fato, nos leva – ou não – a trabalhar.
Além disso, serão analisados os valores morais subjacentes ao trabalho,
buscando compreender de que modo o declínio da ética denominada por Richard
Sennett como tradicional – “dar duro e esperar” – tem afetado as corporações
contemporâneas.
1 24 MAI > A ética do trabalho
A aula tomará como referência principal a obra de Richard Sennett
A corrosão do caráter, aprofundando a menção feita pelo autor ao
poema de Hesíodo “Os trabalhos e os dias”. Nele, o heroísmo se
estende à luta silenciosa e persistente dos trabalhadores com a
terra e os elementos da natureza, com as vicissitudes do clima e
as disputas com outros homens por riqueza. Essa luta exige, antes
de tudo, disciplina, qualidade exaltada como fundamental para a
formação humana. É a partir dessa referência (e de outras) que
Sennett delineia a ética do trabalho tradicional.
2 31 MAI > A ética do trabalho hoje
Uma vez definida a ética do trabalho tradicional, que se origina com
os gregos e se mantém até parte do século XX, será examinada uma
nova ética, ou melhor, os problemas éticos surgidos no mundo do
trabalho a partir do advento da sociedade consumista e hedonista.
3 07 JUN >“Trabalhar para si”
De acordo com Gilles Lipovetsky, a nova cultura empresarial
não apela para a moral da submissão e do dever, e sim para a
autonomia, a comunicação e a inserção psíquica no universo da
empresa. Serão analisadas as contradições dessa nova ideologia
apontada pelo autor e sua afirmativa de que o trabalho não é mais
um dever perante Deus ou os outros.
4 14 JUN >Trabalho e civilização em Sigmund Freud
A partir dos textos “culturais” de Freud, serão examinados os
diversos sentidos dados por ele ao trabalho, que vão desde a
atividade que se executa visando à sobrevivência material até, num
sentido mais amplo, o trabalho coletivo de construção da civilização,
incluindo o “trabalho do sonho”.
SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
pensamento
NINA SAROLDI. Mestre em Filosofia pela PUC-Rio e doutora em Teoria Psicanalítica
pela UFRJ. Professora da graduação e pesquisadora do Núcleo de Ética nas
Organizações da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da
Fundação Getulio Vargas (EBAPE/FGV). É coordenadora editorial e autora da
coleção Para ler Freud, da editora Civilização Brasileira.
29
O LUGAR DA FANTASIA NA PSICANÁLISE
MARCO ANTONIO COUTINHO JORGE
pensamento
••4 AULAS
“A realidade do inconsciente é sexual”, disse Lacan, para frisar a importância
central da sexualidade na descoberta freudiana, responsável, em grande parte,
pela revolução produzida no século XX em torno da moral sexual. Mas a concepção
psicanalítica da sexualidade nem sempre é bem compreendida, pois se baseia
em noções específicas construídas por Freud desde o início de sua obra, quando
destacou o lugar central ocupado pela fantasia no aparelho psíquico. Esse curso
tem como objetivo pontuar esses momentos fundamentais da obra de Freud,
desde os primórdios de sua experiência clínica, com a histeria, abordando as
construções elaboradas por Lacan sobre a diferença sexual em algumas de suas
derradeiras aulas. No último encontro será discutida a relação entre Arte
e Psicanálise a partir do estudo de algumas obras.
1 07 JUN >FREUD E O INCONSCIENTE
Linguagem e sexualidade: uma teoria sobre o advento
da espécie humana.
2 14 JUN >O LUGAR DA FANTASIA
Matriz do aparelho psíquico: palavras e imagens se articulam para
constituir um pouco de realidade para o sujeito humano.
3 21 JUN >AMOR, DESEJO E GOZO
Satisfação, sublimação, falta: as três faces da fantasia inconsciente.
4 28 JUN >ARTE E PSICANÁLISE
Criação artística como testemunho do inconsciente.
MARCO ANTONIO COUTINHO JORGE. Professor adjunto da Uerj, psiquiatra,
psicanalista, diretor do Corpo Freudiano Seção Rio de Janeiro e membro
da Association Insistance (Paris/Bruxelas). Autor de Fundamentos da psicanálise
de Freud a Lacan, coautor de Freud – Criador da psicanálise e de Lacan –
O grande freudiano e organizador da coletânea Lacan e a formação do psicanalista.
Possui artigos publicados em revistas e coletâneas no Brasil, Canadá, França,
Itália e México.
SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 17H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
30
ENTRE A INDIVIDUALIDADE E O INDIVIDUALISMO
REFLEXÕES SOBRE LIBERDADE, SOLIDÃO, EGOÍSMO E ALTRUÍSMO
JÚLIO CÉSAR POMPEU
Se, por um lado, cultivamos e protegemos nossa individualidade, por outro,
reclamamos da solidão e da vida competitiva que consagra o “cada um por
si”. Desejamos dos outros o altruísmo, mas esperamos o egoísmo. Queremos
liberdade e que nossas escolhas individuais sejam respeitadas, mas também
queremos vida em comum com outros indivíduos livres e desejantes. Almejamos,
enfim, ser indivíduos, mas sem as consequências desagradáveis do individualismo.
Esse curso analisará a difícil equação entre o indivíduo e o individualismo no
pensamento moderno e contemporâneo.
1 10 jun >DO INDIVÍDUO AO INDIVIDUALISMO
A invenção dos conceitos de indivíduo e individualismo e as suas
consequências para a vida moderna: Leibniz, Louis Dumont e
Heidegger.
2 17 JUN >INDIVÍDUO E SUBJETIVIDADE
Já nascemos indivíduos ou somos transformados em indivíduos pela
sociedade? O indivíduo é mesmo o sujeito de suas próprias ações,
ou apenas um reprodutor do que lhe foi ensinado e estimulado? As
relações entre indivíduo e sujeito em Descartes, Berkley e Hume.
3 24 JUN > ALTRUÍSMO E EGOÍSMO
Ser individualista é ser, necessariamente, egoísta? É possível ser
individualista e, ao mesmo tempo, demonstrar preocupação e
capacidade de sacrifício pelo outro? O individualismo moderno é o
oposto da ética? Nesse encontro veremos os fundamentos de uma
ética formulada a partir do indivíduo em Kant e Lévinas.
4 01 JUl > O INDIVÍDUO E OS OUTROS
Para o indivíduo contemporâneo, quem são os outros, o inferno ou
a solução para a angústia de existir? É possível ser feliz sozinho?
Como a ética contemporânea tenta resolver a problemática
convivência do indivíduo com os outros e consigo mesmo? O
individualismo e os problemas da vida contemporânea segundo
Alain Renault, Luc Ferry e Gilles Lipovetsky.
JÚLIO CÉSAR POMPEU. Professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e
da CASA DO SABER São Paulo.
quintas-FEIRAS, ÀS 17H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
pensamento
••4 AULAS
31
A arte de viver da fé
Crença, MAGIA E RELIGIÃO
ANDRÉ MARTINS
pensamento
••4 AULAS
A oposição entre Religião e Ciência não parece incomodar nem a uma nem
à outra. Afinal, essa dicotomia permite que sejamos céticos na vida racional,
objetiva e profissional e crentes diante de nosso desamparo emocional, do qual
nem a Ciência nem o ceticismo dão conta. Nada mais natural que explicar o que
é passível de explicação e acreditar no que não é. Esse curso toma uma outra
direção (o que poderá incomodar e desagradar tanto céticos quanto crentes):
investigar – com a ajuda das filosofias de Spinoza e Nietzsche, e da Psicanálise,
sobretudo da teoria de Winnicott – o que diferencia fé e crença, o que significa o
re-ligare como experiência oculta das religiões e que independe de suas doutrinas
e de sua função social, o que significa o sagrado em termos filosóficos, psíquicos
e experienciais, como entender filosófica e psiquicamente a magia e todo tipo de
proteção, qual a importância psíquica da fé, e como, enfim, conhecimento e fé
podem se encontrar sem crença nem ceticismo.
1 11 JUN >Religião x ciência. A filosofia diante do inexplicável
O gênio de Sócrates, a religião instituída, doutrina, conteúdos,
moral. Sistema de signos. A experiência religiosa. Função social
e função psíquica. O sagrado segundo Bataille. Finitude,
redenção, potência.
2 18 JUN >Magia, transferência, símbolos, proteção
Solidão existencial e autonomia emocional. O desenvolvimento
emocional do bebê. O imaginário e o simbólico. Teorias da
imaginação.
3 25 JUN >“A arte de viver da fé, só não se sabe fé em quê”
A fé com objeto e a fé sem objeto. Diferença entre fé e crença.
Confiança.
4 02 JUL > Re-ligare
“Meu deus é o Deus de Spinoza” (Einstein). Univocidade x
sentimento oceânico, relação com a mãe-ambiente e com a
mãe-natureza. O dionisíaco.
André Martins. Filósofo e psicanalista. Doutor em Filosofia pela Université de
Nice, doutor em Teoria Psicanalítica pela UFRJ, com pós-doutorado sênior em
Filosofia pela Université de Provence. Professor Associado de Filosofia da UFRJ.
Autor de Pulsão de morte? Por uma clínica psicanalítica da potência e organizador de
O mais potente dos afetos. Spinoza & Nietzsche.
SEXTAS-FEIRAS, ÀS 19H30
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
32
PLOTINO, O TEÓRICO DO ÊXTASE
JOSÉ THOMAZ BRUM
••3 AULAS
16 JUN >O DEUS NO INTERIOR DE CADA HOMEM
1
2 23 JUN >A METAFÍSICA DO UNO
3 30 JUN > PLOTINO E O CRISTIANISMO
JOSÉ THOMAZ BRUM. Professor de Estética no Curso de Especialização em História
da Arte da PUC-Rio. Licenciado e mestre em Filosofia pela mesma instituição, é
doutor em Filosofia pela Universidade de Nice, França. Publicou Nietzsche – As
artes do intelecto, O pessimismo e suas vontades e Schopenhauer et Nietzsche –
Vouloir-vivre et volonté de puissance. É tradutor de diversos livros de Clément
Rosset e Emil Cioran.
QUARTAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 120,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 150,00
pensamento
O curso apresentará o pensamento de Plotino (205-270 d.C.), o grande filósofo
neoplatônico. Nascido no Egito, ensinou em Roma uma filosofia que é elogio da
contemplação enquanto busca do divino em nós e no mundo. Exposta nas Enéadas,
essa metafísica intuitiva marcou Santo Agostinho, os pensadores da Renascença,
Bergson e Borges.
História,
Ciências e
atualidade
33
CORPO: SENSAÇÕES E SENTIMENTOS
PERSPECTIVAS NA CONTEMPORANEIDADE
OCTAVIO BONET, RACHEL AISENGART MENEZES ••4 AULAS
Ao longo de diferentes momentos históricos, o corpo, as sensações e os
sentimentos têm se configurado como três instâncias fundamentais para a
compreensão da dimensão subjetiva dos indivíduos. Na contemporaneidade, o
corpo cada vez mais ocupa um lugar relevante no cotidiano das relações sociais,
seja em camadas médias, seja em segmentos populares. A preocupação com o
corpo se associa a uma renovada importância da dimensão das sensações físicas
e psíquicas, que, frequentemente, é expressa como atenção à saúde, tanto pelas
pessoas quanto pelas populações.
Essa intrincada relação é evidenciada pelo tempo dedicado aos cuidados corporais
em academias, consultórios médicos, spas ou outros espaços sociais, que se
tornaram objeto de reflexão de distintas categorias profissionais. Levando em
conta a relevância do tema, é a proposta desse curso abordar os diferentes
sentidos atribuídos ao corpo e à percepção das sensações e dos sentimentos,
a partir de uma perspectiva histórica e antropológica.
OCTAVIO BONET
Corpo na interface entre natureza e cultura. Concepção do corpo
como máquina. A ciência na explicação do mundo. Separação
entre corpo e mente. Corpo como sustentação da identidade no
individualismo moderno: corpo como propriedade pessoal. O corpo
na contemporaneidade: um resíduo na era das relações virtuais?
Adeus ao corpo?
2 08 MAR >O CORPO E AS SENSAÇÕES NA CONTEMPORANEIDADE
RACHEL aisengart MENEZES
Processo civilizador: separação dos corpos, produção da diferença
entre esferas pública e privada. Controle do corpo e das emoções:
formas de expressão emocional. Construção histórica do estímulo
da sensorialidade. Os cinco sentidos e a preeminência da visão.
Lugar das emoções na sociedade ocidental moderna e sua conexão
com a produção das subjetividades. História, Ciências
e atualidade
1 01 MAR >CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO CORPO
>
3 15 MAR >CORPO, SENSUALIDADE E SEXUALIDADE
RACHEL AISENGART MENEZES
O império dos sentidos: imperativo do prazer e da intensidade.
Dispositivo da sexualidade. Diversidade sexual – sopa de letrinhas
GLBTTT – transgênero, travesti, transexual etc. Dissociação entre
exercício da sexualidade e atividade reprodutiva. Surgimento de
novas formas de reprodução e suas consequências. 4 22 MAR >CORPO, SUBJETIVIDADES E SAÚDE
OCTAVIO BONET
Processo de medicalização da vida social: a Medicina e sua relação
com o cotidiano das pessoas, das famílias e das comunidades.
Orientalização do Ocidente: medicinas alternativas e/ou
complementares como modelos totalizantes. O espírito de época
na contemporaneidade: a visão holística do mundo e a busca da
harmonia com o meio ambiente. O sujeito como “ser no mundo”.
Corpo, sensações e saúde.
OCTAVIO BONET. Antropólogo. Doutor em Antropologia Social pelo Programa de
História, Ciências
e atualidade
Pós-Graduação do Museu Nacional (UFRJ). É professor adjunto no Departamento
de Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. Autor do livro
Saber e sentir. Uma etnografia da aprendizagem da biomedicina.
RACHEL AISENGART MENEZES. Médica, psicanalista e antropóloga. Doutora em
Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social (IMS) da Uerj, com pós-doutorado
em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação do Museu Nacional
(UFRJ). Professora adjunta do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da UFRJ.
É autora dos livros Difíceis decisões. Etnografia de um Centro de Tratamento
Intensivo, Em busca da boa morte. Antropologia dos cuidados paliativos e
co-organizadora de Valores religiosos e legislação no Brasil. A tramitação de projetos
de lei sobre temas morais controversos e de Vida, morte e dignidade humana.
SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
34
FACES DO AMOR NA HISTÓRIA MARY DEL PRIORE
••4 AULAS
O que é amor? Sentimento imutável ao longo da História ou manifestação
vinculada ao seu tempo? As pessoas namoram e se beijam hoje da mesma
forma que faziam no período colonial? O curso percorre a história das ideias, das
práticas e dos modos de dizer o amor no Brasil. Da rígida família patriarcal até a
“desordem amorosa”, propiciada pela pílula e pela revolução feminista, do amorpaixão ao amor que leva ao casamento, do flerte à paquera. Tudo para quem quer
entender – e viver – o afeto mais cantado da História. 1 03 MAr >O AMOR NO RETROVISOR: ORIGENS DO AMOR ROMÂNTICO
Noções do amor nas canções medievais e sua repercussão na
Literatura portuguesa. Um sentimento divino e dirigido a deusas
intocáveis, sem sexo! Na Literatura popular, contudo, encontramos
marcas de relações amorosas libertas de preconceitos. Considerado perigoso, o sentimento amoroso era perseguido
pela Igreja, que exigia, dentro do casamento, relações baseadas
na “amizade amorosa”. O resultado? Uma dupla moral feita de
comportamentos específicos para dentro do casamento e fora dele.
Fora, as paixões que resultavam em concubinatos ardentes; dentro,
esposas dedicadas exclusivamente à procriação. 3 17 MAR >METEOROLOGIA DAS PRÁTICAS AMOROSAS NO SÉCULO XIX Os casamentos arranjados se tornavam uma rede de acumulação e
solidariedade, sem espaço para os sentimentos. Entre as elites era
considerado um meio favorável para um bom regime sexual, e os
médicos o sacralizavam como regulador de energias contra o apelo
dos bordéis, que se multiplicavam. Sua força normativa resultaria na
dupla rejeição: do homossexual e da celibatária. Mas a chegada do
“amor romântico” começa a mudar tudo... História, Ciências
e atualidade
10 MAR >O SÉCULO XVIII: O AMOR INIMIGO E O AMOR DOMESTICADO
2
>
4 24 MAR >AMOR, AMORES: CONQUISTAS E ARMADILHAS NO SÉCULO XX Em toda a história do amor, o casamento e a sexualidade estiveram
sob controle; controle da Igreja, da família, da comunidade. Só
o sentimento, apesar de todos os constrangimentos, continuava
livre. Podia-se obrigar um indivíduo a viver com alguém, a deitar
com alguém, mas não a amar alguém. As coisas mudaram. Hoje,
a grande ausência de desejo é que é a culpada. O casamento não é
mais obrigatório e escapa às estratégias religiosas ou familiares;
o divórcio não é mais vergonhoso e os cônjuges têm o mesmo
tratamento perante a lei. A realização pessoal se coloca acima de
tudo: recusamos a frustração e a culpabilização. Mas tudo isto são
conquistas ou armadilhas? Os historiadores de amanhã dirão. MARY DEL PRIORE. Historiadora. Autora de mais de 20 livros sobre História do Brasil
entre eles História do Amor no Brasil, História das crianças no Brasil, História das
mulheres no Brasil e O príncipe maldito. Detentora de vários prêmios como o Jabuti,
o Casa Grande & Senzala e o da Associação Paulista de Críticos de Arte. Articulista
do jornal O Estado de S. Paulo e colaboradora em coletâneas e revistas nacionais.
História, Ciências
e atualidade
QUARTAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
35
A TECNOLOGIA DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
AS INVENÇÕES QUE MUDARAM O RUMO DO MAIOR CONFLITO
ARMADO DA HISTÓRIA
Israel Blajberg, Marcio Mac Culloch Jr., João Henrique Barone
Coordenação: Beto Largman
••3 AULAS
O mundo de hoje poderia ser bem diferente se algumas das tecnologias
e invenções da Segunda Guerra Mundial não tivessem surgido – e se outras
tivessem chegado mais cedo ao front de batalha. Viagens de avião
transcontinentais, radares, energia nuclear, computadores e conquistas
espaciais – instrumentos para o progresso da humanidade em tempos de paz –
são consequências diretas de um legado tecnológico que forjou as armas mais
mortíferas projetadas até então. Esse ciclo de encontros, com mediação do
blogueiro e jornalista Beto Largman, reúne três estudiosos que vão mostrar
a evolução da tecnologia de guerra do Exército, da Marinha e da Força Aérea
das nações que definiram o conflito cujo término completa 65 anos em maio
de 2010.
1 09 MAR >NA TERRA, A NOVA ARTE DA GUERRA – EXÉRCITO
O impacto da tecnologia sobre as operações terrestres:
o “conflito de mobilidade”, transformando radicalmente a arte
da guerra. O complexo industrial bélico, a evolução dos blindados,
da artilharia e das armas automáticas da Infantaria: o diferencial
tecnológico no combate. Quais foram as transferências para uso
civil dos avanços na engenharia militar, na logística e na produção
em massa. A energia nuclear para fins pacíficos a partir da
poderosa bomba atômica. A contribuição da eletrônica militar para
o desenvolvimento do radar como auxílio à navegação, da tecnologia
de comunicação e da evolução da válvula para o estado sólido. Da
criptografia ao computador. Os benefícios para a Medicina e para a
indústria de alimentos.
História, Ciências
e atualidade
Israel Blajberg, Beto Largman
>
2 16 MAR >NO MAR, AS INCRÍVEIS INVENÇÕES DE COMBATE – MARINHA
Marcio Mac Culloch Jr., Beto Largman
Quando o conflito começou, os encouraçados eram os “reis dos
mares”. Mas o desenvolvimento da guerra decretou o fim de uma
era, mostrando as vantagens de uma classe de navios que viria a se
tornar sinônimo de poder nos oceanos: os porta-aviões. Também
debaixo d’ água a tecnologia desenvolvida no período entreguerras
rendeu frutos: sem contar com porta-aviões e incapaz de rivalizar
com os ingleses em número de unidades pesadas, a Marinha alemã
apostou todas as suas fichas nos submarinos, chamados U-Boats.
O desembarque na Normandia pelas tropas aliadas exigiu invenções
incríveis, como tanques que flutuavam, veículos anfíbios e barcaças
especialmente projetadas para o famoso “Dia D”.
3 23 MAR >NO AR, EVOLUÇÃO DE AERONAVES E FOGUETES – FORÇA AÉREA
História, Ciências
e atualidade
João Henrique Barone, Beto Largman
A evolução da aviação e seus sistemas de armas entre 1939 e 1945,
com destaque para o emprego de caças, bombardeiros, foguetes e
outras tecnologias de propulsão. A importância das modificações
na indústria aeronáutica aceleradas pela guerra e que repercutem
até nossos dias. Análise dos vários tipos de aeronaves e sua
influência no aprimoramento do design aeroespacial, inclusive na
tecnologia stealth. O emprego de foguetes como arma aérea e o
desenvolvimento de motores a reação na Aeronáutica pelos aliados
e os alemães.
Israel Blajberg. Engenheiro de Planejamento do BNDES e professor da Escola
da Engenharia da UFF. Diplomado pela Escola Superior de Guerra e Yad Vashem
(Jerusalém). Autor de Soldados que vieram de longe, comentado pelo marechal
Levy Cardoso. Colabora com artigos em revistas como A Defesa Nacional,
do Exército Brasileiro. Ex-aluno do CPOR, participou do projeto do Museu do
Oficial da Reserva e, como diretor da Casa da FEB, do Centro Cultural e de
Memória. Diretor financeiro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil
(IGHMB) e 3º vice-presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil
(AHIMTB). Membro da Comissão do XIII Congresso Internacional de História
Militar, Rio 2011. Foi condecorado com as medalhas da Vitória (Ministério da
Defesa), Pacificador, Amigo da Marinha e Mérito Aeronáutico.
MARCIO MAC CULLOCH JR. Jornalista, editor e coordenador de diversos projetos de
comunicação on-line, Marcio é apaixonado por assuntos militares, especificamente
História Naval e Segunda Guerra Mundial. Filho de um oficial da Marinha, desde
criança é ávido leitor de textos especializados e, aos poucos, esse interesse se
extende para filmes, documentários, séries de televisão, sites na internet e games
para computador. É coordenador de projetos do Infoflobo.
João Henrique Barone. Jornalista ilustrador, cenógrafo e diretor. É pesquisador
da História da Aviação na Segunda Guerra Mundial. Tem trabalhos de museografia
realizados em duas salas no Museu Aeroespacial da FAB e outras no Centro
Cultural da Marinha, em São Paulo, e na Ilha Fiscal, no Rio de Janeiro. É autor do
livro Overlord, sobre as operações aéreas durante a batalha da Normandia, com
prefácio escrito pelo ás franco-brasileiro Pierre Clostermann. Está produzindo o
documentário Jambock’s, que conta a história do 1º Grupo de Aviação de Caça, de
sua chegada da campanha da Itália até os dias de hoje.
Beto Largman. Jornalista especializado em Tecnologia, Internet e Design,
comanda o blog Feira Moderna, no Globo Online. Gerenciou projetos inovadores
ligados à Tecnologia, Comunicação, Mídias Eletrônicas e Digitais, Arte e Cultura.
Foi blogueiro do portal Mundo Oi e colunista no programa Qual é a boa?, exibido
no canal Multishow. É colaborador das revistas Época, Época Negócios e Digital
(do jornal O Globo) e curador do Descolagem, projeto que inclui uma série
de eventos que discutem os impactos da tecnologia na sociedade realizados
no Núcleo Avançado em Educação (Nave), no Rio de Janeiro.
História, Ciências
e atualidade
terças-FEIRAs, ÀS 20H
R$ 125,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 160,00
36
O PROBLEMA DA MATÉRIA PENSANTE: SISTEMAS
COMPLEXOS, INTELIGÊNCIA E CULTURA
LUIZ ALBERTO OLIVEIRA
••6 AULAS
Em nossa época, profundamente marcada por avanços revolucionários do
conhecimento científico e por todo tipo de inovação técnica, instaura-se um novo
entendimento sobre o mundo natural. Muitas noções tradicionais, que fundavam
a compreensão habitual que temos da realidade e dos acontecimentos, foram
substituídas ou transmutadas, e os modos de viver e produzir da maior parte das
sociedades enfrentam o desafio da continuidade. Esses movimentos e tensões
estariam talvez indicando a proximidade de um novo estágio da civilização.
Os eixos principais desse processo podem ser abordados a partir de um antigo,
porém sempre renovado, problema radical: o que é, o que pode, esta matéria
que vive e pensa? As estações do percurso:
1 11 MAR >INTRODUÇÃO: DO COMPLEXO AO VITAL
História, Ciências
e atualidade
Evolução e Jogo. Sistemas adaptativos complexos. Crescimento e
Forma. Forma e Função. A individuação interminável. O horizonte do
vivo. Biofilia e Antropia. Do genoma à Gaia.
2 18 MAR >COMPLEXIDADE E COGNIÇÃO
Unidades perceptivas e significação. Organismo e Protocognição.
Etologia e Sociobiologia. O Indivíduo, o Mundo e o Eu. Psiquismo e
afetividade. O transindividual. O Inconsciente.
3 25 MAR >O PSÍQUICO, O COLETIVO, O ESPÍRITO
Pulsão, Afeto, Instinto. Coletividade e Subjetividade. Canetti e
a Massa. Cognição e objetos técnicos. Técnica e Linguagem.
Inteligência e Invenção. A Arte.
4 01 ABr >OS ARTIFÍCIOS
Cibernética e teoria da informação. Türing e os autômatas. Von
Neumann e a inteligência artificial. A máquina pensante: Hofstadter
versus Penrose. Gibson e Lanier: ciberespaço, virtualidade. Kurzweil
e os robôs espirituais. A alteridade extrema: a Singularidade.
5 08 ABR >O ENCONTRO DO CARBONO E DO SILÍCIO
Virilio e a velocidade. Informatização e globalização. Telemática
e inteligências coletivas. A multiplicação cognitiva: Cibernoma,
Simulacro. Próteses e híbridos. Nanotecnologia e Bioética. O Homo
Sapiens 2.0.
6 15 ABR >O PROBLEMA MENTE-CÉREBRO
As Neurociências. Modelagens e simulações. Modularismo,
Societarismo, Cartografia, Seleção, Correlação: Eccles, Minsky,
Edelman, Dennett, Pinker. Damasio: Corpo, Afeto e Razão. Mente e
Matéria: a magna questão. LUIZ ALBERTO OLIVEIRA. Físico, doutor em Cosmologia e pesquisador do Centro
Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/MCT), onde também atua como professor
de História e Filosofia da Ciência.
História, Ciências
e atualidade
QUINTAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 2 PARCELAS DE R$ 190,00
37
SEGREDOS DA MENTE
O FUNCIONAMENTO MENTAL NOS TRANSTORNOS
DO COMPORTAMENTO
ANA BEATRIZ BARBOSA SILVA
••4 AULAS
O curso apresenta um panorama dos mais recorrentes transtornos psiquiátricos,
como transtornos de déficit de atenção, de ansiedade, personalidade e
alimentares, abordando o funcionamento cerebral de cada um deles, suas
características clínicas, causas e possibilidades terapêuticas. Bem conhecidos
pela Medicina e Psicologia, esses transtornos, em sua maioria, implicam sintomas
que trazem não apenas um intenso desconforto e sofrimento como, muitas vezes,
a incompreensão e o preconceito do meio social. As aulas serão divididas em
abordagens teóricas e estudos de casos que permitirão um entendimento claro e
consistente desses transtornos mentais.
1 11 MAR >MENTES INQUIETAS: TDAH
História, Ciências
e atualidade
DESATENÇÃO, HIPERATIVIDADE E IMPULSIVIDADE
O transtorno do déficit de atenção (TDAH) é caracterizado por
desatenção, impulsividade e hiperatividade. Atinge de 3% a 7%
da população infantil e é uma das causas de repetências e evasão
escolar. Quando não diagnosticado precocemente, mais de 70%
dos acometidos levarão os principais sintomas para a vida adulta,
acarretando inúmeros prejuí­zos em diferentes setores da vida
(social, familiar, afetivo, acadêmico ou profissional). O TDAH é uma
condição que acompanha a pessoa desde sempre; mas as crianças
que apresentam os sintomas desse transtorno não possuem pouca
inteligência ou algum problema de ordem cognitiva. Pelo contrário:
apresentam grande potencial criativo, muitas vezes com QI acima da
média. O grande “x” da questão é canalizar suas habilidades inatas
para algo realmente producente.
2 18 MAR >MENTES PERIGOSAS: O PSICOPATA MORA AO LADO
A psicopatia é um transtorno de personalidade que se distingue
dos demais transtornos mentais. Os psicopatas são frios,
manipuladores, cruéis e destituídos de compaixão, culpa
ou remorso. Utilizam-se de seu charme e inteligência para
impressionar, seduzir e enganar, visando apenas seus próprios
interesses, sem apresentar qualquer sofrimento emocional
ou consciência de seus atos. Entre homens e mulheres, 4%
da população é de psicopatas, e eles podem ser encontrados
em qualquer segmento da sociedade. O sujeito nasce com esse
funcionamento mental diferenciado e assim permanece até o fim
da vida. Não existe tratamento eficaz, tampouco cura para
a psicopatia. Mas torna-se importante reconhecê-la.
3 25 MAR >MENTES COM MEDO: TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
O medo e a ansiedade são emoções necessárias para a proteção
e a perpetuação da espécie humana. O problema é quando se
tornam excessivos e passam a trazer prejuízos para a vida do
indivíduo. Nesse caso, adoecemos e passamos a apresentar o que
a Medicina denomina transtornos de ansiedade. Cerca de 25% da
população sofrem ou sofrerão de transtornos de ansiedade (medo),
em algum momento de suas vidas. Dentre eles, destacam-se:
transtorno do pânico (crise de medo intenso, sem aviso prévio);
fobia social ou timidez excessiva (medo de se expor ou de falar em
público); fobias específicas (medos exagerados de um determinado
objeto ou situação); transtorno do estresse pós-traumático (medo
em função de um evento traumático); ansiedade generalizada
(preocupação persistente e constante); e transtorno obsessivocompulsivo (TOC), conhecido popularmente como “manias”.
E COMPULSÃO ALIMENTAR
Os transtornos alimentares afetam milhares de pessoas
em todo o mundo. A luta insaciável de homens e mulheres
na busca da perfeição física e de um padrão de beleza inatingível,
comportamento tão recorrente na sociedade contemporânea,
acaba por distanciá-los cada vez mais da felicidade e da satisfação
pessoal. Os transtornos alimentares se caracterizam por alterações
associadas à alimentação e à forma como as pessoas percebem
a imagem de seus corpos.
ANA BEATRIZ BARBOSA SILVA. Médica graduada pela Uerj com residência
em Psiquiatria pela UFRJ. Participou do Curso de Avaliação e Tratamento em
Psiquiatria no Departamento de Psiquiatria da University of Chicago Hospitals,
sob a supervisão do dr. Elliot Gershon e da dra. Deborah Spitz. É professora
honoris causa pela UniFMU (SP) e presidente da Associação dos Estudos do
Distúrbio de Déficit de Atenção (AEDDA – SP). Diretora das clí­nicas Medicina
do Comportamento do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde faz atendimento a
pacientes e supervisão dos profissionais de sua equipe (médicos e psicólogos).
QUINTAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
História, Ciências
e atualidade
4 01 ABR >MENTES INSACIÁVEIS: ANOREXIA, BULIMIA
38
UMA REVISITA AO MUNDO DOS ECONOMISTAS
A ANÁLISE ECONÔMICA DIANTE DAS QUESTÕES DA MODERNIDADE
JOSÉ MÁRCIO CAMARGO
••4 AULAS
A análise econômica moderna tem por objetivo prever o comportamento dos
indivíduos, não apenas no que se refere ao seu desempenho econômico, mas
também em relação a outros aspectos da vida cotidiana. Questões como se a
obrigatoriedade de usar cintos de segurança nos veículos reduziu o número
de acidentes e de mortes no trânsito, a relação entre a liberalização do aborto
e a redução da violência urbana entre jovens nos Estados Unidos, as causas
dos persistentes engarrafamentos nas grandes cidades, apesar dos enormes
investimentos em infraestrutura urbana, as razões que levam alguns povos a
pouparem uma parte maior de sua renda do que outros, por que alguns países
crescem mais rapidamente que outros, qual a relação entre desigualdade
e crescimento econômico, são alguns temas que têm sido analisados pelos
economistas.
História, Ciências
e atualidade
O objetivo desse curso é discutir qual o método utilizado pelos economistas para
atingir esse objetivo e como esse método tem sido usado para analisar questões
tão díspares quanto pobreza, desigualdade e preservação ambiental.
1 11 MAR >O MUNDO DOS ECONOMISTAS
Com base em um pequeno número de hipóteses sobre o
comportamento dos indivíduos, os economistas constroem um
“mundo imaginário” no qual não existe espaço para altruísmo,
vícios, irracionalidade e imortalidade. Esse é um “mundo” teórico
que só existe na cabeça dos economistas. No mundo real existem
nuances e desvios, mas a pressuposição da análise econômica
é a de que as quatro características enunciadas acima são
predominantes. Nesta primeira seção, será discutida a forma pela
qual esse mundo é construído.
2 18 MAR >CUSTOS, BENEFÍCIOS E INCENTIVOS
Em um mundo como este, tudo tem um custo e um benefício.
A tarefa dos economistas é avaliar os custos e os benefícios
(pecuniários ou não pecuniários) de diferentes decisões e, com
base nessa análise, definir os incentivos que vão determinar o
comportamento dos indivíduos. A palavra chave é incentivos. A
economia é uma disciplina que tenta prever o comportamento
humano a partir dos incentivos gerados pelas instituições criadas
pelos próprios seres humanos.
3 25 MAR >ALTRUÍSMO E EXTERNALIDADES
A alocação de custos e benefícios exige que seja possível que estes
sejam apropriados privadamente pelos indivíduos. Entretanto,
alguns bens não são passíveis de serem apropriados privadamente.
Os melhores exemplos são a qualidade do ar que respiramos e
a qualidade do meio ambiente em que vivemos. Todos respiram
o mesmo ar e dividem o mesmo meio ambiente. Em um mundo
sem altruísmo, como isso afeta os incentivos e as decisões dos
indivíduos?
4 01 ABR >POBREZA, DESIGUALDADE E CRESCIMENTO ECONÔMICO
Pobreza e desigualdade estão, permanentemente, na agenda
das sociedades. O grau de desigualdade e de pobreza varia de
país para país. Desigualdade de renda e de oportunidade são
problemas similares? Por que algumas sociedades são mais
desiguais do que outras? A busca da igualdade deveria ser um
objetivo das sociedades? Existe alguma relação entre desigualdade
e crescimento? De que forma as políticas direcionadas a reduzir as
desigualdades afetam os incentivos e, portanto, o comportamento
dos indivíduos?
QUINTAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
História, Ciências
e atualidade
JOSÉ MÁRCIO CAMARGO. Professor titular do Departamento de Economia da PUCRio e economista da Opus Gestão de Recursos.
39
A COMUNICAÇÃO NA ERA TRANS
EU TRANSO, TU TRANSAS, ELE TRANSA?
Suzana Apelbaum
••4 AULAS
O ser humano está sempre em busca de expandir seus limites – físicos, mentais
ou espirituais. Esse seu desejo, aliado a novas possibilidades trazidas pela
tecnologia e a uma maior abertura e aceitação sociocultural, fez nascer um
movimento, um novo formato de mundo. O mundo Trans, onde tudo pode transpor
limites, transcender áreas de atuação e transbordar, efetivamente, para melhor
interagir com um ser humano em constante mutação.
História, Ciências
e atualidade
A propaganda, como reflexo da sociedade, acompanha essa transformação. Diante
desse novo consumidor, ela passa a se sentir inadequada e limitada em seu
formato. Transveste-se, assumindo ora formatos interessantes, ora assustadores.
Através de teorias e de muitos exemplos práticos, o curso se propõe a descobrir
alguns dos fascinantes resultados dessa evolução do mercado, os quais, por sua
profundidade, transcendem a atividade publicitária, passando a interferir em
dinâmicas econômicas e até ambientais.
1 29 MAR >O mundo Trans e o seu impacto no mercado
da comunicação
Partindo de uma análise do novo consumidor, especialmente da
geração Y, vão ser reveladas as enormes mudanças geradas nos
formatos de agência, de mídia, nos processos de criação e produção.
E, também, como essas novas dinâmicas afetam as campanhas
publicitárias.
2 05 ABR >As grandes mudanças dos últimos CINCO anos
Na propaganda – parte 1
O storytelling, a valorização de serviços, o consumer power, o video
power, a força dos factoides. Através da análise de cases de sucesso
e fracasso, a transformação do mercado de comunicação será
melhor compreendida.
3 12 ABR >As grandes mudanças dos últimos CINCO anos
na propaganda – parte 2
A explosão das redes sociais, o surgimento do marketing de causa,
a criação de produto para vender produto, a brand experience e o
brand content. Também através de cases, se buscará mais e maiores
explicações para o processo de mutação em curso.
19 ABR >Riscos e oportunidades do mundo Trans para
4
anunciantes e agências
Como o mercado vem lidando com a mudança? Sofre com as
consequências negativas? Ou aproveita as oportunidades que lhe
garantem vantagens competitivas antes impensáveis? Através
de um bate-papo com convidados sobre seus cases, serão
apresentadas e debatidas as diferentes tendências do mercado
da comunicação e, em especial, os novos formatos tecnológicos
de abordagem do consumidor trans.
SUZANA APELBAUM. Publicitária e atriz, é uma das profissionais de criação mais
premiadas do mercado de propaganda interativa em festivais internacionais,
como Cannes Lions, One Show e NY Festivals. Depois de passagens marcantes
pela AgênciaClick, JWT e Africa, na qual implantou o pensamento digital, dirigiu
a Hello Interactive durante dois anos. Hoje é sócia e VP de Criação da agência
Rede, parte do grupo ABC de Comunicação de Marketing, um dos 20 maiores
do mundo em receita.
História, Ciências
e atualidade
SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
40
UMA LEITURA ECOLÓGICA DA HISTÓRIA DO BRASIL
JOSÉ AUGUSTO PÁDUA
••4 AULAS
A partir da perspectiva da história ambiental, o curso busca compreender a
formação e as principais características do espaço geográfico e social brasileiro.
A proposta é analisar os padrões e as dinâmicas socioecológicas dominantes
na construção do território do país, com sua diversidade regional, focalizando
a interação constante entre ecossistemas, estruturas sociais e manifestações
culturais. Essa investigação buscará entender os problemas ambientais
surgidos ao longo da História do país, apontando para a existência de tendências
predatórias e desequilíbrios sociais que a sociedade precisa superar para
encontrar o caminho da sustentabilidade e do desenvolvimento humano.
1 29 MAR >A DIVERSIDADE ECOLÓGICA DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
E A GEOGRAFIA CULTURAL DAS SOCIEDADES INDÍGENAS 2 05 ABR >O IMPERIALISMO ECOLÓGICO E AS CONSEQUÊNCIAS
SOCIOAMBIENTAIS DA INCORPORAÇÃO DO TERRITÓRIO
BRASILEIRO NA ECONOMIA MUNDial MODERNA
REGIONAIS: TRANSFORMAÇÕES DA PAISAGEM, IMPACTOS
AMBIENTAIS E RECRIAÇÕES CULTURAIS
DE URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO DA SOCIEDADE
BRASILEIRA NO SÉCULO XX
História, Ciências
e atualidade
3 12 ABR >A FORMAÇÃO DOS COMPLEXOS SOCIOECOLÓGICOS
4 19 ABR >AS CONSEQUÊNCIAS SOCIOAMBIENTAIS DO PROCESSO
JOSÉ AUGUSTO PÁDUA. Professor do Departamento de História da UFRJ. Doutor em
Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj),
com pós-doutorado na Universidade de Oxford, Inglaterra. Como especialista em
História e Política Ambiental, proferiu cursos e palestras e participou de trabalhos
de campo em mais de 35 países. Autor de O que é ecologia?, Ecologia e política no
Brasil e Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil
escravista.
SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
41
OS SENHORES DO SÉCULO XX
Churchill, roosevelt, de gaulle, stálin
MAURÍCIO PARADA
••4 AULAS
O último século ainda reverbera em nosso imaginário. Com a queda do muro
de Berlim e o fim da URSS, um entusiasmo perplexo tomou conta de nosso
pensamento e olhamos para o século XX com espanto e reflexão. Como foi possível
a humanidade viver em tais limites e sobreviver a eles? Uma resposta, mesmo que
esboçada, pode ser encontrada na biografia política das principais lideranças do
século passado. Pensar suas trajetórias é buscar compreender as incoerências
que hoje nos conduzem. 1 31 MAR >JAMAIS SE RENDER: SIR WINSTON CHURCHILL E A CRISE
DO IMPÉRIO BRITÂNICO
O perfil biográfico de Churchill acompanha o grande império
colonial da Guerra dos Boêres até seu segundo mandato como
primeiro-ministro e o recebimento do prêmio Nobel, em 1953.
2 07 ABR > PARA ALÉM DE TODA INFÂMIA: ROOSEVELT E A ASCENSÃO
DO PODER AMERICANO
A crise em 1929 e a entrada na Segunda Guerra Mundial fazem
de Roosevelt um dos maiores personagens do século. Sem ele
é impossível pensar a política e a economia americanas de hoje.
14 ABR >RESISTÊNCIA E PERSISTÊNCIA: DE GAULLE E OS FRANCESES
3
Charles de Gaulle é uma sombra do século XX. Sua trajetória se
iniciou na Grande Guerra e, com diversas incoerências, chegou até
a grande crise intelectual de 1968.
4 28 ABR >O HOMEM DE AÇO: STÁLIN E A CONSTRUÇÃO DA URSS
O século XX deve ser comparado a Josef Stálin: breve, brutal,
racional e definitivo.
MAURÍCIO PARADA. Professor titular da Universidade Salgado de Oliveira e
professor agregado da PUC-Rio. Mestre em História Social da Cultura pela
PUC-Rio e doutor em História Social pela UFRJ. Organizador do livro Fascismos:
conceitos e experiências e autor de Educando corpos e criando a nação.
QUARTAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
História, Ciências
e atualidade
42
roma: DE CÉSAR A AUGUSTO
A CRISE DA REPÚBLICA ROMANA E SEUS GRANDES PERSONAGENS
MÁRCIO SCALERCIO
••4 AULAS
O marco temporal do curso corresponde aos 75 anos de duração da crise
institucional da República romana. Trata-se, na visão de alguns intérpretes,
do período em que se manifestam as dores da transição das velhas estruturas
políticas republicanas para um sistema efetivamente imperial. Os personagens
da trama são notórios. Falamos de figuras como Caio Mario, o “homem novo”,
Lúcio Cornélio Silla, o ditador, de Pompeu Magno e Marco Túlio Cícero; de Caio
Júlio César, cujo nome, “César”, converteu-se em título e adjetivo, de Bruto, Marco
Antonio e, finalmente, de Otavio, cuja habilidade política garantiu a estabilidade ao
domínio romano. O elemento simbólico culminante na trajetória de Otavio revelase quando o Senado de Roma lhe confere o título de “Augusto”. Nesse curso serão
estudados, por meio da Literatura Histórica recente, os cenários mais relevantes
desse período momentoso.
História, Ciências
e atualidade
1 05 ABR >OS ROMANOS E SUAS INSTITUIÇÕES
O povo e a oligarquia governante de Roma – o tradicional e o novo.
As instituições republicanas e seu funcionamento. A máquina
de guerra romana – as legiões atingindo a maturidade.
2 12 ABR >ROMANOS CONTRA NÃO ROMANOS – ROMANOS CONTRA
ALIADOS ITALIANOS – ROMANOS CONTRA ESCRAVOS E,
FINALMENTE, ROMANOS CONTRA ROMANOS
Caio Mario e Silla – reformas, guerras sociais, guerras dos escravos.
Velhos paradigmas da política derrubados e ultrapassados –
a guerra civil e o problema da ditadura. Uma carreira política rumo
ao topo – os primeiros passos de César.
3 19 ABR >ABRINDO CAMINHO “ALHURES”
O consulado de César – ou como um patrício de família ilustre
torna-se o “herói da plebe”. A conquista das Gálias – a nova guerra
civil. César tentando construir uma nova institucionalidade.
4 26 ABR >COMO UM OTAVIO CONVERTE-SE NUM AUGUSTO
Otavio – herdeiro de César. Nova guerra civil – neutralizando
os adversários. As reformas de Otavio e o governo de Augusto.
MÁRCIO SCALERCIO. Professor da Universidade Candido Mendes e do Departamento
de Relações Internacionais da PUC-Rio. Autor de Oriente Médio e de Um inventário
da prosperidade: a economia norte-americana.
SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 17H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
43
JUDEUS NO BRASIL
KEILA GRINBERG
••4 AULAS
O Brasil é um país de imigrantes. Às vezes visto como Eldorado, às vezes como
inferno tropical, o país foi destino de milhares de pessoas que, por diferentes
razões, o escolheram como novo local de morada. Com os judeus não seria
diferente. Desde o início da colonização brasileira, judeus e cristãos-novos
originários de regiões como Portugal, Espanha, Marrocos, Polônia, Alemanha
e Rússia chegaram no Brasil em busca de um porto seguro e oportunidades.
O curso discutirá as várias maneiras como os judeus transformaram e foram
transformados pela sociedade brasileira.
2 13 ABR >JUDEUS E CRISTÃOS-NOVOS NO BRASIL COLONIAL E IMPERIAL Os judeus no Brasil holandês. A Inquisição no império português
no período colonial. O período pombalino e o fim das distinções
entre cristãos velhos e novos. A independência do Brasil e a
tolerância religiosa do império.
3 20 ABR >AS IMIGRAÇÕES JUDAICAS E A FORMAÇÃO DAS COMUNIDADES
JUDAICAS BRASILEIRAS
A imigração de judeus no século XIX: os judeus da corte imperial.
Judeus marroquinos na Amazônia. Judeus russos no Centro-Sul
do país. As comunidades judaicas no Brasil independente e na
Primeira República.
4 27 ABR >AS IDENTIDADES JUDAICAS NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
Imigração de judeus na época do nazismo. O Holocausto, o sionismo
e os judeus brasileiros. Identidades judaicas na contemporaneidade. KEILA GRINBERG. Professora adjunta do Departamento de História da Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO) e doutora em História do Brasil pela
UFF. Coordena o Programa de Pós-Graduação em História da UNI-RIO.
Foi pesquisadora visitante na University of Michigan (2007) e professora visitante
na Northwestern University (2009). Entre seus principais livros estão Liberata: a lei
da ambiguidade, O fiador dos brasileiros: escravidão, cidadania e direito civil no tempo
de Antonio Pereira Rebouças, Os judeus no Brasil: Inquisição, imigração e identidade e
Slavery, freedom and the Law in the Americas, com Sue Peabody. É titular da coluna
mensal “Em Tempo”, na revista on-line Ciência Hoje.
TERÇAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
História, Ciências
e atualidade
1 06 ABR >OS JUDEUS NA ÉPOCA DOS DESCOBRIMENTOS
A expulsão dos judeus da Península Ibérica. Os judeus e a expansão
do império português. Os judeus no Descobrimento do Brasil.
A Inquisição no século XVI e o início da colonização brasileira.
44
EGITO ANTIGO: COSMOVISÃO E POLÍTICA ANA MONTES
••4 AULAS
História, Ciências
e atualidade
Da perspectiva dos antigos egípcios, a vida não podia ser concebida sem a
presença do rei, ou, mais precisamente, sem a instituição da realeza.
É fácil entender que a realeza egípcia não devia ser percebida meramente
como uma instituição política. Numa sociedade na qual todos os elementos
do universo estavam em contínua interação, o discurso egípcio não diferençava
instituições políticas, sociais, econômicas ou religiosas. Pela mesma razão, os
egípcios não elaboravam um discurso especificamente religioso, porque aquilo
que remetia ao âmbito do transcendente se apresentava como uma postura,
uma forma de perceber o mundo. Nessa cosmovisão, a presença do rei é o
elemento chave, integrador. A ausência de ordem política é sinônimo de caos, não
unicamente de caos social, mas, também fundamentalmente, de caos cósmico.
Isso é o que se infere dos períodos de interregno, das graves crises políticas que
constituem, por extensão, crises cósmicas. Essa situação não é prerrogativa
do povo egípcio: em inúmeras sociedades africanas constata-se a mesma
equivalência, a mesma relação entre o rei e a ordem possibilitadora do devenir
da vida e a continuidade da comunidade. Por esse viés, o curso irá revelar um
pouco do fascinante universo do Egito Antigo. 1 08 ABR >MARCO GEOGRÁFICO E TEMPORAL
Cosmogonias e cosmologia: a formação da terra e a formação
do Estado. 2 15 ABR >ESTRUTURA SOCIOPOLÍTICA DO ESTADO EGÍPCIO:
O REI PROVEDOR
A tarefa do soberano – intermediário entre os homens
e as divindades – é garantir o equilíbrio cósmico, possibilitando
a sobrevivência do povo e da vida em sociedade. Longe do
paradigma do escravismo, a organização social se adéqua
a uma ordem de funcionamento em concordância com o preceito
de recíproca solidariedade.
3 29 ABR >RITUAIS DE REALEZA I: A INSTALAÇÃO
O objetivo do ritual de instalação não é simplesmente mostrar
a transmissão do governo entre o rei defunto e o sucessor.
Por trás disso há a necessidade de conjurar a possibilidade de
vazio de poder (de consequências nefastas) e afirmar a existência
de um ser de natureza divina que, mediante pactos estabelecidos
com as divindades, assegura o correto funcionamento das ordens
natural e sociopolítica. 4 06 MAi > RITUAIS DE REALEZA II: A REINSTALAÇÃO (O HEB SED, OU RITUAL
DE REJUVENESCIMENTO, E OS RITUAIS ANUAIS)
Esporádica ou periodicamente, dependendo de circunstâncias
individuais ou determinadas pelo calendário agrícola, o rei deve
ser submetido a cerimônias que atualizam o ritual de instalação.
Trata-se não só de reforçar a potência real como de propiciar
o correto devir dos ciclos da natureza e de otimizar a exploração
de seus recursos.
Ana Montes. Antropóloga. Doutora em Antropologia pela Universidade de
Barcelona. Colaboradora de docência e pesquisa no Instituto Inter-universitário
de Estudos do Próximo Oriente Antigo – Universidade Autônoma de Barcelona.
Foi responsável pelo programa África negra, professora de Antropologia Social
e Cultural na Fundação Arqueológica Clos (Barcelona) e diretora do Banco de
Imagens, Arquivo Documental da Fundação Arqueológica Clos (Barcelona).
Participou de diversas pesquisas de campo no Egito e outras regiões africanas
e é autora de vários trabalhos sobre história e cultura egípcias.
História, Ciências
e atualidade
QUINTAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
45
CRIAÇÃO, PRODUÇÃO E CONSUMO EM TEMPOS
DE SUSTENTABILIDADE
Dalcácio da Gama Reis
••4 AULAS
História, Ciências
e atualidade
O atual momento é de transição e, em todo o mundo, um número crescente
de pessoas está cada vez mais consciente e preocupado com a repercussão de
suas atitudes – desde a abertura de uma torneira até a ida ao supermercado.
Nesse contexto, parece que ficou mais claro que as escolhas afetam, direta ou
indiretamente, uma cadeia enorme de eventos que podem impactar negativa ou
positivamente o planeta e a vida de quem mora nele. Esse curso apresentará um
panorama desse cenário, onde novos conceitos e paradigmas relacionados à ideia
de produtos de consumo e formas de vida “sustentáveis” ganham força e lugar
no mercado. A partir da apresentação e análise de uma série de produtos serão
discutidos os novos conceitos de criação, produção e consumo de uma sociedade
em plena transformação – de consciência e comportamento.
1 08 ABR >O que é Sustentabilidade
Triple Bottom Line, aquecimento global / efeito estufa. Pegada
de carbono / pegada ecológica (definições) – da água ao celular.
Matriz energética (Brasil), energia não renovável x energia
renovável. Produtos à base de energia humana, solares / eólicos
– de carregadores de celular a turbinas. Case Veículos – neste
case será discutida a questão energética ligada aos atuais e novos
combustíveis e apresentados produtos que apontam para novas
tendências no desenvolvimento de veículos individuais e coletivos.
2 15 ABR >Ciclo de vida do produto (cradle to gate,
cradle to grave, cradle to cradle)
Apresentação de produtos relacionados ao tema e exemplificação
do complexo ciclo de vida de um produto. Obsolescência programada
e obsolescência percebida. Case iPod – neste case será possível
avaliar um produto de sucesso e sua estratégia de lançamento.
Definição e exemplo dos conceitos de 3Rs, 3Rs + C, 4Rs e 5Rs.
Materiais renováveis e multiplicação de produtos feitos com bambu
e papel papelão. Novos materiais. Compostáveis e biodegradáveis.
3 29 ABR >Ecoeficiência
Redução de materiais e processos de produção. Case Celulares –
as tendências no desenvolvimento de aparelhos celulares,
materiais reciclados, compostáveis e a utilização de fontes
energéticas renováveis.
4 06 MAI > NOVOS Paradigmas
Computadores: as tendências para esse equipamento cada vez mais
presente no nosso dia a dia. Papel: a utilização cada vez maior de
papel reciclado – papel branco x papel reciclado. Também serão
analisados produtos feitos com papel, como louças. Descartáveis x
Reutilizáveis: os produtos descartáveis são repensados e relançados
para serem reutilizados. Produtos conceituais: projetos conceituais,
alguns viáveis comercialmente e outros inusitados. Lucro: a
mudança do conceito de lucro pelas mãos de empreendedores
que desenvolvem e lançam produtos voltados para as áreas sociais
e de saúde.
QUINTAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
História, Ciências
e atualidade
DALCÁCIO DA GAMA REIS. Designer de produto, com pós-graduação em Marketing
e MBA em Gestão de Negócios Sustentáveis. É autor do livro Product design in the
sustainable era, que será lançado pela Taschen este ano, resultado de pesquisas
na área de Sustentabilidade. Trabalhou no Instituto Nacional de Tecnologia,
NCS Design Rio e Ana Couto Branding & Design, onde foi sócio-gerente executivo
de Design por sete anos, atendendo a empresas como Unibanco, Nivea,
Coca-Cola Brasil e México e Procter & Gamble. É diretor de Criação do escritório
Carpa Design.
46
ENTRETENIMENTO, COMUNICAÇÃO E CULTURA
a hora e a vez dos m.e.d.i.a
VINICIUS ANDRADE PEREIRA
••4 AULAS
O entretenimento como linguagem implica a transformação da comunicação em
uma experiência – muito mais do que uma troca de mensagens –, demandando
novos suportes, especialmente os que permitem a multissensorialidade. Esse
curso investigará as mudanças na cultura contemporânea que instauram novas
dinâmicas e processos para a comunicação, bem como novos arranjos e ambientes
midiáticos que explodem as tradicionais noções de mídias. Assim, o novo cenário
da comunicação como experiência e o entretenimento como linguagem promovem
a transposição das mídias para os M.E.D.I.A. – Mídias, Entretenimento, Design e
Intervenções Artísticas – como estratégia de comunicação, não apenas na arena
da publicidade, mas em praticamente todas as esferas da sociedade: educação,
política, religião, trabalho e relações pessoais.
História, Ciências
e atualidade
1 09 ABR >Breve história do entretenimento
O entretenimento como prática privada e como indústria
(fonográfica, cinematográfica, televisiva, de games).
O entretenimento como linguagem – na religião, na política,
na educação, como estratégia de marketing etc.
2 16 ABR >Cultura Pan-Midiática, Economia da Atenção
e Entretenimento
A cultura Pan-Midiática. Cognição e economia da atenção.
O entretenimento como estratégia para promover mensagens
em um cenário midiático hiperssaturado. Comunicação como
experiência.
3 30 ABR >O entretenimento como linguagem e seus suportes
A explosão das mídias. A emergência dos M.E.D.I.A. – Mídias,
Entretenimento, Design e Intervenções Artísticas. A Comunicação
Multissensorial. Novos Arranjos e Ambientes Midiáticos.
4 07 MAI > Entretenimento, Consumo e Publicidade
O consumo do entretenimento na contemporaneidade.
Entretenimento e Identidade. Tendências em entretenimento.
Marcas, Publicidade e Entretenimento.
VINICIUS ANDRADE PEREIRA. Professor da Escola Superior de Propaganda
e Marketing (ESPM) nos cursos de Comunicação, Design e Administração.
Coordenador do Departamento de Estudos do Entretenimento e diretor do
Laboratório de Mídias PAN MEDIA LAB – ESPM. Professor da Faculdade e do
Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Uerj, onde coordena a linha
de pesquisa Tecnologias e Cultura. Foi coordenador do GT Comunicação e
Cibercultura, da COMPÓS (2005–2007), e é sócio fundador e diretor científico da
Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (ABCiber). É doutor em
Comunicação e Cultura pela UFRJ, pesquisador do Centro de Altos Estudos em
Propaganda e Marketing (CAEPM) e pesquisador associado do Programa McLuhan
em Cultura e Tecnologia, da Universidade de Toronto, Canadá. Organizador e
coautor do livro A cultura digital trash: linguagens, comportamentos, consumo e
entretenimento e de vários artigos sobre novas tecnologias e cultura, publicidade
em meios digitais, dentre outros temas.
História, Ciências
e atualidade
SEXTAS-FEIRAS, 19H30
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
47
OS PROFISSIONAIS DE MARKETING POLÍTICO
ESTRATEGISTAS, CRIADORES OU “BRUXOS”?
DUDA MENDONÇA, ANTONIO LAVAREDA, RUI RODRIGUES
••3 AULAS
Elevado a uma das mais importantes atividades do mundo moderno, fascinante
para muitos, mitificador para outros, inaceitável para os mais radicais, o Marketing
Político parece que veio para ficar. Introduzido nos países anglo-saxões nos anos
de 1940, chega ao Brasil com o processo de restabelecimento da democracia
representativa. Estreia profissionalmente nas eleições municipais e estaduais de
1986, e se lança nacionalmente na campanha que elegeu Presidente da República,
pelo voto direto, Fernando Collor de Mello, até então obscuro player da política
brasileira. Desde então, sua influência e importância não param de crescer, aqui
e no exterior, culminando com as inéditas técnicas aplicadas pela campanha de
Barack Obama.
Para debater o tema, este ciclo prevê encontros com três dos mais importantes
profissionais de Marketing Político brasileiro. Estilos e papéis às vezes diversos,
quase sempre ao lado de candidatos rivais, eles tornarão mais clara essa
complexa relação entre projetos/ideais políticos e técnicas de persuasão/sedução.
História, Ciências
e atualidade
Informação preciosa para todos aqueles que, como a Casa do Saber Rio,
buscam contribuir para o aperfeiçoamento das instituições políticas do país.
1 27 ABR >DUDA MENDONÇA
2 04 MAI > ANTONIO LAVAREDA
3 11 MAI > RUI RODRIGUES
DUDA MENDONÇA. Antes de dedicar-se ao Marketing Político, José Eduardo
Cavalcanti de Mendonça foi aluno de Administração de Empresas, corretor
de imóveis, fundador da primeira versão da premiadíssima agência de publicidade
DM9, em Salvador. No marketing político, após ter liderado dezenas de campanhas
eleitorais na Bahia e em outros estados nordestinos, tornou-se conhecido
nacionalmente com o trabalho de reconstrução da imagem e eleição de Paulo
Maluf em São Paulo. Em 2001 obteve mais um êxito, ao criar e dirigir a vitoriosa
campanha do candidato Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República.
No total foram 45 campanhas eleitorais diferentes em 25 anos – para presidente,
governador, prefeito, senador, deputado e vereador. No Brasil e na Argentina.
Baiano, Duda Mendonça preside a agência Duda Propaganda, com matriz
em São Paulo.
Antonio Lavareda. Bacharel em Direito (UFPE) e em Jornalismo (Unicamp),
mestre em Sociologia (UFPE) e doutor em Ciência Política (Iuperj). Foi professor
e coordenador do Mestrado em Ciência Política da UFPE e pesquisador visitante
na Universidade da Califórnia (Berkeley). Pernambucano radicado no Recife,
é diretor-presidente da MCI Estratégia, sócio da APPPM – Análise, Pesquisa e
Planejamento de Mercado e presidente do Conselho Científico do Instituto de
Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). É membro do Núcleo de
Planejamento Estratégico e Avaliação de Políticas Públicas da FGV – Projetos,
além de palestrante e comentarista de opinião pública da rádio BandNews FM.
Publicou seis livros na área de política, sendo os últimos: Democracia nas urnas
e Emoções ocultas e Estratégias eleitorais. Lavareda planejou as mais importantes
campanhas regionais e nacionais dos candidatos do DEM (ex-PFL).
trajetória como profissional de Marketing institucional e político inclui diversas
campanhas eleitorais no Brasil e no exterior, entre as quais: a de Fernando
Henrique Cardoso, em 1994 e 1998; a de José Serra, em 2002; e, em Angola,
em 1992. Em 2007, coordenou, a convite da CBF, a apresentação da vitoriosa
candidatura do Brasil para sediar a Copa do Mundo de Futebol da Fifa em 2014.
Participou das campanhas institucionais de comunicação que deram suporte
à privatização das telecomunicações no Brasil, nos anos 90. No setor público,
liderou grandes projetos no Ministério da Saúde, Sebrae e Correios. Atualmente,
participa dos processos de expansão de empresas como Vale, Copasa, Light, CCR,
Ambev e Quattor. Paulista, é sócio e vice-presidente da recém-criada joint venture
Loducca.MPM.
TERÇAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 140,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 190,00
História, Ciências
e atualidade
RUI RODRIGUES. Engenheiro, com pós-graduação em Economia pela FGV, sua
48
GRANDES JORNALISTAS POLÍTICOS
HISTÓRIAS DA POLÍTICA BRASILEIRA VILLAS-BôAS CORRÊA, JORGE BASTOS MORENO,
GENETON MORAES NETO, ZUENIR VENTURA, ALEXANDRE garcia
Mediação: Merval Pereira
História, Ciências
e atualidade
••5 aulas
São cinco grandes jornalistas políticos, que testemunharam e escreveram
grandes histórias da política brasileira. A começar pelo decano da crônica política
brasileira, Villas-Bôas Corrêa, que está no ramo há mais de 60 anos, repórter
consagrado que acompanha a política desde os anos 40 do século passado até
os dias de hoje, com marcantes reportagens e análises acuradas. Jorge Bastos
Moreno e Geneton Moraes Neto são repórteres da geração que se seguiu à de
Villas-Bôas e que dela apreendeu a sutileza da linguagem e a sabedoria para
decifrar o que há por trás dos gestos e das frases dos políticos. Moreno, por
exemplo, foi o primeiro a conseguir tirar do general João Baptista Figueiredo a
declaração oficial de que seria o sucessor de Ernesto Geisel. Mas Villas-Bôas
fora o primeiro analista a confirmar a escolha do último dos generais a presidir
o país. Jogando também na economia, Moreno ganhou um Prêmio Esso pelo furo
da troca do presidente do Banco Central, Gustavo Franco, abrindo caminho para
a desvalorização do real no início do segundo governo de Fernando Henrique
Cardoso. Geneton recolheu depoimentos preciosos de vários ex-presidentes, com
revelações exclusivas que aclararam momentos fundamentais da História recente.
Zuenir Ventura ampliou o sentido da política para os campos da violência urbana e
do meio ambiente com reportagens que marcaram época, sobre a violência no Rio,
apresentando o diagnóstico da Cidade Partida, e sobre a morte de Chico Mendes,
trazendo para o grande público a história desse mártir da Ecologia, então pouco
conhecido. E o ciclo fecha com Alexandre Garcia, cuja trajetória como repórter,
comentarista e âncora já faz parte da história do jornalismo político da televisão
brasileira.
1 05 MAI > Villas-Bôas Corrêa
2 12 MAI >Jorge Bastos Moreno
3 19 mai > Geneton Moraes Neto
4 26 mai >Zuenir Ventura
5 02 JUN >Alexandre Garcia
VILLAS-BÔAS CORRÊA. Colunista do Jornal do Brasil. É o mais antigo analista político
em atividade no país.
JORGE BASTOS MORENO. Diretor da Infoglobo, em Brasília. Assina, aos sábados, a
coluna “Nhemnhemnhém”, no jornal O Globo. É responsável pelo Blog do Moreno.
GENETON MORAES NETO. Repórter especial da GloboNews. Ex-editor executivo do
programa Fantástico, na Rede Globo.
ZUENIR VENTURA. Assina, às quartas-feiras e aos sábados, uma coluna na página
de Articulistas do jornal O Globo.
ALEXANDRE GARCIA. Comentarista político da Rede Globo em Brasília. Editor e
âncora do telejornal DF TV. Apresenta o programa semanal Espaço Aberto no canal
por assinatura GloboNews.
MERVAL PEREIRA. Colunista diário do jornal O Globo. Comentarista do Jornal das
Dez, do canal por assinatura GloboNews, e da rádio CBN.
História, Ciências
e atualidade
QUARTAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 225,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELAS DE R$ 250,00
49
A MITOLOGIA GREGA E A MULHER
ISABELA FERNANDES
••5 aulas
A Grécia Antiga apresenta uma estrutura social rigidamente patriarcal. Do mundo
homérico à Pólis democrática, o homem se faz porta-voz das leis e da cidade
e se associa ao espaço simbólico de claridade e de identidade cultural. Em
contrapartida, a mulher vai ocupar um espaço simbólico de alteridade, estando
associada aos signos de perigo, obscuridade, selvageria e morte. Nesse contexto
nasceram algumas das mais instigantes personagens da mitologia grega.
1 10 mai > A mulher selvagem no mito de Ártemis e Atalanta
2 17 mai > Dejanira e Héracles: venenos e sombras no mito
da esposa assassina
3 24 mai > Antígona: a mulher, as trevas e a morte
4 31 mai > Psiquê e Cupido: a ascensão e a redenção
da alma feminina
5 07 jun >Psiquê e Cupido: a ascensão e a redenção da alma
feminina (continuação)
História, Ciências
e atualidade
Isabela Fernandes. Professora de Letras Clássicas e de História Antiga na
PUC-Rio e nos cursos de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicoterapia Junguiana
no Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação (Uni-IBMR) e na Universidade
Veiga de Almeida (UVA). Doutora em Literatura pela PUC-Rio e autora de
Linho de Urtigas.
segundas-feiras, às 17h
R$ 200,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 250,00
50
TEMPO PARA VIAJANTES
UMA (NÃO TÃO BREVE) HISTÓRIA DO TEMPO
LUIZ ALBERTO OLIVEIRA
Acreditamos, fundados em nosso senso comum, conhecer os atributos essenciais
do Tempo: fluxo irresistível que transporta os seres do mundo do passado para o
futuro, base deslizante em que o Real habita, linha infinita de instantes. Há, sem
dúvida, uma Imagem do Tempo bem definida no Ocidente. Contudo, essa Imagem,
tal como cotidianamente – e, em geral, inconscientemente – a empregamos,
está em vias de sofrer um abalo dos mais profundos em função das inovações
científicas mais recentes: não só as Ciências contemporâneas exibem diversas
noções ou operadores denotados pelo mesmo termo “tempo” – indicando assim
uma incompletude em nossa apreensão costumeira desse(s) conceito(s) tão
básico(s) – como também, e ainda mais importante, para as Ciências atuais essa
Imagem, ainda que funcional, não é “objetiva”, não corresponde a nenhum atributo
fundamental da realidade natural. A célebre (e irônica) afirmação de Albert
Einstein resume a posição de muitos cientistas: “Para os físicos, a distinção entre
passado, presente e futuro é apenas uma ilusão, ainda que persistente…”. Surge,
assim, um curioso campo de problemas: como se constituiu a Imagem do Tempo
predominante hoje em dia? Que outras Imagens de Temporalidade são concebidas
e empregadas pelas Ciências contemporâneas? Como o conhecimento sobre a
natureza – e, paralelamente, o estatuto do sujeito humano – se transforma ante
essas novas figuras do pensamento? Qual o significado potencial dessa refundação
dos Tempos para outros campos da cultura? Essa revolução de perspectivas
aponta para uma série de questões de grande alcance que se encontram
tentadoramente em aberto… As estações do percurso:
1 13 MAI > Uma (não tão breve) História do Tempo
Os episódios capitais da invenção do Tempo.
História, Ciências
e atualidade
••7 AULAS
2 20 MAI > TIC-TAC, TIC-TAC
Descrição do surgimento do relógio mecânico, a Mãe das Máquinas.
3 27 MAI > O TRONO DE CRONO
Exame da constituição, operação e disseminação da imagem
cotidiana do Tempo.
4 10 JUN >A COSMOVISÃO CONTEMPORÂNEA
As inovações revolucionárias que destronaram a Cronalidade.
>
5 17 JUN >LABIRINTOS, BIBLIOTECAS E PARADOXOS
Investigação da Hierarquia de Temporalidades evocada
pelas Ciências contemporâneas.
6 24 JUN >OS TEMPOS COMPLEXOS
As principais características dos novos tipos de Tempos
que doravante vigoram.
7 01 JUL > CONCLUSÕES (temporárias)
Avaliação das consequências das novas figuras do Tempo
para a atualidade.
LUIZ ALBERTO OLIVEIRA. Físico, doutor em Cosmologia e pesquisador do Centro
Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/MCT), onde também atua como professor
de História e Filosofia da Ciência.
História, Ciências
e atualidade
QUINTAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 180,00 NA INSCRIÇÃO + 2 PARCELAS DE R$ 225,00
51
VIOLÊNCIA E INFORMALIDADE NO RIO.
DÁ PARA ENCARAR?
SERGIO GUIMARÃES FERREIRA
••2 AULAS
1 18 MAI > SUCESSOS EM POLÍTICAS DE SEGURANÇA PÚBLICA
Estatísticas criminais. Economia do crime: a lógica de mercado
das quadrilhas. O tamanho do negócio no Rio de Janeiro: dados
conflitantes. Políticas de segurança pública: choque e gestão, a
combinação equilibrada. Políticas de defesa social: prevenção e
articulação.
2 25 MAI > INFORMALIDADE URBANA, DADOS, MODELOS TEÓRICOS
E POLÍTICAS PÚBLICAS
Caracterizando favelas: resultados de censos e pesquisas
domiciliares. Informalidade e escolha. Impactos de formalização e
regularização fundiária. Mercados informais: como funcionam.
SERGIO GUIMARÃES FERREIRA. Economista com graduação na UFRJ, mestrado na
PUC-Rio e PhD na Universidade de Wisconsin. Professor do Ibmec/RJ. Economista
do BNDES. Subsecretário de Estudos Econômicos da Secretaria de Estado da
Fazenda/RJ. Prêmio BNDES de Economia 1995 de melhor tese de mestrado
do Brasil. Prêmio Adriano Romariz Duarte 2006 de melhor artigo publicado na
revista Brazilian Review of Econometrics. Seu trabalho de pesquisa é direcionado
atualmente para a área de avaliação de políticas públicas. Co-organizador e
coautor (com Fernando Veloso) do livro É possível: a gestão da segurança pública e a
redução da violência.
TERÇAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 80,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 100,00
História, Ciências
e atualidade
Esse curso oferece uma rara, e indispensável, oportunidade de aprofundar o nível
de conhecimento sobre uma das facetas mais presentes no dia a dia do Rio de
Janeiro – a violência que se evidencia nos nossos altíssimos índices de homicídios.
O seu ponto de partida é um diagnóstico sobre as relações entre a criminalidade
e a informalidade da ocupação urbana. O que são as favelas, os loteamentos
informais e como se articulam os transbordamentos para os espaços formais
da cidade? Existem particularidades que separam as políticas de segurança
adotadas aqui com as de outras cidades assoladas pela violência urbana? O que
esperar a curto, médio e longo prazo da ação das recém-implantadas UPP’s? Que
outras políticas públicas são estratégicas para sustentar melhores indicadores de
violência? Há luz possível no final desse túnel?
52
O que passA na CABEÇA DO BRASILEIRO
ALBERTO CARLOS ALMEIDA
••4 AULAS
O que o brasileiro pensa sobre temas como jeitinho, violência, família,
sexualidade, preconceito de cor e presença do governo na economia?
Esse curso mergulha na “cabeça do brasileiro”, buscando responder
a algumas perguntas fundamentais sobre nosso comportamento e cultura.
Quais as principais diferenças entre os brasileiros, considerando classes
sociais e regiões do país? Qual o impacto que a mentalidade dominante
dos brasileiros tem na nossa vida social, econômica e política?
1 24 MAI > Os temas do pensamento social brasileiro
Os principais temas do pensamento social brasileiro em Gilberto
Freyre, Oliveira Vianna, Victor Nunes Leal, Sérgio Buarque de
Holanda, entre outros. Como os trabalhos de Roberto DaMatta se
encaixam no pensamento social brasileiro e o que esse autor traz
de novidade para essa reflexão.
História, Ciências
e atualidade
2 31 MAI > Metodologia de pesquisa Como se faz para mensurar conceitos complexos. Como medir
conceitos sociais e culturais por meio de pesquisas de opinião.
3 07 JUN >O papel da escolaridade na modernização da sociedade Como se forma a mentalidade e a cultura das pessoas. O papel
do sistema escolar, do mercado de trabalho, da religião e da
família. Qual o impacto da escolarização na vida social e econômica
das sociedades. 4 14 JUN >tentando entender a cabeça do brasileiro O que o brasileiro pensa sobre quase tudo. Por que isso importa
para o funcionamento da nossa sociedade. O que fazer para mudar
para melhor. ALBERTO CARLOS ALMEIDA. Sociólogo, mestre e doutor em Ciência Política pelo
Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj). É autor de A cabeça
do brasileiro, A cabeça do eleitor, Por que Lula?, Como são feitas as pesquisas
eleitorais e de opinião e Presidencialismo, parlamentarismo e crise política no Brasil.
É colunista do jornal Valor Econômico e diretor do Instituto Análise.
segundas-feiras, às 20h
R$ 180,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
53
OS EXECUTIVOS BRASILEIROS
IVAN ZURITA, MARIA SILVIA BASTOS MARQUES, MARCIO UTSCH, fábio carvalho,
DANTE LETTI
••5 AULAS
Esse ciclo reúne alguns dos mais importantes executivos do país atuando para
empresas de controles acionários diversos. Quais as principais características
desses profissionais que, embora não sejam donos de seus negócios, são
cobrados por acionistas, stakeholders, autoridades e consumidores como se
fossem? O que têm em comum? O que os diferencia? Como lidam com o poder
temporário que recebem? O Brasil seria um mercado que os credencia ou que
os desvaloriza? Qual a sua trajetória e formação? – eis alguns temas que serão
abordadas, em formato de talk-show, com a seguinte programação:
1 24 mai > IVAN ZURITA
2 31 mai > MARIA SILVIA BASTOS MARQUES
3 07 jun >MARCIO UTSCH
4 14 jun >fábio carvalho
5 21 jun >DANTE LETTI
MARIA SILVIA BASTOS MARQUES. Presidente da Icatu Seguros.
MARCIO UTSCH. Presidente da São Paulo Alpargatas.
FÁBIO CARVALHO. CEO da Casa & Vídeo.
DANTE LETTI. Presidente da Souza Cruz.
segundas-FEIRAs, ÀS 20H
R$ 150,00 NA INSCRIÇÃO + 2 PARCELAS DE R$ 200,00
História, Ciências
e atualidade
IVAN ZURITA. Presidente da Nestlé do Brasil.
54
(ECO)NOMIA. O VALOR DO CLIMA NA AGENDA
BRASILEIRA E GLOBAL
Sérgio Besserman vianna, Ronaldo Serôa da Motta, Virgilio Gibbon,
Carolina Dubeux
••4 aulas
Apesar dos tímidos resultados da cúpula de Copenhague, a nova década pode ser
o início do que alguns especialistas chamam de “era de amadurecimento” para as
estratégias públicas e corporativas dos negócios com base na sustentabilidade.
Não é mais possível pensar em economia - e em seu futuro - sem levar em
conta o processo das mudanças climáticas do planeta. Esse curso apresenta um
panorama lúcido e concreto sobre algumas das questões que ocupam o centro da
agenda global de hoje: o que os avanços mais recentes da ciência revelam sobre
o clima do planeta. O processo político e a negociação após os resultados da
COP15 em Copenhague. A economia política da mudança climática. O mercado de
carbono. Os impactos na economia brasileira.
1 08 JUN >O clima pós Copenhague ?
Sergio Besserman
2 15 JUN >A economia política do clima
História, Ciências
e atualidade
Ronaldo Serôa da Motta
3 22 JUN >O mercado de carbono
Virgilio Gibbon
4 29 JUN >A economia brasileira e a mudança climática
Carolina Dubeux
Sérgio Besserman vianna. Professor de Economia Brasileira no Departamento
de Economia da PUC-Rio. Membro do Conselho Diretor da WW-F Brasil. Foi
presidente do IBGE, onde lançou, entre outras publicações, Indicadores de
desenvolvimento sustentável, Glossário do meio ambiente e Cartilha da mudança
climática para crianças. Foi diretor de Planejamento e da Área Social do BNDES
e presidente do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos. Atualmente
é presidente da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável do Gabinete
do Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro. É comentarista de Sustentabilidade da
GloboNews e de temas da cidade na rádio CBN.
Ronaldo Serôa da Motta. Mestre e graduado em Engenharia de Produção,
COPPE/UFRJ, doutor em Economia pela University College London. É pesquisador
do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e professor de Economia
da Regulação Econômica e Ambiental do IBMEC, Rio de Janeiro. Foi Diretor de
Plano e Programas Ambientais do Ministério do Meio Ambiente. Publicou diversos
artigos científicos sobre economia ambiental e os livros Economia ambiental,
Manual para valoração econômica de recursos ambientais, Contabilidade ambiental,
Environmental economics and policy making in developing countries, Pricing the
Earth e Valorando a natureza. É membro da European Association for Research
in Industrial Economics (EARIE) e da European Environmental and Resource
Economists (EAERE). Foi membro do Intergovernmental Panel on Climate Change
(IPCC) e da Delegação Brasileira nas Conferências das Partes da Convenção do
Clima das Nações Unidas (UNFCC).
Carolina Dubeux. Mestre e doutora em Planejamento Energético pela
COPPE/ UFRJ, com pós-doutorado no Centro Internacional de Pesquisa sobre
Desenvolvimento e Meio Ambiente (Cired/França). É pesquisadora do Centro de
Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudança Climática (Centro Clima) da
Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (COPPE) da UFRJ.
Coordenadora técnica do estudo Economia da Mudança do Clima no Brasil (Mini
Stern Report), promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
e Desenvolvimento junto a outras instituições brasileiras, com apoio financeiro
do Reino Unido. Membro da Delegação Brasileira nas Conferências das Partes da
Convenção do Clima das Nações Unidas (UNFCC). Desenvolveu diversas pesquisas
e consultorias para instituições e governos nacionais e estrangeiros.
TERÇAS-FEIRAS, 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE r$ 200,00
História, Ciências
e atualidade
VIRGILIO GIBBON. Formado em Economia pela UFRJ, mestre e doutor em Economia
pela Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da Fundação Getúlio Vargas
(FGV-RJ). Foi Coordenador de Projetos da FGV Projetos (FGV-RJ), Superintendente
Geral da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, Superintendente Geral da Bolsa
Brasileira de Futuros, Assessor Econômico da Escola Superior de Guerra Naval
e Professor de Economia do Instituto Rio Branco do Ministério das Relações
Exteriores. É Sócio da Gibbon Consultoria Financeira e Futuros e autor de
Distribuição de Renda e Mobilidade Social.
55
MITOS E VERDADES NA EDUCAÇÃO: DA PRIMEIRA
INFÂNCIA À ADOLESCÊNCIA
UM MODELO DE EDUCAÇÃO para o SÉCULO XXI
FABIO BARBIRATO ••4 AULAS
Diante da avalanche de informação do mundo contemporâneo, muitas vezes pais
e professores se deparam com diversas questões – e dúvidas – relacionadas ao
tema da educação de crianças e adolescentes. Esse curso se propõe a esclarecer
mitos e verdades na educação, discutindo os caminhos para a compreensão
de aspectos fundamentais da primeira infância até a adolescência. Nesses tempos
de mídias sociais, qual o papel da secular escola? Quais os mais frequentes
distúrbios de comportamento? Como ter certeza de uma aprendizagem
saudável? O que cabe aos pais e à escola na prevenção quanto ao uso da internet,
de drogas e álcool.
História, Ciências
e atualidade
1 09 JUN >DA GESTAÇÃO AO NASCIMENTO E OS PRIMEIROS ANOS DE VIDA:
MITOS E VERDADES
O que muda na vida dos pais com a chegada de um filho? O que
é certo e errado no trato com o bebê? Os principais mitos e verdades
na educação infantil.
2 16 JUN >NEUROCIÊNCIA E DESENVOLVIMENTO: COMO A NEUROCIÊNCIA
DO SÉCULO XXI PODE AJUDAR NOS MARCOS DO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL A educação além das cartilhas de alfabetização: como as últimas
descobertas da Neurociência podem ajudar os pais no dia a dia
com seus filhos? 3 23 JUN >ADOLESCENTE OU ABORRECENTE? ENTENDENDO
UM POUCO MAIS ESSA FASE DA VIDA As peculiaridades e características da fase mais determinante
da vida. O enfrentamento das regras estabelecidas. Bullying:
a sensação de exclusão e a necessidade de pertencimento. Pais:
amigos ou orientadores? Depressão e ansiedade na adolescência.
4 30 JUN >JOVENS E DROGAS: O QUE É PRECISO SABER
E COMO EVITÁ-LAS
O que os jovens buscam nas drogas? O consumo das drogas
na adolescência e seus riscos para a saúde física e mental.
O papel dos pais e educadores na prevenção e no trato com
usuários de álcool e drogas.
FABIO BARBIRATO. Médico psiquiatra pela UFRJ. Professor de Psiquiatria Infantil
na PUC-Rio, professor da Faculdade de Medicina da Faculdade Souza Marques,
chefe da Psiquiatria Infantil da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro,
coordenador do Departamento de Psiquiatria Infantil da Associação de Psiquiatria
do Rio de Janeiro e membro da Academia Americana de Psiquiatria Infantil.
É autor do livro A mente do seu filho.
História, Ciências
e atualidade
QUARTAS-FEIRAS, ÀS 17H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
56
Os sentidos do design no contemporâneo
João de Souza Leite
••4 AULAS
História, Ciências
e atualidade
Ao longo das últimas décadas, o termo Design conquistou a amplitude
ambicionada pelo Modernismo. No entanto, diferentemente dos atributos
revolucionários então enunciados, o Design hoje abriga um leque de significados e
se insere progressivamente nas práticas corriqueiras da cultura. Nesse sentido, se
espalha vulgarmente pela sociedade. Ainda não dimensionado na vastidão de suas
possibilidades, o termo se estabeleceu no senso comum como algo sobretudo
associado ao criativo e ao pouco usual. Por outro lado, prementes questões do
mundo contemporâneo têm exigido uma capacidade de antecipação e elaboração
de projeto cada vez mais complexa. Ao investigar alguns conceitos básicos e sua
evolução, dispondo-os diante de novas práticas e novos enunciados de Design, o
curso pretende inspirar uma ampla e vigorosa reflexão sobre o tema.
1 09 JUN >A expansão do território do design
e a vulgarização do termo
Motivos para a expansão: a evolução conceitual. Motivos da
vulgarização: o léxico e o acesso irrestrito à modelagem. Uma certa
encapsulação do conceito de Design moderno: os compromissos
históricos, a criação de um novo homem para um novo tempo.
Ideologia e utopia no Design. Relações contingenciais na formação
do Design brasileiro: o moderno como compromisso social.
2 16 JUN >A possibilidade de um campo de saber
e um campo de profissionais
O sistema das origens do Design na matriz de Richard Buchanan:
complementaridade e inclusão conceitual. A relação com a produção
seriada; a identificação com a Ciência, em detrimento da Arte; o
lúdico no mundo anglo-americano. Uma abordagem abstrata ao
processo do projeto por William Miller: o esvaziamento do valor
revolucionário. Um enunciado a serviço de quê?
3 23 JUN >Uma matéria comum a todos os campos do design
Não mais modelos, nem metodologias; teorização a partir do modus
faciendi do designer: irregular por natureza, improvável em função
do exercício individual, variante pela abordagem da imaginação,
consciencioso pela atenção ao detalhe e multidisciplinar em sua
fenomenologia. Uma ciência para o Design, segundo Nigel Cross.
Uma filosofia para o Design, segundo Bruno Latour.
Um novo discurso para o Design, segundo Klaus Krippendorff.
Uma perspectiva para as Artes?
4 30 JUN >A fronteira eternamente borrada:
a superação dos limites
O valor político do Design, na perspectiva democrática; os interesses
na sociedade. Revisão de parâmetros. Novas aberturas: o Design e
o mundo dos negócios, Design e inovação, Design e serviço, Design
e artesanato, Design e interação, Design e Arte. Novos conceitos,
novas fronteiras. O saber e os saberes específicos do Design na
contemporaneidade.
João de Souza Leite. Professor adjunto da Escola Superior de Desenho Industrial
(Esdi), da Uerj, e professor do Departamento de Artes e Design da PUC-Rio.
Doutor em Ciências Sociais pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Uerj.
Pesquisador, conferencista, autor e curador na área do Design, organizou
o livro A herança do olhar: o design de Aloisio Magalhães e edita a revista D2B –
Design to Branding.
História, Ciências
e atualidade
quartas-FEIRAs, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
Artes
57
a arte do design: ART NOUVEAU e bauhaus
HÉLIO DIAS FERREIRA
••4 AULAS
Esse curso apresenta uma visão ampliada das questões relacionadas à história
e à importância do Design, através da análise de movimentos e escolas do fim do
século XIX e início do século XX. Nesse percurso ganham destaque William Morris
e o movimento inglês do Arts & Crafts, o nascimento do movimento Art Nouveau,
pelas mãos de Victor Horta, e os desdobramentos do novo estilo pela Europa e
Estados Unidos, além da Escola da Bauhaus, com a revolução definitiva no
campo do Design.
1 01 MAR >OS MovimentoS Arts & Crafts E ART NOUVEAU
A utopia de um pequeno grupo na Inglaterra, liderado por William
Morris. Na Bélgica, o nascimento do Art Nouveau com a linha
serpentina de Victor Horta. Os diferentes comportamentos do
novo estilo pela Europa, com o surgimento do Jugendstil na
Alemanha, do estilo Modernista na Espanha e do Modern Style
nos Estados Unidos.
2 08 MAR >Surgimento da École de Nancy, no antigo ducado
de Lorraine, na virada do século XIX para o século XX
Um grupo singular de mestres vidreiros, ferreiros e ebanistas
manifestou sua atuação artística através dos vidros e cristais da
família Daum, dos vidros e móveis de Émille Gallé e da criatividade
de nomes como Louis Majorelle, Jacques Gruber e Éugene Vallin.
3 15 MAR >O Movimento de Secessão austríaco
A nova arte particular, surgida em Viena, com linhas geometrizadas
aliadas ao senso decorativo, ainda ao gosto Art Nouveau, teve
seus principais exemplos nos trabalhos do grupo composto
por Gustav Klimt, Otto Wagner, Joseph Maria Olbrich e Josef
Hoffmann, entre outros.
Em Weimar, Dessau e Berlim, existiu, entre 1919 e 1933, a Escola
da Bauhaus, responsável por uma verdadeira revolução do
pensamento do Design, deixando marcas até os dias de hoje. Entre
seus professores estavam grandes artistas, como Vassily Kandinsky,
Oskar Schlemer, Marcel Breuer e Moholy-Nagy. Dessa experiência
nasceram propostas arrojadas de Arquitetura e desenho de móveis
e objetos – móveis tubulares de metal, luminárias simplificadas e
muitas outras criações que marcaram a História da Arte.
artes
4 22 MAR >A ESCOLA BAUHAUS
>
HÉLIO DIAS FERREIRA. Professor da Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro (UNI-RIO), doutor em Educação pela UFF, com parte dos estudos realizada
na Université Sorbonne – Paris III, mestre em História da Arte pela UFRJ. É autor
de livros de Arte como Uma história da arte ao alcance de todos e Ivan Serpa: o
expressionista concreto.
Artes
SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
58
VIOLINO: UM PANORAMA AFETIVO
A HISTÓRIA E o REPERTÓRIO DO INSTRUMENTO QUE ATRAVESSA
OS TEMPOS ENTRE O CLÁSSICO E O POPULAR
FELIPE PRAZERES
••2 AULAS
Guiado por um exímio e experiente violinista, o curso percorrerá a história
do violino, apresentando as transformações e toda a versatilidade do instrumento
que inspirou grandes compositores e músicos. Uma trajetória ilustrada com
execuções ao vivo de alguma das mais importantes e belas obras musicais, do
período Barroco até os dias de hoje.
1 02 MAR >O violino na música barroca e suas transformações
A origem do instrumento no século XVI, sua importância e evolução
nos períodos Barroco e Romântico. Ilustração com obras de Bach,
que, com suas sonatas e partitas para violino solo, além de seus
concertos, representou um divisor de águas para o instrumento; e
de Vivaldi, que compôs mais de 200 concertos para violino. Ainda
ilustram a aula peças de Massenet, Max Bruch e Tchaikovsky.
2 04 MAR >A versatilidade do instrumento
A utilização do violino na Música Popular, na Música Folclórica,
suas características técnicas e seus novos conceitos. Apresentação
de obras de Monti, como “Czardas”; Astor Piazolla, com “Años
de Soledad”; e “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo. O violino em
grande estilo no cinema: A lista de Schindler (John Willians), Cinema
Paradiso (Enio Morricone) e Perfume de mulher, com a música “Por
una Cabeza”, de Carlos Gardel.
TERÇA E QUINTA-FEIRA, ÀS 20H
R$ 80,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 100,00
artes
FELIPE PRAZERES. Violinista Spalla da Orquestra Petrobras Sinfônica desde 2000,
formado em violino pela UNI-RIO, com pós-graduação pela Academia De Santa
Cecilia, em Roma. Atua como professor em diversos festivais pelo Brasil, além de
lecionar em projetos sociais. Como músico de câmara, apresenta-se regularmente
em palcos nacionais e europeus.
59
FERNANDO PESSOA
SEU DRAMA EM GENTE, OU EM ALMAS
CLEONICE BERARDINELLI
Participação Especial: Othon Bastos
••6 AULAS
Fernando Pessoa não foi apenas um poeta; foi muitos. Assinando seus textos
sob diversos pseudônimos – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis,
Bernardo Soares e até mesmo Fernando Pessoa – cada qual com um estilo
próprio e inconfundível, o poeta parecia seguir aquela máxima de ser todos e
não ser ninguém. Esse curso – ministrado por uma lusitanista com profundo
conhecimento da obra de Pessoa – propõe uma oportunidade única de mergulhar
nas diversas almas desse gênio da língua portuguesa, mundialmente reconhecido
como um dos maiores poetas do século XX.
E para tornar esses encontros ainda mais sublimes, a eles comparece como
convidado especial Othon Bastos – ator consagrado e dono de uma das mais
requisitadas vozes – que fará a leitura de poemas selecionados em conjunto com a
mestra.
1 09 MAR >OS TRÊS PRINCIPAIS HETERÔNIMOS: ALBERTO CAEIRO,
ÁLVARO DE CAMPOS E RICARDO REIS
2 16 MAR >A OBRA ORTÔNIMA: OS PRIMEIROS POEMAS
E OS POEMAS DA MATURIDADE
3 23 MAR >O PRIMEIRO E O SEGUNDO ÁLVARO DE CAMPOS
As odes sensacionalistas, o sono, a abulia, o adiamento, a
enternecida saudade da infância.
4 30 MAR >O MESTRE ALBERTO CAEIRO E A PERSONALIDADE
MARCADA DE RICARDO REIS
A UM OUTRO HETERÔNIMO?
5 06 ABR >“MENSAGEM”, O POEMA DE POEMAS, PODERÁ SER ATRIBUÍDO
Artes
6 13 ABR >AMARRANDO AS PONTAS SOLTAS:
CONCLUSÃO DO PERCURSO PESSOANO
CLEONICE BERARDINELLI. Dedica-se aos estudos de Literatura Portuguesa há mais
de cinco décadas. Professora emérita da PUC-Rio e da UFRJ. Organizou diversas
edições com poemas de Fernando Pessoa. Recentemente, publicou um livro de
ensaios sobre sua obra intitulado Fernando Pessoa: outra vez te revejo. Acaba de
ser eleita para a Academia Brasileira de Letras.
TERÇAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 170,00 NA INSCRIÇÃO + 2 PARCELAS DE R$ 200,00
60
o universo artístico europeu NA PRIMEIRA
METADE DO SÉCULO XIX
HÉLIO DIAS FERREIRA
••5 AULAS
As principais manifestações artísticas que tiveram lugar na Europa, na primeira
metade do século XIX, são o foco desse curso. A proposta é uma ampla discussão
sobre os universos da Pintura, Escultura e Arquitetura durante o período
que vai das escavações de Herculano e Pompeia, passando pelos estudos de
Winckelmann, até o Impressionismo, a partir da apresentação e análise de um
farto repertório de imagens.
1 25 MAR >Neoclassicismo
Questões da Arte do final do século XVIII e início do século XIX. A
Arte no período de Napoleão I, a pintura didática de David e seus
seguidores, a escultura de Canova e Thorvaldsen. A Arquitetura da
Era Moderna que releu os padrões greco-romanos.
2 01 ABR > Romantismo
Mais do que uma estética, o Romantismo se configura como uma
proposta ética. A arte de Géricault, Delacroix, Friedrich, Turner e
outros. A estética romântica como reflexo do homem angustiado, ao
vivenciar a nova Era Moderna.
3 08 ABR >Arquitetura do Ferro e do Vidro e Ecletismo.
A NOVA PARIS
As novas propostas arquitetônicas do século XIX; novas
possibilidades materiais, com a Revolução Industrial. Paris, o
modelo da nova cidade, com a reforma de Haussmann.
4 15 ABR >École de Barbizon e Realismo
5 29 ABR >IMPRESSIONISMO
Édouard Manet e o prenúncio de uma nova era na Pintura, o
Impressionismo. Manet e sua influência nos novos artistas que
fizeram parte das exposições do Impressionismo. A nova linguagem
pictórica e o grupo dos jovens artistas que deflagrou um caminho
irreversível para a Arte Moderna.
artes
Novas propostas pictóricas com o grupo de Barbizon e a Pintura ao
ar livre; Courbet, o início da estética do Realismo e a arte de Honoré
Daumier, uma caricatura.
>
HÉLIO DIAS FERREIRA. Professor da Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro (UNI-RIO), doutor em Educação pela UFF, com parte dos estudos realizada
na Université Sorbonne – Paris III, mestre em História da Arte pela UFRJ. É autor
de livros de arte como Uma história da arte ao alcance de todos e Ivan Serpa: o
expressionista concreto.
Artes
QUINTAS-FEIRAS, ÀS 15H
R$ 200,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 250,00
61
STAND-UPS EM CASA
Direção: Fernando Caruso e Daniela Ocampo
••2 aulas-show
A expressão anglo-saxônica stand-up define um espetáculo de humor apresentado
por um só comediante, sem cenário, sem aparato, atuando de cara limpa,
geralmente em pé (daí o termo stand-up).
Esse tipo de comediante surgiu, no século XIX, nos teatros dos Estados Unidos. De
meros esquentadores de espetáculos, transformaram-se em mestres de cerimônia
na época de ouro do rádio, abrindo espaço, mais tarde, nas TVs e em night clubs,
para as carreiras de artistas como George Burns, Bob Hope, Jack Benny, Grace e
Fred Allen. A partir da década de 1960, o gênero tomou uma forma mais próxima
da atual, com a entrada em cena, no mainstream, de Woody Allen, Shelley Berman,
Bill Cosby, Redd Foxx e, alguns anos depois, Steve Martin, Robin Williams, Eddie
Murphy e Billy Cristal. Na contracultura, lançados em programas alternativos
como Saturday Night Live, apareceram Lenny Bruce, Richard Pryor e George Carlin.
Já nos anos de 1990, o gênero ressurge na TV aberta, revigorado pelo sucesso de
nomes do calibre de Jerry Seinfeld, Ellen DeGeneres, Chris Rock e Ray Romano.
Adaptado no Brasil pelo legendário humorista José Vasconcelos, nos anos de 1960,
popularizado por comediantes como Chico Anysio e Jô Soares, na TV e no teatro, o
gênero se aproxima ao formato que tem hoje a partir do festival criado por Wilson
Cunha, em 1996, intitulado Prêmio Multishow do Bom Humor Brasileiro.
Consciente de sua vocação intimista e de sua crença no potencial expressivo da
palavra, a exemplo da relação professor-aluno tão bem praticada aqui, a CASA
DO SABER Rio decidiu incluir, a partir deste semestre, alguns dos nomes que
estão se inscrevendo na história da versão brasileira da stand-up comedy. E, para
selecioná-los e apresentá-los, convidou os expoentes Fernando Caruso e Daniela
Ocampo – garantia de aplausos em pé.
FERNANDO CARUSO. Ator, humorista, autor e diretor. Um dos criadores, diretores e
participantes da peça Z.É. Zenas Emprovisadas e integrante do Clube da Comédia
em Pé. Como ator, atuou no cinema, em Irma Vap, e em diversos programas de TV,
como Os normais e Zorra total.
com Leandro Hassum, e diretora assistente de Z.É. Zenas Emprovisadas.
DIAS 24 MAR (QUARTA) E 20 ABR (TERÇA), às 20H
R$ 40,00 POR ENCONTRO
artes
DANIELA OCAMPO. Atriz, professora do Tablado, diretora da peça Lente de aumento,
62
A CULTURA DA MODA
JOÃO BRAGA
••5 AULAS
Conhecer Moda é muito mais do que entender de roupa. Significa aprender sobre
a história, a arte e os processos sociais dos quais a Moda faz parte. Esse curso
apresenta uma introdução aos principais conceitos e definições desse universo,
mostrando como foram se constituindo ao longo do tempo.
1 01 MAR >LINHA HISTÓRICA DO TEMPO
2 08 MAR >CONCEITOS E DEFINIÇÕES SOBRE MODA
3 15 MAR >A ALTA-COSTURA
4 22 MAR >O PRÊT-À-PORTER E SUAS REALIDADES CONTEMPORÂNEAS
5 29 MAR >APRECIAÇÃO E DISCUSSÃO SOBRE VÍDEOS DE MODA
João Braga. É professor de História da Moda e autor dos livros História da moda:
uma narrativa e Reflexões sobre moda, vols. I, II, III e IV.
Artes
SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 17H
R$ 225,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 250,00
63
QUEM TEM MEDO DE MÚSICA CLÁSSICA?
UMA ABORDAGEM CRÍTICA PARA QUEM TEM VERGONHA DE CRITICAR
LAURA RÓNAI
••4 AULAS
1 31 MAR >ERLKÖNIG: UM LIED DE SCHUBERT
Tentar entender de que forma cada compositor lida com as
palavras escolhidas, perceber até que ponto um texto é falado e
até que ponto é cantado, é um excelente exercício de análise para
qualquer amante da Música. Uma oportunidade privilegiada para
tal exercício aparece quando nos deparamos com a versão musical
de um grande poema. Essa aula põe em relevo um lied de Schubert:
Erlkönig, obra de juventude do compositor alemão que se tornou
uma pièce de resistance do repertório vocal, atraindo a atenção de
intérpretes do mundo todo. Canção estrófica para canto e piano,
baseada num famosíssimo poema de Goethe, exibe uma figura de
acompanhamento em “obstinato” rítmico que hipnotiza e assusta.
Além do uso impactante desse acompanhamento obsessivo, uma de
suas invenções mais notáveis é a presença de quatro personagens
representados por um único cantor, que deve projetar a voz e a
verdade interna de cada protagonista sem perder a unidade e a força
de sua interpretação. A presença da morte, os diferentes níveis de
sedução (da mais inocente à mais escancarada), a função do piano,
e, finalmente, o uso de teatralidade na execução musical são os
elementos que mapeareamos.
artes
Como uma obra musical cria impacto? É possível separar a qualidade da obra da
qualidade de sua execução? É útil compararmos várias versões de uma mesma
peça? Esse curso vai avaliar diferentes gravações musicais buscando oferecer
respostas para algumas dessas importantes perguntas. As aulas estimularão
a busca da crítica pessoal (objetiva e subjetiva) através de uma audição tanto
analítica quanto emocional de algumas das mais belas criações da música
ocidental. As várias escutas de uma mesma peça pretendem levantar questões
instigantes: a interpretação ideal acaba não sendo qualquer das ouvidas, mas,
sim, uma mescla de trechos de várias interpretações. Constata-se que podem
existir concepções musicais diametralmente opostas e, no entanto, perfeitamente
coerentes e efetivas. A abordagem parte de uma recriação do contexto no qual as
obras foram criadas para explorar seus textos e subtextos inspiradores.
>
2 07 ABR >UM COMPOSITOR PARA MÚSICOS: SCARLATTI
Scarlatti é uma fonte de fascínio para todos os intérpretes de
instrumentos de teclado, tendo composto uma das obras musicais
mais coesas da História da Música (mais de 500 sonatas para
cravo). Esse impressionante grupo de sonatas constitui também um
dos mais variados em estilo e ideias jamais escrito por um único
compositor. Por isso mesmo, continua a atrair pianistas, que vêm se
afastando cada vez mais de outros compositores do Barroco. E se
Couperin, por exemplo, tocado num moderno piano, nos parece hoje
inteiramente anacrônico, uma autêntica traição musical, a escrita de
Scarlatti nos fornece tal riqueza estilística que permite abordagens
quase atemporais. Gravações de sonatas de Scarlatti executadas
por intérpretes como Horowitz, Pletnev, Lee, Hantaï, Weiss e muitos
outros, em instrumentos variados (cravo, fortepiano, piano, harpa,
violão), serão usadas para mostrar a influência de Scarlatti sobre
Haydn, Mozart, Beethoven, Liszt, Mendelssohn, Debussy, Prokofiev,
Albeniz e Granados.
Artes
3 14 ABR >CARMEN DE BIZET: UM DESAFIO QUE SE RENOVA
Poucas óperas criaram, no imaginário ocidental, uma marca tão
forte quanto Carmen, de Bizet. A união perfeita entre música e
texto, a sensualidade envolvente da personagem principal, o drama
anunciado e inevitável, armadilha que se vai montando diante dos
olhos e ouvidos do público, que assiste, impotente, enquanto Don
José se enreda cada vez mais nos fios de um destino sombrio,
tudo isso atrai e fisga a fantasia de plateias do mundo todo há 135
anos. Para os diretores de Música e de Arte, os desafios de produzir
essa obra tão popular são dos mais instigantes: qual a dose de
ingenuidade e paixão, luxúria e desespero que devem imprimir à
sua montagem? Existe lugar para o humor nesse universo? E para a
vulgaridade? Uma comparação entre diferentes versões dessa ópera
tentará estabelecer quais limites podem e devem ser respeitados e
quais podem e devem ser ultrapassados.
4 28 ABR >IL RITORNO DULISSE IN PATRIA: UMA ÓPERA DE MONTEVERDI
Considerada uma das mais bem-sucedidas óperas barrocas,
O retorno de Ulisses à pátria apresenta uma característica rara:
num mundo em que, até hoje, a paixão amorosa é sempre associada
à juventude, trata, de modo doce e poético, de uma história de amor
entre dois personagens de meia-idade, sem, contudo, cair nas
armadilhas fáceis do sentimentalismo exagerado ou na idealização
dos sentimentos. Ao receber de volta o marido, depois de décadas
de ausência, Penélope demonstra emoções conflitantes, mas
que obedecem a uma verdade psicológica inegável: insegurança,
desconfiança, raiva, ternura e desejo, que desabrocham num dos
mais belos duetos de amor de todos os tempos. Uma montagem
pode destruir uma ópera ou ajudá-la a mostrar suas qualidades.
Na presente aula, uma das melhores obras de Monteverdi será
vista/ouvida numa gravação exemplar, que põe em relevo suas
inúmeras qualidades. Uma visão crítica acompanha passo a passo
duas cenas de fundamental importância para o enredo: o prólogo
e a cena da revelação da identidade de Ulisses.
LAURA RÓNAI. Professora de Flauta Transversal e chefe do Departamento de Canto
e Instrumentos de Sopro da UNI-RIO e do curso Apreciação e Crítica Musical
no Programa de Pós-Graduação em Música, na mesma instituição. Licenciada
em Música pela UNI-RIO e em Flauta Transversal pela State University of New
York. Mestre em Flauta na City University of New York e doutora em Práticas
Interpretativas (flauta) na UNI-RIO. Ministrou cursos no Real Conservatório
Superior de Madrid e nas universidades de Rutgers e Princeton, nos Estados
Unidos. Dirige a Camerata Quantz, grupo de música antiga da UNI-RIO, e escreve
críticas de CDs para as revistas norte-americanas Fanfare e Early Music America.
É autora de Em busca de um mundo perdido.
artes
quartas-FEIRAs, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
64
A LITERATURA QUE VIROU CINEMA
MARCELO BACKES
••4 AULAS
Algumas das maiores obras da Literatura universal alcançaram a tela do Cinema
em representações de sucesso, dirigidas por cineastas consagrados. Nesse
curso serão apresentados quatro clássicos que deram origem a quatro filmes de
fôlego, revelando como os limites entre as duas possibilidades de representação
são vastos e fugazes ao mesmo tempo. Essas oito obras artísticas revelam como
a filosofia profunda e perene da letra às vezes alcança, com admirável êxito, a
superfície transitória da imagem, para o bem da criação e da Arte.
Às 15h, antes de cada aula, será exibido o filme da obra
que será debatida em seguida.
1 06 ABR >HAMLET, DE SHAKESPEARE,
DIRIGIDO POR LAURENCE OLIVIER
Hamlet é o personagem central do cânone da Literatura ocidental. A
tragédia como plantação de aforismos universalmente conhecidos.
Em que medida a feição que Laurence Olivier deu a Hamlet é mais
autêntica e difere das outras versões cinematográficas conhecidas.
2 13 ABR >O IDIOTA, DE DOSTOIÉVSKI,
DIRIGIDO POR AKIRA KUROSAWA
O príncipe Míchkin é um dos personagens mais interessantes
da Literatura universal, e O idiota, um dos romances mais bemacabados de Dostoiévski, sobretudo devido a seu final grandioso.
A universalidade de um russo com cara de japonês na tela de
Kurosawa.
3 20 ABR >MOBY DICK, DE HERMAN MELVILLE,
Artes
DIRIGIDO POR JOHN HUSTON
A Filosofia da busca e a fúria vingativa da caça num mar de
insuficiências. Uma grande metáfora literária que ganhou força na
pena realista de Melville e foi transferida para a virtualidade da tela
por John Huston.
4 27 abr >MORTE EM VENEZA, DE THOMAS MANN,
DIRIGIDO POR LUCHINO VISCONTI
O amor num de seus mais belos retratos. Solidão e sucesso entre a
vida e a Arte. A mão de um texto alemão encontra a luva do diretor
italiano. Aproximações entre Thomas Mann e Luchino Visconti, num
filme que vai além.
MARCELO BACKES. Escritor, tradutor e crítico literário, doutor em Germanística
e Romanística pela Universidade de Freiburg, Alemanha. É autor de A arte do
combate, de Estilhaços e do romance Maisquememória.
artes
terças-FEIRAS, ÀS 17H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
65
NOVA ARTE NOVA
Quem são ALGUNS Dos artistas que se destacam no cenário
da arte contemporânea brasileira
LUCIA LAGUNA, EDUARDO BERLINER, CARLOS CONTENTE, THIAGO ROCHA PITTA,
TATIANA BLASS, PEDRO VARELA
••4 AULAS
Novo, aqui, não quer dizer, necessariamente, jovem, mas sim frescor,
originalidade, talento, inquietação, competência. A intenção desse ciclo
é apresentar alguns dos artistas que chamaram a atenção para o seu trabalho
e ganharam espaço nos últimos anos. O que pensam sobre a Arte que fazem
e sobre a Arte feita hoje no Brasil e no mundo? Crí­ticos e curadores se juntam
a eles para oferecer um conhecimento ampliado e profundo da produção
contemporânea brasileira.
1 06 abr >Lucia Laguna, com Paulo Herkenhoff
2 13 abr >Eduardo Berliner, com daniela labra
3 20 abr >Carlos Contente e Thiago Rocha PitTa,
com márcio botner
4 27 abr >Tatiana Blass e Pedro Varela, com felipe scovino
Artes
LUCIA LAGUNA. Nascida em Campos dos Goytacazes (RJ), mora e trabalha no Rio.
É formada em Letras e frequenta, desde 1994, cursos de Pintura, Teoria e História
da Arte na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV). Sua primeira individual
aconteceu em 1998, na Pequena Galeria do Centro Cultural Candido Mendes,
no Rio de Janeiro. Em 2004, foi selecionada para Projéteis de Arte Contemporânea
– Funarte e integrou o Posição 2004, na EAV. Em 2006, foi selecionada para
o programa Paradoxos: Rumos Itaú Cultural, com exposições itinerantes pelo
Brasil. No mesmo ano, fez a primeira individual, na Galeria Laura Marsiaj,
no Rio de Janeiro, e recebeu, em seguida, o Prêmio Marcantônio Vilaça. Em
novembro de 2007 realizou uma individual no Paço Imperial do Rio de Janeiro e,
no ano seguinte, fez parte da Arco/Madrid – Scope Basel/Miami e SPArte.
Em 2009, participou de coletiva na Galeria Milan (SP) e apresentou uma individual
na Galeria Virgílio (SP).
PAULO HERKENHOFF. Curador e crítico de arte. Foi diretor do Museu Nacional
de Belas-Artes (2003-2006), curador adjunto do Museu de Arte Moderna de Nova
York-MoMA (1999 a 2002) e curador geral da 24ª Bienal de São Paulo (1998).
É autor de diversos livros sobre arte. Escreveu e organizou exposições de artistas
como Lygia Clark, Cildo Meireles e Louise Bourgeois.
EDUARDO BERLINER. Nasceu no Rio de Janeiro em 1978, onde mora e trabalha.
É formado em Desenho Industrial/Comunicação Visual na PUC-Rio e fez mestrado
em Tipografia na University of Reading, Reading, Reino Unido. O trabalho de
Berliner tem tido projeção nacional e internacional desde que ganhou o Prêmio
CNI-Sesi Marcantonio Vilaça. Sua primeira exposição coletiva aconteceu em 2001
e sua primeira exposição individual, em 2005. Entre as coleções públicas que
adquiriram o trabalho de Eduardo Berliner estão: Coleção Gilberto Chateaubriand,
MAM-RJ; Blake Collection, Nova York; T. Decker Collection, Phoenix, Arizona
(EUA); e agora a Coleção Saatchi, Londres. É um dos professores do Programa de
Arte Dynamic Encounters International Art Workshops, organizado pelo professor
Charles Watson.
DANIELA LABRA. Curadora independente e crítica de arte, doutoranda em História
e Crítica de Arte pela EBA-UFRJ e mestre em Artes na Unicamp. É formada em
Teoria do Teatro na UNI-RIO, com especialização em Comunicação e Arte pela
Universidade Complutense de Madrid. Criou, com a Galeria Vermelho (SP),
a mostra de performance Verbo (2005). Entre suas curadorias recentes estão
Investigações pictóricas, no MAC Niterói, Rio de Janeiro (2009); Performance
presente futuro vols. I e II, Oi Futuro, Rio de Janeiro (2008, 2009); Espaços
reversíveis, Museu Histórico de Santa Catarina (2008); Fabulosas desordens, Caixa
Cultural do Rio de Janeiro (2007); Juha Nenonen e Miklos Gaál, Centro Mariantonia,
São Paulo (2006); e Perambulação, 2ª Bienal Internacional de Arquitetura
de Rotterdam (2005). Foi curadora-residente na FRAME (Helsinki, Finlândia)
em 2005 e 2010, e no International Artists Studio Program in Sweden – IASPIS
(Estocolmo), em 2007.
CARLOS CONTENTE. Nasceu no Rio de Janeiro, em 1977, onde vive e trabalha.
THIAGO ROCHA PITTA. Nasceu em Tiradentes (MG). Vive e trabalha no Rio de
Janeiro. Formou-se em Pintura pela Escola de Belas-Artes da UFRJ, em 2003, e
frequentou diversos cursos livres, como os de Pintura, com Luis Ernesto (1996),
e Desenho, com Maria do Carmo Secco (1997), ambos na Escola de Artes Visuais
(EAV) do Parque Lage, e o de Estética, com José Thomaz Brum, na PUC-Rio.
Vencedor do prêmio CNI-Sesi Marcoantonio Vilaça, Recife (PE), 2004. Destacam-se
também a exposição individual A cópula e os espelhos (instalações), no Castelinho
do Flamengo (2001) e na galeria A Gentil Carioca (2004), ambos no Rio de Janeiro,
e as coletivas Exposição de verão, na Galeria Silvia Cintra (RJ); Posição 2004, no
artes
Formado em Belas Artes pela UFRJ. Realizou as mostras individuais Compradores
de mundo, na galeria A Gentil Carioca (2009); Náusea, na Arco Art Fair, em Madrid
(2009); e Contente: auto-retratos, no Paço Imperial do Rio de Janeiro (2008).
Seus trabalhos integram as coleções de Gilberto Chateaubriand/MAM-RJ, Museu
Artur Bispo do Rosário (RJ), Isabela Parata (RJ), Luis Augusto Teixeira de Melo
(Brasil), Coleção Madeira (Portugal), Leif Djurhuus (Dinamarca) e Wendy Stark
(Estados Unidos).
>
Parque Lage (RJ); Arte contemporânea brasileira nas coleções do Rio, MAM-RJ;
Obra colecionada, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (MG), todas em
2004. Mais recentemente, realizou as exposições A rocky mist, Meyer Riegger
Gallery, Karlsruhe, Alemanha (2009); e Calmaria, Galleria Millan, São Paulo (2008).
MÁRCIO BOTNER. Nasceu em 1970, no Rio de Janeiro. Artista plástico, professor da
Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, diretor e um dos sócios fundadores
da galeria de arte A Gentil Carioca. Trabalha em conjunto com o artista Pedro
Agilson, com quem forma a dupla Botner e Pedro, que produz, principalmente,
vídeos que, muitas vezes, se desdobram em performances e fotografias. Botner e
Pedro participaram de várias exposições coletivas, entre elas, o Salão de Arte de
Goiás, em 2003, no qual ganharam o Prêmio de Aquisição. Em 2004, participaram
da exposição Heterodoxia e do 11º Salão da Bahia. Em 2005, integraram o projeto
Troca Brasil, em Portland (EUA), e a exposição Além da imagem, no Centro Cultural
Telemar (RJ). Em 2008, Botner participou da 2ª Bienal do Fim do Mundo e, em
2009, da X Bienal de Havana, Cuba, entre outras. É coordenador do Projeto Artistas
Educadores da Casa Daros Latinamérica, no Rio de Janeiro.
TATIANA BLASS. Nasceu em São Paulo, em 1979, onde vive e trabalha.
Formada em Belas-Artes pelo Centro Universitário Belas-Artes e em Artes
Plásticas pelo Instituto de Artes da Unesp. Entre suas mostras individuais estão
Cão cego, no MAM-BA (2009); Globo da morte, na Galeria Box 4 e Silvia Cintra
Galeria de Arte, Rio de Janeiro (2008); O engano é a sorte dos contentes, na Galeria
Millan, São Paulo (2007); e Zona morta, no Centro Universitário Maria Antônia,
São Paulo (2007). Recebeu os prêmios 14º Salão da Bahia (2007), MAM-BA (Prêmio
Aquisição, 2004), Prêmio CNI-Sesi Marcantonio Vilaça (pré-seleção, 2004)
e Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo (Prêmio Aquisição, 2003).
Artes
PEDRO VARELA. Nasceu em Niterói (RJ), em 1981. Vive e trabalha no Rio de
Janeiro. Formado em Gravura pela Escola de Belas Artes da UFRJ, estudou
também na Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage. Participou de diversas
exposições coletivas a partir de 2000, destacando-se Educação olha!, na galeria
A Gentil Carioca (2005); A Gentil Carioca, na galeria Daniel Reich Gallery, Nova
York (2006); Cardinal points, no Art Museum of South Texas, e Novas aquisições,
no MAM-RJ (ambas em 2007); Paper trail, na galeria Allsopp Contemporary, em
Londres (2008). Em 2009 participou do Projeto Tripé Paisagem, no Sesc Pompéia,
em São Paulo, da Coletiva, na Galeria Enrique Guerrero, na cidade do México, entre
outras. Já apresentou seus trabalhos em três exposições individuais: Mirante,
na galeria A Gentil Carioca (2006), Ciudad flotante, na Galeria H10, Chile (2008), e
Pedro Varela, na galeria A Gentil Carioca, (2009). Em 2010 participará do programa
de exposições do Paço das Artes e da mostra Gigante por la própia naturaleza, no
IVAM, em Valencia, Espanha, e abrirá individual na Galeria Enrique Guerrero.
FELIPE SCOVINO. Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Artes
Visuais (EBA/UFRJ), onde também realiza seu pós-doutorado. Crítico de arte e
doutor em Artes Visuais (EBA/UFRJ), atualmente organiza com Renato Rezende
o livro Coletivos. É autor de Arquivo Contemporâneo e Cildo Meireles. Colaborador
das revistas Third Text, Flash Art, Arte & Ensaios, Desartes, Santa Art Magazine e
Concinnitas. Recebeu a bolsa estímulo à produção crítica em artes (Funarte/MINC)
em 2008. Foi curador das exposições Lygia Clark, na Dan Galeria, São Paulo (2004),
Lygia Clark: diários de uma artista, no Oi Futuro, Rio de Janeiro (2007), e Arquivo
Contemporâneo, no MAC, Niterói (2009). Em 2008 foi curador-adjunto de Diálogo
Concreto: design e construtivismo no Brasil, Caixa Cultural, Rio de Janeiro (2008)
e São Paulo (2009). Foi um dos curadores da exposição Abre-Alas, na galeria
A Gentil Carioca (2010).
artes
terças-FEIRAs, ÀS 20H
R$ 180,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
66
CLÁSSICOS DO JAZZ AO VIVO
GRANDES OBRAS DA MÚSICA RECRIADAS EM AULAS-SHOW
ANA BEATRIZ AZEVEDO, LIPE PORTINHO, DANIEL GARCIA, KLEBERSON CAETANO,
ALTAIR MARTINS, ZECA MARETZKI
••4 AULAS-show
Essa série de aulas-show marca a estreia de um formato que recriará, ao vivo,
os mais importantes álbuns de jazz da História – títulos inovadores que abriram
novos caminhos não apenas para o cenário jazzístico, mas para a Música em
geral. Nesses encontros, organizados em parceria com a Sala Baden Powell,
obras que se tornaram míticas serão apresentadas na íntegra, na forma como
foram gravadas, com a mesma formação e arranjos. Em meio ao repertório, os
músicos desenharão um panorama da vida e da carreira do artista, traçando um
perfil da cena musical da época e enfocando mais detalhadamente aspectos das
músicas apresentadas. Nesse percurso, o público, mesmo o leigo, encontrará um
caminho para entender e apreciar um jazz ao mesmo tempo sofisticado, acessível
e divertido, a partir de uma experiência única e emocionante.
1 07 ABR >“Giant steps”
O disco, gravado em 1960, é um dos mais importantes trabalhos
do maior saxofonista de todos os tempos, John Coltrane.
Nesse álbum ele experimenta tanto temas mais simples, de um
só acorde, como na música “Naima”, quanto harmonias mais
sofisticadas, que passam muito rápido por diversos tons, gerando
uma sensação de vertigem, como em “Giant steps” e “Countdown”.
O álbum, influenciado pela Música Clássica, é composto por
temas inovadores e improvisos inspirados que marcaram a
História da Música.
Artes
2 05 mai > “Speak no evil”
Apresentando composições mais sofisticadas e com harmonias
inovadoras, “Speak no evil” exibiu um novo e instigante caminho
para o jazz. Este que é um dos mais importantes trabalhos do
saxofonista Wayne Shorter, gravado em 1964, consagrou como
clássicas quase todas as suas músicas, entre as quais a própria
“Speak no evil”, além de “Witch hunt” e “Infant eyes”.
3 09 jun >“Time Out”
“Time out”, gravado em 1959, é provavelmente o álbum de jazz
mais vendido de todos os tempos, pois teve a versatilidade de
agradar tanto a músicos quanto a leigos. Trata-se do primeiro
trabalho em que compassos não convencionais são utilizados
em temas e em improvisos jazzísticos. O álbum consagra o pianista
Dave Brubeck, que faz aqui sua entrada no mundo do jazz, vindo
da Música Clássica, e o saxofonista Paul Desmond, seu grande
parceiro musical. Destaque para as interpretações de “Take five” e
“Blue rondo a la Turk”.
4 14 JUL > “Song for my father”
Inspirado por uma viagem feita ao Brasil, Horace Silver gravou
em 1964 esse álbum clássico, com composições inéditas, onde
misturava ritmos africanos, bossa nova e jazz. Os temas são simples
e melódicos, emoldurados por um groove empolgante que cria uma
nova base para a improvisação em músicas como a própria “Song
for my father”.
ANA BEATRIZ AZEVEDO (piano). Estudou no Montgomery College, em Washington
D.C., onde estreou profissionalmente no musical Evita. Tocou com a Rio Jazz
Orchestra e o grupo Azymuth e com músicos como Robertinho Silva e Barrosinho.
Em 2002 assinou, com Lipe Portinho, a direção musical do espetáculo Ana in
concert, com a bailarina Ana Botafogo. Em 2004, gravou no DVD Bibi canta Piaf,
com a cantora Bibi Ferreira e a Orquestra Petrobras Sinfônica. Acaba de lançar
o CD de seu grupo, Tutti, e, este ano, lança o primeiro CD solo.
LIPE PORTINHO (contrabaixo). Bacharel em Música (contrabaixo) pela UFRJ.
Na área erudita participou de várias orquestras, como Camerata Santa Teresa,
Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Orquestra Nacional (UFF),
Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) e Orquestra Petrobras Sinfônica. Em 2002,
assinou os arranjos e a direção musical, com Ana Beatriz Azevedo, do espetáculo
Ana in concert, da bailarina Ana Botafogo.
KLEBERSON CAETANO (bateria). Tem mais de 30 anos de atividade em Música, com
passagens pelos mais variados grupos de artistas brasileiros e internacionais,
como Emilio Santiago, Leny Andrade, Doris Monteiro, Durval Ferreira, Marcio
Montarroyos, J.T. Meirelles, Mauro Senise, Freddy Cole e John Pizzarelli. Também
artes
DANIEL GARCIA (sax). Integrou, na década de 80, o grupo do pianista Osmar Milito
e também a Orquestra da Rede Globo de Televisão. Participa como músico
convidado em vários concertos da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB).
Já trabalhou em gravações e shows ao lado de nomes como César Camargo
Mariano, Luís Eça, Maria Bethânia, Roberto Carlos, Marcos Valle, Pascoal
Meirelles, Ed Motta, Toninho Horta; e com artistas internacionais, destacando
Stevie Wonder, Michel Legrand e Arturo Sandoval. Tem participado de vários
tributos a jazzistas. Em 2004 lançou o CD Caminho, eleito pelo Clube do Jazz
e Bossa (CJUB) o Melhor Disco do Ano, na categoria Jazz Nacional.
>
atuou em espetáculos musicais para teatro e acompanhou nomes como Bibi
Ferreira e Jô Soares. Trabalhou ainda em grandes formações jazzísticas, como a
Rio Jazz Orchestra, de Marcos Szpilman, e a Air Men Of Note, seleta orquestra de
jazz da Força Aérea Americana.
ALTAIR MARTINS (trompete). Entre os anos 2006 e 2008, morou nos Estados
Unidos, onde tocou com a Bob Grauso Big Band, Tito Nieves, Andy Montañez, Wilie
Rosario, Frank Negron, entre outros grupos e artistas, sempre como lead trumpet.
No meio instrumental, trabalhou com Pascoal Meirelles, Paulinho Trumpete,
Idriss Boudrioua, UFRJazz Ensemble e Daniel Garcia. Atualmente toca no septeto
de Idriss Boudrioua. Também atuou ao lado de artistas como Emilio Santiago,
Francis Hime e Alcione e participou de CDs de Chico Buarque, Angela Maria, Ed
Motta, entre outros nomes da música brasileira.
ZECA MARETZKI (saxofone). Saxofonista e flautista formado pela Berklee School
of Music e pelo Conservatório Brasileiro de Música. Trabalhou com vários artistas
brasileiros, como Paulo Moura, Ney Matogrosso, Grupo Aquarela Carioca e Tim
Rescala. Também já atuou como convidado na Orquestra Sinfônica Brasileira
(OSB), Orquestra Sinfônica de Brasília, Orquestra Sinfônica da UFF e Orquestra
Petrobras Sinfônica.
QUARTAS-FEIRAS, ÀS 19H30
NA SALA BADEN POWELL
R$ 30,00 CADA EVENTO*
Artes
Observação: Os eventos serão apresentados na Sala Baden Powell, que terá serviço de manobrista
nessas datas. Cada evento poderá ser vendido separadamente.
67
AS PRIMEIRAS ESTÓRIAS DO SERTÃO
TRILHANDO AS VEREDAS DE GUIMARÃES ROSA
IZABEL ALEIXO
••4 AULAS
Grande sertão: veredas e Primeiras estórias. À primeira vista, esses dois livros
de João Guimarães Rosa, publicados, respectivamente, em 1956 e 1962, podem
ser considerados a antítese um do outro, desde as características estruturais,
passando pelo universo abordado e os personagens construídos. No entanto,
seguindo uma das epígrafes que o próprio Rosa escolheu para sua obra, é preciso
ter paciência porque, num segundo momento, “muita coisa, ou tudo, se entenderá
sob luz inteiramente outra”. E é exatamente o que acontece quando vamos
aproximando Grande sertão: veredas e Primeiras estórias. Entre jagunços temidos
e destemidos, de um lado, e crianças, velhos, loucos e apaixonados, de outro, vai
se construindo um amálgama indissolúvel. Muito diferentes entre si, esses dois
livros guardam, no entanto, semelhança essencial que mostra não apenas que
Guimarães Rosa recupera em sua Literatura uma mesma maneira de narrar
a vida e o que existe, como também que há uma intenção do autor de esconder
semelhanças, quase como um enigma, diante de tão óbvia diferença. A proposta
desse curso é olhar para essa semelhança essencial, esquecendo a aparente
diferença, para poder recuperá-la.
1 04 MAI > Rosa, Um panorama
2 11 MAI > Onde estão as estórias primeiras
em Grande Sertão: Veredas?
A narrativa de Riobaldo, uma estória dentro da estória. Como essas
estórias compõem a “grande” estória? As narrativas e seu sentido:
Cumpadre Quelemén, os filhos de Aleixo, Jazevedão, Nhorinhá e
outros. A narrativa do passado: estórias em flashback. A unidade
indivisível que se desdobra nas narrativas.
3 18 MAI > Onde está o sertão grande em Primeiras estórias?
A diversidade que esconde o mesmo sentido: as crianças e o mundo
inventado; os marginais e o mundo que os teme; os amantes e o
mundo que não enxergam; os velhos e o mundo que vão deixar;
os loucos e o mundo reinventado. O enigma da terceira margem
do rio. O espelho no meio: o que se reflete de um lado e de outro?
artes
A obra de Guimarães Rosa em apenas cinco livros publicados.
Dentro da obra, destaque para os livros que serão abordados:
Grande sertão: veredas, sua gênese, suas especificidades e a
repercussão crítica do livro; e Primeiras estórias, sua gênese, suas
especificidades e a repercussão crítica do livro. O significado de
“sertão” e o significado de “primeiras”.
>
O menino e o lugar da cidade: o fio condutor da unidade. A unidade
que se afirma como um bastão passado de mão em mão numa
corrida de revezamento.
4 25 MAI > A unidade que vira diversidade e a diversidade
que torna a ser unidade: a filosofia do todo
Depois da semelhança, a volta à diferença: as características
específicas de cada livro que são potencializadas na sua
aproximação, um trabalho alquímico da literatura-vida de João
Guimarães Rosa. A aproximação de Grande sertão: veredas e
Primeiras estórias no conjunto da obra do autor: leituras possíveis.
Izabel Aleixo. Mestre em literatura brasileira pela PUC-Rio, foi professora de
teoria da literatura na Faculdade de Letras da UFRJ. Durante 12 anos trabalhou
na Editora Nova Fronteira, onde foi responsável pela reedição dos livros de João
Guimarães Rosa, a partir da recuperação das antigas edições acompanhadas pelo
próprio autor. Atualmente é editora da Cosac Naify no Rio de Janeiro.
Artes
TERÇAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
68
A ARTE DE COLECIONAR ARTE
AS GRANDES COLEÇÕES E COLECIONADORES BRASILEIROS
GILBERTO CHATEAUBRIAND, JOSÉ OLYMPIO PEREIRA JR, HECILDA E SERGIO FADEL,
bernardo paz, JOAQUIM PAIVA
••5 AULAS
Através de depoimentos de colecionadores brasileiros, da apresentação de
importantes obras e de histórias que contam a forma pela qual elas foram
incorporadas às suas coleções, esse ciclo busca algumas respostas sobre como
se articulam esses movimentos de aquisição que marcam tão profundamente
a História da Arte. A presença de curadores em todos os cinco encontros dá
a certeza de que, além de sentimentos, dinheiro, olhares treinados, acasos e
prazeres, há muito ainda a desvendar entre a lógica e a paixão que marcam essa
intensa relação com a Arte.
1 04 mai > GILBERTO CHATEAUBRIAND
com LUIz CAMILLO OSÓRIO
2 11 mai > JOSÉ OLYMPIO PEREIRA JR.
com Paulo Venancio Filho
3 18 mai > HECILDA E SERGIO FADEL
com Paulo Herkenhoff
4 25 mai > bernardo paz
com rodrigo moura
5 01 jun >JOAQUIM PAIVA
com Pedro Karp Vasquez
PAULO VENANCIO FILHO. Curador e crítico de arte. Formado em Filosofia, mestre
e doutor em Comunicação pela UFRJ. Professor titular da Escola de Belas-Artes
da UFRJ. É autor dos livros Waltércio Caldas: manual da ciência popular, Marcel
Duchamp: a beleza da indiferença, Milton Dacosta: a construção da pintura, Primos
entre si: temas em Proust e Machado de Assis e Iberê Camargo. Autor de artigos
em revistas, jornais e textos de catálogos sobre vários artistas modernos e
contemporâneos brasileiros.
artes
LUIz CAMILLO OSÓRIO. Curador do MAM-RJ. Doutor em Filosofia pela PUC-Rio,
crítico de arte do jornal O Globo, professor de Estética e História da Arte na
UNI-RIO e na PUC-Rio. É autor dos livros Flavio de Carvalho, Abraham Palatnik
e Razões da crítica.
>
Rodrigo Moura. Curador, editor e crítico de arte. Curador de Inhotim Centro
de Arte Contemporânea (Brumadinho, Minas Gerais) desde 2004. Foi curador
assistente (2001-2003) e curador (2003-2006) do Museu de Arte da Pampulha,
em Belo Horizonte, onde organizou mostras individuais de Ernesto Neto, Damián
Ortega, Rodrigo Andrade, entre outros, e coordenou o programa Bolsa Pampulha,
de estímulo a artistas em início de carreira. Organizou os livros Bolsa Pampulha
2003-2004, Políticas institucionais, Práticas curatoriais (ambos pelo Museu de Arte
da Pampulha, 2004) e Através (pelo Inhotim Centro de Arte Contemporânea, 2008).
É colaborador do jornal Folha de S.Paulo e das revistas Trópico, Bravo!, FlashArt
(Milão), Exit (Madri) e ArtNexus (Bogotá).
PAULO HERKENHOFF. Curador e crítico de arte. Foi diretor do Museu Nacional de
Belas-Artes (2003-2006), curador-adjunto do Museu de Arte Moderna de Nova
York-MoMA (1999 e 2002) e curador geral da 24ª Bienal de São Paulo (1998). É
autor de diversos livros sobre arte. Escreveu e organizou exposições de artistas
como Lygia Clark, Cildo Meireles e Louise Bourgeois.
Pedro karp Vasquez. Escritor, fotógrafo e curador, autor de 22 livros. Diretor
do Solar do Jambeiro (Niterói, RJ), é formado em Cinema pela Sorbonne (Paris)
e mestre em Ciência da Arte pela UFF. Foi responsável pela criação do Instituto
Nacional da Fotografia da Funarte e do Departamento de Fotografia, Vídeo &
Novas Tecnologias do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Artes
terças-feiras, às 20h
R$ 225,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 250,00
69
UMA VIAGEM PELO UNIVERSO DA ÓPERA
GRANDES OBRAS E INTERPRETAÇÕES ONTEM E HOJE
MARCEL GOTTLIEB
••4 AULAS
Há 400 anos, na Itália, a Música, o Teatro e a Dança juntaram-se para criar uma
nova forma de Arte: a ópera. O êxito foi imediato e não muito tempo depois a ópera
se tornou o gênero artístico preferido em toda a Europa. Mas o mundo mudou
muito. Junto com ele, também a ópera. Após o Concerto nas Termas de Caracalla,
em 1990, a ópera renasceu e se popularizou. Hoje o gênero continua se renovando
na voz de grandes cantores. O curso vai apresentar esse percurso da produção
operística através de uma reflexão sobre contextos históricos e, sobretudo,
a partir da exibição de importantes montagens, atuais e antigas, contando com
interpretações antológicas de nomes como Maria Callas, Renata Tebaldi, Angela
Gheorghiu e Anna Netrebko, considerada o grande fenômeno da ópera atual.
1 04 MAI > DE MONTEVERDI A BEETHOVEN (1600-1800)
Quando Monteverdi concebeu um novo entretenimento para
a corte de Mântua, no início do século XVII, não imaginava que
ele se popularizaria e expandiria com tanta rapidez.
De 1600 a 1800 foram escritas mais de mil óperas, aliando
a Música ao drama e ao espetáculo, e satisfazendo o apetite
do público por uma nova forma de Arte. Apresentação de obras
essenciais de Monteverdi, Bach, Vivaldi, Rameau, Haendel, Gluck,
Mozart, Beethoven, entre outros.
2 11 MAI > DE ROSSINI A WAGNER (1800-1870)
A grande concorrência entre as óperas italiana, germânica,
francesa, russa e tcheca contribuiu diretamente para a evolução da ópera romântica, a partir do século XIX. Obras de arte luxuosas
e completas eram o entretenimento preferido do público da época.
Nesse contexto, ganham destaque as obras de compositores como
Rossini, Schubert, Bellini, Halevy, Donizetti, Glinka, Verdi, Gounod,
Foster, Bizet, Meyerbeer e Wagner.
Óperas de diversas regiões do mundo emergiam, importando
referências diretamente da cultura europeia (sobretudo da Itália, da
França e da Alemanha). O resultado foi a criação de um repertório
operístico com som e estilo bem nacionalistas, patrióticos e
românticos. Ilustrações do período são as obras de Carlos Gomes,
Smetana, Saint-Säens, Tchaikovsky, Offenbach, Borodin, Mascagni,
Leoncavallo, Charpentier, Massenet, entre outros.
artes
3 18 MAI > DE CARLOS GOMES A MASSENET (1870-1900) >
4 25 MAI > DE PUCCINI ATÉ HOJE (1900-2000)
No século XX, a ópera evoluiu de maneira diferente dos períodos
anteriores. As inovações tecnológicas divulgaram ainda mais as
melodias, o que acontecia até então para um público restrito. Esse
novo cenário acabou por transformar os cantores em estrelas
da música em diversas partes do mundo. Destaque para obras
de Puccini, Dvorak, Lehar, R. Strauss, Wolf-Ferrari, Gershwin,
Bernstein, Schöenberg, Webber e Horner. MARCEL GOTTLIEB. Fundador da Musicativa, espaço cultural destinado há mais de
dez anos à divulgação da música através de palestras e cursos.
Artes
TERÇAS-FEIRAS, ÀS 17H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
70
A PRODUÇÃO CULTURAL E ARTÍSTICA
DO SÉCULO XIX AO XX
UMA PASSAGEM CRÍTICA PELA MODERNIDADE, PELO MODERNISMO
E PELO PÓS-MODERNISMO
LEILA LONGO
••4 AULAS
O curso apresenta um breve histórico social da Arte e da cultura a partir da
chegada modernidade do século XIX ao século XX. Trata, portanto, das vanguardas
do Modernismo, do desenvolvimento do pós-Modernismo no pós-guerra à Arte
Contemporânea, bem como da articulação crítica dos movimentos artísticos às
questões culturais, sociais e políticas pertinentes.
1 05 MAI > A MODERNIDADE E SEUS COMENTADORES
A modernidade como modelo de civilização estabelecido pelo
Iluminismo. A visão de Kant (analítica do belo e teoria
do sublime na arte) e de Hegel (a questão do “fim da arte”).
Século XIX: o desenvolvimento do capitalismo industrial, a chegada
da modernidade em Paris – a visão de Charles Baudelaire.
O Modernismo na Arte Decorativa: Art Nouveau.
2 12 MAI > O SURGIMENTO DO MODERNISMO ESTÉTICO
A primeira metade do século XX: questões políticas e sociais
concomitantes ao Modernismo – duas guerras mundiais, ascensão
do comunismo e do nazifascismo. A melancolia em Walter
Benjamin. O Modernismo nas Artes Plásticas (vanguardas),
no Design (Bauhaus), na Arquitetura (estilo internacional),
nas Artes Decorativas (Art Déco).
3 19 MAI > O PÓS-GUERRA: PÓS-MODERNISMO NA CULTURA E NA ARTE
A segunda metade do século XX: desenvolvimento do capitalismo
multinacional. A crise na Arte europeia. Nova York como centro
produtor cultural e artístico. A Arte associada ao consumo (Arte
Pop, instalações, performances, body-art, intervenções urbanas,
grafite etc.) e não à fruição estética.
O desgaste do modelo iluminista de civilização. A emergência
do multiculturalismo, do local, do particular e do regional
em detrimento do universal. A globalização como estágio
mais recente do capitalismo, a arte de lucrar com a cultura.
A Arte Contemporânea e a questão da comunicação entre obra
e observador.
artes
4 26 MAI > A “VIRADA CULTURAL”
>
LEILA LONGO. Mestre em Letras e doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ
e pela Universidade de Paris V, Sorbonne. É professora de Estética
da Comunicação na Pós-Graduação de Jornalismo Cultural da Uerj. Autora de
Linguagem e psicanálise. Escreve regularmente artigos sobre Comunicação e
Arte para diversas publicações. Foi assessora cultural da Academia Brasileira de
Letras (ABL) de 2000 a 2006.
Artes
QUARTAS-FEIRAS, ÀS 17H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
71
Os grandes expoentes DA ARTE
MODERNA BRASILEIRA
HÉLIO DIAS FERREIRA
••3 AULAS
Esse curso lança um olhar sobre a trajetória da Arte brasileira no século XX,
sublinhando três momentos fundamentais desse percurso: da influência
da escola europeia, vinda através de Lasar Segall e Anita Malfatti, a uma tentativa
de modernidade na Semana de 22; a busca de uma identidade nacional através do
Expressionismo; e o início de um novo caminho, a partir do trabalho de Ivan Serpa
e de sua geração.
1 06 MAI >LASAR SEGALL E OS ARTISTAS DA SEMANA DE 22
Segall abre caminhos para uma nova linguagem pictórica,
mas Anita Malfatti é tolhida por Monteiro Lobato: como encontrar
uma modernidade genuinamente nacional? A contribuição singular
de Tarsila do Amaral e a importância do “Abaporu” como semente
do Movimento Antropofágico.
2 13 MAI > O EXPRESSIONISMO NO BRASIL
O legado de Portinari e de Di Cavalcanti, o primeiro fazendo
leituras do povo nordestino em obras como “Família de retirantes”.
O segundo, herdeiro da convivência com a modernidade francesa,
apresentou sua linguagem expressionista nas inconfundíveis
telas de mulatas. A obra de Iberê Camargo e de outros artistas
que se voltaram para esse tipo de expressão artística em
território nacional.
3 20 MAI > IVAN FERREIRA SERPA E A BUSCA DO ABSTRACIONISMO
HÉLIO DIAS FERREIRA. Professor da Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro (UNI-RIO), doutor em Educação pela UFF, com parte dos estudos realizada
na Université Sorbonne – Paris III, mestre em História da Arte pela UFRJ.
É autor de livros de arte como Uma história da arte ao alcance de todos e Ivan Serpa:
o expressionista concreto.
QUINTAS-FEIRAS, ÀS 15H
R$ 120,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 150,00
artes
Vida e obra do pintor carioca, líder do Grupo Frente e que se tornou
um dos mais importantes artistas da Arte brasileira na busca
do abstracionismo. Ivan Serpa, o “expressionista concreto”,
uma nova leitura sobre sua contribuição de linguagem plural
na década de 60, e sua morte prematura, no início dos anos 70.
72
A GRANDE CANÇÃO AMERICANA
RICARDO SONETO
“Love is now the stardust of yesterday. The music of the years gone by.”
(Hoagy Carmichael)
••5 aulas
Dentre os eventos mais marcantes na história da Música na primeira metade
do século XX, é obrigatório abrir um espaço importante para a canção popular
nos Estados Unidos. Iniciado com as partituras do Tin Pan Alley, passando pelo
mercado fonográfico, a Broadway e os musicais de Hollywood, esse processo foi
forjado pelo trabalho de uma geração de compositores brilhantes que resultou em
um repertório que até hoje surpreende, desconcerta e encanta. O curso oferece
saborosa oportunidade de um estudo sobre esses autores, suas características
individuais e o escopo do seu legado. As aulas contam com exemplos fonográficos
e visuais de grandes mestres e suas obras, como “Night & Day”; “Blue moon”;
“Love is here to stay”; “All the things you are”; “One from my baby”.
1 28 MAI >JEROME KERN E IRVING BERLIN
2 11 jun >GEORGE GERSHWIN (& IRA GERSHWIN)
3 18 jun >RICHARD RODGERS (& LORENZ HART)
4 25 JUN >COLE PORTER
5 02 jul > COMPOSITORES DIVERSOS: HOAGY CARMICHAEL,
JOHNNY MERCER, HAROLD ARLEN, FATS WALLER e outros
RICARDO SONETO. Jornalista e roteirista especializado em jazz, com passagens
pelas gravadoras Universal e Emi-Odeon, curador e produtor de mostras sobre
o gênero, entre elas, Jazz Cine Festival (CCBB), Cine Tim (Tim Festival) e Festival
Tudo é Jazz, em Ouro Preto.
Artes
SEXTAS-feiras, às 19h30
R$ 200,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 250,00
73
HUMOR A SÉRIO
Miguel Paiva
Com ClAudio Manoel, Leo Jaime, Ziraldo, Mônica Martelli e Chico Caruso
••5 aulas
Cartunista? Artista plástico? Ilustrador? Cenógrafo? Escritor? Diretor de Arte?
Teatrólogo? Desenhista? Publicitário? Roteirista? Jornalista? Comentarista?
Diante da pergunta que lhe pedia uma definição de como gostaria de ser chamado,
não hesitou em responder: “Sou um humorista”.
Com 44 anos de labuta radical, Miguel Paiva, o recém-sexagenário mais gatão
da cidade, afirma que não existe forma tão agradável de dizer algo e se fazer
entender do que o humor. Tema que se propõe a debater com cinco grandes
colegas de profissão nesse ciclo inédito de encontros – que, por mais comportado
que se pretenda, tem tudo para ser transgressor, subversivo, inconsequente,
sarcástico e, portanto, potencialmente bem-humorado.
1 01 JUN >humor na TV
ClAudio Manoel
2 08 JUN >humor na MÚSICA
Leo Jaime
3 15 JUN >humor gráfico
Ziraldo
4 22 JUN >humor e MULHER
Mônica Martelli
5 29 JUN >humor no jornalismo
Chico Caruso
artes
MIGUEL PAIVA. Carioca, vários livros publicados, entre os quais cinco com as
aventuras do detetive Ed Morte, em parceria com Luis Fernando Verissimo; quatro
com a personagem Radical Chic; e dois com o Gatão de Meia Idade. Seu trabalho
ocupa espaços na mídia eletrônica (cinema, TV, internet), na mídia impressa
(jornais e revistas) e no teatro. Morou na Itália (1974-1980) e na cidade de São
Paulo (1983-1992). Reside e trabalha entre o Rio e Araras, no interior do estado.
>
CLAUDIO MANOEL. Humorista, integrante do grupo Casseta e planeta, roteirista e
diretor de cinema.
LEO JAIME. Músico e compositor.
ZIRALDO. Escritor, chargista e ilustrador.
Mônica MARTELLI. Atriz e autora de Os homens são de Marte...e é pra lá que eu vou!
CHICO CARUSO. Humorista, chargista, ilustrador e performer.
Artes
TERÇAS-FEIRAS, 2OH
R$ 225,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 250,00
74
DE SÓFOCLES A KAFKA
A LITERATURA DÁ AULAS DE PSICOLOGIA
MARCELO BACKES
••4 AULAS
Pode-se afirmar que um dos pilares sobre os quais se ergueu o edifício
da Psicanálise foi a Literatura. Da mesma maneira que Marx afirmou que
aprendeu muito mais sobre a economia da Inglaterra lendo Charles Dickens
do que com qualquer um dos economistas ingleses, e que conheceu
profundamente a sociedade francesa pelas obras de Honoré de Balzac, Sigmund
Freud alicerçou várias de suas teorias psicanalíticas em obras e personagens
literários. Além disso, sempre voltou a Sófocles e aos clássicos gregos para
desenvolver seus conceitos e chegou a chamar um autor como Arthur Schnitzler
de “irmão gêmeo”. Esse curso apresentará seis obras que transitam nos
meandros do comportamento humano, trilhando a instigante fronteira dos
terrenos contíguos da Literatura e da Psicanálise.
1 01 JUN >ÉDIPO REI, DE SÓFOCLES
Obra sob todos os aspectos fundadora, tanto no âmbito da Literatura
e do Teatro quanto da Psicanálise. Modelo de tragédia, apresenta
o primeiro grande personagem da Literatura universal que virou
conceito e, mais que isso, transformou-se em emblema de questões
fundamentais do processo civilizatório.
2 08 JUN >JUSTINE, DO MARQUÊS DE SADE
O mundo entre a virtude de Justine e a “canalhice” de Juliette.
O crime compensa? Em que medida a bondade realmente nada
tem de natural? Civilização e barbárie em conflito numa obra
que tem tudo a ver com Nietzsche e que mostra por que Sade
foi considerado um dos grandes precursores de Freud.
Em suas obras, Schnitzler criou casanovas e libertinas e mergulhou
como poucos nas profundezas da alma humana. Inspirador
do cineasta Stanley Kubrick e “irmão gêmeo” de Freud, fez
na Literatura o que o pai da Psicanálise fazia no ensaio.
Nesse romance, aborda a vida de Therese, uma personagem
que encarna os problemas da mulher na época de sua emancipação
e decadência de Viena.
artes
3 15 JUN >CRÔNICA DE UMA VIDA DE MULHER, DE ARTHUR SCHNITZLER
>
4 22 JUN > ”CARTA AO PAI”, DE FRANZ KAFKA
A figura paterna entre a realidade e a ficção na obra de Kafka,
revisitando as dores edipianas. Uma carta gigantesca que
jamais foi entregue ao pai e acabou sendo lida apenas pela mãe;
uma acusação num tribunal de páginas infindas. Quem é capaz de
se ufanar de seus músculos afetivos depois de conhecer Kafka?
MARCELO BACKES. Escritor, tradutor e crítico literário, doutor em Germanística
e Romanística pela Universidade de Freiburg, Alemanha. É autor de A arte do
combate, de Estilhaços e do romance Maisquememória.
Artes
TERÇAS-FEIRAS, ÀS 20H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
75
A OBRA E o TEMPO de WILLIAM SHAKESPEARE
MIRIAM HALFIM
••4 AULAS
O curso vai percorrer a História da Inglaterra, desde Henrique VIII até Elizabeth I,
e a entrada no Renascimento, tomando esse panorama como um caminho
privilegiado para uma abordagem rica e contextualizada da obra de William
Shakespeare. A partir da análise de seus sonetos e de algumas de suas principais
peças, esses encontros buscam oferecer suaves favos do bardo – como era
conhecido Shakespeare – um autor que, sem sombra de dúvida, enriquece o acervo
intelectual de cada amante da boa Literatura, do Humanismo e do Saber.
1 08 JUN >SONETOS – A VIDA – IDADE MÉDIA VERSUS RENASCIMENTO
Uma visão sobre a vida de Shakespeare, sua origem em
Strattford–upon-Avon, sua infância, o casamento aos 18 anos,
a mulher, os filhos, a paixão pelo Teatro. Serão analisados seus
sonetos de amor, com leitura em inglês – e depois em português.
Uma comparação com alguns poemas medievais em que a mulher
é associada à Virgem Maria, inatingível, produto da força religiosa,
e de outros, também medievais, em forma de sátiras, que falam
contra a mulher.
2 15 JUN > CHRISTOPHER MARLOWE E WILLIAM SHAKESPEARE –
ESTILOS DE DRAMATURGIA
Aspectos biográficos de Marlowe e de sua maior obra, Tamburlaine,
the Great. Shakespeare e seu humanismo. Breve comparação
entre O judeu de Malta, de Marlowe, e O mercador de Veneza,
de Shakespeare.
22 JUN >OS CLÁSSICOS DE SHAKESPEARE
3
4 29 JUN >A ERA DE ELIZABETH – DE HENRIQUE VIII À RAINHA VIRGEM.
A CORTE. SHAKESPEARE ATRAVÉS DOS SÉCULOS
A filha de Ana Bolena. De bastarda a rainha. O desenvolvimento da
corte elisabetana. A obra de William Shakespeare encenada através
dos séculos e em diferentes contextos políticos até o século XXI.
artes
Romeu e Julieta, Hamlet, Macbeth, Otelo, Henrique VIII. Leitura
de trechos de cada peça e análise de imagens relevantes
e recorrentes na obra do bardo.
>
MIRIAM HALFIM. Mestre em Literatura Inglesa pela UFRJ. Foi professora da Uerj
e da Faculdade da Cidade. Escreve contos e diversas obras para o Teatro,
acumulando vários prêmios. Entre suas peças, estão Ecos da Inquisição, Receita
infalível, O língua-solta, Fazer o quê? e Antes do pôr do sol. É autora dos livros
Senhora de engenho, entre a cruz e a torá, Contos do Rio e O judeu em Chaucer,
Marlowe e Shakespeare.
Artes
TERÇAS-FEIRAS, ÀS 17H
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
76
CRÔNICA: A LIBERDADE DA ESCRITA
ARNALDO BLOCH
••4 aulas
O objetivo dessa oficina é desenvolver uma dinâmica de troca de informações
entre o cronista e os participantes que permita exercitar a criação livre de textos
a partir da experiência pessoal ou da subjetividade e das pulsões inconscientes,
sem a obrigatoriedade de observância/obediência aos cânones do gênero e em
busca da singularidade de cada um. A exemplo de experiência realizada na Brown
University, num workshop de creative writing, em português, com estudantes
norte-americanos, o cronista pretende publicar, em pelo menos uma de suas
colunas no Segundo Caderno, do jornal O Globo, medleys de textos dos alunos.
1 10 jun >A CRÔNICA A PARTIR DA EXPERIÊNCIA PESSOAL
O percurso pessoal: a relação com a palavra escrita e com a criação
desde a infância; universo de leitura e de influências interpessoais;
os anos universitários; os anos de profissão: do texto jornalístico à
formação do texto autoral: migração ou interdependência?
Apresentação da proposta da oficina e do primeiro exercício:
refletir sobre uma experiência pessoal (objetiva, factual, subjetiva,
imagética, memorialística), escolher um tema a ser explorado,
escrever uma crônica a partir do tema.
3 24 jun >A CRÔNICA DE “COMENTÁRIO”
Leitura e discussão de trechos das crônicas desenvolvidas.
Propostas de desenvolvimento. Visão do cronista sobre a função da
crônica e a substituição gradual do lirismo e da subjetividade por
uma função utilitária. A crônica por natureza comenta a política,
a economia, os fatos dos jornais ou obras de arte numa dimensão
paralela, de acordo com a identidade e a subjetividade do cronista.
Hoje, ao contrário, a maior parte dos cronistas busca justamente o
oposto: igualar-se aos articulistas especializados e aos críticos ou,
pelo menos, buscar ser “útil” ao leitor. Apresentação do terceiro
exercício: escrever sobre o factual buscando o oculto, o insólito, o
subtexto, e fugindo ao vício do comentário.
artes
2 17 jun >A CRÔNICA A PARTIR DO VAZIO Leitura e discussão de trechos das crônicas escritas. Propostas de
desenvolvimento. Apresentação do segundo exercício: desenvolver
um texto a partir do vazio ou da falta de tema, explorando
associações livres de ideias ou o método “digital” (d’après Carlos
Heitor Cony: catar milho para descobrir o que escrever).
>
4 01 jul > SARAU
Leituras finais de trechos e de crônicas selecionados pelo cronista
como exemplares, segundo a proposta da oficina, respeitando os
melhores momentos de todos os participantes. Debate sobre as
hipóteses de divulgação das mesmas (Livro? Internet? Expô? Ou?).
ARNALDO BLOCH. Jornalista (Eco-UFRJ) e escritor carioca. Trabalhou na revista
Manchete como repórter, redator, editor e correspondente em Paris. Desde 1993
integra a equipe do jornal O Globo, onde ocupou os cargos de editor do Segundo
Caderno e chefe de redação da sucursal de São Paulo. Desde 2001 dedica-se ao
texto, como repórter especial e cronista. A partir de 2003 passou a assinar coluna
fixa, aos sábados, no Segundo Caderno. Mais recentemente, criou o inovador
conceito da seção “Logo/A página móvel”, que edita semanalmente. Na Literatura,
publicou a biografia Fernando Sabino/Reencontro, os romances Amanhã a loucura
e Talk Show e a saga familiar Os Irmãos Karamabloch. Participou da polêmica
antologia Geração 90/Transgressores, de Nelson Oliveira. No fim do ano passado,
lançou sua primeira coletânea de crônicas revistas, O ciclista da madrugada.
Artes
quintas-FEIRAS, ÀS 20h
R$ 160,00 NA INSCRIÇÃO + 1 PARCELA DE R$ 200,00
77
UM OLHAR SOBRE A ARTE CONTEMPORÂNEA NO MUNDO
BIENAL DE VENEZA, DOCUMENTA DE KASSEL E BIENAL DE SÃO PAULO
AGNALDO FARIAS
••2 AULAS
Nesses encontros, o curador e crítico de arte Agnaldo Farias faz um balanço do
cenário artístico da última década, no Brasil e exterior, a partir de uma análise
apurada sobre três das mais importantes exposições de arte contemporânea.
AGNALDO FARIAS. Crítico de arte, curador independente e professor da Faculdade
de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Foi curador
do MAM-RJ entre 1998 e 2000, curador adjunto da Bienal de São Paulo de 1996 e
curador da representação brasileira da Bienal de São Paulo de 2002. É curador da
29ª Bienal de São Paulo, programada para este ano.
artes
18 e 25 jun > sextas-feiras, às 19h30
R$ 80,00 na inscrição + 1 parcela de R$ 120,00
Viagens de
conhecimento
Descubra o mundo com os
professores da Casa do Saber.
Conheça os roteiros e acompanhe as
novidades no site www.latitudes.com.br
RESUMO
DE CURSOS
1° SEMESTRE DE 2010
especial
cursos
abr
mar
1 celebrando GULLAR
ferreira gullar,
ADRIANA CALCANHOTTO,
antonio carlos SECCHIN
2
OS VALORES DO ESPORTE COMO
ELEMENTO TRANSFORMADOR
BERNARDINHO ,
JOÃO PEDRO PAES LEME
3
CRISE DA POLÍTICA X
SOCIEDADE EM MOVIMENTO
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
4
O DESIGNER DONO DA MAIOR
AUDIÊNCIA DO PLANETA
HANS DONNER
O QUE É QUE ESSA GAÚCHA
5 TEM PARA DELEITAR
AS PAPILAS CARIOCAS?
ROBERTA SUDBRACK
6 E A BELÍNDIA, COMO VAI?
EDMAR BACHA
7
mai
professor
ANTONIO DIAS, UM ARTISTA
CONTEMPORÂNEO NO MUNDO
ANTONIO DIAS
8 O QUE É RAÇA?
DEMÉTRIO MAGNOLI
música & disco. Passado,
9 presente, futuro de um
casamento em crise
JOÃO ARAÚJO, ANDRÉ MIDANI,
NELSON MOTTA
10
como o rio 2009 ganhou
a rio 2016. e agora?
carlos arthur nuzman,
carlos roberto osório,
leonardo gryner
horário
início/término
Nº de aulas
quarta-FEIRA, ÀS 20H
03 mar
1
quinta-feira, às 20h
04 mar
1
segunda-FEIRA, ÀS 20H
08 mar
1
quarta-feira, às 20h
31 mar
1
quarta-feira, às 20h
07 abr
1
quarta-feira, às 20h
14 abr
1
quarta-feira, às 20h
28 abr
1
quinta-feira, às 20h
29 abr
1
quarta e quinta-feira,
às 20h
05 mai e 06 mai
2
sexta-feira, às 19H30
07 mai
1
11
cursos
professor
desta vez, quem entrevista
o ibope somos nós
CARLOS AUGUSTO MONTENEGRO
12 a nova voz da igreja no rio
DOm orani tempesta
13 VINHO COM SABER
Célio ALZER
jun
mai
especial
cursos
professor
14
Os sentidos da beleza –
na história e hoje
evando nascimento
15
AMOR FATI: o segredo
da afirmação que cria
auterives maciel jr.
16 filosofia e literatura
maria cristina
franco ferraz
17 o desamparo na vida moderna
sandra niskier flanzer
18 Nietzsche e o cômico
Rosana Suarez
19 para acabar com o juízo
AUTERIVES MACIEL JR.
abr
mar
Pensamento
20
a paixão em um
mundo globalizado
mário eduardo costa pereira
horário
início/término
Nº de aulas
quarta-feira, às 20h
12 mai
1
sexta-feira, às 19h30
11 jun
1
segunda-feira, às 20h
28 jun
1
horário
início/término
Nº de aulas
quartas-FEIRAs, ÀS 20H
de 03 mar a 24 mar
4
segundas-feiras, às 17h
DE 08 mar a 29 mar
4
terças-feiras, às 20h
de 09 mar a 30 mar
4
quartas-feiras, às 17h
de 10 mar a 31 mar
4
segundas-feiras, às 20h
de 29 MAR A 19 ABR
4
quartas-feiras, às 17h
de 07 abr a 19 mai
6
sextas-feiras, às 19h30
de 09 abr e 16 ABR
2
Pensamento
cursos
professor
oswaldo giacoia junior
22 à sombra do espetáculo
nina saroldi e sandra edler
23 alegria em psicanálise
alexandre jordão
abr
21 uma filosofia do futuro
24
auterives maciel jr.,
eduardo rosenthal
25 os novos laços amorosos
malvine zalcberg
26 mulheres na filosofia
carla rodrigues,
rafael haddock-lobo
mai
jun
entre a psicanálise
e a filosofia
27
as grandes obras
da filosofia
danilo marcondes
28
os sentidos do trabalho –
dever ou vício?
nina saroldi
29
o lugar da fantasia
na psicanálise
marco antonio
coutinho jorge
30
entre a individualidade
e o individualismo
júlio César pompeu
31 a arte de viver da fé
andré martins
32 plotino, o teórico do êxtase
josé thomaz brum
horário
início/término
Nº de aulas
segundas-feiras, às 20h
de 26 abr A17 mai
4
segundas-FEIRAs, ÀS 20H
de 26 abr a 17 mai
4
quintas-feiras, às 17h
de 29 abr A 20 MAI
4
sextas-FEIRAs, ÀS 19H30
de 30 abr A 28 MAI
5
quartas-FEIRAs, ÀS 20H
de 05 mai a 26 mai
4
quintas-feiras, às 20h
de 13 MAI A 10 jun
4
quartas-feiras, às 20h
de 19 mai a 30 jun
7
segundas-feiras, às 20h
de 24 mai a 14 jun
4
segundas-feiras, às 17h
de 07 jun a 28 jun
4
quintas-feiras, às 17h
de 10 jun a 01 jul
4
sextas-feiras, às 19h30
de 11 jun a 02 jul
4
quartas-feiras, às 20h
de 16 jun a 30 jun
3
História, Ciências e atualidade
33
cursos
professor
corpo: sensações
e sentimentos
octavio bonet,
rachel aisengart menezes
mar
34 faces do amor na história
35
a tecnologia da segunda
guerra mundial
vários
36
o problema da
matéria pensante
luiz alberto oliveira
37 segredos da mente
38
uma revisita ao mundo
dos economistas
39 a comunicação na era trans
40
abr
mary del priore
uma leitura ecológica
da história do brasil
ana beatriz barbosa silva
josé márcio camargo
suzana apelbaum
josé augusto pádua
41 os senhores do sécULO xx
maurício parada
42 roma: de césar a augusto
márcio scalercio
43 judeus no brasil
keila grinberg
44
egito antigo: cosmovisão
e política
ana montes
horário
início/término
Nº de aulas
SEGundas-feiras, às 20h
DE 01 mar a 22 mar
4
QUartAS-FEIRAS, às 20h
de 03 mar a 24 mar
4
terças-feiras, às 20h
de 09 mar a 23 mar
3
quintAS-FEIRAS, às 20h
de 11 mar a 15 abr
6
quintas-feiras, às 20h
de 11 mar a 01 abr
4
quintas-feiras, às 20h
de 11 mar a 01 abr
4
segundas-feiras, às 20h
de 29 mar a 19 abr
4
segundas-FEIRAS, às 20h
de 29 mar a 19 abr
4
QUARTAS-FEIRAS, às 20h
de 31 mar a 28 abr
4
segundas-feiras, às 17h
de 05 abr a 26 abr
4
terçaS-FEIRAS, às 20h
de 06 abr a 27 abr
4
QUINTAS-FEIRAS, às 20h
de 08 abr a 06 mai
4
História, Ciências e atualidade
criação, produção e consumo
dalcácio da gama reis
em tempos de sustentabilidade
46
entretenimento,
comunicação e cultura
vinicius andrade pereira
47
os profissionais
de marketing político
vários
48
grandes jornalistas
políticos
vários
49 a mitologia grega e a mulher
isabela fernandes
50 tempo para viajantes
luiz alberto oliveira
51
violência e informalidade
no rio. dá para encarar?
sergio guimarães ferreira
52
o que passa nA cabeça
do brasileiro
alberto carlos almeida
53 os executivos brasileiros
54
jun
professor
45
mai
abr
cursos
(eco)nomia. o valor do clima
vários
na agenda brasileira e global
mitos e verdades na
55 educação: da primeira
infância à adolescência
56
vários
os sentidos do design
no contemporâneo
fábio barbirato
joão de souza leite
horário
início/término
Nº de aulas
quintAS-FEIRAS, às 20h
de 08 abr a 06 mai
4
sextas-feiras, às 19h30
de 09 abr a 07 mai
4
terças-feiras, às 20h
de 27 ABR a 11 mai
3
quartas-feiras, às 20h
de 05 mai a 02 jun
5
segundas-feiras, às 17h
de 10 mai a 07 jun
5
QUinTAS-FEIRAS, às 20h
de 13 mai a 01 jul
7
terças-feiras, às 20h
18 mai e 25 mai
2
segundas-feiras, às 20h
de 24 mai a 14 jun
4
segundas-feiras, às 20h
de 24 mai a 21 jun
5
terças-feiras, às 20h
de 08 jun a 29 jun
4
quartas-feiras, às17h
de 09 jun a 30 jun
4
quartas-feiras, às 20h
de 09 jun a 30 jun
4
artes
mar
57
cursos
professor
a arte do design: ART NOUVEAU
e bauhaus
HÉLIO DIAS FERREIRA
58 violino: um panorama afetivo
felipe prazeres
59 fernando pessoa
cleonice berardinelli
o universo artíSTIco
60 europeu na primeira
metade do século xIx
hélio dias ferreira
61 stand-ups em casa
fernando caruso,
daniela ocampo
62 A cultura da moda
João Braga
63
quem tem medo de
música clássica?
Laura rónai
marcelo backes
65 nova arte nova
vários
66 clássicos do jazz ao vivo
vários
abr
64 a literatura que virou cinema
67
as primeiras estórias
do sertão
izabel aleixo
horário
início/término
Nº de aulas
segundas-FEIRAS, às 20h
DE 01 mar a 22 mar
4
TERÇA e quinta-FEIRA, às 20h
02 mar e 04 mar
2
terças-FEIRAS, às 20h
de 09 mar a 13 abr
6
quintas-feiras, às 15h
de 25 mar a 29 abr
5
quarta e terça-feira, às 20h
24 mar e 20 abr
2
segundas-feiras, às 17h
de 01 mar a 29 MAR
5
quartas-FEIRAS, às 20h
de 31 mar a 28 abr
4
terçAS-FEIRAS, às 17h
de 06 abr a 27 abr
4
terças-feiras, às 20h
de 06 abr a 27 abr
4
QUARTAS-FEIRAS, às 19h30
sala baden powell
de 07 abr a 14 jul
4
terças-feiras, às 20h
de 04 mai a 25 mai
4
artes
cursos
jun
mai
68 a arte de colecionar arte
professor
vários
69
uma viagem pelo universo
da ópera
marcel gottlieb
70
a produção cultural e
artística do sécULO xix ao xx
leila longo
71
os grandes expoentes da
arte moderna brasileira
hélio dias ferreira
72 a grande canção americana
ricardo soneto
73 humor a sério
vários
74 de sófocles a kafka
marcelo backes
75
a obra e o tempo de
william shakespearE
miriam halfim
76
crônica: a liberdade
da escrita
arnaldo bloch
77
UM OLHAR SOBRE A ARTE
CONTEMPORÂNEA NO MUNDO
agnaldo farias
horário
início/término
Nº de aulas
terças-feiras, às 20h
de 04 mai a 01 jun
5
TERÇAS-FEIRAS, às 17h
de 04 mai a 25 mai
4
quarTAS-FEIRAS, às 17h
de 05 mai a 26 mai
4
quintas-FEIRAS, às 15h
de 06 mai A 20 mai
3
sextas-feiras, às 19h30
de 28 mai a 02 jul
5
terças-feiras, às 20h
de 01 jun a 29 jun
5
terças-feiras, às 20h
de 01 jun a 22 jun
4
terçaS-FEIRAS, às 17h
de 08 jun a 29 jun
4
quintas-feiras, às 20h
de 10 jun a 01 jul
4
sextas-feiras, às 19h30
18 jun e 25 jun
2
ASSISTENTE DE DIREÇÃO
Isadora Contins
departamento financeiro
CASSIA VENTURA
INFORMÁTICA
Vitor Braga
ASSISTENTE ADMINISTRATIVA
Nathália Krauss
assesoria de imprensa
angela falcão
[email protected]
CATÁLOGO
Colaboração de Conteúdo
Beatriz Farah Rodriguez
PROJETO GRÁFICO
EG.DESIGN | CAROLINA FERMAN
DIAGRAMAÇÃO
eg.design | carolina ferman e tatiana buratta
revisão
kathia ferreira
impressão
ediourO gráfica e editora
o bistrô da casa do saber é operado
pela arte temperada, que também
atua no centro cultural light.
Arte temperada
Ana carvalho & carlos andré palatnic
bistrôs e serviço de buffet
t (21) 2253-2589 [email protected]