Maria Vitória Afonso - Confrades da Poesia

Transcrição

Maria Vitória Afonso - Confrades da Poesia
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Os Confrades da Poesia | Boletim Nr 56 | Maio/Junho 2013
«PÓDIO DE TALENTOS»
http://www.osconfradesdapoesia.com/Biografia/MariaVitoriaAfonso.htm
Biografia
Maria Vitória Afonso
«Poesia é uma dádiva de Deus»
Maria Vitória Eduardo Afonso nasceu em Colos, concelho de Odemira, em 1941. Estudou em Beja onde fez o
Curso Geral dos Liceus e depois, ingressou na Escola do Magistério da mesma cidade onde terminou o curso. Exerceu o ensino no distrito de Beja durante 6 anos, tendo depois transitado para o distrito de Setúbal onde desempenhou a sua profissão no concelho do Seixal, cerca de 28 anos. Fez o bacharelato em História na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Logo após o 25 de Abril foi nomeada delegada sindical pelo dito concelho.
Actualmente aposentada dedicou-se mais à poesia e entrou na IX Antologia do Círculo Nacional de Arte e Poesia e
tem alguns poemas publicados em alguns sites e colabora na Poetrix do Brasil. Faz parte da Associação Portuguesa
de Poetas, tendo uma página na Internet como participante deste site; Membro do Mensageiro da Poesia-Associação
Cultural Poética em Amora e “Os Confrades da Poesia”.
Pensa continuar a escrever crónicas com temáticas alentejanas nomeadamente religiosidade, tradições, cante alentejano, etc.
Colaborou durante dois anos no Jornal “Tribuna do Povo” do concelho do Seixal e actualmente tem colaborado no
“Diário do Sul” com a coluna “Sudoeste Alentejano”.
Bibliografia:
“Contos e vivência do Sudoeste Alentejano”; “Contos Alentejanos , cozendo o pão, costurando a vida”
Poemas de
Mote
Olha aquela rapariga
Ao luar da lua cheia
Está fazendo meia ou liga
Mas ninguém lhe liga meia.
(popular)
Dia Da Mulher
Marianita, mulher em botão
(à minha netinha com 5 meses)
Glosas
Mariana, uma mulher
Em botão
È uma luz
Que nos seduz
E aquece o coração.
Ao luar da meia noite
Foi cantar uma cantiga
Levou do vento um açoite
Olha aquela rapariga.
Cada dia vou asinha
Para o pé da Marianita
Simpática e bonita
Para mim, uma avezinha.
Não tem amores vai sonhando
Com os moços da aldeia
Entregar-se a doce mando
Ao luar d alua cheia.
Pássaro velho, eu sou
De asas quiçá quebradas
Alguém que todos amou
E só levou caneladas.
No seu lesto tricotar
Trabalha como a formiga
Sempre, sempre a tricotar
Está fazendo meia ou liga.
Me compensa seu sorriso,
E seu cândido amor
Isso é premonitor
Dum futuro, bem preciso.
Morenaça alentejana
Dizem os moços que é feia
Pensa neles bem ufana
Mas ninguém lhe liga meia.
Marianita és mulher
Também este é o teu dia
Uma mulher em botão
Que nos enche de alegria
E já nos segura a mão.
Cinzas
Ao vento as cinzas da fogueira
Que ousou queimar meu coração!
O tempo as levou com mão fagueira
Apenas resta a vã recordação.
Evoco em mim a triste tez trigueira
Esmaecida por tanta sensação
Que o destino colocou à minha beira
E me soltou, de vez, a emoção
Das cinzas só há reminiscências
De que vou esquecer as minudências
E dizer-me, pela vida, fascinada
O presente sarou todas as dores
Em vez de cinzas cultuo como flores
O sentimento de moura encantada.

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