Boletim Cooperativista nº 88, janeiro 1961
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Boletim Cooperativista nº 88, janeiro 1961
BOLETIM A e d u c a ç ã o do povo n ã o pode ser concebida senão sobre as bases do outo-governo e da igualdade dos seus membros. S. HOGSBRO COOPERATIVISTA REDACÇÃO B ADMINISTRAÇÃO C A L Ç A D A DA T A P A D A , TORNO N . ° 88 — J A N E I R O , 1961 C O O R D E N A D O FOR LISBOA-3 ANTÓNIO 63 26 49 TEL. EM 1.° — 163, SÉRGIO DO C O O P E R A T I V I S M O 0 papel dos humildes no movimento Cooperativo prof. Nem sempre são postas as grandes e em pratica por nobres pessoas ideias que é JOÃO DIAS ACUDO em Inglaterra, cooperativas para moagem de cereais fundadas em 1760. Quem as f u n - ci- d o u ? — Os operários das empresas. Em 1761 meiros da escala. E nem sempre t a m b é m elas os t e c e l õ e s ao domicilio de Fenvviclc (Escó- costumes situar socialmente ^nascem nos cérebros locubracões essas do ideias nos habituados pensamento. a fortes cia) associaram-se para comprar em comum, Muitas vezes acessórios boas são recebidas e protegidas graus acalentadas por pessoas humildes que t ê m sensibilidade e coração; e outras até devem de seu o f í c i o , e oito anos mais tarde estenderam essa modalidade à compra de géneros Em alimentícios. 1777 os t e c e l õ e s da «Govan V i c t u a - a elas mesmas a fraternidade que é corrente ling Society» formaram t a m b é m a sua Coo- atribuir a pessoas mais cotadas. perativa Uma dessas ideias que t ê m feito fortuna no aconchego benfeitor da pessoa humilde é a ideia de Cooperação Nascida no seio dela que faz hoje parte da «Kinning Park Society» de Glasgow. Toda esta acção século X V I I I do homem humilde do no esforço que empregou para e posta cm prática por ela, só mais tarde fundar a cooperativa é digno de nota e de passando registo. que para o dominio a propagandearam revista uma e no livro, compreensão decisivos intelectuais na conferência, a Cooperação na deve-lhe e um esforço que foram na luta que que conseguiu dos travou e no através de todas Mas o triunfo desse esforço estava reservado ao século seguinte com a entrada em cena dos Pioneiros d e R o c h d a l e , homens humildes t a m b é m , mas com ideias mais lar- triunfo gas e mais ambiciosas para os fins da Coo- as dificul- peração. Enquanto no século X V I I I o operá- dades. rio só pretendia defender-se de exploração e Vejamos a acção desses homens na fun- da falsificação dos géneros, o trabalhalor de dação das Cooperativas e a categoria social Rochdale traçava já um programa de a que pertencia a quase totalidale deles. D i - social que é digno rijamo-nos para isso às primeiras que U N I C O O P E A NORTECOOPE acção atenções de se f conhecem, as de Woolwich e de Chathham, A das nessas (Continua na página PUBLICAÇÃO MENSAL DISTRIBUIÇÃO GRATUITA i — Horizonte — AS D I R E C Ç Õ E S D A S C O O P E R A T I V A S , havendo t e r m i n a d o o seu m a n d a t o n o f i n a l do ano, p r e p a r a m agora os seus r e l a t ó r i o s . OS R E L A T Ó R I O S D E G E R Ê N C I A SÃO D O C U M E N T O S D E REL E V O na v i d a cooperativa, porq u e neles se condensa a e x p e r i ê n cia v i v i d a n u m ano de l a b u t a e se d á conta do e s f o r ç o d ispendido.> OS R E L A T Ó R I O S D E G E R Ê N CIA, P O R É M , n ã o devem quedar-se na e x p o s i ç ã o f r i a dos factos o c o r r i d o s e na p r e s t a ç ã o de contas. D e v e m ser mais a l g u ma coisa do q u e u m a o b r i g a ç ã o estatutária. OS R E L A T Ó R I O S D A S D I R E C ÇÕES T E R Ã O M A I S V A L O R a i n d a se despertarem entre os associados m a i o r entusiasmo cooper a t i v i s t a e lhes a p o n t a r e m o h o r i zonte das novas r e a l i z a ç õ e s . OS R E L A T Ó R I O S D E G E R Ê N C I A D E V E M FAZER SENTIR AOS C O O P E R A D O R E S a f é dos d i r i - j) (Continua na pág. S) «Nem só de P ã o vive o Homem prof. « N e m só de pão vive o h o m e m » afirmou gore, nesta ordem REIS de MACHADO ideias, escreveu: e «Boíefrim Cooperativista» Cristo, e abriu ao homem, como jamais fora feito a vida do espírito. O pão é o susten- minados pela vida do eu sempre preocupado endereçam ASSOCIA- táculo da vida do espírito, mas é a vida do em comer, COMISSÕES espírito que especialmente caracteriza a vida No entanto, humana. ÇÕES às Direcções FEMININAS os e CULTURAIS, Cooperadores, Novo das COOPERATIVAS, Ano saudações sinceros progressivo que lhes e a votos de e agradecem todos 7tm as Condicionar essa vida por sólidas A D i r e c ç ã o da U N I C O O P E admitiu no m ê s de Dezembro a f i l i a ç ã o de mais uma Loures. de um uma abrigo, região espera a reconhecemos em que ventes que para as necessidades a dificultem, deve ser um dos não se está pertence a vida do procriar. misteriosa plenamente, inteiramente e voltado físicas». A essa região espírito. seu Porém essa vida tem sido para muitos fal- e da família deve ter suficiente tempo para samente compreenlida. Por defeitos de edu- se entregar à vida do espírito. E nesse sen- cação; e, por vezes de temperamento, tido tem tos empregam o tempo livre de que dispõem última vindo metade a iegislar-se do século sobretudo da passado a t é hoje. mui- não em viverem a vida do espírito, mas em Porém, a vida do espírito é para muitos mal gozarem compreendida. afinal, é ainda vida do corpo; para eles o a vida do espírito que para eles, A vida do espírito liga-se verdadeiramente espírito identifica-se com as s e n s a ç õ e s , sen- «A a todas as actividades superiores do homem, sações fortes, sensações de paladar, de cor, Zambujal — nela figura a ciência, a arte, a literatura, a de som, de movimento, s e n s a ç õ e s sexuais... cooperativa: C O O P E R A T I V A ZAMBUJALENSE», existe que Todo aquele que trabalha para sustento 46." adesão à Unscoope encontrar bases e c o n ó m i c a s , e por o c u p a ç õ e s não absorprincipais objectivos das organizações sociais. dirigiram. « T e m - s e sucedido numerosos milenários do- religião. Um notável escritor e pensador i n diano, do nosso tempo, Rabindranath T a - (Continua na pág. 6) As actividades culturais da Cooperativa Uoião Pragaleose I simpatia do novo Presidente eleito do Brasil pelo Cooperativismo ALBERTO por ALVES — Uma sessão de cinema com a colabo- CARNEIRO ração dos Serviços Cinematográficos da E í e c t u a r a m - s e , ultimamente, no Brasil, as eleições para a escolha da individualidade que terá de desempenhar, nos p r ó x i m o s quatro anos, o cargo de Presidente da R e p ú - A Saiu vitorioso da pugna eleitoral o dr. JâQuadros, figura em destaque naquele E dinâmica Comissão Cultural da Socie- dade Cooperativa União Pragalense, organide carácter cultural, a qual teve a gentil colaboração dos Serviços de Cinema da Shell Portuguesa. país irmão. N a apresentação e defesa do seu programa Esta feliz ideia, foi bem encarada pela de governo, um dos números apontados para massa associativa da União Pragalense, cons- e x e c u ç ã o , e s t á ligado à política agrícola que tituindo-se assim o marco inicial para outras pretende seguir, e encontra-se assim redigido: jornadas de maior envergadura em prol da — «incentivo às cooperativas de p r o d u ç ã o » . cultura daqueles que nela militam. ] á é conhecido dos cooperativistas portu- Cerca de quatrocentas pessoas estiveram gueses a a t e n ç ã o que os poderes constituídos presentes nesta sessão, onde foram exibidos de todos os Estados em que o Brasil se di- os seguintes filmes: vide, votam ao movimento cooperativista do seu país, Estados, mantendo-se senão em em todos, muitos desses Departamentos «A Grande Ameaça»: Cuja realização assinada pelo grande cineasta holandês Bert Haanstra obteve em Armhem e Veneza dos festivais oficiais c o n s t i t u í d o s , que tratam, exclusiva- (1955) mente, desse ano. O filme foca a vida dos insectos de problemas relacionados com o Cooperativismo. não primeiros prémios e as suas relações com o homem, Aos mesmos cabe a tarefa de prestar toda a ajuda moral os às sociedades só em matéria cooperativas, de organização, na luta pelos alimentos, provocando doenças de a u x í l i o e apoio aos seus empreendimentos cias. M a n t ê m aquelas repartições estaduais funcionalismo próprio, devidamente apetrechado sobre tudo que se prende com o movimento cooperativista e seus objectivos económicos e sociais. Escol admirável de idealistas c intelectuais distintos, figuras que todo o Brasil cooperativista admira e respeita, entre os quais poderemos citar os nomes de: F á b i o L u z F i lho, Valdiki « A Pesca da Sardinha»: Um documentário sobre a vida e faina da pesca da sardinha na Moura, L o u r e n ç o Giollo, Monserrat, Zózimo Cabral de Barros, José Costa portuguesa. « N o fundo do Mar»: Uma interessante curta-metragem sobre a pesca submarina, onde uma boa planificação de Ernesto de Sousa parece ser a chave mestra deste primeiro documentário português filmado no fundo do mar. «Fadário de um C a i x o t e » : É como uma autêntica lição sobre as embalagens de artiPRETENDE FAZER Moura, José Arruda de Albuquerque, R ó m u l o CONSULTE Castro, e tantos outros que a memória de mo- A cooperativismo. UNICOOPE ou a NORTECOOPE A leitura dessas publicações, são perfeitos tratados onde os problemas do Cooperati- Cooperativas. Pena é que sejam poucas a segui-las. A divulgação do cinema de carácter cultural (sem intransigências perante a incultura da massa associativa) de bom nível orientada, e bem é talvez um caminho que deve ser seguido pelas Comissões Culturais e de Propaganda das Cooperativas, pois existe um vasto campo por explorar (em Almada, a criação do Círculo Cultural Cooperativo, vai ser iniciada nesse caminho, o impulso vai pertencer à força da juventude). O público aguardará e às comissões culturais caberá o papel do « m ã o s - à - o b r a » . Parabéns pois, à jovem equipa equipa cultural da Pragalense. «Maré um A Enchente» filme sobre Cooperativismo " Embaixada do Canadá, tem á disposi- ção das Cooperativas Portuguesas, um interessante filme sobre o cooperativismo nas zonas pesqueiras marítimas (Canadá). Trata-se de uma persão com locução portuguesa, do filme de Jean Pallardy« Mareé M o n t a n t e » , já exibido pela Cooperativa Piedense, no 6 7 . ° aniversário, na versão fran- cesa, comentada por Alfredo Canana, quando da sua exibição, e a quem ficamos devendo a vinda da versão portuguesa, pela divul- gação da película nos meios cooperativos. Aconselhamos às Comissões Culturais a inclusão deste filme nos próximos projectos cinematográficos, por se tratar de uma obra teoria cooperativista perfeita. As bibliotecas t ê m merecido da parte mada COOPERATIVA DA FÁBRICA DA São em elevado n ú m e r o as revistas da es- ao Cooperativismo possui a sua. tural das nossas c '-^^^ todas as colectividades do concelho de A l - DO DE PESSOAL PÓLVORA BARCARENA (exceptuando as do Futebol) atenção digna de registo, traço que uma muito recomenda o clima cultural que dia a dia vão desenvolvendo. A pecialidade que se publicam, visto que, quase no geral, cada Departamento de Assistência dos União Pragalense teligência não só à d i v u l g a ç ã o dos princípios cido interesse para a marcha ascensional do evolução U M SEGURO ? dão o seu apreciável concurso e toda a sua incomo à descrição de problemas de reconhe- Um filme de Biblioteca da Cooperativa Cavina, Bruno de Menezes, J . H . Correia de mulo não recorda, escol admirável, d i z í a m o s , a São iniciativas como esta, que constituem sincera e de Ruth sobre a participação determinante da activilade c u l - pequenos seres que concorrem com o homem e prejuízos que acarretam graves c o n s e q u ê n - invisível»: animados transportes do petróleo. dos como Seu desenvolvimento. «O Viajante desenhos desven- dando um mundo novo e desconhecido ainda, quando em funcionamento, necessitem considerados indispensáveis à sua acção e ao morística. Portuguesa zou uma interessante sessão cinematográfica blica. nio Shell gos para exportação, contada à maneira h u - Cooperativa União Pragalense, com os seus quatrocentos sócios, t a m b é m faz parte Assembleia Geral Ordinária realizada daquelas que se debatem por um melhor nível em 16 de Novembro passado foram eleitos Em de cultura nos seus associados. Assim a sua os Corpos Gerentes para o exercício de 1961, Biblioteca, que dispõe de 1300 volumes intei- que ficaram assim constituídos: ramente confiada a gente moça, movimentou, vismo, em todas as suas modalidades, s ã o M E S A D A A S S E M B L E I A G E R A L — Pre- apreciados e debatidos com grande profun- sidente: José Maria dos Santos; 1.° Secretá- 985 livros, destacando-se 4 6 2 lidos pelas 63 deza e n o t á v e l clarividência. rio: Albino Pereira Teixeira; 2.° Secretário: crianças Manuel J . de C . Barreiros. pouco elevados, os seus números, não deixam É de supor, portanto, que o movimento . em causa, orientado e servido por t ã o devo- D I R E C Ç Ã O — Presidente: José Pedro Pe- tados e competentes dirigentes, respeitado e reira; considerado pelo Estado, irá ter, com a for- 1.° Secretário: Manuel Inácio de Sousa; 2.° mação Secretário: A n t ó n i o Canto Dias; Vogais: Isi- do governo do dr. Jânio Quadros, Tesoureiro: Carlos Cândido Fernando de Jesus Moreira, 1960, inscritas na Biblioteca. Apesar de de ssr revelantes como um dos factores propícios do desenvolvimento cultural dos seus associados. novo e brilhante incremento, facto que tor- dro nará, o Brasil, mais destacado e admirado Vasco Marques, Edurado Pinto dos Santos, P R E F E R I R no movimento cooperativista internacional. Mário R a u l Duarte. a r t i g o s « C O O PE» é dar novas possibilidades ao nosso movimento de Pereira, Moreira; durante os primeiros nove meses de E s t ã o , pois, de parabéns os companheiros C O N S E L H O F I S C A L — Presidente: Joa- país — o quim Lopes Pereira; Secretário: João Baptista ideal, do grande e próspero Brasil. Regalado; Relator: Vítor Moreira Pinheiro. — BOLETIM COOPERATIVISTA C E N T R O S EM Os «Centros organização F E M I N I N O S pagina M A R R O C O S femininos», integrados na cooperativa de Marrocos, n ã o são escolas mas sim «lares de cultura v i v a » . o o das o coopera atento cuidado p e d a g ó g i c o e respeito escla- floris recido pelas regras cooperativistas. Este movimento promete desenvolver-se. E r a m apenas cinco em 1952 e eram ainda n.° trinta e um cinco em 1953. Hoje contam-se 70 espalhados por todo o território, e nasceram primeiro nos bairros limítrofes e depois, nas regiões rurais. São, N a sua primeria fase, estes «centros», proporcionaram rigas dos umas 20.000 mulheres e rapa- meios ACTIVIDADES igualmente, populares uma por vezes, cooperativas de consumo, outras, simples agrupamentos destinados à compra de artigos de primeira necessidade, educação principalmente nas regiões de F e z , Meknés leitura, e Marrakeeh. Outras, ainda, são cooperativas primária (aprendizagem rápida de economia doméstica, sanitária educação DIVERSAS e de produção artesanal (colares de pérolas de física, puericultura e e d u c a ç ã o social e cívica. inspiração berbere, bonecas regionais, lã na- ç ã o importante como pelo desenvolvimento que se lhes quer dar. E l a s procuram resolver o problema das mulheres que trabalham e que são obrigadas a deixar os seus filhos à guarda das vizinhas, já de si muito ocupadas, ou e n t ã o a trabalhar com os filhos às costas. tudo isto juntam-se muitas vezes algu- tural fiada pelas mulheres, sacos de praia, Por enquanto existem apenas duas destas mas actividades que interessam mais parti- tapetes de quarto, l e n ç o s , cestos) ou e n t ã o creches, a mais antiga tendo pouco mais de cularmente a certos grupos: a iniciação nas cooperativas de mão-de-obra trabalhando a um ano. Mas um estágio de f o r m a ç ã o desti- novas técnicas agrícolas, a aprendizagem pro- matéria-prima fornecida pelos clientes (cos- nada às futuras funcionárias destas institui- Outras, ções faz prever a i n a u g u r a ç ã o , no p r ó x i m o A fissional (dactilografia, c o n f e c ç ã o , actividades culturais ( e i n é - c l u b e s , etc.) e bibliote- tura, tapetes, enfim, bordados, malhas). são cooperativas cas, m ú s i c a ) . Foram igualmente introduzidos cujo objectivo alguns elementos de f o r m a ç ã o cooperativa. colectivos é o de de «equipamento» suprir pelos meios v e r ã o , de 15 a 20 creches. E x i s t e t a m b é m uma cooperativa de apren- em dizagem de dactilografia e uma outra para m á q u i n a s dc costura, ferros e tábuas de en- a aprendizagem de bordados à m á q u i n a : os educação gomar, farmácia familiar, m á q u i n a s de lavar seus mentores t ê m a seu cargo inteiramente cooperativa tornaram-se mais numerosas; de- e outras, ou em aparelhos sanitários (banhei- as despesas de funcionamento, de conserva- pois, sem pressa excessiva e metodicamente, ras, balanças para crianças, aparelhagem de ção e o salário dos mestres. passou-se à f o r m a ç ã o de grupos cooperativos duche, Numa segunda fase, e a pedido das próprias que mulheres, parecem as reuniões corresponder de a necessidades a insuficiência etc.) das famílias ou ainda, em bens culturais (livros, jornais, salas de reunião, aparelhos reais e a possibilidades cuidadosamente pre- de rádio vistas. vezes, para auxiliarem no melhoramento de Existem já umas 20 destas cooperativas de mulheres. O movimento, ainda que muito recente, mesmo é guiado com senso prático, tempo vigilante e engenhoso, ao com ou de p r o j e c ç ã o ) . Também, por ruas e de terrenos de recreio para crianças. Neste tipo de sociedades incluem-se ainda EDUCAÇÃO U m a característica importante destas cooperativas femininas e que p õ e em relevo a as creches cooperativas, as quais merecem educação uma faeto dos m e n ç ã o especial, n ã o só pela sua fun- COOPERATIVA cooperativa adquirida, seus membros reside desejarem no muito mais o serviço que elas prestam que o retorno eventual. Acontece que as mulheres renunciam a qualquer retorno a fim de criarem o capital necessário para melhorarem aquele serviço. U m a outra iniciativa que certamente terá J í uma n o t á v e l influência no futuro da cooperação marroquina é o movimento à volta das cooperativas escolares. No princípio do ano • escolar de 1960 contavam-se já 127. Devem multiplicar-se rapidamente no decurso \ • •' > • j ííi anos próximos, sob o impulso da dos muito activa «Associação pró-cooperação escolar em Marrocos». Além disso, desde há pouco tempo, o Ministério da E d u c a ç ã o criou a Repartição de Cooperação, cuja missão é a de dar 1 i a este movimento um apoio exterior e, ao mesmo tempo, exercer a sua inspecção. í n v TRANSCRIÇÃO • zArco-lris», Estudos Brasil, • «Boletim borador litografia a duas cores de Hansi Staêl — executada na Cooperativa Gravura Centro do no passados, Dr.z de número o artigo de Janeiro, 5 5 , de inserto em «As Mulheres e o da nossa cola- da autoria Lúcia Nacional Rio seu Cooperativista» Cooperativismo» i do Cooperativos transcreve Março-Abril, 1 MERCADO órgão Nobre. Agradecidos. B O L E T I M C O O P E R A T I V I S T A — Pág. 3 À acção da U N I C O O P E Disciplina, Compreensão, relatada atra?és de uma revista sueca Tem o movimento cooperativista portu- g u ê s , na pessoa do sr. E m i l Lustig (elemento que durante 40 anos serviu como funcionário na Kooperativa Forbundet, da qual se en- por Eis Adquirida, ressa, mormente às actividades das nossa socieda- situação entusiasta fora dos meios p r ó p r i o s , uma atitude assumida por qual- CARNEIRO quer elemento representativo quando no desempenho das suas f u n ç õ e s oficiais; n ã o quem de direito tomadas e adoptadas, mente, por tudo que diz respeito a Portugal, sincero Disciplina. censurar, acatar apontada, é um ou mento cooperativista. sócio cooperativas, Discutir sáveis, para bem se poder servir o movi- contra presentemente aposentado) um amigo pela leitura do nosso « B o l e t i m » . ALVES os primordiais factores, os indispen- dedicado e prestimoso. Interessando-se, viva- des ALBERTO Essa palavra é Solidariedade de livremente, uma instituição aquela todo o fica, a que indivíduo implicitamente, legalmente e por e, valer-se de determinados e c o n d e n á v e i s pro- modalidade cessos, como sejam o de se recorrer a pes- momento em quando de qualidade da de decisões face intede tal obrigado a soas ou entidades estranhas às colectividades, quando se trate de assuntos intima- mente relacionados com a vida das mesmas, respeitar o eme, estatuàriamente, encontrou são atitudes que n ã o devem, nem estabelecido. merecer a atenção ou o apoio dos elemen- podem tos bem formados e melhor esclarecidos. O seu nome não c desconhecido da parte N ã o sendo obra sua, deve o mesmo com- dos que votam certa a t e n ç ã o ao nosso Órgão preender e reconhecer o aturado e s f o r ç o e na Imprensa. Autor de sérios estudos e de decidida dedicação pelos activa de qualquer colectividade, devem ser valiosos trabalhos sobre o Cooperativismo, a elementos que, anteriormente, se organiza- apenas estudados, debatidos e decididos nos sua a c t u a ç ã o fez-se sentir, de forma n o t á v e l , ram e trabalharam com o f i m de corpora- em diversos congressos e reuniões de carácter lizar uma iniciativa que se lhes apresentou internacional. como A sua longa prática c os seus amplos conhecimentos sobre os problemas que mais interessam ao engrandecimento do movimento cooperativista, muito contribuíram para que. nas citadas reuniões a pessoa de E m i l Lustíg se destacasse de maneira apreciável e elogiosa. Pois é esta figura de alto valor intelectual c de indiscutível prestígio pessoal, quer no seu país, quer internacionalmente, que segue passo a passo o nosso movimento, que n ã o deixa passar qualquer acontecimento de certo valor, sem do mesmo informar os seus amigos suecos, como de forma idêntica os de todo dos dentro de tal ponto de vista que se o seu nome, e, se p o s s í v e l a sua actuação, a uma i n s t i t u i ç ã o que c o n t é m , bem definidos, na sua lei base, os seus objectivos, nitidamente representados, quase de u m modo geral, nas seguintes a f i r m a ç õ e s : « A Cooperativa é uma associação de pessoas, e c o n ó mica e social, livre, neutral, altamente moral, que tem por objecto o desenvolvimento de respeito, portanto, por determinações rências da U N I C O O P E , respeitantes aos anos cumprir, o que torna p o s s í v e l a criação de de 1958/59, ultimamente distribuídos e a t é um e s p í r i t o de continuidade e até de alta já aprovados pela respectiva assembleia geral admiração pelo dos inteligente actividade dos Emil Lustig, fez um largo apanhado dos mesmos zindo-os para a sua língua, tradu- fazendo-os se- guidamente inserir na revista ilustrada «Var T i d n i n g » , — em português «Nossa Impren- muito que representa a antigos, infeliz- mente, já desaparecidos, que nos antecederam. N u m a palavra se concretiza o f i m a atingir. aspecto tecedora das cooperativas portuguesas, ser meio devidamente conhecida, e as suas actividades cooperativista internacional, facto que per- comerciais avaliadas nos meios internacionais mitiu e facilitou, dessa forma, a central abas- afins. O FUNDO R O T A T I V O NAS C O O P E R A T I V A S praça, pagando juros de mora, e preços mais por No ampla AFFONSO Brasil, e em cooperativismo, campo de desprezar o salutar p r i n c í p i o das reuniões, legalmente convocadas sob a responsabilidade do respectivo titular. Essas reuniões encontros são periódicos assembleias dos gerais, associados, que. d e v e r ã o manter o seu elevado significado 3 o prestígio indispensável. P e r seu i n t e r m é d i o as o p i n i õ e s apresen- tadas definem-se; os critérios estabelecem-se e fixam-se e as soluções são encontradas e aceites. O p r i n c í p i o , um sócio, um voto, reprenitidamente, uma igualdade de di- reitos, i n t a n g í v e l de contestação. O respeito perante a lei, que no caso s ã o os estatutos, o, a atenção devida para com as decisões adoptadas, mesmo que estas sejam por maioria, s ã o atitudes que enobrecem as pessoas que assim procedem. É sem d ú v i d a o e s p í r i t o que dessa produzindo forma os aparece de Disciplina, engrandecido, seus b e n é f i c o s e decisivos efeitos. que cabe, de direito, a quem tem de efec- Tem a referida revista, de belo uma do C o m p r e e n s ã o perante a responsabilidade sa» — órgão da K . F . gráfico, Dentro acção em causa, n ã o se deve, por p r i n c í p i o senta, defesa e c o n ó m i c a dos seus m e m b r o s » . fixadas, i m p õ e - s e como um dever natural a competentes, locais p r ó p r i o s e por quem de direito. uma acção concreta, intensta e constante, de Possuidor dos relatórios e contas das ge- organismos Os assuntos, os problemas ligados à vida algum, económicos. deve colocar todo aquele que procura ligar O o Mundo. útil e proveitosa para a defesa seus interesses É, desenvolvidos distribuição WALDRY no muitas outras partes, desde a o r g a n i z a ç ã o das primeiras Sociedades Cooperativas até aos dias actuais, estas ligente e legalmente votadas, é outra ati(Continua elevados pelas mercadorias. A mercadoria custando já para a Sociedade mais caro, em p r i n c í p i o já foge de sua finalidade para a FINCER tuar e de fazer cumprir deliberações, inte- na pág, rativa é utilizada para aquisições de mercadorias, suprimindo-se assim, em parte a falta de capital social. Esta medida, tem largo uso em outros qual foi c o n s t i t u í d a ou seja, adquirir o pro- países com resultados satisfatórios. N o B r a - duto na fonte de p r o d u ç ã o e pelos menores sil, nada de positivo podemos adiantar, uma preços, evitando o i n t e r m e d i á r i o . vez que n ã o temos notícia que alguma So- As Cooperativas com falta de recursos ciedade Cooperativa já utilize o m é t o d o do entidades lutam com um problema que se p r ó p r i o s muitas vezes nascem prósperas, mas destaca dos demais, o qual seja, a falta de em pouco tempo, c o m e ç a m a regredir, pelo capital, de recursos financeiros. afastamento dos melhores associados, ou seja, tica do Capital» a « R e t e n ç ã o das obras para «Fundo Rotativo». Existe ainda a « S u p l e m e n t a ç ã o Automá- Sendo as cooperativas sociedades de pes- os que adquirem e pagam suas mercadorias o.aumento de capital», « f o r m a ç ã o de maio- soas e n ã o de capitais, pareceria estranho à vista, ou pontualmente. Sobrando apenas res f u n d o s » , todas medidas salutares para falar justamente em falta de capital. Mas os mais i n c o m p r e e n s í v e i s , que i r ã o delapi- auxiliar a falta de capital nas cooperativas. este na Cooperativa é um meio, n ã o um fim. dando a Sociedade até ao seu fechamento. Julgamos útil lançar esta nova modali- Sua f u n ç ã o é apenas para garantir o supri- O « F u n d o R o t a t i v o » nada mais é do que dade, por n ã o exigir s a c r i f í c i o algum dos mento normal do a r m a z é m , e n ã o o lucro um pequeno banco, dentro da Cooperativa. associados, a l é m do que os de maiores re- alcançado por este mesmo capital, como su- Recebe as economias dos associados, podendo cursos estarão auxiliando a si mesmos, cede nas empresas comerciais. estes retirá-las quando bem lhes aprouver, seja a sua Cooperativa, ao mesmo ou tempo falta de capital e o crédito aberto, ou e recebendo como aluguel, um juro igual ao que estarão sem limite, tem depauperado as nossas coope- pago pelos estabelecimentos de crédito, os economia, igual ao que perceberia em qual- rativas, pois as que assim procedem, vivem bancos. Desta forma, com a rotação dos de- quer outra Sociedade. em pósitos, uma parte que permanece na Coope- A sua Pág, | maioria mendigando crédito BOLETIM COOPERATIVISTA na ganhando u m juro pela sua (De Sid-Coop., n.° 59) Cooperativa dos Trabalhadores de Portugal EXPOSIÇÃO DE COOPERATIVAS Novos Corpos gerentes da U N I C O O P E Assembleia Geral de S de Dezembro Em dé i960 foram eleitos os corpos gerentes da Conforme foi notificado no «Boletim Cooperativista», esteve patente ao público, de 10 U N I C O O P E para ifjór. F i c a r a m assim constituídos: a 2 2 de Dezembro, na nosso Sede, a Exposição de Cooperativas, que teve o patrocínio da M E S A DA A S S E M B L E I A U N I C O O P E e se integrou na comemoração do seu 5." aniversário. Embora o espírito cooperativista esteja ainda pouco arreigado numa grande parte dos sócios das cooperativas o número de visitantes o ouvintes das palestras realizadas, justificou Cooperativa GERAL Piedense — Presidente; Coo- perativa dos Profissionais de Seguros do Sul plenamente o nosso trabalho. de Portugal; Cooperativa do Pessoal da F á No dia da abertura da Exposição, o Sr. professor | o ã o Dias Agudo proferiu uma palestra, brica de Pólvora de Barcarena — Secretários. cuja tema — «CIVILIZAÇÃO COOPERATIVISTA» — foi brilhantemente abordado pelo ilusCONSELHO FISCAL tre cooperativista. Debateu a ideia de se desenvolver o surgimento de cooperativas de produção, o que seria um grande passo no movimento cooperativo. Para que esta ideia seja Cooperativa dos Funcionários da Adminis- concretizada é necessário que os associados da todas as cooperativas se compenetrem do seu tração alto valor e cooperem dente; Cooperativa Aliança Operária; Coope- nesse sentido. Assim, seria bom que as cooperativas promovessem palestras, conferências, cursos de iniciação cooperativista, etc., a fim de se criar um verda- Geral do Porto de Lisboa — Presi- rativa «A L i n h a de Sintra» — Vogais. deiro espírito cooperativista, tão necessário para empreendimentos desta magnitude. O palestrante evidenciou alguns aspectos da acção das Cooperativas, partindo da sua influência benéfica no campo da Economia, e indo ao seu lado cultural c moral, como ponto máximo de seus objectivos sociais. Deu a razão de seus princípios nos males já antigos duma economia livre, nascida do artesanato e robustecida com as doutrinas da escola clássica ou L i b e r a l que culminaram no Capitalismo dos séculos X I X e X X . Estes c o m e ç o s do C o o p e r a t i - DIRECÇÃO Cooperativa Almadense — Presidente; Cooperativa «A Saeavenense» — Secretário; Cooperativa Ajudense — Tesoureiro; Caixa E c o nómica Operária; Cooperativa Economia Emancipadora — Vogais. Disciplina, Compreensão, Solidariedade i (Continuação mumm • da pdg. 4.) tude a seguir, que n ã o se pode, nem deve ignorar. : •s» A sua aceitação deverá para que o p r e s t í g i o ser e s p o n t â n e a da entidade compe- tente n ã o decaia nem fique d i m i n u í d o . Os problemas, quando relacionados com os associados e a respectiva i n s t i t u i ç ã o , n ã o admitem a i n t e r f e r ê n c i a de elementos estranhos; a c o n c o r d â n c i a com c r i t é r i o contrá- rio n ã o fará demorar as c o n s e q u ê n c i a s nefastas, que c o n t r i b u i r ã o , sem d ú v i d a , para o agravo de qualquer das partes e m causa. A Durante a conferência aniversário da que comemorou UNICOOPE ò I assistência ouve rência da Dr.' 1 com entusiasmo a confeLuisa M. S, Raposo solidariedade, p o r mais modesta que seja, deve ser dada, de maneira e s p o n t â n e a a quem da mesma venha a necessitar, porém, v i s r n o constituíram reacção eficaz contra os excessos do sistema em certos países da Europa e alentaram-no ao ponto de conseguir criar processos novos nas relações da p r o d u ç ã o e do • c o n s u m o , agora mais justos e mais livres de atritos entre as duas partes sempre em causa — condicionada ao mais elementar p r i n - c í p i o de justiça e da razão. Hipotecar posições a mesma perante atitudes e inconfessáveis e incompreensíveis, o v e n d e d o r e o c o n s u m i d o r . Ao lado desta justiça e deste bem-estar na distribuição, nascidas n ã o deve ser h á b i t o de qualquer pessoa de das novas condições e c o n ó m i c a s , neste sector, a Cooperação organizou-se por forma que pode bem. ser considerada um modelo de O r g a n i z a ç ã o P o l í t i c a Internacional com as suas Cooperativas, F e d e r a ç õ e s e A l i a n ç a tal qual se propende hoje a fazer entre os povos do mundo inteiro — uma Federação d e Estados, com governo supra-nacional, embora um tanto livres todos eles em seu viver. A desarmonia é o d e s e q u i l í b r i o — di-lo o escritor Coelho Neto — , e, com os olhos postos em t ã o sensata a f i r m a ç ã o , indispensável se torna que no Cooperativismo, to- No dia 17, a D r . Luisa Maria Simões Raposo falou sobre « A ACÇÃO DA M U L H E R NO a dos os seus elementos, mormente os seus M O V I M E N T O COOPERATIVISTA». A mulher — disse — não pode nem deve ver somente na dirigentes, que nem tantos s ã o , conscientes sua cooperativa, o aspecto e c o n ó m i c o . Deve tomar parte activa dentro dela, pertencendo aos da corpos directivos, a comissões culturais, estudando os problemas e debatendo-os correspondam, junto das alta missão de que estão inteiramente, investidos, através dos direcções. Falou t a m b é m da educação das crianças e alvitrou a criação de escolas, dentro de seus actos e acções, para a criação e esta- moldes cooperativistas. No final desta palestra houve um debate que incidiu principalmente bilidade da mais perfeita e completa u n â - sobre a possibilidade de criação dessas escolas. Pelo que ouvimos, parece-nos não ser difícil nimidade de vistas, sobre todos os p r i n c í - a realização deste empreendimento. A ideia foi ventilada. Agora, convinha que as direcções pios, que orientam e condicionam o nosso das cooperativas incluíssem nos seus planos de trabalho esta meritória tarefa e nomeassem movimento. comissões que concretizassem a ideia. No dia 19, data do aniversário da U N I C O O P E , o Sr. Emídio Santana, falou sobre «O P A P E L A C T I V O DO C O O P E R A D O S N A V I D A DA S U A COOPERATIVA». A Div< Lúcia Nobre fez a apresentação do conferencista. O orador dissertou sobre as inúmeras formas que o cooperador tem de engrandecer a sua cooperativa. Apelou para os sócios das cooperativas, no sentido de não fazerem às direcções críticas destrutivas, mas sim construtivas. No final, o dirigente da U N I C O O P E , Sr. Desidério Costa, historiou a vida da União Cooperativa Abastecedora, salientando os obstáculos que t ê m surgido, mas sobejamente compensados pelos benefícios que no presente oferece às cooperativas e, ainda mais, pelas perspectivas grandiosas que se a n t e v ê m já para o futuro. Assim encerrou a Exposição de Cooperativas, que, embora modestamente, algum contributo deu à expansão do cooperativismo. Aqui ficam, pois, os sinceros agradecimentos da Cooperativa dos Trabalhadores de Portugal às direcções das cooperativas que acorreram ao nosso convite enviando os materiais que poderam dispor, à direcção da U N I COOPE, ao «Boletim Cooperativista» e a todos os que, embora alheios ao cooperativismo, colaboraram nesta Exposição. A COMISSÃO CULTURAL H O L E T I M C O O P E R A T I V I S T A — Pág. 5 UMA CONFERÊNCIA NA C O O P E R A T I V A DA BAIXA DA BANHEIRA pianos de conjunto que constituam os fundamentos E da federação». a terminar: «Cooperadores! E s t a é a nossa arma dc segurança e c o n ó m i c a , este é o nosso instrumento de e m a n c i p a ç ã o em que só o nosso No dia 16 de Outubro realizou-se, dentro do programa das c o m e m o r a ç õ e s do aniver- sário da Cooperativa Banheirense uma sessão em que colaborou o Ateneu Cooperativo, tendo proferido uma palestra o cooperativista E . Santana, sob o título «O papel activo do cooperador na vida da sua Cooperativa». Depois do Presidente da Assembleia Geral da Cooperativa, sr. Silva Cavaco, ter agradecido a colaboração do Ateneu e a presença do conferencista, este deu início à sua palestra, de onde e x t r a í m o s as seguintes pas- sagens: «As Direcções das Cooperativas devem en- esforço conta. N ã o h á aqui milagres que n ã o sejam os nossos próprios, n ã o bá o maravi- aparece. Aqui cessitam de homens competentes e virtuosos nossa capacidade humana posta em pleni- e que se n ã o e n v a i d e ç a m com a sua compe- tude e rendimento. Façamos cooperati- vismo!». O orador foi muito aplaudido. A sessão foi pois do Presidente da D i r e c ç ã o do Ateneu, aos sócios. um espírito de compreensão destas verdades elementares e o desejo de criarem um capital próprio e depositarem nele as economias que, durante algum tempo, pos- sam fazer com os seus bónus mais reduzidos, a cooperativa passa a dispor dum capital que lhe permite trabalhar com desafogo e seguSuponhamos que todas as cooperativas se- radores terem apoiado os princípios expostos na conferência. « A U este T O P A C » quinas ano a primeira de embalagem c o m e ç a m o s por descrever como decorreu o acto de posse dos corpos gerentes da Socie- as máquinas lão rativas a um preço mais b a i x o » . «Se propriamente utilizadas — foram secção as cooperativas federadas pudessem criar novos meios de utilização, produzindo mercadorias ou ampliando os seus serviços quer de em- no seio dc Embalagem especial, de ditas, na produção agrupadas Internacional numa vez que as má- — quer as máquinas acondicionamento do Sa- de denominada Paris, «AUTO- PAC». As máquinas padas apresentadas em sete dum o acondicio- produto; que efectuam primário que efectuam de 6 — Máquinas limpeza unicamente opeque a'embalagem. o fabrico acondicio- criar. O cooperativismo habitacional, os serviços de saúde, as mutualidades, os cursos que efectuam e de recuperação das operações de (Continuação da pág. na vida, pensam eles. Cozar é a razão de ser do homem E desde o gozo das alcoo! mergulha em prazeres fictícios, a t é -cooperativas, com o qual se possa pensar ao gozo excitante do fumo do tabaco, a t é numa fase de investimentos ao das velocidades automobilísticas e dos desafios desportivos (naturalmente recomendáveis sem exageros, especulações e depri- em transes difíceis e a criar indústrias ne- mentes paixões partidárias) a t é ao luxo reles cessárias, a ampliar a a c ç ã o da U N I C O O P E no mobiliário e adornos das casas com arre- e ate a fomentar muitas outras iniciativas. biques simuladores de arte e de riqueza, o chegarmos a orgânico que as nossas cooperativas se integrem na facto enganadora. Nela não encontra as intensas e sãs alegrias daqueles que se entregam mas de colaboração a t é mesmo como sejam humano, compras em comum, transacções entre s i , c gindo COOPERATIVISTA F I S C A L — Presidente: Ger- lica Moita; Relatores: Carlos Jóia, António Pereira Gonçalves e João Marujo Piçarra. Martins; 2.° Secretário: Álvaro Mariani. pel<^ que deverá ser eleito outro brevemente. à U N I C O O P E — Américo de Oliveira Santos, Fran- de Almeida, Vítor Fernandes Costa, justiça. E todos, dentro das suas possibilidades, uns maiores do que noutros, podem entregar-se a essas obras . Assim fizeram os modestos pioneiros de Rochdale. Se com o objectivo de obter o pão, fundaram a em melhores condições, primeira associação cooperativa moderna de que há memória, compreenderam, por outro lado, que «nem só de pão vive o h o m e m » , e instituíram em proveito dos sócios bibliotecas e escolas. homem julga ascender a uma felicilade de U N I C O O P E , mas que ensaiem entre si for- Pág. 6 — B O L E T I M Gomes; i) fabernas em que o espírito estimulado pelo para Monteiro José Justino e Francisco T o m á s Coelho. Precisamos portanto de reunir os capitais portanto, Salvador CONSELHO cisco das cooperativas, eriando-se um fundo inter- de desenvolvimento Secretário. Amorim de Carvalho e A n t ó n i o Pombo. Nem só de pão une o homem dições de vida muito precárias. Precisamos, 2.° COMISSÃO D O S S E R V I Ç O S M É D I C O - S O - Gozar! tais latitudes Serra DELEGADOS diversas. empreender para transformar as nossas con- E s t e fundo poderia ajudar as cooperativas Antó- embalagens; zações que as nossas cooperativas poderiam e financiamen- D I R E C Ç Ã O — Presidente: E u g é n i o nio Barbosa; Viee-Presidente: Carlos C I A I S — André de d i v u l g a ç ã o e a t é as diversões, s ã o reali- tos de iniciativas de carácter federativo. distribuída: O 1." Secretário n ã o aceitou o cargo, para viver, os benefícios serão maiores e outras modalidades de cooperação se poderão ficando a gerência para o ano de 1961, assim A S S E M B L E I A GERAL—Presidente: Raul de embalagens; 7 — Máquinas Presidiu ao acto o Sr. Filipe Andrade Moreira, solícito presidente da Assembleia Geral, secundárias; acondicionamento igualmente ou de daquela mano da Costa; Secretário: Joaquim A n g é - 5 — M á q u i n a s para namento 35 dirigentes acondicio- tino G o n ç a l v e s , Fernando da Conceição Baptista, Manuel Moor e Manuel Francisco. o secundárias; efectuam E s t a v a m presentes importante instituição económico-social. Tesoureiro: Artur de Abreu; Vogais: Lauren- c as operações — Máquinas para abastecer de tudo o que necessitamos ser agru- 5 de Dezembro passado. Pombinho; 1.° Secretário: Fernando Matos; que efectuam primário namento podem categorias: i — Máquinas namento rações riam todos os capitais disponíveis das coope- ricos de qualidades morais». dade Cooperativa Piedensc, realizado no d ^ ^ Foi poderia constituir sistema bancário, no qual se deposita- Cooperadores que, modo t ê m cabimento nesta nossa reportagem, dúzia de anos, cada uma tinha um capital um capazes. Com estas linhas de Gomes Barbosa, dis- 5 — Máquinas A UNICOOPE mais tinto cooperativista brasileiro, que de certo guiam este sistema e que, dentro de meia razoável. isso, a cooperativa tem o dever de embora pobres de recursos financeiros, sejam banheirense Fernando Nogueira _> — Máquinas rança. Por escolher os seus dirigentes de entre os coope- cooperador balagens Se as direcções encontrarem, nos seus associados, rativismo. do delegado do Boletim Cooperativista e do que no seu conjunto permitiriam melhores tor de produção das mercadorias que fornece tência a ponto de esquecer a virtude da harmonia, t ã o necessária ao progresso do coope- encerrada no meio de grande entusiasmo de- tuir o capital de cada sócio e o capital social, mais cooperativas, na construção de u m sec- «Convém advertir que as cooperativas ne- n ã o h á paternalismo, h á a de alienar um pouco do retorno para consti- çoar o seu sistema e lançar-se, com as de- Tomaram posse os oovos corpos gerentes lhoso sonhado de onde se julga v i r de m ã o beijada aquilo que só em contos de fadas contrar na população associativa a vontade condições de compra, desenvolver e aperfei- Sociedade Cooperativa Piedensa a obras de vasto e profundo em que autenticamente sentido vai sur- uma vida de maior beleza, amor e Na vida instrumento económica, a cooperativa da emancipação dos ANTÓNIO é o homens. SÉRGIO H hoje. Num dos artigos de seus Estatutos 0 elas anunciavam assim os fins da associação. papel no « . . . L o g o que seja possível, a sociedade pro- dos humildes movimento cooperativo cederá à organização dos meios de produção, distribuição, instrução outros termos colónia doméstica, ao e governo ou, estabelecimento autónoma de duma interesses unidos, promovendo a fundação de outras às quais prestará o seu (Continuação por auxílio...» tituições de cooperativas Rochdale. E em benéfica tendo exploração cultura individual e colectiva. espécie de padrão para as que se fundaram sobre si a responsabilidade movimento que e nítida a trabalhalor que sente encontrar ali uma defesa contra a passou a ser, na forma e no espírito, uma Quem eram esses homens é do dedicado e um precioso instrumento de A l é m de Rochdale, muitas e muitas Cooperativas beneficiaram e beneficiam da i n - lançaram a glória fluência amiga e dedicada do trabalhador do do campo ou da fábrica, não havendo país em Cooperativo com um tal carác- que o facto se não tenha dado com f r e q u ê n - ter? cia. Em Portugal mesmo ,onde o Cooperatitão vismo tem tido uma fortuna variável, e por modesta que nenhum dos seus camaradas de vezes pequena, o seu esforço é bem notório trabalho Eram pessoas de modesta condição, pagos dias dos géneros depois que na tesouraria. das mais curiosas s e c ç õ e s da Coo- perativa é o seu Posto Clínico onde os m é - por modelo a que viu a luz a Cooperativo rochdaliana, que em data posterior pelo mundo inteiro. Uma ij todas elas serão É cómolo. há país em que se não tenham fundado ins- influência E assim foi de 1844 em diante data em da pdg. identificação e de registo só dico e as enfermeiras atendem muitos dos seus 2.200 sócios e famílias. Bem instalado e com aparelhagem para o que moderna- mente é considerado essencial numa actividade desta quase natureza, o Posto é alimentado exclusivamente com a pequeníssima quota do sócio e seus rendimentos em forma de Cooperação. Nas consultas no Posto nada paga 3S00 por cada uma. No domicílio, onle os médicos e o familiar paga o sócio também prestam serviço, apenas o sócio paga, de dia, 5 $ 0 0 e de noite 2 0 $ 0 0 , acrescidos, é claro, do transporte, que t a m b é m é prestado 10$00 pela e Cooperativa. 30S00 Os familiares respectivamente. E tudo e bem digno de referência. Associações ve- assim. Nos tratamentos, apenas os familia- Quanio tiveram conhecimento da sua resolu- lhinhas tão res pagam serviço: um escudo ção, todos os receberam com risos de zom- fecundo e t ã o simpático à Cooperação pelas e facilidades que ela encontrou grande, e de miséria os baria e ditos sarcásticos. levou a Pois quem sério. é que que v ê m já do outro século, em todos os por penso se este por injecção for pequeno. Se for 2$00. podia contar com alguma coisa desta ínfima seus géneros, foram fundadas por trabalha- Interessante é t a m b é m a exploração agro- ^ a e n f e ? Engano puro, contudo. Conta a his- dores humildes que sentiam a sua difícil s i - -pecuária na quinta da Argena, em Corroios, Pio- tuação económica e a dos seus companhei- a James ros de infortúnio. E ainda hoje algumas delas, A propriedade foi adquirila há dois anos por fundalas mais tarde, como seja, por exemplo, 800 ^Borindor neiros Holyoake na sua história dos d e R o c h d a l e que Standring, tecelão os senhores de profissão, John Bent, alfaiate, (ames Smithies, fornecedor de madeiras, Charles Howarth, tecelão urdidor, John Collier, mecânico, William Cooper, tecelão, e outros se reuniram certo dia para presidente o tecelão Ashwort Piedense, são testemunho tiram, implantaram e acarinharam anos atrás. hoje de sede. criação de 17 vacas leiteiras e de 2.000 galinhas poe- Quem a fundou? Operários da indústria local e do comércio Augusto Silveira, carpinteiro; José Marques grafo, foi encarregado de fazer as compras e da Cruz, operário; Cermano Álvaro de A l - Samuel Ahsworth, t e c e l ã o , meida, miúdo: Aurélio operário; Saraiva, Annes, caixeiro; Manuel Comes tanoeiro; rém, aumentar, sendo propósito da Direcção elevá-lo reiro a William Cooper. David Brooks, t i p ó - Com as 28 serve da deiras, além da cultura do terreno em horta, por as vendas. E pronto. Agora era só trabalhar. e distância vinha e cereais. O número de vacas vai, po- Miles, promover contos de dessa ajuda não regateada do trabalhador ao para secretário James Smithies e para tesou- o de quilómetros espírito Cooperativo que camaradas seus sen- fundar a sua associação, tendo logo nomeado para Cooperativa a 4,5 Manuel João Rodrigues António Junior, a galinhas 50. Os puseram 48.252$40; os 6 7 2 43.923 em ovos 1959, que as renderam frangos vendidos atin- giram 1 0 . 3 3 7 $ 7 0 e as 266 galinhas que se destinaram t a m b é m à alimentação dos associados foram vendilas por 7 . 9 3 7 $ 2 0 . A Secção Cultural desenvolve também uma obra notável, tanto por meio da Escola libras que puderam juntar para corticeiro; Eugénio de Sousa, sapateiro; João pôr a associação em movimento. O que isto de Almeida, operário; José Nunes dos Santos, e da biblioteca, do Campismo, do Teatro e veio a dar é do conhecimento sapateiro; e Duarte Joaquim de do Cinema, como das excursões e do des- de todos. Jesus, t a - noeiro. Daqui por diante muitas Direcções se porto. Enfim, o exemplo da Cooperativa Pie- sucederam neste 67 anos que tem a Coope- dense é inteiramente armazém no r é s - d o - c h ã o dum prèdiozito do rativa trina que ali se prega e se pratica. A confir- beco de Toai Lane, em Rochdale, no dia 21 cremos que em todas elas o elemento reali- má-lo zador o sócios que há anos aguardam entrada, mas mesmo trabalhador dedicado que dá as me- que não houve forma ainda de atender, dada lhores provas da sua honestidade a Investiram 14 libras em farinha, manteiga e açúcar e abriram as portas do modesto ^j^de Dezembro de 1844. Unidos e convencidos da sua verdade, alheios a críticas, a remoques e até a perseguições do comércio privado, os pioneiros caminharam sem nada ouvir nem ver do que judesse desviá-los do seu caminho; e ao fim dum ano tinham mais 4 6 sócios e mais dinheiro para transacções. Davam e n t ã o aos sócios falsificados, pesos e certas. Uma é existência, o mesmo incluindo operário a actual, e de sempre, e da sua capacidale administrativa, capacidade que se revela numa obra que merece ser divulgada está e à vista e apreciada Com efeito, a Cooperativa Piedense, talada em edifício próprio, possui ins- um B a r , uma Carvoaria, uma Drogaria, uma Leitaria, Fundaram uma biblioteca e uma sala de lei- um Lugar tura, uma Padaria, uma Loja de Panos, uma Pei- actividades bancárias e de seguros, diverti- de Hortaliças, uma Mercearia, Xaria, uma Sapataria, um Talho, um A r m a - mentos, etc., etc. Cinquenta anos depois, em zém de 1894, celebraram o seu cinquentenário. T i - uma oficina de Reparação Vinhos (Adega), uma de Posto Clínico, uma exploração agro-pecuária, uma Secção Educativa e Cultural. A sede, de tribuídos de linhas modernas, é um edifício que impres- Em 1934 a Sociedade tinha já 4 4 . 0 0 0 s ó - movimento das suas s e c ç õ e s , entre as quais foram nesse ano siona 6 0 . 0 0 0 libras. cios e um volume de negócios de 657 mil libras. E tem aumentado sempre continuando ainda hoje progressiva e cheia le vitalidade. O exemplo dos modestos p i o n e i r o s ó na verdade magnífico, até pela repercussão que teve pelo mundo a sua experiência. N ã o a de Muito bem, sendo agralável mercearia, onde se outra das de candidatos instalações, apesar a de mais teríamos que dizer desta assistir-se nota auxiliares entram e saiem com seus ou para a semana. Na mão a caderneta de que faremos ainda Campanha Pró-Cimento « T O D A S AS COOPERATIVAS, T O D O S OS C O O P E R A D O R E S D E V E M C O N T R I B U I R C O M AS SUAS OFERTAS PARA O PROSSEGUIM E N T O DAS OBRAS. • Q U E N I N G U É M SE A C H E DISPENSADO. É U M A O B R A D E COOPERAÇÃO. • TODO O COOPERADOR GUÊS D E V E M A R C A R PRESENÇA. disputas. Filas de mulheres de sócios ou de cabazinhos providos do necessário para o dia o C O O P E R A T I V A «A L I N H A DO ESTORIL» ao uma ordem oportunidade, com muito prazer. admirável e um trabalho sem barulhos nem suas centenas prestimosa instituição Cooperativa. Mas este Barbearia, nham então já 12.000 sócios e um fundo de sócios exiguidade Malhas, um reserva de 4 0 0 . 0 0 0 libras. Os «lucros» disaos as para a dou- artigo já vai longo e forçoso nos é aguardar revolução verladeira nos costumes do tempo. alargaram as instalações, organizaram estão honroso muito melhoradas já depois da sua f u n d a ç ã o . que larga- mente. géneros puros não medidas de PORTUA SUA B O L E T I M C O O P E R A T I V I S T A — Pág. 7 C O O P E R A Ç Ã O C H A V E DO P R O G R E S S O por DON TAYLOR L O N D R E S — O Ministério das Colónias da assim, o palco para uma época de grande progresso. É importante ressaltar aqui essência da contribuição oficial. As cooperativas são, essencialmente, manifestação de Grã-Bretanha toma actualmente uma série dc autoajuda e autoconfiança, e são administra- providências para o estabelecimento do sexto das pelos membros que a c o m p õ e m . cursa de uma série que visa o a p e r f e i ç o a mento de funcionários graduados c adminis- apt as palavras «orientar e assistir», pois elas constituem a Evidentemente, nos territórios, O BOLETIM C O N T A CONVOSCO! o moviUni mento limifa-se quase exclusivamente à agri- novo uno começou, anunciado tradores de sociedades cooperativas. O curso cultura. Quase 8 0 % das cooperativas são de pelas melhores que terá a duração de dois meses, será minis- venda ou crédito, ao passo que apenas 7 % o trado na famosa Joanes School, no Quénia, em englobam Nos dias que c o n s o l i d a r á o progresso que vem regis- Fevereiro s Março do próximo ano. correm, praticamente todos os territórios de- t a n d o , m e r c ê da d e d i c a ç ã o e do acerto pendentes t ê m um movimento cooperativo. dos homens Por detrás dessa simples noticia desenrola-se uma história de conquistas notáveis, pois, sem os consumidores. Milhares de pequenos fazendeiros nessas dúvida alguma, a cooperação é um dos zon3s obtiveram b e n e f í c i o s com o sistema. A mais valiosos legados da Grã-Bretanha ás suas exploração conjunta do mercado (e o proces- colónias e territórios e, tudo indica, será tam- samento) constituiu geralmente o ponto ini- bém dos mais duradouros, nada obstante ser cial um dos menos comentados. da cooperação, mento Em 1945, por exemplo, funcionavam 900 sociedades cooperativas de vários tipos nas dependências britânicas (excluindo Gana c a de seguindo-se créditos. Tais o forneci- passos, todavia, conduzem naturalmente a uma tentativa da cooperação visando melhores m é t o d o s para o Em certo número de territórios, cooperati- berania) englobando 161 mil 390 associados, vas de aldeia ou área combinaram-se em sin- vendendo produtos avaliados em 5 0 4 mil 569 dicatos de cooperativas e, posteriormente, em libras esterlinas. Doze anos mais tarde, em organizações nacionais. Gana, por exemplo, ao decuplicara — 8.820, com tornar-se independente, pessuia três organi- um milhão 158 mil e 6 2 associados, com um z a ç õ e s desse tipo — um banco cooperativo, giro comercial de quase 50 milhões de libras. uma associação de vendas e uma aliança dc É fácil perceber a importância social, eco- cooperativas. Em conjunto, elas compreendiam nómica c, por que não dizer, politica, de ex- 41 mil e 5 0 0 membros, filiados a 4 4 3 socie- pansão t ã o dramática. dades, com vendas anuais da ordem de 7,5 Mas como teria ela milhões de libras. Ao se tornar independente, começado? Há sessenta anos, passou a fazer parte i n tegrante da politica do Governo da índia. A a Malaia possuía filiação que se aproximava experiência obtida nesse pais deveria influen- Seria realmente difici! dar o justo valor a ciar a evolução do movimento cooperativista tudo o que essas cooperativas fizeram em nos demais territórios benefício 1946, e d e p e n d ê n c i a s . Em assumiu o Minisrério das Colónias o sr. Arthur Creech, dos territórios dependentes. De qualquer maneira, é inegável que foi o meio um entusiasta do movi- de elevar milhões de pessoas do nível de eco- mento cooperativista. Imediatamente, enviou nomia de mera subsistência a uma economia um despacho aos territórios britânicos na lucrativa — em resumo, tiazé-los para o África, salientando o valor e c o n ó m i c o e edu- âmbito cacional dessas sociedades para os povos atra- cultivo do café, chá, fumo, algodão e nume- do mundo moderno e iniciá-los no sados. Recomendou a nomeação de um f u n - rosos outros produtos de boas cotações no cionário especializado em cada território, com mercado mundial. um quadro de auxiliares, para orientar e assis- eficiência e prosperidade cem a distribuição tir o movimento cooperativista, ao mesmo tempo que propunha a regulamentação oficial da Lei dss Sociedades Cooperativas. O sr. B. |. Surridge, antigo auditor das sociedades cooperativas em Chipre, foi nomeado conselheiro do secretário de Estado nesses assuntos, cargo que conserva a t é hoje. Preparava-se, — Horizonte (Continuação — da pág. de numerosos Disseminou a habilidade, arados, não esquecendo de conservar o que é quase sempre o principal capita! desses paises, a terra. Mas, acima notabilizaram pelo seu valor humano, pois q u e f a z e m p a r t e de u m a grande f a m í l i a r e u n i d a n o seio da U N I COOPE. OS COOPERADORES COMPREENDER leitura dos r e l a t ó r i o s das suas D i r e c ç õ e s que p o d e r ã o c o n s t r u i r u m a v i d a m e l h o r se c o o p e r a r e m , para a l é m da sua p r ó p r i a c o o p e r a t i v a , c o m os o u t r o s cooperadores, tem para pois coincide com a r e n o v a ç ã o das suas D i r e c ç õ e s e C o m i s s õ e s de activistas. O «Boletim Cooperativista» dirige a todas elas, ao mesmo tempo que as suas saudações pelo trabalho realizado, os seus votos, com a sinceridade e v e e m ê n c i a usuais de camaradas para camaradas, p o r que registem, vgM N o v o A n o , o engrandecimneto c os b™ nefícios possíveis. Cooperativista» o «Boletim que as novas Espera gerências r e f o r c e m as r e l a ç õ e s de amizade inter-cooperativa c a mútua colaboração, p r i n c i p a l m e n t e no seio da U N I C O O P E , que f o r t a l e c e r ã o o m o v i m e n t o cooperat i v o c a sua b e n é f i c a a c ç ã o a f a v o r dos seus associados e do p o v o consumidor. «Boletim Cooperativista» espera t a m b é m , neste novo ano, desenvolver a sua colaboração através e da da com as propaganda doutrinação Cooperativas que delas fará e esclarecimento dos cooperadores. E, como é j u s t o , espera o « B o l e t i m » receber das Cooperativas, a l é m das p r o vas de simpatia que nunca lhe f a l t a r a m , uma cooperação prática c i á r i o , quer t a m b é m na quer no noti- distribuição. As c r í t i c a s , as n o t í c i a s e os artigos q u i ' os cooperadores nos e n v i a m s e r ã o sen % pre b e m recebidos e objecto da m e l h o r atenção condicionada aos interesses do m o v i m e n t o de que o « B o l e t i m » é o eco. entretanto, as novas D i r e c ç õ e s t o m a r e m a peito que o « B o l e t i m » seja l i d o p o r todos medíocres perder-se, como papel i n ú t i l , u m ú n i c o aspirações resumiam-se anterior- mente em obter o pão de cada dia para si e suas famílias. Produziu homens de calibre, líderes, homens que evoluíram do movimento Os operários pioneiros de Rochdale, que fundaram a primeira cooperativa na região industrializada do norte da Inglaterra há mais os seus c o n s ó c i o s , BOLETIM Cooperativas e Cooperadores! O « B o l e t i m » conta convosco! Que cada associado receba e leia o seu « B o l e t i m » ! de um século, jamais poderiam ter sonhado até que ponto do mundo seria levada a tocha quç acenderam ( B N S ) . COOPERATIVISTA Calçada da Tapada, 163 - 1 . ^ — LISBOA J3 Nome Morada no espíUNICOO- PE representa. " o m p . e impr Gráfica Santelmo n ã o deixando exemplar, como hoje ainda sucede. D E V E M pela r i t o federalista que a O início de u m n o v o ano as Cooperativas u m significado especial, deu auto-respeito e dignidade a homens cuja administração e do Governo. gentes, que eles n ã o e s t ã o sós e trabalham Eles c o n s t i t u i r ã o u m a valiosa a j u d a se, de tudo, as cooperativas se cooperativo para se tornarem funcionários da i) e mulheres que nele português l h o das Cooperativas. O de um quarto de milhão de libras. cooperativista nas D i r e c ç õ e s e nas C o m i s s õ e s de traba- entusiásticas cultivo e o aumento da produção. Malaia, actualmente em estado de plena so- 1957, o número movinineto e s p e r a n ç a s de que Lda — R u a de S. Bernardo, 84 — T e l . 66 42 0 6
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