Hipotireoidismo e Hipertireoidismo

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Hipotireoidismo e Hipertireoidismo
Hipotireoidismo e Hipertireoidismo
Hipotireoidismo:
O hipotireoidismo é uma afecção em que a glândula tireóide tem um funcionamento
anômalo e produz muito pouca quantidade de hormonal.. O hipotireoidismo muito grave
denomina-se mixedema.
Na tiroidite de Hashimoto, a causa mais frequente de hipotireoidismo, a glândula tireóide
aumenta e o hipotireoidismo aparece anos mais tarde, devido à destruição gradual das
zonas funcionais da glândula. A segunda causa mais frequente de hipotireoidismo é o
tratamento do hipertireoidismo. O hipotireoidismo costuma verificar-se quer seja pelo
tratamento com iodo radioativo, quer pela cirurgia.
A causa mais frequente de hipotireoidismo em muitos países em vias de desenvolvimento
é a carência crônica de iodo na dieta, que produzirá um aumento do tamanho da glândula,
reduzindo o seu rendimento. Contudo, esta forma de hipotireoidismo desapareceu em
muitos países, desde que os fabricantes de sal começaram a juntar iodo ao sal de mesa e
desde que se utilizam desinfetantes com iodo para esterilizar os úberes das vacas. Outras
causas, mais raras, de hipotireoidismo incluem algumas afecções herdadas, em que uma
anomalia enzimática nas células da tireóide impede que a glândula produza ou segregue
quantidade suficiente de hormônios tireoideanos. Outras perturbações pouco frequentes
são aquelas em que o hipotálamo ou a hipófise não produzem hormônios na quantidade
suficiente para estimular o funcionamento normal da tireóide.
Sintomas
A insuficiência da tireóide provoca uma decadência geral das funções do organismo. Em
acentuado contraste com o hipertireoidismo, os sintomas do hipotireoidismo são subtis e
graduais e podem ser confundidos com uma depressão. As expressões faciais são toscas,
a voz é rouca e a dicção lenta; as pálpebras estão caídas, os olhos e a cara tornam-se
inchados e salientes. Muitos doentes com hipotireoidismo aumentam de peso, têm prisão
de ventre e são incapazes de tolerar o frio. O cabelo torna-se ralo, áspero e seco, e a pele
torna-se áspera, grossa, seca e escamosa. Em muitos casos desenvolve-se a síndroma do
canal cárpico, que provoca formigueiro ou dor nas mãos. O pulso torna-se mais lento, as
palmas das mãos e as plantas dos pés aparecem um pouco alaranjadas (carotenemia) e a
parte lateral das sobrancelhas solta-se lentamente. Algumas pessoas, sobretudo os
adultos, ficam esquecidas e parecem confusas ou dementes, sinais que facilmente se
podem confundir com a doença de Alzheimer ou outras formas de demência.
4- Hipertireoidismo:
O hipertireoidismo, uma perturbação em que a glândula tireóide está hiperativa,
desenvolve-se quando a tiróide produz demasiada quantidade de hormônios.
O hipertireoidismo tem várias causas, entre elas as reações imunológicas (possível causa
da doença de Graves). Os doentes com tireoidite, uma inflamação da glândula tireóide,
sofrem habitualmente uma fase de hipertireoidismo. Contudo, a inflamação pode lesar a
glândula, de tal maneira que a atividade inicial, superior à normal, é o prelúdio de uma
atividade deficiente transitória (o mais frequente) ou permanente (hipotireoidismo).
Os nódulos tóxicos (adenomas), zonas de tecido anômalo que crescem dentro da
glândula, eclodem por vezes os mecanismos que controlam a glândula e produzem, por
conseguinte, hormônios em grandes quantidades. Um doente pode ter um nódulo ou
vários. A este respeito o bócio tóxico multinodular (doença de Plummer), uma
perturbação em que há muitos nódulos, é pouco frequente nos adolescentes e adultos
jovens e o risco de a sofrer tende a aumentar com a idade.
No hipertireoidismo, em geral, as funções do corpo aceleram-se. O coração bate mais
depressa e pode desenvolver um ritmo anômalo, e o indivíduo afetado pode chegar a
sentir os batimentos do seu próprio coração (palpitações). Também é provável que a
pressão arterial aumente. Muitos doentes com hipertireoidismo sentem calor mesmo
numa habitação fria, a sua pele torna-se úmida, já que tendem a suar profusamente, e as
mãos podem tremer. Sentem-se nervosos, cansados e fracos, e apesar disso aumentam o
seu nível de atividade; aumenta o apetite, embora percam peso; dormem pouco e
evacuam frequentemente, algumas vezes com diarréia.
Os idosos com hipertireoidismo podem não apresentar estes sintomas característicos, mas
têm o que por vezes se chama hipertireoidismo apático ou oculto. Simplesmente
tornam-se fracos, sonolentos, confusos, introvertidos e deprimidos. Os problemas
cardíacos, especialmente os ritmos cardíacos anômalos, observam-se muitas vezes nos
pacientes de idade avançada com hipertireoidismo.
O hipertireoidismo também provoca alterações oculares: edema em torno dos olhos,
aumento do lacrimejamento, irritação e uma sensibilidade à luz. Além disso, o doente
parece olhar fixamente.
DOENÇA DE GRAVES
Julga-se que a causa da doença de Graves (bócio tóxico difuso) é um anticorpo que
estimula a tireóide a produzir um excesso de hormônios. Observam-se os sinais típicos do
hipertireoidismo e três sintomas distintivos adicionais. Dado que a glândula completa é
estimulada, aumenta muito de tamanho e causa uma tumefação no pescoço (bócio). As
pessoas que sofrem esta doença também podem ter os olhos salientes (exoftalmos) e,
menos frequentemente, zonas de pele edemaciadas nas tíbias.
Os olhos tornam-se salientes devido a uma substância que se acumula na órbita. Essa
protusão ocular associa-se a uma intensa fixidez no olhar e a outras alterações oculares
características do hipertireoidismo. Os músculos que movem os olhos deixam de
funcionar da forma adequada, e esta é a causa da dificuldade ou impossibilidade de
mexer os olhos ou coordenar os seus movimentos, o que provoca visão dupla. As
pálpebras, ao não se fecharem por completo, expõem os olhos a lesões devidas a
partículas estranhas e à secura. Estas mudanças podem começar anos antes de se
detectarem quaisquer outros sintomas do hipertireoidismo, proporcionando uma chave
inicial da doença de Graves, ou podem não se apresentar até que apareça o resto dos
sintomas. Os sintomas oculares podem inclusive manifestar-se ou agravar-se depois do
tratamento e controlo da secreção excessiva do hormônio tireoideano.

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