Agosto - Centro Espírita Irmão Clarêncio

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Agosto - Centro Espírita Irmão Clarêncio
Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio
Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220
Fone : (21) 3252-1437
www.irmaoclarencio.org.br
Ano IX - Edição 155 - AGOSTO / 2016
Cursos no C.E.I.C.
SEGUNDA-FEIRA /19:30 às 21:00
• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.
TERÇA-FEIRA /18:00 às 19:15
• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.
TERÇA-FEIRA /19:30 às 21:00
• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.
• Curso de Orientação e Treinamento para Servi
ços Específicos.
• Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno.
• Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.
• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar/ livro:
Mecanismos da Mediunidade).
• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o
Invisível/livro: Recordações da Mediunidade
QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30
• Esperanto (término 19h).
• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No
Invisível).
QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30
• O que é o Espiritismo.
• História do Espiritismo ( 2° Semestre)
• O Livro dos Espíritos.
• O Evangelho Segundo o Espiritismo.
• O Livro dos Médiuns.
• O Céu e o Inferno.
• A Gênese.
• Obras Póstumas.
• Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte).
4 18:20 às 19:10
• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos
4 19:30 às 21:00
• O que é o Espiritismo.
• História do Espiritismo ( 2° Semestre)
• O Livro dos Espíritos.
• O Evangelho Segundo o Espiritismo.
• O Livro dos Médiuns.
• O Céu e o Inferno.
• A Gênese.
• Obras Póstumas.
• Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).
• Revista Espírita.
Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30
• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e
4º sábados do mês).
4 09:50 às 11:10
A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e
4o sábados do mês).
4 16:00 às 17:30
• Valorização da Vida (aberto a todos).
• O que é o Espiritismo.
• História do Espiritismo( 2° Semestre)
• O Livro dos Espíritos.
• O Evangelho Segundo o Espiritismo.
• O Livro dos Médiuns.
• O Céu e o Inferno.
• A Gênese.
• Obras Póstumas.
• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.
• O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês).
• Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25
anos.
Editorial
A borboleta e a arte espírita
Sabemos que a Pintura, a Escultura, a Arquitetura, e a Poesia inspiraram-se suces-
sivamente nas ideias pagãs e nas cristãs. Questionado sobre a possibilidade de haver
uma Arte Espírita após a Arte Cristã, o Espírito Alfred de Musset assim se expressou:
“— Fazeis uma pergunta respondida por si mesma. O verme é verme; torna-se bicho da seda; depois, borboleta. Que há de mais aéreo, de mais gracioso do que uma
borboleta? Então! A Arte Pagã é o verme; a Arte Cristã é o casulo; a Arte Espírita
será a borboleta”. (¹).
Para enriquecer nosso entendimento segue o que nos diz Léon Denis:
“Em todos os domínios, a ideia espírita vai fecundar o pensamento em atividade”. (²)
“... quando o artista reproduzir o mundo espírita com convicção, haurirá nessa
fonte as mais sublimes inspirações, e o seu nome viverá nos séculos futuros...” (³).
“O objetivo essencial da Arte é a procura e a realização da beleza e, ao mesmo
tempo, a procura de Deus, pois Deus é a fonte primeira e a realização perfeita da
beleza”. (¹¹).
Portanto, leitor amigo, diante de tudo o que nos dizem os textos acima mais nos
convencemos de que o reino de Deus é constituído de pura beleza.
Que possamos desde já cultivar o belo em nossa caminhada.
Que saibamos apreciar toda a beleza que Deus nos oferta a cada instante da vida e
fazer dela o espelho onde se refletirá a nossa imagem.
Paz em nossos corações!
(¹) Arte e Espiritismo, Renato Zanola (organizador).
(²) O Problema do Ser e do Destino, Léon Denis, 3ª parte, capítulo XXIII.
(³) Obras Póstumas, texto “O Espiritismo transformando a Arte”, nesta edição.
(¹¹) O Espiritismo e a Arte, Léon Denis.
Nesta Edição :
pág.2
Deus Causa Primeira:
Deus e o homem
pág.4
Revista Espírita:
Vossos filhos e vossas filhas
profetizarão
pág. 7
Espiritismo na Arte:
A figura humana na pintura
pág. 8
Em Busca da Reforma Íntima:
Desapego
pág. 9
Na Seara Mediúnica:
Compromisso
Allan Kardec - Missionário da Luz:
O menino Hippolyte
pág.5
A Família na visão Espírita:
Parentesco e filiação
pág.11
pág.6
Céu e Inferno - Esperanças e
Consolações:
Arrependimento
pág. 16 Espiritismo e Ecologia:
Agradecemos ao Bureau
de
Mais plásticos que peixe no
mar em 2050
Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.
(www.bellacopy.com.br)
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 2 Deus - Causa Primeira
Atividades Doutrinárias
"Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”.
(O Livro dos Espíritos, questão 1).
A prova da existência de Deus se encontra “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é
obra do homem e a vossa razão responderá”.
(O Livro dos Espíritos, questão 4).
Deus e o homem
Deus criou a Terra, à maneira de
Dia : 07 / 08 / 2016 - 16 horas
um paraíso repleto de fontes e de
flores para as criaturas em evolução.
O homem dilapidou-lhe a face, a
pretexto de buscar recursos e cultivá-los para a própria alimentação.
Culto no Lar de
Percília Werdan
Deus formou o solo do Planeta com
incalculáveis tesouros.
O homem encontrou vestígios de
semelhantes riquezas e bastou isso
para escavar-lhe o corpo, apropriando-se das criações divinas e
instalando antagonismos entre os
próprios irmãos para transformá-las
em objeto de cobiça e ambição desvairada.
Acesse o
Boletim Clareando
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Deus levantou árvores, destinandoas à proteção da vida.
O Homem, no entanto, derrubouas, não apenas a fim de aproveitálas na edificação de moradias, segundo as finalidades que lhes foram
assinaladas, mas simplesmente por
bagatelas ou para complementar o
espetáculo de pavorosos incêndios.
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I nformativo
do CEIC
Deus inspirou a formação da dinamite para facilitar a construção de
estradas que favorecessem o intercâmbio entre os povos.
O Homem, entretanto, empregoua na fabricação de bombas para a
destruição de comunidades indefesas.
Deus plasmou a beleza e a música,
a arte e a ciência, da conjugação das
quais nascesse a paz entre os seres.
O Homem inventou planos de hegemonia e fez a guerra que se alimenta com milhões de vidas, expulsando, vaidosamente, a paz do
ambiente deles mesmos.
Quando observares a Terra, sofrendo agressões à natureza e estabelecendo a dominação da guerra, não
incluas Deus em tuas indagações,
porque já sabes de quem é a culpa.
Fonte: Monte Acima, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, Editora GEEM.
Sugestão de Leitura
Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as
Obras Básicas :
O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,
O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.
Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.
• Sugestão do mês:
"Párias em Redenção", Victor Hugo, psicografia Divaldo Franco
Editora FEB.
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 3 Semeando o Evangelho de Jesus
“Eis que o Semeador saiu a semear.”
"Senhor! Senhor!"
Nem todos os que me dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus; apenas entrará aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. - Muitos,
nesse dia, me dirão: Senhor! Senhor! não profetizamos em teu nome? Não
expulsamos em teu nome o demônio? Não fizemos muitos milagres em teu nome? - Eu então lhes direi em
altas vozes: Afastai-vos de mim, vós que fazeis obras de iniquidade.
(S. Mateus, cap. VII, vv. 21 a 23.)
T
odos os que reconhecem
a missão de Jesus dizem: Senhor! Senhor! - Mas, de que
serve lhe chamarem Mestre
ou Senhor, se não lhe seguem
os preceitos? Serão cristãos
os que o honram com exteriores atos de devoção e, ao
mesmo tempo, sacrificam ao
orgulho, ao egoísmo, à cupidez e a todas as suas paixões?
Serão seus discípulos os que
passam os dias em oração e
não se mostram nem melhores,
nem mais caridosos, nem mais vós cujo coração destila ódio e
indulgentes para com seus se- fel, que derramais o sangue dos
melhantes? Não, porquanto, do vossos irmãos em meu nome,
mesmo modo que os fariseus, que fazeis corram lágrimas, em
eles têm a prece nos lábios e vez de secá-las. Para vós, hanão no coração. Pela forma verá prantos e ranger de denpoderão impor-se
aos homens; não,
"Não, porquanto, do mesmo
porém, a Deus.
Em vão dirão modo que os fariseus, eles têm
eles a Jesus: “Sea prece nos lábios e não no
nhor! não profetizamos, isto é,
coração."
não
ensinamos
em teu nome; não expulsamos tes, porquanto o reino de Deus
em teu nome os demônios; não é para os que são brandos, hucomemos e bebemos contigo?” mildes e caridosos. Não espeEle lhes responderá: “Não sei reis dobrar a justiça do Senhor
quem sois; afastai-vos de mim, pela multiplicidade das vossas
vós que cometeis iniquidades, palavras e das vossas genuvós que desmentis com os atos flexões. O caminho único que
o que dizeis com os lábios, que vos está aberto, para achardes
caluniais o vosso próximo, que graça perante ele, é o da prátiespoliais as viúvas e cometeis ca sincera da lei de amor e de
adultério. Afastai-vos de mim, caridade.”
São eternas as palavras de Jesus, porque são a verdade.
Constituem não só a salvaguarda da vida celeste, mas
também o penhor da paz, da
tranquilidade e da estabilidade
nas coisas da vida terrestre. Eis
por que todas as instituições
humanas, políticas, sociais e
religiosas, que se apoiarem
nessas palavras, serão estáveis
como a casa construída sobre a
rocha. Os homens as conservarão, porque se sentirão felizes
nelas. As que, porém, forem
uma violação daquelas palavras, serão como a casa edificada na areia. o vento das renovações e o rio do progresso
as arrastarão.
Fonte: O Evangelho Segundo
o Espiritismo, Allan Kardec,
capítulo XVIII, itens 6 e 9, Editora FEB.
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 4 Revista Espírita
“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda
a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”. (Introdução,
Revista Espírita de 1858, EDICEL).
Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35 (4º): “Variada coletânea de
fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (O
Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.
Vossos filhos e vossas filhas profetizarão
O Sr. Delanne, que muitos de nos-
sos leitores já conhecem, tem um filho
de oito anos. Esse menino, que a todo
instante ouve falar de Espiritismo em
sua família, e que muitas vezes assiste às reuniões dirigidas por seu pai e
sua mãe, foi, assim, iniciado muito
cedo na doutrina, muitas vezes surpreendendo pela justeza com que raciocina seus princípios. Isto nada tem
de espantoso, pois é apenas o eco das
ideias com que foi embalado. Também não é o objetivo deste artigo: é
apenas para entrar no assunto do fato
que vamos relatar e tem seu propósito
nas circunstâncias atuais.
As reuniões do Sr. Delanne são graves, sérias, e conduzidas com perfeita
ordem, como devem ser todas aquelas
nas quais se quer colher frutos. Embora as comunicações escritas nelas
ocupem o primeiro lugar, aí também
se cuida de manifestações físicas e
tiptológicas, mas como ensinamento
e jamais como objeto de curiosidade.
Dirigidas com método e recolhimento,
e sempre apoiadas em algumas explicações teóricas, estão, pela impressão
que produzem, habilitadas a levar à
convicção.
É em tais condições que as
manifestações físicas são realmente
úteis. Falam ao Espírito e impõem
silêncio à zombaria. A gente se sente em presença de um fenômeno, cuja
profundeza se entrevê, e que afasta
até a ideia da brincadeira. Se estes tipos de manifestações, de que tanto se
tem abusado, fossem sempre apresentados dessa maneira, e não como divertimento e pretexto para perguntas
fúteis, a crítica não as teria acusado
de charlatanice. Infelizmente, muitas
vezes deram ensejo a isto.
O filho do Sr. Delanne muitas vezes
se associava a essas manifestações e,
influenciado pelo bom exemplo, as
considerava como coisa séria.
Um dia se encontrava com uma
pessoa de suas relações e brincava no
pátio da casa com sua priminha, de
cinco anos, dois meninos, um de sete,
outro de quatro anos. Uma senhora
que morava no térreo os compeliu a
entrar em sua casa e lhes deu bombons. As crianças, como se pode imaginar, não se fizeram rogadas.
A senhora perguntou ao filho do Sr.
Delanne:
P. – Como te chamas, meu filho?
Resp. – Eu me chamo Gabriel, senhora.
P. – Que faz teu pai?
Resp. – Senhora, meu pai é espírita.
P. – Não conheço esta profissão.
Resp. – Mas, senhora, não é uma
profissão. Meu pai não é pago para
isto; ele o faz com desinteresse e para
fazer o bem aos homens.
P. – Menino, não sei o que queres
dizer.
Resp. – Como! Jamais ouvistes falar das mesas girantes?
P. – Muito bem, meu amigo, gostaria que teu pai estivesse aqui para as
fazer girar.
Resp. – É inútil, senhora; eu mesmo
tenho o poder de fazê-las girar.
P. – Então, queres experimentar e
me fazer ver como se procede?
Resp. – Com muito gosto, senhora.
Dito isto, ele se senta ao pé da
mesinha da sala e faz sentar os seus
três amiguinhos; e eis os quatro, gravemente pondo as mãos em cima.
Gabriel fez uma evocação em tom
muito sério e com recolhimento. Mal
terminou, e para grande estupefação
da senhora e das crianças, a mesinha
ergueu-se e bateu com força.
– Perguntai, senhora, quem vem
responder pela mesa.
A vizinha interroga e a mesa soletra
as palavras: teu pai. A mulher torna-se
pálida de emoção. E continua: Pois
bem, dizei, meu pai, se devo enviar
a carta que acabo de escrever? – A
mesa responde: Sim, sem falta. – Para
provar que realmente és tu, meu pai,
que estás aqui, poderias dizer-me há
quantos anos estás morto? – Logo a
mesa bate oito pancadas bem acentuadas. Era justamente o número de
anos. – Poderias dizer o teu nome e o
da cidade em que morrestes? – A mesa
soletra os dois nomes.
As lágrimas jorraram dos olhos
daquela senhora que, consternada
por esta revelação e dominada pela
emoção, não pôde mais continuar.
Seguramente este fato desafia toda
suspeita de preparação do instrumento, de ideia preconcebida e de
charlatanismo. Também não se podem pôr os dois nomes soletrados
à conta do acaso. Duvidamos muito
que esta senhora tivesse recebido
tal impressão numa das sessões dos
Srs. Davenport, ou qualquer outra
do mesmo gênero. Aliás, não é a primeira vez que a mediunidade se revela em crianças, na intimidade das
famílias. Não é a realização daquelas palavras proféticas: Vossos filhos
e vossas filhas profetizarão? (Atos
dos Apóstolos, 2:17).
Allan Kardec
Fonte: Revista Espírita, Allan Kardec, outubro de 1865, Editora FEB.
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 5 A Família na Visão Espírita
Para a sociedade o relaxamento dos laços de família seria uma recrudescência do egoísmo.
(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).
“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”.
Paulo (I Timóteo, 5:6)
Parentesco e filiação
Q
ual a conexão entre a consanguinidade e o destino? - Nos elos da consanguinidade, reavemos o convívio de
todos aqueles que se nos associaram
ao destino, pelos vínculos do bem ou
do mal, através das portas benditas da
reencarnação.
Que precisamos para vencer na luta
doméstica? - Devemos revestir-nos de
paciência, amor, compreensão, devotamento, bom ânimo e humildade, a
fim de aprender e vencer, na luta doméstica. No mundo, o lar é a primeira
escola da reabilitação e do reajuste.
E o marido desleal? - O marido ingrato e desleal, em muitas circunstâncias, é o mesmo esposo do pretérito,
que precipitamos na deserção, com os
próprios exemplos menos felizes.
E a esposa desorientada? - A companheira desorientada que nos amarga o
sentimento, é a mulher que menosprezamos, em outra época, obrigando-a a
resvalar no poço da loucura.
E os parentes abnegados? - Os parentes abnegados, em que nos escoramos,
pedirem mais amplas afirmações de
trabalho na vitória do bem.
Em vista de tudo isso, que nos cabe
fazer ante os parentes? - Diante dos
parentes e dos companheiros de jornada, consagremo-nos à felicidade de
todos e façamos o melhor ao nosso alcance, a benefício de cada um.
O que devemos fazer se a presença de
alguém nos é penosa? - Se a presença
de alguém nos é penosa ou difícil ao
coração, anulemos os impulsos negativos que nos surjam na alma e convertamos as nossas
relações com esse
alguém numa sementeira constante
de paz e luz.
"Diante dos parentes e dos companheiros
de jornada, consagremo-nos à felicidade de
todos e façamos o melhor ao nosso alcance,
a benefício de cada um."
O que foram, em
vidas anteriores, os
pais despóticos? Quase sempre, os
pais despóticos de
hoje são aqueles filhos do passado, em
cuja mente inoculamos o egoísmo e a
intolerância.
E o filho rebelde? - O filho rebelde e
vicioso é o irmão que arrojamos, um
dia, à intemperança e à delinquência.
E a filha desatinada? - A filha detida
nos desregramentos do coração é a jovem que, noutro tempo, induzimos ao
desequilíbrio e à crueldade.
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são os amigos de outras eras, com os
quais já construímos os sólidos alicerces da amizade e do entendimento,
proporcionando-nos o reconforto da
segurança recíproca.
Todo laço de parentesco possui razão
de ser? - Ninguém possui sem razão
esse ou aquele laço de parentesco, de
vez que o acaso não existe nas obras
da Criação.
Como influir o nosso passado no clima familiar e na atividade profissional? - Cada elo de simpatia ou cada
sombra de desafeto, que surpreendemos na família ou na atividade profissional, são forças do passado a nos
Fonte: Leis de Amor, Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier (capítulos pares) e Waldo Vieira
(capítulo ímpares), questões 6 a 17,
Edições FEESP.
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Gotas de Luz
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"No mundo dos espíritos, almas se encontram, se reencontram, prometem-se mutuamente, trabalham e
caminham juntas, igualmente, para o trabalho da elevação.
Iluminai vossos conceitos acerca do mundo invisível para que a morte, esta senhora tão temida, seja
encarada como uma força da Lei de Deus"
Fonte: Reflexões - Volume I
Espírito : Dr. Hermann
Psicografia : Altivo Carissimi Pamphiro
Seleção de textos :
José Roberto Gouvêa
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 6 Céu e Inferno - Esperanças e Consolações
A obra O Céu e o Inferno, Allan Kardec, “objetiva demonstrar a imortalidade do Espírito e a condição que ele usufruirá
no mundo espiritual, como consequência de seus próprios atos”. (O Céu e o Inferno, capa, 61ª edição, Editora FEB).
E assim, reencarnando e desencarnando, o Espírito prossegue em sua jornada em busca da perfeição, sendo herdeiro
de si mesmo.
Arrependimento(*)
O arrependimento, conquanto seja
o primeiro passo para a regeneração,
não basta por si só; são precisas a
expiação e a reparação.
Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três
condições necessárias para apagar
os traços de uma falta e suas consequências. O arrependimento suaviza
os travos da expiação, abrindo pela
esperança o caminho da reabilitação;
só a reparação, contudo, pode anular o
efeito destruindo-lhe a causa. Do contrário, o perdão seria uma graça, não
uma anulação.
O arrependimento pode dar-se por
toda parte e em qualquer tempo; se
for tarde, porém, o culpado sofre por
mais tempo.
Até que os últimos vestígios da falta
desapareçam, a expiação consiste nos
sofrimentos físicos e morais que lhe
são consequentes, seja na vida atual,
seja na vida espiritual após a morte,
ou ainda em nova existência corporal.
A reparação consiste em fazer o
bem àqueles a quem se havia feito o
mal.
Quem não repara os seus erros
numa existência, por fraqueza ou má-vontade, achar-se-á numa existência
ulterior em contacto com as mesmas
pessoas que de si tiverem queixas, e
em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes reconhecimento e fazer-lhes tanto bem
quanto mal lhes tenha feito. Nem todas as faltas acarretam prejuízo direto
e efetivo; em tais casos a reparação
se opera, fazendo-se o que se deveria
fazer e foi descurado; cumprindo os
deveres desprezados, as missões não
preenchidas; praticando o bem em
compensação ao mal praticado, isto é,
tornando-se humilde se tem sido orgulhoso, amável se foi austero, caridoso
se tem sido egoísta, benigno se tem
sido perverso, laborioso se tem sido
ocioso, útil se tem sido inútil, frugal
se tem sido intemperante, trocando
em suma por bons os maus exemplos
perpetrados. E desse modo progride o
Espírito, aproveitando-se do próprio
passado.(¹)
crendo-se, assim, quites, verão mais
tarde se isso lhes bastava. Nós poderíamos perguntar se esse princípio
não é consagrado pela lei humana,
e se a justiça divina pode ser inferior
à dos homens? E mais, se essas leis
se dariam por desafrontadas desde
que o indivíduo que as transgredisse,
por abuso de confiança, se limitasse
a dizer que as respeita infinitamente.
Por que hão de vacilar tais pessoas
perante uma obrigação que todo homem honesto se impõe como dever,
segundo o grau de suas forças?
Quando esta perspectiva de reparação for inculcada na crença das
massas, será um outro freio aos seus
desmandos, e bem mais poderoso
que o inferno e respectivas penas
eternas, visto como interessa a vida
em sua plena atualidade, podendo o
homem compreender a procedência
(¹) A necessidade da reparação é das circunstâncias que a tornam peum princípio de rigorosa justiça que nosa, ou a sua verdadeira situação.
se pode considerar verdadeira lei de
(*) Título criado para este trecho
reabilitação morai dos Espíritos. Entretanto, essa doutrina religião algu- do texto. Título do texto completo:
ma ainda a proclamou. Algumas pes- Código Penal da Vida Futura.
soas repelem-na porque acham mais
cômodo o poder quitarem-se das más Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Karações por um simples arrependimento, dec, 1ª parte, capítulo VII, Código
que não custa mais que palavras, por Penal da Vida Futura, itens 16 e 17,
meio de algumas fórmulas; contudo, Editora FEB.
Encontros E Seminários
 Em Setembro
270 Encontro Espírita Sobre Bezerra de Menezes
Data: 04/09/2016
230 Encontro Espírita Sobre Jesus
Data: 25/09/2016
Local: Centro Espírita Irmão Clarêncio
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 7 Espiritismo na Arte
A figura humana na pintura
Os primeiros Jogos Olímpicos
da história tiveram lugar há 2.860
anos, no século VIII a.C., na cidade de Olímpia, na Grécia.
Os Jogos eram acontecimento
mais importante da Grécia Antiga: ao estágio da Olímpia compareciam cerca de 40.000 pessoas.
Quando os jogos começavam,
suspendiam-se as guerras, quando terminavam eram erguidas estátuas aos atletas vencedores. A
história escrita da Humanidade,
começa a partir dos primeiros Jogos Olímpicos.
Era costume os atletas correrem
com o peito nu, tendo como única
vestimenta uma tanga. Porém, na
décima quinta Olimpíada, aconteceu que um corredor chamado
Orsipos “rasgou a tanga”- segundo o relato do historiador Pausânias - “fazendo o percurso sem as
vestimentas, e conseguindo assim
a vitória, porque sabia que um
homem despido corre com mais
facilidade que outro vestido”.
Pausânias conta que o povo, indignado, gritou contra Orsipos,
mas não porque se mostrara despido, já a nudez era um estado natural, um costume aceito nos ginásios e conferências, lugares em
que se educava a juventude grega – mais sim porque “ao correr
com menos roupa o peso fica em
vantagem sobre os outros corredores”. O gesto de Orsipos influiu
decididamente na história da arte
e na representação da figura humana despida. A partir desta data,
o artista grego inicia o estudo do
corpo humano, determina suas
proporções ideais, estuda anatomia, o movimento, as feições e a
expressão: estabelece realmente
as bases para a evolução da arte,
desde a Antiguidade até o Renascimento, e daí até nossos dias.
Quando Michelangelo modela
David ou pinta o Deus do Juízo
Final está bebendo nas fontes da
escultura clássica grega; quando
Picasso pinta estilo neoclássico,
está observando os Apolos e as
Vênus da arte helênica.
A figura humana
na pré-história
A primeira obra de arte conhecida na história da Humanidade é a figura de uma mulher nua,
uma estatueta de pedra calcária de
11,4cm, conhecida como a Vênus
de Willendorf, cuja idade remonta
a 21.000 anos antes de Cristo. Ao
mesmo período paleolítico pertencem, entre outras, a Vênus de Laspugue e a Vênus de Laussel.
Estudo da figura humana com
manequim articulado
O Manequim, ou boneco articulado, fabricado conforme as proporções ditadas pelo padrão da figura
humana e com um sistema de rótulas que permite articulá-lo para reproduzir todas as posições em que
um homem ou uma mulher podem
ficar, em repouso ou em movimento. Além disso o sistema de rótulas
é montado de modo a não permitir
os movimentos que o nosso cor-
po não pode realizar. Também é
preciso dizer que não se trata de
uma invenção recente. Ao contrário, Vassari (1511-1574), o antigo
cronista italiano, em seu conhecido
livro A vida dos melhores artistas
italianos, explica que o primeiro a
utilizar um boneco de madeira para
praticar o desenho da figura humana foi o pintor renascentista Frei
Bartolomeu (1474-1517). Ou seja,
trata-se de um material para a prática das Belas Artes que vem sendo utilizado há, aproximadamente,
500 anos.
Fonte de pesquisa: NU A ÓLEOJosé M. Parramon
Complementação Doutrinária
Objetivo da Arte
Dissemos que o objetivo essencial da arte é a procura e a realização
da beleza; é, ao mesmo tempo, a procura de Deus, pois que Deus é a
fonte primeira e a realização perfeita da beleza física e moral.
Quanto mais a inteligência se apura, se aperfeiçoa e se eleva, mais se
impregna da ideia do belo. O objetivo essencial da evolução, portanto,
será a procura e a conquista da beleza a fim de realizá-la no ser e nas
suas obras. Tal é a norma da alma na sua ascensão infinita.
Fonte de consulta:
O Espiritismo na Arte- parte I – Léon Denis; editora CELD
Organizado por GLORIA MACHAY
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 8 Em Busca da Reforma Íntima
Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 919)
“Nenhuma circunstância exterior substitui a experiência interna. E é só à luz dos acontecimentos internos que
entendo a mim mesmo. São eles que constituem a singularidade de minha vida”. Carl Gustav Jung (Entrevista e
Encontros; Editora Cultrix).
Desapego
Não adianta “fecharmos as cortinas da janela da alma” a fim de levarmos uma vida de sonhos - repleta de
pensamentos e vazia de experiências -, atenuando ou impedindo os estímulos externos. Isso é um “desapego
defensivo”, ou resignação neurótica, e não uma virtude genuína.
Denominamos “desapego defensivo” o
mecanismo de fuga da realidade, utilizado,
de forma inconsciente ou não, por pessoas
que possuem um constrangimento autoimposto proveniente do medo de amar, ou
mesmo de se perder na sede de amor por objetos, pessoas ou ideias e de serem absorvidas por enorme necessidade de dependência
e submissão fora do próprio controle.
Esse “desapego de proteção” tem como
base profunda um processo mental ativado
tão logo o indivíduo perceba algo ou alguém
que tenha grande significado para ele, e que,
se o perdesse, seria muito doloroso. Ele adota uma atitude de contenção dos sentimentos
e se isola com indiferença e desprezo diante
do seu mundo sensível.
Declara-se desinteressado e frio, mantendo por postura íntima o seguinte pensamento: “Eu não me importo”, quer dizer, “Não
abro as portas do meu sentimento”. (Aliás,
a palavra ‘importar” vem do latim importare - “trazer para dentro” ou “trazer para
si”). Assim, ele não se sentirá frustrado ou
ameaçado pelos conflitos, porquanto supõe
ter atingido um “real desapego”, quando, na
verdade, apenas utiliza uma desistência da
expressão, do anseio, da vontade, da satisfação e da realização pessoal, ou seja, restringe e mutila a vida ativa.
Por outro lado, o “desapego saudável” é
uma vivência que leva ao crescimento íntimo e a uma expansão da consciência, enquanto a experiência defensiva conduz a um
bloqueio das sensações, fazendo com que as
pessoas vivam numa aparente fuga social,
exibindo atos e comportamentos fictícios,
envolvidas que estão por uma atmosfera de
falsa renúncia e altruísmo.
É considerada pelos Espíritos Superiores
como «duplo egoísmo» a atitude de certos
“homens que vivem na reclusão absoluta
para fugir ao contato do mundo”. (¹)
Não podemos nos esconder atrás de valores sagrados para camuflar conflitos de
caráter afetivo, sexual, profissional, cultural,
religioso — isso é escapismo. Enfim, uma
deserção da participação social é, na verdade, um fenômeno retardatário do amadurecimento psicológico. Esse tipo de desapego,
que parece ter como motivo um imenso desprendimento por bens materiais ou pessoas,
comprova, acima de tudo, ser apenas um
desejo de fuga ou um receio proveniente do
egoísmo.
Uma atitude autoimposta por dúvidas e
desconfiança, insegurança e temor, além de
nos autoagredir, nos afasta do caminho natural e nos desvia do dinamismo evolutivo da
Vida Providencial. Não adianta “fecharmos
as cortinas da janela da alma” a fim de levarmos uma vida de sonhos - repleta de pensamentos e vazia de experiências -, atenuando
ou impedindo os estímulos externos. Isso
é um “desapego defensivo”, ou resignação
neurótica, e não uma virtude genuína.
As criaturas do mundo estão cheias de
fictícios desapegos que, na realidade, reduzem a visão da verdadeira espiritualidade,
dificultando as muitas maneiras de despertar
as potencialidades da alma.
Diz-se que um indivíduo “apegado” é
indeciso e inerte, porque perdeu a conexão
consigo mesmo; não sabe mais o que quer
para si, não mais navega os mares nem desbrava os continentes de seu reino interior desviou-se de sua rota existencial. Disse Jesus: “Em verdade, em verdade, vos digo: Se
o grão de trigo que cai na terra não morrer,
permanecerá só; mas se morrer, produzirá
muito fruto. Quem ama sua vida a perde e
quem odeia a sua vida neste mundo guardá-la-á para a vida eterna.” (²)
O entendimento das palavras do Mestre
pode nos libertar do sofrimento a que nos
arremessou o apego. O “amar a vida” ou
“odiar a vida” a que o Cristo se refere é, exatamente, o despertar ou a conscientização de
que as coisas vêm e vão na nossa existência,
e que é preciso adotar a prática do desapego
em relação a elas. O apego é a memória da
“dor” ou do “prazer” passado, que carregamos para o futuro. Atrás de cada sofrimento
existe um apego. “Se o grão de trigo que cai
na terra não morrer, permanecerá só; mas
se morrer, produzirá muito fruto”. Eis a excelência da mensagem: tudo em nossa vida
terrena é transitório, vai passar; vai mudar e
ir além... Os “grãos de trigo” vão tomar uma
nova feição - se transformarão num imenso
trigal e, mais adiante, se converterão na prodigalidade do alimento generoso.
Apego é a não aceitação da impermanência das coisas. Na Terra nada se perpetua,
somente a alma é imortal.
(¹) L.E. , questão 770 e 770-a.
Que pensar dos homens que vivem na
reclusão absoluta para fugir ao contato do
mundo?
Duplo egoísmo.
Mas se esse retiro tem por objetivo uma
expiação, impondo-se uma privação penosa, não é ele meritório?
Fazer mais de bem do que se faz de mal, é
a melhor expiação. Evitando um mal ele cai
em outro, visto que esquece a lei de amor e
de caridade.
(²) João, 12:24 e 25
Fonte: O Prazeres da Alma, Hammed, psicografia de Francisco do Espírito Santo
Neto, Editora Boa Nova.
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 9 Na Seara Mediúnica
Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são
as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos,
médiuns. (O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 159, Editora FEB).
Compromisso
Como deve proceder o médium que
se reconhece detentor de compromisso
mediúnico para utilizar corretamente as
suas forças medianímicas?
Nesse campo impõe-se-lhe um cuidadoso estudo da própria personalidade, a
fim de identificar as deficiências morais
e corrigi-las, equilibrar as oscilações da
emotividade, policiando o temperamento. Igualmente, o exercício das atitudes
comedidas se lhe faz impresci ndível para
os resultados superiores que persegue na
vivência das funções paranormais.
Além do dever imediato de moralizar-se para assumir o controle das suas forças
medianímicas, o sensitivo deve instruir-se
nos postulados espíritas, a fim de conhecer as ocorrências que lhe dizem respeito,
adestrar-se na convivência dos Espíritos,
saber conhecê-los, identificar as “leis dos
fluidos”, selecionar os seus dos pensamentos que lhe são inspirados, discernir
quando a mensagem procede de si mesmo e quando flui através dele, provinda
de outras mentes... Igualmente cabe-lhe
conhecer as revelações sobre o Mundo
Espiritual, despido do fantástico e do so-
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O Livro
dos Espíritos
Allan Kardec
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brenatural, do qual a vida na Terra é símile imperfeito, preparando-se, igualmente,
para enfrentar as vicissitudes e vadear-lhes
as águas, quando ocorrer a desencarnação.
A mediunidade não tem qualquer implicação com religião, conduta, filosofia,
crença... A direção que se lhe dá é que
a torna portadora de bênçãos ou desditas
para o seu responsável. Com a Doutrina
Espírita, porém, aprende-se a transformá-la em verdadeira ponte de luz, que
faculta o acesso às regiões felizes onde
vivem os bem-aventurados pelas conquistas vitoriosamente empreendidas.
Embora vivendo no turbilhão da vida
hodierna, o médium não pode prescindir do hábito da oração, aliás, ninguém
consegue planar acima das vicissitudes
infelizes sem o benefício da prece, que
luariza a alma por dentro, acalmando-a
e inspirando-a, ao mesmo tempo favorecendo-a com as forças para os voos decisivos, na conquista dos altos píncaros...
Paralelamente, a vida interior de reflexões favorece o registro das mensagens
que lhe são transmitidas, fazendo com
que aprenda o silêncio íntimo com que
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O Evangelho
Segundo o Espiritismo
Allan Kardec
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se capacita para a empresa.
(No Limiar do Infinito, Cap. 10, Joanna de Angelis/Divaldo P. Franco-LEAL).
Por que razão a maioria dos médiuns
são, de preferência, utilizados por Entidades tão doentes quanto eles?
Mediunidade é compromisso com a
consciência sedenta de recomposição do
passado. É meio de servir com segurança e desprendimento por ensejar trabalho a outrem por intermédio de alguém...
Talvez não sejas um grande médium, conhecido e disputado pela louvação dos
homens; no entanto, procura constituir-te obreiro do amor, que não é ignorado
pelos infelizes, podendo ser identificado
pelos sofredores da Erraticidade.
(Dimensões da Verdade, Cap. Transeuntes, Joanna de Angelis/Divaldo P.
Franco - LEAL).
Fonte: Qualidade na Prática Mediúnica - Projeto Manoel Philomeno de
Miranda, 1ª parte - Os Espíritos Respondem, capítulo: Compromisso, perguntas 13 e 14, Editora LEAL.
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A Gênese
Allan Kardec
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Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 10 Do Outro Lado da Vida
A vida do Espírito é imortal; a vida do corpo é transitória e passageira. Quando o corpo morre, o Espírito retoma a
vida imortal, conservando sua individualidade, não perdendo seu corpo espiritual, ou seja, seu perispírito. (O Livro dos
Espíritos, Allan Kardec, questões 153, 150 e 150-a).
O Marquês de Saint Paul
(Falecido em 1860 e evocado, a pedido de uma sua irmã, consóror da Sociedade de Paris, em 16 de maio de 1861).
1. - Evocação: - R. Eis-me aqui.
2. - Vossa irmã pediu-nos para evocar-vos, pois, conquanto seja médium, não está ainda bastante desenvolvida. - R. Responderei da melhor
forma possível.
3. - Em primeiro lugar ela deseja saber se sois feliz. R. - Estou na erraticidade, estado transitório que não proporciona nem felicidade nem castigo
absolutos.
4. - Permanecestes por muito tempo
inconsciente do vosso estado? - R.
Estive muito tempo perturbado e só
voltei a mim para bendizer da piedade dos que, lembrando-se de mim, por
mim oraram.
5. - E podeis precisar o tempo dessa
perturbação? - R. Não.
6. - Quais os parentes que reconhecestes primeiro? - R. Minha mãe e
meu pai, os quais me receberam ao
despertar, iniciando-me em a nova
vida.
7. - A que atribuir o fato de parecer
que nos últimos extremos da moléstia
confabuláveis com as pessoas caras
da Terra? - R. Ao conhecimento antecipado pela revelação do mundo que
viria habitar. Vidente antes da morte,
meus olhos só se turbaram no momento da separação do corpo, porque
os laços carnais eram ainda muito vigorosos.
8. - Como explicar as recordações da
infância que de preferência vos ocorriam?
- R. Ao fato de o princípio se identificar mais com o fim, que com o meio
da vida.
P. Como explicar isso? - R. Importa
dizer que os moribundos lembram e
veem, como reflexo consolador, a pureza infantil dos primeiros anos.
Nota - É provavelmente por motivo
providencial semelhante que os velhos, à proporção que se aproximam
do termo da vida, têm, por vezes, nítida lembrança dos mais ínfimos episódios da infância.
9. - Por que, referindo-vos ao corpo,
faláveis sempre na terceira pessoa? - R.
Porque era vidente como vo-lo disse, e
sentia claramente as diferenças entre o
físico e o moral; essas diferenças, muito amalgamadas entre si pelo fluido vital, tornam-se distintíssimas aos olhos
dos moribundos clarividentes.
Nota - Eis aí uma particularidade singular da morte deste senhor. Nos seus
últimos momentos, ele dizia sempre:
Ele tem sede, é preciso dar-lhe de be-
ber; ele tem frio, é preciso aquecê-lo; sofre em tal ou tal região, etc. E
quando se lhe dizia: Mas sois vós que
tendes sede? - respondia: “Não, é
ele.” Aqui ressaltam perfeitamente as
duas existências; o eu pensante está
no Espírito e não no corpo; o Espírito, em parte desprendido, considerava o corpo outra individualidade, que
a bem dizer lhe não pertencia; era,
portanto, ao seu corpo que se fazia
mister dessedentar, e não a ele Espírito. Este fenômeno nota-se também
em alguns sonâmbulos.
10. - O que dissestes sobre a erraticidade do vosso Espírito e sua respectiva perturbação, levaria a duvidar da
vossa felicidade, ao contrário do que
se poderia inferir das vossas qualidades. Demais, há Espíritos errantes
felizes e infelizes. - R. Estou num estado transitório; aqui as virtudes humanas passam a ter seu justo valor.
Certo, este estado é mil vezes preferível ao da minha encarnação terrestre;
mas porque alimentei sempre aspirações ao verdadeiramente bom e belo,
minha alma não ficará satisfeita senão
quando se alçar aos pés do Criador.
Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 2ª parte, capítulo III, Espíritos
em Condições Medianas, Editora
FEB.
Aviso Importante
 Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos
horários das Reuniões Públicas Noturnas.
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 11 Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec)
(03/10/1804 --- 31/03/1869)
Allan Kardec - Missionário da Luz
O menino Hippolyte
Nascimento
Allan Kardec, cujo verdadeiro nome é
Hippolyte Léon Denizard Rivail, nasceu na
cidade de Lião (França), a 3 de outubro de
1804, no seio de antiga família lionesa, de
nobres e dignas tradições. Foram seus pais
Jean-Baptiste Antoine Rivail, magistrado
íntegro, e Jeanne Louise Duhamel [...]. O
futuro codificador do Espiritismo recebeu
um nome querido e respeitado e todo um
passado de virtudes, de honra e probidade.
Grande número de seus antepassados se tinha distinguido na advocacia, na magistratura e até mesmo no trato dos problemas educacionais. Bem cedo, o menino se revelou
altamente inteligente e agudo observador,
denotando franca inclinação para as ciências
e para os assuntos filosóficos, compenetrado
de seus deveres e responsabilidades, como
se fora um adulto (¹).
Primeiros estudos.
O Instituto de Yverdon
Conforme nos conta Henri Sausse
[biógrafo de Kardec], Rivail realizou
seus primeiros estudos em Lião, sua
cidade natal, sendo
educado dentro de
severos princípios
de honradez e retidão moral. É de
se presumir que a
influência paterna
e materna tenham
sido das mais benéficas na sua infância, constituindo-se
em fonte de nobres
sentimentos. Com a
idade de dez anos,
seus pais o enviam
a Yverdon (ou Yverdun), cidade suíça
do cantão de Vaud,
situada na extremidade S. O. do
lago Neuchâtel e
na foz do Thiele, a
fim de completar e
enriquecer sua bagagem escolar no
célebre Instituto de Educação ali instalado em 1805, pelo professor filantropo João Henrique Pestalozzi [...].
Frequentado todos os anos por grande número de estrangeiros, citado,
descrito, imitado, era, numa palavra,
a escola modelo da Europa (²).
Altas personalidades políticas,
científicas, literárias e filantrópicas
voltavam maravilhadas de suas visitas
ao famoso Instituto. Louvaram o criador dessa obra revolucionária, e por
ela também se interessaram Goethe;
o rei da Prússia, Frederico Guilherme III, e sua esposa Luísa; o czar da
Rússia, Alexandre I; o rei Carlos IV
da Espanha; os reis da Baviera e de
Wurtemberg; o imperador da Áustria;
a futura imperatriz do Brasil, D. Leopoldina de Áustria, e muitos expoentes da nobreza europeia e do mundo
cultural (³). O menino Denizard Rivail, ao qual os destinos reservariam
sublime missão, logo se revelou um
dos discípulos mais fervorosos do in-
signe pedagogista suíço [...]. Possuidor de inteligência penetrante e alto
espírito de observação, e, ainda mais,
inclinado naturalmente para a solução
dos importantes problemas do ensino
e para o estudo das ciências e da filosofia, – Rivail cativou a simpatia e
a admiração do velho professor, deste
se tornando, pouco depois, eficiente
colaborador. Os exemplos de amor
ao próximo fornecidos por Pestalozzi
[para quem o amor é o eterno fundamento da educação] norteariam para
sempre a vida do futuro Codificador
do Espiritismo. Aliás, até mesmo
aquele bom-senso, que Flammarion
com felicidade aplicou a Rivail, foi
cultivado e avigorado com as lições
e os exemplos recebidos no Instituto
de Yverdon, onde também lhe desabrocharam as ideias que mais tarde o
colocariam na classe dos homens progressistas e dos livres-pensadores (¹²).
Referências Bibliográficas
(¹). WANTUIL, Zêus. Grandes espíritas do Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro:
FEB, 2002, Allan Kardec, p. 15.
(²) WANTUIL, Zêus e THIESEN,
Francisco. Allan Kardec. 5. ed.
Rio de Janeiro: FEB, 1999, vol. 1,
cap. 2 (Formação escolar
de Rivail...), p. 32-33.
(³) WANTUIL, Zêus e THIESEN,
Francisco. Allan Kardec. 5. ed.
Rio de Janeiro: FEB, 1999, vol. 1,
cap. 2 (Formação escolar
de Rivail...), p.33.
(¹²). WANTUIL, Zêus. Grandes espíritas do Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro:
FEB, 2002, Allan Kardec, p. 17.
Fonte: Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - Programa Fundamental, tomo I, Editora FEB.
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 12 Instruções dos Espíritos no Pentateuco Espírita
“Quis o Senhor que a luz se fizesse para todos os homens e que em toda a parte penetrasse a voz dos Espíritos, a fim
de que cada um pudesse obter a prova da imortalidade. Com esse objetivo é que os Espíritos se manifestam hoje em
todos os pontos da Terra...”. (E.S.E., XXVIII, item 9)
Provas voluntárias. O verdadeiro cilício
Perguntais se é licito ao homem abran-
dar suas próprias provas. Essa questão,
equivale a esta outra: É lícito, àquele que
se afoga, cuidar de salvar-se? Aquele em
quem um espinho entrou, retirá-lo? Ao
que está doente, chamar o médico? As
provas têm por fim exercitar a inteligência, tanto quanto a paciência e a resignação. Pode dar-se que um homem nasça
em posição penosa e difícil, precisamente
para se ver obrigado a procurar meios de
vencer as dificuldades. O mérito consiste
em sofrer, sem murmurar, as consequências dos males que lhe não seja possível
evitar, em perseverar na luta, em se não
desesperar, se não é bem sucedido; nunca, porém, numa negligência que seria
mais preguiça do que virtude.
Essa questão dá lugar naturalmente a
outra. Pois, se Jesus disse: “Bem-aventurados os aflitos”, haverá mérito em procurar, alguém, aflições que lhe agravem
as provas, por meio de sofrimentos voluntários? A isso responderei muito positivamente: sim, há grande mérito quando
os sofrimentos e as privações objetivam o
bem do próximo, porquanto é a caridade
pelo sacrifício; não, quando os sofrimentos e as privações somente objetivam o
bem daquele que a si mesmo as inflige,
porque aí só há egoísmo por fanatismo.
Convite
Grande distinção cumpre aqui se faça:
pelo que vos respeita pessoalmente,
contentai-vos com as provas que Deus
vos manda e não lhes aumenteis o volume, já de si por vezes tão pesado; aceitá-las sem queixumes e com fé, eis tudo o
que de vós exige ele. Não enfraqueçais
o vosso corpo com privações inúteis e
macerações sem objetivo, pois que necessitais de todas as vossas forças para
cumprirdes a vossa missão de trabalhar
na Terra. Torturar e martirizar voluntariamente o vosso corpo é contravir a lei
de Deus, que vos dá meios de sustentá-lo
e fortalecê-lo. Enfraquecê-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio. Usai,
mas não abuseis, tal a lei. O abuso das
melhores coisas tem a sua punição nas
inevitáveis consequências que acarreta.
Muito diverso é o quê ocorre, quando
o homem impõe a si próprio sofrimentos
para o alívio do seu próximo. Se suportardes o frio e a fome para aquecer e alimentar alguém que precise ser aquecido e
alimentado e se o vosso corpo disso se ressente, fazeis um sacrifício que Deus abençoa. Vós que deixais os vossos aposentos
perfumados para irdes à mansarda infecta
levar a consolação; vós que sujais as mãos
delicadas pensando chagas; vós que vos
privais do sono para velar à cabeceira de
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André Luiz
Léon Denis
um doente que apenas é vosso irmão em
Deus; vós, enfim, que despendeis a vossa
saúde na prática das boas obras, tendes
em tudo isso o vosso cilício, verdadeiro e
abençoado cilício, visto que os gozos do
mundo não vos secaram o coração, que não
adormecestes no seio das volúpias enervantes da riqueza, antes vos constituístes
anjos consoladores dos pobres deserdados.
Vós, porém, que vos retirais do mundo, para lhe evitar as seduções e viver no
insulamento, que utilidade tendes na Terra? Onde a vossa coragem nas provações,
uma vez que fugis à luta e desertais do
combate? Se quereis um cilício, aplicai-o
às vossas almas e não aos vossos corpos;
mortificai o vosso Espírito e não a vossa
carne; fustigai o vosso orgulho, recebei
sem murmurar as humilhações; flagiciai
o vosso amor próprio; enrijai-vos contra a
dor da injúria e da calúnia, mais pungente
do que a dor física. Aí tendes o verdadeiro cilício cujas feridas vos serão contadas,
porque atestarão a vossa coragem e a vossa submissão à vontade de Deus.
Um anjo guardião. (Paris, 1863.)
Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V: 26, Editora FEB.
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conosco
a Vida e as Obras de
Yvonne A. Pereira
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 13 Clareando as Ideias com Kardec
Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a
viver como espírito imortal, a caminho da perfeição.
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)
Limite do trabalho. Repouso
Sendo uma necessidade para
todo aquele que trabalha, o repouso não é também uma lei da
Natureza?
“Sem dúvida. O repouso serve
para a reparação das forças do
corpo e também é necessário para
dar um pouco mais de liberdade à
inteligência, a fim de que se eleve
acima da matéria.”
Qual o limite do trabalho?
“O das forças. Em suma, a esse
respeito Deus deixa inteiramente
livre o homem.”
Que se deve pensar dos que
abusam de sua autoridade, impondo a seus inferiores excessivo
trabalho?
“Isso é uma das piores ações.
Todo aquele que tem o poder de
mandar é responsável pelo excesso de trabalho que imponha a seus
inferiores, porquanto, assim fazendo, transgride a lei de Deus.”
(ver q. 273)
Tem o homem o direito de repousar na velhice?
“Sim, que a nada é obrigado,
senão de acordo com as suas forças.”
a) Mas, que há de fazer o velho que precisa trabalhar para
viver e não pode?
“O forte deve trabalhar para
o fraco. Não tendo este família,
a sociedade deve fazer as vezes
desta. É a lei de caridade.”
Nota de Kardec : Não basta
se diga ao homem que lhe corre
o dever de trabalhar. É preciso
que aquele que tem de prover à
sua existência por meio do trabalho encontre em que se ocupar, o
que nem sempre acontece. Quan-
do se generaliza, a suspensão do
trabalho assume as proporções
de um flagelo, qual a miséria. A
ciência econômica procura remédio para isso no equilíbrio entre a
produção e o consumo. Mas, esse
equilíbrio, dado seja possível
estabelecer-se, sofrerá sempre
intermitências, durante as quais
não deixa o trabalhador de ter
que viver. Há um elemento, que
se não costuma fazer pesar na balança e sem o qual a ciência econômica não passa de simples teoria. Esse elemento é a educação,
não a educação intelectual, mas
a educação moral. Não nos referimos, porém, à educação moral
pelos livros e sim à que consiste
na arte de formar os caracteres,
à que incute hábitos, porquanto a
educação é o conjunto dos hábitos adquiridos. Considerando-se
a aluvião de indivíduos que todos
os dias são lançados na torrente da população, sem princípios,
sem freio e entregues a seus próprios instintos, serão de espantar as consequências desastrosas
que daí decorrem? Quando essa
arte for conhecida, compreendida e praticada, o homem terá
no mundo hábitos de ordem e de
previdência para consigo mesmo
e para com os seus, de respeito
a tudo o que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar
menos penosamente os maus dias
inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que
só uma educação bem entendida
pode curar. Esse o ponto de partida, o elemento real do bem-estar,
o penhor da segurança de todos.
Fonte: O Livro dos Espíritos,
Allan Kardec, questões 682 a
685, Editora FEB.
A vida em
Poesia
Anotação em Caminho
Sob os riscos da jornada
Na vereda transformada
Em sombra pedindo luz,
Recorda que, em tuas mãos,
No amparo aos próprios irmãos,
Brilha o ideal de Jesus.
Age, auxilia, perdoa...
Na essência, em toda pessoa,
O Amor plantado produz:
Essa semente divina,
Se cultivada germina
Para servir com Jesus.
Dores, mágoas, desenganos
São instrumentos humanos
Formando as bênçãos da cruz
De vida, esperança e paz,
Pela qual encontrarás
A redenção com Jesus.
Coração, não vais sozinho,
Entre as pedras do caminho,
A que o serviço faz jus;
No trabalho e no perigo,
Guarda esta nota contigo:
- O companheiro é Jesus.
Fonte: Caminhos do Amor, Maria Dolores, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Editora
CEU.
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 14 Artigo
Um estudo sobre ingratidão
1. Introdução
Todas as criaturas estão mergulhadas no
fluido divino, envolvidas pela Lei de Ação e
Reação.
2. Conceito de gratidão
Denomina-se gratidão ao sentimento positivo e harmonizador pelo qual reconhecemos
o bem que outrem nos proporcionou.
3. Compreensão fluídico energética da
gratidão
O sentimento de gratidão se expressa por
emanações energéticas de alta frequência e
de ondas curtas (ondas finas de baixo comprimento ondulatório).
Estas ondas produzem luminosidade e se
traduzem por cores claras e nitidamente brilhantes.
4. Consequências do sentimento de
gratidão
Estabelece-se, por este sentimento, sintonia no plano extrafísico com outras energias
da mesma frequência. Em consequência deste
fato, ao expressarmos gratidão, ampliamos
nossos contatos com esferas suaves e esclarecidas, as quais nos envolvem em luz. Além
disso, ao direcionarmos a gratidão a outro indivíduo, este, ao receber o impacto das ondas
luminosas e suaves, passa a sentir uma agradável sensação de bem estar. Pode-se chamar
de felicidade ao estado psíquico em que benfeitores se apresentam pelo contínuo envolvimento energético das ondas de gratidão dos
beneficiados.
5. Conceito de ingratidão
Denomina-se ingratidão ausência de um
sentimento positivo e harmonizador ao não
reconhecermos o bem que outrem nos proporcionou, acrescida de emoções de baixo teor
vibratório típicas do ser ingrato.
6. Emoções associadas à ingratidão
A ingratidão frequentemente se apresenta
seguidas por atitudes não elevadas por parte
do indivíduo ingrato. Exemplificando: Não
é raro a ocorrência de uma sensação de raiva em relação àquele que prestou o auxílio. O
beneficiado se considera humilhado devido à
sua natureza orgulhosa. Observa-se, também,
a presença de inveja, sentimento que direciona contra o benfeitor. O indivíduo auxiliado
sente um misto de tristeza e rancor por não
possuir o bem ou a qualidade ética daquele
que o orientou. Em muitas ocasiões houve
precipitação do benfeitor que não aguardou
o momento oportuno no amadurecimento do
seu assistido. Como disse Jesus: “Não atirai
pérolas aos porcos para que eles não as pisem
com os pés”.
7. Compreensão fluídico energético da
ingratidão
A ingratidão caracteriza-se por emanações
energéticas de baixa frequência e ondas longas (grande comprimento ondulatório). Estas
ondas produzem cores escuras e opacas; portanto, destituídas de brilho e luminosidade.
8. Consequências do sentimento de
ingratidão
Ao se deixar envolver pelo sentimento de
ingratidão, o indivíduo estabelece sintonia,
no plano extrafísico, com energias de mesma
frequência. Em razão deste fato, amplia seus
contatos com esferas espirituais de baixo teor
vibratório. Passa, ao se deter nesta postura
ingrata, a se distanciar da luminosidade dos
Espíritos protetores e a se identificar com a
frequência vibratória de entidades sofredoras,
as quais intercambiam energias neste nível de
pensamento e emoção.
9. Consequências da ingratidão do beneficiado sobre o benfeitor
9.1. Quando o benfeitor compreende:
perdoa. Neste caso, cresce espiritualmente ao
exercitar o entendimento e a humildade. Perdoando o ingrato, atrai para si maior simpatia
e amor dos Espíritos de luz (e dos protetores
do ingrato), sintonizando sua mente em faixas
superiores.
9.2. Quando o benfeitor se magoa e
sofre: passa, neste caso, a entrar em sintonia
com ondas de tristeza e mágoa que ampliam
seu sofrimento. Há uma queda de nível vibratório que fragiliza o benfeitor, tornando-o,
portanto, suscetível à influência dos Espíritos
sofredores.
9.3. Quando o “benfeitor” reage e revida
contra o ingrato: passa a entrar na mesma frequência vibratória do ingrato; torna-se igual
a ele e assimila a ação dos obsessores espirituais. Pode, neste caso, enfermar-se física ou
psiquicamente.
10. Consequências da ingratidão sobre
o próprio ingrato
A imaturidade espiritual é o que caracteriza
o ingrato. Desta forma, como todo ser imaturo, necessita amadurecer pela experiência.
10.1. Amadurecimento pela reflexão (esclarecimento):
a.
No plano espiritual: sob a orientação dos Espíritos maiores, poderá rever sua
postura, modificando-se parcial ou integralmente;
b. Nas próximas existências: além do
esforço desenvolvido no sentido de corrigir-se
durante o período de erraticidade no plano espiritual, passará a exercitar nas próximas encarnações o sentimento de gratidão em novas
oportunidades de esclarecimento e reflexão.
10.2. Amadurecimento pela dor: no plano
espiritual e nas próximas encarnações.
O amadurecimento pela dor só se faz necessário quando o ingrato não amadurece
pelo esclarecimento ou reflexão e não aceita
as oportunidades de trabalho regenerativo
que lhe são oferecidas. A dor não é imposta
pelos Espíritos superiores (muito menos por
Deus), mas é consequência automática da Lei
de Ação e Reação, comentada na introdução
deste trabalho.
11. A ingratidão mais frequente
Culparmos Deus pelos nossos sofrimentos
e dificuldades.
Lembremo-nos de que, na visão espírita,
Deus não pune. As leis são perfeitas e justas.
O automatismo da Lei de Ação e Reação é que
gera situações difíceis para aquele que se distancia do amor. Ao nos afastarmos da Lei de
Harmonia Universal, portanto de Deus, criamos situações de sofrimento. Desta maneira,
não fez sentido responsabilizarmos Deus pelos nossos sofrimentos.
12. Deus: gratidão plena
12.1. À medida que pensamos de forma
positiva e salutar, estabelecendo sintonia com
as energias cósmica superiores, a Lei de Deus,
que é gratidão plena, retribui-nos com fluidos
que vitalizam nossos corpos espirituais,
proporcionando-nos equilíbrio e saúde.
12.2. À medida que trabalhamos geramos
veículos espirituais e a Lei de Deus, sendo
gratidão plena, retribui-nos com um banho
energético de paz e harmonia interior.
12.3. À medida que amamos o próximo
criamos determinadas situações energéticas e
a Lei de Deus, sendo gratidão plena, responde-nos com amor, gerando em nós felicidade.
Ricardo Di Bernardi
Fonte: Reformador, julho, 1997.
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 15 Obras Póstumas - Derradeiros Escritos
O livro Obras Póstumas “representa o testamento doutrinário de Allan Kardec. Reúne os seus derradeiros escritos
e anotações íntimas, destinados a servir, mais tarde, para a elaboração da História do Espiritismo que ele não pôde
realizar. (...) Essa obra nos desvenda os segredos de uma vida missionária. Quanto à grandeza, basta vermos o que os
Espíritos Superiores dizem em suas comunicações aqui (neste livro) reproduzidas”.
(J. Herculano Pires, Introdução do livro Obras Póstumas, 8ª edição, 1987, Editora LAKE).
O espiritismo transformando a arte(*)
Durante
as épocas primitivas,
em que os homens não conheciam
senão a vida material, onde a filosofia divinizava a Natureza, a arte
procurou, antes de tudo, a perfeição da forma. A beleza corpórea
era, então, a primeira das qualidades; a arte dedicou-se a reproduzi-la, a idealizá-la. Mais tarde, a filosofia entrou num caminho novo;
os homens, progredindo, reconheceram, acima da matéria, uma
força criadora e organizadora, recompensando os bons, punindo os
maus, fazendo da caridade uma
lei, um mundo novo, um mundo
moral se edifica sobre as ruínas
do antigo mundo. Dessa transformação nasceu uma arte nova, que
fez palpitar a alma sob a forma e
acrescentou, à perfeição plástica,
a expressão de sentimentos desconhecidos dos antigos.
O pensamento viveu sob a matéria; ele, porém, revestiu as formas
severas da filosofia cuja arte inspirava. Às tragédias de Ésquilo, aos
mármores de Milo, sucederam as
descrições e as pinturas de torturas
físicas e morais dos condenados.
A arte se eleva; reveste um caráter
grandioso e sublime, mas sombrio
ainda. Está, com efeito, toda inteira na pintura do inferno e do céu
da Idade Média, de sofrimentos
eternos, ou de uma beatitude tão
longe de nós, colocada tão alto,
que nos parece quase inacessível;
talvez seja porque esta última nos
toque tão pouco quando a vemos
reproduzida sobre a tela ou sobre
o mármore.
Hoje ainda, ninguém poderia
contestá-lo, o mundo está num período de transição, sacudido entre
os hábitos antiquados, as crenças
insuficientes do passado, e as
verdades novas que lhe são progressivamente reveladas.
Como a arte cristã sucedeu
a arte pagã transformando-a, a
arte espírita será o complemento
da transformação da arte cristã.
O Espiritismo nos mostra, com
efeito, o futuro sob uma luz nova
e mais ao nosso alcance; por
ele, a felicidade está mais perto
de nós, está ao nosso lado, nos
Espíritos que nos cercam e que
jamais deixaram de estar em
relação conosco. A morada dos
eleitos, a dos condenados, não
estão mais isoladas; há solidariedade incessante entre o céu e a
Terra, entre todos os mundos de
todos os Universos; a felicidade
consiste no amor mútuo de todas
as criaturas chegadas à
perfeição, e numa constante
atividade tendo por objetivo instruir e conduzir, a essa mesma
perfeição, aqueles que estão atrasados. O inferno está no próprio
coração do culpado que encontra
o castigo nos seus remorsos, mas
não é eterno, e o mau, entrando
no caminho do arrependimento,
reencontra a esperança, este sublime consolo dos infelizes.
Que fontes inesgotáveis de
inspiração para a arte! Quantas
obras-primas, de todos os gêneros, as ideias novas não poderiam produzir, pela reprodução
das cenas tão múltiplas e tão
variadas da vida espírita! Em
lugar de representar os despojos
frios e inanimados, ver-se-á a
mãe tendo ao seu lado a sua filha
querida, na sua forma radiosa e
etérea: a
vítima perdoa o seu carrasco; o
criminoso fugindo em vão do espetáculo, sem cessar renascente,
de suas ações culposas! O isolamento do egoísta e do orgulhoso,
no meio da multidão; a perturbação do Espírito nascendo na
vida espiritual, etc., etc.; e se o
artista quer se elevar acima da
esfera terrestre, nos mundos superiores, verdadeiros Édens onde
os Espíritos avançados gozam da
felicidade adquirida, ou reproduzir algumas cenas dos mundos
inferiores, verdadeiros infernos
onde as paixões reinam soberanas, quantas cenas emocionantes, quantos quadros palpitantes
de interesse não haverá para se
reproduzir!
Sim, certamente, o Espiritismo abre à arte um campo novo,
imenso e ainda inexplorado; e
quando o artista reproduzir o
mundo espírita com convicção,
haurirá nessa fonte as mais sublimes inspirações, e o seu nome
viverá nos séculos futuros, porque às preocupações materiais e
efêmeras da vida presente, substituirá o estudo da vida futura e
eterna da alma.
(*) Título criado para este
trecho do texto. Título do texto
completo: Sobre as artes em geral; a regeneração delas por meio
do Espiritismo.
Fonte: Obras Póstumas, Allan
Kardec, 1ª parte, capítulo : Influência Perniciosa das Ideias
Materialistas, Editora FEB.
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 16 Espiritismo e Ecologia
"Os bens da Terra não são somente os produtos do solo, mas sim, tudo o que o homem pode gozar neste mundo”. (o
Livro dos Espíritos, Allan Kardec – questão 706).
“(...) Imprevidente não é a Natureza, é o homem que não sabe regrar o seu viver.” (O Livro dos Espíritos, Allan
Kardec – questão 705).
Mais plástico que peixe no mar em 2050
Caso você precise de mais evidências
de que os homens estão fazendo um
belo trabalho de destruição do planeta,
considere o seguinte:
se continuarmos desse
jeito, vai haver mais
plástico que peixes nos
oceanos.
Essa é a conclusão
de um novo relatório
do Fórum Econômico
Mundial e da Fundação
Ellen
MacArthur.
“As melhores pesquisas
disponíveis
hoje
estimam que haja mais
de 150 milhões de toneladas de plásticos
no oceano hoje”, diz o relatório. “Num
cenário em que nada mude, espera-se
que o oceano contenha 1 tonelada de
plástico para cada 3 toneladas de peixes
em 2025 e, em 2050, mais plásticos que
peixes (por peso).”
Em outras palavras, em apenas 34
anos, a quantidade de lixo plástico no
oceano vai superar, em peso, a de peixes.
O estudo descreve os plásticos como
“material faz-tudo ubíquo da economia
moderna” e afirma que, depois de um
curto primeiro ciclo de uso, 95% do
valor material das embalagens plásticas,
entre 80 bilhões e 120 bilhões de dólares
anualmente, são perdidos.
Pelo menos 8 milhões de toneladas de
plástico - o equivalente a um caminhão
de lixo por minuto - são despejadas no
oceano anualmente, segundo o Fórum
Econômico Mun-dial.
O relatório, “A Nova Economia do
Plástico: Repensando o Futuro dos
Plásticos”, também oferece esperanças.
Novos materiais e tecnologias in-dicam
que é possível erradicar o desperdício de
plástico.
Alcançar tal mudança sistêmica, diz
a Fundação Ellen MacArthur, vai exigir
uma importante colaboração, incluindo
empresas de bens de con-sumo,
fabricantes de plásticos, em-presas
plásticos”, disse em comunicado
Dominic Waughray, do Fórum
Econômico Mundial, “e é um primeiro passo para mostramos como
transformar a maneira que os plásticos
se movimentam na nossa economia”.
Hoje, só 14% das embalagens plásticas são coletadas para reciclagem,
segundo o Fórum Econômico Mun-dial.
Em comparação, o índice de reciclagem
de papel é de 58%, e o de ferro e aço está
entre 70% e 90%.
Claramente há margem para melhoras.
(Chris D’Ângelo)
envolvidas na reciclagem e autoridades.
“Esse relatório demonstra a importância de começarmos uma revolução no ecossistema industrial dos
Fonte: http://planetasustentavel.abril.
com.br/noticia/lixo/2050-oceanosterao-mais-plastico-peixes-934325.
shtml
Complementação doutrinária
630. Como se pode distinguir o bem do mal?
“O bem é tudo o que é conforme a lei de Deus e o mal, tudo o que
dela se afasta. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de
Deus; fazer o mal, é infringir esta lei.”
631. O homem tem meios de distinguir, por si mesmo, o que é bem
do que é mal?
“Sim, quando crê em Deus e o quer saber. Deus lhe deu a inteligência
para discernir um do outro.”
733. Entre os homens da Terra existirá sempre a necessidade da
destruição?
“Essa necessidade se enfraquece no homem, à medida que o Espírito
sobrepuja a matéria. Assim é que, como podeis observar, o horror à
destruição cresce com o desenvolvimento intelectual e moral.”
734. Em seu estado atual, tem o homem direito ilimitado de
destruição sobre os animais?
“Tal direito se acha regulado pela necessidade, que ele tem, de prover
ao seu sustento e à sua segurança. O abuso jamais constitui direito.”
843. O homem tem o livre-arbítrio de seus atos?
“Visto que tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem o livrearbítrio, o homem seria uma máquina.”
Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Edição CELD.
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 17 À Luz do Espiritismo
Sua
Prova ou expiação?
Doação
sempre será
Bem-Vinda
Alimentos não perecíveis
para confecção de :
Quentinhas (irmãos em situação de rua)
Cestas Básicas (famílias carentes)
Informações : Secretaria Administrativa
A
provação é a experiência
requerida ou proposta pelos
Guias Espirituais antes do renascimento corporal do candidato,
examinadas as suas fichas de evolução, avaliadas as suas probabilidades de vitória e os recursos ao
seu alcance para o cometimento.
Apresenta-se como tendências,
aptidões, limites e possibilidades sob controle, dores suportáveis e alegrias sem exagero, que
facultem a mais ampla colheita
de resultados educativos. Nada é
imposto, podendo ser alterado o
calendário das ocorrências, sem
qualquer prejuízo para a programação iluminativa do aprendiz.
(...)
As expiações, todavia, são impostas, irrecusáveis, por constituírem
a medicação eficaz, a cirurgia corretiva para o mal que se agravou.
(...)
As expiações podem ser atenuadas, não, porém, sanadas.
Enquanto as provações constituem forma de sofrimento reparador que promove, as expiações
apenas restauram o equilíbrio
perdido, reconduzindo o delituoso à situação em que se encontrava antes da queda brutal. (...)
Fonte: Plenitude, Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, capítulo III, Editora LEAL.
Convite
Venha estudar conosco
A Família na
Visão Espírita
Procure a Secretaria de Cursos
para informações
Radio
Rio de Janeiro
1400 khz AM
“A emissora da Fraternidade”
Estrada do Dendê, nº 659
Ilha do Governador
Rio de Janeiro - RJ
CEP: 21.920/000
Fone: (21)3386.1400
Visite o site e ouça a programação
www.radioriodejaneiro.am.br
Lembrete Carinhoso aos Médiuns
Campanha CEIC
O CEIC está em campanha para a construção
do seu 2° pavimento .
Necessita de ajuda financeira.
Você gostaria de colaborar?
O CEIC agradece sua colaboração. Conta:
Ag. 0544 - c / c : 10227-0
Ag. 6020 - c /c : 16496-5
"O
médium deve excluir de si todo e
qualquer pensamento de vaidade. Quem
espera ser médium para atender ao próprio
personalismo não sabe o que está fazendo...
Em muitos casos, a mediunidade é uma porta
para obsessão - e uma porta sem tranca."
Fonte: "Orações de Chico Xavier" Carlos A. Baccelli
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 18 Yvonne Pereira - Uma Seareira de Jesus
Convite
Venha estudar conosco
O Livro dos
Médiuns
Allan Kardec
Procure a
Secretaria de Cursos
para informações
“ Dedica uma das sete noites da
semana ao
Culto do
Evangelho no Lar,
a fim de que Jesus
possa pernoitar em tua casa.”
Joanna de Ângelis
Fonte : S.O.S. Família
Médium: Divaldo Pereira Franco
Convite
Venha estudar conosco
A Família na
Visão Espírita
Procure a
Secretaria de Cursos
para informações
“Esta mulher, extremamente corajosa, enfrentou, sem revoltas, uma encarnação de renúncias, de sofrimentos e de carências inomináveis e teve como
prova mais dura, a meu ver, o conhecimento de várias encarnações passadas
em que faliu sistematicamente”. (Vera Leal Coutinho – Revista “O Médium”)
- Fonte: O Voo de Uma Alma.
Entrevistando
Yvonne Pereira(1)
P
ergunta: A senhora poderia explicar por que diz que todos nós viemos a
este mundo com uma missão?
Resposta: Nem todos viemos com
missão. Há muitos que vêm com puro
resgate; é preciso distinguir missão de
resgate. Eu, por exemplo, não tenho
missão. Vocês estão enganados quando pensam isso.
Pergunta: Como poderíamos reconhecer se temos uma missão?
Resposta: Eu acho que uma missão obrigatória, tanto para a mulher,
como para o homem, é a família. A
mulher tem a missão de cuidar da sua
família, dos seus filhos e encaminhá-los para Deus. O homem e a mulher
se completam, quando são casados,
se existe amor. Há casos em que não
se completam. O homem ou a mulher
que abandona seu lar, sem querer saber dos filhos, não cumpre a missão.
Essa missão é geral, não resta a menor
dúvida.
É preciso distinguir missão de
provação. Eu, por exemplo, não tive
a missão do casamento, de ter filhos
e educar os filhos, mas tive outra, que
não considero, propriamente, missão.
O que fiz nesta vida, como médium,
foi um dever, uma necessidade para
o meu progresso e para o resgate dos
erros que cometi, porque errei tanto
que, se eu fosse reparar esses erros
em existências terrenas, teriam de ser
muitas. Assim, Deus me deu a faculdade mediúnica. Por exemplo, na minha vida passada, eu errei no lar, eu
não acertei a missão do lar. Então,
nesta, quantos lares eu tenho reunido
através da Doutrina? Quantos lares
eu tenho estabilizado, aconselhando,
pedindo consultas aos guias? É uma
reparação. A misericórdia de Deus me
deu isso para reparação. Não creio
que a minha mediunidade seja uma
missão. Esta é a intuição que tenho
sobre mim.
Há pessoas que chegam a dizer que
fulano teve a missão de matar sicrano.
Isso não é missão. A mãe de família
tem. A sua (²) deve ser essa, como a
da minha irmã (³). Quando era nova,
minha irmã quis se dedicar muito à
mediunidade e os guias aceitaram,
mas ela estava estudando, não podia...
Então, agora, ela lamenta muito não
ter desenvolvido bem a mediunidade.
Aí, Charles consolou-a, dizendo que a
missão dela foi cumprida: criou nove
filhos, no caminho reto do dever, no
caminho do bem. Todos são pessoas
honestas, úteis à sociedade. Estão no
caminho que leva a Deus. Então, ela
cumpriu a missão que trouxe. Há muita coisa que não é missão... que nós
não trazemos... .
(¹) Algumas das perguntas constantes no capítulo Quarta Entrevista.
Entrevistadora: Vilma Mendes.
(²) Está se dirigindo à entrevistadora.
(³) Yvonne refere-se à dona Amália Pereira Lourenço, irmã com quem
residiu durante boa parte de sua existência.
Fonte: Pelos Caminhos da Mediunidade Serena, Yvonne A. Pereira,
diversos entrevistadores, Editora Lachâtre.
Clareando / Ano IX / Edição 155 / Agosto . 2016 - Pág . 19 Suplemento Infantojuvenil
“Quando você ensina, transmite. Quando você educa, disciplina. Mas, quando você evangeliza, salva”. (Amélia Rodrigues)
A cesta
Quando menina eu era preguiçosa e reclamava
vão dar o dinheiro e eu irei fazer as compras. Já estou
com a cesta e vou à padaria buscar o pão. Vocês, por
favor, me deem o dinheiro para pagá-lo.
Aquela mudança inesperada nos assustou a todos e
ficamos por um instante a nos entreolhar sem dizer
palavra.
Sem suportar por mais tempo a situação, tomei-lhe
a cesta, peguei o dinheiro e fui buscar os pães, muito
pensativa, deixando meus irmãos em um silêncio de
perplexidade. Papai foi tomar o seu banho como se
nada tivesse acontecido.
Voltei e quando já estávamos todos sentados à mesa
para a refeição, com muita cordialidade ele se dirigiu
a nós:
- Filhos, disse, a ceia representa uma bênção de
Deus e o esforço de cada um de nós. Deus nos abençoou para que eu pudesse trabalhar e ganhar o dinheiro e vocês fizessem as compras com ele e sua mãe
cozinhasse a comida. Assim, todos nos alimentamos
e nos sentimos satisfeitos. A cooperação é a garantia
do lar e da Humanidade inteira. Quando ela falta, a
bênção de Deus não pode ser realizada. Ao longo de
toda vida vocês verão que tal acontece.
Depois disso, nossa atitude mudou. A lição serviu
para todos nós e, ainda hoje, quando nos reunimos,
lembramo-nos de papai e daquela ceia. De cada vez
que a nossa colaboração, para qualquer trabalho digno, nos é solicitada, lembramo-nos daquela cesta de
carregar pão e alegremente aceitamos a incumbência,
certos de que, assim, a bênção de Deus nos estará beneficiando e beneficiando todos.
quando me atribuíam mesmo os mais insignificantes
deveres dentro de casa. Sempre que possível eu transferia o que tinha a fazer para os meus irmãos. Eles,
entretanto, não tinham melhor disposição do que eu,
de modo que estávamos sempre discutindo e de cara
feia uns para com os outros. Meus pais nada diziam e
esperavam que decidíssemos as querelas. Hoje percebo que papai simplesmente pensava na maneira pela
qual iria nos dar uma lição proveitosa.
Uma das minhas tarefas e a que me deixava sempre mal humorada, consistia em pegar uma cesta e ir
comprar pão para a ceia.
Um dia meu pai chegou do trabalho e nos encontrou em conflito, com a cesta no chão, entre nós. Ele
estava visivelmente fatigado, porém, ao invés de se
sentar um pouco para descansar, voltou-se para mim
e me disse em tom carinhoso:
- Filha, dê-me a cesta.
Eu acedi de pronto, certa de que tinha levado a melhor e que um de meus irmãos ia ser mandado à padaria. Mas não foi isso que aconteceu. Dirigindo-se a
nós todos propôs-nos o seguinte:
- Filhos, até aqui eu tenho dado o dinheiro e vocês Fonte: E, PARA O RESTO DA VIDA..., Wallace Leal
tem feito as compras. Vamos mudar um pouco. Vocês V. Rodrigues, Editora O CLARIM.
Querido leitor
Indicaremos mensalmente um bom livro
doutrinário infantojuvenil,
escrito especialmente para você .
Leia e nos envie sua opinião .
Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?
Dica do mês :
O Enigma das Mesas que Falam,
Rita Foelker,
Editora EME.

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