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Boletim Trimestral
VER PELA ARTE
O programa Ver pela Arte, coordenado
pelo Centro Nacional de Cultura, tem
como primeiro objetivo a aprendizagem de
música por alunos com deficiência visual.
Lançado no presente ano letivo com o apoio
do programa CIDADANIA ATIVA, conta
com a parceria da Associação dos Cegos e
Amblíopes de Portugal (ACAPO) e o apoio
da Faculdade de Motricidade Humana.
As aulas decorrem na Escola de Música de
Nossa Senhora do Cabo, em Linda­‑a­‑Velha
e participam crianças a partir dos 6 anos,
jovens e adultos com deficiência visual.
O projeto abrange Formação Musical,
Cultura Musical, História da Música
e Cultura das Artes, instrumento,
Musicografia Braille, um Estágio coral
em formato de workshop integrado na
disciplina de Coro e ainda a disciplina
de Desenvolvimento de competências
psicomotoras para a aprendizagem
da Música.
DIA VASCO GRAÇA MOURA
No seguimento da colaboração
desenvolvida na programação de
atividades na área das Letras entre o
Centro Cultural de Belém e o Centro
Nacional de Cultura, realiza-se no dia
17 de maio, a partir das 15h00, no
Pequeno Auditório do CCB, uma sessão
dedicada à vida e obra de Vasco Graça
› Abr › Mai › Jun
‘15
Sendo a música uma arte
acessível a todos, esta
iniciativa incita à partilha
plena destes alunos com
colegas de visão normal,
promove competências
sociais potenciadoras
de uma cidadania plena
e consciente e atenua
desigualdades no acesso
à informação e à cultura.
As mais valias desta iniciativa
incluem ainda a criação de uma biblioteca
de partituras em braille e de um Manual de
Boas Práticas nesta área.
O Coro do projecto Ver pela Arte,
constituído por crianças, jovens e adultos
com deficiência visual na sua maioria,
participará no Encontro de Coros da Escola
de Música de Nossa Senhora do Cabo,
que se realizará a 23 de Maio, às 17h00
no Palácio dos Aciprestes, em Linda-aVelha e ainda no espectáculo de final do
ano lectivo daquela mesma Escola, no dia
9 de Junho, a partir das 21h00, no Grande
Auditório do Centro Cultural de Belém.
Moura. Cidadão empenhado, polemista
temível, cultor do gosto e da inteligência,
Vasco Graça Moura é uma referência
fundamental da cultura portuguesa
contemporânea.
Nos diversos domínios que cultivou foi
sempre o melhor artista, o primeiro dos
artífices da palavra. Disso nos darão
conta Nuno Júdice, Eduardo Lourenço,
Paula Morão, Helena Buescu, Maria
Alzira Seixo, Rita Marnoto, José Pacheco
Pereira, Francisco Faria Paulino e José
Silva Peneda. Entrada gratuita.
A programação conjunta de atividades
na área das Letras seguirá ao longo
de 2015, com dias dedicados aos
CADERNOS DE POESIA – Ruy Cinatti,
José Blanc de Portugal e Tomaz Kim
(4 de outubro) e a EÇA DE QUEIROZ
(6 de dezembro)
GALA COMEMORATIVA
› 3 de Junho › 21h › Museu do Oriente
A sua presença é indispensável.
Mais informações em www.cnc.pt
MECENAS OURO
1
NOTÍ
Notícias
CIAS
VIAGEM :
OS PORTUGUESES
AO ENCONTRO DA
SUA HISTÓRIA –
DO SIRIÃO AO SIÃO
[ 29 de agosto a 9 de setembro 2015]
Guia: Especialista em História da
Cultura Portuguesa na Ásia (CEPCEP/
Universidade Católica)
O Centro Nacional de Cultura celebra
em 2015 os 30 anos do ciclo de viagens
“Os portugueses ao encontro da sua
História”. Helena Vaz da Silva foi a criadora
deste projeto com o objetivo de “trazer
o nosso passado para o nosso presente”.
Em 2015, propomos o encontro com terras
do Sirião, Arracão e Sião, viajando para
Myanmar e Tailândia.
Iniciaremos o percurso em Rangum, para
aqui testemunhar o legado português na
aldeia de Thanlyin (onde se instalou
o proclamado Rei do Pegu Filipe de Brito
e Nicote no séc. XVII) e nos locais do forte
e da igreja portuguesa que conservam os
túmulos de dois missionários. Visitaremos
também locais do património birmanês
como o centro histórico de Rangum,
o Museu Nacional ou pagode de Shwedagon
Paya. No norte da Birmânia, iremos
até a atual Mrauk – u (Arracão) para
conhecer o pagode de Shittaung, o bairro
de Daingrihpet e os vestígios da igreja
construída pelo Frei Manrique, o Museu
de Rakhine, o Palácio Real e o Museu
Arqueológico. Seguiremos viagem até
Mandalay, antes de entrar na Tailândia.
Aí ficaremos instalados em Banguecoque
para visitar o edifício da Embaixada
de Portugal, a primeira representação
diplomática em Banguecoque, construído
em terreno oferecido a Portugal pelo
reino tailandês em 1820. Percorreremos
também o Bairro de Santa Cruz onde,
após a destruição de Ayutthaya, se
instalou a comunidade cristã e onde
persistem património e tradições ligadas
à cultura portuguesa. Para terminar
a viagem, tal como faziam os antigos
comerciantes portugueses da feitoria do
Sião, navegaremos rio acima até Ayutthaya
(Património classificado pela UNESCO),
2
para conhecer a antiga capital e o bairro
português, Ban Portuguet, onde se
destacam o campo e a igreja de
São Domingos.
Caso esteja interessado em receber
informações e atualizações sobre esta
viagem, basta enviar-nos um email
para [email protected] ou telefonar para
o 213 466 722.
O CNC é um dos parceiros na
colaboração com o investigador Steffen
Dix e com as Edições Tinta da China
na edição da antologia 1915 ­‑ O ano de
ORPHEU , com lançamento agendado
para dia 23 de abril, na Casa Fernando
Pessoa.
Nos 100 anos do Orpheu, que tem
na capa do nº 1 uma obra de José
Pacheco, o CNC associa­‑se igualmente
às iniciativas comemorativas da
Biblioteca Nacional de Portugal e da
Fundação EDP / Museu da Eletricidade,
que inauguram, respectivamente,
a exposição “Os caminhos de Orpheu”,
comissariada por Richard Zenith,
em Março, e “1915 – O ano de Orpheu”,
comissariada por Steffen Dix
(de 20 de junho a 20 de setembro).
Os CTT procederam a uma emissão
filatélica comemorativa do centenário
da revista Orpheu, composta por dois
selos e um bloco filatélico, apresentados
na Biblioteca Nacional no dia 24 de
março, que reproduzem as capas dos
dois números da revista, e o bloco a obra
Almada Negreiros lendo Orpheu 2, que
integra uma coleção privada. Os selos têm
uma tiragem de 300 mil exemplares e o
bloco de 40 mil, sendo o design da autoria
do Atelier B2.
1915­‑2015
COMEMORAÇÕES
DO CENTENÁRIO
DA REVISTA ORPHEU
Liderada por Fernando Pessoa, Mário
de Sá­‑Carneiro, Almada Negreiros,
Santa­‑Rita Pintor, entre outros,
a revista Orpheu foi expressão do
movimento modernista português,
com paralelo noutras paragens da
Europa.
A celebração desse acontecimento
editorial corresponde à celebração
de um período histórico de criatividade
riquíssima e de uma geração cujo
legado persiste, ativo e influente,
à semelhança do Centro Nacional
de Cultura na ocasião da celebração dos
seus 70 anos.
José Pacheco
MECENAS PRATA ANA ­‑ Aeroportos de Portugal, SA | Banco Espírito Santo | Correio da Manhã (Presslivre) | Diário de Notícias | DID ‑­ Doc. Informática
Desenv. | Duvídeo | Grupo Babel – Editorial Verbo, SA | Hoteis Heritage Lisboa | Imprensa Nacional ‑­ Casa da Moeda | Instituto Nacional de Estatística | Jornal de
Notícias Metropolitano de Lisboa | Fundação Manuel António da Mota | REN ‑­ Rede Eléctrica Nacional | Tabaqueira II, SA
NOTÍ
Notícias
CIAS
JORNAL FALADO
Neste ciclo de conversas e debates
informais à volta de temas da
atualidade, com entrada livre,
o Centro Nacional de Cultura
organiza este trimestre as
seguintes sessões:
7 de abril •18h
ANO EUROPEU
DO PATRIMÓNIO INDUSTRIAL
Em colaboração com a Associação
Portuguesa de Arqueologia Industrial,
celebramos este ano europeu,
relançando também as atividades
daquela associação e a cooperação
com o CNC, em antecipação da visita
à Central Tejo, no dia 31 de maio.
Com: Guilherme d’Oliveira Martins,
Jorge Custódio, Paulo Oliveira
Ramos e Pedro Aboim
14 de abril • 18h30
VAN GOGH Convida
O Centro Nacional de Cultura
associa-se ao Espétaculo
“O Meu Irmão. Theo e Vincent
Van Gogh”, que vai estar em cena
entre 8 e 18 de abril no Teatro
São Luiz, com uma sessão
evocativa da vida e obra
do artista com a participação
de António Mega Ferreira,
Orlindo Pereira Gouveia
e Teresa Faria
21 de setembro • 18h30
GOA: PASSADO, QUE FUTURO?
A propósito do livro com o mesmo
nome, editado pela Calçada das Letras,
da autoria Elsa Rodrigues dos Santos
e José Manuel Graça Dias, estará
em debate o futuro da língua
portuguesa em Goa.
Ligados principalmenteà Índia
e Portugal, Goa e os goeses são
uma ponte entre a Ásia e a Europa
com uma longa história e passado.
Com: Guilherme d’Oliveira
Martins, José Manuel Graça Dias
e convidados
ASSOCIAÇÕES
A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA:
UMA PRIORIDADE
As Artes na Educação são, há muito,
consideradas um veículo privilegiado
para assegurar na Escola espaços
de liberdade, de manifestação da
criatividade e inovação e do exercício
da tolerância e solidariedade, valores
incontornáveis na formação equilibrada e
pró­‑ativa das crianças e jovens.
À volta deste tema, sempre atual, o
Centro Nacional de Cultura em parceria
EDUARDO LOURENÇO,
NOVO SÍTIO NA INTERNET
Estará on line a partir de Maio um novo
sitio na Internet sobre a vida e a obra de
Eduardo Lourenço. No endereço ­
www.eduardolourenco.com podemos
encontrar informação vária (documentos
diversos, filmes, fotografias e imagens)
organizada em áreas de interesse:
Biografia | Bibliografia | Distinções
| Textos.
com o Clube UNESCO de Educação
Artística promove uma série de tertúlias/
encontros com personalidades de
inquestionável mérito e reconhecidos
pensadores em várias áreas do
conhecimento.
O próximo convidado desta série
é Rui Vieira Nery que apresenta a
Conferência STEAM contra STEM:
o debate sobre a utilidade social das Artes
e das Humanidades, no dia 20 de maio
às 18h30 no CNC.
Entrada livre.
Neste último separador estarão
disponíveis, com actualizações
periódicas, vários documentos inéditos
do acervo de Eduardo Lourenço, agora
na Biblioteca Nacional de Portugal.
O design web é de Cecília Matos e,
além da colaboração da equipa
responsável pela catalogação,
inventariação e pesquisa do espólio
de Eduardo Lourenço, apoiaram
esta iniciativa a Fundação Calouste
Gulbenkian e a Fundação EDP.
APAI ­‑ Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial | ASC ‑­ Amigos do São Carlos | ATL ­‑ Associação de Turismo de Lisboa | Associação
de Valorização do Chiado | FESPAC ­‑ Federação Portuguesa das Associação e Sociedades Científicas | Fundação Passos Canavarro ‑­ Arte, Ciência e Democracia
| Ofícios do Património e da Reabilitação Urbana | SEDES ­‑ Associação para o Desenvolvimento Económico e Social | SLP ‑­ Sociedade da Língua Portuguesa
3
NOTÍ
Notícias
CIAS
BOLSAS
CRIAR LUSOFONIA
Estão a desenvolver os seus projetos
os bolseiros de 2014, Possidónio
Cachapa, Alice Goretti Pina
e Judite Fernandes.
Possidónio Cachapa desloca­‑se a
Cuiabá no Brasil para investigação
literária, com vista à produção do
Romance “Tempestade”. Alice Goretti
Pina irá trabalhar em São Tomé
e Príncipe sobre a tradição oral
e posterior conclusão da obra
“Feijão n’água, Pagá, Dêvê, ujá,
Botê e outros contos para ler”
e Judite Fernandes divide­‑se
entre Portugal e Cabo Verde para
concretizar o trabalho “Um Passo
para o Sul – a poética mestiçagem
dos arquipélagos atlânticos”.
DIA INTERNACIONAL
DOS MONUMENTOS
E SÍTIOS
Sob o tema Monumentos e Sítios:
Conhecer, Explorar, Partilhar,
realiza­‑se a 18 de abril
o Dia Internacional de Monumentos
e Sítios 2015, instituído pelo ICOMOS
Internacional, que este ano
celebra 50 anos.
Neste dia promovemos
duas atividades:
Às 11h, no Quiosque instalado
pela Rede de Bibilotecas Escolares
no Largo do São Carlos, tem início
uma gincana dedicada à participação
das famílias: “Gincana dos Poetas”
Às 15h, está marcada a partida para
um peddy­‑paper sobre o tema
“Do Chiado ao Orpheu passando
por Pessoa”.
Ambas as atividades requerem
inscrição prévia no CNC
Toda a programação do Dia
Internacional de Monumentos
e Sítios está disponível em
http://www.patrimoniocultural.pt
4
VIAGEM
“A MAGNA GRÉCIA”
De 20 a 28 de junho partiremos
à descoberta da Magna Grécia
na companhia do Dr. Anísio Franco.
Caso não se tenha já inscrito,
contacte­‑nos para verificar se ainda
se pode juntar ao grupo. Basta enviar
um email para [email protected],
ou telefonar para o 213 466 722.
DO MAR OCEANO
AO MAR PORTUGUÊS
UMA ROTA PARA
O FUTURO
edição de referência para o grande
público, centrada sobre a herança
do passado e as perspectivas para
o futuro do Mar Português,
contribuindo para a promoção
de uma cultura do mar.
Coordenação Geral do
Prof. Mário Ruivo, em colaboração
com os professores Álvaro
Garrido (UC) e Telmo Carvalho
(EurOcean)
III ENCONTRO
DE POETAS LUSÓFONOS
E CHINESES
LISBOA,
DE 1 A 5 DE JUNHO 2015
O Centro Nacional de Cultura, a
Fundação Jorge Álvares, o Instituto
Internacional de Macau e o Instituto
Cultural de Macau estão a preparar
o III Encontro de Poetas Lusófonos
e Chineses, em Lisboa. Desde 2006
esta colaboração produziu dois
Encontros em Macau (2006 e 2013)
e contou já com a participação
de cerca de 20 poetas portugueses
e 40 poetas chineses. De cada
encontro resultou um livro bilingue
com poemas de cada interveniente.
Chegou o momento de promover
este encontro em Lisboa, contando
com a participação de poetas chineses
(de Macau e da China), portugueses
e dos restantes países da lusofonia.
Em 2015, o encontro está a ser
coordenado em Portugal pelo Poeta
Fernando Pinto Amaral e em Macau
pelo Poeta Yao Feng.
O CNC está a coordenar a produção
de um volume dedicado à temática do
Mar numa parceria com os CTT.
“Do Mar Oceano ao Mar Português
– Uma Rota para o Futuro” tem como
objectivo estimular a informação
e debate públicos sobre este
tema prioritário e os conteúdos
desenvolvidos privilegiam uma
PHILIPS apoia a Galeria do CNC
Cursos Livres
[I]
DESCOBRIR
OS ANTEPASSADOS
PELA GENEALOGIA
PESQUISAR E
CONTEXTUALIZAR
1. Enquadramento
» O número de pesquisadores
de genealogia tem aumentado
exponencialmente nas últimas décadas
graças à democratização desta ciência,
proporcionada pela propagação das
novas tecnologias de informação e
consequente facilidade de acesso às
fontes primárias.
» No entanto, o aumento do número
de investigadores e a fácil divulgação
de pesquisas particulares pode ter
um efeito adverso se não houver
uma atenção constante à qualidade
e cientificidade dos trabalhos
desenvolvidos, uma vez que também
os erros e falsas presunções se
podem propagar mais facilmente.
» É assim indispensável que os
novos genealogistas saibam estruturar
os seus trabalhos, conhecer as fontes
ao seu dispor e ser capaz de as analisar
criticamente de forma a produzir estudos
válidos e consistentes. E é igualmente
necessário que saibam interpretar
correctamente os dados recolhidos
e os saibam contextualizar no âmbito
da estrutura social das respectivas
épocas.
2. Objectivos
» Adquirir as ferramentas técnicas
e o conhecimento das fontes
necessários para poder desenvolver
pesquisas genealógicas com carácter
científico em Portugal entre
os séculos XVI e XX.
» Compreender os elementos
estruturais da organização social
das diferentes épocas históricas,
de forma a conseguir contextualizar
os resultados das pesquisas
genealógicas no âmbito
da história social.
COORDENAÇÃO:
Guilherme Maia de Loureiro
HORÁRIO: Segundas­‑feiras;
das 18h30 às 20h
DURAÇÃO: 7 sessões;
de 20 de abril a 1 de junho
[II]
ESCRITA NO FEMININO
Tenho encontrado muitas mulheres
corajosas que exploram os limites
das possibilidades humanas sem uma
História para as guiar. E fazem­‑no com
uma extraordinária bravura que as torna
vulneráveis…
Gloria Steinem
Há escritores em quem reconhecemos uma
“escrita feminina”, bem como escritoras
em quem reconhecemos uma “escrita
masculina” (…) Não existem dois polos
distintos definidos pelo sexo de quem
escreve. Podemos é falar de sexo dos
textos, de tendências predominantes
de escrita.
Isabel Allegro de Magalhães
No entanto, os textos literários
expressam a diferença entre uma
maneira de estar no mundo própria
dos homens e outra própria das
mulheres.
A escrita feminina esteve silenciada
durante séculos, não havendo
“uma História que as guiasse”.
Em Portugal, só a partir dos
anos 50, com a publicação de A Sibila
de Agustina, é que a narrativa ficcional
feminina emergiu significativamente,
dando­‑se a irrupção de escritoras
“corajosas” com um conjunto de
obras importantes pela quantidade
e qualidade. Vamos analisar,
ao longo de sete semanas,
de romances escritos por
mulheres que indagam
a sua condição:
Calendário Privado, de Fernanda Botelho
(1958)
A Costa dos Murmúrios, de Lídia Jorge
(1988)
O Último Cais, de Helena Marques (1992)
O Prenúncio das Águas ­‑ Rosa Lobato de
Faria (1999)
Lillias Fraser, de Hélia Correia (2001)
Fazes­‑me Falta, de Inês Pedrosa (2002)
O Retorno, de Dulce Maria Cardoso (2011)
COORDENAÇÃO: Paula Oleiro
HORÁRIO: quintas‑feiras;
das 18h30 às 20h | Ciber Chiado
DURAÇÃO: 7 sessões;
de 7 de maio a 18 de junho
5
Passeios de Domingo
2º Trimestre 2015
[I]
Ciclos Azulejos:
Convento dos Cardaes
Exposição Galeria Ratton
Quarta, 15 de abril
O Convento dos Cardaes foi fundado
por D. Luísa de Távora (1609­‑1692)
para alojar religiosas da Ordem das
Carmelitas Descalças e é considerado
um dos mais originais exemplares
artísticos desse século. A decoração do
interior do Convento é de estilo barroco,
assentando em quatro aspetos principais:
os azulejos azuis e brancos, a talha
dourada, as pinturas e os embutidos
em mármore.
Resistiu ao terramoto de 1755 e por
essa razão constitui hoje um conjunto
arquitetónico único na cidade de Lisboa
que vale a pena visitar. A não perder
também o património de arte sacra, raro
no seu conjunto e na especificidade de
cada peça, como é o caso das imagens
de Nossa Senhora do Loreto, do Menino
Jesus Infante ou da Dormição. Uma outra
razão para a visita, são os vários espaços
musealizados, únicos no país, como
o Refeitório com mesas de sucupira
vermelha, painéis de azulejos decorativos
e pinturas do século XVII e XVIII.
É o único museu de Lisboa que é
habitado, pois a Associação Nossa
Senhora Consoladora dos Aflitos
aqui recebe e cuida de senhoras com
deficiências várias.
Exposição Galeria Ratton
É certo que cada pessoa olha as coisas
de forma diferente, através do seu olhar
próprio. José Meco tem uma forma de
olhar para certas coisas na qual todos
nos reconhecemos. Quando o seu olhar
se pousa sobre um quadrado de cerâmica
pintada, ele revela­‑nos as suas mais
insuspeitadas riquezas e singularidades.
Nesta exposição José Meco apresenta
uma seleção pessoal de obras de
diferentes artistas, produzidas pela
Ratton ao longo de um quarto de século,
representativas das potencialidades do
azulejo, quer se trate de obras
adequadas a espaços íntimos,
quer às grandes superfícies integradas
em espaços públicos, que oferecem
a quem os vive conjuntos de imagens
capazes de se infiltrarem na
memória coletiva que os distingue.
Uma exposição não é apenas uma
escolha de peças ou documentos,
mas é também a arte de os saber
apresentar e jogar com a montagem
e o espaço, porque um projeto pode ser
valorizado ou destruído através da forma
como é posto em comunicação com o
público. Neste sentido, a integração das
peças escolhidas no espaço restrito e
condicionado da Galeria Ratton resultou
também da experiência e da capacidade
de apresentação de Tiago Monte Pegado,
sem o qual a presente seleção não teria
resultado.
GUIA: José Meco
HORÁRIO: 15h
DURAÇÃO: tarde
LIMITE: 25 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO:
Convento dos Cardaes | Rua do Século, 123
[2]
Convento da Trindade,
Atelier Anahory
Quarta, 29 de abril
O Convento da Santíssima Trindade,
construído em meados do séc. XIII, sofreu
diversos estragos ao longo dos tempos,
acabando por ser parcialmente destruído
em 1835 para abertura da Rua Nova da
Trindade. Ocupava toda a área entre as
ruas Nova da Trindade e da Oliveira e as
travessas do Carmo e de João de Deus.
A fachada do edifício atual encontra­‑se
forrada com azulejos retirados das ruínas
do Convento. No interior da cervejaria,
instalada no antigo refeitório do convento,
encontra­‑se um conjunto de azulejos
de inspiração maçónica, da autoria de
Ferreira das Tabuletas, datados de 1863.
Nesta visita teremos ainda a
oportunidade de conhecer o Atelier e
os trabalhos de José Anahory, escultor,
arquiteto e decorador, cujo espaço de
O CN C E S TÁ A R E MO D E LAR O SEU SÍ TI O NA I NT E RNE T CO M O APO IO
6
APOIOS SITE
trabalho ocupa os claustros e uma antiga
Capela do Convento.
GUIAS: Anísio Franco e José Anahory
HORÁRIO: 11h30
DURAÇÃO: manhã
LIMITE: 25 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Rua Nova da
Trindade, 18­‑B
[3]
A Descoberta do Portugal
de D. Manuel I
Sexta, sábado e domingo, 01­‑03 de maio
D. Manuel I é o rei associado à fundação
de um império pluricontinental
– o primeiro da História que se
dispersou por quatro continentes
e três oceanos. No entanto, o monarca
foi também um governante atento
ao reino: reformou­‑o, deu­‑lhe mais
unidade através de reformas como
a dos pesos e medidas e a dos forais,
e polvilhou-o de monumentos que
constituem um uniqum arquitetónico
hoje denominado de manuelino.
Nenhum outro soberano deixou marca
tão intensa e tão generalizada por todo
o país como o Venturoso. Nesta viagem
iremos apreciar o legado d’el-rei
D. Manuel pelo Nordeste do país
– uma região bem distante dos circuitos
por onde o monarca viajava, mas em
que se fez presente pelo patrocínio de
obras grandiosas e ao mesmo tempo
evocamos titulares, bispos e artistas que
governaram essas terras transmontanas
e beirãs em nome do rei.
Principais monumentos a visitar:
Lamego: Sé iniciada no tempo
de D. Manuel I e Museu da cidade para
ver principalmente as obras do início
do século XVI.
Bragança: Comparar a cidade com a
imagem que nos foi deixada pelo livro de
Duarte de Armas; Igreja de Santa Maria,
de estrutura manuelina. Evocação
dos interesses da Casa de Bragança e
dos de D. Dinis, irmão de D. Jaime
e conde de Lemos na Galiza.
PASSEIOS DE DOMINGO
Passeios de Domingo
Mogadouro: Evocação da linhagem dos
Távoras, senhores de Mogadouro, e visita
à Igreja Matriz de estrutura manuelina.
Torre de Moncorvo: Igreja maneirista
com um retábulo flamengo de 1520.
Freixo de Espada à Cinta: Comparar a
cidade com a imagem que nos foi deixada
pelo livro de Duarte de Armas; visita da
Igreja matriz, iniciada no reinado de
D. Manuel I e dos bairros antigos da vila.
Foz Coa: Visita da igreja com portal
manuelino.
Marialva: Evocação do conde D. Francisco
Coutinho, conde de Marialva e de Loulé,
um dos nobres mais poderosos do reino,
cuja filha única casou com o infante
D. Fernando (filho de D. Manuel I) dando
origem ao efémero ducado da Guarda.
Longroiva: Castelo renovado no tempo
de D. Manuel I.
Pinhel: Visita do castelo, igreja da
Misericórdia.
Castelo Rodrigo: Visita da Igreja matriz
com esculturas de tradição flamenga e
do início do século XVI.
Guarda: Visita da sé catedral (construída
no reinado de D. Manuel I) e do centro
histórico.
GUIA: João Paulo Oliveira e Costa
HORÁRIO: 6h30 (partida do comboio às 7h00)
DURAÇÃO: três dias
LIMITE: 45 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Santa Apolónia
– átrio junto às bilheteiras
TRANSPORTE, ALOJAMENTO E 5 REFEIÇÕES
[ 4]
Santarém
Sábado, 9 de maio
No século XVI, encontram-se ou
relacionam-se com Santarém grandes
vultos da ciência náutica, das artes e das
letras, como Pedro Álvares Cabral, Luís
de Camões ou Fernão Lopes Castanheda.
Durante o século XIX, Santarém voltou
a estar ligada a alguns dos principais
acontecimentos da História do nosso
País. Para além de servir de palco das
Guerras Penínsulares (quartel-general
das III Invasões Francesas lideradas pelo
C OORGANI ZADORES
NÚCLEO PORTO
General Massena), e sitiada pelo Duque
de Wellington em 1810-11, a urbe foi uma
das cidades de primeira linha das lutas
liberais. Sá da Bandeira, Passos Manuel,
Braamcamp Freire são exemplos de
liberais nascidos e ligados a Santarém.
Pela sua projeção histórica, bem se
pode dizer, com Almeida Garrett, que
Santarém é “um livro de pedra em que
a mais interessante e mais poética das
nossas crónicas está escrita”. Quem
lançar um olhar geral sobre a cidade,
facilmente se apercebe da existência de
dois planos altimétricos distintos: uma
zona alta, organizada na área planáltica
e uma zona ribeirinha, bordejada ao
longo dos meandros do Tejo.
É a relação entre estas duas estruturas
urbanísticas que confere o cunho
de originalidade a esta cidade
do Ribatejo português.
GUIA: Câmara Municipal de Santarém
HORÁRIO: 9h00
DURAÇÃO: dia inteiro
LIMITE: 45 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos
Dá a conhecer peças datadas do tempo
em que Lisboa era o principal fornecedor
de porcelana da China para a Europa,
a África e as Américas. Em simultâneo,
a porcelana da dinastia Ming, de grande
relevo no século XVI, serviu de modelo aos
oleiros da capital portuguesa, os quais
foram mestres na produção de faiança
azul e branca.
Numa parceria inédita com a Embaixada
de França, o MNAA apresenta esta
ilustrativa exposição que constitui uma
oportunidade rara para ver de perto este
conjunto de peças singular.
GUIA: Anísio Franco
HORÁRIO: 10h00
DURAÇÃO: manhã
LIMITE: 25 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Museu Nacional de
Arte Antiga – Rua das Janelas Verdes
[ 6]
Figueira da Foz
Sábado, 16 de maio
(em frente ao edifício da Câmara Municipal
de Lisboa – Campo Grande, 25)
TRANSPORTE E ALMOÇO
[5]
MNAA – Exposição
“Azul Sobre Ouro”
Quarta, 13 de maio
Talvez nem todos saibam, mas no
Palácio de Santos, sede da Embaixada
de França, há uma sala chamada “Sala
das Porcelanas” que tem incrustada no
seu teto piramidal de talha dourada, uma
coleção, única no mundo, de porcelanas
chinesas.
Pela primeira vez, cerca de seis dezenas
dos mais de 250 pratos de porcelana
azul e branca saem do Palácio, dando
assim, o mote para o título da exposição
“Azul Sobre Ouro”. O núcleo eleito para
compor esta exposição data dos séculos
XVI e XVII, época marcada pela expansão
do país a oriente e pelas relações de
Portugal com a China.
Considerada a “Rainha da Costa de
Prata”, rodeada por mar, rio e serras
densamente arborizadas que lhe
conferem características únicas, tem
no turismo um dos principais recursos
económicos e conta com um dos maiores
casinos de Portugal.
Teve um grande incremento nos séculos
XVIII e XIX devido ao movimento do porto
e ao desenvolvimento da indústria de
construção naval, com abertura de novas
vias de comunicação e afluência de
veraneantes. Foi nesta localidade que, no início do
século XIX, desembarcaram as tropas
inglesas que vieram auxiliar Portugal
na luta contra as Invasões Francesas.
Com um património histórico-cultural
muito forte e rico, destacam-se as suas
inúmeras igrejas com talhas douradas,
onde o Barroco tantas vezes impera,
o Museu Municipal Dr. Santos Rocha
que conta com coleções de arqueologia,
etnografia, pintura, escultura, cerâmica
e mobiliário, o Forte de Santa Catarina,
a Fortaleza de Buarcos, a Torre do
PATR O C IN ADO R
7
Passeios de Domingo
GUIAS: Isabel Castanheira
HORÁRIO: 8h30
DURAÇÃO: dia inteiro
LIMITE: 45 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos
GUIA: Rui Cascão (Universidade de Coimbra)
(em frente ao edifício da Câmara Municipal
de Lisboa – Campo Grande, 25)
e Duarte Ivo Cruz
TRANSPORTE E ALMOÇO
HORÁRIO: 8h30
DURAÇÃO: dia inteiro
LIMITE: 450 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos (em
[8]
frente ao edifício da Câmara Municipal de
Lisboa – Campo Grande, 25)
TRANSPORTE E ALMOÇO
[ 7]
As Caldas de Bordalo
Sábado, 23 de maio
A vida de Rafael Bordalo Pinheiro está
intimamente ligada às Caldas da Rainha,
onde em 1884 estabeleceu a sua fábrica
de cerâmica.
Aproveitando o lançamento do livro
de Isabel Castanheira, As Caldas de
Bordalo, o Centro Nacional de Cultura
em colaboração com o Museu Bordalo
Pinheiro / Câmara Municipal de Lisboa
promove uma visita às Caldas da
Rainha, tendo como enfoque os vestígios
bordalianos. Bordalo escolheu as Caldas para fazer
a sua fábrica por considerar ser esta a
região do país com melhores condições
de produção, onde já havia uma
importante tradição barrista. Foi aqui que
realizou as suas mais conhecidas obras
cerâmicas, passando o seu imaginário
delirante para magníficas peças de barro.
Vamos passear com Bordalo e visitar
alguns edifícios com azulejos da sua
autoria e também os Museus onde a sua
obra está guardada: O Museu Malhoa,
a Casa Museu San Rafael e o Museu de
Cerâmica.
A visita será guiada pela própria autora
e grande especialista da obra de Bordalo
8
Pinheiro. No dia 16 de maio tem lugar o
lançamento do livro no Museu Bordalo
Pinheiro, em Lisboa.
Relógio, diversos vestígios arqueológicos,
e os muitos Palácios (como o SottoMayor), Parques e jardins, Palacetes
e casas Senhoriais que atestam a
importância turística e económica desta
cidade ao longo dos anos. A Marina e o
recentemente construído Centro de Artes
e Espetáculo são um marco nacional
na cultura e espetáculos.
APOIOS
Ciclo Azulejos: Academia
das Ciências | Igreja das
Mercês
Quarta, 27 de maio
de azulejaria portuguesa. É uma obra
ainda pouco conhecida, datada de 1714,
que se encontra na “sala da irmandade”,
hoje chamada “sala de passagem”. É
uma sala com a abóbada completamente
coberta de azulejos barrocos evocando
vários santos.
GUIA: José Meco
HORÁRIO: 15h00
DURAÇÃO: tarde
LIMITE: 25 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Rua Academia
das Ciências, 19
[9]
Central Tejo: 30 anos de
Património Industrial
Domingo, 31 de maio
A Academia das Ciências de Lisboa
é uma das mais antigas instituições
científicas nacionais de existência
contínua, tendo sido fundada no dia 24
de dezembro de 1779 durante o reinado
de D. Maria I, sobre divisa: NISI UTILE EST
QUOD FACIMUS STULTA EST GLORIA
(Se não for útil o que fizermos,
a glória será vã).
A sua missão é contribuir para o
desenvolvimento da ciência e progresso
cultural do país. Em 1838, após ter
estado instalada em diversos locais, e por
decisão da rainha D. Maria II, a Academia
mudou-se definitivamente para as suas
instalações atuais, o Convento de Jesus.
A Igreja das Mercês, também designada
por Igreja do Convento de Jesus foi
construída em 1615, sendo o Convento
inaugurado em 1632. A sua reconstrução,
pós-Terramoto, misturando os estilos
barroco e maneirista (sécs. XVII-XVIII),
foi efetuada quando parte significativa
da sua estrutura foi seriamente
danificada.
De fachada setecentista, apresenta no
seu interior uma só nave com capelas
laterais voltadas ao centro. O teto é
decorado com estuques e as capela
laterais misturam talha dourada e
pinturas seiscentistas e setecentistas
invocando vários santos. O interior desta
igreja esconde uma das maiores obras
A Central Tejo foi uma central
termoelétrica, propriedade das
Companhias Reunidas de Gás e
Eletricidade (CRGE), que abasteceu de
eletricidade toda a cidade e região de
Lisboa. A primitiva Central Tejo, cujos
edifícios já não existem, foi construída
em 1909 e funcionou até 1921. Em 1914,
iniciaram-se as obras dos edifícios de
caldeiras de baixa pressão e da sala de
máquinas que, posteriormente, foram
ampliados várias vezes. Finalmente, em
1941 teve lugar a construção do edifício
das caldeiras de alta pressão, o corpo
de maior envergadura da central, o qual
foi ampliado em 1951, com a inclusão
de mais uma caldeira. Embora tenha
funcionado pela última vez em 1972, o
seu encerramento oficial só aconteceu
em 1975, ficando assim, um testemunho
de um património arqueológico industrial
de grande importância para a cidade de
Lisboa.
Desde 1990, que a Central Tejo está
aberta como Museu da Eletricidade.
“A Central Tejo é hoje um caso singular
da museologia industrial em Portugal
porque nela, contentor e conteúdos
articulam-se de forma cabal
– o edifício está conservado, mas também
a maquinaria desta termoelétrica cujo
nascimento coincide com um momento
PASSEIOS DE DOMINGO
Passeios de Domingo
muito particular da industrialização de
Lisboa”, diz Jorge Custódio, professor de
Arqueologia Industrial da Universidade
Nova de Lisboa e guia deste nosso
passeio.
GUIA: Jorge Custódio
HORÁRIO: 10h00
DURAÇÃO: manhã
LIMITE: 25 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Museu da Eletricidade
– Central Tejo | Av. Brasília
[10]
mas mantendo a tradição das quintas
de regalo portuguesas. São decorados
por bustos e estátuas de mármore,
muretes e as imponentes escadarias
revestidas a mármore. A culminar,
situa-se também aqui a Cascata dos
Poetas, com excelentes bustos de
Machado de Castro, os lagares
e a adega da quinta.
GUIA: José Meco
HORÁRIO: 09h30
DURAÇÃO: manhã
LIMITE: 45 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos
Ciclo azulejos: Palácio
Marquês de Pombal –
Oeiras
(em frente ao edifício da Câmara Municipal
de Lisboa – Campo Grande, 25)
Sábado, 6 de junho
[11]
O Palácio do Marquês de Pombal e
Conde de Oeiras está situado no centro
da vila, e basta observá-lo para se
ter uma ideia da imensa riqueza que
Sebastião José de Carvalho e Melo
possuía.
Na verdade, apesar de não ter sido
construído para a família real, este é um
edifício de dimensões bem palacianas,
com ornamentos idênticos aos de um
palácio real e podemos dizer que este
é hoje um dos melhores exemplares
da casa senhorial portuguesa, de estilo
barroco e rococó, do século XVIII.
O Palácio fica situado no lugar onde
anteriormente existia uma imensa
quinta senhorial e os magníficos jardins
de inspiração fantasiosa ajudam-nos a
perceber quão genial era a imaginação
do Marquês de Pombal.
Mesmo ao lado da entrada do Palácio,
fica a Capela do Solar, dedicada a Nossa
Senhora das Mercês, que foi desenhada
pela mão do arquiteto Carlos Mardel e
ficou concluída no ano de 1762. Nesta
capela destacam-se os estuques do
italiano João Grossi, os três altares que
foram pintados por André Gonçalves e
ainda a representação da vida da Virgem.
Os jardins deste palácio são
representativos da arte do paisagismo
em Portugal, apresentando uma
conceção do século XVIII europeu,
TRANSPORTE
Tomar
Domingo, 14 de junho
A propósito do manuelino, vamos de novo
a Tomar onde, para além do Convento,
teremos ocasião de apreciar as Igrejas
de Santa Maria do Olival e de São João
Batista, monumentos de referência no
estilo ligado a D. Manuel I.
A Igreja de Santa Maria do Olival foi
mandada reconstruir pelo cavaleiro
Gualdim Pais no séc. XIII para servir de
panteão da Ordem Templária. De feição
românica inicial, apenas resta a porta de
arco de volta perfeita da fachada norte,
dando lugar ao edifício gótico atual.
É uma referência na arquitetura gótica
mendicante portuguesa, pela suas
características. O interior de três naves
é amplo e iluminado por uma grande
rosácea existente na fachada. Apresenta
um despojamento exterior e interior,
próprio das Ordens Mendicantes.
Nas capelas-mor são de realçar os
valiosos azulejos do século XVI que forram
os altares. Na sacristia salienta-se
o abobadamento de clássicos florões e
uma janela manuelina, de arco polilobado.
Em frente, a um nível superior,
encontra-se uma torre de planta
quadrangular que se julga ter tido um
túnel que ligava a Igreja ao Castelo
Templário de Tomar.
Este templo, considerado Monumento
Nacional desde 1910, é um dos mais
simbólicos edifícios da arte gótica em
Portugal.
Igreja de S. João Batista/Igreja Matriz
É um templo de estilo gótico tardio,
construído por ordem de D. Manuel I
sobre a anterior ermida da mesma
evocação. Foi concluído no início do
século XVI.
A simbólica de D. Manuel – Brasão Real,
Esfera Armilar e Cruz de Cristo – está
presente na torre e repete-se no púlpito
e nos portais Poente e Norte.
No exterior destaca-se a Torre de três
corpos, o Portal Principal e o Portal
Sul, verosímil memória de um templo
primitivo.
A estrutura espacial das naves é
enriquecida pelo púlpito de pedra
lavrada e pela pintura quinhentista,
expoente máximo da arte pictória
portuguesa do século XVI.
Convento de Cristo
A construção original do Convento
de Cristo, em Tomar, deve-se também
a Gualdim Pais, Grão-Mestre da Ordem
do Templo.
Este edifício majestoso é famoso
pela sua mistura única de estilos
arquitetónicos, que refletem a sua
longa e diversificada história, desde
os tempos dos Cavaleiros Templários.
Visto a construção dos edifícios,
nos quais estão incluídos vários
claustros e um enorme coro, ter sido
feita no decorrer de cinco séculos,
resultou numa estrondosa mistura de
estilo Manuelino, com uma pitada de
gótico, algumas influências mouras e,
nas colunas, um toque tanto coríntio
como toscano.
No Convento não faltam pontos de
interesse, como p.e. a sua entrada
majestosa, os murais e esculturas da
charola, a nave Manuelina do século XVI,
os oito claustros, a janela ornada,
a cruz da Ordem de Cristo e a esfera
armilar, emblema de D. Manuel I
e de Portugal.
9
Passeios de Domingo
GUIAS: João Paulo Oliveira e Costa
HORÁRIO: 8h30
DURAÇÃO: dia inteiro
LIMITE: 45 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos (em
frente ao edifício da Câmara Municipal de
Lisboa – Campo Grande, 25)
TRANSPORTE, ALMOÇO
[12]
Tomar
“O ano da morte
de Ricardo Reis”
Sábado, 20 de junho
Depois de uma longa permanência no
Brasil, Ricardo Reis volta a Portugal,
após a morte de Fernando Pessoa,
para se autoconhecer e morrer. Como
o Ortónimo não matara o heterónimo,
José Saramago congemina a sua morte
no ano emblemático de 1936 e na cidade
labiríntica de Lisboa, uma cidade “pálida,
cinzenta, silenciosa e sombria”. A vivência
de Ricardo Reis vai circunscrever-se ao
Rossio e ao Bairro Alto: “Aqui é só estas
trinta ruas entre o Cais do Sodré e S. Pedro
de Alcântara, entre o Rossio e o Calhariz,
como uma cidade interior cercada de muros
invisíveis que a protegem de um invisível
sítio, vivendo conjuntos os sitiados e os
sitiantes” (p. 153).
GUIA: Paula Oleiro
HORÁRIO: 10h00
DURAÇÃO: manhã
LIMITE: 30 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Largo do Chiado
No conjunto do Convento – edifício
imponente e majestoso classificado
como Imóvel de Interesse Público
desde 1949 – destaca-se a Igreja,
como elemento central de culto
associada à Ordem Militar de
S. Bento e também a Igreja Matriz,
cuja construção remonta ao século XV
e tem como orago Nossa Senhora da
Orada. Bem perto, encontramos
o Pelourinho, datado do século XVI
mas alvo de acrescentos no século
XVIII e que, ao ser encimado por uma
águia, dá forma à lenda da fundação
da Vila. Testemunho do engenho do
homem na gestão dos recursos para
suprir as necessidades da vivência
quotidiana, a Cisterna Municipal
merece também ser visitada.
Encontra-se ainda instalado em
algumas salas do Convento,
nomeadamente na Sala do Capítulo
e na Sala de Leitura dos Monges
o Museu Municipal de Avis,
atualmente designado Museu
do Campo Alentejano.
Este Museu nasceu após um projeto
de tempos livres realizado por um
grupo de jovens do concelho durante
os verões de 1982-84, no âmbito do
qual procederam à recolha de peças
etnográficas das várias freguesias que
foram sendo armazenadas, sem qualquer
contexto museológico, nas atuais salas
do Museu. Até 2003 este espaço não
sofreu alterações significativas mas,
em 2014, depois de algumas intervenções
e remodelações, o espólio do Museu
passou a estar estruturado em torno
da temática agrícola e do montado.
(junto ao metro)
[13]
De Volta ao Alentejo: Avis
Sábado, 04 de julho
A vila de Avis desempenhou um papel de
destaque na História de Portugal e, apesar
da passagem dos séculos, o Centro Histórico
conserva na toponímia e no património
edificado, as marcas de um legado cultural
único, que merece ser visitado.
10
O Museu Rural da Fundação Abreu
Callado
A Fundação Abreu Callado foi instituída
em 1948 e tem sede em Benavila,
num edifício senhorial de traça rústica
alentejana, em cuja chaminé maior
ostenta ainda a data de 1758, prova da
longevidade de uma “casa” que tem
raízes seculares. Em 2003, surgiu a oportunidade de
recriar na Fundação um conjunto
de “referências rurais”, através da
recuperação e preservação de algum
espólio histórico que nela
foi sobrevivendo.
No “páteo velho” da sede
da Fundação estão localizados
a Loja de Vinhos, um restaurante,
a Sala de Provas, salas para estágio
de vinhos em garrafa, um lagar de
azeite quase centenário que funciona
com “capachos” de sisal e um Museu
Rural, cuja organização teve como
referência o ciclo das atividades
agrícolas tradicionais, o fabrico
do pão e o vinho.
O Museu é um repositório de
memórias da primeira metade
do séc. XX, através de um conjunto
de peças testemunhais agora
recuperadas por gente da casa.
GUIA: Anísio Franco
HORÁRIO: 8h30
DURAÇÃO: dia inteiro
LIMITE: 45 pessoas
LOCAL DE ENCONTRO: Entrecampos
(em frente ao edifício da Câmara Municipal
de Lisboa – Campo Grande, 25)
TRANSPORTE E ALMOÇO
Números de telefone
para contacto no dia
dos Passeios:
965 271 877 | 969 082 566
Se se inscrever num Curso
em conjunto com um Passeio,
beneficie de um
desconto de 10% no total*
* Não acumulável com o desconto
sénior ou jovem já aplicado nos
cursos livres
2º Trimestre 2015
Regras para Marcação de Passeios
• As reservas podem ser feitas pelo telefone 213 466 722 das 11.00h às
13.00h e das 14.30h às 17.00h, ou pessoalmente das 17.00h às 19.00h,
nos dias 10 e 13 de abril de 2015.
• A partir de 14 de abril, os sócios poderão inscrever­‑se por telefone
durante a semana anterior a cada passeio, no caso de haver vagas
• Os passeios são atribuídos por ordem de inscrição e os pagamentos
deverão ser feitos até ao dia 15 de abril.
• Os sócios­‑participantes nos Passeios devem sempre comparecer no
local de partida com antecedência, de maneira a não pôr em causa a
hora de partida e os horários estabelecidos.
• Se em vez de vir pessoalmente levantar as senhas para os Passeios
e para os Cursos, preferir que elas sejam enviadas pelo correio,
bastará que nos envie, incluída no cheque com o pagamento, a
quantia de 0,75 € para despesas postais.
Caro(a) Sócio(a)
O Centro Nacional de Cultura vem chamar a atenção para as regras de
marcação dos passeios, designadamente no que diz respeito aos prazos
de pagamento e a confirmação da participação nas atividades. Tendo
em conta a logística de organização dos Passeios, designadamente
os de dia inteiro e de fim de semana, em que é necessário adiantar
pagamentos junto de restaurantes e hotéis, não é possível esperar até
à véspera para ter confirmação de número de participantes.
Assim, seremos rigorosos na aplicação da regra da confirmação
do passeio apenas com o pagamento integral (no caso dos
passeios de meio dia ou de um dia) e de um sinal de 50% no ato da
inscrição e o restante com 15 dias de antecedência (no caso dos
passeios de fim de semana). Apenas nos passeios de meio­‑dia
poderão ser admitidos sócios sem inscrição prévia no próprio dia
do passeio, ficando sempre sujeitos à existência de vagas, sendo
neste caso o pagamento da senha feito no local do passeio.
Os pagamentos dos passeios poderão fazer­‑se no CNC, por cheque
enviado por correio, por multibanco ou por transferência bancária
para o NIB 0033 0000 0002 3009 9530 5 ­‑ Millennium BCP, sendo
neste caso obrigatório enviar documento comprovativo por correio
ou email ([email protected]).
Números de contacto no dia dos passeios:
965 271 877 ou 969 082 566
Tabela de Preços – Passeios e Cursos
PASSEIOS DE DOMINGO
PASSEIO
DATA
SÓCIO
JOVEM SÓCIO
[1]
Ciclos Azulejos: Convento dos Cardaes e Exposição Galeria Ratton
15 abril
10 €
10 €
[2]
Convento da Trindade – Atelier Anahory
29 abril
7€
7€
[3]
A Descoberta do Portugal de D. Manuel I
[4]
[5]
[6]
Santarém
[7]
[8]
1, 2 e 3 maio
295 €*
236 €*
9 maio
65 €
52 €
MNAA | Exposição “Azul sobre Ouro”
13 maio
10 €
10 €
Figueira da Foz
16 maio
70 €
56 €
As Caldas de Bordalo
23 maio
65 €
52 €
Ciclos Azulejos: Academia das Ciências | Igreja das Mercês
27 maio
7€
7€
[9]
Central Tejo: 30 anos de Património Industrial
31 maio
7€
7€
[10]
Ciclo Azulejos: Palácio Marquês de Pombal - Oeiras
6 jun
35 €
28 €
[11]
Tomar
14 jun
70 €
56 €
[12]
“O Ano da Morte de Ricardo Reis”
20 jun
7€
7€
[13]
De volta ao Alentejo: Avis
4 jul
70 €
56 €
* suplemento single 55 €
CURSOS LIVRES
CURSO
N.º DE SESSÕES
ADULTO [ S | NS ]
‹ 25 OU › 65 ANOS [ S | NS ]
[I]
Descobrir os Antepassados pela Genealogia
7 | 2ª feira
105 € | 126 €
84 € | 100 €
[II]
Escrita no Feminino
7 | 5ª feira
105 € | 126 €
84 € | 100 €
[ S ] Sócio [ NS ] Não Sócio
11
SERVIÇOS
Serviços
1. Café No Chiado
do almoço à ceia, no interior ou na esplanada,
um café literário
todos os dias das 10h às 2h
2. Galeria Fernando Pessoa
Descobertas
n.º 2, Ano VIII ­‑ Nova série
DEPÓSITO LEGAL N.º:
para almoços de negócios, para apresentação de produtos,
para jantares de aniversário, ou para lançamentos de livros,
com ou sem “surpresa musical”, com ou sem catering.
N.º REGISTO ERC:
3. Ciber­‑Chiado
DESIGN:
uma ligação ao mundo num ambiente
de requinte português
de segunda a sexta das 10h00 às 18h00
125 483
PROPRIEDADE / ADMINISTRAÇÃO / REDAÇÃO:
DIRETOR:
“apartamentos de charme” no Chiado
(mínimo 1 semana máximo 2 meses)
5. Acolhimento VIP para Estrangeiros
Para Empresas e Embaixadas
Serviço de visitas em Lisboa e fora de Lisboa
com guia de turismo cultural especializado
(francês / inglês)
6. Introdução à Língua e Cultura Portuguesa
para empresários estrangeiros
Programa de cursos de língua e cultura portuguesa
de curta e media duração para quadros de Empresas
e Embaixadas
CNC
Guilherme d’Oliveira Martins
Atelier B2
IMPRESSÃO: Multitipo ‑
­ Artes Gráficas Lda,
Rua Sebastião e Silva, 19, 2715­‑311 Queluz
TIRAGEM DESTE N.º:
4. Residência de artistas
282 473/08
PERIODICIDADE:
2.000 exemplares
3x/ano (Janeiro, Abril e Outubro)
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
CNC Lisboa
Rua António Maria Cardoso, n.º 68 | 1249­‑101 Lisboa
TEL: +351 213 466 722 | FAX: +351 213 428 250
E­‑MAIL: [email protected]
HORÁRIO DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO: 2.ªs a 6.ªs feiras
das 10h00 às 19h00
CNC Porto
Palacete Viscondes de Balsemão
Pça. de Carlos Alberto, n.º 71 | 4050­‑157 Porto
TEL: +351 213 466 722 | FAX: +351 213 428 250
E­‑MAIL: [email protected]
7. Loja Atelier 55
mesmo ao lado do CNC um espaço de acolhimento
para turistas, onde pode encontrar as nossas edições
e peças únicas, artesanato e mobiliário português
8. GRAF – Consultas Grafológicas
análises para empresas, para admissão de pessoal
análises individuais para orientação
HOMEPAGE:
www.cnc.pt
www.facebook.com/centronacionaldecultura
TWITTER: www.twitter.com/cncultura
PORTAL E­‑CULTURA: www.e­‑cultura.pt
FACEBOOK:
9. Gabinete de Tradução
de e para várias línguas, rápido e com qualidade
10. Lisbon Walks
passeios a pé, para portugueses e estrangeiros,
guiados em várias línguas
11. Gincanas para Crianças
para escolas e aos sábados mediante inscrição
12
O papel é um produto renovável e reciclável. Todos
os papéis provenientes de florestas com gestão
sustentável são ambientalmente responsáveis.
O CNC gostaria de entrar
em contacto consigo mais vezes.
Envie­‑nos do seu e­‑mail uma mensagem para
[email protected] com o seu nome e número de sócio
para que registemos o seu endereço eletrónico,
ou devolva­‑nos este boletim por correio ou fax:
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N.º sócio:
Endereço eletrónico:
Rua António Maria Cardoso, 68 – 1249­‑101 Lisboa ­‑ Fax 213 428 250

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