as 50 maiores empresas de software do brasil

Transcrição

as 50 maiores empresas de software do brasil
AS 50 MAIORES EMPRESAS DE
SOFTWARE DO BRASIL
Levantamento realizado pela MBI, em colaboração com a Assespro-SP, o Instituto
de Tecnologia de Software de São Paulo (ITS) e a Advance Marketing
Sumário
1. Mercados
3
1.1. Mercado brasileiro
3
1.2. Mercado externo
4
2. Profissionais
6
2.1. Profissionais por área
6
2.2. Total de profissionais
7
3. Banco de dados
8
4. Plataformas de desenvolvimento
9
5. Sistemas operacionais
10
5.1. Principal plataforma de sistema operacional
10
5.2. Distribuição por plataforma
11
5.3. Tomada de decisão
12
5.4. Grau de influência na escolha
13
6. Código aberto
14
6.1. Prioridade para utilização de código aberto
14
6.2. Velocidade do desenvolvimento
15
6.3. Outros componentes
16
7. Parcerias
17
7.1. Parcerias formais
17
8. Vendas
19
8.1. Vendas em software
19
8.2. Manutenção de software
20
9. Faturamento
21
9.1. Variação de faturamento
21
9.2. Expectativa
23
10. Informações adicionais e conclusões
24
2
1. Mercado
O objetivo da pesquisa é mostrar o perfil
das 50 maiores empresas de software do
país. As empresas estatais e estrangeiras
foram propositalmente excluídas. Desta
forma, todas as companhias consideradas
possuem 100% de capital nacional. Além
disso, têm, em média, possuem 20 anos, o
que significa que foram fundadas entre
1978 e 1992.
1.1
Prioritariamente, a pesquisa considera
empresas que trabalham com produtos de
software e não cujo foco é apenas a
prestação de serviços. Apesar de não citar
os valores de faturamento, as empresas
foram selecionadas a partir de rankings e
informações publicadas pela imprensa.
Alguns números são estimativas.
Mercado brasileiro
A questão inicial abordada pela pesquisa é
sobre os mercados nos quais as empresas
de software nacional atuam.
Apesar de a grande maioria das empresas
exportar nenhum produto que comercializa
no mercado doméstico, a pesquisa mostra
que 13 das 50 empresas, ou seja, 26% da
amostra, exportam alguma coisa. Quando
comparado com quatro anos atrás, esse
dado é uma evolução. Em 2003, esse
percentual era de apenas 3%.
Qual é percentual das vendas de software de sua empresa representado pelo Brasil?
25%
60%
80%
90%
95%
98%
99%
100%
Confidencial
1.2
1
1
1
3
4
1
2
36
1
2,0%
2,0%
2,0%
6,0%
8,0%
2,0%
4,0%
72,0%
2,0%
Mercado Externo
3
Qual é percentual das vendas de software de sua empresa representado por cada um
destes países?
México
2%
3%
5%
25%
Argentina
1
1
1
1
2,0%
2,0%
2,0%
2,0%
1
1
2,0%
2,0%
1
1
2,0%
2,0%
Espanha
3%
25%
Venezuela
5%
10%
1
10%
1%
2,5%
1
2,0%
A pesquisa relaciona todos os países que
foram citados e o volume que este país
significa para as empresas brasileiras.
Entre as empresas consultadas, duas
atuam na Espanha, três vendem para
Portugal, duas para o Chile, duas para
Venezuela. Os países onde há mais
presença das empresas brasileiras são o
México (4) e Argentina (10).
O percentual das vendas em ambos os
casos chega a 25%.
A pesquisa revela a presença significativa
das empresas brasileiras no mercado ibero
2,0%
6,0%
2,0%
6,0%
2,0%
2,0%
1
1
2,0%
2,0%
2
1
4,0%
2,0%
Portugal
Outros países
2,0%
Uruguai
1
3
1
3
1
1
Chile
2%
5%
Peru
10%
1%
2%
3%
5%
10%
25%
EUA
Rússia
Angola
3
1
1
6,0%
2,0%
2,0%
americano. Entre os demais países, houve
apenas cinco citações: três empresas
citaram os EUA, uma citou a Rússia e uma
a Angola.
Se de um lado o levantamento mostra
uma evolução com relação à quantidade
de empresas que exporta, de outro, todos
os mercados apresentam um nível de
exigência similar ao verificado no mercado
interno.
Atualmente, o Brasil representa 60% do
mercado
da
América
Latina.
2. Profissionais
4
De acordo com a pesquisa, as 50 maiores
empresas de software nacional possuem,
ao todo, 17.500 profissionais, o equivalente
a uma média de 350 pessoas por empresa.
Apesar de não ser um número pequeno,
quando comparado com as multinacionais,
também não são grandes empresas.
100 mil de receita/ano por profissional
ocupado.
No cenário global, esse número chega a
US$ 1 bilhão, o que significa que, mesmo
se juntar as 50 maiores empresas
nacionais, o Brasil não ficaria entre as dez
maiores empresas de software do mundo.
A partir desta informação é possível estimar
o volume recursos que essas empresas
geram a partir do número de profissionais
ocupados. A estimativa é que a indústria
nacional de software gere, em média, R$
A idade média das empresas, em conjunto
com o faturamento, sinaliza que as
empresas nacionais não acompanham o
que acontece no mercado mundial.
2.1. Profissionais por área
Quantas pessoas na sua empresa estão alocadas primordialmente a atividades deste
tipo?
Desenvolvimento
65%
Suporte técnico
25%
Comercial
18%
Administrativo
15%
Marketing
6%
Para saber a distribuição dos profissionais,
a pesquisa considera a indicação percentual
de pessoas que atuam em cada área. A
maioria dos profissionais atua na área
técnica. A parte de desenvolvimento inclui
codificação, programação. Já a área de
suporte técnico inclui aquelas envolvidas
com as questões técnicas, mas que não
participam
diretamente
com
desenvolvimento.
5
2.2. Total de profissionais
O número de pessoas que atua nessas
empresas não é uniforme. Há apenas três
empresas que empregam mais de 750
pessoas. A grande maioria está na faixa de
25 a 250 pessoas.
De 25 a 100
36%
De 110 a 250
36%
De 300 a 600
18%
Acima de 750
6%
3. Banco de dados
A pesquisa também trata das plataformas
tecnológicas.
A pergunta feita às empresas consultadas
diz respeito aos bancos de dados que são
suportados na hora de implantar o software
nos clientes. Em geral, as empresas fazem
escolhas de mais de uma plataforma.
A soma deles supera a marca de 100 ou
200.
Para quais sistemas gerenciadores de bancos de dados o software que sua empresa
desenvolve possui suporte?
6
Oracle 9i ou anterior
68%
SQL 2000
62%
Oracle 10g
54%
SQL 7.0 ou anterior
52%
DB/2
24%
Outros
16%
Sybase
16%
PostgreSQL
10%
MySQL
8%
Informix
8%
Progress
Access
6%
2%
Microsoft e a Oracle polarizam o mercado
de banco de dados não só das grandes
empresas de software, como na indústria de
software no geral, incluindo o mercado de
clientes. Em terceiro lugar, com 24%, fica o
DB/2.
Depois o item Outros, que é a soma de
todos que foram citados apenas uma vez, e
uma série de outros produtos. Chama a
atenção que os produtos gratuitos têm uma
participação
bem
modesta.
4. Plataformas de desenvolvimento
A primeira observação em relação ao item
anterior é a fragmentação. Neste caso, há,
por exemplo, no caso do Visual Basic e do
Delphi, uma divisão por versões. Ao somar
esses percentuais e considerar como um
único produto, certamente, a posição do
ranking se altera.
Por outro lado, é interessante observar que
há pelo menos uma dúzia de outros
produtos que foram citados uma vez.
Considerando, por exemplo, todas as
soluções que são específicas da Microsoft, o
resultado será superior ao mundo Java.
De qualquer forma, a pesquisa mostra que
há uma disputa bem interessante: de outro
lado, é coerente com o cenário onde as
soluções livres ou gratuitas não são
importantes; por outro lado, há na lista
ambientes que supostamente já morreram,
como o Clipper ou Cobol.
Quais linguagens de programação o software que sua empresa desenvolve utiliza?
7
Java
24,0%
Outros
C e/ou C++
46,0%
20,0%
20,0%
Visual Basic 6 ou anterior
18,0%
Visual Basic .net
Delphi Versão 7
16,0%
Delphi até versão 6
16,0%
C#
16,0%
ASP
12,0%
Delphi Versão 8
10,0%
Clipper
10,0%
JScript ou JavaScript
8,0%
FoxPro
6,0%
ASP .NET
6,0%
Cobol
6,0%
PHP
4,0%
Power Bird
4,0%
5. Sistemas operacionais
5.1. Principal plataforma de sistema operacional
Qual a principal plataforma de sistema operacional usada no ambiente de
desenvolvimento da empresa?
Windows
90%
Mainframe
2%
Linux
8%
8
No que s refere ao ambiente interno de
desenvolvimento, o destaque é para a
presença do Mainframe, destacado por
uma das empresas consultadas. A maioria
esmagadora usa plataforma Windows e os
8% restantes usam Linux.
Interessante observar que outros sistemas
operacionais derivados do Unix, como o
Macintosh, não aparecem no levantamento,
o que pode indicar a falência das empresas
que usavam essas plataformas.
É importante destacar que, nada impede
que uma empresa utilize em alguma
atividade o Linux, mas não tenha essa
plataforma como principal. Esta resposta
mostra apenas a principal plataforma usada
no ambiente de desenvolvimento, dentro
da própria empresa.
5.2. Distribuição por plataforma
Sobre o sistema operacional dos clientes,
os destaques são Linux e o Unix, que
significa que o custo de licenciamento é
algo importante a economizar.
Agora, pensando nos sistemas operacionais usados pelos clientes da sua empresa,
qual é a distribuição por plataforma?
Windows
74%
Linux
18%
Unix
8%
5.3. Tomada de decisão
9
cada um desses fatores com notas de 0 a
10.
É interessante observar que os três
primeiros itens não são técnicos, ao
contrário do quarto e o quinto item.
Uma outra questão importante reúne as
principais características do processo de
decisão a respeito da adoção dessas
plataformas tecnológicas. A pesquisa
elencou uma série de fatores que poderiam
influenciar a decisão. Cada empresa avaliou
Avalie com uma nota de 0 a 10 como cada um dos seguintes fatores foi avaliado por
sua empresa na tomada de decisão para a escolha desta plataforma:
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Alinhamento com as
tendências do seu mercado
Facilidade de uso e
produtividade da equipe
Custo da mão-de-obra
disponível
Segurança da plataforma
Portabilidade do código
No primeiro item, quando se fala em
alinhamento para tendências do mercado, a
idéia era que as pessoas refletissem sobre
o posicionamento estratégico. Este item
apareceu como sendo o fator mais
importante na tomada de decisão.
O segundo e o terceiro ponto destacados
são
questões
relacionadas
ao
funcionamento interno das empresas.
Quando falamos em facilidade de uso, em
produtividade e custo da mão de obra,
estamos falando em fatores que envolvem
diretamente o resultado. Quanto mais
produtivo o desenvolvedor, menos tempo a
empresa vai gastar para completar o
software.
10
5.4. Grau de influência na escolha
Avalie com uma nota de 0 a 10 o grau de influência nessa escolha, que é
exercido por cada uma das seguintes áreas da sua empresa:
0
1
2
3
4
Presidência/diretoria
7
7,26
Equipe de desenvolvimento
Uma outra questão em relação ao processo
de decisão é quem são os players envolvidos
na tomada de decisão. Como resultado, a
diretoria ou a presidência aparece como a
mais
influente.
Em
segundo
lugar,
apareceram os arquitetos de software, o que
é bem interessante. Alguns anos atrás, a
grande maioria das empresas provavelmente
responderia que não tem arquiteto. Hoje,
pelo menos, todo mundo tem essa função.
Em terceiro lugar, temos equipe de
desenvolvimento, e em quarto lugar, aparece
a área comercial. Esta informação reforça a
6
7,74
Arquitetos de software
Equipe comercial
5
6,92
5,72
indicação do gráfico anterior, onde a maioria
das empresas se orienta pelo mercado. Se as
empresas fossem mais pró-ativas, no sentido
de antever estratégia própria da empresa, o
peso da área comercial deveria ser maior.
A área comercial deveria ser a primeira a
ficar sabendo dos planos dos clientes, pois é
o comercial que faz o contato com eles.
O marketing apareceu discretamente, por
isso, não aparece no gráfico. Outra questão
importante é a de que a maioria dos
dirigentes
dessas
empresas
sejam
majoritariamente técnicos.
11
6. Código aberto
6.1. Prioridade para utilização de código aberto
Em relação às tecnologias mais recentes, a
pesquisa buscou identificar qual o grau de
importância que a empresas dão ao uso de
tecnologias
abertas,
o
que
inclui
webservices, certificação digital e ao
ODF/Open XML.
O Webservices apresentou média de 6,02.
Isso significa que as empresas não estão
muito preocupadas se o fornecedor do
código é proprietário ou o código é aberto.
Numa escala de 0 a 10, qual é a prioridade que sua empresa tem em relação à
utilização de código aberto para:
WebServices
6,02
Certificação Digital
4,06
ODF/OpenXML
3,1
0
1
2
3
4
5
6
7
6.2. Velocidade do desenvolvimento
A pesquisa buscou identificar se os
empresários
acreditam
que
a
disponibilidade maior de recursos na forma
de código aberto facilitaria a velocidade do
desenvolvimento. Isto é, se houvesse
iniciativas fomentando o desenvolvimento
de componentes de código aberto, se isto
teria um impacto significativo na velocidade
de desenvolvimento de um software. Entre
as possibilidades de respostas, o único item
que apresentou média acima de cinco foi a
questão de componentes de construção de
interface com o usuário.
Essa resposta mostra que, aparentemente,
as empresas acreditam que soluções em
código não aberto são melhores.
12
Além disso, indica que a preocupação, até
a
nível
político,
de
incentivar
o
desenvolvimento de soluções com código
aberto não
estimativas
está
em
das
linha
com as
empresas.
Qual o grau do impacto sobre a velocidade do desenvolvimento na sua empresa que
seria causado pela disponibilidade dos seguintes componentes de código aberto:
Componentes de construção de
interface com o usuário
5,42
Componentes de acesso a banco
de dados
4,96
Componentes de autenticação e
segurança
4,66
Componentes de acesso off-line
aos sistemas
3,96
6.3. Outros componentes
A pesquisa também incluiu uma pergunta
sobre quais outros componentes teriam
prioridade para as empresas. A resposta é
bem
conclusiva:
82%
disseram
simplesmente nenhum; 12% citaram uma
categoria que tinha aparecido antes. Fora
isso, a pesquisa indica duas respostas com
outras alternativas: uma empresa citou
manipulação e geração de relatórios e a
outra citou um componente específico do
mundo Java.
Qual outro tipo de componente sua empresa daria prioridade maior que os três acima,
se disponível em código aberto?
13
Nenhum
82%
WebServices
12%
Componentes de manipulação e
geração de relatórios
2%
Confidencial
2%
JCA
2%
7. Parcerias
7.1. Parcerias formais
O objetivo foi identificar a questão das
alianças com as grandes companhias
globais de softwares e de plataformas
tecnológicas. Os três
ficaram na liderança.
maiores
players
Com quais fornecedores/players de mercado sua empresa mantém alianças ou
parcerias FORMAIS?
Microsoft
62%
Oracle
44%
IBM
32%
Outros
8%
SAP
8%
Borland
4%
Cisco
2%
Compuware
2%
FEA
2%
14
As empresas desta amostra, em média,
têm mais de um parceiro. Por isso a soma
é bem maior que 50. A média é de 1,6
mais ou menos.
As alianças consideradas não são,
necessariamente,
tecnológicas.
Por
exemplo, a IBM não desenvolve aplicativos,
por isso, quem é aliado IBM certamente
tem, além da questão técnica, uma
conotação comercial. NO caso da Oracle e
da Microsoft, além de serem fornecedores
de plataforma, são fornecedores de
aplicativos. Essa questão sobre aplicativo
ou plataforma tecnológica talvez explique
porque a SAP ficou em 4º lugar. A SAP não
tem, ou pelo menos não é conhecida por
ter, uma plataforma tecnológica. Na
prática, o mercado ainda não reconhece a
SAP
como
uma
plataforma
de
desenvolvimento.
Nenhuma dessas empresas é parceira da
SAP em função dessa plataforma
tecnológica. Eles são parceiros no sentido
de complementar a oferta, dos pontos que
a
SAP
não
consegue
atender
particularidades no mercado nacional.
8. Vendas
8.1. Vendas em software
Qual é o percentual das vendas da sua empresa que provêm exclusivamente de
software comercializado como produto?
De 4 a 7,99%
De 8 a 15,99%
4%
4%
De 16 a 31,99%
10%
De 32 a 49,99%
De 50 a 69,99%
De 70 a 89,99%
10%
8%
10%
38%
Acima de 90%
Outro aspecto analisado é em relação às
vendas das empresas. Neste ponto, há
uma polêmica: o que é serviço ou o que é
produto. Mas, considerando a visão das
próprias empresas, apenas 40% delas
disseram que mais de 90% das vendas é
proveniente de produto, o que significa
que o restante viria de serviço, o que inclui
treinamento, integração etc.
Nas empresas que tem mais da metade da
receita proveniente da venda de produto,
na opinião das próprias empresas, esse
percentual fica em 56%. No conceito
global de venda de software, um produto é
15
algo que outra empresa pode implantar,
treinar usuário, vender, atender sem que
ninguém da equipe de desenvolvimento
tenha que estar envolvido.
Esse é o modelo que a Oracle, a IBM, a
Microsoft e muitas outras empresas
menores que atuam a nível global.
8.2. Manutenção de software
Por sua vez, da receita total com produtos de software, qual é o percentual originado
em contratos de manutenção de software?
Até 12,49%
De 12,5 a 24,99%
4%
2%
De 25 a 37,49%
8%
De 37,5 a 49,99%
24%
De 50 a 62,49%
De 62,5 a 74,99%
14%
6%
De 75 a 87,49%
De 87,5 a 100%
Considerando as quatro últimas faixas, que
são aquelas acima de 50%, chega-se a
44%. Isso significa que, quase metade das
empresas tem metade ou mais das receitas
a partir de contratos de manutenção.
É natural que, se pretende crescer
agressivamente a carteira de clientes, a
10%
14%
receita com manutenção passe a ser uma
parcela menor que a metade do
faturamento da empresa. O que quer dizer
que, se a empresa quer crescer, ela tem
que fazer com que o percentual destes
contratos sobre a receita total da empresa
diminua.
9. Faturamento
16
9.1. Variação de faturamento
A maior parcela das empresas informa ter
crescido de 10% a 25% no último ano. No
entanto, 6% informaram ter reduzido de
10% a 25% e 16% ficaram estáveis.
Se o mercado como um todo continua
crescendo, mesmo que não de forma tão
agressiva, uma empresa que está
encolhendo, está em dificuldades.
Qual foi a variação do faturamento de anual de 2006, em comparação ao de 2005?
Cresceu entre 10 e 25%
24%
Se manteve relativamente
estável ( Cresceu ou diminuiu
menos que 5%)
16%
Cresceu entre 25 e 50%
14%
Cresceu entre 5 e 10%
Diminuiu entre 10 e 25%
8%
6%
9.2. Expectativa
A última questão foi com relação à
expectativa para 2007. Apesar de as
estimativas
sempre
incluírem
certo
otimismo, pelo menos uma das empresas
consultadas admite planejar encolher.
17
E para 2007, qual é a expectativa de variação do faturamento anual da empresa em
relação ao obtido em 2006?
Crescerá entre 10 e 25%
28%
Crescerá entre 25 e 50%
26%
Se manteve relativamente
estável ( Cresceu ou diminuiu
menos que 5%)
8%
Crescerá entre 5 e 10%
6%
Crescerá entre 50 e 100%
Diminuirá entre 10 e 25%
4%
2%
10. Informações adicionais e conclusões
Consolidações no setor de serviços
O processo de consolidação é uma
realidade. A questão chave é a razão que
impulsiona a consolidação mais rápida das
empresas que estão focadas em serviço.
Essa razão é exatamente a questão da
produtividade média por cabeça. As
empresas
que
vendem
só
serviço
apresentam um peso muito grande da folha
de pagamento em relação a receita, ao
contrário das empresas que vendem
produtos. Quando a margem é tão pequena
a necessidade de se obter ganhos de escala
para justificar a operação da empresa é
muito maior. Entende-se que seja essa a
razão pela qual essa consolidação está se
dando muito mais rápida no ambiente das
empresas
que
basicamente
vendem
serviços.
18
Modelo de negócios
Menos da metade das empresas possui uma
inteligência competitiva ou uma estratégia
de mercado, o que ocasiona problemas na
administração.
As empresas ainda não perceberam a nova
realidade do mercado. E para isso só tem
uma saída: trabalhar usando o mesmo
modelo das empresas que deram certo.
Se uma empresa faz ERP para orquestra
sinfônica, que só tem 500 clientes no mundo
em potencial, será monopolista deste
mercado, o que é melhor do que ser sócio
de uma empresa que dê faturamento de R$
1 bilhão baseado na colocação de mão-de
obra.
Transformar idéia em produto
Para transformar uma grande idéia em
produto no mercado de TI é preciso fazer
marketing e vendas. A grande maioria das
empresas que tem uma idéia implementada
como software tem dificuldades técnicas
para, de fato, transformar isso em produto.
Há vários exemplos de idéias de empresas
brasileiras
que
se
perderam,
que
fracassaram, que foram compradas por
empresas maiores e o produto não teve
continuidade. Produto de fato possui várias
características. Uma é a questão multilíngua, outra é a capacidade de instalação,
outra é a capacidade de customização por
terceiro.
Desenvolvedores
Os desenvolvedores representam algo como
2/3 dos profissionais das empresas. Esse
número, se comparar com a indústria
mundial de software, é muito grande.
Empresas como Oracle, Misrosoft e IBM têm
milhares de desenvolvedores, só que a força
de trabalho dessas empresas está na casa
das dezenas de milhares, ou centenas. Ou
seja, os desenvolvedores representam, se
muito, 15% a 20%. A grande maioria das
pessoas trabalha em outras áreas, como
vendas, marketing, planejamento, logística,
desenvolvimento de canais.
Acesso ao capital e BNDES
Hoje há capital sobrando. Há vários fundos
de investimento esperando bons planos de
negócios. O próprio BNDES, o Prosoft, está
sendo renovado porque tem muito dinheiro
que não foi alocado. Só que, para conseguir
esses recursos, é preciso um bom plano de
negócio. A grande questão é se as
lideranças
das
empresas
têm
essa
habilidade. Esse conhecimento, no entanto,
pode ser contratado em forma de
consultoria.
Prosoft
O Prosoft possui três modalidades.
1) Prosoft de exportação, onde se financia a
venda da exportação. Neste caso não há
exigência de plano de negócio. Tem que se
certificar quem é o cliente lá fora que está
comprando; 2) Prosoft empresa, que
necessita de um plano de negócios; 3)
Prosoft comercialização, onde o BNDES
19
financia a compra do software pelo cliente
da empresa de software. Há várias empresas
entre essas 50 que utilizam essa modalidade
de financiamento. Esse é o mais fácil,
porque quem tem que apresentar garantia é
o comprador.
Certificações de qualidade
Cerca da metade das 50 empresas
entrevistadas possuem certificações de
qualidade. Neste ponto o Brasil é muito forte
por uma única razão: o mercado interno
comprador
é
muito
exigente.
Se
compararmos o Brasil com o México, o grau
de certificação das empresas mexicanas é
muito menor, cerca de 1/3 das brasileiras.
Novos nichos de mercado
É preciso procurar novos nichos para
investir, como por exemplo, a TV digital. A
forma como a TV digital está sendo
implementada no Brasil, indiretamente, gera
uma reserva no mercado. Porém, são
pouquíssimas, talvez três ou quatro
empresas brasileiras estejam envolvidas no
projeto que, de fato, vão tirar proveito dessa
oportunidade. O mercado potencial é muito
grande. E grande maioria das empresas não
está examinando. Existem muitos nichos de
mercado.
Recursos do Finep
As empresas pequenas reclamam que as
grandes
recebem
dinheiro
para
desenvolverem seus produtos. Porém, as
grandes empresas têm toda uma estrutura
para cumprir o ritual para conseguir os
recursos, enquanto as empresas pequenas
param no primeiro obstáculo.
Faz parte da evolução da empresa e quem
está liderando tem que ter consciência disso
e
buscar
meios
alternativos.
Há
financiamentos disponíveis a partir de R$ 5
mil, via Sebrae, até R$ 5 milhões, caso a
empresa precise.
Aplicativo em Java
Quem usa JAVA tem um custo maior e
produtividade maior. Se a empresa está
usando é porque tem cliente que exige.
Quem trabalha com JAVA também vende
mais caro.
20