O que o estrangeiro deve fazer ao chegar pelo mar Faculdade

Transcrição

O que o estrangeiro deve fazer ao chegar pelo mar Faculdade
ALMANÁUTICA
PRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO!
Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar – Ano IV – nº 21 – novembro/dezembro 2015
www.almanautica.com.br
ISSN: 23577800 21
Leia nesta edição:
O que o estrangeiro deve fazer ao chegar pelo mar
Faculdade ensina a organizar evento náutico
Campeonato Paulista de Vela Adaptada
Mundial da Classe Snipe é do Brasil
Naufrágio e recorde na Santos-Rio
E mais:
Náutica pelo Brasil
Artigos técnicos
Gastronomia
Mergulho
Kitesurf
ALMANÁUTICA
2
EDITORIAL
Abaixaaaaaa!
Ao que parece a crise econômica enfunou
as velas. Chegou de mansinho e em menos
de um inverno deu um jaibe na testa dos
desavisados.
Cada ano menores em patrocínios e número de participantes, cruzeiros, regatas e
mesmo a utilização dos veleiros atraca-cracados nas marinas está muito aquém do
desejado: “Menos donos de barco saindo,
menos marinheiros limpando esses barcos,
e menos produtos vendendo”, comentou-me alguém que disso vive. Um claro sinal
são Cruzeiro Costa Leste e a Refeno, talvez os mais importantes eventos de cruzeiro e regata longa no Brasil.
Na Refeno em 2012, 78 barcos largaram.
Em 2013 foram 66. Em 2014, 65. Este
ano, 49 bravos enfrentaram as exigências
da Marinha do Brasil, os custos de levar
o veleiro à Recife, as taxas de Noronha e
puseram suas tripulações rumo ao paraíso,
claro, não sem antes curtir as maravilhosas
festas e a sempre calorosa recepção do Cabanga Iate Clube. Não se pode negar que
o custo de uma balsa salva-vidas a 11 mil
reais e um epirbezinho a módicos seis mil
e quinhentos dinheiros inviabilize os bicos
de proa, que também já fizeram da Semana
de Vela de Ilhabela a mais gorda do circuito. O Cruzeiro Costa Leste que em 2008
subiu a costa com 64 veleiros, em 2014 levou 23. E nenhum argentino. Já a “chique-no-úrtimo”, Ilhabela Sailing Week (que já
foi a semana de vela dos bicos de proa e
a Rolex dos patrocinados) mostrou sinal
de rapidez e jogo de cintura, enfrentando o vento japonês (na-cara) com garbo:
Arribou antes do jaibe, abrindo as portas
para a participação novas classes (Clássicos, Mini, Star e Bicos de Proa medidos)
e negociando patrocínios e apoios que, se
não estiveram no mesmo nível de aporte do
tal relógio, pelo menos não deixaram o balão dar aquele sutiã vexaminoso. Sirva de
exemplo a todos nós: Começar a trabalhar
para 2016 e 2017 é pra ontem... E só para
referência, 1 balsa + 1 epirb = 15 dias na
Europa... (E abaixa que lá vem retranca!).
Murillo
NOVAES
Revisitando a laje
Olá querido leitor de alma mais que náutica, cá estamos novamente nesta missiva
vélica que chega às suas mãos. No momento que comecei a tecer este texto, fui
surpreendido com a triste notícia de que
a máquina de regatas “Zing 3” naufragou
no través da ponta do Boi, em Ilhabela, enquanto estava a caminho da Santos-Rio, a
mais tradicional regata de oceano do Brasil.
Os quatro tripulantes foram resgatados,
em segurança e em boa saúde, em alto mar,
da balsa salva-vidas, por um cargueiro de
bandeira de Hong Kong e estavam se dirigindo para o porto de Sepetiba no momento destas linhas sendo escritas. Nesta
altura, o mundo da vela já deve saber o que
aconteceu. E as conclusões e lições começarão a ser tiradas. O importante é que as
vidas estão salvas e, apesar do enorme sobressalto, as perdas foram só materiais.
Curiosamente, no dia anterior (ontem,
para mim agora) estava eu num belo resort
de Porto de Galinhas, no evento da Agile
Brasil, uma congregação de profissionais
de TI, justamente fazendo uma palestra
como o “fora da caixa” (ou seja, sobre um
assunto alheio ao foco principal) falando
sobre o meu acidente na laje da ilha da Mãe
em 8 de dezembro de 2013.
Para a plateia, na maioria leigos, a história de qualquer desastre marítimo ganha
dimensões mais assustadoras. De todo
modo, quando lembro do bom tempo que
passei submerso e preso sob o barco, com
a consciência tenebrosa de que meu fim se
Santos-Rio 2015:
Naufrágio e recorde
Com novo recorde na Regata Santos-Rio,
o veleiro Camiranga foi o Fita Azul cruzando a linha de chegada com o tempo de
18h9min3s. O recorde anterior era do veleiro Sorsa III, com a marca de 19h33min40s
estabelecida em 2006. O Camiranga é um
Ricardo Amatucci - Editor Soto 65 comandado por Eduardo Plass do
aproximava celeremente, é tudo assustador
até para mim, devo admitir.
No entanto, mais que entreter pela tragédia o meu objetivo de orador era, claro,
compartilhar algumas lições que aprendi
naquele fatídico dia. Sendo que uma delas
foi, sem dúvida, a do apoio maciço e afetuoso da comunidade da vela (obrigado mais
uma vez!).
Como exemplo disto, citei que, apenas
uma semana após capotar na laje, a convite nitidamente carinhoso e ‘energético’ do
nosso medalhista de ouro Edu Penido (que
neste momento se prepara em Le Havre
para pioneiramente correr, de Classe 40,
a prestigiada Transat Jacques Vabre. Bons
ventos!!), fui o navegador justamente do
“Zing 3” numa regata que contornava a
Mãe e na qual, com o suor escorrendo na
testa, passamos sobre a malfadada laje com
menos de 50cm embaixo da quilha para poder expurgar, a fórceps, todos os fantasmas
que ainda me assombravam naquele lugar.
Uma ironia do destino que naquele mesmo momento em que eu falava, o barco,
que por sua referência como o mais radical e moderno veleiro de oceano do Brasil,
serviu de alento e força para me recuperar
de um acidente tão grave, estivesse, ele
mesmo, prestes a sofrer o pior destino que
qualquer embarcação pode enfrentar, seu
soçobramento. Uma lástima! Que os deuses do oceano possam cuidar com alegria
de mais esta alma em suas hostes nas profundezas!
Ter sido convidado para falar do meu infortúnio foi um exercício interessante. Se,
por um lado, o passar do tempo ameniza o
susto, por outro, ele aprofunda ainda mais
a certeza de que naquela ocasião cometi
erros gravíssimos que tentarei, com afinco,
que jamais voltem a se repetir.
O fato de meu filho, hoje com 15 anos,
não ter sofrido nenhum trauma, físico ou
psicológico, e de meu amigo Fábio ter
comprado um barco novo, desta feita um
Brasília 32, o “Curiboca”, e de estar novamente navegando com prazer só faz meu
peito mais leve.
E foi justamente o Fábio, que como
marco da retomada de seu entusiasmo velejador, tomando a decisão de correr pela
primeira vez a Recife-Noronha, com sensibilidade registrou o sentimento que, tenho
certeza, um dia os tripulantes do “Zing 3”
irão experimentar.
Segundo ele, na proa do “Pangeia”
olhando o mar e a beleza de Noronha os
versos de um poema vieram à sua cabeça,
as lágrimas aos olhos e a imensa alegria do
reencontro com uma paixão ao coração.
Reproduzo aqui parte da poesia para que
sirva de inspiração para todos nós que, apesar de, por vezes, sofrer as agruras do mar,
sabemos que é nele que está nosso espírito
e nossa essência. Bons ventos a todos! E
bom retorno aos bravos homens do “Zing
3”!!
...Nesse contato tão íntimo
Me senti como um gigante
Aproveitei pra subir
E subi bem elegante
Clube Veleiros do Sul (RS) e este ano já
obteve outro recordena regata Alcatrazes
por Boreste, estabelecendo a nova marca
da prova de 6h04min03s.
O veleiro Zing III, com quatro tripulantes
naufragou na véspera da largada a caminho
de Santos. O incidente ocorreu próximo da
Ilha da Vitória (região de Ilhabela SP). Todos os tripulantes foram resgatados por um
navio de bandeira chinesa, após pedido de
socorro atendido pela Marinha do Brasil.
O Magia, de Torben Grael também não
conseguiu competir esse ano quebrando o
mastro antes de chegar a Santos. Já o veleiro Viva Extraordinario II com problemas
no leme solicitou apoio no través da Ilha
Grande. O veleiro Lady Milla prontamente abandonou a regata para fazer o resgate.
O veleiro Miragem, teve as velas rasgadas
antes da largada também ficou de fora.
Crônicas Flutuantes
Pau pra toda obra
- Cabo de chibanca?
- Oxê? Tem um aí que é forte!... cabra pra
quebrá tem que sê dos bruto... Angico, daqueles preto que prego, sem empeno, num
se bate... vê o peso!
- Hummm!... quanto?
- Doze real... quéxi déis.
- Feito!
Chibanca é ferramenta especializada,
feito fosse picareta de um lado e enxadão
do outro, a ir, o cabo, duns 80 centímetros
a pouquinho mais de metro, tendo bitola
maior na ponta para o ferro, e então vai
afinando. Múltiplas utilidades uma das
boas tem, incluindo aí arrancar mandioca
e desentocar tatu... quando autorizado pelo
Eduardo Cunha. Pois que atinei com mais
uma função à bichinha, sendo que somente
para o cabo. Acontece que meu veleirinho,
já erado – vício semântico dos tempos das
Gerais –, septuagenário de projetado é, de
origem, um cúter, muito airoso por sinal,
produzido em madeiras justas, de leis...
rígidas. O cúter é barco com par de velas
à frente do mastro principal, nesse nosso
caso único. A vante, elegante que só, com
punho de escota lá no alto, uma dita Yankee
e a outra, uma trinqueta, ficando entre o
mastro e a primeira. Para o punho fixo da
elegante faz-se necessário um pau de gurupê, uma espécie de espeto preso ao bico da
proa por cabos de aço, o que, para alguns
de mentes mais estrumadas, conferiria ao
inocente barco um aspecto fálico, sendo
isso, no caso que ora se escrevinha, um
paradoxo devido à graça pertencente à embarcação, HENRIETTE, por conseguinte,
legítima representante do reino feminino.
Afora esse pormenor, tenho-a, cá no bestunto, como uma adolescente levemente
comportada e pudica dentro dos conformes. Para isso – o gurupê – iria, então, meu
cabo de chibanca. Levei-o para casa: serra
daqui, solda dali, e lixa e lixa, adaptei-o
para tão inusitada neofunção. Um copinho
de inox na parte traseira com um furo de
meia polegada por onde passaria um pino
para a articulação; na pontinha outro copinho com quantos olhais necessários aos diversos cabos fixadores. De quebra revesti-o com quatro camadas de tecido de vidro e
resina epóxi, encima das quais fui colando
tirinhas longitudinais de finas lâminas de
madeira de cedro rosa, leve-leve, em faina sempre distante de se acabar. Todavia,
envernizadinhas, deram ar de boa e antiga
coisa náutica. Modéstias à parte... não vou
me gabar. As forças exercidas sobre um
gurupê genuíno não são das mais desprezíveis e o meu, cumpridor consciencioso de
suas funções, proporcionou-nos convivência muito feliz até o último sábado – escrevo essa crônica no dia 24/08/2015.
Regata do Camarão em Ilhabela. Inscrições a preços honestos, propiciando
direito à festa com fila para o sete-barbas
Fui bem longe, fui a ilha
Confirmar o meu destino
Pequeno pássaro rindo
Parecendo um menino
Mas menino consciente
Da missão que tem agora
Decidindo sua vida
De aurora a aurora...
Murillo Novaes é jornalista especializado em
náutica. Mantém o blog www.murillonovaes.com
Coluna do escritor José Paulo de Paula
frito, boa e gelada cerveja em quantidade
suficiente e uma banda local tocando ótimas MPBs num volume que impossibilitava qualquer tentativa de conversa sem
risco de rouquidão. Patrocínios, camisetas,
troféus, alguns poucos caçadores contumazes de votos circulando e coisas e tais.
Na largada, antes da festa, claro!, o vento,
que soprava firme de nordeste, deu trégua,
proporcionando aquele embolado de panos
flácidos, gritarias e bons e maus humores,
fato que colocaria as regatas entre os esportes mais divertidos e importantes do
Brasil, exceções feitas ao dominó, o truco
e o palitinho. E foi então que eu, nem meu
tripulante Kiko, não vimos um legítimo
representante do sexo dito forte, de nome
muito aprazível, vindo em rumo improvável, pois que, havendo queimado a largada,
retornava rio acima para, de novo, cruzar
a linha dentro do estabelecido por normas
sacramentadas. Para nada houve tempo e
a minha querida Henriette, sem piedade,
enfiou no gentil mancebo – veja o leitor as
tantas possibilidades que a modernidade
vem proporcionando – seu espeto fálico
cinco centímetros acima da borda do cujo.
O cataplum deu pra medir nos arrepios e...
lá se foi meu cabo de gurupê (mistura de
cabo de chibanca com pau de gurupê) partido ao meio. Minha garota, surpresa e assustada, sacudiu-se toda e, num rompante
heroico, partiu – mesmo com o pau, agora
impotente, partido em dois – para a dis-
puta, estabelecendo honroso segundo lugar
– éramos apenas três na classe dos idosos,
um deles um ketch de 32 pés pesando algo
em torno de 12 toneladas que não terminou
a prova, pois avizinhava-se a escuridão e a
cerveja esquentava.
Coincidências vêm e vão e – imprudentemente deixei de consultar meus horóscopos nesse dia – meio à tripulação da nau
atingida, incógnito, sabendo a um agente
infiltrado da legião estrangeira, ninguém
mais, nem menos, que meu patrão neste
nosso agradabilíssimo Almanáutica. Devido à crise por que passa nosso Salvelindo-pendão-da-esperança, tive momento extra
de tensão quando, no convescote supracitado, após a quinta ou nona cerveja, durante
leve pausa musical que proporcionou captação mínima razoável aos meus pavilhões
auriculares, pareceu-me ter ouvido dele, o
agente infiltrado, que o soldo devido por
essas crônicas flutuantes poderia, devido à
nossa – minha e da Henriette – imperícia,
estar ligeiramente comprometido... brincadeirinha claro!... acho.
Obs: Brincadeiras à parte, peço sinceras desculpas ao comandante Jean do veleiro DEVANEIO, pelo lamentável ocorrido – não sei se
consegui transmití-las no dia da festa pois o
som estava MUITO ALTO!!!
José Paulo é biólogo, artista plástico, capitão amador e conta, em crônicas com muito humor, situações
vividas a bordo com sua família no livro “É proibido
morar em barco”, à venda na Livraria Moana
Umas e
Outras
Histórias de um navegante im pre ciso
a
lio Vian
Por Hé
O encantador de guaiamuns
Sempre usei barba, se não o primeiro estabelecimento que visitaria em toda nova
ancoragem seria uma barbearia. É o point
ideal para fofocar um pouco e sentir o clima do lugar. Como não tenho o hábito de
raspar a cara, procuro, então, um barzinho
frequentado pelo povo do lugar. É ideal, já
que além de quebrar o gelo que todo forasteiro provoca, ainda tomo umas geladas
com os locais.
Nesses anos nômades desenvolvi um
olho clínico para achar biroscas pitorescas.
Diga ai se você já ouviu falar do Bar, Lanchonete e Budega Comeu Morreu? Fica em
Pirangi do Norte, no litoral sul potiguar, a
12 km da cidade do Natal, uma praia que
durante o verão é só badalação e famosa
por abrigar o maior cajueiro do mundo.
Na última vez que cheguei de barco à
Paraíba, minha irmã me levou para passear
nas praias do litoral sul e almoçar na Barra do Gramame. A praia fica praticamente dentro de João Pessoa, na divisa com o
município de Conde. Pertinho e escondida,
nem enxerguei a placa que sinaliza a entrada da estrada de terra. O rio Gramame
divide a praia e sua falésia em duas partes,
pode-se mergulhar na água salgada e na
água doce. Não há casas de veraneio, nem
mesmo uma vila, e sim vários barzinhos
rústicos, do tipo pé na areia fofa. Ficamos
na barraca do Zezinho, que serve o melhor
ensopadinho do pedaço. O ensopado, ou
caldinho, servido em copo americano, é
marca registrada do litoral paraibano. Zezinho tem de ostra, marisco, camarão ou
caranguejo, além do convencional de feijão. Outra pedida é uma banda de abacaxi
cortada em cubos, polvilhada com raspas
de limão, servido na própria casca, bem
gelado. Acompanhado de uma boa cachaça
da região de Areia, é de se consumir sem
moderação.
Como sou pessoense, é claro que já conhecia o litoral sul. Acampei muito em Coqueirinho, que apesar do nome no diminutivo
tem a beira-mar cercada por um coqueiral
de respeito. Mas na minha época Tambaba não era praia de nudismo e a barraca do
Zezinho não existia. A não ser que você
fique muito tempo
no entorno
de
cada
ancoragem, este
é o tipo de
bar que só
os locais
podem te
mostrar.
Zezinho
é uma figuraça.
Quando
não está
atarefado no bar, ele domestica guaiamuns.
É seu hobby, ele contou, enquanto ninava
um de seus pupilos. Leva dias até que os
bichinhos venham comer na sua mão e semanas até que estejam mansos. Coisas de
quem vive em Gramame, com todo tempo
do mundo, até para fazer coisas inusitadas,
como domesticar guaiamuns.
Hélio Viana é cruzeirista de carteirinha, mora
a bordo do MaraCatu, leva a vida ao sabor dos
ventos e mantém o maracatublog.com
Eduardo Sylvestre
Aprender e capacitar:
As palavras da vez
Em setembro tive o prazer de dar mais
um curso de treinamento para os técnicos
e instrutores de vela pela ISAF, desta vez
no Equador. Pela primeira vez na história,
o Equador colocou instrutores de escolas
de vela, treinadores de clubes e técnicos
nacionais e olímpicos todos juntos, com o
objetivo de padronizar o sistema de aprendizado e treinamento, e construir uma
unidade entre aqueles que introduzem o
esporte, aqueles que o mantem e os que
representam o país em competições, tudo
isso para desenvolver o esporte de forma
uníssona, pois todos trabalham para a vela.
Este é o mesmo objetivo do curso que estarei ministrando na Argentina no final do
ano. Fui chamado para uma conversa com
o chefe da Equipe Olímpica Argentina e o
presidente de sua federação para criarmos
um programa que tenha metas, objetivos e
resultados para modernizarmos a formação
dos técnicos naquele país.
Hoje a Argentina é sem sombra de dúvidas o celeiro de técnicos e treinadores das
Américas. Em todos os países que estive
e também aqueles com o qual estou em
contato como coordenador regional para a
América Latina da ISAF, encontro argentinos treinando, inclusive aqui no Brasil.
Com uma longa tradição em vela, a federação Argentina está investindo em treinamento e capacitação de seus instrutores
&
Meteorologia
Oceanografia
3
são patrocinados pelo Comitê
Olímpico Internacional e Solidariedade Olímpica, a preocupação
de todos é a continuidade, a busca
para renovação e o link entre todas as fases dos atletas. Isto só acontece com um
programa eficiente onde todos entendem o
processo e juntos apoiam as fases: iniciação, intermediário, avançado e treinamento.
Com uma costa com mais de 7.400 km de
extensão sem contar com lagos, represas e
rios, temos condição de dobrar ou triplicar
o número de praticantes de vela no Brasil
em um curto espaço de tempo. Mas para
isso temos que começar da base, temos que
nos capacitar, com metas, objetivos e resultados alcançáveis.
Muitos clubes náuticos não enxergam as
oportunidades que uma boa escola de vela
pode trazer a seus clubes, desde a renovação com novos sócios, atraídos muitas vezes pela participação de seus filhos na vela,
desde a novas fonte de renda, com cursos
tradicionais ou mesmo inovadores como
cursos de aventura envolvendo vários barcos e programas divertidos. Mas isso só
aparece através de reciclagem, capacitação
dos envolvidos diretamente no dia a dia do
esporte, ou seja, o Instrutor, o treinador e
o técnico. Sem aprendizado não há crescimento.
e técnicos desde a base até a ponta, pois
vê a necessidade de uma padronização e
um reconhecimento por parte da Federação Internacional. Por este motivo todos os
seus técnicos juntamente com instrutores
de base, farão o curso básico nível 1, e só
então o nível 2 para posteriormente fazer
o nível 3.
Aqui no Brasil é diferente. Quando falo
em curso básico, a primeira coisa que escuto é: “eu não preciso, pois já sou técnico”,
ou “isso é pra escolinha de clube, eu já sou
treinador”. Existe um forte preconceito e
uma reação muito forte dos que fazem a
mesma coisa a dez ou vinte anos e não querem inovar, ou reaprender ou mesmo estar
aberto a novas ideias. Lógico que existe
exceção, mas são poucos. Temos que entender que estamos na contramão do mundo. Enquanto ficarmos olhando para nós
mesmos, não iremos crescer como esporte.
Temos que nos capacitar, temos que criar
formas de despertar nosso esporte em todos os lugares deste Brasil. Diz um ditado “Não somos o que sabemos, somos o que
popular: “pessoas que acham que sabem
estamos dispostos a aprender”
tudo, privam-se de um dos maiores praze(ditado chinês)
res da vida, aprender”.
Eduardo Sylvestre é Diretor do Programa
Tenho falado com várias autoridades de
de Desenvolvimento da CBVela, Expert
comitês olímpicos em todos os lugares
da ISAF, técnico nível 3 da USSailing e
onde dou cursos, pois os cursos da ISAF
ISAF World Youth Sailing Lead Coach.
ficados a partir da escala Saffir-Simpson,
que varia de 1 (ventos de 64,3 nós a 82,5
nós) a 5 (ventos acima de 134,7 nós).
Um dos velejadores de cruzeiro que mais
admiro – Jimmy Cornell – registrou corretamente em seu livro “World Cruising
Routes” a ocorrência de furacões por cada
região do mundo, indicando a temporada
dos eventos extremos aos velejadores que
usavam seu livro como referência. No entanto havia um vazio no atlântico sul, sugerindo uma área abençoada, compreendida entre a África do Sul e a costa brasileira.
Em outro ponto do livro Cornell mostra os
meses de ocorrência dos eventos. O que
ele não poderia prever é que o clima mudaria e anomalias passariam a ser registradas
em diversas partes dos oceanos.
Realizando uma comparação dos registros
de Cornell com os atualizados, é possível
afirmar que houve uma alteração nos padrões dos furacões. De acordo com dados
do NOAA – National Oceanic and Atmospheric Administration, em maio e dezembro já há ocorrência de tempestades tropicais no Caribe, resultando em dois meses a
menos nas velejadas.
Em abril e dezembro de 2003, foram feitos os primeiros registros de tempestades
tropicais severas na região caribenha. De
lá pra cá não é mais rara a ocorrência de
eventos extremos nos oceanos em meses
que precedem ou que fecham as temporadas oficiais de furacões e tempestades
tropicais. Minha sugestão: revisem os períodos de ocorrência destes eventos, seus
equipamentos e sejam conservadores,
pois o clima está mudando e precisamos
nos adaptar a ele. Outras regiões do mun-
O Oceano Pacífico em agosto foi marcado
pela quebra de dois recordes que não merecem comemorações. Pela primeira vez,
desde que foi iniciado o monitoramento
de eventos extremos por volta de 1850, foi
registrado o surgimento simultâneo de três
furacões de escala 4 no Pacífico Norte, sendo que um deles o mais longo de toda série
histórica. Será que Kilo, Ignacio e Jimena
marcarão o surgimento de equipes de furacões? Esperamos que não. O ano de 2015
não está sozinho nesta estatística. Uma das
temporadas mais intensas já registradas
anteriormente possuía uma característica
em comum com a atual. Havia na região
a presença de um El Niño muito intenso
que causava um aquecimento anormal das
águas do Pacífico entre as latitudes 30oS e
30oN, como ocorre atualmente.
Na contramão do Pacífico com a presença deste El Niño, está o Oceano Atlântico.
Com poucos registros expressivos de anomalias em suas temperaturas, espera-se que
esta temporada seja mais branda, o que não
extingue a possibilidade do surgimento de
fortes tempestades e furacões nas porções
inquietas do Atlântico Norte. Um excelente exemplo de que o clima realmente
está navegando no contravento é o furacão
brasileiro Catarina, que surgiu quando as
temperaturas) estavam mais baixas do que
o normal, uma anomalia nas temperaturas
do Atlântico sul.
Furacões são geralmente caracterizados
por ventos violentos, ondas devastadoras e
chuvas muito intensas. Se formam durante
verão e o outono da região de passagem,
quando as vastas áreas tropicais do oceano
são aquecidas, gerando grande atividade
convectiva e tempestades intensas. Essa
massa de ar da superfície se encontra com
jatos de ar nas camadas mais altas, criando
um padrão de circulação chamado de depressão tropical. A evolução da depressão
tropical gera os furacões, e eles são classi-
Continua na pág. 07
Luciano Guerra, é especialista em meteorologia
pela UFF/RJ e trabalha com modelos meteorológicos no Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS.
Almanáutica:
Jornalista Responsável: Paulo Gorab
Editor: Jornalista Ricardo Amatucci
MTB 79742/SP
ISSN: 23577800/21
Jornal bimestral, com distribuição nacional
Ano 04, número 21 nov/dez de 2015
Depto. Jurídico: Dra. Diana Melchheier
Contato: [email protected]
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onde encontrar! Almanáutica: Pra quem
tem o mar na alma e quer mais conteúdo!
Por: Luciano Guerra
A Rota do Medo
ALMANÁUTICA
4 A Bordo
GIRO
Salvador - BA
pela Costa
Porto Alegre - RS
54 anos do
Aratu Iate Clube
Sob a competente batuta de Roberto Nadier Barbosa e sua diretoria, o Aratu Iate
Clube comemorou 54 anos com a Regata
de Aniversário. A história marca que no
início dos anos 60, Wandick Mendonça
resolveu fazer um clube na Baía de Aratu,
até então quase desconhecida. Um grupo
de entusiastas tomou a si a administração
da entidade, tendo à frente os abnegados
Ângelo Decânio, Hernandes Santos e Gildo Ferreira, que contavam com o apoio
da Brasilgás, através de seu Supervisor
Giorgi Tozoratti, que não media esforços
para transportar materiais, entulho, etc.,
aproveitando, é claro, das delícias proporcionadas pela paisagem do local e das
facilidades da entidade que nascia. Assim,
em outubro de 1961, nascia oficialmente o
Aratu Iate Clube.
Na época, a quantidade de barcos não
superava a casa das vinte unidades, na sua
maioria constituída de saveiros, havendo
uns outros tipos como Snipe, Lighting ou
Star, todos de madeira, naturalmente. As
lanchas eram duas ou três apenas.
Hoje o Clube conta com diversos recursos construídos ao longo dos anos:
Restaurante com três ambientes, sala de
vídeo, ar-condicionado, Wifi, modernos
píeres com Energia Elétrica (110 e 220v,
60 Hz), piscina, área social, vestiários,
mais de 100 poitas para fundeio, 160 vagas em píer flutuante. São 50 quilômetros
quadrados de águas para fundeio, 2.000
metros quadrados de área coberta em seco
para embarcações, além de rampa, carretas e içamento de barcos. Em sua estrutura é possível fazer serviços de marcenaria,
fibra de vidro, carpintaria, além do abastecimento de água potável e óleo diesel.
O Aratu Iate Clube (AIC) conquistou
o primeiro título Baiano de HPE 25 no
início de outubro, disputado no Yacht
Clube da Bahia. O campeão foi o veleiro
Fuguinha, do comandante Otávio Cravo,
seguido do Lasquinê, que conquistou o
vice-campeonato com o comandante Leonardo Chicourel. O quarto lugar ficou
com o veleiro Jack Sparrow, de Fleury
Filho, todos do AIC
A Bordo vai ao ar todos os domingos das 10h
às 11h pela Metropolitana FM de Salvador:
metro1.com.br
Baixe o app e ouça em qualquer lugar!
Troféu Cayru
Mateus Tavares e
Gustavo Carvalho:
Campeões Mundiais
Axé, Itália
Mateus Tavares e Gustavo Carvalho, velejadores do Yacht Club da Bahia,
são os Campeões Mundiais da Classe Snipe. Eles venceram o Campeonato Mundial
que aconteceu em setembro em Talamone,
Itália. “Nosso objetivo em Talamone era
terminar em os dez primeiros. Não esperávamos ganhar o Campeonato do Mundo!
A semana foi bastante desafiadora, mas
em um ponto, o placar provisório mostrou
Campeonato Mundial de Snipe 2015
uma abertura e percebemos que tínhamos
uma chance. Tudo funcionou e nem Gustavo nem eu podemos acreditar que somos
campeões do mundo”, contou Mateus.
Os outros brasileiros (Rafael Gagliotti e Henrique Gomes (Santos), quarto
lugar e Mario Urban e Daniel Seixas (também do YCB), em quinto, comemoraram
pulando na água e fazendo a festa (capa
desta edição).
Campeonato Mundial de Snipe Júnior:
Resultados finais:
1. BRA Mateus Tavares e Gustavo Carvalho
2. ARG Luis Soubie e Diego Lipszyc
3. ESP Alvaro Martinez e Gabriel Utrera
4. BRA Rafael Gagliotti e Henrique Gomes
5. BRA Mario Urban e Daniel Seixas
1. ESP Antonio Montoya e Gregorio Cuenca
2. BRA Felipe Rondina e Luis Felipe Boani
3. ITA Michele Moeotto e Alberto Cassandro
4. ESP Enric Noguera e Marc Vallespir
5. BRA Nicholas P. Grael e Fabio Kohler
Itajaí - SC
Equipe fica em 3º
O veleiro Manos Champ (foto ao lado)
da equipe de vela que representa a cidade de Itajaí em eventos náuticos - Itajai
Sailing Team – terminou a Refeno 2015
O Manos de
em terceiro lugar no tempo corrigido,
Itajaí
na Classe ORC, tendo ficado com o 10º
(acima) ficou
tempo na geral.
em terceiro,
O resultado foi considerado positivo
e o Mussulo
pela equipe que participa da competição
(ao
lado) em
pela primeira vez.
primeiro
O barco itajaiense completou a travessia com o tempo corrigido de exatas 23
horas 17 minutos e 39 segundos.
Os velejadores da equipe fizeram uma ação educativa na Creche Bem Me Quer, em Fernando de Noronha
como parte do projeto do time.
O principal objetivo é deixar um legado para as comunidades onde participa de competições, promovendo
a inclusão social.
As crianças participaram de um bate papo com os atletas e receberam kits com material escolar e protetor solar.
Cerca de 50 veleiros participaram das
regatas do XXV Troféu Cayru de Vela de
Oceano, realizado no início de outubro. A
competição, uma das mais tradicionais organizada pelo Clube dos Jangadeiros, reuniu centenas de atletas e visitantes. Criado
em 1991 para homenagear o patrono e fundador do Clube dos Jangadeiros, Leopoldo
Geyer, e seu barco Cayru, o evento aconteceu ao longo dos dois dias de competição.
O grande vencedor na categoria ORC
Internacional foi o atleta João Ritzel Remédios, com o veleiro Patron, representante do Clube Veleiros do Sul. O Fita Azul
ficou pelo segundo ano consecutivo com o
veleiro San Chico 3, de Xico Freitas. Na
classificação geral ficaram João Ritzel Remédios (Patron); Henrique Dias (C’est La
Vie), Airton Schneider (Hobart – Jangadeiros). O Comodoro Manuel Pereira destacou a importância do evento: “O Cayru,
além de ser uma das principais competições disputadas no ano, é uma forma de
homenagearmos e valorizarmos os velejadores de Oceano de cruzeiro”.
Recife - PE
O veleiro Mussulo III cumpriu muito
bem seu papel na Refeno, a 27ª edição da
Regata Internacional Recife / Fernando de
Equipe fica em 1º
Noronha: venceu a prova
nas categorias RGS e RGS
A, e ficou em terceiro lugar na classificação geral
da competição.
“Foi uma das regatas
mais perfeitas que já fizemos. Não tivemos nenhum
problema ao longo do percurso, nem erros de manobra. Ao contrário, a estratégia de aproveitamento de velas adotada e a
tática definida da largada à chegada foram precisas e fundamentais para
que alcançássemos esse resultado e ainda quebrássemos o nosso recorde “, disse José Guilherme Caldas, comandante do Mussulo III. A embarcação, patrocinada pela Angola Cables, contou com uma tripulação
formada por nove integrantes – sete brasileiros e dois angolanos. Além
da classificação, o Mussulo III superou seu tempo de regata, cruzando
a linha de chegada com o tempo de 31 horas 15 minutos e 02 segundos.
5
Guarapiranga SP
Eduardo
Sylvestre é
escolhido para
ser o treinador
da ISAF no
Mundial da
Juventude
Youth Sailing Lead Coach Isaf
Jorge Zarif e Bruno Prada:
A volta por cima do
Yacht Club Paulista
Bons ventos sopram no YCP
Sob a batuta do Comodoro José
Francisco Agostini Roxo e sua competente
equipe, o Yacht Club Paulista (YCP – Guarapiranga/SP) está se renovando e investindo cada vez mais na vela.
Após o início de seu trabalho no
clube, Agostini Roxo já conseguiu trazer
em abril deste ano Bruno Prada, que aceitou seu convite para fazer parte da Diretoria Institucional do YCP. “Ele aceitou e a
primeira coisa que falei pro Bruno foi que
ele tinha a tarefa de trazer o Jorginho (Zarif) de volta”, contou Agostini em entrevista ao Almanáutica.
Missão dada, missão cumprida:
Jorge Zarif agora treina pelo YCP. Ocupando atualmente a 9ª colocação do ranking
de skippers da Star Sailors League (SSL),
Zarif tem garantida a classificação para
as finais da Star na SSL que acontece em
Nassau (Bahamas), de 1 a 6 de dezembro,
e é o nosso representante na Finn para ao
Jogos Olímpicos Rio 2016. “Nosso Diretor de Vela é o Alberto Hackerott, da família de velejadores campeões e um gênio
como dirigente”, orgulha-se Roxo. “Ele é
o principal responsável por resgatar a área
da vela: Triplicamos o número de eventos
náuticos e na penúltima Copa tivemos 70
embarcações inscritas”, completa.
Outro jovem Diretor do time do
YCP é filho do ex-Comodoro, Carlo Caruso, que está agitando o clube com eventos
de SUP (o atual líder do Circuito Brasileiro de SUP é prata da casa, Tuca Santacreu). Quem segura essa turma?
Copa da Juventude
Santos - SP
Com boas surpresas - Yacht Clube da
Bahia e Iate Clube Lago de Itaipu – despontando no cenário como melhores clubes entre os tradicionais representantes da
vela brasileira, aconteceu em setembro na
Guarapiranga (SP), a Copa da Juventude
2015.
A competição definiu a Equipe Brasileira
de Vela Jovem que representará o país no
Campeonato Mundial da Federação Internacional de Vela (ISAF), em Langkawi, na
Malásia, e nos IV Jogos Sul-Americanos
de Praia, em Pimentel, no Peru, ambos em
dezembro. Mais de 70 atletas de oito estados participaram nas classes Laser Radial
(masc/fem), 420 (masc/fem), RS:X (masc/
fem, Hobie Cat 16 e 29er (masc/fem).
Melhor Clube de Vela Jovem do Brasil
1- Iate Clube do Rio de Janeiro
2 - Yacht Club Santo Amaro
3 - Yacht Clube da Bahia
4 - Iate Clube do Lago de Itaipu
Ilha dos Arvoredos
A edição 2015 da Regata Volta da Ilha dos
Arvoredos foi disputada em mar bastante
agitado, o que provocou várias desistências. Dos 13 inscritos, largaram 11 e completaram apenas 8. Na IRC, o vencedor foi
o Rudá (Benneteau Frist 40) de Guilherme
Hernandez. A disputa pelo segundo foi entre Asbar IV de Jonas Penteado e H3+ de
Carlos Fernandes (o Rato). Melhor para o
H3+ por uma diferença de apenas 9 segundos no corrigido. Na RGS, o vencedor foi o
ICTi de Alfredo Peres Neto e na RGS Cruiser, o Chrispin II de Jose Carlos de Souza.
O Lexus/Chroma, único barco da ORC, de
Luiz G. de Crecenzo, foi o fita azul. A Volta da Ilha dos Arvoredos foi idealizada em
1958 por Fernando Lee, sócio do Iate Clube de Santos (ICS) e dono da ilha situada
na costa, distante de Santos 17 milhas.
Técnico de vela e professor de Educação Física há mais de 25 anos, Eduardo Sylvestre
é o novo ISAF World Youth Sailing Lead Coach para o mundial de vela da juventude na
Malásia (27/12 a 3/1/16). É a primeira vez que um brasileiro é chamado para ocupar este
cargo. “Para mim foi uma grande alegria receber e aceitar este convite” disse Eduardo
ao Almanáutica. Já Dan Jasper Training and Development Manager da ISAF comentou:
“Pessoalmente, estou muito feliz que a nomeação de Eduardo tenha sido confirmada. Ele
já provou suas habilidades no trabalho que tem desenvolvido para a ISAF. Desejo tudo
de bom para ele neste emocionante papel e estamos ansiosos para ver os resultados, que
estou certo que não vão demorar muito a aparecer”.
Rio de Janeiro - RJ
Bruxa solta na
Clipper Race
Num final de semana
para Sir Robin
esquecer, dois
veleiros encalham
na Restinga da
Marambaia (RJ)
Após o LMAX (acima)
encalhar na restinga,
o Qingdao saiu para
ajudar e também
acabou encalhando
A primeira etapa da Clipper foi marcada por alguns fatos tanto inéditos quanto ruins.
Não bastasse a morte do velejador Andrew Ashman após a retranca do seu veleiro bater
contra sua cabeça em pleno mar, a parada brasileira foi marcada por dois encalhes.
Após vencer a primeira perna de Londres para o Rio de Janeiro, o veleiro LMAX Exchange, encalhou na Restinga da Marambaia por volta de meia noite de sexta-feira, 2 de
outubro, cerca de 42 milhas da Marina da Glória, a caminho da marina Verolme onde
faria a aplicação de adesivos. Enquanto tomavam providencias para o reboque, o veleiro
Qingdao foi ao local para tentar auxiliar e ficar de prontidão, mas também encalhou (foto
exclusiva). Em nenhum dos incidentes houve problemas com a tripulação. No primeiro
encalhe, a organização não forneceu maiores explicações até o momento, mas divulgou
que “uma avaliação descartou a possibilidade de erros de equipamento”. A direção da
prova também afirmou que o Comandante Olivier Cardin continuará a liderar a sua equipe. No caso do Qingdao, um cabo acabou enrolado no hélice e o veleiro ficou à deriva,
sendo levado para a areia. Na quarta, 7/10 os demais veleiros partiram com destino à
África do Sul, próxima etapa.
Tudo isso entretanto não diminuiu a festa e a organização da equipe brasileira - comandada por Flávia Goffi - que não só correu atrás dos prejuízos e da “operação desencalhe”,
que durou mais de 3 dias de intenso trabalho, como tratou de não deixar que os incidentes atrapalhassem a festa de recepção, premiação, largada e dos compromissos com os
patrocinadores. Certamente Sir Robin Knox-Johnston leva daqui um exemplo de como
lidar de maneira correta com grandes problemas. Ponto pra nós.
ALMANÁUTICA
6
Quando a escola flutua...
Beneteau no
SP Boat Show
Marcando presença no bonito estande do
São Paulo Boat Show, a Beneteau trouxe o
Oceanis 45 cuja visita foi muito concorrida.
A fila de espera média para a visitação era
de 30 minutos tal a quantidade de interessados na visita técnica.
E nosso parceiro André Homem de Mello
(na foto), esteve presente.
Jack Sparrow é sucesso
em ação de Marketing
Foram mais de 200 fotos em 4 horas...
O Jornal Almanáutica realizou uma ação
de marketing para a ABVC no São Paulo Boat Show. No sábado, 3/10, durante 4
horas, um ator profissional caracterizado de
Jack Sparrow divulgou o boletim oficial da
entidade, parte integrante do jornal (última
página). Nesse período, mais de 200 pessoas lotaram o estande para tirar fotos, fazer
“selfies” e claro, levar o Almanáutica pra
casa. Todos foram convidados a ir ao site
para fazer o download da foto tirada no dia.
A Fatec Cotia – localizada na cidade de mesmo nome no interior de São
Paulo – realizou um projeto na área de
Gestão Empresarial, envolvendo a organização de uma regata em Ilhabela (SP).
Com o nome de Fatec On Board, o evento
foi requisito para a aprovação na disciplina do Professor Guilherme Gomes “Atividades Acadêmico-Científico-Culturais”
no curso superior de Tecnologia em Gestão Empresarial, onde Alexandre Simon
é coordenador. Eles propuseram a seus
alunos uma experiência inédita: Organizar um evento no qual outros alunos pudessem aprender a velejar em mar aberto.
“A oportunidade surgiu em uma disciplina do curso quando o Professor Alexandre Simon explicou a dimensão dos projetos e citou tudo o que envolvia o ato de
velejar. Logo me encantei pelo o que o
projeto propunha”, conta Nayara Yovera,
uma das alunas do curso e organizadoras
do Fatec On Board.
Das 40 vagas abertas pela turma de alunos que idealizou o projeto,
foram reservadas seis para entidades convidadas: As vizinhas Faculdades Mario
Schenberg e a Integradas Rio Branco.
O convite foi feito através do contato de
Guilherme com Luis Gustavo Napolitano (Schenberg) e Edman Altheman (Rio
Branco), que encamparam a ideia.
Os alunos organizadores tiveram que se preocupar com o transporte,
hospedagem, programação esportiva e
cultural do evento, veleiros e seus comandantes, e também com a comunicação
com a Prefeitura de Ilhabela e com autoridades da Marinha do Brasil. “Desde
o inicio o nosso medo principal era com
os riscos envolvendo 40 pessoas a bordo
de veleiros, em alto mar, em baixo do sol,
como a possibilidade de alguém passar muito mal em alto mar. Ter que dar todo o suporte
necessário a eles; não conseguir veleiros suficientes para comportar os 40 participantes além
de não arrecadar dinheiro necessário para realizar todas as atividades do projeto”, contou
Nayara.
Os participantes chegaram a Ilhabela por volta das 4h da manhã de uma sexta-feira e no sábado às 8h já estavam de pé para uma aula teórica de vela, com o instrutor José
Spinelli Neto, da escola Cusco Baldoso (parceira do Almanáutica). Lá se depararam pela
primeira vez com explicações sobre todos os vetores de força que atuam sobre um veleiro.
Após a aula teórica, os participantes foram divididos em 6 equipes e procederam para o
embarque nos veleiros: BL3 e Urca (Wind 34), Helios (Delta 32), Fandango (Schaeffer 30),
Os alunos da
Fatec de Cotia
do curso superior
de Tecnologia em
Gestão Empresarial
tiveram uma
missão: Organizar e
participar
de uma regata
“Esse tipo de experiência deveria
ser vivido por todos durante o período acadêmico. Dez anos de experiência no mercado de trabalho não me proporcionaram
tantas oportunidades de vivenciar conceitos como liderança, trabalho em equipe e
gestão de conflitos de forma tão intensa”,
disse Guilherme Gomes.
Ao final do dia houve uma confraternização no Hostel Saco da Capella, base
em terra do evento.
&
Meteorologia
Oceanografia
Continuação da pág. 03
do têm sido marcadas por anomalias: Em
fevereiro deste ano a costa Australiana viu
dois ciclones atingirem seu território, e o
Hawaii enfrentou a fúria de dois furacões
em setembro de 2014.
Modelos computacionais avançados, incluindo o utilizado pelo IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change, estão
prevendo que o El Niño não irá enfraquecer
por agora, ou seja, as porções Central e Leste do Pacífico Norte, provavelmente ainda
terão uma temporada agitada. Bons Ventos!
“
Foi uma
experiência
fantástica”
Soneca (Samoa 33) e Ydypy (Fast 310).
Cada uma das equipes contou com um
instrutor experiente: Ricardo e Clauberto (BL3); José Spinelli (Cusco Baldoso);
7
Guilherme Gomes, Marcos Gama Lobo e Luis
Pimenta.
Nos barcos os estudantes aplicaram os
conceitos obtidos na aula teórica: Noções de direção do vento, abertura das velas e condução da
embarcação foram passadas aos alunos. Nesta
fase o objetivo era familiarizar os estudantes com
o universo da vela, fazer com que tivessem boas noções sobre como comandar uma
embarcação. “Foi algo indescritível, tive uma sensação muito boa quando entrei no
veleiro, foi sensacional”, descreveu Nayara.
“Tive uma experiência fantástica e única. Aprender a teoria sobre o funcionamento de um barco a vela, assim como a prática, me trouxe conhecimentos
que provavelmente não teria a oportunidade de adquirir em outro lugar. As regatas
foram emocionantes. Colocamos em prática o trabalho em equipe, deixando diferenças de lado para alcançar um resultado maior. Foi um evento de novas amizades,
experiências e aprendizados”, comentou Luke Pacces, um aluno participante.
Nayara, como organizadora, também se encantou: “ A realização do evento foi algo inexplicável. Inesquecível. Conseguimos atingir todas as metas e fazer
valer a pena todo o esforço da equipe. Aprendemos a trabalhar em equipe, superar
dificuldades, lidar com algo desconhecido e a enfrentar novos desafios. Acho que
esse aprendizado vai nos ajudar muito no mercado de trabalho e mesmo na vida”,
concluiu.
Após absorverem as noções básicas, os estudantes participaram de duas regatas.
Uma no modelo barla-sota (onde os veleiros vão até uma boia e voltam), de curta
duração; e outra de percurso, entre a Ponta das Canas e Saco da Capela.
“Foi melhor do que do eu imaginava”, disse Nayara. “E pelo que ouvimos
dos participantes, para eles também foi melhor do que o esperado. Conseguimos
proporcionar uma experiência incrível e inesquecível para todos. Conseguimos de
fato superar todas as expectativas”, comentou.
ALMANÁUTICA
8
Cisne Branco na
Tall Ships Race
Tall Ships Race:
Mais de 70 navios-veleiros
inclusive o Cisne Branco
O Circuito Mediterrâneo
reuniu 250 clássicos em 2015
Com início no porto de Belfast, a Tall Ships Race é uma competição de Navios-Veleiros de diversas nacionalidades que competem pelo Mar do Norte. A rota é em direção à
Noruega, navegando através dos fiordes, terminando mais ao sul, na Dinamarca.
Obtendo o oitavo lugar na primeira parte da competição e 17º na segunda, o Cisne
Branco para em 7 portos brasileiros (e 9 estrangeiros) durante seu retorno. Você pode
conhecer a competição e ver todos os navios-veleiros participantes (72 ao todo) no site
oficial da Tall Ships Race
www.sailtraininginternational.org/events/2015-the-tall-ships-races
Resultado da primeira etapa da Competição (Belfast – Noruega)
(país/ Nome do navio/tempo corrigido: dias-horas-min-seg)
1) Polônia - FRYDERYK CHOPIN 02 16 52 56
2) Noruega - SORLANDET 02 23 07 31
3) República Checa LA GRACE 03 00 58 39
4) Noruega CHRISTIAN RADICH 03 06 32 28
5) Noruega STATSRAAD LEHMKUHL 03 06 57 49
6) Holanda EENDRACHT 03 15 23 32
7) Holanda GULDEN LEEUW 03 21 10 10
8) Brasil CISNE BRANCO 03 22 23 30
A festa dos clássicos
Cerca de oitenta veleiros clássicos, entre os quais alguns que datam do final do século
XIX, reuniram-se em Cannes no final de setembro para a 37.ª edição das “Régates Royales”, nono e último evento do calendário do Panerai Classic Yachts Challenge (PCYC)
2015.
O evento proporciona a etapa conclusiva desta temporada do Panerai Classic Yachts
Challenge e pertence ao Circuito Mediterrâneo que conta também com Les Voiles
d’Antibes, o Argentario Sailing Week e a Copa del Rey, em Menorca. Mesmo com a
“concorrência” das regatas Panerai da América do Norte, das Caraíbas e na Ilha de
Wight, só o Circuito Mediterrâneo atrai este ano mais de 250 embarcações de mais de
10 países diferentes, confirmando a posição do PCYC enquanto principal circuito internacional para veleiros clássicos e vintage. Em Cannes também está presente o ketch
bermudense Eilean, adquirido e restaurado pela Officine Panerai, hoje embaixador da
marca de alta relojoaria florentina.
O que o estrangeiro deve fazer ao
chegar embarcado ao Brasil?
Você saberia
dizer qual é
o passo-a-passo
na hora da
regulamentação
dos documentos
para um
turista que
chega pelo mar?
Essa é a frequente dúvida de quem nos
visita pelo mar. Em contato com a Superintendência da Receita Federal, o Sr.
Anaximandro Orleans Calle de Paula, da
Seção de Controle Aduaneiro da Inspetoria
da RFB em Recife-PE, esclareceu ao Almanáutica e seus leitores todos os procedimentos necessários, que podem inclusive
começar antes mesmo da chegada. Veja a
seguir um resumo.
O passo-a-passo você pode fazer download no site do Almanáutica, tanto em português como em inglês (aba downloads).
Antes, é bom lembrar que as embarcações de esporte e recreio registradas/matriculadas em países do MERCOSUL estão
sujeitos a regra específica (Art. 356, RA),
desde que não transportem carga e/ou passageiros com fins comerciais. Em princípio, estas embarcações usados em viagens
de turismo, circularão livremente no País,
dispensado o cumprimento de formalidades aduaneiras.
1- Antes mesmo de chegar ao País, o responsável pela embarcação pode preencher
e transmitir a Declaração Eletrônica de
Bens de Viajante (e-DBV), no seu tablet ou
celular, ou pelo site da RFB: www.edbv.receita.fazenda.gov.br Há opção de registro
em Inglês e Espanhol (no site há o passo-a-passo desse preenchimento).
Em justa homenagem
a estátua de Torben
foi inaugurada
na Suíça
2- O responsável pela embarcação ou veículo de competição que entrar no País por
seus próprios meios deverá apresentar-se à
repartição aduaneira do primeiro porto nacional, no prazo de 24 horas, para a adoção
dos procedimentos aduaneiros pertinentes,
e apresentar os seguintes documentos: Passaporte, Registro da embarcação e Extrato/
Recibo da e-DBV (se ele tiver registrado
a declaração eletrônica com antecedência).
3- O responsável deve comparecer às
seguintes repartições, na ordem: Polícia
Federal (visto de turista), Receita Federal
(admissão temporária da embarcação) e
Capitania dos Portos. A mesma seqüência
deve ser observada antes de deixar o País.
Se houver portos intermediários, ele deve
comparecer à Capitania dos Portos nesses
locais.
4- O prazo de vigência da admissão temporária da embarcação será o mesmo prazo
do visto concedido para a permanência, no
País, de seu proprietário. Este prazo poderá
ser prorrogado na mesma medida em que o
estrangeiro obtiver a prorrogação da autorização para sua permanência no País
5- Caso a embarcação seja de brasileiro
radicado no exterior que ingresse no País
em caráter temporário, o prazo de admissão temporária será de até noventa dias.
Este prazo poderá ser prorrogado por
período que, somado ao inicialmente concedido, não ultrapasse cento e oitenta dias.
Torben Grael recebe homenagem
Durante o 1º Grand Sam da Star Sailors League (SSL) que aconteceu no Museu Olímpico de Lausanne, o espaço da vela foi inaugurado junto com estátuas dos bicampeões
olímpicos da classe Star, Torben Grael e Mark Reynolds (EUA). A cerimônia contou
com a participação do norte-americano Dennis Conner, membro honorário da SSL e
também conhecido como Mister America’s Cup, pelos quatro títulos conquistados na
principal competição da vela oceânica entre nações.
O Paulista de
Vela Adaptada foi
também seletiva
para o Brasileiro
no RJ, e teve sua
sede no ASBAC
na Guarapiranga
Adaptada
A Represa de Guarapiranga foi sede do Campeonato Paulista de Vela Adaptada
em outubro. A competição, organizada pelo Clube Paradesportivo Superação, com a
chancela da FEVESP e sede no Clube ASBAC, foi seletiva para o Campeonato Brasileiro de Vela da Classe Paralímpica Sonar 2015, que acontecerá no Rio de Janeiro. No total
participaram 12 atletas divididos em quatro barcos da classe Poli 19, em uma disputa durante dois dias de evento. Os barcos são adaptados para os diferentes atletas. “Os barcos
possuem algumas adaptações que possibilitam os atletas manusearem os equipamentos
com facilidade”, explicou Vitor Hugo Pinheiro, técnico do Superação.
A equipe comandada por Honório Rocha, com Mah Mooni e Evandro de Léo,
foram os vencedores. O barco Kronos conquistou 4 regatas das 6 disputadas. “Esse resultado foi a recompensa após exaustivos treinos e comprometimento de toda a equipe”,
ressalta o comandante. “Um campeonato paralímpico influi diretamente na vida desses
atletas quando concorrem a uma vaga como o Brasileiro de Vela Adaptada”, comentou
Luiz Gouveia, presidente do Clube Paradesportivo Superação.
Vela e
Educação Física
(parte final)
Peter Thomas Comber é Professor e
instrutor de vela e fala sobre a
modalidade como ensino nas escolas
Segurança ao Velejar
Como comentado anteriormente, a vela
é praticada no meio liquido, que é hostil
ao ser humano, além disto, ao velejarmos,
também estamos bastante expostos às intempéries da natureza. Isso gera um risco
inerente à atividade. Com os equipamentos
de segurança adequados, uma boa experiência do professor, e barcos em boas condições de uso, pode-se diminuir estes riscos aos mesmos patamares que os demais
esportes praticados na escola, porém se os
fatores de segurança forem negligenciados, os riscos se tornam exponencialmente
maiores. Recentemente na cidade de São
Paulo vimos isto ocorrer na modalidade
natação em um colégio conceituado e de
bastante tradição, onde infelizmente um
aluno se afogou e perdeu sua vida, tornando-se uma grande tragédia para todos os
envolvidos.
Por isso, se um profissional de Educação
Física optar por utilizar a modalidade vela,
e todos os seus benefícios apresentados
neste trabalho, é imprescindível que ele
tenha boa experiência no ensino e prática
da vela, e que em momento algum abra
qualquer exceção com relação aos itens de
segurança da modalidade, tais como: colete salva vidas, cabo de reboque nas embarcações, embarcação de apoio motorizada.
9
Kitesurf
Furnas Rio
Kitesurf
Open
foi válido
como
segunda
etapa do
Brasileir de
Kitewave
Foto: K08 Kite Club
A cidade do Rio de Janeiro recebeu mais uma vez o “Furnas Rio Kitesurf Open”,
a esperada etapa do circuito brasileiro de Kitewave, segunda etapa do Campeonato
Brasileiro. Com a final adiada pelo tempo ruim, a praia da Barra da Tijuca viu Zaga
Gonzaga (Santa Catarina) sagrar-se campeão, enquanto que a carioca Milla Ferreira
levou o título entre as mulheres. A terceira e última etapa do Brasileiro de Kite Wave
ainda não teve sua data definida.
Pro Masculino:
1º - Zaga Gonzaga (SC)
2º - Pedro Matos (RJ)
3º - Bruno Bordovsky (RJ) e
Filippe Ferreira (RJ)
Pro Feminino:
1º - Milla Ferreira (RJ)
2º - Letícia Aiache (RJ)
3º - Samy Marins (SC) e
Brigitte Mayer (RJ)
Foto: K08 Kite Club
Van e Carl Volmer são
irmãos gêmeos e querem
morrer a bordo do Peacemaker
Foto: Carlos Lima Rocha/Lima Filmes
É doce morrer no mar...
A galera do
masculino
recebendo
os troféus
após a
finnal num
domingo
nublado
mas
proveitoso
E você achando a gasolina cara...
Os irmãos gêmeos Van e Carl Vollmer, tem um projeto que a princípio não parece ter
nada de incomum: Sair navegando pelo mundo em um veleiro. Não fossem alguns detalhes: Eles tem 85 anos, a viagem é só de ida, e pretendem fazer isso em um navio-veleiro
de 48 metros e 3 mastros.
Eles acreditam – e alguém duvida? - que será a sua maior e última viagem. No momento
da morte eles também já tem os planos: Um enterro à velha moda dos marinheiros, sendo seus corpos lançados ao mar. Um coisa não é insólita: Eles querem uma tripulação
de pelo menos 16 pessoas a bordo para auxiliarem na navegação. “Vamos ficar com os
peixes até ao fim dos tempos”, disse Van.
Na verdade eles já tem bastante experiência com o mar, fazendo deliverys, pequenos
consertos e trabalhos em marcenaria para
outros barcos. E vivem há anos em um
barco de 40 pés (12 m) em uma doca de
City Island, no Bronx, em Nova Iorque.
Falta apenas comprar o veleiro. O escolhido foi o navio-veleiro de 3 mastros, Peacemaker. Outra curiosidade dessa história
é a origem do sonhado Peacemaker: Ele é
brasileiro...
Você acha que a gasolina está cara?
Sabe nada, inocente! Para colocar gasolina em Fernando de Noronha - a gasolina mais cara do Brasil - agora ficou ainda mais caro... O litro passou de R$ 5,39
para R$ 5,59. Supondo um tanque de 45
litros como a maioria dos buggynhos de
lá, para encher o tanque vai custar a bagatela de R$251,50. Durante a Refeno o
turista pode até não ligar. Mas vai dizer
isso para um morador um comerciante
ou um motorista de taxi...
CONHEÇA A LINHA DE PRODUTOS ORGÂNICOS NAUTISPECIAL
RESPEITA O MEIO AMBIENTE E VOCÊ!
O Peacemaker
Originalmente batizado de Avany, foi
construído em Navegantes, (SC), utilizando métodos tradicionais e madeiras tropicais, e foi batizado em 1989. O industrial
brasileiro Frank Walker, proprietário original e sua família, motoraram pelo sul
do Atlântico antes de trazer o navio para
o Caribe e a Georgia, onde tinham a intenção de colocar três mastros. Mas o trabalho nunca foi feito e no verão de 2000,
o Peacemaker foi comprado por um grupo
religioso com 50 comunidades nos EUA,
América do Sul, Europa e Austrália. Eles
passaram sete anos na substituição de todos os sistemas mecânicos e elétricos do
navio, e transformando-o em um verdadeiro 3 mastros.
R$
11, 49
LIMPA BANHEIRO
500ML
R$
6,49
R$
11, 59
R$
DESENGORDURANTE
COZINHA 500ML
MULTIUSO
500ML
BUCHA NAÚTICA
SEM ABRASIVO
R$
7,15
LAVA LOUÇAS
300ML
CABO DE CROCK
1,5M
6, 88
R$
69, 90
WWW.ARMAZEMNAVAL.COM.BR
(48)
3225.9360
ALMANÁUTICA
10
MERGULHO
19º Encontro NAUI
Dos Leitores
Muito obrigado pelas notícias veiculadas!
É muito bom ter o jornal e o site como
apoiadores das nossa iniciativas na Represa de Guarapiranga. Forte Abraço!
Rodolfo Menjou de Paula Vieira
Yacht Club Itaupu
Diretor de Vela e Náutica
8
A Naui faz treinamentos para NASA
No mês de agosto tivemos o 19º Encontro
Instrutores Naui do Brasil e Mercosul, realizado na cidade de Jundiaí (SP). Foi mais
uma oportunidade de atualização técnica
e formação de novas especialidades, com
demonstrações de novos equipamentos pelos fornecedores e importadores. A Naui
(capitaneada pelo casal “Jornada e Liça”
- Foto abaixo) como sempre vem buscan-
Parabéns pelo contínuo e excelente trabalho do Almanáutica. Meu obrigado e bons
José Francisco Agostini Roxo
Comodoro do Yacht Club Paulista
8
“Muito 10!” (Sobre a ação de marketing
com Jack Sparrow realizada pelo Almanáutica no São Paulo Boat Show)
Silvana A. Costa
Papo de Cozinha
Nova marina em
Itajaí deve
aumentar o
fluxo turístico
e pode ser
a maior do Brasil
Itajaí terá marina até 2019
do a melhor eficiência para o ensino com
segurança.
Ano a ano este encontro vem pautando o
aprofundamento da melhor interação entre
a direção, seus instrutores e demais profissionais, voltados ao ensino do mergulho.
Crescendo em bases sólidas e mostrando
que o melhor caminho é o respeito e dedicação dando crédito à certificadora, busca
em seus mergulhos no Brasil e pelo mundo uma aventura e laser sempre seguros.
Nos EUA (matriz), existe inclusive uma
integração com a NASA, promovendo o
treinamento de seus profissionais, além
de praticamente todos os profissionais da
segurança pública americana. A atuação e
presença da Certificadora NAUI se dá em
todo o território nacional com empresas e
instrutores em praticamente todo grande
local de afluxo e destinos turísticos.
A Naui também está presente em
grande parte das instituições governamentais brasileiras como o Corpo de Bombeiros Estaduais, Marinha do Brasil; Exército,
com instrutores NAUI em seus quadros.
Fotos: Jefferson Bellodi/Kadu Pinheiro
Flávio Júlio Gomes é 2º Ten IM RM2 da
Marinha do Brasil e Instrutor NAUI / PADI
CURTAS
f No início der setembro a Corveta
Prevista para ter sua primeira etapa entregue no final deste ano, a construção da nova
marina em Itajaí (SC) deve mudar o cenário local. Próximo ao porto, na Baía Afonso
Wippel, ela pode ser a maior marina do Brasil. O projeto prevê a entrega completa em
2019. A construção deve incrementar ainda mais eventos náuticos internacionais e turisNesta edição, o navegador e Chef Maurício tas neles interessados, a exemplo dos que já acontecem por lá, como a parada da Volvo
Rosa nos dá sua versão de um clássico da Ocean Race e a chegada da Transat Jaques Vabre.
(Fotos: Marina Itajaí/Divulgação)
cozinha mediterrânea...
Ingredientes:
2 kg de tentáculos de polvo fresco
2 cebolas grandes descascadas
5 dentes de alho picados bem miudinhos
salsa e cebolinha, sal, azeite de oliva e pimenta do reino.
Polvo à Provençal
Túnel do Tempo
YCP e sua história no “Hiatismo”
Como preparar:
Limpe o polvo, lavando-o bem. Coloque-o
em uma panela de pressão junto com as cebolas (não adicione água). Feche a panela
de pressão e leve-a ao fogo alto. A partir
do momento em que a panela começa a ter
pressão abaixe o fogo e aguarde 9 minutos. Depois desse tempo retire a panela do
fogo, retire toda a pressão resfriando a panela e abrindo com cuidado. Retire o polvo
e corte em pedaços pequenos. Em outra vasilha misture bem o alho, salsa, cebolinha,
sal, azeite e a pimenta do reino, e coloque
sobre os pedaços de polvo. Sirva acompanhado com arroz branco e um bom vinho
branco ou espumante.
Maurício Rosa é velejador, amante de gastronomia
e autor do livro “Gastronomia em veleiros”
“Barroso” da Marinha do Brasil resgatou
220 sírios em fuga de uma embarcação
com perigo de afundar. Entre eles 94 mulheres, 37 crianças e
4 bebês de colo, muitos extremamente debilitados.
O Cabanga Iate Clube de Pernambuco anunciou a data
da 28ª Refeno em 2016: 24 de setembro. As inscrições começam dia 15 de abril.
f
f
A Marinha do Brasil enviou no início de outubro o Navio
de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel” e o Navio Polar “Almirante Maximiano” ao continente antártico, como parte da
34ª Operação Antártica. O regresso está previsto para 29 de
março de 2016.
f
O reajuste do soldo dos militares permanece parado há 7
anos no Congresso Nacional para votação.
No dia 5 de janeiro de
1932, o Jornal
“A Gazeta”, de São Paulo, publicava a primeira
reunião “para aprovação
dos Estatutos e eleição da
primeira diretoria provisória”, convocando todos
que “assignaram” a lista
inicial. Foi o início da
fundação do Yacht Club
Paulista, mais tarde com
sede na Guarapiranga,
onde está até hoje...
Nicolas Bernal
é Campeão Paulista
de Optimist 2015
após excelente
campanha este ano,
com 14 regatas
disputadas no
circuito paulista
Campeão Paulista de Optimist 2015
Nicolas Yudji Bernal, 13 anos, sagrou-se Campeão Paulista de Optimist no início de
outubro, após 4 regatas disputadas na Guarapiranga e dez em Ilhabela. Nicolas iniciou
na classe Optimist na Escola de Vela do Yatch Club Santo Amaro (YCSA) a partir de
um convênio existente entre YCSA e o Clube Internacional de Regatas de Santos. Fez
dois anos de escola de vela e, posteriormente, foi convidado a ser sócio atleta e ingressar na equipe de vela jovem do YCSA. Foi dois anos consecutivos (com 10 e 11 anos),
tripulante mirim do veleiro Lexus Chroma, onde disputou diversas regatas como a Volta
da Ilhabela e Alcatrazes. Nos últimos dois anos ele foi Campeão do ranking paulista de
optimist 2013, 3º lugar no Campeonato Paulista de Optimist 2014. No Norte Americano
de Optimist disputado este ano em Antígua ele foi o 17º geral. Nicolas é filho de Volnys
Bernal, Presidente da ABVC, a Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro.
Oficina do Capitão
Não deu xabú!
A ABVC
realizou uma
oficina de
pirotécnicos
(2011) com
o objetivo de
instrumentalizar
tripulantes
em caso de
necessidade, bem
como de avaliar o
uso de vencidos
Tabela 2 mostra resultados por data de vencimento, tipo e marca de pirotécnicos.
O numerador indica o número de sucessos e o denominador o de acionamentos*.
* Como o teste foi realizado em 2011, esta data representa fogos novos
à época, portanto, dentro da data de validade.
Insatisfação
A partir da insatisfação gerada nos velejadores que não tiveram a oportunidade de
serem escolhidos para a Rio 1016, durante a realização do Campeonato Brasileiro
de Laser 2015 realizado no Iate Clube do
Rio de Janeiro em janeiro deste ano, foi
elaborado um abaixo assinado (imagem)
por velejadores, que deu origem a um outro posterior, online, no site Petição Públi-
Nelson Ilha
Pelo sexto ano
Nelson Ilha
é convocado
para atuar
pelo Brasil
A Federação Internacional de Vela (ISAF)
divulgou a lista de juízes internacionais de
vela para os Jogos Olímpicos do Rio 2016.
Pela sexta vez o gaúcho Nelson Ilha é
convocado pela entidade máxima da vela
mundial. Membro do Comitê de Eventos e
Tabela 1 - Sucesso: lançamentos a contento, duração e luminosidade esperados.
Parcial quando duraram menos que o esperado ou mais fracos. Xabú não disparou.
Sobre a questão do perigo da utilização,
foi abordada em palestra específica por um
engenheiro da empresa Índios: Não há risco de explosão em fogos vencidos. O pior
que pode acontecer é não funcionarem. Na
oficina foram disparados 39 pirotécnicos
vencidos, do tipo exigido pela Marinha do
Brasil para embarcações de recreio: fumígenos, fachos vermelhos e foguetes.
Os disparos mostraram que metade dos
foguetes e todos os fumígenos e fachos
com menos de 5 anos funcionaram a contento e que, portanto, vale a pena manter a
bordo pelo menos uma geração de pirotécnicos vencidos (além dos válidos).
Manifesto
assinado
deu
origem
ao outro,
online
que pede
mudança
dos
critérios
para a
Rio 2016
Foto da capa
Na foto de Matias Capizzano, Mateus Tavares e
Gustavo Carvalho (nas pontas) comemoram com
Mario Urban e Daniel Seixas (centro) a conquista
do Campeonato Mundial da Classe Snipe.
11
ca. Na petição há o desejo
manifesto de que competições seletivas exclusivas
e mesmo os Campeonatos Brasileiros
de 2016 definam os participantes.
Embora o manifesto se auto-defina
como representante dos “Velejadores
Brasileiros”, o criador da petição não
se identifica e procurado via site por
duas vezes pelo Almanáutica, não se
manifestou nem se identificou. Esse é
um problema recorrente nas conversas com os insatisfeitos: Como existem fatores políticos e o poder concentrado nas mãos de pessoas num
meio restrito e fechado como a vela
de competição, ninguém – principalmente
atletas que pretendem ter alguma chance
futura - quer se identificar. A crítica ainda que velada é óbvia: O favorecimento.
Historicamente, as seleções foram feitas
através de um único campeonato seletivo,
sendo que em 2000 havia a opção de um
segundo evento, caso o favorito não vencesse. Para os Jogos de 2012, a eliminatória foi um campeonato mundial e uma
pré-olímpica, com um evento no exterior
para desempatar...
do Comitê de Juízes da Federação Internacional de Vela e auditor do pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva da Vela
o velejador do Veleiros do Sul também foi
chefe do Júri Internacional da Vela nos Jogos Pan Americanos de Toronto.
ABVC
INFORMATIVO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VELEJADORES DE CRUZEIRO
Palavra de
PRESIDENTE
Prezado Associado da ABVC,
Inicialmente gostaria de informar alguns eventos promovidos pela nossa
querida associação. Este ano novamente a
ABVC esteve presente com um estande no
São Paulo Boat Show, com a finalidade de
divulgar e de ser um ponto de encontro aos
associados.
Em outubro também ocorreu o
Cruzeiro Forte Marechal Luz, um evento
histórico-cultural entre Paranaguá (PR) e
São Francisco do Sul. Também foi organizada mais uma edição do Cruzeiro Costa dos Tamoios, de Ubatuba (SP) a Paraty
(RJ).
Cruzeiro Forte Marechal Luz
No mês de outubro foi realizado mais um cruzeiro de cunho histórico-cultural: o Cruzeiro Forte Marechal Luz.
O Forte fica localizado em São Francisco
do Sul (SC) e está comemorando seu centenário. O Cruzeiro da ABVC foi um dos
eventos comemorativos.
O cruzeiro, voltado aos velejadores do Paraná e de Santa Catarina, foi
dividido em duas etapas. Na primeira etapa, de 10 a 12 de outubro, ocorreu a navegação de Paranaguá (PR) a São Francisco
do Sul (SC) e na segunda etapa, de 15 a
17 de outubro, a participação dos eventos
comemorativos e visitação dos museus da
cidade.
A flotilha foi muito bem recepcionada em São Francisco do Sul, no píer
do Museu Nacional do Mar, pela Professora Andréa Oliveira, Coordenadora do
Outra boa recepção em São Francisco
Presidente da ABVC
Boat Show
Forte Marechal Luz
O Cruzeiro Forte
Marechal Luz visitou
São Francisco do Sul,
o Museu do Mar e outras
atrações da linda cidade
A recepção calorosa deve
se repetir agora em
2016 durante a realização
de mais um Cruzeiro Costa Sul
CONVÊNIOS
Em mais um ano de presença no São
Paulo Boat Show, o estande da ABVC fez
sucesso e divulgou o nome e as atividades
da associação para o público presente.
Os associados que passaram por lá receberam de presente uma toalha bordada com o
logo da ABVC e puderam bater um papo
gostoso.
Outro destaque foi a parceria com o Almanáutica, que levou um ator como Jack
Sparrow, agitando o estande e chamando a
atenção de quem passava por lá. Em quatro
horas, mais de 200 pessoas pararam para
tirar fotos, conhecer a ABVC e levar este
Boletim Oficial da associação para casa.
Iate Clubes
Aratu Iate Clube, Cabanga Iate Clube, Iate
Clube Guaíba, Iate Clube de Rio das Ostras, Iate Clube do Espírito Santo, Marina
Porto Bracuhy, Iate Clube Brasileiro, Jurujuba Iate Clube
Descontos
Brancante Seguros, Botes Remar, CSL
Marinharia, Geladeiras Elber: Valor promocional; Azimuth: Desconto nso cursos;
JetSail: (prestadora de serviços do ICS):
Desconto em vistoria/survei, serviços e
manutenções, estadias em seco e molhado
e valores diferenciados para a lingada das
embarcações.
Aconteceu de 17 a 24 de outubro a 5ª
edição do Cruzeiro Costa dos Tamoios, realizado pela ABVC. O roteiro envolveu a
passagem por diversas praias e ilhas, saindo
de Ubatuba (SP) com destino a Paraty (RJ),
contornando a Ponta da Joatinga, adentrando em Paraty Mirim, Saco do Mamanguá,
Ilha da Cotia e encerrando na cidade de Paraty.
Mais uma vez o cruzeiro contou com a
Museu Histórico da Fundação Cultural
Ilha de São Francisco do Sul, pela Marina
Cruschi, velejadora e Coordenadora do
Museu Nacional do Mar, e pelo Sargento
Machado, do Forte Marechal Luz.
Os cruzeiros da ABVC são, não
Em 1822 foi requisitada pela Câmara Musomente uma alternativa de navegar em
nicipal de São Francisco do Sul a criação
flotilha e fazer novos amigos, mas também
de fortificação com artilharia nos morros
a oportunidade de conhecer novos locais.
da barra da Baía da Babitonga para defenUm exemplo disso é São Francisco do Sul,
der de invasores estrangeiros. Somente
que além de abrigar o maior museu brasiem 1909 as terras necessárias para a sua
leiro voltado ao mar e à navegação, conta
construção no Morro João Dias foram adtambém com outros atrativos interessantes
quiridas e o Forte Marechal Luz foi conpara uma cidade de somente 40 mil habicluído e inaugurado no dia 21 de dezemtantes: A Vila Histórica, o Museu Historio,
bro de 1915, sendo escolhido seu patrono
o Museu de Arte Sacra e o Forte Marechal
o catarinense Marechal Francisco Carlos
Luz, que também abriga em seu interior,
Veleiros parados no pier junto à cidade da Luz.
um museu.
Museu Nacional do Mar
A ABVC também está programando vários eventos em São Francisco Os galpões da extinta Cia Hoepcke de navegação, em São Francisco do Sul,
do Sul durante o Cruzeiro Costa Sul que onde atracavam os navios para o transporte de erva-mate, sal e outros produtos, hoje
ocorrerá no início de 2016.
abrigam o Museu Nacional do Mar, cujo acervo reúne uma grande diversidade de embarcações de várias regiões do país.
Fique atento no site da ABVC O acervo está organizado em 18 salas divididas por temas. Entre as peças
(www.abvc.com.br) aos e novos convênios disponíveis à visitação do público, estão mais de 91 barcos em tamanho natural e cerca
e parcerias e, em dezembro, na divulgação de 150 peças de modelismo e artesanato naval. Tudo identificado com textos, imagens
do calendário de eventos da ABVC para explicativas e trilha sonora com músicas folclóricas das diversas regiões brasileiras e a
2016.
música tema do museu, produzida especialmente para esta finalidade.
A ABVC agradece o apoio do Iate Clube de Paranaguá, da Capitania dos Portos de Paranaguá, Delegacia de Portos de São Francisco do Sul, Prefeitura Municipal
Bons ventos a todos,
de São Francisco do Sul, Fundação Cultural Ilha de São Francisco do Sul, Exército
Brasileiro, Museu Nacional do Mar e Fortalezas.org.
Volnys Bernal
Costa Tamoios
Espaço
Marinha do Brasil
Antes, na piscina do Ubatuba Iate Clube
colaboração do Ubatuba Iate Clube. Lá os
veleiros ficaram até a largada, além de fazerem uma “happy hour” na piscina. E no
jantar, uma deliciosa galinhada marcou a
despedida de Ubatuba, mas não sem antes
duas palestras interessantes sobre trimagem
de velas velhas (Arnaldo Andrade) e Homem ao Mar (Spinelli). Após um período
de chuvas, a flotilha seguiu para a Praia de
Almada, onde depois de um dia delicioso,
Reunião a bordo, já chegando em Paraty
nova frente fria alcançou a turma. De lá seguiram antes dela para a Ilha da Cotia, já na
região de Paraty. Mas a frente entrou forte e
três embarcações garraram mesmo lá! Dia
seguinte, com a frente amainada foi dia de
churrasco, claro. E depois, foi a vez de vi-
Um belo dia de sol curtindo a Almada
sitarem o Saco do Mamanguá, e retornarem
para a Cotia para, no dia seguinte, rumarem
a Paraty, não sem uma parada estratégica no
Saco do Bom Jardim, com visita às ruínas
de um forte no alto de um morro próximo.
Depois, claro, como é de praxe, uma confraternização em um dos veleiros que lotou
com a turma toda a bordo! De lá finalizaram
o cruzeiro na Marina Farol de Paraty, com
jantar de confraternização e encerramento.
Ocupado nos últimos anos pelo Projeto
Amazônia Azul, o prédio do Centro Cultural da Marinha do Brasil em São Paulo
(Av. 9 de julho) agora retoma seu objetivo inicial, com a transferência do projeto.
Através de um convênio com a Soamar, a
Sociedade Amigos da Marinha, um espaço
do Centro Cultural será destinado às reuniões da entidade que tambem promoverá
encontros quinzenais com a sociedade civil. E também haverá a possibilidade de ser
ocupado eventualmente por outras entidades, como a ABVC, que no passado recente já fez diversas palestras por lá. É mais
um espaço para reuniões e para aproximar
a ABVC e seus associados da nossa queri- Encerramento: Jantar na Farol de Paraty
da Marinha do Brasil.
O Boletim Oficial da ABVC é uma publicação independente. As opiniões e notícias do jornal Almanáutica não representam necessariamente a opinião da entidade, e vice-versa.

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