Francisco José Luccas

Transcrição

Francisco José Luccas
1º CIMES: Equipamentos Eletromédicos
Inovação Tecnológica em
Neurofisiologia Clínica
Francisco José Carchedi Luccas
Médico - Neurofisiologia Clínica
Neurofisiologia Clínica (NFC): definição


Neurofisiologia Clínica: Neuro = sistema nervoso,
central (SNC) ou periférico (SNP); Fisiologia =
avaliação funcional; Clínica = de interesse clínico.
Avaliações compreendidas na NFC:







EletrEncefaloGrafia (EEG).
Potenciais Evocados (PE).
EletroNeuroMioGrafia (ENMG).
Monitoração Neurofisiológica.
Poligrafia Neonatal.
PoliSsonoGrafia (PSG).
O funcionamento das células gera eletricidade e sua análise tem
importância clínica.
EEG: aspectos históricos





1875: Richard Caton (há 137
anos) - cérebros expostos de
animais mostram variações
espontâneas de potencial
(bases do EEG) e respostas
elétricas cerebrais a estímulos.
1929: Hans Berger (há 83
anos) - 1º registro do EEG no
ser humano, em 1 canal.
1934: confirmação por Adrian
& Matthews.
1935: Grass I com 3 canais e
inscrição a tinta (rolo de papel)
1943: Geoffrey Parr & W. Grey
Walter.

EEG F - O
Amplificadores diferenciais,
gerando
desenvolvimento
maior do EEG.
tempo
Anos 40: início da participação da indústria eletromédica. Os primeiros
equipamentos eram “home-made”, dependendo da adequada interação
entre neurofisiologistas e engenheiros. Essa interação, permitindo
INOVAÇÃO tecnológica , continua a ser fundamental nos dias de hoje.
Anos 50: quase todos os hospitais de ensino tinham aparelho de EEG com
8 canais = importante limitação, apenas 8 áreas cerebrais examinadas
simultaneamente.
Estimulação luminosa intermitente
#2
11 a, F, 05/03/2002 – registro em 16 canais
vigília
#1
sono
#1

Inovação Tecnológica (1986)

Equipamento de 16 canais,
feito no Brasil com interação
médico-engenheiros.



Ainda analógico, inscrição a
tinta em papel.
Transporte: difícil, mas não
impossível de levar à UTI
(somente em um hospital).
Registro em 18 canais: o
aumento do número de canais
exigia maior desenvolvimento
eletromecânico, com grandes
e importantes limitações.
• Inovação muito importante – EEG
Digital (dEEG) – a partir dos anos
90, o EEG se torna digital em todo
o mundo.
•
•
Inclusive com desenvolvimento
da indústria brasileira.
Agora, transporte fácil dentro e
fora do hospital.
• Vantagens Técnicas:
1) Registro com maior número de
canais (26, 32, 64, 128...)
2) Gravação por tempo muito maior,
com ulterior revisão.
3) Outras vantagens importantes:
reformatação ou remontagem,
alterações de parâmetros (SNS,
filtros), modificações do "display"
horizontal e vertical, uso de
cursores.
Equipamento Digital Neurotec
em um carro com rodas para
EEG na UTI – aprox. 2004
dEEG: incorporação recente (após 2004) de
alguns novos desenvolvimentos
1.
Integração de novos sensores (por exemplo, de oximetria),
permitindo registros poligráficos com maiores informações
clínicas.
2.
Módulo isolador “spliter” – sistema para minimizar interferências
externas de 60 Hz (atualmente integrado) – extremamente
importante para facilitar registros em ambientes hostis (UTI).
3.
Gráficos de tendências para facilitar identificação de eventos,
inclusive por não especialistas.
4.
Acesso remoto, com visualização de dados a distância (banda
larga) em tempo real – possibilidade de interconsultas com
especialistas tanto dentro como fora do hospital.
dEEG : inovações tecnológicas

O dEEG é gravado com números, sempre disponíveis.

ASPECTO MUITO IMPORTANTE: esses dados NUMÉRICOS
são passíveis de ANÁLISE MATEMÁTICA = qEEG


O qEEG pode ser apresentado em muitos formatos diferentes.
[A A Wilfong – Clinical Neurophysiology in Epilepsy – V CLA – Puebla,
Mexico, October 2008]:
“Despite the presence of numbers, EEG
analysis continue to be limited to classic visual as in the past,
taking no advantages of quantitative EEG (qEEG)”.

Demonstrou-se que existem claros benefícios clínicos analisando
simultaneamente o gráfico XY do tempo no dEEG com dados
quantitativos como a análise espectral das frequências no dEEG.
Arranjo Espectral Comprimido


1965:
Cooley
&
Tukey
descreveram a FFT como base
da análise espectral.
1971: Bickford descreveu o
“Compressed Spectral Array” –
CSA
(Arranjo
Espectral
Comprimido), passando a ver o
EEG também no domínio da
frequência (além do domínio do
tempo).


Vantagem: o EEG aparece
como “montanhas e vales”
facilitando o médico não
especialista.
Desvantagem: perde-se a
morfologia das ondas.
análise de frequências
Inovação: dEEG (24 chn) + CSA (4 chn)

Neurotec desenvolveu um programa – Monitor, mostrando
simultaneamente 24 canais de EEG + 4 canais de
Compressed Spectral Array (CSA).



Monitor: 2 canais para cada hemisfério
comparando áreas anteriores e posteriores.
cerebral,
Cada faixa de frequência aparece em cor diferente: delta é
preto, teta é vermelho, alfa é azul e beta, violeta.
O resultado do programa foi tão bom que passamos a usá-lo
de rotina, substituindo o anterior. Monitor “alongou nosso
braço”, facilitando observar aspectos didáticos e também
anormais do EEG.

Seu uso estará sempre condicionado aos dados clínicos e à
validação pela análise convencional.
20 a, M: 10 s de EEG (tempo) e 4 s/linha de CSA (frequência)
análise espectral
base de tempo
85 a, M: CSA – montanhas sobem vermelhas e descem azuis – lentificação!
Mais inovações: tempo + índice de 90% da atividade + índice de assimetria
dEEG: incorporação recente de alguns novos
desenvolvimentos
1.
Integração de novos sensores (por exemplo, de oximetria),
permitindo registros poligráficos com maiores informações
clínicas.
2.
Módulo isolador “spliter” – sistema para minimizar interferências
externas de 60 Hz (atualmente integrado) – extremamente
importante para facilitar registros em ambientes hostis (UTI).
3.
Gráficos de tendências para facilitar identificação de eventos
inclusive por não especialistas.
4.
Acesso remoto, com visualização de dados a distância (banda
larga) em tempo real – possibilidade de interconsultas com
especialistas tanto dentro como fora do hospital.
Neuromonitoração: registro prolongado na UTI
com acesso remoto para consulta (à distância) ao
especialista

Pergunta aos médicos: quando foi a última vez que viu
um paciente na UTI com problema cardiológico e que
não estava sendo continuamente monitorado com EKG?

E, quando foi a última vez que viu um paciente
neurológico com um monitor de função cerebral?

O EEG tem excelente resolução temporal (de segundos).

Como o cérebro é um ávido consumidor de O2 e glicose, essa
resolução temporal sugere o uso do EEG como monitor de
funções neurológicas.
Registro de crise convulsiva em Vídeo-EEG
Outra inovação: monitoração com formato por índices: EEG por hora, podendo
reverter aos segundos quando desejado – também facilita ao não especialista
8 horas
1 seg.
Impacto da Monitoração
Cost Benefit Analysis of ICU-EEG
(Traumatic Brain Injury)
[PM Vespa et al, J Clin Neurophysiol 1999;16(1): 1-13]
Hospital cost /
Patient
Length of stay
Patient outcome
U$ 40.000 (less)
11 days shorter
50%
improvement
(U$ 88 – 44.000)
(24 to 13 days)
(GOS 2 to 3)
Finalizando...
 Inovar
é preciso, sempre!
• VAMOS USAR O CÉREBRO!
 Acreditamos
que os melhores resultados
derivam de uma boa parceria entre a
empresa fabricante e o usuário final.