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ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA PRÉ-ESCOLARES DO
MUNICÍPIO DE ITAQUI/RS(1)
Karolina Cunha Schlosser(2), Isadora Dias Marques(3), Évelen Copello de Oliveira(4),
Paola Duarte(5), Coryna Sanchotene Martini(6), Shanda de Freitas Couto(7)
(1) Trabalho
executado com recursos do coordenador da pesquisa;
bolsista PDA Extensão; Universidade Federal do Pampa; Itaqui, RS; [email protected];
(3)
Estudante,
bolsista
PROFEXT
Extensão;
Universidade
Federal
do
Pampa;
Itaqui,
[email protected];
(4) Estudante, bolsista PDA Extensão; Universidade Federal do Pampa; Itaqui, RS; [email protected];
(5) Estudante, Universidade Federal do Pampa; Itaqui, RS; [email protected];
(6) Co-orientador; Nutricionista; Secretaria Municipal de Saúde; Itaqui, RS; [email protected];
(7) Orientador; Universidade Federal do Pampa; Itaqui, RS; [email protected];
(2) Estudante,
RS;
RESUMO: A formação dos hábitos alimentares inicia-se com bagagem genética que interfere nas preferências
alimentares e que sofre diversas influências do meio ambiente, por isso é importante ensinar hábitos alimentares
saudáveis na infância. A atividade teve como objetivo promover a adoção de hábitos alimentares saudáveis em préescolares das escolas de ensino infantil do município de Itaqui/RS. Foram realizadas atividades de educação alimentar
com pré-escolares frequentadores das escolas de ensino infantil de Itaqui. Primeiramente foi apresentado um cartaz
onde continham alimentos saudáveis e não saudáveis. Posteriormente as crianças montaram saladas de frutas de sua
preferência e realizaram a degustação. Por fim, foram entregues desenhos de frutas para colorir. Participaram das
atividades 130 crianças de cinco escolas. Observou-se que estas reconhecem a maioria das frutas, porém geralmente
apresentam preferência por poucas variedades. Em relação aos alimentos saudáveis e não saudáveis verificou-se que
grande parte consome, com elevada frequência, os não saudáveis, que deveriam ser evitados no consumo diário pelas
crianças. As atividades de educação alimentar com pré-escolares são imprescindíveis, visto que é nesta fase em que
formam os hábitos alimentares e a partir destes encontros é possível incentivá-los à adoção de hábitos saudáveis.
Palavras-Chave: Hábitos alimentares, alimentos, infância.
INTRODUÇÃO
As transformações ocorridas no Brasil, relacionadas à crescente modernização e urbanização, estão
associadas a mudanças no estilo de vida e nos hábitos alimentares da população, sendo estas mudanças
consideradas como favorecedoras para o desenvolvimento das doenças crônicas não-transmissíveis
(MENDONÇA; ANJOS, 2004; WHO, 2000). Além disso, observa-se que a obesidade infantil vem crescendo
mundialmente em países desenvolvidos e em desenvolvimento, com sérias repercussões na saúde da
população infanto-juvenil (OGDEN et al., 2002; WANG et al.; 2002; IBGE, 2006).
Segundo Vitolo (2008), a formação dos hábitos alimentares inicia-se com bagagem genética que
interfere nas preferências alimentares e que vai sofrendo diversas influências do meio ambiente nos
primeiros anos de vida, tais como a maneira como foram introduzidos os alimentos, experiências positivas e
negativas quanto à alimentação ao longo da infância e os hábitos familiares, por isso é muito importante
ensinar e incentivar hábitos alimentares saudáveis nesta fase da vida.
Diante do exposto, visou-se realizar atividades de educação alimentar com pré-escolares visto que é
nesta fase em que os hábitos alimentares estão em formação e a adoção de uma alimentação saudável
auxilia na redução do risco de desenvolvimento de diversas doenças promovendo uma melhor qualidade de
vida nesta população.
A atividade teve como objetivo promover a adoção de hábitos alimentares saudáveis em préescolares das escolas de ensino infantil do município de Itaqui, RS.
METODOLOGIA
Foram realizadas atividades de educação alimentar e nutricional com pré-escolares matriculados e
frequentadores do pré I das escolas municipais de ensino infantil (EMEIS) da cidade de Itaqui, RS.
Primeiramente foi apresentado um cartaz onde continham alimentos saudáveis os quais poderiam ser
consumidos diariamente, e os alimentos não saudáveis os quais deveriam ser consumidos apenas uma vez
por semana, devido sua composição. Após, as crianças foram convidadas a colocarem uma touca e
realizarem a higienização das mãos para posteriormente montarem individualmente suas saladas de frutas.
Para a preparação das frutas foi realizada a higienização das mesmas em água corrente, picadas em cubos
pequenos e colocadas individualmente em potes plásticos.
Anais do VII Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão – Universidade Federal do Pampa
Durante a oferta aos pré-escolares, as frutas foram expostas individualmente com a fruta in natura
correspondente ao lado com o propósito de facilitar o reconhecimento de todas. Após expostas, perguntavase qual fruta era aquela e posteriormente as crianças serviam-se e realizavam a degustação.
Por fim, foram entregues desenhos de frutas para os escolares colorirem e após, montar o “varal de
frutas”. Sempre ao final de cada intervenção era realizada uma conversa com as crianças para descobrir se
gostaram da salada de frutas e para relembrar o cartaz de alimentos saudáveis e não saudáveis, o qual
ficava exposto na escola.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Participaram das atividades 130 crianças, na faixa etária de 04 a 05 anos, matriculadas em cinco
escolas de ensino infantil do município de Itaqui.
Observou-se que os pré-escolares reconhecem a maioria das frutas, porém geralmente apresentam
preferência por poucas variedades, sendo as de maior preferência a banana, maçã e laranja. Ainda,
percebe-se que há pouca oferta de frutas nas residências das crianças avaliadas, visto que muitas
relatavam consumir somente na escola, estando esta situação relacionada a uma maior dificuldade para
que elas aprendam a consumir e gostar destes alimentos.
Em relação aos alimentos saudáveis e não saudáveis as crianças mostraram-se interessadas na
explicação e diferenciação dos mesmos, porém verificou-se que grande parte consome, com elevada
frequência, alimentos classificados como não saudáveis e que deveriam ser evitados no consumo
diárionesta faixa etária. Segundo Garcia (2003), há uma tendência crescente para o consumo de alimentos
de maior concentração energética que é promovida pela indústria de alimentos através da produção
abundante de alimentos saborosos, de alta densidade energética e de custo relativamente baixo. Sendo um
grande desafio para os profissionais de saúde a estimulaçãodo contato e a adesão de consumo de
preparações de alimentos que sejam saudáveis.
CONCLUSÕES
As atividades de educação alimentar e nutricional com pré-escolares são imprescindíveis, visto que
é nesta fase em que se formam os hábitos alimentares e a partir destes encontros é possível incentivá-los à
adoção de hábitos saudáveis. No entanto, percebe-se que estas atividades devem ser continuadas para
sempre relembrá-los e assim, obtermos resultados mais eficientes a longo prazo.
REFERÊNCIAS
GARCIA, R. W. D. Reflexos da Globalização na Cultura Alimentar: considerações sobre as mudanças na alimentação
urbana.Revista de Nutrição, v.16, 4, 483-492, 2003.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa de orçamentos familiares 2002/2003.
Antropometria e análise do estado nutricional de crianças e adolescentes no Brasil. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística; 2006.
MENDONÇA, C. P.; ANJOS, L. A. Aspectos das práticas alimentares e da atividade física como determinantes do
crescimento do sobrepeso/obesidade no Brasil. CadSaúdePública, 20 Suppl 3, 698-709, 2004.
OGDEN, C. L.; FLEGAL, K. M.; CARROL, M. D.; JOHNSON, C. L. Prevalence and trends in overweight among US
children and adolescents, 1999-2000. JAMA, 288, 1772-3, 2002.
VITOLO, M. R. Nutrição: da Gestação ao Envelhecimento. Ed. Rubio. 2008, 628p.
WANG, Y.; MONTEIRO, C.;POPKIN, B. M. Trends of obesity and underweight in older children and adolescents in the
United States, Brazil, China and Russia. Am J ClinNutr, 75, 971-7, 2002.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: preventing and managing the global epidemic.Geneva: World Health
Organization; 2000.
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