Apostila dos Iniciáticos

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Apostila dos Iniciáticos
Gabinete Estadual de Goiás
Guia dos Iniciáticos
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Gabinete Estadual de Goiás
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GRANDE CONSELHO DA ORDEM DeMOLAY PARA O ESTADO
DE GOIÁS
Guia dos Iniciáticos
Este Guia é de propriedade do Grande Conselho da Ordem
DeMolay para o Estado de Goiás e foi preparado pelo Gabinete
Estadual de Goiás e sob supervisão do Grande Conselho da
Ordem DeMolay para o Estado de Goiás.
Somente pode ser copiado, em partes ou em sua totalidade,
mediante autorização dos autores e do Grande Conselho da
Ordem DeMolay para o Estado de Goiás, conforme legislação
vigente sobre direito autoral e produção intelectual.
3ª Edição
Gabinete Estadual de Goiás
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Sumário
INTRODUÇÃO SOBRE A ORDEM DeMOLAY ............................... 5
Frank Sherman Land ................................................................... 7
O AUTOR DO RITUAL .................................................................. 9
Louis Gordon Lower .................................................................. 15
CAVALEIROS TEMPLÁRIOS ................................................ 16
DIAS OBRIGATÓRIOS ................................................................ 23
O BRASÃO DA ORDEM DEMOLAY ............................................. 25
OS GRAUS DA ORDEM DEMOLAY ....................................... 27
CAPAS .................................................................................. 33
A VESTIMENTA.................................................................... 33
BANDEIRA DA ORDEM DEMOLAY ....................................... 34
A ADMINISTRAÇÃO DA ORDEM DEMOLAY ........................ 35
AUTORIDADES DA ORDEM DEMOLAY. ............................... 37
COMO FAZER BOM USO DA PALAVRA................................39
A ORDEM DEMOLAY NA FORMAÇÃO DE LÍDERES..............40
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Você agora é um DeMolay. Ao ingressar, você tomou, realmente,
uma das decisões mais importantes de sua vida. A ordem
desempenhará um papel importante formando características
pessoais que ficarão com você por toda sua vida. Portanto, incentive o
seu titulo de membro e promova suas oportunidades entrando de
todo o coração e ativamente em todos os empreendimentos de
DeMolay.
Todos os minutos de sua vida são empregados em tomar
decisões vitais referentes a você mesmo. Você terá que decidir
constantemente num rápido instante se fará o bem ou o mal, se será
alguém, ou ninguém, se será uma benção para seus pais ou uma
vergonha. Ninguém, senão você poderá tomar a decisão.
Se você estiver ávido em fazer de sua vida um sucesso, se for
idealista e não preso a limitações artificiais, então a Ordem
DeMolay fará muito por você.
A Ordem DeMolay é algo que você deve estimar. É algo de
muito mais valor do que você talvez possa imaginar e apreciar
completamente, à primeira instância, em sua viagem DeMolay.
Portanto, faça tudo que puder para ser um DeMolay de
primeira. Nada lhe pagará melhores dividendos.
Frank Sherman Land
Fundador da Ordem DeMolay
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INTRODUÇÃO SOBRE A ORDEM DeMOLAY
A Ordem DeMolay foi fundada por FRANK SHERMANN LAND em 18 de março
de 1919, em Kansas City, Estados Unidos da América, objetivando formar entre os
jovens, melhores cidadãos e a criação de lideres através do desenvolvimento da
personalidade nos jovens. Não sendo uma instituição maçônica, é unificada e dirigida
por maçons; organizada em sua origem pelo Supremo Conselho Internacional da
Ordem DeMolay.
Como primeira de suas atividades concretas, fica o conhecimento de mais de 3
milhões de jovens que se ajoelharam perante os Altares da Ordem DeMolay em todo o
mundo e que, atualmente existem mais de 111.000 jovens DeMolay em todo o mundo
em 12 países espalhados pela superfície da Terra, com mais de 5.000 Capítulos sob o
patrocínio de Grandes Lojas, Grandes Orientes, Supremos Conselhos, Lojas Simbólicas,
Corpos Filosóficos, agrupamentos de maçons, etc. e, que diversos Seniores DeMolay
(membros que completam 21 anos de idade) entre eles John Wayne, Walt Disney,
Fraid Mac-Murray e senadores, deputados e generais e outros que se tornam líderes
em suas diversas atividades na vida.
E quanto mais isto se intensifica, os países do mundo inteiro ficam mais
próximos uns dos outros, ligando-se através dos jovens DeMolay´s que desenvolvem
as sete virtudes cardeais, são elas: Amor Filial, Reverência pelas Coisas Sagradas,
Cortesia, Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo. Assim, mais importante se
tornam as atividades e os esforços para alcançarmos à verdadeira compreensão mútua
dos valores culturais e sociais de cada nação, independentemente de origem, raça, cor,
nacionalidade, religião e língua, e assim, através da juventude DeMolay, o mundo se
torna um só. Finalmente, desejamos ressaltar que o presente trabalho não se propõe a
atingir nível de uma obra de filosofia na acepção da palavra. Desejamos, apenas, tão
somente de forma simples e objetiva, transmitir os ideais da Ordem DeMolay, sua
expansão para o Brasil e planos iniciais de trabalho.
O que é a Ordem DeMolay?
A Ordem DeMolay é uma organização de formação do caráter dos jovens de 12
a 21 anos de idade, que estão procurando se preparar para serem melhores cidadãos e
líderes para o futuro, desenvolvendo o conjunto de fatores que formam a
personalidade de todos os homens de bem que lutam pela emancipação pacífica e
progressista da Humanidade.
Pré-requisitos para ser membro de um Capítulo DeMolay
Ter menos de 21 e pelo menos 12 anos de idade completos;
Professar sua crença em Deus e reverenciar Seu Santo Nome;
Afirmar lealdade a seu País e respeito à Bandeira Nacional;
Aderir à prática de moral pessoal;
Fazer votos de seguir os elevados ideais típicos das Sete Virtudes Cardeais da
Coroa da Juventude;
Aprovar a filosofia da Irmandade Universal e a nobreza de caráter e
exemplificada pela vida e morte de Jacques DeMolay;
Estar ciente de que o ingresso na Ordem DeMolay não lhes garantirá no futuro
a iniciação em um Corpo Maçônico.
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As Sete Virtudes Cardeais de um DeMolay
A Ordem DeMolay invoca sete luzes que iluminam seus caminhos conforme
passa pela estrada da vida, simbolizando tudo que é bom e correto, tudo o que juram
ser à base de suas vidas:
01. Amor Filial: O amor entre pais e filhos.
02. Reverência pelas Coisas Sagradas: O respeito pelo que é sagrado.
Principalmente o amor que temos pelo nosso Pai Celestial.
03. Cortesia: O que ilumina a nossa vida. A nossa Educação.
04. Companheirismo: O amor que temos por nossos irmãos e amigos, que
mantêm vivos os ideais de nossa Ordem.
05. Fidelidade: Cumprir, conscientemente seus compromissos junto a seus
ideais, a seus irmãos e amigos e ao Pai Celestial.
06. Pureza: De pensamentos, palavra e ações.
07. Patriotismo: Amor e respeito por sua pátria, seu povo, suas origens. É a
busca de ser sempre um bom cidadão, respeitando as leis de seus Pais.
Código de Ética de um DeMolay
Um DeMolay serve a Deus;
Um DeMolay honra todas as mulheres;
Um DeMolay ama e honra seus pais;
Um DeMolay é honesto;
Um DeMolay é leal a ideais e amigos;
Um DeMolay executa trabalhos honestos;
Um DeMolay é cortês;
Um DeMolay é sempre um cavalheiro;
Um DeMolay é um patriota tanto em tempo de paz quanto em tempo de guerra;
Um DeMolay sempre permanece inabalável a favor das escolas públicas;
Um DeMolay é o orgulho de sua Pátria, seus pais, sua família e seus amigos;
A palavra de um DeMolay é tão válida quanto sua confiança;
Um DeMolay, por preceito e exemplo, deve manter os elevados níveis aos quais ele se
comprometeu.
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HISTÓRIA DA ORDEM
Um menino, um homem e uma ideia. Estes foram os principais elementos
formadores da semente da ORDEM DeMOLAY, que, ao ser plantada e cultivada, se
desenvolveu, está crescendo e dando muitos frutos. Atualmente, milhões de jovens,
em todo o mundo, são membros ativos e Sêniores DeMolay.
O nome do menino era LOUIS LOWER, era órfão de pai e estudava numa
escola de segundo grau na Cidade de Kansas, Estado de Missouri, nos Estados Unidos.
O nome do homem era FRANK SHERMAN LAND, exercia o cargo de Secretário dos
Serviços de Emprego do Rito Escocês em Kansas. Era casado, não tinha, filhos, mas se
interessava muito pelos jovens e suas atividades.
A ideia era formar um clube ou associação de rapazes que pudesse
proporcionar a eles, entre outras coisas, uma aproximação maior de homens com mais
idade e maior experiência, dando conselhos e mostrando o caminho para serem
melhores filhos, bons cidadãos e grandes líderes da juventude durante os anos de
formação de suas vidas. Com isso, os mais velhos estariam ajudando os mais novos a
se prepararem para a maioridade próxima.
Frank Sherman Land
O fundador da Ordem DeMolay
A semente foi plantada no ano de 1919, quando Frank S. Land empregou em
seu escritório o jovem Louis Lower, filho do 1º Vigilante da Loja Maçônica “Ivanhoé”,
Elmer E. Lower, que morrera um ano antes; assim ele estaria ajudando
financeiramente sua família. Desde então nasceu uma grande amizade entre os dois,
Louis passou a chamar Frank de “Dad Land” (Dad, do inglês “Papai”) por ver nele o
exemplo de homem que seu verdadeiro pai havia lhe dado; em troca recebeu o apelido
de “Louie”.
Um certo dia, Dad Land estava conversando com Louis a respeito das
atividades que os jovens realizavam e os lugares que eles frequentavam nas horas de
lazer. Durante a conversa, Land sugeriu que, juntamente com seus amigos, o rapaz
formasse um grupo e fossem a um encontro no prédio do Templo do Rito Escocês,
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onde ele lhes falaria sobre uma ideia, guardada já há algum tempo. Louis gostou muito
da sugestão e convidou 08 (oito) amigos seus para que, com ele, fossem àquele local
na semana seguinte.
Nesse primeiro encontro estiveram presentes 09 (nove) rapazes: Louis G.
Lower, Ivan Bentley, Edmund Marshall, Gorman McBride, Jerome Jacobson, William
Steinhilber, Elmer Dorsey, Clyde C. Stream e Ralph Sewell; todos com,
aproximadamente, 16 anos de idade. Nesta primeira reunião, Frank Land apresentou
seus planos para formar um clube ou associação de rapazes. antes de deixarem o
local, todos os 09 (nove) jovens combinaram que convidariam outros amigos para o
próximo encontro, marcado para a semana seguinte. Já na segunda reunião o grupo
era formado por 31 (trinta e um) rapazes e Frank S. Land.
A Escolha Do Nome
Foi discutido o nome que esta nova organização deveria ter, Frank S. Land
falou então sobre muitos nomes famosos da história mundial, contudo, nenhum os
sensibilizou. Clyde Stream sugeriu, por estarem reunidos num Templo Maçônico,
soubessem algo a respeito de figuras históricas ligadas à Maçonaria. Land começou a
falar, dentre outros, sobre Jacques DeMolay. Eles ouviram a história do último GrãoMestre da Ordem dos Cavaleiros do Templo que, ao ser queimado vivo em 18 de
março de 1314, se tornou um mártir e exemplo de heroísmo, lealdade, coragem,
fidelidade e tolerância. Os 09 (nove) rapazes decidiram, unanimemente, dar o nome de
DeMolay ao grupo que ora nascia.
Entretanto, Frank S. Land os aconselhou a não agir precipitadamente, que
pensassem um pouco mais e analisassem também os outros nomes apresentados e,
assim, decisão ficaria para o próximo encontro. Quando os 31 jovens vieram à reunião
resolveram, definitivamente, que o nome da organização seria “Conselho DeMolay”.
Dia 24 de março de 1919, data precisa do histórico encontro, o segundo, que
pode ser considerado como o verdadeiro início da Ordem DeMolay. Antes de começar,
Frank S. Land olhava calmamente para os 31 (trinta e um) rapazes reunidos dentro do
Templo do Rito Escocês e via, através deles, o futuro da juventude mundial. Durante
as semanas seguintes e ao longo do tempo, 18 de março, a data que testemunhou a
morte de Jacques DeMolay passou a ser a mais comumente usada.
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O AUTOR DO RITUAL
Frank A. Marshall
Nos anos trinta, Frank Land foi questionado numa entrevista de rádio,
como DeMolay diferia de outras organizações para a juventude. Ele imediatamente
respondeu: “Ela tem um ritual”. Sua resposta dada prontamente e de maneira calma,
ainda é a qualidade inerente da Ordem DeMolay. Ela tem pompa e beleza. Dá
oportunidade de participação na mostra dramática de personalidades heróicas. Os
graus apresentam um desafio para que cada garoto cresça e se torne o melhor homem
e um melhor cidadão. O ensino de virtudes que se provaram verdadeiras em todas as
gerações, tornou-se vital para cada jovem enquanto ele solenemente se compromete a
ser fiel e esses ideais pelas palavras que são um pacto: “Eu assim prometo e juro”.
Do encontro para a organização em março de 1919, até meio do verão, o
novo clube DeMolay cresceu, com um campo nato time de baseball liderado por Louis
Lower como arremessador e Ray Hedrech como apanhador. Havia atividades sociais,
projetos de serviço, mas Land não estava satisfeito. Seu clube precisava de algo mais.
Ele falou com seus amigos durante o dia e à noite com sua esposa discutindo cada
ideia, cada plano possível que pudesse manter a organização unida e dar à mesma
algo único que promovesse seu crescimento. O plano que desejava parecia fugir-lhe.
Frequentemente parecia tão perto, mas as vezes o sonho se evaporava no domínio das
idéias vagas. Então uma noite, no templo do Rito Escocês ele viu seu amigo Frank
Marshall e soube que havia encontrado uma resposta.
Marshall era tão bem conhecido em Kansas City como crítico de arte
dramática e de música do Kansas City Journal”. No início de carreira havia trabalhado
com Willian Allen White, edito nacionalmente conhecido do Emporia Kansas, e agora
tinha atrás de si uma brilhante carreira como repórter, editor e poeta. Um de sues
sonetos havia sido colocado no museu de Shakespeare em Stratford on Avon, e ele
havia sido convidado pelas autoridades de Kansas City a escrever um poema para ser
colocado na caixa de recordações comemorativa de recém reconstruído centro de
convenções. Este poema, refletindo o desafio de um século para o outro, deveria ser
lido quando a caixa fosse aberta um século depois.
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Terminava com as linhas:
“Mas em nossa xícara não esvaziamos o fel do arrependimento se formos
transformados em pacientes degraus para melhorar as coisas para os que virão”
Land encontrou Marshall afundado em uma velha cadeira estofada, a
própria figura de um homem à vontade. O velho jornalista estava vestido de sua
maneia habitualmente relaxada. Seu terno amarrotado, e escondido nas dobras de um
amplo colete, Havia uma pesada corrente de ouro, sustentando o peso de um
medalhão da fraternidade. Sob o lábio superior um bigode grisalho e no queixo um
cavanhaque. Do bolso esquerdo do seu casaco, projetava-se a última cópia do Journal,
quase a ponto de cair no chão. Dois homens não poderiam ser mais diferentes em
aparência do que estes dois Franks. Um, imaculado, o outro, casual e completamente
indiferente à vestimenta e aparência. Porém, cada um irradiava tremenda capacidade,
força de caráter e devoção ao idealismo. Agora, no momento deste encontro, nenhum
deles percebeu que antes que se passasse 24 horas, o esboço dos dois graus DeMolay
seriam escritos, para permanecer sem alterações por cinco décadas ou mais.
Land encaminhou-se para ele naquela noite e Marshall meio que ergueu-se
em cumprimento; e então, voltando à sua cadeira disse: “sente-se e conte-me sobre
este clube para meninos que está formando. Está tudo correndo bem? O que há de
novo?”
“Bem , a resposta a primeira pergunta é que estamos crescendo. A
resposta a “o que há de novo” não é a que poderia esperar. Tenho um título novo, os
garotos me chamam de “Pai”. Eles não sabiam como chamar-me. Parece que
relutavam em chamar-me Frank por causa da nossa diferença de idade, e achavam Mr.
Land muito formal. Louis Lower começou a me chamar de “pai” e os outros fizeram o
mesmo. Todos estamos satisfeitos. Eu gosto. Os garotos gostam. “Pai está perfeito.
Implica em respeito e dignidade e estou orgulhoso por ser chamado assim”.
“Muito bem. Vejamos, você tem 28. Eu tenho 54. Há uma diferença aqui
mas vou me unir ao lado jovem – o que mais, Pai, há de novo?”
E é aqui que você entra. Tenho pensado a respeito de algo para dar ao
nosso clube uma qualidade distinta e acho que encontrei. Frank, quero que você
escreva um Ritual para DeMolay”.
“Agora espere um minuto,“Pai”. Espere um pouco. Por que eu?”
Porque você é o homem mais qualificado que conheço. Tem sido ativo em
sua fraternidade na Universidade de Kansas desde os dias da faculdade. É dedicado à
maçonaria, em todos os ramos, e tem participado em todos os graus. Está escrevendo
um livro de poemas que inspiram, e leio todas as semanas seu editorial “Pequenos
Sermos Leigos” no Kansas City Journal, aos sábados, com muito gosto. Frank, você é o
homem para fazer isto”.
Frank Marshall pensou por um tempo. Brincou com as pontas de seu
bigode e com a corrente de seu relógio, olhando as horas distraidamente e, finalmente
disse: “não – definitivamente não. Não acho que sou capaz. Não posso fazê-lo. Mas
ouvirei sua idéia se quiser contar-me como deveria ser este ritual – você sabe, não
precedentes. O ritual maçônico não tomou forma até que a Grande Loja da Inglaterra
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fosse criada. Alguns dizem que tomou todo o tempo da História para evoluir, e você
quer que eu escreva um ritual no que presumo ser um curto espaço de tempo. Não
posso fazê-lo, mas estou interessado em sua idéia”.
“Tudo está ainda em formação e não muito claro. Parece-me que deve ter
duas partes, ou seções, ou graus. Você sabe que os Romanos tinham uma cerimônia
quando um jovem vestia pela primeira vez a toga que o tornava conhecido como um
homem. Nos dias do Rei Arthur um escudeiro tinha que passar uma noite de reflexão e
dedicação antes de receber o toque de uma espada em seus ombros, ao entrar para a
cavalaria. Talvez uma parte pudesse ser assim. Dramatizar os anos de crescimento
como jovem, para conquistar um sonho – uma espécie de coroa – uma coroa da
juventude. Nos dias de hoje estamos perdendo os valores antigos e eles devem ser
resgatados”.
“Que valores e quais virtudes você sugere?” Agora havia um notável
interesse enquanto Frank Mashall tomava notas mentalmente e sentia a visão do que
poderia vir a ser, no entusiasmo do homem mais jovem.
“Acho que antes de tudo, o amor filial deve ser incluído; depois deve haver
algum tipo de ênfase que cativasse rapazes de todas as idades, Gostaria que essa
geração mantivesse uma cuidadosa consideração por outras – digamos...cortesia”.
Agora Marshall estava definitivamente interessado. “Com o fim da guerra,
devemos encorajar patriotismo e lembrarmos os companheiros de serviços; chame-a
companheirismo, se quiser”.
“É isto que estou pensando, e há outras virtudes também, como a
fidelidade de Jacques DeMolay, pureza de pensamento e de vida. Poderíamos também
enfatizar a mudança de padrão de vida, do entusiasmo juvenil com o futuro pleno de
sonhos, até os anos de maturidade chegarem. O que acha disto, Frank? A idéia o
atrai?”
“Começo a ver algo belo e medida que você fala. Você disse uma coroa da
juventude?”
“Sim, isto podia ser a base, o começo”.
“Mas você mencionou antes dois graus. E com relação ao outro?”
Land hesitou, enquanto a visão do que queria se tornava cada vez mais
clara para ele. “Quero que cada menino se ajoelhe perante ao altar e faça um voto
pessoal que seja seu somente. A segunda parte poderia ser diferente. Talvez um teatro
para dramatizar a morte de Jacques DeMolay. Eles ficaram fascinados quando lhes
contei de sua devoção à causa e sua lealdade aos irmãos. Sim, podia ser isto. Pense
no drama, na decoração do palco, a pompa, na oportunidade dos garotos
representarem. Eu simplesmente não vou aceitar “não” como resposta. Pense sobre
isso e me telefone amanhã”.
Aquela noite Frank Marshall não pode dormir. Em sua imaginação, via uma
sala cheia de jovens e uma cerimônia de iniciação. Fracamente podia perceber as
gárgulas de Notre Dame e a fumaça que subia da morte de um mártir na fogueira
perante a catedral. Ele se esqueceu de dormir e foi para a mesa de trabalho. Chamou
a si toda sua habilidade e impulsionado pela imagem de Frank dizendo “Você é o
escolhido para escrever este ritual para a Ordem DeMolay”, escreveu durante toda a
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noite e por quase toda a manhã. Pouco antes do meio dia, pegou o telefone. “Venha
pra cá, Frank. Acho que tenho o que quer. É um rascunho. Precisa de refinamento nas
palavras e frases, mas acredito que está tudo aqui”.
E estava. Poderia ser chamado de genialidade, visão ou aceitar um desafio,
mas o que escreveu serviu de inspiração para milhões de jovens. Semanas foram
gastas poluindo e revisando, um dos membros do clube de DeMolay, Ted Little, foi
visitá-lo em casa uma tarde e o encontrou balançando na rede com um leque na mão
e um cachimbo do qual subiam baforadas de fumaça. Marshall nem tentou se levantar,
continuando a se balançar suavemente deliciando-se com o movimento e com a
sombra dos velhos e altos carvalhos que sustentavam seu “sofá balançante”. Seu
cumprimento foi cordial e explicou: “Este é o meu conduto para o céu – uma espécie
de sinais de fumaça. Preciso do toque do infinito enquanto escrevo, ajuda-me”.
A medida que o manuscrito ia tomando sua forma final, Frank Land
observava cada parte do trabalho e um dia: “Há algo faltando. A noite passada,
observei minha mãe enquanto ela punha minha irmãzinha para dormir. Há alguma
coisa que mexe com meu coração quando observo a maternidade no que ela tem de
melhor. Quero uma oração incluída, de que Deus estará olhando por ela. Vamos
acrescentar um serviço religioso que possa ser feito a hora de dormir – digamos nove
horas – a cada vez que os meninos se reunirem. Talvez pudesse começar assim:
“Irmãos, a esta hora em toda a terra que amamos, as mães se curvem sobre o berço
dos filhos que amam. Façamos uma pausa em nossas deliberações para oferecermos
uma prece por nossas mães”. Acho que os meninos devem se afolhar e mesmo
durante uma dança ou festa, devem incluir este serviço – como um tipo de
interpolação.
Dia a dia o manuscrito foi revisto, polido e refinado, até que refletiu o
significado de uma profunda experiência religiosa, tanto em palavras quanto em ação.
A própria dimensão espiritual de Frank, profunda, e sua sinceridade, irradiava-se
através dos escritos e Marshall até que ambos ficaram satisfeitos de que este ritual
impressionaria e inspiraria os jovens para viverem através dos anos, sob uma dedicada
devoção a Deus, ao País e ao Lar. Serviços adicionais para abrir e fechar capítulo
foram escritos. A cerimônia de interpolação ganhou proeminência.
Assim, no início da Ordem DeMolay, foi aceito um ritual para iniciar seu
caminho do mundo. Mas não havia sequer um garoto que tivesse sido iniciado ou
prestado juramento como membro. Como poderiam estes que não tinham sido
iniciados sob este ritual, conferir os graus da cerimônia aos outros? Por onde começar
quando não há reservatório de experiência a se consultar? Aqui, o dom de organização
e amor ao que é apropriado que possuía Frank Land, tornou-se vital.
O tempo de preparar esses jovens para o recebimento das promessas do
ritual havia chegado, para então conduzirem as cerimônias de iniciação para os outros,
com dignidade e beleza.
Durante este tempo os garotos perceberam que alguma coisa de incomum
estava acontecendo, mas nenhum deles havia visto ou lido as cerimônias. Alguns nem
sequer haviam ouvido falar delas, até que uma reunião extraordinária fosse convocada
no final do verão, onde “Pai” Land solicitou a oportunidade de falar. “Por muitos
meses” ele começou “tivemos um bom grupo de jovens se reunindo no Templo do Rito
Escocês nesta cidade. Gostamos do prédio e gostamos um dos outro. Tem sido uma
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boa sociedade. Agora, proponho que avancemos, além disso, acrescentando algumas
cerimônias que deem significado ao nosso grupo. Frank Marshall escreveu um ritual
para nosso uso, que tem um profundo significado. Não quero forçar isto a vocês – mas
lembre-se, se o aceitarem, nós o aceitaremos e não há como voltar a trás. Vocês serão
solicitados a firmar compromisso pelo qual deverão viver daqui por diante. Alguns de
vocês que se anteciparam ao programa, pediam permissão para ler as cerimônias de
iniciação e de juramento. Não quis atender a este pedido. Queria que cada um
experimentasse algo do segredo que será sempre parte do DeMolay. Asseguro que não
há nada escrito que possa causar-lhes constrangimento ou expô-los ao ridículo. Não há
burro para se cavalgar nele nada existe de laviano. As cerimônias são solenes para
imprimir em suas mentes as verdades do viver correto, agora e nos anos do futuro”.
Os garotos ouviam enquanto esse novo aspecto do clube lhes era
explicado. Havia um sentido de mistério e segredo naquilo, trazia emoções mescladas
de entusiasmo por uma aventura desconhecida e apreensão sobre o que ia acontecer.
Um deles expressou seus sentimentos dizendo “Estou inquieto”.
Land sugerira, ao deixar sala onde haviam se encontrado, que ficasse onde
estavam e depois entrassem no auditório à medida que seus nomes fossem chamados.
Lá eles receberiam o juramento de um DeMolay. O primeiro nome chamado foi o de
Louis Lower, ao redor de qual o grupo havia se formado, e o segundo de Gorman Mc
Bride, o primeiro oficial presidente eleito.
Então, em grupo de quatro eles pronunciavam os votos que seriam
assumidos através dos anos por três milhões de jovens.
Toda a incerteza se desfez enquanto cada jovem era chamado a entrar no
cargo auditório, para fazer seus votos. A própria decoração trazia sugestão de se estar
colocado diante do portal de um programa de profunda vital importância.
Ele viu, na semi-obscuridade da sala, um altar coberto por uma simples
toalha branca, sem insígnia onde, a um canto, haviam sido colocados vários livros
escolares. Cravos brancos e vermelhos davam realce a uma velha Bíblia dada ao “Pai”
Land anos antes, por frequência perfeita à escola Bíblica Dominical. Ao redor deste
centro de suas atenções, estavam sete candelabros acesos, altos, e atrás de cada um
deles um homem estava de pé, usando um solidéu de um maçom do grau 33.
Solicitaram de cada garoto que se ajoelhasse e colocasse suas mãos na Bíblia à sua
frente, e repetisse as palavras do voto enquanto eram ditas por “Pai” Land. Em algum
lugar do aposento, um órgão tocava, e à medida que cada um completava seu
juramento, um coral cantava suavemente os versos de um hino de devoção. Seguindose a isso, pedia-se que o garoto se levantasse e se este tivesse sido eleito como oficial
para um cargo, era conduzido a um local na sala, - seu posto – onde participaria dos
ritos e cerimônias do novo ritual.
Os que serviram como primeiros oficiais foram:
Averill C. Tatlock - Mestre Conselheiro
Harry A. Carpenter - 1º Conselheiro
Louis G. Lower - 2º Conselheiro
Willian L. Lewis - Escrivão
Harry C. Clark - Tesoureiro
Delas H. Elmore - 1º Diácono
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Richard M. Stater - 2º Diácono
Jack T. Harris - 1º Mordomo
Robert E. Balhler - 2º Mordomo
Richard M. Wakefield - Capelão
Hemeth Miller - Sentinela
Ernest E. Hall - 1º Preceptor
Ralph Vance - 2º Preceptor
Calvin P. Boxley - 3º Preceptor
Burrett N. Ackenhouse - 4º Preceptor
Ernest P. C. Moss - 5º Preceptor
M. Harney Walter - 6º Preceptor
Merill K. Dubach - 7º Preceptor
A instalação seria feita mais tarde, em 16 de setembro de 1919, mas nesta
noite eles silenciosamente assumiriam os lugares designados para cada um, enquanto
os outros sentavam-se em cadeiras sob o balcão do grande salão gótico. A semiobscuridade cedeu lugar a uma luz crescente, e a primeira sala capitular bem como os
primeiros oficiais de um capítulo DeMolay entraram em foco e vieram a existir.
Frank Marshall acenou com a cabeça para Frank Land e seus lábios
silenciosamente formaram as palavras “É bom – servirá”.
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Louis Gordon Lower
O primeiro DeMolay
Louis G. Lower nasceu no dia 02/02/1902. Com a idade de dezessete anos,
Lower foi apresentado a Frank S. Land, pois estava procurando um emprego de meio
período para ajudar com as finanças da família. Land logo pensou que Lower poderia
lhe ajudar a compor uma organização de jovens, organização esta que ajudaria a
nortear jovens como Louis Lower. Dentro de algumas semanas, a primeira reunião
informal da Ordem DeMolay aconteceu em umTemplo do Rito EscocêsemKansas City.
Lower era o primeiro DeMolay - a patente dele, emitidapelo Capítulo Mãe de
Kansas City, Missouri, data do dia 05/10/1919 e conta com a assinatura de Frank S.
Land.
Louis também foi o primeiro membro da Legião de Honra, tema que
abordaremos mais adiante. Em 1943, Louis, era um homem de boa reputação na
cidade, era o Diretor do Auditório Municipal de Kansas City.
No dia 18/07/1943, Louis Lower foi assassinado perto da Estação da União. Ele
tinha parado para questionar um guarda de trânsito, que estava bêbado e dirigia o
tráfego a uma rua congestionada da cidade. Quando Lower fora inspecionar o
distintivo do guarda, levou um tiro no tórax.Ele tinha 41 anos de idade. Foi socorrido
por sua esposa a Sra. Dazie B. Lower, as filhas Fredonia Lower e J.E. Wasson, e o
irmão Elmer W. Lower.Louis Lower era um homem de ideais, ele os manteve até a
hora da morte. Sua morte era uma profunda perda aos membros da Ordem DeMolay,
especialmente para Frank S. Land que o tinha como um filho.
"Ele era um símbolo para milhões de jovens e exemplo dos ideais e ensinamentos de
nossa Ordem. Ele usou a Coroa da Juventude com dignidade e graça. Ele nunca se
esqueceu de sua responsabilidade. A ética e a liderança ensinadas pela Ordem
DeMolay floresceram em seu coração. Ele era um homem de ideais... Ele amou a Deus,
seu lar, e seu país. Ele era um cavaleiro errante em sua vida diária, embora ele nunca
admitira isto - mas era". Frank S. Land.
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CAVALEIROS TEMPLÁRIOS
Jacques DeMolay
O último Grão Mestre da Ordem do Templo
Criada em 1118, na cidade de Jerusalém, por Hugo de Payens e outros oito
cavaleiros de origem francesa, a Ordem dos Templários, cujo nome completo era
“Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão”, tornou-se, nos
séculos seguintes, uma instituição de enorme poder político, militar e econômico.
O seu lema era: Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam, o
que significa “Não a nós, Senhor, não a nós, dai a glória ao Vosso nome”. Inicialmente
as suas funções limitavam-se aos territórios cristãos conquistados na Terra Santa
durante o movimento das Cruzadas, e visavam à proteção dos peregrinos que se
deslocavam aos locais sagrados.
Nas décadas seguintes, a Ordem beneficiou-se de
inúmeras doações de terra na Europa que lhe permitiram
estabelecer uma rede de influências em todo o continente.
Os Pobres cavaleiros de Cristoadotaram como símbolo
dois cavaleiros em um só cavalo para mostrar sua pobreza,
pois não tinham dinheiro para comprar outro cavalo e
também para demonstrar o seu companheirismo.
Hugo de Payens, primeiro Grão Mestre Templário partiu em direção ao Concílio
de Troyes, na França, para assegurar o reconhecimento da Igreja para a sua Ordem.
Sancionada pelo Concílio de Troyes e agora com os seus membros isentos da
ameaça de excomunhão, (as investiduras eram feitas à noite e somente cavaleiros
podiam assistir, aos estranhos à Ordem, os segredos poderiam encobrir práticas
blasfemas), ela ganhou renome e poder cada vez maiores.Poucos anos mais tarde, a
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Igreja concedeu aos Templários o direito de possuírem seus próprios templos e
sacerdotes, e sua independência começou a ser mal vista por Bispos e Sacerdotes
ressentidos com o poder dos Templários, o que deu origem a inúmeras disputas.
Como a Ordem foi criada para proteger os peregrinos na Terra Santa, que
estava tomada pelos Muçulmanos, era de extremo interesse do Papado, apoiar a
Ordem do Templo e assim fortalecer a presença cristã na Terra Santa, por isso a
Ordem contava com o apoio constante do Papa que emitia seguidos decretos protegêla. E de fato, todo aquele que perseguisse os Templários estava sujeito à excomunhão.
Nos anos seguintes os templários combateram em muitas batalhas, inclusive,
provocadas por eles mesmos.
Os reis da Inglaterra, França e outros países da Europa depositavam seus
tesouros e riquezas nas arcas dos templários e, no que não era incomum ocorrer,
pediam até mesmo empréstimo à Ordem. Um dos devedores reais dos templários foi
Felipe IV da França, chamado de Felipe, O Belo. E foi ele ironicamente, o homem que
ocasionou a destruição da Ordem em cooperação com o Papa Clemente V.
Felipe IV, imerso a uma grave crise financeira provocada por ele próprio,
resolveu debilitar o poderio da Ordem para apropriar-se de suas riquezas. Delineou
então um plano para unir os templários com os cavaleiros Hospitalários, formando
assim uma única Ordem, a dos cavaleiros de Jerusalém, cujo Grão Mestre seria sempre
elegido entre os membros da casa real da França. Porém tanto os templários quanto
os cavaleiros Hospitalários se opuseram fortemente a esse plano.
As acusações proferidas contra os Templários eram exatamente as que o Rei
Felipe queria escutar. Ele mandou vários espiões para assegurar-se da veracidade das
acusações e ao mesmo tempo tratava de garantir o apoio do Papa Clemente V, que
devia a Felipe o seu cargo de Papa, influência da coroa francesa.
Na noite de 12 de outubro de 1307, os oficiais do Rei prenderam em toda a
Europa cerca de 15.000 pessoas, incluindo-se não só os Templários, mas também os
artesãos e demais trabalhadores de suas possessões e propriedades. O Grão Mestre
Jacques DeMolay foi preso em Paris.
Todos foram interrogados pela Inquisição e torturados por funcionários do Rei
num esforço para obter tanta confissão quanto possível. É claro que tais métodos
brutais obtiveram êxito. E 67 deles foram então condenados à fogueira como hereges.
Isso obrigou os acusados a absterem-se de sua própria defesa, ao mesmo tempo em
que os processos judiciais sofriam longas demoras.
O Papa promulgou uma bula proclamando a dissolução dos Templários. Um
companheiro do Grão Mestre, Godofredo de Charnay, proclamou também a inocência
da Ordem. Seu discurso causou grande impacto na multidão, que na verdade
simpatizava com os Templários, e antes que as coisas pudessem tomar um rumo
inesperado, as autoridades trataram de levar os quatro prisioneiros. O rei Felipe
resolveu encerrar de vez com o assunto dos cavaleiros obstinados e na manhã de 18
de março de 1314 foram levados à fogueira ainda proclamando sua inocência, quando
as chamas já envolviam o corpo do Grão Mestre DeMolay, ele voltou a cabeça em
direção ao local onde se encontrava o rei gritando:
"Papa Clemente, cavaleiro Guilherme de Nogaret, Rei Felipe... Convoco-os ao Tribunal
dos céus antes que termine o ano, para que recebam vosso justo castigo. Malditos...
Malditos... Malditos... Sereis malditos até treze gerações...”.
E quase um mês mais tarde morria o Papa Clemente V. Em novembro,
desapareceria o rei Felipe, durante uma partida de caça, e seu ministro Nogaret, que
havia desempenhado um grande papel de influencia na desaparição da Ordem, morreu
poucas semanas mais tarde, em circunstâncias misteriosas.
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JOIAS DOS OFICIAIS
As Joias dos Oficiais DeMolays são os símbolos das funções ou das virtudes
de cada cargo. Todas as Jóias dos Oficiais possuem características comuns que
analisaremos antes das particularidades de cada uma. Todas as joias possuem uma fita
vermelha com a devida Insígnia pendente, formando um colar. Todas as Insígnias
possuem também dois ramos de Louro, um de cada lado, tendo ao centro a insígnia
particular de cada Oficial.
Mestre Conselheiro
É o presidente do Capítulo. Estão entre suas funções presidir as
reuniões, conferir o cumprimento das normais e leis e liderar o Capítulo
em suas ações.
Sua joia está representada por dois malhetes cruzados. O malhete
somente. Já representa o cargo de Conselheiro e sua autoridade, já que é
o malhete o instrumento usado para abri, fechar, dar ordem de sentar, levantar etc. Mas na
Ordem DeMolay, a maestria é representada por uma duplicação do ícone do cargo na joia.
No caso em questão, como é o Mestre e o líder, o Mestre Conselheiro traz o símbolo do seu
cargo, o malhete, cruzado sobre outro malhete.
Representa o Sol Nascente e a Manhã da Vida.
1ºConselheiro
É o segundo na liderança e sucessor imediato do Mestre Conselheiro.
Geralmente, atribui-se a este Oficial, o controle das comissões e a
auditoria das contas e secretaria. É um cargo muito ligado à área
administrativa. Normal, levando-se em conta a linha sucessória que é
praxe seguir.
Usa como joia o malhete. Um apenas exatamente por ainda não ser o Mestre. Representa o
Sol Poente e o Entardecer da Vida.
2º Conselheiro
Terceiro em sucessão. Ele é normalmente designado para instruir os
Iniciáticos e presidir a Comissão de Ritual do Capítulo. Porém nada o
impede de desempenhar outros trabalhos que possam aparecer.
Sua joia é a mesma do 1ª Conselheiro e por motivo igual.
Representa o Sol Meridiano e o Meio-Dia da Vida.
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Escrivão
Atua como Secretário do Capítulo. É seu dever registrar os acontecimentos do Capítulo,
arquivar e emitir documentos, preencher formulários e controlar o que se referir a parte
burocrática do Capítulo. Sua joia é uma caneta, em substituição a pena, objeto mais comum
na simbologia. Isto dá um toque de modernidade e refere-se a capacidade de realizar o
registro escrito.
Tesoureiro
Guardião das finanças do Capítulo. Deve manter a contabilidade em dia e
assinar os documentos que lhe competirem referentes a cheques e
prestações de contas, receber os emolumentos devidos e fazer os
pagamentos necessários.
Sua joia é uma chave, um emblema comum quanto a tesouro por evocar
um local guardado à chave, por isto mesmo seguro.
Orador
Sua função é proporcionar um contexto e facilitar a compreensão da
mensagem do Grau DeMolay entre outras na Elevação. É hábito nos
Capítulos que este Oficial brinde os presentes com textos que trazem
reflexões sobre as virtudes e outros ensinamentos.
Sua joia e um pergaminho aberto. Os pergaminhos eram os livros antigos e isto deve
evocar sabedoria. Mas também podemos interpretar como os livros que continham a
estória ou a história de um povo. Fatos e lendas que eram lidos com o intuito de entreter e
ensinar.
Hospitaleiro
É o responsável por lembrar sempre ao Capítulo sua responsabilidade
social e fraternal, propondo campanhas filantrópicas e por vezes
liderando-as. Além disto, deve manter o registro dos aniversários dos
Irmãos, Tios e parentes para ligações e envio de cartões oportunos.
Visitar os doentes com a comissão de Hospitalaria também é sua
obrigação.
Sua função ritualística é basicamente com o Tronco da Solidariedade, que como não é
obrigatório, não é passado em todos os Capítulos e mesmo assim, pode ser feito por outro
Oficial. De fato, sua função é especial e fora da Sala Capitular.
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Sua joia é uma bolsa, remetendo a função de coleta de donativos.
1ºDiácono
A palavra do grego (Diákonos, διάκονος) significa servidor e é
exatamente esta a função deste Oficial, principalmente nas Cerimônias
Públicas onde ele passa a ser um faz tudo. Ele também serve de
mensageiro dando as boas-vindas
boas
aos novos membros.
Deve conduzir os candidatos na Iniciação e na Elevação e ajudar
a
a abrir e
fechar os trabalhos. Em alguns Capítulos, os Diáconos também se
responsabilizam, junto com os Mordomos, pela área de patrimônio.
Sua joia é um pássaro, remetendo a sua função na Iniciação, já que os pássaros,
especialmente os pombos, exerceram
exerceram o papel de mensageiros por diversas vezes na
História e ainda o fazem na poesia.
2º Diácono
Sua função é a de guardar a porta de entrada, sendo um filtro para
barrar a entrada de indesejáveis. Não há como entrar ou sair sem passar
por ele. Também ajuda na Iniciação e na Elevação, porém com um papel
mais reservado a comunicação dos segredos.
Sua joia é a mesma do 1º Diácono pelos mesmos motivos.
1ºMordomo
Responsável
pelo
patrimônio
do
Capítulo
e
pela
arrumação/desarrumação da Sala Capitular. Além disto, é o guardião da
Bíblia e, por conseguinte, da Liberdade Religiosa. Na Iniciação e na
Elevação, os candidatos ficam sob sua responsabilidade e zelo.
A joia do 1º Mordomo é uma cornucópia. Um material mitológico constituído de um chifre
que, segundo a lenda, não deixava faltar qualquer coisa que fosse colocada dentro dele.
Uma forma de dizer que o que for entregue nas mãos do Mordomo tem que durar muito e
que ele não deve deixar faltar nada do patrimônio.
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2º Mordomo
Funções análogas às do 1º Mordomo, porém é dos Livros Escolares e da
Liberdade Intelectual que ele cuida.
Sua joia é a mesma do 1º Mordomo, o significado idem.
Capelão
O Oficial que conduz os momentos de oração do Capítulo. Ainda hoje, as
forças armadas de todos os lugares trazem um líder religioso para
prover o lado espiritual de suas fileiras. Como remete um pouco à antiga
cavalaria, a Ordem não poderia passar sem um Oficial com esta função.
Sua joia é um livro aberto, que representa a Bíblia, o livro escolhido
como representante dos demais. Porém cada membro é livre para ali enxergar o livro de
sua própria religião.
Mestre de Cerimônias
É dever do Mestre de Cerimônias conferir a indumentária dos que estão
prestes a adentrar a Sala Capitular, verificar se tudo está em seu devido
lugar, além de ser responsável por conduzir aqueles que o Ritual
designar.
Na Iniciação é quem recebe os candidatos pela primeira vez.
Sua joia é o bastão de comando duplicado e cruzado por significado análogo ao malhete do
Mestre Conselheiro. Ele é o Mestre e por isso sua joia é duplicada e cruzada. Até hoje, o
bastão é usado nas forças armadas como símbolo de comando e liderança. Este bastão
representado na joia É usado na mão esquerda do Mestre de Cerimônias, passando por
baixo do braço, pois com a outra mão conduz pessoas pelo braço esquerdo.Cabe lembrar,
porém, que é um item opcional.
Porta Bandeira
Oficial responsável por apresentar a Bandeira Nacional durante as
Cerimônias, exceto as Reuniões Públicas, quando ela fica aos cuidados
do 1º Diácono. Em vários Capítulos, ele fica responsável diretamente
pela Bandeira e sua manutenção, e consequentemente, pela guarda do
Patriotismo.
Sua joia é um estandarte. Ela remete aos antigos exércitos de cavalaria,
que levavam consigo o Estandarte. Bandeiras ainda não eram usadas largamente como
hoje visto que o conceito de Estado era bem diferente do que temos hoje. Era algo mais
indefinido e menos organizado.
Sentinela
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O guardião externo da Sala Capitular. Sua colocação e atuação evitam
interrupções e a entrada de indesejáveis. E Oficial que conhece todas as
formas de identificação para que nenhum intruso ou falsário entre na
reunião indevidamente.
Sua joia é um par de espadas cruzadas. Desta feita, o simbolismo não é o
mesmo dos Mestres (Conselheiro e de Cerimônias). As espadas cruzadas dão um
significado duplo, ao mesmo tempo de proteção e de proibição.
Preceptores
São os professores que, na jornada de Iniciação, ensinarão as lições de
vidacontidas em cada virtude. Cada um representa uma virtude:
1º Preceptor – Amor Filial
2º Preceptor – Reverência pelas coisas Sagradas
3º Preceptor – Cortesia
4º Preceptor – Companheirismo
5º Preceptor – Fidelidade
6º Preceptor – Pureza
7º Preceptor – Patriotismo
Suas joias são iguais. Uma coroa, que representa a da Juventude. Atrás
de cada coroa, está gravado o nome da virtude que o Preceptor
representa.
Organista
Responsável pela harmonia musical, iluminação, enfim. Ele deve deixar
tudo impecável e fazer uma seleção de músicas apropriadas para que
possa repassar o sentimento da reunião, assim como proporcionar bons
sentimentos.
Sua joia é uma harpa, símbolo antigo da boa música.
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DIAS OBRIGATÓRIOS
A Ordem tem oito dias especiais, os quais são fixados por regulamentos
específicos do Supremo Conselho, e a observância destes dias é obrigatória a todos os
DeMolays a não ser que sejam impedidos por circunstâncias inevitáveis. Por esta
razão, são denominados "Dias Obrigatórios".
É dever da diretoria de cada Capítulo preparar a observância do dia
obrigatório e avisar a cada membro do Capítulo a data fixada.
- DIA EDUCACIONAL
É um dia conveniente ao Capítulo no mês de outubro. Nesse dia, é dever
de cada Capítulo preparar um programa para realçar o valor de uma educação e o fato
de que a Escola Pública é o principal baluarte da liberdade e que deve ser preservada.
O Dia Educacional proporciona a cada DeMolay uma chance de mostrar sua
atenção para as Escolas Públicas e promover o interesse geral nesta maravilhosa
instituição. Isso poder ser feito por sócios, dirigindo-se a organizações cívicas e
outras, ouvindo palestras por pessoas competentes fazendo uma pesquisa de situação
de escolas em seu distrito ou Estado.
A pesquisa pode abranger edifícios escolares, equipamento, saneamento,
qualificações de instrutores, salários e outros itens referentes à questão de Escolas.
Um agradável acontecimento para esse dia é um debate geral do Capítulo apoiando a
causa da educação e de Escolas Públicas.
- DIA EM MEMÓRIA DE FRANK S. LAND
Frank S. Land dedicou sua vida à Ordem DeMolay e veio a falecer no dia 08
(oito) de novembro. É conveniente, portanto que os capítulos organizem próximo a
esse dia um modo de homenageá-lo ou reverenciar sua memória, de preferência por
organização de uma palestra sobre a história da Ordem.
- DIA EM MEMÓRIA DE JACQUES DeMOLAY
Próximo ao dia 18 de março é dever dos DeMolay nesta data organizar um
programa que lembre a morte de Jacques DeMolay realizando uma palestra sobre
Jacques DeMolay, Ordem dos Templários ou o que convier ao Capítulo. Também é
lembrado nesta data o aniversário da Ordem DeMolay, pois no dia 18 de março é
comemorada a fundação da Ordem DeMolay.
-DIA DO CONFORTO
O Dia de conforto é observado perto da época do Natal, é com a finalidade
de membros DeMolay espalharem um pouco de alegria na vida do próximo. Aplicamse especialmente àqueles que são infelizes, crianças aleijadas e pessoas mais velhas,
ou muito velhas e pobres. Eles poderão estar confinados em hospitais ou em seus
próprios lares, mas estão todos acessíveis a você.
Nesse dia, leve para eles presentes, flores, balas, livros, revistas e outros
presentes de amigos. Isso os fará felizes e fará você se sentir melhor. Lembre-se desse
dia e guarde-o.
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-DIA DO PATRIOTA
Esse dia é conveniente ao Capítulo no mês de setembro. Cada Capítulo
deve preparar uma reunião especial na quais os grandes eventos de seu país serão
lembrados e mencionados os grandes patriotas participantes, de modo que a grande
luta do patriotismo jamais se ofusque em nossa cidadania.
Um DeMolay é um patriota em todos os sentidos e dias da sua vida. Ele
demonstra seu patriotismo pela conduta correta em benefício de sua Pátria. Esse dia
foi reservado pelo Supremo Conselho com um período em que membros da Ordem
devem demonstrar seu patriotismo através de atividades em reuniões públicas,
paradas e outros meios de incentivo. É um dia DeMolay muito importante.
-DIA DEVOCIONAL
No dia da Devoção, que é o domingo mais próximo a 18 de março, será
dever dos membros de cada Capítulo DeMolay frequentar uma igreja, num grupo onde
alguma função religiosa tenha sido preparada. Os DeMolay amam e servem a Deus, e
esta data serve para que os jovens DeMolays orem pela morte de Jacques DeMolay
assim como pedir a Deus que a Ordem DeMolay cresça sempre forte.
Sua vida diária deve refletir uma reverência à religião. Essa frequência à
igreja neste dia de Devoção tem a intenção de mostrar de maneira coletiva esse
respeito e sentimento por Deus.
-DIA DOS PAIS
No Dia dos Pais, que é observado em alguma ocasião entre 1 e 20 de
agosto, é dever de todos os DeMolay darem a seus pais algum sinal concreto, ou fazer
algum ato que demonstre reconhecimento por tudo que seus pais têm feito e ainda
estão fazendo por ele. Será também dever de cada Capítulo promover uma reunião
especial, a qual os pais serão convidados a participar e na quais os pais serão
devidamente homenageados.
Nossa maior dívida é para com os nossos pais, pois nunca poderemos
expressar suficiente amor, respeito e reconhecimento por eles, não importa quantos
anos nós vivamos. O Dia dos Pais proporciona uma oportunidade para uma
demonstração pública desse amor, respeito e reconhecimento.
- DIA DO MEU GOVERNO
Em alguma ocasião, durante o mês de novembro, os Capítulos observarão
o Dia do Meu Governo. Nessa ocasião, deve ser reparado um programa especial para
enaltecer devidamente o governo do País, no qual o Capítulo estiver localizado.
Os membros do Capítulo poderão também aproveitar esta oportunidade
para aprender mais sobre seu município ou sobre a mais elevada forma de governo.
Isso pode ser conseguido se houver um orador especial que visite reuniões especiais
dosgrupos governamentais, ou que assume os cargos de determinados funcionários do
Governo.
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O BRASÃO DA ORDEM DEMOLAY
A palavra brasão quer dizer um conjunto de peças, figuras e ornamentos
dispostos no corpo do escudo ou fora dele, que representa alguma instituição ou
alguma família. Ao longo do tempo, surgiram várias representações e significados para
os símbolos que foram tornando-se frequentes durante a Idade Média, e presentes nos
dias de hoje, o brasão era uma distinção entre as famílias. O nosso brasão traz uma
simbologia carregada de sentimentos e é parte de nosso aprendizado.
1º Brasão
2º Brasão
3º Brasão
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O Brasão tem como base a Coroa da Juventude, que traz consigo as Sete
Virtudes cardeais de um DeMolay.
ELMO - Representado em cima da Coroa da Juventude, nos recorda a nobreza
dos cavaleiros medievais, e também as virtudes da cortesia, nobreza de caráter e
cavalheirismo.
AS ESPADAS - Duas espadas que se cruzam atrás do brasão. São as espadas da
justiça e do sacrifico, que todos nós fazemos para cumprir com o nosso juramento.
PÉROLAS E RUBIS - As pérolas representam os fundadores que estão vivos,
sendo substituídos por rubis, esferas vermelhas, embutidos na coroa conforme ele foram
morrendo.
CRUZ BRANCA DE CINCO RAIOS – representa a pureza de intenção e aquele
antigo lema:
“Um DeMolay jamais falhará como cidadão, como líder e como um homem”.
Esfera Central - representando o céu, rodeado por esferas brancas, que
representa a corrente formada pelos maçons protegendo os capítulos que são representados
pela estrela de cinco pontas.
A Lua em quarto crescente - No centro do circulo, a lua é considerada. o símbolo
dos iniciados e quer dizer que, embora já tenhamos aprendido alguma coisa, ainda existe
muito para aprendermos e muito para ser descoberto. A parte branca. Iluminada, é o que já
aprendemos, e a parte escura é o que falta aprender.
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OS GRAUS DA ORDEM DEMOLAY
O Grau Iniciático
Este é o primeiro Grau. Na Cerimônia de Iniciação, o candidato é apresentado
ao sistema filosófico DeMolay através da alegoria de uma jornada de um dia e do
transcorrer da vida humana. No caminho, portam a Coroa da Juventude, adornando-a
aos poucos durante o caminho.
É um Grau de Instrução, uma vez que somente ao passar deste Grau, o
DeMolay pode assumir e usufruir dos direitos e deveres de um DeMolay. Enquanto isto,
cada Iniciático deve aprender os valores da Ordem e memorizar o juramento feito,
junto com os segredos do Grau para seguir adiante.
O escopo do Grau é mostrar que virtudes um jovem deve ter e a obrigação de
pô-las em prática na sociedade como a melhor preparação para os deveres e
expectativas da Maioridade.
O Grau DeMolay
Apesar da marcante Elevação a este Grau, o maior foco dele é administrativo, o
que pode ser mostrado pelos textos do Ritual das Reuniões Ordinárias. Assim, ao
passar pela elevação e atendidos os demais requisitos, o DeMolay está apto a votar e
receber votos, bem como ocupar cargos de Oficiais e ser considerado um DeMolay
completo.
Também neste Grau existe um questionário para ser memorizado juntamente
com os segredos do Grau. Este questionário é o que de fato confere a titularidade de
direitos e deveres na Ordem. O Grau DeMolay, portanto, é o que realmente torna o
Iniciático, um DeMolay pleno de direitos e deveres. Sela definitivamente a fraternidade
entre os irmãos que acabaram de iniciar e os demais.
É importante salientar também que o Grau DeMolay não é um grau honorífico e
portanto, não se deve estabelecer tantos requisitos para que o membro possa
ingressar no mesmo.
Nobres Cavaleiros da Ordem Sagrada dos Soldados Companheiros de
Jacques DeMolay
Ordem da Cavalaria (Grau de Nobre Cavaleiro)
AOrdem da Cavalaria tem como princípio o estudo
de
assuntos
históricos,
filosóficos,
ritualísticos
e
contemporâneos, visando preparar os cavaleiros para a
maioridade, bem como um aperfeiçoamento intelectual dos
mesmos.Em confraternizações para os membros, convidados e
parentes ajudam criar um entusiasmo enorme para cada
Convento. A maioria das atividades do Priorado é em grupo. O
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Priorado fornece dois graus, que são opcionais, o Grau de Nobre Cavaleiro e o Ébano e
apresenta também as Sublimes Ordens de Cavalaria, onde se segue em dois elos, o
histórico e o filosófico. As Sublimes Ordens de Cavalaria pertencentes ao elo histórico
são: Ordem do Pacto Secreto, Ordem do Mestre da Cruz de Salém, Ordem do Cavaleiro
Ex – Templário, Ordem do Cavaleiro da Fidelidade, Ordem do Cavaleiro da Chama
Imortal e Ordem do Cavaleiro da Tríade. Pertencentes ao Elo Filosófico são: Ordem do
Ébano (Grau do ébano), Ordem do Cavaleiro Anon, Ordem do Cavaleiro da Cadência
(Grau da Cadência).
No grau de Cavaleiro, o DeMolay reforça todos os juramentos feitos nos
capítulos, por isso no priorado, tem se 14 velas acesas, ou seja, a responsabilidade do
membro dobra. Este grau também mostra a necessidade da humildade. O último grau
nesta escala é a Ordem do Ébano, que é concedida aos Cavaleiros que tenham
completado 19 anos de idade. Muito mais próximos do momento da Maioridade, os
Cavaleiros tem de decidir entre os dois caminhos que estão sempre à frente de todo o
mundo: o caminho das Luzes ou o Caminho das Trevas. Nesta Cerimônia, mostramos
aos DeMolays o que pode lhes esperar em ambos os lados, e a eles cabe a decisão de
qual seguir.
•
Não devemos confundir o Grau Honorífico de Chevalier com o Grau de Nobre
Cavaleiro, já que o primeiro é a mais alta honraria da Ordem DeMolay
existente no Brasil, conferido pelo Supremo Conselho da Ordem DeMolay para
a República Federativa do Brasile o segundo é um Grau que qualquer DeMolay
maior de 17 anos pode receber, ao requisitar Ingresso em um Priorado.
•
Da mesma forma que não devemos usar os termos "grau 1" e "grau 2", ao nos
referimos aos Graus lniciático e DeMolay, não é correto usar "Grau 3" e "Grau
4" em referência aos Graus da Cavalaria e do Ébano, pois estes são partes da
Ordem da Cavalaria, não constituindo um caminho obrigatório para o
DeMolay, mas sim uma forma de manter aceso o interesse dos DeMolays mais
velhos, e abrir espaço para que os DeMolays mais novos ocupem funções de
responsabilidade nos Capítulos. O Grau de Chevalier, também não deve ser
representado por qualquer número.
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O Grau de Chevalier
O Grau de Chevalier é a maior honraria que um DeMolay
ativo pode receber. É um reconhecimento para o DeMolay
que desempenhou relevantes serviços e trabalhos pela
Ordem. O DeMolay receberá este grau por nomeação do
Conselho Consultivo do Capítulo ou indicação espontânea
do Grande Mestre Estadual. A sua nomeação deverá ocorrer
no mais absoluto sigilo. Jamais poderá ter ciência
antecipada de sua indicação.
O Grau deverá ser conferido através de uma das mais belas
cerimônias realizadas pela Ordem DeMolay. É uma verdadeira investidura, que
remonta às antigas investiduras dos bravos cavaleiros medievais. Esta foi a primeira
cerimônia desenvolvida somente pelo tio Frank S. Land, já que o tio Frank A. Marshall
havia falecido quando da realização da mesma.
Por ser grande conhecedor da bíblia, o tio Land baseou-se no Salmo 91 para criá-la.
Nesta cerimônia, o jovem DeMolay será lembrado de sua importante missão, que é a
manutenção do bem estar em seu Lar, o respeito por tudo o que é Sagrado e o dever
de ser um grande cidadão em defesa de sua Pátria, devendo até mesmo dar sua
própria vida em defesa do Patriotismo. Após este ato, o irmão receberá o título de
Chevalier.
Legião de Honra Ativa e Honorária
A Legião de Honra é a mais alta honraria que alguém pode
alcançar e somente pode ser conferida àqueles que tenham sido
bem sucedidos em suas vidas profissionais e familiares e que
tenham relevantes serviços prestados em prol de sua
comunidade.
A Legião de Honra foi criada com o propósito de juntar um pouco
dos milhões de DeMolays que se ajoelharam no altar DeMolay. Os
portadores da Legião de Honra devem ser ativamente apontados
como excelentes líderes em algum campo de diligência, seja civil,
profissional, fraternal ou espiritual.
A Legião de Honra consiste de homens que podem ser
implicitamente confiados, como os anos passados, para auxiliar
os jovens em carregar os ideais da Ordem DeMolay em todos os caminhos da vida. A
Missão da Legião é consagrar os corações e mentes dos membros para uma
inesgotável crença em Deus, defesa das escolas públicas e defesa dos direitos de
todos. Os Legionários podem se reunir em Preceptorias, carregando suas
responsabilidades, estendendo paralelamente suas lideranças com a Ordem DeMolay.
Todos os membros da Preceptoria devem ser Legionários, sejam ativos ou honorários
(honorário é um tio maçom que recebeu a Legião de Honra). Cada Legionário deve ser
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um membro participativo, e deve observar o Dia 18 de março e enviar o relatório de
suas observâncias ao Supremo Conselho.
Uma Preceptoria pode desenvolver um programa e banquete para a observância anual
no dia 18 de Março, e trazer algumas das seguintes atividades para ajudar a Ordem
DeMolay, evitando sobrecarga do Oficial Executivo. O orgulho e a Honra de ser um
Legionário podem ser melhor demonstrados em forma de Serviço à Ordem DeMolay.
I – Ativa: Legião de Honra Ativa é destinada aos Sêniores
DeMolays que já atingiram 35 anos de idade e que já possuem
oGrau de Chevalier.
II – Honorária: A Legião de Honra Honorária é concedida a
maçons que não são Sêniores DeMolays, que atingiram a idade
de 45 anos e que foram, anteriormente, agraciados com a Cruz de
Honra e a Comenda de Mérito DeMolay.
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ASSOCIAÇÃO ALUMNI
O termo ALUMNI significa "ex-aluno" e é mundialmente utilizado para
designar turmas formadas principalmente em cursos universitários (Ex.:
Turma Alumni 1992, Curso de Direito - Harvard) que se reúnem
frequentemente. Na Ordem DeMolay não é diferente, com a exceção de
que nos organizamos para dar continuidade ao trabalho de DeMolay.
Hoje, mais do que nunca, a Ordem DeMolay depende do suporte
e liderança dos Seniores DeMolay. Como a face da Ordem os desafios do
futuro, a liderança dos Seniores DeMolay e amigos serão um acréscimo
importante.
A Associação Alumni tem como meta providenciar para que cada Alumni se
envolva em alguma extensão. O nível de envolvimento é uma decisão pessoal. Mas, se
um Alumni pode se envolver em um projeto, uma vez por ano, ele fará a diferença na
vida de um jovem.
Um DeMolay ativo se torna Sênior ao atingir a marca de 21 (vinte e um) anos
de idade, podendo assim se filiar à Associação Alumni.
A Ordem DeMolay tem tido significativo impacto nas vidas de milhares de
jovens, e por sua vez eles têm respondido pela significante contribuição à nossa
qualidade de vida, através de suas realizações profissionais. Eles honraram a si
mesmos e à Ordem DeMolay.
A lista de eminentes Sêniores DeMolays inclui astronautas, governadores,
congressistas, generais, inventores, artistas, embaixadores, escritores, atletas, altos
executivos e um Presidente dos Estados Unidos. Alguns dos mais excepcionais Seniores
DeMolay são:
Presidente Bill Clinton
Reubin Askew (governador)
Dante (campeão de vôlei)
John Wayne (ator/patriota)
Senador Mark Hatfield
Frank Borman (astronauta)
Gary Collins (estrela de televisão)
John Steinbeck (escritor)
Bob Mathias (campeão olímpico)
Willard Scott (estrela de TV)
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ESCUDEIROS DA TÁVOLA REDONDA
Trata-se
se de uma organização afiliada da
Ordem DeMolay para jovens do sexo masculino de 09 a
11 anos, indicados por um escudeiro, DeMolay ou maçom.
A unidade da “Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda”
denomina-se
se “Castelo”. Um Castelo da Ordem dos
Escudeiros é instituído
ituído por, no mínimo, 10 (dez) membros.
iões de um Castelo devem durar, no
As reuniões
máximo, 1 hora e, embora sejam secretas, podem contar
com os pais dos escudeiros, além dos DeMolays e
maçons.
Os Escudeiros, assim como a Ordem DeMolay ensinam lições morais e valores
para que os meninos possam ter uma adequada formação de caráter. Os Escudeiros
possuem um Ritual próprio, mais simples e de mais fácil compreensão pelos meninos.
As virtudes realçadas por esse Ritual são as Lições da Vida de um Escudeiro:
Sabedoria, Verdade e Justiça, representadas, respectivamente
respectivamente pelos Livros, pela
Espada e pelo Malhete.
O Emblema dos Escudeiros é um círculo dividido em quatro quadrantes. No
primeiro quadrante, do lado esquerdo, na parte superior está o brasão da
OrdemDeMolay, pois se não existisse Ordem DeMolay, não existiriam
m Escudeiros. No
quadrante superior direito há um Malhete, representando o Malhete da Justiça, que é
guardado pelo Mestre Escudeiro durante as reuniões. No quadrante inferior esquerdo,
está a Espada da Verdade, que fica com o 1°Escudeiro.
1
No quadrante
ante inferior direito,
estão representados os Livros da Sabedoria, que ficam sob a guarda do 2º Escudeiro
durante as reuniões.
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CAPAS
As capas são paramentos de uso
exclusivo dos Oficiais do Capítulo, somente
membros que possuam o Grau DeMolay podem
usá-las.
A capa é símbolo de realeza e também
de proteção que é dada pelo conhecimento, ou
seja, para usá-la
la o membro deve possuir o Grau
DeMolay, e para conseguir este grau o DeMolay
deve apresentar conhecimentos sobre a Ordem.
A capa é preta por fora e vermelha por
dentro. No lado direito da capa temos o brasão da
ordem.
A VESTIMENTA
A vestimenta alvi-negra
negra (Camisa social branca,
gravata longa, calça, sapatos e meias pretas) é a utilizada pelos
jovens DeMolays em suas reuniões Ritualísticas, nasSalas
n
Capitulares
Capitulares.
Vale ressaltar que a vestimenta DeMolay alvi-negra,
alvi
não é utilizada com frequência
freq ência em outros países, tendo sido
convencionada no Brasil, pelos Maçons que trouxeram e
fundaram
undaram a Ordem em nosso país, buscando uma melhor
apresentação na uniformização da Ordem. Na atualidade, a
exemplo do Brasil, a vestimenta alvi-negra
alvi negra está começando a
ser utilizada nos Estados Unidos da América ema alguns estados.
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BANDEIRA DA ORDEM DEMOLAY
O campo branco na bandeira
DeMolay simboliza pureza e limpeza
de pensamentos,, palavras
palavra e ações.
Ela lembra ao DeMolay das palavras
do salmista que escreveu:
"Crie em mim um
coração limpo, oh Deus”.
As
três
listras
divergentes
vermelhas, as quais trespassam o campo branco, representam as colunas básicas e a
fundação da Ordem DeMolay. Esses são: Amor a Deus, Amor à Família e Amor ao País.
Elas divergem através do branco para simbolizar que essas colunas devem se espalhar
durante a vida do indivíduo.
ndivíduo. As listras convergem num campo vermelho o qual tem a
forma de um quadrado oblongo, ou retângulo, o que simboliza a união do DeMolay
com a Maçonaria. O vermelho é emblemático da coragem, e relembra ao DeMolay dos
muitos sacrifícios que a juventude de nossa nação tem feito para defender as
liberdades que nós gozamos como cidadãos.
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A ADMINISTRAÇÃO DA ORDEM DEMOLAY
Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República
Federativa do Brasil
O Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do
Brasil - SCODRFB é o órgão responsável pela administração e expansão da Ordem
DeMolay no Brasil. Possui a autorização e o reconhecimento legal do DeMolay
International para uso da marca "DeMolay" no Brasil.
O Supremo Conselho da Ordem de DeMolay para a República Federativa do
Brasil - SCODRFB é uma instituição sem fins lucrativos constituída pelos Grandes
Conselhos Estaduais da Ordem DeMolay, fundado em 06 de julho de 2004, na Cidade
de Manaus, Estado do Amazonas, sediado na Cidade de Taguatinga, DF, capital do
Brasil, e instalado no dia 21 de agosto de 2004, por meio de Carta Constitutiva,
emitida pelo Supremo Conselho Internacional da Ordem de DeMolay (DeMolay
International), sediado na cidade de Kansas City, estado de Missouri, Estados Unidos
da América, de acordo com a resolução adotada no dia 17 de junho de 2004, por
ocasião de sua Sessão Anual, realizada em Denver, Estado do Colorado, Estados
Unidos da América.
O independente Supremo Conselho da Ordem de DeMolay para a República
Federativa do Brasil reconhece e aceita os Princípios Sagrados da Ordem DeMolay
inspirados pela filosofia de seu fundador FRANK SHERMAN LAND, para inculcar nos
corações e mentes dos jovens os ideais do desenvolvimento das Virtudes do Amor
filial, Reverência pelas Coisas Sagradas, Cortesia, Companheirismo, Fidelidade, Pureza
e Patriotismo, assim como a liberdade intelectual, civil e religiosa.
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Grande Conselho da Ordem DeMolay para oEstado de Goiás
O Grande Conselho da Ordem DeMolay para a o Estado de Goiás é o órgão
responsável pela administração e expansão da Ordem DeMolay no estado de Goiás.
Possui a autorização e o reconhecimento legal do Supremo Conselho da Ordem
DeMolay para a República Federativa do Brasil. É uma instituição sem fins lucrativos,
formado por uma diretoria executiva composta por: Grande Mestre Estadual, Grande
Mestre Estadual Adjunto, Grande Secretário Estadual, Grande Secretário Estadual
Adjunto, Grande Tesoureiro Estadual, Grande Tesoureiro Estadual Adjunto, Grande
Orador Estadual, Grande Orador Estadual Adjunto, Mestre Conselheiro Estadual e
Mestre Conselheiro Estadual Adjunto.
Fundado em 23 de outubro de 2004, por meio de Carta Constitutiva,
emitida pelo Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do
Brasil, sediado na cidade de Taguatinga, Distrito Federal. O Grande Conselho de Goiás
tem como objetivo auxiliar os capítulos do estado na forma do mestre conselheiro, a
praticar os Princípios Sagrados da Ordem DeMolay inspirados pela filosofia de seu
fundador FRANK SHERMAN LAND, para inculcar nos corações e mentes dos jovens os
ideais do desenvolvimento das Virtudes do Amor filial, Reverência pelas Coisas
Sagradas, Cortesia, Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo, assim como a
liberdade intelectual, civil e religiosa.
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AUTORIDADES DA ORDEM DEMOLAY
Em nossa ordem, o símbolo de uma autoridade é o colar que possui o
medalhão com o selo do SCODRFB e placas ornadas cada uma com a cruz templária.
As cores, o formato das placas e as placas circulares que contém as siglas de cada
cargo diferenciam as autoridades. Os colares dos adjuntos, quando existirem, são
iguais aos colares das autoridades principais, diferenciando somente pela sigla na placa
circular que possui o acréscimo de um “A” referente a “Adjunto”. Vejamos quais são:
Lideranças Jovens:
Mestre Conselheiro: colar amarelo. É o presidente de um capítulo
DeMolay.
Mestre Conselheiro Regional:colar verde. É o representante do
Mestre Conselheiro Estadual em uma região com mais de 04 (quatro)
capítulos. Responsável pela Organização do Congresso Regional e
difusão dos Dias Obrigatórios nessa determinada área.
Mestre Conselheiro Estadual e seu Adjunto: colar azul claro. São
os Representantes do Grande Conselho de Goiás perante os
DeMolays. Devem auxiliar na prática de ritual, quando em um
determinado capítulo. Além disso, o MCE deve presidir o
Congresso Estadual e fundamentar os projetos estaduais.
Mestre Conselheiro Nacional e seu adjunto: colar azul escuro e
todas as placas são circulares. São os representantes do Supremo
Conselho perante os DeMolays. Além disso, o MCN tem a função
de presidir o Congresso Nacional e estabelecer os projetos
nacionais.
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Lideranças Adultas:
Oficial Executivo: porta o colar roxo, mesma cor do símbolo do
Supremo Conselho REAA. É o representante do Grande Mestre
Estadual em uma determinada região.
Grande Secretário Estadual, Grande Tesoureiro Estadual e
Grande Orador Estadual e seus adjuntos:portam colares
vermelhos. Trabalham no Grande Conselho Estadual assessorando
administrativamente o Grande Mestre Estadual.
Grande Mestre Estadual e seu adjunto: portam colares
vermelhos, exclusivamente composto de placas circulares. O GME
é o presidente do Grande Conselho Estadual.
Grande Secretário, Grande Tesoureiro e Grande Orador
e seus adjuntos:portam colares dourados. Trabalham no
Supremo Conselho assessorando administrativamente o Grande
Mestre.
Grande Mestre e seu adjunto:portam colares dourados,
formados exclusivamente por placas circulares. O GM é o
presidente do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a
República Federativa do Brasil.
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COMO FAZER BOM USO DA PALAVRA?
DeMolays e maçons, geralmente, gostam muito de discursar. Existem pessoas
que nascem com o dom da palavra, outras não. Para esses dois tipos de pessoas estão
listadas abaixo dez dicas de oratória, para os oradores natos se aperfeiçoarem e para
os iniciantes começarem com o pé direito:
1. O bom orador deve ficar em pé para ser visto, falar alto para ser ouvido e
breve para ser entendido (Na Ordem DeMolay ficar de pé enquanto fala é regra
geral para todas as pessoas, ou seja, faz parte de nosso ritual).
2. Atenção para os gestos. O uso de gestos mais longos facilita a compreensão.
3. Evite gesticulação excessiva ou descoordenada. O gesto deve ser apenas um
complemento que dá ênfase à idéia apresentada. Sempre que possível deverá
ser seguido de uma breve pausa para surtir efeito.
4. Mantenha o volume de sua voz constante, alterando-o somente quando esse
acompanhar um gesto.
5. Nunca se fala sentado, essa posição só deverá ser usada em reuniões com
poucas pessoas.
6. Quando usar o púlpito, não debruçar os cotovelos sobre o mesmo, bem como
não apoiar o corpo sobre uma mesa que esteja a sua frente. Isso dá a
impressão que você está sem firmeza.
7. Sempre que possível escreva um esquema sobre o que vai falar.
8. Quando usar gradação de ideias faça-o enumerando itens (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,
8,9) para facilitar a compreensão das ideias.
9. Ao ler ou falar, mantenha a cabeça erguida permitindo que sua voz possa se
espalhar pelo ambiente.
10. Não existem posições fixas para a boa oratória, a alternância deverá ser
natural, de acordo com diversos fatores: o público, o local, o assunto, a
personalidade do palestrante, etc.
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A ORDEM DEMOLAY NA FORMAÇÃO DE LÍDERES
Essa é uma pergunta um tanto comum em nosso meio.Muitos a fazem e ainda
questionam se realmente a Ordem DeMolay forma líderes para a sociedade, achando
que para haver liderança são necessários cursos específicos de Chefia e Liderança,
Oratória, Administração Social, Motivação,entre outros.
É indiscutível que esses cursos, bem ministrados, trazem resultados muito
bons e auxiliam o jovem em sua formação rumo à liderança. Mas, a verdade é que,
mesmo sem esses recursos específicos, a Ordem consegue formar líderes.
Quem em nossa Ordem nunca foi obrigado a se levantar em uma reunião para
fazer uso da palavra, diante de uma plateia de no mínimo 20 ou 30 pessoas? Quantas
vezes já não fizemos discursos em cerimônias públicas, decoramos nossas falas ou
apresentamos trabalhos no capítulo? Mesmo sem perceber, estamos perdendo a
inibição, falando e aprendendo com quem fala. Um verdadeiro líder tem que ser
comunicativo, para fazer valer suas ideias e opiniões, seja qual for seu campo de
atuação.
Além disso, muitos DeMolays ocupam o cargo de Escrivão. Esses irmãos
receberam a incumbência de fazer atas, receber e elaborar cartas, ler a ata durante as
reuniões e auxiliar o Mestre Conselheiro em diversas funções. Todas as organizações
e corporações precisam registrar suas ações sobre a forma de ata. Alem disso o
mercado muitas vezes exige pessoas que saibam elaborar cartas e escrever bem,
enquanto o Escrivão treina sua redação constantemente.
Nossa sociedade infelizmente é obrigada a conviver com a corrupção. Os
responsáveis pelo dinheiro público não o administram com honestidade. Exemplos não
faltam, escândalos de corrupção envolvendo tesoureiros de campanhas políticas, de
clubes de futebol ou de grandes empresas, são uma constante. Mas na Ordem
DeMolay temos a oportunidade de aprender a exemplo bem claro disso são os
Tesoureiros de nossos capítulos, que juntamente com os membros da Comissão de
Finanças do Capítulo, fazem balancetes, prestação de contas, previsão de
orçamentária, emitem cheques, etc. E é disso que a sociedade precisa: de líderes
capazes de administrar as finanças sociais com dignidade e honestidade e não de
patifes e salafrários que encontramos por aí. Não só dou apoio como confio muito
mais em um DeMolay para administrar meu dinheiro.
Em nossa casa, no trabalho, na escola, na política e em qualquer comunidade
com o mínimo de organização existe a hierarquia e nós, DeMolays, nos acostumamos
com ela, desde nossa iniciação. Sempre procuramos ser “promovidos” para outros
cargos ou funções, aprendendo a conviver e respeitar a hierarquia. Novamente, os
DeMolays saem na frente.
Na Ordem, aprendemos a dividir funções. Os presidentes de comissões e o
Mestre Conselheiro aprendem algo muito importante que é a delegação de funções. O
trabalho bem dividido rende mais e não sobrecarrega ninguém. Um bom líder deve
saber dividir tarefas, afinal ninguém consegue fazer tudo sozinho.
Os DeMolays organizam festas, jantares, congressos, cerimônias públicas,
campanhas filantrópicas e outros eventos; assimilando assim noções de
administração, trabalho em equipe, empreendimento e marketing. Pré-requisitos
básicos para o desenvolvimento de liderança.
Nossa Ordem, sendo democrática, nós dá a oportunidade de galgarmos cargos
ou funções que dependam de eleições. Essas, quando realizadas com ética e moral,
soa excelentes experiências, para elaborarmos projetos administrativos coesos e
condizentes que possam ganhar a confiança e o conseqüente voto de confiança de
nossos irmãos.
Muitas dessas oportunidades são oferecidas por outros grupos de jovens. Mas
temos que lembrar do grande diferencial de nossa Ordem: sua ritualística. A ritualística
disciplina o jovem e impõe noções de harmonia e trabalho em grupo. Além disso, os
Gabinete Estadual de Goiás
41
graus de nossa Ordem se apresentam com um desafio para o jovem, que passa a
trabalhar para subir essa “escada” de graus, querendo sempre vencer novos desafios.
Esse espírito empreendedor e corajoso é de fundamental importância para a
formação de um verdadeiro líder.
Sem duvida, esses são exemplos de como a Ordem DeMolay, mesmo que
imperceptivelmente, consegue formar líderes e melhores Cidadãos.
Poderíamos citar ainda outras formas como incentivoà formação de liderança,
mas por hora acreditamos que esses argumentos já tenham sido bem convincentes.
Entretanto, caso você discorde, total ou parcialmente, argumente, critique e exponha
suas razões, porque dessa forma estaremos criando uma nova oportunidade para
discutirmos e exercitamos nossa liderança.
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