Sektion: Kulturwissenschaften

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Sektion: Kulturwissenschaften
ABSTRACTS
SEKTION: KULTURWISSENSCHAFTEN
Abonizio, Juliana
Uni Mato Grosso (BR)
FACES E DISFARCES: A MODIFICAÇÃO CORPORAL COMO CONSTRUÇÃO
AUTÊNTICA DE SI
Visando compreender as transformações do corpo na transição modernidade e pós-modernidade, busco a
análise dos significados que as pessoas que utilizam marcas corporais extensas ou extremas fazem das
suas opções. Procuro ainda refletir sobre os artistas contemporâneos que fazem do corpo, e do desprezo
pelo mesmo, uma exposição artística. Contudo, priorizo, não os artistas, mas as artes corporais vistas em
pessoas comuns que adotam seu corpo como emblema de si mesmas. Trata-se de refletir sobre as tensões
identitárias provocadas pelas transformações corporais, um cenário no qual o sentimento de pertencer não
pode ser visto como símbolo de identidade (no sentido de retorno ao idêntico), mas como múltiplas
singularidades que unem pessoas vagamente definidas como 'modificadas'. Os dados coletados em
entrevistas com modificados, profissionais de body modification e artistas de freak show apontam para
existência de conflitos entre identidade, alteridade e autenticidade, revelando uma maneira específica de
ser, aparecer e se articular no tecido social urbano. Através de constantes transformações do corpo e de
mudanças nas atribuições de significado, o sujeito é um ser em constante produção de si. A procura por
hibridações, sejam essas representadas pelos animais evocados, pelos deuses encarnados, pelo metal
incorporado, aponta para uma forma de escapar ao princípio excludente de identidade e, nesse sentido,
evoca a alteridade dos monstros, excessivos por definição e situados em fronteiras. Assim, a reconstrução
permanente do corpo permite a construção altamente valorizada de uma subjetividade freak .
Abrantes, Ana Margarida
UNL / CECC (UCP) (PT)
THEATRALITÄT ZWISCHEN KULTUR UND KOGNITION
Das Drama im Drama ist womöglich die eindringlichste Form der Theatralität. Die Bühne ist ein
privilegierter Raum für die Ausübung und Darstellung von Reflexivität und für die Inszenierugn des
Selbst und der Performanz als Thema. Jedoch beschränkt sich die Theatralität nicht auf diese Art von
Metareflexivität, sondern kann als Begriff weitere Kontexte umfassen: als soziale Praxis zählt sie zu den
Erscheinungsformen der menschlichen Kultur in der Evolution (Montelle 2009); in der Kommunikation
macht sie sich in Formen erkennbar, wie in der fiktiven Interaktion (Pascual 2002), eine imaginierte,
verbalisierte Auseinandersetzung, die den Adressaten miteinbezieht. In der Sprache manifestiert sich die
Theatralität in Konstruktionen, wie etwa der Einbettung von aussagenden Stimmen („enunciation“) und
in den verschiedenen Formen der performativen Rede (Brandt 2004). Diese Pluralität von
Erscheinungsformen lässt die Hypothese zu, dass es sich bei Theartalität um ein kognitives Phänomen,
um eine Form der mentalen Performanz handelt, die sich in verschiedenen kulturellen Produkten
manifestiert, unter anderem auch im Drama (in der Sprachstruktur, in der Diskursentfaltung, in der
Kunst), in Zusammenhang mit anderen kognitiven Operationen steht (etwa mit der sog. geteilten
Aufmerksamkeit) und womöglich ein neuronales Korrelat hat (Iacoboni 2008). Als übergreifender Begriff
kann Theatralität einen Forschungsweg anzeigen, in dem der Zusammenhang von Kognition und Kultur
besonders deutlich wird.
Almeida, Claudyanne Rodrigues de
Uni Mato Grosso (BR)
PERFORMATIVIDADE NO BLOCO DOS CARETAS
Analisando um ritual performativo de carnaval, o Bloco dos Caretas de Guiratinga-MT, pesquiso a
poética do momento de “carnavalização” (Bakhtin, 1993) no qual os indivíduos são destronados de seus
papéis e deveres cotidianos. Reflete o jogo ritual de ser um outro, mostrar o que pode estar escondido e
esconder o que está a mostra, estando na via do acontecimento e não da representação. Por isso o conceito
de performatividade de Josethe Féral e Schechner (2002) se faz presente à medida que encontra coerência
nos eventos que emergem das descontinuidades, indeterminações processuais do cotidiano; desconstrói
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com a personagem habitual e ultrapassa fronteiras de convenções arraigadas para reinscrever a arte no
cotidiano. Desde os rituais antigos, a arte e a “atividade de performar” estiveram presentes como algo
indissociável da vida. Contemporaneamente a performatividade aparece como uma ressonância se
encontrando no centro do teatro pós-moderno ou pós-dramático.
No Bloco dos Caretas, cidadãos comuns confeccionam suas máscaras monstruosas com argila e papel
machê, vestem um roupão e saem pelas ruas a ermo ao som de batuques jogando talco nos espectadores.
Dessa forma, o careta não quer produzir signos, como faz o teatro, mas “flutuar na ambigüidade das
significações”, como elucida Josethe Féral no 6º Encontro Mundial de Artes Cênicas. Pois ninguém sabe
qual sua identidade, fala, destino, além de ser monstro, ser indefinível sem gênero, classe e forma. Alias,
é a transgressão de toda representação comum de corpo. Supera, ultrapassa o cotidiano
despretensiosamente em busca do “corpo-sem-órgãos” (Artaud, 1993).
Alonso Ímaz, Mª Carmen
Uni Rey Juan Carlos (ES)
BERLÍN: CRÍTICA SOCIAL Y MULTICULTURALISMO EN LA OBRA DE
WLADIMIR KAMINER
A la luz de la obra de Wladimir Kaminer Ich bin kein Berliner se nos ofrece una amena percepción de las
distintas facetas culturales de la Alemania actual. Kaminer no es alemán, es un ruso afincado desde hace
más de veinte años en Alemania, concretamente en la ciudad de Berlín, que solamente escribe y publica
en lengua alemana.
En esta obra pasa revista, en clave de humor, a muy diferentes ámbitos culturales, tales como la historia,
la familia, los distintos ámbitos sociales, la enseñanza, el teatro, la moda, las actividades lúdicas, la
seguridad interior, la política o la religión, entre otras.
A través de sus breves relatos percibimos la realidad actual de Berlín, esa gran ciudad que tanto significa
en la historia de Alemania y que no sólo aúna en sí a muy diferentes minorías de origen extranjero, sino
que también simboliza el reencuentro, el maridaje entre las dos Alemanias anteriores a la caída del muro,
aunque, según se desprende de la información que nos brinda Kaminer, persiste muchas veces la
conciencia diversificadora entre los habitantes que lo fueron de uno y otro lado. La mirada de Kaminer,
teñida de constante humor y desde la óptica externa del emigrante, resulta muy ilustrativa, a la par que
objetiva.
Nuestra comunicación pretende analizar la obra de Kaminer en cuanto ejemplo de análisis cultural de una
ciudad, en cuanto descripción del ambiente y los habitantes de un lugar donde el autor se siente
plenamente integrado, no obstante su permanente distanciamiento y su no poco frecuente tendencia al
parangón intercultural con su país de origen, Rusia.
Arens, Esther
Uni Köln (DE)
ERZÄHLER UND ZAHLEN: PERFORMANZ IN DER WESTDEUTSCHEN
ENTWICKLUNGSHILFE DER 1960ER JAHRE
Während seiner Südostasienreise 1960 unterschrieb Bundesminister Merkatz in Jakarta einen Vertrag
über eine Kreditlinie von 100 Millionen DM. Damit begannen die bilateralen entwicklungspolitischen
Beziehungen zwischen Westdeutschland und Indonesien. In dieser Kontaktzone (M.L. Pratt) war für die
westdeutschen Hilfs-Mittler und Projekt-Träger das Moment der Inszenierung zentral, das die
Entwicklungshilfe für Publikum in beiden Ländern veranschaulichte, aber auch Akteuren innerhalb der
westdeutschen Szene Profilierung erlaubte. Hier befindet sich die Performanz zweier unterschiedlicher
Akteursgruppen im Fokus, der Mitarbeiter der Botschaft in Jakarta einerseits sowie andererseits der
ökonomisch-technischen Experten des Bundesministeriums für Wirtschaft in Bonn.
Die entwicklungspolitischen Inszenierungen der Diplomaten sind eine performance, wie Mieke Bal sie in
Travelling Concepts in the Humanities (2002) als “unique execution of a work” definiert hat, nicht zu
trennen von Erinnerung und Ästhetik. Der diplomatische Akt steht im Mittelpunkt, das Skript davor und
die Protokolle danach sind Nebenprodukte. Die Forschungsreisen, Gespräche und Analysen der Experten
hingegen haben zahlengesättigte Berichte als Ziel. Über die unmittelbare öffentliche Vorstellung hinaus
liegen die Druckwerke wegen ihrer Zitierfähigkeit und damit Transportabilität näher an Bals Definition
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von performativity als „an aspect of a word that does what it says“, möglich aufgrund der Verknüpfungen
einer geteilten (Fach-) Sprache und Kultur.
Der Blick auf diese verschiedenartigen performativen Aspekte westdeutscher Entwicklungshilfe
erleichtert die Analyse von coloniality (R. Grosfoguel) in nach-kolonialen Beziehungen. Dafür stehen
beispielhaft zwei Fragen nach Offenheit/Geschlossenheit und Dynamisierung/Überarbeitung: Welche
Rolle spielten performative Medialität bzw. Materialität im Prozess, zwischen Geber und Empfänger neue
Machtbeziehungen auszuhandeln? Dienten Inszenierungen arbeitsteilig, aber monologisch der
Konditionierung des Empfängerlandes hinsichtlich „that most naturalized of our cultural conventions:
time, pace, linearity“ (M. Bal) oder öffneten sie den Raum für einen Dialog mit indonesischen Akteuren,
in dem sie Widerparte bzw. Intertextualität voraussetzen?
Bento, Célia
ISLeiria (PT)
DIE BERLINER SIMULATION DE BODO MORSHAEUSER - A FLÂNERIE
DISSIMULADA
O crescente interesse pela cidade manifestado ao longo do século XX tem-se reflectido num variado
número de publicações que abordam a temática urbana por parte de ciências tão diversas como a
literatura, a arquitectura, a sociologia, a antropologia e a psicologia.
Debruçando-se sobre este tema, mais propriamente sobre o flâneur e do seu modo de percepção da cidade
Berlim, o estudo em questão é parte integrante de uma tese de mestrado em Estudos Alemães apresentada
na Universidade Clássica de Lisboa em 2005 com o titulo “ O regresso do flâneur nos anos oitenta: Paare,
Passanten de Botho Strauß e Die Berliner Simulation de Bodo Morshäuser.
Com base no livro Die Berliner Simulation de Bodo Morshäuser, publicado em 1983, pretende-se analisar
o conceito de ‘simulação’ e desconstruir o processo da flânerie, através da qual o narrador apresenta uma
visão peculiar de Berlim dos anos oitenta.
O conceito de ‘simulação’ na narrativa apresenta-se em três vertentes diferentes. Por um lado, o narrador
simula partir em busca da rapariga imaginária Sally quando, na realidade, faz uma deambulação física
pela cidade, Por outro lado à medida que percorre a cidade, o narrador analisa Berlim à luz da dicotomia
realidade/irrealidade, contrariando a imagem convencionada. Por último, a simulação acontece também a
nível da organização do texto através de uma sintaxe textual, que cria a ilusão de uma alternância entre
ficção e realidade.
Carrington, Cristina
Uni Aveiro (PT)
DIE GESCHICHTE DER JUNGFRAU VON ORLEANS ‘HEUTE UND MORGEN’ –
DAS STÜCK JOHANNA ODER DIE ERFINDUNG DER NATION (2002) VON
FELIX MITTERER
Ist die Geschichte von Jeanne d’Arc, der Jungfrau von Orleans, die in den Hundertjährigen Krieg auf der
Seite des französischen Thronfolgers eingriff, diesen auf den Thron brachte, leztlich aber zwischen den
Kriegsparteien zerrieben und zur Tode verurteilt wirde heute noch lesebar?
Diese Frage hat Felix Mitterer von kurzem beantwortet, als er 2002 die meistbeschriebene historische
Figue auf die Bühne brachte und das Stück Johanna oder die Erfindung der Nation veröffentilichte. Im
Drama, einem Konstrukt von Querverbindungen, in denen Vergangenheit (1429-1431) und die
Gegenwart (2002) in einander verfließen, werden Johanna die Heldin und Johanna die Anorektische, die
monarchischen Herrschaftsansprüche von Charles VII und seine mediale Inszenierung im Fernsehstudio,
der Scheiterhaufen im Bildschirm und die psychiatrische Klinik verflochten.
Dieses lesens-und sehenswerte Stück, stark geprägt vom Nationalismus und dem Fremdenhaß Österreichs
am Ende der 90er Jahre hat jedoch eine überzeitliche Botschaft, auf die Mitterer in diesem modernen Text
abzielt.
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Castro e Silva, Thais Julianne de / Lima e Gomes, Icleia Rodrigues de
Uni Mato Grosso (BR)
TRAVESTIS: O CORPO ENQUANTO MONSTRO DA SOCIEDADE
CONTEMPORÂNEA
Travestis habitam o imaginário do trabalho noturno em muitas cidades do mundo contemporâneo como
qualquer outro prestador de serviço. No entanto, parte da população pode considerá-los como monstros
que poluem as ruas da cidade. Levantar algumas formas pelas quais isto pode acontecer é a pretensão
deste paper que utiliza pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo com o auxílio de fotoetnografia
realizada na cidade de Cuiabá – MT – Brasil.
Christolova, Lena
Uni Konstanz (DE)
DIGITAL STORY TELLING: ZWISCHEN PERFORMANCE UND PERFORMANZ
Entgegen der Behauptung von Lev Manovich, dass Erzählungen und Datenbanken natürliche Feinde
seien (Manovich 2001: 225) , hat sich im Internet bereits die Praxis durchgesetzt, kurze persönliche
Geschichten für andere User oder die eigene Community als Datenbanken mit (inter)aktiven Feldern
verfügbar zu machen. Bereits die CD-Rom der Pionierin des digitalen Erzählens Abbe Don We Make
Memories 89-95, die in zahlreichen Museen und Galerien als Videoinstallation gezeigt wurde, enthält
interaktive Links, welche die Erzählweise ihrer jüdischen Großmutter simulieren, die in ihren
Erzählungen immer die Perspektive zwischen erster und dritter Person gewechselt hat und zwischen
Amerika und Europa, Englisch und Jiddisch, zwischen familiären Angelegenheiten und allgemeinen
kulturellen und religiösen Praktiken und Ritualen hin und her „gesprungen“ sein soll.
Auch die Installation Nine von Jason E. Lewis (1999) entspricht dem Schema des multimedialen,
interaktiven Hypertexts, das von Abbe Don eingeführt und in den Projekten der Memorylab des Magnes
Museum in Berkeley weiterhin als Digital Story Telling praktiziert wird. Als ein Puzzle von acht durch
Bilder- und Textfragmente besetzbaren Feldern und einem leeren Feld gibt Nine die Geschichte der
Identitätssuche eines Mannes wieder, der als Sohn eines Isländers und einer Cherokee-Indianerin geboren
ist und aufgrund seiner dunklen Hautfarbe in Berlin für einen Türken und in Indonesien für einen reichen
Mann aus Jakarta gehalten wird.
In letzter Zeit macht sich allerdings die Tendenz bemerkbar, persönlich erlebte Geschichten über
Identitätssuche und Integration in andere Gemeinschaften als Videoformate der Web-Öffentlichkeit
zugänglich zu machen (z. B. unter www.iom.org.za; www.fomacs.org). Zur Unterstützung solcher
Projekte werden mehrtägige Workshops zum Thema Digital Storytelling und Identität durchgeführt,
speziell dafür entwickelte Software wird zur Verfügung gestellt. Man könnte annehmen, dass die neue
Generation MigrantInnen-Videos einfach das Ergebnis der konzeptionellen Arbeit professionell
ausgebildeter Teams und der speziellen Software sind, und somit zu einer neuen Stereotypisierung von
Formen der Identitätszuschreibung führen . Oder - frei nach Althusser – dass die Ideologie in diesen
Digital Storys dank der standardisierten Form und ihrer Widererkennungsrituale ihre Subjekte anruft .
Wie das Buch von Brenda Laurel Computers as Theater (1993) allerdings gezeigt hat, gewinnen
Affinitäten zur theatralen Inszenierung sowie der Begriff des Performativen eine konstitutive Bedeutung
für das Digital Story Telling als eine webbasierte Erzählgattung, deren (multi)mediale Ausgestaltung
Auswirkungen auf das Zusammenspiel von Identität, Stimme, Text, Dokumentation und künstlerische
Arbeit zeitigt.
Die Fragen, welchen sich mein Vortrag stellen soll, sind: Gibt es eine spezifische Medienästhetik, der das
Digital Story Telling folgt? Inwieweit wurde diese neue Gattung durch die interaktive multimediale
„Theaterperformance“ Next Exit von Dana W. Atchley inspiriert, der in den 1999er Jahren in einem
virtuellen Koffer siebzig verfilmte Geschichten „eingepackt“ hatte (www.nextexit.com) und von der
Fachpresse zum „neuen Homer“ erklärt wurde, um später die Firmengeschichten von Coca Cola und
PricewaterhouseCoopers digital zu erzählen? Ist das digitale Erzählen eine persönliche Angelegenheit
oder eine soziale Handlung? Wessen Stimme spricht eigentlich daraus?
Cordeiro, Maria João
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IP Beja (PT)
REISEN ALS PERFORMANZ: SCHAUPLÄTZE IM TOURISMUS UND
TOURISTEN ALS SCHAUSPIELER
Ritualisierte Verhaltensstrukturen, stark normierte Wahrnehmungs- und Handlungsmuster, streng
gelenkte Wege und Routen, künstlich inszenierte touristische Räume prägen die Welt des Tourismus.
Wenn man reist, schlüpft man in eine soziale Rolle, die sich nicht frei „in der Fremde“, sondern auf
sogennanten „touristischen Bühnen“ spielen lässt und durch Rituale, Regeln und Konventionen bestimmt
wird. Strände, Museen, Themenparks, Altstädte, Sehenswürdigkeiten entsprechen solchen Bühnen, wo
sich das touristische Leben abspielt; fotografieren, filmen, Souvenirkauf, Besichtigungen, Stadtbummel,
Spezialitätenkonsum gehören zu den standardisierten Akten der touristischen Aufführung.
Reisen wird tatsächlich zur Performanz und Touristen ähneln Akteure, die vor weltweit ähnlichen
Szenerien auftreten und vereinheitlichte Choreographien durchführen. Reiseleiter und/oder Reiseführer
sind die „Bühnenregisseurs“ des touristischen Geschehens. Sie unterrichten die Reisenden darüber, wie
sie sich verhalten müssen, was, wann und wie fotografiert werden soll; sie geben Anweisungen und
Orientierungshilfen, organisieren die touristischen Akten zeitlich und räumlich; sie schreiben
Bewegungsstrategien vor und selektieren Blickweisen; sie helfen dem Reisenden, sich innerhalb der
Grenzen der Konventionen, des Müssens, Sollens und Dürfens zu bewegen.
Der vorliegende Beitrag zielt darauf hin, sich mit dem Phänomen des Reisens als Performanz
auseinanderzusetzen. Es wird auf die Schauplätze und insbesondere auf die Rollen der Schauspieler der
touristischen Darbietungen eingegangen.
Daltro, Emyle Pompeu de Barros
Uni Mato Grosso (BR)
CORPO, PERFORMANCE E DANÇA OU COMO OS CORPOS, POR MEIO DA
ARTE, TORNAM-SE DISPOSITIVOS CUJAS LINHAS TECEM NOVOS
MAPEAMENTOS DO CORPO COMO SER SOCIAL
Este artigo parte da investigação do corpo que dança “contaminado” pela performance art e pensa este
corpo como um dispositivo (releitura do conceito de dispositivo de Foucault por Deleuze) cujas linhas
tecem “novos mapeamentos do corpo como ser social” (Lepecki, 2003). Para tanto, analisa como se dá a
reorganização dos corpos enquanto processo, tomando como referência a criação artística via working in
progress (Cohen, 1998), atualizando-se no tempo/espaço da instalação coreográfica Pequenos Fragmentos
de Mortes Invisíveis, da artista Vera Sala (SP).
Estabelece relações entre as performances dos corpos que compõem esse trabalho com performances de
corpos urbanos (seres sociais) que habitam a cidade de São Paulo. Tanto os corpos dos intérpretes, como
os do público que interage com a instalação coreográfica experimentam sensações de insegurança, de
vulnerabilidade, de risco tão presentes e vivenciadas em metrópoles como São Paulo.
A proposta de Vera Sala – que se sincroniza a outras propostas de inúmeros artistas da atualidade – de
reinventar continuamente o corpo que dança e faz dança “como ação-no-mundo” (Lepecki, 2003),
evidenciando o contágio entre a dança e a arte da performance (Goldberg, 2006), leva a questionamentos
sobre as diversas possibilidades de esse corpo estar no mundo, nos dias de hoje.
Duarte, Andrea
Uni Lusófona (PT)
MEDIA E ARTE: A SOBREVIVÊNCIA CULTURAL ATRAVÉS DOS TEMPOS
Já pensou o que seria de nós se a memória se apagasse a cada acção e a cada passo dado sobre a terra? Se
fossem desfeitos assim nossos ritos de passagem, nossa voz e nossa história? Se o percurso de cada um é
o roteiro de um filme, de uma cena, de uma expressão escrita no próprio caminhar e no destino de todos,
a isso podemos chamar de criação.
E a esta criação, de produção e projecção de conhecimentos, assimilados durante a trajectória. Seria
apenas um registro inócuo se não fosse simbólico, se não compreendesse signos e códigos para serem
interpretados por outros, cada um à sua maneira, conforme sua cultura, seus sistemas pessoais de leitura –
a comunicação interpessoal, base da comunicação de massas, um sistema mediático.
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A arte é capaz de reunir em um objecto, cena, imagem real ou virtual, em múltiplas linguagens, a
representação do desejo de nos conhecermos para transmitir nossa cultura.
Portanto, a identidade dos grupos não se tornará imune à metamorfose, à absorção de outros significados
e culturas, pode é inovar suas defesas e maneiras de sobrevivência, tornando mais amplo seus
vocabulários e mais longas suas permanências.
A busca incessante da cultura ainda é o reconhecimento por meio de políticas públicas, um espaço de
importância na economia de cada país - e que seja por fim considerada de forma dinâmica e como
instrumento estruturador de uma nova sociedade e de um novo conceito de desenvolvimento, mais
humano e mais solidário.
Fonseca, Ana Graciela M. F. / Abonizio, Juliana
Uni Mato Grosso (BR)
ESTRATÉGIAS PUBLICITÁRIAS VIA CELULAR: O MOBILE MARKETING
Com o advento da tecnologia e a consequente criação e difusão das chamadas Novas Tecnologias de
Comunicação e Informação (NTCI), ou Novas Mídias, como é denominada no mercado publicitário,
percebe-se na contemporaneidade uma mudança de paradigma no que tange a comunicação em geral e na
publicidade em específico, a partir da inserção de novos formatos e meios, sobretudo os dispositivos
móveis, para divulgação e veiculação de campanhas publicitárias. Nesse caso, o telefone celular
apresenta-se como instaurador desse processo, conferindo não só mobilidade, mas também mecanismos
que possibilitam a interação e o controle, potencializados à medida que outras funcionalidades e serviços
são agregados ao aparelho. A partir disso, agências publicitárias e clientes começam a enxergar o celular
como uma nova ferramenta de mídia, o que foi denominado de Mobile Marketing. O Mobile é a entrega
de campanhas em dispositivos móveis, através de mensagens (SMS ou MMS), acesso a Internet, vídeos,
jogos, promoções e conexão via Bluetooth, podendo ser realizado apenas no celular ou em conjunto com
outras mídias. A utilização do celular, agora também como ferramenta publicitária, amplia e cria novas
formas e práticas de comunicação e abordagem do público. Em decorrência disso, busca-se apresentar e
relacionar alguns fatores a partir da utilização do celular como mídia e estabelecer relações com o
contexto atual da cultura e da comunicação. A proposta foi calcada com base em referenciais teóricos e
discutidos e pensados a partir de materiais disponíveis na Internet.
Gavilan Carvalho, Carla / Brandão, Ludmila
Uni Mato Grosso (BR)
PIRATA, MAS CLASSE A: NOTAS SOBRE O CONSUMO DE PIRATARIA DE
LUXO
Este trabalho se insere no âmbito de minha pesquisa em andamento no Mestrado em Estudos de Cultura
Contemporânea da Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil, que se propõe fazer um estudo
comparativo entre a prática de consumo de produtos femininos falsificados nas classes subalternas e
produtos femininos igualmente falsificados, mas considerados de luxo, por se tratar especificamente de
marcas de grifes luxuosas como Victor Hugo, Carmim, Gucci, Dolce Gabbana, Louis Vuitton, entre
outras, destinado a consumidores das classes média e alta. Embora tenham a mesma origem de fabricação
– made in China – que os produtos voltados para as classes populares, as bolsas pirateadas aqui tratadas
compreendem formas de consumo, oferta, circulação, consumidores, dinâmicas e valores diferenciados.
A proposta é abordar a comparação a partir das novas formas de sociabilidade no consumo
contemporâneo analisadas por estudiosos como García Canclini e Gilles Lipovetsky. As possibilidades
tecnológicas à disposição também do circuito de produção pirata, veremos, de um lado, borram as
fronteiras de classe que eram solidamente definidas pelo uso de determinados objetos de distinção social,
como é o caso das mercadorias de luxo e, de outro, provocam a re-configuração de práticas de consumo,
como a do próprio comércio informal.
Além da pesquisa documental, este trabalho se apóia em um estudo de campo, com viés etnográfico, que
vem sendo desenvolvido tanto no camelódromo de Cuiabá, lócus privilegiado do consumo subalterno,
quanto em algumas residências de classe média e alta, espaços particulares do consumo da pirataria de
luxo, onde temos contato com as consumidoras dos “piratas classe A”, como preferimos chamar aqui.
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Gil, Isabel Capeloa
UCP, Lisboa (PT)
SZENEN DER STILLE. ÜBER DIE PERFORMATIVITÄT DES
UNGESCHEHENEN
Ist Performativität auf das Ungeschehene übertragbar? Was sind die Grenzen und Regeln des
Performativen und wie verhält sich die Ästhetik dazu? Diese Fragen stellen das Hauptvorhaben des
Vortrages dar, der sich beispielhaft mit dem Werk Arthur Schnitzlers und dem des portugiesischen
Fotografen jüdischen Ursprungs Daniel Blaufuks auseinandersetzen wird. Die Begrenzungen von Austins
Theorie des Performativen in ihrer kulturtheoretischen Anwendung und die Möglichkeiten ihrer
Refiguration werden anhand von Szenen des Stille, wo in der Tat nichts geschieht, erörtert, und eine
Theorie des performativen Ungeschehenen erprobt.
Huber, Stefan
Uni Wien (AT)
IDENTITÄTSBILDUNG DURCH PERFORMATIVE AKTE IN HEIMITO VON
DODERERS „DIE STRUDLHOFSTIEGE“
In Doderers Roman „Die Strudlhofstiege“ werden sowohl soziale als auch regionale Identität durch eine
Reihe von Handlungen konstruiert und aufrecht erhalten. Scheinbar kleine Handlungen des Alltags, wie
das Tragen von Hosenträgern oder das Verwenden eines bestimmten Lavendeldufts markieren Nähe und
Differenz einer Person zu ihrem Umfeld. „Den Geruch einer Person modifizieren: Das geht schon an’s
Leben.“ (Die Strudlhofstiege, S.231) Genauso wird Vergangenheit erst durch Handlungen und Rituale im
Alltag für die Gegenwart fruchtbar gemacht und erhält damit identitätsstiftende Wirkung. Doderers
Behauptung, die großen geschichtlichen Ereignisse hätten niemals dieselbe Wirkmacht auf das Leben wie
die alltäglichen Verrichtungen, wird in diesem Vortrag als Hinwendung zum Performativen verstanden:
Der Mensch baut sich seine Welt (und hält sie aufrecht) durch Handlung und Aktualisierung, pausenlos.
Heißt das jetzt aber, die Figuren in Doderers Roman bauen in termitenhafter Aushöhlungsarbeit eine
Gegenrealität zu jener, die ihnen von oben verordnet werden soll? Wohl eher nicht. Viel eher, so meine
These, landet man am Ende wieder bei eben jenen großen geschichtlichen Ereignissen, deren Bedeutung
der Autor anfangs noch geleugnet hat. Nur der Weg dorthin war ein anderer: Anstatt eine offizielle
Identität bewusst anzunehmen, wird sie im Handeln der Figuren von diesen unbemerkt gebaut.
Huwiler, Elke
Uni Amsterdam (NL)
PERFORMATIVE AUSDRUCKSFORMEN STÄDTISCHER
IDENTITÄTSFORMUNG
Der Beitrag befasst sich mit Schweizer Theaterstücken des 16. Jahrhunderts.
Im 16. Jahrhundert wurden in der Schweiz bestehende politische Machtstrukturen, soziokulturelle
Verhältnisse und religiöse Vorstellungen in Frage gestellt. Reformatorische und Anti-reformatorische
Bewegungen brachten die einzelnen Kantone gegeneinander auf, wechselnde Abhängigkeiten von
"ausländischen" Machthabern verunsicherten die Bürger, geopolitische Veränderungen brachten neue
kulturelle Zentren hervor. Das Streben nach Veränderungen einerseits und das Beharren auf traditionellen
Sichtweisen andererseits führte zu einer Dynamik, die sich auch im kulturellen Schaffen jener Zeit
wiederspiegelt.
Am sekulären Fastnachtsspiel, an dem jeweils eine ganze Stadt beteiligt war, können wir noch heute
Spuren der obengenannten gesellschaftlichen und politischen Veränderungen und den Umgang mit ihnen
wahrnehmen. Die Stücke sind weit mehr als blosse Possen und derbe Volksbelustigungen - in der
Fastnachtszeit durften Grenzen überschritten werden, die herrschenden Standes- oder Genderverhältnisse
wurden ins Gegenteil verkehrt, über Machthaber und Kirche durfte gelacht werden. In diesem Rahmen
konnte sich subversives Potential entfalten und Kritik an herrschenden Verhältnissen laut werden. Auf
jeden Fall jedoch wurden in diesen historischen Theatertexten immer Identitäten verhandelt: vor allem
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politische und religiöse, aber auch gender- und statusorientierte sowie geopolitische Themen sind in den
Stücken wiederzufinden.
Die performative Gestaltung der Theaterstücke lässt uns noch heute das identitätsformende Potential in
diesen Fastnachtsspielen erkennen - die Texte selber, aber auch zahlreiche Regieanweisungen,
Kostümvorschläge und Anspielungen auf lebende Stadtbürger zeigen, wie in den "Performances" in den
Städten Identitätsvorstellungen vorgeführt, kritisiert und geformt werden sollten.
Jarillot, Cristina
Uni Pais Vasco (ES)
DIE GROßELTERN DER PERFORMANCE: DADAISTISCHE AKTIONEN UND
SOIREEN
Lange vor dem Auftreten von Performance-orientierten Neoavantgarden wie Fluxus, Prozess-Kunst oder
Situationismus, haben bereits die Dadaisten in Zürich, Köln, Berlin und Paris neue Formen von Kontakt
mit dem Publikum erprobt, die die traditionellen Grenzen der künstlerischen Kommunikation sprengten.
Der Einfluss der futuristischen „Serate“ und die Nähe zur Kleinkunst ist unverkennbar in den ersten
Darbietungen des Zürcher Cabaret Voltaires. Die Dadaisten stellen sich somit in einer Tradition, in der
zwar die Provokation und die unmittelbare Auseinandersetzung mit dem Publikum bereits vorhanden
sind; der Raum, in dem die Konfrontation stattfindet, ist aber nach wie vor als literarisch-künstlerisch
vorcodiert. Mit der Zeit aber erobert die Bewegung zunehmend Räume, wie die Berliner und Pariser
Straßen, oder der Sitzungssaal der Weimarer Nationalversammlung, die bisher nichts mit Literatur oder
Kunst zu tun hatten, und erreicht somit ein Publikum, der sich nicht aktiv auf der Suche nach
künstlerischen Sensationen befindet, sondern zufällig von den dadaistischen Aktionen gewissermaßen
überrumpelt wird. Somit setzt Dada eine der Hauptforderungen der Avantgarde in die Tat um: die
Aufhebung der Grenzen zwischen Kunst und Alltag.
Kandioler, Nicole
Uni Wien (AT)
DIE RUSSIN KOMMT! GENDER UND NATION PERFORMANCES IN MEIN
RUSSLAND VON BARBARA GRÄFTNER UND IMPORT EXPORT VON ULRICH
SEIDL
Die von den Gender Studies und vor allem von Judith Butler stark beeinflusste aktuelle Filmtheorie geht
über die Annahme rein medialer Repräsentationen von Weiblichkeit und Männlichkeit hinaus. Vielmehr
untersucht sie Gender als ununterbrochene, „resignifizierende“ Aufführungspraxis. Im Kontext dieses
performative turn wird in neueren Forschungsarbeiten zu Film und Nation auch nationale Identität nicht
als eine medial repräsentierte Einheit aufgefasst. Film wird hier als ein locus of debate (Hjort/Mac
Kenzie) verstanden, in dem nationale Geschichte und Identität immer wieder neu verhandelt, erfunden
und verworfen werden.
Anhand einer Analyse der österreichischen Filme Import Export (2007) und Mein Russland (2001) soll
exemplarisch vorgeführt werden, durch welche performativen Strategien Gender und Nation in den
beiden Filmen konstruiert werden und ob die Filme diese, ihre eigene Konstruktion, subversiv unterlaufen
oder affirmativ bestätigen.
Die Hauptfiguren in Mein Russland und Import Export sind jeweils eine Ukrainerin und ein Österreicher.
Nur stehen diese beiden in Mein Russland kurz vor ihrer eigenen Hochzeit, während sie einander in
Import Export nie begegnen werden. In Import Export laufen die beiden Erzählstränge (Olga-Paul)
parallel und in einem formalen Gegenentwurf zueinander ab: Olga kommt auf der Suche nach einem
besseren Leben nach Österreich, Paul verschlägt es durch einen Gelegenheitsjob in die Ukraine. In Mein
Russland sollen kurz vor der Hochzeit von Anna und Hans die beiden Familien miteinander bekannt
gemacht werden.
Wessen Russland ist es, das in Mein Russland vorgeführt wird, was hat dieser mythisch-konstruierte
Raum mit der Lebenswelt der in Wien lebenden Ukrainerin Anna zu tun?
Wo befindet sich der diskursive Schnittpunkt der Lebens- und Arbeitswelten Olga und Pauls? Auf welche
narrative und/oder dokumentarische Spur begeben sich Barbara Gräftner und Ulrich Seidl zur
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Stand: 13/Jul/10
ABSTRACTS
SEKTION: KULTURWISSENSCHAFTEN
De/Konstruktion österreichischer Identitäten? Diesen und anderen Fragen soll im vorgeschlagenen
Beitrag nachgegangen werden.
Korn, Matthias
Uni Berlin (DE)
HOW TO DO THINGS WITH PICTURES IN DER ZONE ZWISCHEN
PERFORMANZ UND PERFORMANCE MIT ANDREJ TARKOWSKIJS STALKER
Angelehnt an den gelingenden performativen Sprechakt nach Austin wird in den Bild-wissenschaften
zunehmend – wenn auch noch diffus – von einem Bildakt gesprochen. Der Theorie nach ist dieser
besonders dann als gelungen anzusehen, wenn das im Bild Verhandelte sich zugleich in der Form bzw.
Struktur des Bildes oder Films ausge-drückt findet. Andrej Tarkowskijs Stalker, dieser handlungsarme
Film, führt auf geradezu exemplarische Weise solch einen Bildakt vor. So kann die Reise der drei
Protagonisten in die „Zone“ im Film auch gelesen werden als symbolische Reprä-sentation des
Innenlebens der Psyche des Künstlers während des Schaffensprozesses selbst: eine Bewegung vom Ich
zum Selbst und wieder zurück.
Diese Kategorie des Selbst ist dabei in der theoretischen Reflexion über den künst-lerischen
Schaffensprozess bisher so gut wie nicht diskutiert worden. Dabei ist es psy-choanalytisch betrachtet
neben Ich, Es und Über-Ich die Instanz, die dem Künstler im Vollzug seiner Arbeit, wenn er sich über
seine Ich-Grenzen hinaus bewegt, Halt zu geben vermag und neben der Memoria für die Kontinuität
seiner Identität verantwortlich ist. Das Selbst stellt jedoch keinerlei Substanz dar, sondern ist als
Übergangs-phänomen überhaupt nur relationistisch im Kontakt mit der Außenwelt erfahrbar, stellt somit
eine Hybridbildung dar und lässt daran anschließend eine alternative Subjekt- bzw.
Individuumsauffassung zu, die stärker als unter der Prämisse des Ichs Kontakt zu unserem Unbewussten
aufzunehmen vermag. In besonderem Maße wird dieses Selbst während des gelungenen artistischen
Schaffensprozesses berührt und vermittelt dann dem Künstler das Gefühl "ganz er selbst zu sein"
(Winnicott): gelungene Bildper-formanz stellt sich somit immer nur im offenen spielerischen Vollzug als
zeitlich ablau-fende Performance jenseits der neuzeitlichen Subjekt/ Objektdichotomie ein.
In ersten Teil meines Vortrages werde ich die Winnicottschen Konzepte des Über-gangsraumes und des
Selbst erläutern und erklären, wieso das Selbst so grundlegend für die Erfahrung des Gelingens ist, um
dann im zweiten Teil am konkreten Beispiel das theoretisch Beschriebene zu exemplifizieren.
Kuklová, Michaela
Uni Wien (AT)
POPULARISIERUNG ALS PERFORMATIVE STRATEGIE ZUR GESTALTUNG
DER KULTURELLEN IDENTITÄT IM EXIL. AM BEISPIEL VON PETER
LOTARS DRAMEN UND HÖRSPIELEN
Im Hinblick auf die Untersuchung der identitätsbildenden Vorgänge im Akkulturationsprozess am
Beispiel des deutschsprachigen, aus Prag stammenden Hörspielautors und Dramatikers Peter Lotar (19101986), der vor der Verfolgung durch die Nationalsozialisten 1939 in die Schweiz flüchtete, wird die
Schreibstrategie zu einem zentralen Feld des Vortrags. Lotars ca. 35 biographische Hörspiele entstanden
in den 1950er und 1960er Jahren in der deutschsprachigen Schweiz und wurden nicht nur vom
schweizerischen, sondern auch vom deutschen Rundfunk gesendet.
Das Forschungsvorhaben bezieht sich auf die komplexe Frage nach dem Entwurf und Entwerfen der
kulturellen Identität im Exil am Beispiel der Hörspiele und Dramen des Pragers Peter Lotars. Indem die
darin feststellbare Popularisierung als performative identitätserzeugende Strategie verstanden wird, wird
die These untermauert, dass sich Lotar seine kulturelle Identität als Exilant in der Schweiz durch seine
kulturvermittelnde Tätigkeit und, präziser formuliert, durch die als Hörspiele gestalteten einzelnen
biographischen Darstellungen, die miteinander in Beziehung treten, ausverhandelt.
Lee, Hyunseon
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Stand: 13/Jul/10
ABSTRACTS
SEKTION: KULTURWISSENSCHAFTEN
Uni London (UK)
GENDER-PERFORMANZ ALS KULTURINSZENIERUNGEN. ZUM MEDIALEN
VERHÄLTNIS VON EUROPA UND JAPAN
In dem autobiographischen Roman Madame Chrysanthème (1887) erzählt Pierre Loti von seiner ‚Ehe auf
Zeit’ mit einer Geisha und die Figur der Geisha avanciert binnen weniger Jahrzehnte zu einem zentralen
Frauenbild der westlichen Männerphantasien. Giacomo Puccinis Musiktheater Madama Butterfly (1904)
beinhaltet eine fundamentale orientalistische Erzählung, die eine westliche Konstruktion des Orients als
einen sexualisierten Raum darstellt. Das Butterfly-Narrativ erzählt von der Liebesbeziehung zwischen
einer Japanerin und einem amerikanischen GI und es hat im Laufe eines Jahrhunderts mediale
Transformationen erlebt.
In meiner Präsentation spielen das Butterfly-Narrativ und der Exotismus, insbesondere japonisme des 20.
Jhts, eine zentrale Rolle. Der exotistische mediale Diskurs lebt von den Binäroppositionen, den Symbolen
wie den Stereotypen, und zeigt sich vor allem in den Bildern von exotischen Frauen. Und kaum ein
Diskurs ist so voll von Klischees wie dieser, und kaum ein Frauenbild ist so voll von Stereotypen wie das
der ‚Butterfly‘, und zwar von der elementar-literarischen Diskursform über populären bis hin zu
elaborierten Kunstformen wie Literatur, Oper und Filme.
Ich erläutere die Funktion des Butterfly-Narrativs unter dem Aspekt der kulturellen Beziehung zwischen
Europa und Ostasien/Japan wie auch als mediale Konfrontationen, und diskutiere die Gender-Performanz
fokussiert auf die (De-)Konstruktionen der exotischen Stereotype. Die Konfigurationen der Gender,
‚Rasse’ und Kultur sind mit den verschiedenen Butterfly-Inszenierungsformen zu diskutieren – sei es
Robert Wilsons, sei es Frédéric Mitterrands, wie auch mit dem aktuellen Roman Mitsukos Restaurant
(2009) von Christopher Peters. Der filmische Orientalismus im Hinblick auf die Postkolonialität steht
ebenfalls zur Diskussion.
Lima e Gomes, Icleia Rodrigues de
Uni Mato Grosso (BR)
TERRITORIALIDADE E VIOLÊNCIA: UM ESTUDO ACERCA DE MENORES
AGENTES E VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NUMA CIDADE DO BRASIL
O trabalho aqui exposto é resultado parcial de pesquisa pertinente ao Projeto “As Máscaras da Violência e
o Imaginário do Medo na Escola”, executado entre os anos de 2003 e 2005, no Estado de Mato Grosso,
interior do Brasil. A autora faz uma abordagem etológica da agressividade humana, adotando uma atitude
compreensiva numa proposta por Michel Maffesoli. As fontes teóricas são buscadas, sobretudo, numa
Etologia de K. Lorenz e J. Calhoum e numa Antropologia do Corpo. Moveu a pesquisadora uma
indagação : Como compreender e caracterizar o fracasso de medidas sócio-educativas aplicadas a
adolescentes violentos ou menores infratores internados em estabelecimentos educativos e para medidas
educativas ? Algumas respostas à questão são encontradas em estudos comparativos e experimentos
sobre a territorialidade animal, com desdobramentos numa Antropologia do Espaço. Os dados dessa
pesquisa vem sugerir que o componente social e a corporeidade de menores infratores, mormente os
internados em instituições educativas, não é determinado pela razão e tradição cultural, mas tende a
submeter-se a leis da natureza e do comportamento instintivo: as distâncias pessoais perdidas pela doma
cultural e pelo apinhamento populacional parecem promover um exacerbamento da agressividade e da
violência .
Lohmüller, Torben
Uni Complutense (ES)
„EINE FOLGE VON ÄSTHETISCHEN BILDERN“: ZUR NATUR-UND
LANDSCHAFTSINSZENIERUNG DER GOETHEZEIT
Die Diskussionen um den Begriff der Performanz haben in den letzten Jahren dazu beigetragen, das
Verhältnisses zwischen Präsens und Repräsentation, Original und Nachahmung, Natur und Kunst neu zu
verhandeln. Die hier gewonnenen Erkenntnisse werden in meinem Vortrag nutzbar gemacht für einen
kritischen Blick auf die Inszenierung von Gartenlandschaften am Ende des 18. Jahrhunderts.
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Stand: 13/Jul/10
ABSTRACTS
SEKTION: KULTURWISSENSCHAFTEN
Die Ablösung der geometrischen französischen Gartenkunst nach dem Vorbild Le Notres durch den
„natürlicheren“ englischen Landschaftsstils fand im Dessau-Wörlitzer Gartenreich eine erste praktische
und in den theoretischen Schriften Cristian Cay Lorenz Hirschfelds auch eine theoretische Grundlage in
Deutschland, die nachhaltig auf das Schreiben über Landschaft gewirkt hat. Wie Hirschfelds Theorie der
Gartenkunst und Texte wie Goethes Beschreibung des Louisenfestes zeigen, waren diese gestalteten
Naturräume stets auch Erfahrungsräume, in denen der Mensch sich am natürlichen Vorbild bilden sollte.
Wenn Goethe den idealen Garten als eine „Folge von ästhetischen“ Bildern beschreibt, deutet sich bereits
an, in welchem Maße sich die neu geschaffenen Park- und Gartenlandschaften als Inszenierungen
verstanden, in denen ähnlich wie bei den tableaux vivants in den Wahlverwandtschaften das Verhältnis
von Vorbild und Abbild problematisch wird. Zu untersuchen ist in diesem Zusammenhang nicht nur die
Frage, was hier jeweils als 'natürlich' empfunden wurde, sondern auch, welche Praktiken und Handlungen
innerhalb dieser Räume ausgeführt werden mussten, um die gewünschten didaktische Wirkungen
sicherzustellen.
Lozano, José Luís
Uni Granada (ES)
LEYES DEL CUERPO COMO APROXIMACIÓN AL CONTROL SOCIAL Y A LAS
NORMAS DE GÉNERO, INTIMIDAD Y SEXUALIDAD. EL CASO DE
ANTICUERPOS_DISOLUCIÓN DEL ORGANISMO SOCIAL 0.01
Nos encontramos ante una situación en la que el ser humano está sometido a numerosas normativas de
control y poder sobre el cuerpo, implantadas por los gobiernos de las ciudades neoliberales. El espacio
urbano se ha convertido en un paisaje panóptico de observación de la vida real debido a la proliferación
de cámaras de vigilancia implantadas en las ciudades. En el siglo XXI encontramos artistas que están
manifestando su interés por el uso de los conceptos relacionados con el control y la vigilancia utilizando
como herramientas los actuales sitemas que nos proporcionan las tecnologías de control social. Haremos
una reflexión a través de la obra del colectivo Reverso “ANTICUERPOS” que han trabajado sobre la
crítica del control, vigilancia, los binarismos normativos de género y sexualidad. A través de su actuación
performática-tecnológica el metacuerpo proyecta frangmetos corporales sobre arquitecturas que
representan una estructura de poder político, social, cultura, etc. Ellos denuncian que todo ser humano
estamos vigilados y sometidos a múltiples normas que aceptamos sin prejuicios, y apuestan por la
creación de un ser nuevo post-anatómico, hipervigilado e intersexual que se revela contra los dispositivos
de control y contra toda norma de gestión de los cuerpos, como la categorización masculino y femenino y
la situación de vigilancia y control a los que estamos sometidos.
Madeira, Cláudia
ICS - Lisboa (PT)
A (IN)VISIBILIDADE DA “ARTE SOCIAL”
Actualmente há um conjunto de artistas em áreas artísticas que vão desde a arte política, a arte pública, a
arte ecológica, a arte biológica, a arte género, entre outras possíveis, que procuram intervir activamente
no social. Essa intervenção artística que pode caber dentro do conceito abrangente de “arte social”,
contrapondo-se tipologicamente a uma “arte pela arte”, tem por lugar de “exposição” o espaço público e
como recurso privilegiado a performance. Nesse contexto, onde se cruzam performatividade artística e
performatividade social ou “drama social”, procurar-se-á analisar as estratégias de visibilidade ou de
invisibilidade desta “arte social”.
Maeding, Linda
Uni Barcelona (ES)
THEATERTOD UND GEMEINSCHAFT: ZU EINER PERFORMATIVEN FIGUR
BEI B. BRECHT UND H. MÜLLER
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Stand: 13/Jul/10
ABSTRACTS
SEKTION: KULTURWISSENSCHAFTEN
“Was zählt ist das Beispiel, der Tod bedeutet nichts”, urteilt der Chor in Heiner Müllers Theaterstück
Mauser (1970/1976). Das kontrovers diskutierte Stück bildet den Höhepunkt einer intensiven
Auseinandersetzung mit Bertolt Brechts Lehrstücken und lotet das Verhältnis von Gewalt, Terror und
gesellschaftlicher Revolution aus. Konzipiert als Antwort und Reaktion auf Brechts Die Maßnahme
(1930), sollen in meinem Beitrag beide Stücke unter dem Aspekt des Theatertodes untersucht werden:
Der von der kommunistischen Parteidisziplin eingeforderte Tod eines Genossen wird dabei als
performative Figur gelesen, die jenseits ihrer überholten politischen Dimension ihren Sinn erst im
Vollzug von Gemeinschaft erhält – oder, im besten Fall, in der Bewusstmachung dieses prozessualen
Geschehens. Im Rückgriff auf René Girards vielbeachtete Theorie des Opfers, der zufolge Kultur und
Ordnung sich erst über den Ausschluss eines “Unruhestifters” konstituieren, wird der Theatertod bei
Brecht und Müller als eine Art “cultural performance” analysiert. Ritual und Theater gehen dabei über
den ausgestellten Tod eine Verbindung ein, die Gemeinschaft als – mit Girard gesprochen – quasi-sakrale
Ordnung aufrecht erhält bzw. erst begründet. Aus der kritischen Distanz zu diesen beiden von der
Forschung meist verworfenen Stücken heraus werden die Texte in einen kulturwissenschaftlichen
Kontext gestellt, der mittels Anknüpfungen an anthropologisch orientierte Performanz-Theoreme eine
Relektüre erlaubt.
Majewski dos Santos, Fabiana / Abonizio, Juliana
Uni Mato Grosso (BR)
UM ESTUDO DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA COMO CATEGORIA
NATIVA
Por ser a música um importante elemento de identificação em um grupo social, este estudo propõe-se a
investigar este domínio de produção cultural no Brasil, enfocando uma de suas manifestações, a MPB,
abordada enquanto uma categoria nativa, elaborada pelos próprios grupos que a vivenciam – as pessoas
que se relacionam com a Música Popular Brasileira enquanto indivíduos comuns, ouvintes, expectadores
ou mesmo produtores ocasionais desse tipo de música. Buscando assim, compreender como determinados
grupos definem essa categoria musical e sua identificação com ela, os sistemas de classificação onde ela
se insere, suas delimitações e os sentidos atribuídos a esse tipo de manifestação musical.
Realizada com alunos da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá, a análise das respostas
obtidas junto aos informantes sobre o que é MPB apontou alguns elementos e associações comuns,
denotando a possibilidade de uma classificação própria por parte dos indivíduos acerca do que seria esse
gênero musical. E ambigüidades a respeito das apreensões dos indivíduos sobre a MPB, sugerem na
relação dos informantes com este domínio de produção cultural, uma atribuição de valores
intrinsecamente ligada aos idiomas sobre música, e a elementos simbólicos diversos que apontam para
uma construção categórica muito mais no plano das representações do que da sonoridade, convergentes
com os processos de classificação tratados pela Antropologia.
Malá, Simona
Uni Olmütz (CZ)
DIE NARRATIVE KONSTRUKTION DER LITERARISCHEN KAFFEEHÄUSER
IM WERK LENKA REINEROVÁS
Die literarischen Kaffeehäuser waren und sind immer noch in fast allen Ländern Mitteleuropas ein Ort
einer besonderen Art der literarischen Kommunikation, an dem es für die Moderne typische Trennungen
des Autors und des Rezipienten nicht gilt, und an dem ein direktes Feedback möglich war. Schon die
ersten Lokale bildeten eine spezielle Kultur der mündlichen Kommunikation heraus. Die Kaffehäuser als
Raum der (künstlerischen) Kommunikation waren überall präsent und sie repräsentierten zugleich ein
literarisches Phänomen . Ferner gehören die Kaffeehäuser zur literarischen Ortskunde und sind somit ein
fester Bestandteil der Kulturgeschichte vieler mitteleuropäischer Städte. Das Kaffehaus hatte im
Vergleich zu den anderen Alternativen einige Vorteile, wie z.B. eine von dem Arbeitszimmer
unterschiedliche Raumstruktur, allgemein literarisches Ambiente und die Möglichkeit des längeren
Verweilens.Hier kam es zum Erfahrungsaustausch zwischen den jeweiligen Kunstbereichen, so
kristallisierte sich ein Mikrokosmos heraus. So bietet dieser Raum genug Möglichkeiten zur Performanz
und (Selbst-)Inszenierung.
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Stand: 13/Jul/10
ABSTRACTS
SEKTION: KULTURWISSENSCHAFTEN
In diesem Beitrag wird die narrative Konstruktion des literarischen Kaffeehauses als Ortes der (Selbst)Inszenierung, Ereignisse und Rituale in der Memoirenliteratur der letzten Prager deutschschreibenden
Schriftstellerin jüdischer Herkunft beobachtet. Unter die Lupe wird ihr Spätwerk aus den 90. Jahren
genommen, das die Erzählbände Das Traumcafé einer Pragerin, Mandelduft und Zu Hause in Prag –
manchmal auch anderswo, den Roman Die Farben der Sonne und der Nacht und Skizzen Närrisches Prag
umfasst, und wo das Prager literarische Kaffeehaus durch Erinnern und Erzählen entsteht.
Mendes, Anabela / Afonso, Mário
Uni Lisboa / Associação Cultural Carta Branca (PT)
ONDE COLOCAR UM PÉ QUANDO UMA MÃO ESVOAÇA? DIÁLOGO
PERFORMATIVO E COMUNITÁRIO ENTRE CULTURAS
Esta intervenção será orientada para a compreensão do sentido de pertença como reforço de vivências
artísticas cénicas em espaços e culturas cuja diversidade territorial e civilizacional (urbana, rural, semirural, semi-urbana) não põe em causa a existência de factores comuns aos vários casos em estudo.
Factores como mobilidade, transferência, repetição como trabalho de memória, recuperação e vitalização
de matrizes, inversão e subversão de modelos, processos de transumância, entre outros, ocupam
transversalmente uma rede de possibilidades que permitem caracterizar espectáculos distintos e
potencialmente inseríveis em outras categorias estéticas sob o signo de arte performativa.
Serão criados modelos de leitura estética e antropológica para observar e comentar a ideia de performance
em Artes do Espectáculo a propósito da implementação de um sentimento de comunidade. Considerar-seão quatro estudos de caso: 1. um espectáculo de Kathakali; 2. Kontakthof para homens e mulheres com
mais de 65 anos de idade, de Pina Bausch (versão de 2008), 3. Festa da Rainha na cultura Rapa Nui; 4.
Avozinhas (2005), espectáculo inspirado no texto Mr. Henri de Gonçalo M. Tavares, encenado por João
Brites e Dolores de Matos.
Nesta intervenção pretende-se abordar a questão da tradição e da memória da tradição enquanto
pressuposto para a lenta remodelação na dinâmica dessa mesma memória. O actual reposicionamento do
humano em relação ao mundo transporta-nos num processo de viver apenas o presente deixando para trás
a relação com o passado, que é possível observar-se numa certa descontinuidade histórica vigente. A ideia
da sucessão ao longo dos tempos, em que as gerações encontravam no passado a sua forma de
enraizamento que se estenderia ao futuro, é agora ocupada por uma sociedade que se caracteriza pelo
culto do individual. Neste processo, no qual se expressa um claro desprezo para com as tradições e que dá
origem a esta deserção relativamente ao histórico e aos valores, a idade maior perde o seu papel na
transmissão transgeracional do saber face a uma economia baseada no mercado e em função do lucro.
Do ponto de vista da integração da idade maior no desenvolvimento de um discurso artístico, pretende-se
analisar a prática artística - não enquanto forma de apaziguamento ou relaxe, tão pouco de meio de
substituição da realidade - como uma ampliação da vitalidade interior, no sentido em que representa uma
intensificação da vida e apresentação de novas visões que agitam e intensificam o mundo interior.
Müller-Funk, Wolfgang
Uni Wien (AT)
MICHEL FOUCAULT - THOMAS BERNHARD: HOHE SCHULE DER
PERFORMANZ.
Michel Foucault und Thomas Bernhard sind des öfteren in Zusammenhang miteinander gebracht worden.
Dabei war zumeist vom Thema Krankheit und Psychiatrie die Rede, sozusagen Foucaultsche Themen, die
in das Werk Bernhards eingeschrieben sind (Amras, Ein Fest für Boris). Die Gemeinsamkeit, um die es
hier geht, ist eine des programmatischen Auftretens. In diesem Vortrag soll es im Anschluss an gängige
Konzepte des Performativen aber auch der Sprechakttheorie darum gehen, Rhetoriken der
Selbstinszenierungen zu analysieren, in denen es um die Erfüllung von Sprachspielen bzw. Sprechakten
geht, um gezielte performative Devianz. Zur Untersuchung kommen die Antrittsvorlesung von Michel
Foucault am Collège de France sowie die Staatspreis-Rede von Thomas Bernhard, die mit einem Eklat
geendet hat. Demgegenüber wählt Foucault eine sanft-subversive, ironische Intervention, die mit der
Ironisierung des akademischen Rituals auch die eigene Position scheinbar bescheiden relativiert. Es
stehen also nicht nur die Gemeinsamkeiten – der perfekt inszenierte Auftritt- sondern auch die
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Stand: 13/Jul/10
ABSTRACTS
SEKTION: KULTURWISSENSCHAFTEN
Unterschiede zur Debatte, Unterschiede, die sich der Differenz von Literatur und Wissenschaft,
verschiedenem intellektuellen Temperament, unterschiedlichen kulturellen Kontexten und Positionen
verdanken.
Oliveira, Paulo Miguel
Uni Minho (PT)
GLÜCK AB! DAS «FLUGFEST» UND DIE KULTURPOLITISCHE
ENTWICKLUNG DES SEGELFLUGS
Ab etwa 1905-10 spielen Flugfeste eine wichtige Rolle bei der Kultivierung des Luftfahrtgedankens im
Deutschen Reich so wie auch in anderen Ländern Europas. Die kombinierte Demonstration von Technik
und Sport wird in eine Performance eingebettet, die Gemeinschaft stiftet, Orte (Berge, Landschaften)
mythisiert und Personen (Flugpioniere, Rekordflieger) heroisiert. Dabei spielen Rituale wie Taufen,
Jungfernflüge, Diskurse des Gedenkens und Sehnens usw. eine wichtige Rolle. Der Flugplatz und sein
Umfeld profiliert sich als pseudo-religiöse Stätte und wird zum volkserzieherischen Wallfahrtsort, um
Familie, Schule, Verein, u. a. für den Segelflug als nationaler Mission zu mobilisieren. Die
Einschränkung der motorisierten Luftfahrt durch den Versailler Vertrag trug wesentlich dazu bei, dass
Deutschland seinen Segelflug als nationalistische Bewegung fördert. Die Nationalsozialisten sollten den
Segelflug als paramilitärische Erziehung ‚gleichschalten‘ und das Flugfest zum «Volksflugtag» ausbauen.
In dem hier zu behandelnden Zeitraum von den Anfängen bis zum Dritten Reich geht es um die
Entwicklung von außerbürgerlicher Jugendkultur bis gesellschaftlich-politischer Institutionalisierung
sowie die Ambivalenz zwischen Internationalisierung und nationalistischer bis rassischer Ausrichtung,
um das Flugfest in seiner Bedeutung für die kulturpolitische Entwicklung des Segelflugs zu fassen.
Ortiz-de-Urbina Sobrino, Paloma
Uni Alacalá (ES)
LA ESCENOGRAFÍA PERFORMATIVA DEL DRAMA WAGNERIANO ACTUAL:
EL ANILLO DEL NIBELUNGO DE RICHARD WAGNER SEGÚN LA FURA DELS
BAUS.
En su reforma del teatro, Richard Wagner se basa en la Antigüedad Clásica (en la tragedia griega) para
avanzar hacia el futuro, creando la obra de arte total o Gesamtkunstwerk, que fusiona música, literatura,
gesto e imagen en un nuevo concepto artístico que revolucionará la escena teatral. El elemento visual, es
decir, la escenografía, hasta entonces secundaria, pasa a cobrar una importancia primordial en el drama
moderno. Desde la reforma wagneriana, el elemento visual no ha hecho más que crecer en protagonismo.
La tetralogía El anillo del Nibelungo de Richard Wagner, ha sido, desde su estreno en Bayreuth en 1876,
al igual que el resto de las obras wagnerianas, motivo de apasionada discusión estética en lo que
concierne a la escenificación. Numerosos escenógrafos internacionales han tratado de crear nuevos
lenguajes teatrales para representar dicha tetralogía. La propuesta del Anillo de La Fura dels Baus,
estrenada en Valencia en 2009, va más allá de lo realizado hasta el momento, gracias al nuevo uso de la
tecnología. El lenguaje furero, performativo y vanguardista, combina acrobacia, vídeo en tres
dimensiones y una iluminación innovadora. El Anillo mediterráneo es innovador pero fiel al concepto
teatral y al mensaje original de Richard Wagner, actualizándolo para el espectador actual, tratando
motivos como la depravación suicida del hombre o la pérdida de identidad del ser humano mediatizado.
El análisis de este nuevo lenguaje teatral transgresor y performativo será el centro de atención de mi
intervención.
Pereira, Ana Claudia /Lima e Gomes, Iclea Rodrigues de
Uni Mato Grosso (BR)
O AVESO DA PERFEIÇÃO: A REPRESENTAÇÃO DA OBESA ENTRE
MULHERES ANOREXAS E BULÍMICAS
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Stand: 13/Jul/10
ABSTRACTS
SEKTION: KULTURWISSENSCHAFTEN
Ana e Mia são os codinomes utilizados na internet para a Anorexia e Bulimia, especialmente por
mulheres em busca do padrão de beleza das modelos e atrizes. Enquanto as doenças têm nomes
simpáticos e são tratadas como amigas, as obesas são hostilizadas: porcas, baleias, vacas, inúteis,
horrorosas, fracas, são alguns dos termos para adjetivar quem não atingiu a magreza. Este artigo é fruto
de uma netnografia sobre blogs pró-Ana/Mia e analisa seus discursos, sob a perspectiva cultural. O
enfoque é o corpo como artefato social, as representações nos blogs e o nascimento de uma nova minoria
discriminada – os obesos. Os resultados demonstram como valores, crenças e preconceitos ganham uma
nova dimensão quando mediados pelo computador e incorporados a cibercultura.
Portela, Andréa / Brandão, Ludmila
Uni Mato Grosso (BR)
PERFORMATIVIDADES VESTIMENTARES
A perda de fronteiras entre as linguagens artísticas contemporâneas norteia este trabalho e traz a reflexão
sobre as práticas vestimentares enquanto arte visando compreender, através de performers, como modos e
modas do cotidiano, cada vez mais, são investidos de valores estéticos, em vidas que, elas próprias, se
constituem como arte. No cruzamento dos estudos de performance e de nossas práticas vestimentares
cotidianas queremos experimentar uma reflexão cujo foco principal não são os acontecimentos
extraordinários das passarelas da moda, ou eventos reconhecidamente artísticos além dos espetáculos
mercadológicos da publicidade e similares, todos notadamente performáticos, mas, ao contrário, uma
reflexão que tenha como ponto de vista as práticas cotidianas relacionadas ao ato de se vestir que, apesar
de seu caráter ordinário, julgamos possuir uma dimensão performática. Entre uma e outra, ou seja, os
eventos espetaculares e a prática ordinária do se vestir parece haver uma conexão. Suspeitamos que os
primeiros funcionem como principal dispositivo - dentre outros mais subjetivos - para que nossos hábitos
vestimentares ganhem um caráter performático mais intenso, o que garante a importância do evento
banal transformado em performance neste estudo. Por performatividade vestimentar entendemos o
conjunto de ações que envolvem os processos de vestir, bem como seu entorno. Essa performatividade
poderá ser especialmente observada, se focarmos alguns casos de pessoas que fizeram do vestir uma
forma de arte, e se constituem para nós como exemplos de práticas que inovam e ganham força no
contemporâneo.
Prieto Blanco, Patricia
Uni Bochum (DE)
FAMILIENFOTOGRAFIE ALS PERFORMATIVE GESTALT
Familienfotografien bilden die Grundlage für Inszenierungen, die die Familie in einem sozialen
Zusammenhang präsentieren (Stumberger, 2007, 35ff). Sie sind einen wichtigen Teil des visuellen Kerns
des Familienarchivs, indem sie als Makers (Ernst, 2002, 81ff) und gleichzeitig als Spuren (Barthes, 1987.
86-90) agieren. Trotzdem verraten sie – für den Außenstehenden – wenig vom Leben der Familie
erzählen ein Bild, das die Familie von sich selbst zu bewahren sucht (Hirsch, 1997, 22; Chambers, 2001,
34). Durch ihre phatische Funktion (Malinowski, 1923/1949, 315ff; Jakobson, 1971, 149f; Wulff, 1993,
145ff) aber auch durch den Bezug auf die tacit knowledge (Bourdieu, 1965/1981, 28; Hirsch, 1981, 81)
und das Kollektivbewustsein (Döveling, 2005, 130ff) – auf formaler und inhaltlicher Ebene (Freund,
1974/1997, 73; Tagg, 1988, 50) - erhält die Familienfotografie ihre perfomative Gestalt. Sie bewegt sich
auf der Grenze zwischen Naivität und strenger Form, und durch ihre ritualisierte Rezeption erzeugen
diese Erinnerungsbilder (Keppler, 1994, 187) den Eindruck von Verbindlichkeit und Authentizität.
Ausgehend vom Konzept des kulturellen Gedächtnisses (Assmann, 2004, 46ff) können Familienalben als
materielle und soziale Dimensionen des kollektiven Gedächtnisses lesbar werden (Erll, 2004, 10-9). Die
Verortung der Fotografie im Spannungsfeld von Spur und Externalisierung (Ruchatz, 2004, 88ff) situiert
sie als eine rituelle Technik (Chaney, 1986, 115-22). Die Lagerung im Familienarchiv und die
Performativität ihrer Rezeption oszillieren zwischen dem Paradigma der Schrift und dem Regime der
mündlichen Erzählungen (Langford, 2006, 227). Die Ausdifferenzierung des Bildformats
Familienfotografie und die Betrachtung der integrativen Funktion der Familienfotografie als Medium des
kulturellen Gedächtnisses sowie der damit einher gehenden dispositiven und medialen Verschiebungen
wird Gegenstand dieses Vortragas sein.
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Stand: 13/Jul/10
ABSTRACTS
SEKTION: KULTURWISSENSCHAFTEN
Quílez Esteve, Laia
Uni Rovira i Virgili (ES)
PERFORMANCE, TRANSGRESIÓN Y TRAVESTISMO EN OCAÑA, RETRATO
INTERMITENTE, DE VENTURA PONS
En el cine documental de las últimas décadas hallamos muchos ejemplos de textos filmados en primera
persona. Se trata de documentales en los que el “yo” que los estructura y protagoniza exhibe sin tapujos
sus fisuras, su inestabilidad, su hibridación. Sin embargo, además de esta concepción del documental
performativo (acepción defendida por teóricos como Bill Nichols), hallamos otro tipo de metrajes que,
según otros pensadores como Stella Bruzzi, recibirían la misma etiqueta, pese a no estar protagonizados
por sus respectivos cineastas. Serían éstos documentales centrados fundamentalmente en la actuación de
los actores sociales que allí participan, personas, en casi todos los casos, que terminan convirtiéndose (y
exhibiéndose) como personajes, como máscaras.
Este es el caso de Ocaña, retrato intermitente, el documental que el cineasta catalán Ventura Pons realizó
en 1978, en plena transición democrática. Película enfocada en la figura del pintor andaluz José Pérez
Ocaña, un histriónico personaje que marcó la vida e imagen de la Rambla barcelonesa, en ella la
performación, el travestismo, pero también la introspección más sincera se entrelazan para mostrar las
múltiples y complejas caras de un ser humano que sólo se reconoce (que sólo es) en el teatro callejero.
Radlwimmer, Romana
Uni Salamanca (ES)
PERFORMING PERFORMANCE. DIE MEDIALEN MYTHEN MOZART UND
FALCO
Am Himmel der „populären Superstars“ gehören Mozart und Falco marketingtechnisch zu den
österreichischen Sternstunden. Zeitgenössische – dokumentarisch sowie fiktional konzipierte –
Biographien verankern beide Künstler reiterativ im kulturellen Selbstverständnis Österreichs und tragen
so international zur Erzählung nationaler Identität bei, deren Subjekte, „neue Helden“ des Mainstreams,
auf neuzeitliche Tradition und antik-mittelalterliche Legendenbildung bauen. Der Erfolgsstreifen „Falco“
(2008) betreibt durch Stimm-, Musik-, und Inventar-Imitation und akribisch recherchierte Zitate Reality
Show; in „Amadeus“ (1984) transportiert sich der Schaffensprozess des Genies in die Alltäglichkeit. Die
performative Größe Film führt aus, was sie zu interpretieren vorgibt und steht, narrativ-technische Mittel
(etwa die Überblendung von Bild und Ton) einsetzend, im Spannungsverhältnis vermeintlicher
Authentizität und gewollter Illusion. Wie kann diese „Mythifizierungsindustrie“ durchbrochen werden?
Dieser Beitrag konzentriert sich zunächst auf Produktionsintentionen und Rezeptionsverfahren und
beansprucht, sowohl „Manipulations-“ als auch „Simulationstheorien“ kritisch zu hinterfragen. Erst die
Differenzierung von Performanz (wie führt ein vermeintliches Subjekt Handlungen aus?) und
Performativität (wie produzieren Äußerungen Subjekte und Handlungen?) ermöglicht es, die komplexen
Wechselwirkungen zwischen medialer Inszenierung und Rezipient aufzufächern. So wird klar, wie das
Spiel von Performanz und Performativität entweder, als ungebrochene Entität imaginiert,
ausschlaggebendes Mythifizierungsmoment wird, oder, indem diese Einheit unterbrochen wird, Raum für
Selbstbestimmung schafft. Beide Konzepte im Produkt Film – den erwähnten fiktiven, sowie
„authentischen“ dokumentarischen Künstlerbiographien – als maßgebliches, sich in jeder Aufführung neu
entwerfendes Prinzip zu verorten, ist Ziel meiner Analyse zu Nationalismen- und
Mythen(de)konstruktion.
Sánchez-Arjona Voser, Javier
UCM (ES)
GÉNERO, BIOPOLÍTICA, DRAMAS ANATÓMICOS Y NATURALEZAS
MUERTAS
16
Stand: 13/Jul/10
ABSTRACTS
SEKTION: KULTURWISSENSCHAFTEN
El propósito de la comunicación es mostrar en la construcción protomoderna del género la intrínseca
relación que existe entre el concepto benjaminiano de Trauerspiel, las ilustraciones de los primeros
tratados anatómicos a partir de Vesalius y el género pictórico de las naturalezas muertas. Vinculando
estos tres fenómenos culturales se quiere presentar una reflexión sobre las formas de construcción de
identidad del sujeto de la primera modernidad. Para ello se partirá del cuerpo, convertido en objeto de
análisis, de reflexión y de representación.
El juego que se propone quiere vincular de forma rizomática el Märtyrerdrama con los Muskelmänner de
Vesalius –seccionados o seccionándose a sí mismos–; la capacidad de detalle de la pintura de Johannes
Vermeer y Willem Kalf y el desarrollo del arte de embalsamar de los anatomistas holandeses; y las
naturalezas muertas anatómicas de Frederik Ruysch con las soledades de la poesía de Andreas Gryphius.
Se cree que así, desde el margen (parergon), se puede entender la profundidad del alcance del duelo
entendido como juego.
Si a todas estas consideraciones antropológico-culturales se le suma el hecho de que los cuerpos sobre los
que se demostraba en público las partes de nuestra anatomía eran por ley cuerpos de delincuentes o
extranjeros masculinos, y que las disecciones sólo las podían hacer hombres reconocidos autorizados para
la tarea, se tiene un fundamento estable para una reflexión sobre la construcción protomoderna del sujeto
como la propuesta. Desde este punto de vista biopolítico se construirá el discurso que quiere presentarse
en esta comunicación.
Schipper, Imanuel
Zürcher Hochschule der Künste (CH)
SEHN-SUCHT NACH AUTHENTIZITÄT
In meinem Paper werde ich mich auf die Arbeit und die Resultate fokussieren, die das laufende
Forschungsprojekte „Sehn-Sucht nach Authentizität“ generieren, das ich an der Zürcher Hochschule für
die Künste leite. Das Projekt ist eine kritische Analyse des heutigen Umgangs mit Authentizität in
Theorie und Praxis im zeitgenössischen Gegenwartstheater.
Wir leben heute in Zeiten des Zerfalls des Phantasmas einer verbürgten Realität. (Zizek, 2005).
Teilaspekte unserer Wirklichkeit lassen sich immer weniger zu einer geschlossenen Gestalt integrieren,
bleiben widersprüchlich und bedürfen der permanenten (spielerischen) Authentifizierung.
Theaterproduktionen, in denen so genannte Experten oder nicht-professionelle Darsteller zum Einsatz
kommen, wahre Geschichten erzählt werden oder der klassische Theaterrraum verlassen wird, sind in den
letzten Jahren vermehrt zur Aufführung gebracht worden: Christoph Schlingensief, das Kollektiv Rimini
Protokoll, das Regieduo Hoffman und Lindholm, das Duo Auftrag/Lorey, die dänische
Performancegruppe Signa und andere.
Was bedeutet dieses Aufkommen der «unprofessionellen Performer», mit was für Mitteln werden sie und
ihre Authentizität inszeniert? Was geben diese Performances dem Publikum, was andere
Theatervorstellungen nicht geben können? Authentizität. Was ist das? Wie wird sie hergestellt? Wer stellt
sie her? Ist sie herstellbar? Warum scheint es so eine grosse Sehnsucht im Theater danach zu geben? In
meiner Präsentation werde ich Ausschnitte aus den neusten Produktionen von Rimini Protokoll zeigen.
Schöneich, Juliane
Uni Osnabrück? (DE)
RAUM- / ZEIT- UND SPRACHKONZEPTE IN DENTEXTINSTALLATIONEN
BARBARA KÖHLERS
Die von Barbara Köhler angewandte Text-Performanz (er)findet Ausdrucksformen, die über den
lyrischen Text hinausgehen und in ihren medialen Ausformungen sowohl textimmanente Aspekte
schärfer konturieren als auch ungewohnte Dialogmöglichkeiten zwischen Autorin und RezipientIn
schaffen.
Das Konzept “Sprache als Raum” ist nicht unbedingt neu, denn in jedem Text wird deutlich, dass
“einerseits Raum notwendig ist, damit überhaupt Sprache entsteht, andererseits erschafft Sprache und
erschaffen Texte Räume”. Neu dagegen ist (zumindest in der gegenwärtigen Literaturlandschaft) die
Konsequenz, mit der Barbara Köhler diese Sprachräume gestaltet und über die textuelle und autoreflexive
Ebene hinaus umsetzt.
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Stand: 13/Jul/10
ABSTRACTS
SEKTION: KULTURWISSENSCHAFTEN
Köhlers Installationen verlassen dabei den rein literarischen Rahmen und erschaffen Texträume, die sich
nicht nur mit dem Raum, den die Sprache schafft, sondern auch jenem, in dem sie erscheint,
auseinandersetzt. Dafür werden “Textbänder auf Glasscheiben und an Wänden angebracht, Text als
Licht- oder Schattenspur projiziert, auf Glas skulptural ein- und in die Landschaft gesetzt oder als
Tonbandaufnahme in eine klingende vergängliche Stimme transformiert”.
Hierdurch soll weder die Grenze zwischen Text und Raum aufgehoben, noch Sprache durch Raum ersetzt
werden - vielmehr geht es um die Bewusstmachung von Grenzen und deren Erprobung auf
Durchlässigkeit. Feststehende Dichitomien (auf Diskurs- und Rezeptionsebene) werden beständig
hinterfragt und unterlaufen, denn für Köhler gibt es “keinen privilegierten standpunkt mehr, von wo aus
sich festellen, ermessen liesse, was die: eine ‘objektive’ ausdehnung von zeit und raum sei”.
Performanz wird so zu einem über-den-Text-Hinausgehen, in dem durch synästhetische,
formübergreifende und (auto)reflexive Vorgänge Neuland erkundet wird.
Schulte, Philipp
Uni Giessen (DE)
„IT’S A GIRL!“ – 3 ASPEKTE DER PERFORMATIVITÄT IN MARIJS
BOULOGNES AUTOPSIE-PERFORMANCE THE ANATOMY LESSON
Im zeitgenössischen Theater gibt es zahlreiche Arbeiten, in deren Zentrum die Frage nach den
Performanzmöglichkeiten personaler Identität steht. Soloperformances von Künstlern wie Xavier Le Roy
(Frankreich), Michael Laub (Belgien), Walid Raad (Libanon) u. v. a. reflektieren über Nutzen und
Grenzen eines Identitätsbegriffes in der Postmoderne. Die Bühne erweist sich als Versuchslabor, in dem
Selektionen und Kombinationen autobiographischer Materialien immer wieder erprobt und die so
konstituierten Identitäten auf ihre Glaubwürdigkeit hin getestet werden können. Besonders jüngere
Arbeiten dieses Theatergenres bringen dabei eine neue Note ins Spiel: Regisseure richten ihr Augenmerk
nicht mehr allein auf das diskurskompatible Streben nach der Etablierung scheinbar in sich stimmiger
Identitäten und fehlerloser Biographien auf der Bühne, sondern suchen nach Alternativen der SelbstDarstellung, die nicht mehr auf dem rückwirkenden Effekt eines substantiellen Identitätskerns beruhen.
Der a-logische Widerspruch, die Lücke in der autobiographischen Struktur, das beständige Durchmischen
vermeintlicher Performeridentitäten mit teils offensichtlich erfundenem Material verlangt der
Wahrnehmung des Zuschauers ein hohes Maß an Oszillationsfähigkeit ab.
In meinem Vortrag „Ich und doch nicht ich. Identitätsperformanzen auf der Gegenwartsbühne“ zeige ich
anhand ausgewählter Arbeiten aus der zeitgenössischen Performance Art, auf welche Weise(n) sich
autobiographische Identitätskonstitution in den Darstellenden Künsten der Gegenwart vollzieht. Um das
tun zu können, erörtere ich einen dreistufigen Performativitätsbegriff, der sowohl das performative Setzen
von Identitäten entweder durch ein Subjekt (Austin) oder, postmodern, durch eine Diskursmacht (Butler)
abdeckt wie auch die Idee der Dekonstruktion und Zersetzung von Identitätsrepräsentationen durch
subversive Taktiken (ebenfalls Butler) oder unkontrollierbare Ereignisse (Derrida). Anhand von
konkreten Beispielarbeiten der genannten Künstler möchte ich verdeutlichen, welche Rolle der
Performativitätsbegriff bei der Analyse von Taktiken in den Performances spielen kann.
Valle Cordero, Alejandro Javier del
Uni Granada (ES)
ROBO Y SECRETO: LA DEFINION DEL OBJETO EN EL ARTE
Desde el surgimiento del arte en acción en los pasados años sesenta, hasta la contemporaneidad el objeto
en el arte ha sido definido con multitud de significados y funciones claramente necesarias para la
articulación de nuevos lenguajes en la creación artística.
Bajo dos conceptos —el secreto y el robo―, esta investigación analiza sus relaciones y aplicaciones en
diferentes modos de creación; estudia algunos de los trabajos de artistas como Bill Viola o Joan Brossa,
entre otros; y afianza la teoría de que el proceso creativo y su objetivo participan de estos dos conceptos
esenciales otorgando a las obras un valor emocional imperativo en el público-espectador.
El secreto entendido como la atracción, el sex-appeal y del mito simbólico de una construcción icónica en
una imagen produce un deseo de conocer conducente al robo, definido este último como una vía
absolutamente necesaria para la creación, el descubrimiento y el conocimiento.
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Stand: 13/Jul/10
ABSTRACTS
SEKTION: KULTURWISSENSCHAFTEN
El objeto en el arte, dentro de sus múltiples formatos, puede ser un modo definitivo para la comunicación
(pintura, escultura, fotografía, video, etc) y también un medio para constatar la acción.
Vidal, Francesca
Uni Landau (DE)
ORATORISCHE PERFORMANZ IM WORLD WIDE WEB
Die Etablierung der neuen Informations- und Kommunikationsmedien verändert Kultur und Gesellschaft
dermaßen, dass diese durch Digitalisierung und Virtualisierung bestimmt werden. Es etabliert sich eine
globale Infrastruktur, die immer mehr medialen Gesetzmäßigkeiten folgt und damit den Lebensalltag der
Menschen in allen Bereichen sei es nun Bildung, Arbeit, Freizeit, politisches, öffentliches oder privates
Leben zunehmend prägt.
Sollen dabei die immer auch entstehenden Hohlräume im Sinne eines utopischen Gegenentwurfes gefüllt
werden, kommt es darauf an, dass Menschen zum Akteur werden, z. B. in dem sie das WWW als Forum
des Redners nutzen, der durch Persuasion Gestaltungsprozesse initiiert. Die besondere Stellung des
Orators im Netz ergibt sich aus der Tatsache, dass die gegenwärtigen Figurationen im entscheidenden
Maße davon geprägt sind, wie Menschen Räume durch Kommunikation erst entstehen lassen.
Kultivierung ist immer auch Ergebnis von Persuasionsprozessen.
Fragt man daher nach dem rhetorischen Potential der Medien, wird es zum entscheidenden Faktor für den
persuasiv Handelnden, wie er mit Hilfe von Gesamttexten (Text, Bild, Ton), die nach rhetorischen
Kriterien produziert wurden, sein Anliegen performativ zur Geltung bringen kann. Ein Orator will durch
die Gestaltung seines Textes, auch wenn dieser mit und in interaktiven Medien inszeniert wird, seine
Botschaft präsentieren und dabei die rhetorische Wirkung der Medien ins Kalkül einbeziehen. Wie ist
Performanz im WWW entsprechend der jeweiligen technischen, kulturellen und gesellschaftlichen
Voraussetzungen zu verwirklichen? Der Vortrag will zeigen, wie nötig hier der Rekurs auf das
rhetorische Vermögen der Akteure geworden ist.
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Stand: 13/Jul/10

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