Aplicação da Técnica de Usabilidade Critérios Ergonômicos em
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Aplicação da Técnica de Usabilidade Critérios Ergonômicos em
TÂNIA DOS SANTOS LIMA APLICAÇÃO DA TÉCNICA PARA AVALIAÇÃO DE USABILIDADE COM CRITÉRIOS ERGONÔMICOS NAS FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO INSTANTÂNEA GOOGLE TALK E MESSENGER Palmas - TO 2006 ii TÂNIA DOS SANTOS LIMA APLICAÇÃO DA TÉCNICA PARA AVALIAÇÃO DE USABILIDADE COM CRITÉRIOS ERGONÔMICOS NAS FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO INSTANTÂNEA GOOGLE TALK E MESSENGER “Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial de disciplina Trabalho de Conclusão de Curso em Sistemas de Informação I e II do curso de Sistemas de Informação para obtenção do título de bacharel em Sistemas de Informação, orientado pela Profª. Cristina D’Ornelas Filipakis”. Palmas - TO 2006 iii TÂNIA DOS SANTOS LIMA APLICAÇÃO DA TÉCNICA PARA AVALIAÇÃO DE USABILIDADE COM CRITÉRIOS ERGONÔMICOS NAS FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO INSTANTÂNEA GOOGLE TALK E MESSENGER “Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial de disciplina Trabalho de Conclusão de Curso em Sistemas de Informação I e II do curso de Sistemas de Informação para obtenção do título de bacharel em Sistemas de Informação, orientado pela Profª. Cristina D’Ornelas Filipakis”. Aprovado em de 2006. BANCA EXAMINADORA Profª. Cristina D'Ornellas Filipakis Souza Centro Universitário Luterano de Palmas Prof. Fernando Luiz de Oliveira Centro Universitário Luterano de Palmas Profª. Madianita Bogo Centro Universitário Luterano de Palmas Palmas - TO 2006 iv AGRADECIMENTOS A Deus por ter me conceder saúde, força e perseverança para realizar este trabalho. Aos meus pais, Roberto e Maria, por me dar a oportunidade de cursar uma faculdade, pela compreensão e incentivo nunca desistir dos meus objetivos. Aos meus irmãos, André, Cíntia, Jales e Matilde que sempre estiveram ao meu lado em todos os momentos. Agradeço as minhas amigas Ana Estela, Elma, Shirley, Letícia, Vivian e Verônica por oferecerem os ombros amigos em muitos momentos de partilha. Aos meus colegas de faculdade Bruno e Luiz Wagner pela disponibilidade em me auxiliar no meu trabalho. Não podia deixar de agradecer uma pessoa que se tornou muito especial para mim, a minha orientadora Cristina por ter depositado sua confiança no meu trabalho. v SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ______________________________________________________________ 10 2 REVISÃO DA LITERATURA__________________________________________________ 12 2.1 INTERFACE E INTERAÇÃO HOMEM-COMPUTADOR (IHC) ___________________________ 12 2.2 USABILIDADE _______________________________________________________________ 14 2.2.1 PROBLEMAS DE USABILIDADE _________________________________________________ 16 2.2.2 TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DE USABILIDADE ______________________________________ 17 2.3 FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO INSTANTÂNEA MSN MESSENGER E GOOGLE TALK ____ 28 2.3.1 MSN MESSENGER ___________________________________________________________ 29 2.3.2 GOOGLE TALK ______________________________________________________________ 31 3 MATERIAL E MÉTODOS ____________________________________________________ 34 3.1 LOCAL E PERÍODO ___________________________________________________________ 34 3.2 MATERIAIS _________________________________________________________________ 34 3.2.1 HARDWARE ________________________________________________________________ 34 3.2.2 SOFTWARES LICENCIANDOS E GRATUITOS ________________________________________ 34 3.2.3 FONTES BIBLIOGRÁFICAS _____________________________________________________ 35 3.2.4 METODOLOGIA _____________________________________________________________ 35 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO_________________________________________________ 36 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ___________________________________________________ 52 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _______________________________________________ 54 vi LISTA DE FIGURAS Figura 1: Processo de interação adaptado (COUTINHO, 1999). ................................................................13 Figura 2: Presteza. .......................................................................................................................................21 Figura 3: Agrupamento e distinção por localização e formato. ...................................................................22 Figura 4: Feedback. .....................................................................................................................................22 Figura 5: Ações mínimas.............................................................................................................................24 Figura 6: Controle de usuário sobre as ações. .............................................................................................24 Figura 7: Formas de flexibilidade................................................................................................................25 Figura 8: Correção de erro...........................................................................................................................26 Figura 9: Homogeneidade/coerência da interface de busca.........................................................................27 Figura 10: Homogeneidade/coerência da interface com busca....................................................................27 Figura 11: Tela de conexão MSN Messenger..............................................................................................29 Figura 12: Configurações pessoais... ...........................................................................................................30 Figura 13: Opções das configurações pessoais............................................................................................30 Figura 14: Tela de conexão Google Talk. ...................................................................................................32 Figura 15: Configurações do Google Talk. .................................................................................................32 Figura 16: Ferramenta MSN Messenger. ....................................................................................................36 Figura 17: Ferramenta Google Talk. ...........................................................................................................37 Figura 18: Agrupamento e distinção por localização de itens. ....................................................................39 Figura 19: Feedback do usuário conectado. ................................................................................................41 Figura 20: Feedback de mensagem de erro. ................................................................................................42 Figura 21: Botões do comando....................................................................................................................46 Figura 22: Mensagem de erro do MSN Messenger. ....................................................................................47 Figura 23: Mensagem de erro do Google Talk. ...........................................................................................47 Figura 24: Homogeneidade do MSN Messenger.........................................................................................48 Figura 25: Homogeneidade do Google Talk. ..............................................................................................49 Figura 26: Compatibilidade do MSN Messenger. .......................................................................................50 vii LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Análise do agrupamento e distinção dos itens da interface.............................................................40 Tabela 2 – Análise do feedback das operações interativas. ..............................................................................40 Tabela 3 – Análise da carga de trabalho sobre o aspecto da brevidade. ...........................................................43 Tabela 4 – Recursos similares das ferramentas MSN Messenger e Google Talk.............................................44 Tabela 5 – Recursos do MSN Messenger.........................................................................................................45 viii LISTA DE ABREVIATURAS IHC Interação Homem-Computador ix RESUMO A interface é o meio visual que os usuários têm para interagir com os sistemas computacionais. Esta deve ser apresentada de forma compreensível, legível e organizada graficamente porque é o meio de comunicação entre os usuários e o sistema. Para que seja possível atribuir estas características têm-se a necessidade conhecer a respeito das interfaces, interação, usabilidades e as técnicas de usabilidade. As técnicas de usabilidade servem para avaliar e/ou ajudar no desenvolvimento gráfico das interfaces a fim de tornás-la mais amigáveis aos usuários. Este trabalho tem como objetivo apresentar a análise da aplicação das técnicas de usabilidade baseadas em alguns critérios ergonômicos nas ferramentas MSN Messenger e Google Talk. Palavras-chave: Interação Homem-Computador, Interface, Ergonomia. 1 INTRODUÇÃO A partir do crescimento da área de informática iniciou a preocupação com a interface, pois esta deve minimizar os esforços dos usuários, aumentando as produções e deixando-os satisfeitos. Foi proposta pela Inspeção de Conformidade de Produtos com o Padrão Internacional ISO 9241 a padronização da interface, em que pudesse maximizar a produção dos usuários (SHACKEL, 1993). Esta padronização, ao ser utilizada, pode auxiliar os desenvolvedores na criação da interface, para que seja amigável aos usuários. A interface é o ambiente visual de comunicação entre o usuário e o sistema que dispõe de elementos básicos tais como: os menus, as janelas, as mensagens sonoras e diálogos. A interface deve dispor de condições para o seu uso e facilidades no aprendizado (GONÇALVES, 2001). Para obter uma interação não frustrante para os usuários e resolver estes problemas de usabilidade existem técnicas para avaliar a interface tal como as técnicas de avaliação como, por exemplo, os critérios ergonômicos. O presente trabalho tem como objetivo analisar os elementos da interface das ferramentas MSN Messenger e Google Talk para apontar os que se adaptam aos critérios e as possíveis deficiências de usabilidade. Para realizar a análise serão estudados os conceitos da interface, como é feita a interação do usuário com a mesma, os problemas que podem dificultar que os usuários atinjam estas interações. Ainda, será estudada a usabilidade e suas técnicas tais como os critérios ergonômicos que têm o propósito de facilitar o aprendizado, o uso, a memorização do usuário, auxiliar na resolução dos erros, satisfazendo o usuário com melhores condições de uso. Estas técnicas serão aplicadas na forma de avaliação dos itens da interface das ferramentas de comunicação instantâneas. A análise da usabilidade será feita com três acadêmicos dos respectivos cursos Administração, Pedagogia e Sistemas de Informação. São esperados como resultados da aplicação da avaliação a comparação dos itens das interfaces do MSN Messenger e Google Talk apresentando os que estão de acordo com os critérios ergonômicos, assim como estes itens auxiliam os usuários na comunicação com outros usuários e as dificuldades para realizar estas comunicações. Este trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma: o capítulo 2 abordará os conceitos, importância e problemas da interação homem-computador (IHC) e da usabilidade; abordará ainda as técnicas de usabilidade com critérios ergonômicos. Nesta seção são 11 abordadas, também, as ferramentas de comunicação instantânea MSN Messenger e Google Talk. No capítulo 3 serão abordadas as metodologias usadas para o desenvolvimento do trabalho, bem como o local, o período e os materiais. O capítulo 4 apresenta os resultados e discussões sobre a aplicação das técnicas de avaliação de usabilidade com critérios ergonômicos nas ferramentas. No capítulo 5 serão apresentadas as conclusões do trabalho realizado a partir da aplicação dos critérios ergonômicos. Por fim, o capítulo 6 expõe as referências bibliográficas utilizadas. 2 REVISÃO DA LITERATURA A revisão de literatura está organizada em seções e subseções. A seção 2.1 aborda em seu contexto o conceito de interface, a interação com usuário (IHC), a importância e os seus problemas; a seção 2.2 trata dos conceitos da usabilidade da interface e a sua importância; na subseção 2.2.1 trata dos problemas da usabilidade; a subseção 2.2.2 aborda as técnicas de avaliação de usabilidade de interface, focando na subseção 2.2.2.1, a técnica de critérios ergonômicos, a qual será usada para a comparação com as ferramentas de comunicação instantânea MSN Messenger e Google Talk; na seção 2.3 são abordadas as ferramentas de comunicação instantânea MSN Messenger e Google Talk. 2.1 Interface e Interação Homem-Computador (IHC) Com o crescimento da área de informática, começou uma discussão referente a padronização das interfaces e isto era do interesse das organizações. Com este padrão, seria possível minimizar esforços e erros dos usuários, aumentando as suas produções. A padronização da interface foi proposta pela comissão da Inspeção de Conformidade de Produtos com o Padrão Internacional ISO 9241 (SHACKEL, 1993). Segundo Hix et. all. (1993), a interface é o meio utilizado para que haja a comunicação entre o usuário e o computador. “... que proporciona o elo de comunicação entre as demais e, sem dúvida, representa um dos componentes mais importantes (se não a mais importante) do processo de comunicação mediada por sistemas computacionais” (HIX et. all., 1993). Para Cardoso (2000), a interface é o ambiente visual que possibilita a comunicação entre o usuário e o sistema. Esta comunicação é chamada de interação. Para planejar o desenvolvimento da interface é primordial considerar a interação do usuário com o sistema. A interação possui estilos que são indispensáveis na interface. Para Coutinho (1999), a interface deve apresentar poucas informações para não atrapalhar o uso do sistema pelo usuário. De acordo com a Gonçalves (2001), a interface deve dispor dos elementos básicos como o teclado, o mouse, os menus, as janelas, as mensagens sonoras e os diálogos, que são fundamentais para a interação do usuário com o sistema de computador. Vale ressaltar, que os 13 itens de acesso à interface, devem apresentar o máximo possível de alternativas para que a comunicação seja estabelecida (HIX et all., 1993). Segundo Nielsen (1993), a interface de um sistema deve ser amigável para o usuário, pois por meio desta qualidade pode-se alcançar os objetivos que são a facilidade na aprendizagem, habilidade na manipulação do sistema, minimização de esforços e do medo, e aumento da produtividade. Segundo Coutinho (1999), a interface é definida como diálogo entre o usuário e um sistema através da tela, parte visível, na qual o usuário repassa as informações e espera o retorno do sistema (feedback). Estes processos de interação são estudados em IHC (Interação homem-Computador). A figura 1 apresenta o processo de interação adaptado, em que o usuário executa as ações e o sistema envia a resposta (COUTINHO, 1999). Figura 1: Processo de interação adaptado (COUTINHO, 1999). Segundo Rice (1999), a IHC (Interação Homem-Computador) tem o propósito de melhorar a usabilidade do sistema, com vistas na satisfação e aumento da produtividade. O uso se dá por meio dos itens do sistema, que estão classificados dentro dos estilos de interação. Estes devem ser esquematizados na interface de acordo com as necessidades dos usuários, de forma que a sua utilização não seja comprometida. Os problemas de interação estão relacionados à usabilidade dos sistemas e acontecem quando os objetivos não são alcançados. São eles: dificuldades na compreensão dos itens da interface; falta de habilidade em manusear o sistema; quantidade excessiva de itens na interface; falta de opções para o usuário recuperar-se de erros; entre outros. A IHC se preocupa com esses problemas com a finalidade de tornar a interface cada vez mais amigável para os usuários (LIMA, 2001). A interface amigável é aquela que facilita a interação do usuário. IHC dispõe de vários estilos de interações, os mais utilizados são: linguagens de comando, teclas de função, pergunta-respostas, menus, formulários e caixas de diálogos, e manipulação direta (THOR, 1993). 14 A interface da linguagem de comando, em termos de usabilidade, não é amigável aos usuários inexperiente porque exige a memorização da sua sintaxe e seguir os comandos passo a passo. Na interface que utiliza as teclas de função, os usuários devem ser experientes, pois as dificuldades encontradas estão em conhecer o que cada tecla faz, apesar de oferecer facilidade na aprendizagem. A interface de perguntas e respostas é simples de programar pelos usuários sem experiência porque possibilita que os erros sejam corrigidos. Interface que é composta por menus, oferece aos usuários um ambiente mais amigável por facilitar a manipulação aumentando as habilidades. As interfaces que utilizam formulários e caixas de diálogos permitem que os usuários informem os dados preenchendo nos campos. Com as interfaces de manipulação direta os usuários podem mover os objetos visuais com rapidez e sem receio, visto que os erros podem ser evitados. Além dos estilos de interação, a interface precisa agregar a retórica visual para tornar este ambiente amigável e consistente. É importante organizar os itens da interface, utilizar a fonte de letras que facilitam a leitura, cores que dão harmonia visual, botões com os nomes curtos e que informam as ações a serem realizadas. Na comunicação que é expressa pelos itens da interface, a linguagem deve estar mais próxima do usuário, tornando-a mais fácil para o uso (PREECE, 1994). Ainda, segundo Preece (1994), é a usabilidade do sistema que torna a interface mais amigável por facilitar o aprendizado e o uso. 2.2 Usabilidade A usabilidade foi um termo que surgiu nos anos 80, na área de ergonomia, a qual tinha o objetivo de estudar meios para desenvolver produtos de fácil manuseio. O termo, também, foi expandido na área de IHC, juntamente com a ergonomia para desenvolver interfaces produtivas. As interfaces são produtivas quando os objetivos de interação são alcançados, bem como, o uso das funcionalidades do sistema (GONÇALVES, 2001) e (RICE, 1999). Na literatura, a usabilidade tem vários conceitos. Para Zuasnábar (2003), a usabilidade é a área que busca melhorar a interação do usuário com o sistema através das condições estabelecidas. As condições estão relacionadas à facilidade no aprendizado do 15 sistema, no uso das funcionalidades contidas nele, na satisfação do usuário, e isto aumenta a produtividade. Shackel (2000) conceitua a usabilidade como a facilidade em compreender e praticar as ações que são pedidas na interface. O usuário, neste caso, deve executar as tarefas conforme é induzido pelos artefatos da interface, o qual garante a satisfação no uso do sistema. Para Hix et. all. (1993), o conceito de usabilidade é dado pela qualidade da comunicação entre o usuário e o sistema, que são: as facilidades no aprendizado, na memorização das ações do sistema, aumento da produção com relação ao uso, prevenção para minimizar os erros cometidos pelo usuário, e, também, a satisfação do usuário em utilizar o sistema. A usabilidade é uma área da IHC que tem o propósito de analisar a interface, ainda, no processo de desenvolvimento, visando apropriar as funções de uso de acordo com a necessidade do usuário (SHACKEL, 2000). Os estudos de usabilidade permitem esta avaliação, pois é possível modelar o sistema para minimizar os esforços na aprendizagem do usuário, tornando-o eficiente na realização das tarefas. O usuário, não encontrando barreiras em realizar as tarefas do sistema, aumenta a sua produção e a sua satisfação. “A usabilidade é uma área do conhecimento na qual os pesquisadores e desenvolvedores procuram desenvolver e implementar técnicas que sistematicamente tornem os produtos de software mais usáveis, otimizando o produto através da otimização do processo” (SHACKEL, 2000). Para Bastien et. all. (1993), a usabilidade do sistema possibilita que os usuários atinjam o objetivo da interação que é a eficiência no uso dos artefatos de modo agradável. Neste contexto, o usuário se comunica com o sistema por meio da interface, seguindo os passos para o manuseio porque estes fornecem clareza e facilidade na aprendizagem. Conforme Winckler et. all. (2002), a usabilidade é determinada pelas características de uso do sistema, visando à interação com usuário. As características estão ligadas a qualidade que o sistema oferece para os usuários, que são a habilidade de realizar as ações de maneira eficiente, redução dos erros em realizar as ações, facilidades no uso e a satisfação. Observa-se que os conceitos de usabilidade, citados pelos autores, chegam à mesma finalidade que é a melhoria na adequação da interface, na qual os usuários devem interagir sem se sentirem frustrados, mas satisfeitos pelas facilidades oferecidas para utilizar o sistema. Para Nielsen (1990) e Shackel (2000), além desses conceitos, a usabilidade tem cinco 16 atributos de qualidade, são eles: facilidade de aprendizagem; eficiência de uso; facilidades de memorização; minimização de erros; e satisfação. Facilidades de aprendizagem: a interface do sistema deve ser flexível e apresentar para o usuário métodos que facilitem a aprendizagem afim de obter bons resultados. Isto, levando em consideração os usuários com e sem experiências. Os sistemas que apresentam uma interface complicada de aprender requerem maior tempo de treinamento. Eficiência de uso: a partir do momento que o usuário aprende a manusear o sistema, o tempo que era gasto na aprendizagem diminui porque o mesmo já possui experiências. Com este domínio, torna-se capaz de realizar as ações em tempos menores aumentando a produtividade. Facilidade de memorização: o sistema deve ser capaz de fornecer mecanismos que façam os usuários lembrar-se com facilidade dos procedimentos aprendidos sem necessidade de reaprendê-los. Com o mecanismo de memorização, também, devem ser levados em consideração os usuários experientes, inexperientes e os esporádicos. Minimização de erros: o sistema, ao ser utilizado, tem ações que serão realizadas pelo usuário, mas, como qualquer outro, está sujeito a erros. No caso de uma ação ser praticada erroneamente, deve possibilitar que o usuário se recupere. Satisfação: o sistema deve possibilitar que o usuário realize as ações sem erros, ou seja, que ele atinja o seu objetivo, que é interagir com o sistema, gerando a sua satisfação ou uma sensação agradável. Para os sistemas, a usabilidade é de grande valia porque auxilia na resolução dos problemas encontrados na interação do usuário por meio da interface. 2.2.1 Problemas de Usabilidade Os problemas da usabilidade relacionam-se com as coisas que impedem o usuário de interagir com o sistema. Quando a interface não é capaz de fornecer ao usuário métodos que 17 podem facilitar o aprendizado para manusear o sistema, então ocorrem os problemas (GONÇALVES, 2001). Segundo Nielsen (1990), os problemas de usabilidade encontrados na interface do sistema impedem que o usuário consiga chegar ao seu objetivo, a comunicação reduz-se e diminui a usabilidade. Os problemas principais são: 1. A aparência da interface do sistema pode afetar a execução das ações; 2. muitas funcionalidades podem confundir o usuário, fazendo com que haja redução de uso do sistema. O usuário também pode executar, com dificuldades, apenas algumas ações do sistema; 3. o problema do item 2 pode causar frustração do usuário porque o mesmo não completa a execução das ações e desiste da tarefa; 4. quando os nomes das funcionalidades do sistema não são apresentados na mesma língua do usuário podem dificultar o aprendizado. Podem também influenciar na desistência do uso do sistema; 5. outro problema que implica na desistência do uso do sistema é quando o usuário tenta executar as ações, erra, mas não consegue voltar e corrigir os erros porque não possui mensagens informativas. Estas mensagens devem ajudar o usuário resolver os problemas; 6. no caso das mensagens informativas, problema do item 5, não fornecer clareza podem causar conseqüências como influenciar na desistência do uso do sistema. Existem muitos outros problemas de usabilidade, Larvery apud Gonçalves (2001) resume como: “Um problema de usabilidade é um aspecto do sistema e/ou uma demanda ao usuário que torna o sistema ineficiente, desagradável, oneroso ou impossível para o usuário alcançar seus objetivos numa situação comum.”. Os problemas de usabilidade são resolvidos através iniciativa dos designers de interface que fazem a avaliação do sistema a partir de técnicas de usabilidade. 2.2.2 Técnicas de avaliação de Usabilidade A usabilidade do sistema é um fator muito importante para possibilitar uma boa interação entre o usuário e o computador. Existem atributos de qualidade da usabilidade que 18 contribuem para que o sistema forneça uma interface amigável ao usuário, citado na seção 2.2. A interface amigável é a que possui usabilidade, na qual proporciona a interação entre o usuário e o computador. A usabilidade da interface é avaliada por meio das técnicas de avaliação de usabilidade. Segundo Harvey (1998), é necessário realizar a avaliação da interface do sistema, através de técnicas, para medir a eficiência (quantidade de recursos utilizados para alcançar os objetivos) e eficácia (exatamente como os recursos foram utilizados corretamente), permitindo identificar os prováveis problemas da usabilidade. As técnicas de avaliação também são importantes porque ajudam a solucionar os problemas da usabilidade e podem ser realizadas no começo, meio e fim do desenvolvimento dos sistemas IHC. Quando é aplicada no começo do desenvolvimento do sistema, auxiliará o desenvolvedor a identificar as ações necessárias para a interação. Caso seja aplicado no meio (intermediário), ajudará assegurar a interação da interface ou poderá realizar as modificações, se necessário. Na fase final são feitos os testes para garantir que o sistema atenda as necessidades dos usuários, as quais permitem alcançar os objetivos de interação (DIAS, 2003). Um fator importantíssimo quando se utiliza as técnicas de usabilidade é a avaliação do contexto como um todo, global, e não especificamente (DIAS, 2003). Isto porque o sistema é direcionado para grupos de usuários e não para um especificamente. A usabilidade das ferramentas instantâneas como o msn messenger e google talk será avaliada por meio da técnica de critérios ergonômicos. O objetivo da técnica de avaliação é dar suporte na análise da interface. Para Dias (2003), a avaliação da usabilidade com critérios ergonômicos apresenta a sua importância por auxiliar na detecção de falhas da interface e na fase de projeto da própria interface ajustar para que atenda as necessidades dos usuários. Para melhor compreensão sobre a utilização da ergonomia na avaliação de usabilidade será apresentada na subseção 2.2.2.1 o contexto de modo geral sobre a ergonomia e na subseção 2.2.2.2 os critérios ergonômicos na avaliação de usabilidade. 2.2.2.1 Ergonomia O termo Ergonomia surgiu a partir das dificuldades encontradas no ambiente de trabalho, pois as condições não eram agradáveis e muito menos satisfatórias. O campo de trabalho exigia que o funcionário trabalhasse durante longas jornadas diárias, que chegavam há 16 horas. As longas jornadas não eram unicamente os motivos do surgimento da 19 ergonomia, mas também a falta dos direitos trabalhistas, o ambiente e formas de trabalho, que propiciavam vários acidentes das pessoas envolvidas com as máquinas. Com estes problemas os funcionários ficavam insatisfeitos, fadigados, e ainda corriam o risco de perder a vida. Com a ergonomia, o ambiente de trabalho foi adaptado às condições dos funcionários (BATISTA, 2003). Segundo Abergo (2000), a ergonomia preocupa-se com a adaptação do trabalho ao homem, a qual tem como propósito melhorar o ambiente de serviço, a realização das tarefas diárias aumentando a participação do funcionário dentro da sua atividade, estabelecer segurança, conforto e bem-estar. Abergo (2000) descreve o objetivo da ergonomia como a transformação dos métodos de trabalho que visa oferecer melhores condições para realização das atividades, adequandoas ao homem. Esta adequação é para aumentar o desempenho do homem no trabalho bem como, oferecer segurança, conforto no local de trabalho, bem-estar, dentre outros. Para atingir os objetivos ergonômicos é necessário considerar os fatores humanos, que são: homem, máquina, ambiente, informação, organização e conseqüências da realização dos trabalhos. Homem: relaciona-se com o modo físico e psicológico que o homem trabalha. Máquina: são os equipamento que o homem utiliza para realizar as atividades de trabalho. Ambiente: local físico que é utilizado para realizar as atividades. Informação: é o que o homem consegue aprender através dos principais órgãos dos sentidos como, a visão e audição, isto é, a interação. Organização: divisão das jornadas em cargas horárias, turnos e equipes de trabalho. Conseqüências da realização dos trabalhos: com a ergonomia do trabalho pode-se obter resultados favoráveis com relação à realização das atividades como, maior participação nas mesmas e aumento da produção e conforto. O papel da ergonomia é colaborar evitando acidentes dentro do ambiente de trabalho (BATISTA, 2003). Com o crescimento das tecnologias, a ergonomia se expandiu para a área da informática, na qual é usada em IHC. O seu objetivo em IHC é contribuir no desenvolvimento das interfaces de sistemas. Os critérios ergonômicos da usabilidade das interfaces dos sistemas serão descritos na subseção a seguir. 20 2.2.2.2 Ergonomia de Software e Critérios Ergonômicos Para se desenvolver um sistema é necessário preocupar-se com a usabilidade e também com a ergonomia porque deve ser interativo e prover facilidades e conforto ao ser utilizado. A Ergonomia de Software foi constituída em abril de 1999, juntamente com a ABNT/CB-21/SC-21:10, com o objetivo de estudar o padrão internacional da ISO 9241 no que se refere as interfaces dos sistemas (THOR, 1993). Existem na literatura diversos conceitos de Ergonomia de Software. Segundo Bastien et. all. (1993), o sistema deve ser capaz de permitir que os usuários atinjam os objetivos de interação e, para isto, é necessário que tenha características ergonômicas bem como facilidade de uso, aprendizado e memorização, satisfação, conforto, entre outros. Thor (1993) descreve que, segundo os critérios ergonômicos de software, o sistema deve ter a capacidade de interagir com os usuários através da sua interface. A interação é feita por meio das operações que devem ser agradáveis, nas quais as metas de interação são atingidas pelos usuários. Isto se trata da usabilidade ergonômica dos sistemas. A Ergonomia de Software tem o papel de adaptar a interface do sistema de acordo com as necessidades dos usuários, para que a interação seja eficiente e apresente conforto e satisfação na realização das tarefas. Para que a interface seja adequada aos usuários finais, a Ergonomia de Software apresenta critérios de avaliação, conforme Bastien et. all. (1993). Os critérios ergonômicos visam avaliar a usabilidade da interface dos sistemas com a finalidade de identificar problemas de interação e apresentar soluções ergonômicas para melhorar e ajustar seu projeto de acordo com as necessidades dos usuários (COUTO, 1999). Segundo Dias (2003), a avaliação da interface é feita a partir dos seguintes critérios ergonômicos: condução, carga de trabalho, controle explícito, adaptabilidade, gestão de erros, homogeneidade/coerência, significado dos códigos e denominações, e compatibilidade, os quais serão apresentados a seguir: 2.2.2.2.1 Condução O critério ergonômico condução é um meio de avaliação que serve para orientar, aconselhar, conduzir e informar, por meio de mensagens, alarmes e rótulos, como o usuário poderá interagir com o computador. Para alcançar os objetivos da condução e obter bons resultados é necessário utilizar quatro sub-critérios da condução: a presteza, o feedback, o agrupamento e distinção de itens e a legibilidade (CYBIS, 2003) (LIMA, 2003). 21 A presteza facilita que o usuário realize as tarefas da interface, através das entradas de dados, e também minimize os erros. Os erros são reduzidos porque o usuário pode checar o estado que se encontra na realização da tarefa que esta executando, e também pode contar com ajuda em caso de necessidade. A tela que utiliza a presteza contém informações e orientações como: título da tela, da janela, das caixas de diálogos, de gráficos, tabelas, de lista, entre outros; indicadores de botões de comandos, menus; ajudas às tarefas e ajudas para solucionar erros. A figura 2 apresenta um exemplo de presteza, a qual serve como um guia para o usuário se orientar, mostrando a situação que se encontra e o que ele pode executar. Figura 2: Presteza. O agrupamento e a distinção de itens servem para organizar e diferenciar os itens da interface. Com isto, facilita o aprendizado e induz o usuário encontrar a seqüência de itens do mesmo tipo, não o deixando perdido. Com o agrupamento e a distinção dos itens torna-se possível agrupar e distinguir os itens por localização e formato. O agrupamento e a distinção por localização organizam as classes de itens logicamente em grupos e subgrupos de itens, que são os comandos, os menus e os campos. O agrupamento e a distinção por formato são classificados em grupos de mesmo formato, como, por exemplo: rótulos com mesma semelhança formam um grupo, sendo assim, os campos obrigatórios, tabelas, listas, mensagens, entre outros. 22 A figura 3 apresenta o agrupamento e a distinção, tanto por localização quanto por formato. Os dados de entrada, que são login e senha, estão reunidos em um mesmo grupo, o qual se difere do grupo dos botões de enviar e limpar os dados. Este tipo de agrupamento é por formato, e estão localizados de acordo com o agrupamento por localização. Figura 3: Agrupamento e distinção por localização e formato. O feedback consiste na implementação de respostas rápidas obtidas pelo usuário ao realizar as tarefas apresentadas na interface. As respostas devem conter informações sobre a disponibilidade do sistema e o tempo de processamento. Na figura 4 é ilustrada a resposta do sistema para o usuário, mas podem ocorrer casos em que a resposta não é apresentada para o usuário, e isto pode ser ocasionado pela lentidão do sistema ou ter acontecido um erro interno. Estes problemas podem frustrar os usuários. Figura 4: Feedback. A legibilidade serve para verificar se as informações contidas na interface são compreendidas pelos usuários com facilidade ou dificuldade. É importante ressaltar que a falta de legibilidade pode causar impactos visuais, pois está relacionada aos textos e imagens, sendo, portanto, necessário determinar: fontes dos textos e títulos de acordo com as necessidades dos usuários. Estas devem ser legíveis; 23 fundo apropriado e de acordo com a cor do texto; imagens que expressam nitidez; diagramação dos itens da interface; balanceamento e alinhamento dos textos; Para obter resultados bons da legibilidade é necessário evitar ambigüidades e repetições dos itens da interface. 2.2.2.2.2 Carga de trabalho Segundo Lima (2003), o critério ergonômico carga de trabalho visa analisar os itens que compõe a interface. Esta análise é feita para estimar a carga perceptiva do usuário, se a interface tiver uma carga de trabalho volumosa pode desviar a atenção do usuário, induzindo a cometer erros. Quando a carga de trabalho não é volumosa, a usabilidade do sistema é maximizada. Outro fator que também maximiza a usabilidade do sistema são as informações relevantes contidas na interface, as quais não são capazes de distrair o usuário e também fornecem facilidades de aprendizado (LIMA, 2003). O critério carga de trabalho é dividido em dois sub-critérios que são: brevidade e densidade informacional (DIAS, 2003). A brevidade preocupa-se em reduzir a carga de trabalho, a qual está relacionada com entradas, saídas e a quantidade de passos do sistema que o usuário precisa realizar para interagir com o sistema. O sub-critério brevidade é subdividido em dois fatores: concisão e ações mínimas. A concisão trata de fornecer uma interface com a menor quantidade possível de entrada e saída para que o usuário também tenha a menor probabilidade de cometer erros. Os itens de entrada e saídas devem ser apresentados de forma sucinta. Com esta redução, aumenta a usabilidade do sistema. Vale ressaltar outro fator importante na concisão, que é a redução da carga perceptiva, a qual o usuário não precisa aprender usar uma grande quantidade de entradas e saídas apresentada na interface. As ações mínimas referem-se à quantidade de etapas (ações) que o usuário precisa realizar para chegar ao seu propósito, como por exemplo, para encontrar a ‘Sobre o ...’ de um determinado sistema é 24 necessário executar o passo, acessando a aba ‘Ajuda’, conforme a Fig. 5. Figura 5: Ações mínimas. A densidade informacional trata-se da carga de trabalho perceptiva com relação às informações sobre os itens que compõe a interface. Quanto maior é o número de informações dos elementos da interface, maiores são as chances do usuário se confundir e cometer erros. 2.2.2.2.3 Controle explícito Conforme Lima (2003) e Dias (2003), o controle explícito trata das ações explícitas que o usuário realiza no sistema e controle sobre as ações do usuário. As ações explícitas do usuário são as ações selecionadas e executadas pelo mesmo. Como estas ações são solicitadas pelo próprio usuário às chances de erros são reduzidas. O controle de usuário é o domínio que o usuário tem das ações sobre o sistema, como por exemplo, iniciar, avançar, terminar, entre outros. A figura 6 apresenta um exemplo de controle de usuário. Figura 6: Controle de usuário sobre as ações. 25 2.2.2.2.4 Adaptabilidade Lima (2003) e Dias (2003) descrevem a adaptabilidade como, a avaliação do comportamento da interface diante das necessidades e preferências do usuário, na qual este usuário poderá escolher a forma que domine melhor para executa a ação do sistema. Na adaptabilidade são considerados dois fatores: a flexibilidade e a experiência do usuário. A flexibilidade trata-se de meios diferentes de execução das ações para atingir o mesmo objetivo. A figura 7 apresenta duas formas de sair do editor de imagens através do menu ‘Arquivo’ e posteriormente ‘Sair’ ou das teclas de atalhos ‘Alt+F4’, na qual o usuário poderá escolher a que domina melhor e chegar ao seu objetivo. Figura 7: Formas de flexibilidade. A experiência do usuário refere-se aos usuários de estágios diferentes, como, o iniciante, o intermediário e avançado, em que o sistema deve reagir conforme o nível de experiência. Conforme a figura 7, apresentada no critério flexibilidade, o usuário experiente poderá utilizar diretamente a tecla de atalho ‘Alt F4’ para fechar o editor de imagens sem precisar frustra-se em seguir os passos que um usuário iniciante. 2.2.2.2.5 Gestão de erros A gestão de erros é o critério ergonômico que tem por finalidade diminuir e prevenir os casos de erros. A gestão de erros também fornece meios de correção no caso de surgirem erros. Estes erros são as entradas inadequadas no sistema, valores incompatíveis. O critério de 26 gestão de erros subdivide em três sub-critérios, que são: proteção contra os erros, qualidade das mensagens de erros e correção dos erros (LIMA, 2003) (DIAS, 2003) (SILVA, 2002). O mecanismo proteção contra os erros trata-se da prevenção e detecção dos erros encontrados na entrada, que são: valores informados erroneamente, comando errado que foi acionado, ou de qualquer ação de entrada, realizada pelo usuário, que esteja errada. A qualidade das mensagens de erros trata-se das informações da mensagem, na qual deve ser apresentado ao usuário o motivo pelo qual o erro foi cometido e a forma condizente que a ação deve ser executada no sistema. Ainda, é apresentada a forma de como deve ser executada a próxima ação para recuperar do erro, correção dos erros. Na correção dos erros são fornecidos para os usuários meios de concertar os erros cometidos na entrada dos dados. A figura 8 apresenta uma forma de correção de erro, a qual mostra que o usuário precisa informar a senha para acessar o sistema. Figura 8: Correção de erro. 2.2.2.2.6 A homogeneidade/coerência Segundo Lima (2003), Dias (2003) e Couto (1999), a homogeneidade/coerência tem o propósito de manter o mesmo padrão da interface do sistema. Devem ser mantidos os menus, a formatação, as ações, a localização, entre outros, no mesmo contexto. A figura 9 ilustra a interface de busca para o usuário e a figura 10 apresenta a mesma interface, na qual foi mantida a consistência mesmo após a busca. 27 Figura 9: Homogeneidade/coerência da interface de busca. Figura 10:Homogeneidade/coerência da interface com busca. 2.2.2.2.7 Significado dos códigos e denominações O significado dos códigos e denominações é a forma como as informações são apresentadas para o usuário, as quais devem exprimir clareza, pois ao contrário poderá induzir o usuário cometer erros. Recomenda-se utilizar expressões significativas, como, por exemplo, no campo sexo pode-se se usar M e F de masculino e feminino ao invés de 0 e 1, o que ajudaria o usuário a memorizar e reduzir os erros (LIMA, 2003) e (DIAS, 2003). 2.2.2.2.8 Compatibilidade Segundo Lima (2003) e Dias (2003), a compatibilidade trata-se da relação entre as características do usuário e as do sistema. Os usuários têm como características: a memória, a percepção, os hábitos, as expectativas, a idade, entre outras; o sistema tem: as tarefas; a 28 organização; as entradas; as saídas; o diálogo; entre outras. Este critério tem como objetivo aproximar ao máximo a interface da realidade do usuário através da relação entre estas características. Na compatibilidade é importante considerar a quantidade de informações por causa da memorização e do aprendizado do usuário, pois, quanto maior for o volume maior será a dificuldade de recordar. As informações em menor quantidade ajudam na memorização, mas estas também devem ser significativas e estar devidamente organizadas na interface, isto aumenta a usabilidade. A motivação da análise das ferramentas com os critérios ergonômicos é porque oferecem subsídios que contribuem para avaliação da interação do usuário com o sistema no que tange os fatores humanos, as quais se buscam facilidades de uso, aprendizado e memorização. As ferramentas MSN Messenger e Google Talk, descritas na seção 2.3, serão analisadas com base nos critérios ergonômicos. 2.3 Ferramentas de comunicação instantânea MSN Messenger e Google Talk As ferramentas de comunicação instantâneas (bate-papo, chat) têm sido bastante utilizadas por fornecerem meios de comunicação via texto, áudio, imagens e vídeo, na qual possibilitam que os usuários interajam entre si (NETO, 2004). Esta interação permite que um usuário comunique com vários usuários simultaneamente, obtendo respostas em tempo real. Segundo Oeiras (2005) e Neto (2004), as ferramentas de bate-papo/chat são utilizadas no ensino a distância porque dão suporte na comunicação simultânea, na qual o professor se faz presente na sala de aula por meio virtual. Os estudantes interagem com o professor virtualmente, mas existem dificuldades em utilizar estes tipos de ferramentas. Existem na internet diversas ferramentas de comunicação instantâneas (bate-papo, chat) dentre elas: o MSN Messenger, o Google Talk, o Yahoo messenger, o ICQ, entre outras. Para este contexto, serão analisadas, segundo os critérios ergonômicos, as ferramentas de bate-papo/chat MSN Messenger e Google Talk. O motivo da análise dessas ferramentas é porque são difundidas dentro das universidades e comumente utilizadas pelos acadêmicos. As ferramentas de comunicação instantâneas, no meio acadêmico, sevem para que haja diálogos entre os professores e alunos, e isto ajudam na execução das atividades de forma colaborativa (OEIRAS, 2005). Ainda, segundo Oeiras (2005), essas ferramentas ajudam a minimizar os deslocamentos dos professores para o local de formação dos estudantes, sendo 29 que podem dar assistências aos alunos através destas ferramentas de comunicação em tempo real. 2.3.1 MSN Messenger O MSN Messenger (www.msn.com.br) é uma ferramenta gratuita que realiza a comunicação instantânea. A comunicação instantânea é feita a partir de mensagens de texto e voz, na qual podem ser compartilhados imagens e vídeo. O MSN Messenger permite ainda o envio de e-mail, jogos interativos entre os seus usuários e compartilhamento musical. O MSN Messenger foi desenvolvido pela equipe da Microsof Corporation, possuindo as algumas versões como: 6.2, 7.0, 7.5, beta, versão para windows XP (MICROSOFT, 2006). O MSN Messenger exige que o usuário possua uma conta de e-mail no hotmail ou no msn para conectar-se. A figura 11 apresenta a tela de conexão do usuário. Figura 11:Tela de conexão MSN Messenger. Os recursos do MSN Messenger são acessados a partir do item de status do usuário, no qual é selecionado as ‘Configurações pessoais...’. A figura 12 apresenta o item das configurações pessoais do usuário do MSN Messenger. No item ‘Configurações pessoais...’, conforme figura 13, são apresentadas as seguintes opções de configuração ‘Pessoal’, ‘Geral’, ‘Mensagens’, ‘Alertas e Sons’, ‘Transferência de Arquivos’, ‘Telefone’, ‘Privacidade’, ‘Segurança’ e ‘Conexão’ (MICROSOFT, 2006). 30 Figura 12:Configurações pessoais... Figura 13: Opções das configurações pessoais... Pessoal: permite alteração das informações pessoais como: nome de exibição, mensagem pessoal, imagem do usuário, perfil público, status e imagem de vídeo. Geral: permite alterações nas formas de entrada no MSN Messenger e de exibição dos contatos. Mensagens: permite alteração das configurações gerais das mensagens como: mostrar e personalizar emotions, reproduzir winks e manter históricos das mensagens. Alertas e Sons: permite a reprodução de sons e apresentação de mensagens de alerta quando ocorrer os seguintes eventos: os contatos ao se conectarem, recebimento de mensagens e e-mail. 31 Transferência de Arquivos: permite que seja configurada uma pasta local para o recebimento de arquivos. Telefone: permite inclusão de número de dispositivo móvel para recebimento de mensagens. Privacidade: permite o bloqueio e exclusão de contatos indesejados. Segurança: permite a verificação de usuário e senha para abrir e-mail de páginas web e armazenamento temporário de mensagens. Conexão: mostram o status da conexão, soluções para problemas de conexão e configurações. Estas opções de configurações podem ser acessadas também através da aba que contém os itens: ‘Arquivo’, ‘Contatos’, ‘Ações’, ‘Ferramenta’ e ‘Ajuda’ (MICROSOFT, 2006). Arquivo: permite o usuário desconectar-se do MSN Messenger, alterar o status, abrir e-mail e arquivos recebidos. Contatos: permite adicionar novos contatos, buscar contatos, classificá-los, gerenciálos em grupos e salvá-los em lista. Ações: permite enviar mensagens instantâneas, iniciar conversas com áudio e vídeo e jogar. Ferramenta: permite configurar os emotions, planos de fundo, imagens de exibição, winks, exibir históricos de alertas, configurações de áudio, vídeo e webcam, e as opções de ‘Configurações pessoais...’. Ajuda: permite que o usuário obtenha ajuda on-line sobre o MSN Messenger. 2.3.2 Google Talk O Google Talk (www.google.com/talk/intl/pt-BR/index.html) é uma ferramenta de comunicação de mensagens instantânea e chamada de voz. Foi desenvolvida pela equipe do Google, em uma única versão e está disponível gratuitamente no site do Google (GOOGLE, 2006). Para utilizar o Google Talk é necessário que o usuário tenha uma conta de e-mail do gmail. O Google Talk dispõe de menos itens na tela de conexão de usuário em comparação ao MSN Messenger (GOOGLE, 2006). A figura 14 apresenta a teça de conexão do Google Talk. 32 Figura 14:Tela de conexão Google Talk. Os recursos do Google Talk são acessados através do botão ‘Configurações’. O item ‘Configurações’ (seta da Fig. 13), possui as seguintes opções para configuração: ‘Pessoal’, ‘Notificações’, ‘Conexão’, ‘Áudio’, ‘Visual’ e o botão de ‘Ajuda’, apresentado na Fig. 15. Figura 15:Configurações do Google Talk. Geral: permite iniciar conexão automaticamente com o sistema operacional, abrir a caixa de e-mail; permite ainda configurar a lista de amigos, alterar a fonte, configurar a conta do Google Talk e ativar log de diagnóstico. 33 Notificações: permite configurar o som e notificação das chamadas e bate-papos recebidos. Notificações de e-mail e amigo conectado. Conexões: permite fazer monitoramento da conexão. Áudio: permite configuração de entrada (microfone e fone de ouvido) e saída (autofalante e fone de ouvido). Visual: permite a configuração de imagens de exibição. A análise das ferramentas de comunicação instantânea com os critérios ergonômicos se faz necessária, pois possibilita apresentar os itens da interface que se adaptam a estes e as possíveis falhas quanto ao uso. A seção 3 apresenta os materiais e métodos utilizados para a elaboração do presente trabalho. 3 MATERIAL E MÉTODOS Neste capítulo serão apresentados os recursos (softwares, hardware e fontes bibliográficas) e os métodos (metodologia utilizada) utilizados no desenvolvimento do presente trabalho. 3.1 Local e Período O período de desenvolvimento do trabalho foi março a junho de 2006, em residência própria, tanto a parte dissertativa quanto as análises das ferramentas de comunicação instantânea. A análise realizada a partir de observatórios dos usuários foi realizada na empresa, a qual estes trabalham. 3.2 Materiais Os recursos usados para desenvolver o trabalho como hardware, software com licença e gratuito, livros e fontes bibliográficas foram disponibilizados pelo curso de Sistemas de Informação/CEULP/ULBRA, na Internet e na biblioteca. 3.2.1 Hardware Foi utilizado o computador do laboratório do curso de Sistemas de informação do Centro Universitário Luterano de Palmas. - Intel Pentium IV, 1.8GHz; - 256 MB de RAM; - HD 80 GB. 3.2.2 Softwares licenciandos e gratuitos - Microsoft Windows XP; 35 - Microsoft Office 2003 Professional; - Internet Explorer 6.0; - Acrobat Reader 7.0; 3.2.3 Fontes bibliográficas - Disertação de Mestrado; - Teses de Doutorado; - Artigos; - Livros; - Sites diversos. 3.2.4 Metodologia O trabalho foi desenvolvido em duas etapas. Na primeira foram realizadas as pesquisas, estudos para o desenvolvimento da Revisão de Literatura, com conclusão em maio. A segunda foi utilizada para a analise dos critérios ergonômicos das ferramentas de comunicação instantânea MSN Messenger e Google Talk, e a redação da referida análise, com a conclusão em junho. Para que fosse possível fazer a descrição das atividades teve a necessidade de realizar pesquisas sobre: - Conceito de interface, a interação com usuário (IHC), a importância e os seus problemas; - Conceitos da usabilidade da interface e a sua importância e os seus problemas da usabilidade; - Técnicas de avaliação de usabilidade de interface; - Técnica de critérios ergonômicos; - Ferramentas de comunicação instantânea MSN Messenger e Google Talk; Após os estudos e redação da Revisão de Literatura foram realizadas avaliações dos itens da interface das ferramentas de comunicação instantâneas. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Esta seção apresenta a análise da aplicação das técnicas de avaliação de usabilidade com critérios ergonômicos nas ferramentas de comunicação instantânea MSN Messenger e Google Talk. O objetivo é apontar os itens que se adaptam aos critérios ergonômicos e as possíveis deficiências encontradas no que tange ao uso das ferramentas pelos usuários. A análise será feita considerando os parâmetros de usabilidade das ferramentas de acordo com o critério em questão. As ferramentas MSN Messenger e Google Talk foram escolhidas para serem analisadas por se fazerem presentes no meio acadêmico e auxiliarem na comunicação alunoprofessor. A figura 16 mostra o MSN Messenger e os seus respectivos itens, assim como a figura 17 apresenta os itens do Google Talk. Figura 16:Ferramenta MSN Messenger. 37 Figura 17:Ferramenta Google Talk. A análise foi realizada com os itens da interface do MSN Messenger e Google Talk a partir dos critérios ergonômicos, os quais são apresentados os resultados nas subseções a seguir: 4.1 Condução Na análise, feita com o critério ergonômico condução, foram considerados os itens da interface do MSN Messenger e Google Talk que servem como orientação para os usuários. Neste contexto foram avaliados, a presteza, o agrupamento e a distinção de itens, o feedback e legibilidade. 4.1.1 Presteza Ao analisar a presteza das ferramentas MSN Messenger e Google Talk, foram verificados os itens da interface que servem para orientar os usuários. Os itens são os seguintes: o título da tela/janela, caixas de diálogos, botões de comando, ajuda as tarefas e aos erros. Com relação aos itens da interface, tanto do MSN Messenger quanto do Google Talk, pôde ser notado que a maioria destes atendem ao sub-critério presteza, exceto os botões de comando e a ajuda do MSN Messenger. Os itens atendem a este sub-critério porque são capazes de conduzir os usuários durante comunicação e mostrar o estado que se encontra na execução das tarefas. Não apenas por isso, mas também porque as informações contidas nestes itens identificam como os usuários devem executar as tarefas. 38 Os títulos das janelas, caixas de diálogo, botões de comando e menus das duas ferramentas são informativos e auxiliam os usuários a identificarem as tarefas que estão sendo executadas e as possíveis que podem ser acionadas. Isto ajuda a minimizar a ocorrência de erros. Os botões de comando têm o propósito de executar as tarefas selecionadas pelos usuários, como: conectar na ferramenta de comunicação, minimizar, maximizar e fechar a tela. Foi encontrada, nas duas ferramentas, a ambigüidade na tarefa fechar a tela, pois o usuário poderá ficar confuso e desorientado ao tentar desconectar no botão de comando fechar, ao invés de ‘Sair’ MSN Messenger e ‘Efetuar o login’ no Google Talk. A figura 18 apresenta o botão de comando fechar e a opção para o usuário sair do sistema. Botão de comando fechar, Sair Botão de comando fechar, efetuar logout Figura 18: Botão de comando fechar e opção sair, Google Talk e MSN Messenger Foi observado que o MSN Messenger e o Google Talk possuem o item ajuda na interface principal. Visualmente para se conduzir a este item, não há problema quanta a localização. As dificuldades que podem ser encontradas pelos usuários estão no item ‘Ajuda’ do MSN Messenger por que existem várias opções que podem induzir o usuário a selecionar um tipo de ajuda não desejado. Fazendo a analogia da ajuda das duas ferramentas, o Google Talk têm apenas uma opção de ajuda, o que facilita a memorização e a aprendizagem, na qual ele pode se certificar da tarefa que está utilizando. A simplicidade deste item ‘Ajuda’ do Google Talk reduz os esforços, e minimiza a ocorrência dos erros. Na análise da presteza da interface das ferramentas de comunicação instantâneas pôde ser verificado que as duas possuem itens que fornecem boa condução e outros não. Os elementos que ajudam a ter boa condução são aqueles que facilitam o uso e a aprendizagem 39 destes sistemas, permitindo que os usuários não se percam ao realizar as tarefas. Isto minimiza a ocorrência de erros. Os itens que não têm boa condução induzem os usuários a cometerem erros. 4.1.2 Agrupamento e distinção de itens As ferramentas MSN Messenger e Google Talk são organizadas na interface de acordo com os tipos de itens bem como, a localização e o formato. Quanto à localização as teclas de comandos, os menus e os campos estão agrupados por grupos de tipos. A figura 19 apresenta o agrupamento por localização. Figura 19: Agrupamento e distinção por localização de itens. Ainda na figura 19, pode ser verificado o agrupamento por formato. Tanto o comunicador instantâneo MSN Messenger quanto o Google Talk têm os itens agrupados com a mesma característica gráfica, bem como, as caixas de diálogos em que são informados o email e a senha, os quais se distinguem do formato do botão de comando que valida os dados. As caixas de diálogos do MSN Messenger têm o formato com a cor de preenchimento branca e borda azul e a fonte preta, formando um grupo com estas particularidades. O Google Talk também tem estes mesmo itens, a fonte e borda na cor preta e o preenchimento na cor branca que forma o grupo com estas características. Com a distinção dos itens por localização e formato, o usuário poderá perceber com facilidade que cada grupo tem itens similares e diferentes de outros grupos, e isto ajuda na memorização e no aprendizado. 40 A tabela 1 apresenta a análise do agrupamento e distinção dos itens com relação aos sinais visuais, sonoros e a organização dos itens da interface. Tabela 1 – Análise do agrupamento e distinção dos itens da interface. Parâmetro MSN Messenger Possui alerta visual e Sinais sonora diferenciada visuais e informando que um sonoros contado enviou uma mensagem. Google Talk O Google Talk também tem serviço de alerta. Descrição Itens da interface No Google Talk as caixas de textos e botões de comando também estão organizados no centro da interface e na ordem seqüencial. Pôde-se notar que em questão da organização da interface, segundo o agrupamento e distinção destes itens, não foram encontrados problemas que induzisse o usuário a cometer erros. Estes estão balanceados. Organizada de forma lógica: o menu está na parte superior da interface, as caixas de textos, botões de comando estão centralizados e com ordem seqüencial. Estes recursos estão diferenciados dos outros recursos como menus, caixas de texto e botões de comando, quanto à localização porque servem para alertar o usuário que está ocorrendo um evento. Neste caso, é o evento que o usuário conectou ou enviou ou recebeu uma mensagem. 4.1.3 Feedback As respostas rápidas são o feedback que o sistema apresenta para o usuário. Pode se observar que o MSN Messenger e o Google Talk apresentaram este feedback, ou seja, as respostas rápidas. A tabela 2 apresenta a análise das respostas, o feedback, obtidas das operações interativas do MSN Messenger e Google Talk. Tabela 2 – Análise do feedback das operações interativas. Parâmetro MSN Messenger Feedback Google Talk Descrição 41 Operações interativas O MSN Messenger apresenta resposta para as situações: conexão do usuário, comunicação com os contatos, inclusão de imagem, conversa de áudio e vídeo, inclusão de novo contato. Apresenta a resposta do sistema informan-do que a operação não pode ser realiza-da no momento. O MSN Messenger permite que o usuário se recupere no caso de tentar conectar, mostrando na mensagem de ajuda o que precisa ser feito. O Google Talk também apresenta resposta às essas situações e inclusão de novo contato, exceto da inclusão de vídeo por não ter essa opção. Também apresenta uma resposta informando que um dos dados de entrada está incorreto. Na inclusão de novo contato apenas o Google Talk informa como deve ser inserido o nome contato, motivando-o a não cometer erros, feedback encorajador. O Google Talk que não apresenta o que o usuário necessita fazer para recuperar-se do erro. Dependendo das respostas do sistema, estas podem deixá-lo frustrado. Quanto às essas respostas do sistema, tanto o MSN Messenger quanto o Google Talk emitem feedback para o usuário sem carga negativa. Nem o MSN Messenger nem o Google Talk não fornecem subsídios para que o usuário se recupere em todos os casos de erro. As ferramentas apresentam respostas que são obtidas das operações interativas realizadas pelos usuários. As repostas podem ser as desejadas pelos usuários e também as indesejadas. As desejadas são as que sempre possibilitam que os usuários alcancem o seu objetivo de interação. As indesejadas são as que impedem a interação. A figura 20 apresenta a resposta do sistema em que o usuário se encontra conectado na ferramenta, para as quais foram informados os dados de entrada. Figura 20:Feedback do usuário conectado. 42 A figura 21 mostra o feedback de erro do MSN Messenger, devido algum dado de entrada ter sido informado erroneamente. Figura 21:Feedback de mensagem de erro. 4.1.4 Legibilidade Na avaliação da legibilidade pode-se observar que as duas ferramentas têm as fontes de textos e os fundos apropriados, as imagens são nítidas, os itens da interface estão devidamente balanceados e seguem seqüências que são compreensíveis pelo usuário. Nas duas ferramentas apenas o botão de comando ‘Fechar a tela’ é ambíguo, pois o usuário poderá se confundir na tentativa de sair do sistema, ‘efetuar login/sair do messenger’, e apenas fechar a tela e continuar logado no sistema. Este item tem dupla interpretação. A figura apresenta o botão de comando ‘Fechar a tela’ da ferramentas de comunicação. Figura 22: Botão de comando fechar a tela. 4.2 Carga de trabalho A análise da carga de trabalho do MSN Messenger e do Google Talk foi feita sobre os aspectos da brevidade e densidade informacional com o propósito de apontar as deficiências no que tange a usabilidade das ferramentas. Partindo deste ponto foi observada a utilização das ferramentas por alunos de nível superior dos cursos de pedagogia, administração e sistemas de informação, analisando o funcionamento básico, Tab. 3. 43 Tabela 3 – Análise da carga de trabalho sobre o aspecto da brevidade. Parâmetro Entrada de dados Ícones e menus MSN Messenger Apresenta as caixas de textos para entrada de dados, ‘Endereço de e-mail’ e ‘Senha’, os toggle buttons ‘Lembrar meu e-mail’, ‘Lembrar minha senha’ e ‘Entrar automaticamente’ e o status. Google Talk O Google Talk também apresenta os mesmos itens para entradas de dados, ‘Gmail nome de usuário’ e senha, o toggle button ‘Lembrar senha’. Apresenta ícones e menus na janela de comunicação. Não possui menus, ícones na janela de comunicação. Descrição Pode-se observar que o MSN Messenger oferece mais entradas que o Google Talk, apesar desta diferença, os usuários cometeram erros em utilizar apenas o menu de opções e ajuda. Os usuários consultados do curso de pedagogia, normalmente não fazem uso dos toggle buttons. No contexto da brevidade, o uso dos toggle buttons reduz a carga perceptiva porque os dados já estão gravados. Com isto, o usuário não precisa passar por todas as etapas para se conectar. Pode-se notar que no MSN Messenger raramente são utilizadas as opções da barra menu, apenas as opções que aparecem como ícones. Foi observado que os ícones são os mais utilizados pelos usuários. Quando se trata do menu eles acabam cometendo erros porque as informações não são concisas. Com relação à densidade informacional, o MSN Messenger possui maior número de itens que o Google Talk, e isto pode aumentar a probabilidade de erros. Os usuários tiveram dificuldades em utilizar o menu de opções por fornecer muitas informações, com isto aumentou a carga perceptiva e diminuiu o uso das tarefas. Pôde-se perceber que os ícones da interface tiveram menor carga perceptiva, por serem pertinente, e, também, maior uso e poucos erros. 4.3 Controle explícito As ferramentas analisadas possuem um conjunto de tarefas que são iniciadas pelos usuários. As tarefas iniciadas pelos usuários são as ações selecionadas por eles próprios, nas quais normalmente têm domínio. Pode-se observar que as tarefas que os usuários tiveram domínio foram: conectar nas ferramentas de comunicação instantânea, enviar mensagens para outros contatos do MSN Messenger, verificar caixa de e-mail. Foi observado também que o Google Talk deixou a 44 maioria dos usuários analisados confusos na tarefa de enviar mensagens para outro contato, pois não têm nenhuma informação especificando que para mandar estas mensagens basta acionar a tecla ENTER. Outras tarefas, como, desconectar das ferramentas de comunicação instantânea e solicitar a ajuda do MSN Messenger pode confundir os usuários. 4.4 Adaptabilidade Pode-se notar que o MSN Messenger oferece recursos de adaptabilidade para execução de determinadas tarefas de formas diferentes que podem alcançar os objetivos da interação. O Google Talk também oferece estes recursos para que os usuários utilizem na execução das tarefas, mas em menor número. A tabela 4 apresenta os recursos similares do funcionamento básico das ferramentas. Tabela 4 – Recursos similares das ferramentas MSN Messenger e Google Talk. Parâmetro Fechar a tela de comunicação com contatos Envia mensagens para contatos Selecionar contato para enviar mensagens Conectar na ferramenta MSN Messenger Tecla: ESC, Alt+F4 Botão de comando: Fechar Menu: Arquivo, Fechar Tecla: ENTER Botão de comando: Enviar Pode-se clicar com o mouse no contato para enviar mensagens. Pode-se selecionar o contato com o cursor e pressionar a tecla ENTER e enviar mensagens para o contato. Tecla: ENTER Botão de comando: Entrar no Messenger Google Talk Tecla: ESC, Alt+F4 Botão de comando: Fechar Tecla: ENTER Pode-se clicar com o mouse no contato para enviar mensagens. Pode-se selecionar o contato com o cursor e pressionar a tecla ENTER e enviar mensagens para o contato. Tecla: ENTER Botão de comando: Efetuar login Foram observados alguns pontos dos recursos de adaptabilidade oferecidos pelas ferramentas, que são: domínio e experiências na execução das tarefas. Os usuários podem escolher a forma que julgam ser melhor para executar as tarefas, isto é, dependendo da familiaridade com estas. As experiências na execução da tarefa provêm de várias execuções passadas, em que o usuário adquire mais conhecimento e normalmente reduz o número de passos para realizar estas tarefas. Para fechar a tela de comunicação com outros contatos, os usuários podem utilizar tanto o botão comando ‘fechar’ quanto a tecla ESC. Esta tarefa pode ser selecionada pelo usuário de acordo com a familiaridade. 45 Com relação ao envio de mensagens para outros contatos foi notado que os usuários podem enviar ao apertar a tecla ‘ENTER’. Vale ressaltar que o Google Talk possui apenas esta opção para enviar mensagens. Foi notado que, para selecionar um determinado contato, os usuários podem utilizar o mouse e clicar no contato desejado, isto se refere ao domínio na execução desta tarefa. Podese perceber também que para conectarem-se, os usuários podem informar os dados de entrada e teclar ‘ENTER’ confirmando o envio dos mesmos. Isto ocorre na conexão das duas ferramentas. Para estes casos, propostos na tabela 4, foram utilizados apenas as tarefas semelhantes entre ambas as ferramentas. Também, com relação a estes casos, pode-se dizer que as tarefas atendem ao requisito do critério ergonômico adaptabilidade por fornecer pelo menos duas opções para executar as tarefas. O MSN Messenger, conforme já foi citado nesta seção, possui outras opções que o Google Talk não tem recursos, e estas estão de acordo com a adaptabilidade. Na tela de comunicação com outros contatos podem ser utilizadas estas opções para executar as tarefas. A tabela 5 apresenta as opções de recursos do MSN Messenger que podem ser utilizada para executar determinadas tarefas. Tabela 5 – Recursos do MSN Messenger. Parâmetro Convidar outros contatos para participar da conversa Enviar Arquivos Conversa com Vídeo Conversa com Voz Alterar a fonte MSN Messenger Tecla: Alt + v Menu: Ações, Convidar um Contato para Ingressar nesta Conversa. Botão de comando: Convidar Tecla: Alt + n Menu: Enviar Arquivo ou Foto Botão de comando: Enviar Arquivos Tecla: Alt + d Menu: Ações, Voz/Vídeo, Iniciar uma Conversa com Vídeo Botão de comando: Vídeo Tecla: Alt + z Menu: Ações, Voz/Vídeo, Iniciar uma Conversa com Voz Botão de comando: Voz Tecla: Alt + o Menu: Editar, Alterar Fonte Botão de comando: A Google Talk Possui o recurso, mas não possui adaptabilidade. Possui o recurso, mas não possui adaptabilidade. Possui o recurso, mas não possui adaptabilidade. Possui o recurso, mas não possui adaptabilidade. Possui o recurso, mas não possui adaptabilidade. Vale ressaltar que a maioria dos usuários analisados não utiliza as teclas de comandos, nem o menu para executar as tarefas apresentadas na tabela 5, normalmente, usam os botões 46 de comandos porque tem domínio no uso e por estarem explícitos. A figura 23 mostra os botões de comando, dentre os quais os mais utilizados estão em destaque. Figura 23:Botões do comando. Pode-se perceber que as ferramentas atendem ao critério ergonômico adaptabilidade de acordo com os parâmetros citados nas tabelas 4 e 5. 4.5 Gestão de erros Na avaliação com a gestão de erros, pode-se perceber que têm mensagens de erros que atendem e outras não atendem aos requisitos deste critério. As mensagens de erros que atendem permitem que os usuários se recuperem dos erros cometidos. As mensagens de erros que não atendem não permitem a recuperação dos erros, deixando os usuários frustrados. As mensagens de erros analisadas são as que possuem similaridades entre as ferramentas. A figura 24 apresenta a tela da ferramenta MSN Messenger, em que o usuário informa algum dos dados de entrada incorretamente e tenta se conectar. Então, o sistema mostra a mensagem de erro informando que um dos campos, endereço de e-mail ou senha, está incorreto e ainda oferece uma opção de ajuda. A ajuda serve para que o usuário recupere a senha. Nota-se que esta mensagem atende a este critério porque é informativa e possibilita que o usuário se recupere do erro e continue executando suas tarefas. 47 Figura 24:Mensagem de erro do MSN Messenger. Na figura 25, pode-se observar no Google Talk que os dados de entrada foram informados incorretamente, então é apresentada a mensagem de erro informando que um dos campos, nome de usuário ou senha, foi informado erroneamente. Esta mensagem não atende ao critério gestão de erros, porque pode permitir que o usuário não se recupere completamente do erro, pois não informa que na tela principal da ferramenta existe a opção ‘Esqueceu a sua senha’ para recuperar a senha. Figura 25:Mensagem de erro do Google Talk. 48 Foi observado que as duas ferramentas possuem mensagens de erros, mas nem sempre contêm informações necessárias para a recuperação dos mesmos. 4.6 Homogeneidade/coerência A partir da análise feita com o critério homogeneidade pode-se perceber que a interface das ferramentas MSN Messenger e Google Talk segue o mesmo padrão da tela inicial, tanto a do usuário conectado quanto para a tela de conversação. A padronização das interfaces das ferramentas analisadas permite que haja semelhanças no formato das telas, dos menus, botões de comandos, na execução das ações, também na localização destes itens visíveis. A figura 26 apresenta as semelhanças existentes nas telas de conexão e comunicação do MSN Messenger. Figura 26:Homogeneidade do MSN Messenger. A homogeneidade do Google Talk é apresentada na figura 27. 49 Figura 27:Homogeneidade do Google Talk. Pôde-se notar que tanto o MSN Messenger quanto o Google Talk se adaptam ao critério homogeneidade/coerência. 4.7 Significado dos códigos O critério significado dos códigos recomenda que as expressões sejam apresentadas de forma clara e que facilite a interpretação do usuário para que o mesmo não cometa erro. Nas ferramentas MSN Messenger e Google Talk não foram constatadas nenhuma dessas expressões significativas, por este motivo não se aplica à análise. 4.8 Compatibilidade Tratando-se do critério compatibilidade pôde-se perceber que as ferramentas têm itens que são familiares para os usuários, ou seja, “falam a língua” dos usuários. Na análise, pôdese notar que há uma relação dos usuários com as ferramentas, pois as mesmas possibilitam a compreensão para executar as tarefas. Com esta linguagem compreensível pelos usuários pode-se perceber que é possível reduzir as ocorrências de erros. A figura 28 apresenta a tela de comunicação do MSN Messenger, na qual são apontadas as informações que falam a linguagem do usuário. Os itens têm relação com o vocabulário dos usuários como, Convidar, Enviar Arquivos, Vídeo, Voz. 50 Figura 28:Compatibilidade do MSN Messenger. Outro fator de compatibilidade que foi notado no MSN Messenger é o idioma, por ser possível configurar de acordo com o país, sendo que neste contexto, foi utilizado o português. A ferramenta Google Talk fornece poucas informações, mas também tem sua compatibilidade, que é de forma diferente do MSN Messenger, a configuração pode ser feita em Configurações. A tela de comunicação com os contatos não tem recursos de compatibilidade, apenas na tela principal, em que há as opções na linguagem pode ser entendida pelos usuários como: geral, Bate-papo, bloqueados, Áudio, Visual, conforme figura 29. Tratando-se de idiomas o Google Talk também possibilita a configuração de acordo com o país. Há esta compatibilidade de idiomas. 51 Figura 29:Configurações do Google Talk. Foi possível observar que nas ferramentas de comunicação instantânea existem contextos que se adaptam as situações reais dos usuários, isto porque têm capacidade de se adaptar de acordo com as características destes usuários. Pode-se perceber que os fatores associados às estas situações foram à compreensão das informações (o que o sistema solicita?) e o idioma (linguagem do país). No resultado das ferramentas analisadas, foi apresentado que grande parte dos itens da interface atende aos requisitos da avaliação. Estes itens permitem que os usuários interajam entre si sem dificultar a execução das tarefas. Tratando-se da condução pôde-se perceber que a maioria dos itens possui informações que podem orientar os usuários nas tarefas que são realizadas, podendo se localizar através dos títulos, botões de comando, caixas de texto. Além destes atributos, possui ainda feedback’s (resposta de sistemas) que na maior parte dos casos ajudam os usuários nas tarefas interativas. Além disso, pode-se notar que as ferramentas têm boa legibilidade, uma vez que os itens da interface demonstram clareza. Os itens que impedem que os usuários consigam comunicar-se com demais contatos são a minoria. Foi possível chegar à conclusão de que a maior parte dos itens das ferramentas se adapta aos critérios e satisfaz os usuários porque fornece facilidades de aprendizado. Embora tenham sido detectados alguns problemas tais como, ambigüidade no botão de comando ‘Fechar’, muitas opções no menu ‘Ajuda’ do MSN Messenger, pôde-se entender que estes não interferem no uso dos comunicadores instantâneo. Estes problemas podem ser solucionados pelos desenvolvedores, especificando que o botão de comando serve para fechar a tela das ferramentas e reduzir a quantidade de itens do menu ajuda do MSN Messenger. De modo geral, pôde-se notar que as interfaces são amigáveis aos usuários, uma vez que a maioria dos seus itens os induz a executar as tarefas, nas quais estes conseguem alcançar os seus objetivos e interagir com outros contatos. O único critério ergonômico que não participa da analise é o significado dos códigos visto que as ferramentas não possuem expressões significativas, como por exemplo, estados brasileiros poderia ter apenas a siglas significando o nome de cada um deles. Após os resultados e discussões são apresentadas as considerações finais da aplicação das técnicas de avaliação dos critérios ergonômicos nas ferramentas de comunicação instantâneas. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS De modo geral, os critérios ergonômicos colaboraram na avaliação dos itens das ferramentas de comunicação instantânea, possibilitando apresentar os que atendem a estes requisitos e as possíveis falhas de usabilidade. Neste contexto, pode-se notar que os itens possuem características dos critérios ergonômicos, mostraram na maioria dos casos que auxiliam os usuários na execução das tarefas, em que se podem chegar aos objetivos da interação. Nos casos minoritários, pode-se observar que há possibilidades de melhoramento das ferramentas com a correção dos itens ambíguos, os quais induzem os usuários a cometerem erros. No caso da ambigüidade do botão de comando ‘Fechar’ pode ser explicitado que este serve apenas para fechar a tela, mas não para desconectar do comunicador instantâneo. A ajuda do MSN Messenger pode ser concisa (reduzida), e ter apenas itens que auxiliam os usuários. Foi possível notar que o Google Talk apresenta a sua interface mais simples que a do MSN Messenger por ter poucas funcionalidades. Com isto, o Google Talk tem a carga de trabalho menor que a do MSN Messenger, partindo do pressuposto deste critério é possível chegar à conclusão que oferece mais facilidades de aprendizado. O MSN Messenger e o Google Talk apresentam boa condução, pois grande parte dos itens fornece meios, em que os usuários podem se orientar durante a realização das tarefas, se localizarem pelo agrupamento por localização e formato, pois estão separados de acordo com as características gráficas e semelhanças. Ainda neste contexto da condução, pode-se notar que apenas o feedback para as operações não realizadas com sucesso não permitem a recuperação dos erros e realização das próximas tarefas. No caso do critério gestão de erros pôde-se avaliar como as mensagens de erros auxiliam os usuários na recuperação dos erros. Percebeu-se que nas mensagens, em que os usuários não podem recuperar-se dos erros e, ainda, é impedido de continuar executando as tarefas, sugere-se a correção aos desenvolvedores da ferramenta Google Talk. Tratando-se da legibilidade das ferramentas, somente o botão de comando ‘Fechar’ induz os usuários a cometerem erros por ser ambíguo, os demais são compreensíveis pelos usuários consultados. A compreensão da ferramenta favorece que estes usuários consigam controlar e realizar as suas ações. Foi observado que os usuários consultados tinham domínio em realizar grande parte das tarefas, pois as compreendiam e, com isto, iniciavam a execução das mesmas. 53 Vale ressaltar que as ferramentas têm as suas telas principais e de comunicação homogêneas, isto ajuda a torná-las compreensíveis para os usuários em questão. As características das telas seguem o mesmo padrão. Foi observado, ainda, nas ferramentas, que estas têm compatibilidades de idiomas, dos termos que são conhecidos pelos usuários. Os termos “falam a língua” dos usuários. Assim, nesta questão de compatibilidade pode perceber que houve pouquíssimas dificuldades na interpretação do que o sistema pedia. Pode-se notar com relação a adaptabilidade, que tanto no MSN Messenger quanto no Google Talk é possível executar a maioria das tarefas de formas diferentes, nas quais os usuários utilizam os recursos que tem maior familiaridade. Estes recursos estão localizados em teclas de atalhos, botões de comando e menus. Como o MSN Messenger e Google Talk são bastante utilizados na comunicação instantânea dentro das universidades, no trabalho, no lazer, e etc, teve se a necessidade de avaliá-las segundo os critérios ergonômicos, apresentando a comparação da análise dos recursos das ferramentas. Os usuários normalmente têm a preocupação em resolver seus problemas de forma que estejam satisfeitos e aprendam com facilidades a manusear as ferramentas. Contudo, através das análises realizadas com as ferramentas pôde-se verificar que os critérios ergonômicos são de muita valia, pois com estes é possível encontrar falhas, que podem ser corrigidas, adaptando na forma mais próxima aos usuários. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (ABERGO, 2000) ABERGO, 2000 - A certificação do ergonomista brasileiro Editorial do Boletim 1/2000, Associação Brasileira de Ergonomia. (BASTIEN et. all., BASTIEN, C.; SCAPIN, D. 1993. Ergonomic criteria for the 1993) evaluation of human-computer interfaces. Technical Report 156. INRIA - Institut National de Recherche en Informatique et en Automatique, Rocquencourt, France. Disponível em: <http://www.webmaestro.gouv.qc.ca/ress/Webeduc/ 2000nov/criteres.pdf> Acesso em: 05 mai. 2005. (BATISTA, 2003) BATISTA, Claudia Regina. 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