Disse o Papa Marcelo II: “Dificilmente um papa escaparia do inferno

Transcrição

Disse o Papa Marcelo II: “Dificilmente um papa escaparia do inferno
O RASTRO DO CLERO ATRAVÉS DOS SÉCULOS
Disse o Papa Marcelo II: “Dificilmente um papa escaparia do inferno” (Vita Del
Marcelo, página 132).24 Basta-nos examinar as páginas da História Universal para nos
convencermos que o Papa Marcelo dispunha de razões sobejas para se expressar
assim.
Neste capítulo vamos registrar, com pesar, a dissoluta vida do clero católico. Não
nos dá prazer acusar a liderança católica, pois só Deus pode nos julgar e condenar.
Além disso, somos todos seres humanos, sujeitos às mesmas paixões. Porém, parecenos que os católicos não sabem disso, pois seguem cegamente aos clérigos, como se
eles fossem deuses, como já vimos.
Na maioria das vezes os católicos se mostram exigentes, quando em diálogo com
os evangélicos. Fazem tudo para “provar” que não se dobram diante de sofismas. Mas
lamentamos o fato de não serem igualmente exigentes para com a liderança do
Catolicismo. As heresias dos papas são sempre bem-vindas, mas os sólidos
argumentos dos evangélicos dificilmente são aceitos. E isso não se dá por acaso. É que
o papa os ilude, dizendo-lhes que os pastores evangélicos não receberam de Deus o
encargo de interpretar a Palavra de Deus com autenticidade. Assim, o católico é
treinado a rejeitar nossos sermões, por mais que provemos a autenticidade dos
mesmos. E, ao mesmo tempo, são induzidos a aceitar as maiores aberrações dos
papas e seus bispos. É que os papas puseram na cabeça deles que a nossa
interpretação é questionável, enquanto a deles, por serem “infalíveis”, está acima de
toda e qualquer suspeita.
Não queremos que os católicos nos idolatrem como o fazem aos papas. O que
desejamos é que saibam que seus líderes espirituais são seres humanos, e não deuses.
Isto é tão óbvio que deveria ser desnecessário termos que provar com argumentos
diversos que os lideres do Catolicismo não são anjos, tampouco divindades. Todavia,
os papas têm levado os ingênuos a crerem que eles são inerrantes e, portanto,
inquestionáveis quando pregam ex-cátedra. Sim, é incrível, mas há católicos que
crêem na infalibilidade papal. E, para levá-los a entenderem que o homem que se
atreve a dizer que é infalível não é um ser humano normal, tampouco divindade, mas
sim, megalomaníaco, vejamos a exposição abaixo:
“O papa Sérgio III (904-911) obteve o ofício papal por meio de assassinatos. Além
disso, transformou o Vaticano em casa de prostituição. Teodora e Marozia, por
exemplo, eram meretrizes tão influentes no Vaticano que colocavam amantes e
bastardos na cadeira de São Pedro. Sérgio III teve vários filhos com Marozia e, no ano
931, subiu ao poder o papa João XI, filho deles.
O papa João X (914-928) assumiu o poder devido às articulações políticas promovidas
por Teodora, mas foi assassinado por Marozia, que desejava o poder para seu amante.
Ela alcançou seu objetivo e Leão VI (928-929) tornou-se papa, também logo
assassinado pela própria Marozia, quando esta descobrira que ele estava apaixonado
por outra prostituta. Em 931, João XI, filho de Marozia e Sérgio III, assumiu o papado,
mas foi envenenado por seus opositores, em 935.
Em 955, ascendeu ao poder o papa João XII (neto de Marozia), que violava
sexualmente virgens, mulheres casadas e viúvas, além de conviver promiscuamente
com a amante de seu pai. Acusado de vender relíquias, cometer assassinatos,
adultérios, incesto, e sacrilégio, foi inquirido por seus opositores e, furioso, mandou
matar uns e mutilar outros. Enfim, sem encontrar quem o pudesse conter, transformou
o palácio papal num bordel, até o dia em que foi morto (964) pelo marido de uma
mulher que violara.
O papa Bonifácio VII (984-985) manteve sua posição por meio de uma desonesta
distribuição de dinheiro. João XV (985-996) repartiu as finanças da Igreja entre seus
amigos e parentes, ganhando a reputação de corrupto, em todos os seus atos. João
XIX (1024-1032) comprou o papado e, sendo leigo, passou por todas as ordens
clericais em um só dia!
Benedito IX (1032-1044) tornou-se papa com apenas 12 anos, graças a um acordo
entre as poderosas famílias que dominavam Roma. Também foi adúltero, roubador e
assassino, de maneira que o povo o lançou fora de Roma.
Inocêncio II (1130-1143), criador da Inquisição, mandou matar em torno de um
milhão de pessoas, sob a acusação de hereges.
O papa João XXIII ascendeu ao poder em 1410 – não confundi-lo com o recente papa
João XXIII. Foi terrivelmente imoral. Desde que era cardeal, violentava virgens,
mulheres casadas, freiras e viúvas, além de ter mantido um relacionamento íntimo
com a sua cunhada. Abusou de mais de 1.000 mulheres, dentre as quais 300 freiras, e
montou um harém, em Boulogne, com cerca de 200 adolescentes. Seu governo foi tão
promíscuo que chegou a ser julgado no Concílio de Constança e condenado por 54
crimes.
Pio II (1458-1464), além de sedutor, era corrupto e ensinava jovens a praticarem atos
obscenos. Paulo II (1464-1471) encheu a casa papal com concubinas. Sixto IV (14711484) financiava suas guerras com recursos adquiridos por venda de ofícios
eclesiásticos e usava o papado para enriquecer a si mesmo e aos seus parentes.
Nomeou cardeais, oito de seus sobrinhos quando ainda crianças, sobrepujando em
riqueza e pompa até mesmo as antigas famílias de Roma. Inocêncio VII (1484-1492)
teve 16 filhos com mulheres casadas e celebrou o casamento de alguns deles no
próprio Vaticano. Como tantos outros papas, multiplicou os ofícios eclesiástico,
vendendo-os por bom preço.
Com Alexandre VI (1492-1503) foram 11 anos de promiscuidade. Ganhou a eleição
para o papado subornando os cardeais. Antes de se tornar papa, viveu com uma
mulher em Roma e, posteriormente, com a filha dela, com quem teve filhos. Foram
muitos os filhos ilegítimos. Foi amante da irmã de um cardeal, o qual, em 1503 se
tornou o seu sucessor, recebendo a designação de Papa Pio III. Em 31 de outubro de
1501, promoveu um festival de orgia no Vaticano que não teve igual na história
humana. Contudo, o mais imoral de todos os seus gestos foi ter sido amante de sua
própria filha, Lucrécia Bórgia. Alexandre VI gloriava-se do “fastígio dos prazeres” em
que viveu. Quem visita o Vaticano fica impressionado com o quarto que pertenceu a
esse papa!
Pio III (1503-1503) costumava consultar astrólogos antes de tomar decisões, ou
mesmo para saber seu futuro. Depois dele, ascendeu ao poder o papa Leão X (15131521). Por ser de família rica, comprou sua posição hierárquica na Igreja; com oito
anos de idade, já era arcebispo, e, com 13 tornou-se cardeal. Manteve uma corte
licenciosa, praticando passatempos voluptuosos com cardeais, em deslumbrantes
palácios; gostava de dar banquetes acompanhado de orgias e bebedeiras. Esse é o
período da Reforma Protestante, e Lutero, portanto, enfrentou a ira de Leão X.
O papa Gregório VIII (1187) ordenou que se esvaziasse um grande aquário num
convento de monjas em Roma. Foram ali encontrados aproximadamente, seis mil
esqueletos de recém-nascidos. Diante desse horror, o papa Gregório VIII aboliu o
celibato, mas seus sucessores o reinstituíram. Em outro convento em Niunberg,
Áustria, desenterraram 20 potes com esqueletos de bebês.
O papa Pio IV (1559-1565) redigiu uma bula pedindo que todas as mulheres violadas
sexualmente por padres, apresentassem suas acusações. Os casos foram tantos que,
em Sevilha, na Espanha, não houve condições para dar continuidade aos processos,
sendo eles abandonados”.25
Faltar-nos-ia espaço se fôssemos registrar as barbaridades que muitos clérigos
católicos praticaram durante o século XX. E, como sabemos, o século XXI não tem se
revelado melhor. A imprensa falada e escrita nos fala do alto índice de clérigos
católicos envolvidos com prostituição, homossexualismo e até pedofilia. Segundo um
periódico católico intitulado Pergunte e Responderemos, de autoria e redação do Padre
Dom Estêvão Bettencourt, nº 489, março de 2003, página 128, dos 42.000 padres
norte-americanos, cerca de 2.520 são pedófilos.
A exposição acima não teria o valor que tem, se os padres, as freiras e todos os
católicos leigos, raciocinando com suas próprias cabeças (como o fazem os
evangélicos), não confiassem aos papas o futuro eterno de suas almas. Por exemplo,
quando um Pastor protestante cai em pecado, em nada abala a fé dos leigos, visto que
estes aprendem desde cedo que os pastores não são infalíveis e donos da verdade.
Este capítulo não se destina a denegrir a imagem dos clérigos católicos. Além
disso, não estamos julgando todos por um. Objetivamos tão-somente deixar claro que
os papas são seres humanos. E o fazemos porque eles querem que pensemos que eles
são superiores a nós, como se pertencessem a outra espécie, e há pessoas ingênuas
engolindo isso.
O fato de os papas alegarem que os protestantes, os pastores evangélicos, os
padres, os freis, os frades, as freiras, os católicos leigos etc., não receberam de Deus
“o encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus”, prova que esses
fanáticos se consideram superiores aos demais seres humanos. Eles querem assumir o
lugar de Deus. Realmente, o Papa Inocêncio III disse que o papa é “...superior ao
homem. É juiz de todos, mas não é julgado por ninguém”.26 E o papa Leão XIII
asseverou em 1894: “Ocupamos nesta terra o lugar do Deus santo” (Será Mesmo
Cristão o Catolicismo? Hugh P. Jeter, Editora Betel, 2ª Edição de 2000, página 50).
Às vezes os clérigos católicos se defendem dizendo que os papas não são
infalíveis quanto ao pecado; antes, a infalibilidade deles se limita à pronunciação excátedra. Porém, foi ex-cátedra que eles ordenaram a morte de milhares de pessoas. E
senão, qual é o critério adotado para sabermos quando uma pronunciação é ou não
ex-cátedra? Compararmos o que eles dizem com a Bíblia? Não! Não podemos fazer
isso! Quando nossos pontos de vista não coincidirem será por deficiência nossa! Não
recebemos o encargo de interpretar a Bíblia com autenticidade! Só Sua Santidade e os
bispos que dele não divergem podem fazer isso! O livre exame das Escrituras,
defendido pelos protestantes, é a fonte de toda a confusão; devendo, pois, ser
rejeitado por todos os filhos da santa Madre Igreja Católica!
A exposição acima não é uma sátira aos católicos. Pelo contrário, destina-se a
ajudá-los a compreender que a proibição à livre interpretação da Bíblia, que os papas e
seus bispos impõem aos padres e aos leigos, é contrária à Bíblia e à razão.
São muitas as barbaridades que constituem o que aqui chamamos de O RASTRO
DO CLERO ATRAVÉS DOS SÉCULOS, sendo a proibição ao livre exame da Bíblia,
apenas mais uma.
PASTOR JOEL SANTANA
Caixa Postal: 10.061
Campo Grande_ Rio de Janeiro/RJ
CEP 23.051-970
[email protected]
http://www.pastorjoel.com.br