A matriz: histologia e fisiologia
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A matriz: histologia e fisiologia
A matriz: histologia e fisiologia IAH AC A matriz: histologia e fisiologia © IAH 2009 O corpo tem um extenso sistema de informação perineural formado por microtúbulos protéicos. O que em décadas anteriores conhecia-se como tecido conectivo parece ser um sistema de comunicação muti-direcional entre todos os tecidos do organismo humano, inclusive em nível celular. De fato mediante a matriz vivente todas as células sabem o que fazem as outras. A matriz vivente não é o sistema nervoso, sua comunicação é inclusive mais rápido que este. As vias energéticas da matriz vivente são inclusive mais antigas que o sistema nervoso. Mediante a via de transmissão do colágeno, a matriz vivente é um meio contínuo para todos os impulsos que se originam no corpo e para qualquer impulso que em qualquer localização dada, se transmite por esse corpo. A estrutura da matriz vivente é a matriz extra-celular (MEC) como feito histológico. A MEC tem uma importância muito elevada na medicina biológica. Além de ali produzir-se a maior parte das interações entre os sistema de regulação, também a presença e o armazenamento de homotoxinas nesta fase poderia induzir todo tipo de alteração da regulação e de patologias, inclusive intra-celulares; portanto é necessário em primeiro lugar um estudo breve da histologia e da fisiologia da MEC para conhecer a importância e a profundidade da influência da matriz vivente sobre a saúde e a enfermidade dos seres humanos. 1 Resumo 1. 2. 3. 4. Histologia da matriz extra-celular (MEC) Fisiologia da matriz extra-celular A matriz intra-celular A matriz nuclear © IAH 2009 2 Desde o momento em que o filósofo francês Claude Bernard propôs seu “meio interno” no século XIX, abriu-se um novo mundo na histologia e na fisiologia. Atualmente abordamos o fato histológico da MEC e, inclusive na medicina complementar, tende-se a falar da matriz vivente, que é outra dimensão de conhecimento fisiológico do corpo humano. A matriz vivente está formada por 3 níveis de matriz que se unem entre si, a matriz extra-celular, a matriz intra-celular, a e matriz nuclear. Além de haver interações mediante impulsos migratórios, sinais elétricos e intercâmbios de mediadores em todos os níveis da matriz, os 3 níveis atuam entre si e interagem mutuamente através de seus limites físicos anatômicos. Isso significa que qualquer alteração da regulação que se produza fora da célula (na MEC) poderia ter uma conseqüência intra-celular inclusive intra-nuclear e vice-versa. Embora seja formada por 3 níveis diferentes a matriz vivente é um sistema interativo coerente. Além destas interessantes características de comunicação interativa entre os diferentes níveis da matriz vivente, a histologia e a fisiologia da matriz vivente tem muita importância para quem quer conhecer o terreno de ação da medicação anti-homotóxica. Este é o objetivo desta conferência, conhecer a matriz e poder intervir na mesma com tratamento regulador. 2 Porque é importante estudar a matriz? • Entorno hidrófilo da célula • Estrutura com carga eléctrica • Capacidade de regeneração • Sistema de informação complexo • Depósito de homotoxinas © IAH 2009 3 Existem 5 motivos pelos quais se deve estudar a matriz em medicina antihomotóxica: 1. Pela presença de uma concentração elevada de proteoglucanos na matriz, toda matriz é hidrófila. Como se verá depois com mais detalhes, este contorno hidrófilo da célula faz com que o transporte de substância seja mais simples, embora também seja mais simples que as toxinas hidrossolúveis permaneçam e fiquem armazenadas na matriz. 2. A carga elétrica dos proteoglucanos é negativa. Isso permite que as homotoxinas com carga positiva de fixem à estrutura da MEC e permaneçam ali. A carga elétrica também tem uma função crucial nas correntes eletrônicas da matriz. 3. Mediante a presença de fibroblastos na matriz, pode-se reparar sua estrutura depois de uma lesão, e isso se produz em minutos. O fibroblasto tem uma função essencial na proteção da célula viva mediante a restauração contínua da estrutura reticular tridimensional que a rodeia. 4. A maioria das comunicações interativas entre os diferentes sistemas reguladores se produz na matriz. Isso inclui sistemas de retroalimentação complexos através de mediadores, controle de pH, controle de potencial elétrico, etc... 5. Embora a manutenção das homotoxinas fora da célula seja uma característica positiva da matriz, pode produzir problemas a longo prazo se as mesmas homotoxinas não foram drenadas da matriz, desintoxicando-a. Na realidade vemos que muitas doenças começam por um depósito de homotoxinas na MEC e seus efeitos negativos sobre o funcionamento da célula. 3 1. Histologia da MEC © IAH 2009 Continuando, será analisada com mais detalhes em primeiro lugar a histologia da matriz extra-celular. De que componentes é formada? 4 Célula do parênquima de um órgão Membrana basal Célula de defesa Substância básica Elastina Fibroblasto Axón Colágeno Axón Mastócito Capilar Endocrinio SNC Gracias a H. Heine Biorritmo © IAH 2009 5 Além da ameba e de outros organismos unicelulares que tem um contato direto com o ambiente externo do organismo, todos os organismo multi-celulares tem uma zona protetora da célula entre o meio externo e suas células, seja qual for a localização das células do organismo e seja qual for a função. Esta zona protetora da célula denomina-se espaço extra-celular. Nenhuma substância pode entrar diretamente do ambiente externo até a célula. Tanto se a célula viva fizer parte de uma estrutura orgânica e estiver incluída em uma membrana basal quanto se funcionar separadamente de outras células em uma estrutura, sempre estará rodeada pela matriz. Esta matriz é um filtro biofísico tridimensional de estrutura fina que controla a transmissão da nutrição e dos produtos finais celulares, os mediadores e qualquer outra substância do meio da célula. Nenhuma substância pode passar diretamente da corrente sanguínea até a célula, e vice-versa. Inclusive a liberação de neurotransmissores por uma célula nervosa tem que chegar à célula através da MEC. A maior parte das interações entre os diferentes sistemas do corpo produz-se através da MEC. Este é o motivo pelo qual a imagem acima mostra todas as flechas que estabelecem interações entre os diferentes sistemas. 5 O fibroblasto é essencial • Síntese da estrutura dos PG e dos GAG pelo aparelho de Golgi • Reage à lesão da MEC e a restaura • A qualidade do filtro biofísico dos PG e dos GAG da MEC depende da exatidão do fibroblasto • A qualidade de vida da célula orgânica depende da exatidão do fibroblasto. Isto significa que um fibroblasto eficaz reparará a lesão da estrutura da MEC e desta maneira protegerá a célula do contato direto com cargas tóxicas procedentes da corrente sanguínea. © IAH 2009 6 Os fibroblastos são essenciais para a MEC. A fina rede tridimensional entre a célula do órgão por um lado e os capilares ou vasos linfáticos por outro é formada por proteoglucanos e glucosaminoglucanos. Ambas as substâncias são secretadas pelo aparelho de Golgi dos fibroblastos. Se esta estrutura básica lesionar-se por uma ferida ou uma infecção, os fibroblastos tentarão restaurá-la. Como a principal função física da MEC é filtrar todas as substâncias que se transmitem desde os capilares até a célula e vice-versa, a qualidade da estrutura é uma garantia para a saúde da célula do órgão. Uma disfunção massiva dos fibroblastos com a conseqüente produção de uma matriz de baixa qualidade dará lugar a uma maior risco de intoxicação celular e, portanto, ao aparecimento de patologias degenerativas crônicas. Fibroblastos hígidos e saudáveis podem gerar glucosaminoglucanos em um prazo de minutos, de modo que é possível uma restauração rápida depois de uma lesão recuperando-se assim a proteção celular. 6 Células locais do sistema da substância básica • São responsáveis pelos mecanismos de defesa inespecíficos • Mostram capacidade de transformar-se em diferentes formas funcionais © IAH 2009 7 Além das células de suporte citadas no slide anterior, no sistema da substância básica existem outras células que fazem parte da mesma. Chamam atenção especialmente os macrófagos e os mastócitos. Localmente garantem a defesa inespecífica frente a invasores de diferentes origens e, quando necessário, ativam todo o sistema de defesa para iniciar um processo inflamatório com o fim de limpar a matriz. Desta forma, são os principais limpadores da primeira onda da MEC. 7 Fibroblasto e psique • Os estímulos psicológicos podem influenciar na resposta dos fibroblastos • Junto ao sistema endócrino, podem elaborar uma matriz que se adaptará à situação neuroendocrina • Regulação psiconeuroendocrina © IAH 2009 8 A psiconeuroendocrinoimunologia (PNEI) estuda as interações entre as emoções, os estímulos neurológicos, os transmissores, as secreções endócrinas e o sistema de defesa. Muitos estudos têm mostrado a influência imunossupressora do estresse e depressão prolongados. Por exemplo, os fibroblastos serão menos eficazes na cura das feridas em situações de estresse psicológico. Como as emoções têm uma função importante nesta influência (e em menor medida, os pensamentos), alguns autores falam sobre emoçãoneuroendocrionoimunologia ao invés de psiconeuroendocrinoimunologia. Também tem se mostrado que o estresse psicológico aumenta a susceptibilidade às infecções virais. As pessoas expostas ao estresse mostraram aumentos de taxas de infecção de 74% a 90%, e a expectoração aumentou de 27% a 47%. Estudos mais antigos têm mostrado que os estudantes de medicina têm aumento de risco de mononucleose durante o período de exames (McEwen e Stellar, 1993). 8 Matriz extra-celular • Características físicas do tecido • Marco estrutural em que estão incluídas as células • Adesão celular maior à MEC que a outras células © IAH 2009 9 O tecido da matriz extra-celular tem algumas características específicas. É uma moldura estrutural na qual estão incluías as células. De fato, existe mais adesão entre as células e a estrutura da MEC que com outras células próximas. Entre uma estrutura grossa de fibras de colágeno e elastina está a estrutura fina da substância básica, formada por proteoglucanos e glucosaminosglucanos. Especialmente estes dois últimos criam um filtro biofísico e são responsáveis pelas características de hidrofílicas da matriz, porque podem unir-se facilmente à água e conservá-la. 9 Matriz extra-celular • Proteínas estruturais • Proteínas fibrilares • Proteoglucanos © IAH 2009 10 A matriz está formada, da estrutura grossa a fina, por proteínas estruturais, proteínas fibrilares e proteoglucanos. 10 Proteínas estruturais • Solidez do tecido conectivo • Colágeno • Elastina © IAH 2009 11 As proteínas estruturais oferecem a solidez do tecido conectivo. Formam uma estrutura compacta e flexível ao mesmo tempo. A principal característica do colágeno é a solidez, enquanto que a principal característica da elastina é a flexibilidade. As fibras de colágeno também são mais grossas que a elastina. O colágeno e a elastina formam a estrutura básica, mais grossa, da MEC. Existem ao menos 16 tipos de colágeno. A lesão da estrutura do colágeno por um traumatismo ou por outra causa poderia ativar os parâmetros da restauração e induzir à inflamação.. 11 Proteoglucanos • Proteína transportadora com • intersecções transversais de glucosaminoglucanos acoplados a uma molécula de ácido hialurônico Devido aos glucosaminoglucanos, são muito hidrófilos molécula de ácido hialurónico condroitín sulfato proteína de conexão proteína “central” © IAH 2009 12 Um proteoglucano é uma estrutura com forma de árvore de uma molécula de ácido hialurônico a que se unem proteínas transportadoras unidas a proteínas centrais transversais. Os menores pedaços da construção de um proteoglucano (PG) são os mucopolissacarídeos, que são polímeros repetitivos longos de dissacarídeos denominados glucosaminoglucanos (GAG). Um açúcar de dissacarídeo é um ácido urônico e o outro é um aminoaçúcar. Ao menos um dos dois açúcares é portador de uma ou duas pontes de sulfato para conectar-se a estrutura central. Os GAG dos PG são hidrófilos. Como a estrutura fina da MEC está formada principalmente por PG e GAG, a matriz conserva água dentro de sua estrutura com facilidade. Um dos GAG menos conhecidos é o condroitín sulfato. É formado por uma cadeia de sulfatos de glusosamina. Os proteoglucanos não somente se encontram na MEC, mas também estão unidos a membrana plasmática das células. Desta forma, também tem uma função de fixação. Na cartilagem o principal proteoglucano denomina-se agrecano. A concentração de condroitín sulfato e de queratano sulfato (que são GAG) no agrecano é bastante elevada na cartilagem normal. O queratano sulfato se encontra mais nas bases do agrecano, cerca de onde se fixa à molécula de ácido hialurônico. O conroitín sulfato encontra-se na porção média e superior da estrutura do agrecano. O sindecano é um exemplo típico de um proteoglucano unido à superfície celular. Os GAG do sindecano são cadeias de heparano sulfato. O sindecano se une extra-celularmente ao colágeno e a fibronectina e intra-celularmente ao citoesqueleto. 12 Glucosaminoglucanos • Sinônimo: mucopolisacárideos • Cadeias não ramificadas de polisacárideos, formadas por 70 a 200 disacárideos repetidos © IAH 2009 13 Como já mencionado, os glucosaminoglucanos são os elementos de construção básicos da MEC. São o principal componente dos proteoglucanos. Anteriormente denominados mucopolissacarídeos, são cadeias repetitivas não ramificadas de dissacarídeos. Podem ser muito longos (até 200 sacarídeos repetidos). A principal característica hidrófila da MEC deve-se a uma elevada presença global de GAG em sua estrutura. 13 Glucosaminoglucanos • Gel hidratado de polisacárideos de grane tamanho • Contração da estrutura dos proteoglucanos por sua carga negativa intensa, suas características hidrófilas e sua estrutura espacial • Difusão das substâncias através da matriz extra-celular © IAH 2009 14 A estrutura fina dos GAG nos extremos ramificados dos PG cria uma rede tridimensional estreita que atua como filtro biofísico. Tem o aspecto de um gel hidratado no qual se transporta todo tipo de substâncias dos capilares à célula e vice-versa. Como as distâncias entre duas proteínas centrais situadas sobre uma proteína transportadora na estrutura dos PG é de somente 15 a 20 nm, as moléculas grandes ficam aprisionadas facilmente na MEC. Segundo F. Perger, o potencial elétrico da MEC é de aproximadamente 240µV. Este valor será maior na fase ácida de uma inflamação e menor na fase alcalina. Uma carga negativa intensa ao nível da MEC originará um movimento de contração ou de “torção” da mesma. Portanto, a modificação das cargas elétricas modificará as propriedades hidrófilas da matriz. A difusão de substâncias através da matriz extra-celular só é possível devido a suas propriedades hidrófilas. 14 Estrutura da rede H. Heine © IAH 2009 15 A imagem mostra a estrutura reticular dos diferentes proteoglucanos conectados a mesma molécula de ácido hialurônico. Repetida em 3 dimensões, gera um filtro de malha fina que atua em nível molecular. 15 Biosíntese dos glucosaminoglucanos (GAG) • A síntese dos PG/GAG leva somente de 1 a 2 minutos - Lozzo 1985, Heine 1997 • Sua vida media é entre 2 e 120 dias © IAH 2009 16 A síntese de glucosaminosglucanos e proteoglucanos é surpreendentemente rápida. Os fibroblastos são capazes de produzir estas estruturas em minutos. Embora se elaborem aleatoriamente e o “recheio” de um orifício com um hiato nunca é como antes, sempre se mantém as principais características de uma rede fina e de hidrofilia. Como devido a uma inflamação, a matriz pode-se lesionar muito, é muito importante poder restaurar a estrutura e a capacidade de filtragem e um período muito curto. Em condições normais os proteoglucanos e os glucosaminoglucanos se substituem depois de no máximo 4 meses. Sua vida média está ente 2 e 120 dias. Este é um dos motivos pelos quais nas intoxicações intensas não devemos drenar e desintoxicar durante semanas, mas durante meses. 16 H. Heine © IAH 2009 17 Está é uma “vista aérea” de uma preparação histológica da MEC. No centro da imagem vemos as células do órgão sobre sua lâmina basal, rodeadas à direita pela rede de proteoglucanos e glucsaminoglucanos. Na letra E vemos a estrutura grossa das fibras de colágeno e uma vez mais, ainda mais à esquerda, a estrutura reticular dos PG e os GAG. No recorte vemos uma ampliação da estrutura reticular dos PG e dos GAG. Qualquer substância que chegue de qualquer lado de um capilar a uma célula terá que passar por uma espécie de zona de transmissão em que será filtrada pelo filtro biofísico que é a MEC. Em qualquer localização relacionada com o órgão no corpo humano se encontrará esta estrutura. 17 Membrana basal • Superfície especializada • Funções: Adesão celular Regulação do crescimento celular Filtro à difusão © IAH 2009 18 A membrana basal é uma superfície especializada da matriz extra-celular. Um exemplo de um tipo de MEC é a lâmina basal (LB) ou membrana basal, fina e similar a uma lâmina, sobre a qual se apóiam as camadas de células epiteliais. Também há uma LB ao redor das células musculares, as células adiposas e os nervos periféricos. Sem dúvida, a MEC é mais abundante em tecido conectivo que está debaixo das camadas de células epiteliais e está formada principalmente por uma MEC na qual os fibroblastos estão distribuídos de maneira dispersa. Outros tipos de tecido conectivo como o osso, o tendão e a cartilagem também estão formados por uma MEC, que é responsável principalmente por sua estrutura e sua função. A membrana basal é uma camada sobre a qual se assenta o epitélio. Esta camada tem aproximadamente 40-500 nm de grossura e está formada pela lâmina lúcida e a lâmina densa. A lâmina lúcida está adjacente às células epiteliais e está formada por uma lamina de proteoglucanos e colágeno (de tipo IV). A lâmina densa está formada por colágeno (tipo VII). A membrana basal tem 3 funções principais: 1. Adesão celular. As células dos órgãos estão unidas è membrana basal que as mantém em seu lugar (junto às uniões da MEC); 2. Regulação do crescimento celular; 3. Filtro à difusão. Nem todas as substâncias podem atravessar a membrana basal, de modo que sua estrutura faz com que seja um filtro seletivo. 18 Líquido intra-celular (intersticial): • Um meio indispensável que faz com que seja possível manter a homeostase entre as zonas intra-celular e extra-celular © IAH 2009 19 O líquido intersticial é formado por um solução que contem água e ácidos graxos, aminoácidos, açúcares, coenzimas, substâncias mensageiras como hormônios, neurotransmissores e outras substâncias como sais, minerais, produtos finais das células, etc. O líquido intersticial pode se comparar com a água dos aquários de peixes coloridos. A qualidade de vida da célula depende da qualidade do líquido em que estão banhadas, da mesma forma que a qualidade de vida do peixe colorido depende da água do aquário em que vive. Não somente deve haver suficientes componentes nutritivos para sobreviver, mas também deve haver eliminação dos dejetos que se produzem. O líquido intersticial proporciona à célula nutrição e blocos de construção, retira seus produtos finais e permite que as células comuniquem-se entre si (transporte de impulsos elétricos, citocinas, etc...). 19 As células dos órgãos • Unidades interativas vivas • Auto-manutenção • Dependentes de seu entorno (MEC) © IAH 2009 20 As células estão autocontidas, mantém a si mesmas e vivem em uma matriz extra-celular limpa. As células devem incorporar nutrientes para sobreviver e desempenhar suas funções e dependem completamente do que obtém da matriz extra-celular, porque nenhuma célula nutre-se diretamente de um capilar. As células convertem a nutrição em energia para seu uso adequado. A especificidade das células (cada célula tem incluídas suas próprias instruções) faz com que cumpra certas tarefas no corpo, a favor de todo o organismo. A maioria das células se reproduz quando necessário. 20 Oxigênio Nutrientes Os processos nutricionais e de desintoxicação se produzem por meio da matriz © IAH 2009 CO2 Produtos finais 21 De maneira bidirecional, a nutrição se dirige até uma célula através da MEC e os produtos finais da célula se transportam por esta mesma estrutura até o sistema venoso e o sistema linfático. O armazenamento massivo de homotoxinas ao nível da MEC poderia alterar a transição fluida de nutrientes e de produtos finais, criando um cenário “sufocante” para a célula. 21 Conclusão: histologia da MEC • A MEC está disposta como uma rede tridimensional • Além dos proteoglucanos e dos glucosaminoglucanos, o colágeno, a elastina e outras fibras básicas, contém capilares, linfáticos e terminações nervosas, células de defesa e membranas basais • Está presente em todo o organismo e é a principal via da vicariación © IAH 2009 22 Conclusão: A matriz extra-celular é uma estrutura reticular tridimensional que rodeia em qualquer dimensão às células dos órgãos. Sua estrutura está formada de tal maneira que pode cumprir sua tarefa fisiológica de filtro biofísico. Os principais componentes da MEC são o colágeno, a elastina, os proteoglucanos e os glucosaminoglucanos. A MEC está no lugar em que terminam os capilares arteriais e começam os capilares venosos. Ademais, o sistema linfático incorpora o conteúdo da MEC e desta maneira, é um sistema de transporte paralelo ao sistema nervoso. Os nervos finalizam e começam na MEC, produzindo ativação mediante sinais nervosos ou obtendo informação. Entre estes diferentes componentes e estruturas existem células de defesa, como macrófagos e mastócitos para cuidar, limpar e defender o organismo. Como as homotoxinas podem viajar pela MEC até outras localidades, a matriz converte-se na principal via para as evoluções até a doença e até a saúde. 22 2. Fisiologia da MEC Célula do parênquima de um órgão Membrana basal Célula De defesa Sustancia básica Elastina Fibroblasto Axón Colágeno Axón Mastocito Capilar Endocrinio SNC Biorritmo © IAH 2009 Para compreender a importância da MEC em qualquer abordagem bioterapêutica do paciente tem que ser estudada, além da histologia da MEC, também sua fisiologia. O descobrimento da MEC como um feito histológico tem uma história longa. Por este motivo é mais interessante para alguns cientistas que lançaram as bases do que se conhece agora como o principal componente do terreno do paciente. 23 Evolução histórica • Carl Rokitansky • Claude Bernard • Rudolf Virchow • Alfred Pischinger • Hartmut Heine • James Oschman © IAH 2009 24 Seis cientistas estão na base da importância do conhecimento da matriz viviente em medicina biologia: o tcheco Rokitansky, o frânces Bernard, o polonês Virchow, o austríaco Pischinger, o alemão Heine e o americano Oschman. Os seis contribuíram de forma essencial ao conhecimento e descobrimento da MEC e ao conceito moderno de matriz vivente. 24 Carl Rokitansky 1804 - 1878 • Sem prática médica: 30.000 autópsias. Anatomia patológica a olho nú • Pai da anatomia patológica experimental objetiva • Afirma que os elementos celulares e as doenças se produzem a partir dos líquidos corporais © IAH 2009 25 Carl Rokitansky foi um cientista tcheco. Embora fosse médico não exerceu a medicina. Sem dúvida, esteve muito envolvido na medicina em seu tempo porque já como jovem professor universitário viu a importância para a ciência médica da anatomia patológica. Com Rokitansky a medicina evoluiu de uma medicina antiquada de orientação filosófica natural a uma medicina mais moderna de orientação científica. O prof. Rokytansky realizou mais de 30.000 autópsias ao longo de sua carreira. Suas tendências médicas científicas se estabeleceram mediante a anatomia patológica “a olho nu”. É o verdadeiro pai da anatomia patológica experimental objetiva. Afirmou que os elementos celulares e as doenças originam-se nos líquidos corporais (humoral). 25 Carl Rokitansky 1804 - 1878 • Humoral: o sangue é a causa da doença e das mudanças orgânicas • Crasis e estasis • Suas investigações histológicas mais importantes foram publicadas em 1854 em um artigo com o título “Sobre o crescimento dos tecidos conectivos” (“Über das Auswachsen der Binde-Gewebssubstanzen”) © IAH 2009 26 Deve-se buscar a causa de uma doença na composição do sangue que está presente em todo o corpo humano. As alterações do sangue são a principal causa das doenças e as alterações orgânicas. Dividiu as patologias em crasis (deficiências) e estasis (depósito, acumulação). Muitos termos médicos, anatômicos e anatomopatológicos levam o nome de Rokitansky: •Divertículo de Rokitansky •Tríade de Rokitansky; •Úlcera de Rokitansky-Cushing; •Seios de Rokitansky- Aschoff (vesícula biliar); •Síndrome de Rokitansky-Maude-Abbott •... Especialmente um artigo publicado em 1854 sobre o crescimento de tecido conectivo é muito importante para a base do que posteriormente convertia-se na MEC e nos principais livros modernos de histologia. 26 Claude Bernard 1813 - 1878 • Pai da fisiologia experimental na França • Desenvolveu o termo “le milieu intérieur” (o terreno interno do organismo ou “o meio interno”) • A célula está influenciada por seu entorno direto © IAH 2009 27 O fisiologista francês Claude Bernard foi o pai do “terreno interno”. Este termo refere-se ao entorno direto da célula, que está banhada pelo líquido intersticial, pelo qual é nutrida e por onde expulsa seus produtos finais tóxicos. O estado saudável do entorno extra-celular é essencial para a saúde, e a impureza deste terreno produzirá doenças. Claude Bernard, que em 1855 ganhou a cátedra, tinha como objetivo estabelecer a metodologia científica. Não se sentia impressionado por nenhuma afirmação, confiava só no que se podia demonstrar mediante um experimento. Sua primeira descoberta médica foi a glândula pancreática, cuja importância na digestão, demonstrou. Embora seja conhecido principalmente pelo descobrimento da função da glucogênica do fígado, também descobriu o sistema vasomotor. No contexto médico biológico é muito conhecido por “milieu intérieur”, que é um termo francês para o entorno ou terreno interno. Dizia com isso que o mundo que nos rodeia muda constantemente, mas em um corpo que funciona corretamente a homeostase faz com que tudo siga relativamente igual e nenhuma intoxicação perdure. As doenças só aparecem quando há uma disfunção da homeostase, um desequilíbrio. Igualmente ao Dr. H-H Reckeweg, um século depois, Bernard estava muito interessado nos efeitos fisiológicos dos tóxicos sobre o organismo humano. Experimentou com curare e com o gás monóxido de carbono. Como os experimentos eram a base de seus método científico, gostava muito das dissecções. A importância de Claude Bernard na ciência médica se reflete pelo prêmio científico que obteve da Academia Francesa de Ciências e pelo funeral público que teve quando faleceu (até então nenhum cidadão havia tido um funeral público na França). 27 Rudolf Virchow 1821 - 1902 • Anatomia patológica celular • A célula é a menor unidade viva do organismo • As doenças são a consequência de alterações celulares • As doenças se relacionam diretamente com a célula © IAH 2009 28 Rudolf Virchow estudou medicina em Berlim. Em 1847 tornou-se professor, quatro anos depois de licenciar-se em medicina. É muito conhecido em medicina por sua lei ou regra: “toda célula se gera a partir de outra célula” (omnis célula e célula, 1855). O professor Virchow fundou a disciplina médica de anatomia patológica celular. Além de seu interesse na célula como unidade básica do organismo humano, também tinha muito interesse em antropologia. Fundou a Sociedade de Antropologia, Etnologia e Pré-história. Para Virchow nem todas as células do corpo humano poderiam produzir doenças, mas todas as doenças era conseqüência direta de alterações celulares. Para Virchow as doenças se relacionam diretamente com a célula. 28 Alfred Pischinger 1899-1983 • O Sistema de Regulação Basal, denominado SRB • A substância básica • Todo o corpo funciona por meio deste sistema regulador • Publicado em alemão e 1975 (depois de mais de 20 anos de investigação) © IAH 2009 29 O prof. Alfred Pischinger foi diretor do Instituto Anatômico da Universidade de Viena. Foi a pai da substância básica da MEC e a descobriu como uma substância similar a um gel amorfo que ocupa todo o entorno extra-celular. Posteriormente chamou-se de sistema regulador da substância básica (SRB) toda a estrutura que rodeia a célula. Descobriu a estrutura anatômica deste sistema de intercâmbio. É evidente que Pischinger é um gênio não reconhecido na medicina convencional. Embora boa parte de sua investigação seja aceita na medicina convencional, raras vezes menciona-se seu nome na bibliografia científica. É um conhecimento básico para a formação em medicina complementar. Seu livro “Matriz e regulação da matriz” é um trabalho padrão na literatura sobre a MEC.. 29 Sistema Básico ou MEC • Alfred Pischinger • Sistema da homeostase, Sistema de Biorregulação Básico, sistema vegetativo • Todo o conceito de espaço extra-vascular e extra-celular com a matriz extra-celular, as células de suporte, as terminações nervosas livres, os capilares e os imunócitos © IAH 2009 30 O termo sistema básico foi utilizado pela primeira vez pelo prof. A. Pischinger. É um sistema de homeostase. Pode-se definir a homeostase como a capacidade de um organismo de regular seu próprio meio interno. As sutis regulações ou ajustes sobre o equilíbrio da homeostase realizam-se mediante múltiplas interações entre os diferentes sistemas reguladores. O conceito do Sistema de Biorregulação Básico (SBRB, é um termo mais funcional estrutural para referir-se à MEC ou ao sistema básico), encontra sua origem nesta homeostase. Os componentes da MEC estão descritos nos slides anteriores a conferência. 30 Sistema básico ou MEC: algumas características • 20% da massa corporal • Ponto de ajuste do potencial elétrico: 240 µV • Auto-regenerada pelos fibroblastos • Campo de ação da maioria dos processos reguladores do corpo • Campo de batalha do sistema de defesa inespecífico • Entorno direto da célula © IAH 2009 31 Diferentes autores estimam que a MEC corresponde a 20% de nossa massa corporal. Desta forma torna-se o maior órgão do corpo. Em relação com a qualidade de vida da célula, também é o principal órgão protetor. O potencial elétrico da MEC em repouso é de 240µV e pode se modificar em função de diferentes parâmetros como a acidez, o estresse, a inflamação, a medicação... Se a matriz lesionar-se, será regenerada principalmente por fibroblastos. A MEC é o principal campo de ação dos processos reguladores do corpo. Está cercada pelas células e tem uma interação mútua. Pode-se dizer que a qualidade de vida depende em grande parte da pureza da matriz extra-celular. 31 Sistema básico ou MEC: funções Função: • Função transmissora: o material, a energia e a informação devem passar através do sistema básico • Funções vitais básicas: oxigênio, eletrólitos, pH... • Sistema de defesa inespecífico © IAH 2009 32 O sistema básico é uma zona de transição e a principal função deste sistema é a transmissão de todo tipo de informação mediante substâncias mensageiras (citocinas, hormônios, neurotransmissores...), potencial elétrico e impulsos elétricos. A regulação se produz ao nível do sistema básico para otimizar as funções vitais. Regula-se o valor do pH, a extravasão e a absorção de eletrólitos regulam o estado eletrolítico do líquido intersticial, se transmite o oxigênio à célula e se retira o CO2, os nutrientes chegam à célula e se eliminam os produtos finais... Durante todas estas atividades de transição o sistema de defesa inespecífico “controla” o passo de substâncias e, se a quantidade de homotoxinas está desencadeando uma reação de defesa maior, colocará em marcha uma reação inflamatória. A presença do sistema de defesa inespecífico ao nível da MEC é essencial para a vida. Normalmente os macrófagos, os neutrófilos e outros fagócitos eliminarão a maior parte das substâncias indesejadas, embora se pudesse ativar uma mobilização geral das defesas se encontrasse um elemento tóxico em quantidade excessiva. Além dos fagócitos, no sistema básico também existem mastócitos. A liberação de histamina e de fosfolipídeos é essencial para a cadeia da inflamação. Também existem células citotóxicas (linfócitos Tc) e linfócitos citolíticos naturais (linfócitos NK) para eliminar as células aberrantes ou as células intoxicadas ou lesionadas no nível intra-celular. 32 Célula d parênquima de um órgão Membrana basal Sistema básico ou MEC Célula de defesa Substância básica Elastina Fibroblasto Axón Colágeno Axón Mastócito Capilar Endocrinio H. Heine © IAH 2009 SNC Biorritmo 33 As setas da imagem mostram o grande número de interações que se produzem ao nível da MEC. Nem todas as interações se produzem entre as células dos órgãos e os sistemas. Também atuam entre si os sistemas com as células. Já foi analisada a via de transmissão dos nutrientes dos capilares a célula e dos produtos finais da célula até a corrente sanguínea ou o sistema linfático. Outra via é a informação das células aos nervos e vice-versa. A difusão de mensageiros da corrente sanguínea pode ativar nervos, células de defesa e fibroblastos e por sua vez está influenciada pelo sistema endócrino mediante a liberação de hormônios. Os biorritmos influirão no sistema nervoso, que por sua vez influirá sobre os próprios biorritmos, o sistema endócrino e todo o sistema nervoso. Os fibroblastos geram a matriz de proteoglucanos e reparam o colágeno lesionado. Por último, embora não menos importante, as células atuam entre si de modo que todas as células de um órgão atuem como uma “equipe” para cumprir a função do órgão, ou pode-se ir além: todas as células do organismo atuam por meio da MEC, em conjunto, e aparecem como uma unidade viva. 33 Sinônimos da MEC • O terreno: Claude Bernard • O mesênquima: termo habitual antigo • Tecido conectivo: termo habitual antigo (histológico) sem nenhum valor fisiológico • O Sistema Regulador Basal (SRB): Pischinger • O Sistema Biorregulador Básico (SBRB): Lamers, Van Wijk e Linnemans • A Matriz extra-celular (MEC): termo atual • A Matriz Viviente: novo termo em medicina complementar graças ao trabalho de James Oschman © IAH 2009 34 Na literatura utilizam-se muitos sinônimos para referir-se ao mesmo sistema. De fato, matriz extra-celular (MEC) é o único termo científico correto. Os outros termos que se mencionam no slide acima são sinônimos que são utilizados por alguns autores. Embora SBRB seja o termo mais correto para definir e estabelecer a função da MEC utiliza-se pouco e de alguma maneira não é aceito internacionalmente. MEC é o termo atual e deve-se utilizar de maneira generalizada. 34 Hartmut Heine nascido em 1941 • Histólogo • Preparação histológica de um ponto de acupuntura (1987) • Investigação adicional sobre a MEC, especialmente os proteoglucanos e os glucosaminoglucanos • Investigação básica sobre os processos de auto-regulação da MEC • Reação de assistência imunológica como possível mecanismo subjacente aos medicamentos anti-homotóxicos (RAI) © IAH 2009 35 O histólogo alemão prof. H. Heine tem realizado muitas investigações científicas em medicina biológica. Foi o primeiro a descobrir um ponto de acupuntura do ponto de vista histológico depois de algumas observações microscópicas de preparações histológicas. Tem contribuído para a medicina complementar com um amplo conhecimento da estrutura microscópica da MEC, que tem descrito com detalhes em diferentes publicações. Graças ao trabalho de Heine conhecemos melhor os processos reguladores da MEC. No processo inflamatório foi demonstrado que em cultivos de sangue total, microdoses de material orgânico (plantas, extratos de órgãos suínos) podem ativar uma reação de assistência imunológica. Mediante a formação de epitopos nos linfócitos Th-3 reguladores, se inibem os linfócitos proinflamatórios Th-1 e Th-2 pela liberação de TGF-β 35 James L. Oschman • Doutor em biofísica e biologia • Investigação em diferentes universidades • Investigação em profundidade sobre peculiaridades da matriz, mais precisamente os aspectos energéticos • Investigação moderna sobre a matriz viviente e sua base científica em medicina complementar holística © IAH 2009 36 Oschman tem formação acadêmica em terapias alternativas para realizar suas explorações. Tem títulos em biofísica pela Universidade de Pittsburg. Tem trabalhado nos principais laboratórios de pesquisa de todo o mundo. Os mesmos incluem a Universidade de Cambridge na Inglaterra, a Case-Western Reserve University de Cleveland, Ohio, a Universidade de Copenhagem, a Northwestern University de Evanston, Illinois, onde fez parte do corpo docente, e o Laboratório Biológico da Marina de Woods Hole, onde foi cientista modelo. Seus muitos trabalhos científicos têm sido publicados nas principais revistas do mundo. 36 James L. Oschman a. Aprisionamento mecánico b. União iônica c. União relacionada com a hidrofilia © IAH 2009 37 Segundo Oschman, os materiais tóxicos (íons, moléculas, grupos de moléculas) podem ficar aprisionados na matriz de 3 formas. Por matriz entende-se como as matrizes extra-celular, citoplasmática e nuclear, que formam um tecido interconectado continuamente e que se estende por todo o corpo. A acumulação de tóxicos compromete o funcionamento deste sistema. A função de praticamente todos os sistemas fisiológicos melhorarão pela eliminação do tóxico. Na ilustração, (a) refere-se ao encarceramento mecânico, (b) refere-se à união iônica às cargas das superfícies da matriz, e (c) refere-se à união hidrófoba e hidrófila (por exemplo, adesão a matriz de moléculas não carregadas). Oschman utiliza uma toxina com carga positiva em B, como um cátion. Isso porque a matriz (o gel de hialurano) tem uma carga predominantemente negativa. O hialurano tem várias propriedades notáveis que são importantes: -regula a divisão e o movimento celular; -peso molecular 3-4 milhões •enrolado de maneira aleatória •rígido devido aos enlaces em H •uma grande esfera hidratada com um raio de 200 nm •abundantes cargas fixas muito negativas 37 James L. Oschman • Matriz extra-celular • Matriz intra-celular (citoesqueleto e outras estructuras) • Matriz nuclear J. Oschman © IAH 2009 38 Segundo Oschman, a matriz vivente está presente em 3 níveis, que se confundem entre si. Está no entorno da célula, denominado matriz extra-celular, cheio de colágeno, elastina, proteoglucanos e glucosaminoglucanos. Está na matriz intra-celular, que representa o citoesqueleto. E finalmente, no centro da célula, está a matriz nuclear. Embora a maioria das toxinas esteja presente e se armazene na matriz extracelular, sua influência com freqüência é intra-celular e nuclear. Por este motivo não podemos considerar que a matriz extra-celular é um estrutura interativa e informativa autônoma e isolada, mas temos que focar nas interações entre os diferentes “níveis” da matriz na matriz vivente. 38 James Oschman: condução no tecido conectivo • As proteínas atuan como semiconductores cristalinos • O movimiento gera piezoelectricidad • Em qualquer momento todas as células estão unidas entre si e se comunicam entre si © IAH 2009 39 Oschman: “Devido à piezoelectricidade, qualquer movimento do corpo, qualquer pressão e qualquer tensão em qualquer localização, gera diversos sinais oscilatórios e microcorrentes. Se as partes do organismo desempenham sua função de maneira cooperativa e coordenada e todas as células sabem o que estão fazendo todas as outras células, isso se deve às propriedades de continuidade e de sinalização do tecido conectivo”. A acupuntura, a osteopatía, o Reiki, a massagem, todos estes métodos exercem seu efeito curativo por meio da matriz vivente. Também os anti-homotóxicos utilizam as funções de sinalização da matriz vivente para criar saúde em um organismo desregulado ou intoxicado. 39 3. A Matriz intra-celular ADN Matriz nuclear Citoesqueleto © IAH 2009 O citoesqueleto é exclusivo das células eucariotas. É uma estrutura tridimensional dinâmica que ocupa o citoplasma. Esta estrutura atua como músculo e como esqueleto, para o movimento e a estabilidade. As longas fibras de citoesqueleto são polímeros de sub-unidades. Os principais tipos de fibras que formam o citoesqueleto são microfilamentos, microtúbulos e filamentos intermediários. Também aqui a fina estrutura tridimensional atua como um sistema de comunicação e condução. A mínima modificação extra-celular de potencial elétrico poderia ser um desencadeante de contração de citoesqueleto. A intoxicação extra-celular pode-se comunicar às estruturas celulares mais profundas e ao contrário, a disfunção pode-se comunicar ao entorno celular direto e inclusive a qualquer outra célula do organismo. 40 4. A Matriz nuclear ADN Matriz nuclear Citoesqueleto © IAH 2009 A matriz nuclear é a rede de fibras que se encontra em todo o interior do núcleo de uma célula. Embora haja debate sobre a função exata da matriz nuclear, existem hipóteses muito úteis de que participa na regulação da função celular. A matriz nuclear está conectada com a matriz intra-celular nas 3 dimensões e portanto, pode reagir a impulso externos de diferentes tipos (químicos, elétricos, ...). 41 Conclusão (1) • A MEC é a área transmissora e a principal área de ação dos mediadores no corpo humano • Faz parte da matriz viviente e não debe ser vista como um sistema de comunicação separado • É o terreno em que o organismo maneja as homotoxinas nas vias da inflamação ou de armazenamento • La MEC garante a qualidade de vida da célula e, portanto, é crucial para a função dos órgãos. © IAH 2009 42 Desta conferência deve-se extrair: 1. A MEC é a área de transmissão para muitas substâncias que viajam da corrente sanguínea até a célula e vice-versa. Também é o principal campo de interação entre os diferentes sistemas reguladores. 2. A MEC também é a principal zona na qual se armazenam as homotoxinas (fase de deposição) ou na qual se eliminarão mediante os processos inflamatórios (fase de inflamação). 3. Como micro entorno direto da célula a MEC garante, em condições normais, a qualidade de vida da célula. Portanto, a MEC é crucial para a sobrevivência celular e é o principal campo de ação para os tratamentos médicos biológicos. Na MEC as homotoxinas presentes armazenadas alterarão em maior ou menor grau a função celular, e, portanto, devem ser evitadas em qualquer momento para manter o organismo em um estado de completa saúde. 42 Conclusão (2) • A disfunção da MEC finalmente produzirá disfunção da célula • A saúde e a qualidade de vida dos pacientes se relacionam diretamente com a pureza e a eficiência dos processos reguladores da matriz viviente. As doenças crônicas são a consequência da imposibilidade persistente do organismo de manejar de maneira adequada as toxinas da MEC © IAH 2009 43 Desta conferência deve-se recordar: 4. Qualquer disfunção da regulação ao nível da MEC finalmente alterará ou influirá sobre a função celular de maneira negativa. As terapias reguladoras intervêm ao nível dos sistemas autorreguladores e tentam restaurar a situação harmoniosa de uma boa homeostase e de comunicações interativas entre os sistemas e as células, e isso é multi direcional. 5. As terapias de drenagem se dirigirão para a pureza da MEC porque a presença de homotoxinas a longo prazo induzirá patologias degenerativas crônicas nas quais as principais características são a disfunção celular e a morte celular. 43 Bibliografia • Kompendium der Regulationspathologie und -therapie, F. Perger 1990, ISBN 3-87758-071-8 • The Molecular Basis of the Cell, B. Albert e cols., ISBN 08 153 4072 9 • Homotoxicology and Ground Regulation System, H. Heine 2000, • • • • • Aurelia Verlag Matrix and Matrix Regulation, A. Pischinger, 1995, Haug Verlag Basic Histology, L.C. Junqueira, 10th edition, 2002, Appleton & Lange Inflammation means healing, B. Van Brandt, 3th edition, 2004, Inspiration Comper WD, Laurent TC, 1978. Physiological function of connective tissue polysaccharides. Physiol Rev. Jan;58(1):255-315 Oschman J., 2000. Energy Medicine: the scientific basis, Harcourt Brace/Churchill, Livingstone, Edinburgh © IAH 2009 44 44 Dados de apoio sobre a histologia da matriz © IAH 2009 45 Histologia da MEC © IAH 2009 Vamos realizar uma análise mais detalhada dos componentes histológicos da matriz extra-celular. Quais são os componentes que a formam? 46 Tecido • Tecido conectivo: órgão incompreendido • Células dos órgãos © IAH 2009 47 Dois tipos principais de estrutura dependem entre si. O tecido conectivo por um lado, que se encontra no espaço intersticial e as células dos órgãos por outro lado. Como durante muitos anos explicava-se que o tecido conectivo era uma estrutura unicamente de suporte e união entre os outros tecidos, podemos dizer que durante décadas tem sido um “órgão” incompreendido. Veremos ademais que na histologia e fisiologia modernas vê-se que o tecido conectivo tem uma grande diferenciação de tarefas. Além da simples função de união, tem capacidade de armazenamento de homotoxinas, forma uma zona de transição para muitos mediadores e para outras substâncias e é um filtro biofísico formado por uma rede tridimensional fina. Por este motivo em alguns trabalhos europeus utiliza-se o termo Sistema de Biorregulação Básico (SBRB) (Lamers, Linnemans e Van Wijk) no lugar de tecido conectivo ou MEC. SBRB Sistema porque respeita às regras e, portanto é previsível em muitos aspectos. Bio porque é essencial para a vida e em condições normais se regenera se lesionado. Regulação porque a maioria das interações entre sistemas autorreguladores de produz neste nível. Básico porque está presente como um entorno extra-celular para todas as células dos órgãos do corpo. 47 Tecido conectivo • Células específicas • Matriz extra-celular © IAH 2009 48 No tecido conectivo encontramos células específicas e a estrutura fina da matriz extra-celular. 48 Células específicas • Desenvolvimento embrionáio à partir do mesênquima • Secreção da matriz extra-celular © IAH 2009 49 As diferentes células específicas (de suporte) se desenvolvem a partir da camada embrionária mesodérmica, de maneira mais precisa a partir do mesênquima. Embora sejam ligeiramente diferentes em sua função e em sua localização no corpo, a principal tarefa destas células segue sendo a mesma: a secreção da matriz extra-celular. As principais células de suporte são os fibroblastos e os fibrócitos, os condroblastos e os condrócitos, os osteoblastos e os osteócitos, os miofibroblastos e os adipócitos. 49 Células de suporte • Fibroblastos e fibrócitos no tecido de suporte fibrocolagenoso • Os condroblastos e os condrócitos produzem cartilagem, que está íntimamente associado à estrutura do osso • Osteoblastos e osteócitos © IAH 2009 50 Os fibroblastos fabricam as fibras estruturais e a substância básica da matriz extra-celular. A substância básica é formada principalmente por proteoglucanos (PG) e glucosaminoglucanos (GAG). Os fibrócitos são menores (e mais jovens) e são inativos, o que significa que não elaboram fibras estruturais nem substância básica. Os fibroblastos elaboram o colágeno, os glucosaminoglucanos, as fibras esláticas e os proteoglucanos que se encontram na MEC. Nas pessoas em crescimento os fibroblastos dividem-se e sintetizam substância básica. Se o tecido lesionar-se, se estimularão os fibrócitos e se induzirá a mitose de fibroblastos que, mediante a secreção de fibras essenciais e da substância básica, tentarão restaurar a situação à saúde. Os condroblastos formam cartilagem. Os condrócitos são as únicas células que se encontram na cartilagem. Mantém a estrutura da matriz da cartilagem. Os osteoblastos secretam osteóide, um mix de proteínas que quando se mineraliza se converte em osso. Os osteócitos são osteoblastos que estão “aprisionados” na estrutura do osso. 50 Células de suporte • Os miofibroblastos tem características de fibroblastos e de células musculares lisas • Os adipócitos armazenam gordura e participam na regulação da temperatura © IAH 2009 51 Os miofibroblastos são realmente fibroblastos que se diferenciaram a um fenótipo de músculo liso. Os miofibroblastos participam na cicatrização das feridas de órgãos. Em condições normais desaparecem depois da cicatrização da ferida mediante apoptose. Os adipócitos ou células gordurosas armazenam energia em forma de gordura. Também se classificam como células de suporte embora não sejam responsáveis diretamente pela secreção dos componentes da MEC. 51 Proteínas fibrilares • Flexibilidade do tecido conectivo • Fibrilina • Fibronectina • Laminina © IAH 2009 52 As proteínas fibrilares pequenas como a fibrilina, a fibronectina e a laminina são peças importantes para a estrutura da MEC e são responsáveis principalmente por sua flexibilidade. 52 Fibrilina • Componente das microfibrillas • Componente importante das fibras elásticas • 3 tipos © IAH 2009 53 A fibrilina é um componente essencial das fibras elásticas da MEC. A fibrilina é uma glucoproteína. Têm-se descrito 3 tipos de fibrilina: •A firbilina 1 é o principal componente das microfibrilas que formam a elastina. •Pensa-se que a fibrilina 2 participa na elastogenia precoce. •A fibrilina 3 foi descoberta mais recentemente e encontra-se principalmente no encéfalo. A síndrome de Marfan é uma desordem do tecido conectivo que se relaciona com a disfunção da fibrilina, de maneira mais precisa da fibrilina 1. a doença está associada ao gene FBN1 do cromossomo 15. FBN1 codifica a fibrilina 1. 53 Fibronectina • Adesão entre as células e a MEC • Pontos de união para colágeno, heparina e moléculas de adesão © IAH 2009 54 A fibronectina une-se a proteínas receptoras da membrana celular e conecta ou une a célula a seu entorno extra-celular. A fibronectina é um componente adesivo de união entre a célula e as estruturas da MEC. Também é uma glucoproteína, mas de um peso muito maior que a fibrilina. Em combinação com os receptores integrinas, se une a quase todos os componentes do entorno da célula. A fibronectina também se encontra em forma solúvel no plasma sanguíneo. É secretada pelos hepatócitos do fígado. A fibronectina é de extrema importância na cicatrização das feridas, inclusive nisso utiliza-se como agente terapêutico. 54 Laminina • Elemento estrutural da membrana basal • A vitamina C estimula a formação de laminina © IAH 2009 55 O componente estrutural básico da membrana basal é a laminina. A laminina também é uma glucoproteína que se encontra nas membranas basais dos seres humanos e da maioria das espécies de animais. Une-se a maioria das membranas celulares e também é responsável pela união das células a seu entorno direto, como a membrana basal e outras células. A laminina inibe o movimento das células e é um fator crítico para a manutenção do fenótipo tissular. Algumas formas de distrofia muscular se associam a uma estrutura disfuncional da laminina 2. A laminina 2 se encontra no encéfalo e nos músculos. A vitamina C estimula a formação de laminina. 55
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