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A MaiorRiqueza
é a Saúde
A saúde nas suas mãos
Jornal Saúde
da
Ano 3 - Nº 36 Fevereiro 2013 - Mensal Director Editorial: Rui Moreira de Sá
Directora-adjunta: Maria Odete Pinheiro Preço:150 KZ
MINISTÉRIO DA SAÚDE
GOVERNO DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Médica Hospitalar atrai mil visitantes
Sector público da saúde terá novos quadros
A 1ª Feira Internacional de Equipamento Médico-Hospitalar, Tecnologia, Medicamentos e Consumíveis, que decorreu em simultâneo com o
Congresso Internacional dos Médicos em Angola, em finais de Janeiro,
inaugurada pelo Vice-presidente da República, Manuel Vicente, permitiu a cerca de mil médicos e outros profissionais de saúde terem
acesso às mais avançadas soluções na área médica.
O Ministro da Saúde, José Van-Dúnem, garantiu, na sessão
de encerramento, que “o sector vai continuar a trabalhar com
o MINFIN e o MAPESS para a integração de novos quadros
no sector público”. |4 a 16
ACIDENTES RODOVIÁRIOS
CRESCEM 23 % AO ANO
AVALIAÇÃO DO RISCO
CARDIOVASCULAR GLOBAL
w A surdez é a alteração sensorial mais comum no ser humano. Estima-
feridas. Mais de um quarto são mulheres. Jovens
entre os 20 e os 40 anos são 63 %. A desatenção
é responsável por 43 %. Pelo menos 30 %
podiam ser evitados. Há falta de ortopedistas.
Luanda lidera. |4
(tabagismo, lípidos, hipertensão (HTA), diabetes,
obesidade, dieta, actividade física, consumo de
álcool e factores psicossociais) foram responsáveis por mais de 90% do risco de enfarte do miocárdio. |14
se que, aproximadamente, 4% de indivíduos com
menos de 45 anos e 29% com 65 ou mais anos tenham
défice auditivo. A surdez grave a profunda afecta cerca
de 1:1000 recém-nascidos. Sabe-se, igualmente, que
mais 1:1000 crianças ficam surdas antes da idade adulta,
sendo estas formas de surdez menos graves e progressivas. |16
w Morrem 12 pessoas por dia. Cerca de 45 ficam
w Nove factores de risco facilmente avaliados
SURDEZ SINAIS DE ALERTA. COMO INTERVIR?
2 ll
EDITORIAL
l EMPRESAS SOCIALMENTE
RUI MOREIRA DE SÁ
Director Editorial
RESPONSÁVEIS
[email protected]
O Jornal da Saúde chega gratuitamente às suas mãos graças ao apoio das seguintes empresas e entidades socialmente responsáveis que contribuem para o bem-estar dos
angolanos e o desenvolvimento sustentável do país.
A feira Médica Hospitalar
e a transparência do mercado
E
sta edição é em boa parte dedicada ao
grande evento que foi o VIII Congresso
Internacional dos Médicos em Angola
e a feira especializada Médica Hospitalar
que decorreram simultaneamente em Luanda.
O nível científico das comunicações apresentadas, a aderência e participação da classe médica, a qualidade dos expositores presentes e a excelência organizativa, fizeram
deste acontecimento um marco histórico no
panorama da saúde em Angola.
Os números falam por si. Esta primeira
edição da Médica Hospitalar contou com a
presença de 125 expositores directos e indirectos, de 16 países, e cerca de mil visitantes
profissionais. No final, cerca de 91 por cento
consideraram o certame bem / muito bem
organizado, e mais de 61 por cento pretende
um espaço maior na edição de 2014. Ao
mesmo tempo, os profissionais de saúde tiveram a oportunidade de actualizar os seus conhecimentos e conhecer “ao vivo” os equipamentos de última geração e os produtos farmacêuticos mais inovadores e eficazes para
combater as nossas doenças.
Por fim, e não menos importante, é o facto
de a feira contribuir para a transparência do
mercado e para evitar a contrafacção de medicamentos, ao apresentar e ajudar a firmar
no mercado as empresas e marcas de qualidade.
O QUE PROMETEMOS
AO LEITOR
A saúde é um estado de completo bem-estar físico,
mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade. Trata-se de um direito humano fundamental. A conquista de um elevado nível de saúde é
a mais importante meta social.
A promoção da saúde pressupõe o desenvolvimento
pessoal e social, através da melhoria da informação,
educação e reforço das competências que habilitem para uma vida saudável. Deste modo, o leitor fica mais habilitado a controlar a sua saúde, o ambiente, e fazer opções conducentes à sua saúde.
Prometemos contribuir para:
– Melhorar e prolongar a vida do leitor, através da educação, informação e prevenção da saúde;
– Contribuir para se atingirem os objectivos e metas da
política nacional de saúde e os Objectivos do Milénio,
através da obtenção de ganhos em saúde nas diferentes
fases do ciclo de vida, reduzindo o peso da doença;
– Constituir um referencial de formação e um repositório de informação essencial para os profissionais de
saúde.
Queremos estreitar a relação consigo, incentivando a
sua participação em várias secções do Jornal da Saúde.
Envie-nos os seus textos, comentários e sugestões.
E-mail [email protected]
SMS 932 302 822 / 914 780 462
As edições anteriores do Jornal da Saúde podem ser lidas em: www.ordemmedicosangola.org/
2 Módulo - Gestão de Operações e Logística na Saúde
SECRETARIADO E INSCRIÇÕES: Rua Vereador Ferreira da Cruz, 64, Miramar, Luanda
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lFICHA TÉCNICA
Conselho editorial: Prof. Dr. Miguel Bettencourt Mateus, decano da
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ll QUEIMADURAS
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SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA
Fevereiro 2013 l JSA
LUANDA É A PROVÍNCIA QUE REGISTA MAIOR NÚMERO DE ACIDENTES
Sinistralidade rodoviária é uma das principais causas
de morte entre jovens com menos de 40 anos
ANDREIA PEREIRA
z De acordo com o médico
Tomás João, ortopedista e
palestrante no VIII Congresso Internacional dos
Médicos em Angola, um
evento que decorreu entre
os dias 25 e 26 de Janeiro,
no Centro de Convenções
de Talatona, os acidentes
de viação são a segunda
causa de mortalidade do
país, a seguir à malária. O
especialista
mostra-se
apreensivo com os dados
estatísticos que revelam
um aumento gradual do
número de óbitos associados à sinistralidade rodoviária desde 2008.
egundo os dados
da Direcção Nacional de Viação
e Trânsito, o número de mortos,
resultantes de acidentes de
viação, quase duplicou no
espaço de cinco anos. Esta
entidade revela ainda estatísticas que reflectem a gravidade da sinistralidade rodoviária em Angola: 4.428
mortes em 2012 (um número
que, em 2008, se cifrou nos
2.710 óbitos). A maior parte
dos acidentes de viação
ocorreram nas províncias de
Luanda, Benguela, Huambo,
S
Bié e Huíla, sendo que a capital angolana lidera o número de sinistros, feridos e
mortos.
Na perspectiva de Tomás
João, médico ortopedista, os
acidentes de viação são a segunda causa de morte em
Angola, sendo esta estatística apenas ultrapassada pela
mortalidade associada à malária. Contudo, o especialista
acredita que “30% destas
mortes poderiam ser evitadas”. Na sua comunicação,
integrada no VIII Congresso
Internacional dos Médicos
em Angola, o especialista
lembrou que, por cada morte
de um acidentado, resultam
três sinistrados com incapacidade permanente.
“Se tivermos em conta que
grande parte destes pacientes chega aos hospitais sem
terem recebido qualquer assistência básica (primeiros
socorros) e são transportados, frequentemente, por
pessoas que não possuem
conhecimentos nem preparação para lidar com traumatizados, o que normalmente
agrava o estado clínico e as
lesões da vítima, muitas destas incapacidades e mortes
seriam evitáveis, se houvesse formação adequada de
profissionais, criação de redes integradas funcionais
para atendimento ao sinistrado e preparação massiva dos
cidadãos, em matéria de socorrismo e atenção imediata
ao sinistrado a partir do local
do acidente”, declarou.
Atendendo ao impacto da
sinistralidade em Angola,
um estudo observacional,
com duração de seis meses
(Novembro de 2011 a Abril
de 2012), propôs-se a avaliar
o comportamento e o conhecimento sobre acidentes de
viação e socorrismo. O trabalho, que incluiu uma amostra
de 222 doentes sinistrados
(141 dos quais com idades
compreendidas entre os 2040 anos), atendidos nos serviços de urgências, internamento e ambulatório dos
Hospitais Gerais de Benguela e do Lobito, revelou que o
atropelamento e os despistes
ou quedas estão entre as principais causas de acidente. A
desatenção e o alcoolismo, à
luz deste trabalho, também
foram as circunstâncias que
favoreceram a ocorrência de
acidentes.
A linguagem
dos números
– Considerada uma das principais causas de mortalidade
em jovens com menos de 40
anos de idade.
– Em Angola, é a segunda
causa de morte superada
apenas pela malária.
– Estima-se que haja, anualmente, mais 1,3 milhões de
mortes e cerca de 50 milhões
de feridos em todo o mundo.
– Cerca de 30% destas mortes poderiam ser evitadas.
– Por cada pessoa que morre de acidente há 3 com incapacidades permanentes.
– Calcula-se que por cada
pessoa que morre de acidente se produzam pelo menos 500 feridos (não mortais)
dos quais 30% são graves.
– Os acidentes de viação
custam cerca de 5% do PIB
em muitos países.
Assim, e de acordo com
estes dados, o especialista
admitiu que é necessário reforçar os canais de informação de modo a melhorar a assistência pré-hospitalar das
vítimas de sinistralidade rodoviária. “Deve haver um
trabalho de consciencialização da população no sentido
de possuir e elevar os conhecimentos básicos sobre a assistência primária, para que
as pessoas estejam habilitadas a agir correctamente em
casos de acidente de viação.” Nas palavras do especialista, é necessário “delinear e implementar uma estratégia de intervenção educativa massiva dos cidadãos
em matéria de socorrismo,
visando proporcionar um
atendimento correcto às vítimas da sinistralidade rodoviária, desde o local da ocorrência do acidente”.
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VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DOS MÉDICOS EM ANGOLA
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(Da esquerda para a direita) Dr.ª Mariana Afonso (deputada da Assembleia da República), Dr. José Van-Dúnem (ministro da Saúde), Eng. Manuel Domingos Vicente (vice-presidente da República), Prof. Doutor Carlos
Alberto Pinto de Sousa (bastonário da OM), Dr.ª Judite Pereira (vice-governadora da província de Luanda)
PROGRAMA DO GOVERNO 2012-2017
Vice-presidente da República reafirma contributo
do Executivo na implementação das políticas de saúde
Eng. Manuel Domingos Vicente, vice-presidente da República de Angola, durante a sessão solene, reafirmou
o contributo do Executivo na implementação das políticas de saúde que
constam no Programa do Governo para o quinquénio
2012-2017. “Ao Executivo compete criar condições
para a eficaz concretização deste desiderato e para a
formação de médicos e demais profissionais de saúde, de modo a que todos, em conjunto, possam dar o
seu contributo essencial, com qualidade nas acções,
que visem uma sistemática e sustentável organização e funcionamento do Serviço Nacional de Saúde.”
A este propósito, o Eng. Manuel Domingos Vicente
realçou os avanços na construção e reabilitação de
infra-estruturas sociais, com benefícios “consideráveis” para o sector da Saúde, “dotadas de meios técnicos e tecnológicos modernos”. Estas medidas, no
seu parecer, permitiram “a expansão da rede sanitária municipal e a criação de novos serviços especializados de referência”.
De acordo com o vice-presidente da República de
Angola, o país dispõe, no momento, de apenas dois
médicos por cada 10 mil habitantes. “Para garantirmos uma média de um médico por município, temos
também recorrido à contratação de especialistas estrangeiros, que complementam a assistência médica,
fornecida pelos técnicos nacionais. No âmbito da
formação de quadros, iniciaremos a implementação
do amplo Plano Nacional de Formação de Quadros
para o período 2013/ /2020.” Posto isto, o Eng. Manuel Domingos Vicente lembrou que o Executivo
destinou uma parte significativa do Orçamento Geral do Estado de 2013 aos investimentos na área da
saúde, “com vista a garantir o bem-estar e a capacidade física e laboral de todos os angolanos”.
O
Números
VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, MANUEL VICENTE No âmbito da formação, iniciaremos
a implementação do amplo Plano Nacional de Formação de Quadros para o período 2013/ /2020
Durante a sua apresentação, o Eng. Manuel
Domingos Vicente, vice-presidente da República, em representação do Eng. José Eduardo dos Santos, mostrou alguns indicadores
de saúde, publicados em 2010 pelo Instituto
Nacional de Estatística e, em 2011, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que
demonstram “a coerência e a eficácia das
medidas do Executivo para este sector”.
– Esperança de vida passou de 48 anos,
em ambos os sexos, para 52 anos
em 2010;
– A mortalidade materna passou de 1400
para 450mortes por cada 100
mil nados-vivos;
– A mortalidade infantil passou de 150
para 116 mortes por cada mil
nados-vivos;
– Desde Julho de 2011, não foi registado
nenhum caso de poliomielite no país.
Secretário de Estado da Saúde, Carlos Alberto Masseca
“O Orçamento de Estado 2013 prevê alocar um valor
de 2,3 mil milhões de dólares para a rubrica da saúde”
“Perspectivas e oportunidades em saúde”, o tema do simpósio précongresso, que teve lugar no dia 24 de Janeiro, contou com a moderação do Dr. José Van-Dúnem. O ministro da Saúde, na sua nota introdutória, lembrou que o sector da saúde, em Angola, está “em fase de
reestruturação”, o que permitirá alargar o leque de novas oportunidades nesta área. Em seguida, o Dr. Carlos Alberto Masseca, secretário
de Estado da Saúde, acrescentou que, enquanto “pilar fundamental para o desenvolvimento social”, o sector da saúde exige um esforço conjunto para se solucionarem alguns dos problemas mais prementes. O
responsável estima que o aumento da emergência das doenças cróni-
cas não transmissíveis irá onerar os custos com prevenção e tratamento.
O Orçamento de Estado prevê contemplar uma verba de 2.300 milhões de dólares para a rubrica da saúde. “Normalmente, os gastos com
bens e serviços correspondem a mais ou menos 30 ou 40% dos gastos
globais do Orçamento do Estado para a saúde. Esta oportunidade para os prestadores de serviços permite que, consequentemente, se possa criar emprego e proceder a uma redistribuição da riqueza nacional”,
afirmou o responsável, lançando o repto a novas investidores e empresários nacionais e estrangeiros, que actuam neste sector.
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VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DOS MÉDICOS EM ANGOLA
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Bastonário da Ordem dos Médicos assume
o compromisso de consolidação da reforma
no sector da saúde
z Durante a sessão solene
de abertura, o Prof. Doutor
Carlos Alberto Pinto de
Sousa, bastonário da Ordem dos Médicos (OM),
firmou o compromisso público de continuar a trabalhar em prol da qualidade
de vida dos serviços de
saúde prestados à população.
erante uma sala
cheia, o Prof.
Doutor Carlos
Alberto Pinto de
Sousa afirmou,
ontem, que a OM está empenhada na “execução efectiva
das orientações estratégicas
da Política Nacional de Saúde”, plasmadas no Programa
do Sector da Saúde do executivo para o quinquénio
2012-2017”. “A dicotomia entre o presente e o futuro [o le-
P
O VIII Congresso excedeu as
expectativas com participantes
de todo país
ma do VIII Congresso Internacional dos Médicos em
Angola] serve para balizarmos a nossa reflexão e para
acentuarmos e defendermos,
com determinação, a ‘governação clínica’ – entendida
como um processo dinâmico
e sustentado da medicina baseada na evidência -, que
possa evitar tensões, perdas
de eficiência e de efectividade nas prestações de cuidados.”
“Hoje, volvidos cerca de
10 anos de paz em Angola,
temos a responsabilidade e a
esperança acrescida de rumar a um futuro condizente
com um Plano Nacional de
Desenvolvimento Sanitário”, afirmou, acrescentando
que “o presente da saúde [no
país] enfrenta desafios”.
Contudo, o bastonário da
OM reconhece que, apesar
do “trabalho árduo”, existe a
determinação para “concertar estratégias e resultados”,
que estão em conformidade
com “o permanente desafio
de melhorar a saúde do povo
angolano”.
Prof. Doutor Carlos Alberto Pinto de Sousa, bastonário da OM de Angola: “Apesar do trabalho árduo, existe a determinação
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VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DOS MÉDICOS EM ANGOLA
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CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A saúde em Angola:
o presente e o futuro
z Na sessão de encerramento do VIII Congresso
Internacional dos Médicos em Angola, a 26 de Janeiro, foram lidas e aprovadas as seguintes conclusões e recomendações:
a. Os Congressistas assumiram:
i.A importância e o alcance
das linhas orientadoras em
matéria de saúde traçadas por
Sua Excelência o Senhor Vice-Presidente da República,
Eng. Manuel Domingos Vicente, que nortearão a sua actividade.
ii. Como grande prioridade,
prosseguir, no que lhes cabe
no âmbito da saúde no nosso
país, o combate permanente
contra a pobreza, de forma a
poder multiplicar as intervenções específicas de combate
às doenças mais mortais e
mais incapacitantes, bem como reforçar os sistemas de
prestação de cuidados de saúde às populações, especialmente às mais pobres.
b. Na Conferência “A Saúde
em Angola: o Presente e o Futuro”, Sua Excelência o Senhor Ministro da Saúde relatou os progressos registados
no sector e apontou os caminhos previstos no Plano Nacional de Desenvolvimento
Sanitário 2012-2025.
Em particular, referiu que o
sector vai continuar a trabalhar com o MINFIN e o MAPESS para a integração de novos quadros no sector público. Recomendou o investimento em especializações
médicas que possam assegurar o alcance dos objectivos e
o desenvolvimento de trabalhos de investigação de forma
a transformar os seus resultados num património colectivo. Recomendou ainda a necessidade de se criarem instrumentos que garantam a
monitorização das acções.
Nas outras conferências,
painéis e temas livres, concluiu-se:
Perspectivas
da medicina
No tema “Perspectivas da
Medicina – o fio condutor para uma visão integrada”, a
apresentação sobre o estado
da arte à luz da bioética relembrou que, embora a tecnologia esteja cada vez mais evoluída e ao serviço dos profissionais de saúde, esta não deve distanciar a relação médico-paciente.
Contributo
da investigação
A apresentação sobre o
contributo efectivo da investigação para o desenvolvimento da saúde concluiu que a investigação em saúde gera conhecimento para intervenções efectivas e eficientes,
tem consequências económicas e sociais robustas, e elevado retorno – de longo termo
para dispositivos médicos e
testes para diagnóstico e de
muito longo termo para medicamentos, ou agentes preventivos.
Educação médica
No que se refere à adequação da educação médica à
constante evolução das ciências e tecnologias da saúde,
concluiu-se pela necessidade
de adoptar um currículo baseado em competências, promover a educação interprofissional e de equipa.
Tendências
contemporâneas
No tópico relativo às tendências contemporâneas, foi
evidenciada a orientação de
se trabalhar interdisciplinarmente.
Informatização
serviços de sangue
A informatização e automatização dos Serviços de
Sangue e de Medicina Transfusional condicionam aumentos dos níveis de segurança e de eficácia. A informatização deve ser abordada de
um modo holístico em relação à cadeia transfusional. A
informatização dever ser entendida como um processo
estruturante em relação às actividades desenvolvidas tanto
directa como indirectamente.
Impacto da globalização
A globalização tem impactes profundos e complexos na
própria natureza da nossa sociedade, criando novas oportunidades mas, igualmente,
novos riscos. É necessário
que, na avaliação dos impactes, designadamente da globalização, a saúde seja sempre considerada
Serviços de urgência
A melhoria contínua da
qualidade e a gestão do risco
devem fazer parte da cultura
dos serviços de urgência.
Certificação
da qualidade
A certificação da qualidade
pelo normativo internacional
ISO 9001 nos serviços de saúde garante o funcionamento
dos serviços, equipamentos e
informação e reforça a qualificação e valorização dos profissionais da saúde através da
adopção de boas práticas – saber o que faz e como faz.
Cirurgia cardiovascular
Constata-se que, nos últimos anos, Angola iniciou um
processo de intervenções cirúrgicas cardíacas em crianças e adultos, na Clínica Girassol e no HJM com resultados positivos. Concluiu-se
que se deve incrementar a autonomia dos quadros angolanos já existentes, intensificar
a formação de quadros tanto
dentro como fora do País e
adequar infra-estruturas.
Formação médica
de especialistas
A formação médica de especialistas deve ir ao encontro
das necessidades e objectivos
estabelecidos pelo Executivo.
Polimorfismos
Eritrocitários
Relativamente a “Alguns
Polimorfismos Eritrocitários
e das Espécies de Plasmodium”, os resultados da investigação apresentada reconfirmam a presença de P. ovale,
em Angola, a presença de infecções mistas (duplas e triplas) e relata, pela primeira
vez, em Angola, a infecção
por P. vivax em indivíduos
Duffy-negativos. Contudo,
novos estudos mais aprofundados com uma amostra de
maior dimensão deverão ser
realizados.
Pediatria
Foi apresentada uma proposta para criação de um Centro de Pós Graduação em Pe-
diatria para a formação de
profissionais nesta especialidade e reforçar o papel dos
cuidados primários de saúde
(com ênfase no AIDI).
Transplantação renal
Um programa de transplantação renal representa um
enorme desafio e uma enorme
responsabilidade. O seu sucesso assenta numa estrutura
organizada e eficaz regida pelos mais rigorosos padrões
éticos e deontológicos e com
robusto suporte legislativo.
VIH e Sida
Quanto às perspectivas de
VIH e Sida propõe-se: redefinir estratégias direccionadas
aos grupos alvos de intervenção já identificados; advogar
um maior envolvimento das
instituições públicas e privadas; reforçar as acções direccionadas ao grupo de populações dos15 aos 24 anos e o desenvolvimento de acções para
aumento da qualidade dos serviços, adesão ao aconselhamento e testagem voluntária,
prevenção da transmissão vertical e a terapia antiretroviral.
Dermatologia
Na área da dermatologia,
concluiu-se que tem havido
avanços positivos. Contudo,
há necessidade de se criar serviços especializados a nível
regional e provincial, formar
mais e melhores especialistas,
desenvolver as subespecialidades, utilizar as novas tecnologias, promover a investigação científica e reforçar a estrutura e o papel do Colégio
angolano de Dermatologia e
Venereologia.
Saúde da criança
As recomendações relativas à saúde da criança apontam para a necessidade da vigilância nutricional, vacinas,
tratamento das doenças endémicas e correntes, e uma ac-
ção ao nível das determinantes da saúde – água potável,
saneamento e alojamento.
Saúde da mulher
As recomendações relativas à saúde da mulher sublinham que a situação da saúde
reprodutiva da mulher não é
muito diferente da dos restantes países africanos. Os indicadores são ainda preocupantes, mas assiste-se a esforços
adequados para a aproximação aos objectivos do milénio.
A estratégia de revitalização
do sistema municipal é a chave principal para uma assistência materna de qualidade.
Diabetes
A educação e prevenção a
três níveis são fundamentais
na abordagem da Diabetes.
Recomendação: uniformizar
em todo o país as normas de
diagnóstico, de tratamento e
seguimento da doença, capacitar enfermeiros e quadros
médicos, nomeadamente endocrinologistas.
Saúde mental
No domínio da saúde mental, as perturbações psiquiátricas e os problemas de saúde
mental constituem actualmente a principal causa de incapacidade e uma das mais
importantes causas de morbilidade nas sociedades contemporâneas. Entre outras recomendações: implementar
políticas e estratégias efectivas que vão ao encontro das
necessidades específicas de
cada país; educar a população
desde o ensino primário, conciliando a ciência e a cultura.
Modelo
de financiamento
Para alcançar um alto desempenho do sector da saúde
foi proposto a revisão do modelo de financiamento, a concepção, ampliação e reabilitação da rede de prestação de
cuidados.
Oncologia
No quadro da organização
do Serviço de Oncologia, foram propostos protocolos terapêuticos com guidelines internacionais, a formação de
uma comissão de coordenação oncológica e dispor de
uma equipe disciplinar para
planear a terapia.
Neurocirurgia
Na neurocirurgia perspectivou-se um programa neuroendoscópio para a hidrocefalia.
Socorrismo
Delinear e implementar
uma estratégia de intervenção
educativa em matéria de socorrismo.
Reabilitação
A reabilitação em Angola
recomenda ter serviços disponíveis de internamento, ambulatório e oficinas orto-protésicas.
Hábitos alimentares
A promoção de hábitos alimentares saudáveis, um serviço de nutrição comunitário,
em estreita ligação com o serviço de nutrição hospitalar capaz de atender situações críticas de mal nutrição, desnutrição e subnutrição.
Pré-natal
Aumento da cobertura do
pré-natal no país para prevenção e tratamento da Malária
congénita.
Gastrenterologia
Criação de protocolos específicos para indicação da
realização de Endoscopias
Digestivas Altas tendo em
conta que o excesso de uso
deste meio diagnóstico não
encontra correlação entre as
indicações e os achados endoscópicos.
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12 ll
Fevereiro 2013 l JSA
VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DOS MÉDICOS EM ANGOLA
Highlights Cursos Pré-Congresso
Os 13 cursos pré-Congresso, que decorreram nos dias 23 e 24
de Janeiro, mobilizaram mais de uma centena de participantes. Devido ao
sucesso e à pertinência dos temas, publicamos nesta edição os hot topics
de cada curso
O Centro de Convenções de Talatona foi o local do evento
A feira Médica Hospitalar contou com 125 expositores
directos e indirectos
O presidente da Comissão
Científica, Miguel Bettencourt
A médica Ermelinda Ferreira com
a ilustre participante da USAID
Dr. Boaventura Cabecinhas
Dr. Matuba Filipe
Dr. Sousa Diogo
Curso de Nutrição Parenteral
Curso Básico de ORL para Clínicos Gerais
Curso Básico de Gestão Hospitalar
z “Pretendeu-se com esta
z “Este curso cumpre o
propósito de ajudar os
Clínicos Gerais a lidarem
com as doenças mais comuns na área da Otorrinolaringologia. Há inúmeras patologias que podem ser tratadas pelo
Clínico Geral, nomeadamente, as otites médias agudas ou as otites médias crónicas (não
complicadas). Os médicos de Clínica Geral também podem ajudar a prevenir as doenças que
conduzem à surdez, seja nas crianças ou nos
adultos. No fundo, este curso pretende dotar
os médicos de valências e conhecimentos teórico-práticos que permitam acompanhar as situações mais simples ou referenciarem para a
especialidade.
z“A Gestão dos Hospitais é
da responsabilidade exclusiva dos seus órgãos directivos internos, observada a
legislação vigente, não tendo os organismos que interferir na sua gestão e no seu funcionamento, salvo nos restritos limites da tutela, da superintendência dos Governos Provinciais e do
Ministério da Saúde. A actuação dos gestores
avalia-se, geralmente, por padrões de eficiência e eficácia. Para ser eficiente e eficaz, o gestor deve possuir e continuamente desenvolver
varias aptidões essenciais: aptidão conceptual;
aptidão técnica e aptidão em Relações Humanas.”
apresentação sensibilizar
os clínicos e nutricionistas
para a utilização e aperfeiçoamento das técnicas
de avaliação e suporte nutricional correctas, realçar
a incidência da desnutrição hospitalar que continua a ser elevada, agravando-se inclusivamente com o prolongar do período de internamento. Esta elevada incidência da desnutrição
é comum e reflecte-se igualmente a nível das
comunidades extra-hospitalares. Aqui, é necessário desenvolver projectos no ambulatório
por equipas multidisciplinares compostas por
médicos, enfermeiros, nutricionistas e assistentes
sociais.”
Dr.ª Joseth Rita de Sousa
Dr.ª Fátima Valente
Dr. Afonso Wete
Curso de Electrocardiografia
para Clínicos Gerais
Curso de Investigação em Surtos
Curso sobre normas de tratamento
da tuberculose
z “Neste curso, pretendemos desmistificar o electrocardiograma, fornecendo informações genéricas
sobre este exame, para
que os Clínicos Gerais, ao
observarem um electrocardiograma, identifiquem as diferentes ondas com o ciclo cardíaco (registo normal e patológico). No final desta sessão, cada um dos participantes deverá ter
a noção do que é necessário para realizar um
electrocardiograma e identificar as informações
reveladas por este exame. Este é um curso com
especial relevo, uma vez que a dor no peito é
uma causa frequente de ida às Urgências e um
dos exames fundamentais e básicos é o electrocardiograma. Todos os médicos que estão
“nas portas de entrada” dos serviços de saúde devem identificar um ECG normal de um resultado patológico.”
Dr.ª Brígida Santos
Dr. Luís Filipe Borges
Curso sobre diagnóstico
e tratamento da malária
Abordagem do doente com anemia falciforme
Abordagem e manuseio o doente com edema
agudo do pulmão
capacitar os profissionais de saúde (médicos
e estudantes de medicina) no diagnóstico precoce e correcto manuseamento da malária. A malária ainda é considerada como a doença infecciosa mais séria em humanos, infectando cerca de 5 a
10% da população mundial, estimando-se
entre 300 a 600 milhões de casos e mais de
2 milhões de mortes, anualmente. Apesar
da severidade da doença, a compreensão
da variabilidade da resposta do hospedeiro à infecção (traduzida desde a infecção silenciosa até formas crónicas da doença, passando por quadros clínicos potencialmente
fatais), continua a ser um dos grandes desafios da investigação médica.”
z“A anemia das células falciformes é uma patologia
hematológica genética com
maior prevalência no mundo. Em Angola, estima-se
que cerca de 20% da população seja portadora do traço falciforme, calculando-se que esta doença atinja 1.6-2% da população. É uma patologia de carácter crónica,
com expressão clínica variada e com complicações agudas que motivam a ocorrência aos serviços de urgência/emergência. Com o objectivo de uniformizar as condutas, neste curso temos como propósito abordar os aspectos clínicos das complicações agudas e conduta terapêutica em situações de crise dolorosa, sequestração esplénica, infecções, anemia aguda,
síndrome torácica aguda, acidente vascular
cerebral e priapismo. Adicionalmente, focámos
os aspectos relacionados com a terapia transfusional na anemia falciforme e as particularidades desta patologia nas grávidas, que este é
um grupo considerado de alto risco.”
Outros cursos pré-congresso:
Sessão de abertura do Congresso
MAIS IMAGENS EM WWW.MEDICAHOSPITALARANGOLA.COM
z “A tuberculose, que regista uma incidência em
crescendo, ocupa o primeiro lugar no ranking
das doenças de foro infeccioso com maior número de casos, sendo, por isso, considerada
um problema mundial de saúde pública. A
OMS classifica a tuberculose como uma
emergência que urge combater em todo o
mundo. Em Angola, a tuberculose é a segunda
causa de morbi-mortalidade, sendo apenas superada pela malária. Nos doentes co-infectados pelo VIH/SIDA, a tuberculose é uma causa importante de mortalidade. Este curso
propõe-se a reduzir o impacto negativo da TB
sobre as comunidades, focando o plano terapêutico e um sumário das recomendações
de tratamento nas situações de TB resistente
ou crónica.”
Prof.ª Doutora Fernanda Dias Monteiro
z “Este curso procurou
O Ministro da Saúde em visita aos stands
z “Em muitos países africanos, os sistemas de vigilância e resposta à
doença enfrentam desafios graves para conseguir
resultados fiáveis de vigilância e resposta. A maioria dos países não dispõe dos requisitos mínimos básicos de capacidades segundo o Regulamento Sanitário Internacional para a vigilância,
comunicação, notificação, verificação e resposta
implementados, incluindo actividades apropriadas nos pontos de entrada. Com esta formação pretende-se que os profissionais de saúde tenham a oportunidade de praticar as
competências e as actividades envolvidas na vigilância e controlo de doenças. Irão obter as
competências e os conhecimentos apropriados
para a utilização de dados para detectar e responder às doenças, condições clínicas e acontecimentos prioritários e, desta forma, reduzir
o impacto da doença, morte e incapacidade nas
comunidades.”
– Emergência médica;
– Aspectos organizativos de um laboratório;
– Riscos profissionais em Unidades de Saúde;
– Segurança transfusional para prescritores de componentes sanguíneos.
z “Este curso procurou
sensibilizar médicos, estudantes e outros profissionais de saúde, para
que os mesmos saibam
reconhecer precocemente um paciente com edema agudo do pulmão, manuseá-lo e tratá-lo.
É importante que, depois da remissão do edema, saibam manter os devidos cuidados pósreanimação, encaminhando o doente para especialidade afim (Cardiologia, Medicina interna,
etc). Não há dados concretos sobre o edema
agudo. No entanto, como a população angolana tem uma carga muito elevada de doenças cardiovasculares, nomeadamente, hipertensão arterial e valvulopatias cardíacas (as principais causas do edema agudo do pulmão), logo
esta situação clínica terá, eventualmente, uma
prevalência elevada.”
Fevereiro 2013
l JSA
PUBLICIDADE
ll 13
14 ll
VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DOS MÉDICOS EM ANGOLA
Fevereiro 2013 l JSA
Avaliação do risco cardiovascular global
CARLOS RABAÇAL | Serviço de
Cardiologia HVFXira
z As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no
Mundo. Na génese destas
doenças está a aterosclerose, doença arterial inflamatória crónica, que evolui insidiosamente ao longo dos anos até se tornar
clinicamente visível, habitualmente sob a forma de
um enfarte do miocárdio
(EM), ou acidente vascular
cerebral (AVC).
recente estudo INTERHEART, no
qual foram
incluídos
doentes de 52 países de
África, Ásia, Austrália, Eu-
O
ropa, Médio-Oriente, América do Norte e do Sul, mostrou que 9 factores de risco
facilmente avaliados [tabagismo, lípidos, hipertensão
(HTA), diabetes (DM), obesidade, dieta, actividade física, consumo de álcool e
factores psico-sociais] foram responsáveis por mais
de 90% do risco de EM. Estes riscos foram consistentes em todos os continentes,
grupos étnicos e género. Em
África, mas também no Médio-Oriente e Sul da Ásia,
os indivíduos afectados
eram mais novos (tinham
em média menos 10 anos) e
foi mais forte a relação entre
a HTA e o risco de EM.
Por outro lado o corelacionado estudo INTERSTROKE, que incluiu doentes de 22 países das mesmas
regiões do Mundo, confirmou esta relação entre os
factores de risco e o AVC e,
em particular, a importância da HTA nos países africanos, sobretudo nos grupos etários mais jovens.
Factores de risco
evitáveis
No seu conjunto estes estudos demonstraram que independentemente da área
geográfica, condição étnica
ou género, a morbilidade e
mortalidade das DCV depende de factores de risco
evitáveis ou tratáveis. O desafio para as várias nações
reside, portanto, na implementação de programas populacionais de educação em
saúde mas também em programas orientados para a
detecção e tratamento dos
factores de risco que condicionam de forma mais significativa o aparecimento
daquelas doenças. Realcese que a combinação de
múltiplos factores de risco
aumenta o risco de forma
desproporcional exigindo,
por isso, abordagens mais
incisivas.
Focalizado nesta realidade, na apresentação durante
o VIII Congresso da Ordem
dos Médicos procurei, de
forma prática, discutir as
“Nove factores de
risco facilmente
avaliados
[tabagismo,
lípidos,
hipertensão
(HTA), diabetes
(DM), obesidade,
dieta, actividade
física, consumo
de álcool e
factores psicosociais] foram
responsáveis por
mais de 90% do
risco de enfarte
do miocárdio”
ferramentas de que dispomos para prevenirmos os
factores de risco evitáveis
ou, quando isso já não é
possível, para tratarmos
aqueles que sendo inevitáveis, não têm nem devem
ser deixados em livre curso.
Utilizarei scores de risco
que nos ajudam a estratificar o risco cardiovascular
global (RCV) e nos ensinam a definir o timing e a
intensidade da nossa intervenção. Incidimos a nossa
atenção na HTA, DM e dislipidémias, pela elevada
prevalência que apresentam
e pelos confirmados benefícios que resultam do seu
tratamento atempado e rigoroso.
Modificações
do estilo de vida
E dei ênfase às modificações no estilo de vida. São,
reconhecidamente, um primeiro e importante passo
no controlo dos diversos
factores de risco e no combate às DCV nos indivíduos jovens e saudáveis
como desempenham um
papel adjuvante decisivo
no tratamento de indiví-
duos com HTA ou DM, onde podem mesmo retardar
a necessidade de fármacos
ou, quando estes se tornam
imprescindíveis, facilitar a
redução das doses e do se
número, minorando, assim, os efeitos adversos
dos tratamentos.
Por último, reconheço
que os desafios implícitos
são tremendos. A ciência
moderna permitiu caracterizar de forma inquestionável aquilo que nos mata, temos nas mãos informação
e conhecimento que nos
permite fazer mais e tratar
melhor, mas sabemos que
não será fácil conseguir
aquilo que todos desejamos à escala global: mais e
melhor saúde!
Mas não podemos desistir porque como diz Norman Vincent Peale "os covardes nunca tentam, os
fracassados nunca terminam, os vencedores nunca
desistem." E nós queremos, efectivamente, vencer!
A Farmácia Kinaxixi, moderna e ampla, conquistou um espaço muito importante
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16 ll
TERAPIA DA FALA
Fevereiro 2013 l JSA
SURDEZ
VANDA SARDINHA | Terapeuta da Fala
[email protected]
A AUDIÇÃO
A audição, tal como os restantes sentidos, é muito importante para o nosso desenvolvimento como indivíduo,
como parte da sociedade. Já
antes do nosso nascimento, a
audição é o primeiro sentido a
ser apurado, através do diálogo da mãe com o seu bebé, dos
novos sons, do conhecimento
do mundo que nos rodeia.
É através desta que comunicamos com o mundo e este
se comunica connosco, desenvolvendo assim a nossa
identidade, os nossos sentimentos, a compreensão do
mundo que está à nossa volta,
os vínculos sociais, as interações intra e inter – pessoais e,
não esquecendo, o modo como manifestamos os nossos
anseios e necessidades.
A DEFICIÊNCIA
AUDITIVA
A surdez é a alteração sensorial mais comum no ser humano. Estima-se que, aproximadamente, 4% de indivíduos com menos de 45 anos e
29% com 65 ou mais anos tenham défice auditivo. A surdez grave a profunda afeta
cerca de 1:1000 recém- nascidos. Sabe-se, igualmente,
que mais 1:1000 crianças ficam surdas antes da idade
adulta, sendo estas formas de
surdez menos graves e progressivas.
Estima-se que, atualmente,
mais de 60% dos casos de
surdez tenham uma causa genética. Sabe-se que a surdez
não é, por si só, uma doença,
mas uma sequela ou manifestação de doenças distintas. Só
identificando, tratando e prevenindo as doenças será possível reduzir e diagnosticar a
surdez precocemente.
Deficiência Auditiva é a
perda parcial ou total de audição. Poder ser de nascença ou
causada posteriormente por
doenças. No passado costumava-se achar que a surdez
era acompanhada por algum
tipo de deficit de inteligência.
Entretanto com a inclusão
das pessoas portadoras de de-
ficiência auditiva no processo educativo, compreendeuse que eles, na sua maioria,
não tinham a possibilidade de
desenvolver a inteligência
em virtude dos poucos estímulos que recebiam e que isto era devido à dificuldade de
comunicação entre deficientes auditivos e ouvintes. Porém, o desenvolvimento das
diversas das duas modalidades: Língua Gestual e Oralidade, permitiram ás pessoas
surdas os meios de desenvolvimento da sua inteligência.
SINAIS DE ALERTA
Família – a primeira a suspeitar de surdez, por observação da criança:
Em crianças muito pequenas:
– Nos primeiros 4 meses de
vida: ausência de reações aos
sons; sensibilidade exagerada às vibrações; sono demasiado calmo; comportamento
diferente do usual – a criança
é muito quieta, dorme muito
e em qualquer ambiente, não
se assusta com sons intensos;
– Entre os 4 e os 12 meses:
mantém os sintomas anteriores; palrar não melódico; utiliza uma comunicação gestual;
– Dos 12 aos 24 meses: ausência de palavras articuladas; desatenta a tudo o que está fora do seu campo visual;
emissões vocais descontroladas – gritos; instalação de
uma linguagem gestual progressiva;
- Aos 24 meses: início das
perturbações do comportamento; dificuldades na motricidade fina;
Em crianças mais
velhas:
– Não desenvolvem
linguagem ou têm
grandes dificuldades para aprender a falar.
Na escola – as
crianças com surdez severa, profunda ou total são
geralmente identificadas cedo. As crianças com surdez ligeira
ou moderada tendem mais
a ser negligenciadas. As seguintes características devem
ser encaradas como sinais de
alerta:
– Crianças com comportamento que se assemelha a outros distúrbios como a deficiência mental ou problemas
comportamentais;
– Olhar inexpressivo – podem não compreender o que
está a ser dito;
– Bloqueio de comunicação –
criança muito envolvida com
a sua própria ansiedade;
– Queixas de dores de ouvido, desconforto, assobios,
zumbidos, resfriados e dores
de garganta frequentes;
– A criança aumenta o volume do rádio, TV, ou encosta o
ouvido ao altifalante para ouvir melhor;
– O aluno pede frequentemente para repetir o que acabou de ser dito – têm o hábito
de dizer “anh?”;
– A criança não responde ou é
desatenta quando se fala com
ela, são por vezes rotuladas
de “criadores de conflito”;
– O aluno recusa em participar em atividades orais na aula.
COMO INTERVIR
Pensando na importância
da audição para o desenvolvimento não só da linguagem,
mas de outros aspetos como
cognitivo, afetivo e social,
pensa-se também que o quanto antes a perda de audição
seja detetada, a criança deve
ser devidamente protetizada (
prótese auditiva ou implante
coclear ) e encaminhada para
o Terapeuta da Fala , para que
tenha um menor desfasamento no seu desenvolvimento.
Assim o pensamento atual
é que o bebé deve ser avaliado auditivamente no momento do nascimento e caso algum problema seja detetado
Sinais de alerta
Como intervir?
ele deve ser encaminhado a
outros exames. Com a confirmação do problema, a família
é orientada a procurar um
acompanhamento específico
do médico Otorrinolaringologista e do Terapeuta da Fala, para que seja iniciado o
processo de protetização e terapia. É esperado que a criança com seis meses de idade já
esteja protetizada e recebendo orientação terapêutica.
Intervenção da família
A família é o terapeuta
mais poderoso da criança,
primeiro por ela ter total confiança e empatia pelas pessoas que a compõe e segundo
por estas pessoas estarem em
contado com a criança durante um tempo muito maior que
o terapeuta. Então, o sucesso
do desenvolvimento da
criança depende muito da
ajuda dos familiares.
– Estimular o balbucio, devolvendo-os ao bebê, se ele
ainda estiver sem qualquer
aparelho de amplificação,
manter a cabeça do bebê encostada no seu peito para que
ele sinta a vibração;
– colocar a criança em contato com estímulos sonoros de
vários tipos em situações cotidianas;
– respeitar a diferença entre
idade cronológica e idade auditiva ( quando a criança recebeu o aparelho);
– a criança precisa ouvir antes de emitir, por isso o trabalho do resíduo auditivo é tão
importante;
– fazer com que a criança "vi-
vencie a linguagem", colocando-a em contato com o
objeto concreto sempre que
falar sobre ele;
– verbalizar sempre, em todas as situações, antes de falar, deve chamar a atenção da
criança para que ela olhe para
si e receba a frase completa,
isso facilita a compreensão;
– deixar que a criança emita
os seus sons livremente, não
ter ansiedade para que ela fale corretamente, o importante
de início é estimular o prazer
em emitir;
– permitir que a criança brinque e tenha contato com
crianças ouvintes;
– cantar para o bebê dormir;
– entender que o trabalho linguístico com a criança deficiente auditiva se faz seguindo a hierarquia da aquisição
da linguagem da criança ouvinte, apenas com a primeira
será necessário maior dedicação e empenho;
Intervenção
do terapeuta da fala
O trabalho do terapeuta da
fala inicia-se por uma avaliação cuidada e meticulosa das
várias áreas da sua competência, para além de ter em atenção o disgnóstico clinico (tipo
e grau de surdez), a ajuda técnica escolhida ou utilizada pela criança no momento, o ganho auditivo
que tem com a mesma, o contexto familiar e educacional.
O terapeuta da fala deverá
“respeitar” a opção comunicativa de eleição da família.
Esta escolha irá influenciar a
intervenção na medida em
que , poderá dirigir a mesma
para a linguagem gestual portuguesa, para a comunicação
total ou para a oralidade.
No primeiro caso (Língua
Gestual Portuguesa), o papel
do Terapeuta da Fala não poderá ser direto porque a opção
implica o uso de uma outra
língua que terá de ser ensinada
e trabalhada por falantes da
mesma. O Terapeuta da Fala
pode apenas orientar educadores e professores a nível de
comunicação e pragmática.
No segundo (Comunicação
Total), o Terapeuta da Fala tem
um papel preponderantes na
medida em que tem de trabalhar comunicação, linguagem,
fala, leitura de fala e discriminação auditiva. A metodologia
escolhida para o trabalho, poderá utilizar gestos idiossincráticos, datilologia, gestos de
Língua Gestual Portuguesa,
bem como sistemas aumentativos e alternativos de comunicação, pistas fonéticas e fala. É
chamado o método bimodal,
porque a criança poderá desenvolver a expressão verbal
oral e gestual, em paralelo.
Na abordagem Oralista o
papel do Terapeuta da Fala é
fundamental, na medida em
que o objetivo último é a fala.
Apesar de serem trabalhadas as áreas referidas anteriormente o ênfase deverá
ser dado ao desenvolvimento da audição e da fala. A intervenção vai basear-se no
estímulo da audição e no desenvolvimento da perceção
da linguagem.
MÉDICA HOSPITALAR ll 17
Fevereiro 2013 l JSA
Médica Hospitalar atrai mil visitantes
O EVENTO PERMITIU A CERCA DE MIL MÉDICOS E OUTROS PROFISSIONAIS DE SAÚDE TEREM ACESSO ÀS MAIS
AVANÇADAS SOLUÇÕES NA ÁREA MÉDICA – MEDICAMENTOS, EQUIPAMENTOS, TECNOLOGIAS E FORMAÇÃO – A BEM
DA TRANSPARÊNCIA DO MERCADO E DA SAÚDE DA POPULAÇÃO.
O certame foi inaugurado pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, acompanhado pelo ministro da Saúde, José Van-Dúnem, pelo Secretário de Estado da Saúde, Carlos Masseca,
e pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Pinto de Sousa.
z Em simultâneo com o
Congresso Internacional
dos Médicos em Angola
decorreu, no final de Janeiro, em Luanda, a 1ª Feira Internacional de Equipamento Médico-Hospitalar, Tecnologia, Medicamentos e Consumíveis. O
evento permitiu a cerca de
mil médicos e outros profissionais de saúde terem
acesso às mais avançadas soluções na área médica – medicamentos,
equipamentos, tecnologias e formação – a bem
da transparência do mercado e da saúde da população.
1ª Feira Médica Hospitalar,
que ocupou
uma área bruta de 1.800
metros quadrados, contou
com a presença de 57 expositores e patrocinadores directos e de 68 expositores indirectos (empresas represen-
A
tadas). No certame, cuja organização coube à Ordem
dos Médicos de Angola, Jornal da Saúde e à Marketing
For You, estiveram representados 16 países: Angola, Coreia do Sul, Portugal, China,
África do Sul, França, Holanda, Alemanha, Bélgica,
Estados Unidos da América,
Japão, Espanha, Brasil, Dinamarca, Itália, Suíça.
Um inquérito realizado
para aferir o grau de satisfação dos expositores revela
que a esmagadora maioria
marcou presença com o objectivo de identificar novos
clientes (80,5%). A promoção da empresa (80,5%), a
fidelização de clientes habituais (48,8%) e o lançamento de novos produtos
(46,3%) foram também factores que pesaram na motivação dos expositores, dos
quais 70% declararam ter
atingido os objectivos pretendidos com a respectiva
presença na mostra especializada. É também interessante constatar que a maioria
(57,5%) dos expositores inquiridos revelou a pretensão
de pretender participar com
um espaço maior na edição
do próximo ano.
O certame foi inaugurado
pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente,
acompanhado pelo ministro
da Saúde, José Van-Dúnem,
pelo Secretário de Estado da
Saúde, Carlos Masseca, e pelo bastonário da Ordem dos
Médicos, Pinto de Sousa.
Sector público da saúde
terá novos quadros
O Ministro da Saúde, José
Van-Dúnem, garantiu, no
encerramento do VIII Congresso Internacional dos
Médicos angolanos, que decorreu sob o lema “A Saúde
em Angola, o presente e o futuro”, no final do mês passado em Luanda, que “o sector
vai continuar a trabalhar
com o MINFIN e o MAPESS para a integração de
novos quadros no sector público”. O responsável recomendou “o investimento em
especializações médicas que
possam assegurar o alcance
dos objectivos e o desenvolvimento de trabalhos de investigação de forma a transformar os seus resultados
num património colectivo”.
Por seu turno, secretário
de Estado da Saúde, Carlos
Alberto Masseca, sublinhou
a importância do evento num
momento em que o país traça
estratégias e perspectivas
para o combate de doenças
prioritárias, adiantando que
esses objectivos configuram, primordialmente, a universalização do acesso aos
serviços com qualidade, segurança e que permitam aumentar o grau de satisfação
dos utentes.
Carlos Alberto Masseca
sublinhou ainda a importância do intercâmbio entre os
médicos angolanos e de outros países, tendo em vista a
ampliação da formação dos
quadros nacionais, bem como, num futuro próximo, a
transferência de tecnologia
médica através da imple-
mentação, no país, de empresas da indústria farmacêutica ou de dispositivos
médicos. “Acreditamos também que estamos em condições de iniciar programas de
intercâmbios com médicos
de países com uma ligação
previamente estabelecidas
com Angola, seja por questões culturais, históricas ou
políticas”, destacou.
O bastonário da Ordem
dos Médicos de Angola,
Carlos Alberto Pinto de Sousa enunciou, na sua intervenção, as principais linhas
mestras definidas no programa do Executivo para o sector para o quinquénio 20122017, entre as quais se destacam a consolidação da Reforma do Sector da Saúde, a
promoção de serviços hospitalares nacionais, regionais e
provinciais e a redução da
mortalidade materna, infantil e infanto-juvenil. Reportando-se ao tema do encontro, Carlos Alberto Pinto de
Sousa sublinhou a necessidade da Ordem dos Médicos
proporcionar aos seus associados abordagens técnicocientíficas que olham para as
suas grandes questões que se
colocam à medicina e ciências da saúde. “Isto significa
que devemos reflectir sobre
o que estamos a realizar em
termos do estado da arte e o
modo como conseguimos
centralizar e focar as nossas
capacidades no cidadão e na
comunidade, considerando
que às pessoas interessam
mais a qualidade do seu percurso quando procuram cuidados de saúde do que propriamente a gestão interna
de cada organização”, referiu. As conclusões do Congresso defendem a investigação em saúde atendendo a
que esta gera conhecimento
para intervenções efectivas e
eficientes, tem consequências económicas e sociais robustas, elevado retorno, de
longo termo, para dispositivos médicos e testes para
diagnóstico e de muito longo
termo para medicamentos,
ou agentes preventivos.
18 ll
Fevereiro 2013 l JSA
MÉDICA HOSPITALAR
MÉDICA HOSPITALAR ANGOLA
Expositores recomendam continuidade da feira
z Motivados pelos bons resultados do evento, os expositores – que ao longo de dois dias estiveram na Médica Hospitalar 2013 a mostrar à classe médica, gestores hospitalares e
outros profissionais de saúde o que de melhor disponibilizam em termos de equipamentos e medicamentos – recomendam a sua continuidade. A 2.ª edição do certame já está
agendada para 24 e 25 de Janeiro de 2013. MARIA RIBEIRO
«Apresentámos, pela primeira vez em África,
um Raios X digital portátil”
«Apresentámos equipamentos inovadores»
Rui Coelho, administrador para a área comercial da Tecnimed
z «Esta é a primeira feira médica hospitalar do
país. A Tecnimed é uma empresa que está no
mercado há 20 anos e consideramos que é nossa obrigação participar neste evento com qualidade, para prestigiá-lo. Na feira procuramos
apresentar cada uma das empresas que representamos. A maior é a Siemens. Trouxemos equipamentos que se nos afiguram ser de grande importância para os médicos, como por exemplo
o ecógrafo P300. É uma novidade no mercado
internacional. Em Angola já vendemos alguns.
Apresentámos também o Arcadis, uma máquina usada no bloco operatório para apoio às cirurgias. Através dele, por fluoroscopia, consegue-se seguir a cirurgia ao paciente. Da Drager,
expusemos um aparelho de anestesia. Exibimos
um monitor próprio para as salas de ressonância magnética. Também como novidade para Angola mostrámos a digitalização das imagens de
Raios X. São conversores que transformam
imagens analógicas em digitais, o que pode ajudar a potenciar a telemedicina no país. Em resumo, apresentámos equipamentos que certamente interessam aos médicos, porque são úteis
para o seu trabalho».
«Com a sonda encostada no corpo do paciente
é possível detectar se há presença de tecido
cancerígeno ou não»
Mateus Venâncio, director-geral da Medtrónica
z «Participámos na feira com o objectivo de contribuir para a melhoria da saúde dos angolanos.
Acreditamos que é importante que os médicos
tenham um conhecimento real dos equipamentos
que disponibilizamos. A Medtrónica é uma
empresa que comercializa equipamentos de diagnóstico clínico, mobiliário hospitalar e consumíveis
para a área de medicina. Expusemos ecógrafos
para várias modalidades de diagnósticos e
equipamentos de Raios X para diagnóstico e
odontologia. O produto que apresentámos na
feira é de uma marca que está a ser introduzida no mercado angolano há dois anos. O nosso produto tem várias funções que o diferenciam
dos de outros fornecedores da mesma marca,
como, por exemplo a possibilidade de, através
dele, detectar-se o cancro humano no organismo só com um toque do equipamento. Com a
sonda encostada no corpo do paciente é possível detectar se há presença de tecido cancerígeno ou não. É uma das novidades. Na área
da ginecologia e obstetrícia trouxemos a tecnologia 4D. Com este equipamento tem-se uma
visão realista do feto. Gostaríamos de ter mais
oportunidades de expor para que os médicos e
os angolanos em geral tenham maior contacto com as novas tecnologias».
Ricardo Sanjim, director comercial da Socafrin
z «A Socafrim trabalha na área da saúde há 12
anos. Somos especializados em apetrechamento hospitalar. Tudo o que existe num hospital
nós fornecemos. Participámos na feira para interagir e mostrar equipamentos inovadores. Representamos duas marcas em Angola: a FujiFilm,
direccionada para os Raios X, e a Seca, que fabrica balanças médicas. Apresentámos, pela primeira vez em África, um aparelho de Raios X digital da FujiFilm. É portátil, com funções digitais.
Ou seja, o técnico faz o RX e a imagem é apresentada directamente no ecrã do equipamento, onde pode ser trabalhada. Caso queira imprimir usa a impressora acoplada. Ao mesmo
tempo, armazena a imagem no computador,
para manter um histórico do paciente. Expusemos também um novo produto para a endoscopia rígida e o analisador de bioquímica seca.
Este faz análises bioquímicas sem consumo de
líquidos ou reagentes. Funciona com pequenos
slides. Na área da marca Seca, apresentámos
as novas balanças. Uma delas é também cadeira
de rodas. O paciente é pesado enquanto caminha para o médico. Acresce que é wireless.
O paciente é pesado e a informação é enviada
para a impressora. Promovemos também uma
balança pediátrica desenvolvida exclusivamente para a Unicef, dirigida às enfermeiras que trabalham nas aldeias».
«Trouxemos à feira novidades para
a descontaminação hospitalar”
José Couceiro, director técnico da divisão de sistemas médicos
da Rocha Monteiro
«A qualidade dos medicamentos
é a nossa aposta em Angola»
z «Trouxemos à feira equipamentos para des-
Marisa Mesquita, directora comercial da Gefarma
contaminação, desinfecção e esterilização de ambientes hospitalares. É uma nova tecnologia na
área de desinfestação de ambientes hospitalares e também domésticos. São equipamentos
para blocos operatórios e salas de parto que podem ser utilizados mesmo com a presença de seres humanos. É uma novidade na área da descontaminação ambiental. Apresentamos também
outra novidade: um aparelho para descontaminação de ambientes domésticos e instituições,
como hotéis, salas de reunião, etc. São equipamentos eficazes. O primeiro sistema, o médico, mata 99,99 porcento dos germes e bactérias nos ambientes hospitalares. Os domésticos para descontaminação são soluções para
combater o mofo e ambientes que causam alergia. Esta feira é uma oportunidade que já se impunha. Como empresários, temos a oportunidade de apresentar não só as novidades mas
também de nos dar a conhecer junto das distintas
unidades sanitárias. A nossa participação foi positiva e, pelo que vimos, também foi para o lado
dos médicos e gestores hospitalares. É uma feira que deverá continuar. Não sei ainda qual será
a periodicidade mas o ideal seria anual».
z «A Gefarma actua no mercado angolano dos
medicamentos desde 2008. Participámos na feira para dar a conhecer aos médicos a empresa. Queremos crescer muito mais. Queremos estar de norte a sul. Trouxemos à feira a nossa imagem, a nossa força de vendas e os produtos que
vendemos, de origem unicamente europeia.
Apresentamos os novos medicamentos que estão a ser distribuídos pelos laboratórios europeus
para a área de cardiologia. A qualidade dos medicamentos é a nossa aposta em Angola. Esta
feira é uma oportunidade única porque recebemos a visita de médicos de vários países. Não
é uma feira nacional, mas sim internacional, o
que permite partilhar os conhecimentos. Em termos gerais consideramos que a organização da
feira está muito boa».
“Esta feira é uma oportunidade única porque
recebemos a visita de médicos de vários
países”
«A feira e o congresso são uma
feliz coincidência»
António Azevedo, director-geral da Novera
«É um evento que deve ser repetido»
Ana Vicente, directora-geral da Labconcept, grupo Loupacle
z «A nossa empresa está há dois anos no mercado angolano. Dedica-se à comercialização de
equipamento médico hospitalar e medicamentos, presta assistência técnica e formação. Dispomos de uma plataforma logística que nos permite fazer a distribuição por todo país. Temos
uma equipa de assistência técnica que nos possibilita fazer a manutenção, dar assistência aos
equipamentos e respectiva formação técnica. Recebemos também formação comportamental e
em outras áreas técnicas que não as de serviço. Representamos marcas líderes no mercado
como a Karl Storz de endoscopia, ectoscopia e
cirurgia não evasiva. Também a Abbott, líder no
mercado de banco de sangue, hematologia e
bioquímica. Disponibilizamos igualmente uma
vasta gama de medicamentos, quer genéricos,
quer de marca. Também somos fortes ao nível
de ortopedia, devido às parcerias com várias marcas estratégicas, líderes no mercado. Na feira demos primazia à parte de laboratório, hematologia, bioquímica, cirurgia não evasiva e endoscopia. A biologia molecular, parte de anatomia patológica e bancos de sangue são alguns
dos nossos pontos fortes apresentados na feira.
A Médica Hospitalar é um evento que deve ser
repetido porque nos permite apresentar todo um
leque de medicamentos e mais-valias que temos
para a saúde em Angola».
«Introduzimos muitos produtos
inovadores no mercado»
João Carlos Xavier, director comercial da Selquímica
z «A Selquímica está na área da saúde, principalmente na de medicamentos e material hospitalar, há mais de 15 anos. Somos uma empresa
que introduziu muitos produtos inovadores no
mercado. Na feira apresentámos produtos
como Viusid, um suplemento alimentar que fortalece o sistema imunológico, e outros como Kaletra, Aluvia, Anodyne, Cicatrix, Renalof, Diamel,
Spermotrend, Glizigen-gel, Glizigen-spray, Blue
Cap shampu, Blue Cap sray, Blue Cap pomada
e Blue Cap gel. Participámos da feira porque tudo
o que está relacionado com a saúde interessanos».
«Tudo o que está relacionado com
saúde interessa-nos»
«Viemos mostrar que fazemos parte do cenário
da saúde em Angola»
«Queremos incentivar as pessoas para a prática
de exercício físico»
Raul Costa, sócio-gerente da Tambula Comércio Geral importação Exportação, Lda
Paulo Rodrigues, departamento de Comunicação
e Imagem da Sistec
z«Somos uma empresa de direito angolano, se-
z «Participámos nesta feira porque representa-
diada no Projecto Nova Vida, e temos uma delegação na província do Huambo. O nosso objectivo é prestar um melhor serviço, quer do ponto de vista comercial, quer na assistência pósvenda, designadamente na assistência técnica
e também no acompanhamento dos nossos clientes em termos de consumíveis, gastáveis e reagentes. Participámos na feira pelo facto de sermos uma empresa nacional reconhecida pelo Ministério da Saúde e por termos uma projecção,
tanto em Luanda, como nas províncias, onde vários participantes no Congresso nos conhecem
e com os quais já desenvolvemos vários projectos.
Era de bom-tom estarmos aqui para nos representarmos e mostrar que fazemos parte do
cenário da saúde de Angola. Temos dois tipos
produtos que estão ligados à área de laboratório,
da imagiologia, porque são dois segmentos onde
nos temos demarcado ao longo do percurso do
nosso projecto».
«O nosso objectivo é prestar um melhor
serviço quer do ponto de vista comercial,
quer na assistência pós-venda»
mos a italiana Tecnogym, uma marca de material
para ginásios de treino físico. Aproveitámos a
oportunidade para apresentar os nossos produtos
e incentivar as pessoas a usarem os nossos equipamentos. Somos nós que fornecemos a maior
parte dos ginásios de Angola. Também fizemos
a apresentação do Projecto Doenças Não Transmissíveis por Bactérias (DNTB), onde enquadramos obesidade, doenças cardiovasculares,
diabetes. Tivemos a interface e uma coluna de
uma marca que também representamos, a Behringer. É uma coluna que já vem amplificada. O
microfone e a interface ficam com o personal trainer, que vai passar as instruções com música de
fundo. O aparelho vai ser colocado num espaço a definir em Luanda e nas províncias onde temos filiais. Estamos a ponderar o arranque porque esta é uma actividade conjunta com o Ministério da Saúde. Queremos incentivar as
pessoas para a prática de exercício físico. Tivemos também algumas das nossas máquinas expostas, todas relacionadas com o exercício da
medicina, para exercícios cardiovasculares».
z «A Novera é uma empresa de direito angolano com actividade no mercado desde 1992. Dedica-se exclusivamente à terapia respiratória com
particular destaque nos sistemas de distribuição
de fluidos medicinais. Na feira, a Novera expôs
vários produtos ligados à terapia respiratória. Instalamos uma rede de gases medicinais para mostrarmos como funciona e para permitir aos clientes determinar o que precisam relativamente à
natureza do seu projecto. Preparámos uma rede
especial e também um conjunto de acessórios
que funcionam com ela, onde encontramos as
calhas medicinais, as cabeceiras, as rampas de
gases, tudo equipamentos que funcionam com
gases medicinais, terapia respiratória e anestesia.
Portanto, é a rampa de gases a funcionar com
todos os acessórios e respectivos. A feira e o Congresso da Ordem dos Médicos são uma feliz coincidência que deve continuar assim. Os médicos
estão a discutir o sistema de saúde e penso que
isso tem muito a ver com o nosso trabalho. Aqui
juntámos duas componentes muito importantes
da saúde: a discussão, em si, das questões da
saúde e, por outro lado, um factor não menos
importante, a electromedicina, o suporte vital
para a conclusão e execução dos objectivos daquilo que se vem para aqui discutir. Penso que
as duas coisas se entrelaçam e casam. É, de facto, uma coincidência feliz ter em simultâneo o
congresso dos médicos e a primeira feira de equipamentos médicos».
Fevereiro 2013
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l JSA
ll 19
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multidisciplinar
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A CRIEVANT diferencia-se no mercado pela
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– Oftalmologia
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– Odontologia
– Instrumental Cirúrgico
– Maxilo-Facial
– Ginecologia/Obstetrícia
– Gastroenterologia
– Cardiologia
– Urologia
– ORL - Otorrinolaringologia
– Neurologia
– Emergência Médica
– Assistência Técnica Especializada
– Consultoria/Soluções Integradas
– Mobiliário Hospitalar
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e Fixador, Papel de Ecografia e ECG, Gel de
Ecografia, Produtos de Contraste Iomeron,
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Criamos sinergias
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20 ll
Fevereiro 2013 l JSA
MÉDICA HOSPITALAR
«Promover o nosso portfólio junto
da classe médica»
Helena Paradela, directora técnica e de assuntos
regulamentares da Sandoz Farmacêutica de Portugal
z «A Sandoz Farmacêutica tem os seus medi-
«A Iberconcentra tem um conceito
de soluções globais»
«Participamos nestes eventos porque
procuramos as necessidades dos médicos»
«Feira permite à classe médica saber dos
serviços e aparelhos no mercado»
Pedro Diogo e Paulo Pena, delegados comerciais da
Iberconcentra
Manuel Salgado, gerente da Mundinter Angola
Teresa Carvalho, directora clínica do Centro de Diagnóstico por
Imagem de Luanda
z «Trouxemos uma gama de equipamento médico hospitalar, especificamente equipamentos
para bloco operatório. A Iberconcentra tem um
conceito de soluções globais, ou seja, nós conseguimos equipar todo o bloco operatório,
desde os aparelhos de anestesia, os armários,
aos consumíveis que são utilizados no decorrer
das cirurgias. Também temos equipamentos para
neonatologia, obstetrícia, incubadoras e berços
aquecidos. Nos cuidados intensivos temos ventiladores fixos e móveis. Na feira expusemos toda
a nossa panóplia de equipamentos, com o que
há de mais recente em termos tecnológicos, desde o desfibrilhador que saiu agora no mercado
a um equipamento com muito sucesso entre os
visitantes, o AutoPulse. Este é um equipamento para medição das pulsações cardíacas. É novo.
Saiu em 2010. É o único equipamento no mercado que faz compulsões cardíacas, ao invés de
ser uma pessoa a fazê-lo. A feira é, para nós,
a oportunidade de ter os médicos, entre nacionais e internacionais, num mesmo espaço.
Tem a vantagem de permitir mostrar o que há
de novo e todas as valências existentes que se
podem trazer para a saúde em Angola».
z «Estamos no mercado angolano há 16 anos
e actuamos nas várias valências da saúde, desde equipamento geral, área cirúrgica, equipamentos e consumíveis para as áreas de neurologia, urologia e consumíveis hospitalares.
Também temos apostado na formação dos enfermeiros angolanos. Na feira apresentámos todo
nosso portfólio de produtos. Não viemos com
equipamentos porque já somos uma empresa
conhecida do mercado. Trouxemos sobretudo CD
com a história da empresa e com todos os equipamentos. A exposição física dos equipamentos
não nos pareceu muito importante. Participamos
nestes eventos porque procuramos as necessidades dos médicos e assim podemos apoiá-los,
para que possam melhorar os cuidados de saúde. Este é, de facto, o objectivo. A realização desta feira é um marco importante, uma referência de que em Angola existe uma feira médica».
z «Na feira apresentámos os nossos serviços. Temos um centro de diagnóstico por imagem que
funciona com uma médica radiologista assistente
graduada e estamos sempre ligados, por telemedicina, ao Centro em Viana do Castelo. Fazemos Raios X convencional, ecografia, mamografia digital, única em Luanda, com a possibilidade de fazer as biopsias por estereotaxia, TAC
de 128 cortes. São estes os nossos serviços. Acho
óptimo a realização da feira porque ela permite à classe médica saber dos serviços e aparelhos de que dispõem no mercado. Possibilita o
contacto com os fornecedores».
camentos presentes no mercado angolano. Estamos a trabalhar aqui através de distribuidores. Temos um portfólio alargado de medicamentos genéricos nas várias áreas terapêuticas,
como contracepção e sistema nervoso central,
mas também uma linha alargada na área de urologia. Dispomos de medicamentos específicos
usados em casos hospitalares para anemia e oncologia. Neste momento queremos promover o
nosso portfólio junto da classe médica para saberem que a Sandoz está no mercado angolano. Queremos começar a trabalhar com os médicos e farmacêuticos na parte da formação.
Queremos ter um papel diferenciado enquanto empresa farmacêutica, não só disponibilizando
um portfólio alargado, mas também serviços para
podermos chegar à população de outra maneira».
«Queremos começar a trabalhar com
os médicos e farmacêuticos na parte
da formação e ter um papel diferenciado»
«Esta é a grande feira do medicamento
e do equipamento hospitalar»
Maria do Rosário Boavida, representante da Sanofi em Angola
z «A Sanofi é uma empresa de origem francesa.
É a número um mundial na área farmacêutica
e, como tal, tem a responsabilidade de ser uma
empresa que actua em várias áreas. Actua na
área da cardiologia e da diabetes mellitus, onde
é líder mundial. Na área do sistema nervoso central temos muitos produtos OTC, ou seja, produtos
que não necessitam de receitas médicas. Depois
temos também uma área muito importante
que é a malária. Na feira promovemos o nosso
antimalárico, o ASAQ, um produto utilizado há
muito anos no mundo mas que aqui, em Angola,
só foi introduzido no ano passado. Tem a vantagem de ser um único comprimido a tomar por
dia e, como tal, o doente ser tratado rapidamente,
ao final de três dias. Temos também uma linha
de antibióticos hospitalares, com destaque para
«Contacto com fornecedores evita
ter sempre que encomendar de fora»
«Também temos apostado na formação
dos enfermeiros angolanos»
«O AutoPulse, um equipamento para
medição das pulsações cardíacas, teve
muito sucesso entre os visitantes»
«A NDC fez uma apresentação institucional»
Nuno da Costa, presidente da NDC Medical
z «A NDC é uma empresa portuguesa que tem
uma participação na NDC Angola, uma empresa
de representações que, por sua vez, tem 50 por
cento do capital da Farmalog. É uma empresa
de distribuição e importação de medicamentos
de uso humano. O objectivo da Farmalog é servir essencialmente o sector privado, primeiramente clínicas e farmácias. Gradualmente vai entrando no sector público. Na feira, em primeiro lugar fizemos uma apresentação institucional.
A empresa não é ainda muito conhecida do público nem das entidades ligadas a saúde. Trouxemos algum mostruário do tipo de produtos que
temos, medicamentos que comercializamos.
São essencialmente medicamentos portugueses,
fabricados na Europa e comercializados em Portugal, e também dispositivos médicos. A Farmalog
pretende ser um dos agentes na área da saúde, no médio e longo prazo neste país. Com a
feira a acontecer na mesma altura do Congresso
da Ordem dos Médicos conseguimos reunir num
mesmo espaço várias sensibilidades do sector
médico porque, no fundo, quem prescreve as receitas são os responsáveis clínicos dos hospitais.
Passaram pelo nosso stand muitos médicos interessados em inovação e isso é revelador do interesse de juntar no mesmo espaço os médicos
com as entidades que actuam no sector da saúde».
«Há interesse em juntar no mesmo espaço
os médicos com as entidades que actuam
no sector da saúde»
«O nosso forte são as crianças»
Carolina Tomas, coordenadora de marketing da Mosel
«Este tipo de iniciativas permitem encontrar
novos clientes»
z «Somos representantes e distribuidores da Nu-
Samir Banji, administrador da Crievant
triben em Angola e da linha de cosméticos à base
de produtos naturais Interapothek. Temos a linha infantil e a linha de adultos. O nosso forte
são as crianças. Na feira expusemos a linha Nutriben. Apesar do tempo em que estamos no mercado é uma linha que ainda poucos conhecem
muito bem. A Mosel é uma empresa que só trabalha com farmácias de bairro comuns e hospitais, não com pessoas singulares. Qualquer
cliente interessado na compra dos nossos produtos é encaminhado para uma das nossas farmácias».
«Apesar do tempo em que estamos
no mercado, a Nutriben é uma linha
que ainda poucos conhecem muito bem»
«Feira foi uma ideia muito bem pensada»
Natchova Lopes Hendrik, directora executiva da Socinter Sociedade de Comércio Internacional
z «A Socinter é principalmente distribuidora de
medicamentos e também faz a venda a retalho
nas farmácias Kinaxixe e Atrium. A empresa está
há 22 anos no mercado e tem participado em
vários eventos desta natureza. Para esta feira
trouxemos uma amostra de desinfectantes de
mãos e toalhitas para as clínicas. Representámos
também os laboratórios Basic, Bial. Temos medicamentos genéricos, como anti-infecciosos, do
sistema nervoso central, analgésicos e anti-inflamatórios. A feira foi uma ideia muito bem pensada. A organização está de parabéns porque
fez com que se juntassem os médicos, os fornecedores e as farmácias».
«A organização está de parabéns porque
fez com que se juntassem os médicos,
os fornecedores e as farmácias»
z «A nossa empresa actua na área médica de A
a Z. Estamos preparados para oferecer um serviço de bens e equipamentos aos hospitais do
tipo “chave na mão”. Na feira apresentámos, fundamentalmente, a área de imagiologia, a digitalização e também soluções para farmácias e
uma outra solução muito interessante de pulseiras para identificação de pacientes. Apresentámos ainda artigos de ortopedia, que é uma
área onde somos muito fortes, embora tenhamos uma abrangência grande de produtos. Já
tínhamos participado em duas feiras, há dois
anos, mas nesta notámos que houve um grande desenvolvimento, quer na organização do próprio evento, quer na adesão. Há muito mais expositores, o que é muito positivo registar. Quer
dizer que estamos a crescer e o mercado está
cada vez mais exigente. Para nós, este tipo de
iniciativa permite-nos encontrar novos clientes.
Para as pessoas ligadas ao ramo hospitalar estes encontros também servem para poderem
identificar fornecedores competentes, com
know-how e especializados».
«Feira junta pessoas para podermos
dar-lhes informações»
Eugénia Cabanga, delegada de informação médica da Bayer
z «Somos uma empresa da indústria farmacêutica. Estamos subdivididos em áreas como cardiologia, ginecologia, diabetes e área social.
Apresentámos na feira os nossos produtos, dando maior destaque ao Xarelto, um medicamento
utilizado na prevenção do AVC, para cardiologia, e o novo aparelho medidor de glicemia, prático, de fácil manuseio, pequeno, portátil. Para
nós é benéfica a realização desta feira pelo facto de estarem aqui várias pessoas e de podermos dar a um número maior informações relacionadas com o trabalho realizado pela Bayer
e os produtos que comercializamos».
«Demos destaque na feira ao Xarelto,
um medicamento utilizado na prevenção
do AVC e ao novo aparelho medidor
de glicemia»
Fevereiro 2013 l JSA
MÉDICA HOSPITALAR ll 21
«Todas as formas de exposição são positivas»
Luís Viana, director executivo da Neofarma Distribuidora
z «Estamos há 10 anos no mercado angolano
a teicoplanina, que é o Targocid e, ainda, o Tavanic. São antibióticos que a Sanofi possui no
mercado. Além disso, a Sanofi possui uma linha
de genéricos que estamos a divulgar: a linha Medley. A Medley é a maior empresa de genéricos
da América Latina e pertence à Sanofi. Estamos
a introduzi-la no mercado angolano e já apresentamos uma linha significativa de produtos. Estamos felizes por participar nesta que é a grande feira do medicamento e do equipamento hospitalar. Felizmente tivemos contactos com os nossos distribuidores, com médicos e com vários intervenientes na área».
procurando atender principalmente os hospitais
públicos e o Ministério da Saúde. Trabalhamos
com distribuição de medicamentos gastáveis e
cosméticos para Luanda. Participámos porque todas as formas de exposição são positivas. Ficarmos mais próximo dos nossos clientes é importante para a divulgação da empresa. Expusemos os nossos serviços e apresentámos a nossa linha de medicamentos aos parceiros com
quem nós trabalhamos e também mostrámos a
qualidade dos serviços que a Neofarma tem
apresentado no mercado angolano».
«Ficarmos mais próximo dos nossos
clientes é importante para a divulgação
da empresa»
«Agradeço à organização uma feira, de facto,
muito bem organizada»
Nuno Cardoso, director da Bial em Angola
z «A Bial está em Angola há cinco anos. É uma
empresa portuguesa com 89 anos de existência, que tem uma grande variedade de medicamentos. No mercado angolano os medicamentos principais estão ligados à área dos antibióticos e temos outra área ligada à maternidade. Neste momento, no mercado, temos já seis
delegados para promoção dos nossos medicamentos junto da classe médica e dos hospitais
e das farmácias. A participação na feira para nós
foi importante porque juntou os profissionais de
saúde como um todo, num mesmo espaço. Este
ano tenho de agradecer à organização porque
esta feira esteve, de facto, muito bem organizada,
ao juntar muitos profissionais de saúde de todas as áreas, desde as farmácias, às pessoas da
distribuição, dos laboratórios. Por isso, para uma
empresa de referência como a Bial é importante
estar presente na feira, para apresentar as nossas marcas».
«É sempre bom participarmos neste
tipo de eventos»
«As feiras são muito importantes porque
ajudam a divulgar»
Nádia Veloso, business manager na Shalina
Dulce Lubrano, directora geral da Joair Internacional
z «A Shalina, em Angola, representa a Africa
z«A Joair é uma distribuidora para a área da saú-
Pharmacy. Somos, única e exclusivamente,
grossistas. Estamos representados em Luanda,
Lobito, Benguela, Huambo, Uíge e estamos a
perspectivar abrir uma loja no Lubango. O nosso principal objectivo sempre foi produzir medicamentos com qualidade, com preços acessíveis e que estivessem disponíveis em todo o mercado. Basicamente, somos um grupo que está
vocacionado exclusivamente para o continente
africano. Pretendemos, no futuro, montar uma
fábrica de medicamentos. Apesar de estarmos
aqui há muito tempo, é sempre bom participarmos neste tipo de eventos. Esta é uma feira
internacional. Tivemos uma presença institucional
e demos a conhecer os nossos serviços. A feira
é um acontecimento bom e também permite
atrair mais a população médica».
«Somos um grupo que está
vocacionado exclusivamente
para o continente africano»
de. Quando abrimos, tínhamos como objectivo
a comercialização de medicamentos mas chegou a uma altura em que houve a necessidade de termos puericultura e também uma área
da cosmética. Além de vendermos aos hospitais
também atendemos farmácias e clínicas. Mas o
nosso foco, mesmo, é medicamentos. Trabalhamos com alguns laboratórios, como a Sanofi
e a Bayer. Mas nesta feira, por falta de espaço,
fomos obrigados a fazer uma selecção dos medicamentos para a exposição. Então, trouxemos
alguns produtos de alguns laboratórios que representamos e somos parceiros. As feiras, por
natureza, são muito importantes porque ajudam
a divulgar, a partilhar, a conviver e trocar
ideias. É isso que queremos em 2013, o melhor».
«Chegou a uma altura em que houve
a necessidade de termos puericultura
e também uma área da cosmética»
«Para uma empresa de referência como
a Bial é importante estar presente
na feira, para apresentar as nossas marcas»
«Estamos bastante satisfeitos»
Nuno Andrade, administrador da Acail Angola, SA
«O pensamento desta feira foi
uma simbiose agradável»
Luís Costa, director do Grupo Solidariedade
z«Somos uma empresa de direito angolano que
«Queremos ser vistos como uma empresa
de referência»
Gonçalves Marques, director executivo da Australpharma
z «Somos uma empresa distribuidora de medicamentos e produtos farmacêuticos. Participámos na feira por sermos uma empresa de referência e porque o mercado começa a organizar-se melhor, ao ponto de fazer cada vez mais
sentido participarmos nos eventos de referência.
Viemos para continuar a promover a imagem da
empresa e por a feira ser uma boa fonte para
angariar clientes, mostrar que estamos presentes, que somos um bom distribuidor no sector e
queremos ser vistos como uma empresa de referência, sólida no mercado. Apresentámos
um bocadinho daquilo que a Australpharma representa hoje em dia, desde os produtos de dermocosmética, farmácia, aos materiais de ortopedia, gastáveis, e também os produtos de diagnósticos. Temos um pequeno aparelho de laboratório. É um glicómetro. Faz um teste rápido de glicemia e permite o paciente monitorizar o seu estado das diabetes. Como complemento, temos toda a panóplia de medicamentos que acompanham isso. É um aparelho de uso
simples, com tiras-teste sempre disponíveis no
mercado».
«Viemos para continuar a promover
a imagem da empresa e por a feira ser
uma boa fonte para angariar clientes»
«Quisemos mostrar a qualidade dos serviços»
«O que nos marca é o serviço
e o cuidado ao cliente»
Palmira Pinto, comercial da Mundifarda
António Pinheiro, responsável da Hospitec
z «Estamos há 9 anos no mercado. Temos uma
parceria com uma empresa portuguesa que confecciona todos os tipos de uniforme. Fazemos
tudo o que for solicitado para um hospital, a nível têxtil. Na feira, lançámos o nosso catálogo
e apresentámos uniformes para a saúde. Participámos porque quisemos dar a conhecer a nossa empresa e mostrar a qualidade dos serviços».
«Fazemos tudo o que for solicitado
para um hospital, a nível têxtil»
z «Somos uma empresa que actua na área de
diagnóstico quer laboratorial quer por imagens.
Estamos há 12 anos no mercado, em Luanda e
em diferentes províncias. Na feira, apresentámos todas as soluções globais de laboratório, destacando as áreas mais importantes: a hematologia, bioquímica, imunologia, microbiologia e
cirtometria. Participámos para estabelecer contacto com os actuais clientes e os potenciais clientes. E, uma vez mais, mostramos o que podemos fazer. O que nos marca é o serviço que prestamos e o cuidado que damos ao cliente. Não
estamos apenas interessados em vender os nossos produtos, mas sim em garantir que as soluções que disponibilizamos conseguem ser de
facto uma mais-valia para quem as implementar. Foi uma ideia muito boa da Ordem dos Médicos e da Marketing For You / Jornal da Saúde juntar a feira com o Congresso. Permitiu-nos
ter bons contactos».
«Não estamos apenas interessados
em vender os produtos, mas sim em garantir
que as nossas soluções conseguem ser
de facto uma mais-valia»
está há 8 anos no mercado. Temos uma unidade
de produção de gases medicinais e também departamentos independentes para equipamentos médicos, medicamentos, consumíveis e
gastáveis. Notou-se uma procura de produtos
de elevada qualidade e não de produtos baseados no preço, o que é muito bom porque nos
facilita o trabalho em termos de assistência personalizada, cliente a cliente. Estamos bastante
satisfeitos. Na feira estivemos com a ecografia,
com imagem, radiologia, os blocos operatórios
completos, a microscopia digital. Novidade foram os ecógrafos 4D, ou seja, a ecografia evoluiu dos 3D. Agora conseguimos captar os movimentos do feto, o que é mais agradável no caso
das grávidas, quando querem ver o bebé. Tivemos mesas cirúrgicas com autonomia (no caso
de estarmos no bloco operatório e faltar energia, elas estão preparadas para aguentar até 48
horas), próprias para radiologia. Tivemos também os carros anestésicos totalmente digitais,
com touch screen de fácil utilização, intuitivos.
Estamos a apostar também na comercialização
de medicamentos».
«Nota-se uma procura de produtos
de elevada qualidade e não baseados
no preço»
z «O Grupo Solidariedade abarca empresas do
sector clínico. A nossa empresa está a instalar
clínicas pelo país. Prestamos serviços de consultoria. Além de apetrechar unidades hospitalares, fazemos reabilitação e trabalhos para as
áreas de imagiologia. Trouxemos também alguns
conceitos de inovação para áreas fundamentais
para o sector da saúde, os sectores finais dos produtos gerados pela actividade médica. Estamos
a falar do tratamento dos resíduos hospitalares
e não só. Na feira promovemos os serviços de
incineração dos resíduos sólidos e a mostrámos
os serviços de imagiologia. Apresentámos um
ecógrafo trifuncional para cardiologia, ginecologia/obstetrícia e medicina interna, tudo incorporado numa unidade. Expusemos apetrechos
hospitalares, desde a cama ao consultório clínico. Tivemos equipamentos de laboratório
para bioquímica e uma vasta gama de produtos. A feira foi uma experiência agradável. Já é
meu vaticínio que a próxima feira não poderá
ser neste espaço porque os que vacilaram vão
querer participar nela. O pensamento desta feira foi uma simbiose agradável: combinar os médicos com os fornecedores dos serviços. Isso fez
com que o leque de interessados se alastrasse
pelo país».
«A próxima feira não poderá ser
neste espaço porque os que vacilaram
vão querer participar nela»
22 ll
Fevereiro 2013 l JSA
MÉDICA HOSPITALAR
«Esperamos continuar nesta feira
por mais anos»
Mário Santos, gerente de assistência técnica da OMR, Lda
z «Somos uma empresa que actua na área do
diagnóstico, abarcando tudo o que seja para laboratório: equipamentos, reagentes, consumíveis. Tudo o que houver para a área de laboratório, nós temos. Estamos no mercado desde
2001. Mostrámos na feira equipamentos de imagiologia, de bioquímica e fizemos uma exposição global de informação sobre os nossos
equipamentos. A feira esteve melhor do que a
pequena exposição de há dois anos, embora saiba que, na altura, não era realmente de equipamentos. Mas, melhorou bastante. Foi uma boa
ideia. Esperamos continuar aqui por mais
anos».
«Fizemos uma exposição global
de informação sobre os
nossos equipamentos»
«Aproveitámos a feira para divulgar e vender»
José Costa, representante da Lisfmar
z«A nossa empresa dedica-se, em termos de vendas, à comercialização de material para laboratório e, independentemente disso, somos
uma empresa de gestão e supervisão de recolha de resíduos hospitalares. Na feira, apresentámos o material que usamos na nossa actividade para os resíduos hospitalares e também
material de laboratório. Estivemos a divulgar a
nossa empresa e a vender. Nesta feira, fomos
os únicos que fazem o trabalho de gestão, recolha e supervisão dos resíduos hospitalares».
«Fomos os únicos que fazem o trabalho
de gestão, recolha e supervisão
dos resíduos hospitalares»
«Pretendemos saber quais as necessidades
dos nossos clientes»
«Temos um sistema de gestão
extremamente funcional»
Maria Helena Henriques, gerente da Hemoangola
Robson de Oliveira Santo, gerente da área de gerenciamento
de cliente da Matrix
z «Sendo o nosso portfólio muito vasto – pois,
z «A convite do Grupo Sete, que é a nossa par-
além da Philips, representamos outras marcas
para completar as soluções para os clientes –,
apresentámos na feira um ecógrafo multidisciplinar que dá para diversas especialidades, com
diversas sondas, apresentando imagens em 3D
e 4D com alta resolução. Trouxemos também um
monitor com sinais vitais portátil, fácil de ser transportado. Expusemos ainda um manequim para
treino e um monitor desfibrilhador. Participámos
na feira porque pretendemos ouvir o cliente, saber quais são as suas necessidades e posteriormente contactá-los. A feira pareceu-me
equilibrada, tanto do lado do laboratório, como
do de equipamentos médicos. Do ponto de vista estético também esteve muito bem porque a
ideia de fazer os stands todos brancos e uniformes criou um equilíbrio visual simpático. Esteve muito bem organizada».
«Experiência que gostaríamos de repetir»
Mara Rebelo, directora comercial da Mediag
z «Somos um laboratório de análises clínicas e
estamos há quatro anos no mercado. Podem contar connosco para a elaboração de todos os tipos de exames médicos e vamos incrementar o
leque em 2013. Estivemos na feira para angariar novos clientes, buscar novos parceiros para
medicina no trabalho e promover ainda mais os
nossos trabalhos. Temos participado em vários
eventos e este surpreendeu por ser de uma dimensão diferente. É uma experiência que gostaríamos de repetir».
«Temos participado em vários eventos
e este surpreendeu por ser de uma
dimensão diferente»
ceira em Luanda, participámos neste evento. A
empresa Matrix (Brasil) é especialista em software
de gestão de pacientes. O foco da nossa actuação
é um sistema de gestão extremamente funcional. Trouxemos não só os folders mas também
o sistema, para que o público-alvo pudesse ver
e apreciar. Foi um factor diferenciador na feira
porque as pessoas não conhecem o sistema e
a Matrix, por ter 30 anos de experiência, trouxe algumas novidades para os profissionais angolanos, como, por exemplo, o laudo (relatório)
por reconhecimento de voz. É a primeira vez em
Angola e gostámos da interacção e da troca de
experiências na feira. Foi muito interessante».
«Trouxemos não só os folders mas também
o sistema, para que o público-alvo pudesse
ver e apreciar»
«A feira pareceu-me equilibrada, tanto
do lado do laboratório, como do
de equipamentos médicos»
«Feira permitiu divulgar cursos recentes»
«Os médicos querem saber as
novidades do mercado»
Mário Pone, director-geral da Internacional SOS Angola
Luís Pedro, director do curso de Reabilitação Física
e Psicossocial da Universidade Metodista
z«Somos uma companhia de assistência médica
z «Estivemos representados na feira para pro-
e de segurança, líderes no mundo inteiro. Damos assistência médica a membros dos nossos
clientes, fazemos evacuações internacionais, posicionamos médicos e paramédicos nas plataformas ou em zonas remotas. Damos assistência às clínicas, temos médicos nas clínicas com
quem temos convénios. Apresentámos os serviços e também promovemos a imagem da companhia junto do público, no sentido de angariar
mais clientes. Foi positiva a nossa presença. Tivemos vários contactos, não só com clientes novos, mas com fornecedores também. A realização da feira na mesma altura em que acontece o Congresso da Ordem dos Médicos é importante porque uma complementa o outro. Os
médicos querem saber as novidades do mercado.
Por isso é importante ter os dois eventos em conjunto. Foi uma boa oportunidade porque temos
clientes que não sabiam que estávamos aqui (Angola) e outros que necessitam dos nossos serviços e não sabiam onde nos localizar. Foi uma
boa experiência e serviu não só para angariar
clientes mas também para promover a companhia junto da Ordem dos Médicos de Angola».
«Tivemos vários contactos não só
com clientes novos mas com
fornecedores também»
«Ficámos surpreendidos com a qualidade»
«Foi bastante rentável»
António Wolf, director da Project Net Saúde
Fernanda Fernandes, delegada comercial
da HE Farmacêutica
z«Somos uma empresa de direito angolano que
z «A empresa HE é uma distribuidora. Repre-
trabalha em três áreas fundamentais. A primeira
é a de fornecimento de projectos de hospitais préfabricados e a de construções definitivas; fazemos toda a engenharia. Depois temos a área de
Nano Repro; fornecemos testes rápidos, como
por exemplo os de alcoolismo que estão a ser
usados pela polícia francesa, testes de gravidez,
de sangue, hepatite, fertilidade, enfim, uma série de testes. Na área da Missionpharma, que
é uma empresa dinamarquesa, fornecemos caixas de papelão para o Ministério da Saúde. Por
último, temos o mama kit e o kit de circuncisão.
O mama kit é um kit que tem as coisas essenciais para fazer um parto, para as pequenas aldeias ou para os bancos de urgência dos hospitais. Achámos a feira muito boa e interessante.
Recebemos a visita de muitos médicos e ficámos
surpreendidos com a qualidade e o nível das perguntas que nos fizeram».
«Achámos a feira muito boa e interessante»
sentamos as marcas do laboratório Pierre Fabre.
Somos os representantes em Angola das marcas Uriage, Avéne e da Elgydium, que é uma
marca muito boa para a estomatologia. As nossas grandes áreas de negócio são dermatologia,
pediatria, estomatologia e puericultura. Viemos
à feira no sentido de angariarmos clientes, principalmente ficarmos com o contacto de médicos
para, posteriormente, os visitarmos e dar-lhes
informações sobre estes produtos. A nossa
participação na feira foi muito boa. Foi bastante rentável. Acho que temos contactos de áreas
que nos interessam bastante. Houve muita
participação. Foi muito bom».
«Viemos à feira no sentido de angariarmos
clientes, principalmente para ficarmos
com o contacto de médicos
para, posteriormente, os visitarmos
e dar-lhes informações»
moção de outros cursos na área da saúde. Além
da Reabilitação Física temos também a Cardiopneumologia e as Análises Clínicas. Actualmente, Análises Clínicas – o mais antigo – é um
curso que está a ser ministrado em Luanda, na
Universidade mãe. Os outros estão a ser ministrados na zona do Caop Velha, onde possuímos o campus universitário criado com o objectivo de promover licenciaturas nestes cursos
de saúde. A nossa presença nesta feira foi exactamente para divulgar estes cursos relativamente
recentes, em actividade há apenas um ano. Na
feira estiveram alunos da Cardiopneumologia
e da Reabilitação Física que estão apenas com
um ano lectivo concluído. Os de Análises Clínicas já vão com quatro anos. O trabalho foi de
promoção mas também de incentivo para o despiste das doenças cardiovasculares, como a grande epidemia angolana. Fizemos avaliação da
pressão arterial e para os alunos de Análises Clínicas o objectivo foi descobrir o grupo sanguíneo. Muitos angolanos não sabem qual é o seu
grupo sanguíneo e é um acto muito importante. A feira foi muito bem acolhida».
«O trabalho foi de promoção mas também
de incentivo para o despiste das
doenças cardiovasculares, como
a grande epidemia angolana»
«Excedeu as nossas expectativas»
Ângelo Mangas de Oliveira, PCA da Farmácia Nova, da Companhia das Farmácias
z «Na feira mostrámos um pouco daquilo que
somos capazes de fazer. Os nossos clientes precisavam de saber que tinham uma casa na feira, no stand da Companhia das Farmácias/AFS.
Procurámos receber da melhor maneira cada um
dos nossos clientes, proporcionando-lhes um momento de descanso. Também para clientes novos, que não nos conheciam, foi uma maneira
de os conhecer. Além dos produtos da AFS, representámos quatro laboratórios que têm parcerias connosco: os laboratórios Basic de Portugal,
Bial, Jaba Recordati e AFS. Para nós, foi excelente
a participação, excedeu as nossas expectativas.
Sabíamos que iria correr bem mas superou as
nossas expectativas. Tivemos uma adesão muito grande, até mesmo dos profissionais de saúde, no caso médicos, que estiveram sempre no
nosso stand. Clientes que vieram cumprimentar-nos e clientes novos, possíveis clientes que
apareceram e que ficaram com os contactos. Julgo que vai haver resultados positivos».
«Sabíamos que iria correr bem mas
superou as nossas expectativas.
Tivemos uma adesão muito grande»
Fevereiro 2013
l JSA
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EMPRESAS DE SUCESSO
Fevereiro 2013 l JSA
Grupo CONCENTRA:
uma referência no mercado angolano
RUI MOREIRA DE SÁ
z Nurally Mamade Hussene, com o seu espírito empreendedor, paixão pela
inovação e desenvolvimento de Angola, conduziu a que, nos dias de hoje,
o Grupo CONCENTRA seja um dos grupos empresariais de referência no
mercado angolano.
– Porque é que o Grupo
CONCENTRA considera
o empreendedorismo, a
inovação e a formação aspetos tão importantes?
– É a nossa missão. Pessoas
fortemente habilitadas e formadas vão ser empreendedoras e fortemente motivadas para o trabalho. Este capital é certamente o caminho
que nos levou ao sucesso.
– Uma ética de trabalho?
– Sim. Somos um Grupo em
que as pessoas são o mais
importante para nós.
– Como começou o Grupo
CONCENTRA?
– Há 20 anos atrás tudo era
diferente. Angola mudou
muito nos últimos anos. De
uma empresa familiar, crescemos para um grupo económico com expressão na indústria, no comércio, na saúde e na educação. A nossa
história é feita de esforço,
de privações, de sacrifícios, tal como a história
do povo angolano. No
entanto, tal como este, sobrevivemos e
queremos dar o
nosso contributo
para fazer deste
enorme país, um
país melhor para
se viver, para se
trabalhar e para
se estar.
– Quais são as
principais áreas
de negócio do
Grupo
CONCENTRA?
– O nosso grupo está presente nos setores da indústria, educação, escritório, casa
e decoração, diagnóstico laboratorial e saúde.
Cada setor de atividade
possui a sua própria insígnia.
– Qual a sua opinião sobre
o setor da saúde em Angola?
– A saúde em Angola é uma
das nossas paixões. Queremos contribuir e ter uma voz
ativa para o seu melhoramento e, consequentemente,
contribuir para o bem-estar
geral da população. Sem
boas condições de saúde o
desenvolvimento de Angola
será bem mais difícil e lento.
– Como é que o Grupo
CONCENTRA se posiciona no setor da saúde?
– O nosso Grupo tem uma
presença forte no segmento
do diagnóstico através da
CONCENTRA Diagnósticos. Paralelamente, também
estamos preparados e vocacionados para a distribuição
de vacinas, medicamentos,
reagentes, gastáveis, entre
outros.
Neste sentido, estamos em
processo de Certificação de
Sistemas de Gestão de Qualidade pela Norma Internacional ISO 9001. É um desafio que queremos vencer.
– A IBERCONCENTRA “Solução Global para a
Saúde, Lda” é uma empresa nova no mercado da
saúde. Como surgiu?
– O Grupo CONCENTRA já possuía
uma grande
oferta para
Nurally Mamade Hussene lidera o
Grupo CONCENTRA
o mercado hospitalar angolano. Nesta segmentação
particularizo o mobiliário
hospitalar.
Sentimos a necessidade
de nos habilitar na área da
electromedicina, nomeadamente na formação e assistência técnica efetuada localmente e de uma forma
permanente.
A IBERCONCENTRA
nasceu de uma Parceria estratégica
entre o Grupo CONCENTRA e o Grupo IBERDATA.
A IBERDATA é empresa
com Certificação de Sistemas de Gestão de Qualidade
pela Norma Internacional
ISO 9001 que atua há cerca
de 26 anos no mercado português. É empresa líder e de
referência em muitos segmentos no setor da saúde em
Portugal, possuindo quadros altamente especializados para o desenvolvimento
da atividade.
– Qual pretende ser a atividade da IBERCONCENTRA?
– A IBERCONCENTRA
projeta soluções de saúde,
comercializa e instala equipamentos de saúde, forma
os utilizadores dos equipamentos, efetua manutenções
aos equipamentos localmente, presta uma eficiente
assistência técnica assim como serviços de consultadoria aos operadores do mercado.
“O Grupo
CONCENTRA está
centrado nas pessoas. A
formação de quadros e
recursos locais é a nossa
prioridade.
Pretendemos ser um
agente económico com
capacidade para a
formar capital humano
nacional de excelência.
Acreditamos que o
futuro de Angola está
nas mãos dos
angolanos”
“Através da formação
chegamos à
aprendizagem e por
consequência à
competitividade dos
nossos negócios. Os
nossos negócios são o
resultado de uma longa
aprendizagem de todos
os quadros e
colaboradores do
Grupo”
– Daí o slogan “Solução
Global para a Saúde”?
– Sim. A IBERCONCENTRA através dos seus recursos humanos altamente especializados possibilita aos
seus parceiros de negócio
um serviço global de excelência. Pretende posicionarse como uma empresa de referência no mercado da saúde em Angola. Com a formação de Recursos Humanos
nacionais, poderemos ser
mais eficientes competitivos.
– Como é que a IBERCONCENTRA pretende
distinguir-se no mercado
tão competitivo?
– A IBERCONCENTRA está no mercado de uma forma
positiva. Vê nos seus concorrentes uma oportunidade
para atingir a sua própria excelência. Não pretende estar
de costas voltadas para os
seus competidores mas sim
em permanente interação.
Acreditamos que só assim é
que podemos contribuir para
a promoção do setor da saúde em Angola e consequentemente o bem-estar da população do país.
– Quais são os equipamentos e marcas que a IBERCONCENTRA comercializa?
– Atendendo à nossa filosofia de negócio, “Solução
Global para a Saúde”, os
equipamentos que colocamos à disposição do mercado são de diversas e amplas
tipologias, todos eles de
marcas e patentes de reconhecida qualidade internacional.
– Como vê o futuro da
saúde em Angola?
– Acreditamos que com a
contribuição e partilha de
todos os agentes do setor,
isto é, clientes, fornecedores, quadros clínicos,
pessoal de apoio, decisores, técnicos, entre outros,
a saúde em Angola tem tudo para melhorar. Muita
coisa tem sido feita e muita
coisa existe para fazer.
A mensagem que posso
deixar desde já é que podem
contar com a IBERCONCENTRA – “Solução Global
para a Saúde” para prestar o
seu contributo para o desenvolvimento do setor da saúde
em Angola. Estamos no mercado pela diferenciação e
com o princípio único – “Solução Global para a Saúde”.
Fevereiro 2013
l JSA
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26 ll
RECURSOS HUMANOS
Fevereiro 2013 l JSA
A gestão de pessoas nos serviços de saúde
GENEROSA DO NASCIMENTO|
Professora Auxiliar Convidada
do ISCTE-IUL
Formadora do Programa
de Especialização em Gestão da Saúde
(ISCTE – Jornal da Saúde)
z As questões relacionadas com a força de trabalho, isto é, a gestão de
pessoas, são estratégicas
no actual contexto e afectam a performance global
das unidades de saúde,
assim como a exequibilidade e sustentabilidade
das reformas do sector.
as últimas décadas, têm
ocorrido na
economia
mundial importantes mudanças e transformações causadas por vários factores, entre os quais
se registam: o fenómeno da
globalização, os significativos e sucessivos avanços na
ciência, tecnologia e inovação, e a consequente difusão
e crescente apetência pelo
conhecimento. No caso es-
N
“As
investigações
mais recentes
têm realçado a
necessidade de
melhorar as
práticas de
gestão de pessoas
no sector da
saúde que
permitam
ancorar/servir de
apoio à
prossecução de
outros objectivos
como seja
assegurar um
serviço de
qualidade e com
segurança e,
concomitanteme
nte, incrementar
a performance
dos cuidados de
saúde e os
resultados para o
paciente”
pecífico da área da saúde, o
envelhecimento da população, o desafio tecnológico, o
desenvolvimento da biotecnologia, as preocupações sociais associadas à qualidade
de vida da população e a vasta disponibilidade de informação e formação, entre outros aspectos, fazem elevar
os custos com os cuidados de
saúde para níveis nunca antes atingidos. O financiamento, a organização e a
gestão dos serviços de saúde
constituem matérias de elevada complexidade, com as
quais as sociedades contemporâneas se defrontam.
Estamos perante uma nova
cultura na saúde, fundada na
convergência de dois factores aparentemente inconciliáveis: a qualidade na prestação de cuidados de saúde e
a optimização da utilização
dos recursos disponíveis, ou
seja, há que melhorar a eficiência na utilização dos recursos, maximizando a produtividade, para que o sistema de saúde seja mais justo e
de melhor qualidade, reco-
nhecido pelo cidadão enquanto seu financiador. São
desejáveis, assim, novas soluções no combate firme e
determinado ao desperdício,
de estímulo à responsabilização dos gestores e a práticas
fomentadoras de eficiência
organizacional. Qualidade,
segurança, prática baseada
na evidência, prevenção de
riscos, clinical governance e
transparência nos resultados
são termos da regulação da
saúde. Em síntese, no limite
dos recursos existentes, procura-se a excelência clínica e
a humanização na saúde
(Nunes, 2005).
Países emergentes
A prestação dos serviços
de saúde, pela particularidade de que se reveste o bem
“Saúde”, determina características específicas para as
organizações de saúde. A dinâmica de governação (governança organizacional)
tem particularidades muito
diversificadas, nomeadamente as relações de poder
entre as corporações internas, os sistemas de regulação internos, os sistemas de
regulação da Saúde e de financiamento.
As questões relacionadas
com a força de trabalho, i.e.,
a Gestão de Pessoas, são estratégicas no actual contexto
e afectam a performance
global das unidades de saúde
assim como a exequibilidade e sustentabilidade das reformas deste sector. Encarando as questões da Gestão
Estratégica de Pessoas, as
autoridades são "obrigadas"
a colmatar as lacunas existentes entre as políticas e a
sua implementação. Estas
preocupações são igualmente partilhadas em muitos países emergentes (Fritzen,
2007). Verifica-se, contudo,
que os profissionais são o
factor central deste sistema.
No entanto, este facto tem sido negligenciado enquanto
componente de desenvolvimento do sistema de saúde
(Hongoro e McPake, 2004).
Nestes países há uma oferta diminuta de profissionais
nos sistemas de saúde comparativamente à oferta verificada nos países, dito, desenvolvidos (ou em termos
de requisitos de competências para intervenções de
saúde). Sérias preocupações
existem no que concerne à
qualidade e produtividade
da força de trabalho. Entre as
estratégias equacionáveis
para colmatar o problema, o
aumento do número de médicos e enfermeiros por via
da formação não tem sido
per si suficiente. Outras estratégias têm sido sugeridas,
tais como, sistemas de compensações, desenho de funções baseadas na equipa,
mão-de-obra flexível, melhoria das práticas de qualidade e empowerment dos
colaboradores.
O caso particular
de Angola
No caso particular de Angola verifica-se igualmente
a escassez profissional especializada, que é ainda agravada pela desproporcionada
distribuição de profissionais
tanto a nível geográfico, como de grupo profissional e
ainda pela falta de instituições de ensino, de incentivos
e de infra-estruturas (e.g.,
transportes e zonas residenciais). Coonor, Averbug e
Miralles (2010) salientam
aqui o estabelecimento de
protocolos com universida-
des com vista a assegurar a
atribuição de incentivos na
forma de bolsas de estudos
com posterior obrigatoriedade de fixação destes profissionais nos seus distritos de
origem, assim como a reintrodução dos Agentes Comunitários de Saúde.
Avaliação e critérios
A tabela 1 sistematiza avaliação e critérios de base para a avaliação da situação de
recursos humanos na área da
saúde.
As investigações mais recentes têm realçado a necessidade de melhorar as práticas de gestão de pessoas no
sector da saúde que permitam ancorar/servir de apoio à
prossecução de outros objectivos como seja assegurar
um serviço de qualidade e
com segurança e, concomitantemente, incrementar a
performance dos cuidados
de saúde e os resultados para
o paciente (Stanton, 2002;
Leggat e Dwyer, 2005 citados por Bartram, Stanton e
Leggat, 2007). A Gestão de
Pessoas tem como finalidade gerir, desenvolver e sustentar o potencial humano
através de uma gestão estratégica. O sucesso da Gestão
de Pessoas resulta sobretudo
de uma gestão estratégica
definida e orientada para a
implementação, desenvolvimento e partilha de saberes e
competências.
Participação colectiva
Se na economia tradicional as dimensões da gestão
tática (recrutamento e selecção, formação, avaliação de
desempenho e gestão de remunerações), baseadas na
relação de subordinação,
eram necessárias e suficientes, na actual economia de
serviços e do conhecimento,
apesar de continuarem a ser
necessárias, mostram-se insuficientes. Há então que
evoluir para uma situação de
participação colectiva, que
potencie a emergência de
práticas de uma Gestão Estratégica de Pessoas, as
quais se articulam em torno
de quatro dimensões:
– Gestão da confiança, suportada nos valores da autonomia e da responsabilidade
dos actores organizacionais;
– Gestão da coesão social,
assente no valor da empregabilidade e do contrato psicológico;
– Gestão das e pelas competências, enquanto suporte do
projecto de cada indivíduo,
ao longo da sua vida de trabalho;
– Gestão da aprendizagem
organizacional, enquanto
via para a sustentabilidade
do desenvolvimento da organização, baseada na noção
de capital intelectual.
Neste paradigma contempla-se ainda o factor “comunicação interna”, enquanto
aspecto transversal a cada
uma destas dimensões.
Neste contexto, importa
referir que a governação clínica é influenciada pela forma como os profissionais/
colaboradores são organizados, os seus valores e padrões, a qualidade da sua
formação, o seu comportamento para com os pacientes
e pela forma como comunicam com os colegas. É necessário a adopção de uma
abordagem mais proactiva
da Gestão de Pessoas que
permita ancorar um quadro
de qualidade integrada
(Som, 2007). Para que a mudança ocorra, torna-se necessário que as organizações
e aqueles que as gerem reconheçam que têm uma hipótese de sucesso na implementação de uma Gestão Estratégica de Pessoas customizada
às especificidades das organizações de saúde.
Como refere Gratton
(2003), estamos hoje perante
novas formas de pensar e de
executar. Uma forma de pen-
RECURSOS HUMANOS ll 27
Fevereiro 2013 l JSA
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Bartram, T., Stanton, P. e Leggat, S.
(2007),Lost in translation: exploring
the link between HRM and performance in healthcare, Human Resource Management Journal, 17(1), 21–41.
Connor, C., Averbug, D., e Miralles, M.
(2010). Angola Health System Assessment 2010. Bethesda, MD: Health
Systems 20/20, Abt Associates Inc.
Fritzen, S.A. (2007), Strategic management of the health workforce in developing countries: what have we learned?,
Human Resources for Health, 5(1), 4.
Gratton, L. (2003) – Estratégia Viva –
colocar as pessoas no coração de empresa. Porto: Ambar.
Hongoro, C. e McPake, B. (2004), How
to bridge the gap in human resources for
health, Lancet, 364, 1451–56.
Nunes, R. (2005) – Regulação da Saúde. Porto: Vida Económica.
Som, C. (2007), Exploring the human
resource implications of clinical governance, Health Policy, 80, 281–296.
Pontos fortes e oportunidades
TABELA 1 – DESEMPENHO DOS RECURSOS HUMANOS EM TERMOS DE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
DO SISTEMA DE SAÚDE
EQUIDADE
EQUIDADE
EQUIDADE
EQUIDADE
EQUIDADE
– Os processos de
descentralização e
revitalização têm o
potencial de alterar a
alocação de recursos
humanos até ao nível
distrital permitindo uma
distribuição de profissionais
mais equitativa ao nível
das unidades de saúde.
– A reintrodução de
Agentes Comunitários de
Saúde pode fortalecer a
ligação entre as
comunidades e as
unidades de saúde.
– A “importação” de
profissionais médicos
configura uma solução de
curto-prazo à escassez
destes profissionais de
saúde.
– A informação adicional
obtida dos Mapas
Sanitários permitirá um
melhor planeamento de
recursos humanos.
– Novas universidades e
escolas de medicina.
– Para além da prestação
de serviços, os profissionais
“importados” podem ser
também utilizados para a
construção de capacidade.
– As compensações dos
trabalhadores de saúde
são competitivas e
entregues atempadamente.
– A dedicação do
trabalhador de saúde é
notória a todos os níveis
do sistema.
Experiências promissoras em alguns distritos e províncias (formadores peritos, supervisores, modelos de Agentes Comunitários de Saúde, protocolos
com universidades com vista à formação de residentes de áreas distantes).
Pontos fracos e ameaças
sar que coloca a criação do
significado no centro e uma
forma de fazer que constrói
uma Gestão de Pessoas,
quer através da visão, quer
através de uma profunda
compreensão da realidade e
ainda do grande envolvimento de forças de trabalho
multifuncionais. Acrescenta ainda que os gestores que
compreendem e aplicam
uma estratégia viva através
das pessoas conseguem melhorar significativamente0
o desempenho da sua actividade e conseguem criar
organizações que possuem
significado e alma.
– Má distribuição de
trabalhadores de saúde
– Reduzido número de
trabalhadores de saúde
qualificados (nível
intermédio e alto)
– Escassez/falta de um
sistema de informação
sobre os recursos humanos
actualizado e confiável.
– Inexistência de um
mecanismo de avaliação
da partilha e de
coordenação de
experiências e projectospiloto, como os modelos
de Agentes Comunitários
de Saúde.
– Baixo nível de expertise
(skills) da força de trabalho
de saúde.
– Fraca formação prévia
ao serviço e no serviço.
– Falta de capacidade e
recursos de supervisão.
– Incentivos devem ser
postos em prática para
impulsionar novas equipas
de trabalhadores de saúde
(Agentes Comunitários de
Saúde) ou
responsabilidades
adicionais.
Fonte: Connor et al. (2010:46).
1º MÓDULO DO PROGRAMA DE ESPECIALIZAÇÃO
Médicos adquirem conhecimentos de gestão
gestão dos recursos humanos e da mudança na saúde
foi o tema do 1º módulo do
programa de especialização em
gestão da saúde que decorreu em
Luanda, de 25 de Fevereiro a 1 de
Março, com a participação de 14
médicos.
Entre outras competências que
adquiriram, estes profissionais de
saúde ficaram aptos a procederem
ao diagnóstico das determinantes
de interacção em contexto organizacional (cultura organizacional,
liderança e implicação organizacional e indicadores de performance e desempenho), gerir eficazmente as pessoas (do recrutamento à
gestão de conflitos), definir e implementar estratégias de negociação e de comunicação organizacional e de mudança e desenvolvimento organizacional. A gestão integrada de pessoas numa equipa multidisciplinar na prestação de cuidados de saúde hospitalar constituiu
outra das áreas aprofundadas.
Os formadores foram os Prof.
Generosa do Nascimento e Pedro
Moreira, docentes no INDEG / ISCTE a universidade portuguesa de
excelência na área da gestão.
A
Gestão de
operações
e logística
na saúde
O próximo módulo – para o qual ainda
há algumas vagas – é dedicado à gestão de operações e logística na saúde.
Entre outras, serão ministradas as seguintes matérias: a logística, a cadeia
logística e a sua gestão na área da
saúde, temas centrais da logística e da
gestão da cadeia de abastecimento
na prestação de cuidados de saúde, a
gestão dos pacientes, doentes, utentes ou clientes na saúde, a gestão dos
materiais e dos fornecimentos e serviços externos na saúde, instrumental
de gestão logística usado em prestadores de cuidados de saúde, a gestão
de stocks na prestação de cuidados
de saúde, gestão de filas de espera
nos prestadores de cuidados de saúde e layout das infra-estruturas de
prestação de cuidados de saúde.
Mais informações: Marketing For You /
Jornal da Saúde - Elizabeth Domingos
931298484 ou www.indeg.iscte.pt
28 ll
DETERMINANTES DA SAÚDE
Fevereiro 2013 l JSA
NAS COMUNIDADES RURAIS DO MUNICÍPIO DO CHINGUAR, BIÉ
Acesso a água potável diminui doenças
RUI MOREIRA DE SÁ
z "Esta água dá-nos mais
confiança, tem qualidade.
As doenças diminuíram,
especialmente as diarreias nas crianças ".
Quem garante à reportagem do Jornal da Saúde é
Teresa Ntomaz, zeladora
da aldeia Bairro Cabinda,
município do Chinguar, no
interior do Bié, oito meses
após a abertura de um furo
de água potável, protegido, com bomba manual.
a aldeia, onde
subsiste
a
mais genuína
tradição comunitária, o
secretário do Grupo de Água
e Saneamento, Jeremias Elavoko (Esperança), mostra os
N
O soba grande, Horácio Kulivela, está satisfeito: “Os aldeões estão a
adoptar boas práticas de higiene”
Teresa Ntomaz, zeladora da aldeia: " As doenças diminuíram”
registos pormenorizados do
consumo e das contribuições
mensais dos aldeões. “Cada
família leva cinco a seis banheiras de 30 litros de água
por dia, o que perfaz as necessidades dos nossos 2.400
habitantes”, diz-nos.
mento da água dentro das
suas casas”, afirma.
O furo de água, com a
profundidade de 40 metros,
faz parte do projecto de
acesso a água potável para
as comunidades rurais do
Cachiungo e Chinguar, nas
O soba grande desta comunidade rural, Horácio
Kulivela, mostrou a sua satisfação, com a mudança de
mentalidade dos aldeões.
“Estão a adoptar boas práticas de higiene, como a lavagem das mãos e o trata-
províncias do Huambo e
Bié, financiado pela BP
Angola com o valor de
USD 400 mil e implementado pela ONG “Development Workshop” (DW).
“Com a construção de 20
furos de água potável, pro-
tegidos e com bomba manual, a capacitação das comunidades para geri-los
com eficiência e a sensibilização para as boas práticas de higiene, esperamos
contribuir para combater e
erradicar as doenças endémicas como a poliomielite,
a cólera e a malária na região”, de acordo com o gestor do programa de água e
saneamento da DW Angola, Cupi Baptista.
Segundo o director do
desenvolvimento sustentável da BP Angola, Gaspar
Santos, “com este projecto
de responsabilidade social,
pretende-se contribuir para
o esforço do Executivo, nomeadamente do seu programa de saúde pública, que
visa combater e/ou erradicar as doenças endémicas
como a poliomielite, a cólera e a malária, cujas causas estão directamente ligadas à falta de acesso a água
potável, ao deficiente saneamento básico e boas
práticas de higiene”.
Saúde HUAMBO
JSA l Fevereiro 2013 l 29
PROJECTO UHAYELE VIMBO CONTEMPLA ALDEIA DO MUNICÍPIO DO UKUMA
Consultórios ambulantes levam satisfação a Yuvu
ELSA INAKULO|
Correspondente no Huambo
z Os aldeões de Yuvu, município do Ukuma, província do Huambo, aderiram
com satisfação aos consultórios ambulantes que
estiveram instalados na
localidade durante cerca
de 8 horas, no dia 16 de
Fevereiro. A actividade denomina-se Uhayele Vimbo
(Saúde na Aldeia, na língua umbundo), foi promovida pela Direcção Provincial da Saúde, no âmbito
do Programa Nacional de
Municipalização da Saúde, e acompanhada pela
reportagem do Jornal da
Saúde.
s moradores
disseram ser
uma oportunidade pouco
vulgar naquela
localidade, pois aceder às unidades sanitárias do município
obriga-os a percorrer distâncias superiores a 22 quilómetros. Por isso, aproveitaram a
oportunidade para expor todas
as queixas que sentiam no mo-
O
mento e nos dias anteriores.
Um dos nossos interlocutores, que acabava de ser consultado, visivelmente satisfeito,
solicitou que se envide esforços para prosseguir com o programa e para instalar os serviços mais próximo da comunidade. “Queremos que continuem com este trabalho todos
os dias, para que as nossas
crianças possam crescer com
saúde e substituir os mais velhos nos trabalhos da comunidade”, pediu.
“Estou satisfeito porque recebi medicamentos. O médico disse-me que tenho malária e assim já posso combater
as dores que sinto no corpo
com esta medicação”, afirmou outro aldeão.
Para o chefe de repartição
municipal da Saúde do Ukuma, Armando Pongolola, a situação sanitária local tende a
melhorar consideravelmente,
na medida em que o município – que contava com apenas
duas – hoje possui 14 unidades sanitárias, o que tem permitido melhorar a saúde da
população.
Ukuma possui 2 médicos,
90 técnicos auxiliares de en-
Os programas de educação para saúde estão a ser reforçados, no sentido de educar a população a praticar as
medidas básicas de higiene e, assim, evitar as doenças diarreicas agudas, que mais assolam o município
fermagem, 60 técnicos médios de enfermagem, 9 técnicos de diagnóstico e terapêutica, um número considerado
insuficiente pelo responsável: “Temos postos médicos
com três funcionários apenas, quando deviam ser cerca
de vinte em cada. Precisamos
ainda de cerca de 200 técnicos para um melhor atendimento”.
Armando Pongolola afirma
que os esforços do executivo
hão-de continuar no sentido de
alargar a rede sanitária municipal e já está prevista a inauguração de mais dois postos médicos, em Abril próximo.
O responsável municipal
da Saúde do Ukuma apontou
as doenças diarreicas agudas
e as doenças respiratórias
agudas como as mais fre-
quentes na região, tendo passado a malária de primeira na
lista para a terceira posição.
Pongolola disse também que
os programas de educação
para saúde estão a ser reforçados, no sentido de educar a
população a praticar as medidas básicas de higiene e, assim, evitar as doenças diarreicas agudas, que mais assolam
o município.
Resultados
da acção
Segundo a chefe de repartição da Saúde Pública da
Direcção Provincial da
Saúde do Huambo, Georgina Figueiredo, foram
realizadas durante aquele
dia (16 de Fevereiro) 150
consultas de medicina,
447 de pediatria e 43 de
obstetrícia. Das análises
feitas, 1.158 foram para
testar a glicémia (com 28
casos de valores elevados
detectados), 159 a malária
(dos quais 32 positivos) e
97 o VIH/sida (todos negativos). Quanto à avaliação
da tensão arterial, 35 pacientes foram diagnosticados hipertensos, dos 133
avaliados. No que respeita
à vacinação, os dados
apontam para 65 crianças
e grávidas vacinadas. Registou-se igualmente a testagem de 148 pacientes
para identificação de casos de sal não iodizado e
foram encontrados 15,
num total de 694 de receitas atendidas. O projecto
Sorriso (de saúde bucal)
do programa Amosmid
realizou na sessão duas
palestras, 33 consultas, 44
extracções dentárias, 14
restaurações, 6 profilaxias
dentárias e foram distribuídos 72 kits de higiene oral.
FERNANDO FERREIRA VICENTE, DIRECTOR-GERAL DO HOSPITAL MUNICIPAL DA CAÁLA
«O desafio é converter o Hospital na principal unidade da região»
O hospital municipal da
Caála (HMC), província
do Huambo, existe há mais
de 40 anos como unidade
sanitária. Há cinco foi ampliado, apetrechado e elevado a hospital municipal.
Desde há três anos que possui duas salas de bloco operatório. Uma evolução que
permite, dia após dia, melhorar a saúde do corredor
oeste do planalto central.
Convidado a falar sobre a
instituição, o director-geral
do HMC, Fernando Ferreira Vicente, aborda a situação actual.
– Qual é o movimento registado nestes últimos anos
no HMC?
– De acordo com a regionalização e desenvolvimento da
província, o nosso hospital
recebe doentes não só da província do Huambo como
também de das de Benguela e
Huíla. Tivemos de aumentar
recentemente o número de
serviços e contamos neste
momento com 14 serviços,
incluindo os laboratórios
equipados, imagiologia e outros. Por outro lado, o elevado número de traumatologias
fez com que abríssemos o
serviço de bloco operatório
(BO) e hoje são raros os casos de emergência obstétrica
e de traumatologia que evacuamos para o Hospital Geral. Temos intervindo também no BO em casos de complicações de febre tifóide,
miomas, patologia da mama
e outros casos de cirurgia geral.
– Quanto aos recursos humanos e materiais, o hospital está bem servido?
– Não. Estamos muito mal
nesta vertente porque a luta
obriga-nos a evitar as mortes
por doenças, mas as pessoas
ainda morrem por falta de
profissionais na hora certa e
nos locais certos. Precisamos
FERNANDO FERREIRA VICENTE
Queremos implementar, até 2016,
o serviço de segurança e saúde
do trabalhador e o prémio de investigação científica de saúde
mental
de uma média de 40 médicos
especialistas e, neste momento, temos quatro, dois
dos quais estão a fazer especialidade, aumentando mais
a lacuna. E esta falta de profissionais não é só na quantidade, como também na qualidade, porque, em saúde, cada um deve ocupar a sua área
e não improvisar. Onde não
há determinado especialista
preenche-se a vaga com outro de outro ramo, o que não
deve ser. A outra preocupação que nos aflige quanto aos
profissionais é fuga de técnicos de saúde para outras
áreas, talvez por falta de incentivo ou de outros factores.
É assim que temos enfermeiros a fazerem o papel do médico e ninguém faz o do enfermeiro. Certamente há esforços e esta problemática
será ultrapassada pois já temos a Faculdade de Medicina a funcionar localmente e
esperamos que os estudantes
que lá se estão a formar nos
dêem a ajuda de que necessitamos. O nosso hospital tem
uma capacidade de 200 camas e somos, no total, 230
trabalhadores. Destaco a força de vontade da classe intermédia, precisamente os enfermeiros, que tem sido muitas vezes a mais sacrificada.
Já disse que temos poucos
médicos e alguns deles a desempenham cargos administrativos, tornando-os menos
disponíveis ainda. Quanto
aos recursos materiais não
temos que nos queixar, porque estamos muito bem servidos, assim como em relação aos medicamentos, que
são abastecidos pontualmente, quer os vindos da Repartição Municipal da Saúde quer
os da administração local.
– Quais são as doenças
mais diagnosticadas?
– Além daquelas que são do
quadro epidemiológico provincial, temos muitos casos
de traumatismos por acidentes rodoviários e domésticos,
problemas intestinais, tuberculose, gravidezes precoces
e multiparidades. Ao nível
dos cinco bancos de urgência, temos uma capacidade
de 250 doentes por dia e efectuamos diariamente oito intervenções cirúrgicas no
Bloco Operatório.
Os desafios
desta equipa
sanitária
O desafio fundamental é
converter o Hospital Municipal da Caála em Complexo Hospitalar Oeste da
Província do Huambo, fazendo dele a principal unidade da região, com uma
capacidade de resposta
do posto de vista assistencial, docente e de investigação. Queremos fazer
com que os objectivos traçados no plano director de
desenvolvimento a médio
e longo prazos se possam
cumprir, de acordo o plano
do executivo, em relação à
prevenção e àqueles aspectos que ainda afligem
as nossas populações. E
queremos ainda implementar, até 2016, o serviço
de segurança e saúde do
trabalhador e também o
prémio de investigação
científica de saúde mental.
30 ll
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Fevereiro 2013 l JSA
NA COMUNIDADE DE CHIMBASSI, MUNICÍPIO DO CUBAL
Aldeões celebram oferta de escola primária
RUI MOREIRA DE SÁ
z Uma nova escola primária, com oito salas de aula,
foi inaugurada, este mês,
na aldeia de VacariaChimbassi, município do
Cubal, província de Benguela.
ão tenho palavras
para
agradecer”
foi a expressão utilizada,
no acto de entrega formal da
escola e de material escolar,
pelo administrador municipal do Cubal, António Saraiva, ao receber a delegação da
BP Angola que, em conjunto
com a Sonangol e demais
parceiros do bloco 31, financiaram a obra e realizaram o
sonho desta comunidade.
“Das 80 mil crianças deste
município, cerca de 10 mil
ainda estão fora do sistema
formal de ensino. A explosão
escolar é grande e esta escola
vai beneficiar mais de mil famílias. A comunidade está
alegre porque sabe que os
seus filhos agora estão seguros”, garantiu o administrador à reportagem do Jornal
da Saúde.
De acordo com o director
N
municipal da educação, José
Chipupa, " o problema da
falta de salas de aula nesta
comunidade está resolvido".
O projecto foi implementado em quatro meses pela
Rise, uma ONG com vasta
experiência nesta área que já
erigiu cinco escolas, das
quais quatro em Benguela,
com fundos da BP e associadas dos blocos 18 e 31. Segundo o seu responsável,
Adriano Huambo, “esta é
uma das mais funcionais e
belas escolas que construímos e que permitirá a mais
de mil crianças terem condições de educação condignas”.
Passo modesto,
mas significativo
Para o presidente regional
da BP Angola, Martyn Morris, presente na cerimónia,
trata-se de “um passo modesto mas significativo para
melhorar o acesso ao ensino
das crianças, futuros qua-
dros responsáveis, e que são
o pilar do desenvolvimento
sustentável do país”. Segun-
do este responsável, a BP
Angola elegeu a educação
como uma das prioridades,
no quadro da sua política de
responsabilidade social e
corporativa. “Só com uma
educação sólida e abrangente o País pode prosseguir a
sua rota de desenvolvimento
económico e social que vem
demonstrando nos últimos
anos”, concluiu.
No acto de entrega, estiveram ainda presentes o Administrador adjunto municipal,
António Calianguila, o chefe
da repartição para a área social da administração municipal, Pedro Angulo Samuel
Daniel, o chefe da educação
e ensino, Frederico Cosi, o
regedor municipal, Barnabé
André, a chefe da área da família e promoção da mulher,
Albertina Chilembo, o director da escola, Mateus, o seculo da área, Adelino Umbumbo, os sobas Gervásio
Cachambe e Abel Pascoal
Aurelio e os directores de escolas do município, entre
outras individualidades. A
delegação da BP, chefiada
pelo presidente regional
Martyn Morris, era composta pela sua esposa Helen
Morris, o director de comunicação, António Vueba , o
director do Desenvolvimento Sustentável, Gaspar Santos, o conselheiro José Fernandes, o assessor de comunicação Henrique Malungo e
o responsável pela segurança, Rui Rosa.
NA KUNHINGA, BIÉ
Mais de mil crianças passam a ter acesso a escola primária condigna
uquema é uma aldeia remota no firmamento do planalto central, sem água potável
nem energia, no município
de Kunhinga, interior do
Bié, um dos locais mais devastados pela guerra. Chegar lá é difícil. Temos de
percorrer cerca de dez quilómetros de picada em mau estado, rodeada de uma savana
verdejante, onde os aromas
da terra se confundem com a
fragrância das flores. Pelo
caminho ficam as viaturas
sem tracção às quatro rodas.
O acesso à educação das
1006 crianças que habitam
em Kuquema e nas três aldeias próximas era, até agora, muito precário, amontoadas num pequeno barracão
onde chovia.
Por tudo isto, a inaugura-
K
ção de uma nova escola com
oito salas de aula apetrechadas, área administrativa e
WC, no passado dia 11 de
Fevereiro, foi recebida com
a mais profunda gratidão pelas famílias e constituiu um
motivo para uma festa na aldeia.
“A escola vai contribuir
para diminuir as assimetrias
no Bié e beneficiar significativamente as comunidades locais”, assegurou a administradora do município,
Celeste Adolfo, à reportagem do Jornal da Saúde.
Duas turmas vão acolher os
estudantes da iniciação à 7ª
classe. “O próximo passo é o
fornecimento de energia
eléctrica para que possamos
ter aulas nocturnas e fixar
professores na aldeia”, disse.
Parcerias fortes
O pastor Bernardo Adelino agradeceu “a visão e a
sensibilidade dos dirigentes da BP”.
Para o presidente regional da BP, Martyn Morris,
presente no acto de entrega
formal da escola, foi “uma
experiência espiritualmente edificante”. A construção “só foi possível graças
ao esforço conjunto da BP,
Sonangol e demais parceiros do bloco 31, a administração municipal, o Ministério da Educação, a Igreja
Evangélica dos Irmãos em
Angola (IEIA), a implementadora Rise e a comunidade desta área”. Para este responsável, só com parcerias fortes e saudáveis se
podem obter resultados
sustentáveis para as comunidades.
Kunhinga, terra do ana-
nás como lembrou a administradora, situa-se a 30
quilómetros a norte do Kuito, tem duas comunas, uma
população de 82,9 mil habitantes, basicamente camponeses, 178 autoridades
tradicionais e 1.348 professores registados.
Fevereiro 2013
l JSA
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PUBLICIDADE
Fevereiro 2013 l JSA
RESPONSABILIDADE SOCIAL ll 33
Fevereiro 2013 l JSA
NA ODEBRECHT ANGOLA
Ergonomia: entender para prevenir
z O entendimento das
questões ergonómicas
permite atuar com eficácia
na prevenção de doenças
osteomusculares e na promoção da qualidade de vida no ambiente de trabalho.
ergonomia é a
ciência que
utiliza os conhecimentos
multidisciplinares da engenharia, biomecânica, medicina, antropologia e ciências sociais, entre
outras, para buscar o entendimento do trabalho e a relação
do trabalhador com este ambiente.
No mundo, durante muitos
anos, procurou-se apenas ensinar as pessoas a conviverem com os pesos que tinham
a carregar e com as posturas
inadequadas. Na atualidade
nós perguntamos: Que peso é
este? Ele está no lugar adequado? Quem deve transportá-lo? Eu preciso mesmo
deste peso dentro do meu
processo de trabalho? Existe
uma maneira mais fácil de fazer este trabalho? As pessoas
realmente conhecem os riscos ergonómicos do seu trabalho, a fim de se prevenir? E
minha postura? Posso mudála para realizar o trabalho
com maior facilidade?
Respondendo a estas questões a Odebrecht iniciou, em
Janeiro, o Projeto de Implantação do Programa de Ergo-
Apresentação de Resultados - Equipe
COERGO-PRP, em 15-02-2013
Equipe COERGO. Membros do Comitê de
Ergonomia da Odebrecht, projeto PRP –
Programa de Realojamento das Populações
Casa do Zango. Da esquerda para direita:
1- Técnico de Segurança no Trabalho, Gerson Dala Ginga – Secretário do COERGO
2- Técnico de enfermagem, João Sebastião
– Ativador do COERGO
3- Fisioterapeuta Ergonomista – DS,
Cristina Lopes
4- Coordenadora de Medicina – DS,
Paloma Baiardi
5- Médica do Trabalho, líder de Ergonomia –
PRP, Isolina Freitas
6- Líder de Ergonomia, engenheiro
ambiental, Joaquim Ramos
7- Técnico de Segurança no Trabalho,
Coordenador do COERGO, Elieser de Paula
8- Gerente de Segurança no Trabalho,
Ativador do COERGO, engenheiro
Antero Mafra
9- Encarregado Geral de Construção Civil,
Líder de Ergonomia, Francisco Bezerra
A
nomia nos seus contratos. As
equipes de Saúde e Segurança do Trabalho já iniciaram o
processo de capacitação e
implantação, o que aconteceu nos projetos PRP - Programa de Realojamento das
Populações – Casa Zango,
AHE Cambambê e Desvio
do Rio – AHE Laúca.
Na segunda quinzena de
Fevereiro os profissionais
participantes do Curso de
Medicina do Trabalho, promovido pela Odebrecht, receberam o módulo de Capacitação em Ergonomia que
foi ministrado pela fisiotera-
“Com a implementação do
Programa de Ergonomia, já
podemos medir os resultados
altamente positivos, tanto na
redução das lombalgias, quanto na
melhoria de condições gerais de
trabalho, produtividade e redução
do absenteísmo”
Capacitação em Ergonomia para médicos, engenheiros e técnicos de enfermagem e de segurança do trabalho.
peuta Cristina Lopes, responsável pela implantação
do Programa de Ergonomia
nos projetos da empresa.
“Com as equipes mais preparadas e conhecedoras das
questões ergonómicas, o trabalho e o trabalhador serão
beneficiados de maneira ímpar, resultando em melhor
qualidade de vida, redução
do absenteísmo e melhor desempenho na atividade laboral”, garante Cristina Lopes.
De acordo com o gerente
de SSTMA, Antero Mafra,
“Nós, do PRP, com a implementação do Programa de
Ergonomia, já podemos medir os resultados altamente
positivos, tanto na redução
das lombalgias, quanto na
melhoria de condições gerais
de trabalho, produtividade e
redução do absenteísmo”.
Segundo este responsável
“as atividades laborais,
quando iniciadas e desenvolvidas com planejamento ergonómico, projeto e avaliação de tarefas e dos postos de
trabalho, além dos resultados
tangíveis, obtemos os intangíveis, como a satisfação do
integrante, saúde e qualidade
de vida”.
34 ll
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Fevereiro 2013 l JSA
Fevereiro 2013
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CLÍNICAS
Fevereiro 2013 l JSA
MediLab prevê alargar a oferta de serviços este ano
ANDREIA PEREIRA
z O centro médico MediLab, com sede no bairro
do Prenda, em Luanda,
tenciona abrir mais uma
unidade até ao final do primeiro semestre de 2013,
em Talatona ou Morro Bento (a localização ainda está
por definir). A directora do
MediLab, Celeste Ferreira,
afirmou ao Jornal da Saúde de Angola que este espaço, que também funcionará em regime de ambulatório, contará com duas
novas valências: uma consulta de Nutrição (com
uma área de ginásio incorporada) e uma sala de preparação para o parto.
CELESTE FERREIRA No MediLab há uma oferta de serviços integrada, que reúne o atendimento médico e a área
de diagnóstico laboratorial
ituado em pleno
coração do bairro
do Prenda, numa
das ruas transversais ao hospital
homónimo, o centro médico
MediLab, que divide a sua
actividade entre consultas
médicas e a área laboratorial, prepara-se para inaugurar uma nova unidade nos
arredores do centro de
Luanda (Talatona ou Morro
Bento – a localização ainda
não está, para já, definida)
até ao final do primeiro semestre deste ano.
Em jeito de balanço, Celeste Ferreira, directora da
clínica e também analista
no Hospital do Prenda,
adiantou que, no ano de
2012, o MediLab efectuou
cerca de 40 atendimentos
diários, em média, entre
consultas e análises laboratoriais. O centro médico,
que funciona apenas em regime de ambulatório, presta
atendimento em especialidades clínicas que Celeste
Ferreira considera emergentes, de entre as quais se
destacam a Medicina Geral
S
e Familiar, Pediatria, Ginecologia/Obstetrícia, Cardiologia, Ortopedia e Dermatologia. “Na área laboratorial, desenvolvemos análises clínicas nas áreas de
Hematologia, Bioquímica,
Serologia e Imunologia.
Em 2013, prevemos arrancar com a valência de Microbiologia, um projecto
que estava a ser estudado há
algum tempo”, acrescenta.
Oferta de serviços
integrada
A especialista lembra
que, no MediLab, há uma
oferta de serviços integrada, que reúne o atendimento médico e a área de diagnóstico laboratorial. “Funcionamos como uma estrutura autónoma dentro da
área de ambulatório, o que
nos permite realizar consultas com o suporte de exames de laboratório, em simultâneo. As clínicas, em
Angola, regra geral, possuem uma oferta de análises
laboratoriais pouco diferenciada
(basicamente,
uma gota espessa e um vi-
dal). A nossa postura é distinta, pois, paralelamente
ao atendimento médico,
tencionamos prestar uma
resposta mais diferenciada
na área do diagnóstico laboratorial. Aliás, todas as
valências funcionam em
permanência (dentro do horário de funcionamento do
centro médico), o que nos
permite dar resposta a análises simples de rotina (nomeadamente, uma gota espessa) ou exames mais
complexos, que carecem de
aparelhos de imunologia ou
equipamentos mais sofisticados.”
O MediLab, conforme
explica Celeste Ferreira, é
“um projecto de ambulatório”, que funciona nos mesmos moldes das clínicas
portuguesas (dias úteis).
“Nas situações de urgência
ou em que é necessário internamento, encaminhamos para os hospitais públicos ou privados, dependendo da capacidade económica do doente”, esclarece.
Medicina do trabalho
Dentro da oferta de serviços, o MediLab, ao abrigo
de contratos com empresas,
está a realizar, desde Junho
de 2012, consultas de Medicina do Trabalho. “Na sequência desse contrato, os
trabalhadores e os respectivos familiares podem dirigir-se ao centro médico,
mas a um preço mais acessível”, explica Celeste Ferreira.
Consulta de obesidade
Com uma equipa de 22
funcionários, o MediLab
tenciona alargar a oferta de
serviços, criando uma nova
unidade nos arredores de
Luanda, até ao primeiro semestre deste ano. “Neste
segundo projecto, iremos
contar com a colaboração
de uma nutricionista, estando previsto arrancarmos, a
partir de Março, com uma
consulta direccionada à
obesidade, que é uma preocupação cada vez mais premente em Angola. Nesta
clínica, que estará sedeada
em Talatona ou Morro Bento, teremos ainda uma área
de ginásio, que pretende
dar apoio aos doentes
acompanhados nesta consulta”, esclarece.
Método psico-profiláctico
para o parto
Celeste Ferreira também
lembra que, neste novo espaço, haverá uma sala destinada exclusivamente ao
método psico-profiláctico
para o parto. “É uma valência ainda pouco divulgada
em Angola, sendo que, com
a implementação deste espaço, dirigido às grávidas,
podemos diversificar a nossa oferta de serviços”, resume a responsável.
Profissionais de saúde
A directora médica reconhece que o MediLab, um
centro médico que conta
com uma equipa de profissionais de saúde cubanos,
portugueses e angolanos, já
conquistou a confiança dos
utentes. “A população sente
conforto quando há uma
presença estrangeira numa
clínica como o MediLab.
Contudo, os médicos angolanos estão numa fase ascendente, cabendo aos profissionais de saúde expatriados transmitir os seus
conhecimentos ao staff angolano. Ainda assim, há
matérias que não dominamos, pelo que, através do
contacto com profissionais
angolanos, acabamos por
conjugar conhecimentos
em algumas áreas.”
Segundo informa Celeste
Ferreira, a malária continua
a ser o principal motivo de
consulta médica, sendo que
o ano de 2012, “provavelmente por causa da frequências das chuvas”, ficou
marcado por uma elevada
incidência de “casos positivos e graves”, inclusivamente em recém-nascidos.
Além da malária, a diabetes
e hipertensão correspondem, respectivamente, às
principais razões de consulta médica no MediLab.
A equipa
Neste momento, o MediLab conta com uma equipa de 22 funcionários, incluindo a área administrativa. Nesta unidade, sedeada no bairro do Prenda, colaboram, até ao momento,
seis médicos cubanos. Os
enfermeiros são de nacionalidade angolana, à excepção de uma enfermeira
de origem cubana. Por outro lado, os técnicos de laboratórios são, fundamentalmente, angolanos. Celeste Ferreira, radicada em
Luanda há sete anos, é
portuguesa e lidera este
centro médico.
Fevereiro 2013
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l JSA
ESPECIALIDADES
- MEDICINA INTERNA
- MEDICINA INTENSIVA
DO ADULTO
- GINECOLOGIA
- OBSTETRÍCIA
- NEONATOLOGIA
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DE DIAGNÓSTICO
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38 ll
FISIOTERAPIA
Fevereiro 2013 l JSA
Bom Senso Fisioterapia
comemorou o 1º aniversário
z A Bom Senso Fisioterapia completou um ano de
existência no dia 1 deste
mês Fevereiro. O projecto,
contudo, já vinha a ser
pensado há mais tempo,
conforme revelou ao Jornal da Saúde o ex-capitão
da Selecção Nacional de
Futebol e proprietário desta clínica, Carlos Alonso,
mais conhecido por Kali.
“Foi há quase dois anos
que, com a ajuda de alguns amigos, resolvi
avançar com este projecto”.
ocalizada
no
bairro de Alvalade, a Bom
Senso oferece
um moderno e
completo serviço de fisioterapia, com equipamentos
dotados de tecnologia de
ponta, abrangendo as várias
áreas da fisioterapia, conforme nos informou Kali. “Este
projecto visa oferecer em
Angola um nível de serviço
internacional, com tecnologia de vanguarda, equipamentos que permitem recuperações plenas no menor
espaço de tempo possível e
uma equipa muito competente, com elevado grau de
formação. É por isso que
apostamos numa equipa
multicultural, composta por
fisioterapeutas angolanos e
portugueses, todos licenciados em fisioterapia”. Ainda
de acordo com este responsável “os fisioterapeutas que
vêm de fora trazem consigo
algum know-how diferenciador, dado que passaram
por clubes internacionais e
clínicas de renome fora de
Angola”.
De acordo com Kali “tem
sido uma aposta ganha e com
resultados positivos, pois o
grau de satisfação dos nossos clientes, com base em inquéritos periódicos que fazemos, e na nossa observação,
tem sido mesmo muito positivo”.
Exigência dos desportistas
Nesta nossa visita à Bom
Senso, foi possível observar
vários atletas a fazerem tratamento, o que diz bem da
L
“A Bom Senso oferece
em Angola um nível de
serviço internacional,
com tecnologia de
vanguarda,
equipamentos que
permitem recuperações
plenas no menor espaço
de tempo possível e uma
equipa muito
competente, com
elevado grau de
formação.”
aposta desta clínica na área
desportiva. “Efectivamente,
quando lançámos a Bom
Senso, a ideia passava por
dar aos atletas, desportistas e
público em geral um nível de
tratamento internacional.
Daí termos feito um elevado
investimento, quer em meios
técnicos, quer humanos”.
Mas a Bom Senso não se cinge ao tratamento de atletas,
“os quais, hoje em dia, não
representam mais do que
10% dos seus clientes”, diznos. A clínica continua, no
entanto, “a apostar na área
desportiva, pois é muito exigente e obriga-nos a evoluir
todos os dias”. De acordo
com Kali “ um clube exige
que um atleta seja recuperado no menor espaço de tempo e o melhor possível, o
grau de exigência na recuperação desportiva é tremendamente elevado, e, se conseguirmos dar uma boa resposta nesta área tão exigente, estaremos também cada vez
mais próximos da qualidade
de excelência que buscamos
todos os dias”. Sem citar nomes, Kali deu a entender que
muitos dos nossos atletas
buscam os serviços da Bom
Senso e saem satisfeitos com
os tratamentos. “Confiam
nesta equipa para a sua recuperação, para além de se sentirem num ambiente familiar”, rematou.
Recuperação de casos de
AVC
Observámos também muitos casos de neurologia os
quais têm um espaço próprio
para o atendimento de patologias nesta área. “A nossa
aposta passa também por
criar condições para albergar
cada vez mais casos de neurologia, nomeadamente casos de AVC e problemas do
neuro-desenvolvimento.
Ainda recentemente fizemos
alguns investimentos nesta
área, pois temos tido bastante procura, tendo alguns profissionais com formação específica para este tipo de patologia”, garante Kali. Para
este responsável “se, por um
lado, apostamos forte na vertente músculo-esquelética,
não queremos descurar as
melhores condições para um
pleno tratamento nas áreas
neurológica e pediátrica.
Queremos que quem nos
procura encontre na Bom
Senso todas as condições para a sua recuperação”.
Consultas médicas
Para além da Fisioterapia,
a Bom Senso também oferece consultas médicas. Se-
gundo Kali, “este é um complemento chave para a oferta
e credibilidade da clínica,
pois permite que as avaliações e diagnósticos sejam
bem feitos e com base neles
se façam bons planos de tratamento. Temos consultas de
Ortopedia, Medicina Desportiva, Neurologia, Reumatologia e Nutricionismo,
com médicos de renome e
credibilidade firmados no
país. É muito importante ter
médicos destas especialidades, pois todas elas têm relações muito próximas com o
tipo de patologias que os
nossos clientes apresentam”.
Com a ajuda deste corpo clínico e nestas áreas de actuação, “sentimo-nos confortáveis para um trabalho multidisciplinar e de excelência
na área da Fisioterapia”.
Ondas de choque
Nesta clínica encontrámos
um espaço agradável e muito
completo. Demos conta de
alguns equipamentos que diferenciam esta clínica de fisioterapia das demais, como
é o caso das Ondas de Choque. Como diz o responsável
de fisioterapia da Bom Senso, o fisioterapeuta João Vilaça, “esta é uma clínica que
em nada fica atrás das grandes clínicas de fisioterapia
internacionais, quer as europeias quer as americanas.
Especificamente, as ondas
de choque têm sido bastante
utilizadas e com resultados
muitíssimo interessantes,
mas não é o único equipamento que nos diferencia
dos demais. Esta é efectivamente uma clinica de fisioterapia muito completa e com
pessoal altamente qualificado que nos permite assumir
que o nível de tratamentos
que oferecemos está ao nível
das melhores”.
Projectos futuros
Quanto a projectos futuros, Kali refere que “neste
momento é mais importante
cimentar este projecto, melhorar ainda mais esta clínica, adaptá-la cada vez mais à
necessidade dos nossos
clientes e depois de garantir
que estamos muito próximos
da excelência é que podermos pensar em investir noutros projectos. Temos de dar
um passo de cada vez, e temos de ser tão exigentes
connosco como o público
que nos procura o é, pois trata-se de um tipo de cliente
exigente, muito dele já viajado e que se tratou em outras
clínicas no estrangeiro. Como tal, exige muito da Bom
Senso. Isso faz-nos evoluir
todos os dias e termos sempre o lema da qualidade como factor chave para nos
consolidarmos no mercado.”
Fevereiro 2013
l JSA
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JSA
l Fevereiro 2013

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