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A MaiorRiqueza é a Saúde A saúde nas suas mãos Jornal Saúde da Ano 3 - Nº 36 Fevereiro 2013 - Mensal Director Editorial: Rui Moreira de Sá Directora-adjunta: Maria Odete Pinheiro Preço:150 KZ MINISTÉRIO DA SAÚDE GOVERNO DA REPÚBLICA DE ANGOLA Médica Hospitalar atrai mil visitantes Sector público da saúde terá novos quadros A 1ª Feira Internacional de Equipamento Médico-Hospitalar, Tecnologia, Medicamentos e Consumíveis, que decorreu em simultâneo com o Congresso Internacional dos Médicos em Angola, em finais de Janeiro, inaugurada pelo Vice-presidente da República, Manuel Vicente, permitiu a cerca de mil médicos e outros profissionais de saúde terem acesso às mais avançadas soluções na área médica. O Ministro da Saúde, José Van-Dúnem, garantiu, na sessão de encerramento, que “o sector vai continuar a trabalhar com o MINFIN e o MAPESS para a integração de novos quadros no sector público”. |4 a 16 ACIDENTES RODOVIÁRIOS CRESCEM 23 % AO ANO AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR GLOBAL w A surdez é a alteração sensorial mais comum no ser humano. Estima- feridas. Mais de um quarto são mulheres. Jovens entre os 20 e os 40 anos são 63 %. A desatenção é responsável por 43 %. Pelo menos 30 % podiam ser evitados. Há falta de ortopedistas. Luanda lidera. |4 (tabagismo, lípidos, hipertensão (HTA), diabetes, obesidade, dieta, actividade física, consumo de álcool e factores psicossociais) foram responsáveis por mais de 90% do risco de enfarte do miocárdio. |14 se que, aproximadamente, 4% de indivíduos com menos de 45 anos e 29% com 65 ou mais anos tenham défice auditivo. A surdez grave a profunda afecta cerca de 1:1000 recém-nascidos. Sabe-se, igualmente, que mais 1:1000 crianças ficam surdas antes da idade adulta, sendo estas formas de surdez menos graves e progressivas. |16 w Morrem 12 pessoas por dia. Cerca de 45 ficam w Nove factores de risco facilmente avaliados SURDEZ SINAIS DE ALERTA. COMO INTERVIR? 2 ll EDITORIAL l EMPRESAS SOCIALMENTE RUI MOREIRA DE SÁ Director Editorial RESPONSÁVEIS [email protected] O Jornal da Saúde chega gratuitamente às suas mãos graças ao apoio das seguintes empresas e entidades socialmente responsáveis que contribuem para o bem-estar dos angolanos e o desenvolvimento sustentável do país. A feira Médica Hospitalar e a transparência do mercado E sta edição é em boa parte dedicada ao grande evento que foi o VIII Congresso Internacional dos Médicos em Angola e a feira especializada Médica Hospitalar que decorreram simultaneamente em Luanda. O nível científico das comunicações apresentadas, a aderência e participação da classe médica, a qualidade dos expositores presentes e a excelência organizativa, fizeram deste acontecimento um marco histórico no panorama da saúde em Angola. Os números falam por si. Esta primeira edição da Médica Hospitalar contou com a presença de 125 expositores directos e indirectos, de 16 países, e cerca de mil visitantes profissionais. No final, cerca de 91 por cento consideraram o certame bem / muito bem organizado, e mais de 61 por cento pretende um espaço maior na edição de 2014. Ao mesmo tempo, os profissionais de saúde tiveram a oportunidade de actualizar os seus conhecimentos e conhecer “ao vivo” os equipamentos de última geração e os produtos farmacêuticos mais inovadores e eficazes para combater as nossas doenças. Por fim, e não menos importante, é o facto de a feira contribuir para a transparência do mercado e para evitar a contrafacção de medicamentos, ao apresentar e ajudar a firmar no mercado as empresas e marcas de qualidade. O QUE PROMETEMOS AO LEITOR A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade. Trata-se de um direito humano fundamental. A conquista de um elevado nível de saúde é a mais importante meta social. A promoção da saúde pressupõe o desenvolvimento pessoal e social, através da melhoria da informação, educação e reforço das competências que habilitem para uma vida saudável. Deste modo, o leitor fica mais habilitado a controlar a sua saúde, o ambiente, e fazer opções conducentes à sua saúde. Prometemos contribuir para: – Melhorar e prolongar a vida do leitor, através da educação, informação e prevenção da saúde; – Contribuir para se atingirem os objectivos e metas da política nacional de saúde e os Objectivos do Milénio, através da obtenção de ganhos em saúde nas diferentes fases do ciclo de vida, reduzindo o peso da doença; – Constituir um referencial de formação e um repositório de informação essencial para os profissionais de saúde. Queremos estreitar a relação consigo, incentivando a sua participação em várias secções do Jornal da Saúde. Envie-nos os seus textos, comentários e sugestões. E-mail [email protected] SMS 932 302 822 / 914 780 462 As edições anteriores do Jornal da Saúde podem ser lidas em: www.ordemmedicosangola.org/ 2 Módulo - Gestão de Operações e Logística na Saúde SECRETARIADO E INSCRIÇÕES: Rua Vereador Ferreira da Cruz, 64, Miramar, Luanda Tel.: +244 931 298 484 / 923 276 837 / 932 302 822 E-mail:[email protected] | www.indeg.iscte.pt lFICHA TÉCNICA Conselho editorial: Prof. Dr. Miguel Bettencourt Mateus, decano da Faculdade de Medicina a UAN (coordenador), Dra. Adelaide Carvalho, Prof. Dra. Arlete Borges, Dr. Carlos (Kaka) Alberto, Enf. Lic. Conceição Martins, Dra. Filomena Wilson, Dra. Helga Freitas, Dra. Isabel Massocolo, Dra. Isilda Neves, Dr. Joaquim Van-Dúnem, Dra. Joseth de Sousa, Prof. Dr. Josinando Teófilo, Prof. Dra. Maria Manuela de Jesus Mendes, Dr. Miguel Gaspar, Dr. Paulo Campos. Director Editorial: Rui Moreira de Sá [email protected]; Directora-adjunta: Maria Odete Manso Pinheiro [email protected]; Parceria: Redacção: Andreia Pereira; Esmeralda Miza; Luís Óscar; Maria Ribeiro; Patrícia Van-Dúnem.Correspondente provincial: Elsa Inakulo (Huambo) PUBLICIDADE: Maria Odete Pinheiro Tel.: 935 432 415 [email protected] Revisão: Marta Olias; Fotografia: António Paulo Manuel (Paulo dos Anjos). Editor: Marketing For You, Lda - Rua Dr. Alves da Cunha, nº 3, 1º andar - Ingombota, Luanda, Angola, Tel.: +(244) 935 432 415 / 914 780 462, [email protected]. Conservatória Registo Comercial de Luanda nº 872-10/100505, NIF 5417089028, Registo no Ministério da Comunicação Social nº 141/A/2011, Folha nº 143. 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Envie pedido para: [email protected] ll QUEIMADURAS Fevereiro 2013 l JSA ll 3 4 ll SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA Fevereiro 2013 l JSA LUANDA É A PROVÍNCIA QUE REGISTA MAIOR NÚMERO DE ACIDENTES Sinistralidade rodoviária é uma das principais causas de morte entre jovens com menos de 40 anos ANDREIA PEREIRA z De acordo com o médico Tomás João, ortopedista e palestrante no VIII Congresso Internacional dos Médicos em Angola, um evento que decorreu entre os dias 25 e 26 de Janeiro, no Centro de Convenções de Talatona, os acidentes de viação são a segunda causa de mortalidade do país, a seguir à malária. O especialista mostra-se apreensivo com os dados estatísticos que revelam um aumento gradual do número de óbitos associados à sinistralidade rodoviária desde 2008. egundo os dados da Direcção Nacional de Viação e Trânsito, o número de mortos, resultantes de acidentes de viação, quase duplicou no espaço de cinco anos. Esta entidade revela ainda estatísticas que reflectem a gravidade da sinistralidade rodoviária em Angola: 4.428 mortes em 2012 (um número que, em 2008, se cifrou nos 2.710 óbitos). A maior parte dos acidentes de viação ocorreram nas províncias de Luanda, Benguela, Huambo, S Bié e Huíla, sendo que a capital angolana lidera o número de sinistros, feridos e mortos. Na perspectiva de Tomás João, médico ortopedista, os acidentes de viação são a segunda causa de morte em Angola, sendo esta estatística apenas ultrapassada pela mortalidade associada à malária. Contudo, o especialista acredita que “30% destas mortes poderiam ser evitadas”. Na sua comunicação, integrada no VIII Congresso Internacional dos Médicos em Angola, o especialista lembrou que, por cada morte de um acidentado, resultam três sinistrados com incapacidade permanente. “Se tivermos em conta que grande parte destes pacientes chega aos hospitais sem terem recebido qualquer assistência básica (primeiros socorros) e são transportados, frequentemente, por pessoas que não possuem conhecimentos nem preparação para lidar com traumatizados, o que normalmente agrava o estado clínico e as lesões da vítima, muitas destas incapacidades e mortes seriam evitáveis, se houvesse formação adequada de profissionais, criação de redes integradas funcionais para atendimento ao sinistrado e preparação massiva dos cidadãos, em matéria de socorrismo e atenção imediata ao sinistrado a partir do local do acidente”, declarou. Atendendo ao impacto da sinistralidade em Angola, um estudo observacional, com duração de seis meses (Novembro de 2011 a Abril de 2012), propôs-se a avaliar o comportamento e o conhecimento sobre acidentes de viação e socorrismo. O trabalho, que incluiu uma amostra de 222 doentes sinistrados (141 dos quais com idades compreendidas entre os 2040 anos), atendidos nos serviços de urgências, internamento e ambulatório dos Hospitais Gerais de Benguela e do Lobito, revelou que o atropelamento e os despistes ou quedas estão entre as principais causas de acidente. A desatenção e o alcoolismo, à luz deste trabalho, também foram as circunstâncias que favoreceram a ocorrência de acidentes. A linguagem dos números – Considerada uma das principais causas de mortalidade em jovens com menos de 40 anos de idade. – Em Angola, é a segunda causa de morte superada apenas pela malária. – Estima-se que haja, anualmente, mais 1,3 milhões de mortes e cerca de 50 milhões de feridos em todo o mundo. – Cerca de 30% destas mortes poderiam ser evitadas. – Por cada pessoa que morre de acidente há 3 com incapacidades permanentes. – Calcula-se que por cada pessoa que morre de acidente se produzam pelo menos 500 feridos (não mortais) dos quais 30% são graves. – Os acidentes de viação custam cerca de 5% do PIB em muitos países. Assim, e de acordo com estes dados, o especialista admitiu que é necessário reforçar os canais de informação de modo a melhorar a assistência pré-hospitalar das vítimas de sinistralidade rodoviária. “Deve haver um trabalho de consciencialização da população no sentido de possuir e elevar os conhecimentos básicos sobre a assistência primária, para que as pessoas estejam habilitadas a agir correctamente em casos de acidente de viação.” Nas palavras do especialista, é necessário “delinear e implementar uma estratégia de intervenção educativa massiva dos cidadãos em matéria de socorrismo, visando proporcionar um atendimento correcto às vítimas da sinistralidade rodoviária, desde o local da ocorrência do acidente”. Fevereiro 2013 l JSA PUBLICIDADE ll 5 6 ll VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DOS MÉDICOS EM ANGOLA Fevereiro 2013 l JSA (Da esquerda para a direita) Dr.ª Mariana Afonso (deputada da Assembleia da República), Dr. José Van-Dúnem (ministro da Saúde), Eng. Manuel Domingos Vicente (vice-presidente da República), Prof. Doutor Carlos Alberto Pinto de Sousa (bastonário da OM), Dr.ª Judite Pereira (vice-governadora da província de Luanda) PROGRAMA DO GOVERNO 2012-2017 Vice-presidente da República reafirma contributo do Executivo na implementação das políticas de saúde Eng. Manuel Domingos Vicente, vice-presidente da República de Angola, durante a sessão solene, reafirmou o contributo do Executivo na implementação das políticas de saúde que constam no Programa do Governo para o quinquénio 2012-2017. “Ao Executivo compete criar condições para a eficaz concretização deste desiderato e para a formação de médicos e demais profissionais de saúde, de modo a que todos, em conjunto, possam dar o seu contributo essencial, com qualidade nas acções, que visem uma sistemática e sustentável organização e funcionamento do Serviço Nacional de Saúde.” A este propósito, o Eng. Manuel Domingos Vicente realçou os avanços na construção e reabilitação de infra-estruturas sociais, com benefícios “consideráveis” para o sector da Saúde, “dotadas de meios técnicos e tecnológicos modernos”. Estas medidas, no seu parecer, permitiram “a expansão da rede sanitária municipal e a criação de novos serviços especializados de referência”. De acordo com o vice-presidente da República de Angola, o país dispõe, no momento, de apenas dois médicos por cada 10 mil habitantes. “Para garantirmos uma média de um médico por município, temos também recorrido à contratação de especialistas estrangeiros, que complementam a assistência médica, fornecida pelos técnicos nacionais. No âmbito da formação de quadros, iniciaremos a implementação do amplo Plano Nacional de Formação de Quadros para o período 2013/ /2020.” Posto isto, o Eng. Manuel Domingos Vicente lembrou que o Executivo destinou uma parte significativa do Orçamento Geral do Estado de 2013 aos investimentos na área da saúde, “com vista a garantir o bem-estar e a capacidade física e laboral de todos os angolanos”. O Números VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, MANUEL VICENTE No âmbito da formação, iniciaremos a implementação do amplo Plano Nacional de Formação de Quadros para o período 2013/ /2020 Durante a sua apresentação, o Eng. Manuel Domingos Vicente, vice-presidente da República, em representação do Eng. José Eduardo dos Santos, mostrou alguns indicadores de saúde, publicados em 2010 pelo Instituto Nacional de Estatística e, em 2011, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que demonstram “a coerência e a eficácia das medidas do Executivo para este sector”. – Esperança de vida passou de 48 anos, em ambos os sexos, para 52 anos em 2010; – A mortalidade materna passou de 1400 para 450mortes por cada 100 mil nados-vivos; – A mortalidade infantil passou de 150 para 116 mortes por cada mil nados-vivos; – Desde Julho de 2011, não foi registado nenhum caso de poliomielite no país. Secretário de Estado da Saúde, Carlos Alberto Masseca “O Orçamento de Estado 2013 prevê alocar um valor de 2,3 mil milhões de dólares para a rubrica da saúde” “Perspectivas e oportunidades em saúde”, o tema do simpósio précongresso, que teve lugar no dia 24 de Janeiro, contou com a moderação do Dr. José Van-Dúnem. O ministro da Saúde, na sua nota introdutória, lembrou que o sector da saúde, em Angola, está “em fase de reestruturação”, o que permitirá alargar o leque de novas oportunidades nesta área. Em seguida, o Dr. Carlos Alberto Masseca, secretário de Estado da Saúde, acrescentou que, enquanto “pilar fundamental para o desenvolvimento social”, o sector da saúde exige um esforço conjunto para se solucionarem alguns dos problemas mais prementes. O responsável estima que o aumento da emergência das doenças cróni- cas não transmissíveis irá onerar os custos com prevenção e tratamento. O Orçamento de Estado prevê contemplar uma verba de 2.300 milhões de dólares para a rubrica da saúde. “Normalmente, os gastos com bens e serviços correspondem a mais ou menos 30 ou 40% dos gastos globais do Orçamento do Estado para a saúde. Esta oportunidade para os prestadores de serviços permite que, consequentemente, se possa criar emprego e proceder a uma redistribuição da riqueza nacional”, afirmou o responsável, lançando o repto a novas investidores e empresários nacionais e estrangeiros, que actuam neste sector. Fevereiro 2013 l JSA PUBLICIDADE ll 7 8 ll VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DOS MÉDICOS EM ANGOLA Fevereiro 2013 l JSA Bastonário da Ordem dos Médicos assume o compromisso de consolidação da reforma no sector da saúde z Durante a sessão solene de abertura, o Prof. Doutor Carlos Alberto Pinto de Sousa, bastonário da Ordem dos Médicos (OM), firmou o compromisso público de continuar a trabalhar em prol da qualidade de vida dos serviços de saúde prestados à população. erante uma sala cheia, o Prof. Doutor Carlos Alberto Pinto de Sousa afirmou, ontem, que a OM está empenhada na “execução efectiva das orientações estratégicas da Política Nacional de Saúde”, plasmadas no Programa do Sector da Saúde do executivo para o quinquénio 2012-2017”. “A dicotomia entre o presente e o futuro [o le- P O VIII Congresso excedeu as expectativas com participantes de todo país ma do VIII Congresso Internacional dos Médicos em Angola] serve para balizarmos a nossa reflexão e para acentuarmos e defendermos, com determinação, a ‘governação clínica’ – entendida como um processo dinâmico e sustentado da medicina baseada na evidência -, que possa evitar tensões, perdas de eficiência e de efectividade nas prestações de cuidados.” “Hoje, volvidos cerca de 10 anos de paz em Angola, temos a responsabilidade e a esperança acrescida de rumar a um futuro condizente com um Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário”, afirmou, acrescentando que “o presente da saúde [no país] enfrenta desafios”. Contudo, o bastonário da OM reconhece que, apesar do “trabalho árduo”, existe a determinação para “concertar estratégias e resultados”, que estão em conformidade com “o permanente desafio de melhorar a saúde do povo angolano”. Prof. Doutor Carlos Alberto Pinto de Sousa, bastonário da OM de Angola: “Apesar do trabalho árduo, existe a determinação para concertar estratégias e resultados” Especialistas em equipamentos de imagiologia e electromedicina Farmácia, Material Hospitalar e Equipamentos Médicos Rua Cónego Manuel das Neves, 97, Luanda Tel.: 923329316 / 917309315 Fax: 222449474 E-mail: [email protected] TEMOS AO DISPOR DOS NOSSOS CLIENTES UMA VASTA GAMA DE SERVIÇOS CLÍNICOS NAS MAIS VARIADAS ÁREAS DE ATENDIMENTO HOSPITALAR. PARA O CUMPRIMENTO DOS NOSSOS SERVIÇOS, POSSUÍMOS EQUIPAMENTO MODERNO E INSTALAÇÕES COM PADRÃO TOPO DE GAMA. Rua Comandante Gika, nº 225, Luanda -Angola Tel.: 226 698 000 / 226 698 415 / 226 698 416 FAX: 226 698 218 www.clinicagirassol.co.ao ESPECIALIDADES MÉDICAS - Dermatologia - Gastrenterologia - Medicina Interna - Medicina Intensiva - Nefrologia - Neurologia - Cardiologia - Endocrinologia - Hematologia Clínica - Reumatologia - Oncologia - Infecciologia - Fisioterapia - Psiquiatria - Hemoterapia ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS - Neurocirurgia - Oftalmologia - Ortopedia - Cirurgia Plástica - Reconstrutiva e Estética - Cirurgia Pediátrica - Ginecologia – Obstétrica - Cirurgia Geral - Cirurgia Maxilofacial - Angiologia - Cirurgia Vascular - Urologia - Otorrinolaringologia - Cirurgia Cardiotorácica - Odontologia - Anestesiologia ESPECIALIDADES PEDIÁTRICAS - Neonatologia - Puericultura - Cirurgia Pediátrica - Cardiologia Pediátrica CONSULTAS EXTERNAS - Psiquiatria - Pneumologia - Fonoaudiologia - Maxilo Facial - Nutrição 10 ll VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DOS MÉDICOS EM ANGOLA Fevereiro 2013 l JSA CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A saúde em Angola: o presente e o futuro z Na sessão de encerramento do VIII Congresso Internacional dos Médicos em Angola, a 26 de Janeiro, foram lidas e aprovadas as seguintes conclusões e recomendações: a. Os Congressistas assumiram: i.A importância e o alcance das linhas orientadoras em matéria de saúde traçadas por Sua Excelência o Senhor Vice-Presidente da República, Eng. Manuel Domingos Vicente, que nortearão a sua actividade. ii. Como grande prioridade, prosseguir, no que lhes cabe no âmbito da saúde no nosso país, o combate permanente contra a pobreza, de forma a poder multiplicar as intervenções específicas de combate às doenças mais mortais e mais incapacitantes, bem como reforçar os sistemas de prestação de cuidados de saúde às populações, especialmente às mais pobres. b. Na Conferência “A Saúde em Angola: o Presente e o Futuro”, Sua Excelência o Senhor Ministro da Saúde relatou os progressos registados no sector e apontou os caminhos previstos no Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário 2012-2025. Em particular, referiu que o sector vai continuar a trabalhar com o MINFIN e o MAPESS para a integração de novos quadros no sector público. Recomendou o investimento em especializações médicas que possam assegurar o alcance dos objectivos e o desenvolvimento de trabalhos de investigação de forma a transformar os seus resultados num património colectivo. Recomendou ainda a necessidade de se criarem instrumentos que garantam a monitorização das acções. Nas outras conferências, painéis e temas livres, concluiu-se: Perspectivas da medicina No tema “Perspectivas da Medicina – o fio condutor para uma visão integrada”, a apresentação sobre o estado da arte à luz da bioética relembrou que, embora a tecnologia esteja cada vez mais evoluída e ao serviço dos profissionais de saúde, esta não deve distanciar a relação médico-paciente. Contributo da investigação A apresentação sobre o contributo efectivo da investigação para o desenvolvimento da saúde concluiu que a investigação em saúde gera conhecimento para intervenções efectivas e eficientes, tem consequências económicas e sociais robustas, e elevado retorno – de longo termo para dispositivos médicos e testes para diagnóstico e de muito longo termo para medicamentos, ou agentes preventivos. Educação médica No que se refere à adequação da educação médica à constante evolução das ciências e tecnologias da saúde, concluiu-se pela necessidade de adoptar um currículo baseado em competências, promover a educação interprofissional e de equipa. Tendências contemporâneas No tópico relativo às tendências contemporâneas, foi evidenciada a orientação de se trabalhar interdisciplinarmente. Informatização serviços de sangue A informatização e automatização dos Serviços de Sangue e de Medicina Transfusional condicionam aumentos dos níveis de segurança e de eficácia. A informatização deve ser abordada de um modo holístico em relação à cadeia transfusional. A informatização dever ser entendida como um processo estruturante em relação às actividades desenvolvidas tanto directa como indirectamente. Impacto da globalização A globalização tem impactes profundos e complexos na própria natureza da nossa sociedade, criando novas oportunidades mas, igualmente, novos riscos. É necessário que, na avaliação dos impactes, designadamente da globalização, a saúde seja sempre considerada Serviços de urgência A melhoria contínua da qualidade e a gestão do risco devem fazer parte da cultura dos serviços de urgência. Certificação da qualidade A certificação da qualidade pelo normativo internacional ISO 9001 nos serviços de saúde garante o funcionamento dos serviços, equipamentos e informação e reforça a qualificação e valorização dos profissionais da saúde através da adopção de boas práticas – saber o que faz e como faz. Cirurgia cardiovascular Constata-se que, nos últimos anos, Angola iniciou um processo de intervenções cirúrgicas cardíacas em crianças e adultos, na Clínica Girassol e no HJM com resultados positivos. Concluiu-se que se deve incrementar a autonomia dos quadros angolanos já existentes, intensificar a formação de quadros tanto dentro como fora do País e adequar infra-estruturas. Formação médica de especialistas A formação médica de especialistas deve ir ao encontro das necessidades e objectivos estabelecidos pelo Executivo. Polimorfismos Eritrocitários Relativamente a “Alguns Polimorfismos Eritrocitários e das Espécies de Plasmodium”, os resultados da investigação apresentada reconfirmam a presença de P. ovale, em Angola, a presença de infecções mistas (duplas e triplas) e relata, pela primeira vez, em Angola, a infecção por P. vivax em indivíduos Duffy-negativos. Contudo, novos estudos mais aprofundados com uma amostra de maior dimensão deverão ser realizados. Pediatria Foi apresentada uma proposta para criação de um Centro de Pós Graduação em Pe- diatria para a formação de profissionais nesta especialidade e reforçar o papel dos cuidados primários de saúde (com ênfase no AIDI). Transplantação renal Um programa de transplantação renal representa um enorme desafio e uma enorme responsabilidade. O seu sucesso assenta numa estrutura organizada e eficaz regida pelos mais rigorosos padrões éticos e deontológicos e com robusto suporte legislativo. VIH e Sida Quanto às perspectivas de VIH e Sida propõe-se: redefinir estratégias direccionadas aos grupos alvos de intervenção já identificados; advogar um maior envolvimento das instituições públicas e privadas; reforçar as acções direccionadas ao grupo de populações dos15 aos 24 anos e o desenvolvimento de acções para aumento da qualidade dos serviços, adesão ao aconselhamento e testagem voluntária, prevenção da transmissão vertical e a terapia antiretroviral. Dermatologia Na área da dermatologia, concluiu-se que tem havido avanços positivos. Contudo, há necessidade de se criar serviços especializados a nível regional e provincial, formar mais e melhores especialistas, desenvolver as subespecialidades, utilizar as novas tecnologias, promover a investigação científica e reforçar a estrutura e o papel do Colégio angolano de Dermatologia e Venereologia. Saúde da criança As recomendações relativas à saúde da criança apontam para a necessidade da vigilância nutricional, vacinas, tratamento das doenças endémicas e correntes, e uma ac- ção ao nível das determinantes da saúde – água potável, saneamento e alojamento. Saúde da mulher As recomendações relativas à saúde da mulher sublinham que a situação da saúde reprodutiva da mulher não é muito diferente da dos restantes países africanos. Os indicadores são ainda preocupantes, mas assiste-se a esforços adequados para a aproximação aos objectivos do milénio. A estratégia de revitalização do sistema municipal é a chave principal para uma assistência materna de qualidade. Diabetes A educação e prevenção a três níveis são fundamentais na abordagem da Diabetes. Recomendação: uniformizar em todo o país as normas de diagnóstico, de tratamento e seguimento da doença, capacitar enfermeiros e quadros médicos, nomeadamente endocrinologistas. Saúde mental No domínio da saúde mental, as perturbações psiquiátricas e os problemas de saúde mental constituem actualmente a principal causa de incapacidade e uma das mais importantes causas de morbilidade nas sociedades contemporâneas. Entre outras recomendações: implementar políticas e estratégias efectivas que vão ao encontro das necessidades específicas de cada país; educar a população desde o ensino primário, conciliando a ciência e a cultura. Modelo de financiamento Para alcançar um alto desempenho do sector da saúde foi proposto a revisão do modelo de financiamento, a concepção, ampliação e reabilitação da rede de prestação de cuidados. Oncologia No quadro da organização do Serviço de Oncologia, foram propostos protocolos terapêuticos com guidelines internacionais, a formação de uma comissão de coordenação oncológica e dispor de uma equipe disciplinar para planear a terapia. Neurocirurgia Na neurocirurgia perspectivou-se um programa neuroendoscópio para a hidrocefalia. Socorrismo Delinear e implementar uma estratégia de intervenção educativa em matéria de socorrismo. Reabilitação A reabilitação em Angola recomenda ter serviços disponíveis de internamento, ambulatório e oficinas orto-protésicas. Hábitos alimentares A promoção de hábitos alimentares saudáveis, um serviço de nutrição comunitário, em estreita ligação com o serviço de nutrição hospitalar capaz de atender situações críticas de mal nutrição, desnutrição e subnutrição. Pré-natal Aumento da cobertura do pré-natal no país para prevenção e tratamento da Malária congénita. Gastrenterologia Criação de protocolos específicos para indicação da realização de Endoscopias Digestivas Altas tendo em conta que o excesso de uso deste meio diagnóstico não encontra correlação entre as indicações e os achados endoscópicos. Rua Eça de Queiroz, nº 62, Alvalade (em frente às bombas de combustível da RNA), Luanda Tel: 939 771 633 E-mail: [email protected] WEB: www.bsenso.com 12 ll Fevereiro 2013 l JSA VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DOS MÉDICOS EM ANGOLA Highlights Cursos Pré-Congresso Os 13 cursos pré-Congresso, que decorreram nos dias 23 e 24 de Janeiro, mobilizaram mais de uma centena de participantes. Devido ao sucesso e à pertinência dos temas, publicamos nesta edição os hot topics de cada curso O Centro de Convenções de Talatona foi o local do evento A feira Médica Hospitalar contou com 125 expositores directos e indirectos O presidente da Comissão Científica, Miguel Bettencourt A médica Ermelinda Ferreira com a ilustre participante da USAID Dr. Boaventura Cabecinhas Dr. Matuba Filipe Dr. Sousa Diogo Curso de Nutrição Parenteral Curso Básico de ORL para Clínicos Gerais Curso Básico de Gestão Hospitalar z “Pretendeu-se com esta z “Este curso cumpre o propósito de ajudar os Clínicos Gerais a lidarem com as doenças mais comuns na área da Otorrinolaringologia. Há inúmeras patologias que podem ser tratadas pelo Clínico Geral, nomeadamente, as otites médias agudas ou as otites médias crónicas (não complicadas). Os médicos de Clínica Geral também podem ajudar a prevenir as doenças que conduzem à surdez, seja nas crianças ou nos adultos. No fundo, este curso pretende dotar os médicos de valências e conhecimentos teórico-práticos que permitam acompanhar as situações mais simples ou referenciarem para a especialidade. z“A Gestão dos Hospitais é da responsabilidade exclusiva dos seus órgãos directivos internos, observada a legislação vigente, não tendo os organismos que interferir na sua gestão e no seu funcionamento, salvo nos restritos limites da tutela, da superintendência dos Governos Provinciais e do Ministério da Saúde. A actuação dos gestores avalia-se, geralmente, por padrões de eficiência e eficácia. Para ser eficiente e eficaz, o gestor deve possuir e continuamente desenvolver varias aptidões essenciais: aptidão conceptual; aptidão técnica e aptidão em Relações Humanas.” apresentação sensibilizar os clínicos e nutricionistas para a utilização e aperfeiçoamento das técnicas de avaliação e suporte nutricional correctas, realçar a incidência da desnutrição hospitalar que continua a ser elevada, agravando-se inclusivamente com o prolongar do período de internamento. Esta elevada incidência da desnutrição é comum e reflecte-se igualmente a nível das comunidades extra-hospitalares. Aqui, é necessário desenvolver projectos no ambulatório por equipas multidisciplinares compostas por médicos, enfermeiros, nutricionistas e assistentes sociais.” Dr.ª Joseth Rita de Sousa Dr.ª Fátima Valente Dr. Afonso Wete Curso de Electrocardiografia para Clínicos Gerais Curso de Investigação em Surtos Curso sobre normas de tratamento da tuberculose z “Neste curso, pretendemos desmistificar o electrocardiograma, fornecendo informações genéricas sobre este exame, para que os Clínicos Gerais, ao observarem um electrocardiograma, identifiquem as diferentes ondas com o ciclo cardíaco (registo normal e patológico). No final desta sessão, cada um dos participantes deverá ter a noção do que é necessário para realizar um electrocardiograma e identificar as informações reveladas por este exame. Este é um curso com especial relevo, uma vez que a dor no peito é uma causa frequente de ida às Urgências e um dos exames fundamentais e básicos é o electrocardiograma. Todos os médicos que estão “nas portas de entrada” dos serviços de saúde devem identificar um ECG normal de um resultado patológico.” Dr.ª Brígida Santos Dr. Luís Filipe Borges Curso sobre diagnóstico e tratamento da malária Abordagem do doente com anemia falciforme Abordagem e manuseio o doente com edema agudo do pulmão capacitar os profissionais de saúde (médicos e estudantes de medicina) no diagnóstico precoce e correcto manuseamento da malária. A malária ainda é considerada como a doença infecciosa mais séria em humanos, infectando cerca de 5 a 10% da população mundial, estimando-se entre 300 a 600 milhões de casos e mais de 2 milhões de mortes, anualmente. Apesar da severidade da doença, a compreensão da variabilidade da resposta do hospedeiro à infecção (traduzida desde a infecção silenciosa até formas crónicas da doença, passando por quadros clínicos potencialmente fatais), continua a ser um dos grandes desafios da investigação médica.” z“A anemia das células falciformes é uma patologia hematológica genética com maior prevalência no mundo. Em Angola, estima-se que cerca de 20% da população seja portadora do traço falciforme, calculando-se que esta doença atinja 1.6-2% da população. É uma patologia de carácter crónica, com expressão clínica variada e com complicações agudas que motivam a ocorrência aos serviços de urgência/emergência. Com o objectivo de uniformizar as condutas, neste curso temos como propósito abordar os aspectos clínicos das complicações agudas e conduta terapêutica em situações de crise dolorosa, sequestração esplénica, infecções, anemia aguda, síndrome torácica aguda, acidente vascular cerebral e priapismo. Adicionalmente, focámos os aspectos relacionados com a terapia transfusional na anemia falciforme e as particularidades desta patologia nas grávidas, que este é um grupo considerado de alto risco.” Outros cursos pré-congresso: Sessão de abertura do Congresso MAIS IMAGENS EM WWW.MEDICAHOSPITALARANGOLA.COM z “A tuberculose, que regista uma incidência em crescendo, ocupa o primeiro lugar no ranking das doenças de foro infeccioso com maior número de casos, sendo, por isso, considerada um problema mundial de saúde pública. A OMS classifica a tuberculose como uma emergência que urge combater em todo o mundo. Em Angola, a tuberculose é a segunda causa de morbi-mortalidade, sendo apenas superada pela malária. Nos doentes co-infectados pelo VIH/SIDA, a tuberculose é uma causa importante de mortalidade. Este curso propõe-se a reduzir o impacto negativo da TB sobre as comunidades, focando o plano terapêutico e um sumário das recomendações de tratamento nas situações de TB resistente ou crónica.” Prof.ª Doutora Fernanda Dias Monteiro z “Este curso procurou O Ministro da Saúde em visita aos stands z “Em muitos países africanos, os sistemas de vigilância e resposta à doença enfrentam desafios graves para conseguir resultados fiáveis de vigilância e resposta. A maioria dos países não dispõe dos requisitos mínimos básicos de capacidades segundo o Regulamento Sanitário Internacional para a vigilância, comunicação, notificação, verificação e resposta implementados, incluindo actividades apropriadas nos pontos de entrada. Com esta formação pretende-se que os profissionais de saúde tenham a oportunidade de praticar as competências e as actividades envolvidas na vigilância e controlo de doenças. Irão obter as competências e os conhecimentos apropriados para a utilização de dados para detectar e responder às doenças, condições clínicas e acontecimentos prioritários e, desta forma, reduzir o impacto da doença, morte e incapacidade nas comunidades.” – Emergência médica; – Aspectos organizativos de um laboratório; – Riscos profissionais em Unidades de Saúde; – Segurança transfusional para prescritores de componentes sanguíneos. z “Este curso procurou sensibilizar médicos, estudantes e outros profissionais de saúde, para que os mesmos saibam reconhecer precocemente um paciente com edema agudo do pulmão, manuseá-lo e tratá-lo. É importante que, depois da remissão do edema, saibam manter os devidos cuidados pósreanimação, encaminhando o doente para especialidade afim (Cardiologia, Medicina interna, etc). Não há dados concretos sobre o edema agudo. No entanto, como a população angolana tem uma carga muito elevada de doenças cardiovasculares, nomeadamente, hipertensão arterial e valvulopatias cardíacas (as principais causas do edema agudo do pulmão), logo esta situação clínica terá, eventualmente, uma prevalência elevada.” Fevereiro 2013 l JSA PUBLICIDADE ll 13 14 ll VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DOS MÉDICOS EM ANGOLA Fevereiro 2013 l JSA Avaliação do risco cardiovascular global CARLOS RABAÇAL | Serviço de Cardiologia HVFXira z As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no Mundo. Na génese destas doenças está a aterosclerose, doença arterial inflamatória crónica, que evolui insidiosamente ao longo dos anos até se tornar clinicamente visível, habitualmente sob a forma de um enfarte do miocárdio (EM), ou acidente vascular cerebral (AVC). recente estudo INTERHEART, no qual foram incluídos doentes de 52 países de África, Ásia, Austrália, Eu- O ropa, Médio-Oriente, América do Norte e do Sul, mostrou que 9 factores de risco facilmente avaliados [tabagismo, lípidos, hipertensão (HTA), diabetes (DM), obesidade, dieta, actividade física, consumo de álcool e factores psico-sociais] foram responsáveis por mais de 90% do risco de EM. Estes riscos foram consistentes em todos os continentes, grupos étnicos e género. Em África, mas também no Médio-Oriente e Sul da Ásia, os indivíduos afectados eram mais novos (tinham em média menos 10 anos) e foi mais forte a relação entre a HTA e o risco de EM. Por outro lado o corelacionado estudo INTERSTROKE, que incluiu doentes de 22 países das mesmas regiões do Mundo, confirmou esta relação entre os factores de risco e o AVC e, em particular, a importância da HTA nos países africanos, sobretudo nos grupos etários mais jovens. Factores de risco evitáveis No seu conjunto estes estudos demonstraram que independentemente da área geográfica, condição étnica ou género, a morbilidade e mortalidade das DCV depende de factores de risco evitáveis ou tratáveis. O desafio para as várias nações reside, portanto, na implementação de programas populacionais de educação em saúde mas também em programas orientados para a detecção e tratamento dos factores de risco que condicionam de forma mais significativa o aparecimento daquelas doenças. Realcese que a combinação de múltiplos factores de risco aumenta o risco de forma desproporcional exigindo, por isso, abordagens mais incisivas. Focalizado nesta realidade, na apresentação durante o VIII Congresso da Ordem dos Médicos procurei, de forma prática, discutir as “Nove factores de risco facilmente avaliados [tabagismo, lípidos, hipertensão (HTA), diabetes (DM), obesidade, dieta, actividade física, consumo de álcool e factores psicosociais] foram responsáveis por mais de 90% do risco de enfarte do miocárdio” ferramentas de que dispomos para prevenirmos os factores de risco evitáveis ou, quando isso já não é possível, para tratarmos aqueles que sendo inevitáveis, não têm nem devem ser deixados em livre curso. Utilizarei scores de risco que nos ajudam a estratificar o risco cardiovascular global (RCV) e nos ensinam a definir o timing e a intensidade da nossa intervenção. Incidimos a nossa atenção na HTA, DM e dislipidémias, pela elevada prevalência que apresentam e pelos confirmados benefícios que resultam do seu tratamento atempado e rigoroso. Modificações do estilo de vida E dei ênfase às modificações no estilo de vida. São, reconhecidamente, um primeiro e importante passo no controlo dos diversos factores de risco e no combate às DCV nos indivíduos jovens e saudáveis como desempenham um papel adjuvante decisivo no tratamento de indiví- duos com HTA ou DM, onde podem mesmo retardar a necessidade de fármacos ou, quando estes se tornam imprescindíveis, facilitar a redução das doses e do se número, minorando, assim, os efeitos adversos dos tratamentos. Por último, reconheço que os desafios implícitos são tremendos. A ciência moderna permitiu caracterizar de forma inquestionável aquilo que nos mata, temos nas mãos informação e conhecimento que nos permite fazer mais e tratar melhor, mas sabemos que não será fácil conseguir aquilo que todos desejamos à escala global: mais e melhor saúde! Mas não podemos desistir porque como diz Norman Vincent Peale "os covardes nunca tentam, os fracassados nunca terminam, os vencedores nunca desistem." E nós queremos, efectivamente, vencer! A Farmácia Kinaxixi, moderna e ampla, conquistou um espaço muito importante a nível da cidade e do país. Atendimento personalizado e qualificado por equipas profissionais altamente motivadas para o desempenho das suas funções e que se importam com as necessidades dos clientes. Meios de transporte com climatização que garantem medicamentos seguros. LIGAÇÕES FORTES A ABRIR BREVEMENTE. PARA ESTARMOS AINDA MAIS PRÓXIMOS DOS ANGOLANOS! TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM EQUIPAMENTOS HOSPITALARES OXIGÉNIO E GASES MEDICINAIS Estação de carregamento de garrafas de oxigénio modelo ifill A estação de oxigénio iFill de DeVilbiss é única no mercado angolano. Incorpora a última tecnologia fornecendo uma flexibilidade ímpar e a conveniência na facilidade de utilização. 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É através desta que comunicamos com o mundo e este se comunica connosco, desenvolvendo assim a nossa identidade, os nossos sentimentos, a compreensão do mundo que está à nossa volta, os vínculos sociais, as interações intra e inter – pessoais e, não esquecendo, o modo como manifestamos os nossos anseios e necessidades. A DEFICIÊNCIA AUDITIVA A surdez é a alteração sensorial mais comum no ser humano. Estima-se que, aproximadamente, 4% de indivíduos com menos de 45 anos e 29% com 65 ou mais anos tenham défice auditivo. A surdez grave a profunda afeta cerca de 1:1000 recém- nascidos. Sabe-se, igualmente, que mais 1:1000 crianças ficam surdas antes da idade adulta, sendo estas formas de surdez menos graves e progressivas. Estima-se que, atualmente, mais de 60% dos casos de surdez tenham uma causa genética. Sabe-se que a surdez não é, por si só, uma doença, mas uma sequela ou manifestação de doenças distintas. Só identificando, tratando e prevenindo as doenças será possível reduzir e diagnosticar a surdez precocemente. Deficiência Auditiva é a perda parcial ou total de audição. Poder ser de nascença ou causada posteriormente por doenças. No passado costumava-se achar que a surdez era acompanhada por algum tipo de deficit de inteligência. Entretanto com a inclusão das pessoas portadoras de de- ficiência auditiva no processo educativo, compreendeuse que eles, na sua maioria, não tinham a possibilidade de desenvolver a inteligência em virtude dos poucos estímulos que recebiam e que isto era devido à dificuldade de comunicação entre deficientes auditivos e ouvintes. Porém, o desenvolvimento das diversas das duas modalidades: Língua Gestual e Oralidade, permitiram ás pessoas surdas os meios de desenvolvimento da sua inteligência. SINAIS DE ALERTA Família – a primeira a suspeitar de surdez, por observação da criança: Em crianças muito pequenas: – Nos primeiros 4 meses de vida: ausência de reações aos sons; sensibilidade exagerada às vibrações; sono demasiado calmo; comportamento diferente do usual – a criança é muito quieta, dorme muito e em qualquer ambiente, não se assusta com sons intensos; – Entre os 4 e os 12 meses: mantém os sintomas anteriores; palrar não melódico; utiliza uma comunicação gestual; – Dos 12 aos 24 meses: ausência de palavras articuladas; desatenta a tudo o que está fora do seu campo visual; emissões vocais descontroladas – gritos; instalação de uma linguagem gestual progressiva; - Aos 24 meses: início das perturbações do comportamento; dificuldades na motricidade fina; Em crianças mais velhas: – Não desenvolvem linguagem ou têm grandes dificuldades para aprender a falar. Na escola – as crianças com surdez severa, profunda ou total são geralmente identificadas cedo. As crianças com surdez ligeira ou moderada tendem mais a ser negligenciadas. As seguintes características devem ser encaradas como sinais de alerta: – Crianças com comportamento que se assemelha a outros distúrbios como a deficiência mental ou problemas comportamentais; – Olhar inexpressivo – podem não compreender o que está a ser dito; – Bloqueio de comunicação – criança muito envolvida com a sua própria ansiedade; – Queixas de dores de ouvido, desconforto, assobios, zumbidos, resfriados e dores de garganta frequentes; – A criança aumenta o volume do rádio, TV, ou encosta o ouvido ao altifalante para ouvir melhor; – O aluno pede frequentemente para repetir o que acabou de ser dito – têm o hábito de dizer “anh?”; – A criança não responde ou é desatenta quando se fala com ela, são por vezes rotuladas de “criadores de conflito”; – O aluno recusa em participar em atividades orais na aula. COMO INTERVIR Pensando na importância da audição para o desenvolvimento não só da linguagem, mas de outros aspetos como cognitivo, afetivo e social, pensa-se também que o quanto antes a perda de audição seja detetada, a criança deve ser devidamente protetizada ( prótese auditiva ou implante coclear ) e encaminhada para o Terapeuta da Fala , para que tenha um menor desfasamento no seu desenvolvimento. Assim o pensamento atual é que o bebé deve ser avaliado auditivamente no momento do nascimento e caso algum problema seja detetado Sinais de alerta Como intervir? ele deve ser encaminhado a outros exames. Com a confirmação do problema, a família é orientada a procurar um acompanhamento específico do médico Otorrinolaringologista e do Terapeuta da Fala, para que seja iniciado o processo de protetização e terapia. É esperado que a criança com seis meses de idade já esteja protetizada e recebendo orientação terapêutica. Intervenção da família A família é o terapeuta mais poderoso da criança, primeiro por ela ter total confiança e empatia pelas pessoas que a compõe e segundo por estas pessoas estarem em contado com a criança durante um tempo muito maior que o terapeuta. Então, o sucesso do desenvolvimento da criança depende muito da ajuda dos familiares. – Estimular o balbucio, devolvendo-os ao bebê, se ele ainda estiver sem qualquer aparelho de amplificação, manter a cabeça do bebê encostada no seu peito para que ele sinta a vibração; – colocar a criança em contato com estímulos sonoros de vários tipos em situações cotidianas; – respeitar a diferença entre idade cronológica e idade auditiva ( quando a criança recebeu o aparelho); – a criança precisa ouvir antes de emitir, por isso o trabalho do resíduo auditivo é tão importante; – fazer com que a criança "vi- vencie a linguagem", colocando-a em contato com o objeto concreto sempre que falar sobre ele; – verbalizar sempre, em todas as situações, antes de falar, deve chamar a atenção da criança para que ela olhe para si e receba a frase completa, isso facilita a compreensão; – deixar que a criança emita os seus sons livremente, não ter ansiedade para que ela fale corretamente, o importante de início é estimular o prazer em emitir; – permitir que a criança brinque e tenha contato com crianças ouvintes; – cantar para o bebê dormir; – entender que o trabalho linguístico com a criança deficiente auditiva se faz seguindo a hierarquia da aquisição da linguagem da criança ouvinte, apenas com a primeira será necessário maior dedicação e empenho; Intervenção do terapeuta da fala O trabalho do terapeuta da fala inicia-se por uma avaliação cuidada e meticulosa das várias áreas da sua competência, para além de ter em atenção o disgnóstico clinico (tipo e grau de surdez), a ajuda técnica escolhida ou utilizada pela criança no momento, o ganho auditivo que tem com a mesma, o contexto familiar e educacional. O terapeuta da fala deverá “respeitar” a opção comunicativa de eleição da família. Esta escolha irá influenciar a intervenção na medida em que , poderá dirigir a mesma para a linguagem gestual portuguesa, para a comunicação total ou para a oralidade. No primeiro caso (Língua Gestual Portuguesa), o papel do Terapeuta da Fala não poderá ser direto porque a opção implica o uso de uma outra língua que terá de ser ensinada e trabalhada por falantes da mesma. O Terapeuta da Fala pode apenas orientar educadores e professores a nível de comunicação e pragmática. No segundo (Comunicação Total), o Terapeuta da Fala tem um papel preponderantes na medida em que tem de trabalhar comunicação, linguagem, fala, leitura de fala e discriminação auditiva. A metodologia escolhida para o trabalho, poderá utilizar gestos idiossincráticos, datilologia, gestos de Língua Gestual Portuguesa, bem como sistemas aumentativos e alternativos de comunicação, pistas fonéticas e fala. É chamado o método bimodal, porque a criança poderá desenvolver a expressão verbal oral e gestual, em paralelo. Na abordagem Oralista o papel do Terapeuta da Fala é fundamental, na medida em que o objetivo último é a fala. Apesar de serem trabalhadas as áreas referidas anteriormente o ênfase deverá ser dado ao desenvolvimento da audição e da fala. A intervenção vai basear-se no estímulo da audição e no desenvolvimento da perceção da linguagem. MÉDICA HOSPITALAR ll 17 Fevereiro 2013 l JSA Médica Hospitalar atrai mil visitantes O EVENTO PERMITIU A CERCA DE MIL MÉDICOS E OUTROS PROFISSIONAIS DE SAÚDE TEREM ACESSO ÀS MAIS AVANÇADAS SOLUÇÕES NA ÁREA MÉDICA – MEDICAMENTOS, EQUIPAMENTOS, TECNOLOGIAS E FORMAÇÃO – A BEM DA TRANSPARÊNCIA DO MERCADO E DA SAÚDE DA POPULAÇÃO. O certame foi inaugurado pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, acompanhado pelo ministro da Saúde, José Van-Dúnem, pelo Secretário de Estado da Saúde, Carlos Masseca, e pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Pinto de Sousa. z Em simultâneo com o Congresso Internacional dos Médicos em Angola decorreu, no final de Janeiro, em Luanda, a 1ª Feira Internacional de Equipamento Médico-Hospitalar, Tecnologia, Medicamentos e Consumíveis. O evento permitiu a cerca de mil médicos e outros profissionais de saúde terem acesso às mais avançadas soluções na área médica – medicamentos, equipamentos, tecnologias e formação – a bem da transparência do mercado e da saúde da população. 1ª Feira Médica Hospitalar, que ocupou uma área bruta de 1.800 metros quadrados, contou com a presença de 57 expositores e patrocinadores directos e de 68 expositores indirectos (empresas represen- A tadas). No certame, cuja organização coube à Ordem dos Médicos de Angola, Jornal da Saúde e à Marketing For You, estiveram representados 16 países: Angola, Coreia do Sul, Portugal, China, África do Sul, França, Holanda, Alemanha, Bélgica, Estados Unidos da América, Japão, Espanha, Brasil, Dinamarca, Itália, Suíça. Um inquérito realizado para aferir o grau de satisfação dos expositores revela que a esmagadora maioria marcou presença com o objectivo de identificar novos clientes (80,5%). A promoção da empresa (80,5%), a fidelização de clientes habituais (48,8%) e o lançamento de novos produtos (46,3%) foram também factores que pesaram na motivação dos expositores, dos quais 70% declararam ter atingido os objectivos pretendidos com a respectiva presença na mostra especializada. É também interessante constatar que a maioria (57,5%) dos expositores inquiridos revelou a pretensão de pretender participar com um espaço maior na edição do próximo ano. O certame foi inaugurado pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, acompanhado pelo ministro da Saúde, José Van-Dúnem, pelo Secretário de Estado da Saúde, Carlos Masseca, e pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Pinto de Sousa. Sector público da saúde terá novos quadros O Ministro da Saúde, José Van-Dúnem, garantiu, no encerramento do VIII Congresso Internacional dos Médicos angolanos, que decorreu sob o lema “A Saúde em Angola, o presente e o futuro”, no final do mês passado em Luanda, que “o sector vai continuar a trabalhar com o MINFIN e o MAPESS para a integração de novos quadros no sector público”. O responsável recomendou “o investimento em especializações médicas que possam assegurar o alcance dos objectivos e o desenvolvimento de trabalhos de investigação de forma a transformar os seus resultados num património colectivo”. Por seu turno, secretário de Estado da Saúde, Carlos Alberto Masseca, sublinhou a importância do evento num momento em que o país traça estratégias e perspectivas para o combate de doenças prioritárias, adiantando que esses objectivos configuram, primordialmente, a universalização do acesso aos serviços com qualidade, segurança e que permitam aumentar o grau de satisfação dos utentes. Carlos Alberto Masseca sublinhou ainda a importância do intercâmbio entre os médicos angolanos e de outros países, tendo em vista a ampliação da formação dos quadros nacionais, bem como, num futuro próximo, a transferência de tecnologia médica através da imple- mentação, no país, de empresas da indústria farmacêutica ou de dispositivos médicos. “Acreditamos também que estamos em condições de iniciar programas de intercâmbios com médicos de países com uma ligação previamente estabelecidas com Angola, seja por questões culturais, históricas ou políticas”, destacou. O bastonário da Ordem dos Médicos de Angola, Carlos Alberto Pinto de Sousa enunciou, na sua intervenção, as principais linhas mestras definidas no programa do Executivo para o sector para o quinquénio 20122017, entre as quais se destacam a consolidação da Reforma do Sector da Saúde, a promoção de serviços hospitalares nacionais, regionais e provinciais e a redução da mortalidade materna, infantil e infanto-juvenil. Reportando-se ao tema do encontro, Carlos Alberto Pinto de Sousa sublinhou a necessidade da Ordem dos Médicos proporcionar aos seus associados abordagens técnicocientíficas que olham para as suas grandes questões que se colocam à medicina e ciências da saúde. “Isto significa que devemos reflectir sobre o que estamos a realizar em termos do estado da arte e o modo como conseguimos centralizar e focar as nossas capacidades no cidadão e na comunidade, considerando que às pessoas interessam mais a qualidade do seu percurso quando procuram cuidados de saúde do que propriamente a gestão interna de cada organização”, referiu. As conclusões do Congresso defendem a investigação em saúde atendendo a que esta gera conhecimento para intervenções efectivas e eficientes, tem consequências económicas e sociais robustas, elevado retorno, de longo termo, para dispositivos médicos e testes para diagnóstico e de muito longo termo para medicamentos, ou agentes preventivos. 18 ll Fevereiro 2013 l JSA MÉDICA HOSPITALAR MÉDICA HOSPITALAR ANGOLA Expositores recomendam continuidade da feira z Motivados pelos bons resultados do evento, os expositores – que ao longo de dois dias estiveram na Médica Hospitalar 2013 a mostrar à classe médica, gestores hospitalares e outros profissionais de saúde o que de melhor disponibilizam em termos de equipamentos e medicamentos – recomendam a sua continuidade. A 2.ª edição do certame já está agendada para 24 e 25 de Janeiro de 2013. MARIA RIBEIRO «Apresentámos, pela primeira vez em África, um Raios X digital portátil” «Apresentámos equipamentos inovadores» Rui Coelho, administrador para a área comercial da Tecnimed z «Esta é a primeira feira médica hospitalar do país. A Tecnimed é uma empresa que está no mercado há 20 anos e consideramos que é nossa obrigação participar neste evento com qualidade, para prestigiá-lo. Na feira procuramos apresentar cada uma das empresas que representamos. A maior é a Siemens. Trouxemos equipamentos que se nos afiguram ser de grande importância para os médicos, como por exemplo o ecógrafo P300. É uma novidade no mercado internacional. Em Angola já vendemos alguns. Apresentámos também o Arcadis, uma máquina usada no bloco operatório para apoio às cirurgias. Através dele, por fluoroscopia, consegue-se seguir a cirurgia ao paciente. Da Drager, expusemos um aparelho de anestesia. Exibimos um monitor próprio para as salas de ressonância magnética. Também como novidade para Angola mostrámos a digitalização das imagens de Raios X. São conversores que transformam imagens analógicas em digitais, o que pode ajudar a potenciar a telemedicina no país. Em resumo, apresentámos equipamentos que certamente interessam aos médicos, porque são úteis para o seu trabalho». «Com a sonda encostada no corpo do paciente é possível detectar se há presença de tecido cancerígeno ou não» Mateus Venâncio, director-geral da Medtrónica z «Participámos na feira com o objectivo de contribuir para a melhoria da saúde dos angolanos. Acreditamos que é importante que os médicos tenham um conhecimento real dos equipamentos que disponibilizamos. A Medtrónica é uma empresa que comercializa equipamentos de diagnóstico clínico, mobiliário hospitalar e consumíveis para a área de medicina. Expusemos ecógrafos para várias modalidades de diagnósticos e equipamentos de Raios X para diagnóstico e odontologia. O produto que apresentámos na feira é de uma marca que está a ser introduzida no mercado angolano há dois anos. O nosso produto tem várias funções que o diferenciam dos de outros fornecedores da mesma marca, como, por exemplo a possibilidade de, através dele, detectar-se o cancro humano no organismo só com um toque do equipamento. Com a sonda encostada no corpo do paciente é possível detectar se há presença de tecido cancerígeno ou não. É uma das novidades. Na área da ginecologia e obstetrícia trouxemos a tecnologia 4D. Com este equipamento tem-se uma visão realista do feto. Gostaríamos de ter mais oportunidades de expor para que os médicos e os angolanos em geral tenham maior contacto com as novas tecnologias». Ricardo Sanjim, director comercial da Socafrin z «A Socafrim trabalha na área da saúde há 12 anos. Somos especializados em apetrechamento hospitalar. Tudo o que existe num hospital nós fornecemos. Participámos na feira para interagir e mostrar equipamentos inovadores. Representamos duas marcas em Angola: a FujiFilm, direccionada para os Raios X, e a Seca, que fabrica balanças médicas. Apresentámos, pela primeira vez em África, um aparelho de Raios X digital da FujiFilm. É portátil, com funções digitais. Ou seja, o técnico faz o RX e a imagem é apresentada directamente no ecrã do equipamento, onde pode ser trabalhada. Caso queira imprimir usa a impressora acoplada. Ao mesmo tempo, armazena a imagem no computador, para manter um histórico do paciente. Expusemos também um novo produto para a endoscopia rígida e o analisador de bioquímica seca. Este faz análises bioquímicas sem consumo de líquidos ou reagentes. Funciona com pequenos slides. Na área da marca Seca, apresentámos as novas balanças. Uma delas é também cadeira de rodas. O paciente é pesado enquanto caminha para o médico. Acresce que é wireless. O paciente é pesado e a informação é enviada para a impressora. Promovemos também uma balança pediátrica desenvolvida exclusivamente para a Unicef, dirigida às enfermeiras que trabalham nas aldeias». «Trouxemos à feira novidades para a descontaminação hospitalar” José Couceiro, director técnico da divisão de sistemas médicos da Rocha Monteiro «A qualidade dos medicamentos é a nossa aposta em Angola» z «Trouxemos à feira equipamentos para des- Marisa Mesquita, directora comercial da Gefarma contaminação, desinfecção e esterilização de ambientes hospitalares. É uma nova tecnologia na área de desinfestação de ambientes hospitalares e também domésticos. São equipamentos para blocos operatórios e salas de parto que podem ser utilizados mesmo com a presença de seres humanos. É uma novidade na área da descontaminação ambiental. Apresentamos também outra novidade: um aparelho para descontaminação de ambientes domésticos e instituições, como hotéis, salas de reunião, etc. São equipamentos eficazes. O primeiro sistema, o médico, mata 99,99 porcento dos germes e bactérias nos ambientes hospitalares. Os domésticos para descontaminação são soluções para combater o mofo e ambientes que causam alergia. Esta feira é uma oportunidade que já se impunha. Como empresários, temos a oportunidade de apresentar não só as novidades mas também de nos dar a conhecer junto das distintas unidades sanitárias. A nossa participação foi positiva e, pelo que vimos, também foi para o lado dos médicos e gestores hospitalares. É uma feira que deverá continuar. Não sei ainda qual será a periodicidade mas o ideal seria anual». z «A Gefarma actua no mercado angolano dos medicamentos desde 2008. Participámos na feira para dar a conhecer aos médicos a empresa. Queremos crescer muito mais. Queremos estar de norte a sul. Trouxemos à feira a nossa imagem, a nossa força de vendas e os produtos que vendemos, de origem unicamente europeia. Apresentamos os novos medicamentos que estão a ser distribuídos pelos laboratórios europeus para a área de cardiologia. A qualidade dos medicamentos é a nossa aposta em Angola. Esta feira é uma oportunidade única porque recebemos a visita de médicos de vários países. Não é uma feira nacional, mas sim internacional, o que permite partilhar os conhecimentos. Em termos gerais consideramos que a organização da feira está muito boa». “Esta feira é uma oportunidade única porque recebemos a visita de médicos de vários países” «A feira e o congresso são uma feliz coincidência» António Azevedo, director-geral da Novera «É um evento que deve ser repetido» Ana Vicente, directora-geral da Labconcept, grupo Loupacle z «A nossa empresa está há dois anos no mercado angolano. Dedica-se à comercialização de equipamento médico hospitalar e medicamentos, presta assistência técnica e formação. Dispomos de uma plataforma logística que nos permite fazer a distribuição por todo país. Temos uma equipa de assistência técnica que nos possibilita fazer a manutenção, dar assistência aos equipamentos e respectiva formação técnica. Recebemos também formação comportamental e em outras áreas técnicas que não as de serviço. Representamos marcas líderes no mercado como a Karl Storz de endoscopia, ectoscopia e cirurgia não evasiva. Também a Abbott, líder no mercado de banco de sangue, hematologia e bioquímica. Disponibilizamos igualmente uma vasta gama de medicamentos, quer genéricos, quer de marca. Também somos fortes ao nível de ortopedia, devido às parcerias com várias marcas estratégicas, líderes no mercado. Na feira demos primazia à parte de laboratório, hematologia, bioquímica, cirurgia não evasiva e endoscopia. A biologia molecular, parte de anatomia patológica e bancos de sangue são alguns dos nossos pontos fortes apresentados na feira. A Médica Hospitalar é um evento que deve ser repetido porque nos permite apresentar todo um leque de medicamentos e mais-valias que temos para a saúde em Angola». «Introduzimos muitos produtos inovadores no mercado» João Carlos Xavier, director comercial da Selquímica z «A Selquímica está na área da saúde, principalmente na de medicamentos e material hospitalar, há mais de 15 anos. Somos uma empresa que introduziu muitos produtos inovadores no mercado. Na feira apresentámos produtos como Viusid, um suplemento alimentar que fortalece o sistema imunológico, e outros como Kaletra, Aluvia, Anodyne, Cicatrix, Renalof, Diamel, Spermotrend, Glizigen-gel, Glizigen-spray, Blue Cap shampu, Blue Cap sray, Blue Cap pomada e Blue Cap gel. Participámos da feira porque tudo o que está relacionado com a saúde interessanos». «Tudo o que está relacionado com saúde interessa-nos» «Viemos mostrar que fazemos parte do cenário da saúde em Angola» «Queremos incentivar as pessoas para a prática de exercício físico» Raul Costa, sócio-gerente da Tambula Comércio Geral importação Exportação, Lda Paulo Rodrigues, departamento de Comunicação e Imagem da Sistec z«Somos uma empresa de direito angolano, se- z «Participámos nesta feira porque representa- diada no Projecto Nova Vida, e temos uma delegação na província do Huambo. O nosso objectivo é prestar um melhor serviço, quer do ponto de vista comercial, quer na assistência pósvenda, designadamente na assistência técnica e também no acompanhamento dos nossos clientes em termos de consumíveis, gastáveis e reagentes. Participámos na feira pelo facto de sermos uma empresa nacional reconhecida pelo Ministério da Saúde e por termos uma projecção, tanto em Luanda, como nas províncias, onde vários participantes no Congresso nos conhecem e com os quais já desenvolvemos vários projectos. Era de bom-tom estarmos aqui para nos representarmos e mostrar que fazemos parte do cenário da saúde de Angola. Temos dois tipos produtos que estão ligados à área de laboratório, da imagiologia, porque são dois segmentos onde nos temos demarcado ao longo do percurso do nosso projecto». «O nosso objectivo é prestar um melhor serviço quer do ponto de vista comercial, quer na assistência pós-venda» mos a italiana Tecnogym, uma marca de material para ginásios de treino físico. Aproveitámos a oportunidade para apresentar os nossos produtos e incentivar as pessoas a usarem os nossos equipamentos. Somos nós que fornecemos a maior parte dos ginásios de Angola. Também fizemos a apresentação do Projecto Doenças Não Transmissíveis por Bactérias (DNTB), onde enquadramos obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes. Tivemos a interface e uma coluna de uma marca que também representamos, a Behringer. É uma coluna que já vem amplificada. O microfone e a interface ficam com o personal trainer, que vai passar as instruções com música de fundo. O aparelho vai ser colocado num espaço a definir em Luanda e nas províncias onde temos filiais. Estamos a ponderar o arranque porque esta é uma actividade conjunta com o Ministério da Saúde. Queremos incentivar as pessoas para a prática de exercício físico. Tivemos também algumas das nossas máquinas expostas, todas relacionadas com o exercício da medicina, para exercícios cardiovasculares». z «A Novera é uma empresa de direito angolano com actividade no mercado desde 1992. Dedica-se exclusivamente à terapia respiratória com particular destaque nos sistemas de distribuição de fluidos medicinais. Na feira, a Novera expôs vários produtos ligados à terapia respiratória. Instalamos uma rede de gases medicinais para mostrarmos como funciona e para permitir aos clientes determinar o que precisam relativamente à natureza do seu projecto. Preparámos uma rede especial e também um conjunto de acessórios que funcionam com ela, onde encontramos as calhas medicinais, as cabeceiras, as rampas de gases, tudo equipamentos que funcionam com gases medicinais, terapia respiratória e anestesia. Portanto, é a rampa de gases a funcionar com todos os acessórios e respectivos. A feira e o Congresso da Ordem dos Médicos são uma feliz coincidência que deve continuar assim. Os médicos estão a discutir o sistema de saúde e penso que isso tem muito a ver com o nosso trabalho. Aqui juntámos duas componentes muito importantes da saúde: a discussão, em si, das questões da saúde e, por outro lado, um factor não menos importante, a electromedicina, o suporte vital para a conclusão e execução dos objectivos daquilo que se vem para aqui discutir. Penso que as duas coisas se entrelaçam e casam. É, de facto, uma coincidência feliz ter em simultâneo o congresso dos médicos e a primeira feira de equipamentos médicos». Fevereiro 2013 PUBLICIDADE l JSA ll 19 Dispomos de uma equipa multidisciplinar ao seu serviço: A CRIEVANT diferencia-se no mercado pela dedicação, experiência, profissionalismo, know how, especialização técnica, rigor, qualidade e abrangência de produtos, formação e assistência integral pós-venda. – Imagiologia – Ortopedia – Anestesiologia – Oftalmologia – Bloco Operatório – Odontologia – Instrumental Cirúrgico – Maxilo-Facial – Ginecologia/Obstetrícia – Gastroenterologia – Cardiologia – Urologia – ORL - Otorrinolaringologia – Neurologia – Emergência Médica – Assistência Técnica Especializada – Consultoria/Soluções Integradas – Mobiliário Hospitalar – Consumíveis: Películas de Raio-x, Revelador e Fixador, Papel de Ecografia e ECG, Gel de Ecografia, Produtos de Contraste Iomeron, Gastrografina Criamos sinergias “Acções sincronizadas superam limites” Crievant – Comércio Geral, Lda. Rua da Samba, nº 12 – PR – 16, Bairro Prenda, Zona 6, Luanda Tel. 921669838 / 915739955. e-mail: [email protected] www.crievant.com 20 ll Fevereiro 2013 l JSA MÉDICA HOSPITALAR «Promover o nosso portfólio junto da classe médica» Helena Paradela, directora técnica e de assuntos regulamentares da Sandoz Farmacêutica de Portugal z «A Sandoz Farmacêutica tem os seus medi- «A Iberconcentra tem um conceito de soluções globais» «Participamos nestes eventos porque procuramos as necessidades dos médicos» «Feira permite à classe médica saber dos serviços e aparelhos no mercado» Pedro Diogo e Paulo Pena, delegados comerciais da Iberconcentra Manuel Salgado, gerente da Mundinter Angola Teresa Carvalho, directora clínica do Centro de Diagnóstico por Imagem de Luanda z «Trouxemos uma gama de equipamento médico hospitalar, especificamente equipamentos para bloco operatório. A Iberconcentra tem um conceito de soluções globais, ou seja, nós conseguimos equipar todo o bloco operatório, desde os aparelhos de anestesia, os armários, aos consumíveis que são utilizados no decorrer das cirurgias. Também temos equipamentos para neonatologia, obstetrícia, incubadoras e berços aquecidos. Nos cuidados intensivos temos ventiladores fixos e móveis. Na feira expusemos toda a nossa panóplia de equipamentos, com o que há de mais recente em termos tecnológicos, desde o desfibrilhador que saiu agora no mercado a um equipamento com muito sucesso entre os visitantes, o AutoPulse. Este é um equipamento para medição das pulsações cardíacas. É novo. Saiu em 2010. É o único equipamento no mercado que faz compulsões cardíacas, ao invés de ser uma pessoa a fazê-lo. A feira é, para nós, a oportunidade de ter os médicos, entre nacionais e internacionais, num mesmo espaço. Tem a vantagem de permitir mostrar o que há de novo e todas as valências existentes que se podem trazer para a saúde em Angola». z «Estamos no mercado angolano há 16 anos e actuamos nas várias valências da saúde, desde equipamento geral, área cirúrgica, equipamentos e consumíveis para as áreas de neurologia, urologia e consumíveis hospitalares. Também temos apostado na formação dos enfermeiros angolanos. Na feira apresentámos todo nosso portfólio de produtos. Não viemos com equipamentos porque já somos uma empresa conhecida do mercado. Trouxemos sobretudo CD com a história da empresa e com todos os equipamentos. A exposição física dos equipamentos não nos pareceu muito importante. Participamos nestes eventos porque procuramos as necessidades dos médicos e assim podemos apoiá-los, para que possam melhorar os cuidados de saúde. Este é, de facto, o objectivo. A realização desta feira é um marco importante, uma referência de que em Angola existe uma feira médica». z «Na feira apresentámos os nossos serviços. Temos um centro de diagnóstico por imagem que funciona com uma médica radiologista assistente graduada e estamos sempre ligados, por telemedicina, ao Centro em Viana do Castelo. Fazemos Raios X convencional, ecografia, mamografia digital, única em Luanda, com a possibilidade de fazer as biopsias por estereotaxia, TAC de 128 cortes. São estes os nossos serviços. Acho óptimo a realização da feira porque ela permite à classe médica saber dos serviços e aparelhos de que dispõem no mercado. Possibilita o contacto com os fornecedores». camentos presentes no mercado angolano. Estamos a trabalhar aqui através de distribuidores. Temos um portfólio alargado de medicamentos genéricos nas várias áreas terapêuticas, como contracepção e sistema nervoso central, mas também uma linha alargada na área de urologia. Dispomos de medicamentos específicos usados em casos hospitalares para anemia e oncologia. Neste momento queremos promover o nosso portfólio junto da classe médica para saberem que a Sandoz está no mercado angolano. Queremos começar a trabalhar com os médicos e farmacêuticos na parte da formação. Queremos ter um papel diferenciado enquanto empresa farmacêutica, não só disponibilizando um portfólio alargado, mas também serviços para podermos chegar à população de outra maneira». «Queremos começar a trabalhar com os médicos e farmacêuticos na parte da formação e ter um papel diferenciado» «Esta é a grande feira do medicamento e do equipamento hospitalar» Maria do Rosário Boavida, representante da Sanofi em Angola z «A Sanofi é uma empresa de origem francesa. É a número um mundial na área farmacêutica e, como tal, tem a responsabilidade de ser uma empresa que actua em várias áreas. Actua na área da cardiologia e da diabetes mellitus, onde é líder mundial. Na área do sistema nervoso central temos muitos produtos OTC, ou seja, produtos que não necessitam de receitas médicas. Depois temos também uma área muito importante que é a malária. Na feira promovemos o nosso antimalárico, o ASAQ, um produto utilizado há muito anos no mundo mas que aqui, em Angola, só foi introduzido no ano passado. Tem a vantagem de ser um único comprimido a tomar por dia e, como tal, o doente ser tratado rapidamente, ao final de três dias. Temos também uma linha de antibióticos hospitalares, com destaque para «Contacto com fornecedores evita ter sempre que encomendar de fora» «Também temos apostado na formação dos enfermeiros angolanos» «O AutoPulse, um equipamento para medição das pulsações cardíacas, teve muito sucesso entre os visitantes» «A NDC fez uma apresentação institucional» Nuno da Costa, presidente da NDC Medical z «A NDC é uma empresa portuguesa que tem uma participação na NDC Angola, uma empresa de representações que, por sua vez, tem 50 por cento do capital da Farmalog. É uma empresa de distribuição e importação de medicamentos de uso humano. O objectivo da Farmalog é servir essencialmente o sector privado, primeiramente clínicas e farmácias. Gradualmente vai entrando no sector público. Na feira, em primeiro lugar fizemos uma apresentação institucional. A empresa não é ainda muito conhecida do público nem das entidades ligadas a saúde. Trouxemos algum mostruário do tipo de produtos que temos, medicamentos que comercializamos. São essencialmente medicamentos portugueses, fabricados na Europa e comercializados em Portugal, e também dispositivos médicos. A Farmalog pretende ser um dos agentes na área da saúde, no médio e longo prazo neste país. Com a feira a acontecer na mesma altura do Congresso da Ordem dos Médicos conseguimos reunir num mesmo espaço várias sensibilidades do sector médico porque, no fundo, quem prescreve as receitas são os responsáveis clínicos dos hospitais. Passaram pelo nosso stand muitos médicos interessados em inovação e isso é revelador do interesse de juntar no mesmo espaço os médicos com as entidades que actuam no sector da saúde». «Há interesse em juntar no mesmo espaço os médicos com as entidades que actuam no sector da saúde» «O nosso forte são as crianças» Carolina Tomas, coordenadora de marketing da Mosel «Este tipo de iniciativas permitem encontrar novos clientes» z «Somos representantes e distribuidores da Nu- Samir Banji, administrador da Crievant triben em Angola e da linha de cosméticos à base de produtos naturais Interapothek. Temos a linha infantil e a linha de adultos. O nosso forte são as crianças. Na feira expusemos a linha Nutriben. Apesar do tempo em que estamos no mercado é uma linha que ainda poucos conhecem muito bem. A Mosel é uma empresa que só trabalha com farmácias de bairro comuns e hospitais, não com pessoas singulares. Qualquer cliente interessado na compra dos nossos produtos é encaminhado para uma das nossas farmácias». «Apesar do tempo em que estamos no mercado, a Nutriben é uma linha que ainda poucos conhecem muito bem» «Feira foi uma ideia muito bem pensada» Natchova Lopes Hendrik, directora executiva da Socinter Sociedade de Comércio Internacional z «A Socinter é principalmente distribuidora de medicamentos e também faz a venda a retalho nas farmácias Kinaxixe e Atrium. A empresa está há 22 anos no mercado e tem participado em vários eventos desta natureza. Para esta feira trouxemos uma amostra de desinfectantes de mãos e toalhitas para as clínicas. Representámos também os laboratórios Basic, Bial. Temos medicamentos genéricos, como anti-infecciosos, do sistema nervoso central, analgésicos e anti-inflamatórios. A feira foi uma ideia muito bem pensada. A organização está de parabéns porque fez com que se juntassem os médicos, os fornecedores e as farmácias». «A organização está de parabéns porque fez com que se juntassem os médicos, os fornecedores e as farmácias» z «A nossa empresa actua na área médica de A a Z. Estamos preparados para oferecer um serviço de bens e equipamentos aos hospitais do tipo “chave na mão”. Na feira apresentámos, fundamentalmente, a área de imagiologia, a digitalização e também soluções para farmácias e uma outra solução muito interessante de pulseiras para identificação de pacientes. Apresentámos ainda artigos de ortopedia, que é uma área onde somos muito fortes, embora tenhamos uma abrangência grande de produtos. Já tínhamos participado em duas feiras, há dois anos, mas nesta notámos que houve um grande desenvolvimento, quer na organização do próprio evento, quer na adesão. Há muito mais expositores, o que é muito positivo registar. Quer dizer que estamos a crescer e o mercado está cada vez mais exigente. Para nós, este tipo de iniciativa permite-nos encontrar novos clientes. Para as pessoas ligadas ao ramo hospitalar estes encontros também servem para poderem identificar fornecedores competentes, com know-how e especializados». «Feira junta pessoas para podermos dar-lhes informações» Eugénia Cabanga, delegada de informação médica da Bayer z «Somos uma empresa da indústria farmacêutica. Estamos subdivididos em áreas como cardiologia, ginecologia, diabetes e área social. Apresentámos na feira os nossos produtos, dando maior destaque ao Xarelto, um medicamento utilizado na prevenção do AVC, para cardiologia, e o novo aparelho medidor de glicemia, prático, de fácil manuseio, pequeno, portátil. Para nós é benéfica a realização desta feira pelo facto de estarem aqui várias pessoas e de podermos dar a um número maior informações relacionadas com o trabalho realizado pela Bayer e os produtos que comercializamos». «Demos destaque na feira ao Xarelto, um medicamento utilizado na prevenção do AVC e ao novo aparelho medidor de glicemia» Fevereiro 2013 l JSA MÉDICA HOSPITALAR ll 21 «Todas as formas de exposição são positivas» Luís Viana, director executivo da Neofarma Distribuidora z «Estamos há 10 anos no mercado angolano a teicoplanina, que é o Targocid e, ainda, o Tavanic. São antibióticos que a Sanofi possui no mercado. Além disso, a Sanofi possui uma linha de genéricos que estamos a divulgar: a linha Medley. A Medley é a maior empresa de genéricos da América Latina e pertence à Sanofi. Estamos a introduzi-la no mercado angolano e já apresentamos uma linha significativa de produtos. Estamos felizes por participar nesta que é a grande feira do medicamento e do equipamento hospitalar. Felizmente tivemos contactos com os nossos distribuidores, com médicos e com vários intervenientes na área». procurando atender principalmente os hospitais públicos e o Ministério da Saúde. Trabalhamos com distribuição de medicamentos gastáveis e cosméticos para Luanda. Participámos porque todas as formas de exposição são positivas. Ficarmos mais próximo dos nossos clientes é importante para a divulgação da empresa. Expusemos os nossos serviços e apresentámos a nossa linha de medicamentos aos parceiros com quem nós trabalhamos e também mostrámos a qualidade dos serviços que a Neofarma tem apresentado no mercado angolano». «Ficarmos mais próximo dos nossos clientes é importante para a divulgação da empresa» «Agradeço à organização uma feira, de facto, muito bem organizada» Nuno Cardoso, director da Bial em Angola z «A Bial está em Angola há cinco anos. É uma empresa portuguesa com 89 anos de existência, que tem uma grande variedade de medicamentos. No mercado angolano os medicamentos principais estão ligados à área dos antibióticos e temos outra área ligada à maternidade. Neste momento, no mercado, temos já seis delegados para promoção dos nossos medicamentos junto da classe médica e dos hospitais e das farmácias. A participação na feira para nós foi importante porque juntou os profissionais de saúde como um todo, num mesmo espaço. Este ano tenho de agradecer à organização porque esta feira esteve, de facto, muito bem organizada, ao juntar muitos profissionais de saúde de todas as áreas, desde as farmácias, às pessoas da distribuição, dos laboratórios. Por isso, para uma empresa de referência como a Bial é importante estar presente na feira, para apresentar as nossas marcas». «É sempre bom participarmos neste tipo de eventos» «As feiras são muito importantes porque ajudam a divulgar» Nádia Veloso, business manager na Shalina Dulce Lubrano, directora geral da Joair Internacional z «A Shalina, em Angola, representa a Africa z«A Joair é uma distribuidora para a área da saú- Pharmacy. Somos, única e exclusivamente, grossistas. Estamos representados em Luanda, Lobito, Benguela, Huambo, Uíge e estamos a perspectivar abrir uma loja no Lubango. O nosso principal objectivo sempre foi produzir medicamentos com qualidade, com preços acessíveis e que estivessem disponíveis em todo o mercado. Basicamente, somos um grupo que está vocacionado exclusivamente para o continente africano. Pretendemos, no futuro, montar uma fábrica de medicamentos. Apesar de estarmos aqui há muito tempo, é sempre bom participarmos neste tipo de eventos. Esta é uma feira internacional. Tivemos uma presença institucional e demos a conhecer os nossos serviços. A feira é um acontecimento bom e também permite atrair mais a população médica». «Somos um grupo que está vocacionado exclusivamente para o continente africano» de. Quando abrimos, tínhamos como objectivo a comercialização de medicamentos mas chegou a uma altura em que houve a necessidade de termos puericultura e também uma área da cosmética. Além de vendermos aos hospitais também atendemos farmácias e clínicas. Mas o nosso foco, mesmo, é medicamentos. Trabalhamos com alguns laboratórios, como a Sanofi e a Bayer. Mas nesta feira, por falta de espaço, fomos obrigados a fazer uma selecção dos medicamentos para a exposição. Então, trouxemos alguns produtos de alguns laboratórios que representamos e somos parceiros. As feiras, por natureza, são muito importantes porque ajudam a divulgar, a partilhar, a conviver e trocar ideias. É isso que queremos em 2013, o melhor». «Chegou a uma altura em que houve a necessidade de termos puericultura e também uma área da cosmética» «Para uma empresa de referência como a Bial é importante estar presente na feira, para apresentar as nossas marcas» «Estamos bastante satisfeitos» Nuno Andrade, administrador da Acail Angola, SA «O pensamento desta feira foi uma simbiose agradável» Luís Costa, director do Grupo Solidariedade z«Somos uma empresa de direito angolano que «Queremos ser vistos como uma empresa de referência» Gonçalves Marques, director executivo da Australpharma z «Somos uma empresa distribuidora de medicamentos e produtos farmacêuticos. Participámos na feira por sermos uma empresa de referência e porque o mercado começa a organizar-se melhor, ao ponto de fazer cada vez mais sentido participarmos nos eventos de referência. Viemos para continuar a promover a imagem da empresa e por a feira ser uma boa fonte para angariar clientes, mostrar que estamos presentes, que somos um bom distribuidor no sector e queremos ser vistos como uma empresa de referência, sólida no mercado. Apresentámos um bocadinho daquilo que a Australpharma representa hoje em dia, desde os produtos de dermocosmética, farmácia, aos materiais de ortopedia, gastáveis, e também os produtos de diagnósticos. Temos um pequeno aparelho de laboratório. É um glicómetro. Faz um teste rápido de glicemia e permite o paciente monitorizar o seu estado das diabetes. Como complemento, temos toda a panóplia de medicamentos que acompanham isso. É um aparelho de uso simples, com tiras-teste sempre disponíveis no mercado». «Viemos para continuar a promover a imagem da empresa e por a feira ser uma boa fonte para angariar clientes» «Quisemos mostrar a qualidade dos serviços» «O que nos marca é o serviço e o cuidado ao cliente» Palmira Pinto, comercial da Mundifarda António Pinheiro, responsável da Hospitec z «Estamos há 9 anos no mercado. Temos uma parceria com uma empresa portuguesa que confecciona todos os tipos de uniforme. Fazemos tudo o que for solicitado para um hospital, a nível têxtil. Na feira, lançámos o nosso catálogo e apresentámos uniformes para a saúde. Participámos porque quisemos dar a conhecer a nossa empresa e mostrar a qualidade dos serviços». «Fazemos tudo o que for solicitado para um hospital, a nível têxtil» z «Somos uma empresa que actua na área de diagnóstico quer laboratorial quer por imagens. Estamos há 12 anos no mercado, em Luanda e em diferentes províncias. Na feira, apresentámos todas as soluções globais de laboratório, destacando as áreas mais importantes: a hematologia, bioquímica, imunologia, microbiologia e cirtometria. Participámos para estabelecer contacto com os actuais clientes e os potenciais clientes. E, uma vez mais, mostramos o que podemos fazer. O que nos marca é o serviço que prestamos e o cuidado que damos ao cliente. Não estamos apenas interessados em vender os nossos produtos, mas sim em garantir que as soluções que disponibilizamos conseguem ser de facto uma mais-valia para quem as implementar. Foi uma ideia muito boa da Ordem dos Médicos e da Marketing For You / Jornal da Saúde juntar a feira com o Congresso. Permitiu-nos ter bons contactos». «Não estamos apenas interessados em vender os produtos, mas sim em garantir que as nossas soluções conseguem ser de facto uma mais-valia» está há 8 anos no mercado. Temos uma unidade de produção de gases medicinais e também departamentos independentes para equipamentos médicos, medicamentos, consumíveis e gastáveis. Notou-se uma procura de produtos de elevada qualidade e não de produtos baseados no preço, o que é muito bom porque nos facilita o trabalho em termos de assistência personalizada, cliente a cliente. Estamos bastante satisfeitos. Na feira estivemos com a ecografia, com imagem, radiologia, os blocos operatórios completos, a microscopia digital. Novidade foram os ecógrafos 4D, ou seja, a ecografia evoluiu dos 3D. Agora conseguimos captar os movimentos do feto, o que é mais agradável no caso das grávidas, quando querem ver o bebé. Tivemos mesas cirúrgicas com autonomia (no caso de estarmos no bloco operatório e faltar energia, elas estão preparadas para aguentar até 48 horas), próprias para radiologia. Tivemos também os carros anestésicos totalmente digitais, com touch screen de fácil utilização, intuitivos. Estamos a apostar também na comercialização de medicamentos». «Nota-se uma procura de produtos de elevada qualidade e não baseados no preço» z «O Grupo Solidariedade abarca empresas do sector clínico. A nossa empresa está a instalar clínicas pelo país. Prestamos serviços de consultoria. Além de apetrechar unidades hospitalares, fazemos reabilitação e trabalhos para as áreas de imagiologia. Trouxemos também alguns conceitos de inovação para áreas fundamentais para o sector da saúde, os sectores finais dos produtos gerados pela actividade médica. Estamos a falar do tratamento dos resíduos hospitalares e não só. Na feira promovemos os serviços de incineração dos resíduos sólidos e a mostrámos os serviços de imagiologia. Apresentámos um ecógrafo trifuncional para cardiologia, ginecologia/obstetrícia e medicina interna, tudo incorporado numa unidade. Expusemos apetrechos hospitalares, desde a cama ao consultório clínico. Tivemos equipamentos de laboratório para bioquímica e uma vasta gama de produtos. A feira foi uma experiência agradável. Já é meu vaticínio que a próxima feira não poderá ser neste espaço porque os que vacilaram vão querer participar nela. O pensamento desta feira foi uma simbiose agradável: combinar os médicos com os fornecedores dos serviços. Isso fez com que o leque de interessados se alastrasse pelo país». «A próxima feira não poderá ser neste espaço porque os que vacilaram vão querer participar nela» 22 ll Fevereiro 2013 l JSA MÉDICA HOSPITALAR «Esperamos continuar nesta feira por mais anos» Mário Santos, gerente de assistência técnica da OMR, Lda z «Somos uma empresa que actua na área do diagnóstico, abarcando tudo o que seja para laboratório: equipamentos, reagentes, consumíveis. Tudo o que houver para a área de laboratório, nós temos. Estamos no mercado desde 2001. Mostrámos na feira equipamentos de imagiologia, de bioquímica e fizemos uma exposição global de informação sobre os nossos equipamentos. A feira esteve melhor do que a pequena exposição de há dois anos, embora saiba que, na altura, não era realmente de equipamentos. Mas, melhorou bastante. Foi uma boa ideia. Esperamos continuar aqui por mais anos». «Fizemos uma exposição global de informação sobre os nossos equipamentos» «Aproveitámos a feira para divulgar e vender» José Costa, representante da Lisfmar z«A nossa empresa dedica-se, em termos de vendas, à comercialização de material para laboratório e, independentemente disso, somos uma empresa de gestão e supervisão de recolha de resíduos hospitalares. Na feira, apresentámos o material que usamos na nossa actividade para os resíduos hospitalares e também material de laboratório. Estivemos a divulgar a nossa empresa e a vender. Nesta feira, fomos os únicos que fazem o trabalho de gestão, recolha e supervisão dos resíduos hospitalares». «Fomos os únicos que fazem o trabalho de gestão, recolha e supervisão dos resíduos hospitalares» «Pretendemos saber quais as necessidades dos nossos clientes» «Temos um sistema de gestão extremamente funcional» Maria Helena Henriques, gerente da Hemoangola Robson de Oliveira Santo, gerente da área de gerenciamento de cliente da Matrix z «Sendo o nosso portfólio muito vasto – pois, z «A convite do Grupo Sete, que é a nossa par- além da Philips, representamos outras marcas para completar as soluções para os clientes –, apresentámos na feira um ecógrafo multidisciplinar que dá para diversas especialidades, com diversas sondas, apresentando imagens em 3D e 4D com alta resolução. Trouxemos também um monitor com sinais vitais portátil, fácil de ser transportado. Expusemos ainda um manequim para treino e um monitor desfibrilhador. Participámos na feira porque pretendemos ouvir o cliente, saber quais são as suas necessidades e posteriormente contactá-los. A feira pareceu-me equilibrada, tanto do lado do laboratório, como do de equipamentos médicos. Do ponto de vista estético também esteve muito bem porque a ideia de fazer os stands todos brancos e uniformes criou um equilíbrio visual simpático. Esteve muito bem organizada». «Experiência que gostaríamos de repetir» Mara Rebelo, directora comercial da Mediag z «Somos um laboratório de análises clínicas e estamos há quatro anos no mercado. Podem contar connosco para a elaboração de todos os tipos de exames médicos e vamos incrementar o leque em 2013. Estivemos na feira para angariar novos clientes, buscar novos parceiros para medicina no trabalho e promover ainda mais os nossos trabalhos. Temos participado em vários eventos e este surpreendeu por ser de uma dimensão diferente. É uma experiência que gostaríamos de repetir». «Temos participado em vários eventos e este surpreendeu por ser de uma dimensão diferente» ceira em Luanda, participámos neste evento. A empresa Matrix (Brasil) é especialista em software de gestão de pacientes. O foco da nossa actuação é um sistema de gestão extremamente funcional. Trouxemos não só os folders mas também o sistema, para que o público-alvo pudesse ver e apreciar. Foi um factor diferenciador na feira porque as pessoas não conhecem o sistema e a Matrix, por ter 30 anos de experiência, trouxe algumas novidades para os profissionais angolanos, como, por exemplo, o laudo (relatório) por reconhecimento de voz. É a primeira vez em Angola e gostámos da interacção e da troca de experiências na feira. Foi muito interessante». «Trouxemos não só os folders mas também o sistema, para que o público-alvo pudesse ver e apreciar» «A feira pareceu-me equilibrada, tanto do lado do laboratório, como do de equipamentos médicos» «Feira permitiu divulgar cursos recentes» «Os médicos querem saber as novidades do mercado» Mário Pone, director-geral da Internacional SOS Angola Luís Pedro, director do curso de Reabilitação Física e Psicossocial da Universidade Metodista z«Somos uma companhia de assistência médica z «Estivemos representados na feira para pro- e de segurança, líderes no mundo inteiro. Damos assistência médica a membros dos nossos clientes, fazemos evacuações internacionais, posicionamos médicos e paramédicos nas plataformas ou em zonas remotas. Damos assistência às clínicas, temos médicos nas clínicas com quem temos convénios. Apresentámos os serviços e também promovemos a imagem da companhia junto do público, no sentido de angariar mais clientes. Foi positiva a nossa presença. Tivemos vários contactos, não só com clientes novos, mas com fornecedores também. A realização da feira na mesma altura em que acontece o Congresso da Ordem dos Médicos é importante porque uma complementa o outro. Os médicos querem saber as novidades do mercado. Por isso é importante ter os dois eventos em conjunto. Foi uma boa oportunidade porque temos clientes que não sabiam que estávamos aqui (Angola) e outros que necessitam dos nossos serviços e não sabiam onde nos localizar. Foi uma boa experiência e serviu não só para angariar clientes mas também para promover a companhia junto da Ordem dos Médicos de Angola». «Tivemos vários contactos não só com clientes novos mas com fornecedores também» «Ficámos surpreendidos com a qualidade» «Foi bastante rentável» António Wolf, director da Project Net Saúde Fernanda Fernandes, delegada comercial da HE Farmacêutica z«Somos uma empresa de direito angolano que z «A empresa HE é uma distribuidora. Repre- trabalha em três áreas fundamentais. A primeira é a de fornecimento de projectos de hospitais préfabricados e a de construções definitivas; fazemos toda a engenharia. Depois temos a área de Nano Repro; fornecemos testes rápidos, como por exemplo os de alcoolismo que estão a ser usados pela polícia francesa, testes de gravidez, de sangue, hepatite, fertilidade, enfim, uma série de testes. Na área da Missionpharma, que é uma empresa dinamarquesa, fornecemos caixas de papelão para o Ministério da Saúde. Por último, temos o mama kit e o kit de circuncisão. O mama kit é um kit que tem as coisas essenciais para fazer um parto, para as pequenas aldeias ou para os bancos de urgência dos hospitais. Achámos a feira muito boa e interessante. Recebemos a visita de muitos médicos e ficámos surpreendidos com a qualidade e o nível das perguntas que nos fizeram». «Achámos a feira muito boa e interessante» sentamos as marcas do laboratório Pierre Fabre. Somos os representantes em Angola das marcas Uriage, Avéne e da Elgydium, que é uma marca muito boa para a estomatologia. As nossas grandes áreas de negócio são dermatologia, pediatria, estomatologia e puericultura. Viemos à feira no sentido de angariarmos clientes, principalmente ficarmos com o contacto de médicos para, posteriormente, os visitarmos e dar-lhes informações sobre estes produtos. A nossa participação na feira foi muito boa. Foi bastante rentável. Acho que temos contactos de áreas que nos interessam bastante. Houve muita participação. Foi muito bom». «Viemos à feira no sentido de angariarmos clientes, principalmente para ficarmos com o contacto de médicos para, posteriormente, os visitarmos e dar-lhes informações» moção de outros cursos na área da saúde. Além da Reabilitação Física temos também a Cardiopneumologia e as Análises Clínicas. Actualmente, Análises Clínicas – o mais antigo – é um curso que está a ser ministrado em Luanda, na Universidade mãe. Os outros estão a ser ministrados na zona do Caop Velha, onde possuímos o campus universitário criado com o objectivo de promover licenciaturas nestes cursos de saúde. A nossa presença nesta feira foi exactamente para divulgar estes cursos relativamente recentes, em actividade há apenas um ano. Na feira estiveram alunos da Cardiopneumologia e da Reabilitação Física que estão apenas com um ano lectivo concluído. Os de Análises Clínicas já vão com quatro anos. O trabalho foi de promoção mas também de incentivo para o despiste das doenças cardiovasculares, como a grande epidemia angolana. Fizemos avaliação da pressão arterial e para os alunos de Análises Clínicas o objectivo foi descobrir o grupo sanguíneo. Muitos angolanos não sabem qual é o seu grupo sanguíneo e é um acto muito importante. A feira foi muito bem acolhida». «O trabalho foi de promoção mas também de incentivo para o despiste das doenças cardiovasculares, como a grande epidemia angolana» «Excedeu as nossas expectativas» Ângelo Mangas de Oliveira, PCA da Farmácia Nova, da Companhia das Farmácias z «Na feira mostrámos um pouco daquilo que somos capazes de fazer. Os nossos clientes precisavam de saber que tinham uma casa na feira, no stand da Companhia das Farmácias/AFS. Procurámos receber da melhor maneira cada um dos nossos clientes, proporcionando-lhes um momento de descanso. Também para clientes novos, que não nos conheciam, foi uma maneira de os conhecer. Além dos produtos da AFS, representámos quatro laboratórios que têm parcerias connosco: os laboratórios Basic de Portugal, Bial, Jaba Recordati e AFS. Para nós, foi excelente a participação, excedeu as nossas expectativas. Sabíamos que iria correr bem mas superou as nossas expectativas. Tivemos uma adesão muito grande, até mesmo dos profissionais de saúde, no caso médicos, que estiveram sempre no nosso stand. Clientes que vieram cumprimentar-nos e clientes novos, possíveis clientes que apareceram e que ficaram com os contactos. Julgo que vai haver resultados positivos». «Sabíamos que iria correr bem mas superou as nossas expectativas. Tivemos uma adesão muito grande» Fevereiro 2013 l JSA PUBLICIDADE ll 23 24 ll EMPRESAS DE SUCESSO Fevereiro 2013 l JSA Grupo CONCENTRA: uma referência no mercado angolano RUI MOREIRA DE SÁ z Nurally Mamade Hussene, com o seu espírito empreendedor, paixão pela inovação e desenvolvimento de Angola, conduziu a que, nos dias de hoje, o Grupo CONCENTRA seja um dos grupos empresariais de referência no mercado angolano. – Porque é que o Grupo CONCENTRA considera o empreendedorismo, a inovação e a formação aspetos tão importantes? – É a nossa missão. Pessoas fortemente habilitadas e formadas vão ser empreendedoras e fortemente motivadas para o trabalho. Este capital é certamente o caminho que nos levou ao sucesso. – Uma ética de trabalho? – Sim. Somos um Grupo em que as pessoas são o mais importante para nós. – Como começou o Grupo CONCENTRA? – Há 20 anos atrás tudo era diferente. Angola mudou muito nos últimos anos. De uma empresa familiar, crescemos para um grupo económico com expressão na indústria, no comércio, na saúde e na educação. A nossa história é feita de esforço, de privações, de sacrifícios, tal como a história do povo angolano. No entanto, tal como este, sobrevivemos e queremos dar o nosso contributo para fazer deste enorme país, um país melhor para se viver, para se trabalhar e para se estar. – Quais são as principais áreas de negócio do Grupo CONCENTRA? – O nosso grupo está presente nos setores da indústria, educação, escritório, casa e decoração, diagnóstico laboratorial e saúde. Cada setor de atividade possui a sua própria insígnia. – Qual a sua opinião sobre o setor da saúde em Angola? – A saúde em Angola é uma das nossas paixões. Queremos contribuir e ter uma voz ativa para o seu melhoramento e, consequentemente, contribuir para o bem-estar geral da população. Sem boas condições de saúde o desenvolvimento de Angola será bem mais difícil e lento. – Como é que o Grupo CONCENTRA se posiciona no setor da saúde? – O nosso Grupo tem uma presença forte no segmento do diagnóstico através da CONCENTRA Diagnósticos. Paralelamente, também estamos preparados e vocacionados para a distribuição de vacinas, medicamentos, reagentes, gastáveis, entre outros. Neste sentido, estamos em processo de Certificação de Sistemas de Gestão de Qualidade pela Norma Internacional ISO 9001. É um desafio que queremos vencer. – A IBERCONCENTRA “Solução Global para a Saúde, Lda” é uma empresa nova no mercado da saúde. Como surgiu? – O Grupo CONCENTRA já possuía uma grande oferta para Nurally Mamade Hussene lidera o Grupo CONCENTRA o mercado hospitalar angolano. Nesta segmentação particularizo o mobiliário hospitalar. Sentimos a necessidade de nos habilitar na área da electromedicina, nomeadamente na formação e assistência técnica efetuada localmente e de uma forma permanente. A IBERCONCENTRA nasceu de uma Parceria estratégica entre o Grupo CONCENTRA e o Grupo IBERDATA. A IBERDATA é empresa com Certificação de Sistemas de Gestão de Qualidade pela Norma Internacional ISO 9001 que atua há cerca de 26 anos no mercado português. É empresa líder e de referência em muitos segmentos no setor da saúde em Portugal, possuindo quadros altamente especializados para o desenvolvimento da atividade. – Qual pretende ser a atividade da IBERCONCENTRA? – A IBERCONCENTRA projeta soluções de saúde, comercializa e instala equipamentos de saúde, forma os utilizadores dos equipamentos, efetua manutenções aos equipamentos localmente, presta uma eficiente assistência técnica assim como serviços de consultadoria aos operadores do mercado. “O Grupo CONCENTRA está centrado nas pessoas. A formação de quadros e recursos locais é a nossa prioridade. Pretendemos ser um agente económico com capacidade para a formar capital humano nacional de excelência. Acreditamos que o futuro de Angola está nas mãos dos angolanos” “Através da formação chegamos à aprendizagem e por consequência à competitividade dos nossos negócios. Os nossos negócios são o resultado de uma longa aprendizagem de todos os quadros e colaboradores do Grupo” – Daí o slogan “Solução Global para a Saúde”? – Sim. A IBERCONCENTRA através dos seus recursos humanos altamente especializados possibilita aos seus parceiros de negócio um serviço global de excelência. Pretende posicionarse como uma empresa de referência no mercado da saúde em Angola. Com a formação de Recursos Humanos nacionais, poderemos ser mais eficientes competitivos. – Como é que a IBERCONCENTRA pretende distinguir-se no mercado tão competitivo? – A IBERCONCENTRA está no mercado de uma forma positiva. Vê nos seus concorrentes uma oportunidade para atingir a sua própria excelência. Não pretende estar de costas voltadas para os seus competidores mas sim em permanente interação. Acreditamos que só assim é que podemos contribuir para a promoção do setor da saúde em Angola e consequentemente o bem-estar da população do país. – Quais são os equipamentos e marcas que a IBERCONCENTRA comercializa? – Atendendo à nossa filosofia de negócio, “Solução Global para a Saúde”, os equipamentos que colocamos à disposição do mercado são de diversas e amplas tipologias, todos eles de marcas e patentes de reconhecida qualidade internacional. – Como vê o futuro da saúde em Angola? – Acreditamos que com a contribuição e partilha de todos os agentes do setor, isto é, clientes, fornecedores, quadros clínicos, pessoal de apoio, decisores, técnicos, entre outros, a saúde em Angola tem tudo para melhorar. Muita coisa tem sido feita e muita coisa existe para fazer. A mensagem que posso deixar desde já é que podem contar com a IBERCONCENTRA – “Solução Global para a Saúde” para prestar o seu contributo para o desenvolvimento do setor da saúde em Angola. Estamos no mercado pela diferenciação e com o princípio único – “Solução Global para a Saúde”. Fevereiro 2013 l JSA PUBLICIDADE ll 25 26 ll RECURSOS HUMANOS Fevereiro 2013 l JSA A gestão de pessoas nos serviços de saúde GENEROSA DO NASCIMENTO| Professora Auxiliar Convidada do ISCTE-IUL Formadora do Programa de Especialização em Gestão da Saúde (ISCTE – Jornal da Saúde) z As questões relacionadas com a força de trabalho, isto é, a gestão de pessoas, são estratégicas no actual contexto e afectam a performance global das unidades de saúde, assim como a exequibilidade e sustentabilidade das reformas do sector. as últimas décadas, têm ocorrido na economia mundial importantes mudanças e transformações causadas por vários factores, entre os quais se registam: o fenómeno da globalização, os significativos e sucessivos avanços na ciência, tecnologia e inovação, e a consequente difusão e crescente apetência pelo conhecimento. No caso es- N “As investigações mais recentes têm realçado a necessidade de melhorar as práticas de gestão de pessoas no sector da saúde que permitam ancorar/servir de apoio à prossecução de outros objectivos como seja assegurar um serviço de qualidade e com segurança e, concomitanteme nte, incrementar a performance dos cuidados de saúde e os resultados para o paciente” pecífico da área da saúde, o envelhecimento da população, o desafio tecnológico, o desenvolvimento da biotecnologia, as preocupações sociais associadas à qualidade de vida da população e a vasta disponibilidade de informação e formação, entre outros aspectos, fazem elevar os custos com os cuidados de saúde para níveis nunca antes atingidos. O financiamento, a organização e a gestão dos serviços de saúde constituem matérias de elevada complexidade, com as quais as sociedades contemporâneas se defrontam. Estamos perante uma nova cultura na saúde, fundada na convergência de dois factores aparentemente inconciliáveis: a qualidade na prestação de cuidados de saúde e a optimização da utilização dos recursos disponíveis, ou seja, há que melhorar a eficiência na utilização dos recursos, maximizando a produtividade, para que o sistema de saúde seja mais justo e de melhor qualidade, reco- nhecido pelo cidadão enquanto seu financiador. São desejáveis, assim, novas soluções no combate firme e determinado ao desperdício, de estímulo à responsabilização dos gestores e a práticas fomentadoras de eficiência organizacional. Qualidade, segurança, prática baseada na evidência, prevenção de riscos, clinical governance e transparência nos resultados são termos da regulação da saúde. Em síntese, no limite dos recursos existentes, procura-se a excelência clínica e a humanização na saúde (Nunes, 2005). Países emergentes A prestação dos serviços de saúde, pela particularidade de que se reveste o bem “Saúde”, determina características específicas para as organizações de saúde. A dinâmica de governação (governança organizacional) tem particularidades muito diversificadas, nomeadamente as relações de poder entre as corporações internas, os sistemas de regulação internos, os sistemas de regulação da Saúde e de financiamento. As questões relacionadas com a força de trabalho, i.e., a Gestão de Pessoas, são estratégicas no actual contexto e afectam a performance global das unidades de saúde assim como a exequibilidade e sustentabilidade das reformas deste sector. Encarando as questões da Gestão Estratégica de Pessoas, as autoridades são "obrigadas" a colmatar as lacunas existentes entre as políticas e a sua implementação. Estas preocupações são igualmente partilhadas em muitos países emergentes (Fritzen, 2007). Verifica-se, contudo, que os profissionais são o factor central deste sistema. No entanto, este facto tem sido negligenciado enquanto componente de desenvolvimento do sistema de saúde (Hongoro e McPake, 2004). Nestes países há uma oferta diminuta de profissionais nos sistemas de saúde comparativamente à oferta verificada nos países, dito, desenvolvidos (ou em termos de requisitos de competências para intervenções de saúde). Sérias preocupações existem no que concerne à qualidade e produtividade da força de trabalho. Entre as estratégias equacionáveis para colmatar o problema, o aumento do número de médicos e enfermeiros por via da formação não tem sido per si suficiente. Outras estratégias têm sido sugeridas, tais como, sistemas de compensações, desenho de funções baseadas na equipa, mão-de-obra flexível, melhoria das práticas de qualidade e empowerment dos colaboradores. O caso particular de Angola No caso particular de Angola verifica-se igualmente a escassez profissional especializada, que é ainda agravada pela desproporcionada distribuição de profissionais tanto a nível geográfico, como de grupo profissional e ainda pela falta de instituições de ensino, de incentivos e de infra-estruturas (e.g., transportes e zonas residenciais). Coonor, Averbug e Miralles (2010) salientam aqui o estabelecimento de protocolos com universida- des com vista a assegurar a atribuição de incentivos na forma de bolsas de estudos com posterior obrigatoriedade de fixação destes profissionais nos seus distritos de origem, assim como a reintrodução dos Agentes Comunitários de Saúde. Avaliação e critérios A tabela 1 sistematiza avaliação e critérios de base para a avaliação da situação de recursos humanos na área da saúde. As investigações mais recentes têm realçado a necessidade de melhorar as práticas de gestão de pessoas no sector da saúde que permitam ancorar/servir de apoio à prossecução de outros objectivos como seja assegurar um serviço de qualidade e com segurança e, concomitantemente, incrementar a performance dos cuidados de saúde e os resultados para o paciente (Stanton, 2002; Leggat e Dwyer, 2005 citados por Bartram, Stanton e Leggat, 2007). A Gestão de Pessoas tem como finalidade gerir, desenvolver e sustentar o potencial humano através de uma gestão estratégica. O sucesso da Gestão de Pessoas resulta sobretudo de uma gestão estratégica definida e orientada para a implementação, desenvolvimento e partilha de saberes e competências. Participação colectiva Se na economia tradicional as dimensões da gestão tática (recrutamento e selecção, formação, avaliação de desempenho e gestão de remunerações), baseadas na relação de subordinação, eram necessárias e suficientes, na actual economia de serviços e do conhecimento, apesar de continuarem a ser necessárias, mostram-se insuficientes. Há então que evoluir para uma situação de participação colectiva, que potencie a emergência de práticas de uma Gestão Estratégica de Pessoas, as quais se articulam em torno de quatro dimensões: – Gestão da confiança, suportada nos valores da autonomia e da responsabilidade dos actores organizacionais; – Gestão da coesão social, assente no valor da empregabilidade e do contrato psicológico; – Gestão das e pelas competências, enquanto suporte do projecto de cada indivíduo, ao longo da sua vida de trabalho; – Gestão da aprendizagem organizacional, enquanto via para a sustentabilidade do desenvolvimento da organização, baseada na noção de capital intelectual. Neste paradigma contempla-se ainda o factor “comunicação interna”, enquanto aspecto transversal a cada uma destas dimensões. Neste contexto, importa referir que a governação clínica é influenciada pela forma como os profissionais/ colaboradores são organizados, os seus valores e padrões, a qualidade da sua formação, o seu comportamento para com os pacientes e pela forma como comunicam com os colegas. É necessário a adopção de uma abordagem mais proactiva da Gestão de Pessoas que permita ancorar um quadro de qualidade integrada (Som, 2007). Para que a mudança ocorra, torna-se necessário que as organizações e aqueles que as gerem reconheçam que têm uma hipótese de sucesso na implementação de uma Gestão Estratégica de Pessoas customizada às especificidades das organizações de saúde. Como refere Gratton (2003), estamos hoje perante novas formas de pensar e de executar. Uma forma de pen- RECURSOS HUMANOS ll 27 Fevereiro 2013 l JSA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bartram, T., Stanton, P. e Leggat, S. (2007),Lost in translation: exploring the link between HRM and performance in healthcare, Human Resource Management Journal, 17(1), 21–41. Connor, C., Averbug, D., e Miralles, M. (2010). Angola Health System Assessment 2010. Bethesda, MD: Health Systems 20/20, Abt Associates Inc. Fritzen, S.A. (2007), Strategic management of the health workforce in developing countries: what have we learned?, Human Resources for Health, 5(1), 4. Gratton, L. (2003) – Estratégia Viva – colocar as pessoas no coração de empresa. Porto: Ambar. Hongoro, C. e McPake, B. (2004), How to bridge the gap in human resources for health, Lancet, 364, 1451–56. Nunes, R. (2005) – Regulação da Saúde. Porto: Vida Económica. Som, C. (2007), Exploring the human resource implications of clinical governance, Health Policy, 80, 281–296. Pontos fortes e oportunidades TABELA 1 – DESEMPENHO DOS RECURSOS HUMANOS EM TERMOS DE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE EQUIDADE EQUIDADE EQUIDADE EQUIDADE EQUIDADE – Os processos de descentralização e revitalização têm o potencial de alterar a alocação de recursos humanos até ao nível distrital permitindo uma distribuição de profissionais mais equitativa ao nível das unidades de saúde. – A reintrodução de Agentes Comunitários de Saúde pode fortalecer a ligação entre as comunidades e as unidades de saúde. – A “importação” de profissionais médicos configura uma solução de curto-prazo à escassez destes profissionais de saúde. – A informação adicional obtida dos Mapas Sanitários permitirá um melhor planeamento de recursos humanos. – Novas universidades e escolas de medicina. – Para além da prestação de serviços, os profissionais “importados” podem ser também utilizados para a construção de capacidade. – As compensações dos trabalhadores de saúde são competitivas e entregues atempadamente. – A dedicação do trabalhador de saúde é notória a todos os níveis do sistema. Experiências promissoras em alguns distritos e províncias (formadores peritos, supervisores, modelos de Agentes Comunitários de Saúde, protocolos com universidades com vista à formação de residentes de áreas distantes). Pontos fracos e ameaças sar que coloca a criação do significado no centro e uma forma de fazer que constrói uma Gestão de Pessoas, quer através da visão, quer através de uma profunda compreensão da realidade e ainda do grande envolvimento de forças de trabalho multifuncionais. Acrescenta ainda que os gestores que compreendem e aplicam uma estratégia viva através das pessoas conseguem melhorar significativamente0 o desempenho da sua actividade e conseguem criar organizações que possuem significado e alma. – Má distribuição de trabalhadores de saúde – Reduzido número de trabalhadores de saúde qualificados (nível intermédio e alto) – Escassez/falta de um sistema de informação sobre os recursos humanos actualizado e confiável. – Inexistência de um mecanismo de avaliação da partilha e de coordenação de experiências e projectospiloto, como os modelos de Agentes Comunitários de Saúde. – Baixo nível de expertise (skills) da força de trabalho de saúde. – Fraca formação prévia ao serviço e no serviço. – Falta de capacidade e recursos de supervisão. – Incentivos devem ser postos em prática para impulsionar novas equipas de trabalhadores de saúde (Agentes Comunitários de Saúde) ou responsabilidades adicionais. Fonte: Connor et al. (2010:46). 1º MÓDULO DO PROGRAMA DE ESPECIALIZAÇÃO Médicos adquirem conhecimentos de gestão gestão dos recursos humanos e da mudança na saúde foi o tema do 1º módulo do programa de especialização em gestão da saúde que decorreu em Luanda, de 25 de Fevereiro a 1 de Março, com a participação de 14 médicos. Entre outras competências que adquiriram, estes profissionais de saúde ficaram aptos a procederem ao diagnóstico das determinantes de interacção em contexto organizacional (cultura organizacional, liderança e implicação organizacional e indicadores de performance e desempenho), gerir eficazmente as pessoas (do recrutamento à gestão de conflitos), definir e implementar estratégias de negociação e de comunicação organizacional e de mudança e desenvolvimento organizacional. A gestão integrada de pessoas numa equipa multidisciplinar na prestação de cuidados de saúde hospitalar constituiu outra das áreas aprofundadas. Os formadores foram os Prof. Generosa do Nascimento e Pedro Moreira, docentes no INDEG / ISCTE a universidade portuguesa de excelência na área da gestão. A Gestão de operações e logística na saúde O próximo módulo – para o qual ainda há algumas vagas – é dedicado à gestão de operações e logística na saúde. Entre outras, serão ministradas as seguintes matérias: a logística, a cadeia logística e a sua gestão na área da saúde, temas centrais da logística e da gestão da cadeia de abastecimento na prestação de cuidados de saúde, a gestão dos pacientes, doentes, utentes ou clientes na saúde, a gestão dos materiais e dos fornecimentos e serviços externos na saúde, instrumental de gestão logística usado em prestadores de cuidados de saúde, a gestão de stocks na prestação de cuidados de saúde, gestão de filas de espera nos prestadores de cuidados de saúde e layout das infra-estruturas de prestação de cuidados de saúde. Mais informações: Marketing For You / Jornal da Saúde - Elizabeth Domingos 931298484 ou www.indeg.iscte.pt 28 ll DETERMINANTES DA SAÚDE Fevereiro 2013 l JSA NAS COMUNIDADES RURAIS DO MUNICÍPIO DO CHINGUAR, BIÉ Acesso a água potável diminui doenças RUI MOREIRA DE SÁ z "Esta água dá-nos mais confiança, tem qualidade. As doenças diminuíram, especialmente as diarreias nas crianças ". Quem garante à reportagem do Jornal da Saúde é Teresa Ntomaz, zeladora da aldeia Bairro Cabinda, município do Chinguar, no interior do Bié, oito meses após a abertura de um furo de água potável, protegido, com bomba manual. a aldeia, onde subsiste a mais genuína tradição comunitária, o secretário do Grupo de Água e Saneamento, Jeremias Elavoko (Esperança), mostra os N O soba grande, Horácio Kulivela, está satisfeito: “Os aldeões estão a adoptar boas práticas de higiene” Teresa Ntomaz, zeladora da aldeia: " As doenças diminuíram” registos pormenorizados do consumo e das contribuições mensais dos aldeões. “Cada família leva cinco a seis banheiras de 30 litros de água por dia, o que perfaz as necessidades dos nossos 2.400 habitantes”, diz-nos. mento da água dentro das suas casas”, afirma. O furo de água, com a profundidade de 40 metros, faz parte do projecto de acesso a água potável para as comunidades rurais do Cachiungo e Chinguar, nas O soba grande desta comunidade rural, Horácio Kulivela, mostrou a sua satisfação, com a mudança de mentalidade dos aldeões. “Estão a adoptar boas práticas de higiene, como a lavagem das mãos e o trata- províncias do Huambo e Bié, financiado pela BP Angola com o valor de USD 400 mil e implementado pela ONG “Development Workshop” (DW). “Com a construção de 20 furos de água potável, pro- tegidos e com bomba manual, a capacitação das comunidades para geri-los com eficiência e a sensibilização para as boas práticas de higiene, esperamos contribuir para combater e erradicar as doenças endémicas como a poliomielite, a cólera e a malária na região”, de acordo com o gestor do programa de água e saneamento da DW Angola, Cupi Baptista. Segundo o director do desenvolvimento sustentável da BP Angola, Gaspar Santos, “com este projecto de responsabilidade social, pretende-se contribuir para o esforço do Executivo, nomeadamente do seu programa de saúde pública, que visa combater e/ou erradicar as doenças endémicas como a poliomielite, a cólera e a malária, cujas causas estão directamente ligadas à falta de acesso a água potável, ao deficiente saneamento básico e boas práticas de higiene”. Saúde HUAMBO JSA l Fevereiro 2013 l 29 PROJECTO UHAYELE VIMBO CONTEMPLA ALDEIA DO MUNICÍPIO DO UKUMA Consultórios ambulantes levam satisfação a Yuvu ELSA INAKULO| Correspondente no Huambo z Os aldeões de Yuvu, município do Ukuma, província do Huambo, aderiram com satisfação aos consultórios ambulantes que estiveram instalados na localidade durante cerca de 8 horas, no dia 16 de Fevereiro. A actividade denomina-se Uhayele Vimbo (Saúde na Aldeia, na língua umbundo), foi promovida pela Direcção Provincial da Saúde, no âmbito do Programa Nacional de Municipalização da Saúde, e acompanhada pela reportagem do Jornal da Saúde. s moradores disseram ser uma oportunidade pouco vulgar naquela localidade, pois aceder às unidades sanitárias do município obriga-os a percorrer distâncias superiores a 22 quilómetros. Por isso, aproveitaram a oportunidade para expor todas as queixas que sentiam no mo- O mento e nos dias anteriores. Um dos nossos interlocutores, que acabava de ser consultado, visivelmente satisfeito, solicitou que se envide esforços para prosseguir com o programa e para instalar os serviços mais próximo da comunidade. “Queremos que continuem com este trabalho todos os dias, para que as nossas crianças possam crescer com saúde e substituir os mais velhos nos trabalhos da comunidade”, pediu. “Estou satisfeito porque recebi medicamentos. O médico disse-me que tenho malária e assim já posso combater as dores que sinto no corpo com esta medicação”, afirmou outro aldeão. Para o chefe de repartição municipal da Saúde do Ukuma, Armando Pongolola, a situação sanitária local tende a melhorar consideravelmente, na medida em que o município – que contava com apenas duas – hoje possui 14 unidades sanitárias, o que tem permitido melhorar a saúde da população. Ukuma possui 2 médicos, 90 técnicos auxiliares de en- Os programas de educação para saúde estão a ser reforçados, no sentido de educar a população a praticar as medidas básicas de higiene e, assim, evitar as doenças diarreicas agudas, que mais assolam o município fermagem, 60 técnicos médios de enfermagem, 9 técnicos de diagnóstico e terapêutica, um número considerado insuficiente pelo responsável: “Temos postos médicos com três funcionários apenas, quando deviam ser cerca de vinte em cada. Precisamos ainda de cerca de 200 técnicos para um melhor atendimento”. Armando Pongolola afirma que os esforços do executivo hão-de continuar no sentido de alargar a rede sanitária municipal e já está prevista a inauguração de mais dois postos médicos, em Abril próximo. O responsável municipal da Saúde do Ukuma apontou as doenças diarreicas agudas e as doenças respiratórias agudas como as mais fre- quentes na região, tendo passado a malária de primeira na lista para a terceira posição. Pongolola disse também que os programas de educação para saúde estão a ser reforçados, no sentido de educar a população a praticar as medidas básicas de higiene e, assim, evitar as doenças diarreicas agudas, que mais assolam o município. Resultados da acção Segundo a chefe de repartição da Saúde Pública da Direcção Provincial da Saúde do Huambo, Georgina Figueiredo, foram realizadas durante aquele dia (16 de Fevereiro) 150 consultas de medicina, 447 de pediatria e 43 de obstetrícia. Das análises feitas, 1.158 foram para testar a glicémia (com 28 casos de valores elevados detectados), 159 a malária (dos quais 32 positivos) e 97 o VIH/sida (todos negativos). Quanto à avaliação da tensão arterial, 35 pacientes foram diagnosticados hipertensos, dos 133 avaliados. No que respeita à vacinação, os dados apontam para 65 crianças e grávidas vacinadas. Registou-se igualmente a testagem de 148 pacientes para identificação de casos de sal não iodizado e foram encontrados 15, num total de 694 de receitas atendidas. O projecto Sorriso (de saúde bucal) do programa Amosmid realizou na sessão duas palestras, 33 consultas, 44 extracções dentárias, 14 restaurações, 6 profilaxias dentárias e foram distribuídos 72 kits de higiene oral. FERNANDO FERREIRA VICENTE, DIRECTOR-GERAL DO HOSPITAL MUNICIPAL DA CAÁLA «O desafio é converter o Hospital na principal unidade da região» O hospital municipal da Caála (HMC), província do Huambo, existe há mais de 40 anos como unidade sanitária. Há cinco foi ampliado, apetrechado e elevado a hospital municipal. Desde há três anos que possui duas salas de bloco operatório. Uma evolução que permite, dia após dia, melhorar a saúde do corredor oeste do planalto central. Convidado a falar sobre a instituição, o director-geral do HMC, Fernando Ferreira Vicente, aborda a situação actual. – Qual é o movimento registado nestes últimos anos no HMC? – De acordo com a regionalização e desenvolvimento da província, o nosso hospital recebe doentes não só da província do Huambo como também de das de Benguela e Huíla. Tivemos de aumentar recentemente o número de serviços e contamos neste momento com 14 serviços, incluindo os laboratórios equipados, imagiologia e outros. Por outro lado, o elevado número de traumatologias fez com que abríssemos o serviço de bloco operatório (BO) e hoje são raros os casos de emergência obstétrica e de traumatologia que evacuamos para o Hospital Geral. Temos intervindo também no BO em casos de complicações de febre tifóide, miomas, patologia da mama e outros casos de cirurgia geral. – Quanto aos recursos humanos e materiais, o hospital está bem servido? – Não. Estamos muito mal nesta vertente porque a luta obriga-nos a evitar as mortes por doenças, mas as pessoas ainda morrem por falta de profissionais na hora certa e nos locais certos. Precisamos FERNANDO FERREIRA VICENTE Queremos implementar, até 2016, o serviço de segurança e saúde do trabalhador e o prémio de investigação científica de saúde mental de uma média de 40 médicos especialistas e, neste momento, temos quatro, dois dos quais estão a fazer especialidade, aumentando mais a lacuna. E esta falta de profissionais não é só na quantidade, como também na qualidade, porque, em saúde, cada um deve ocupar a sua área e não improvisar. Onde não há determinado especialista preenche-se a vaga com outro de outro ramo, o que não deve ser. A outra preocupação que nos aflige quanto aos profissionais é fuga de técnicos de saúde para outras áreas, talvez por falta de incentivo ou de outros factores. É assim que temos enfermeiros a fazerem o papel do médico e ninguém faz o do enfermeiro. Certamente há esforços e esta problemática será ultrapassada pois já temos a Faculdade de Medicina a funcionar localmente e esperamos que os estudantes que lá se estão a formar nos dêem a ajuda de que necessitamos. O nosso hospital tem uma capacidade de 200 camas e somos, no total, 230 trabalhadores. Destaco a força de vontade da classe intermédia, precisamente os enfermeiros, que tem sido muitas vezes a mais sacrificada. Já disse que temos poucos médicos e alguns deles a desempenham cargos administrativos, tornando-os menos disponíveis ainda. Quanto aos recursos materiais não temos que nos queixar, porque estamos muito bem servidos, assim como em relação aos medicamentos, que são abastecidos pontualmente, quer os vindos da Repartição Municipal da Saúde quer os da administração local. – Quais são as doenças mais diagnosticadas? – Além daquelas que são do quadro epidemiológico provincial, temos muitos casos de traumatismos por acidentes rodoviários e domésticos, problemas intestinais, tuberculose, gravidezes precoces e multiparidades. Ao nível dos cinco bancos de urgência, temos uma capacidade de 250 doentes por dia e efectuamos diariamente oito intervenções cirúrgicas no Bloco Operatório. Os desafios desta equipa sanitária O desafio fundamental é converter o Hospital Municipal da Caála em Complexo Hospitalar Oeste da Província do Huambo, fazendo dele a principal unidade da região, com uma capacidade de resposta do posto de vista assistencial, docente e de investigação. Queremos fazer com que os objectivos traçados no plano director de desenvolvimento a médio e longo prazos se possam cumprir, de acordo o plano do executivo, em relação à prevenção e àqueles aspectos que ainda afligem as nossas populações. E queremos ainda implementar, até 2016, o serviço de segurança e saúde do trabalhador e também o prémio de investigação científica de saúde mental. 30 ll RESPONSABILIDADE SOCIAL Fevereiro 2013 l JSA NA COMUNIDADE DE CHIMBASSI, MUNICÍPIO DO CUBAL Aldeões celebram oferta de escola primária RUI MOREIRA DE SÁ z Uma nova escola primária, com oito salas de aula, foi inaugurada, este mês, na aldeia de VacariaChimbassi, município do Cubal, província de Benguela. ão tenho palavras para agradecer” foi a expressão utilizada, no acto de entrega formal da escola e de material escolar, pelo administrador municipal do Cubal, António Saraiva, ao receber a delegação da BP Angola que, em conjunto com a Sonangol e demais parceiros do bloco 31, financiaram a obra e realizaram o sonho desta comunidade. “Das 80 mil crianças deste município, cerca de 10 mil ainda estão fora do sistema formal de ensino. A explosão escolar é grande e esta escola vai beneficiar mais de mil famílias. A comunidade está alegre porque sabe que os seus filhos agora estão seguros”, garantiu o administrador à reportagem do Jornal da Saúde. De acordo com o director N municipal da educação, José Chipupa, " o problema da falta de salas de aula nesta comunidade está resolvido". O projecto foi implementado em quatro meses pela Rise, uma ONG com vasta experiência nesta área que já erigiu cinco escolas, das quais quatro em Benguela, com fundos da BP e associadas dos blocos 18 e 31. Segundo o seu responsável, Adriano Huambo, “esta é uma das mais funcionais e belas escolas que construímos e que permitirá a mais de mil crianças terem condições de educação condignas”. Passo modesto, mas significativo Para o presidente regional da BP Angola, Martyn Morris, presente na cerimónia, trata-se de “um passo modesto mas significativo para melhorar o acesso ao ensino das crianças, futuros qua- dros responsáveis, e que são o pilar do desenvolvimento sustentável do país”. Segun- do este responsável, a BP Angola elegeu a educação como uma das prioridades, no quadro da sua política de responsabilidade social e corporativa. “Só com uma educação sólida e abrangente o País pode prosseguir a sua rota de desenvolvimento económico e social que vem demonstrando nos últimos anos”, concluiu. No acto de entrega, estiveram ainda presentes o Administrador adjunto municipal, António Calianguila, o chefe da repartição para a área social da administração municipal, Pedro Angulo Samuel Daniel, o chefe da educação e ensino, Frederico Cosi, o regedor municipal, Barnabé André, a chefe da área da família e promoção da mulher, Albertina Chilembo, o director da escola, Mateus, o seculo da área, Adelino Umbumbo, os sobas Gervásio Cachambe e Abel Pascoal Aurelio e os directores de escolas do município, entre outras individualidades. A delegação da BP, chefiada pelo presidente regional Martyn Morris, era composta pela sua esposa Helen Morris, o director de comunicação, António Vueba , o director do Desenvolvimento Sustentável, Gaspar Santos, o conselheiro José Fernandes, o assessor de comunicação Henrique Malungo e o responsável pela segurança, Rui Rosa. NA KUNHINGA, BIÉ Mais de mil crianças passam a ter acesso a escola primária condigna uquema é uma aldeia remota no firmamento do planalto central, sem água potável nem energia, no município de Kunhinga, interior do Bié, um dos locais mais devastados pela guerra. Chegar lá é difícil. Temos de percorrer cerca de dez quilómetros de picada em mau estado, rodeada de uma savana verdejante, onde os aromas da terra se confundem com a fragrância das flores. Pelo caminho ficam as viaturas sem tracção às quatro rodas. O acesso à educação das 1006 crianças que habitam em Kuquema e nas três aldeias próximas era, até agora, muito precário, amontoadas num pequeno barracão onde chovia. Por tudo isto, a inaugura- K ção de uma nova escola com oito salas de aula apetrechadas, área administrativa e WC, no passado dia 11 de Fevereiro, foi recebida com a mais profunda gratidão pelas famílias e constituiu um motivo para uma festa na aldeia. “A escola vai contribuir para diminuir as assimetrias no Bié e beneficiar significativamente as comunidades locais”, assegurou a administradora do município, Celeste Adolfo, à reportagem do Jornal da Saúde. Duas turmas vão acolher os estudantes da iniciação à 7ª classe. “O próximo passo é o fornecimento de energia eléctrica para que possamos ter aulas nocturnas e fixar professores na aldeia”, disse. Parcerias fortes O pastor Bernardo Adelino agradeceu “a visão e a sensibilidade dos dirigentes da BP”. Para o presidente regional da BP, Martyn Morris, presente no acto de entrega formal da escola, foi “uma experiência espiritualmente edificante”. A construção “só foi possível graças ao esforço conjunto da BP, Sonangol e demais parceiros do bloco 31, a administração municipal, o Ministério da Educação, a Igreja Evangélica dos Irmãos em Angola (IEIA), a implementadora Rise e a comunidade desta área”. Para este responsável, só com parcerias fortes e saudáveis se podem obter resultados sustentáveis para as comunidades. Kunhinga, terra do ana- nás como lembrou a administradora, situa-se a 30 quilómetros a norte do Kuito, tem duas comunas, uma população de 82,9 mil habitantes, basicamente camponeses, 178 autoridades tradicionais e 1.348 professores registados. Fevereiro 2013 l JSA PUBLICIDADE ll 31 32 ll PUBLICIDADE Fevereiro 2013 l JSA RESPONSABILIDADE SOCIAL ll 33 Fevereiro 2013 l JSA NA ODEBRECHT ANGOLA Ergonomia: entender para prevenir z O entendimento das questões ergonómicas permite atuar com eficácia na prevenção de doenças osteomusculares e na promoção da qualidade de vida no ambiente de trabalho. ergonomia é a ciência que utiliza os conhecimentos multidisciplinares da engenharia, biomecânica, medicina, antropologia e ciências sociais, entre outras, para buscar o entendimento do trabalho e a relação do trabalhador com este ambiente. No mundo, durante muitos anos, procurou-se apenas ensinar as pessoas a conviverem com os pesos que tinham a carregar e com as posturas inadequadas. Na atualidade nós perguntamos: Que peso é este? Ele está no lugar adequado? Quem deve transportá-lo? Eu preciso mesmo deste peso dentro do meu processo de trabalho? Existe uma maneira mais fácil de fazer este trabalho? As pessoas realmente conhecem os riscos ergonómicos do seu trabalho, a fim de se prevenir? E minha postura? Posso mudála para realizar o trabalho com maior facilidade? Respondendo a estas questões a Odebrecht iniciou, em Janeiro, o Projeto de Implantação do Programa de Ergo- Apresentação de Resultados - Equipe COERGO-PRP, em 15-02-2013 Equipe COERGO. Membros do Comitê de Ergonomia da Odebrecht, projeto PRP – Programa de Realojamento das Populações Casa do Zango. Da esquerda para direita: 1- Técnico de Segurança no Trabalho, Gerson Dala Ginga – Secretário do COERGO 2- Técnico de enfermagem, João Sebastião – Ativador do COERGO 3- Fisioterapeuta Ergonomista – DS, Cristina Lopes 4- Coordenadora de Medicina – DS, Paloma Baiardi 5- Médica do Trabalho, líder de Ergonomia – PRP, Isolina Freitas 6- Líder de Ergonomia, engenheiro ambiental, Joaquim Ramos 7- Técnico de Segurança no Trabalho, Coordenador do COERGO, Elieser de Paula 8- Gerente de Segurança no Trabalho, Ativador do COERGO, engenheiro Antero Mafra 9- Encarregado Geral de Construção Civil, Líder de Ergonomia, Francisco Bezerra A nomia nos seus contratos. As equipes de Saúde e Segurança do Trabalho já iniciaram o processo de capacitação e implantação, o que aconteceu nos projetos PRP - Programa de Realojamento das Populações – Casa Zango, AHE Cambambê e Desvio do Rio – AHE Laúca. Na segunda quinzena de Fevereiro os profissionais participantes do Curso de Medicina do Trabalho, promovido pela Odebrecht, receberam o módulo de Capacitação em Ergonomia que foi ministrado pela fisiotera- “Com a implementação do Programa de Ergonomia, já podemos medir os resultados altamente positivos, tanto na redução das lombalgias, quanto na melhoria de condições gerais de trabalho, produtividade e redução do absenteísmo” Capacitação em Ergonomia para médicos, engenheiros e técnicos de enfermagem e de segurança do trabalho. peuta Cristina Lopes, responsável pela implantação do Programa de Ergonomia nos projetos da empresa. “Com as equipes mais preparadas e conhecedoras das questões ergonómicas, o trabalho e o trabalhador serão beneficiados de maneira ímpar, resultando em melhor qualidade de vida, redução do absenteísmo e melhor desempenho na atividade laboral”, garante Cristina Lopes. De acordo com o gerente de SSTMA, Antero Mafra, “Nós, do PRP, com a implementação do Programa de Ergonomia, já podemos medir os resultados altamente positivos, tanto na redução das lombalgias, quanto na melhoria de condições gerais de trabalho, produtividade e redução do absenteísmo”. Segundo este responsável “as atividades laborais, quando iniciadas e desenvolvidas com planejamento ergonómico, projeto e avaliação de tarefas e dos postos de trabalho, além dos resultados tangíveis, obtemos os intangíveis, como a satisfação do integrante, saúde e qualidade de vida”. 34 ll RESPONSABILIDADE SOCIAL Fevereiro 2013 l JSA Fevereiro 2013 l JSA PUBLICIDADE ll 35 36 ll CLÍNICAS Fevereiro 2013 l JSA MediLab prevê alargar a oferta de serviços este ano ANDREIA PEREIRA z O centro médico MediLab, com sede no bairro do Prenda, em Luanda, tenciona abrir mais uma unidade até ao final do primeiro semestre de 2013, em Talatona ou Morro Bento (a localização ainda está por definir). A directora do MediLab, Celeste Ferreira, afirmou ao Jornal da Saúde de Angola que este espaço, que também funcionará em regime de ambulatório, contará com duas novas valências: uma consulta de Nutrição (com uma área de ginásio incorporada) e uma sala de preparação para o parto. CELESTE FERREIRA No MediLab há uma oferta de serviços integrada, que reúne o atendimento médico e a área de diagnóstico laboratorial ituado em pleno coração do bairro do Prenda, numa das ruas transversais ao hospital homónimo, o centro médico MediLab, que divide a sua actividade entre consultas médicas e a área laboratorial, prepara-se para inaugurar uma nova unidade nos arredores do centro de Luanda (Talatona ou Morro Bento – a localização ainda não está, para já, definida) até ao final do primeiro semestre deste ano. Em jeito de balanço, Celeste Ferreira, directora da clínica e também analista no Hospital do Prenda, adiantou que, no ano de 2012, o MediLab efectuou cerca de 40 atendimentos diários, em média, entre consultas e análises laboratoriais. O centro médico, que funciona apenas em regime de ambulatório, presta atendimento em especialidades clínicas que Celeste Ferreira considera emergentes, de entre as quais se destacam a Medicina Geral S e Familiar, Pediatria, Ginecologia/Obstetrícia, Cardiologia, Ortopedia e Dermatologia. “Na área laboratorial, desenvolvemos análises clínicas nas áreas de Hematologia, Bioquímica, Serologia e Imunologia. Em 2013, prevemos arrancar com a valência de Microbiologia, um projecto que estava a ser estudado há algum tempo”, acrescenta. Oferta de serviços integrada A especialista lembra que, no MediLab, há uma oferta de serviços integrada, que reúne o atendimento médico e a área de diagnóstico laboratorial. “Funcionamos como uma estrutura autónoma dentro da área de ambulatório, o que nos permite realizar consultas com o suporte de exames de laboratório, em simultâneo. As clínicas, em Angola, regra geral, possuem uma oferta de análises laboratoriais pouco diferenciada (basicamente, uma gota espessa e um vi- dal). A nossa postura é distinta, pois, paralelamente ao atendimento médico, tencionamos prestar uma resposta mais diferenciada na área do diagnóstico laboratorial. Aliás, todas as valências funcionam em permanência (dentro do horário de funcionamento do centro médico), o que nos permite dar resposta a análises simples de rotina (nomeadamente, uma gota espessa) ou exames mais complexos, que carecem de aparelhos de imunologia ou equipamentos mais sofisticados.” O MediLab, conforme explica Celeste Ferreira, é “um projecto de ambulatório”, que funciona nos mesmos moldes das clínicas portuguesas (dias úteis). “Nas situações de urgência ou em que é necessário internamento, encaminhamos para os hospitais públicos ou privados, dependendo da capacidade económica do doente”, esclarece. Medicina do trabalho Dentro da oferta de serviços, o MediLab, ao abrigo de contratos com empresas, está a realizar, desde Junho de 2012, consultas de Medicina do Trabalho. “Na sequência desse contrato, os trabalhadores e os respectivos familiares podem dirigir-se ao centro médico, mas a um preço mais acessível”, explica Celeste Ferreira. Consulta de obesidade Com uma equipa de 22 funcionários, o MediLab tenciona alargar a oferta de serviços, criando uma nova unidade nos arredores de Luanda, até ao primeiro semestre deste ano. “Neste segundo projecto, iremos contar com a colaboração de uma nutricionista, estando previsto arrancarmos, a partir de Março, com uma consulta direccionada à obesidade, que é uma preocupação cada vez mais premente em Angola. Nesta clínica, que estará sedeada em Talatona ou Morro Bento, teremos ainda uma área de ginásio, que pretende dar apoio aos doentes acompanhados nesta consulta”, esclarece. Método psico-profiláctico para o parto Celeste Ferreira também lembra que, neste novo espaço, haverá uma sala destinada exclusivamente ao método psico-profiláctico para o parto. “É uma valência ainda pouco divulgada em Angola, sendo que, com a implementação deste espaço, dirigido às grávidas, podemos diversificar a nossa oferta de serviços”, resume a responsável. Profissionais de saúde A directora médica reconhece que o MediLab, um centro médico que conta com uma equipa de profissionais de saúde cubanos, portugueses e angolanos, já conquistou a confiança dos utentes. “A população sente conforto quando há uma presença estrangeira numa clínica como o MediLab. Contudo, os médicos angolanos estão numa fase ascendente, cabendo aos profissionais de saúde expatriados transmitir os seus conhecimentos ao staff angolano. Ainda assim, há matérias que não dominamos, pelo que, através do contacto com profissionais angolanos, acabamos por conjugar conhecimentos em algumas áreas.” Segundo informa Celeste Ferreira, a malária continua a ser o principal motivo de consulta médica, sendo que o ano de 2012, “provavelmente por causa da frequências das chuvas”, ficou marcado por uma elevada incidência de “casos positivos e graves”, inclusivamente em recém-nascidos. Além da malária, a diabetes e hipertensão correspondem, respectivamente, às principais razões de consulta médica no MediLab. A equipa Neste momento, o MediLab conta com uma equipa de 22 funcionários, incluindo a área administrativa. Nesta unidade, sedeada no bairro do Prenda, colaboram, até ao momento, seis médicos cubanos. Os enfermeiros são de nacionalidade angolana, à excepção de uma enfermeira de origem cubana. Por outro lado, os técnicos de laboratórios são, fundamentalmente, angolanos. Celeste Ferreira, radicada em Luanda há sete anos, é portuguesa e lidera este centro médico. Fevereiro 2013 PUBLICIDADE l JSA ESPECIALIDADES - MEDICINA INTERNA - MEDICINA INTENSIVA DO ADULTO - GINECOLOGIA - OBSTETRÍCIA - NEONATOLOGIA - PEDIATRIA - CARDIOLOGIA - OFTALMOLOGIA - NEUROLOGIA - ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - CIRURGIA - GASTROENTEROLOGIA - FISIOTERAPIA - PSICOLOGIA - ANESTESIA - MEDICINA GENERAL INTEGRAL - ESTOMATOLOGIA PRINCIPAIS MEIOS DE DIAGNÓSTICO - IMAGIOLOGIA: RAIOS X,USG, TAC - LABORATÓRIO CLÍNICO - ENDOSCOPIA OTROS SERVICIOS ESPECIALIZADOS - CLÍNICA DOR: CRANEOPUNTURA Especialista em bem-estar Rua 53, Projecto Nova Vida, Luanda Tel.: + 244 227 270 167 Site: www.clinicacaridade.com ll 37 38 ll FISIOTERAPIA Fevereiro 2013 l JSA Bom Senso Fisioterapia comemorou o 1º aniversário z A Bom Senso Fisioterapia completou um ano de existência no dia 1 deste mês Fevereiro. O projecto, contudo, já vinha a ser pensado há mais tempo, conforme revelou ao Jornal da Saúde o ex-capitão da Selecção Nacional de Futebol e proprietário desta clínica, Carlos Alonso, mais conhecido por Kali. “Foi há quase dois anos que, com a ajuda de alguns amigos, resolvi avançar com este projecto”. ocalizada no bairro de Alvalade, a Bom Senso oferece um moderno e completo serviço de fisioterapia, com equipamentos dotados de tecnologia de ponta, abrangendo as várias áreas da fisioterapia, conforme nos informou Kali. “Este projecto visa oferecer em Angola um nível de serviço internacional, com tecnologia de vanguarda, equipamentos que permitem recuperações plenas no menor espaço de tempo possível e uma equipa muito competente, com elevado grau de formação. É por isso que apostamos numa equipa multicultural, composta por fisioterapeutas angolanos e portugueses, todos licenciados em fisioterapia”. Ainda de acordo com este responsável “os fisioterapeutas que vêm de fora trazem consigo algum know-how diferenciador, dado que passaram por clubes internacionais e clínicas de renome fora de Angola”. De acordo com Kali “tem sido uma aposta ganha e com resultados positivos, pois o grau de satisfação dos nossos clientes, com base em inquéritos periódicos que fazemos, e na nossa observação, tem sido mesmo muito positivo”. Exigência dos desportistas Nesta nossa visita à Bom Senso, foi possível observar vários atletas a fazerem tratamento, o que diz bem da L “A Bom Senso oferece em Angola um nível de serviço internacional, com tecnologia de vanguarda, equipamentos que permitem recuperações plenas no menor espaço de tempo possível e uma equipa muito competente, com elevado grau de formação.” aposta desta clínica na área desportiva. “Efectivamente, quando lançámos a Bom Senso, a ideia passava por dar aos atletas, desportistas e público em geral um nível de tratamento internacional. Daí termos feito um elevado investimento, quer em meios técnicos, quer humanos”. Mas a Bom Senso não se cinge ao tratamento de atletas, “os quais, hoje em dia, não representam mais do que 10% dos seus clientes”, diznos. A clínica continua, no entanto, “a apostar na área desportiva, pois é muito exigente e obriga-nos a evoluir todos os dias”. De acordo com Kali “ um clube exige que um atleta seja recuperado no menor espaço de tempo e o melhor possível, o grau de exigência na recuperação desportiva é tremendamente elevado, e, se conseguirmos dar uma boa resposta nesta área tão exigente, estaremos também cada vez mais próximos da qualidade de excelência que buscamos todos os dias”. Sem citar nomes, Kali deu a entender que muitos dos nossos atletas buscam os serviços da Bom Senso e saem satisfeitos com os tratamentos. “Confiam nesta equipa para a sua recuperação, para além de se sentirem num ambiente familiar”, rematou. Recuperação de casos de AVC Observámos também muitos casos de neurologia os quais têm um espaço próprio para o atendimento de patologias nesta área. “A nossa aposta passa também por criar condições para albergar cada vez mais casos de neurologia, nomeadamente casos de AVC e problemas do neuro-desenvolvimento. Ainda recentemente fizemos alguns investimentos nesta área, pois temos tido bastante procura, tendo alguns profissionais com formação específica para este tipo de patologia”, garante Kali. Para este responsável “se, por um lado, apostamos forte na vertente músculo-esquelética, não queremos descurar as melhores condições para um pleno tratamento nas áreas neurológica e pediátrica. Queremos que quem nos procura encontre na Bom Senso todas as condições para a sua recuperação”. Consultas médicas Para além da Fisioterapia, a Bom Senso também oferece consultas médicas. Se- gundo Kali, “este é um complemento chave para a oferta e credibilidade da clínica, pois permite que as avaliações e diagnósticos sejam bem feitos e com base neles se façam bons planos de tratamento. Temos consultas de Ortopedia, Medicina Desportiva, Neurologia, Reumatologia e Nutricionismo, com médicos de renome e credibilidade firmados no país. É muito importante ter médicos destas especialidades, pois todas elas têm relações muito próximas com o tipo de patologias que os nossos clientes apresentam”. Com a ajuda deste corpo clínico e nestas áreas de actuação, “sentimo-nos confortáveis para um trabalho multidisciplinar e de excelência na área da Fisioterapia”. Ondas de choque Nesta clínica encontrámos um espaço agradável e muito completo. Demos conta de alguns equipamentos que diferenciam esta clínica de fisioterapia das demais, como é o caso das Ondas de Choque. Como diz o responsável de fisioterapia da Bom Senso, o fisioterapeuta João Vilaça, “esta é uma clínica que em nada fica atrás das grandes clínicas de fisioterapia internacionais, quer as europeias quer as americanas. Especificamente, as ondas de choque têm sido bastante utilizadas e com resultados muitíssimo interessantes, mas não é o único equipamento que nos diferencia dos demais. Esta é efectivamente uma clinica de fisioterapia muito completa e com pessoal altamente qualificado que nos permite assumir que o nível de tratamentos que oferecemos está ao nível das melhores”. Projectos futuros Quanto a projectos futuros, Kali refere que “neste momento é mais importante cimentar este projecto, melhorar ainda mais esta clínica, adaptá-la cada vez mais à necessidade dos nossos clientes e depois de garantir que estamos muito próximos da excelência é que podermos pensar em investir noutros projectos. Temos de dar um passo de cada vez, e temos de ser tão exigentes connosco como o público que nos procura o é, pois trata-se de um tipo de cliente exigente, muito dele já viajado e que se tratou em outras clínicas no estrangeiro. Como tal, exige muito da Bom Senso. Isso faz-nos evoluir todos os dias e termos sempre o lema da qualidade como factor chave para nos consolidarmos no mercado.” Fevereiro 2013 l JSA PUBLICIDADE ll 39 40 ll PUBLICIDADE JSA l Fevereiro 2013