CASUÍSTICA DE NEOPLASIAS DA PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO
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CASUÍSTICA DE NEOPLASIAS DA PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO
Instituto Superior Politécnico de Viseu Escola Superior Agrária de Viseu CASUÍSTICA DE NEOPLASIAS DA PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO TRABALHO FINAL DE CURSO Enfermagem Veterinária Milene Antunes Soares Orientador: Dr.ª Helena Vale VISEU, 2010 (O Orientador da ESAV) ________________________ (Dra. Helena Vala) “ As doutrinas expressas são da exclusiva responsabilidade do autor” AGRADECIMENTOS A realização deste trabalho final de curso só fui possível graças a varias entidades, as quais gostaria de deixar o meu agradecimento: À Dra. Helena Vala pela paciência na orientação e pela grande disponibilidade tornando, possível a conclusão deste trabalho final de curso. Ao Dr. Luís por me ter possibilitado estagiar no Hospital Veterinário Montenegro e por me abrir novos horizontes como futura profissional. A toda a equipa do Hospital Veterinário Montenegro, Dra. Ana Cota, Dra. Joana, Dra. Cláudia Rodrigues, Dra. Marta, Dra. Rafaela, Dra. Cláudia Oliveira, Dr. Daniel, Dr. Mota, Dr. Nuno, Dr. Joel, Dr. Rui por disponibilizarem a sua atenção para me orientar e ensinar durante o estágio. Agradeço à Enfermeira Veterinária Daniela, ao Enfermeiro Veterinário Eduardo e à Elisa pelos grandes momentos de companheirismo. Um grande muito obrigada à Enfermeira Veterinária Carla que sempre esteve do meu lado nos momentos mais difíceis, pela atenção com que me brindou e por tudo o que me ensinou durante o meu estágio. Às Enfermeiras Veterinárias de Ponte de Lima, a Fabiana, a Marta e, especialmente, a Joana que muito me ajudou e apoiou. A todos os meus professores da Escola Superior Agrária de Viseu cuja influencia/ ensinamentos foram determinantes na minha vida acadêmica e no desenvolvimento desta monografia. A todas as minhas amigas que sempre me apoiaram e se disponibilizaram para ajudar, Verónica, Rita, Tânia, Diana. À Patrícia, que apesar de não perceber nada da matéria, esteve sempre disponível para me ajudar no que fosse preciso. Ao meu namorado Tiago que esteve sempre do meu lado. À minha família pelo incentivo e apoio constante em todos os momentos. À minha mãe, ao meu pai e ao meu irmão que, com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida. A estes e todos aqueles que não estão aqui mencionados e cuja contribuição e apoio foram essenciais para vencer muitas das dificuldades que surgiram ao longo da realização deste trabalho, os meus sinceros agradecimentos . RESUMO As neoplasias de pele e do tecido subcutâneo são as neoplasias mais frequentes em cães e as segundas mais frequentes em gatos. Neste grupo incluindo uma grande variedade de neoplasias, nomeadamente as neoplasias epiteliais, mesenquimatosas, melanocíticas, matocitocíticas, linfóides, bem como as condições cutâneas histiocíticas e granulomatosas. Este trabalho consistiu no aprofundamento dos conhecimentos das neoplasias acima referidas dando mais ênfase ao estudo do seu prognóstico, bem como no estudo de registos de exames citológicos e histológicos realizados pelo serviço de diagnóstico de Anatomia Patologia, dos pacientes oncológicos do Hospital Veterinário Montenegro. Os dados foram recolhidos no período de um ano, mais precisamente de Outubro de 2008 a Setembro de 2009. O aumento de esperança média de vida dos canídeos e dos felídeos e o aumento da preocupação dos proprietários pelas doenças neoplasicas que surgem nos seus animais doméstico tem permitido o estudo casuístico. Constata-se que são os animais mais velhos os mais afectados pelas neoplasias epiteliais havendo, nalguns casos predisposição racial. Na maioria dos casos não existe predisposição sexual. PALAVRAS – CHAVE: neoplasia, pele, tecido subcutâneo, canídeo, felídeo. ABSTRACT Neoplasms of skin and subcutaneous tissue are the most common cancers in dogs and the second most common in cats. There are a variety of cancers of skin and subcutaneous tissue, including epithelial tumours mesenchymal tumours, melanocytic tumours, mast cell tumours, cutaneous lymphoid neoplasia and histiocytic and granulomatous skin condition. This work and practice based on the study of records of cytological and histological studies done by the diagnostic service histologically, referring the patients of the Veterinary Hospital Montenegro. Data were collected within one year, namely October 2008 to September 2009. The increase in average life expectancy of dogs and cats and increased concern for owners for neoplastic diseases that arise in their domestic animals has allowed the case study. Notes that are older animals most affected by skin cancer there is, in some cases racial predisposition. In the most case there isn´t sexual predisposition. KEYWORDS: tumour, skin, subcutaneous tissue, dog, cat. ABREVIATURAS CCE- Carcinoma das células escamosas CCT- carcinoma das células de transição cm- centímetros ESAV- Escola Superior Ágraria de Viseu FelV- Vírus da Leucemia Felina FIV- Vírus da Imunodeficiência Felina HVM- Hospital Veterinário Montenegro s/c- Sem classificação histopatológica TVT - Tumor Venéreo Transmissível UV- Luz ultravioleta ÍNDICE GERAL AGRADECIMENTOS………………………………………………………………………IV RESUMO…………………………………………………………………………………….V ABSTRACT…………………………………………………………………………………VI ABREVIATURAS………………………………………………………………………….VII ÍNDICE GERAL……………………………………………………………………………VIII ÌNDICE DE FIGURAS………………………………………………………………………IX ÌNDICE DE QUADROS…………………………………………………………………….XI 1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………….1 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA…………………………………………………………….3 2.1. Neoplasias da pele e do tecido subcutâneo…………………………………………3 2.2. Neoplasias epiteliais……………………………………………………………………7 2.2.1. Papiloma cutâneo…………………………………………………………………….7 2.2.2. Carcinoma das células escamosas…………………………………………………8 2.2.3. Tumor das células basais………………………………………………………….10 2.2.4. Neoplasias anexais…………………………………………………………………11 2.2.4.1. Neoplasias das glândulas sebáceas……………………………………………11 2.2.4.1.1. Hiperplasia das glândulas sebáceas…………………………………………12 2.4.1.1.2. Epitelioma sebáceo…………………………………………………………… 12 2.2.4.1.3. Adenoma da glândula sebácea………………………………………………13 2.2.4.1.4. Adenocarcinoma das glândulas sebáceas………………………………….13 2.2.4.2. Neoplasia das glândulas perianais…………………………………………….14 2.2.4.2.1. Adenoma das glândulas perianais……………………………………………14 2.2.4.2.2. Adenocarcionoma das glândulas perianais………………………………….16 2.2.4.3. Neoplasia das glâdulas sudoríparas……………………………………………18 2.2.4.3.1. Adenoma / Adenocarcinoma das glândulas sudorípas…………………….18 2.2.4.4. Neoplasia dos folículos pilosos………………………………………………….20 2.2.4.4.1. Tricoblastoma…………………………………………………………………...20 2.2.4.4.2. Tricoepitelioma………………………………………………………………….20 2.2.4.4.3. Pilomatricoma…………………………………………………………………...21 2.2.5. Epitelioma intracutâneo cornificante………………………………………………21 2.3. Neoplasias Mesenquimatosas……………………………………………………….22 2.3.1. Neoplasias do tecido fibroso……………………………………………………….22 2.3.1.1. Fibroma…………………………………………………………………………….22 2.3.1.2. Fibrosarcoma……………………………………………………………………...23 2.3.1.3. Hemangiopericitoma canino.…………………………………………………….24 2.3.2. Neoplasias do tecido adiposo….…………………………………………………..25 2.3.2.1. Lipoma……………………………………………………………………………..25 2.3.2.2. Liposarcoma……………………………………………………………………….25 2.3.3. Neoplasias vasculares……………………………………………………………...26 2.3.3.1. Hemangioma………………………………………………………………………26 3.3.3.2. Hemangiosarcoma………………………………………………………………26 2.4. Neoplasias Melanocíticas…………………………………………………………….28 2.4.1. Melanocitoma……………………………………………………………………….28 2.4.2. Melanoma……………………………………………………………………………28 2.5. Mastocitoma………………………………………………………………………….29 2.5.1. Mastocitoma no cão……………………………………………………………….29 2.5.2. Mastocitoma no gato……………………………………………………………….35 2.6. Condições cutâneas histiocíticas e granulomatosas………………………………35 2.6.1. Histiocitoma cutâneo canino……………………………………………………….36 2.6.2. Sarcoma histiocítico………………………………………………………………...37 3. PARTE PRÁTICA……………………………………………………………………….38 3.1. Material e Métodos……………………………………………………………………38 3.2. Resultados…………………………………………………………………………….38 3.2.1. Espécie Canina……………………………………………………………………...39 3.2.1.2. Resultados das neoplasias da pele e tecido subcutâneo…………………. 50 3.2.2. Espécie Felina……………………………………………………………………….57 3.2.2.1. Resultados das neoplasias da pele e tecido subcutâneo…………………….59 3.3. Discussão………………………………………………………………………………61 3.4. Considerações Finais…………………………………………………………………62 4. Quadros…………………………………………………………………………………..64 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………...…………124 6. ANEXOS……………………………………………………………………………….128 6.1. Anexo A……………………………………………………………………………….128 6.2. Anexo B……………………………………………………………………………….129 ÌNDICE DE FIGURAS Figura 1. Carcinoma das células escamosas no plano nasal de um Boxer (fotografia originária do HVM) …………………………………………………………………………10 Figura 2. Carcinoma das células escamosas no cão………………………………….10 Figura 3. Basset Hound, fêmea de 11 anos de idade, após uma ampla recessão (margens limpas), 1 ano depois, do plano nasal juntamente com a parte da prémaxila……………………………………………………………………………………….10 Figura 4. Adenoma da glândula perianal……………………………………………….15 Figura 5. Adenocarcinoma da glândula perianal. Lesão invasiva, ulcerada, adjacente ao ânus………………………………………………………………………………………16 Figura 6. Fibrosarcoma no metatarso direito de um Main Coon geriátrico………….24 Figura 7. Fibrosarcoma intraescapular, local típico de um sarcoma induzido por vacina………………………………………………………………………………………. 24 Figura 8. Hemangiosarcoma cutâneo no Wippet de 10 anos…………………………27 Figura 9. Melanoma maligno…………………………………………………………….29 Figura 10. Sugestões de tratamento para mastocitomas com estadiamento clínico em estádio 0 e estádio I, de grau baixo ou intermédio em cães……………………..33 Figura 11. Sugestão de tratamento, para mastocitomas, de elevado grau e biologicamente agressivos no cão………………………………………………………..34 Figura 12. Histiocitoma cutâneo canino. Aparência típica de uma lesão de um cão jovem…………………………………………………………………………………………36 Figura 13. Número total de animais com doenças do foro oncológico………………38 Figura 14. Número total de canídeos com neoplasias por sexo…………………….39 Figura 15. Idades dos cães doenças do foro oncológico……………………………40 Figura 16. Número de neoplasias de canídeos com neoplasias por raça………. …41 Figura 17. Total das neoplasias………………………………………………………….44 Figura 18. Classificação histopatológica das neoplasias de pele e tecido subcutâneo……………………………………………………………………………………………45 Figura 19. Classificação histiopatológica das neoplasias mamárias…………………46 Figura 20. Classificação histopatológica das neoplasias do sistema gastrointestinal…………………………………………………………………………………………….47 Figura 21. Classificação histiopatológica dos sarcomas dos tecidos moles………...48 Figura 22. Classificação histopatológica das neoplasias do sistema reprodutor masculino…………………………………………………………………………………………48 Figura 23. Classificação histopatológica das neoplasias do sistema esquelético….49 Figura 24. Classificação de outras neoplasias………………………………………….49 Figura 25. Classificação histopatológica das neoplasias epiteliais…………………..50 Figura 26. Classificação histopatológica das neoplasias mesenquimatosas……….51 Figura 27. Classificação histopatológica dos mastocitomas………………………….52 Figura 28. Classificação histopatológica das neoplasias melanocíticas……………52 Figura 29. Número total de canídeos com neoplasias de pele e tecido subcutâneo por sexo……………………………………………………………………………………...54 Figura 10. Número total de canídeos com neoplasias de pele e tecido subcutâneo por raça………………………………………………………………………………………55 Figura 31. Idades de cães com neoplasias de pele e de tecido subcutâneos……...56 Figura 32. Número total de felídeos com neoplasias por sexo…………………….....57 Figura 33. Número total de felinos com neoplasias por raça…………………………57 Figura 34. Classificação da população felina por grupos etários…………………….58 Figura 35. Percentagens de neoplasia…………………………………………………..59 Figura 36. Classificação histopatológica das neoplasias do sistema hematopoiético……………………………………………………………………………………………59 Figura 37. Classificação histopatológica das neoplasias da pele e tecido subcutâneo……………………………………………………………………………………………60 Figura 28. Número total de félideos com neoplasias de pele e tecido subcutâneos por sexo……………………………………………………………………………………...60 ÍNDICE DE QUADROS QUADRO 1. Classificação de neoplasias cutâneas……………………………………..3 QUADRO 2. Frequência relativa de neoplasias cutâneas benignas e malignas em cães……………………………………………………………………………………………5 QUADRO 3. Frequência relativa de neoplasias cutâneas benignas e malignas em gatos…………………………………………………………………………………………..5 QUADRO 4. Frequência da ocorrência de neoplasias cutâneas em cães……………6 QUADRO 5. Frequência da ocorrência de neoplasias cutâneas em gatos…………...6 QUADRO 6. Neoplasias das glândulas perianais em machos………………………. 17 QUADRO 7. Neoplasias das glândulas perianais em fêmeas………………………...18 QUADRO 8. Neoplasias das glâdulas ecrinas………………………………………….19 QUADRO 9. Classificação histológica dos mastocitomas no cão…………………….30 QUADRO 10. Estadiamento clínico da Organização Mundial de saúde dos mastocitomas nos cães……………………………………………………………………31 QUADRO 11. Factores de prognóstico para mastocitomas em cães………………..32 QUADRO 12. Dados clínicos da população canina com neoplasias…………………42 QUADRO 13. Dados clínicos da população canina com neoplasias de pele e tecido subcutâneo………………………………………………………………………………….53 QUADRO 14. Caracterização da população felina com neoplasias………………….58 QUADRO 15. Neoplasias epetiliais no cão……………………………………………...64 QUADRO 16. Neoplasias mesenquimatosas no cão…………………………………..70 QUADRO 17. Neoplasias do trato gastrointestinal no cão…………………………….76 QUADRO 18. Neoplasias do sistema respiratório no cão……………………….........81 QUADRO 19. Neoplasias do coração no cão…………………………………………..83 QUADRO 20. Neoplasias do sistema urinário no cão.…………………………………84 QUADRO 21. Neoplasias do sistema reprodutor feminino no cão……………………86 QUADRO 22. Neoplasias do sistema reprodutor masculino no cão………………….88 QUADRO 23. Neoplasias do sistema esquelético no cão……………………………..90 QUADRO 24. Neoplasias do sistema nervoso no cão…………………………………92 QUADRO 25. Neoplasias endócrinas no cão…………………………………………...94 QUADRO 26. Neoplasias oculares do cão………………………………………………97 QUADRO 27. Neoplasias epitelias no gato……………………………………………100 QUADRO 28. Neoplasias mesenquimatosas no gato……………………………….104 QUADRO 29. Neoplasias do tracto gastrointestinal no gato…………………………107 QUADRO 30. Neoplasias do sistema respiratório no gato…………………………..111 QUADRO 31. Neoplasias do coração no gato………………………………………...113 QUADRO 32. Neoplasias do sistema urinário no gato……………………………….114 QUADRO 33. Neoplasias do sistema reprodutor feminino no gato…………………115 QUADRO 34. Neoplasias do sistema reprodutor masculino no gato……………….117 QUADRO 35. Neoplasias do sistema esquelético no gato………………………….118 QUADRO 36. Neoplasias do sistema nervoso no gato………………………………119 QUADRO 37. Neoplasias endócrinas no gato…………………………………………120 QUADRO 38. Neoplasias oculares no gato……………………………………………122 1. INTRODUÇÃO Dada a importância crescente dos casos de oncologia na clínica veterinária de animais de companhia e a atenção com que, cada vez mais, os proprietários se dedicam aos seus animais de companhia, nomeadamente no que diz respeito aos seus cuidados de saúde, as doenças do foro neoplásico têm sido registadas como tendo expressão crescente, pelo que o seu estudo se torna de importância crucial na actualidade (Withrow, 2007). Por outro lado, os progressos, ao nível dos meios de diagnóstico, nas clínicas e hospitais veterinários, bem como na investigação oncológica permite que o diagnóstico de neoplasias seja mais frequente. As estimativas sugerem que um, em cada dez cães ou gatos, desenvolve uma neoplasia durante a vida. Contudo, os escassos estudos epidemiológicos sobre neoplasias realizados em pequenos animais referem-se geralmente apenas a cães (Morris & Dobson, 2001). Estudos relativos à incidência quanto a idade, indicam que os grupos etários mais velhos têm um maior risco de aparecimento de neoplasias. A acumulação de danos genéticos ao longo do tempo, a diminuição da função imunológica, um longo tempo de latência entre a transformação maligna de uma única célula e a emergência da neoplasia clinicamente detectável poderão ser as explicações, independentes ou interdependentes, para o aumento do aparecimento de neoplasias no último terço da vida do animal. Contudo, não poderá ser negligenciado, um pequeno pico de incidência em animais jovens. A neoplasia mais comum, o linfoma, surge em animais com menos de seis meses no sistema hematopoiético, cérebro e pele. Relativamente à raça, também é reconhecida uma certa predisposição, sendo o Boxer a raça mais susceptível de desenvolver uma grande variedade de neoplasias (Cullen et al., 2002; Rossetto et al., 2009). Por outro lado, segundo Pires et al. (2003) são os cães de raça indeterminada os mais predispostos. De acordo com o estudo descrito de 6 anos de neoplasias em canídeos realizado por Pires et al. (2003) as fêmeas são mais susceptíveis ao aparecimento de neoplasias. Estudos realizados em cães do Reino Unido registaram que as neoplasias de pele e dos tecidos moles eram as mais frequentes, seguidas das neoplasias da glândula mamária, sistema hematopoiético, sistema urogenital, órgãos endócrinos, sistema digestivo e orofaringe (Morris & Dobson, 2001). A pele é o órgão maior do organismo, exerce uma grande variedade de funções vitais para a homeostase do organismo, é constituída por uma grande variedade de tecidos e células que incluem os epitelias, os mesenquimatosos e os nervosos e é o órgão mais exposto às agressões do exterior. Assim, a pele e o tecido subcutâneo são os tecidos mais predispostos a transformações neoplasicas, sendo estas, por outro lado, mais facilmente identificadas. Os químicos carcinogénicos, as radiações ionizantes e os vírus são factores de risco para este sistema, assim com factores hormonais e genéticos. Todos contribuem para o desenvolvimento das neoplasias neste sistema (Morris & Dobson, 2001). Os registos oncológicos são sistemas de informação sobre os novos casos de cancro, que surgem numa determinada população e área geográfica num dado período de tempo. Têm como objectivo avaliar a incidência de neoplasias malignas, colhendo sistematicamente os dados clínicos e permitindo o melhor conhecimento sobre a doença oncológica. Estes estudos permitem determinar as características epidemiológicas, e torna possível planear acções com o objectivo e prevenir e melhorar estas condições neoplasicas. No entanto, em Portugal este registo tem sido cumprido de forma deficitária, sendo importante investir nestes estudos, não só com o objectivo de enriquecer os conhecimentos nesta área mas também para sensibilizar a comunidade para um problema que se julga recente, mas que apenas tem sido pouco estudado (Pires, 2003). O objectivo deste trabalho consiste num contributo para o estudo da frequência e casuística das neoplasias, com especial ênfase as de pele e tecido subcutâneo, pretendendo ainda contribuir para o melhor conhecimento do comportamento biológico, tratamento e prognóstico. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. NEOPLASIAS DA PELE E DO TECIDO SUBCUTÂNEO A pele é um órgão complexo com uma grande variedade de funções, sendo constituída por diferentes tipos de células e encontrando-se em constante exposição com o meio ambiente (Brearley, 2002). Assim, talvez não seja surpreendente que as neoplasias cutâneas e as neoplasias subcutâneas sejam as mais frequentes nos cães e nos gatos (Morris & Dobson, 2001). O quadro seguinte representa uma classificação sumária das neoplasias cutâneas: QUADRO 1. Classificação de neoplasias cutâneas. TIPO DE TECIDO NEOPLASIA ESPECÍFICA SUBTIPOS Papiloma Carcinoma das Células Basais Carcinoma das Células Escamosas Neoplasias Anexais: - Glândulas Sebáceas Adenoma da Glândula Sebácea Epitelioma Sebáceo Adenocarcinoma da Glândula Sebácea Adenoma/Adenocarcinoma da Neoplasias Epiteliais - Glândulas Perianais Glândula Perianal Adenoma/Adenocarcinoma - Glândulas Sudoríparas das Glândulas Sudoríparas Pilomatricoma - Folículos Pilosos Epitelioma Intracutâneo Cornificante Tricoepitelioma Quadro 1. (continuação) TIPO DE TECIDO NEOPLASIA ESPECÍFICA Neoplasias do Tecido Fibroso SUBTIPOS Fibroma Fibrosarcoma Neoplasias Hemangiopericitoma Canino Mesenquimatosas Neoplasias do Tecido Adiposo Lipoma Liposarcoma Neoplasias Vasculares Hemangioma Hemagiosarcoma Neoplasias Melanocítcas Melanocitoma Melanoma Maligno Bem diferenciado (Grau I) Mastocitoma Diferenciação intermédia (Grau II) Pouco diferenciado (Grau III) Plasmocitoma Neoplasia Linfóide Linfoma Cutâneo de Células T Linfoma Epiteliotrópico Linfoma Histiocítico Cutâneo Granulomatose Linfomatóide Histiocitoma Cutâneo Canino Condições Cutâneas Histiocíticas e Dermatose Piogranulomatosa/ Granuloma Estéril Histiocitoma sistémico Granulomatosas (Adaptado de Morris & Dodbson, 2001) As neoplasias de pele e do tecido subcutâneo são as mais frequentemente encontradas nos canídeos, correspondendo a aproximadamente 1/3 de todas as neoplasias encontradas nesta espécie. Nos felídeos, as neoplasias de pele e do tecido subcutâneo são as segundas mais frequentes, apenas precedidas das neoplasias originárias no sistema linfóide e correspondem aproximadamente a 1/4 das neoplasias nesta espécie (Vail & Withrow, 2007). No cão, a maioria das neoplasias de pele são benignas, cerca de 70-80%. Por outro lado, no gato, na maioria das neoplasias de pele são malignas, cerca de 5065% (Quadro 2. e Quadro 3, pag. 5) (Morris & Dobson, 2001; Dernell, 2005). QUADRO 2. Frequência relativa de neoplasias cutâneas benignas e malignas em cães. RAZÃO TIPOS DE NEOPLASIA PERCENTAGEM DE TODAS AS BENIGNAS E NEOPLASIAS DE PELE MALIGNAS Epitelial 35% 85 : 15 Mesenquimatoso 50% 50 : 50 Melanocíticas 4% 80 : 20 Todas as neoplasias de pele 60 : 40 (Adaptado de Brearley, 2002) QUADRO 3. Frequência relativa de neoplasias cutâneas benignas e malignas em gatos. RAZÃO TIPOS DE NEOPLASIA PERCENTAGEM DE TODAS AS BENIGNAS E NEOPLASIAS DE PELE MALIGNAS Epitelial 43% 40 : 60 Mesenquimatoso 47% 20 : 80 Melanócíticas 1% 50 : 50 Todas as neoplasias de pele 35 : 65 (Adaptado de Brearley, 2002) As taxas anuais de incidência de neoplasias de pele e tecido subcutâneo, foram estimadas em aproximadamente 450 em cada 100000 cães e 120 em cada 100000 gatos. Muitas destas ocorrem na pele e a listagem das dez mais frequentes no cão e das cinco mais frequentes no gato, baseadas em inquéritos realizados na América do Norte, na Austrália e no Reino Unido, encontra-se referida nos Quadros 4 e 5, na página 6, respectivamente, de acordo com Vail & Withrow (2007). Segundo Vail & Withrow (2007), os mastocitomas representam a neoplasia mais comum em cães e a segunda mais comum em gatos. No cão, as neoplasias benignas de pele são duas vezes mais frequentes que as malignas, sendo o histiocitoma e o adenoma das glândulas sebáceas as mais comuns nesta espécie (Morris & Dobson, 2001). No gato, as neoplasias benignas são menos frequentes, com excepção do tumor das células basais. O carcinoma das células escamosas é a neoplasia maligna mais frequente nesta espécie (Morris & Dobson, 2001; Vail & Withrow, 2007). QUADRO 4. Frequência da ocorrência de neoplasias cutâneas em cães. TOP DEZ DAS NEOPLASIAS MAIS FREQUENTES EM CÃES 1 Mastocitoma 2 Adenoma perianal 3 Lipoma 4 Adenoma da glândula sebácea/ hiperplasia 5 Histiocitoma 6 Carcinoma das células escamosas 7 Melanoma 8 Fibrosarcoma 9 Tumor das células basais 10 Hemangiopericitoma (Adaptado de Vail & Withrow, 2007; Argyle, 2008) QUADRO 5. Frequência da ocorrência de neoplasias cutâneas em gatos. TOP 5 DAS NEOPLASIAS DE PELE MAIS FREQUENTES EM GATOS 1 Tumor das células basais 2 Mastocitoma 3 Fibrosarcoma 4 Carcinoma das células escamosas 5 Adenoma das glândulas sebáceas (Adaptado de Vail & Withrow et al., 2007; Argyle, 2008) De um modo geral, as neoplasias cutâneas ocorrem em animais mais velhos.No cão, a media de idade de ocorrência, situa-se com entre os 3,7 e 8,3 anos e no gato entre os 4,7 e 8,6 anos (Shearer & Dobson, 2008). Em estudos que contemplam todos os tipos de neoplasias, tem sido verificada a inexistência de diferenças significativas na predisposição sexual (Vail & Withrow, 2007). Segundo Cullen (2002) o Boxer, o Bulldog e o Labrador Retriever estão mais predispostos às neoplasias de pele e tecido subcutâneo. O Pastor Alemão está mais predisposto ao hemangiosarcoma. 2.2. NEOPLASIAS EPITELIAIS 2.2.1 PAPILOMA CUTÂNEO O Papiloma é uma neoplasia benigna resultante da proliferação exofítica da epiderme (Goldschmidt & Hendrick, 2002). Esta neoplasia assemelha-se a uma couve-flor em crescimento, com uma superfície finamente fissurada, pedunculada, invertida ou pigmentada em placa, podendo apresentar lesões únicas ou múltiplas (Shearer & Dobson, 2003). O seu crescimento poderá ser espontâneo ou ter etiologia vírica provocado pelo papiloma vírus, especialmente quando são encontradas lesões múltiplas em cães jovens (Brearley, 2002). O papiloma é uma neoplasia comum em cães, representando 12,5% das neoplasias de pele e é relativamente rara em gatos (Randall & Leslie, 2002; Argyle, 2008). O papiloma canino manifesta-se em duas síndromes no cão (oral e cutânea) (Shearer & Dobson, 2003). O papiloma cutâneo ocorre em cães geriátricos, sendo possível observar tanto lesões únicas como múltiplas. Estas surgem mais frequentemente na cabeça, nos pés e nas pálpebras. O papiloma em cães geriátricos não está, geralmente, associado a uma etiologia vírica (Rassnick, 2007). Por outro lado, o papiloma oral canino é um processo vírico contagioso que afecta mais frequentemente cães jovens ou imunocomprometidos, podendo surgir lesões múltiplas na boca, na faringe, na face e na pele. Já o papiloma cutâneo invertido ocorre no abdómen e poderão surgir múltiplos papilomas sobre as almofadas plantares, sendo esta forma mais comummente descrita em cães jovens (Rassnick, 2007). Nos canídeos existem raças preferencialmente afectadas por esta neoplasia, como é o caso do Grand Anoir, do Setter Irlandês, do Beagle, sendo de menor risco as raças indeterminadas. Não há conhecimento de predisposição sexual do papiloma em cães e gato (Goldschmidt & Hemdrick, 2002). Nos felídeos, a maioria dos papilomas cutâneos são benignos e não são provocados pelo papiloma vírus, à excepção dos que surgem na parte ventral da língua que são, geralmente, de origem vírica, assim como o papiloma múltiplo que está relacionado com o desenvolvimento do carcinoma das células escamosas multicéntrico (Rassnick, 2007). A excisão cirúrgica do papiloma cutâneo benigno é curativa. O papiloma oral canino geralmente regride espontaneamente ao fim de 3 meses e o cão torna-se imune às reinfecções. A administração oral de retinóides tem-se mostrado eficaz no tratamento do papiloma cutâneo invertido no cão e o interferão é eficaz no tratamento do papiloma virico oral ou cutâneo grave (Rassnick, 2007). 2.2.2. CARCINOMA DAS CÉLULAS ESCAMOSAS O carcinoma das células escamosas (CCE) é comum e constitui aproximadamente cerca de 15% das neoplasias cutâneas no gato e 5% no cão. É uma das neoplasias cutâneas malignas mais frequentes no cão e a mais comum no gato (Morris & Dobson, 2001; Vail & Withrow, 2007). Este tipo de neoplasia é normalmente encontrado na pele não pigmentada ou levemente pigmentada (Vail & Withrow, 2007). O CCE tem um crescimento em forma de papila assemelhando-se a uma couve-flor. Apresenta aspecto erosivo ou de úlcera rasa com bordos levantados. Nestas duas formas a lesão encontra-se infectada e associada a uma infiltração inflamatória crónica (Argyle, 2008). No cão, as localizações anatómicas mais comuns para o surgimento do CCE icluem o leito ungueal, o escroto, o plano nasal (Fig. 1, pag.10), os membros e o ânus. Também foram reportados casos nos flancos e no abdómen (Fig. 2, pag. 10), em Dálmatas, Beagles, Whippets e White Bull Terrier. Esta neoplasia afecta canídeos com a média de idade de, aproximadamente, 8 anos (Vail & Withrow, 2007). As metástases são mais comuns nos linfonodos e nos pulmões (Graham, 2004). O tratamento no cão poderá ser feito através de cirurgia excisional e radioterapia coadjuvante, as quais podem ser benéficas em casos de margens incompletas. Contudo, o CCE infiltrado no plano nasal no cão tem uma abordagem cirúrgica particularmente difícil e requer uma ampla recessão do plano nasal, juntamente com uma parte da pré-maxila (Fig.3, pag.10). Porém, se as margens limpas forem alcançadas, um intervalo logo livre de doença poderá ser conseguido. A utilização da radioterapia como tratamento único para o plano nasal de cães poderá não ter resultados efectivos (Brearley, 2003). Para neoplasias pequenas e bem circunscritas, o prognóstico é favorável, enquanto que para neoplasias localmente invasivas e metastizadas é pouco favorável (Lemarie, 2007). No gato, o local mais comum para o surgimento do CCE é em zonas onde há maior escassez de pêlo, tais como o plano nasal, as pálpebras e a orelha. Estas lesões faciais múltiplas afectam 30% dos animais. Na pele facial, a neoplasia é localmente invasiva e pode metastizar (Vail & Withrow, 2007). Esta neoplasia afecta normalmente gatos com 12 anos, sendo o Siamês uma raça não predisposta devido à sua pigmentação de pele protectora (Vail & Withrow, 2007). Em felídeos é na fase inicial (T1) da lesão que o tratamento obterá maior sucesso. Quando o CCE se localiza na margem da orelha, o melhor tratamento é a amputação. A excisão cirúrgica local ou a criocirurgia poderá ser usada para o plano nasal e pálpebras, mas poderá não ser possível alcançar margens cirúrgicas sem compromisso da função do órgão (Brearley, 2003). A radiação superficial usando strontium-90 plesioterapia poderá ser um tratamento com sucesso. Contudo, este é limitado a lesões muito precoces já que a dose de radiação diminui significativamente para além dos 2 mm de profundidade (Brearley, 2003). A terapia fotodinâmica também tem sido usada para tratamentos de lesões superficiais mas para neoplasias mais invasivas é recomendada uma cirurgia mais radical (amputação do plano nasal ou a excisão em bloco da pálpebra, necessitando de enucleação). Segundo refere Brearley et al. (2002), a taxa de sucesso é baixa, quando a lesão está num estado avançado, sendo a reincidência no local uma sequela comum. Figura 1. Carcinoma das células escamosas no plano nasal de um Boxer (fotografia originária do HVM). Figura 2. Carcinoma das células escamosas no cão (Adaptado de www.merck vetmanual.com/mvm/htm/bc/itgtu902. htm). Figura 3. Basset Hound, fêmea de 11 anos de idade. Um ano após uma ampla recessão (margens limpas), que incluío o plano nasal juntamente com a parte da pré-maxila (Adapatado de Lascelles, 2003) 2.2.3. TUMOR DAS CÉLULAS BASAIS O tumor das células basais tem origem no epitélio basal da pele. As suas variantes benignas incluem o epitelioma das células basais e o tumor basaloide. A sua variante maligna inclui o carcinoma das células basais (Elmeslie, 2004). Sendo esta neoplasia quase sempre benigna nos animais domésticos, tem sido recomendada a nomenclatura de tumor das células basais (Vail & Withrow, 2007). A localização preferencial desta neoplasia é a cabeça, o pescoço, o tórax e o dorso, em ambas as espécies de animais de companhia consideradas neste estudo. Esta neoplasia apresenta-se geral circunscrita, discreta, alópecica, de cúpula mol- dada, com uma elevação de cerca de 0,5 a 10 cm de diâmetro (Vail & Withrow, 2007; Lemarie, 2008). No gato, o tumor das células basais poderá ser pigmentado, quístico, ou sólido e, ocasionalmente, ulcerado. Pode apresentar uma taxa mitótica surpreendentemente alta para uma neoplasia benigna (Vail & Withrow, 2007; Elmslie, 2004). Esta neoplasia representa cerca de 3-12% e 15-18% de todas as neoplasias de pele no cão e no gato, respectivamente, sendo assim mais comum em gatos e mais rara nos cães (Elmslie, 2004; Argyle, 2008). Nos cães, surge na meia-idade entre os 6 e os 9 anos, afectando o Cocker Spaniel e o Poodle. Não existe predisposição sexual (Elmslie, 2004). Nos gatos, surge entre os 5 e os 18 anos, afectando mais os Persas, os gatos Himalaias e os gatos domésticos de pêlo comprido (Elmslie, 2004; Lemarie, 2008). Esta neoplasia, de crescimento lento, não forma metátases. Quanto ao tratamento, a excisão cirúrgica é a mais indicada, embora uma excisão incompleta possa causar a recorrência (Goldschmidt & Hemdrick, 2002). O prognóstico é favorável na maioria dos casos (Morris & Dobson, 2001). 2.2.4. NEOPLASIAS ANEXAIS 2.2.4.1. NEOPLASIAS DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS As neoplasias das glândulas sebáceas representam uma complexa matriz de variedade de crescimentos que poderá ser dividida em quatro grupos, tendo em conta a aparência histológica. Estes são, por ordem crescentes de malignidade, a hiperplasia das glândulas sebáceas, o epitelioma sebáceo, o adenoma da glândula sebácea e o adenocarcinoma da glândula sebácea (Vail & Withrow, 2007). São frequentes nos cães, representando cerca de 6-21% das neoplasias de pele, ocorrendo em cães geriátricos entre os 9 e 10 anos, sem predisposição sexual. O Cocker Spaniel tem sido descrito como predisposto. Também são comuns no Poodle, no Kerry Blue Terrier, no Boston Terrier, no Beagle, no Dachshund e no Basset Hound (Shearer & Dobson, 2008). No gato, são menos comuns, representando cerca de 2,3% a 4,4% de todas as neoplasias de pele (Vail & Withrow, 2007). As glândulas sebáceas modificadas podem ser encontradas em vários locais, e poderão dar origem a um crescimento neoplásico na cabeça, pálpebras, lábios e tronco (Vail & Withrow, 2007). A excisão cirúrgica é usualmente curativa, não sendo comum desenvolverem-se lesões noutros locais. O prognóstico é favorável (Rassnick, 2007). 2.2.4.1.1. HIPERPLASIA DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS A hiperplasia das glândulas sebáceas representa a maioria das neoplasias das glândulas sebáceas no cão, cerca de 50%. É caracterizada histologicamente por uma acumulação de glândulas sebáceas bem diferenciadas (Vail & Withrow, 2007). Esta hiperplasia afecta cães com uma média de idade entre os 9 e 10 anos, não havendo predisposição sexual. Quanto à predisposição racial, as raças Cocker Spaniel, Beagle, Caniche, Dachshund e Schnauzer miniatura são as mais afectadas (Scott et al., 2001). Podem surgir em qualquer parte do corpo mas são mais frequentemente encontradas nos membros, no tronco e nas pálpebras. A maioria tem menos de um centímetro de diâmetro, tendo a forma de uma verruga ou de couveflor, podendo tornar-se ulceradas devido a traumas. Nesta espécie, há uma baixa recorrência após a excisão cirúrgica. Contudo, foram registados casos de desenvolvimento de novas lesões noutras partes do corpo (Vail & Withrow, 2007). No gato, é tipicamente uma lesão benigna, mais comum na cabeça, com predisposição sexual do macho. As lesões podem persistir durante anos. A recorrência nunca foi reportada após a excisão cirúrgica (Vail & Withrow, 2007). 2.4.1.1.2. EPITELIOMA SEBÁCEO O epitelioma sebáceo (carcinoma das células basais com diferenciação sebácea) constitui cerca de 30-40% das neoplasias das glândulas sebáceas no cão. Quanto à predisposição racial, afecta sobretudo as raças Shih Tzu, Lhasa Apso, Malamutes, Huskie Siberiano e Irish Setters (Vail & Withrow, 2007). Esta neoplasia é encontrada em cães mais velhos e, raramente, em gatos (Anónimo 1, 2008). As lesões são geralmente benignas, bem circunscritas, elevadas, lisas, com aspecto verrugoso, tipo couve-flor, com coloração variável de rosada a alaranjada, de 5 mm a 5 cm de diâmetro geralmente ulceradas ou melanóticas. Estas lesões são mais frequentes nas pálpebras e na cabeça (Scott et al., 2001). Esta neoplasia é quase idêntica à hiperplasia das glândulas sebáceas, tanto na aparência como no tratamento, recomendando-se, de novo, a excisão cirúrgica. O epitelioma sebáceo é mais recorrente que a hiperplasia das glândulas sebáceas ou do que o adenoma, contudo ainda continua a ter uma taxa recorrência baixa, cerca de 6% (Vail & Withrow, 2007). 2.2.4.1.3. ADENOMA DA GLÂNDULA SEBÁCEA Representa 8% das neoplasias das glândulas sebáceas, sendo relativamente incomum. Ocorre com mais frequência nas pálpebras e nos membros, tendo uma aparência e comportamento similar ao da hiperplasia das glândulas sebáceas (Vail & Withrow, 2007; Shearer & Dobson, 2008). Afecta normalmente cães e gatos de idade avançada. As raças Coohounds, Co-cker Spaniel, English Cocker Spaniel, o Huskie, Samoyed e Malamute do Alasca são as raças mais predipostas. No gato, o Persa é o felídeo com maior predisposição. Como é similar à hiperplasia das glândulas sebáceas, é difícil a sua distinção clínica, no entanto verifica-se que esta neoplasia, é mais larga (maior que 1cm). A excisão cirúrgica é o tratamento de eleição, embora ao longo do tempo seja frequente desenvolverem-se lesões noutros locais (Anónimo 1, 2008). 2.2.4.1.4. ADENOCARCINOMA DAS GLÂDULAS SEBÁCEAS O adenocarcinoma é raro nos animais domésticos e é reconhecido quase exclusivamente em cães e gatos, ocorrendo geralmente, em animais de meia-idade ou idosos (Anónimo 1, 2008). No cão, representa 1-2% das neoplasias das glândulas sebáceas, afectando o Cavalier King Charles Spaniels, o Cocker Spaniel, o Scottish Terrier, Cairn Terrier, e o Wets White Terriers. No gato é pouco frequente (Anónimo 1, 2008; Sherer & Dobson, 2008). É caracterizado pela ulceração e inflamação dos tecidos circundantes, apresentando um baixo potencial para metátases e recorrências. No tratamento, está indicada cirurgia excisional agressiva e radioterapia adjuvante (Vail & Withrow, 2007; Anónimo 1, 2008). 2.2.4.2. NEOPLASIA DAS GLÂNDULAS PERIANAIS As glândulas perianais (glândulas hepatóides, glândulas circumanais) são glândulas sebáceas modificadas, localizadas na região perianal. Estas glândulas sebáceas desenvolvem-se sob influência de hormonas sexuais e muitas vezes é difícil distinguir a hiperplasia de um adenoma benigno (Morris & Dobson, 2001). A neoplasia das glândulas perianais é muito comum no cão macho e rara nas cadelas e nos gatos (Turek & Withrow, 2007). Esta neoplasia é comum e mais abundante no tecido subcutâneo em torno do ânus (cerca de 90%), mas também pode surgir ao longo da linha mediana ventral do períneo até à base do crânio, na região dorsal e ventral da cauda e na pele das regiões lombar e sagrada. Devido à estimulação dos andrógenos, o desenvolvimento das glândulas hepatóides e a incidência de lesões proliferativas de glândulas hepatóides intactas é 3 vezes mais frequente em machos do que em fêmeas (Anónimo 2, 2008). 2.2.4.2.1. ADENOMA DAS GLÂNDULAS PERIANAIS O adenoma das glândulas perianais representa a maioria das neoplasias das glândulas perianais nos cães, 58% a 96%, afectando animais com aproximadamente 10 anos. As raças Cocker Spaniel, Beagle, Buldog e Samoyedo são as mais predispostas. Não ocorre em gatos (Turek & Withrow, 2007). Tem maior predisposição em machos, atingindo, contudo, cerca de 25% das fêmeas (Shearer & Dobson, 2008; Anónimo 2, 2008). Nas fêmeas, este adenoma ocorre quase exclusivamente em cadelas ovariohisterectomizadas, em que os baixos níveis de estrogénio não suprimem o crescimento neoplásico (Turek & Withrow, 2007). Normalmente, esta neoplasia é benigna, apresentando-se sob a forma de nódulos discretos, em forma de botão, na pele da região perianal mas também na base da cauda e no prepúcio (Figura 4, pag.15). As lesões aumentam até 10 cm de diâmetro, podendo ulcerar ou tornarem-se hemorrágicas, podendo o material de natureza queratínica ser expulso com a pressão local (Anónimo 2, 2008). A excisão cirúrgica, crioterapia, radioterapia, castração e a administração de estrogénios são os tratamentos possíveis. 95% dos cães machos respondem completamente à castração. Os que não respondem deverão ser submetidos a avaliação do eixo adrenal-hipófise e, se nenhuma anomalia for detectada, o cão deverá ser reavaliado para a presença de um grau baixo de adenocarcinoma das glândulas hepatóides. Em geral, não se recomenda a terapia com estrogénios, porque a regressão neoplásica é temporária. A excisão cirúrgica pode ser utilizada para remover simultaneamente adenomas grandes ou ulcerados que se tornam secundariamente infectados. Esta neoplasia raramente recorre após a cirurgia. A radioterapia também tem apresentado resultados positivos. A crioterapia é outra alternativa terapêutica mas devido a complicações de incontinência fecal, deve ser utilizada apenas quando a neoplasia não é propícia a uma intervenção cirúrgica (Scott et al., 2001; Turek & Withrow, 2007; Anónimo 2, 2008). Figura 4. 4 Adenoma da glândula perianal (Adaptado de Brearley, 2003). 2.2.4.2.2. ADENOCARCIONOMA DAS GLÂNDULAS PERIANAIS O adenocarcinoma das glândulas perianais (Fig. 5) é menos frequente do que o adenoma das glândulas perianais, representando apenas 3% a 21% das neoplasias das glândulas perianais e surge em locais similares ao seu homólogo benigno. Ocorre em machos (Quadro 6, pag.17) e fêmeas (Quadro 7, pag.18) intactos ou castrados, independentemente do estado hormonal, incidindo 10 vezes mais em cães machos do que em fêmeas. Afecta cães com aproximadamente 11 anos. Cães machos de grande porte parecem estar mais predispostos. As raças Huskie Siberiano, Malamute do Alasca, Bulldog são mais susceptíveis de desenvolver neoplasias. O adenocarcioma tem potencial metástico, ocorrendo em 30% dos casos e, muitas vezes, dissemina-se para os linfonodos regionais (Whitrow, 2001; Anónimo 2, 2008). O tratamento recomendado, quando a neoplasia se encontra numa fase inicial, é a ampla excisão cirúrgica, incluindo os gânglios linfáticos, e possivelmente, posterior radiação. Para neoplasias abaixo da fase T2N0M0 (< 2 cm), a sobrevivência é de 2 anos, ao passo que, considerando neoplasias com mais de 5 cm, a média de sobrevivência é menos de 12 meses. Devido à recorrência local, esta neoplasia é de difícil cura e pode exigir várias ressecções paliativas ao longo dos anos (Turek & Withrow, 2007). Geralmente não é responsiva à castração ou à terapia estrogénica, desconhecendo-se, se a quimioterapia é benéfica na doença metastática. O prognóstico é reservado (Brearley, 2003; Anónimo 2, 2008). Figura 5. Adenocarcinoma da glândula perianal. Lesão invasiva, ulcerada, adjacente ao ânus (Adptado de Brearley, 2003). QUADRO 6. Neoplasias das glândulas perianais em machos. Macho Adenocarcinoma das glândulas TIPO DE NEOPLASIA Adenoma das glândulas perianias perianais COMPORTAMENTO Benigno Maligno FREQUÊNCIA Comum Rara Superfícies glabras do perineo Normalmente lesões: Lesões únicas, múltiplas ou difusas Únicas Cauda e prepúcio Invasivas LOCALIZAÇÃO E Frequentemente ulceradas APARÊNCIA Mestastiza nos linfonodos regio- METÁTASES Nenhuma nais, especialmente com múltiplas recorrências Castração Ampla excisão e linfoadenoetco- Cirurgia mia se estiverem envolvidas os Criocirurgia linfonodos TRATAMENTO Radioterapia Quimioterapia Castração pouco beneficia Excelente, menos 10% de taxas de recorrências PROGNÓSTICO (Adaptado deTurek & Withrow, 2007) Reservado QUADRO 7. Neoplasias das glândulas perianais em fêmeas. Fêmea TIPO DE NEOPLASIA COMPORTAMENTO FREQUÊNCIA Adenoma das glândulas perianais. Adenocarcinoma dos sacos anais. Benigno Maligno Rara Rara Lesões firmes e fixadas LOCALIZAÇÃO E Superficiais e únicas primária poderá ser pequena com metásteses APARÊNCIA METÁSTASES Neoplasia Nenhuma Metástiza nos linfonodos Excisão TRATAMENTO Cirurgia ou criocirurgia Linfoadenoctomia Considerar radioterapia PROGNÓSTICO Excelente Reservado, menos de 40% sobrevivem até um ano (Adaptado de Turek & Withrow, 2007) 2.2.4.3. NEOPLASIA DAS GLÂDULAS SUDORÍPARAS 2.2.4.3.1. ADENOMA / ADENOCARCINOMA DAS GLÂNDULAS SUDORÍPAS As glândulas sudoríparas são de dois tipos, ecrinas e apócrinas. As neoplasias derivadas das glândulas ecrinas são raras em cães e gatos, ocorrendo apenas nas almofadinhas plantares e dedos (Quadro 8, pag.19) (Vail & Withrow, 2007). As neoplasias derivadas das glândulas apócrinas são incomuns nos cães (2% das neoplasias de pele) e nos gatos (3,6-9% das neoplasias de pele), atingindo cães e gatos com mais de 10 anos, sem predisposição sexual. O Golden Retriever, o Cocker Spaniel e o Pastor Alemão parecem ser mais predispostos (Shearer & Dobson, 2008). No cão, a cabeça, o pescoço, a zona dorsal do tronco e membros são os locais onde há mais probabilidade de se desenvolver esta neoplasia. No gato, surge sobretudo na cabeça, na aurícula da orelha, no pescoço, na axila, nos membros e na cauda (Shearer & Dobson, 2008). O adenoma das glândulas sudoríparas surge em gatos e cães idosos. No gato, o adenoma benigno raramente ulcera e está associado a um pequena inflamação local, sentindo-se um quisto à palpação. Esta neoplasia ocorre mais na cabeça. A excisão cirurgia é o tratamento de eleição, sendo o prognóstico favorável (Vail & Withrow, 2007; Anónimo 3, 2008). O adenocarcinoma das glândulas sudoríparas aparenta ser predominante, perfazendo cerca de 50% a 90% dos casos no cão e no gato. Esta neoplasia apresenta-se como um nódulo sólido intradermal e subjacente à epiderme que ulcera com frequência, podendo desenvolver-se em qualquer parte do corpo. Os adenocarcinomas das glândulas sudoríparas geralmente são maiores do que os adenomas e têm um aspecto clínico variável, desde nódulos fribrosados a placas dérmicas e placas ulceradas. São localmente invasivos e frequentemente metastisam para os linfonodos, pulmões e osso. Recorrências locais e metástases generalizadas não são frequentes (Anónimo 3, 2008). Quanto ao tratamento, a excisão cirúrgica, com radioterapia adjuvante, é o tratamento de eleição. O valor terapêutico da quimioterapia é desconhecido. O prognóstico é reservado (Brearley, 2002; Anónimo 3, 2008). QUADRO 8. Neoplasias das glâdulas ecrinas. EPIDEMIOLOGIA LOCAIS MAIS FREQUENTES Raro em cães e em gatos. Almofadinhas plantares e dedos. Frequentemente malignos e metastizam rapida- PROGNÓSTICO mente para os linfonodos locais. Ampla excisão cirúrgica; Castração; TRATAMENTO Tratamento com estrogéneos (pouco eficaz devido a recorrências) (Adaptado de Shearer & Dobson, 2008) 2.2.4.4. NEOPLASIA DOS FOLÍCULOS PILOSOS As neoplasias dos folículos pilosos representam aproximadamente 5% de todas as neoplasias cutâneas observadas nos cães, sendo raras no gato, menos de 1%. Quanto ao seu aspecto histológico, distinguem-se diferentes tipos de neoplasias dos folículos pilosos sendo, por ordem decrescente da sua frequência, o trichoblastoma, o tricoepitelioma e o pilomatricoma. Estes constituem a maioria dos casos, embora existam mais duas formas raras o tricholemoma e o tricofoliculoma (Vail & Withrow, 2007). 2.2.4.4.1. TRICOBLASTOMA O trichoblastoma é uma neoplasia benigna frequente que deriva principalmente do epitélio germinativo primitivo do pêlo (Rassnick, 2007). Esta neoplasia é comum em cães e gatos geriátricos. As raças Poddle e Cocker Spaniel são mais predispostas para o trichoblastoma. A lesão é firme e alopécica, surgindo na cabeça e no pescoço do cão. A zona mais craneal do tronco, no gato, é mais prediposta ao trichoblastoma. O tratamento de eleição é a excisão cirúrgica, sendo o prognóstico favorável (Goldschmidt & Hemdrick, 2002; Gross et al., 2005; Rassnick, 2007). 2.2.4.4.2. TRICOEPITELIOMA O tricoepitelioma surge a partir dos queratinócitos da bainha radicular externa do folículo piloso ou de ambas as bainhas da matriz, contabilizando cerca de 80% das neoplasias dos folículos pilosos (Graham, 2004). É quase sempre benigna, de aspecto ovalado, constituindo massas intradermais bem circunscritas, com 1 a 20 cm de diâmetro. A pele que envolve pode ser atrófica, alopécica e, muitas vezes, ulcerada devido a traumas (Vail & Withrow, 2007). As neoplasias desenvolvem-se em qualquer parte do corpo, sendo mais comuns na região dorsal do tronco em cães, na cabeça, na cauda e nas extremidades em gatos (Graham, 2004; Gross et al., 2005, Anónimo 4, 2008). O tricoepitelioma é comum em cães e raro em gatos. As raças Basset Hound, Bull Mastiffs, Setter Irlandês, Poodle Standard, Springer Spaniel Inglês, Golden Retriever e Cocker Spaniel são as mais predispostas para o tricoepitelioma. No gato, o Persa é a raça com maior predisposição. Não existe predisposição sexual e a idade de incidência é a partir dos 5 anos (Graham, 2004; Anónimo 4, 2008). O tratamento de eleição para o tricoepitelioma é a excisão cirúrgica, tendo prognóstico favorável (Rassnick, 2007). 2.2.4.4.3. PILOMATRICOMA O pilomatricoma surge a partir da raíz do pêlo (Grahem, 2004). Esta neoplasia contabiliza aproximadamente 20% das neoplasias dos folículos pilosos, no cão. Ao contrário do tricoepitelioma, na qual todos os elementos do folículo estão representados, no pilomatricoma estão representadas apenas as células da região da matriz, da parte inferior do folículo piloso, as células que produzem a cornificação (haste capilar e bainha radicular interna). Pode ocorrer nas formas benigna e maligna (Anónimo 4, 2008). As neoplasias benignas são mais comuns no tronco de cães de meia-idade ou geriátricos. As raças Kerry Blue Terriers, Caniche, Bichons Frise, e Poodle Standard são as raças com maior risco de ocorrência do pilomatricoma. Macroscopicamente, estas neoplasias são indistinguíveis do tricoepitelioma, mas os seus conteúdos são muitas vezes quistos pedregosos devido à mineralização (Anónimo 4, 2004). A pele que envolve o pilomatricoma é alopécica, muitas vezes ulcerada. Quanto ao tratamento, a excisão cirúrgica é a terapia indicada, tendo um prognóstico excelente nas neoplasias benignas. Não foram reportadas nem recorrências nem metástases numa compilação de 80 casos, embora muitos tenham uma avaliação histopatólogica maligna (Vail & Withrow, 2007). 2.2.5. EPITELIOMA INTRACUTÂNEO CORNIFICANTE O epitelioma intracutâneo é uma poliferação epitelial benigna que surge a partir do epitélio superficial, entre os folículos pilosos, podendo também surgir com origem nas glândulas anexas (Vail & Withrow, 2007). Esta neoplasia representa cerca de 5% das neoplasias epitelias nos cães, sendo rara em gatos. Atinge cães com mais de 5 anos, havendo possivelmente predisposição dos machos. As raças Keeshond, Pastor Alemão, Collie, Old English Sheepdog e Norwegian Elkhound são as raças mais predispostas (Shearer & Dobson, 2008). Pode-se desenvolver em qualquer parte do corpo, principalmente no dorso, cauda e extremidades (Anónimo 5, 2008). Esta neoplasia pode apresentar duas for- mas, a benigna que pode ocorrer em qualquer raça e a multicêntrica que ocorre em raças do círculo árctico (Vail & Withrow, 2007). Muitas destas neoplasias têm 0,5 a 4,0 cm de diâmetro, com um poro aberto para a superfície (Vail & Withrow, 2007). Apresenta-se como uma pápula ou nódulo com um poro central cornificado que pode projectar-se acima da superfície da epiderme, dando a aparência de um chifre. No entanto, muitos têm continuidade com a epiderme e podem aparecer apenas como quistos cornificados (Anónimo 5, 2008). São geralmente solitários mas em alguns cães podem aparecer múltiplas neoplasias. As lesões múltiplas surgem com mais incidência no Norwegian Elkhound (Shearer & Dobson, 2008). O tratamento para as neoplasias solitárias é a excisão cirúrgica e o prognóstico geralmente é favorável. Para as lesões múltiplas que sejam pequenas poderá ser utilizada a criocirurgia como terapia. Verifica-se algum sucesso no tratamento do epitelioma intracutâneo múltiplo recorrendo aos retinóides (isotretinóide ou etretinato) (Vail & Withrow, 2007). 2.3. NEOPLASIAS MESENQUIMATOSAS As neoplasias mesenquimatosas são derivadas do tecido conjuntivo. As neoplasias mesequimatosas mais comuns na pele e tecido subcutâneo no cão são o mastocitoma, o lipoma, o sarcoma dos tecidos moles, o melanoma e o histiocitoma. As neoplasias mesenquimatosas mais comuns no gato são o mastocitoma e o fibrosarcoma (Vail & Withrow, 2007). 2.3.1. NEOPLASIAS DO TECIDO FIBROSO 2.3.1.1. FIBROMA O fribroma é uma neoplasia benigna dos fibrócitos da derme ou do tecido subcutâneo. A lesão é solitária, podendo ser firme ou com aspecto de borracha. Apresenta-se bem circunscrita e com uma forma ovóide, aparentando uma cúpula e com uma conformação polipóide. As lesões surgem principalmente na cabeça e nas pernas. O fibroma é pouco comum no cão e raro em gatos. As raças Doberman Pincher, Boxer e Golden Retriever estão mais predispostas. O tratamento de eleição para o fibroma é a excisão cirúrgica. O prognóstico é favorável (Paterson, 2001; Goldschmidt & Hemdrick, 2002; Lemarie, 2007). 2.3.1.2. FIBROSARCOMA O fibrosarcoma é uma neoplasia maligna proveniente dos fibroblastos. No gato é a neoplasia mesenquimatosa maligna mais comum. No cão é pouco comum, sendo as raças Gordon Setter, Irish Wolfhound, Brittany Spaniel, Golden Retriever e Doberman Pincher as mais predispostas (Lemarie, 2007). O local de ocorrência mais frequente no cão é o tronco e as extremidades (Anónimo 6, 2008). Os fibrosarcomas variam muito na sua aparência e tamanho. As lesões são firmes, carnudas, envolvem a derme e o tecido subcutâneo e, frequentemente, invadem a musculatura ao longo dos planos faciais. Esta neoplasia em cães é invasiva e, em aproximadamente 10% dos casos, metastisa (Liptak & Forrest 2007; Anónimo 6, 2008). No gato, os locais mais comuns são a cavidade oral, as extremidades (Fig. 6, pag 24) o dorso e o abdómen (Paterson, 2001). Nesta espécie são conhecidas três formas: a forma multicêntrica, causada pelo vírus do sarcoma felino (VSF) que ocorre em gatos com menos de 4 anos de idade; a forma solitária ocorre no gato jovem ou geriátrico, aparentemente sem envolvimento do VSF e forma associada à vacina que se desenvolve nos tecidos moles de gatos vacinados (Anónimo 6, 2008). A vacina contra a raiva e contra a leucemia felina (FelV) está ligada ao aparecimento do fibrosarcoma (Fig. 7, pag.24), mais do que as vacinas contra outras doenças virais ou bacterianas. O alumínio utilizado como adjuvante foi reconhecido como o indutor do desenvolvimento desta neoplasia, fazendo com que os fibroblastos se proliferem e predispondo este tecido a transformações neoplásicas (Séguin, 2002). O tratamento de eleição para o fibrosarcoma é a ampla e profunda excisão cirúrgica, sendo a recorrência comum, com percentagens superiores a 70%. A taxa de recorrência é superior a 90% para os sarcomas associados a vacinas. A quimioterapia e radioterapia e até mesmo a amputação são outros tratamentos possíveis (Lemarie, 2007; Anónimo 6, 2008). O prognóstico é favorável para pequenas neoplasias se estes forem completamente removidos. Pelo contrário, o prognóstico é reservado quando os fibrosarcomas são grandes, profundos ou induzidos por vacina (Lemarie, 2007). Figura 6. Fibrosarcoma no metatarso direito de um Main Coon geriátrico (Adaptado de http://www.merckvetmanual. com/mvm/htm/bc/itgtu903.htm). Figura 7. Fibrosarcoma intraescapular, local típico de uma sarcoma induzido por vacina (Adaptado Shearer & Dobson , 2008) 2.3.1.3. HEMANGIOPERICITOMA CANINO O hemangiopericitoma é uma neoplasia que envolve os pericitos. Esta neoplasia compreende 5% de todas as neoplasias de pele e tecido subcutâneo (Kirpensteijn & Rutteman, 2003). No cão, os locais mais comuns de ocorrência são os membros e o tronco. Geralmente são as raças de grande porte as mais predispostas ao hermangiopericitoma canino, como por exemplo o Husky Siberiano, o Irish Setter, o Pastor Alemão e as raças indeterminadas (Lemarie, 2007). Os cães geriátricos estão mais predispostos (Kirpensteijn & Rutteman, 2003). As lesões são solitárias, multilobuladas, bem circunscritas, de bordos irregulares, mais comummente na gordura subcutânea, embora por vezes também na derme (Lemarie, 2007). O hemangiopericitoma tem, geralmente, uma taxa baixa de crescimento e é localmente agressivo, embora possua uma baixa taxa de metástases, inferior a 15%. A recorrência foi verificada após a excisão cirúrgica, tendo um valor de 31% (Kirpensteijn & Rutteman, 2003). Para além de uma excisão completa, a amputação e a radioterapia também devem ser consideradas como opções de tratamento. O prognóstico é variável (Lemarie, 2007). 2.3.2. NEOPLASIAS DO TECIDO ADIPOSO 2.3.2.1. LIPOMA O lipoma é uma neoplasia benigna do tecido adiposo e poderá ser encontrada em qualquer parte do corpo. Esta neoplasia é relativamente comum em cães geriátricos, especialmente quando se encontra no tecido subcutâneo e é ocasionalmente encontrada em gatos. O lipoma também poderá ser encontrado na cavidade torácica, na cavidade abdominal, no canal espinal, na vulva e na vagina de cães, podendo causar anomalias clínicas secundárias devido à compressão e ao estrangulamento (Liptak & Forrest, 2007). As raças Labrador Retriever, Doberman Pincher, Schnauzer miniatura, Cocker Spaniel, Dachshund Weimaraner são as raças mais predispostas a esta neoplasia. O Siamês é a raça mais predisposta no gato (Lemarie, 2007). As cadelas castradas e os gatos machos castrados estão mais predispostos ao lipoma. Também se verifica que a obesidade é um factor que predispõe ao desenvolvimento desta neoplasia (Shearer & Dobson, 2008). As lesões são bem circunscritas, podendo ser ovóides a discóides, com consistência suave ou de borracha. As lesões pequenas deverão ser vigiadas, sendo a excisão cirúrgica comummente curativa para lipomas largos e de rápido crescimento. Os lipomas infiltrativos normalmente reaparecem e causam a destruição dos tecidos adjacentes. O prognóstico para este tipo de neoplasia é favorável (Lemarie, 2007). 2.3.2.2. LIPOSARCOMA O liposarcoma é uma neoplasia maligna dos lipoblastos subcutâneos, portanto, não deriva da transformação maligna de um lipoma. O liposarcoma surge em animais geriátricos ou de meia-idade, sendo pouco comum em cães e raro em gatos. O Shetland Sheepdog e o Beagle são as raças mais predispostas ao liposarcoma (Lemarie, 2007). Esta neoplasia encontra-se no tecido subcutâneo mas frequentemente envolve a derme, especialmente ao longo da região axial e nas extremidades. As lesões são suaves a carnudas com uma espessura superior a 2 cm. O liposarcoma é localmente invasivo com um baixo potencial metastático, sendo o pulmão, o fígado, o baço e o osso os locais onde ocorre a metastisação. Uma ampla excisão cirúrgica e uma quimioterapia sistémica são os tratamentos preferenciais. O prognóstico é reservado a pobre (Liptak & Forrest, 2007). 2.3.3. NEOPLASIAS VASCULARES 2.3.3.1. HEMANGIOMA O hemangioma é uma neoplasia benigna das células endoteliais dos vasos sanguíneos, possivelmente induzida por danos solares crónicos em cães com pele clara ou pêlos finos. Esta neoplasia é relativamente comum no cão e rara no gato, afectando animais de meia-idade a animais geriátricos. O Airedale Terrier, o Gordon Setter, o Boxer, o Soft-coated Wheanten e o Wirehaired Fox Terrier são as raças com uma maior predisposição ao hemangioma espontâneo. O Wippet, o Beagle, o Dalmata, o American Bull Terrier e o Basset Hound são as raças mais predispostas ao hemangioma induzido pela luz ultravioleta (Lemarie, 2007). Esta neoplasia pode surgir em vários locais, incluíndo a pele, o fígado, o baço, os rins, a língua, o osso e o coração. O hemangioma cutâneo, causado pela luz solar, afecta animais de pêlo curto e com pouca pigmentação, sendo as lesões alopécicas com ulceração e hemorragia, ocorrendo sobre o abdómen ventral, na região inguinal, na zona medial das coxas e nas axilas (Lemarie, 2007; Liptak & Forrest, 2007). As lesões são bem circunscritas, em forma de cópula ou em forma polipóide com uma coloração vermelha ou vermelha preta. A excisão cirúrgica completa normalmente é curativa. Evitar a exposição solar é recomendada como medida preventiva, dado que a exposição solar poderá induzir a transformação do hemangioma a sua variante maligna (Lemarie, 2007). 3.3.3.2. HEMANGIOSARCOMA O hemangiosarcoma é uma neoplasia extremamente maligna que tem origem no endotélio vascular. Devido a esta origem celular, pode-se diagnosticar um hemangiosarcoma cutáneo primário e um secundário, que poderão ser encontrados em qualquer parte do corpo, sendo o primeiro induzido pela radiação solar. O hemangiosarcoma ocorre mais frequentemente no cão, representando aproximadamente 2% de todas as neoplasias encontradas, sendo menos frequente no gato (Bergman, 2007). Tende a afectar animais mais velhos, atingindo no cão animais com uma média de idade de 9,6 aos, e no gato, animais com 9,4 anos (Shearer & Dobson, 2008). As raças mais predipostas ao hemangiosarcoma são o Italian Greyhound, o Whippet, o Irish Wolfhound, o Vizsla, o American Bull Terrier e o Basset Hound (Lemarie, 2007). Os locais mais comuns para o hemangiosarcoma primário, tanto no gato como no cão são os órgãos viscerais, especialmente o baço, a aurícula direita e o fígado. Outros locais como a pele, o pericárdio, o pulmão, os rins, o peritoneu e o retroperitoneu também são afectados pelo hemangiosarcoma (Lemarie, 2007). O hemangiosarcoma cutâneo tem uma maior predisposição para pêlos claros ou pele pouco pigmentada, da região ventral do abdómen e da região do prepúcio do cão, estando confinado à derme (Fig. 8, pag 27). As radiações solares também predispõem o cão ao aparecimento do hemangiosarcoma (Lipack & Forrest, 2007). O Hemangiosarcoma cutâneo no cão é clinicamente classificado de acordo com a profundidade. As neoplasias do estadiamento I envolvem a derme, no estadiamento II envolvem o tecido subcutâneo e no estadiamento III envolvem o músculo subjacente. As lesões do hemangiosarcoma cutâneo do estadiamento II e III são tipicamente largas, pouco circunscritas, com aspecto de uma contusão podendo ser confundidas com um hematoma traumático. O tratamento recomendado é a excisão cirúrgica, que deve ser acompanhada de quimioterapia adjuvante (doxorubicin, vincristine, cyclophosphamide) para hemangiosarcomas cutâneos no estadiamento II e III. O estadiamento clínico fornece informações sobre o prognóstico, sobre o sucesso do tratamento local, sobre as potencias metástases e o tempo de sobrevivência (Liptak & Forrest, 2007). Este é favorável quando a excisão é completa e varia de reservado a pouco favorável quando a neoplasia é invasiva e metastisa (Lemarie, 2007). Figura 8. Hemangiosarcoma cutâneo no Wippet de 10 anos (Adaptado de http:// www.merckvetmanual.com/mvm/htm/bc/i tgtu904.htm). 2.4. NEOPLASIAS MELANOCÍTICAS 2.4.1. MELANOCITOMA O melanocitoma é uma neoplasia benigna dos melanócitos, e é mais frequentemente diagnosticado do que o melanoma maligno. Esta neoplasia é comum no cão e rara em gatos, verificando-se uma maior incidência em cães com uma coloração de pele preta e gatos com uma pelagem preta ou cinza. No cão, as lesões surgem mais na cabeça, membros e no tronco, enquanto, que no gato surgem mais na cabeça e na aurícula da orelha. São os cães e gatos de meia-idade e mais velhos, os mais afectados pelo melanocitoma, podendo haver uma predisposição para o sexo masculino. As raças mais predispostas são o Schnauzers miniatura e Standart, o Doberman Pincher, o Golden Retriever, o Setter Irlandês, o Vizslas, o Irish Setter, o Chesapeak Bay Retriever, o Airedale Terrier, o Shar-pei, o Rottweiler, o Cairn Retriever, o Brittany Spaniel, as raças indeterminadas, o Cocker Spaniel, o Poodle Miniatura e Toy, o Beagle, o Collie, o Shi-tzu, BichonFrise, o Basset Hound, o Weimaraner, o West Highland White Terrier e o Husky Siberiano (Goldshchmidt & Hendrick, 2002; Lemarie, 2007; Anónimo 7, 2008). As lesões são solitárias, circunscritas, alópecicas, em forma de cópula e carnudas. O tratamento de eleição é a excisão cirúrgica, sendo o prognóstico favorável (Lemarie, 2007). 2.4.2. MELANOMA O melanoma é a neoplasia maligna dos melanócitos. Esta neoplasia normalmente surge em junções mucocutáneas (excepto as pálpebras) e no leito ungueal (Fig.9, pag.29) (Brearley, 2003). Apesar da etiologia do melanoma cutâneo em cães e em gatos ser conhecida, verifica-se uma predisposição para determinadas raças, indicando uma base genética. As raças que parecem estar em risco incluem o Scottish Terrier, o Aidale, o Boston Terrier, o Cocker Spaniel e o Springer Spaniel, o Boxer, o Golden Retriever, o Schnauzer miniatura e o Doberman Pincher (Rassnick, 2007). Os gatos de pelagem cinza e preta também estão mais predispostos ao melanoma. Esta neoplasia afecta principalmente cães e gatos mais velhos (Lemarie, 2007). As lesões podem ter uma coloração cinza, castanha ou preta, sendo estas polipóides ou planas. O melanoma dissemina-se por via linfática até aos gânglios linfáticos e pulmões. As metástases também podem ocorrer, ocasionalmente, no fígado, no baço, no cérebro, no coração e na medula óssea (Rassnick, 2007). O tratamento de eleição para os melanomas é a excisão cirúrgica. No cão, o prognóstico para o melanoma é reservado, sendo reportada uma taxa de metástases de cerca de 30% a 75%. No gato, foram reportadas taxas de recorrência e taxas de metástases de cerca de 5% a 50%. Outras alternativas são a radioterapia e a quimioterapia paliativa (Lemarie, 2007; Vail &Withrow, 2007). Figura 9. Melanoma maligno (Adaptado de www.merckvetmanual.com/mvm/htm/ bc/itgtu910.htm) 2.5. MASTOCITOMA O mastocitoma é uma neoplasia originária da proliferação dos mastócitos, e é a neoplasia cutânea mais comum no cão, representando 16% a 21% das neoplasias cutâneas e a segunda neoplasia cutânea mais comum no gato, representando 20% de todas as neoplasias cutâneas (Turek & Withrow, 2007). 2.5.1. MASTOCITOMA NO CÃO No cão, o mastocitoma afecta animais mais velhos, com aproximadamente 9 anos. A maioria ocorre em raças indeterminadas mas também ocorre no Boxer, no Boston Terrier, no Labrador Retriever, no Beagle e no Schnauzer. Apesar do Boxer ser a raça com maior predisposição para o mastocitoma, este desenvolve mais comummente o grau histológico baixo ou de diferenciação intermédia desta doença, o que é mais favorável ao prognóstico. Não foram reportados casos de predisposição sexual. No cão, o comportamento biológico dos mastocitomas, é bastante variável e imprevisível, tendo um maior risco de disseminação sistémica. Além disto, existe uma ampla variação histológica, embora se denote um padrão histológico, e será este grau histológico que vai permitir estabelecer um prognóstico e predizer o comportamento biológico e clínico do mastocitoma (Quadro. 9) (Thamm & Vail, 2007). QUADRO 9. Classificação histológica dos mastocitomas no cão. Grau Classificação Descrição microscópica (Patnaik) 3 Altamente celular Limites citoplamáticos indiferenciados Núcleo de tamanho e forma irregular Mitoses frequentes Grânulos esparsos no citoplasma Diferenciação Intermédia 2 Bem diferenciado 1 Células empacotadas com limites citoplasmáticos indistintos Núcleo em relação ao citoplasma menor do que no tipo anaplásico Mitoses pouco frequentes Mais grânulos do que no tipo anaplásico Limites citoplasmaticos bem definidos e regulares Núcleo esférico ou ovóide Ausência ou raras mitoses Grânulos citoplasmáticos abundantes, grandes e com intensa coloração Anaplásico, indiferenciado (Alto grau) (Baixo Grau) (Adaptado de Turek & Withrow, 2007) Assim, os mastocitomas, são classificados em três graus histilógicos, tendo este factor uma grande importância no prognóstico geral. No entanto, existe uma dificuldade de diferenciação devido aos diversos sistemas distintos de classificação da neoplasia. A escala de Patnaik é a mais comum porque usa uma nomenclatura mais convencional, de modo que o grau 1 está representado pela maioria das neoplasias bem diferenciadas que estão localizadas unicamente na derme. No grau 2 encontram se as neoplasias mais pleomórficas que se estendem à derme inferior e tecido subcutâneo. O grau 3 é constituído por neoplasias pleomórficas que substituem o tecido subcutâneo e tecido profundos (Rogers, 2007). O estadiamento clínico também fornece informações importantes no que se refere ao prognóstico (Quadro 10). QUADRO 10. Estadiamento clínico da Organização Mundial de saúde dos mastocitomas nos cães. Estadiamento Estádio 0 Sub estádio a: Neoplasia cutânea excisada de forma incompleta, identificado hisitologicamente e sem lesão dos gânglios linfáticos regionais Neoplasia localizada unicamente na derme Sem lesão dos gânglios linfáticos regionais Neoplasia localizada unicamente na derme Com lesão dos gânglios linfáticos regionais Neoplasia cutânea múltipla Neoplasias infiltrativas extensas Com ou sem lesão dos gânglios linfáticos regionais Qualquer neoplasia com metástases à distância (com envolvimento do sangue e da medula óssea) ou recorrentes com metástases Sem sintomas clínicos sistémicos Sub estádio b: Com sintomas clínicos sistémicos Estádio I Estádio II Estádio III Estádio IV (Adaptado de Rogers, 2007) Como as metástases afectam, tipicamente, o sistema reticuloendotelial, os gânglios linfáticos regionais, o fígado, o baço e a medula óssea são locais que deverão ser avaliados atentamente (Rogers, 2007). Os mastocitomas cutâneos têm uma grande variedade de aparência clínica. A maioria é solitária mas 11% a 14% dos animais têm lesões múltiplas. A aparência dos mastocitomas foi correlacionada com o grau de diferenciação histológico. Os mastocitomas bem diferenciados tendem a ser solitários, com cerca de 1 a 4 cm de diâmetro, de crescimento lento e aparência de borracha. Normalmente, estes mastocitomas bem diferenciados não ulceram verificando-se, contudo, queda de pêlo no local. Os mastocitomas indiferenciados tendem a crescer rapidamente, formando lesões ulcerativas que causam irritações consideráveis e atingem grandes dimensões. Os tecidos envolventes poderão tornar-se inflamados, edematosos e poderão formar-se pequenos nódulos satélite. Por fim, os mastocitomas de diferenciação intermédia preenchem os espectros entre estes dois extremos, os mastocitomas bem diferenciados e os mastocitomas indiferenciados (Thamm & Vail, 2007). Os mastocitomas poderão ser encontrados nos pulmões e no tracto gastrointestinal. No entanto, nestes locais, os mastocitomas apresentam uma taxa de prevalência baixa para o desenvolvimento destas neoplasias. O tronco é o local mais comum para o aparecimento do mastocitoma, podendo surgir também nos membros. A cabeça e o pescoço são locais menos comuns, e a conjuntiva, as glândulas salivares, a nasofaringe, a laringe, a cavidade oral, o tracto gastrointestinal, a uretra e a espinha são locais pouco frequentes (Thamm & Vail, 2007). A escolha do tratamento é baseada na presença ou ausência de factores de prognóstico (Quadro 11) menos favoráveis e do estado clínico da doença (Figura 10 e Figura 11, pag. 33 e 34). A excisão cirúrgica e a radioterapia são os tratamentos com uma maior taxa de sucesso (Thamm & Vail, 2007) Quadro 11. Factores de prognóstico para mastocitomas em cães Factor Grau Histológico Estadiamento Clínico Localização Recorrência Tamanho Comentário Resultado fortemente preditivo Cães com neoplasias indiferenciadas, após a terapia local morrem Cães com neoplasias de diferenciação indeterminada ou bem diferenciadas normalmente são curados com uma terapia apropriada local Neoplasias com estadiamento clínico de 0 e estádio 1, restritas à derme sem metástases nos linfonodos regionais e sem metástases à distância, têm um melhor prognóstico do que as neoplasias de maior estadiamento clínico. Neoplasias localizadas no prepúcio, no escroto, com localização subungueal, na boca e noutras membranas mucosas estão associadas a um alto grau e a prognóstico pouco favorável. Neoplasias localizadas na medula óssea e nas vísceras estão normalmente associadas a um prognóstico grave Recorrências locais depois da excisão cirúrgica levam a um prognóstico reservado Neoplasias grandes estão associadas a um prognóstico pouco favorável (Adaptado de Thamm & Vail, 2007) Local anatómico favóravél à excisão cirúrgica? sim Ideal: Cirurgia citorreductiva Quimioterapia adjuvante Alternativas: Amputação, se se tratar de um membro Citorredução e Quimioterapia Radioterapia Quimioterapia Excisão com margens profundas Analisar margens e confirmar grau Cirurgia de margens completa? Não Não Opções: Reexcisão com mais margem Radioterapia adjuvante Quimioterapia adjuvante sim Acompanhamento: 1, 3, 6, 9, 12, 15, 18 meses 6 meses depois Exames físicos e exames dos linfónodos Figura 10. Sugestões de tratamento para mastocitomas com estadiamento clínico em estádio 0 e estádio I, de grau baixo ou intermédio em cães (Adaptado de Thamm & Vail, 2007). Local anatómico favorável à excisão cirúrgica? Não Sim Excisão cirúrgica com margens profundas Análise de margens e confirmar grau Cirurgia de margens completa? Idealmente a combinação de: Cirurgia Citorreductiva Radioterapia adjuvante*, incluindo linfonodos regionais Adjuvante quimioterapia Alternativa: Amputação (membros) e adjuvante quimioterapia Quimioterapia por si só Radioterapia* e quimioterapia Radioterapia por si só* Não Sim Opções: Reexcisão com mais margens Adjuvante radioterapia ao local primário* Quimioterapia adjuvante Considerar irradiação dos linfonodos regionais* Acompanhamento: 1 ,3, 6, 9, 12, 15, 18 meses 6 meses depois Exame físico, exame dos linfonodos regionais ultrasonografia abdominal *Considerar protocolos de radioterapia Figura 11. Sugestão de tratamento, para mastocitomas, de elevado grau e biologicamente agressivos no cão (adaptado de Thamm & Vail, 2007). 2.5.2. MASTOCITOMA NO GATO O mastocitoma no gato é normalmente menos agressivo do que no cão. Nesta espécie encontra-se dividido histologicamente em dois tipos, associados a diferentes comportamentos (Murphy, 2003). O mastocitoma mastocítico é mais frequente e é histologicamente similar ao mastocitoma no cão, sendo o mastocitoma histiocítico, menos frequente. A forma mastocítica pode subdividir-se, devido à sua aparência histológica em duas categorias, a compacta e a difusa. A forma compacta inclui cerca de 80% a 90% dos casos, associados a comportamento benigno. A forma difusa é histologicamente mais anaplásica e apresenta um comportamento mais maligno. Os estudos têm demonstrado que a maioria dos casos de recorrência ou metastáticos foram do histiotipo difuso. A maioria dos mastocitomas cutâneos nos felídeos é benigna (Dernell, 2005; Vail, 2008). Os gatos de 8-9 anos de idade estão mais predispostos ao mastocitoma, enquanto que as formas mastocitíca e histocítica têm uma maior incidência aos 10 e 2,4 anos de idade, respectivamente. A raça siamesa apresenta predisposição racial, não havendo relatos de predisposição sexual no gato (Vail, 2008). O mastocitoma apresenta-se como um nódulo cutâneo alópecico, bem circunscrito, solitário, firme e com cerca de 0,5 a 3 cm de diâmetro, podendo ulcerar superficialmente. Esta neoplasia geralmente não é pigmentada, apesar de se poder encontrar uma forma eritimatosa rosada. As localizações mais frequentes para o mastocitoma no gato são a cabeça e o pescoço, seguidas do tronco e extremidades. O mastocitoma visceral é mais frequente no gato do que no cão, sendo cerca de 50%, a percentagem de mastocitomas que ocorre nas vísceras, sendo o fígado e o intestino os locais preferenciais (Thamm & Vail, 2007). O tratamento de eleição é a excisão cirúrgica. A recorrência local e a disseminação sistémica estão descritas, representando cerca de 5 a 10% dos casos, depois de efectuada a excisão cirúrgica. Para as neoplasias histologicamente mais anaplásicas é aconselhada uma excisão mais ampla (Vail, 2008). 2.6. CONDIÇÕES CUTÂNEAS HISTIOCÍTICAS E GRANULOMATOSAS As doenças histiocíticas proliferativas representam um grupo de alterações patológicas difíceis, por vezes até impossíveis de distinguir de alterações inflamatórias reactivas, granulomatosas ou de doenças linfoproliferativas, só com base no fenótipo neoplásico. No entanto, a apresentação, o comportamento clínico e a resposta à terapia variam grandemente com processo em causa (Pires, 2008). 2.6.1. HISTIOCITOMA CUTÂNEO CANINO O hiscitioma cutâneo canino é uma neoplasia benigna com origem nas células de Langerhans, frequente em cães, representando, segundo alguns estudos, cerca de 19% das neoplasias da pele e do tecido subcutâneo (Pires, 2008). Segundo alguns autores esta neoplasia ocorre em cães com menos de 3 anos, sendo o Sharpei e o Shar-pei Cross as raças mais predispostas (Lemarie, 2007), segundo outros, o Scottish Terrier, o Bull Terrier, o Boxer, o English Cocker Spaniel, o Flat Coated Terrier Retriever, o Doberman Pincher e o Shetland Sheepdogs são as raças mais predispostas (Goldschmidt & Hemdrick, 2002). O histiocitoma localiza-se na cabeça (Fig.12), nas orelhas, no pescoço e nas extremidades. As lesões geralmente são solitárias, e a regressão espontânea ocorre algumas semanas ou meses após o seu aparecimento, constituindo a progressão natural deste processo (Pires, 2008). O histiocitoma surge como um nódulo alopécico ou ulcerado, eritematoso, elevado e de crescimento rápido, sendo as lesões persistentes e recorrentes (Brearley, 2003; Lemarie, 2007). O tratamento de eleição, para as lesões que não regrediram espontaneamente é a excisão cirúrgica. A observação é aconselhável, apenas porque a maioria regride espontaneamente. A crioterapia também é uma terapia utilizada para lesões onde a excisão é dificultada pele localização. O prognóstico é favorável (Brearley, 2003; Lemarie, 2007). Figura 12. Histiocitoma cutâneo canino. Aparência típica de uma lesão de um cão jovem (Adaptado Shearer & Dobson). 2.6.2. SARCOMA HISTIOCÍTICO O sarcoma histiocítico é a proliferação maligna das células histiocitárias, sendo o Cão Boieiro de Berne, o Flat Coat Retriever e o Rottweiler as raças mais predispostas. Cães de meia-idade e mais velhos são comummente afectados, contudo também foram descritos casos de sarcoma histiocítico em cães com 3 anos de idade (Clifford & Skorupski, 2007). O sarcoma histiocítico localiza-se, com mais frequência, no baço, nos gânglios linfáticos, nos pulmões, na medula óssea, na pele , sobretudo no tecido subcutâneo, no cérebro e nos tecidos periarticulares das grandes articulações das extremidades. As lesões podem ser múltiplas num único órgão (principalmente no baço) e disseminar-se rapidamente para outros órgãos. Assim, um sarcoma histiocítico disseminado é difícil de distinguir da histiocitose maligna, já que são processos multisistémicos, que progridem rapidamente e afectam simultaneamente muitos órgãos (Moore & Affoter, 2007). Segundo referem Clifford et al. (2007) a designação de sarcoma histiocítico é actualmente preferida para identificar uma neoplasia maligna das células dendríticas apresentadoras de antigénio, e a designação mais antiga, histiocitose maligna, refere-se à forma disseminada da doença. Os sinais clínicos dependem do local envolvido pela neoplasia, havendo sintomas inespecíficos, tais como perda de peso, letargia e inapetência que são sintomas comuns, assim como febre, dispeneia, diarreia, vómito e linfadenopatia. O curso clínico do sarcoma histiocítico disseminado é rápido e normalmente fatal, sendo a forma localizada mais favorável à terapia. Poucos casos sobrevivem após a excisão cirúrgica de um sarcoma histiocítico localizado, estando os efeitos da quimioterapia e da radioterapia ainda pouco estudados. O prognóstico é pouco favorável (Clifford & Skorupski, 2007). No gato, o sarcoma histiocítico é mais raro, apresentando-se de forma multifocal ou disseminada, no sistema nervoso central, no fígado, no baço, nos linfonodos, nos pulmões, no mediastino, nos rins, na bexiga e na medula óssea (Clifford & Skorupski, 2007). As lesões neoplásicas são pouco definidas e localizam-se no tecido subcutâneo na região ventral do abdómen e extremidades, podendo surgir metástases nos gânglios linfáticos. Essencialmente, o sarcoma histicocítico felino é equivalente ao canino, na sua localização e progressão. O prognóstico é reservado e a maioria dos animais são eutanasiados (Moore & Affoter, 2007). 3. PARTE PRÁTICA 3.1. MATERIAL E MÉTODOS Os dados apresentados foram recolhidos no período de estágio, de Março a Setembro de 2009, realizado no Hospital Veterinário Montenegro (HVM). Para a elaboração deste trabalho, formam utilizados os relatórios de todos os exames citológicos e histológicos provenientes do serviço de diagnóstico de Anatomia Patológica, no período compreendido entre Outubro de 2008 a Setembro de 2009. Foram obtidas informações referente ao sexo, raça e idade de canídeos e felídios, sendo cada um deles classificado quanto à sua origem neoplásica. 3.2. RESULTADOS Foram contabilizados um total de setenta e oito animais com patologias do foro oncológico, sessenta e oito da espécie canina e dez da espécie felina (Fig 13). Total/ Espécie 10 Canídeos Felídeos 68 Figura 13. Número total de animais com doenças do foro oncológico. 3.2.1 ESPÉCIE CANINA Dos pacientes da espécie canina atendidos no HVM verificou-se que dos sessenta e oito cães, trinta e oito (55,9%) eram do sexo masculino e trinta (44,1%) eram do sexo feminino (Quadro 12, pag. 42 e Fig. 14). Sexo 30 38 Masculino Feminino Figura 14. Número total de canídeos com neoplasias por sexo. Ao analisarmos a incidência de neoplasias por idade verificamos que a idade mínima foi de 1 ano, com um caso, e a idade máxima de 17 anos, com dois casos. Foi encontrado um caso, respectivamente, nas classes etárias de animais com 3 anos e 16 anos. Animais com 4 anos, 5 anos e 6 anos apresentaram dois casos cada, animais com 7 anos e 8 anos apresentaram quatro casos cada, animais com 9 anos apresentaram cinco casos, com 10 anos, 13 anos e 14 anos registaram-se sete casos em cada, com 12 anos registaram-se oito casos e com 11 anos registaram-se o maior número, quinze casos. Não surgiram registos de neoplasias nas classes etárias de 2 anos e de 16 anos (Fig.15). Assim, verificou-se que a média de idades foi de 9,07 anos (Quadro 12, pag. 42). 16 14 Número de casos 12 10 8 6 4 2 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Idades Figura 15. Idades dos cães doenças do foro oncológico. Neste estudo, verificou-se que as neplasias registaram uma maior predisposição para vinte e cinco raças, sendo a raça indeterminada a que apresentou um maior número de casos, quinze casos (22%). O Labrador Retriever, com dez casos (14,7%) foi a segunda raça com maior incidência, seguindo-se o Caniche e o Cocker Spaniel com 6 casos (8,8%) cada, o Boxer com cinco casos (7,3%), o Golden Retriever com quatro casos (5,9%), o Rotweiller com 3 casos (7,3%) e o Husky Siberiano com 2 casos (2,9%). As raças Basset Hound, Boieiro Suíço, Boston Terrier, Bull Terrier, Cão de Água Português, Cão de Serra de Aires, Chow-chow, Dobermann, Fox Terrier, Pastor Alemão, Pequinês, Perdigueiro Português, Pincher, Serra da Estrela, Shar-pei, Shih-tzu e Weimeraner foram das raças menos predispostas, cada raça com registo de apenas um caso (1,5%) (Fig 16, pag. 41). Total de Canídeos 1 Weimeraner Rotweiller Shih-tzu Shar-pei Serra da Estrela Pincher Perdigueiro Português Pequinês Pastor Alemão Labrador Retriever Indeterminada Husky Siberiano Fox Terrier Golden Retriever Dobermann Cocker Spaniel Chow-chow Cão Serra de Aires Cão de Água Português Caniche Bull Terrier Boxer Boston Terrier Boieiro Suíço Basset Hound 3 1 1 1 1 1 1 1 10 15 2 1 4 1 6 1 1 1 6 1 5 1 1 1 0 5 10 15 Figura 16. Número de canídeos com neoplasias por raça. Verificou-se que existiram cinco casos em que as raças apresentaram duas neoplasias, nomeadamente, o Basset Hound com o tricoepitelioma e o mastocitoma cutâneo de grau II, o Boxer com adenocarcinoma e adenocarcinoma intestinal, a raça indeterminada com o miopitelioma maligno e fibrossarcoma da glândula mamária, o Rotweiller com o melanoma e o adenoma das glândulas mamárias e o Caniche com o leiomiosarcoma e o sarcoma indiferenciado (Quadro 12, pag 42). QUADRO 12. Dados clínicos da população canina com neoplasias. Raça Basset Hound Boieiro Suíço Boston Terrier Boxer Boxer Boxer Boxer Boxer Bull Terrier Caniche Caniche Caniche Caniche Caniche Caniche Cão de Água Português Cão de Serra de Aires Chow-Chow Cocker Spaniel Cocker Spaniel Cocker Spaniel Cocker Spaniel Cocker Spaniel Cocker Spaniel Dobermann Golden Retriever Golden Retriever Golden Retriever Golden Retriever Fox Terrier Husky Siberiano Canídeos Sexo Diagnóstico Idade M F Tricoepitelioma; Mastocitoma cutâneo de 12 x grau II 7 x Sarcoma histiocítico 4 x Liposarcoma 8 x Epúlide fibromatosa 11 x Melanoma amelânico 8 x Épúlide Fibromatosa Adenocarcinoma; Adenocarcinoma intesti12 x nal 9 x Adenoma complexo da glândula mamária 4 x Linfoma (s/c) 17 x Sarcoma (s/c) 1 x Lipoma 10 x Neoplasia neuroendócrina (s/c) 14 x Carcinoma das células escamosas 9 x Leiomiosarcoma; Sarcoma indiferenciado 13 x Hemangiosarcoma Tricoblastoma 9 x 13 14 15 14 13 11 14 14 5 14 12 10 3 14 x 13 x x x x x x x x x x x x x x Husky Siberiano Indeterminada Indeterminada 13 7 x x 12 x Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada 11 12 13 10 x x x x Hepatocarcinoma Neoplasia maligna miéloide (s/c) Carcinoma das glândulas sebáceas Epitelioma das glândulas sebáceas Lipoma Adenoma Simples da glândula mamária Carcinoma das células basais Neoplasia testicular (s/c) Carcinoma das células escamosas Carcinoma das células escamosas Lipossarcoma Adenoma complexo da glândula mamária Lipoma Sertolinoma testicular Carcinoma das glândulas perianais hepatóides Adenocarcinoma tubular simples Linfoma esplénico Mioepitelioma maligno; Fibrossarcoma da glândula mamária Hemangiopericitoma Carcinoma tubopapilar Hemangiosarcoma hepático Carcinoma da glândula mamária de grau II QUADRO 12. Dados clínicos da população canina com neoplasias, continuação. Canídeos Sexo Raça Idade M F Diagnóstico Indeterminada 7 x Tricoepitelioma Indeterminada 11 x Lipoma Cutâneo Indeterminada 12 x Lipoma Indeterminada 7 x Sarcoma indiferenciado Indeterminada 8 x Hemangiosarcoma esplénico Indeterminada 11 x Adenoma das glândulas hepatóides Indeterminada 17 x Carcinoma papilar da glândula mamária Indeterminada Adenoma das glândulas perianais hepa11 x tóides Indeterminada 11 x Lipoma Labrador Retriever 11 x Mastocitoma cutâneo de grau III Labrador Retriever 6 x Hemangiosarcoma ésplenico Labrador Retriever 10 x Hemangiosarcoma Labrador Retriever 11 x Liposarcoma Labrador Retriever 10 x Epitelioma das glândulas perianais Labrador Retriever 10 x Adenoma da glândula sebácea Labrador Retriever 11 x Neoplasia mesenquimatosa maligna (s/c) Labrador Retriever 12 x Lipoma Labrador Retriever 9 x Hemangiosarcoma Labrador Retriever 11 x Neoplasia epitelial (s/c) Pastor alemão 8 x Hemangiosarcoma esplénico Pequinês Carcinoma micropapilar da Glândula 13 x Mamaria Perdigueiro Português 11 x Neurofibrosarcoma Pincher 12 x Hemangiosarcoma do pericárdio Serra da Estrela 10 x Hemangiosarcoma Shar-pei Carcinoma das glândulas perianais 11 x hepatoídes Shih -Tzu 11 x Carcinoma complexo Rotweiller Melanoma; Adenoma das Glândulas 9 x perianais Rotweiller 6 x Condrosacoma Rotweiller 11 x Osteosarcoma condroblástico Weimeraner 5 x Mastocitoma (s/c) Total / Média 9,07 38 30 (s/c) - sem classificação histológica As neoplasias mais diagnosticadas em canídeos foram as de pele e tecido subcutâneo com quarenta neoplasias (54%). As segundas neoplasias mais diagnosticadas foram as neoplasias das glândulas mamárias com onze neoplasias (15%). As neoplasias do sistema gastrointestinal apresentaram nove neoplasias (12%). Segui- ram-se os sarcomas dos tecidos moles com cinco neoplasias (7%). As neoplasias do sistema reprodutor masculino apresentaram duas neoplasias (3%) e as neoplasias do sistema esquelético também apresentaram duas neoplasias (3%). Por fim, os restantes tipos de neoplasias, que surgiram só com quatro casos (5%) (Fig.17). Total Neoplasias da pele e tecido subcutâneo Neoplasias da glândula mamária Neoplasias do sistema gastrointestinal Neoplasias do sistema reprodutor masculino Neoplasias do sistema esquelético Outras neoplasias Sarcoma dos tecidos moles 5 22 4 9 40 11 Figura 17. Total das neoplasias. As neoplasias de pele e as do tecido subcutâneo foram as mais frequentes, neste estudo diagnosticou-se quarenta casos, com vinte e três neoplasias diferentes (Fig 18, pag 45). De entre as neoplasias de pele e tecido subcutâneo o lipoma foi a neoplasia que surgiu com mais frequência, sete casos (18%), logo de seguida do hemangiosarcoma com quatro casos (10%). O adenoma das glândulas hepatóides, o liposarcoma e o CCE apresentaram três casos cada (8%), o carcinoma das glândulas hepatóides e o tricoepitelioma apresentaram dois casos cada (5%). Por fim, as menos diagnosticadas foram o carcinoma das glândulas sebáceas, a neoplasia epi epitelial sem classificação histológica, o mastocitoma de grau II, o mastocitoma de grau III, o sarcoma hitiocítico, o carcinoma das células basais, o melanoma amelânico, a neoplasia mesenquimatosa sem classificação histológica, o melanoma, o adenocarcinoma, o tricoblastoma, o adenoma da glândula sebácea, o hemangiopericitoma, o epitelioma das glândulas perianais e o mastocitoma, as quais totalizaram dezasseis neoplasias diferentes, que registaram apenas um caso cada (3%). Neoplasias da Pele e Tecido Subcutâneo Mastocitoma (s/c) Mastocitoma de grau III Mastocitoma de grau II Sarcoma Histiocítico Liposarcoma Melanoma Amelânico Tricoepitelioma Adenocarcinoma Lipoma CCE Hemangiosarcoma Tricoblastoma Carcinoma das glândulas sebáceas Epitelioma das glândulas sebáceas Carcinoma das células basais Hemangiopericitomoma Epitelioma das glândulas perianais Adenoma das glândulas sebáceas Neoplasia mesenquimatosa maligna(s/c) Neoplasia epitelial (s/c) Melanoma Adenoma das glândulas perianais Carcinoma das glândulas perianais 1 1 2 1 1 3 1 1 3 1 1 1 2 1 1 1 1 7 1 1 1 4 3 Figura 18. Classificação histopatológica das neoplasias de pele e tecido subcutâneo. Verificou-se que as neoplasias mamárias apresentaram onze casos, correspondentes a oito neoplasias diferentes (Fig 19, pag 46). O adenoma complexo da glândula mamária apresentou dois casos (19%), as restantes neoplasias mamárias, adenoma simples da glândula mamária, adenocarcinoma tubular simples, carcinoma da glândula mamária de grau II, carcinoma da glândula mamária, carcinoma micro- papilar da glândula mamária, carcioma tubopapilar e fibrosarcoma da glândula mamária, apresentaram um caso cada (9%). Neoplasias Mamárias Adenoma complexo da glândula mamária Adenoma simples da glândula mamária Adenocarcinoma tubular simples 1 1 2 Carcinoma da glândula mamária de grau II 1 1 1 1 1 1 1 Carcinoma papilar da glândula mamária Carcinoma micropapilar da glândula mamária Carcinoma complexo ductal Fibrosarcoma da glândula mamária Mioepitelioma maligno Carcinoma tubopapilar Figura 19. Classificação histiopatológica das neoplasias mamárias. Foram diagnosticados, no sistema gastrointestinal, nove casos correspondendo a seis neoplasias gastrointestinais diferentes. O hemangiosarcoma esplénico foi a neoplasias mais diagnosticada, apresentando três casos (34%), seguindo-se a épulide fibromatosa com dois casos (22%) cada. O Adenocarcinoma intestinal, o hepatocarcinoma , o linfoma esplénico e o hemangiosarcoma esplénico apresentaram um caso cada (11%) (Fig 20, pag 47). Neoplasias do Sistema Gastrointestinal Épulide fibromatosa Adenocarcinoma intestinal 2 3 1 1 Hepatocarcinoma 1 1 Linfoma esplénico Hemangiosarcoma hepático Hemangiosarcoma esplénico Figura 20. Classificação histopatológica das neoplasias do sistema gastrointestinal. Diagnosticaram-se cinco casos de sarcomas do tecido moles, o sarcoma indiferenciado com dois casos (40%), o sarcoma, o leiomiosarcoma e o hemangiosarcoma do pericárdio com um caso cada (20%) (Fig. 21, pag. 48). Sarcomas dos tecidos moles Sarcoma 1; 20% 1; 20% Sarcoma indiferenciado 1; 20% 2; 40% Leiomiosarcoma hemangiorsarcoma do pericárdio Figura 21. Classificação histiopatológica dos sarcomas dos tecidos moles. As neoplasias do sistema reprodutor masculino (Fig 22, pag 48) e as neoplasias do sistema esquelético (Fig 23, pag 49) apresentaram ambas dois casos correspondendo a duas neoplasias diferentes. No sistema reprodutor masculino foram diagnosticadas duas neoplasias, o sertolinoma testicular com um caso (50%) e a neoplasia testicular sem difrenciação histológica também novamente com um caso (50%) (Fig 22). Neoplasias do Sistema Reprodutor Masculino 1 1 Neoplasia testicular (s/c) Sertolinoma testicular Figura 22. Classificação histopatológica das neoplasias do sistema reprodutor masculino. No sistema esquelético foram diagnosticadas duas neoplasias, o condrosarcoma, com um caso (50%) e, também, com um caso (50%) o osteosarcoma codroblástico (Fig 23). Neoplasias do Sistema Esquelético 1 1 Condrosarcoma Osteosarcoma condroblástico Figura 23. Classificação histopatológica das neoplasias do sistema esquelético. Foram diagnosticadas quatro neoplasias de outros sistemas, apresentando cada uma delas apenas um caso cada, o linfoma, a neoplasia maligna miéloide, e a neoplasia neuroendócrina, sem classificação histológica, o e o neurofibrosarcoma (Fig 24). Outras neoplasias 1 Linfoma (s/c) 1 Neoplasia neuroendócrina 1 1 Neoplasia maligna miéloide (s/c) Neurofibrosarcoma Figura 24. Classificação de outras neoplasias. 3.2.1.2. RESULTADOS DAS NEOPLASIAS DA PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO Verificou-se que as neoplasias epiteliais foram as mais frequentes, com dezoito casos e com doze neoplasias diferentes. O CCE e o adenoma das glândulas sebáceas foram as neoplasias epiteliais mais frequentes, apresentando três casos cada (17%), seguiu-se o carcinoma das glândulas perianais e o tricoepitelioma com dois casos cada (11%). Por fim, com apenas um caso (6%), apresentaram-se o tricoblastoma, o adenocarcinoma, o adenoma das glândulas sebáceas, a neoplasia epitelial sem diferenciação histológica e o carcinoma das células basais (Fig 25) Neoplasias Epiteliais Tricoblastoma Tricoepitelioma Adenocarcinoma Epitelioma das glândulas sebáceas Carcinoma das glândulas sebáceas Neoplasia epitelial (s/c) CCE Carcinoma das células basais Adenoma das glândulas sebáceas Epitelioma das glândula perianais Adenoma das glândulas perianais Carcinoma das glândulas perianias 2 1 2 3 1 1 1 1 1 1 1 3 Figura 25. Classificação histopatológica das neoplasias epiteliais As neoplasias mesenquimatosas foram as segundas neoplasias de pele e tecido subcutâneo mais frequentes, apresentando onze casos e cinco neoplasias mesenquimatosas diferentes. O lipoma foi a neoplasia mesenquimatosa mais frequente, apresentando sete casos (44%), seguindo-se o hemangiosarcoma com quatro casos (25%) e o liposarcoma com três casos (19%). Por último, com um caso cada (6%), encontrámos o hemangiopericitoma e a neoplasia mesenquimatosa maligna sem diferenciação histológica (Fig 26). Neoplasias Mesenquimatosas Lipoma 1 1 Liposarcoma 7 4 Hemangiosarcoma 3 Neoplasia mesenquimatosa maligna (s/c) Hemangiopericitoma Figura 26. Classificação histopatológica das neoplasias mesenquimatosas. Os mastocitoma foram a terceiras neoplasia mais frequente nos canídeos, apresentando três casos (33%), o mastocitoma sem diferenciação histológica, mastocitoma de grau II e mastocitoma de grau III (Fig 27, pag 52). Mastocitoma 1 1 Mastocitoma (s/c) Mastocitoma de grau II Mastocitoma de grau III 1 Figura 27. Classificação histopatológica dos mastocitomas. As neoplasias melanocíticas incluíram dois casos o melanoma amelânico e o melanoma (Fig 28). Neoplasias Melanocíticas 1 1 Melanoma Amelânico Melanoma Figura 28. Classificação histopatológica das neoplasias melanocíticas. As condições cutâneas histiocíticas e granulomatosas apresentaram um caso o sarcoma histiocítico (Quadro 13, pag 53). QUADRO 13. Dados clínicos da população canina com neoplasias de pele e tecido subcutâneo. Canídeos Sexo Raça Idade M Basset Hound Boieiro Suíço Boston Terrier Boxer Boxer Caniche Caniche Caniche Cão de Água Português Cocker Spaniel Cocker Spaniel Cocker Spaniel Cocker Spaniel Dobermann Golden Retriever Golden Retriever Golden Retriever Husky Siberiano Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Indeterminada Labrador Retriever Labrador Retriever Labrador Retriever Labrador Retriever Labrador Retriever Labrador Retriever Labrador Retriever Labrador Retriever Labrador Retriever Serra da Estrela Shar-pei Rotweiller Weimeraner Total / Média 12 7 4 11 12 1 14 13 9 15 14 13 14 5 14 12 3 13 11 7 11 12 11 11 11 11 10 11 10 10 11 12 9 11 10 11 9 5 x 10,3 29 (s/c) - sem classificação histológica F x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 9 Diagnóstico Tricoepitelioma; Mastocitoma cutâneo de grau II Sarcoma histiocítico Liposarcoma Melanoma amelânico Adenocarcinoma Lipoma Carcinoma das células escamosas Hemangiosarcoma Tricoblastoma Carcinoma das glândulas sebáceas Epitelioma das glâdulas sebáceas Lipoma Carcinoma das células basais Carcinoma das células escamosas Carcinoma das células escamosas Lipossarcoma Lipoma Carcinoma das glândulas perianais hepatóides Hemangiopericitoma Tricoepitelioma Lipoma Lipoma Adenoma das glândulas perianias hepatóides Adenoma das glândulas perianais hepatóides Lipoma Mastocitoma cutâneo de grau III Hemangiosarcoma Liposarcoma Epitelioma das glândulas perianais Adenoma da glândula sebácea Neoplasia mesenquimatosa maligna (s/c) Lipoma Hemangiosarcoma Neoplasia epitelial (s/c) Hemangiosarcoma Carcinoma das glândulas perianais hepatoídes Melanoma; Adenoma das Glândulas perianais Mastocitoma (s/c) Registou-se uma maior incidência de neoplasias de pele e tecido subcutâneo nos machos com vinte e nove casos (76%), as fêmeas apresentando nove casos (23%) (Fig 29). Sexo 9 Machos Fêmeas 29 Figura 29. Número total de canídeos com neoplasias de pele e tecido subcutâneo por sexo. Verificou-se que a raça Labrador Retriever apresentou um maior número de neoplasias de pele e tecido subcutâneo, apresentando nove casos, seguindo-se a raça indeterminada com sete cães e o Cocker Spaniel com quatro casos. As raças Golden Retriever, Caniche apresentaram quatro casos cada e a raça Boxerdois casos. As restantes raças, o Basset Hound, o Boieiro Suíço, o Boston Terrier, o Cão de Água Português, o Dobermann, o Husky Siberiano, Serra da Estrela, o Shar-pei, o Rotweiller e o Weimeraner, registaram um caso cada tendo sido estas as raças com menor predisposição (Fig 30). Casos Weimeraner 1 Rotweiller 1 Shar-pei 1 Serra da Estrela 1 Labardor Retriever 9 Indeterminada 7 Husky Siberiano 1 Golden Retriever 3 Dobermann 1 Cocker Spaniel 4 Cão de Água Português 1 Caniche 3 Boxer 2 Boston Terrier 1 Boieiro Suiço 1 Basset Hound 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Figura 30. Número total de canídeos com neoplasias de pele e tecido subcutâneo, por raça. Ao analisarmos a incidência de neoplasias de pele e do tecido subcutâneo por idades, verificamos que a idade mínima foi de 1 ano com um caso, e a idade máxima de 15 anos também com um caso. Verificou-se que a existência de uma maior incidência em cães com onze anos, apresentando onze casos. Foi registado cinco casos na classe etária de 12 anos. Registaram-se quatro casos nas classes etárias de 14 anos e 10 anos e três casos nas classes etárias de 9 anos e 13 anos respectivamente. Foram registados dois casos nas classes etárias de 5 e 7 anos. Por fim, com apenas um caso, encontramos canídeos nas classes etárias de 3 anos, 4 anos e anos. A classe etária de 6 anos não apresentou nenhum caso (Fig 31). Assim verificou-se que a média de idades foi de 10,3 anos (Quadro 13, pag 53). 12 10 Número de Casos 8 6 4 2 0 1 3 4 5 6 7 9 10 11 12 Idades Figura 31. Idades de cães com neoplasias de pele e de tecido subcutâneo. 13 14 15 3.2.2 ESPÉCIE FELINA Dos pacientes da espécie felina com neoplasias foram contabilizaram –se dez gatos, dos quais sete (70%) eram do sexo masculino e três (30%) do sexo feminino (Quadro 14, pag 58, Fig 32). Sexo 3 Masculino Feminino 7 Figura 32. Número total de felídeos com neoplasias, por sexo. Dos dez gatos verificou-se uma predominância do Europeu Comum, com nove casos (90%). Apenas um caso (10%) foi contabilizado para a raça Persa (Fig 33). Total de Felídeos 1 Europeu Comum Persa 9 Figura 33. Número total de felinos com neoplasias por raça. Verificou-se que a idade mínima dos gatos com neoplasias foi um caso com 3 meses (0,25 anos) (10%) e a idade máxima foi de 15 anos, idade em que se registou a maioria dos casos, quatro casos (40%). Surgiram ainda gatos de 2 anos, 6 anos, 8 anos, 10 anos e 13 anos, cada uma destas classes etárias com um caso (10%), sendo a média de 9,9 anos (Quando 14, Fig 34). 4 3,5 Número de casos 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 0,25 2 6 8 10 13 15 Idades Figura 34. Classificação da população felina por grupos etários. QUADRO 14. Caracterização da população felina com neoplasias. Felídeos Sexo Raça Europeu Europeu Persa Europeu Comum Europeu Comum Europeu Comum Europeu Comum Europeu Comum Europeu Comum Europeu Comum Total/média Idade 0,25 2 15 15 15 13 10 6 8 15 9,9 (s/c) sem classificação histológica M x x x F x x x x x x 7 x 3 Diagnóstico Linfoma (s/c) Linfoma renal Melanoma Fibrosarcoma Fibrosarcoma Linfoma intestinol Linfoma das células pequenas Linfoma renal Linfoma renal CCE 3.2.2.1. RESULTADOS DAS NEOPLASIAS DA PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO As neoplasias que predominaram na espécie felina foram as do sistema hematopoiético com seis casos, as neoplasias da pele e tecido subcutâneo apresentam-se com quatro casos (40%) (Fig. 35). Percentagens de Neoplasias 40% 60% Neoplasias da pele e tecido subcutâneo Neoplasias do sistema hematopoiético Figura 35. Percentagens de neoplasia. Das neoplasias do sistema hematopoiético verificou-se que o linfoma renal foi o mais frequente, apresentando três casos (50%) seguindo-se o linfoma sem classificação histológica, o linfoma das células pequenas e o linfoma intestinal, com um caso cada (10%) (Fig 36). Neoplasias do sistema hematopoiético 1 1 Linfoma (s/c) 1 Linfoma renal Linfoma intestinal 3 Linfoma das células pequenas Figura 36. Classificação histopatológica das neoplasias do sistema hematopoiético. Das neoplasias da pele e tecido subcutâneo verificou-se que o fibrosarcoma foi o mais frequente, apresentando dois casos (67%). O CCE apresentou apenas um caso (33%) (Fig 37). Neoplasias da pele e tecido subcutâneo 1 Fibrosarcoma CCE 2 Figura 37. Classificação histopatológica das neoplasias da pele e tecido subcutâneo. Verificou-se uma maior incidência de neoplasias de pele e tecido subcutâneo nas fêmeas (67%) apresentando dois casos. Nos machos registaram-se um caso (33%) (Fig 38) Sexo 1 Machos 2 Fémeas Figura 48. Número total de félideos com neoplasias de pele e tecido subcutâneos por sexo. Verificou-se que, dos três casos de neoplasias de pele e tecido subcutâneo todas elas apresentaram a idade de 15 anos e que a raça Europeu Comum foi a única existente que apresentou neoplasias de pele e tecido subcutâneo. 3.3 DISCUSSÃO A caracterização da população de canídeos permitiu verificar que a ocorrência de neoplasias incide mais em machos (55,9%) que em fêmeas (44,1%), o que não está de acordo com o estudo descrito de 6 anos de neoplasias em canídeos, realizado por Pires et al. (2003) e apresenta ser um facto deste estudo, no qual as neoplasias de mama não parecem ter contribuído significativamente por subir o número de fêmeas, dado o número muito superior de neoplasias de pele e tecido subcutâneo. A média de idades obtida na população canina foi de 9,07 anos, sendo a faixa etária de maior incidência a de 11 anos o que se encontra de acordo com Cullen et al. (2002). A raça indeterminada foi a que apresentou mais casos de neoplasias, o que está de acordo com Pires et al. (2003) e pode ser um reflexo do predomínio desta raça na população Portuguesa. Nos casos estudados verificou-se um predomínio das neoplasias de pele e tecido subcutâneo (54%) o que está de acordo com a grande maioria dos estudos consultados (Morris, 2001; Cullen 2002; Goldschmidt & Hendrick, 2002; Morris & Dobson, 2002; Vail & Withrow, 2007), tendo-se seguindo as neoplasias da glândula mamária (15%) o que também corresponde ao estudos de Morris (2001). Quanto às neoplasias de pele e tecido subcutâneo, verificou-se que o lipoma foi a neoplasia que surgiu com maior frequência (18%), o que está de acordo com Vail & Dobson (2007) e Argyle (2008) que referem o lipoma como sendo uma das neoplasias cutâneas mais frequentes em cães. O adenoma das glândulas hepatóides, o liposarcoma e o CCE surgiram no estudo com três casos cada (8%) estando estes de acordo com a bibliografia (Lemarie, 2007), referidas como pertencentes às dez neoplasias cutâneas mais frequentes (Morris & Dobson, 2001; Turek & Withrow, 2007; Vail & Withrow, 2007), excluindo o lipossarcoma. Ao aprofundar o estudo das neoplasias de pele e tecido subcutâneo verificouse que as neoplasias epiteliais foram as mais frequentes, tendo-se seguido as neoplasias mesenquimatosas, os mastocitomas e as neoplasias melanocíticas, o que não está de acordo com Brearley (2002) que refere que as neoplasias mesenquimatosas são as mais frequentes, seguindo-se as neoplaias epiteliais e as melanocíticas. Relativamente às neoplasias epiteliais, o CCE e o adenoma das glândulas perianais foram as neoplasias mais frequentes (17%), o que esta de acordo com a bibliografia (Morris & Dobson, 2001; Vail & Withrow, 2007). O adenoma das glândulas perianais é referido na bibliografia como sendo comum (58 a 96%) (Turek & Withrow, 2007). Dentro das neoplasias mesenquimatosas, e como já referido, o lipoma foi a neoplasia mesenquimatosa mais frequente (44%), o que está de acordo com Vail & Withrow (2007). Relativamente aos mastocitomas estas foram as terceiras mais frequentes (33%) das neoplasias de pele e tecido subcutâneo o que esta de acordo com Turek & Withrow (2007) que refere que os mastocitomas são uma neoplasia comum no cão representado 16% a 21% das neoplasias cutâneas. Ao caracterizar a população de canídeos com neoplasias epiteliais e do tecido subcutâneo verificou-se que os machos (76%) foram claramente mais propensos do que as fêmeas (23%), o que não esta de acordo com Vail & Withrow (2007) que referem que não existe diferenças significativas em relação à incidência por sexo. A raça Labrador Retriever foi a que apresentou mais casos de neoplasias de pele e tecido subcutâneo, o que está de acordo com (Cullen, 2002). Quanto à média de idades foi registado um valor de 10,3 anos, o que esta de acordo com Shearer & Dobson (2008) quando refere que as neoplasias cutâneas ocorrem em animais mais velhos. A populção felina surgiu em número bastante inferior à canina, e caracterizouse na grande maioria por machos, com uma média de idades de 9,9 anos, o que apenas não está de acordo com a bibliografia consultada quanto ao sexo (Cullen, 2002; Goldschmidt & Hendrick, 2002; Morris & Dobson, 2002; Kirpensteijn & Rutteman, 2003). As neoplasias que predominaram na espécie felina foram as do sistema hematopoiético, tendo-se seguindo as neoplasias de pele e tecido subcutâneo, o que esta de acordo com a bibliografia consultada (Vail & Withrow, 2007). Verificouse que o fibrosarcoma (67%) e de seguida o CCE (33%) foram a neoplasias que surgiam com maior frequência (Vail & Withrow, 2007; Argyle, 2008). Quanto à incidência por sexo verificou-se que as fêmeas apresentaram maior numero de casos, o que não está de acordo com a bibliografia (Vail & Withrow, 2007) mas pode ser reflexo da baixa casuística. Relativamente à idade, verificou-se que a média de idades de gatos com neoplasias de pele e tecido subcutâneo foi de 15 anos o que não está de acordo com a bibliografia consultada que refere a média de 4,7 e 8,6 anos de idade (Shearer & Dobson, 2008). 3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Foi efectuado um registo oncológico de um número elevado de casos na população canina e bastante inferior na felina. Dos casos oncológicos registados, a maioria representou a classe etária mais velha e os machos foram os mais afectados. Predominaram as neoplasias de pele e de tecido subcutâneo nos canídeos, tendo esta obtido o segundo lugar em felídeos depois do tecido hematopoiético. Dentro das neoplasias de pele e de tecido subcutâneo registaram-se mais neoplasias epiteliais seguindo-se as mesenquimatosas e as mastocíticas em canídeos. Em felídeos dentro das neoplasias de pele e tecido subcutâneo predominando fibrosarcoma, tendo-se seguido o CCE. Através deste trabalho final de curso e através da minha experiência no estágio verifiquei que as doenças do foro oncológico são uma constante no dia-a-dia de um profissional de Veterinária o que torna o seu estudo de uma importância crucial. Incidência 2 Goldsmidt & Hemdrick (2002) Vail & Withrow (2007) 3 Lemarie (2007) 4 Shearer & Dobson (2008) 1 Carcinoma das Células Basais Pouco comum em cães geriátricos Predisposição racial: Cocker Spaniel, Poodle, Shetland Sheepdog, Kerry Blue Terrier, e 2 Husky Siberiano Comum Surge mais em geriátricos Papiloma oral e o papiloma cutâneo invertido surgem mais em cães jovens Papiloma Cutâneo Predisposição racial: Grand Anoir, Setter Irlandês e 1 Beagle Raças indeterminadas estão 2 menos predispostas Comum Afecta animais velhos Predisposição racial: Scottish Terrier, Pekingese, BoxCarcinoma er, Poodles e Norueguês Elkdas hound3 Células Escamo- Dálmatas, Beagles, Wippetes e sas White Bull Terrier2 Keeshound, Schaunezer Standart, Collie e Boxer4 Tipo de Neoplasia Benigno Baixa malignidade Maligno A maioria é localmente invasiva Comportamento Biológico Benigno QUADRO 15. Neoplasias epeteliais no cão Cabeça Pescoço Tórax Dorso Pele levemente pigmentada ou não pigmentada Orelha Plano Nasal Leito ungueal Escroto Pernas Flancos Abdómen Cabeça Pálpebras Pés Boca Genitália Localização Raramente mestastiza Metastiza lentamente Metastiza nos: Linfondos Pulmões Metástases Excisão cirúrgica normalmente curativa. Crioterapia Ampla excisão cirúrgica Ablação por laser ou crioterapia para lesões pequenas e superficiais Radioterapia para lesões irressecáveis Terapia fotodinâmica Excisão cirúrgica Interferões Retinóide Regressão espontânea Tratamento Bom se a neoplasia exibir um comportamento benigno Prognóstico variável sendo mais favorável em lesões pequenas e bem diferenciadas Bom Prognóstico 2 Incidência Comum Predisposição: Cães de meia-idade ou geriátricos Cavalier King Charles Spaniel, Cocker Spaniel, Scottish, Cairn e West Highland White Terriers3 Relativamente incomum Afecta geriátricos Predisposição racial: Coohounds, Cocker Spaniel, English cocker Spniel, Huskie, Sa2 moyed e Malamute do Alaska Afecta geriátricos Predisposição racial: Shih Tzus,Lhasa Apsos, Malamutes, Husky Siberiano e Irish 2 Setter Conta a maioria das neoplasias das glândulas sebáceas Afecta geriátricos Predispoição racial: Schnauzer miniatura, Beagle, Poodle e Cocker Spaniel1 Lemarie (2007) Vail & Withrow (2007) 3 Shearer & Dobson (2008) 1 Adenocarcinoma das Glândulas Sebáceas Adenoma das Glândulas Sebáceas Epitelioma Sebáceo Hiperplasia das Glândulas Sebáceas Tipo de Neoplasia Glândulas Sebáceas Maligno Localmente invasivo Benigno Benigno Comportamento Biológico Benigno Pálpebras Membros Pálpebras Membros Cabeça, especialmente nas pálpebras Pernas Tronco Pálpebras Localização Neoplasias Anexais QUADRO 15. Neoplasias epiteliais no cão, continuação Metastiza nos linfonodos, no final da doença. Metástases Excisão cirúrgica agressiva Radioterapia adjuvante Excisão cirúrgica. (Comportamento similar à hiperplasia das glândulas sebáceas) Excisão cirúrgica Excisão cirúrgica Retinóide Tratamento Reservado Aparenta ter um baixo potencial para metástases e reincidência Bom Pode desenvolver lesões noutros locais ao longo do tempo Bom Baixa recorrência após a excisão cirúrgica Desenvolvimento de novas lesões noutras partes do corpo Prognóstico Pouco comum Afecta mais as fêmeas Ocorre em cães geriátricos Cocker Spniel Comum Predisposição: Geriátricos Machos Fêmeas ovariohisterectomizadas Cocker Spaniel, Beagle, Buldog e Samoyedo1 Afecta cães mais velhos Machos e raças de grande porte estão mais predispostos Incidência 2 1 Pouco comum Predisposição racial: Cão dos Pireneus, Chow Chow, Malamute e Bobtail2 Lemarie (2007) Vail & Withrow (2007) Adenoma das Glândulas Sudoríparas Glândulas Sudoríparas (Apócrinas) Adenocarcinoma dos Sacos Anais Adenocarcinoma da Glândula perianal Adenoma da Glândula Perianal Glândulas Perianais Tipo de Neoplasia Benigno Maligno Maligno Benigno Comportamento Biológico Cabeça Sacos Anais Região perianal Região perianal Localização Metástases Metastiza linfonodos nais nos regio- Dissemina-se para os linfonodos regionais Neoplasias Anexais (continuação) QUADRO 15. Neoplasias epiteliais no cão, continuação Excisão cirurgia Exisão Linfadenectomia Considerar radioterapia Excisão cirúrgica agressiva Linfadenectcomia A castração é pouco benéfica Excisão cirúrgia Crioterapia Radioterapia Castração Administração de estrogénio Tratamento Bom Reservado Reservado reincidência local Bom Prognóstico Incidência 2 Benigno Benigno Frequentemente malignos Maligno Localmente invasiva Comportamento Biológico Raro Comum em cães geriátricos Predisposição racial: Podle e Cocker Spaniel1,2 Kerry Blue Terrier, Soft Coat Wheaton Terrier, Bichon Frise, Cock-a-poo, Pastor de Shet-land, Husky, English Springer Spaniel Spaniel, Collie, Yorkshire Terrier2 Raro Animais de meia-idade e geriátricos Predisposição racial: 3 Afghan Hound Raro Vail & Withrow (2007) Goldschmid & Hemdrick (2002) 3 Gross (2005) 1 Tricolemoma Tricoblastoma Folículos Pilosos Neoplasias das Glândulas Ecrinas Glândulas Sudoríparas (Apócrinas), continuação Pouco comum Predisposição racial: Adenocarcinoma Coohund, Elkhound Norueguês1 das Glândulas Sudoríparas Tipo de Neoplasia Cabeça Pescoço Cabeça Pescoço . Dedos Almofadas plantares Cabeça Pernas Localização Metástases Poderá ocorrer metastização após cirurgia Metastiza nos: Linfonodos Pulmões Ossos Metastizam rapidamente para os linfonodos locais Neoplasias Anexais (Continuação) QUADRO 15. Neoplasias epiteliais no cão, continuação Excisão cirúrgica Excisão cirúrgica Ampla excisão cirúrgica Castração Tratamento com estrogénios Ampla excisão cirúrgica Radioterapia adjuvante Tratamento Bom Bom Reservado Reservado Prognóstico 2 1 Lemarie (2007 Gross et al (2005) Pilomatricoma Tricoepitelioma Tricofoliculoma Incidência Razoavelmente comum Ocorre em geriátricos Predisposição racial: Basset Hound, Golden Retriever, Poodle standard 1,2 1 Schnauzer miniatura, e Spaniels Bull Mastiff, English Springer Spaniel, Gor2 don Setter, Irish Setter Pouco comum Ocorre em cães de meia-idade e geriátricos Predisposição racial: Poodle, Kerry Blue Terrier, Old English Shepdog, e Airedale Terrier1,2 Soft-Coated Wheaten Terrier, Bouviers des Flandres, Bichon Frise, Schnauzer Standard 2 e Basset Hound Pouco comum Raro Folículos Pilosos (Continuação) Tipo de Neoplasia Benigno Benigno Benigno Comportamento biológico Tronco Membros Zona dorsal do tronco Membros Folículos pilosos Localização Neoplasias Anexais (Continuação) QUADRO 15. Neoplasias epiteliais no cão, continuação Metástases Excisão cirúrgica Excisão cirúrgica Excisão cirúrgica Tratamento Bom Bom Prognóstico Pouco comum Ocorre mais em cães machos de meias idade Predisposição racial: Keeshund, Pastor Alemão, Collie, Bobtail e Elkhound Norueguês Lhasa Apsos, Elkhound Norueguês, York1 shire, Terriers e German Shepherd Incidência Comportamento biológico Benigno Zona dorsal do pescoço e tronco Localização Metástases Excisão cirúrgica Criocirurgia Tratamento Excelente Prognóstico Gross et al (2005) nd Brearley MJ (2003). Epithelial and other solitary skin tumours. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 154 – 160. th Goldschmidt MH, Hemdrick HJ (2002). Tumors of the skin and soft tissues. In Mueten DJ. Tumors in Domestic Animals. (4 Edition) Ames. Iowa State Press: 46-48, 51, 58 nd Gross LT, Ihrke PJ, Walder EJ, Affolter VK (2005). Follicular tumors. Skin Disease of the Dog and Cat, Clinical Histopathologic Diagnosis. (2 Edition) Oxford. Blackwell Publishing: 616, 622,624, 626. th Lemarie SL (2008). Dermatologic System. In Morgan RV. In Handbook of Small Animal Practice. (5 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 870–877. Morris J, Dobson J (2001). Skin.Small Animal Oncology (First Published) .Blackwell Science: 53-56. Shearer D, Dobson J (2008). Aproximación a los nodules y trayectos fistulosos. In Foster AP, Foil CS. Manual de Dermatologia en Pequeños Animales y Exóticos. nd (2 Edition) Barcelona. Ediciones: 81, 82. th Turek MM, Withrow SJ (2007). Perianal tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 503 -505, 508, 509. th Vail DM, Withrow SJ (2007). Tumors of the skin and subcutâneos tissues. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 381- 389. 1 Epitelioma Intracutâneo Cornificante Tipo de Neoplasia Folículos Pilosos (Continuação) QUADRO 15. Neoplasias epiteliais no cão, continuação 2 1 Incidência Ocorre apenas nos cães Ocorre em geriátricos Raças de grande porte estão mais predispostas Raças predispostas: Husky Siberiano, Irish Setter, Pastor Alemão, Raças indeterminadas 1 e Boxer Pouco comum Raças predispostas: 1 Doberman Pincher,Boxer e Golden Retriever Pouco comum Ocorre em cães adultos Raças predispostas: Gordon Setter Irish Wolfhound, 1 Brittany Spaniel Golden Retriever2 Doberman Pincher1,2 Lemarie (2007) Goldshchmidt & Hendrick (2002) Tumor Transmissível Venereal (TTM) Hemangiopericitoma canino Fibrosarcoma Fibroma Tipo de Neoplasia Localização Mucosa genital Pele Tronco Membros Extremidades Cabeça Cavidade oral Maligno Malignidade intermédia Cabeça Pernas Benigno Neoplasias do tecido Fibroso Comportamento biológico QUADRO 16. Neoplasias mesenquimatosas no cão Raramente metastiza Raramente metastiza Metástases Cirurgia para pequenas lesões localizadas Quimioterapia Ampla excisão cirúrgica Amputação Radioterapia Excisão cirúrgica Amputação Radioterapia Quimioterapia Excisão cirúrgica Tratamento Bom É possível a regressão espontânea Bom para pequenas neoplasias quando estas são completamente removidas. Reservado para neoplasias grandes, profundas ou induzidas por vacinas Variável Alguns casos recorrem após excisão cirúrgica Bom Prognóstico Pouco comum Afecta animais de meia-idade a geriátricos Raças predispostas a lesões espontâneas: Airedale Terrier, Gordon Setter, Boxer, o Soft-coated Wheanten e 1 o Wirehaired Fox Terrier Raças predispostas a lesões induzidas por luz UV: Wippet, Beagle, Dalmata, American Bull Terrier e Basset Hound1 Comum Predisposição: Cães de meia-idade a geriátricos Cadelas esterilizadas Obesidade Raças predispostas: Labrador Retriever, Doberman Pincher, Schnauzer, Cocker Spaniel, Dachshund1 Pouco comum Predisposição: Animas de meia-idade a geriátricos Shetland Sheepdog e Beagle1 Incidência Localização Benigno Região axial Extremidades Maligno Pele, fígado baço, rins língua, osso, coração Hemangioma Cutâneo: Abdómen ventral Região inguinal Zona medial das Coxas Axilas Neoplasias Vasculares Tronco Membros Cavidade oral Cavidade abdominal Canal espinal Vulva Vagina Benigno 1 Lemarie (2007) Metástases Pouco frequentes Metástases nos: pulmões, fígado, baço e ossos Neoplasia do Tecido Adiposo Comportamento biológico QUADRO 16. Neoplasias mesenquimatosas no cão, continuação Hemangioma Liposarcoma Lipoma Tipo de Neoplasia QUADRO 16. Neoplasisa mesenquimatosa no cão, continuação Excisão cirúrgica Ampla excisão cirúrgica Quimioterapia sistémica Excisão cirúrgica de neoplasias largas e de grande crescimento Tratamento Bom Reservado a pobre Recorrência é comum Geralmente bom Lipomas infiltrados podem recorrer e destruir os tecidos envolventes Prognóstico Hemangiosarcoma Baço,aurícula direita,fígado, pele, pericárdio, pulmões, rins, peritoneu e retroperitoneu. Cutâneo: Zonas de pele com pouca ou nenhuma pigmentada Localização Benigno Cabeça Orelha Neoplasias Melanocíticas Comportamento biológico Maligno 2 1 Lemarie (2007) Goldshchmidt & Hendrick (2002) QUADRO 16. Neoplasias mesenquimatosas no cão, continuação Melanocitoma Comum Afecta animais geriátricos Raças predispostas: Italian Greyhound, Wippet, Irish Wolfhound, Vizsla, basset Hound1 2 German Shepheard, Golden Retriever Comum no cão Predisposição: Cães adultos Com pigmentação de pele preta Raças predispostas: Schnauzers Miniatura e Standart, Doberman Pincher, Golden Retriever, Setter Irlandês, Vizslas, Irish Setter, Chesapeak Bay Retriever,Airedale Terrier, Shar-pei, Rottweiler, Cairn Retriever, Brittany Spaniel, Raças indeterminadas, Cocker Spaniel, Poodle Miniatura e Toy, Beagle, Collie, Shi-tzu,Bichon Frise,Basset Hound, Weimaraner, West Highland White Terrier Husky Siberiano2 Incidência Tipo de neoplasia Linfonodos regionais Pulmões Locais distantes da derme Metástases Excisão cirúrgica Excisão cirúrgica ampla para neoplasias cutâneas Excisão cirúrgica e quimioterapia adjuvante para neoplasias com maior estadiamento Tratamento Bom Bom para lesões completamente removidas Reservado ou pouco favorável para neoplasias localmente invasivas e metastizadas Prognóstico Melanoma Maligno Comportamento biológico Maligno Pescoço Cabeça Orelhas Extremidades Pulmões Tracto gastrointestinal Tronco Membros Cabeça Pescoço Cabeça Membros Localização 3 2 1 Lemarie (2007) Goldshchmidt & Hendrick (2002) Rassnick (2007) QUADRO 16. Neoplasias mesenquimatosas no cão, continuação Histocitoma Cutâneo Canino Comum Afecta cães com menos 3 anos de idade Shar-Pei e Sharpei-Cross2 Scottish Terrier, Bull Terrier, Boxer, English Cocker Spaniel, Flat Coated Retriever, Doberman 3 Pincher e Pastor de Shetland Condições Cutâneas Histocíticas e Granulomatosas Mastocitomas (Grau I) (Grau II) (Grau III) Afecta cães mais velhos Raças predispostas: Raças indeterminadas, Boxer, Boston Terrier, Labrador Retriever, Beagle e Schnauzer Predisposição: Geriátricos Cães com pele fortemente pigmentada Raças predispostas: Scottish Terrier, Aidale, Boston Terrier ,Cocker Spaniel, Springer Spaniel, Boxer, Golden Retriever, Schnauzer miniatura e Doberman Pincher1 Mastocitomas Incidência Tipo de neoplasia Mestátases localizadas: Sistema Reticuloendotelial Gânglios linfáticos regionais Fígado Baço Medula óssea Dissemina-se por via linfática até aos gânglios linfáticos e pulmões Metástases no: Fígado, baço, cérebro, coração e medula óssea Metástases Observação: Lesões podem regredir espontaneamente Excisão cirúrgica Crioterapia Excisão cirúrgica Radioterapia Quimioterapia Ampla excisão cirúrgica Radioterapia Quimioterapia paliativa Tratamento Bom Variável Reservado Recorrências e metástases são frequentes Prognóstico Incidência Tracto gastrointestinal: Estômago, jejuno e ceco Vagina Vulva Tracto digestivo Baço Fígado Tracto urogenital Espaço retroperineal Parede de vasos Maligno Moderado potencial metastático Aurícula da orelha Lábios Queixo Cavidade oral Baço Gânglios Linfáticos Pulmões Medula óssea Pele Tecido subcutâneo Localização Benigno Ocasionalmente exibe um comportamento maligno Comportamento biológico Maligno Metástases nos: Linfonodos regionais Mesentério Fígado Peritoneu Baço Pouco comuns Metástases 1 Shearer & Dobson (2008) QUADRO 16. Neoplasias mesenquimatosas no cão, continuação Leiomiosarcoma Raro Predisposição: Machos Sarcoma Histiocítico Cão Boieiro de Berna, Rottweiller, Labrador Retriever e Flat Coat Retrierver Pouco comum Afecta geriátricos Predisposição racial: Plasmocitoma CutâCocker Spniel, Airneo edale Terrier, Kerry Blue Terrier, Scottish Terrier e Poodle Standard1 Neoplasias do Músculo Liso Machos estão mais predispostos ao leimioma gastrointestinal Leiomioma Fémeas estão mais predispostas a leiomiomas vaginais e vulvares Comum Animais mais velhos Tipo de neoplasia Ressecção cirúrgica Leimiomas vaginais Vulvares: Ovariohisterectomia Excisão cirúrgica Excisão cirúrgica Tratamento e Bom para neoplasias completamente removidas Reservado Recorrências em neoplasias onde a ressecção cirúrgica fui incompleta Verifica-se recorrências em neoplasias onde a ressecção cirúrgica fui incompleta Favorável Pouco favorável Prognóstico Incidência Maligno Localmente agressivo Potencial metastático moderado Comportamento biológico Língua Laringe Miocárdio Bexiga Localização nd Locais: Pulmões Fígado Baço Rins Glândulas Adrenais Metástases Ressecção cirúrgica Radioterapia Quimioterapia Tratamento Prognóstico Clifford CA, Skorupski KA (2007). Histocytic diseases. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 814, 821. nd Brearley MJ (2003). Epithelial and other solitary skin tumours. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 154-156. th Goldschmidt MH, Hemdrick HJ (2002). Tumors of the skin and soft tissues. In Mueten DJ. Tumors in Domestic Animals. (4 Edition) Ames. Iowa State Press: 78, 81, 86, 89, 94, 97, 99, 100, 105-107, 109, 114, 115. nd Kirpensteijn J, Rutteman GR (2003). Sarcomas of soft. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 196, 200, 201. th Lemarie SL (2008). Dermatologic System. In Morgan RV. In Handbook of Small Animal Practice. (5 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 870 – 877. th Lipak JM, Forresst LJ (2007). Soft tissue sarcomas. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 428 – 423; 435-441. Morris J, Dobson J (2001). Skin.Small Animal Oncology (First Published) .Blackwell Science: 58-63. th Murphy S (2003). Mast cell tumours. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 161- 167. Shearer D, Dobson J (2008). Aproximación a los nodules y trayectos fistulosos. In Foster AP, Foil CS. Manual de Dermatologia en Pequeños Animales y Exóticos. th (2 Edition) Barcelona. Ediciones: 81, 82, 85, 87, 88, 313 – 316, 323. th Thamm DH, Vail DM (2007). Mast cell tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 402 – 404, 406, 407, 411-420. 1 Bibliografia do Quadro 16 1 Rabdomiossarcoma Raro Tracto urogenital: Cães jovens Língua, faringe, miocárdio Cães mais velhos Neoplasia do músculo-esquelético Tipo de neoplasia 2 1 Incidência Terceira neoplasia oral mais comum Sobretudo em raças de grande porte e em cães jovens Predisposição: Macho 1,2 Golden Retriever Pointer de pêlo curto, Weimaraner, 1 Boxer, Cocker Spaniel e Pastor Alemão2 Segunda neoplasia oral mais comum Afecta animais mais velhos Neoplasia oral maligna mais comum Ocorre mais em geriátricos e em cães com pouco peso Predisposição: Cocker Spaniel, Poodle Miniatura, Anatolian Sheepdos, Gordon Setter, Chow Chow e Golden Retriever1 Boxer, Pastor Alemão estão menos predispostos 1 Cães com a mucosa pigmentada Machos 2 Exposição ao fumo do tabaco Liptak & Withrow (2007) Costa et al (2005) Fibrosarcoma Carcinoma das Células Escamosas Melanoma maligno Tipo de Neoplasia Maligno Metástases muito invasivas Maligno Comportamento Biológico Elevada malignidade Mandíbula rostral Gengiva Tonsilas Maxilar Gengivas Plato duro Gengiva Boca Mucosa labial Localização Neoplasias da orofaringe QUADRO 17. Neoplasias do trato gastrointestinal no cão Incomuns Locais: Pulmões Linfonodos regionais Osso Pouco Frequente Linfonodos regionais Pulmões Comuns Linfonodos regionais Pulmões Metástases Exicisão cirúrgica/ Ressecção cirúrgica Radioterapia Excisão cirúrgica Radioterapia Fotodinámicoterapia Excisão cirúrgica Radioterapia Tratamento Favorável para neoplasias rostrais Recorrência local Reservado Reservado Prognóstico 1 Incidência Raro Afecta cães mais velhos Cocker spaniel Neoplasia odontogénica mais comum nos cães Ocorre em jovens Ocorre em jovens Relativamente comum Ocorrem em cães jovens Predisposição; macho Epúlides Acantomatoso: Afecta mais animais adultos 1 Shetland e Old Sheepdog Costa et al (2005) Neoplasias das Glândulas Salivares: Lipoma Adenoma Adenocarcionoma Mastocitoma Osteosarcoma CCE Histocitoma fibroso maligno Amelobastoma Papiloma Oral Epúlides: Acantomatosa Fibromatosa Ossificante Escamosa Tipo de Neoplasia Pré-molar da maxila Localização Ausentes Metástases Benignas: Lipoma, adenoma (mais raras) Malignas: Adenocarcinoma, mastocinoma, Osteosarcoma, CCE, Histocitoma fibroso maligno Localmente invasivo Benigno Localmente agressivo Invade a mandíbula Benigno Glândulas mandibulares Parótida Lábios Comissura labial Margem das gengivas língua Comuns nas neoplasias malignas Locais: Linfonodos regionais Ausentes Outras neoplasias localizadas na cavidade oral Comportamento Biológico Benigno Epúlide Acantomatosa apresenta características locais de malignidade Invasivo e infiltrativo Neoplasias da Orofaringe, continuação QUADRO 17. Neoplasias do tracto gastrointestinal no cão, continuação Excisão cirúrgica Radioterapia Sialoadenectomia Vacinas autogénas Quimioterapia Esmagamento da lesão in situ para liberar antigenios virais Excisão cirúrgica Excisão local completa Radioterepia Epúlide Acantomatosa: Mandibulectomia Maxilectomia Ressecção cirúrgica Radioterapia Tratamento Desconhecido Favorável Excelente Regressão espontânea Excelente Não ocorrem recorrências Epúlides Acantomatoso: Pode ocorrer recorrências Prognóstico 1 Neiger (2003) Neoplasias Gástricas: Leiomioma Adenocarcinoma CCE Linfoma gástrico Leiomiosarcoma Fibrosarcoma Plasmacitoma Neoplasias Pancreáticas exócrinas: Adenomas Carcinoma pancreático Neoplasias Esofágicas: CCE Osteosarcoma Fibrosarcoma Leiomiossarcoma Leiomioma Plasmocitoma Tipo de Neoplasia Benigno: Leiomioma Maligno: Adenocarcinoma CCE Linfoma gástrico Leiomiosarcoma Fibrosarcoma Plasmacitoma Raras Machos Leiomioma e o carcinoma ocorrem em cães geriátricos Raças predispostas ao carcinoma: Pastor Belga, Collie e Stafford Bull Terrier 1 Benigno: Adenomas Maligno: Adenocarcinoma Carcinoma pancreático Comportamento Biológico Benignos: Leiomioma, plasmocitoma (são raros) Malignos: CCE, Osteosarcoma, Fibrosarcoma Leiomiossarcoma Muito raro Cadelas de idade avançada Cocker Spaniel, Airedale Terrier e Box1 er Muito raras Sobretudo em animais mais velhos Incidência Porção medial Adenocarcinomas: Células acinares Ductos pancreáticos Carcinoma: Relativamente agressivo Invade estômago duodeno Cardia Curvatura menor Piloro Antro do estômago Leiomioma: Junção gastroesofágica Benignas: Esofágo distal Cardia Localização Adenocarcinoma: Mestátases comuns Linfonodos regionais Fígado Pulmões Localmente agressivo CCE/ Leiomiosarcoma: Pouco comuns Linfonodos Adenoma: Não metastiza Carcinoma: Fígado Linfonodos regionais Superfície peritoneal Neoplasias malignas: Pulmões Linfonodos regionais Metástases QUADRO 17. Neoplasias do trato gastrointestinal no cão, continuação Excisão cirúrgica (Excepto para os linfomas) Benignas: Toracotomia Malignas: Difícil tratamento devido ao estado avançado de muitos casos Ressecção cirúrgica (Acarreta complicações adicionais) Quimioterapia Radioterapia Radioterapia Quimioterapia Pancreatectomia Ressecção cirúrgica Pancreaticoduodenectomia Tratamento Leiomioma: Favorável Malignas: Pouco favorável Pouco favorável Benigno: Bom Maligno: Pouco favorável Prognóstico Incidência 2 1 Liptak (2007) Neiger (2003) Neoplasia Neuroendocrina/ Carcinoide Carcinoma do Ducto Biliar Adenoma do Ducto Biliar Rara Sobretudo em cães jovens Ocorre em cães mais velhos Segunda neoplasia hepatobiliar mais comum Predisposição: Fêmeas 1 Labrador Retriever Neoplasias do Ducto Biliar Neoplasias Hepatocelulares Neoplasia maligna mais comum Predisposição: Carcinoma Jovens a adultos Hepatocelular Machos Schnauzer Miniatura1 Poodle, Fox Terrier e Labrador Retriever2 Adenoma Animais mais velhos Hepatocelular Tipo de Neoplasia Localização Afecta mais do que um lobo Ductos biliares Maligno Maligno Ductos biliares Parênquima hepático Benigno Benigno Parênquima hepático Maligno Metástases Linfonodos regionais Pulmões Coração Glandula Adrenal Pancreas Rins Medula espinal Linfonodos regionais Peritoneu Pulmões Coração Baço Glândulas Adrenais Pâncreas Linfonodos regionais Peritoneu Pulmões Coração Rins glândula adrenal Pâncreas Baço Bexiga Neoplasias do fígado Comportamento Biológico QUADRO 17. Neoplasias do trato gastrointestinal no cão, continuação Ressecção cirúrgica Quimioterapia Radioterapia Lobectomia Lobectomia Excisão cirúrgica Lobectomia Quimioterapia Radioterapia Tratamento Reservado Ressecção cirúrgica pouco eficaz Pouco favorável Ocorrem recorrências Favorável Favorável Pouco favorável Prognóstico Raro Animais mais velhos Pastor Alemão, Golden Retriever, Boxer, Great Dane, English Setter1 Pouco comum Predisposição: Machos e geriátricos Adenocarcinoma: Adultos Collies, Pastor Alemão e Boxer1 Linfoma: Jovens Incidência Maligno: Adenocarcinoma Linfoma Leiomiosarcoma Comportamento Biológico Maligno Fígado Pulmões Linfonodos regionais Baço Medula ossea Jejum Ílio Ceco Localização Fígado Pulmões Linfonodos regionais Baço Medulla ossea Linfonodos regionais Fígado Metástases Ressecção cirúrgica Quimioterapia Radioterapia Lobectomia Quimioterapia Tratamento Variável Pouco favorável Prognóstico White (2003) Costa JL, Santos PCG, Bissoli DG, Pena SB, Roger PR, Shimizu FA (2005). Maxilectomia parcial para o tratamento do epúlides acantomatoso em cão. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária.5 th Liptak JM (2007). Hepatobiliary tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 483 – 486; 488,489. th Lipak JM, Withrow SJ (2007). Oral tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 455 – 470. th Neiger R (2003). Tumours of the stomach. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 221, 222. th Neiger R (2003). Tumors of the liver. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 225, 226. th Selting KA (2007). Intestinal tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 491 – 500 th White RN (2003). Tumors of the intestines. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 229 – 232. th Withrow SJ (2007). Esophageal Cancer. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier:477,478. th Withrow SJ (2007). Exocrine pancreatic cancer. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 479. th Withrow SJ (2007). Gastric cancer. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 480 – 482. th Withrow SJ (2007). Salivary gland cancer. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 476. 1 Neoplasias do Intestino: Adenocarcinoma Linfoma Leiomiosarcoma Hemangiosarcoma Tipo de Neoplasia QUADRO 17. Neoplasias do trato gastrointestinal no cão, continuação Neoplasias da Laringe: Leiomioma Lipoma Osteocondroma Rabdomioma Adenocarcinoma Condrosarcoma Fibrosarcoma Linfoma Melanoma maligno Osteosarcoma Rabdomiosarcoma CCE Neoplasias da Traqueia: Leiomioma Osteocondroma Condroma Adenocarcinoma Condrosarcoma Plasmocitoma Rabdomiosarcoma CCE Neoplasias do Plano Nasal: Fibroma Hemangioma CCE Linfoma Fibrosarcoma Melanoma Mastocitoma Tipo de Neoplasia Raras Animais de meia-idade geriátricos Osteocondroma: Ocorre em jovens em crescimento Raras Ocorrem em animais de meia-idade a geriátricos Rabdomioma: Ocorre jovens maduros Raras Incidência Benignos: Leiomioma Lipoma Osteocondroma Rabdomioma Malignos: Adenocarcinoma Condrosarcoma Fibrosarcoma Linfoma Melanoma maligno Osteosarcoma Rabdomiosarcoma CCE Benignos: Leiomioma Osteocondroma Condroma Malignos: Adenocarcinoma Condrosarcoma Plasmocitoma Rabdomiosarcoma CCE Comportamento Biológico Benigno: Fibroma Hemangioma Maligno: CCE (mais comum) Linfoma Fibrosarcoma Melanoma Mastocitoma CCE: Mucosa das narinas Plano externo Localização QUADRO 18. Neoplasias do sistema respiratório no cão Malignos: Ocorrem metástases Locais: Linfonodos Pulmões Malignos: Localmente invasivo Ocorrem metástases Raras nos linfonodos Metástases Ressecção dos anéis traqueais Osteocondroma: Excisão cirúrgica CCE Superficial: Criocirurgia Laser Fotodinâmicoterapia Irradiação CCE invasivo: Excisão cirúrgica Ressecção do palato nasal Radioterapia Quimioterapia Não invasivos: Excisão cirúrgica Lipoma: Quimioterapia Radioterapia Tratamento Benignos: Bom Malignos: Pouco favorável Benignos: Bom Malignos: Pouco favorável CCE superficial: Bom CCE invasivo: Pouco favorável Prognóstico 3 Raro Afecta animais jovens a geriátricos Predisposição: Macho Cães que vivem em ambientes poluídos Incidência Muito rara Afecta cães geriátricos Bibliografia do Quadro 18 Neoplasias Nasosinusais: Fibroma Fibroma Malignos: Adenocarcinomas CCE Fibrosarcoma Condrosarcoma Osteosarcoma Sarcoma indiferenciado Linfoma Mastocitoma Hemanagiosarcoma Neoplasias dos Pulmões: Adenocarcinoma/ Carcinoma Carcinoma Anaplásico CCE Sarcomas Tipo de Neoplasia Benignos: Fibroma Malignos: Adenocarcinomas CCE Fibrosarcoma Condrosarcoma Osteosarcoma Sarcoma indiferenciado Malignos menos frequentes: Linfoma Mastocitoma Hemangiosarcoma Comportamento Biológico Benignos: linfomatóide granulomatoso (raro) Maligno: Adenocarcinoma/ Carcinoma Carcinoma Anaplásico CCE Sarcomas (Raro Localização Alvéolos Brônquios Linfonodos regionais Pulmões Locais menos frequentes: Ossos Fígado Rins Pele Cérebro Metástases Frequentes Via linfática Sistema nervoso Central QUADRO 18. Neoplasias do sistema respiratório no cão, continuação Radioterapia Cirúrgia Citoredutiva Tratamento Resseção do lobo afectado Toracotomia Pneumonectomia Quimioterapia Pouco favorável Prognóstico Variável, dependente do: Tamanho Metástases Incidência Comportamento Biológico Malignos: Hemangiosarcoma Quimiodectoma Condrosarcoma Fibrosarcoma Rabdmiosarcoma Benignos: Fibroma Condroma Hemangioma Teratoma Base do coração Pericardio Miocardio Neoplasias benignas e malignas: Átrio da aurícula direita Localização Ocasional Metástases Resseção cirúrgica muitas vezes impossível devido a posteriores complicações Radioterapia Quimioterapia Tratamento Pouco favorável Prognóstico 3 Kissebert (2007) Bibliografia do Quadro 18 th Turek MM, Lana SE (2007). Canine nasosinal tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 525, 526, 528 -536. th White RN, Lascelles BD (2003). Tumors of the respiratory system and thoracic cavity. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 259–274. th Withrow SJ (2007). Cancer of the larynx and trachea. . In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 515, 516. th Withrow SJ (2007). Lung cancer. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 517-520, 523. th Withrow SJ (2007). Cancer of the nasal planum. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 511- 514 2 Bibliografia do Quadro 19 nd Kirpensteijn J (2003). Neoplasia of the heart. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition ) Gloucester. British Small Animal Veterinary association: 809-812. th White RN, Lascelles BD (2003). Tumors of the respiratory system and thoracic cavity. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 269- 271. 1 Hemangiosarcoma Animais de meia-idade a (mais comum) geriátricos Quimiodectoma Hemangioma: (corpo aórtico) Pastor Alemão (Segunda mais Golden Retriever1 comum) Neoplasias do corpo aórtico: Condroma Braquicefalos Boxer, Boston Condrosarcoma Terrier, Bulldog Inglês e PasFibroma tor Alemão1 Fibrosarcoma Hemangioma Rabdmiosarcoma Teratoma Bibliografia do Quadro 192 Tipo de Neoplasia QUADRO 19. Neoplasias do coração no cão 1 Knapp (2007) Neoplasias Uretrais: Fibroma Leiomioma TCC CCE Neoplasias do músculo liso Condrosarcoma Neoplasias das Bexiga: Leimioma Hemangioma Fibroma Carcinoma das células tansicionais Adenocarcinoma CCE Rabdomiossarcoma embrional Carcinoma indiferenciado Leiomiosarcoma Hemangiosarcoma Fibrosarcoma Linfoma Tipo de Neoplasias Neoplasias do sistema urinário menos comuns Ocorrem em animais geriátricos Pouco comum Neoplasia do tracto urinário mais comum Predisposição: Fémeas Animais gériatricos Raças indeterminadas Animais expostos a insecticidas tópicos e herbicidas Obesidade Administração de ciclofosfamida Raças predispostas: Scottish Terrier, Pastor Alemão Beagle,Wirehaired Fox Terrier Schnauzer Miniature, Poodle Miniatura Labrador Retriever, Golden Retriever Shetland Sheepdog1 Incidência Benigno: Fibroma Leiomioma Maligno: TCC CCE Neoplasias do músculo liso (menos frequente) Condrosarcoma Comportamento Biológico Benignos: Leimioma Hemangioma Fibroma Malignos: Carcinoma das células tansicionais (TCC) Adenocarcinoma CCE Rabdomiossarcoma embrionario Carcinoma indiferenciado Leiomiosarcoma Hemangiosarcoma Fibrosarcoma Linfoma Localmente invasiva QUADRO 20. Neoplasias do sistema urinário no cão Pode estender-se para além da bexiga até órgãos adjacentes: Próstata Vagina Ureteres Recto TCC Trígono Localização Frequentes Locais: Linfonodos Outros órgãos pélvicos e abdominais Osso pélvico Comuns Locais: Linfonodos Pulmões Fígado Ossos pélvicos Ilíaca interna Metástases Ressecção cirúrgica Excisão cirúrgica seguida de reconstrução uretral Cistectomia parcial Excisão cirúrgica dificultada pela localização e por complicações secundárias Quimioterapia Radioterapia Tratamento Benignas: Favorável Malignas: Reservado Pouco favorável Benignas: Favorável Malignas: Reservado Pouco favorável Prognóstico 1 Raras Benigno: Leiomioma Malignos: Leiomiosarcoma TCC Comportamento Biológico Benignas: Adenoma Fibroma Hemangioma Neoplasia das células intersticiais Leiomioma Papiloma das células transicionais Malignos: Adenocarcinoma/ carcinoma Fibrosarcoma hemangiosarcoma TCC Linfoma Extensão para a pélvis renal e para a bexiga Localização th Comum Locais: Órgãos abdominais Ocorrem Local: Pulmões Metástases Ureteronefrectomia para neoplasias não invasivas Nefrectomia Quimioterapia Tratamento Malignas: Reservado Pouco favorável Benignas: Favorável Pouco favorável Prognóstico Knapp DW (2007). Tumors of the urinary system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 649, 651- 657. nd White RN (2003). Tumours of the urogenital tract. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 243-249. 1 Incidência Pouco comum Afecta animais geriátricos Predisposição: Machos Bibliografia do Quadro 20 Neoplasias dos Ureteres: Leiomioma Leiomiosarcoma TCC Neoplasias Renais Adenoma: Fibroma Hemangioma Neoplasia das células intersticiais Leiomioma Papiloma das células transicionais Tipo de Neoplasias QUADRO 20. Neoplasias do Sistema urinário no cão, continuação Incidência Raras Representam 0,3% a 0.4% de todas as neoplasias Ocorrem em geriátricos Benigno: Fibroma Fiboleiomioma Leiomioma Adenoma Maligno: Fibrosarcoma Leiomiosarcoma Adenocarcinoma Linfoma Benigna: Teratoma Maligno: Disgerminoma Teratoma Benignas: Cistadenoma Adenoma papilar Malignas: Cistadenocarcinoma Adenocarcinoma papilar Benignas: Teratoma Luteoma Malignas: Neoplasias das células granulosas Comportamento Biológico Adenocarcinoma: Endométrio Localização Tratamento Pouco comuns Ovarioctomia Adenocarcinoma papilar: Ovariohisterectomia Rins Quimioterapia Pulmões Parótida Omento Fígado Pouco comuns Ovarioctomia Rins Ovariohisterectomia Omento Quimioterapia Fígado Linfonodos abdominais Pulmões Pouco comuns Ovarioctomia Disgerminoma: Ovariohisterectomia Linfonodos abdomiQuimioterapia nais Fígado Rins Omento Pâncreas Glândulas adrenais Linfonodos Ovariohisterectomia Pulmões Olhos Cérebro Bexiga Cólon Diafragma Metástases QUADRO 21. Neoplasias do sistema reprodutor feminino no cão, continuação Neoplasias Uterinas e do Cérvix: Fibroma Fiboleiomioma Leiomioma Adenoma Fibrosarcoma Leiomiosarcoma Adenocarcinoma Linfoma Neoplasias dos Ovários Neoplasias Comum, 50% do Tecido Epitelial: das neoplasias Cistadenoma dos ovários Adenoma papilar Cistadenocarcinoma Adenocarcinoma papilar Neoplasias das Neoplasias do células granuloEstroma Gonadal: sas Teratoma Representa Luteoma 50% das neoNeoplasias das plasias ováricas células granulosas Luteoma é raro Representam Neoplasias das 6%-12% das Células Germinatineoplasias ovávas: ricas Teratoma Disgerminoma Teratoma Tipo de Neoplasias QUADRO 21. Neoplasias do sistema reprodutor feminino no cão Benignas: Favorável Malignas: Reservado Benignas: Favorável Malignas: Reservado Benignas: Favorável Malignas: Reservado Benignas: Favorável Malignas: Reservado Prognóstico Representam 2,4% a 3% de todas as neoplasias Leiomioma: Cadelas geriátricas não castradas Linfoma/ TVT Afecta jovens Predisposição racial: 1 Boxer Incidência Comportamento Biológico Benignas: Leiomioma Fibroma Fibroleiomioma Lipoma Malignas: Leiomiosarcoma Adenocarcinoma TVT CCE Hemangiosarcoma Osteosarcoma Mastocitoma Músculo liso Leiomiomas: Vestibulo vagina Localização da Leiomiosarcoma Metástases distantes Metástases Excisão cirurgica para neoplasias benignas não invasivas Ovarioctomia Ovariohisterectomia TVT: Radioterapia Tratamento Benignas: Favorável Malignas: Reservado Prognóstico Klein (2007) th Klein MR (2007). Tumors of the female reproductive system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 610 - 616. nd White RN (2003). Tumours of the urogenital tract. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 249-253. 1 QUADRO 22. Neoplasias do sistema reprodutor masculino no cão Leiomioma Fibroma Fibroleiomioma Lipoma Leiomiosarcoma Adenocarcinoma Tumor venéreo transmissível (TVT) CCE Hemangiosarcoma Osteosarcoma Mastocitoma Neoplasias Vaginais e Vulvares: Tipo de Neoplasias 1 Pouco comum Ocorre em geriátricos Benignas: Fibroma Leiomioma Malignas: Adenocarcinoma Leiomiosarcoma CCE CCT Carcinoma indiferenciado Localmente invasivos Benignas: Teratoma Malignas: Seminoma Animais geriátricos Ambientes carcinogénios aumentam o risco de semiomas Comportamento Biológico Benignas: Neoplasias das células intersticiais (Leydig) Malignas: Neoplasias das células de Sertoli Incidência Predisposição: Criptorquidismo unilateral e bilateral Cãs geriátricos Boxer, Pastor Alemão, Afghan Hound, Weimaraner e Shetland Sheepdog1 Fan & Lorimier (2007) Neoplasias Prostáticas: Fibroma Leiomioma Adenocarcinoma Leiomiosarcoma CCE CCT Carcinoma indiferenciado Neoplasias das células germinativas: Teratoma Seminoma Neoplasias do Estroma gonadal: Neoplasias das células intersticiais Neoplasias das células de Sertoli Neoplasias Testiculares Tipo de Neoplasias Epitélio Tecido mesenquimatoso Localização Comuns Locais: Osso Linfonodos Pulmões Pouco comuns Locais: Linfonodos de drenagem Disseminação: pelo fígado, parenquima pulmonar, rins, baço, adrenais, pancreas, pele, olhos e sistema nervoso central Pouco comuns Locais: Linfonodos de drenagem Disseminação: pelo fígado, parenquima pulmonar, rins, baço, adrenais, pâncreas, pele, olhos e sistema nervoso central Metástases Prostatectomia (acarreta complicações secundárias) Quimioterapia Radioterapia Orquiectomia Quimioterapia Radioterapia Tratamento Reservado Benignas: Favorável Malignas: Pouco favorável Prognóstico Bibliografia do Quadro 22 Raras Afecta animais geriátricos TVT: Ocorre em animais jovens sexualmente activos É enzoótico Comum nas zonas mediterrânea, Caraíbas e no Norte-oriente dos USA Incidência Comportamento Biológico Benigno: Papiloma Maligno: CCE TVT Hemangiosarcoma Localização Pouco comuns Linfonodos Órgãos abdominais Metástases th Excisão cirúrgica parcial Amputação Radioterapia Quimioterapia Tratamento Favorável ao CCE TVT Pouco favorável: Mastocitoma Prognóstico Fan MT, Lorimier LP (2007). Tumors of the male reproductive system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 637, 638, 640, 641, 643, 645, 646. nd White RN (2003). Tumours of the urogenital tract. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 253-258. 1 1 Neoplasias do Pénis: Papiloma CCE TVT Hemangiosarcoma Tipo de Neoplasias QUADRO 22. Neoplasias do sistema reprodutor masculino no cão, continuação 1 Incidência Segunda neoplasia primária do osso mais comum Afecta animais de meia-idade Raça predisposta: 1 Golden Retriever Mais comum Afecta animais de meia-idade e geriátricos Animais mais jovens também são afectados Predisposição: Animais com excesso de peso Machos de grande porte Raças predispostas: São Bernado, Great Dane, Irish Setter, Doberman Pincher, Rottweiler, Pastor Alemão e 1 Golden Retriever Dernell et al (2007) Condrosarcoma Osteosarcoma Tipo de Neoplasias Maligno Comportamento Biológico Maligno Ossos chatos Cavidade nasal é mais frequente Costelas Ossos longos Pélvis Vértebras Ossos faciais Dígitos Osso peniano Tecidos moles Esqueleto apendicular: Região metafisária Rádio distal Úmero proximal Esqueleto Axial: Mandíbula Maxila Espinha Crânio Costelas Pélvis Cavidade nasal Seios paranasais Tecidos moles (pouco frequente) Localização QUADRO 23. Neoplasias do sistema esquelético no cão Frequentes Locais: Pulmões Medula óssea Linfonodos regionais Metástases Radioterapia Rinotomia Ressecção bloco Amputação Amputação Quimioterapia Radioterapia paliativa Imunoterapia Adjuvante em Tratamento Variável Pouco favorável Prognóstico Pouco comum Raro Raças predispostas: Boxer, Pastor Alemão, Golden Retriever e raças indeterminadas1 Pouco comum Afecta adultos Raro Afecta aniamais de meiaidade a mais velhos de qualquer porte Raças predispostas: Boxer, Pastor Alemão e 1 Great Dane Incidência Ossos chatos Crânio Crânio Vértebra Maligno Benigno (Existe uma dificuldade em distinguir o Fibrosarcoma do osteosarcoma) As múltiplas lesões dificultam a determinação no local primário Localização Maligno Comportamento Biológico Maligno Comuns Pulmões Pulmões Fígado Coração Baço Músculos esqueléticos Rins Cérebro Ossos Metástases Ressecção cirúrgica Excisão cirúrgica Quimioterapia Radioterapia Excisão cirúrgica Ressecção cirúrgica completa Quimioterapia adjuvante Tratamento Após uma ressecção cirúrgica incompleta a neoplasia pode recorrer Pouco favorável Prognóstico Thompson & Pool (2002) nd Dernell WS (2003).Tumours of the skeletal system. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 179-194. th Dernell WS, Ehrhart NP, Straw RC, Vail DM (2007). Tumors of the skeletal system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 540, 543, 545, 549-573. th Thompson KG, Pool RR(2003). Tumors of bones. In Mueten DJ. Tumors in Domestic Animals. (4 Edition) Ames. Iowa State Press: 389. 1 Osteoma Osteocondrosarcoma Multilobular Fibrosarcoma Hemangiosarcoma Tipo de neoplasias QUADRO 23. Neoplasias do sistema esquelético no cão, continuação Incidência Neoplasias da glândula pituitária: Adenoma Carcinoma Neoplasia do plexo coróide: Papiloma do plexo coróide Gliomas: Astrocytoma Oligodendrocitoma Neoplasias de origem Neural: Gangliocitoma Meduloblastoma Meningioma Neoplasias Primárias/ Neoplasias Secundárias Comum Predisposição racial: Braquicéfalos Raras Ocorrem em animais jovens Neoplasias Primarias: Predisposição racial: Boxer, Golden Retriever, Doberman, Scottish Terrier e o English Sheepdog Ocorrem em qualquer idade, contudo, aumenta a sua incidência aos 5 anos de idade Neoplasias cerebral mais comum Dolicéfalos Neoplasias do Cérebro (Intracranial) Tipo de Neoplasia Locais: Cérebro Pulmões : Adenoma Pituitário é ocasionalmente maligno Extracraniais Metástases Locais: Cérebro Pulmões Meninges: Base do cérebro Hemisfério cerebral convexo Células da Glia: Lobo frontal Lobo piriforme Localização Ocasionalmente maligna Maligno Comportamento Biológico QUADRO 24. Neoplasias do sistema nervoso no cão Irradiação Radioterapia Excisão cirúrgica Radioterapia Cirurgia: neoplasias solitárias não invasivas (Acarreta vários riscos) Radioterapia Tratamento Prognóstico Neoplasias primarias: Ocorrem com pouca frequência Meningioma é a mais frequente Incidência Bibliografia do quadro 24 Comportamento Biológico Localização Pouco comuns Local: Pulmões Metástases nd Excisão é difícil Linfoma: Radioterapia quimioterapia Cirurgia Quimioterapia para os linfomas Tratamento Pouco favorável Variável Prognóstico Jeffery N (2003). Tumours affecting the nervous system. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 317 – 328. th LeCouteur RA, Withrow SJ (2007). Tumors of the nervous system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 659, 660, 662, 663, 665-674, 676, 679. 1 1 Neoplasias Primárias: Neoplasia do nervo cranial Neoplasia do nervo espinal Neoplasia do nervo radial Linfoma Não são frequentes Neoplasias do Tecido Nervoso Periférico Neoplasia Primária: Meningiomas Linfoma Neoplasias Secunárias: Haemingiomas Neoplasias da medula espinal Tipo de Neoplasia QUADRO24. Neoplasias do sistema nervoso no cão, continuação Incidência 2 1 Morris & Dobson (2001) Ramsey (2003) Neoplasia da Medula Adrenal: Feocromocitoma Pouco comum no cão Afecta animais geriátricos Boxer 1 Neoplasias da Glândula Pituitária Desordem endócrina mais comum Afecta animais de meiaidade a geriátricos Adenoma Pituitário: Predisposição racial: Microadenomas Poodle, Dashshund, Macroadenomas Beagle, Boxer, Pastor Alemão e Boston Terrier1 Raças de pequeno porte2 Neoplasias da Glândula Adrenal Raças de grande porte Neoplasias AdrenoPredisposição racial: corticais: Poodle, Pastor Alemão Adrenocarcinoma Daschund e Labrador adrenal Retriever1 Carcinoma Adrenal Predisposição das Adenomas adrenal fêmeas Tipo de Neoplasia A maioria é maligna Benigno Invade cava a veia Pouco comuns Metástases distantes: Órgãos abdominais Linfonodos regionais Fígado Baço Rins Cérebro Ossos Excisão cirúrgica Adrenolectomia Mitotane Trilostae Keticonazole Tratamento A maioria é maligna Adrenocarcinoma adrenal Carcinoma Adrenal Adenoma adrenal (benigno) Comuns Metástases Hipofisectomia Correcção dos níveis de cortisol: Trilostane Mitatone Ketoconazole Radioterapia Invadem a veia cava e a aorta Localização Benigno Comportamento Biológico QUADRO 25. Neoplasias endócrinas no Cão Reservado Desconhecido Suspeita-se que a maior parte dos animais não sobrevivem um período extenso Prognóstico Pouco comuns Afectam animais de meia-idade a geriátricos Predisposição racial Beagles, Boxer, Golden Retriever1 Neoplasias da Tiróide: Adenomas Adenocarcinoma Carcinoma da tiróide 2 1 Morris & Dobson (2001) Bailey & Page (2007) Neoplasias da Glândula Paratiroide: Adenoma da paratiroide Adenocarcinomas Pouco comum Ocorre em geriátricos Predisposição racial: Keeshounds, Labrador Retriever e Pastor Alemão2 Neoplasias Pancreáticas Endócrinas Pouco comum Afecta animais ente os 3 a 14 anos de idade Insulinoma Predisposição sexual: (neoplasia das célu- Raças de médio e granlas B) de porte Labrador Retriever, Golden Retriever, Pastor Alemão e Irish Setter Pouco comum Gastrinoma Afecta animais de meia(Neoplasias das célu- idade las D) Incidência Tipo de Neoplasia Comuns Locais: Linfonodos Fígado Geralmente maligno Ocorrem Comuns Locais: Pulmões Linfonodos regionais Metástases Comuns Locais: Linfonodos regionais Fígado Pulmões (é raro) Células epiteliais dos folículos da tiróide Localização Geralmente maligno Comportamento Biológico Benigno: Adenomas Maligno: Adenocarcinoma Carcinoma da tiróide (mais comum) Localmente invasivo Benigno: Adenoma da paratiroide Maligno: Adenocarcinomas QUADRO 25. Neoplasias endócrinas no cão Ressecção cirúrgica Inibidores da secreção ácida Parcial pancreatectomia e acompanhamento posterior Remoção da gandula e tratamento da hipocalcémia Sem invasão dos tecidos: Excisão cirúrgica Tiroidectomia Quimioterapia Tratamento Pouco favorável Cirúrgica com uma baixa taxa de sucesso devido às metástases Reservado Complicações cirurgias Recorrências Favorável Variável Prognóstico Comportamento Biológico Localização Metástases th Excisão cirúrgica Tratamento Pouco favorável Eutanásia Prognóstico Bailey DB, Page RL (2007). Tumors of the endocrine system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 583 – 602. Morris J, Dobson J (2001). Endocrine system. Skin.Small Animal Oncology (First Published). Blackwell Science: 204- 227. nd Ramsey I (2003). Endocrine tumors. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 297- 314. 1 Bibliografia do Quadro 25 Muito raro Glucagonoma (Neoplasias das células A) 1 Incidência Tipo de Neoplasia QUADRO 25. Neoplasias endócrinas no cão 1 Incidência Afectam animais geriátricos Comum Afectam animais mais velhos Papiloma ocular: Afecta cachorros Prediposição racial: Boxer, Collie, Wimaraner, Cocker Spaniel, Springer Spaniel, Beagles, Huskie Siberiano, Setter English e raças 1 indeterminadas CCE: Exposição à radiação solar é um factor predisponente Miller & Dubielzig (2007) Neoplasias Orbitais: Neoplasias primárias: Osteosarcoma Fibrosarcoma Meningioma orbital Adenocarcinoma Melanoma maligno Mastocitoma Neoplasias secundárias: CCE Adenocarcinoma nasal Meningioma cerebral Linfoma Neoplasias Pálpebras: Adenoma das Glâdulas sebáceas Melanoma benigno Papiloma escamoso Melanoma maligno Adenocarcinoma sebáceo Histiocitoma Mastocitoma Tumor das células basais Tipo De Neoplasia Malignas Comportamento Biológico Benignos: (mais frequentes) Adenoma das Glândulas sebáceas Melanoma benigno Papiloma escamoso Malignos: (pouco comuns) Melanoma maligno Adenocarcinoma sebáceo Histiocitoma Mastocitoma Tumor das células basais Localmente invasivos QUADRO 26. Neoplasias oculares no cão Neoplasias secundarias: Cavidade nasal Seios paranasais Cavidade cranial Cavidade oral Pele Localização Comuns Locais: Pulmões Linfonodos Regionais Raras, excepto o melanoma Metástases Neoplasias primárias: Ressecção cirúrgica Orbitotomia (complicações secundárias) Neoplasias secundárias: excisão cirúrgica preferível Ressecção cirúrgica Criocirurgia Quimioterapia adjuvante para mastocitomas Papiloma e histocitoma em cães jovens regridem espontaneamente Tratamento Reservado a pouco favorável Favorável: para neoplasias benignas Adenoma das glândulas sebáceas poderá apresentar recorrências locais Reservado: Para neoplasias malignas Prognóstico 1 Miller & Dubielzig (2007) Comportamento Biológico Benigna: Papiloma Maligna: Adenocarcinoma Melanoma Mastocitoma Linfoma Adenocarcinoma: localmente invasivo Benigna: Papiloma Maligna: Adenocarcinoma Melanoma Mastocitoma Linfoma Benigno Localmente invasivos para a córnea Raras Animais de meiaidade a geriátricos Raras nos cães Incidência Neoplasias Oculares Primarias Neoplasia mais comum do tracto ocular Afecta cães adultos Melanoma Limbal Predisposição: Fêmeas Pastor Alemão1 Neoplasias do Nervo Óptico: Meningioma Intraorbital Neoplasias da Terceira Pálpebra: Neoplasias primárias: Papiloma Adenocarcinoma Melanoma Mastocitoma Neoplasias secundarias: Linfoma Neoplasias da conjuntiva: Neoplasias primárias: Papiloma Adenocarcinoma Melanoma Mastocitoma Neoplasias secundarias: Linfoma Tipo de Neoplasia QUADRO 26. Neoplasias oculares no cão, continuação Região limbal Localização Metástases Queratectomia/ Esclerectomia presidida de excerto Criocirurgia Laser fotocoagulação Enucleação Enucleação Melanoma: Excisão cirúrgica ampla combinada com criocirurgia Adenocarcinomas: Remoção Exenteração se a neoplasia invadir a órbita Tratamento Favorável Reservado Prognóstico Incidência Pouco frequentes Afecta animais de meia-idade Predisposição Racial: 1 Labrador Retreiver Raro Ocorre em animais de meia-idade Predisposição racial: Raças de porte médio e grande porte Labrador Retriever1 Maioria benigna Adenomas Adenocarcinomas (maligna) Menos frequentes: Meduloepiteliomas Astrocitomas Aparentam ser benignos Adenocarcinoma: Invade o trato uveal e a esclera Localização Incomuns Muito pouco frequentes Pouco frequentes Metástases Enucleação Ressecção intraocular local Fotoabalação a laser Enucleação em lesões pequenas e sem envolvimento do nervo óptico Enucleacção Excisão local Fotoablação a laser Tratamento Gould (2007) nd Gould D (2003). Ocular tumors. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 329–336. th Miller PE, Dubielzig (2007). Ocular tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 686–696. 1 Neoplasias Epeteliais do Corpo Ciliar: Adenomas Adenocarcinomas Meduloepiteliomas Astrocitomas Melanoma Coroide Melanoma Uveal A maioria é benigna Localmente invasivas Comportamento Biológico Neoplasia intraocular mais comum Afecta animais geriátricos Neoplasias Oculares Primarias, continuação Tipo De Neoplasia QUADRO 26. Neoplasias oculares no cão, continuação Variável Pouco Favorável: Quando há envolvimento do nervo óptico Bom Prognóstico 2 1 Pouco comum Predisposição machos em Benigno Benigno Baixa malignidade Comum Afecta gatos mais velhos Predisposição racial: Siamês, Himalaias e Persa2 Shearer & Dobson (2008) Withrow & Vail (2007) Hiperplasia das Glândulas Sebáceas Glândulas Sebáceas: Carcinoma das Células Basais Carcinoma das Células Escamosas Papiloma Cutâneo Maligno A maioria é localmente invasiva Relativamente raro Surge mais em geriátricos Comportamento Biológico Benigno Comum Afecta animais mais velhos Predisposição: Gatos de pelo curto1 Gato Himalaia, Siamês e Persa1 Incidência Tipo de Neoplasia QUADRO 27. Neoplasias epitelias no gato Cabeça Neoplasias Anexais Cabeça Pescoço Tórax Dorso Zonas com mais escassez de pêlo Plano Nasal Pálpebras Aurícula da orelha Zona ventral da língua, de origem vírica Papiloma múltiplo ocorre em qualquer parte do corpo Localização Raramente mestastiza Metástases nos linfonodos regionais Metastiza lentamente Metástases nos linfonodos e pulmões Metástases Excisão cirúrgica Retinóide Excisão cirúrgica normalmente curativa. Ampla excisão cirúrgica Ablação por laser ou crioterapia para lesões pequenas e superficiais Radioterapia para lesões irressecáveis Excisão cirúrgica Interferões Retinóide Regressão espontânea Tratamento Não foram reportadas reincidências. Bom se a neoplasia exibir um comportamento benigno Prognóstico variável sendo mais favorável em lesões pequenas e bem diferenciadas Bom Prognóstico Incidência Raro Raro Animais de meia-idade ou geriátricos Adenoma das Glandulas Sudoríparas Pouco comum Glandulas Sudoriparas (Apócrinas) Adenocarcinoma dos Sacos Anais Glândulas Perianais Adenocarcinoma das Glândulas Sebáceas Adenoma das Glândulas Sebáceas Gatos mais velhos É relativamente incomum Persa Glandulas Sebáceas (continuação) Raros Epitelioma Sebáceo Tipo de Neoplasia Benigno Maligno Localmente invasivo Benigno Benigno Comportamento biológico Localização Cabeça Sacos Anais Pálpebras Membros Pálpebras Membros Cabeça, especialmente nas pálpebras QUADRO 27. Neoplasias epiteliais no gato, continuação Metastiza nos linfonodos, no final da doença Metástases Excisão cirúrgica Exisão Linfadenectomia Considerar radioterapia Excisão cirúrgica agressiva Radioterapia adjuvante Excisão cirúrgica (Comportamento similar à hiperplasia das glândulas sebáceas) Excisão cirúrgica Tratamento Bom Reservado Reservado Bom Pode desenvolver lesões noutros locais ao longo do tempo Bom Prognóstico Incidência 1 Raro Muito raro em gatos Raro Comum em geriátricos Rara Vail & Withrow (2007) Tricolemoma Pilomatricoma Tricofoliculoma Tricoblastoma Folículos Pilosos Neoplasias das Glândulas Ecrinas Adenocarcinoma das Glândulas Sudoríparas Pouco comum Usualmente ocorre gatos geriátricos 1 Siamês em Glandulas Sudoriparas (Apócrinas), continuação Tipo de Neoplasia Benigno Benigno Benigno Benigno Frequentemente malignos Maligno Localmente invasivo Comportamento Biológico Localização Cabeça Pescoço Tronco Membros Folículos pilosos Zona cranial do tronco Almofadas plantares Dedos Membros Abdómen QUADRO 27. Neoplasias epiteliais no gato, continuação Poderá ocorrer metastização após cirurgia Metástases nos: Linfonodos Pulmões Ossos Metastizam rapidamente para os linfonodos locais Metástases Pulmonares Metástases Excisão cirúrgica Excisão cirúrgica Excisão cirúrgica Excisão cirúrgica Ampla excisão cirúrgica Castração Tratamento com estrogenios Ampla excisão cirúrgica Radioterapia adjuvante Tratamento Bom Bom Bom Reservado Reservado Prognóstico Benigno Benigno Rara Comportamento Biológico Pouco comum Persai Incidência Cauda Membros Localização Metástases Excisão cirúrgica Criocirúrgia Retinoídes para lesões múltiplas Excisão cirúrgica Tratamento Excelente Bom Prognóstico Gross (2005) nd Brearley MJ (2003). Epithelial and other solitary skin tumours. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 154–160. th Goldschmidt MH, Hemdrick HJ (2002). Tumors of the skin and soft tissues. In Mueten DJ. Tumors in Domestic Animals. (4 Edition) Ames. Iowa State Press: 46-48, 51, 58 nd Gross LT, Ihrke PJ, Walder EJ, Affolter VK (2005). Follicular tumors. Skin Disease of the Dog and Cat, Clinical Histopathologic Diagnosis. (2 Edition) Oxford. Blackwell Publishing: 616, 622,624, 626. th Lemarie SL (2008). Dermatologic System. In Morgan RV. In Handbook of Small Animal Practice. (5 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 870–877. Morris J, Dobson J (2001). Skin.Small Animal Oncology (First Published) .Blackwell Science: 53-56. th Turek MM, Withrow SJ (2007). Perianal tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 503 -505, 508, 509. th Vail DM, Withrow SJ (2007). Tumors of the skin and subcutâneos tissues. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 381- 389. i Epitelioma Intracutâneo Cornificante Tricoepitelioma Folículos Pilosos, continuação Tipo de Neoplasia Neoplasias Anexais (continuação) QUADRO 27. Neoplasias epiteliais no gato, continuação 1 Incidência Ocasional Predisposição: Gatos de meia-idade a geriátricos Gatos castrados Raça predisposta: Siamês1 Muito raro Animas de meia-idade a geriátricos estão mais predispostos Neoplasia mesenquimatosa mais comum Forma multicêntrica ocorre em jovens Forma solitária ocorre em jovens ou geriatricos. Pouco comum Segundo Lemarie (2007) Liposarcoma Lipoma Fibrosarcoma Fibroma Tipo de Neoplasia Extremidades Cavidade oral Dorso Abdómen Cabeça Membros Maligno Benigno Região axial Extremidades Tronco Membros Metástases Raras Pouco frequentes Locais: Pulmão Fígado Baço Osso Neoplasia do Tecido Adiposo Benigno Maligno Localização Neoplasias do tecido Fibroso Comportamento biológico QUADRO 28. Neoplasias mesenquimatosas no gato Vigilância de pequenas lesões Excisão cirúrgica de lesões grandes e de crescimento rápido Ampla excisão cirúrgica Quimioterapia sistémica Excisão cirúrgica Amputação Radioterapia Quimioterapia Excisão cirúrgica Tratamento 104 Reservado a pobre Geralmente bom Lipomas infiltrados podem recorrer e destruir o tecido envolvente Bom para pequenas neoplasias quando são completamente removidas Reservado para neoplasias grandes, profundas ou inducidas por vacinas Bom Prognóstico Melanoma Melanocitoma Hemangiosarcoma Hemangioma Tipo de Neoplasia Pouco comum Mais em gatos com pelagem cinza e preta e com pelagem curta Animais mais velhos Pelagem preta ou cinza Menos frequente no gato Afecta animais geriátricos Raro Afecta animais de meiaidade a geriátricos Incidência Cabeça Aurícula da orelha Cabeça Tórax Cauda Benigno Maligno Neoplasias Melanocíticas Comportamento Localização Biológico Benigno Pele, fígado, baço, rins, língua, osso, coração Hemangioma Cutâneo: Abdómen ventral Região inguinal Zona medial das coxas axilas Maligno Baço, aurícula direita, fígado, pele, pericárdio, pulmões, rins, peritoneu e retroperitoneu Neoplasias Vasculares QUADRO 28. Neoplasias mesenquimatosas no gato, continuação Disseminação: via linfática até aos gânglios linfáticos e pulmões. Fígado; baço; cérebro; coração; medula óssea Linfonodos regionais Pulmões Locais distantes da derme Metástases Ampla excisão cirúrgica Radioterapia Quimioterapia paliativa Excisão cirúrgica Neoplasias cutâneas: Excisão cirúrgica ampla Neoplasias com maior estadiamento: Excisão cirúrgica mais quimioterapia adjuvante Excisão cirúrgica Tratamento 105 Reservado Recorrências e metástases são frequentes Bom Bom: neoplasias excisionadas com margens completas Reservado: neoplasias localmente invasivas e com metástases Bom Prognóstico Raro Afecta adultos Raça predisposta: Siamês1 Incidência Tronco Extremidades Cabeça Pescoço Localização Gânglios linfáticos Metástases Maligno Forma multifocal ou disseminada: SNC, fígado, baço, linfonodos, pulmões, mediastino, rins, bexiga, medula óssea Gânglios linfáticos Condições Cutâneas Histiocíticas e Granulomatosas Comportamento Biológico Forma compacta: Benigna Forma difusa: Maligno A maioria dos animais são eutanasiados Excisão cirúrgica Quimioterapia adjuvante Radioterapia adjuvante Tratamento Reservado Reservado Recorrência local Disseminação cirúrgica Prognóstico 106 Segundo Vail (2008) th Clifford CA, Skorupski KA (2007). Histocytic diseases. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 814, 821. nd Brearley MJ (2003). Epithelial and other solitary skin tumours. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 154-156. th Goldschmidt MH, Hemdrick HJ (2002). Tumors of the skin and soft tissues. In Mueten DJ. Tumors in Domestic Animals. (4 Edition) Ames. Iowa State Press: 78, 81, 86, 89, 94, 97, 99, 100, 105-107, 109, 114, 115. nd Kirpensteijn J, Rutteman GR (2003). Sarcomas of soft. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 196, 200, 201. th Lemarie SL (2008). Dermatologic System. In Morgan RV. In Handbook of Small Animal Practice. (5 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 870 – 877. th Lipak JM, Forresst LJ (2007). Soft tissue sarcomas. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 428 – 423; 435-441. Morris J, Dobson J (2001). Skin.Small Animal Oncology (First Published) .Blackwell Science: 58-63. nd Murphy S (2003). Mast cell tumours. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 161- 167. nd Shearer D, Dobson J (2008). Aproximación a los nodules y trayectos fistulosos. In Foster AP, Foil CS. Manual de Dermatologia en Pequeños Animales y Exóticos. (2 Edition) Barcelona. Ediciones: 81, 82, 85, 87, 88, 313 – 316, 323. th Thamm DH, Vail DM (2007). Mast cell tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 402 – 404, 406, 407, 411-420. 1 Sarcoma Histiocítcio Mastocitomas: Mastocítico Histiocítico Tipo de Neoplasia Mastocitoma QUADRO 28. Neoplasias mesenquimatosas no gato, continuação Fibroameloblastoma Epúlides Fibrosarcoma Carcinoma das células escamosas Melanoma maligno Tipo de neoplasia Neoplasia odontogénica mais comum Ocorre animais jovens Raro Ocorre em animais mais jovens Segunda neoplasia mais comum Afecta animais mais velhos Neoplasia oral mais comum Predisposição: Geriátrico Uso de coleira das pulgas Uso de comida enlatada (lata de atum) Exposição ao fumo do tabaco Raro Incidência Mandíbula e maxila (face rostral) Gengiva Palatina Lábios Faringe Língua Pré-molar da maxila Gengiva Boca Mucosa labial Gengiva Língua Faringe Tonsilas Localização Ausente Invade o osso Linfonodos regionais Pulmões Benigno Canino da maxila ou mandíbula Ausente Ressecção cirúrgica Imunoterapia Radioterapia Criocirurgia Mandibulectomia Maxilectomia Mandibulectomia Maxilectomia Excisão cirúrgica Radioterapia Quimioterapia Excisão cirúrgica Radioterapia Tratamento Excisão cirúrgica Criocirúrgia Mandibulectomia/ Maxilectomia Locais comuns: Linfonodos regionais Pulmões Metástases regionais e distais são pouco comuns Linfonodos regionais Pulmões Metástases Outras Neoplasias localizadas na Cavidade Oral Benigno Maligno Maligno Comportamento Biológico Elevada malignidade Neoplasias da orofaringe Quadro 29. Neoplasias do trato gastrointestinal no gato Favorável 107 Recorrências locais são comuns Variável Recorrências após cirurgia Pouco favorável Recorrências locais Reservado Prognóstico 1 Withrow (2007) Neoplasias Pancreáticas Exócrinas: Adenomas Adenocarcinoma Carcinoma pancreático Neoplasias Esofágicas: CCE Neoplasia das Glândulas Salivares: Lipoma Adenoma Adenocarcinoma Mastocinoma Osteosarcoma CCE Histocitoma fibroso maligno Tipo de neoplasia Pouco comum Afecta animais geriátricos Muito raro Predisposição: Fêmeas Raro Predisposição: Macho e geriatricos Siamês1 Incidência Benigno: Adenomas Maligno: Adenocarcinoma Carcinoma pancreático Comportamento Biológico Benignas: Lipoma, adenoma (mais raras) Malignas: Adenocarcinoma Mastocitoma Osteosarcoma CCE Hiscitotoma fibroso maligno Localmente invasivo Maligno CCE Localmente invasivo Porção medial Adenocarcinomas: Células acinares Ductos pancreáticas Carcinoma: Relativamente agressivo Invade estômago duodeno Terço médio do esófago, caudal à entrada do torácica Glândulas mandibulares Parótida Localização Adenoma: Ausentes Carcinoma: Fígado Linfonodos regionais Superfície peritoneal Linfonodos Comuns neoplasias malignas: Linfonodos regionais Metástases QUADRO 29. Neoplasias do tracto gastrointestinal no gato, continuação nas Radioterapia Quimioterapia Pancreatectomia Ressecção cirúrgica Pancreaticoduodenectomia Difícil tratamento: Estado avançado de muitos casos Ressecção cirúrgica (Acarreta complicações adicionais) Quimioterapia Radioterapia Excisão cirúrgica Radioterapia Sialoadenectomia Tratamento Pouco favorável Pouco favorável Desconhecido Prognóstico 108 Raro Linfomas gástricos: Animais jovens Incidência Neoplasias do Ducto Biliar Comum Adenoma do Ducto Predisposição: Biliar Machos Neoplasia maligna Carcinoma do hepatobiliar mais Ducto Biliar comum Rara Animais jovens Neoplasia Neuroendocrina/ Carcinoide Neoplasias Hepatocelulares Segunda neoplasia Carcinoma mais comum no Hepatocelular fígado Adenoma Mais comum nos Hepatocelular gatos Neoplasias Gástricas: Linfoma Gástrico CCE Adenocarcinoma Tipo de neoplasia Metástases Ductos Biliares Ductos Biliares Afecta mais que um lobo Maligno Maligno Fígado Benigno Benigno Fígado Linfonodos regionais Peritoneu Pulmões Coração Baço Glândulas Adrenais Pâncreas Tratamento Ressecção cirúrgica Quimioterapia Radioterapia Lobectomia Lobectomia Lobectomia Quimioterapia Radioterapia Excisão cirúrgica (Excepto para os linfomas) Gastrectomia parcial/ Antrectomia (seguidas de gastroduodenostomia) Quimioterapia para linfomas Radioterapia Metástases intraperitoniais difusas Neoplasias do fígado Cardia Curvatura menor Piloro Antro do estômago Localização Maligno Comportamento Biológico Maligno: Linfoma Gástrico CCE Adenocarcinoma QUADRO 29. Neoplasias do tracto gastrointestinal no gato, continuação Reservado Ressecção pouco eficaz cirúrgica Pouco favorável Ocorrem recorrências Favorável Pouco Favorável Prognóstico 109 Bibliografia do Quadro 29 Pouco comum Afecta animais mais velhos Predisposição: Macho Adenocarcinoma/Linfoma: Siames Linfoma: Animais jovens Raro Incidência Linfoma Adenocarcinoma Mastocitoma Leimiosarcoma Comportamento Biológico Maligno Linfoma: Jejuno Ílio Adenocarcinoma: Ílio Região íliocecal Mastocitoma: Intestino delgado Fígado Localização Fígado Pulmões Linfonodos regionais Baço Medulla ossea Linfonodos regionais Fígado Metástases Ressecção cirúrgica Quimioterapia Radioterapia Lobectomia Quimioterapia Tratamento Variável Pouco favorável Prognóstico 110 Costa JL, Santos PCG, Bissoli DG, Pena SB, Roger PR, Shimizu FA (2005). Maxilectomia parcial para o tratamento do epúlides acantomatoso em cão. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária.5 th Liptak JM (2007). Hepatobiliary tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 483–486; 488,489. th Lipak JM, Withrow SJ (2007). Oral tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 455–470. th Neiger R (2003). Tumours of the stomach. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 221, 222. th Neiger R (2003). Tumors of the liver. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 225, 226. th Selting KA (2007). Intestinal tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 491 – 500 th White RN (2003). Tumors of the intestines. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 229 – 232. th Withrow SJ (2007). Esophageal Cancer. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier:477,478. th Withrow SJ (2007). Exocrine pancreatic cancer. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 479. th Withrow SJ (2007). Gastric cancer. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 480–482. th Withrow SJ (2007). Salivary gland cancer. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 476. 1 1 Neoplasias do intestino: Linfoma Adenocarcinoma Mastocitoma Leimiosarcoma Hemangiosarcoma Tipo de Neoplasia QUADRO 29. Neoplasias do tracto gastrointestinal no gato, continuação Neoplasias da Traqueia: Leiomioma Osteocondroma Condroma Adenocarcinoma Condrosarcoma Plasmocitoma Rabdomiosarcoma CCE Neoplasias da Laringe: Linfoma CCE Adenocarcinoma Rabdomioma Neoplasias do Plano Nasal: Fibroma Hemangioma CCE Linfoma Fibrosarcoma Melanoma Mastocitoma Tipo de Neoplasia Malignos: Linfoma (mais comum) CCE Adenocarcinoma (mais raro) Benignos: Leiomioma Osteocondroma Condroma Malignos: Adenocarcinoma Condrosarcoma Plasmocitoma Rabdomiosarcoma CCE Raro Comportamento Biológico Benignos: Fibroma Hemangioma Malignos: CCE (mais comum) Linfoma Fibrosarcoma Melanoma Mastocitoma Raro Ocorre em animais de meiaidade a geriátricos Relativamente comum Predisposição: Animais geriátricos Com pigmentação clara Incidência CCE: Pálpebras Pele pré-auricular Aurícula da orelha Áreas de pêlo branco e não pigmentadas Localização QUADRO 30. Neoplasias do sistema respiratório no gato Locais: Linfonodos Pulmões Rabdomioma: Ausente Malignos: Frequentes Raras linfonodos nos Metástases Ressecção dos anéis traqueas Osteocondroma: Excisão cirúrgica CCE Superficial: Criocirurgia Laser Fotodinâmicoterapia Irradiação CCE invasivo: Excisão cirúrgica Ressecção do palato nasal Radioterapia Quimioterapia Tratamento Benignos: Bom Malignos: Pouco favorável CCE superficial: Bom CCE invasivo: Pouco favorável Prognóstico 111 Bibliografia do Quadro 30 Pouco comum Afecta geriatricos Muito raras Predisposição: Gatas mais velhas Incidência Comportamento Biológico Benignos: linfomatóide granulomatoso (raro) Maligno: Adenocarcinoma/ Carcinoma Carcinoma Anaplásico CCE Sarcomas (Raro) Benignos: Hemangioma Condroma Neurofibroma Malignos: Mais frequentes: Linfoma Adenocarcinoma CCE Menos frequentes: Fibrosarcoma Osteosarcoma Condrosarcoma Mastocitoma Localmente invasivos Alvéolos Brônquios Localização th Comuns Local: Linfonodos regionais Frequentes Via linfáticas Sistema nervoso Central Metástases Radioterapia Cirurgia Citoredutiva Ressecção do lobo afectado Toractomia Pneumonectomia Quimioterapia Tratamento Pouco favorável Variável, dependente do: Tamanho Metástases Prognóstico 112 Turek MM, Lana SE (2007). Canine nasosinal tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 525, 526, 528 -536. th White RN, Lascelles BD (2003). Tumors of the respiratory system and thoracic cavity. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 259 – 274. th Withrow SJ (2007). Cancer of the larynx and trachea. . In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 515, 516. th Withrow SJ (2007). Lung cancer. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 517-520, 523. th Withrow SJ (2007). Cancer of the nasal planum. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 511-514 1 1 Neoplasias Nasossinusais: Hemangioma Condroma Neurofibroma Linfoma Adenocarcinoma CCE Menos frequentes: Fibrosarcoma Osteosarcoma Condrosarcoma Mastocitoma Neoplasias dos Pulmões: Linfomatóide granulomatoso Adenocarcinoma/ Carcinoma Carcinoma Anaplásico CCE Sarcomas (Raro) Tipo de Neoplasia QUADRO 30. Neoplasias do sistema respiratório no gato, continuação Bibliografia do Quadro 31 Muito raras Incidência Comportamento Biológico Malignas Base do coração Pericárdio Miocárdio Localização Metástases nd Tratamento Pouco favorável Prognóstico 113 Kirpensteijn J (2003). Neoplasia of the heart. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition ) Gloucester. British Small Animal Veterinary association: 809-812. th White RN, Lascelles BD (2003). Tumors of the respiratory system and thoracic cavity. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 269- 271. 1 1 Hemangiosarcoma Linfoma Tipo de Neoplasia QUADRO 31. Neoplasias do coração no gato Benigno: Fibroma Leiomioma Maligno: TCC, CCE Neoplasias do músculo liso (menos frequente) Maligno: Linfoma (mais comum) Extremamente raras Raro no gato Linfoma: Animais jovens Raro no gato Benigno: Leiomioma Malignos: Leiomiosarcoma, TCC Comportamento Biológico Benignos: Leimioma Hemangioma Fibroma Malignos: CCT Adenocarcinoma CCE Rabdomiossarcoma embrional Carcinoma indiferenciado Leiomiosarcoma Hemangiosarcoma Fibrosarcoma Linfoma Localmente invasiva Incidência Pouco comuns Segunda neoplasia mais comum do tracto urinário Predisposição: Macho Ocorre em geriátricos th Localização Pode estenderse para além da bexiga até órgãos adjacentes como a próstata Metástases Comuns Locais: Linfonodos Pulmões Fígado Ossos pélvicos Quimioterapia Ressecção cirúrgica Excisão cirúrgica seguida de reconstrução uretral Tratamento Parcial cistectomia Excisão cirúrgica dificultada pela localização e por complicações secundárias Quimioterapia Radioterapia 114 Pouco favorável Benignas: Favorável Malignas: Reservado Pouco favorável Prognóstico Benignas: Favorável Malignas: Reservado Pouco favorável Knapp DW (2007). Tumors of the urinary system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 649, 651- 657. nd White RN (2003). Tumours of the urogenital tract. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 243-249. Neoplasias dos Ureteres: Leiomioma Leiomiosarcoma TCC Neoplasias Renais: Linfoma Neoplasias Uretrais: Fibroma Leiomioma TCC CCE Neoplasias do músculo liso Tipo de Neoplasias Neoplasias das Bexiga: Leimioma Hemangioma Fibroma Carcinoma das células Tansicionais (CCT) Adenocarcinoma CCE Rabdomiossarcoma embrional Carcinoma indiferenciado Leiomiosarcoma Hemangiosarcoma Fibrosarcoma Linfoma QUADRO 32. Neoplasias do sistema urinário no gato 1 1 Neoplasias das Células Germinativas: Teratoma Disgerminoma Teratoma Neoplasias do Estroma Gonadal: Teratoma Luteoma Neoplasias das células granulosas Neoplasias do Tecido Epitelial: Cistadenoma Adenoma papilar Cistadenocarcinoma Adenocarcinoma papilar Neoplasias dos Ovários Tipo de Neoplasias Peritoneu Linfonodos lombares Omento Diafragma Rins Fígado Baço Pulmões Comuns Disgerminoma: Linfonodos abdominais Fígado Rins Omento Pâncreas Glândulas adrenais Benigna: Teratoma Luteoma Malignas: Neoplasias das células granulosas Benigno: Teratoma Maligno: Disgerminoma Teratoma Adenocarcinoma papilar: Renal Pulmões Parótida Omento Fígado Metástases Representam 50% das neoplasias dos ovários Localização Benignas: Cistadenoma Adenoma papilar Malignas: Cistadenocarcinoma Adenocarcinoma papilar Comportamento Biológico Extremamente raras Incidência QUADRO 33. Neoplasias do sistema reprodutor feminino no gato Ovariectomia Ovariohisterectomia Quimioterapia Ovariectomia Ovariohisterectomia Quimioterapia Ovariectomia Ovariohisterectomia Quimioterapia Tratamento 115 Benignas: Favorável Malignas: Reservado Benignas: Favorável Malignas: Reservado Benignas: Favorável Malignas: Reservado Prognóstico Bibliografia do Quadro 33 Benigno: Fibroma Fiboleiomioma Leiomioma Adenoma Maligno: Fibrosarcoma Leiomiosarcoma Adenocarcinoma Linfoma Benignas: Leiomioma Fibroma Fibroleiomioma Lipoma Malignas: Leiomiosarcoma Adenocarcinoma TVT CCE Hemangiosarcoma Osteosarcoma Mastocitoma Raro Animais jovens e intactos estão predispostos Comportamento Biológico Raras Representam 0,2 a 1,5% de todas as neoplasias Incidência Adenocarcinoma: Endométrio Localização th Linfonodos Outros órgãos abdominais Pulmões Olhos Cérebro Ovários Glândula adrenal Rins Metástases Excisão cirurgica para neoplasias benignas não invasivas Ovarioctomia Ovariohisterectomia TVT: Radioterapia Ovariohisterectomia Tratamento Benignas: Favorável Malignas: Reservado Benignas: Favorável Malignas: Reservado Prognóstico Klein MR (2007). Tumors of the female reproductive system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 610 - 616. th White RN (2003). Tumours of the urogenital tract. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 249-253. 1 1 Neoplasias Vaginais e Vulvares: Leiomioma Fibroma Fibroleiomioma Lipoma Leiomiosarcoma Adenocarcinoma Tumor venéreo transmissível (TVT) CCE Hemangiosarcoma Osteosarcoma Mastocitoma Neoplasias do Uterinas e do Cérvix: Fibroma Fiboleiomioma Leiomioma Adenoma Fibrosarcoma Leiomiosarcoma Adenocarcinoma Linfoma Tipo de Neoplasia QUADRO 33. Neoplasias do sistema reprodutor feminino no gato, continuação 116 1 Raras Maligno Adenocarcinoma Maligno Raras Afecta gatos jovens Raras Afecta animais geriátricos Desconhecido Comportamento Biológico Raras Afecta gatos jovens Incidência Comuns Comuns Comuns Metástases Epitélio Tecido mesenquimatoso Localização th Quimioterapia Tratamento Prognóstico 117 Fan MT, Lorimier LP (2007). Tumors of the male reproductive system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 637, 638, 640, 641, 643, 645, 646. nd White RN (2003). Tumours of the urogenital tract. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 253- 258. Bibliografia do Quadro 34, 1 Neoplasias do Pénis e Prepúcio Neoplasias Prostáticas Neoplasias das Células Germinativas: Semioma Maligno Neoplasias do Estroma Gonadal: Neoplasias das Células Intersticiais (Leydig) Neoplasias das Células de Sertoli Neoplasias testiculares Tipo de Neoplasia QUADRO 34. Neoplasias do sistema reprodutor masculino no gato Incidência Raramente envolve o sistema esquelético Pouco frequente Segunda neoplasia mais comum do sistema esquelético Neoplasia do sistema esquelético mais comum Afecta animais mais velhos Bibliografia do Quadro 35 Maligno Maligno Maligno Comportamento Biológico Maligno Ossos chatos do crânio Esqueleto apendicular e axial Esqueleto apendicular Localização Esqueleto axial Esqueleto apendicular Membros posteriores Metástases Pouco frequentes nd Amputação Ressecção em bloco Radioterapia Quimioterapia adjuvante Ressecção cirúrgica completa Tratamento Ressecção cirúrgica Quimioterapia adjuvante para lesões axias Amputação Pouco Favorável Prognóstico Variável Pouco favorável para neoplasias localizadas no esqueleto axial 118 Dernell WS (2003).Tumours of the skeletal system. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 179-194. th Dernell WS, Ehrhart NP, Straw RC, Vail DM (2007). Tumors of the skeletal system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 540, 543, 545, 549-573. th Thompson KG, Pool RR (2003). Tumors of bones. In Mueten DJ. Tumors in Domestic Animals. (4 Edition) Ames. Iowa State Press: 389. 1 1 Hemangiosarcoma Condrosarcoma Fibrosarcoma Osteosarcoma Tipo de neoplasias QUADRO 35. Neoplasias do sistema esquelético no gato Comportamento Biológico Mais comuns: Canal vertebral lombar e torácico Localização Metástases nd Excisão é difícil Linfoma: Radioterapia quimioterapia Excisão cirúrgica Quimioterapia Meningioma: Excisão cirúrgica Tratamento Prognóstico 119 Jeffery N (2003). Tumours affecting the nervous system. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 317 – 328. th LeCouteur RA, Withrow SJ (2007). Tumors of the nervous system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 659, 660, 662, 663, 665-674, 676, 679. 1 Neoplasias do Tecido Nervoso Periférico Neoplasia Primaria: Não são frequentes Neoplasia da bainha do nervo Neoplasias Primárias: Ocorrem com pouca Meningioma frequência Astrocitoma Ependimona Oligodendroglioma Papiloma do Plexo Coróide Meduloblastoma Linfoma Neoplasias Secundárias: Macroadenoma Pituitário Macrocarcinomas Linfoma Neoplasias da Medula Espinal Ocorrem com pouca frequência Neoplasia primária: Linfoma é o mais comum Linfoma Afecta animais jovens Bibliografia do Quadro 36 1 Incidência Neoplasias do Cérebro (Intracranial) Tipo de Neoplasia Quadro 36. Neoplasias do sistema nervoso no gato Incidência Neoplasia da Medula Adrenal Feocromocitoma Neoplasias Adrenocorticais: Adrenocarcinoma adrenal Carcinoma Adrenal Adenomas adrenal Raro Afecta geriátricos Afecta animais de meiaidade a geriátricos Predisposição da fêmea Neoplasias da Glândula Adrenal Acromegália (Neoplasia da glândula libertadora das hormona de crescimento): Macroadenomas Adenoma Pituitário: Microadenomas Macroadenomas Relativamente pouco frequente Afecta animais de meia-idade a geriátricos Predisposição: Fêmeas Afecta animais de meia-idade a geriátricos Raças cruzadas apresentam maior predisposição Neoplasias da Glândula Pituitária Tipo de Neoplasia A maioria é maligna Adrenocarcinoma adrenal Carcinoma Adrenal Adenomas adrenal (benigno) Benigno Benigno Comportamento Biológico QUADRO 37. Neoplasias endócrinas no gato Invadem a veia cava e a aorta Localização Comuns Metástases Excisão cirúrgica Adrenolectomia Mitotane Trilostae Keticonazole Irradiação Pituitária Hipofisectomia Adrenalectomia bilateral Ketoconazole Trilostane Tratamento Reservado Reservado Ainda não estabelecido Pouco favorável Prognóstico 120 Afectam ananimais de meia-idade e geriatricos Incidência Raro Afecta animais de meiaidade Raro Geralmente maligno Geralmente maligno Comportamento Biológico Benigno: Adenomas da tiróide (mais comum) Maligno: Carcinoma da tiróide (raro) Localmente invasivo Os dois lobos são afectados Localização th Comuns Locais: Linfonodos regionais Fígado Pulmões (é raro) Comuns Locais: Linfonodos Fígado Mesentério Baço Comuns Locais: Linfonodos regionais Pulmões Metástases Pancreatectomia parcial e posterior acompanhamento Remoção da glândula e tratamento da hipocalcémia Radioterapia Excisão cirúrgica Tiróidectomia Thioreylene Methimazole Carbimazole Tratamento Prognóstico 121 Reservado Complicações pós-cirurgias Recorrências Variável Bailey DB, Page RL (2007). 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Neoplasias endócrinas no gato 1 Gould (2003) Neoplasias da Conjuntiva Neoplasias da Terceira pálpebra: CCE Neoplasias Orbitais: CCE Adenocarcinoma nasal Meningioma cerebral Linfoma CCE Mastocitoma Linfoma Fibrosarcoma Carcinoma das células basais Adenoma Papiloma Neoplasias das Pálpebras: Tipo De Neoplasia Gatos brancos Raras Afecta animais geriátricos Pouco frequente 1 Siamês CCE: Exposição à radiação solar é um factor predisponente Incidência Malignas: Neoplasias primárias Adenocarcinoma Fibrosarcoma Melanoma Neoplasias secundárias Linfoma Maligno Comportamento Biológico Malignos: Mais frequentes: CCE Mastocitoma Linfoma Fibrosarcoma Carcinoma das células basais Benignos: Menos frequentes: Adenoma Papiloma Localmente invasivo Malignas: Neoplasias secundárias: CCE Adenocarcinoma nasal Meningioma cerebral Linfoma Localmente invasivo QUADRO 38. Neoplasias oculares no gato Canto inferior e medial Neoplasias secundárias: Cavidade nasal Seios paranasais Cavidade cranial Cavidade oral Pele Localização a Metástases locais e distais Metástases pouco frequentes Tardio metástases Metástases Queratectomia/ Esclerectomia presidida de excerto Criocirúrgia Laser fotocoagulação Enucleação Orbitoectomia Quimioterapia para linfomas Criocirurgia para neoplasias pequenas e para CCE não invasivos Fotodinâmicoterapia para CCE Tratamento 122 Favorável Grave Prognóstico Incidência Raras no gato Raro Predisposição racial: 1 Persa Pouco comum Animais geriátricos são afectados Comum Afecta animais geriátricos Maioria benigna Adenomas Adenocarcinomas (maligna) Menos frequnetes: Meduloepiteliomas Astrocitomas Maligno A maioria é maligna Benigno Comportamento Biológico Corpo ciliar Localmente invasivo Localmente invasivo Íris Corpo ciliar Esclera Tecido conectivo subconjuntival Localização Comuns Frequentes Pulmões Fígado Pouco frequentes Metástases Enucleação Ressecção intraocular local Fotoabalação a laser Enucleação Queratectomia/ Esclerectomia presidida de excerto Criocirurgia Laser fotocoagulação Enucleação Enucleação Tratamento Gould (2007) nd Gould D (2003). 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ANEXO A Nomenclatura dos tipos de neoplasias comuns em Medicina Veterinária Célula/ Tecido de Origem Nomenclatura Benigna Nomenclatura Maligna Epitélio Escamoso Epitélio de Transição Epitélio das Células Basais Tecido Glandular Tecido Colagenoso Tecido Conjuntivo, Estroma Tecido Adiposo Cartilagem Células Endoteliais dos Vasos Sanguíneos Pericitos Células Endoteliais dos Vasos Linfáticos Mesotélio Células Brancas do Sangue Papiloma Escamoso Papiloma Transicional Neoplasia das Células Basais Adenoma Fibroma Mixoma Lipoma Condroma Carcinoma das Células Basais Carcinoma Transicional Carcinoma das Células Basais Adenocarcinoma Fibrosarcoma Mixosarcoma Liposarcoma Condrosarcoma Hemangioma Hemangiosarcoma Hemangiopericitoma Hemangiopericitoma Maligno Linfangioma Linfangiosarcoma - Células Plasmáticas Plasmocitoma Músculo Liso Músculo Esquelético Meninge Linfócitos Leiomioma Rabdomioma Meningioma - Histiocitos Histiocitoma Mastócitos Melanócitos Melanocitoma Folículos Pilosos Pilomatricoma, Tricoepitelioma, Epitelioma Intracutâneo Cornificado Nervo Periférico Schwanoma, Neurofibroma Osso Tecido Sinovial Timo Osteoma Sinovioma Timona Células da Glia Astrocitoma, Oligodendroglioma Células Germinativas Gonodais Seminoma, Disgerminoma Células de Suporte Gonodais Neoplasia das Células deSertoli, Neoplasia das Células Granulosas Mesotélio Leucemia Mioloma das Células Plásmáticas leiomiosarcoma Rabdomiosarcoma Meningioma Maligno Linfoma Maligno, Leucemia Histiocitose Maligna Sarcoma Histiocítico Mastocitoma Melanoma Maligno Pilomatricoma Maligno Tricoepitelioma Maligno Epitelioma Intracutâneo Cornificado Maligno Schwanoma Maligno Neurofibrosarcoma Osteosarcoma Sarcoma das Células Sinoviais Timoma Maligno Astrocitoma Maligno Oligodendroglioma Maligno Glioblastoma Multifome Seminoma Maligno Disgerminoma Maligno Neoplasia das Células de Sertoli Maligno Neoplasia das Células Granulosas Maligno Células Intersticiais Neoplasia das Células Intersticiais, Tecorna, Luteoma - 128 6.2. ANEXO B Classificação dos tumores quanto à sua extensão: T = Tamanho ou extensão do tumor primário N = Linfonódos M = Metástases Tis: tumor pré-invasivo (in situ) T0: sem evidência de tumor T1: tumor <5 cm de diâmetro mas confinado ao local primário T2: tumor> 5 cm de diâmetro ou rupturado T3: tumor infiltrativo a: sem invasão ao osso b: com invasão ao osso N0: sem aumento evidente dos linfonodos N1: mobilidade ipslateral dos linfonodos aumentados N2: mobilidade contralateral/bilateral dos linfonodos aumentados N3: linfonodos firmes M0: sem metástases M1: detecção de metástases 129
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