CASUÍSTICA DE NEOPLASIAS DA PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO

Transcrição

CASUÍSTICA DE NEOPLASIAS DA PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO
Instituto Superior Politécnico de Viseu
Escola Superior Agrária de Viseu
CASUÍSTICA DE NEOPLASIAS DA PELE
E TECIDO SUBCUTÂNEO
TRABALHO FINAL DE CURSO
Enfermagem Veterinária
Milene Antunes Soares
Orientador: Dr.ª Helena Vale
VISEU, 2010
(O Orientador da ESAV)
________________________
(Dra. Helena Vala)
“ As doutrinas expressas são da exclusiva responsabilidade do autor”
AGRADECIMENTOS
A realização deste trabalho final de curso só fui possível graças a varias entidades, as quais gostaria de deixar o meu agradecimento:
À Dra. Helena Vala pela paciência na orientação e pela grande disponibilidade tornando, possível a conclusão deste trabalho final de curso.
Ao Dr. Luís por me ter possibilitado estagiar no Hospital Veterinário Montenegro e por me abrir novos horizontes como futura profissional.
A toda a equipa do Hospital Veterinário Montenegro, Dra. Ana Cota, Dra. Joana, Dra. Cláudia Rodrigues, Dra. Marta, Dra. Rafaela, Dra. Cláudia Oliveira, Dr.
Daniel, Dr. Mota, Dr. Nuno, Dr. Joel, Dr. Rui por disponibilizarem a sua atenção para
me orientar e ensinar durante o estágio. Agradeço à Enfermeira Veterinária Daniela,
ao Enfermeiro Veterinário Eduardo e à Elisa pelos grandes momentos de companheirismo.
Um grande muito obrigada à Enfermeira Veterinária Carla que sempre esteve
do meu lado nos momentos mais difíceis, pela atenção com que me brindou e por
tudo o que me ensinou durante o meu estágio.
Às Enfermeiras Veterinárias de Ponte de Lima, a Fabiana, a Marta e, especialmente, a Joana que muito me ajudou e apoiou.
A todos os meus professores da Escola Superior Agrária de Viseu cuja
influencia/ ensinamentos foram determinantes na minha vida acadêmica e no
desenvolvimento desta monografia.
A todas as minhas amigas que sempre me apoiaram e se disponibilizaram
para ajudar, Verónica, Rita, Tânia, Diana.
À Patrícia, que apesar de não perceber nada da matéria, esteve sempre disponível para me ajudar no que fosse preciso.
Ao meu namorado Tiago que esteve sempre do meu lado.
À minha família pelo incentivo e apoio constante em todos os momentos.
À minha mãe, ao meu pai e ao meu irmão que, com muito carinho e apoio,
não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida.
A estes e todos aqueles que não estão aqui mencionados e cuja contribuição
e apoio foram essenciais para vencer muitas das dificuldades que surgiram ao longo
da realização deste trabalho, os meus sinceros agradecimentos .
RESUMO
As neoplasias de pele e do tecido subcutâneo são as neoplasias mais frequentes em cães e as segundas mais frequentes em gatos. Neste grupo incluindo
uma grande variedade de neoplasias, nomeadamente as neoplasias epiteliais,
mesenquimatosas, melanocíticas, matocitocíticas, linfóides, bem como as condições
cutâneas histiocíticas e granulomatosas.
Este trabalho consistiu no aprofundamento dos conhecimentos das neoplasias acima referidas dando mais ênfase ao estudo do seu prognóstico, bem como no
estudo de registos de exames citológicos e histológicos realizados pelo serviço de
diagnóstico de Anatomia Patologia, dos pacientes oncológicos do Hospital Veterinário Montenegro. Os dados foram recolhidos no período de um ano, mais precisamente de Outubro de 2008 a Setembro de 2009.
O aumento de esperança média de vida dos canídeos e dos felídeos e o
aumento da preocupação dos proprietários pelas doenças neoplasicas que surgem
nos seus animais doméstico tem permitido o estudo casuístico. Constata-se que são
os animais mais velhos os mais afectados pelas neoplasias epiteliais havendo, nalguns casos predisposição racial. Na maioria dos casos não existe predisposição
sexual.
PALAVRAS – CHAVE: neoplasia, pele, tecido subcutâneo, canídeo, felídeo.
ABSTRACT
Neoplasms of skin and subcutaneous tissue are the most common cancers in
dogs and the second most common in cats. There are a variety of cancers of skin
and subcutaneous tissue, including epithelial tumours mesenchymal tumours, melanocytic tumours, mast cell tumours, cutaneous lymphoid neoplasia and histiocytic
and granulomatous skin condition.
This work and practice based on the study of records of cytological and histological studies done by the diagnostic service histologically, referring the patients of
the Veterinary Hospital Montenegro. Data were collected within one year, namely
October 2008 to September 2009.
The increase in average life expectancy of dogs and cats and increased concern for owners for neoplastic diseases that arise in their domestic animals has allowed the case study. Notes that are older animals most affected by skin cancer
there is, in some cases racial predisposition. In the most case there isn´t sexual predisposition.
KEYWORDS: tumour, skin, subcutaneous tissue, dog, cat.
ABREVIATURAS
CCE- Carcinoma das células escamosas
CCT- carcinoma das células de transição
cm- centímetros
ESAV- Escola Superior Ágraria de Viseu
FelV- Vírus da Leucemia Felina
FIV- Vírus da Imunodeficiência Felina
HVM- Hospital Veterinário Montenegro
s/c- Sem classificação histopatológica
TVT - Tumor Venéreo Transmissível
UV- Luz ultravioleta
ÍNDICE GERAL
AGRADECIMENTOS………………………………………………………………………IV
RESUMO…………………………………………………………………………………….V
ABSTRACT…………………………………………………………………………………VI
ABREVIATURAS………………………………………………………………………….VII
ÍNDICE GERAL……………………………………………………………………………VIII
ÌNDICE DE FIGURAS………………………………………………………………………IX
ÌNDICE DE QUADROS…………………………………………………………………….XI
1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………….1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA…………………………………………………………….3
2.1. Neoplasias da pele e do tecido subcutâneo…………………………………………3
2.2. Neoplasias epiteliais……………………………………………………………………7
2.2.1. Papiloma cutâneo…………………………………………………………………….7
2.2.2. Carcinoma das células escamosas…………………………………………………8
2.2.3. Tumor das células basais………………………………………………………….10
2.2.4. Neoplasias anexais…………………………………………………………………11
2.2.4.1. Neoplasias das glândulas sebáceas……………………………………………11
2.2.4.1.1. Hiperplasia das glândulas sebáceas…………………………………………12
2.4.1.1.2. Epitelioma sebáceo…………………………………………………………… 12
2.2.4.1.3. Adenoma da glândula sebácea………………………………………………13
2.2.4.1.4. Adenocarcinoma das glândulas sebáceas………………………………….13
2.2.4.2. Neoplasia das glândulas perianais…………………………………………….14
2.2.4.2.1. Adenoma das glândulas perianais……………………………………………14
2.2.4.2.2. Adenocarcionoma das glândulas perianais………………………………….16
2.2.4.3. Neoplasia das glâdulas sudoríparas……………………………………………18
2.2.4.3.1. Adenoma / Adenocarcinoma das glândulas sudorípas…………………….18
2.2.4.4. Neoplasia dos folículos pilosos………………………………………………….20
2.2.4.4.1. Tricoblastoma…………………………………………………………………...20
2.2.4.4.2. Tricoepitelioma………………………………………………………………….20
2.2.4.4.3. Pilomatricoma…………………………………………………………………...21
2.2.5. Epitelioma intracutâneo cornificante………………………………………………21
2.3. Neoplasias Mesenquimatosas……………………………………………………….22
2.3.1. Neoplasias do tecido fibroso……………………………………………………….22
2.3.1.1. Fibroma…………………………………………………………………………….22
2.3.1.2. Fibrosarcoma……………………………………………………………………...23
2.3.1.3. Hemangiopericitoma canino.…………………………………………………….24
2.3.2. Neoplasias do tecido adiposo….…………………………………………………..25
2.3.2.1. Lipoma……………………………………………………………………………..25
2.3.2.2. Liposarcoma……………………………………………………………………….25
2.3.3. Neoplasias vasculares……………………………………………………………...26
2.3.3.1. Hemangioma………………………………………………………………………26
3.3.3.2. Hemangiosarcoma………………………………………………………………26
2.4. Neoplasias Melanocíticas…………………………………………………………….28
2.4.1. Melanocitoma……………………………………………………………………….28
2.4.2. Melanoma……………………………………………………………………………28
2.5. Mastocitoma………………………………………………………………………….29
2.5.1. Mastocitoma no cão……………………………………………………………….29
2.5.2. Mastocitoma no gato……………………………………………………………….35
2.6. Condições cutâneas histiocíticas e granulomatosas………………………………35
2.6.1. Histiocitoma cutâneo canino……………………………………………………….36
2.6.2. Sarcoma histiocítico………………………………………………………………...37
3. PARTE PRÁTICA……………………………………………………………………….38
3.1. Material e Métodos……………………………………………………………………38
3.2. Resultados…………………………………………………………………………….38
3.2.1. Espécie Canina……………………………………………………………………...39
3.2.1.2. Resultados das neoplasias da pele e tecido subcutâneo…………………. 50
3.2.2. Espécie Felina……………………………………………………………………….57
3.2.2.1. Resultados das neoplasias da pele e tecido subcutâneo…………………….59
3.3. Discussão………………………………………………………………………………61
3.4. Considerações Finais…………………………………………………………………62
4. Quadros…………………………………………………………………………………..64
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………...…………124
6. ANEXOS……………………………………………………………………………….128
6.1. Anexo A……………………………………………………………………………….128
6.2. Anexo B……………………………………………………………………………….129
ÌNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Carcinoma das células escamosas no plano nasal de um Boxer (fotografia
originária do HVM) …………………………………………………………………………10
Figura 2. Carcinoma das células escamosas no cão………………………………….10
Figura 3. Basset Hound, fêmea de 11 anos de idade, após uma ampla recessão
(margens limpas), 1 ano depois, do plano nasal juntamente com a parte da prémaxila……………………………………………………………………………………….10
Figura 4. Adenoma da glândula perianal……………………………………………….15
Figura 5. Adenocarcinoma da glândula perianal. Lesão invasiva, ulcerada, adjacente
ao ânus………………………………………………………………………………………16
Figura 6. Fibrosarcoma no metatarso direito de um Main Coon geriátrico………….24
Figura 7. Fibrosarcoma intraescapular, local típico de um sarcoma induzido por
vacina………………………………………………………………………………………. 24
Figura 8. Hemangiosarcoma cutâneo no Wippet de 10 anos…………………………27
Figura 9. Melanoma maligno…………………………………………………………….29
Figura 10. Sugestões de tratamento para mastocitomas com estadiamento clínico
em estádio 0 e estádio I, de grau baixo ou intermédio em cães……………………..33
Figura 11. Sugestão de tratamento, para mastocitomas, de elevado grau e biologicamente agressivos no cão………………………………………………………..34
Figura 12. Histiocitoma cutâneo canino. Aparência típica de uma lesão de um cão
jovem…………………………………………………………………………………………36
Figura 13. Número total de animais com doenças do foro oncológico………………38
Figura 14. Número total de canídeos com neoplasias por sexo…………………….39
Figura 15. Idades dos cães doenças do foro oncológico……………………………40
Figura 16. Número de neoplasias de canídeos com neoplasias por raça………. …41
Figura 17. Total das neoplasias………………………………………………………….44
Figura 18. Classificação histopatológica das neoplasias de pele e tecido subcutâneo……………………………………………………………………………………………45
Figura 19. Classificação histiopatológica das neoplasias mamárias…………………46
Figura 20. Classificação histopatológica das neoplasias do sistema gastrointestinal…………………………………………………………………………………………….47
Figura 21. Classificação histiopatológica dos sarcomas dos tecidos moles………...48
Figura 22. Classificação histopatológica das neoplasias do sistema reprodutor masculino…………………………………………………………………………………………48
Figura 23. Classificação histopatológica das neoplasias do sistema esquelético….49
Figura 24. Classificação de outras neoplasias………………………………………….49
Figura 25. Classificação histopatológica das neoplasias epiteliais…………………..50
Figura 26. Classificação histopatológica das neoplasias mesenquimatosas……….51
Figura 27. Classificação histopatológica dos mastocitomas………………………….52
Figura 28. Classificação histopatológica das neoplasias melanocíticas……………52
Figura 29. Número total de canídeos com neoplasias de pele e tecido subcutâneo
por sexo……………………………………………………………………………………...54
Figura 10. Número total de canídeos com neoplasias de pele e tecido subcutâneo
por raça………………………………………………………………………………………55
Figura 31. Idades de cães com neoplasias de pele e de tecido subcutâneos……...56
Figura 32. Número total de felídeos com neoplasias por sexo…………………….....57
Figura 33. Número total de felinos com neoplasias por raça…………………………57
Figura 34. Classificação da população felina por grupos etários…………………….58
Figura 35. Percentagens de neoplasia…………………………………………………..59
Figura 36. Classificação histopatológica das neoplasias do sistema hematopoiético……………………………………………………………………………………………59
Figura 37. Classificação histopatológica das neoplasias da pele e tecido subcutâneo……………………………………………………………………………………………60
Figura 28. Número total de félideos com neoplasias de pele e tecido subcutâneos
por sexo……………………………………………………………………………………...60
ÍNDICE DE QUADROS
QUADRO 1. Classificação de neoplasias cutâneas……………………………………..3
QUADRO 2. Frequência relativa de neoplasias cutâneas benignas e malignas em
cães……………………………………………………………………………………………5
QUADRO 3. Frequência relativa de neoplasias cutâneas benignas e malignas em
gatos…………………………………………………………………………………………..5
QUADRO 4. Frequência da ocorrência de neoplasias cutâneas em cães……………6
QUADRO 5. Frequência da ocorrência de neoplasias cutâneas em gatos…………...6
QUADRO 6. Neoplasias das glândulas perianais em machos………………………. 17
QUADRO 7. Neoplasias das glândulas perianais em fêmeas………………………...18
QUADRO 8. Neoplasias das glâdulas ecrinas………………………………………….19
QUADRO 9. Classificação histológica dos mastocitomas no cão…………………….30
QUADRO 10. Estadiamento clínico da Organização Mundial de saúde dos mastocitomas nos cães……………………………………………………………………31
QUADRO 11. Factores de prognóstico para mastocitomas em cães………………..32
QUADRO 12. Dados clínicos da população canina com neoplasias…………………42
QUADRO 13. Dados clínicos da população canina com neoplasias de pele e tecido
subcutâneo………………………………………………………………………………….53
QUADRO 14. Caracterização da população felina com neoplasias………………….58
QUADRO 15. Neoplasias epetiliais no cão……………………………………………...64
QUADRO 16. Neoplasias mesenquimatosas no cão…………………………………..70
QUADRO 17. Neoplasias do trato gastrointestinal no cão…………………………….76
QUADRO 18. Neoplasias do sistema respiratório no cão……………………….........81
QUADRO 19. Neoplasias do coração no cão…………………………………………..83
QUADRO 20. Neoplasias do sistema urinário no cão.…………………………………84
QUADRO 21. Neoplasias do sistema reprodutor feminino no cão……………………86
QUADRO 22. Neoplasias do sistema reprodutor masculino no cão………………….88
QUADRO 23. Neoplasias do sistema esquelético no cão……………………………..90
QUADRO 24. Neoplasias do sistema nervoso no cão…………………………………92
QUADRO 25. Neoplasias endócrinas no cão…………………………………………...94
QUADRO 26. Neoplasias oculares do cão………………………………………………97
QUADRO 27. Neoplasias epitelias no gato……………………………………………100
QUADRO 28. Neoplasias mesenquimatosas no gato……………………………….104
QUADRO 29. Neoplasias do tracto gastrointestinal no gato…………………………107
QUADRO 30. Neoplasias do sistema respiratório no gato…………………………..111
QUADRO 31. Neoplasias do coração no gato………………………………………...113
QUADRO 32. Neoplasias do sistema urinário no gato……………………………….114
QUADRO 33. Neoplasias do sistema reprodutor feminino no gato…………………115
QUADRO 34. Neoplasias do sistema reprodutor masculino no gato……………….117
QUADRO 35. Neoplasias do sistema esquelético no gato………………………….118
QUADRO 36. Neoplasias do sistema nervoso no gato………………………………119
QUADRO 37. Neoplasias endócrinas no gato…………………………………………120
QUADRO 38. Neoplasias oculares no gato……………………………………………122
1. INTRODUÇÃO
Dada a importância crescente dos casos de oncologia na clínica veterinária
de animais de companhia e a atenção com que, cada vez mais, os proprietários se
dedicam aos seus animais de companhia, nomeadamente no que diz respeito aos
seus cuidados de saúde, as doenças do foro neoplásico têm sido registadas como
tendo expressão crescente, pelo que o seu estudo se torna de importância crucial na
actualidade (Withrow, 2007). Por outro lado, os progressos, ao nível dos meios de
diagnóstico, nas clínicas e hospitais veterinários, bem como na investigação oncológica permite que o diagnóstico de neoplasias seja mais frequente. As estimativas
sugerem que um, em cada dez cães ou gatos, desenvolve uma neoplasia durante a
vida. Contudo, os escassos estudos epidemiológicos sobre neoplasias realizados
em pequenos animais referem-se geralmente apenas a cães (Morris & Dobson,
2001).
Estudos relativos à incidência quanto a idade, indicam que os grupos etários
mais velhos têm um maior risco de aparecimento de neoplasias. A acumulação de
danos genéticos ao longo do tempo, a diminuição da função imunológica, um longo
tempo de latência entre a transformação maligna de uma única célula e a emergência da neoplasia clinicamente detectável poderão ser as explicações, independentes
ou interdependentes, para o aumento do aparecimento de neoplasias no último terço
da vida do animal. Contudo, não poderá ser negligenciado, um pequeno pico de
incidência em animais jovens. A neoplasia mais comum, o linfoma, surge em animais
com menos de seis meses no sistema hematopoiético, cérebro e pele. Relativamente à raça, também é reconhecida uma certa predisposição, sendo o Boxer a raça
mais susceptível de desenvolver uma grande variedade de neoplasias (Cullen et al.,
2002; Rossetto et al., 2009). Por outro lado, segundo Pires et al. (2003) são os cães
de raça indeterminada os mais predispostos. De acordo com o estudo descrito de 6
anos de neoplasias em canídeos realizado por Pires et al. (2003) as fêmeas são
mais susceptíveis ao aparecimento de neoplasias.
Estudos realizados em cães do Reino Unido registaram que as neoplasias de
pele e dos tecidos moles eram as mais frequentes, seguidas das neoplasias da
glândula mamária, sistema hematopoiético, sistema urogenital, órgãos endócrinos,
sistema digestivo e orofaringe (Morris & Dobson, 2001).
A pele é o órgão maior do organismo, exerce uma grande variedade de funções vitais para a homeostase do organismo, é constituída por uma grande variedade de tecidos e células que incluem os epitelias, os mesenquimatosos e os nervosos
e é o órgão mais exposto às agressões do exterior. Assim, a pele e o tecido subcutâneo são os tecidos mais predispostos a transformações neoplasicas, sendo estas,
por outro lado, mais facilmente identificadas. Os químicos carcinogénicos, as radiações ionizantes e os vírus são factores de risco para este sistema, assim com factores hormonais e genéticos. Todos contribuem para o desenvolvimento das neoplasias neste sistema (Morris & Dobson, 2001).
Os registos oncológicos são sistemas de informação sobre os novos
casos de cancro, que surgem numa determinada população e área geográfica num
dado período de tempo. Têm como objectivo avaliar a incidência de neoplasias
malignas, colhendo sistematicamente os dados clínicos e permitindo o melhor
conhecimento sobre a doença oncológica. Estes estudos permitem determinar as
características epidemiológicas, e torna possível planear acções com o objectivo e
prevenir e melhorar estas condições neoplasicas. No entanto, em Portugal este
registo tem sido cumprido de forma deficitária, sendo importante investir nestes
estudos, não só com o objectivo de enriquecer os conhecimentos nesta área mas
também para sensibilizar a comunidade para um problema que se julga recente,
mas que apenas tem sido pouco estudado (Pires, 2003).
O objectivo deste trabalho consiste num contributo para o estudo da frequência e casuística das neoplasias, com especial ênfase as de pele e tecido subcutâneo, pretendendo ainda contribuir para o melhor conhecimento do comportamento
biológico, tratamento e prognóstico.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. NEOPLASIAS DA PELE E DO TECIDO SUBCUTÂNEO
A pele é um órgão complexo com uma grande variedade de funções, sendo
constituída por diferentes tipos de células e encontrando-se em constante exposição
com o meio ambiente (Brearley, 2002). Assim, talvez não seja surpreendente que as
neoplasias cutâneas e as neoplasias subcutâneas sejam as mais frequentes nos
cães e nos gatos (Morris & Dobson, 2001). O quadro seguinte representa uma classificação sumária das neoplasias cutâneas:
QUADRO 1. Classificação de neoplasias cutâneas.
TIPO DE TECIDO
NEOPLASIA ESPECÍFICA
SUBTIPOS
Papiloma
Carcinoma das Células Basais
Carcinoma das Células Escamosas
Neoplasias Anexais:
- Glândulas Sebáceas
Adenoma da Glândula Sebácea
Epitelioma Sebáceo
Adenocarcinoma da Glândula
Sebácea
Adenoma/Adenocarcinoma da
Neoplasias
Epiteliais
- Glândulas Perianais
Glândula Perianal
Adenoma/Adenocarcinoma
- Glândulas Sudoríparas
das Glândulas Sudoríparas
Pilomatricoma
- Folículos Pilosos
Epitelioma Intracutâneo Cornificante
Tricoepitelioma
Quadro 1. (continuação)
TIPO DE TECIDO
NEOPLASIA ESPECÍFICA
Neoplasias do Tecido Fibroso
SUBTIPOS
Fibroma
Fibrosarcoma
Neoplasias
Hemangiopericitoma Canino
Mesenquimatosas
Neoplasias do Tecido Adiposo
Lipoma
Liposarcoma
Neoplasias Vasculares
Hemangioma
Hemagiosarcoma
Neoplasias
Melanocítcas
Melanocitoma
Melanoma Maligno
Bem diferenciado (Grau I)
Mastocitoma
Diferenciação intermédia (Grau II)
Pouco diferenciado (Grau III)
Plasmocitoma
Neoplasia
Linfóide
Linfoma Cutâneo de Células T
Linfoma Epiteliotrópico
Linfoma Histiocítico
Cutâneo
Granulomatose Linfomatóide
Histiocitoma Cutâneo Canino
Condições
Cutâneas
Histiocíticas e
Dermatose Piogranulomatosa/ Granuloma Estéril
Histiocitoma sistémico
Granulomatosas
(Adaptado de Morris & Dodbson, 2001)
As neoplasias de pele e do tecido subcutâneo são as mais frequentemente
encontradas nos canídeos, correspondendo a aproximadamente 1/3 de todas as
neoplasias encontradas nesta espécie. Nos felídeos, as neoplasias de pele e do
tecido subcutâneo são as segundas mais frequentes, apenas precedidas das neoplasias originárias no sistema linfóide e correspondem aproximadamente a 1/4 das
neoplasias nesta espécie (Vail & Withrow, 2007).
No cão, a maioria das neoplasias de pele são benignas, cerca de 70-80%. Por
outro lado, no gato, na maioria das neoplasias de pele são malignas, cerca de 5065% (Quadro 2. e Quadro 3, pag. 5) (Morris & Dobson, 2001; Dernell, 2005).
QUADRO 2. Frequência relativa de neoplasias cutâneas benignas e malignas
em cães.
RAZÃO
TIPOS DE NEOPLASIA
PERCENTAGEM DE TODAS AS
BENIGNAS E
NEOPLASIAS DE PELE
MALIGNAS
Epitelial
35%
85 : 15
Mesenquimatoso
50%
50 : 50
Melanocíticas
4%
80 : 20
Todas as neoplasias de pele
60 : 40
(Adaptado de Brearley, 2002)
QUADRO 3. Frequência relativa de neoplasias cutâneas benignas e malignas
em gatos.
RAZÃO
TIPOS DE NEOPLASIA
PERCENTAGEM DE TODAS AS
BENIGNAS E
NEOPLASIAS DE PELE
MALIGNAS
Epitelial
43%
40 : 60
Mesenquimatoso
47%
20 : 80
Melanócíticas
1%
50 : 50
Todas as neoplasias de pele
35 : 65
(Adaptado de Brearley, 2002)
As taxas anuais de incidência de neoplasias de pele e tecido subcutâneo,
foram estimadas em aproximadamente 450 em cada 100000 cães e 120 em cada
100000 gatos. Muitas destas ocorrem na pele e a listagem das dez mais frequentes
no cão e das cinco mais frequentes no gato, baseadas em inquéritos realizados na
América do Norte, na Austrália e no Reino Unido, encontra-se referida nos Quadros
4 e 5, na página 6, respectivamente, de acordo com Vail & Withrow (2007).
Segundo Vail & Withrow (2007), os mastocitomas representam a neoplasia
mais comum em cães e a segunda mais comum em gatos.
No cão, as neoplasias benignas de pele são duas vezes mais frequentes que
as malignas, sendo o histiocitoma e o adenoma das glândulas sebáceas as mais
comuns nesta espécie (Morris & Dobson, 2001).
No gato, as neoplasias benignas são menos frequentes, com excepção do
tumor das células basais. O carcinoma das células escamosas é a neoplasia maligna mais frequente nesta espécie (Morris & Dobson, 2001; Vail & Withrow, 2007).
QUADRO 4. Frequência da ocorrência de neoplasias cutâneas em cães.
TOP DEZ DAS NEOPLASIAS MAIS FREQUENTES EM CÃES
1
Mastocitoma
2
Adenoma perianal
3
Lipoma
4
Adenoma da glândula sebácea/ hiperplasia
5
Histiocitoma
6
Carcinoma das células escamosas
7
Melanoma
8
Fibrosarcoma
9
Tumor das células basais
10
Hemangiopericitoma
(Adaptado de Vail & Withrow, 2007; Argyle, 2008)
QUADRO 5. Frequência da ocorrência de neoplasias cutâneas em gatos.
TOP 5 DAS NEOPLASIAS DE PELE MAIS FREQUENTES EM GATOS
1
Tumor das células basais
2
Mastocitoma
3
Fibrosarcoma
4
Carcinoma das células escamosas
5
Adenoma das glândulas sebáceas
(Adaptado de Vail & Withrow et al., 2007; Argyle, 2008)
De um modo geral, as neoplasias cutâneas ocorrem em animais mais
velhos.No cão, a media de idade de ocorrência, situa-se com entre os 3,7 e 8,3 anos
e no gato entre os 4,7 e 8,6 anos (Shearer & Dobson, 2008).
Em estudos que contemplam todos os tipos de neoplasias, tem sido verificada
a inexistência de diferenças significativas na predisposição sexual (Vail & Withrow,
2007). Segundo Cullen (2002) o Boxer, o Bulldog e o Labrador Retriever estão mais
predispostos às neoplasias de pele e tecido subcutâneo. O Pastor Alemão está mais
predisposto ao hemangiosarcoma.
2.2. NEOPLASIAS EPITELIAIS
2.2.1 PAPILOMA CUTÂNEO
O Papiloma é uma neoplasia benigna resultante da proliferação exofítica da
epiderme (Goldschmidt & Hendrick, 2002). Esta neoplasia assemelha-se a uma couve-flor em crescimento, com uma superfície finamente fissurada, pedunculada, invertida ou pigmentada em placa, podendo apresentar lesões únicas ou múltiplas (Shearer & Dobson, 2003). O seu crescimento poderá ser espontâneo ou ter etiologia vírica provocado pelo papiloma vírus, especialmente quando são encontradas lesões
múltiplas em cães jovens (Brearley, 2002).
O papiloma é uma neoplasia comum em cães, representando 12,5% das
neoplasias de pele e é relativamente rara em gatos (Randall & Leslie, 2002; Argyle,
2008). O papiloma canino manifesta-se em duas síndromes no cão (oral e cutânea)
(Shearer & Dobson, 2003).
O papiloma cutâneo ocorre em cães geriátricos, sendo possível observar
tanto lesões únicas como múltiplas. Estas surgem mais frequentemente na cabeça,
nos pés e nas pálpebras. O papiloma em cães geriátricos não está, geralmente,
associado a uma etiologia vírica (Rassnick, 2007).
Por outro lado, o papiloma oral canino é um processo vírico contagioso que
afecta mais frequentemente cães jovens ou imunocomprometidos, podendo surgir
lesões múltiplas na boca, na faringe, na face e na pele. Já o papiloma cutâneo invertido ocorre no abdómen e poderão surgir múltiplos papilomas sobre as almofadas
plantares, sendo esta forma mais comummente descrita em cães jovens (Rassnick,
2007).
Nos canídeos existem raças preferencialmente afectadas por esta neoplasia,
como é o caso do Grand Anoir, do Setter Irlandês, do Beagle, sendo de menor risco
as raças indeterminadas. Não há conhecimento de predisposição sexual do papiloma em cães e gato (Goldschmidt & Hemdrick, 2002).
Nos felídeos, a maioria dos papilomas cutâneos são benignos e não são
provocados pelo papiloma vírus, à excepção dos que surgem na parte ventral da
língua que são, geralmente, de origem vírica, assim como o papiloma múltiplo que
está relacionado com o desenvolvimento do carcinoma das células escamosas multicéntrico (Rassnick, 2007).
A excisão cirúrgica do papiloma cutâneo benigno é curativa. O papiloma oral
canino geralmente regride espontaneamente ao fim de 3 meses e o cão torna-se
imune às reinfecções. A administração oral de retinóides tem-se mostrado eficaz no
tratamento do papiloma cutâneo invertido no cão e o interferão é eficaz no tratamento do papiloma virico oral ou cutâneo grave (Rassnick, 2007).
2.2.2. CARCINOMA DAS CÉLULAS ESCAMOSAS
O carcinoma das células escamosas (CCE) é comum e constitui aproximadamente cerca de 15% das neoplasias cutâneas no gato e 5% no cão. É uma das
neoplasias cutâneas malignas mais frequentes no cão e a mais comum no gato
(Morris & Dobson, 2001; Vail & Withrow, 2007).
Este tipo de neoplasia é normalmente encontrado na pele não pigmentada ou
levemente pigmentada (Vail & Withrow, 2007). O CCE tem um crescimento em forma de papila assemelhando-se a uma couve-flor. Apresenta aspecto erosivo ou de
úlcera rasa com bordos levantados. Nestas duas formas a lesão encontra-se infectada e associada a uma infiltração inflamatória crónica (Argyle, 2008).
No cão, as localizações anatómicas mais comuns para o surgimento do CCE
icluem o leito ungueal, o escroto, o plano nasal (Fig. 1, pag.10), os membros e o
ânus. Também foram reportados casos nos flancos e no abdómen (Fig. 2, pag. 10),
em Dálmatas, Beagles, Whippets e White Bull Terrier. Esta neoplasia afecta canídeos com a média de idade de, aproximadamente, 8 anos (Vail & Withrow, 2007). As
metástases são mais comuns nos linfonodos e nos pulmões (Graham, 2004).
O tratamento no cão poderá ser feito através de cirurgia excisional e radioterapia coadjuvante, as quais podem ser benéficas em casos de margens incompletas.
Contudo, o CCE infiltrado no plano nasal no cão tem uma abordagem cirúrgica particularmente difícil e requer uma ampla recessão do plano nasal, juntamente com uma
parte da pré-maxila (Fig.3, pag.10). Porém, se as margens limpas forem alcançadas,
um intervalo logo livre de doença poderá ser conseguido. A utilização da radioterapia
como tratamento único para o plano nasal de cães poderá não ter resultados efectivos (Brearley, 2003). Para neoplasias pequenas e bem circunscritas, o prognóstico é
favorável, enquanto que para neoplasias localmente invasivas e metastizadas é
pouco favorável (Lemarie, 2007).
No gato, o local mais comum para o surgimento do CCE é em zonas onde
há maior escassez de pêlo, tais como o plano nasal, as pálpebras e a orelha. Estas
lesões faciais múltiplas afectam 30% dos animais. Na pele facial, a neoplasia é
localmente invasiva e pode metastizar (Vail & Withrow, 2007).
Esta neoplasia afecta normalmente gatos com 12 anos, sendo o Siamês uma
raça não predisposta devido à sua pigmentação de pele protectora (Vail & Withrow,
2007).
Em felídeos é na fase inicial (T1) da lesão que o tratamento obterá maior
sucesso. Quando o CCE se localiza na margem da orelha, o melhor tratamento é a
amputação. A excisão cirúrgica local ou a criocirurgia poderá ser usada para o plano
nasal e pálpebras, mas poderá não ser possível alcançar margens cirúrgicas sem
compromisso da função do órgão (Brearley, 2003).
A radiação superficial usando strontium-90 plesioterapia poderá ser um tratamento com sucesso. Contudo, este é limitado a lesões muito precoces já que a dose
de radiação diminui significativamente para além dos 2 mm de profundidade (Brearley, 2003).
A terapia fotodinâmica também tem sido usada para tratamentos de lesões
superficiais mas para neoplasias mais invasivas é recomendada uma cirurgia mais
radical (amputação do plano nasal ou a excisão em bloco da pálpebra, necessitando
de enucleação). Segundo refere Brearley et al. (2002), a taxa de sucesso é baixa,
quando a lesão está num estado avançado, sendo a reincidência no local uma
sequela comum.
Figura 1. Carcinoma das células escamosas no plano nasal de um Boxer (fotografia originária do HVM).
Figura 2. Carcinoma das células escamosas no cão (Adaptado de www.merck
vetmanual.com/mvm/htm/bc/itgtu902.
htm).
Figura 3. Basset Hound, fêmea de 11
anos de idade. Um ano após uma ampla
recessão (margens limpas), que incluío
o plano nasal juntamente com a parte da
pré-maxila (Adapatado de Lascelles,
2003)
2.2.3. TUMOR DAS CÉLULAS BASAIS
O tumor das células basais tem origem no epitélio basal da pele. As suas
variantes benignas incluem o epitelioma das células basais e o tumor basaloide. A
sua variante maligna inclui o carcinoma das células basais (Elmeslie, 2004). Sendo
esta neoplasia quase sempre benigna nos animais domésticos, tem sido recomendada a nomenclatura de tumor das células basais (Vail & Withrow, 2007).
A localização preferencial desta neoplasia é a cabeça, o pescoço, o tórax e o
dorso, em ambas as espécies de animais de companhia consideradas neste estudo.
Esta neoplasia apresenta-se geral circunscrita, discreta, alópecica, de cúpula mol-
dada, com uma elevação de cerca de 0,5 a 10 cm de diâmetro (Vail & Withrow,
2007; Lemarie, 2008).
No gato, o tumor das células basais poderá ser pigmentado, quístico, ou sólido e, ocasionalmente, ulcerado. Pode apresentar uma taxa mitótica surpreendentemente alta para uma neoplasia benigna (Vail & Withrow, 2007; Elmslie, 2004).
Esta neoplasia representa cerca de 3-12% e 15-18% de todas as neoplasias
de pele no cão e no gato, respectivamente, sendo assim mais comum em gatos e
mais rara nos cães (Elmslie, 2004; Argyle, 2008).
Nos cães, surge na meia-idade entre os 6 e os 9 anos, afectando o Cocker
Spaniel e o Poodle. Não existe predisposição sexual (Elmslie, 2004).
Nos gatos, surge entre os 5 e os 18 anos, afectando mais os Persas, os gatos
Himalaias e os gatos domésticos de pêlo comprido (Elmslie, 2004; Lemarie, 2008).
Esta neoplasia, de crescimento lento, não forma metátases. Quanto ao tratamento, a excisão cirúrgica é a mais indicada, embora uma excisão incompleta possa
causar a recorrência (Goldschmidt & Hemdrick, 2002). O prognóstico é favorável na
maioria dos casos (Morris & Dobson, 2001).
2.2.4. NEOPLASIAS ANEXAIS
2.2.4.1. NEOPLASIAS DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS
As neoplasias das glândulas sebáceas representam uma complexa matriz de
variedade de crescimentos que poderá ser dividida em quatro grupos, tendo em conta a aparência histológica. Estes são, por ordem crescentes de malignidade, a hiperplasia das glândulas sebáceas, o epitelioma sebáceo, o adenoma da glândula sebácea e o adenocarcinoma da glândula sebácea (Vail & Withrow, 2007).
São frequentes nos cães, representando cerca de 6-21% das neoplasias de
pele, ocorrendo em cães geriátricos entre os 9 e 10 anos, sem predisposição sexual.
O Cocker Spaniel tem sido descrito como predisposto. Também são comuns no
Poodle, no Kerry Blue Terrier, no Boston Terrier, no Beagle, no Dachshund e no
Basset Hound (Shearer & Dobson, 2008).
No gato, são menos comuns, representando cerca de 2,3% a 4,4% de todas
as neoplasias de pele (Vail & Withrow, 2007).
As glândulas sebáceas modificadas podem ser encontradas em vários locais,
e poderão dar origem a um crescimento neoplásico na cabeça, pálpebras, lábios e
tronco (Vail & Withrow, 2007). A excisão cirúrgica é usualmente curativa, não sendo
comum desenvolverem-se lesões noutros locais. O prognóstico é favorável (Rassnick, 2007).
2.2.4.1.1. HIPERPLASIA DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS
A hiperplasia das glândulas sebáceas representa a maioria das neoplasias
das glândulas sebáceas no cão, cerca de 50%. É caracterizada histologicamente por
uma acumulação de glândulas sebáceas bem diferenciadas (Vail & Withrow, 2007).
Esta hiperplasia afecta cães com uma média de idade entre os 9 e 10 anos,
não havendo predisposição sexual. Quanto à predisposição racial, as raças Cocker
Spaniel, Beagle, Caniche, Dachshund e Schnauzer miniatura são as mais afectadas
(Scott et al., 2001). Podem surgir em qualquer parte do corpo mas são mais frequentemente encontradas nos membros, no tronco e nas pálpebras. A maioria tem
menos de um centímetro de diâmetro, tendo a forma de uma verruga ou de couveflor, podendo tornar-se ulceradas devido a traumas. Nesta espécie, há uma baixa
recorrência após a excisão cirúrgica. Contudo, foram registados casos de desenvolvimento de novas lesões noutras partes do corpo (Vail & Withrow, 2007).
No gato, é tipicamente uma lesão benigna, mais comum na cabeça, com predisposição sexual do macho. As lesões podem persistir durante anos. A recorrência
nunca foi reportada após a excisão cirúrgica (Vail & Withrow, 2007).
2.4.1.1.2. EPITELIOMA SEBÁCEO
O epitelioma sebáceo (carcinoma das células basais com diferenciação
sebácea) constitui cerca de 30-40% das neoplasias das glândulas sebáceas no cão.
Quanto à predisposição racial, afecta sobretudo as raças Shih Tzu, Lhasa Apso,
Malamutes, Huskie Siberiano e Irish Setters (Vail & Withrow, 2007). Esta neoplasia é
encontrada em cães mais velhos e, raramente, em gatos (Anónimo 1, 2008).
As lesões são geralmente benignas, bem circunscritas, elevadas, lisas, com
aspecto verrugoso, tipo couve-flor, com coloração variável de rosada a alaranjada,
de 5 mm a 5 cm de diâmetro geralmente ulceradas ou melanóticas. Estas lesões são
mais frequentes nas pálpebras e na cabeça (Scott et al., 2001).
Esta neoplasia é quase idêntica à hiperplasia das glândulas sebáceas, tanto
na aparência como no tratamento, recomendando-se, de novo, a excisão cirúrgica.
O epitelioma sebáceo é mais recorrente que a hiperplasia das glândulas sebáceas
ou do que o adenoma, contudo ainda continua a ter uma taxa recorrência baixa, cerca de 6% (Vail & Withrow, 2007).
2.2.4.1.3. ADENOMA DA GLÂNDULA SEBÁCEA
Representa 8% das neoplasias das glândulas sebáceas, sendo relativamente
incomum. Ocorre com mais frequência nas pálpebras e nos membros, tendo uma
aparência e comportamento similar ao da hiperplasia das glândulas sebáceas (Vail &
Withrow, 2007; Shearer & Dobson, 2008).
Afecta normalmente cães e gatos de idade avançada. As raças Coohounds,
Co-cker Spaniel, English Cocker Spaniel, o Huskie, Samoyed e Malamute do Alasca
são as raças mais predipostas. No gato, o Persa é o felídeo com maior predisposição. Como é similar à hiperplasia das glândulas sebáceas, é difícil a sua distinção
clínica, no entanto verifica-se que esta neoplasia, é mais larga (maior que 1cm). A
excisão cirúrgica é o tratamento de eleição, embora ao longo do tempo seja frequente desenvolverem-se lesões noutros locais (Anónimo 1, 2008).
2.2.4.1.4. ADENOCARCINOMA DAS GLÂDULAS SEBÁCEAS
O adenocarcinoma é raro nos animais domésticos e é reconhecido quase
exclusivamente em cães e gatos, ocorrendo geralmente, em animais de meia-idade
ou idosos (Anónimo 1, 2008).
No cão, representa 1-2% das neoplasias das glândulas sebáceas, afectando
o Cavalier King Charles Spaniels, o Cocker Spaniel, o Scottish Terrier, Cairn Terrier,
e o Wets White Terriers. No gato é pouco frequente (Anónimo 1, 2008; Sherer &
Dobson, 2008).
É caracterizado pela ulceração e inflamação dos tecidos circundantes, apresentando um baixo potencial para metátases e recorrências. No tratamento, está
indicada cirurgia excisional agressiva e radioterapia adjuvante (Vail & Withrow, 2007;
Anónimo 1, 2008).
2.2.4.2. NEOPLASIA DAS GLÂNDULAS PERIANAIS
As glândulas perianais (glândulas hepatóides, glândulas circumanais) são
glândulas sebáceas modificadas, localizadas na região perianal. Estas glândulas
sebáceas desenvolvem-se sob influência de hormonas sexuais e muitas vezes é
difícil distinguir a hiperplasia de um adenoma benigno (Morris & Dobson, 2001). A
neoplasia das glândulas perianais é muito comum no cão macho e rara nas cadelas
e nos gatos (Turek & Withrow, 2007).
Esta neoplasia é comum e mais abundante no tecido subcutâneo em torno
do ânus (cerca de 90%), mas também pode surgir ao longo da linha mediana ventral
do períneo até à base do crânio, na região dorsal e ventral da cauda e na pele das
regiões lombar e sagrada. Devido à estimulação dos andrógenos, o desenvolvimento das glândulas hepatóides e a incidência de lesões proliferativas de glândulas
hepatóides intactas é 3 vezes mais frequente em machos do que em fêmeas (Anónimo 2, 2008).
2.2.4.2.1. ADENOMA DAS GLÂNDULAS PERIANAIS
O adenoma das glândulas perianais representa a maioria das neoplasias das
glândulas perianais nos cães, 58% a 96%, afectando animais com aproximadamente
10 anos. As raças Cocker Spaniel, Beagle, Buldog e Samoyedo são as mais predispostas. Não ocorre em gatos (Turek & Withrow, 2007).
Tem maior predisposição em machos, atingindo, contudo, cerca de 25% das
fêmeas (Shearer & Dobson, 2008; Anónimo 2, 2008). Nas fêmeas, este adenoma
ocorre quase exclusivamente em cadelas ovariohisterectomizadas, em que os baixos níveis de estrogénio não suprimem o crescimento neoplásico (Turek & Withrow,
2007).
Normalmente, esta neoplasia é benigna, apresentando-se sob a forma de
nódulos discretos, em forma de botão, na pele da região perianal mas também na
base da cauda e no prepúcio (Figura 4, pag.15). As lesões aumentam até 10 cm de
diâmetro, podendo ulcerar ou tornarem-se hemorrágicas, podendo o material de
natureza queratínica ser expulso com a pressão local (Anónimo 2, 2008).
A excisão cirúrgica, crioterapia, radioterapia, castração e a administração de
estrogénios são os tratamentos possíveis. 95% dos cães machos respondem completamente à castração. Os que não respondem deverão ser submetidos a avaliação
do eixo adrenal-hipófise e, se nenhuma anomalia for detectada, o cão deverá ser
reavaliado para a presença de um grau baixo de adenocarcinoma das glândulas
hepatóides. Em geral, não se recomenda a terapia com estrogénios, porque a
regressão neoplásica é temporária. A excisão cirúrgica pode ser utilizada para
remover simultaneamente adenomas grandes ou ulcerados que se tornam secundariamente infectados. Esta neoplasia raramente recorre após a cirurgia. A radioterapia
também tem apresentado resultados positivos. A crioterapia é outra alternativa terapêutica mas devido a complicações de incontinência fecal, deve ser utilizada apenas
quando a neoplasia não é propícia a uma intervenção cirúrgica (Scott et al., 2001;
Turek & Withrow, 2007; Anónimo 2, 2008).
Figura 4.
4 Adenoma da glândula perianal (Adaptado de
Brearley, 2003).
2.2.4.2.2. ADENOCARCIONOMA DAS GLÂNDULAS PERIANAIS
O adenocarcinoma das glândulas perianais (Fig. 5) é menos frequente do que
o adenoma das glândulas perianais, representando apenas 3% a 21% das neoplasias das glândulas perianais e surge em locais similares ao seu homólogo benigno.
Ocorre em machos (Quadro 6, pag.17) e fêmeas (Quadro 7, pag.18) intactos ou castrados, independentemente do estado hormonal, incidindo 10 vezes mais em cães
machos do que em fêmeas. Afecta cães com aproximadamente 11 anos. Cães
machos de grande porte parecem estar mais predispostos. As raças Huskie Siberiano, Malamute do Alasca, Bulldog são mais susceptíveis de desenvolver neoplasias.
O adenocarcioma tem potencial metástico, ocorrendo em 30% dos casos e, muitas
vezes, dissemina-se para os linfonodos regionais (Whitrow, 2001; Anónimo 2, 2008).
O tratamento recomendado, quando a neoplasia se encontra numa fase inicial, é a ampla excisão cirúrgica, incluindo os gânglios linfáticos, e possivelmente,
posterior radiação. Para neoplasias abaixo da fase T2N0M0 (< 2 cm), a sobrevivência é de 2 anos, ao passo que, considerando neoplasias com mais de 5 cm, a média
de sobrevivência é menos de 12 meses. Devido à recorrência local, esta neoplasia é
de difícil cura e pode exigir várias ressecções paliativas ao longo dos anos (Turek &
Withrow, 2007). Geralmente não é responsiva à castração ou à terapia estrogénica,
desconhecendo-se, se a quimioterapia é benéfica na doença metastática. O prognóstico é reservado (Brearley, 2003; Anónimo 2, 2008).
Figura 5. Adenocarcinoma
da glândula perianal. Lesão
invasiva, ulcerada, adjacente ao ânus (Adptado de
Brearley, 2003).
QUADRO 6. Neoplasias das glândulas perianais em machos.
Macho
Adenocarcinoma das glândulas
TIPO DE
NEOPLASIA
Adenoma das glândulas perianias
perianais
COMPORTAMENTO
Benigno
Maligno
FREQUÊNCIA
Comum
Rara
Superfícies glabras do perineo
Normalmente lesões:
Lesões únicas, múltiplas ou difusas
Únicas
Cauda e prepúcio
Invasivas
LOCALIZAÇÃO E
Frequentemente ulceradas
APARÊNCIA
Mestastiza nos linfonodos regio-
METÁTASES
Nenhuma
nais, especialmente com múltiplas
recorrências
Castração
Ampla excisão e linfoadenoetco-
Cirurgia
mia se estiverem envolvidas os
Criocirurgia
linfonodos
TRATAMENTO
Radioterapia
Quimioterapia
Castração pouco beneficia
Excelente, menos 10% de taxas de
recorrências
PROGNÓSTICO
(Adaptado deTurek & Withrow, 2007)
Reservado
QUADRO 7. Neoplasias das glândulas perianais em fêmeas.
Fêmea
TIPO DE
NEOPLASIA
COMPORTAMENTO
FREQUÊNCIA
Adenoma das glândulas perianais.
Adenocarcinoma dos sacos anais.
Benigno
Maligno
Rara
Rara
Lesões firmes e fixadas
LOCALIZAÇÃO E
Superficiais e únicas
primária
poderá
ser
pequena com metásteses
APARÊNCIA
METÁSTASES
Neoplasia
Nenhuma
Metástiza nos linfonodos
Excisão
TRATAMENTO
Cirurgia ou criocirurgia
Linfoadenoctomia
Considerar radioterapia
PROGNÓSTICO
Excelente
Reservado, menos de 40% sobrevivem até um ano
(Adaptado de Turek & Withrow, 2007)
2.2.4.3. NEOPLASIA DAS GLÂDULAS SUDORÍPARAS
2.2.4.3.1. ADENOMA / ADENOCARCINOMA DAS GLÂNDULAS SUDORÍPAS
As glândulas sudoríparas são de dois tipos, ecrinas e apócrinas. As neoplasias derivadas das glândulas ecrinas são raras em cães e gatos, ocorrendo apenas
nas almofadinhas plantares e dedos (Quadro 8, pag.19) (Vail & Withrow, 2007).
As neoplasias derivadas das glândulas apócrinas são incomuns nos cães
(2% das neoplasias de pele) e nos gatos (3,6-9% das neoplasias de pele), atingindo
cães e gatos com mais de 10 anos, sem predisposição sexual. O Golden Retriever,
o Cocker Spaniel e o Pastor Alemão parecem ser mais predispostos (Shearer &
Dobson, 2008). No cão, a cabeça, o pescoço, a zona dorsal do tronco e membros
são os locais onde há mais probabilidade de se desenvolver esta neoplasia. No
gato, surge sobretudo na cabeça, na aurícula da orelha, no pescoço, na axila, nos
membros e na cauda (Shearer & Dobson, 2008).
O adenoma das glândulas sudoríparas surge em gatos e cães idosos. No
gato, o adenoma benigno raramente ulcera e está associado a um pequena inflamação local, sentindo-se um quisto à palpação. Esta neoplasia ocorre mais na cabeça.
A excisão cirurgia é o tratamento de eleição, sendo o prognóstico favorável (Vail &
Withrow, 2007; Anónimo 3, 2008).
O adenocarcinoma das glândulas sudoríparas aparenta ser predominante,
perfazendo cerca de 50% a 90% dos casos no cão e no gato. Esta neoplasia apresenta-se como um nódulo sólido intradermal e subjacente à epiderme que ulcera
com frequência, podendo desenvolver-se em qualquer parte do corpo. Os adenocarcinomas das glândulas sudoríparas geralmente são maiores do que os adenomas e
têm um aspecto clínico variável, desde nódulos fribrosados a placas dérmicas e placas ulceradas. São localmente invasivos e frequentemente metastisam para os linfonodos, pulmões e osso. Recorrências locais e metástases generalizadas não são
frequentes (Anónimo 3, 2008).
Quanto ao tratamento, a excisão cirúrgica, com radioterapia adjuvante, é o
tratamento de eleição. O valor terapêutico da quimioterapia é desconhecido. O prognóstico é reservado (Brearley, 2002; Anónimo 3, 2008).
QUADRO 8. Neoplasias das glâdulas ecrinas.
EPIDEMIOLOGIA
LOCAIS MAIS FREQUENTES
Raro em cães e em gatos.
Almofadinhas plantares e dedos.
Frequentemente malignos e metastizam rapida-
PROGNÓSTICO
mente para os linfonodos locais.
Ampla excisão cirúrgica;
Castração;
TRATAMENTO
Tratamento com estrogéneos (pouco eficaz devido a recorrências)
(Adaptado de Shearer & Dobson, 2008)
2.2.4.4. NEOPLASIA DOS FOLÍCULOS PILOSOS
As neoplasias dos folículos pilosos representam aproximadamente 5% de
todas as neoplasias cutâneas observadas nos cães, sendo raras no gato, menos de
1%. Quanto ao seu aspecto histológico, distinguem-se diferentes tipos de neoplasias
dos folículos pilosos sendo, por ordem decrescente da sua frequência, o trichoblastoma, o tricoepitelioma e o pilomatricoma. Estes constituem a maioria dos casos,
embora existam mais duas formas raras o tricholemoma e o tricofoliculoma (Vail &
Withrow, 2007).
2.2.4.4.1. TRICOBLASTOMA
O trichoblastoma é uma neoplasia benigna frequente que deriva principalmente do epitélio germinativo primitivo do pêlo (Rassnick, 2007). Esta neoplasia é
comum em cães e gatos geriátricos. As raças Poddle e Cocker Spaniel são mais
predispostas para o trichoblastoma. A lesão é firme e alopécica, surgindo na cabeça
e no pescoço do cão. A zona mais craneal do tronco, no gato, é mais prediposta ao
trichoblastoma. O tratamento de eleição é a excisão cirúrgica, sendo o prognóstico
favorável (Goldschmidt & Hemdrick, 2002; Gross et al., 2005; Rassnick, 2007).
2.2.4.4.2. TRICOEPITELIOMA
O tricoepitelioma surge a partir dos queratinócitos da bainha radicular externa
do folículo piloso ou de ambas as bainhas da matriz, contabilizando cerca de 80%
das neoplasias dos folículos pilosos (Graham, 2004). É quase sempre benigna, de
aspecto ovalado, constituindo massas intradermais bem circunscritas, com 1 a 20
cm de diâmetro. A pele que envolve pode ser atrófica, alopécica e, muitas vezes,
ulcerada devido a traumas (Vail & Withrow, 2007). As neoplasias desenvolvem-se
em qualquer parte do corpo, sendo mais comuns na região dorsal do tronco em
cães, na cabeça, na cauda e nas extremidades em gatos (Graham, 2004; Gross et
al., 2005, Anónimo 4, 2008).
O tricoepitelioma é comum em cães e raro em gatos. As raças Basset
Hound, Bull Mastiffs, Setter Irlandês, Poodle Standard, Springer Spaniel Inglês,
Golden Retriever e Cocker Spaniel são as mais predispostas para o tricoepitelioma.
No gato, o Persa é a raça com maior predisposição. Não existe predisposição sexual
e a idade de incidência é a partir dos 5 anos (Graham, 2004; Anónimo 4, 2008). O
tratamento de eleição para o tricoepitelioma é a excisão cirúrgica, tendo prognóstico
favorável (Rassnick, 2007).
2.2.4.4.3. PILOMATRICOMA
O pilomatricoma surge a partir da raíz do pêlo (Grahem, 2004). Esta neoplasia
contabiliza aproximadamente 20% das neoplasias dos folículos pilosos, no cão. Ao
contrário do tricoepitelioma, na qual todos os elementos do folículo estão representados, no pilomatricoma estão representadas apenas as células da região da matriz,
da parte inferior do folículo piloso, as células que produzem a cornificação (haste
capilar e bainha radicular interna). Pode ocorrer nas formas benigna e maligna
(Anónimo 4, 2008).
As neoplasias benignas são mais comuns no tronco de cães de meia-idade
ou geriátricos. As raças Kerry Blue Terriers, Caniche, Bichons Frise, e Poodle Standard são as raças com maior risco de ocorrência do pilomatricoma. Macroscopicamente, estas neoplasias são indistinguíveis do tricoepitelioma, mas os seus conteúdos são muitas vezes quistos pedregosos devido à mineralização (Anónimo 4,
2004). A pele que envolve o pilomatricoma é alopécica, muitas vezes ulcerada.
Quanto ao tratamento, a excisão cirúrgica é a terapia indicada, tendo um prognóstico
excelente nas neoplasias benignas. Não foram reportadas nem recorrências nem
metástases numa compilação de 80 casos, embora muitos tenham uma avaliação
histopatólogica maligna (Vail & Withrow, 2007).
2.2.5. EPITELIOMA INTRACUTÂNEO CORNIFICANTE
O epitelioma intracutâneo é uma poliferação epitelial benigna que surge a
partir do epitélio superficial, entre os folículos pilosos, podendo também surgir com
origem nas glândulas anexas (Vail & Withrow, 2007). Esta neoplasia representa cerca de 5% das neoplasias epitelias nos cães, sendo rara em gatos. Atinge cães com
mais de 5 anos, havendo possivelmente predisposição dos machos. As raças Keeshond, Pastor Alemão, Collie, Old English Sheepdog e Norwegian Elkhound são as
raças mais predispostas (Shearer & Dobson, 2008).
Pode-se desenvolver em qualquer parte do corpo, principalmente no dorso,
cauda e extremidades (Anónimo 5, 2008). Esta neoplasia pode apresentar duas for-
mas, a benigna que pode ocorrer em qualquer raça e a multicêntrica que ocorre em
raças do círculo árctico (Vail & Withrow, 2007).
Muitas destas neoplasias têm 0,5 a 4,0 cm de diâmetro, com um poro aberto
para a superfície (Vail & Withrow, 2007). Apresenta-se como uma pápula ou nódulo
com um poro central cornificado que pode projectar-se acima da superfície da epiderme, dando a aparência de um chifre. No entanto, muitos têm continuidade com a
epiderme e podem aparecer apenas como quistos cornificados (Anónimo 5, 2008).
São geralmente solitários mas em alguns cães podem aparecer múltiplas neoplasias. As lesões múltiplas surgem com mais incidência no Norwegian Elkhound
(Shearer & Dobson, 2008).
O tratamento para as neoplasias solitárias é a excisão cirúrgica e o prognóstico geralmente é favorável. Para as lesões múltiplas que sejam pequenas poderá
ser utilizada a criocirurgia como terapia. Verifica-se algum sucesso no tratamento do
epitelioma intracutâneo múltiplo recorrendo aos retinóides (isotretinóide ou etretinato) (Vail & Withrow, 2007).
2.3. NEOPLASIAS MESENQUIMATOSAS
As neoplasias mesenquimatosas são derivadas do tecido conjuntivo. As neoplasias mesequimatosas mais comuns na pele e tecido subcutâneo no cão são o
mastocitoma, o lipoma, o sarcoma dos tecidos moles, o melanoma e o histiocitoma.
As neoplasias mesenquimatosas mais comuns no gato são o mastocitoma e o fibrosarcoma (Vail & Withrow, 2007).
2.3.1. NEOPLASIAS DO TECIDO FIBROSO
2.3.1.1. FIBROMA
O fribroma é uma neoplasia benigna dos fibrócitos da derme ou do tecido subcutâneo. A lesão é solitária, podendo ser firme ou com aspecto de borracha. Apresenta-se bem circunscrita e com uma forma ovóide, aparentando uma cúpula e com
uma conformação polipóide. As lesões surgem principalmente na cabeça e nas pernas. O fibroma é pouco comum no cão e raro em gatos. As raças Doberman Pincher, Boxer e Golden Retriever estão mais predispostas. O tratamento de eleição
para o fibroma é a excisão cirúrgica. O prognóstico é favorável (Paterson, 2001;
Goldschmidt & Hemdrick, 2002; Lemarie, 2007).
2.3.1.2. FIBROSARCOMA
O fibrosarcoma é uma neoplasia maligna proveniente dos fibroblastos. No
gato é a neoplasia mesenquimatosa maligna mais comum. No cão é pouco comum,
sendo as raças Gordon Setter, Irish Wolfhound, Brittany Spaniel, Golden Retriever e
Doberman Pincher as mais predispostas (Lemarie, 2007). O local de ocorrência mais
frequente no cão é o tronco e as extremidades (Anónimo 6, 2008).
Os fibrosarcomas variam muito na sua aparência e tamanho. As lesões são
firmes, carnudas, envolvem a derme e o tecido subcutâneo e, frequentemente, invadem a musculatura ao longo dos planos faciais. Esta neoplasia em cães é invasiva
e, em aproximadamente 10% dos casos, metastisa (Liptak & Forrest 2007; Anónimo
6, 2008).
No gato, os locais mais comuns são a cavidade oral, as extremidades (Fig. 6,
pag 24) o dorso e o abdómen (Paterson, 2001). Nesta espécie são conhecidas três
formas: a forma multicêntrica, causada pelo vírus do sarcoma felino (VSF) que ocorre em gatos com menos de 4 anos de idade; a forma solitária ocorre no gato jovem
ou geriátrico, aparentemente sem envolvimento do VSF e forma associada à vacina
que se desenvolve nos tecidos moles de gatos vacinados (Anónimo 6, 2008). A
vacina contra a raiva e contra a leucemia felina (FelV) está ligada ao aparecimento
do fibrosarcoma (Fig. 7, pag.24), mais do que as vacinas contra outras doenças
virais ou bacterianas. O alumínio utilizado como adjuvante foi reconhecido como o
indutor do desenvolvimento desta neoplasia, fazendo com que os fibroblastos se
proliferem e predispondo este tecido a transformações neoplásicas (Séguin, 2002).
O tratamento de eleição para o fibrosarcoma é a ampla e profunda excisão
cirúrgica, sendo a recorrência comum, com percentagens superiores a 70%. A taxa
de recorrência é superior a 90% para os sarcomas associados a vacinas. A quimioterapia e radioterapia e até mesmo a amputação são outros tratamentos possíveis
(Lemarie, 2007; Anónimo 6, 2008). O prognóstico é favorável para pequenas neoplasias se estes forem completamente removidos. Pelo contrário, o prognóstico é
reservado quando os fibrosarcomas são grandes, profundos ou induzidos por vacina
(Lemarie, 2007).
Figura 6. Fibrosarcoma no metatarso direito de um Main Coon geriátrico (Adaptado
de http://www.merckvetmanual.
com/mvm/htm/bc/itgtu903.htm).
Figura 7. Fibrosarcoma intraescapular, local
típico de uma sarcoma induzido por vacina
(Adaptado Shearer & Dobson , 2008)
2.3.1.3. HEMANGIOPERICITOMA CANINO
O hemangiopericitoma é uma neoplasia que envolve os pericitos. Esta neoplasia compreende 5% de todas as neoplasias de pele e tecido subcutâneo (Kirpensteijn & Rutteman, 2003). No cão, os locais mais comuns de ocorrência são os
membros e o tronco. Geralmente são as raças de grande porte as mais predispostas
ao hermangiopericitoma canino, como por exemplo o Husky Siberiano, o Irish Setter,
o Pastor Alemão e as raças indeterminadas (Lemarie, 2007). Os cães geriátricos
estão mais predispostos (Kirpensteijn & Rutteman, 2003).
As lesões são solitárias, multilobuladas, bem circunscritas, de bordos irregulares, mais comummente na gordura subcutânea, embora por vezes também na derme (Lemarie, 2007). O hemangiopericitoma tem, geralmente, uma taxa baixa de
crescimento e é localmente agressivo, embora possua uma baixa taxa de metástases, inferior a 15%. A recorrência foi verificada após a excisão cirúrgica, tendo um
valor de 31% (Kirpensteijn & Rutteman, 2003). Para além de uma excisão completa,
a amputação e a radioterapia também devem ser consideradas como opções de tratamento. O prognóstico é variável (Lemarie, 2007).
2.3.2. NEOPLASIAS DO TECIDO ADIPOSO
2.3.2.1. LIPOMA
O lipoma é uma neoplasia benigna do tecido adiposo e poderá ser encontrada
em qualquer parte do corpo. Esta neoplasia é relativamente comum em cães geriátricos, especialmente quando se encontra no tecido subcutâneo e é ocasionalmente
encontrada em gatos. O lipoma também poderá ser encontrado na cavidade torácica, na cavidade abdominal, no canal espinal, na vulva e na vagina de cães,
podendo causar anomalias clínicas secundárias devido à compressão e ao estrangulamento (Liptak & Forrest, 2007). As raças Labrador Retriever, Doberman Pincher,
Schnauzer miniatura, Cocker Spaniel, Dachshund Weimaraner são as raças mais
predispostas a esta neoplasia. O Siamês é a raça mais predisposta no gato (Lemarie, 2007). As cadelas castradas e os gatos machos castrados estão mais predispostos ao lipoma. Também se verifica que a obesidade é um factor que predispõe ao
desenvolvimento desta neoplasia (Shearer & Dobson, 2008).
As lesões são bem circunscritas, podendo ser ovóides a discóides, com consistência suave ou de borracha. As lesões pequenas deverão ser vigiadas, sendo a
excisão cirúrgica comummente curativa para lipomas largos e de rápido crescimento.
Os lipomas infiltrativos normalmente reaparecem e causam a destruição dos tecidos
adjacentes. O prognóstico para este tipo de neoplasia é favorável (Lemarie, 2007).
2.3.2.2. LIPOSARCOMA
O liposarcoma é uma neoplasia maligna dos lipoblastos subcutâneos, portanto, não deriva da transformação maligna de um lipoma. O liposarcoma surge em
animais geriátricos ou de meia-idade, sendo pouco comum em cães e raro em
gatos. O Shetland Sheepdog e o Beagle são as raças mais predispostas ao liposarcoma (Lemarie, 2007). Esta neoplasia encontra-se no tecido subcutâneo mas frequentemente envolve a derme, especialmente ao longo da região axial e nas extremidades. As lesões são suaves a carnudas com uma espessura superior a 2 cm. O
liposarcoma é localmente invasivo com um baixo potencial metastático, sendo o
pulmão, o fígado, o baço e o osso os locais onde ocorre a metastisação. Uma ampla
excisão cirúrgica e uma quimioterapia sistémica são os tratamentos preferenciais. O
prognóstico é reservado a pobre (Liptak & Forrest, 2007).
2.3.3. NEOPLASIAS VASCULARES
2.3.3.1. HEMANGIOMA
O hemangioma é uma neoplasia benigna das células endoteliais dos vasos
sanguíneos, possivelmente induzida por danos solares crónicos em cães com pele
clara ou pêlos finos. Esta neoplasia é relativamente comum no cão e rara no gato,
afectando animais de meia-idade a animais geriátricos. O Airedale Terrier, o Gordon
Setter, o Boxer, o Soft-coated Wheanten e o Wirehaired Fox Terrier são as raças
com uma maior predisposição ao hemangioma espontâneo. O Wippet, o Beagle, o
Dalmata, o American Bull Terrier e o Basset Hound são as raças mais predispostas
ao hemangioma induzido pela luz ultravioleta (Lemarie, 2007).
Esta neoplasia pode surgir em vários locais, incluíndo a pele, o fígado, o
baço, os rins, a língua, o osso e o coração. O hemangioma cutâneo, causado pela
luz solar, afecta animais de pêlo curto e com pouca pigmentação, sendo as lesões
alopécicas com ulceração e hemorragia, ocorrendo sobre o abdómen ventral, na
região inguinal, na zona medial das coxas e nas axilas (Lemarie, 2007; Liptak & Forrest, 2007). As lesões são bem circunscritas, em forma de cópula ou em forma polipóide com uma coloração vermelha ou vermelha preta. A excisão cirúrgica completa
normalmente é curativa. Evitar a exposição solar é recomendada como medida preventiva, dado que a exposição solar poderá induzir a transformação do hemangioma
a sua variante maligna (Lemarie, 2007).
3.3.3.2. HEMANGIOSARCOMA
O hemangiosarcoma é uma neoplasia extremamente maligna que tem origem
no endotélio vascular. Devido a esta origem celular, pode-se diagnosticar um
hemangiosarcoma cutáneo primário e um secundário, que poderão ser encontrados
em qualquer parte do corpo, sendo o primeiro induzido pela radiação solar. O
hemangiosarcoma ocorre mais frequentemente no cão, representando aproximadamente 2% de todas as neoplasias encontradas, sendo menos frequente no gato
(Bergman, 2007). Tende a afectar animais mais velhos, atingindo no cão animais
com uma média de idade de 9,6 aos, e no gato, animais com 9,4 anos (Shearer &
Dobson, 2008). As raças mais predipostas ao hemangiosarcoma são o Italian Greyhound, o Whippet, o Irish Wolfhound, o Vizsla, o American Bull Terrier e o Basset
Hound (Lemarie, 2007). Os locais mais comuns para o hemangiosarcoma primário,
tanto no gato como no cão são os órgãos viscerais, especialmente o baço, a aurícula direita e o fígado. Outros locais como a pele, o pericárdio, o pulmão, os rins, o
peritoneu e o retroperitoneu também são afectados pelo hemangiosarcoma (Lemarie, 2007).
O hemangiosarcoma cutâneo tem uma maior predisposição para pêlos claros
ou pele pouco pigmentada, da região ventral do abdómen e da região do prepúcio
do cão, estando confinado à derme (Fig. 8, pag 27). As radiações solares também
predispõem o cão ao aparecimento do hemangiosarcoma (Lipack & Forrest, 2007).
O Hemangiosarcoma cutâneo no cão é clinicamente classificado de acordo
com a profundidade. As neoplasias do estadiamento I envolvem a derme, no estadiamento II envolvem o tecido subcutâneo e no estadiamento III envolvem o músculo
subjacente. As lesões do hemangiosarcoma cutâneo do estadiamento II e III são
tipicamente largas, pouco circunscritas, com aspecto de uma contusão podendo ser
confundidas com um hematoma traumático. O tratamento recomendado é a excisão
cirúrgica, que deve ser acompanhada de quimioterapia adjuvante (doxorubicin, vincristine, cyclophosphamide) para hemangiosarcomas cutâneos no estadiamento II e
III. O estadiamento clínico fornece informações sobre o prognóstico, sobre o sucesso do tratamento local, sobre as potencias metástases e o tempo de sobrevivência
(Liptak & Forrest, 2007). Este é favorável quando a excisão é completa e varia de
reservado a pouco favorável quando a neoplasia é invasiva e metastisa (Lemarie,
2007).
Figura 8. Hemangiosarcoma cutâneo no
Wippet de 10 anos (Adaptado de http://
www.merckvetmanual.com/mvm/htm/bc/i
tgtu904.htm).
2.4. NEOPLASIAS MELANOCÍTICAS
2.4.1. MELANOCITOMA
O melanocitoma é uma neoplasia benigna dos melanócitos, e é mais frequentemente diagnosticado do que o melanoma maligno. Esta neoplasia é comum
no cão e rara em gatos, verificando-se uma maior incidência em cães com uma coloração de pele preta e gatos com uma pelagem preta ou cinza. No cão, as lesões
surgem mais na cabeça, membros e no tronco, enquanto, que no gato surgem mais
na cabeça e na aurícula da orelha. São os cães e gatos de meia-idade e mais
velhos, os mais afectados pelo melanocitoma, podendo haver uma predisposição
para o sexo masculino. As raças mais predispostas são o Schnauzers miniatura e
Standart, o Doberman Pincher, o Golden Retriever, o Setter Irlandês, o Vizslas, o
Irish Setter, o Chesapeak Bay Retriever, o Airedale Terrier, o Shar-pei, o Rottweiler,
o Cairn Retriever, o Brittany Spaniel, as raças indeterminadas, o Cocker Spaniel, o
Poodle Miniatura e Toy, o Beagle, o Collie, o Shi-tzu, BichonFrise, o Basset Hound,
o Weimaraner, o West Highland White Terrier e o Husky Siberiano (Goldshchmidt &
Hendrick, 2002; Lemarie, 2007; Anónimo 7, 2008).
As lesões são solitárias, circunscritas, alópecicas, em forma de cópula e carnudas. O tratamento de eleição é a excisão cirúrgica, sendo o prognóstico favorável
(Lemarie, 2007).
2.4.2. MELANOMA
O melanoma é a neoplasia maligna dos melanócitos. Esta neoplasia normalmente surge em junções mucocutáneas (excepto as pálpebras) e no leito ungueal
(Fig.9, pag.29) (Brearley, 2003). Apesar da etiologia do melanoma cutâneo em cães
e em gatos ser conhecida, verifica-se uma predisposição para determinadas raças,
indicando uma base genética. As raças que parecem estar em risco incluem o Scottish Terrier, o Aidale, o Boston Terrier, o Cocker Spaniel e o Springer Spaniel, o
Boxer, o Golden Retriever, o Schnauzer miniatura e o Doberman Pincher (Rassnick,
2007). Os gatos de pelagem cinza e preta também estão mais predispostos ao
melanoma. Esta neoplasia afecta principalmente cães e gatos mais velhos (Lemarie,
2007).
As lesões podem ter uma coloração cinza, castanha ou preta, sendo estas
polipóides ou planas. O melanoma dissemina-se por via linfática até aos gânglios
linfáticos e pulmões. As metástases também podem ocorrer, ocasionalmente, no
fígado, no baço, no cérebro, no coração e na medula óssea (Rassnick, 2007).
O tratamento de eleição para os melanomas é a excisão cirúrgica. No cão, o
prognóstico para o melanoma é reservado, sendo reportada uma taxa de metástases de cerca de 30% a 75%. No gato, foram reportadas taxas de recorrência e taxas
de metástases de cerca de 5% a 50%. Outras alternativas são a radioterapia e a
quimioterapia paliativa (Lemarie, 2007; Vail &Withrow, 2007).
Figura 9. Melanoma maligno (Adaptado de
www.merckvetmanual.com/mvm/htm/
bc/itgtu910.htm)
2.5. MASTOCITOMA
O mastocitoma é uma neoplasia originária da proliferação dos mastócitos, e é
a neoplasia cutânea mais comum no cão, representando 16% a 21% das neoplasias
cutâneas e a segunda neoplasia cutânea mais comum no gato, representando 20%
de todas as neoplasias cutâneas (Turek & Withrow, 2007).
2.5.1. MASTOCITOMA NO CÃO
No cão, o mastocitoma afecta animais mais velhos, com aproximadamente 9
anos. A maioria ocorre em raças indeterminadas mas também ocorre no Boxer, no
Boston Terrier, no Labrador Retriever, no Beagle e no Schnauzer. Apesar do Boxer
ser a raça com maior predisposição para o mastocitoma, este desenvolve mais
comummente o grau histológico baixo ou de diferenciação intermédia desta doença,
o que é mais favorável ao prognóstico. Não foram reportados casos de predisposição sexual. No cão, o comportamento biológico dos mastocitomas, é bastante
variável e imprevisível, tendo um maior risco de disseminação sistémica. Além disto,
existe uma ampla variação histológica, embora se denote um padrão histológico, e
será este grau histológico que vai permitir estabelecer um prognóstico e predizer o
comportamento biológico e clínico do mastocitoma (Quadro. 9) (Thamm & Vail,
2007).
QUADRO 9. Classificação histológica dos mastocitomas no cão.
Grau
Classificação
Descrição microscópica
(Patnaik)
3
Altamente celular
Limites citoplamáticos indiferenciados
Núcleo de tamanho e forma irregular
Mitoses frequentes
Grânulos esparsos no citoplasma
Diferenciação Intermédia
2
Bem diferenciado
1
Células empacotadas com limites
citoplasmáticos indistintos
Núcleo em relação ao citoplasma
menor do que no tipo anaplásico
Mitoses pouco frequentes
Mais grânulos do que no tipo anaplásico
Limites citoplasmaticos bem definidos
e regulares
Núcleo esférico ou ovóide
Ausência ou raras mitoses
Grânulos citoplasmáticos abundantes, grandes e com intensa coloração
Anaplásico, indiferenciado
(Alto grau)
(Baixo Grau)
(Adaptado de Turek & Withrow, 2007)
Assim, os mastocitomas, são classificados em três graus histilógicos, tendo
este factor uma grande importância no prognóstico geral. No entanto, existe uma
dificuldade de diferenciação devido aos diversos sistemas distintos de classificação
da neoplasia. A escala de Patnaik é a mais comum porque usa uma nomenclatura
mais convencional, de modo que o grau 1 está representado pela maioria das neoplasias bem diferenciadas que estão localizadas unicamente na derme. No grau 2
encontram se as neoplasias mais pleomórficas que se estendem à derme inferior e
tecido subcutâneo. O grau 3 é constituído por neoplasias pleomórficas que substituem o tecido subcutâneo e tecido profundos (Rogers, 2007).
O estadiamento clínico também fornece informações importantes no que se
refere ao prognóstico (Quadro 10).
QUADRO 10. Estadiamento clínico da Organização Mundial de saúde dos mastocitomas nos cães.
Estadiamento
Estádio 0
Sub estádio a:
Neoplasia cutânea excisada de forma incompleta, identificado
hisitologicamente e sem lesão dos gânglios linfáticos regionais
Neoplasia localizada unicamente na derme
Sem lesão dos gânglios linfáticos regionais
Neoplasia localizada unicamente na derme
Com lesão dos gânglios linfáticos regionais
Neoplasia cutânea múltipla
Neoplasias infiltrativas extensas
Com ou sem lesão dos gânglios linfáticos regionais
Qualquer neoplasia com metástases à distância (com envolvimento do sangue e da medula óssea) ou recorrentes com metástases
Sem sintomas clínicos sistémicos
Sub estádio b:
Com sintomas clínicos sistémicos
Estádio I
Estádio II
Estádio III
Estádio IV
(Adaptado de Rogers, 2007)
Como as metástases afectam, tipicamente, o sistema reticuloendotelial, os
gânglios linfáticos regionais, o fígado, o baço e a medula óssea são locais que deverão ser avaliados atentamente (Rogers, 2007).
Os mastocitomas cutâneos têm uma grande variedade de aparência clínica. A
maioria é solitária mas 11% a 14% dos animais têm lesões múltiplas. A aparência
dos mastocitomas foi correlacionada com o grau de diferenciação histológico. Os
mastocitomas bem diferenciados tendem a ser solitários, com cerca de 1 a 4 cm de
diâmetro, de crescimento lento e aparência de borracha. Normalmente, estes mastocitomas bem diferenciados não ulceram verificando-se, contudo, queda de pêlo no
local. Os mastocitomas indiferenciados tendem a crescer rapidamente, formando
lesões ulcerativas que causam irritações consideráveis e atingem grandes dimensões. Os tecidos envolventes poderão tornar-se inflamados, edematosos e poderão
formar-se pequenos nódulos satélite. Por fim, os mastocitomas de diferenciação
intermédia preenchem os espectros entre estes dois extremos, os mastocitomas
bem diferenciados e os mastocitomas indiferenciados (Thamm & Vail, 2007).
Os mastocitomas poderão ser encontrados nos pulmões e no tracto gastrointestinal. No entanto, nestes locais, os mastocitomas apresentam uma taxa de prevalência baixa para o desenvolvimento destas neoplasias. O tronco é o local mais
comum para o aparecimento do mastocitoma, podendo surgir também nos membros.
A cabeça e o pescoço são locais menos comuns, e a conjuntiva, as glândulas salivares, a nasofaringe, a laringe, a cavidade oral, o tracto gastrointestinal, a uretra e a
espinha são locais pouco frequentes (Thamm & Vail, 2007).
A escolha do tratamento é baseada na presença ou ausência de factores de
prognóstico (Quadro 11) menos favoráveis e do estado clínico da doença (Figura 10
e Figura 11, pag. 33 e 34). A excisão cirúrgica e a radioterapia são os tratamentos
com uma maior taxa de sucesso (Thamm & Vail, 2007)
Quadro 11. Factores de prognóstico para mastocitomas em cães
Factor
Grau Histológico
Estadiamento
Clínico
Localização
Recorrência
Tamanho
Comentário
Resultado fortemente preditivo
Cães com neoplasias indiferenciadas, após a terapia
local morrem
Cães com neoplasias de diferenciação indeterminada ou
bem diferenciadas normalmente são curados com uma
terapia apropriada local
Neoplasias com estadiamento clínico de 0 e estádio 1,
restritas à derme sem metástases nos linfonodos regionais e sem metástases à distância, têm um melhor
prognóstico do que as neoplasias de maior estadiamento clínico.
Neoplasias localizadas no prepúcio, no escroto, com
localização subungueal, na boca e noutras membranas
mucosas estão associadas a um alto grau e a prognóstico pouco favorável.
Neoplasias localizadas na medula óssea e nas vísceras
estão normalmente associadas a um prognóstico grave
Recorrências locais depois da excisão cirúrgica levam a
um prognóstico reservado
Neoplasias grandes estão associadas a um prognóstico
pouco favorável
(Adaptado de Thamm & Vail, 2007)
Local anatómico favóravél à excisão cirúrgica?
sim
Ideal:
Cirurgia citorreductiva
Quimioterapia adjuvante
Alternativas:
Amputação, se se tratar de um membro
Citorredução e Quimioterapia
Radioterapia
Quimioterapia
Excisão com margens profundas
Analisar margens e confirmar grau
Cirurgia de margens completa?
Não
Não
Opções:
Reexcisão com mais margem
Radioterapia adjuvante
Quimioterapia adjuvante
sim
Acompanhamento:
1, 3, 6, 9, 12, 15, 18 meses
6 meses depois
Exames físicos e exames dos linfónodos
Figura 10. Sugestões de tratamento para mastocitomas com estadiamento clínico em estádio
0 e estádio I, de grau baixo ou intermédio em cães (Adaptado de Thamm & Vail, 2007).
Local anatómico favorável à excisão cirúrgica?
Não
Sim
Excisão cirúrgica com margens profundas
Análise de margens e confirmar grau
Cirurgia de margens completa?
Idealmente a combinação de:
Cirurgia Citorreductiva
Radioterapia
adjuvante*,
incluindo linfonodos regionais
Adjuvante quimioterapia
Alternativa:
Amputação
(membros)
e
adjuvante quimioterapia
Quimioterapia por si só
Radioterapia* e quimioterapia
Radioterapia por si só*
Não
Sim
Opções:
Reexcisão com mais margens
Adjuvante radioterapia ao
local primário*
Quimioterapia adjuvante
Considerar irradiação dos linfonodos regionais*
Acompanhamento:
1 ,3, 6, 9, 12, 15, 18 meses
6 meses depois
Exame físico, exame dos linfonodos regionais ultrasonografia abdominal
*Considerar
protocolos
de radioterapia
Figura 11. Sugestão de tratamento, para mastocitomas, de elevado grau e biologicamente
agressivos no cão (adaptado de Thamm & Vail, 2007).
2.5.2. MASTOCITOMA NO GATO
O mastocitoma no gato é normalmente menos agressivo do que no cão. Nesta espécie encontra-se dividido histologicamente em dois tipos, associados a diferentes comportamentos (Murphy, 2003). O mastocitoma mastocítico é mais frequente e é histologicamente similar ao mastocitoma no cão, sendo o mastocitoma histiocítico, menos frequente. A forma mastocítica pode subdividir-se, devido à sua aparência histológica em duas categorias, a compacta e a difusa. A forma compacta
inclui cerca de 80% a 90% dos casos, associados a comportamento benigno. A forma difusa é histologicamente mais anaplásica e apresenta um comportamento mais
maligno. Os estudos têm demonstrado que a maioria dos casos de recorrência ou
metastáticos foram do histiotipo difuso. A maioria dos mastocitomas cutâneos nos
felídeos é benigna (Dernell, 2005; Vail, 2008).
Os gatos de 8-9 anos de idade estão mais predispostos ao mastocitoma,
enquanto que as formas mastocitíca e histocítica têm uma maior incidência aos 10 e
2,4 anos de idade, respectivamente. A raça siamesa apresenta predisposição racial,
não havendo relatos de predisposição sexual no gato (Vail, 2008).
O mastocitoma apresenta-se como um nódulo cutâneo alópecico, bem circunscrito, solitário, firme e com cerca de 0,5 a 3 cm de diâmetro, podendo ulcerar
superficialmente. Esta neoplasia geralmente não é pigmentada, apesar de se poder
encontrar uma forma eritimatosa rosada. As localizações mais frequentes para o
mastocitoma no gato são a cabeça e o pescoço, seguidas do tronco e extremidades.
O mastocitoma visceral é mais frequente no gato do que no cão, sendo cerca
de 50%, a percentagem de mastocitomas que ocorre nas vísceras, sendo o fígado e
o intestino os locais preferenciais (Thamm & Vail, 2007).
O tratamento de eleição é a excisão cirúrgica. A recorrência local e a disseminação sistémica estão descritas, representando cerca de 5 a 10% dos casos,
depois de efectuada a excisão cirúrgica. Para as neoplasias histologicamente mais
anaplásicas é aconselhada uma excisão mais ampla (Vail, 2008).
2.6. CONDIÇÕES CUTÂNEAS HISTIOCÍTICAS E GRANULOMATOSAS
As doenças histiocíticas proliferativas representam um grupo de alterações
patológicas difíceis, por vezes até impossíveis de distinguir de alterações inflamatórias reactivas, granulomatosas ou de doenças linfoproliferativas, só com base no
fenótipo neoplásico. No entanto, a apresentação, o comportamento clínico e a resposta à terapia variam grandemente com processo em causa (Pires, 2008).
2.6.1. HISTIOCITOMA CUTÂNEO CANINO
O hiscitioma cutâneo canino é uma neoplasia benigna com origem nas células
de Langerhans, frequente em cães, representando, segundo alguns estudos, cerca
de 19% das neoplasias da pele e do tecido subcutâneo (Pires, 2008). Segundo
alguns autores esta neoplasia ocorre em cães com menos de 3 anos, sendo o Sharpei e o Shar-pei Cross as raças mais predispostas (Lemarie, 2007), segundo outros,
o Scottish Terrier, o Bull Terrier, o Boxer, o English Cocker Spaniel, o Flat Coated
Terrier Retriever, o Doberman Pincher e o Shetland Sheepdogs são as raças mais
predispostas (Goldschmidt & Hemdrick, 2002). O histiocitoma localiza-se na cabeça
(Fig.12), nas orelhas, no pescoço e nas extremidades. As lesões geralmente são
solitárias, e a regressão espontânea ocorre algumas semanas ou meses após o seu
aparecimento, constituindo a progressão natural deste processo (Pires, 2008). O
histiocitoma surge como um nódulo alopécico ou ulcerado, eritematoso, elevado e
de crescimento rápido, sendo as lesões persistentes e recorrentes (Brearley, 2003;
Lemarie, 2007).
O tratamento de eleição, para as lesões que não regrediram espontaneamente é a excisão cirúrgica. A observação é aconselhável, apenas porque a maioria
regride espontaneamente. A crioterapia também é uma terapia utilizada para lesões
onde a excisão é dificultada pele localização. O prognóstico é favorável (Brearley,
2003; Lemarie, 2007).
Figura 12. Histiocitoma cutâneo canino. Aparência típica de uma lesão de um cão jovem
(Adaptado Shearer & Dobson).
2.6.2. SARCOMA HISTIOCÍTICO
O sarcoma histiocítico é a proliferação maligna das células histiocitárias, sendo o Cão Boieiro de Berne, o Flat Coat Retriever e o Rottweiler as raças mais predispostas. Cães de meia-idade e mais velhos são comummente afectados, contudo
também foram descritos casos de sarcoma histiocítico em cães com 3 anos de idade
(Clifford & Skorupski, 2007). O sarcoma histiocítico localiza-se, com mais frequência,
no baço, nos gânglios linfáticos, nos pulmões, na medula óssea, na pele , sobretudo
no tecido subcutâneo, no cérebro e nos tecidos periarticulares das grandes articulações das extremidades. As lesões podem ser múltiplas num único órgão (principalmente no baço) e disseminar-se rapidamente para outros órgãos. Assim, um sarcoma histiocítico disseminado é difícil de distinguir da histiocitose maligna, já que são
processos multisistémicos, que progridem rapidamente e afectam simultaneamente
muitos órgãos (Moore & Affoter, 2007). Segundo referem Clifford et al. (2007) a
designação de sarcoma histiocítico é actualmente preferida para identificar uma
neoplasia maligna das células dendríticas apresentadoras de antigénio, e a designação mais antiga, histiocitose maligna, refere-se à forma disseminada da doença.
Os sinais clínicos dependem do local envolvido pela neoplasia, havendo sintomas inespecíficos, tais como perda de peso, letargia e inapetência que são sintomas comuns, assim como febre, dispeneia, diarreia, vómito e linfadenopatia. O curso
clínico do sarcoma histiocítico disseminado é rápido e normalmente fatal, sendo a
forma localizada mais favorável à terapia. Poucos casos sobrevivem após a excisão
cirúrgica de um sarcoma histiocítico localizado, estando os efeitos da quimioterapia
e da radioterapia ainda pouco estudados. O prognóstico é pouco favorável (Clifford
& Skorupski, 2007).
No gato, o sarcoma histiocítico é mais raro, apresentando-se de forma multifocal ou disseminada, no sistema nervoso central, no fígado, no baço, nos linfonodos, nos pulmões, no mediastino, nos rins, na bexiga e na medula óssea (Clifford &
Skorupski, 2007). As lesões neoplásicas são pouco definidas e localizam-se no tecido subcutâneo na região ventral do abdómen e extremidades, podendo surgir
metástases nos gânglios linfáticos. Essencialmente, o sarcoma histicocítico felino é
equivalente ao canino, na sua localização e progressão. O prognóstico é reservado
e a maioria dos animais são eutanasiados (Moore & Affoter, 2007).
3. PARTE PRÁTICA
3.1. MATERIAL E MÉTODOS
Os dados apresentados foram recolhidos no período de estágio, de Março a
Setembro de 2009, realizado no Hospital Veterinário Montenegro (HVM). Para a elaboração deste trabalho, formam utilizados os relatórios de todos os exames citológicos e histológicos provenientes do serviço de diagnóstico de Anatomia Patológica,
no período compreendido entre Outubro de 2008 a Setembro de 2009. Foram obtidas informações referente ao sexo, raça e idade de canídeos e felídios, sendo cada
um deles classificado quanto à sua origem neoplásica.
3.2. RESULTADOS
Foram contabilizados um total de setenta e oito animais com patologias do
foro oncológico, sessenta e oito da espécie canina e dez da espécie felina (Fig 13).
Total/ Espécie
10
Canídeos
Felídeos
68
Figura 13. Número total de animais com doenças do foro oncológico.
3.2.1 ESPÉCIE CANINA
Dos pacientes da espécie canina atendidos no HVM verificou-se que dos sessenta e oito cães, trinta e oito (55,9%) eram do sexo masculino e trinta (44,1%) eram
do sexo feminino (Quadro 12, pag. 42 e Fig. 14).
Sexo
30
38
Masculino
Feminino
Figura 14. Número total de canídeos com neoplasias por sexo.
Ao analisarmos a incidência de neoplasias por idade verificamos que a idade
mínima foi de 1 ano, com um caso, e a idade máxima de 17 anos, com dois casos.
Foi encontrado um caso, respectivamente, nas classes etárias de animais com 3
anos e 16 anos. Animais com 4 anos, 5 anos e 6 anos apresentaram dois casos
cada, animais com 7 anos e 8 anos apresentaram quatro casos cada, animais com 9
anos apresentaram cinco casos, com 10 anos, 13 anos e 14 anos registaram-se sete
casos em cada, com 12 anos registaram-se oito casos e com 11 anos registaram-se
o maior número, quinze casos. Não surgiram registos de neoplasias nas classes etárias de 2 anos e de 16 anos (Fig.15). Assim, verificou-se que a média de idades foi
de 9,07 anos (Quadro 12, pag. 42).
16
14
Número de casos
12
10
8
6
4
2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11 12 13 14 15 16 17
Idades
Figura 15. Idades dos cães doenças do foro oncológico.
Neste estudo, verificou-se que as neplasias registaram uma maior predisposição para vinte e cinco raças, sendo a raça indeterminada a que apresentou um
maior número de casos, quinze casos (22%). O Labrador Retriever, com dez casos
(14,7%) foi a segunda raça com maior incidência, seguindo-se o Caniche e o Cocker
Spaniel com 6 casos (8,8%) cada, o Boxer com cinco casos (7,3%), o Golden
Retriever com quatro casos (5,9%), o Rotweiller com 3 casos (7,3%) e o Husky Siberiano com 2 casos (2,9%). As raças Basset Hound, Boieiro Suíço, Boston Terrier,
Bull Terrier, Cão de Água Português, Cão de Serra de Aires, Chow-chow, Dobermann, Fox Terrier, Pastor Alemão, Pequinês, Perdigueiro Português, Pincher, Serra
da Estrela, Shar-pei, Shih-tzu e Weimeraner foram das raças menos predispostas,
cada raça com registo de apenas um caso (1,5%) (Fig 16, pag. 41).
Total de Canídeos
1
Weimeraner
Rotweiller
Shih-tzu
Shar-pei
Serra da Estrela
Pincher
Perdigueiro Português
Pequinês
Pastor Alemão
Labrador Retriever
Indeterminada
Husky Siberiano
Fox Terrier
Golden Retriever
Dobermann
Cocker Spaniel
Chow-chow
Cão Serra de Aires
Cão de Água Português
Caniche
Bull Terrier
Boxer
Boston Terrier
Boieiro Suíço
Basset Hound
3
1
1
1
1
1
1
1
10
15
2
1
4
1
6
1
1
1
6
1
5
1
1
1
0
5
10
15
Figura 16. Número de canídeos com neoplasias por raça.
Verificou-se que existiram cinco casos em que as raças apresentaram duas
neoplasias, nomeadamente, o Basset Hound com o tricoepitelioma e o mastocitoma
cutâneo de grau II, o Boxer com adenocarcinoma e adenocarcinoma intestinal, a
raça indeterminada com o miopitelioma maligno e fibrossarcoma da glândula mamária, o Rotweiller com o melanoma e o adenoma das glândulas mamárias e o Caniche
com o leiomiosarcoma e o sarcoma indiferenciado (Quadro 12, pag 42).
QUADRO 12. Dados clínicos da população canina com neoplasias.
Raça
Basset Hound
Boieiro Suíço
Boston Terrier
Boxer
Boxer
Boxer
Boxer
Boxer
Bull Terrier
Caniche
Caniche
Caniche
Caniche
Caniche
Caniche
Cão de Água Português
Cão de Serra de Aires
Chow-Chow
Cocker Spaniel
Cocker Spaniel
Cocker Spaniel
Cocker Spaniel
Cocker Spaniel
Cocker Spaniel
Dobermann
Golden Retriever
Golden Retriever
Golden Retriever
Golden Retriever
Fox Terrier
Husky Siberiano
Canídeos
Sexo
Diagnóstico
Idade M F
Tricoepitelioma; Mastocitoma cutâneo de
12
x
grau II
7
x Sarcoma histiocítico
4
x
Liposarcoma
8
x
Epúlide fibromatosa
11
x
Melanoma amelânico
8
x
Épúlide Fibromatosa
Adenocarcinoma; Adenocarcinoma intesti12
x
nal
9
x Adenoma complexo da glândula mamária
4
x Linfoma (s/c)
17
x Sarcoma (s/c)
1
x
Lipoma
10
x Neoplasia neuroendócrina (s/c)
14
x Carcinoma das células escamosas
9
x Leiomiosarcoma; Sarcoma indiferenciado
13
x Hemangiosarcoma
Tricoblastoma
9
x
13
14
15
14
13
11
14
14
5
14
12
10
3
14
x
13
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Husky Siberiano
Indeterminada
Indeterminada
13
7
x
x
12
x
Indeterminada
Indeterminada
Indeterminada
Indeterminada
11
12
13
10
x
x
x
x
Hepatocarcinoma
Neoplasia maligna miéloide (s/c)
Carcinoma das glândulas sebáceas
Epitelioma das glândulas sebáceas
Lipoma
Adenoma Simples da glândula mamária
Carcinoma das células basais
Neoplasia testicular (s/c)
Carcinoma das células escamosas
Carcinoma das células escamosas
Lipossarcoma
Adenoma complexo da glândula mamária
Lipoma
Sertolinoma testicular
Carcinoma das glândulas perianais hepatóides
Adenocarcinoma tubular simples
Linfoma esplénico
Mioepitelioma maligno; Fibrossarcoma da
glândula mamária
Hemangiopericitoma
Carcinoma tubopapilar
Hemangiosarcoma hepático
Carcinoma da glândula mamária de grau II
QUADRO 12. Dados clínicos da população canina com neoplasias, continuação.
Canídeos
Sexo
Raça
Idade M
F
Diagnóstico
Indeterminada
7
x
Tricoepitelioma
Indeterminada
11
x
Lipoma Cutâneo
Indeterminada
12
x
Lipoma
Indeterminada
7
x Sarcoma indiferenciado
Indeterminada
8
x Hemangiosarcoma esplénico
Indeterminada
11
x
Adenoma das glândulas hepatóides
Indeterminada
17
x Carcinoma papilar da glândula mamária
Indeterminada
Adenoma das glândulas perianais hepa11
x
tóides
Indeterminada
11
x
Lipoma
Labrador Retriever
11
x
Mastocitoma cutâneo de grau III
Labrador Retriever
6
x Hemangiosarcoma ésplenico
Labrador Retriever
10
x
Hemangiosarcoma
Labrador Retriever
11
x
Liposarcoma
Labrador Retriever
10
x
Epitelioma das glândulas perianais
Labrador Retriever
10
x
Adenoma da glândula sebácea
Labrador Retriever
11
x
Neoplasia mesenquimatosa maligna (s/c)
Labrador Retriever
12
x Lipoma
Labrador Retriever
9
x Hemangiosarcoma
Labrador Retriever
11
x
Neoplasia epitelial (s/c)
Pastor alemão
8
x
Hemangiosarcoma esplénico
Pequinês
Carcinoma micropapilar da Glândula
13
x
Mamaria
Perdigueiro Português
11
x
Neurofibrosarcoma
Pincher
12
x Hemangiosarcoma do pericárdio
Serra da Estrela
10
x
Hemangiosarcoma
Shar-pei
Carcinoma das glândulas perianais
11
x
hepatoídes
Shih -Tzu
11
x Carcinoma complexo
Rotweiller
Melanoma; Adenoma das Glândulas
9
x
perianais
Rotweiller
6
x
Condrosacoma
Rotweiller
11
x
Osteosarcoma condroblástico
Weimeraner
5
x Mastocitoma (s/c)
Total / Média
9,07 38 30
(s/c) - sem classificação histológica
As neoplasias mais diagnosticadas em canídeos foram as de pele e tecido
subcutâneo com quarenta neoplasias (54%). As segundas neoplasias mais diagnosticadas foram as neoplasias das glândulas mamárias com onze neoplasias (15%). As
neoplasias do sistema gastrointestinal apresentaram nove neoplasias (12%). Segui-
ram-se os sarcomas dos tecidos moles com cinco neoplasias (7%). As neoplasias do
sistema reprodutor masculino apresentaram duas neoplasias (3%) e as neoplasias
do sistema esquelético também apresentaram duas neoplasias (3%). Por fim, os restantes tipos de neoplasias, que surgiram só com quatro casos (5%) (Fig.17).
Total
Neoplasias da pele e tecido subcutâneo
Neoplasias da glândula mamária
Neoplasias do sistema gastrointestinal
Neoplasias do sistema reprodutor masculino
Neoplasias do sistema esquelético
Outras neoplasias
Sarcoma dos tecidos moles
5
22
4
9
40
11
Figura 17. Total das neoplasias.
As neoplasias de pele e as do tecido subcutâneo foram as mais frequentes,
neste estudo diagnosticou-se quarenta casos, com vinte e três neoplasias diferentes
(Fig 18, pag 45).
De entre as neoplasias de pele e tecido subcutâneo o lipoma foi a neoplasia
que surgiu com mais frequência, sete casos (18%), logo de seguida do hemangiosarcoma com quatro casos (10%). O adenoma das glândulas hepatóides, o liposarcoma e o CCE apresentaram três casos cada (8%), o carcinoma das glândulas
hepatóides e o tricoepitelioma apresentaram dois casos cada (5%). Por fim, as
menos diagnosticadas foram o carcinoma das glândulas sebáceas, a neoplasia epi
epitelial sem classificação histológica, o mastocitoma de grau II, o mastocitoma de
grau III, o sarcoma hitiocítico, o carcinoma das células basais, o melanoma amelânico, a neoplasia mesenquimatosa sem classificação histológica, o melanoma, o adenocarcinoma, o tricoblastoma, o adenoma da glândula sebácea, o hemangiopericitoma, o epitelioma das glândulas perianais e o mastocitoma, as quais totalizaram
dezasseis neoplasias diferentes, que registaram apenas um caso cada (3%).
Neoplasias da Pele e Tecido Subcutâneo
Mastocitoma (s/c)
Mastocitoma de grau III
Mastocitoma de grau II
Sarcoma Histiocítico
Liposarcoma
Melanoma Amelânico
Tricoepitelioma
Adenocarcinoma
Lipoma
CCE
Hemangiosarcoma
Tricoblastoma
Carcinoma das glândulas sebáceas
Epitelioma das glândulas sebáceas
Carcinoma das células basais
Hemangiopericitomoma
Epitelioma das glândulas perianais
Adenoma das glândulas sebáceas
Neoplasia mesenquimatosa maligna(s/c) Neoplasia epitelial (s/c)
Melanoma
Adenoma das glândulas perianais
Carcinoma das glândulas perianais
1
1
2 1 1
3
1 1
3
1
1
1
2
1
1
1
1
7
1
1
1
4
3
Figura 18. Classificação histopatológica das neoplasias de pele e tecido subcutâneo.
Verificou-se que as neoplasias mamárias apresentaram onze casos, correspondentes a oito neoplasias diferentes (Fig 19, pag 46). O adenoma complexo da
glândula mamária apresentou dois casos (19%), as restantes neoplasias mamárias,
adenoma simples da glândula mamária, adenocarcinoma tubular simples, carcinoma
da glândula mamária de grau II, carcinoma da glândula mamária, carcinoma micro-
papilar da glândula mamária, carcioma tubopapilar e fibrosarcoma da glândula
mamária, apresentaram um caso cada (9%).
Neoplasias Mamárias
Adenoma complexo da
glândula mamária
Adenoma simples da
glândula mamária
Adenocarcinoma tubular
simples
1
1
2
Carcinoma da glândula
mamária de grau II
1
1
1
1
1
1
1
Carcinoma papilar da
glândula mamária
Carcinoma micropapilar
da glândula mamária
Carcinoma complexo
ductal
Fibrosarcoma da glândula
mamária
Mioepitelioma maligno
Carcinoma tubopapilar
Figura 19. Classificação histiopatológica das neoplasias mamárias.
Foram diagnosticados, no sistema gastrointestinal, nove casos correspondendo a seis neoplasias gastrointestinais diferentes. O hemangiosarcoma esplénico foi a
neoplasias mais diagnosticada, apresentando três casos (34%), seguindo-se a épulide fibromatosa com dois casos (22%) cada. O Adenocarcinoma intestinal, o hepatocarcinoma , o linfoma esplénico e o hemangiosarcoma esplénico apresentaram um
caso cada (11%) (Fig 20, pag 47).
Neoplasias do Sistema Gastrointestinal
Épulide fibromatosa
Adenocarcinoma intestinal
2
3
1
1
Hepatocarcinoma
1
1
Linfoma esplénico
Hemangiosarcoma
hepático
Hemangiosarcoma
esplénico
Figura 20. Classificação histopatológica das neoplasias do sistema gastrointestinal.
Diagnosticaram-se cinco casos de sarcomas do tecido moles, o sarcoma indiferenciado com dois casos (40%), o sarcoma, o leiomiosarcoma e o hemangiosarcoma do pericárdio com um caso cada (20%) (Fig. 21, pag. 48).
Sarcomas dos tecidos moles
Sarcoma
1; 20%
1; 20%
Sarcoma indiferenciado
1; 20%
2; 40%
Leiomiosarcoma
hemangiorsarcoma do
pericárdio
Figura 21. Classificação histiopatológica dos sarcomas dos tecidos moles.
As neoplasias do sistema reprodutor masculino (Fig 22, pag 48) e as neoplasias do sistema esquelético (Fig 23, pag 49) apresentaram ambas dois casos correspondendo a duas neoplasias diferentes.
No sistema reprodutor masculino foram diagnosticadas duas neoplasias, o
sertolinoma testicular com um caso (50%) e a neoplasia testicular sem difrenciação
histológica também novamente com um caso (50%) (Fig 22).
Neoplasias do Sistema Reprodutor Masculino
1
1
Neoplasia testicular (s/c)
Sertolinoma testicular
Figura 22. Classificação histopatológica das neoplasias do sistema reprodutor masculino.
No sistema esquelético foram diagnosticadas duas neoplasias, o condrosarcoma,
com um caso (50%) e, também, com um caso (50%) o osteosarcoma codroblástico
(Fig 23).
Neoplasias do Sistema Esquelético
1
1
Condrosarcoma
Osteosarcoma condroblástico
Figura 23. Classificação histopatológica das neoplasias do sistema esquelético.
Foram diagnosticadas quatro neoplasias de outros sistemas, apresentando
cada uma delas apenas um caso cada, o linfoma, a neoplasia maligna miéloide, e a
neoplasia neuroendócrina, sem classificação histológica, o e o neurofibrosarcoma
(Fig 24).
Outras neoplasias
1
Linfoma (s/c)
1
Neoplasia neuroendócrina
1
1
Neoplasia maligna miéloide (s/c)
Neurofibrosarcoma
Figura 24. Classificação de outras neoplasias.
3.2.1.2. RESULTADOS DAS NEOPLASIAS DA PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO
Verificou-se que as neoplasias epiteliais foram as mais frequentes, com dezoito casos e com doze neoplasias diferentes. O CCE e o adenoma das glândulas
sebáceas foram as neoplasias epiteliais mais frequentes, apresentando três casos
cada (17%), seguiu-se o carcinoma das glândulas perianais e o tricoepitelioma com
dois casos cada (11%). Por fim, com apenas um caso (6%), apresentaram-se o tricoblastoma, o adenocarcinoma, o adenoma das glândulas sebáceas, a neoplasia
epitelial sem diferenciação histológica e o carcinoma das células basais (Fig 25)
Neoplasias Epiteliais
Tricoblastoma
Tricoepitelioma
Adenocarcinoma
Epitelioma das glândulas sebáceas
Carcinoma das glândulas sebáceas
Neoplasia epitelial (s/c)
CCE
Carcinoma das células basais
Adenoma das glândulas sebáceas
Epitelioma das glândula perianais
Adenoma das glândulas perianais
Carcinoma das glândulas perianias
2
1
2
3
1
1
1
1
1
1
1
3
Figura 25. Classificação histopatológica das neoplasias epiteliais
As neoplasias mesenquimatosas foram as segundas neoplasias de pele e
tecido subcutâneo mais frequentes, apresentando onze casos e cinco neoplasias
mesenquimatosas diferentes. O lipoma foi a neoplasia mesenquimatosa mais frequente, apresentando sete casos (44%), seguindo-se o hemangiosarcoma com quatro casos (25%) e o liposarcoma com três casos (19%). Por último, com um caso
cada (6%), encontrámos o hemangiopericitoma e a neoplasia mesenquimatosa
maligna sem diferenciação histológica (Fig 26).
Neoplasias Mesenquimatosas
Lipoma
1
1
Liposarcoma
7
4
Hemangiosarcoma
3
Neoplasia mesenquimatosa
maligna (s/c)
Hemangiopericitoma
Figura 26. Classificação histopatológica das neoplasias mesenquimatosas.
Os mastocitoma foram a terceiras neoplasia mais frequente nos canídeos,
apresentando três casos (33%), o mastocitoma sem diferenciação histológica, mastocitoma de grau II e mastocitoma de grau III (Fig 27, pag 52).
Mastocitoma
1
1
Mastocitoma (s/c)
Mastocitoma de grau II
Mastocitoma de grau III
1
Figura 27. Classificação histopatológica dos mastocitomas.
As neoplasias melanocíticas incluíram dois casos o melanoma amelânico e o
melanoma (Fig 28).
Neoplasias Melanocíticas
1
1
Melanoma Amelânico
Melanoma
Figura 28. Classificação histopatológica das neoplasias melanocíticas.
As condições cutâneas histiocíticas e granulomatosas apresentaram um caso o sarcoma histiocítico (Quadro 13, pag 53).
QUADRO 13. Dados clínicos da população canina com neoplasias de pele e
tecido subcutâneo.
Canídeos
Sexo
Raça
Idade
M
Basset Hound
Boieiro Suíço
Boston Terrier
Boxer
Boxer
Caniche
Caniche
Caniche
Cão de Água Português
Cocker Spaniel
Cocker Spaniel
Cocker Spaniel
Cocker Spaniel
Dobermann
Golden Retriever
Golden Retriever
Golden Retriever
Husky Siberiano
Indeterminada
Indeterminada
Indeterminada
Indeterminada
Indeterminada
Indeterminada
Indeterminada
Labrador Retriever
Labrador Retriever
Labrador Retriever
Labrador Retriever
Labrador Retriever
Labrador Retriever
Labrador Retriever
Labrador Retriever
Labrador Retriever
Serra da Estrela
Shar-pei
Rotweiller
Weimeraner
Total / Média
12
7
4
11
12
1
14
13
9
15
14
13
14
5
14
12
3
13
11
7
11
12
11
11
11
11
10
11
10
10
11
12
9
11
10
11
9
5
x
10,3
29
(s/c) - sem classificação histológica
F
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
9
Diagnóstico
Tricoepitelioma; Mastocitoma cutâneo de grau II
Sarcoma histiocítico
Liposarcoma
Melanoma amelânico
Adenocarcinoma
Lipoma
Carcinoma das células escamosas
Hemangiosarcoma
Tricoblastoma
Carcinoma das glândulas sebáceas
Epitelioma das glâdulas sebáceas
Lipoma
Carcinoma das células basais
Carcinoma das células escamosas
Carcinoma das células escamosas
Lipossarcoma
Lipoma
Carcinoma das glândulas perianais hepatóides
Hemangiopericitoma
Tricoepitelioma
Lipoma
Lipoma
Adenoma das glândulas perianias hepatóides
Adenoma das glândulas perianais hepatóides
Lipoma
Mastocitoma cutâneo de grau III
Hemangiosarcoma
Liposarcoma
Epitelioma das glândulas perianais
Adenoma da glândula sebácea
Neoplasia mesenquimatosa maligna (s/c)
Lipoma
Hemangiosarcoma
Neoplasia epitelial (s/c)
Hemangiosarcoma
Carcinoma das glândulas perianais hepatoídes
Melanoma; Adenoma das Glândulas perianais
Mastocitoma (s/c)
Registou-se uma maior incidência de neoplasias de pele e tecido subcutâneo
nos machos com vinte e nove casos (76%), as fêmeas apresentando nove casos
(23%) (Fig 29).
Sexo
9
Machos
Fêmeas
29
Figura 29. Número total de canídeos com neoplasias de pele e tecido subcutâneo por sexo.
Verificou-se que a raça Labrador Retriever apresentou um maior número de
neoplasias de pele e tecido subcutâneo, apresentando nove casos, seguindo-se a
raça indeterminada com sete cães e o Cocker Spaniel com quatro casos. As raças
Golden Retriever, Caniche apresentaram quatro casos cada e a raça Boxerdois
casos. As restantes raças, o Basset Hound, o Boieiro Suíço, o Boston Terrier, o Cão
de Água Português, o Dobermann, o Husky Siberiano, Serra da Estrela, o Shar-pei,
o Rotweiller e o Weimeraner, registaram um caso cada tendo sido estas as raças
com menor predisposição (Fig 30).
Casos
Weimeraner
1
Rotweiller
1
Shar-pei
1
Serra da Estrela
1
Labardor Retriever
9
Indeterminada
7
Husky Siberiano
1
Golden Retriever
3
Dobermann
1
Cocker Spaniel
4
Cão de Água Português
1
Caniche
3
Boxer
2
Boston Terrier
1
Boieiro Suiço
1
Basset Hound
1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Figura 30. Número total de canídeos com neoplasias de pele e tecido subcutâneo, por raça.
Ao analisarmos a incidência de neoplasias de pele e do tecido subcutâneo por
idades, verificamos que a idade mínima foi de 1 ano com um caso, e a idade máxima de 15 anos também com um caso. Verificou-se que a existência de uma maior
incidência em cães com onze anos, apresentando onze casos. Foi registado cinco
casos na classe etária de 12 anos. Registaram-se quatro casos nas classes etárias
de 14 anos e 10 anos e três casos nas classes etárias de 9 anos e 13 anos respectivamente. Foram registados dois casos nas classes etárias de 5 e 7 anos. Por fim,
com apenas um caso, encontramos canídeos nas classes etárias de 3 anos, 4 anos
e anos. A classe etária de 6 anos não apresentou nenhum caso (Fig 31). Assim verificou-se que a média de idades foi de 10,3 anos (Quadro 13, pag 53).
12
10
Número de Casos
8
6
4
2
0
1
3
4
5
6
7
9
10
11
12
Idades
Figura 31. Idades de cães com neoplasias de pele e de tecido subcutâneo.
13
14
15
3.2.2 ESPÉCIE FELINA
Dos pacientes da espécie felina com neoplasias foram contabilizaram –se
dez gatos, dos quais sete (70%) eram do sexo masculino e três (30%) do sexo feminino (Quadro 14, pag 58, Fig 32).
Sexo
3
Masculino
Feminino
7
Figura 32. Número total de felídeos com neoplasias, por sexo.
Dos dez gatos verificou-se uma predominância do Europeu Comum, com
nove casos (90%). Apenas um caso (10%) foi contabilizado para a raça Persa (Fig
33).
Total de Felídeos
1
Europeu Comum
Persa
9
Figura 33. Número total de felinos com neoplasias por raça.
Verificou-se que a idade mínima dos gatos com neoplasias foi um caso com 3
meses (0,25 anos) (10%) e a idade máxima foi de 15 anos, idade em que se registou
a maioria dos casos, quatro casos (40%). Surgiram ainda gatos de 2 anos, 6 anos, 8
anos, 10 anos e 13 anos, cada uma destas classes etárias com um caso (10%),
sendo a média de 9,9 anos (Quando 14, Fig 34).
4
3,5
Número de casos
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
0,25
2
6
8
10
13
15
Idades
Figura 34. Classificação da população felina por grupos etários.
QUADRO 14. Caracterização da população felina com neoplasias.
Felídeos
Sexo
Raça
Europeu
Europeu
Persa
Europeu Comum
Europeu Comum
Europeu Comum
Europeu Comum
Europeu Comum
Europeu Comum
Europeu Comum
Total/média
Idade
0,25
2
15
15
15
13
10
6
8
15
9,9
(s/c) sem classificação histológica
M
x
x
x
F
x
x
x
x
x
x
7
x
3
Diagnóstico
Linfoma (s/c)
Linfoma renal
Melanoma
Fibrosarcoma
Fibrosarcoma
Linfoma intestinol
Linfoma das células pequenas
Linfoma renal
Linfoma renal
CCE
3.2.2.1. RESULTADOS DAS NEOPLASIAS DA PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO
As neoplasias que predominaram na espécie felina foram as do sistema
hematopoiético com seis casos, as neoplasias da pele e tecido subcutâneo apresentam-se com quatro casos (40%) (Fig. 35).
Percentagens de Neoplasias
40%
60%
Neoplasias da pele e tecido subcutâneo
Neoplasias do sistema hematopoiético
Figura 35. Percentagens de neoplasia.
Das neoplasias do sistema hematopoiético verificou-se que o linfoma renal foi
o mais frequente, apresentando três casos (50%) seguindo-se o linfoma sem classificação histológica, o linfoma das células pequenas e o linfoma intestinal, com um
caso cada (10%) (Fig 36).
Neoplasias do sistema
hematopoiético
1
1
Linfoma (s/c)
1
Linfoma renal
Linfoma intestinal
3
Linfoma das células
pequenas
Figura 36. Classificação histopatológica das neoplasias do sistema hematopoiético.
Das neoplasias da pele e tecido subcutâneo verificou-se que o fibrosarcoma
foi o mais frequente, apresentando dois casos (67%). O CCE apresentou apenas um
caso (33%) (Fig 37).
Neoplasias da pele e tecido subcutâneo
1
Fibrosarcoma
CCE
2
Figura 37. Classificação histopatológica das neoplasias da pele e tecido subcutâneo.
Verificou-se uma maior incidência de neoplasias de pele e tecido subcutâneo
nas fêmeas (67%) apresentando dois casos. Nos machos registaram-se um caso
(33%) (Fig 38)
Sexo
1
Machos
2
Fémeas
Figura 48. Número total de félideos com neoplasias de pele e tecido subcutâneos por sexo.
Verificou-se que, dos três casos de neoplasias de pele e tecido subcutâneo
todas elas apresentaram a idade de 15 anos e que a raça Europeu Comum foi a única existente que apresentou neoplasias de pele e tecido subcutâneo.
3.3 DISCUSSÃO
A caracterização da população de canídeos permitiu verificar que a ocorrência
de neoplasias incide mais em machos (55,9%) que em fêmeas (44,1%), o que não
está de acordo com o estudo descrito de 6 anos de neoplasias em canídeos, realizado por Pires et al. (2003) e apresenta ser um facto deste estudo, no qual as neoplasias de mama não parecem ter contribuído significativamente por subir o número
de fêmeas, dado o número muito superior de neoplasias de pele e tecido subcutâneo.
A média de idades obtida na população canina foi de 9,07 anos, sendo a faixa
etária de maior incidência a de 11 anos o que se encontra de acordo com Cullen et
al. (2002).
A raça indeterminada foi a que apresentou mais casos de neoplasias, o que
está de acordo com Pires et al. (2003) e pode ser um reflexo do predomínio desta
raça na população Portuguesa.
Nos casos estudados verificou-se um predomínio das neoplasias de pele e
tecido subcutâneo (54%) o que está de acordo com a grande maioria dos estudos
consultados (Morris, 2001; Cullen 2002; Goldschmidt & Hendrick, 2002; Morris &
Dobson, 2002; Vail & Withrow, 2007), tendo-se seguindo as neoplasias da glândula
mamária (15%) o que também corresponde ao estudos de Morris (2001).
Quanto às neoplasias de pele e tecido subcutâneo, verificou-se que o lipoma
foi a neoplasia que surgiu com maior frequência (18%), o que está de acordo com
Vail & Dobson (2007) e Argyle (2008) que referem o lipoma como sendo uma das
neoplasias cutâneas mais frequentes em cães. O adenoma das glândulas hepatóides, o liposarcoma e o CCE surgiram no estudo com três casos cada (8%) estando
estes de acordo com a bibliografia (Lemarie, 2007), referidas como pertencentes às
dez neoplasias cutâneas mais frequentes (Morris & Dobson, 2001; Turek & Withrow,
2007; Vail & Withrow, 2007), excluindo o lipossarcoma.
Ao aprofundar o estudo das neoplasias de pele e tecido subcutâneo verificouse que as neoplasias epiteliais foram as mais frequentes, tendo-se seguido as neoplasias mesenquimatosas, os mastocitomas e as neoplasias melanocíticas, o que
não está de acordo com Brearley (2002) que refere que as neoplasias mesenquimatosas são as mais frequentes, seguindo-se as neoplaias epiteliais e as melanocíticas.
Relativamente às neoplasias epiteliais, o CCE e o adenoma das glândulas
perianais foram as neoplasias mais frequentes (17%), o que esta de acordo com a
bibliografia (Morris & Dobson, 2001; Vail & Withrow, 2007). O adenoma das glândulas perianais é referido na bibliografia como sendo comum (58 a 96%) (Turek & Withrow, 2007).
Dentro das neoplasias mesenquimatosas, e como já referido, o lipoma foi a
neoplasia mesenquimatosa mais frequente (44%), o que está de acordo com Vail &
Withrow (2007).
Relativamente aos mastocitomas estas foram as terceiras mais frequentes
(33%) das neoplasias de pele e tecido subcutâneo o que esta de acordo com Turek
& Withrow (2007) que refere que os mastocitomas são uma neoplasia comum no
cão representado 16% a 21% das neoplasias cutâneas.
Ao caracterizar a população de canídeos com neoplasias epiteliais e do tecido
subcutâneo verificou-se que os machos (76%) foram claramente mais propensos do
que as fêmeas (23%), o que não esta de acordo com Vail & Withrow (2007) que
referem que não existe diferenças significativas em relação à incidência por sexo.
A raça Labrador Retriever foi a que apresentou mais casos de neoplasias de
pele e tecido subcutâneo, o que está de acordo com (Cullen, 2002).
Quanto à média de idades foi registado um valor de 10,3 anos, o que esta de
acordo com Shearer & Dobson (2008) quando refere que as neoplasias cutâneas
ocorrem em animais mais velhos.
A populção felina surgiu em número bastante inferior à canina, e caracterizouse na grande maioria por machos, com uma média de idades de 9,9 anos, o que
apenas não está de acordo com a bibliografia consultada quanto ao sexo (Cullen,
2002; Goldschmidt & Hendrick, 2002; Morris & Dobson, 2002; Kirpensteijn & Rutteman, 2003).
As neoplasias que predominaram na espécie felina foram as do sistema
hematopoiético, tendo-se seguindo as neoplasias de pele e tecido subcutâneo, o
que esta de acordo com a bibliografia consultada (Vail & Withrow, 2007). Verificouse que o fibrosarcoma (67%) e de seguida o CCE (33%) foram a neoplasias que
surgiam com maior frequência (Vail & Withrow, 2007; Argyle, 2008).
Quanto à incidência por sexo verificou-se que as fêmeas apresentaram maior
numero de casos, o que não está de acordo com a bibliografia (Vail & Withrow,
2007) mas pode ser reflexo da baixa casuística.
Relativamente à idade, verificou-se que a média de idades de gatos com neoplasias de pele e tecido subcutâneo foi de 15 anos o que não está de acordo com a
bibliografia consultada que refere a média de 4,7 e 8,6 anos de idade (Shearer &
Dobson, 2008).
3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi efectuado um registo oncológico de um número elevado de casos na
população canina e bastante inferior na felina. Dos casos oncológicos registados, a
maioria representou a classe etária mais velha e os machos foram os mais afectados.
Predominaram as neoplasias de pele e de tecido subcutâneo nos canídeos,
tendo esta obtido o segundo lugar em felídeos depois do tecido hematopoiético.
Dentro das neoplasias de pele e de tecido subcutâneo registaram-se mais neoplasias epiteliais seguindo-se as mesenquimatosas e as mastocíticas em canídeos. Em
felídeos dentro das neoplasias de pele e tecido subcutâneo predominando fibrosarcoma, tendo-se seguido o CCE.
Através deste trabalho final de curso e através da minha experiência no estágio verifiquei que as doenças do foro oncológico são uma constante no dia-a-dia de
um profissional de Veterinária o que torna o seu estudo de uma importância crucial.
Incidência
2
Goldsmidt & Hemdrick (2002)
Vail & Withrow (2007)
3
Lemarie (2007)
4
Shearer & Dobson (2008)
1
Carcinoma das
Células Basais
Pouco comum em cães geriátricos
Predisposição racial:
Cocker Spaniel, Poodle, Shetland
Sheepdog, Kerry Blue Terrier, e
2
Husky Siberiano
Comum
Surge mais em geriátricos
Papiloma oral e o papiloma cutâneo invertido surgem mais em
cães jovens
Papiloma Cutâneo
Predisposição racial:
Grand Anoir, Setter Irlandês e
1
Beagle
Raças
indeterminadas
estão
2
menos predispostas
Comum
Afecta animais velhos
Predisposição racial:
Scottish Terrier, Pekingese, BoxCarcinoma
er, Poodles e Norueguês Elkdas
hound3
Células Escamo- Dálmatas, Beagles, Wippetes e
sas
White Bull Terrier2
Keeshound, Schaunezer Standart, Collie e Boxer4
Tipo de Neoplasia
Benigno
Baixa
malignidade
Maligno
A maioria é localmente invasiva
Comportamento
Biológico
Benigno
QUADRO 15. Neoplasias epeteliais no cão
Cabeça
Pescoço
Tórax
Dorso
Pele levemente pigmentada ou não pigmentada
Orelha
Plano Nasal
Leito ungueal
Escroto
Pernas
Flancos
Abdómen
Cabeça
Pálpebras
Pés
Boca
Genitália
Localização
Raramente
mestastiza
Metastiza lentamente
Metastiza nos:
Linfondos
Pulmões
Metástases
Excisão cirúrgica
normalmente curativa.
Crioterapia
Ampla
excisão
cirúrgica
Ablação por laser
ou crioterapia para
lesões pequenas e
superficiais
Radioterapia para
lesões
irressecáveis
Terapia
fotodinâmica
Excisão
cirúrgica
Interferões
Retinóide
Regressão espontânea
Tratamento
Bom se a neoplasia exibir um
comportamento
benigno
Prognóstico
variável sendo
mais favorável
em
lesões
pequenas
e
bem diferenciadas
Bom
Prognóstico
2
Incidência
Comum
Predisposição:
Cães de meia-idade ou geriátricos
Cavalier King Charles Spaniel,
Cocker Spaniel, Scottish, Cairn e
West Highland White Terriers3
Relativamente incomum
Afecta geriátricos
Predisposição racial:
Coohounds, Cocker Spaniel, English cocker Spniel, Huskie, Sa2
moyed e Malamute do Alaska
Afecta geriátricos
Predisposição racial:
Shih Tzus,Lhasa Apsos, Malamutes, Husky Siberiano e Irish
2
Setter
Conta a maioria das neoplasias
das glândulas sebáceas
Afecta geriátricos
Predispoição racial:
Schnauzer miniatura, Beagle,
Poodle e Cocker Spaniel1
Lemarie (2007)
Vail & Withrow (2007)
3
Shearer & Dobson (2008)
1
Adenocarcinoma
das Glândulas
Sebáceas
Adenoma das
Glândulas Sebáceas
Epitelioma Sebáceo
Hiperplasia das
Glândulas Sebáceas
Tipo de Neoplasia
Glândulas Sebáceas
Maligno
Localmente invasivo
Benigno
Benigno
Comportamento
Biológico
Benigno
Pálpebras
Membros
Pálpebras
Membros
Cabeça, especialmente nas pálpebras
Pernas
Tronco
Pálpebras
Localização
Neoplasias Anexais
QUADRO 15. Neoplasias epiteliais no cão, continuação
Metastiza
nos
linfonodos,
no
final da doença.
Metástases
Excisão cirúrgica
agressiva
Radioterapia
adjuvante
Excisão cirúrgica.
(Comportamento
similar à hiperplasia das glândulas
sebáceas)
Excisão cirúrgica
Excisão cirúrgica
Retinóide
Tratamento
Reservado
Aparenta ter um
baixo potencial para
metástases e reincidência
Bom
Pode desenvolver lesões noutros locais
ao longo do tempo
Bom
Baixa
recorrência
após a excisão cirúrgica
Desenvolvimento de
novas lesões noutras
partes do corpo
Prognóstico
Pouco comum
Afecta mais as fêmeas
Ocorre em cães geriátricos
Cocker Spniel
Comum
Predisposição:
Geriátricos
Machos
Fêmeas ovariohisterectomizadas
Cocker Spaniel, Beagle, Buldog e
Samoyedo1
Afecta cães mais velhos
Machos e raças de grande porte
estão mais predispostos
Incidência
2
1
Pouco comum
Predisposição racial:
Cão dos Pireneus, Chow Chow,
Malamute e Bobtail2
Lemarie (2007)
Vail & Withrow (2007)
Adenoma das
Glândulas Sudoríparas
Glândulas Sudoríparas (Apócrinas)
Adenocarcinoma
dos Sacos Anais
Adenocarcinoma
da Glândula
perianal
Adenoma
da
Glândula
Perianal
Glândulas Perianais
Tipo de Neoplasia
Benigno
Maligno
Maligno
Benigno
Comportamento
Biológico
Cabeça
Sacos Anais
Região perianal
Região perianal
Localização
Metástases
Metastiza
linfonodos
nais
nos
regio-
Dissemina-se
para os linfonodos regionais
Neoplasias Anexais (continuação)
QUADRO 15. Neoplasias epiteliais no cão, continuação
Excisão cirurgia
Exisão
Linfadenectomia
Considerar radioterapia
Excisão cirúrgica
agressiva
Linfadenectcomia
A castração é
pouco benéfica
Excisão cirúrgia
Crioterapia
Radioterapia
Castração
Administração de
estrogénio
Tratamento
Bom
Reservado
Reservado
reincidência local
Bom
Prognóstico
Incidência
2
Benigno
Benigno
Frequentemente
malignos
Maligno
Localmente
invasiva
Comportamento
Biológico
Raro
Comum em cães geriátricos
Predisposição racial:
Podle e Cocker Spaniel1,2
Kerry Blue Terrier, Soft Coat Wheaton
Terrier, Bichon Frise, Cock-a-poo,
Pastor de Shet-land, Husky, English
Springer Spaniel Spaniel, Collie, Yorkshire Terrier2
Raro
Animais de meia-idade e geriátricos
Predisposição racial:
3
Afghan Hound
Raro
Vail & Withrow (2007)
Goldschmid & Hemdrick (2002)
3
Gross (2005)
1
Tricolemoma
Tricoblastoma
Folículos Pilosos
Neoplasias
das Glândulas
Ecrinas
Glândulas Sudoríparas (Apócrinas), continuação
Pouco comum
Predisposição racial:
Adenocarcinoma
Coohund, Elkhound Norueguês1
das
Glândulas Sudoríparas
Tipo de Neoplasia
Cabeça
Pescoço
Cabeça
Pescoço
.
Dedos
Almofadas plantares
Cabeça
Pernas
Localização
Metástases
Poderá ocorrer metastização após cirurgia
Metastiza nos:
Linfonodos
Pulmões
Ossos
Metastizam rapidamente para os linfonodos locais
Neoplasias Anexais (Continuação)
QUADRO 15. Neoplasias epiteliais no cão, continuação
Excisão cirúrgica
Excisão cirúrgica
Ampla excisão cirúrgica
Castração
Tratamento com estrogénios
Ampla excisão cirúrgica
Radioterapia adjuvante
Tratamento
Bom
Bom
Reservado
Reservado
Prognóstico
2
1
Lemarie (2007
Gross et al (2005)
Pilomatricoma
Tricoepitelioma
Tricofoliculoma
Incidência
Razoavelmente comum
Ocorre em geriátricos
Predisposição racial:
Basset Hound, Golden Retriever, Poodle
standard 1,2
1
Schnauzer miniatura, e Spaniels
Bull Mastiff, English Springer Spaniel, Gor2
don Setter, Irish Setter
Pouco comum
Ocorre em cães de meia-idade e geriátricos
Predisposição racial:
Poodle, Kerry Blue Terrier, Old English
Shepdog, e Airedale Terrier1,2
Soft-Coated Wheaten Terrier, Bouviers des
Flandres, Bichon Frise, Schnauzer Standard
2
e Basset Hound
Pouco comum
Raro
Folículos Pilosos (Continuação)
Tipo de Neoplasia
Benigno
Benigno
Benigno
Comportamento
biológico
Tronco
Membros
Zona dorsal do
tronco
Membros
Folículos pilosos
Localização
Neoplasias Anexais (Continuação)
QUADRO 15. Neoplasias epiteliais no cão, continuação
Metástases
Excisão cirúrgica
Excisão cirúrgica
Excisão cirúrgica
Tratamento
Bom
Bom
Prognóstico
Pouco comum
Ocorre mais em cães machos de meias idade
Predisposição racial:
Keeshund, Pastor Alemão, Collie, Bobtail e
Elkhound Norueguês
Lhasa Apsos, Elkhound Norueguês, York1
shire, Terriers e German Shepherd
Incidência
Comportamento
biológico
Benigno
Zona dorsal
do pescoço e
tronco
Localização
Metástases
Excisão cirúrgica
Criocirurgia
Tratamento
Excelente
Prognóstico
Gross et al (2005)
nd
Brearley MJ (2003). Epithelial and other solitary skin tumours. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh:
154 – 160.
th
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Gross LT, Ihrke PJ, Walder EJ, Affolter VK (2005). Follicular tumors. Skin Disease of the Dog and Cat, Clinical Histopathologic Diagnosis. (2 Edition) Oxford. Blackwell
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Lemarie SL (2008). Dermatologic System. In Morgan RV. In Handbook of Small Animal Practice. (5 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 870–877.
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Vail DM, Withrow SJ (2007). Tumors of the skin and subcutâneos tissues. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 381- 389.
1
Epitelioma
Intracutâneo
Cornificante
Tipo de Neoplasia
Folículos Pilosos (Continuação)
QUADRO 15. Neoplasias epiteliais no cão, continuação
2
1
Incidência
Ocorre apenas nos cães
Ocorre em geriátricos
Raças de grande porte estão mais
predispostas
Raças predispostas:
Husky Siberiano, Irish Setter, Pastor Alemão, Raças indeterminadas
1
e Boxer
Pouco comum
Raças predispostas:
1
Doberman Pincher,Boxer e Golden
Retriever
Pouco comum
Ocorre em cães adultos
Raças predispostas:
Gordon Setter Irish Wolfhound,
1
Brittany Spaniel
Golden Retriever2
Doberman Pincher1,2
Lemarie (2007)
Goldshchmidt & Hendrick (2002)
Tumor Transmissível
Venereal
(TTM)
Hemangiopericitoma
canino
Fibrosarcoma
Fibroma
Tipo de Neoplasia
Localização
Mucosa genital
Pele
Tronco
Membros
Extremidades
Cabeça
Cavidade oral
Maligno
Malignidade intermédia
Cabeça
Pernas
Benigno
Neoplasias do tecido Fibroso
Comportamento
biológico
QUADRO 16. Neoplasias mesenquimatosas no cão
Raramente
metastiza
Raramente
metastiza
Metástases
Cirurgia
para
pequenas
lesões
localizadas
Quimioterapia
Ampla excisão
cirúrgica
Amputação
Radioterapia
Excisão cirúrgica
Amputação
Radioterapia
Quimioterapia
Excisão cirúrgica
Tratamento
Bom
É possível a regressão espontânea
Bom para pequenas
neoplasias quando
estas são completamente removidas.
Reservado para neoplasias grandes, profundas ou induzidas
por vacinas
Variável
Alguns casos recorrem após excisão
cirúrgica
Bom
Prognóstico
Pouco comum
Afecta animais de meia-idade a
geriátricos
Raças predispostas a lesões
espontâneas:
Airedale Terrier, Gordon Setter,
Boxer, o Soft-coated Wheanten e
1
o Wirehaired Fox Terrier
Raças predispostas a lesões
induzidas por luz UV:
Wippet, Beagle, Dalmata, American Bull Terrier e Basset Hound1
Comum
Predisposição:
Cães de meia-idade a geriátricos
Cadelas esterilizadas
Obesidade
Raças predispostas:
Labrador Retriever, Doberman
Pincher, Schnauzer, Cocker
Spaniel, Dachshund1
Pouco comum
Predisposição:
Animas de meia-idade a geriátricos
Shetland Sheepdog e Beagle1
Incidência
Localização
Benigno
Região axial
Extremidades
Maligno
Pele, fígado
baço, rins
língua, osso,
coração
Hemangioma
Cutâneo: Abdómen ventral
Região inguinal
Zona medial das
Coxas
Axilas
Neoplasias Vasculares
Tronco
Membros
Cavidade oral
Cavidade
abdominal
Canal espinal
Vulva
Vagina
Benigno
1
Lemarie (2007)
Metástases
Pouco frequentes
Metástases nos: pulmões, fígado, baço e
ossos
Neoplasia do Tecido Adiposo
Comportamento
biológico
QUADRO 16. Neoplasias mesenquimatosas no cão, continuação
Hemangioma
Liposarcoma
Lipoma
Tipo de Neoplasia
QUADRO 16. Neoplasisa mesenquimatosa no cão, continuação
Excisão cirúrgica
Ampla
excisão
cirúrgica
Quimioterapia sistémica
Excisão
cirúrgica
de neoplasias largas e de grande
crescimento
Tratamento
Bom
Reservado a pobre
Recorrência
é
comum
Geralmente bom
Lipomas
infiltrados
podem recorrer e
destruir os tecidos
envolventes
Prognóstico
Hemangiosarcoma
Baço,aurícula
direita,fígado,
pele, pericárdio,
pulmões, rins,
peritoneu
e
retroperitoneu.
Cutâneo:
Zonas de pele
com pouca ou
nenhuma
pigmentada
Localização
Benigno
Cabeça
Orelha
Neoplasias Melanocíticas
Comportamento
biológico
Maligno
2
1
Lemarie (2007)
Goldshchmidt & Hendrick (2002)
QUADRO 16. Neoplasias mesenquimatosas no cão, continuação
Melanocitoma
Comum
Afecta animais geriátricos
Raças predispostas:
Italian Greyhound, Wippet, Irish Wolfhound, Vizsla, basset Hound1
2
German Shepheard, Golden Retriever
Comum no cão
Predisposição:
Cães adultos
Com pigmentação de pele preta
Raças predispostas:
Schnauzers Miniatura e Standart, Doberman Pincher, Golden Retriever, Setter Irlandês, Vizslas, Irish Setter, Chesapeak
Bay Retriever,Airedale Terrier, Shar-pei,
Rottweiler, Cairn Retriever, Brittany Spaniel, Raças indeterminadas, Cocker Spaniel, Poodle Miniatura e Toy, Beagle, Collie,
Shi-tzu,Bichon Frise,Basset Hound, Weimaraner, West Highland White Terrier
Husky Siberiano2
Incidência
Tipo de neoplasia
Linfonodos regionais
Pulmões
Locais distantes
da derme
Metástases
Excisão cirúrgica
Excisão cirúrgica
ampla para neoplasias cutâneas
Excisão cirúrgica
e
quimioterapia
adjuvante
para
neoplasias com
maior
estadiamento
Tratamento
Bom
Bom para lesões
completamente
removidas
Reservado
ou
pouco favorável
para neoplasias
localmente invasivas e metastizadas
Prognóstico
Melanoma
Maligno
Comportamento
biológico
Maligno
Pescoço
Cabeça
Orelhas
Extremidades
Pulmões
Tracto gastrointestinal
Tronco
Membros
Cabeça
Pescoço
Cabeça
Membros
Localização
3
2
1
Lemarie (2007)
Goldshchmidt & Hendrick (2002)
Rassnick (2007)
QUADRO 16. Neoplasias mesenquimatosas no cão, continuação
Histocitoma Cutâneo Canino
Comum
Afecta cães com menos 3 anos de
idade
Shar-Pei e Sharpei-Cross2
Scottish Terrier, Bull Terrier, Boxer,
English Cocker Spaniel, Flat
Coated
Retriever,
Doberman
3
Pincher e Pastor de Shetland
Condições Cutâneas Histocíticas e Granulomatosas
Mastocitomas
(Grau I)
(Grau II)
(Grau III)
Afecta cães mais velhos
Raças predispostas:
Raças indeterminadas, Boxer, Boston Terrier, Labrador Retriever,
Beagle e Schnauzer
Predisposição:
Geriátricos
Cães com pele fortemente pigmentada
Raças predispostas:
Scottish Terrier, Aidale, Boston
Terrier ,Cocker Spaniel, Springer
Spaniel, Boxer, Golden Retriever,
Schnauzer miniatura e Doberman
Pincher1
Mastocitomas
Incidência
Tipo de neoplasia
Mestátases localizadas:
Sistema
Reticuloendotelial
Gânglios linfáticos
regionais
Fígado
Baço
Medula óssea
Dissemina-se por
via linfática até aos
gânglios linfáticos e
pulmões
Metástases no:
Fígado, baço,
cérebro, coração e
medula óssea
Metástases
Observação:
Lesões
podem
regredir espontaneamente
Excisão cirúrgica
Crioterapia
Excisão cirúrgica
Radioterapia
Quimioterapia
Ampla
excisão
cirúrgica
Radioterapia
Quimioterapia
paliativa
Tratamento
Bom
Variável
Reservado
Recorrências
e metástases
são frequentes
Prognóstico
Incidência
Tracto gastrointestinal:
Estômago, jejuno e
ceco
Vagina
Vulva
Tracto digestivo
Baço
Fígado
Tracto urogenital
Espaço retroperineal
Parede de vasos
Maligno
Moderado potencial metastático
Aurícula da orelha
Lábios
Queixo
Cavidade oral
Baço
Gânglios Linfáticos
Pulmões
Medula óssea
Pele
Tecido subcutâneo
Localização
Benigno
Ocasionalmente
exibe um comportamento
maligno
Comportamento
biológico
Maligno
Metástases nos:
Linfonodos regionais
Mesentério
Fígado
Peritoneu
Baço
Pouco comuns
Metástases
1
Shearer & Dobson (2008)
QUADRO 16. Neoplasias mesenquimatosas no cão, continuação
Leiomiosarcoma
Raro
Predisposição:
Machos
Sarcoma Histiocítico
Cão Boieiro de Berna,
Rottweiller,
Labrador Retriever e
Flat Coat Retrierver
Pouco comum
Afecta geriátricos
Predisposição racial:
Plasmocitoma CutâCocker Spniel, Airneo
edale Terrier, Kerry
Blue Terrier, Scottish
Terrier e Poodle
Standard1
Neoplasias do Músculo Liso
Machos estão mais
predispostos
ao
leimioma gastrointestinal
Leiomioma
Fémeas estão mais
predispostas
a
leiomiomas
vaginais e vulvares
Comum
Animais
mais
velhos
Tipo de neoplasia
Ressecção cirúrgica
Leimiomas vaginais
Vulvares:
Ovariohisterectomia
Excisão cirúrgica
Excisão cirúrgica
Tratamento
e
Bom para neoplasias
completamente
removidas
Reservado
Recorrências
em
neoplasias onde a
ressecção cirúrgica
fui incompleta
Verifica-se recorrências em neoplasias
onde a ressecção
cirúrgica fui incompleta
Favorável
Pouco favorável
Prognóstico
Incidência
Maligno
Localmente
agressivo Potencial metastático
moderado
Comportamento
biológico
Língua
Laringe
Miocárdio
Bexiga
Localização
nd
Locais:
Pulmões
Fígado
Baço
Rins
Glândulas Adrenais
Metástases
Ressecção cirúrgica
Radioterapia
Quimioterapia
Tratamento
Prognóstico
Clifford CA, Skorupski KA (2007). Histocytic diseases. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 814, 821.
nd
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154-156.
th
Goldschmidt MH, Hemdrick HJ (2002). Tumors of the skin and soft tissues. In Mueten DJ. Tumors in Domestic Animals. (4 Edition) Ames. Iowa State Press: 78, 81, 86, 89,
94, 97, 99, 100, 105-107, 109, 114, 115.
nd
Kirpensteijn J, Rutteman GR (2003). Sarcomas of soft. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 196,
200, 201.
th
Lemarie SL (2008). Dermatologic System. In Morgan RV. In Handbook of Small Animal Practice. (5 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 870 – 877.
th
Lipak JM, Forresst LJ (2007). Soft tissue sarcomas. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 428 – 423; 435-441.
Morris J, Dobson J (2001). Skin.Small Animal Oncology (First Published) .Blackwell Science: 58-63.
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Murphy S (2003). Mast cell tumours. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 161- 167.
Shearer D, Dobson J (2008). Aproximación a los nodules y trayectos fistulosos. In Foster AP, Foil CS. Manual de Dermatologia en Pequeños Animales y Exóticos.
th
(2 Edition) Barcelona. Ediciones: 81, 82, 85, 87, 88, 313 – 316, 323.
th
Thamm DH, Vail DM (2007). Mast cell tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 402 – 404, 406, 407, 411-420.
1
Bibliografia do Quadro 16
1
Rabdomiossarcoma
Raro
Tracto urogenital:
Cães jovens
Língua, faringe, miocárdio
Cães mais velhos
Neoplasia do músculo-esquelético
Tipo de neoplasia
2
1
Incidência
Terceira neoplasia oral mais comum
Sobretudo em raças de grande porte e
em cães jovens
Predisposição:
Macho
1,2
Golden Retriever
Pointer de pêlo curto, Weimaraner, 1
Boxer, Cocker Spaniel e Pastor
Alemão2
Segunda neoplasia oral mais comum
Afecta animais mais velhos
Neoplasia oral maligna mais comum
Ocorre mais em geriátricos e em cães
com pouco peso
Predisposição:
Cocker Spaniel, Poodle Miniatura,
Anatolian Sheepdos, Gordon Setter,
Chow Chow e Golden Retriever1
Boxer, Pastor Alemão estão menos
predispostos 1
Cães com a mucosa pigmentada
Machos 2
Exposição ao fumo do tabaco
Liptak & Withrow (2007)
Costa et al (2005)
Fibrosarcoma
Carcinoma das
Células Escamosas
Melanoma maligno
Tipo de Neoplasia
Maligno
Metástases muito
invasivas
Maligno
Comportamento
Biológico
Elevada malignidade
Mandíbula
rostral Gengiva
Tonsilas
Maxilar
Gengivas
Plato duro
Gengiva
Boca
Mucosa labial
Localização
Neoplasias da orofaringe
QUADRO 17. Neoplasias do trato gastrointestinal no cão
Incomuns
Locais:
Pulmões
Linfonodos regionais
Osso
Pouco Frequente
Linfonodos regionais
Pulmões
Comuns
Linfonodos regionais
Pulmões
Metástases
Exicisão cirúrgica/
Ressecção cirúrgica
Radioterapia
Excisão cirúrgica
Radioterapia
Fotodinámicoterapia
Excisão cirúrgica
Radioterapia
Tratamento
Favorável
para
neoplasias
rostrais
Recorrência local
Reservado
Reservado
Prognóstico
1
Incidência
Raro
Afecta cães mais velhos
Cocker spaniel
Neoplasia odontogénica mais
comum nos cães
Ocorre em jovens
Ocorre em jovens
Relativamente comum
Ocorrem em cães jovens
Predisposição; macho
Epúlides Acantomatoso: Afecta mais animais adultos
1
Shetland e Old Sheepdog
Costa et al (2005)
Neoplasias das
Glândulas Salivares:
Lipoma
Adenoma
Adenocarcionoma
Mastocitoma
Osteosarcoma
CCE
Histocitoma fibroso maligno
Amelobastoma
Papiloma Oral
Epúlides:
Acantomatosa
Fibromatosa
Ossificante
Escamosa
Tipo de Neoplasia
Pré-molar da
maxila
Localização
Ausentes
Metástases
Benignas:
Lipoma, adenoma
(mais raras)
Malignas:
Adenocarcinoma, mastocinoma,
Osteosarcoma, CCE, Histocitoma fibroso maligno
Localmente invasivo
Benigno
Localmente agressivo
Invade a mandíbula
Benigno
Glândulas mandibulares Parótida
Lábios
Comissura labial
Margem das
gengivas língua
Comuns
nas
neoplasias
malignas
Locais:
Linfonodos
regionais
Ausentes
Outras neoplasias localizadas na cavidade oral
Comportamento Biológico
Benigno
Epúlide Acantomatosa
apresenta características
locais de malignidade
Invasivo e infiltrativo
Neoplasias da Orofaringe, continuação
QUADRO 17. Neoplasias do tracto gastrointestinal no cão, continuação
Excisão cirúrgica
Radioterapia
Sialoadenectomia
Vacinas autogénas
Quimioterapia
Esmagamento da lesão
in situ para liberar antigenios virais
Excisão cirúrgica
Excisão local completa
Radioterepia
Epúlide Acantomatosa:
Mandibulectomia
Maxilectomia
Ressecção cirúrgica
Radioterapia
Tratamento
Desconhecido
Favorável
Excelente
Regressão
espontânea
Excelente
Não ocorrem
recorrências
Epúlides Acantomatoso:
Pode ocorrer
recorrências
Prognóstico
1
Neiger (2003)
Neoplasias Gástricas:
Leiomioma
Adenocarcinoma
CCE
Linfoma gástrico
Leiomiosarcoma
Fibrosarcoma
Plasmacitoma
Neoplasias Pancreáticas exócrinas:
Adenomas
Carcinoma pancreático
Neoplasias Esofágicas:
CCE
Osteosarcoma
Fibrosarcoma
Leiomiossarcoma
Leiomioma
Plasmocitoma
Tipo de Neoplasia
Benigno:
Leiomioma
Maligno:
Adenocarcinoma
CCE
Linfoma gástrico
Leiomiosarcoma
Fibrosarcoma
Plasmacitoma
Raras
Machos
Leiomioma e o carcinoma ocorrem em
cães geriátricos
Raças predispostas
ao carcinoma:
Pastor Belga, Collie
e Stafford Bull Terrier
1
Benigno:
Adenomas
Maligno:
Adenocarcinoma
Carcinoma pancreático
Comportamento
Biológico
Benignos:
Leiomioma, plasmocitoma
(são
raros)
Malignos:
CCE, Osteosarcoma,
Fibrosarcoma
Leiomiossarcoma
Muito raro
Cadelas de idade
avançada
Cocker Spaniel, Airedale Terrier e Box1
er
Muito raras
Sobretudo em animais mais velhos
Incidência
Porção medial
Adenocarcinomas:
Células
acinares
Ductos pancreáticos
Carcinoma:
Relativamente
agressivo
Invade estômago
duodeno
Cardia
Curvatura menor
Piloro
Antro do estômago
Leiomioma:
Junção gastroesofágica
Benignas:
Esofágo distal
Cardia
Localização
Adenocarcinoma:
Mestátases comuns
Linfonodos regionais
Fígado
Pulmões
Localmente agressivo
CCE/
Leiomiosarcoma:
Pouco comuns
Linfonodos
Adenoma:
Não metastiza
Carcinoma:
Fígado
Linfonodos regionais
Superfície peritoneal
Neoplasias malignas:
Pulmões
Linfonodos regionais
Metástases
QUADRO 17. Neoplasias do trato gastrointestinal no cão, continuação
Excisão cirúrgica
(Excepto para os linfomas)
Benignas:
Toracotomia
Malignas:
Difícil tratamento devido ao
estado avançado de muitos
casos
Ressecção cirúrgica
(Acarreta complicações adicionais)
Quimioterapia
Radioterapia
Radioterapia
Quimioterapia
Pancreatectomia
Ressecção cirúrgica
Pancreaticoduodenectomia
Tratamento
Leiomioma:
Favorável
Malignas:
Pouco favorável
Pouco favorável
Benigno:
Bom
Maligno:
Pouco favorável
Prognóstico
Incidência
2
1
Liptak (2007)
Neiger (2003)
Neoplasia
Neuroendocrina/
Carcinoide
Carcinoma do
Ducto Biliar
Adenoma do Ducto Biliar
Rara
Sobretudo em cães jovens
Ocorre em cães mais
velhos
Segunda neoplasia hepatobiliar mais comum
Predisposição:
Fêmeas
1
Labrador Retriever
Neoplasias do Ducto Biliar
Neoplasias Hepatocelulares
Neoplasia maligna mais
comum
Predisposição:
Carcinoma
Jovens a adultos
Hepatocelular
Machos
Schnauzer Miniatura1
Poodle, Fox Terrier e
Labrador Retriever2
Adenoma
Animais mais velhos
Hepatocelular
Tipo de Neoplasia
Localização
Afecta mais do
que um lobo
Ductos biliares
Maligno
Maligno
Ductos biliares
Parênquima
hepático
Benigno
Benigno
Parênquima
hepático
Maligno
Metástases
Linfonodos regionais
Pulmões
Coração
Glandula Adrenal
Pancreas
Rins
Medula espinal
Linfonodos regionais
Peritoneu
Pulmões
Coração
Baço
Glândulas Adrenais
Pâncreas
Linfonodos regionais
Peritoneu
Pulmões
Coração
Rins glândula adrenal
Pâncreas
Baço
Bexiga
Neoplasias do fígado
Comportamento
Biológico
QUADRO 17. Neoplasias do trato gastrointestinal no cão, continuação
Ressecção cirúrgica
Quimioterapia
Radioterapia
Lobectomia
Lobectomia
Excisão cirúrgica
Lobectomia
Quimioterapia
Radioterapia
Tratamento
Reservado
Ressecção cirúrgica
pouco eficaz
Pouco favorável
Ocorrem recorrências
Favorável
Favorável
Pouco favorável
Prognóstico
Raro
Animais mais velhos
Pastor Alemão, Golden Retriever, Boxer, Great Dane,
English Setter1
Pouco comum
Predisposição:
Machos e geriátricos
Adenocarcinoma:
Adultos
Collies, Pastor Alemão e
Boxer1
Linfoma:
Jovens
Incidência
Maligno:
Adenocarcinoma
Linfoma
Leiomiosarcoma
Comportamento
Biológico
Maligno
Fígado
Pulmões
Linfonodos regionais
Baço
Medula ossea
Jejum
Ílio
Ceco
Localização
Fígado
Pulmões
Linfonodos regionais
Baço
Medulla ossea
Linfonodos regionais
Fígado
Metástases
Ressecção
cirúrgica
Quimioterapia
Radioterapia
Lobectomia
Quimioterapia
Tratamento
Variável
Pouco favorável
Prognóstico
White (2003)
Costa JL, Santos PCG, Bissoli DG, Pena SB, Roger PR, Shimizu FA (2005). Maxilectomia parcial para o tratamento do epúlides acantomatoso em cão. Revista Científica
Eletrônica de Medicina Veterinária.5
th
Liptak JM (2007). Hepatobiliary tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 483 – 486; 488,489.
th
Lipak JM, Withrow SJ (2007). Oral tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 455 – 470.
th
Neiger R (2003). Tumours of the stomach. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 221, 222.
th
Neiger R (2003). Tumors of the liver. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 225, 226.
th
Selting KA (2007). Intestinal tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 491 – 500
th
White RN (2003). Tumors of the intestines. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 229 – 232.
th
Withrow SJ (2007). Esophageal Cancer. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier:477,478.
th
Withrow SJ (2007). Exocrine pancreatic cancer. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 479.
th
Withrow SJ (2007). Gastric cancer. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 480 – 482.
th
Withrow SJ (2007). Salivary gland cancer. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 476.
1
Neoplasias do
Intestino:
Adenocarcinoma
Linfoma
Leiomiosarcoma
Hemangiosarcoma
Tipo de Neoplasia
QUADRO 17. Neoplasias do trato gastrointestinal no cão, continuação
Neoplasias da
Laringe:
Leiomioma
Lipoma
Osteocondroma
Rabdomioma
Adenocarcinoma
Condrosarcoma
Fibrosarcoma
Linfoma
Melanoma maligno
Osteosarcoma
Rabdomiosarcoma
CCE
Neoplasias da
Traqueia:
Leiomioma
Osteocondroma
Condroma
Adenocarcinoma
Condrosarcoma
Plasmocitoma
Rabdomiosarcoma
CCE
Neoplasias do
Plano Nasal:
Fibroma
Hemangioma
CCE
Linfoma
Fibrosarcoma
Melanoma
Mastocitoma
Tipo de Neoplasia
Raras
Animais de meia-idade
geriátricos
Osteocondroma:
Ocorre em jovens em
crescimento
Raras
Ocorrem em animais de
meia-idade
a geriátricos
Rabdomioma:
Ocorre jovens maduros
Raras
Incidência
Benignos:
Leiomioma
Lipoma
Osteocondroma
Rabdomioma
Malignos:
Adenocarcinoma
Condrosarcoma
Fibrosarcoma
Linfoma
Melanoma maligno
Osteosarcoma
Rabdomiosarcoma
CCE
Benignos:
Leiomioma
Osteocondroma
Condroma
Malignos:
Adenocarcinoma
Condrosarcoma
Plasmocitoma
Rabdomiosarcoma
CCE
Comportamento Biológico
Benigno:
Fibroma
Hemangioma
Maligno:
CCE (mais comum)
Linfoma
Fibrosarcoma
Melanoma
Mastocitoma
CCE:
Mucosa
das
narinas
Plano externo
Localização
QUADRO 18. Neoplasias do sistema respiratório no cão
Malignos:
Ocorrem metástases
Locais:
Linfonodos
Pulmões
Malignos:
Localmente invasivo
Ocorrem metástases
Raras nos linfonodos
Metástases
Ressecção dos anéis
traqueais
Osteocondroma:
Excisão cirúrgica
CCE Superficial:
Criocirurgia
Laser
Fotodinâmicoterapia
Irradiação
CCE invasivo:
Excisão cirúrgica
Ressecção do palato
nasal
Radioterapia
Quimioterapia
Não invasivos:
Excisão cirúrgica
Lipoma:
Quimioterapia
Radioterapia
Tratamento
Benignos:
Bom
Malignos:
Pouco favorável
Benignos:
Bom
Malignos:
Pouco favorável
CCE superficial:
Bom
CCE invasivo:
Pouco favorável
Prognóstico
3
Raro
Afecta animais jovens
a geriátricos
Predisposição:
Macho
Cães que vivem em
ambientes poluídos
Incidência
Muito rara
Afecta cães geriátricos
Bibliografia do Quadro 18
Neoplasias Nasosinusais:
Fibroma
Fibroma
Malignos:
Adenocarcinomas
CCE
Fibrosarcoma
Condrosarcoma
Osteosarcoma
Sarcoma indiferenciado
Linfoma
Mastocitoma
Hemanagiosarcoma
Neoplasias dos
Pulmões:
Adenocarcinoma/
Carcinoma
Carcinoma Anaplásico
CCE
Sarcomas
Tipo de Neoplasia
Benignos:
Fibroma
Malignos:
Adenocarcinomas
CCE
Fibrosarcoma
Condrosarcoma
Osteosarcoma
Sarcoma indiferenciado
Malignos menos frequentes:
Linfoma
Mastocitoma
Hemangiosarcoma
Comportamento Biológico
Benignos:
linfomatóide granulomatoso
(raro)
Maligno:
Adenocarcinoma/
Carcinoma
Carcinoma Anaplásico
CCE
Sarcomas (Raro
Localização
Alvéolos
Brônquios
Linfonodos regionais
Pulmões
Locais menos frequentes:
Ossos
Fígado
Rins
Pele
Cérebro
Metástases
Frequentes
Via linfática
Sistema nervoso
Central
QUADRO 18. Neoplasias do sistema respiratório no cão, continuação
Radioterapia
Cirúrgia Citoredutiva
Tratamento
Resseção do lobo
afectado
Toracotomia
Pneumonectomia
Quimioterapia
Pouco favorável
Prognóstico
Variável, dependente
do:
Tamanho
Metástases
Incidência
Comportamento
Biológico
Malignos:
Hemangiosarcoma
Quimiodectoma
Condrosarcoma
Fibrosarcoma
Rabdmiosarcoma
Benignos:
Fibroma
Condroma
Hemangioma
Teratoma
Base do coração
Pericardio
Miocardio
Neoplasias benignas
e malignas:
Átrio da aurícula
direita
Localização
Ocasional
Metástases
Resseção cirúrgica
muitas vezes
impossível devido
a posteriores
complicações
Radioterapia
Quimioterapia
Tratamento
Pouco favorável
Prognóstico
3
Kissebert (2007)
Bibliografia do Quadro 18
th
Turek MM, Lana SE (2007). Canine nasosinal tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 525, 526, 528 -536.
th
White RN, Lascelles BD (2003). Tumors of the respiratory system and thoracic cavity. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders
Elsivier: 259–274.
th
Withrow SJ (2007). Cancer of the larynx and trachea. . In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 515, 516.
th
Withrow SJ (2007). Lung cancer. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 517-520, 523.
th
Withrow SJ (2007). Cancer of the nasal planum. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 511- 514
2
Bibliografia do Quadro 19
nd
Kirpensteijn J (2003). Neoplasia of the heart. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition ) Gloucester. British Small Animal
Veterinary association: 809-812.
th
White RN, Lascelles BD (2003). Tumors of the respiratory system and thoracic cavity. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders
Elsivier: 269- 271.
1
Hemangiosarcoma Animais de meia-idade a
(mais comum)
geriátricos
Quimiodectoma
Hemangioma:
(corpo aórtico)
Pastor Alemão
(Segunda mais
Golden Retriever1
comum)
Neoplasias do corpo aórtico:
Condroma
Braquicefalos Boxer, Boston
Condrosarcoma
Terrier, Bulldog Inglês e PasFibroma
tor Alemão1
Fibrosarcoma
Hemangioma
Rabdmiosarcoma
Teratoma
Bibliografia do Quadro 192
Tipo de Neoplasia
QUADRO 19. Neoplasias do coração no cão
1
Knapp (2007)
Neoplasias Uretrais:
Fibroma
Leiomioma
TCC
CCE
Neoplasias do
músculo liso
Condrosarcoma
Neoplasias das
Bexiga:
Leimioma
Hemangioma
Fibroma
Carcinoma das
células tansicionais
Adenocarcinoma
CCE
Rabdomiossarcoma
embrional
Carcinoma indiferenciado
Leiomiosarcoma
Hemangiosarcoma
Fibrosarcoma
Linfoma
Tipo de Neoplasias
Neoplasias do sistema urinário
menos comuns
Ocorrem em animais geriátricos
Pouco comum
Neoplasia do tracto urinário mais
comum
Predisposição:
Fémeas
Animais gériatricos
Raças indeterminadas
Animais expostos a insecticidas tópicos e herbicidas
Obesidade
Administração de ciclofosfamida
Raças predispostas:
Scottish Terrier, Pastor Alemão
Beagle,Wirehaired Fox Terrier
Schnauzer Miniature, Poodle Miniatura
Labrador Retriever, Golden Retriever
Shetland Sheepdog1
Incidência
Benigno:
Fibroma
Leiomioma
Maligno:
TCC
CCE
Neoplasias do músculo liso
(menos frequente)
Condrosarcoma
Comportamento
Biológico
Benignos:
Leimioma
Hemangioma
Fibroma
Malignos:
Carcinoma das células tansicionais
(TCC)
Adenocarcinoma
CCE
Rabdomiossarcoma
embrionario
Carcinoma indiferenciado
Leiomiosarcoma
Hemangiosarcoma
Fibrosarcoma
Linfoma
Localmente invasiva
QUADRO 20. Neoplasias do sistema urinário no cão
Pode estender-se
para
além da bexiga até órgãos
adjacentes:
Próstata
Vagina
Ureteres
Recto
TCC
Trígono
Localização
Frequentes
Locais:
Linfonodos
Outros órgãos
pélvicos e
abdominais
Osso pélvico
Comuns
Locais:
Linfonodos
Pulmões
Fígado
Ossos pélvicos
Ilíaca interna
Metástases
Ressecção cirúrgica
Excisão cirúrgica
seguida de reconstrução uretral
Cistectomia parcial
Excisão cirúrgica
dificultada pela
localização e por
complicações
secundárias
Quimioterapia
Radioterapia
Tratamento
Benignas:
Favorável
Malignas:
Reservado
Pouco favorável
Benignas:
Favorável
Malignas:
Reservado
Pouco favorável
Prognóstico
1
Raras
Benigno:
Leiomioma
Malignos:
Leiomiosarcoma
TCC
Comportamento
Biológico
Benignas:
Adenoma
Fibroma
Hemangioma
Neoplasia das células intersticiais
Leiomioma
Papiloma das células
transicionais
Malignos:
Adenocarcinoma/
carcinoma
Fibrosarcoma
hemangiosarcoma
TCC
Linfoma
Extensão para
a pélvis renal
e para a bexiga
Localização
th
Comum
Locais:
Órgãos abdominais
Ocorrem
Local:
Pulmões
Metástases
Ureteronefrectomia
para neoplasias
não invasivas
Nefrectomia
Quimioterapia
Tratamento
Malignas:
Reservado
Pouco favorável
Benignas:
Favorável
Pouco favorável
Prognóstico
Knapp DW (2007). Tumors of the urinary system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 649, 651- 657.
nd
White RN (2003). Tumours of the urogenital tract. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 243-249.
1
Incidência
Pouco comum
Afecta animais geriátricos
Predisposição:
Machos
Bibliografia do Quadro 20
Neoplasias dos
Ureteres:
Leiomioma
Leiomiosarcoma
TCC
Neoplasias Renais
Adenoma:
Fibroma
Hemangioma
Neoplasia das
células intersticiais
Leiomioma
Papiloma das
células transicionais
Tipo de Neoplasias
QUADRO 20. Neoplasias do Sistema urinário no cão, continuação
Incidência
Raras
Representam
0,3% a 0.4% de
todas as neoplasias
Ocorrem em
geriátricos
Benigno:
Fibroma
Fiboleiomioma
Leiomioma
Adenoma
Maligno:
Fibrosarcoma
Leiomiosarcoma
Adenocarcinoma
Linfoma
Benigna:
Teratoma
Maligno:
Disgerminoma
Teratoma
Benignas:
Cistadenoma
Adenoma papilar
Malignas:
Cistadenocarcinoma
Adenocarcinoma
papilar
Benignas:
Teratoma
Luteoma
Malignas:
Neoplasias das células granulosas
Comportamento
Biológico
Adenocarcinoma:
Endométrio
Localização
Tratamento
Pouco comuns
Ovarioctomia
Adenocarcinoma papilar: Ovariohisterectomia
Rins
Quimioterapia
Pulmões
Parótida
Omento
Fígado
Pouco comuns
Ovarioctomia
Rins
Ovariohisterectomia
Omento
Quimioterapia
Fígado
Linfonodos abdominais
Pulmões
Pouco comuns
Ovarioctomia
Disgerminoma:
Ovariohisterectomia
Linfonodos abdomiQuimioterapia
nais
Fígado
Rins
Omento
Pâncreas
Glândulas adrenais
Linfonodos
Ovariohisterectomia
Pulmões
Olhos
Cérebro
Bexiga
Cólon
Diafragma
Metástases
QUADRO 21. Neoplasias do sistema reprodutor feminino no cão, continuação
Neoplasias Uterinas
e do Cérvix:
Fibroma
Fiboleiomioma
Leiomioma
Adenoma
Fibrosarcoma
Leiomiosarcoma
Adenocarcinoma
Linfoma
Neoplasias dos Ovários
Neoplasias
Comum, 50%
do Tecido Epitelial:
das neoplasias
Cistadenoma
dos ovários
Adenoma papilar
Cistadenocarcinoma
Adenocarcinoma
papilar
Neoplasias das
Neoplasias do
células granuloEstroma Gonadal:
sas
Teratoma
Representa
Luteoma
50% das neoNeoplasias das
plasias ováricas
células granulosas
Luteoma é raro
Representam
Neoplasias das
6%-12%
das
Células Germinatineoplasias ovávas:
ricas
Teratoma
Disgerminoma
Teratoma
Tipo de Neoplasias
QUADRO 21. Neoplasias do sistema reprodutor feminino no cão
Benignas:
Favorável
Malignas:
Reservado
Benignas:
Favorável
Malignas:
Reservado
Benignas:
Favorável
Malignas:
Reservado
Benignas:
Favorável
Malignas:
Reservado
Prognóstico
Representam 2,4% a
3% de todas as neoplasias
Leiomioma:
Cadelas geriátricas
não castradas
Linfoma/ TVT
Afecta jovens
Predisposição racial:
1
Boxer
Incidência
Comportamento
Biológico
Benignas:
Leiomioma
Fibroma
Fibroleiomioma
Lipoma
Malignas:
Leiomiosarcoma
Adenocarcinoma
TVT
CCE
Hemangiosarcoma
Osteosarcoma
Mastocitoma
Músculo liso
Leiomiomas:
Vestibulo
vagina
Localização
da
Leiomiosarcoma
Metástases distantes
Metástases
Excisão cirurgica para neoplasias benignas não invasivas
Ovarioctomia
Ovariohisterectomia
TVT:
Radioterapia
Tratamento
Benignas:
Favorável
Malignas:
Reservado
Prognóstico
Klein (2007)
th
Klein MR (2007). Tumors of the female reproductive system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 610 - 616.
nd
White RN (2003). Tumours of the urogenital tract. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 249-253.
1
QUADRO 22. Neoplasias do sistema reprodutor masculino no cão
Leiomioma
Fibroma
Fibroleiomioma
Lipoma
Leiomiosarcoma
Adenocarcinoma
Tumor venéreo
transmissível (TVT)
CCE
Hemangiosarcoma
Osteosarcoma
Mastocitoma
Neoplasias
Vaginais e
Vulvares:
Tipo de Neoplasias
1
Pouco comum
Ocorre em geriátricos
Benignas:
Fibroma
Leiomioma
Malignas:
Adenocarcinoma
Leiomiosarcoma
CCE
CCT
Carcinoma indiferenciado
Localmente invasivos
Benignas:
Teratoma
Malignas:
Seminoma
Animais geriátricos
Ambientes carcinogénios aumentam o risco
de semiomas
Comportamento
Biológico
Benignas:
Neoplasias das células intersticiais (Leydig)
Malignas:
Neoplasias das células de Sertoli
Incidência
Predisposição:
Criptorquidismo unilateral e bilateral
Cãs geriátricos
Boxer, Pastor Alemão,
Afghan Hound, Weimaraner
e
Shetland
Sheepdog1
Fan & Lorimier (2007)
Neoplasias Prostáticas:
Fibroma
Leiomioma
Adenocarcinoma
Leiomiosarcoma
CCE
CCT
Carcinoma indiferenciado
Neoplasias das células
germinativas:
Teratoma
Seminoma
Neoplasias do Estroma gonadal:
Neoplasias das células
intersticiais
Neoplasias das células
de Sertoli
Neoplasias Testiculares
Tipo de Neoplasias
Epitélio
Tecido mesenquimatoso
Localização
Comuns
Locais:
Osso
Linfonodos
Pulmões
Pouco comuns
Locais:
Linfonodos de drenagem
Disseminação: pelo fígado,
parenquima pulmonar, rins,
baço, adrenais, pancreas,
pele, olhos e sistema nervoso central
Pouco comuns
Locais:
Linfonodos de drenagem
Disseminação: pelo fígado,
parenquima pulmonar, rins,
baço, adrenais, pâncreas,
pele, olhos e sistema nervoso central
Metástases
Prostatectomia
(acarreta complicações
secundárias)
Quimioterapia
Radioterapia
Orquiectomia
Quimioterapia
Radioterapia
Tratamento
Reservado
Benignas:
Favorável
Malignas:
Pouco favorável
Prognóstico
Bibliografia do Quadro 22
Raras
Afecta animais geriátricos
TVT:
Ocorre em animais jovens
sexualmente activos
É enzoótico
Comum nas zonas mediterrânea, Caraíbas e no Norte-oriente dos USA
Incidência
Comportamento
Biológico
Benigno:
Papiloma
Maligno:
CCE
TVT
Hemangiosarcoma
Localização
Pouco comuns
Linfonodos
Órgãos abdominais
Metástases
th
Excisão cirúrgica
parcial
Amputação
Radioterapia
Quimioterapia
Tratamento
Favorável ao CCE
TVT
Pouco favorável:
Mastocitoma
Prognóstico
Fan MT, Lorimier LP (2007). Tumors of the male reproductive system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 637,
638, 640, 641, 643, 645, 646.
nd
White RN (2003). Tumours of the urogenital tract. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 253-258.
1
1
Neoplasias do Pénis:
Papiloma
CCE
TVT
Hemangiosarcoma
Tipo de Neoplasias
QUADRO 22. Neoplasias do sistema reprodutor masculino no cão, continuação
1
Incidência
Segunda neoplasia primária do
osso mais comum
Afecta animais de meia-idade
Raça predisposta:
1
Golden Retriever
Mais comum
Afecta animais de meia-idade e
geriátricos
Animais mais jovens também
são afectados
Predisposição:
Animais com excesso de peso
Machos de grande porte
Raças predispostas:
São Bernado, Great Dane, Irish
Setter,
Doberman
Pincher,
Rottweiler, Pastor Alemão e
1
Golden Retriever
Dernell et al (2007)
Condrosarcoma
Osteosarcoma
Tipo de Neoplasias
Maligno
Comportamento
Biológico
Maligno
Ossos chatos
Cavidade nasal é mais
frequente
Costelas
Ossos longos
Pélvis
Vértebras
Ossos faciais
Dígitos
Osso peniano
Tecidos moles
Esqueleto apendicular:
Região metafisária
Rádio distal
Úmero proximal
Esqueleto Axial:
Mandíbula
Maxila
Espinha
Crânio
Costelas
Pélvis
Cavidade nasal
Seios paranasais
Tecidos moles (pouco
frequente)
Localização
QUADRO 23. Neoplasias do sistema esquelético no cão
Frequentes
Locais:
Pulmões
Medula óssea
Linfonodos regionais
Metástases
Radioterapia
Rinotomia
Ressecção
bloco
Amputação
Amputação
Quimioterapia
Radioterapia
paliativa
Imunoterapia
Adjuvante
em
Tratamento
Variável
Pouco favorável
Prognóstico
Pouco comum
Raro
Raças
predispostas:
Boxer, Pastor Alemão,
Golden Retriever e raças
indeterminadas1
Pouco comum
Afecta adultos
Raro
Afecta aniamais de meiaidade a mais velhos de
qualquer porte
Raças
predispostas:
Boxer, Pastor Alemão e
1
Great Dane
Incidência
Ossos chatos
Crânio
Crânio
Vértebra
Maligno
Benigno
(Existe uma dificuldade em distinguir
o Fibrosarcoma do
osteosarcoma)
As múltiplas lesões
dificultam a determinação no local
primário
Localização
Maligno
Comportamento
Biológico
Maligno
Comuns
Pulmões
Pulmões
Fígado
Coração
Baço
Músculos esqueléticos
Rins
Cérebro
Ossos
Metástases
Ressecção cirúrgica
Excisão cirúrgica
Quimioterapia
Radioterapia
Excisão cirúrgica
Ressecção cirúrgica completa
Quimioterapia
adjuvante
Tratamento
Após uma ressecção
cirúrgica incompleta a
neoplasia pode recorrer
Pouco favorável
Prognóstico
Thompson & Pool (2002)
nd
Dernell WS (2003).Tumours of the skeletal system. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 179-194.
th
Dernell WS, Ehrhart NP, Straw RC, Vail DM (2007). Tumors of the skeletal system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders
Elsivier: 540, 543, 545, 549-573.
th
Thompson KG, Pool RR(2003). Tumors of bones. In Mueten DJ. Tumors in Domestic Animals. (4 Edition) Ames. Iowa State Press: 389.
1
Osteoma
Osteocondrosarcoma
Multilobular
Fibrosarcoma
Hemangiosarcoma
Tipo de neoplasias
QUADRO 23. Neoplasias do sistema esquelético no cão, continuação
Incidência
Neoplasias da glândula
pituitária:
Adenoma
Carcinoma
Neoplasia do plexo
coróide:
Papiloma do plexo
coróide
Gliomas:
Astrocytoma
Oligodendrocitoma
Neoplasias de origem
Neural:
Gangliocitoma
Meduloblastoma
Meningioma
Neoplasias Primárias/
Neoplasias Secundárias
Comum
Predisposição racial:
Braquicéfalos
Raras
Ocorrem em animais jovens
Neoplasias Primarias:
Predisposição racial:
Boxer, Golden Retriever,
Doberman, Scottish Terrier e
o English Sheepdog
Ocorrem em qualquer idade,
contudo, aumenta a sua
incidência aos 5 anos de
idade
Neoplasias cerebral mais
comum
Dolicéfalos
Neoplasias do Cérebro (Intracranial)
Tipo de Neoplasia
Locais:
Cérebro
Pulmões
:
Adenoma Pituitário é ocasionalmente maligno
Extracraniais
Metástases
Locais:
Cérebro
Pulmões
Meninges:
Base do cérebro
Hemisfério cerebral
convexo
Células da Glia:
Lobo frontal
Lobo piriforme
Localização
Ocasionalmente
maligna
Maligno
Comportamento
Biológico
QUADRO 24. Neoplasias do sistema nervoso no cão
Irradiação
Radioterapia
Excisão cirúrgica
Radioterapia
Cirurgia:
neoplasias
solitárias não invasivas
(Acarreta vários riscos)
Radioterapia
Tratamento
Prognóstico
Neoplasias primarias:
Ocorrem com pouca frequência
Meningioma é a mais frequente
Incidência
Bibliografia do quadro 24
Comportamento
Biológico
Localização
Pouco comuns
Local:
Pulmões
Metástases
nd
Excisão é difícil
Linfoma:
Radioterapia quimioterapia
Cirurgia
Quimioterapia para os
linfomas
Tratamento
Pouco favorável
Variável
Prognóstico
Jeffery N (2003). Tumours affecting the nervous system. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 317
– 328.
th
LeCouteur RA, Withrow SJ (2007). Tumors of the nervous system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 659, 660,
662, 663, 665-674, 676, 679.
1
1
Neoplasias Primárias:
Neoplasia do nervo
cranial
Neoplasia do nervo
espinal
Neoplasia do nervo
radial
Linfoma
Não são frequentes
Neoplasias do Tecido Nervoso Periférico
Neoplasia Primária:
Meningiomas
Linfoma
Neoplasias Secunárias:
Haemingiomas
Neoplasias da medula espinal
Tipo de Neoplasia
QUADRO24. Neoplasias do sistema nervoso no cão, continuação
Incidência
2
1
Morris & Dobson (2001)
Ramsey (2003)
Neoplasia da Medula
Adrenal:
Feocromocitoma
Pouco comum no cão
Afecta animais geriátricos
Boxer 1
Neoplasias da Glândula Pituitária
Desordem
endócrina
mais comum
Afecta animais de meiaidade a geriátricos
Adenoma Pituitário:
Predisposição racial:
Microadenomas
Poodle,
Dashshund,
Macroadenomas
Beagle, Boxer, Pastor
Alemão e Boston Terrier1
Raças de pequeno porte2
Neoplasias da Glândula Adrenal
Raças de grande porte
Neoplasias AdrenoPredisposição racial:
corticais:
Poodle, Pastor Alemão
Adrenocarcinoma
Daschund e Labrador
adrenal
Retriever1
Carcinoma Adrenal
Predisposição
das
Adenomas adrenal
fêmeas
Tipo de Neoplasia
A maioria é maligna
Benigno
Invade
cava
a
veia
Pouco comuns
Metástases distantes:
Órgãos abdominais
Linfonodos regionais
Fígado
Baço
Rins
Cérebro
Ossos
Excisão cirúrgica
Adrenolectomia
Mitotane
Trilostae
Keticonazole
Tratamento
A maioria é maligna
Adrenocarcinoma
adrenal
Carcinoma Adrenal
Adenoma
adrenal
(benigno)
Comuns
Metástases
Hipofisectomia
Correcção dos níveis
de cortisol:
Trilostane
Mitatone
Ketoconazole
Radioterapia
Invadem a veia
cava e a aorta
Localização
Benigno
Comportamento
Biológico
QUADRO 25. Neoplasias endócrinas no Cão
Reservado
Desconhecido
Suspeita-se que a
maior parte dos animais não sobrevivem
um período extenso
Prognóstico
Pouco comuns
Afectam animais de
meia-idade a geriátricos
Predisposição racial
Beagles, Boxer, Golden
Retriever1
Neoplasias da Tiróide:
Adenomas
Adenocarcinoma
Carcinoma da tiróide
2
1
Morris & Dobson (2001)
Bailey & Page (2007)
Neoplasias da Glândula Paratiroide:
Adenoma da paratiroide
Adenocarcinomas
Pouco comum
Ocorre em geriátricos
Predisposição racial:
Keeshounds, Labrador
Retriever e Pastor Alemão2
Neoplasias Pancreáticas Endócrinas
Pouco comum
Afecta animais ente os 3
a 14 anos de idade
Insulinoma
Predisposição sexual:
(neoplasia das célu- Raças de médio e granlas B)
de porte
Labrador Retriever,
Golden Retriever, Pastor Alemão e Irish Setter
Pouco comum
Gastrinoma
Afecta animais de meia(Neoplasias das célu- idade
las D)
Incidência
Tipo de Neoplasia
Comuns
Locais:
Linfonodos
Fígado
Geralmente maligno
Ocorrem
Comuns
Locais:
Pulmões
Linfonodos regionais
Metástases
Comuns
Locais:
Linfonodos regionais
Fígado
Pulmões (é raro)
Células epiteliais
dos folículos da
tiróide
Localização
Geralmente maligno
Comportamento
Biológico
Benigno:
Adenomas
Maligno:
Adenocarcinoma
Carcinoma da tiróide
(mais comum)
Localmente invasivo
Benigno:
Adenoma da paratiroide
Maligno:
Adenocarcinomas
QUADRO 25. Neoplasias endócrinas no cão
Ressecção cirúrgica
Inibidores da
secreção ácida
Parcial pancreatectomia e acompanhamento posterior
Remoção da gandula e tratamento
da hipocalcémia
Sem invasão dos
tecidos:
Excisão cirúrgica
Tiroidectomia
Quimioterapia
Tratamento
Pouco favorável
Cirúrgica com uma
baixa taxa de sucesso devido às metástases
Reservado
Complicações cirurgias
Recorrências
Favorável
Variável
Prognóstico
Comportamento
Biológico
Localização
Metástases
th
Excisão cirúrgica
Tratamento
Pouco favorável
Eutanásia
Prognóstico
Bailey DB, Page RL (2007). Tumors of the endocrine system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 583 – 602.
Morris J, Dobson J (2001). Endocrine system. Skin.Small Animal Oncology (First Published). Blackwell Science: 204- 227.
nd
Ramsey I (2003). Endocrine tumors. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 297- 314.
1
Bibliografia do Quadro 25
Muito raro
Glucagonoma
(Neoplasias das células A)
1
Incidência
Tipo de Neoplasia
QUADRO 25. Neoplasias endócrinas no cão
1
Incidência
Afectam animais geriátricos
Comum
Afectam animais mais velhos
Papiloma ocular:
Afecta cachorros
Prediposição racial:
Boxer, Collie, Wimaraner,
Cocker Spaniel, Springer Spaniel, Beagles, Huskie Siberiano, Setter English e raças
1
indeterminadas
CCE:
Exposição à radiação solar é
um factor predisponente
Miller & Dubielzig (2007)
Neoplasias Orbitais:
Neoplasias primárias:
Osteosarcoma
Fibrosarcoma
Meningioma orbital
Adenocarcinoma
Melanoma maligno
Mastocitoma
Neoplasias secundárias:
CCE
Adenocarcinoma
nasal
Meningioma cerebral
Linfoma
Neoplasias Pálpebras:
Adenoma das Glâdulas sebáceas
Melanoma benigno
Papiloma escamoso
Melanoma maligno
Adenocarcinoma
sebáceo
Histiocitoma
Mastocitoma
Tumor das células
basais
Tipo De Neoplasia
Malignas
Comportamento Biológico
Benignos:
(mais frequentes)
Adenoma das Glândulas
sebáceas
Melanoma benigno
Papiloma escamoso
Malignos:
(pouco comuns)
Melanoma maligno
Adenocarcinoma sebáceo
Histiocitoma
Mastocitoma
Tumor
das
células
basais
Localmente invasivos
QUADRO 26. Neoplasias oculares no cão
Neoplasias
secundarias:
Cavidade
nasal
Seios paranasais
Cavidade cranial
Cavidade oral
Pele
Localização
Comuns
Locais:
Pulmões
Linfonodos
Regionais
Raras, excepto
o melanoma
Metástases
Neoplasias primárias:
Ressecção cirúrgica
Orbitotomia
(complicações
secundárias)
Neoplasias secundárias: excisão
cirúrgica preferível
Ressecção cirúrgica
Criocirurgia
Quimioterapia adjuvante para mastocitomas
Papiloma e histocitoma em cães
jovens regridem
espontaneamente
Tratamento
Reservado a pouco
favorável
Favorável:
para neoplasias benignas
Adenoma das glândulas sebáceas poderá
apresentar recorrências locais
Reservado:
Para neoplasias malignas
Prognóstico
1
Miller & Dubielzig (2007)
Comportamento Biológico
Benigna:
Papiloma
Maligna:
Adenocarcinoma
Melanoma
Mastocitoma
Linfoma
Adenocarcinoma:
localmente invasivo
Benigna:
Papiloma
Maligna:
Adenocarcinoma
Melanoma
Mastocitoma
Linfoma
Benigno
Localmente invasivos para
a córnea
Raras
Animais de meiaidade a geriátricos
Raras nos cães
Incidência
Neoplasias Oculares Primarias
Neoplasia mais comum
do tracto ocular
Afecta cães adultos
Melanoma Limbal
Predisposição:
Fêmeas
Pastor Alemão1
Neoplasias do Nervo
Óptico:
Meningioma Intraorbital
Neoplasias da Terceira
Pálpebra:
Neoplasias primárias:
Papiloma
Adenocarcinoma
Melanoma
Mastocitoma
Neoplasias secundarias:
Linfoma
Neoplasias da conjuntiva:
Neoplasias primárias:
Papiloma
Adenocarcinoma
Melanoma
Mastocitoma
Neoplasias secundarias:
Linfoma
Tipo de Neoplasia
QUADRO 26. Neoplasias oculares no cão, continuação
Região limbal
Localização
Metástases
Queratectomia/
Esclerectomia presidida de excerto
Criocirurgia
Laser fotocoagulação
Enucleação
Enucleação
Melanoma:
Excisão
cirúrgica
ampla combinada
com criocirurgia
Adenocarcinomas:
Remoção
Exenteração se a
neoplasia invadir a
órbita
Tratamento
Favorável
Reservado
Prognóstico
Incidência
Pouco frequentes
Afecta animais de meia-idade
Predisposição Racial:
1
Labrador Retreiver
Raro
Ocorre em animais de meia-idade
Predisposição racial:
Raças de porte médio e grande
porte
Labrador Retriever1
Maioria benigna
Adenomas
Adenocarcinomas
(maligna)
Menos frequentes:
Meduloepiteliomas
Astrocitomas
Aparentam ser benignos
Adenocarcinoma:
Invade o trato
uveal e a esclera
Localização
Incomuns
Muito pouco frequentes
Pouco frequentes
Metástases
Enucleação
Ressecção intraocular local
Fotoabalação a laser
Enucleação
em
lesões pequenas e
sem
envolvimento
do nervo óptico
Enucleacção
Excisão local
Fotoablação a laser
Tratamento
Gould (2007)
nd
Gould D (2003). Ocular tumors. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 329–336.
th
Miller PE, Dubielzig (2007). Ocular tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 686–696.
1
Neoplasias Epeteliais do Corpo
Ciliar:
Adenomas Adenocarcinomas
Meduloepiteliomas
Astrocitomas
Melanoma Coroide
Melanoma Uveal
A maioria é benigna
Localmente invasivas
Comportamento Biológico
Neoplasia intraocular mais comum
Afecta animais geriátricos
Neoplasias Oculares Primarias, continuação
Tipo De Neoplasia
QUADRO 26. Neoplasias oculares no cão, continuação
Variável
Pouco Favorável:
Quando
há
envolvimento do
nervo óptico
Bom
Prognóstico
2
1
Pouco comum
Predisposição
machos
em
Benigno
Benigno
Baixa malignidade
Comum
Afecta
gatos
mais
velhos
Predisposição racial:
Siamês, Himalaias e
Persa2
Shearer & Dobson (2008)
Withrow & Vail (2007)
Hiperplasia das
Glândulas
Sebáceas
Glândulas Sebáceas:
Carcinoma das
Células Basais
Carcinoma
das
Células
Escamosas
Papiloma Cutâneo
Maligno
A maioria é localmente invasiva
Relativamente raro
Surge mais em geriátricos
Comportamento
Biológico
Benigno
Comum
Afecta animais mais
velhos
Predisposição:
Gatos de pelo curto1
Gato Himalaia, Siamês
e Persa1
Incidência
Tipo de Neoplasia
QUADRO 27. Neoplasias epitelias no gato
Cabeça
Neoplasias Anexais
Cabeça
Pescoço
Tórax
Dorso
Zonas com mais escassez de pêlo
Plano Nasal
Pálpebras
Aurícula da orelha
Zona ventral da língua,
de origem vírica
Papiloma múltiplo
ocorre em qualquer
parte do corpo
Localização
Raramente mestastiza
Metástases nos
linfonodos regionais
Metastiza lentamente
Metástases nos linfonodos e pulmões
Metástases
Excisão cirúrgica
Retinóide
Excisão cirúrgica normalmente curativa.
Ampla excisão cirúrgica
Ablação por laser ou
crioterapia para lesões
pequenas e superficiais
Radioterapia
para
lesões irressecáveis
Excisão cirúrgica
Interferões
Retinóide
Regressão espontânea
Tratamento
Não foram reportadas
reincidências.
Bom se a neoplasia
exibir um comportamento benigno
Prognóstico variável sendo mais
favorável
em
lesões pequenas e
bem diferenciadas
Bom
Prognóstico
Incidência
Raro
Raro
Animais de meia-idade ou
geriátricos
Adenoma das
Glandulas
Sudoríparas
Pouco comum
Glandulas Sudoriparas (Apócrinas)
Adenocarcinoma
dos Sacos Anais
Glândulas Perianais
Adenocarcinoma
das Glândulas
Sebáceas
Adenoma das
Glândulas Sebáceas
Gatos mais velhos
É relativamente incomum
Persa
Glandulas Sebáceas (continuação)
Raros
Epitelioma
Sebáceo
Tipo de Neoplasia
Benigno
Maligno
Localmente invasivo
Benigno
Benigno
Comportamento
biológico
Localização
Cabeça
Sacos Anais
Pálpebras
Membros
Pálpebras
Membros
Cabeça, especialmente nas pálpebras
QUADRO 27. Neoplasias epiteliais no gato, continuação
Metastiza
nos
linfonodos,
no
final da doença
Metástases
Excisão cirúrgica
Exisão
Linfadenectomia
Considerar radioterapia
Excisão cirúrgica
agressiva
Radioterapia
adjuvante
Excisão cirúrgica
(Comportamento
similar à hiperplasia das glândulas
sebáceas)
Excisão cirúrgica
Tratamento
Bom
Reservado
Reservado
Bom
Pode desenvolver
lesões
noutros
locais ao longo do
tempo
Bom
Prognóstico
Incidência
1
Raro
Muito raro em gatos
Raro
Comum em geriátricos
Rara
Vail & Withrow (2007)
Tricolemoma
Pilomatricoma
Tricofoliculoma
Tricoblastoma
Folículos Pilosos
Neoplasias das
Glândulas Ecrinas
Adenocarcinoma
das
Glândulas
Sudoríparas
Pouco comum
Usualmente ocorre
gatos geriátricos
1
Siamês
em
Glandulas Sudoriparas (Apócrinas), continuação
Tipo de Neoplasia
Benigno
Benigno
Benigno
Benigno
Frequentemente
malignos
Maligno
Localmente invasivo
Comportamento
Biológico
Localização
Cabeça
Pescoço
Tronco
Membros
Folículos pilosos
Zona cranial do tronco
Almofadas plantares
Dedos
Membros
Abdómen
QUADRO 27. Neoplasias epiteliais no gato, continuação
Poderá ocorrer
metastização
após cirurgia
Metástases nos:
Linfonodos
Pulmões
Ossos
Metastizam rapidamente para os
linfonodos locais
Metástases
Pulmonares
Metástases
Excisão cirúrgica
Excisão cirúrgica
Excisão cirúrgica
Excisão cirúrgica
Ampla
excisão
cirúrgica
Castração
Tratamento com
estrogenios
Ampla
excisão
cirúrgica
Radioterapia
adjuvante
Tratamento
Bom
Bom
Bom
Reservado
Reservado
Prognóstico
Benigno
Benigno
Rara
Comportamento
Biológico
Pouco comum
Persai
Incidência
Cauda
Membros
Localização
Metástases
Excisão cirúrgica
Criocirúrgia
Retinoídes para lesões
múltiplas
Excisão cirúrgica
Tratamento
Excelente
Bom
Prognóstico
Gross (2005)
nd
Brearley MJ (2003). Epithelial and other solitary skin tumours. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh:
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i
Epitelioma Intracutâneo
Cornificante
Tricoepitelioma
Folículos Pilosos, continuação
Tipo de Neoplasia
Neoplasias Anexais (continuação)
QUADRO 27. Neoplasias epiteliais no gato, continuação
1
Incidência
Ocasional
Predisposição:
Gatos
de meia-idade a
geriátricos
Gatos castrados
Raça predisposta: Siamês1
Muito raro
Animas de meia-idade a
geriátricos
estão
mais
predispostos
Neoplasia mesenquimatosa
mais comum
Forma multicêntrica ocorre
em jovens
Forma solitária ocorre em
jovens ou geriatricos.
Pouco comum
Segundo Lemarie (2007)
Liposarcoma
Lipoma
Fibrosarcoma
Fibroma
Tipo de Neoplasia
Extremidades
Cavidade oral
Dorso
Abdómen
Cabeça
Membros
Maligno
Benigno
Região axial
Extremidades
Tronco
Membros
Metástases
Raras
Pouco frequentes
Locais:
Pulmão
Fígado
Baço
Osso
Neoplasia do Tecido Adiposo
Benigno
Maligno
Localização
Neoplasias do tecido Fibroso
Comportamento
biológico
QUADRO 28. Neoplasias mesenquimatosas no gato
Vigilância
de
pequenas lesões
Excisão
cirúrgica
de lesões grandes
e de crescimento
rápido
Ampla
excisão
cirúrgica
Quimioterapia
sistémica
Excisão cirúrgica
Amputação
Radioterapia
Quimioterapia
Excisão cirúrgica
Tratamento
104
Reservado a pobre
Geralmente bom
Lipomas infiltrados
podem recorrer e
destruir o tecido
envolvente
Bom
para
pequenas
neoplasias quando
são completamente
removidas
Reservado
para
neoplasias
grandes, profundas
ou inducidas por
vacinas
Bom
Prognóstico
Melanoma
Melanocitoma
Hemangiosarcoma
Hemangioma
Tipo de Neoplasia
Pouco comum
Mais em gatos com
pelagem cinza e preta e
com pelagem curta
Animais mais velhos
Pelagem preta ou cinza
Menos frequente no gato
Afecta animais geriátricos
Raro
Afecta animais de meiaidade a geriátricos
Incidência
Cabeça
Aurícula da orelha
Cabeça
Tórax
Cauda
Benigno
Maligno
Neoplasias Melanocíticas
Comportamento
Localização
Biológico
Benigno
Pele, fígado, baço, rins,
língua, osso, coração
Hemangioma Cutâneo:
Abdómen ventral
Região inguinal
Zona medial das coxas
axilas
Maligno
Baço, aurícula direita,
fígado, pele, pericárdio,
pulmões, rins, peritoneu e
retroperitoneu
Neoplasias Vasculares
QUADRO 28. Neoplasias mesenquimatosas no gato, continuação
Disseminação: via
linfática até aos
gânglios linfáticos e
pulmões.
Fígado; baço; cérebro;
coração; medula
óssea
Linfonodos regionais
Pulmões
Locais distantes da
derme
Metástases
Ampla excisão
cirúrgica
Radioterapia
Quimioterapia
paliativa
Excisão cirúrgica
Neoplasias
cutâneas:
Excisão
cirúrgica
ampla
Neoplasias
com
maior estadiamento:
Excisão
cirúrgica
mais quimioterapia
adjuvante
Excisão cirúrgica
Tratamento
105
Reservado
Recorrências e
metástases são
frequentes
Bom
Bom: neoplasias
excisionadas
com
margens
completas
Reservado:
neoplasias
localmente
invasivas e com
metástases
Bom
Prognóstico
Raro
Afecta adultos
Raça predisposta:
Siamês1
Incidência
Tronco
Extremidades
Cabeça
Pescoço
Localização
Gânglios
linfáticos
Metástases
Maligno
Forma multifocal
ou disseminada:
SNC, fígado, baço,
linfonodos, pulmões,
mediastino,
rins,
bexiga, medula óssea
Gânglios linfáticos
Condições Cutâneas Histiocíticas e Granulomatosas
Comportamento
Biológico
Forma compacta: Benigna
Forma difusa: Maligno
A maioria dos
animais são
eutanasiados
Excisão cirúrgica
Quimioterapia
adjuvante
Radioterapia
adjuvante
Tratamento
Reservado
Reservado
Recorrência local
Disseminação cirúrgica
Prognóstico
106
Segundo Vail (2008)
th
Clifford CA, Skorupski KA (2007). Histocytic diseases. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 814, 821.
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1
Sarcoma
Histiocítcio
Mastocitomas:
Mastocítico
Histiocítico
Tipo de Neoplasia
Mastocitoma
QUADRO 28. Neoplasias mesenquimatosas no gato, continuação
Fibroameloblastoma
Epúlides
Fibrosarcoma
Carcinoma das
células escamosas
Melanoma maligno
Tipo de neoplasia
Neoplasia
odontogénica mais
comum
Ocorre animais jovens
Raro
Ocorre em animais mais
jovens
Segunda neoplasia mais
comum
Afecta animais mais
velhos
Neoplasia
oral
mais
comum
Predisposição:
Geriátrico
Uso de coleira das pulgas
Uso de comida enlatada
(lata de atum)
Exposição ao fumo do
tabaco
Raro
Incidência
Mandíbula e maxila
(face rostral)
Gengiva
Palatina
Lábios
Faringe
Língua
Pré-molar da maxila
Gengiva
Boca
Mucosa labial
Gengiva
Língua
Faringe
Tonsilas
Localização
Ausente
Invade o osso
Linfonodos regionais
Pulmões
Benigno
Canino da maxila
ou mandíbula
Ausente
Ressecção cirúrgica
Imunoterapia
Radioterapia
Criocirurgia
Mandibulectomia
Maxilectomia
Mandibulectomia
Maxilectomia
Excisão cirúrgica
Radioterapia
Quimioterapia
Excisão cirúrgica
Radioterapia
Tratamento
Excisão cirúrgica
Criocirúrgia
Mandibulectomia/
Maxilectomia
Locais comuns:
Linfonodos regionais
Pulmões
Metástases regionais e
distais
são
pouco
comuns
Linfonodos regionais
Pulmões
Metástases
Outras Neoplasias localizadas na Cavidade Oral
Benigno
Maligno
Maligno
Comportamento
Biológico
Elevada
malignidade
Neoplasias da orofaringe
Quadro 29. Neoplasias do trato gastrointestinal no gato
Favorável
107
Recorrências locais
são comuns
Variável
Recorrências após
cirurgia
Pouco favorável
Recorrências locais
Reservado
Prognóstico
1
Withrow (2007)
Neoplasias
Pancreáticas
Exócrinas:
Adenomas
Adenocarcinoma
Carcinoma
pancreático
Neoplasias
Esofágicas:
CCE
Neoplasia das
Glândulas
Salivares:
Lipoma
Adenoma
Adenocarcinoma
Mastocinoma
Osteosarcoma
CCE
Histocitoma fibroso
maligno
Tipo de neoplasia
Pouco comum
Afecta
animais
geriátricos
Muito raro
Predisposição:
Fêmeas
Raro
Predisposição:
Macho e geriatricos
Siamês1
Incidência
Benigno:
Adenomas
Maligno:
Adenocarcinoma
Carcinoma
pancreático
Comportamento
Biológico
Benignas:
Lipoma, adenoma
(mais raras)
Malignas:
Adenocarcinoma
Mastocitoma
Osteosarcoma
CCE
Hiscitotoma
fibroso maligno
Localmente
invasivo
Maligno
CCE
Localmente
invasivo
Porção medial
Adenocarcinomas:
Células
acinares
Ductos pancreáticas
Carcinoma:
Relativamente
agressivo
Invade estômago
duodeno
Terço
médio
do
esófago, caudal à
entrada do torácica
Glândulas
mandibulares
Parótida
Localização
Adenoma:
Ausentes
Carcinoma:
Fígado
Linfonodos
regionais
Superfície
peritoneal
Linfonodos
Comuns
neoplasias
malignas:
Linfonodos
regionais
Metástases
QUADRO 29. Neoplasias do tracto gastrointestinal no gato, continuação
nas
Radioterapia
Quimioterapia
Pancreatectomia
Ressecção cirúrgica
Pancreaticoduodenectomia
Difícil tratamento:
Estado
avançado
de
muitos casos
Ressecção cirúrgica
(Acarreta
complicações
adicionais)
Quimioterapia
Radioterapia
Excisão cirúrgica
Radioterapia
Sialoadenectomia
Tratamento
Pouco favorável
Pouco favorável
Desconhecido
Prognóstico
108
Raro
Linfomas gástricos:
Animais jovens
Incidência
Neoplasias do Ducto Biliar
Comum
Adenoma do Ducto
Predisposição:
Biliar
Machos
Neoplasia maligna
Carcinoma do
hepatobiliar
mais
Ducto Biliar
comum
Rara
Animais jovens
Neoplasia
Neuroendocrina/
Carcinoide
Neoplasias Hepatocelulares
Segunda neoplasia
Carcinoma
mais comum no
Hepatocelular
fígado
Adenoma
Mais comum nos
Hepatocelular
gatos
Neoplasias
Gástricas:
Linfoma Gástrico
CCE
Adenocarcinoma
Tipo de neoplasia
Metástases
Ductos Biliares
Ductos Biliares
Afecta mais que um
lobo
Maligno
Maligno
Fígado
Benigno
Benigno
Fígado
Linfonodos regionais
Peritoneu
Pulmões
Coração
Baço
Glândulas Adrenais
Pâncreas
Tratamento
Ressecção cirúrgica
Quimioterapia
Radioterapia
Lobectomia
Lobectomia
Lobectomia
Quimioterapia
Radioterapia
Excisão cirúrgica
(Excepto
para
os
linfomas)
Gastrectomia parcial/
Antrectomia
(seguidas de
gastroduodenostomia)
Quimioterapia
para
linfomas
Radioterapia
Metástases
intraperitoniais difusas
Neoplasias do fígado
Cardia
Curvatura menor
Piloro
Antro
do
estômago
Localização
Maligno
Comportamento
Biológico
Maligno:
Linfoma Gástrico
CCE
Adenocarcinoma
QUADRO 29. Neoplasias do tracto gastrointestinal no gato, continuação
Reservado
Ressecção
pouco eficaz
cirúrgica
Pouco favorável
Ocorrem recorrências
Favorável
Pouco Favorável
Prognóstico
109
Bibliografia do Quadro 29
Pouco comum
Afecta animais mais
velhos
Predisposição:
Macho
Adenocarcinoma/Linfoma:
Siames
Linfoma:
Animais jovens
Raro
Incidência
Linfoma
Adenocarcinoma
Mastocitoma
Leimiosarcoma
Comportamento
Biológico
Maligno
Linfoma:
Jejuno
Ílio
Adenocarcinoma:
Ílio
Região íliocecal
Mastocitoma:
Intestino delgado
Fígado
Localização
Fígado
Pulmões
Linfonodos
regionais
Baço
Medulla ossea
Linfonodos
regionais
Fígado
Metástases
Ressecção
cirúrgica
Quimioterapia
Radioterapia
Lobectomia
Quimioterapia
Tratamento
Variável
Pouco favorável
Prognóstico
110
Costa JL, Santos PCG, Bissoli DG, Pena SB, Roger PR, Shimizu FA (2005). Maxilectomia parcial para o tratamento do epúlides acantomatoso em cão. Revista Científica
Eletrônica de Medicina Veterinária.5
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1
1
Neoplasias do
intestino:
Linfoma
Adenocarcinoma
Mastocitoma
Leimiosarcoma
Hemangiosarcoma
Tipo de Neoplasia
QUADRO 29. Neoplasias do tracto gastrointestinal no gato, continuação
Neoplasias da
Traqueia:
Leiomioma
Osteocondroma
Condroma
Adenocarcinoma
Condrosarcoma
Plasmocitoma
Rabdomiosarcoma
CCE
Neoplasias da
Laringe:
Linfoma
CCE
Adenocarcinoma
Rabdomioma
Neoplasias do Plano
Nasal:
Fibroma
Hemangioma
CCE
Linfoma
Fibrosarcoma
Melanoma
Mastocitoma
Tipo de Neoplasia
Malignos:
Linfoma
(mais
comum)
CCE
Adenocarcinoma
(mais raro)
Benignos:
Leiomioma
Osteocondroma
Condroma
Malignos:
Adenocarcinoma
Condrosarcoma
Plasmocitoma
Rabdomiosarcoma
CCE
Raro
Comportamento
Biológico
Benignos:
Fibroma
Hemangioma
Malignos:
CCE
(mais
comum)
Linfoma
Fibrosarcoma
Melanoma
Mastocitoma
Raro
Ocorre
em
animais de meiaidade
a
geriátricos
Relativamente
comum
Predisposição:
Animais
geriátricos
Com pigmentação
clara
Incidência
CCE:
Pálpebras
Pele pré-auricular
Aurícula da orelha
Áreas de pêlo
branco
e
não
pigmentadas
Localização
QUADRO 30. Neoplasias do sistema respiratório no gato
Locais:
Linfonodos
Pulmões
Rabdomioma:
Ausente
Malignos:
Frequentes
Raras
linfonodos
nos
Metástases
Ressecção dos anéis
traqueas
Osteocondroma:
Excisão cirúrgica
CCE Superficial:
Criocirurgia
Laser
Fotodinâmicoterapia
Irradiação
CCE invasivo:
Excisão cirúrgica
Ressecção do palato
nasal
Radioterapia
Quimioterapia
Tratamento
Benignos:
Bom
Malignos:
Pouco favorável
CCE superficial:
Bom
CCE invasivo:
Pouco favorável
Prognóstico
111
Bibliografia do Quadro 30
Pouco comum
Afecta geriatricos
Muito raras
Predisposição:
Gatas mais velhas
Incidência
Comportamento
Biológico
Benignos:
linfomatóide
granulomatoso (raro)
Maligno:
Adenocarcinoma/
Carcinoma
Carcinoma Anaplásico
CCE
Sarcomas (Raro)
Benignos:
Hemangioma
Condroma
Neurofibroma
Malignos:
Mais frequentes:
Linfoma
Adenocarcinoma
CCE
Menos frequentes:
Fibrosarcoma
Osteosarcoma
Condrosarcoma
Mastocitoma
Localmente invasivos
Alvéolos
Brônquios
Localização
th
Comuns
Local:
Linfonodos
regionais
Frequentes
Via linfáticas
Sistema nervoso
Central
Metástases
Radioterapia
Cirurgia Citoredutiva
Ressecção do lobo
afectado
Toractomia
Pneumonectomia
Quimioterapia
Tratamento
Pouco favorável
Variável, dependente
do:
Tamanho
Metástases
Prognóstico
112
Turek MM, Lana SE (2007). Canine nasosinal tumors. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 525, 526, 528 -536.
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1
1
Neoplasias Nasossinusais:
Hemangioma
Condroma
Neurofibroma
Linfoma
Adenocarcinoma
CCE
Menos frequentes:
Fibrosarcoma
Osteosarcoma
Condrosarcoma
Mastocitoma
Neoplasias dos Pulmões:
Linfomatóide
granulomatoso
Adenocarcinoma/
Carcinoma
Carcinoma Anaplásico
CCE
Sarcomas (Raro)
Tipo de Neoplasia
QUADRO 30. Neoplasias do sistema respiratório no gato, continuação
Bibliografia do Quadro 31
Muito raras
Incidência
Comportamento
Biológico
Malignas
Base do coração
Pericárdio
Miocárdio
Localização
Metástases
nd
Tratamento
Pouco favorável
Prognóstico
113
Kirpensteijn J (2003). Neoplasia of the heart. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition ) Gloucester. British Small Animal Veterinary
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th
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1
1
Hemangiosarcoma
Linfoma
Tipo de Neoplasia
QUADRO 31. Neoplasias do coração no gato
Benigno:
Fibroma
Leiomioma
Maligno:
TCC, CCE
Neoplasias do músculo liso
(menos frequente)
Maligno:
Linfoma (mais comum)
Extremamente raras
Raro no gato
Linfoma:
Animais jovens
Raro no gato
Benigno:
Leiomioma
Malignos:
Leiomiosarcoma, TCC
Comportamento Biológico
Benignos:
Leimioma
Hemangioma
Fibroma
Malignos:
CCT
Adenocarcinoma
CCE
Rabdomiossarcoma embrional
Carcinoma indiferenciado
Leiomiosarcoma
Hemangiosarcoma
Fibrosarcoma
Linfoma
Localmente invasiva
Incidência
Pouco comuns
Segunda neoplasia mais
comum
do
tracto
urinário
Predisposição:
Macho
Ocorre em geriátricos
th
Localização
Pode estenderse para além da
bexiga
até
órgãos
adjacentes
como a próstata
Metástases
Comuns
Locais:
Linfonodos
Pulmões
Fígado
Ossos pélvicos
Quimioterapia
Ressecção
cirúrgica
Excisão
cirúrgica
seguida
de
reconstrução
uretral
Tratamento
Parcial cistectomia
Excisão
cirúrgica
dificultada
pela
localização e por
complicações
secundárias
Quimioterapia
Radioterapia
114
Pouco favorável
Benignas:
Favorável
Malignas:
Reservado
Pouco favorável
Prognóstico
Benignas:
Favorável
Malignas:
Reservado
Pouco favorável
Knapp DW (2007). Tumors of the urinary system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 649, 651- 657.
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White RN (2003). Tumours of the urogenital tract. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 243-249.
Neoplasias dos
Ureteres: Leiomioma
Leiomiosarcoma
TCC
Neoplasias Renais:
Linfoma
Neoplasias Uretrais:
Fibroma
Leiomioma
TCC
CCE
Neoplasias do
músculo liso
Tipo de Neoplasias
Neoplasias das
Bexiga:
Leimioma
Hemangioma
Fibroma
Carcinoma das
células Tansicionais
(CCT)
Adenocarcinoma
CCE
Rabdomiossarcoma
embrional
Carcinoma
indiferenciado
Leiomiosarcoma
Hemangiosarcoma
Fibrosarcoma
Linfoma
QUADRO 32. Neoplasias do sistema urinário no gato
1
1
Neoplasias das Células
Germinativas:
Teratoma
Disgerminoma
Teratoma
Neoplasias do Estroma
Gonadal:
Teratoma
Luteoma
Neoplasias das células
granulosas
Neoplasias
do Tecido Epitelial:
Cistadenoma
Adenoma papilar
Cistadenocarcinoma
Adenocarcinoma papilar
Neoplasias dos Ovários
Tipo de Neoplasias
Peritoneu
Linfonodos lombares
Omento
Diafragma
Rins
Fígado
Baço
Pulmões
Comuns
Disgerminoma:
Linfonodos
abdominais
Fígado
Rins
Omento
Pâncreas
Glândulas adrenais
Benigna:
Teratoma
Luteoma
Malignas:
Neoplasias
das
células granulosas
Benigno:
Teratoma
Maligno:
Disgerminoma
Teratoma
Adenocarcinoma
papilar:
Renal
Pulmões
Parótida
Omento
Fígado
Metástases
Representam
50%
das neoplasias dos
ovários
Localização
Benignas:
Cistadenoma
Adenoma papilar
Malignas:
Cistadenocarcinoma
Adenocarcinoma
papilar
Comportamento
Biológico
Extremamente raras
Incidência
QUADRO 33. Neoplasias do sistema reprodutor feminino no gato
Ovariectomia
Ovariohisterectomia
Quimioterapia
Ovariectomia
Ovariohisterectomia
Quimioterapia
Ovariectomia
Ovariohisterectomia
Quimioterapia
Tratamento
115
Benignas:
Favorável
Malignas:
Reservado
Benignas:
Favorável
Malignas:
Reservado
Benignas:
Favorável
Malignas:
Reservado
Prognóstico
Bibliografia do Quadro 33
Benigno:
Fibroma
Fiboleiomioma
Leiomioma
Adenoma
Maligno:
Fibrosarcoma
Leiomiosarcoma
Adenocarcinoma
Linfoma
Benignas:
Leiomioma
Fibroma
Fibroleiomioma
Lipoma
Malignas:
Leiomiosarcoma
Adenocarcinoma
TVT
CCE
Hemangiosarcoma
Osteosarcoma
Mastocitoma
Raro
Animais jovens e
intactos estão
predispostos
Comportamento
Biológico
Raras
Representam 0,2 a
1,5% de todas as
neoplasias
Incidência
Adenocarcinoma:
Endométrio
Localização
th
Linfonodos
Outros órgãos
abdominais
Pulmões
Olhos
Cérebro
Ovários
Glândula adrenal
Rins
Metástases
Excisão cirurgica
para neoplasias
benignas não
invasivas
Ovarioctomia
Ovariohisterectomia
TVT:
Radioterapia
Ovariohisterectomia
Tratamento
Benignas:
Favorável
Malignas:
Reservado
Benignas:
Favorável
Malignas:
Reservado
Prognóstico
Klein MR (2007). Tumors of the female reproductive system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 610 - 616.
th
White RN (2003). Tumours of the urogenital tract. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 249-253.
1
1
Neoplasias
Vaginais e
Vulvares:
Leiomioma
Fibroma
Fibroleiomioma
Lipoma
Leiomiosarcoma
Adenocarcinoma
Tumor venéreo
transmissível
(TVT)
CCE
Hemangiosarcoma
Osteosarcoma
Mastocitoma
Neoplasias do
Uterinas e do
Cérvix:
Fibroma
Fiboleiomioma
Leiomioma
Adenoma
Fibrosarcoma
Leiomiosarcoma
Adenocarcinoma
Linfoma
Tipo de Neoplasia
QUADRO 33. Neoplasias do sistema reprodutor feminino no gato, continuação
116
1
Raras
Maligno
Adenocarcinoma
Maligno
Raras
Afecta gatos jovens
Raras
Afecta animais
geriátricos
Desconhecido
Comportamento
Biológico
Raras
Afecta gatos jovens
Incidência
Comuns
Comuns
Comuns
Metástases
Epitélio
Tecido mesenquimatoso
Localização
th
Quimioterapia
Tratamento
Prognóstico
117
Fan MT, Lorimier LP (2007). Tumors of the male reproductive system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 637, 638, 640,
641, 643, 645, 646.
nd
White RN (2003). Tumours of the urogenital tract. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 253- 258.
Bibliografia do Quadro 34,
1
Neoplasias do Pénis e
Prepúcio
Neoplasias Prostáticas
Neoplasias das Células
Germinativas:
Semioma Maligno
Neoplasias do Estroma
Gonadal:
Neoplasias das Células
Intersticiais (Leydig)
Neoplasias das Células
de Sertoli
Neoplasias testiculares
Tipo de Neoplasia
QUADRO 34. Neoplasias do sistema reprodutor masculino no gato
Incidência
Raramente envolve o
sistema esquelético
Pouco frequente
Segunda neoplasia mais
comum do sistema
esquelético
Neoplasia do sistema
esquelético mais comum
Afecta animais mais
velhos
Bibliografia do Quadro 35
Maligno
Maligno
Maligno
Comportamento
Biológico
Maligno
Ossos chatos do
crânio
Esqueleto apendicular
e axial
Esqueleto apendicular
Localização
Esqueleto axial
Esqueleto apendicular
Membros posteriores
Metástases
Pouco frequentes
nd
Amputação
Ressecção em bloco
Radioterapia
Quimioterapia
adjuvante
Ressecção cirúrgica
completa
Tratamento
Ressecção cirúrgica
Quimioterapia
adjuvante para
lesões axias
Amputação
Pouco Favorável
Prognóstico
Variável
Pouco favorável para
neoplasias localizadas
no esqueleto axial
118
Dernell WS (2003).Tumours of the skeletal system. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 179-194.
th
Dernell WS, Ehrhart NP, Straw RC, Vail DM (2007). Tumors of the skeletal system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier:
540, 543, 545, 549-573.
th
Thompson KG, Pool RR (2003). Tumors of bones. In Mueten DJ. Tumors in Domestic Animals. (4 Edition) Ames. Iowa State Press: 389.
1
1
Hemangiosarcoma
Condrosarcoma
Fibrosarcoma
Osteosarcoma
Tipo de neoplasias
QUADRO 35. Neoplasias do sistema esquelético no gato
Comportamento
Biológico
Mais comuns:
Canal vertebral lombar
e torácico
Localização
Metástases
nd
Excisão é difícil
Linfoma:
Radioterapia
quimioterapia
Excisão cirúrgica
Quimioterapia
Meningioma:
Excisão
cirúrgica
Tratamento
Prognóstico
119
Jeffery N (2003). Tumours affecting the nervous system. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 317 – 328.
th
LeCouteur RA, Withrow SJ (2007). Tumors of the nervous system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 659, 660, 662, 663,
665-674, 676, 679.
1
Neoplasias do Tecido Nervoso Periférico
Neoplasia Primaria:
Não são frequentes
Neoplasia da bainha do
nervo
Neoplasias Primárias:
Ocorrem com pouca
Meningioma
frequência
Astrocitoma
Ependimona
Oligodendroglioma
Papiloma do Plexo Coróide
Meduloblastoma
Linfoma
Neoplasias Secundárias:
Macroadenoma Pituitário
Macrocarcinomas
Linfoma
Neoplasias da Medula Espinal
Ocorrem com pouca
frequência
Neoplasia primária:
Linfoma é o mais comum
Linfoma
Afecta animais jovens
Bibliografia do Quadro 36
1
Incidência
Neoplasias do Cérebro (Intracranial)
Tipo de Neoplasia
Quadro 36. Neoplasias do sistema nervoso no gato
Incidência
Neoplasia da
Medula Adrenal
Feocromocitoma
Neoplasias
Adrenocorticais:
Adrenocarcinoma
adrenal
Carcinoma Adrenal
Adenomas adrenal
Raro
Afecta geriátricos
Afecta animais de meiaidade a geriátricos
Predisposição da fêmea
Neoplasias da Glândula Adrenal
Acromegália
(Neoplasia da glândula
libertadora das
hormona de
crescimento):
Macroadenomas
Adenoma Pituitário:
Microadenomas
Macroadenomas
Relativamente pouco
frequente
Afecta animais de
meia-idade
a
geriátricos
Predisposição:
Fêmeas
Afecta animais de
meia-idade
a
geriátricos
Raças
cruzadas
apresentam
maior
predisposição
Neoplasias da Glândula Pituitária
Tipo de Neoplasia
A maioria é maligna
Adrenocarcinoma
adrenal
Carcinoma Adrenal
Adenomas adrenal
(benigno)
Benigno
Benigno
Comportamento
Biológico
QUADRO 37. Neoplasias endócrinas no gato
Invadem a veia
cava e a aorta
Localização
Comuns
Metástases
Excisão cirúrgica
Adrenolectomia
Mitotane
Trilostae
Keticonazole
Irradiação Pituitária
Hipofisectomia
Adrenalectomia
bilateral
Ketoconazole
Trilostane
Tratamento
Reservado
Reservado
Ainda não
estabelecido
Pouco favorável
Prognóstico
120
Afectam ananimais de
meia-idade e geriatricos
Incidência
Raro
Afecta animais de meiaidade
Raro
Geralmente maligno
Geralmente maligno
Comportamento
Biológico
Benigno:
Adenomas da tiróide
(mais comum)
Maligno:
Carcinoma da tiróide
(raro)
Localmente invasivo
Os dois lobos são
afectados
Localização
th
Comuns
Locais:
Linfonodos regionais
Fígado
Pulmões (é raro)
Comuns
Locais:
Linfonodos
Fígado
Mesentério
Baço
Comuns
Locais:
Linfonodos regionais
Pulmões
Metástases
Pancreatectomia parcial
e posterior
acompanhamento
Remoção da glândula e
tratamento da
hipocalcémia
Radioterapia
Excisão cirúrgica
Tiróidectomia
Thioreylene
Methimazole
Carbimazole
Tratamento
Prognóstico
121
Reservado
Complicações
pós-cirurgias
Recorrências
Variável
Bailey DB, Page RL (2007). Tumors of the endocrine system. In Vail DM, Withrow. Small Animal Clinical Oncology. (4 Edition) Missouri. Saunders Elsivier: 583–602.
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Ramsey I (2003). Endocrine tumors. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 297-314.
1
Glucagonoma
Não ocorre
(Neoplasias das
células A)
1
Bibliografia do Quadro 37
Gastrinoma
(Neoplasias das
células D)
Insulinoma
(neoplasia das
célualas B)
Neoplasias da
Raras
Glândula
Afecta animais geriátricos
Paratiroide:
Predisposição racial:
Adenoma da
Siamês
Glândula
Paratiroóde
Neoplasias do Pâncreaticas Endócrino
Neoplasias da
tiróide:
Adenomas da
tiróide
Carcinoma da
tiróide
Tipo de Neoplasia
QUADRO 37. Neoplasias endócrinas no gato
1
Gould (2003)
Neoplasias da
Conjuntiva
Neoplasias da Terceira
pálpebra:
CCE
Neoplasias Orbitais:
CCE
Adenocarcinoma nasal
Meningioma cerebral
Linfoma
CCE
Mastocitoma
Linfoma
Fibrosarcoma
Carcinoma das células
basais
Adenoma
Papiloma
Neoplasias das
Pálpebras:
Tipo De Neoplasia
Gatos brancos
Raras
Afecta animais
geriátricos
Pouco frequente
1
Siamês
CCE:
Exposição à radiação
solar é um factor
predisponente
Incidência
Malignas:
Neoplasias primárias
Adenocarcinoma
Fibrosarcoma
Melanoma
Neoplasias secundárias
Linfoma
Maligno
Comportamento
Biológico
Malignos:
Mais frequentes:
CCE
Mastocitoma
Linfoma
Fibrosarcoma
Carcinoma das células
basais
Benignos:
Menos frequentes:
Adenoma
Papiloma
Localmente invasivo
Malignas:
Neoplasias secundárias:
CCE
Adenocarcinoma nasal
Meningioma cerebral
Linfoma
Localmente invasivo
QUADRO 38. Neoplasias oculares no gato
Canto inferior e
medial
Neoplasias
secundárias:
Cavidade nasal
Seios paranasais
Cavidade cranial
Cavidade oral
Pele
Localização
a
Metástases locais
e distais
Metástases pouco
frequentes
Tardio
metástases
Metástases
Queratectomia/
Esclerectomia presidida
de excerto
Criocirúrgia
Laser fotocoagulação
Enucleação
Orbitoectomia
Quimioterapia para
linfomas
Criocirurgia
para
neoplasias pequenas e
para CCE não invasivos
Fotodinâmicoterapia
para CCE
Tratamento
122
Favorável
Grave
Prognóstico
Incidência
Raras no gato
Raro
Predisposição racial:
1
Persa
Pouco comum
Animais geriátricos são
afectados
Comum
Afecta animais
geriátricos
Maioria benigna
Adenomas
Adenocarcinomas
(maligna)
Menos frequnetes:
Meduloepiteliomas
Astrocitomas
Maligno
A maioria é maligna
Benigno
Comportamento
Biológico
Corpo ciliar
Localmente
invasivo
Localmente
invasivo
Íris
Corpo ciliar
Esclera
Tecido conectivo
subconjuntival
Localização
Comuns
Frequentes
Pulmões
Fígado
Pouco frequentes
Metástases
Enucleação
Ressecção intraocular
local
Fotoabalação a laser
Enucleação
Queratectomia/
Esclerectomia
presidida de excerto
Criocirurgia
Laser fotocoagulação
Enucleação
Enucleação
Tratamento
Gould (2007)
nd
Gould D (2003). Ocular tumors. In Dobson JM, Lascelles BD. BSAVA Manual of Canine and Feline Oncology. (2 Edition) Raleigh. Copyrigh: 329–336.
th
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1
Neoplasias
Epiteliais do
Corpo Ciliar:
Adenomas
Adenocarcinomas
Meduloepiteliomas
Astrocitomas
Sarcoma Ocular
Melanoma Coroide
Melanoma Uveal
Melanoma Limbal
Neoplasia mais comum
do tracto ocular
Ocorre em geriátricos
Neoplasias Oculares Primárias
Tipo De Neoplasia
QUADRO 38. Neoplasias oculares no gato, continuação
123
Pouco
favorável
Alta taxa de
mortalidade
Recorrências
são frequentes
Reservado
Favorável
Prognóstico
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consultado
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127
6. ANEXOS
6.1. ANEXO A
Nomenclatura dos tipos de neoplasias comuns em Medicina
Veterinária
Célula/ Tecido de Origem
Nomenclatura Benigna
Nomenclatura Maligna
Epitélio Escamoso
Epitélio de Transição
Epitélio das Células Basais
Tecido Glandular
Tecido Colagenoso
Tecido Conjuntivo, Estroma
Tecido Adiposo
Cartilagem
Células Endoteliais dos Vasos
Sanguíneos
Pericitos
Células Endoteliais dos Vasos
Linfáticos
Mesotélio
Células Brancas do Sangue
Papiloma Escamoso
Papiloma Transicional
Neoplasia das Células Basais
Adenoma
Fibroma
Mixoma
Lipoma
Condroma
Carcinoma das Células Basais
Carcinoma Transicional
Carcinoma das Células Basais
Adenocarcinoma
Fibrosarcoma
Mixosarcoma
Liposarcoma
Condrosarcoma
Hemangioma
Hemangiosarcoma
Hemangiopericitoma
Hemangiopericitoma Maligno
Linfangioma
Linfangiosarcoma
-
Células Plasmáticas
Plasmocitoma
Músculo Liso
Músculo Esquelético
Meninge
Linfócitos
Leiomioma
Rabdomioma
Meningioma
-
Histiocitos
Histiocitoma
Mastócitos
Melanócitos
Melanocitoma
Folículos Pilosos
Pilomatricoma, Tricoepitelioma,
Epitelioma Intracutâneo
Cornificado
Nervo Periférico
Schwanoma, Neurofibroma
Osso
Tecido Sinovial
Timo
Osteoma
Sinovioma
Timona
Células da Glia
Astrocitoma, Oligodendroglioma
Células Germinativas Gonodais
Seminoma, Disgerminoma
Células de Suporte Gonodais
Neoplasia das Células deSertoli,
Neoplasia das Células
Granulosas
Mesotélio
Leucemia
Mioloma das Células
Plásmáticas
leiomiosarcoma
Rabdomiosarcoma
Meningioma Maligno
Linfoma Maligno, Leucemia
Histiocitose Maligna
Sarcoma Histiocítico
Mastocitoma
Melanoma Maligno
Pilomatricoma Maligno
Tricoepitelioma Maligno
Epitelioma Intracutâneo
Cornificado Maligno
Schwanoma Maligno
Neurofibrosarcoma
Osteosarcoma
Sarcoma das Células Sinoviais
Timoma Maligno
Astrocitoma Maligno
Oligodendroglioma Maligno
Glioblastoma Multifome
Seminoma Maligno
Disgerminoma Maligno
Neoplasia das Células de
Sertoli Maligno
Neoplasia das Células
Granulosas Maligno
Células Intersticiais
Neoplasia das Células
Intersticiais, Tecorna, Luteoma
-
128
6.2. ANEXO B
Classificação dos tumores quanto à sua extensão:
T = Tamanho ou extensão do tumor
primário
N = Linfonódos
M = Metástases
Tis: tumor pré-invasivo (in situ)
T0: sem evidência de tumor
T1: tumor <5 cm de diâmetro mas
confinado ao local primário
T2: tumor> 5 cm de diâmetro ou
rupturado
T3: tumor infiltrativo
a: sem invasão ao osso
b: com invasão ao osso
N0: sem aumento evidente dos
linfonodos
N1: mobilidade ipslateral dos linfonodos
aumentados
N2: mobilidade contralateral/bilateral dos
linfonodos aumentados
N3: linfonodos firmes
M0: sem metástases
M1: detecção de metástases
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