BEDETECA DE LISBOA BEDETECA IDEAL PARA AS
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BEDETECA DE LISBOA BEDETECA IDEAL PARA AS
BEDETECA DE LISBOA BEDETECA IDEAL PARA AS BIBLIOTECAS ESCOLARES: UMA SELECÇÃO DA BEDETECA Lisboa 2008 CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECAS E ARQUIVOS 1º CICLO (6-9 anos) [10 títulos] CALVIN & HOBBES Bill WATTERSON ASTÉRIX Albert UDERZO, desenho; René GOSCINNY, criação e argumento Género: Aventura humorística Editora: Asa Número de Volumes: 31 volumes (independentes) a Quatro Cores Comentário: É o “best seller” da BD francófona. Aqui aplicam-se múltiplos ingredientes do humor: a sátira aos valores nacionais, diversos e deliciosos anacronismos históricos, personagens truculentas, comédia de repetição,... De preferir os álbuns com o argumento de Goscinny. Género: Humor Editora: Gradiva Número de Volumes: 12 volumes (independentes) a Preto e Branco Comentário: É a compilação em álbuns das famosas tiras cómicas de Bill Waterson para os jornais e que em Portugal foram (e continuam a ser) publicadas no “Público”. Calvin é uma criança, filho único, com uma imaginação prodigiosa e as tiras contam as suas peripécias diárias e imaginárias em casa, na escola, sempre acompanhada pelo seu fiel amigo imaginário, o tigre Hobbes. OS COSMONAUTAS DO FUTURO Manu LARCENET, desenho; Lewis TRONDHEIM, argumento Género: Ficção científica Editora: Asa Número de Volumes: 1 volume (série de continuação) a Quatro Cores Comentário: Gil e Marta são dois miúdos aparentemente normais... só que um pouco obcecados pelos jogos de vídeo... ! Para Gil, todos os miúdos são extraterrestres. A prova: têm um computador para receber instruções. Para Marta, todos os outros miúdos são robôs. A prova: quando ela se belisca, têm estímulos externos que os obrigam a gritar para fazerem acreditar que são humanos. Só que o Gil não é robô: ele não grita quando a Marta o belisca. E Marta não é um alien: ela não tem um computador! O que significa que eles são feitos (quase) um para o outro e que devem unir esforços para combater os invasores terrestres. LUCKY LUKE MORRIS Género: Western Editora: Asa Número de Volumes: 35 volumes (independentes) a Quatro Cores Comentário: Lucky Luke é o célebre cowboy que dispara mais rápido que a sua própria sombra. Criado por Morris, o personagem fez a sua primeira aparição na revista Spirou em 1947. Com um grafismo inicial próximo de Disney, depressa evolui, tornando-se numa verdadeira paródia aos temas do oeste americano. A série conhecerá o seu apogeu com a concepção dos irmãos Dalton, hoje talvez mais célebres do o herói principal, e com as talentosas histórias de Goscinny. MAX & ZOE JOUB, desenho; Étienne DAVODEAU, argumento Género: Aventura Editora: MaisBD Número de Volumes: 1 volume (independente) a Quatro Cores Comentário: Max e Zoé são dois irmãos traquinas, como todos os miúdos de 8, 9, 10 anos, que vivem aventuras simples, muitas vezes baseadas nos pequenos nadas do dia a dia de todos os miúdos dessa idade. Delas está ausente a violência que domina tantas séries infantis dos nossos dias, ao mesmo tempo que perpassa algum humor, algum suspense, e, principalmente, a defesa natural de valores tão importantes como a união familiar, a amizade ou a lealdade. Em “O Grande Disparate”, (…) apresenta os dois irmãos aos leitores portugueses, estreando assim a sua colecção “Júnior”, Max e Zoé acabam de voltar a casa, no Jura, agora coberto de neve, cheios de saudades da mãe. É também o regresso aos passeios na floresta, às endiabradas escorregadelas no gelo e a diversas tropelias. (…) uma obra vocacionada para o público infantil, no qual a editora MaisBD aposta para formar os futuros leitores de amanhã. MORGANA José ABRANTES Género: Aventura Humorística Editora: Gailivro Número de Volumes: 1 volume (série de continuação) a Quatro Cores Comentário: Nova série de bd para crianças de um dos poucos autores nacionais que trabalha nesta área. Sinopse do primeiro volume: «Morgana é uma jovem aprendiz de feiticeira, que sonha ter uma vassoura mágica. De repente, vê-se envolvida na investigação do misterioso rapto do Grande Moga, o maior fabricante de vassouras voadoras do país. Depois de uma série de aventuras, acabará por descobrir o segredo da Atlântica.» PEQUENO PAI NATAL Lewis TRONDHEIM, argumento; Thierry ROBIN, desenho Género: Aventura Humorística Editora: Vitamina BD Número de Volumes: 2 volumes (independentes) a Quatro Cores Comentário: Lewis Trondheim (França, 1964) publicou o seu primeiro álbum em 1990, no coração de um movimento fortíssimo de renovação da bd europeia, que nascia então de projectos (…) independentes. Passados estes anos, a sua bibliografia conta com noventa títulos noventa (…)! Entre nós, oito deles foram já traduzidos, sem, ainda assim, dar a possibilidade ao leitor de língua portuguesa de viajar a todas as latitudes da sua produção (formatos, temas, estilos, colaborações, etc). (…) As crianças, muito sensíveis, como é sabido, à ideia de brincadeira, podem experimentar Trondheim na sua vertente de argumentista em (…) Menino Pai Natal com o desenho de Thierry Robin. tem no lugar de protagonista o velho de sempre, mas com alguma inovações temáticas (as prendas resultam da reciclagem de lixos) e vários achados gráficos de efeito sem uma única palavra. (…) © 2003 João Paulo Cotrim SPIROU E FANTÁSIO André FRANQUIN Género: Aventura Humorística Editora: Meribérica/Liber Número de Volumes: 6 volumes (independentes) a Quatro Cores Comentário: Criado nos anos 40 Spirou, o eterno Herói com fato de ascensorista, continua a ter uma enorme vitalidade. Apesar de ter guardado desde as suas origens o estranho traje, Spirou representa bem o espírito do aventureiro. Sempre acompanhado do seu amigo Fantásio e do esquilo Spip, Spirou combate uma variedade de vilões loucos em todos os cantos do planeta. É assim que ele irá defrontar o terrível sábio Zorglub, ou o pirata malfeitor John Héléna, bem como as máfias italianas ou as tríades chinesas em Nova Iorque, sendo assim também que ele irá na Palombia descobrir o segredo de um animal mítico: o Marsupilami. TINTIM HERGÉ Género: Aventura Editora: Difusão Verbo Número de Volumes: 23 volumes (independentes) a Quatro Cores Comentário: Criado em 1929 Tintim é o herói referência da banda desenhada europeia. Tintim é um repórter (...que por sinal nunca foi visto a fazer nenhuma reportagem), com ar de eterno adolescente. Encarna um espírito de curiosidade misturado com uma conduta irrepreensível. As aventuras deste herói começam praticamente apenas com o seu personagem, mas a partir do Lótus Azul, começam a surgir uma verdadeira "família" de personagens algo truculentas. A obra é uma verdadeira síntese enciclopédica do século XX, que combina diversos níveis de leitura, cheia de brio, humor e suspense, sem esquecer o rigor com que toda ela é desenvolvida. Nos nossos dias estas aventuras e o seu autor (Hergé ou Georges Remi) são alvo de uma literatura crítica abundante. W.I.T.C.H. Alessandro BARBUCCI, desenho e criação; Barbara CANEPA, argumento e criação Género: Fantástico Editora: Edimpresa Número de Volumes: 50 revistas (série em continuação com algumas histórias independentes) a Quatro Cores – há compilações em formato livro também pela Edimpresa Comentário: Uma produção da Walt Disney, feita em Itália para conquistar a Europa e que chegou a Portugal em finais de Outubro de 2003, (…) numa revista mensal de 80 páginas a cores que, para além da bd traz também uma série de artigos dirigidos às jovens leitoras, para além dos inevitáveis brindes. (…) “W.I.T.C.H.”, deriva das iniciais das raparigas que compõem o grupo (Will, Irma, Taranee, Cornélia e Hay Lin) cinco amigas que, ao entrarem na adolescência começam a descobrir em si poderes mágicos que desconheciam possuir. (…) Em termos gráficos, estamos muito próximos dos manga (basta ver o tamanho dos olhos das miúdas) mas, tal como a nível da história, o que ressalta é a grande qualidade global do trabalho. © 2004 João Miguel Lameiras 2º CICLO (10 – 12 anos) [5 títulos, sendo que os 10 títulos do 1º ciclo possam ser transportados para o 2º ciclo] DARK ANGEL Kia ASAMIYA HISTÓRIA DO UNIVERSO Larry GONICK Género: Fantástico Editora: Devir Número de Volumes: 2 volumes (série de continuação) a Preto & Branco Género: História Editora: Gradiva Número de Volumes: 1 volume (série de continuação) a Preto e Branco Comentário: É a primeira edição portuguesa que imita o formato original japonês (livro de formato de bolso com cerca de 200 páginas impressas a preto e branco). Trata-se de uma aventura de Fantasia, de um jovem espadachim, Dark, que se envolve em vários combates cheios de dinamismo como convém ao Manga (bd japonesa). O autor nasceu em Tóquio em 1963 e é um dos mais famosos no Japão, tendo já ultrapassado as fronteiras e publicado bd's nos EUA. Comentário: O norte-americano Larry Gonick (1946-) é desde há mais de trinta anos, autor de bd's que explicam a História, a Ciência e outros grandes temas - em Portugal já foi publicado também "A Química em Banda Desenhada" e "A Física em Banda Desenhada". Em 2003, foi galardoado com o Prémio Harvey pelo melhor álbum do ano com "The Cartoon History of the Universe III". Estudou Matemática em Harvard e as suas bd's pedagógicas são sempre bem-humoradas conseguindo ensinar temas complicados para todas as idades como é o caso desta "História do Universo" em que parte da origem do Big Bang segue pela Sopa Orgánica, dinossauros, Cro-magnons, Egipto, Argonautas, Atenas,... até ao Alexandre, o Grande... ufa! HOMEM-ARANHA : O PULSAR DA CIDADE Brian Michael BENDIS, argumento; Mark BAGLEY, desenho; Scott HANNA, desenho Género: Super-Heróis Editora: Devir; 2005 Número de páginas: 120 p. a Quatro Cores Comentário: «Jonah Jameson decide contratar a antiga super-heroína Jessica Jones, que agora se dedicava à investigação particular, para escrever uma coluna semanal para o novo suplemento do jornal "Pulsar", a primeira coluna do Clarim Diário que irá contar a história vista pelos olhos dos superheróis! E a sua primeira investigação é a misteriosa morte de Terri Kidder, uma das jornalistas do Clarim. A teia de acontecimentos bizarros e violentos acabará por envolver Luke Cage e o Homem-Aranha, terminando num desfecho surpreendente e vital para o universo Marvel! Uma saga que põe os cidadãos normais de Nova Iorque, desde os polícias e os jornalistas, no centro da acção e da intriga.» [sinopse retirada da contra-capa do livro] MALIKA TEHEM Género: Humor Editora: Asa Número de Volumes: 1 volume (independente) a Quatro Cores Comentário: «Está é uma curiosa série de humor centrada em três amigos adolescentes que vivem num bairro da periferia francesa. A graça está no facto de cada um deles ser de uma raça diferente e de o autor, Tehem, ir introduzindo na sua série temáticas - como, por exemplo, o grupo de skinheads com que de vez em quando os três se confrontam - que não são habituais em obras deste género. A mistura de ingenuidade e realidade pura e dura é a maior qualidade de Malika.» © 2003 João Miguel Tavares sustentabilidade ambiental; Fortalecer uma parceria mundial para o desenvolvimento. Ou seja, ao invés de adoptar o tradicional discurso derrotista, é preciso trabalhar e, confrontando-nos com as crises existentes, começar a trilhar o caminho para as resolver”.» VENCER OS MEDOS João Paulo COTRIM, argumento; João FAZENDA, desenho [et al] Género: Novas tendências Editora: Assírio & Alvim; 2008 Número de páginas: 80 p. a Quatro Cores Comentário: Livro de bd escrito por João Paulo Cotrim e desenhado por João Fazenda, Susa Monteiro, Maria João Worm, Pedro Burgos, Tiago Albuquerque, Miguel Rocha, Rui Lacas e Alex Gozblau. Sinopse do livro: «Maria é a protagonista. Ela, uma bicicleta e a música. Esta personagem atravessa as ruas e o mundo, para descobrir os grandes problemas com que nos deparamos actualmente: desigualdades, epidemias, doenças contagiosas, fome, guerra... Mas Maria também descobre que é possível ultrapassar as crises; antes de mais, é preciso fazer uma lista dos medos e vencê-los. "Vencer os Medos" procura dar-nos conta dos oito Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, que a Organização das Nações Unidas traçou, e que espera ver cumpridos até 2015: Erradicar a pobreza extrema e a fome; Alcançar o ensino primário universal; Promover a igualdade entre os géneros; Reduzir a mortalidade infantil; Melhorar a saúde materna; Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças; Garantir a 3º CICLO (12 – 15 anos) AQUELES QUE TE AMAM Étienne DAVODEAU AKIRA Katsuhiro OTOMO Género: Ficção Científica Editora: Meribérica-Liber Número de Volumes: 19 volumes (série de continuação) a Quatro Cores Comentário: Obra fundamental da banda desenhada japonesa, também conhecida por “mangá”, que criou um verdadeiro culto em todo o mundo. Akira desenrola-se num cenário de destruição pós apocalíptico em Neo Tóquio no ano de 2030, após a III Guerra Mundial. em que gangs violentos compostos por adolescentes enfrentam a polícia, os quais tentam por sua vez manter em segredo diversas experiências governamentais com crianças possuidoras de poderes divinos ou sobrenaturais. Género: Romance gráfico / ficção Editora: MaisBD, 2002 Número de Páginas: 48 p. a Quatro Cores Comentário: (…) começa nos últimos momentos da grande final europeia em que se enfrentam franceses e italianos. O empate, a manter-se, assegura a vitória dos primeiros. Jogam-se os últimos segundos da partida e Renaud Landy, o guarda-redes dos franceses, prepara-se para bater o último pontapé de baliza. Faz um compasso de espera, dá alguns passos para a bola, pára e, de repente, golpe de teatro! Chuta para a própria baliza, dando a vitória à equipa italiana. Neste álbum Davodeau faz um retrato distorcido – embora não tanto como parece - de uma realidade a que todos assistimos no nosso dia a dia, por onde perpassam nomes como Figo, Zidane ou Ronaldo, que todos identificámos imediatamente como talentosos futebolistas. Mas o que são eles? Ídolos ou meras mercadorias, das quais cada um – fans, famílias, dirigentes desportivos, políticos, imprensa, eles próprios – tenta tirar o máximo proveito possível, esquecendo que, antes de tudo, são seres humanos. "Um dia é uma coisa, no dia a seguir é outra, é normal, não?..." PIDE. Um som, um acrónimo, uma palavra que ainda hoje, para muitos portugueses, provoca um grande arrepio na espinha: Polícia Internacional e de Defesa do Estado. O braço armado do regime: os polícias que controlam, que nos batem à porta de madrugada, que nos arrastam para uma cela por causa dos livros que alguém nos viu ler, por causa das palavras que alguém nos ouviu pronunciar. E os lugares, com quem ninguém se preocupa, registam os acontecimentos de que são testemunhas resistindo à tentação do sono elefante, que é o do esquecimento.» [in posfácio de Roberto Francavilla] As paredes têm ouvidos : Sonno Elefante Giorgio FRATINI Género: História Editora: Campo das Letras; 2008 Número de páginas: 112 p. a Preto e Branco Comentário: Primeira obra do italiano Giorgio Fratini, que esteve em Portugal pela primeira vez em 2000 para estudar Arquitectura ao abrigo do programa Erasmus, foi editado originalmente pela Beccogiallo, casa editorial italiana conhecida por publicar livros sobre a "realidade" ou "bd'sreportagem". "As paredes têm ouvidos" não escapa a esses temas: «As cidades também são isto: deixar cair as ruínas e erguer arquitecturas promíscuas sobre os restos da memória. Em Lisboa, na Rua António Maria Cardoso, entre os teatros, os cafés dos intelectuais e os esboços do Tejo, aquelas ruas de postal que se dobram repentinamente deslizando para baixo como pinceladas num quadro. Um antigo e pequeno edifício nobiliário que amanhã vai ser um condomínio de luxo dotado de parques de estacionamento e lojas. Mas até ontem, até 1974, as suas salas acolhiam a sede da PIDE. O DÉCALOGO GIROUD, argumento; Joseph BÉHÉ [et al.], desenho Género: História Editora: Asa Número de Volumes: 10 volumes a Quatro Cores Comentário: Um tomo tão sedutor quanto misterioso – Nahik – suposto guardião das últimas vontades do profeta Maomé e capaz só por si de pôr em causa as crenças e os destinos de todos quantos se arrisquem na sua leitura, revolucionando de passagem os fundamentos da nossa civilização, é o ponto de partida para "O Decálogo", série histórica, mística e policial orquestrada, desde Janeiro de 2001, por Frank Giroud - co-autor de Luís Má Sorte – de conluio com 10 ilustradores, entre os quais Béhé, J.-F. Charles, Faure, Franz ou TBC. O ciclo é composto por 10 álbuns, de leitura autónoma mas perfazendo um todo coerente. Cada um dos livros, sempre assinado por um desenhador diferente, propõe-se narrar, em abordagens cenográficas e temporais distintas, a demanda mística e arriscada da mesma obra imaginária – Nahik – testemunho que assegura a transição entre episódios e fulgurante pretexto para Giroud dar conta, com todo um mundo de aventuras por pano de fundo, de todas as paixões que movem o homem desde a noite dos tempos bem como das angústias que o tolhem face ao Além e às suas relações com o Divino. Os dez opus independentes – tantos quantos os mandamentos a que se reportam – têm por traço comum, para além da proficiência narrativa e da retórica de thriller e suspense que lhes está subjacente, o apelo singular da ilustração e, no cerne do argumento, um paradoxo irresolúvel: se Nahik comporta os mandamentos essenciais, fundamentos da paz, do amor e da humanidade, porque semeia em seu redor a destruição? É afinal Nahik um manuscrito sagrado ou um escrito maldito? Um tesouro bibliográfico, um instrumento político ou, sendo tudo isto em simultâneo, uma mera ponte entre dois seres com o devir do mundo por décor? FAGIN, O JUDEU Will EISNER Género: Adaptações Literárias Editora: Gradiva; 2007 Número de Volumes: 128p. a Preto e Branco Comentário: Uma das últimas obras do mestre Will Eisner (1917-2005) que «traduz a mesma preocupação de combate e denúncia do anti-semitismo, que será ainda mais evidente em “A Conspiração”, o seu último trabalho (...) e, embora o resultado aqui seja bastante superior ao conseguido com “A Conspiração” (o que nem era difícil…), ainda não é em “Fagin, o Judeu” que encontramos o melhor Eisner. De Woody Allen, a Kafka, passando por Art Spiegelman, são inúmeros os exemplos de criadores que incorporam a sua condição de judeus como tema central das suas obras, tal como Eisner o faz neste “Fagin, o Judeu”, em que procura destruir o estereótipo do judeu cruel e avarento construída por Dickens, apresentado antes Moses Fagin como alguém cuja personalidade foi moldada pelas circunstâncias de uma vida difícil. Um homem bem mais vitima do que vilão. E se a ideia é engenhosa e está bem contada, por um criador que mostra estar ainda no pleno domínio das suas capacidades estéticas e narrativas, a verdade é que a defesa que Eisner faz de Faggin acaba por parecer algo forçada. Tal como o Fagin bonacheirão com aspecto de Pai Natal desenhado por Eisner, parece tão estereotipado como as versões das gravuras da época que acompanhavam as primeiras edições de “Oliver Twist”. Ou seja, na sua cruzada para contrariar os estereótipos negativos geralmente associados ao povo judeu, Eisner acaba por deixar que essa preocupação em passar uma mensagem condicione as histórias que conta. HISTÓRIA DE LISBOA Filipe ABRANCHES, desenho; A. H. de Oliveira MARQUES, argumento Género: História Editora: Assírio & Alvim ; Câmara Municipal de Lisboa Número de Volumes: 2 volumes (independentes) a Duas Cores Comentário: Obra excepcional que relata pequenos pormenores com grande significado da História de Lisboa (e de Portugal) desde os primórdios romanos até ao 25 de Abril em que o traço magistral, a arte de Filipe Abranches cruza-se com o rigor científico do Professor Oliveira Marques. ISAAC, O PIRATA Christophe BLAIN Género: História Editora: Polvo Número de Volumes: 3 volumes (série de continuação) a Quatro Cores Comentário: «A qualidade da série advém de uma constatação muito simples, que o seu autor faz logo ao início. A de que é possível contar uma história de aventuras que contenha reflexões a outro nível, sem trair a sua natureza enquanto entretenimento. Ou, por outro lado, que não é por se querer desbravar os conflitos morais e as angústias de personagens complexas que se deve negligenciar a história que as rodeia. É nesse reinventar da clássica narrativa de piratas que “Isaac” retira os seus trunfos. O protagonista, um pintor com uma sede de aventura nunca concretizada, embarca num navio pirata, para viver aquilo que apenas desenhou». © 2003 João Ramalho Santos MARVEL 1602 Neil GAIMAN, argumento; Andy KUBERT, desenho Género: Super Heróis Editora: Devir Número de Volumes: 2 volumes (série de continuação) a Quatro Cores Comentário: “Marvel 1602” na sua base está uma ideia simples: (…) como seria se o Universo Marvel e heróis como os X-Men, Homem-Aranha, Demolidor ou Capitão América, se fossem contemporâneos da Rainha Elizabeth, em 1602, em vez de viverem nos Estados Unidos, em 1961? (…) o escritor britânico, numa bem conseguida viagem no tempo, constrói uma história coerente e cativante, com a ficção de super-heróis bem articulada com a realidade histórica (…) Em 1602, Nick Fury é o chefe dos serviços secretos da coroa inglesa, Steve Stange o médico da corte e a inquisição persegue os “novos bruxos”, cuja aparição faz recear a proximidade do dia do juízo final, mostrando também como ao longo dos tempos, o novo ou o diferente sempre foi temido e combatido, sempre com base em preconceitos raciais, religiosos ou culturais. © 2005 Pedro Cleto SENDA Jean-David MORVAN, argumento; Philippe BUCHET, argumento NOVOS X-MEN Grant MORRISON, argumento; Igor KORDEY et al., desenho Género: Ficção Científica Editora: Vitamina BD Número de Páginas: 3 volumes (independentes) a Quatro cores Género: Super Heróis Editora: Devir Número de Volumes: 8 volumes (série de continuação) a Quatro Cores Comentário Conta uma história simples em torno de uma tentativa falhada para colonizar um planeta. O objectivo é apresentar a jovem protagonista, bem como a enorme caravana de naves espaciais que percorre o cosmos em busca de mundos habitáveis e aventuras, um misto de “Star Trek”, “Gallactica” e “Babylon 5”, a orgânica da série permite-lhe variar o ponto de partida de álbum para álbum, bastando para isso apresentar mais uma (das inúmeras) espécies que compõem a caravana. © 2003 João Ramalho Santos Comentário: Num mundo em mudança, os mutantes são considerados aberrações, monstruosidades genéticas. São insultados e temidos, responsabilizados por todos os males da sociedade, e acusados de todas as perversões. Mas a cada dia, emergem mais mutantes, nas cidades, nos desertos, nos campos, nas selvas e vão precisar de professores, de guias que os ajudem a vencer a raiva e a utilizar os seus estranhos poderes. Vão precisar dos X-Men! Série bastante popular no público jovem, os Novos X-Men são a última reformulação – a série já tem 40 anos! realizada pelo conceituado argumentista Grant Morrison. E.S. (15 – 18 anos) [15 títulos] A MINHA VIDA É UM ESGOTO Ana CORTESÃO, desenho e argumento Género: Novas Tendências Editora: Baleiazul, Bedeteca de Lisboa; 1999 Número de Páginas: 56 p. a Preto e Branco Comentário Obra indispensável da BD underground portuguesa, por uma autora (num universo dominado pelo sexo masculino) que nos relata aqui através de histórias curtas e sarcásticas a sua perspectiva da vida no feminino, com exemplos de mulheres que buscam a felicidade nas compras, os flirts e as aeróbicas no meio de uma vida cheia de trabalhos e de desgraças. A PIOR BANDA DO MUNDO José Carlos FERNANDES, desenho e argumento Género: Humor Editora: Devir Número de Volumes: 6 volumes (independentes) a Duas Cores Comentário «Quatro instrumentistas que, à imagem dos outros habitantes desta Cidade sem tempo nem geografia, possuem enigmas no nome e ironias nas profissões: Sebastian Zorn é serrilhador de selos e líder da banda a partir do seu saxofone, Igancio Kagel é fiscal municipal de isqueiros e contrabaixista, Idálio Alzheimer é verificador meteorológico e pianista. A bateria está entregue a Anatole Kopiek, criptógrafo de segunda classe. Todos os dias à mesma hora, encontramse para desafinar. É a metáfora daquela Cidade que nos chega aos pedaços curtos de duas pranchas. O fundo e o tom são ambos sépia, algumas das figuras reconhecíveis (da literatura, da música), morando o conjunto algures entre o melancólico e o irónico». © 2003 João Paulo Cotrim BATMAN: ANO UM Frank MILLER, argumento; David MAZZUCCHELLI, desenho CIDADE DE VIDRO Paul KARASIK, argumento; David MAZZUCCHELLI, desenho; Paul AUSTER, autor da obra adaptada Género: Super-Heróis Editora: Devir; 2005 Número de páginas: 138p. a Preto e Branco Género: Adaptações Literárias Editora: Asa; 2006 Número de Volumes: 138p. a Preto e Branco Comentário: Frank Miller escreveu o argumento para este livro, uma das mais fabulosas histórias do Cavaleiro das Trevas jamais contadas. Nela, Miller, acompanhado pelo traço depurado de David Mazucchelli, volta a contar as origens de Batman e introduz também de maneira brilhante a personagem de James Gordon, num ambiente claustrofóbico e negro de uma Gotham City que nunca foi tão bem retratada. Essencial para fãs de Batman, e também para aqueles querem a oportunidade de conhecer a sua origem após as drásticas reformulações de 1986 levadas a cabo pela sua editora, DC Comics. A edição de 2005 inclui uma série de esboços do autor e uma bd inédita (autobiográfica) de Mazzuchelli sobre a sua relação com o ícone Batman. Comentário: Quinn é escritor. Escreve sobre mistério e policial. Sobre o autor o Washington Post descreve-o como um tipo inovador que criou um estilo de "detective privado pós-existencialista". Entretanto, uma voz desconhecida começa a telefonar-lhe com insistência pedindo-lhe ajuda, o que acaba por conduzi-lo a um mundo de tal forma estranho e misterioso que ultrapassa a sua própria ficção. Pelas mãos de David Mazucchelli (Batman, Rubber Blanket), Paul Karasik (Raw), Bob Callahan (Who shot JFK?) e Art Spiegleman (Maus), a kafkiana obra de Paul Auster nomeada pelo prémio Edgar Award é transformada de uma forma impressionante numa nova forma de linguagem visual. CORTO MALTESE Hugo PRATT DÉOGRATIAS STASSEN, desenho e argumento Género: Aventura Editora: Meribérica/Liber Número de Volumes: 9 volumes (independentes) a Quatro Cores Género: Romance Gráfico / Ficção Editora: Asa, 2004 Número de Páginas: 80 p. a Quatro Cores Comentário: Intimamente ligado à história da primeira metade do nosso século, este marinheiro prossegue uma demanda recheada de mistérios a decifrar, de encontros com personagens históricas e com mulheres diabolicamente belas. Mais do que qualquer outro personagem de BD Corto Maltese encarna o herói moderno. O marinheiro do século... "para o bem e para o mal". Comentário Um grande autor de BD francófona contemporânea relata-nos através deste romance gráfico a vida no Ruanda. As guerras tribais alimentadas, de certa forma, pelos antigos colonizadores. A violência das perseguições à minoria étnica Tutsi e os consequentes massacres. O genocídio. Tudo aqui nos é narrado através de um rapaz, Déogratias, que deambula pelas ruas, sendo constantemente assaltado pelos pesadelos daquilo a que testemunhou. KAFKA : PARA PRINCIPIANTES Robert CRUMB; desenho ; David Z. MAIROWITZ argumento Género: Adaptações Literárias Editora: Dom Quixote, 2000 Número de Páginas: 176 p. a Preto e Branco Comentário: Um texto brilhante de David Marowitz sobre Kafka, que vai para além da biografia do autor checo, complementado com as ilustrações do maior artista de banda desenhada "underground" do mundo, Robert Crumb, ajudam-nos a ver para lá da ideia feita «kafkiana» e a perscrutar através da parede de vidro a criatura única que lá existe. LOVERBOY João FAZENDA, desenho; MARTE, criação e argumento Género: Romance gráfico / ficção Editora: Polvo Número de Volumes: 3 volumes (independentes) a Preto e Branco Comentário: Loverboy é um bonitinho pós adolescente que usa o seu charme e beleza enquanto cínica estratégia de autodefesa no cenário cruel do seu mundo: a escola. Só pensa em miúdas e música até que surgem a universidade e o amor. Loverboy tem carisma e não é o único, um truculento Leonardo e um satânico light astarot ajudam-nos a participar nos envolvimentos geracionais, primeiro nos do underground com laivos de subúrbio, em seguida, no calvário dos caloiros universitário e, por fim, num acampamento em férias. Marte, pseudónimo do argumentista, desenhador e animador do movimento dos fanzines, Marcos Farrajota (Lisboa, 1973), e o ilustrador João Fazenda (Lisboa, 1979) contam-nos histórias de bandas de garagem, de tiques tribais, de t-shirts, e de comportamentos. Uma porta para a entrada na vida aos 18 anos. MUNDO FANTASMA Daniel CLOWES, desenho e argumento Género: Romance gráfico / ficção Editora: Mundo Fantasma, 2001 Número de Páginas: 80 p. a Duas Cores Comentário Enid e Rebecca são duas amigas que vivem no continente desconhecido que é a adolescência. Deixaram já um mundo feito de canções infantis, bonecos estranhos, parques temáticos sobre a préhistória e amizades para toda a vida, mas ainda não entraram noutro feito de profissões, gostos e sexualidades tão bem definidos como uma linha recta. Enid e Rebecca vivem num Mundo Fantasma e nele sofrem as típicas experiências em carne viva de duas adolescentes oriundas daquele que é o mais adolescente dos países, a América. Soberbamente desenhada por Daniel Gillespie Clowes (Chicago, 1961), um dos mais significativos autores norte-americanos da nova geração, esta obra-prima em oito pequenos contos passou entretanto ao grande ecrã com realização de Terry Zwigoff. MAUS : A HISTÓRIA DE UM SOBREVIVENTE Art SPIEGELMAN, desenho e argumento Género: Romance gráfico / biografia Editora: Difel Número de Volumes: 2 volumes (obra em dois volumes) a Preto e Branco Comentário: Obra baseada na biografia do pai do autor, judeu que sobreviveu ao inferno dos campos de concentração nazis. Tem como contexto o genocídio dos Judeus levado a cabo pelos nazis, durante a 2.ª Guerra Mundial. Art Spiegelman, um dos principais nomes da BD underground norte americana e, durante anos editor de capas da New Yorker, escolheu a BD para contar a tragédia vivida pelos seus pais e aproveita o cariz biográfico da obra para abordar também alguns aspectos do seu relacionamento com os pais. Trata-se de uma das mais importantes obras da história da BD de sempre. Persèpolis PALESTINA Joe SACCO Marjane SATRAPI Género: Romance gráfico / biografia Editora: Devir ; Mais BD Número de Volumes: 2 volumes (obra em dois volumes) a Preto e Branco Género: Romance / biografia Editora: Polvo Número de Volumes: 1 volume (obra em quatro) a Preto e Branco Comentário Reportagem autobiográfica de Joe Sacco, que viveu um ano na Palestina para a realizar. «Sacco fala do quotidiano da Palestina, "uma nação ocupada", das manifestações, das represálias, das represálias às represálias..., das prisões injustificadas, da tortura, da opressão, das árvores cortadas, das casas demolidas. Um relato pungente, por vezes, chocante; outras, um retrato forte do que o ódio pode fazer ao ser humano. E do que o ser humano pode fazer, devido ao ódio». "Palestina" foi o primeiro livro de banda desenhada a ser distinguido com o American Book Award (1996). Um relato sensível e doce, mas ao mesmo tempo devastador, sobre a história recente do Irão através dos olhos de uma menina que relata alguns acontecimentos que considera como grandes injustiças do fundamentalismo islâmico, por aquela que é reputada como a primeira autora de banda desenhada iraniana. Salazar : Agora, na hora da sua morte João Paulo COTRIM, argumento ; Miguel ROCHA, desenho Género: Romance / biografia Editora: Parceria A.M. Pereira; 2006 Número de Volumes: 210p. a Três cores Conhecedor das malformações do antigo Portugal rural, Miguel Rocha ensaia, em simbiose perfeita com João Paulo Cotrim, uma aproximação aos mistérios psicológicos de Salazar. Sobre ele, já se haviam debruçado a literatura, o cinema ou os cartoons despidos de vida de Abel Manta, dos quais a obra “Salazar, agora na hora da sua morte” parece herdar o rigor frio e marmóreo. O figurino utilizado, as soluções gráfico-estilísticas que fazem uso dos mais diversos suportes (cartas, recortes, pintura, caligrafias, cenários sobrepostos à maneira dos adereços teatrais, subversões dos manuais da instrução primária da época) permitem a ambos os autores, aqui em simbiose perfeita, uma aproximação aos mistérios psicológicos de Salazar: possíveis estados de alma, a imanência mística que parecia sentir, própria de quem na sua juventude havia tentado resistir ao chamamento “desse demónio de Lisboa”. Que Miguel Rocha conhecia como ninguém as malformações do antigo Portugal rural, isso era sabido. “Borda d’Água” (Bedeteca de Lisboa, 1999) e “As Pompinhas do Sr. Leitão” (BaleiAzul, do mesmo ano) tinham sido exemplo de obras vinculadas à terra e herdando motivos retirados ao neorealismo português. Por entre pinceladas quase esfumadas a cores fortes, ambos os trabalhos tinham qualquer coisa de chuvoso, triste. Mas nunca como aqui tinha ido tão longe. A ajudá-lo esteve João Paulo Cotrim que em “Salazar, agora na hora da sua Morte” tem o seu momento mais conseguido enquanto argumentista. (...) os autores partem da realidade para chegar à ficção, trabalhando a partir daquilo que se conhece: o seu ascetismo imbuído de cristianismo monástico, o estadista, lê-se num recorte do jornal “O Século”, “discreto e sereno que reside num prédio silencioso”, inserido numa das páginas, tudo detalhes fúnebres de um destino que Cotrim e Miguel Rocha traçam numa lógica cruel de estranhos presságios. (...) Mais do que uma aproximação ao território da História, “Salazar” inscrevese a partir de modelos visuais identificáveis. Não mostra aquilo que queremos ver mas a forma como ambos o vêem, aquilo que ele virá a ser. Em novo, o retrato é de o Salazar enquanto jovem velho. Depois, entre Deus e a tentação de uma carreira eclesiástica, sucede-se a retórica de dedicação à Pátria. A partir daí, e mais do que nunca, as frases e imagens vão-se sucedendo como responsórios e missais sofridos. Tudo se inscreve em círculos, com um preto-ebranco literalmente a entrar tanto no quotidiano mais mundano, com os mais directos colaboradores e condiscípulos como em espaços íntimos, que submerge o livro como um autêntico lençol mortuário. (...) © 2006 Nuno Franco SANDMAN Neil GAIMAN, argumento; Sam KIETH, desenho [et al] Género: Fantástico Editora: Devir Número de Volumes: 3 volumes (obra de continuação) a Quatro Cores Comentário Tendo por base uma reinvenção das mitologias clássicas, Neil Gaiman conta histórias de personagens frágeis histórias essas em que Morpheus (o deus grego dos sonhos) é o personagem central. Capturado em 1916 por um grupo ocultista e feito prisioneiro durante mais de 70 anos, ele escapa em 1988. As consequências da sua prisão irão ser determinantes para o curso da história em que o ambiente é gótico e o tom é poético. SILÊNCIO Didier COMÉS, desenho e argumento Género: Romance Gráfico / Ficção Editora: Asa Número de Volumes: 2 volumes (obra em dois volumes) a Quatro Cores Comentário Silêncio, um jovem mergulhado em si próprio por uma inexplicável mudez, desliza inocentemente através da perversidade característica de certas aldeias obscurantistas. Protegido pelas forças do bem, logrará libertar-se e encontrar os que o amam. Aqueles que tanto mal fizeram durante anos devem pagá-lo agora. O seu destino está traçado: nem o medo nem a violência, nem a traição poderão a partir de agora separar Silêncio da Feiticeira. Nem mesmo a morte.