Peregrino

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IMPRESSO
Informação, Cultura e Livre Expressão
DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA
PREÇO NAS BANCAS R$1,00
www.jperegrino.com.br
Ribeirão
Preto
SP- Ano
- Ano
- Nº
7 - Novembro/2005
Ribeirão
Preto -- SP
IV -VI
Nº 41
- Setembro/2003
- R$ 1,00
“O tempo é precioso, mas a verdade é mais preciosa do que o tempo.” - Benjamin Disraeli
As plantas têm
emoções?
Antes de tentarmos lidar com
esta questão poderia ser uma
boa idéia livrar-se de alguma
bagagem política indesejada
que pode interferir na resposta. Questionar se as plantas
têm ou não sentimento acaba
por levar-nos a perguntar se
sentem ou não dor. Isto por
sua vez desemboca em território político e ...
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APRESENTAÇÕES
ORAIS
Na edição anterior, vimos
que as apresentações são excelentes oportunidades de
sucesso. Mas, muitas vezes,
essas oportunidades são
desperdiçadas por desconhecimento de uma técnica de
apresentação.
E isso independe da
qualidade do conteúdo da
apresentação. O tema pode ser
muito ...
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BANDEIRAS HISTÓRICAS
DO BRASIL
O estudo do simbolismo das bandeiras é determinante
para identificar os elementos de caráter ...
Páginas 6 e 7
Interação Pais e Filhos
Esta é uma forma irresistível de motivar seu filho a usar sua habilidade
de escrever. Mensagens secretas aos amigos, notas de agradecimento
aos parentes, tudo isso fluirá de sua ...
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Informação, Cultura e Livre Expressão
Editorial
Referendo diz o dicionário: é o direito que os cidadãos têm de se
pronunciarem diretamente a respeito das questões de interesse geral.
Pensamos que para se manifestar a respeito de questões de interesse
geral devem elas ser formuladas de maneira clara. Não foi o que aconteceu
durante a divulgação do referendo - “O comércio de armas de fogo e munição
deve ser proibido no Brasil?”. No domingo, dia 23 de outubro finalmente
votamos. O resultado de acordo com o TSE foi de 36,6% para o SIM, 63,94%
para o NÃO, 1,39% BRANCOS e 1,68% NULOS. Interessante é notar que a
opção pelo NÃO, não se verificou somente em estados onde se pensa que
a violência impera (Acre – SIM 36,06% e NÃO 83,76%), mas, também em
estados do Sul (Santa Catarina – SIM 23,36% e NÃO 76,67%). O que
aconteceu? Sabemos que armas de fogo são péssimas em qualquer situação
e que em sã consciência ninguém há de optar por elas.
A população optou, portanto, pela manutenção do comércio de armas
de fogo e munição, não só porque a violência em alguns estados é maior,
não só porque em alguns locais é o bandido quem dita as regras e, sim
porque a palavra justiça tornou-se sinônimo de conveniência do mais forte.
O cidadão brasileiro talvez não tenha pensado nas armas propriamente
ditas, mas, sim no que está sendo divulgado pela mídia, na sensação de
impotência diante da crise política, no sentimento de ter sido enganado e
abandonado em um País onde há dificuldade em se cumprir leis. Talvez a
manutenção das armas simbolize a segurança desses cidadãos. Talvez ao
pensar: “Devo me proteger dos bandidos porque ninguém vai me proteger”,
ele esteja estendendo isto a todo tipo de bandido, inclusive aos de “colarinho
branco”.
Na verdade fosse qual fosse o resultado final do referendo, não sabemos
se o País sairia vitorioso. Quem sabe se nos preocupássemos com as
necessidades básicas de todos os cidadãos e de fato agíssemos? Talvez a
coisa caminhasse normalmente. Talvez a coisa pública fosse respeitada.
Talvez descasos como o da “aplicação” do dinheiro arrecadado do CPMF
na área da saúde não se repetissem. Talvez plebiscitos fizessem sentido, se
houvesse questões tais como: Políticos devem ter imunidade, ou, devem
ser tratados como qualquer cidadão comum, por exemplo, como aquele que
recebe o salário mínimo? Políticos que lesam a Nação devem ressarcir os
cofres públicos, revertendo as verbas para educação, saúde e saneamento
básico?
Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz
[email protected]
JPeregrino
(16) 3621 9225 /
Comunicação Visual Ltda.
9992 3408
e-mail: [email protected]
CAPA
Reprodução de Pintura Original
Colheita – Chris Opperman
www.apbp.com.br
Original pintado com a boca.
JPeregrino Comunicação Visual Ltda.
Peregrino - 1ª edição - Maio / 2000
Direção
José Roberto Ruiz - MTb 36.952
Redatora
Mariza Helena R. Facci Ruiz
[email protected]
WebDesign
Francisco Guilherme R. Ruiz
Impressão
Gráfica Spaço
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2005
A OITAVA TROMBETA
Falar em oitava trombeta pode parecer estranho
mas decidi por utilizá-lo como título, tendo em vista
que se usasse sétima trombeta, final dos tempos ou
apocalipse, não chamaria a atenção de ninguém.
Minha preocupação em chamar a atenção é devido
à premente necessidade de estarmos atentos aos sinais
dos tempos.
A TV Record anuncia uma série intitulada “Fim
dos tempos” que tratará das ameaças à existência do homem na Terra.
A revista SUPER INTERESSANTE de outubro de 2005, traz como
matéria de capa “O fim do mundo começou”, e trata das enchentes,
epidemias, furacões e afirma que, para os cientistas — e não mais só
para os religiosos — o apocalipse já começou, tendo em vista que o
planeta entrou em colapso e que existe uma conspiração para esconder
isso de nós .
E foi nesse clima apocalíptico que acabei de ler “A sétima trombeta
do apocalipse: a volta de Jesus”, de Jan Val Ellam: um livro que prevê,
diante de tudo que tem acontecido, que está chegado o momento em
que a Terra se religará à convivência cósmica, com as demais moradas
siderais, em especial os Nefilim.
O autor vê em Apocalipse 18, 1-8, a descrição de João do que
recentemente ocorreu na cidade de Nova York, quando da queda das
torres do World Trade Center, inclusive o registro do lamento e da
solidariedade dos demais líderes mundiais diante da referida queda
repentina das torres em Apocalipse 18, 9–10, registrando que o apóstolo
transforma a queda em importante marco profético que aponta para o
fato de a nave do Senhor, na qual ele se deslocará para a Terra, nessa
altura dos fatos, já se encontrar “pronta”, como pode ser observado
nos versículos que se seguem ao capítulo 19: João, o apóstoloevangelista, na sua visão profética, estranhamente pareceu não ter
dado importância a outros grandes eventos que estavam ocorrendo
após a queda das torres e das guerras no Afeganistão e no Iraque,
pois, para João, esses seriam os últimos fatos a ocorrerem imediatamente
antes do toque da sétima trombeta que implica a chegada de Jesus e de
sua comitiva celestial.
Jan Val Ellam busca apoio nas palavras de João Paulo II — dos
quatro últimos Papas, o único que enfatizou a volta do Cristo e cuja
morte o autor encontra em Apocalipse 11, 1–3 — para reforçar sua
crença na volta de Jesus: Na bula Incarnationis Mysterium, de 29 de
novembro de 1998, João Paulo deixou registrado: “É preciso permanecer
à escuta d’Ele para reconhecer os sinais dos nossos tempos e fazer que
a expectativa do regresso do Senhor glorioso se torne cada vez mais
ardente no coração dos fiéis”. Na última audiência pública de João
Paulo II — a 46ª. — no dia 12 de dezembro de 2004, alguns poucos dias
antes da celebração do Natal, ele falou para cerca de 7 mil fiéis na
cidade do Vaticano: “Espero que este Natal seja a ocasião para recuperar
a coragem e que os desamparados esqueçam seus temores e confiem
na chegada de Cristo”. Ressaltou ainda o profeta Isaías para recordar:
“A espera dos fiéis será premiada”. No seu testamento aberto após a
sua morte, ele novamente se referiu, logo na primeira frase, a um dos
versículos do evangelho de Mateus 24:42, que diz respeito à vinda
inesperada do Cristo, que nos convida a despertar, já que não sabemos
o dia e a hora de sua chegada.
Enfim, para aqueles que como eu, já leram e gostaram de “O 12º.
Planeta”, de Zecharia Sitchin, “A rebelião de Lúcifer” e “Existió outra
humanidad”, de J. J. Benitez, o livro de Jan Val Ellan é um bom motivo
para nos levar a olhar com outros olhos a série da TV Record, a Super
interessante de outubro, e, principalmente, interpretar os sinais dos
novos tempos.
Colaboração: Antônio Carlos Tórtoro
Presidente da ARL – Academia Ribeirãopretana de Letras
Assinatura do Peregrino
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As idéias emitidas em artigos, matérias ou anúncios publicitários, são de responsabilidade de seus autores e, não são expressão oficial do informativo, salvo indicação explícita neste sentido.
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As plantas têm emoções?
A
ntes de tentarmos lidar com esta
questão poderia ser uma boa idéia
livrar-se de alguma bagagem política
indesejada que pode interferir na
resposta. Questionar se as plantas
têm ou não sentimento acaba por levar-nos a
perguntar se sentem ou não dor. Isto por sua vez
desemboca em território político e acaba por recair
no eterno debate sobre os direitos dos animais.
O capital investido na indústria da carne tem se
apegado na evidência de que plantas têm
sentimentos, e reclamado de que isto mostra
discrepância básica dos vegetarianos e os que
conclamam os direitos dos animais. O argumento
usado é o seguinte: você diz que é errado causar
sofrimento para os animais criando e/ou
comendo-os; contudo você está feliz criando e
comendo plantas; esta pesquisa mostra que
plantas também sentem dor; logo vocês são
incoerentes.
Existem duas respostas simples para este
argumento.
A primeira baseia-se no fato de que todo
mundo tem que comer, e isto significa não
somente seres humanos mas os animais, também.
Todo animal antes de chegar ao supermercado
para consumo, alimentou-se com sementes, grãos,
grama e assim por diante. Isto significa que a real
escolha não é entre matar plantas ou animais,
mas entre apenas matar plantas, ou matar animais
mais uma grande quantidade de plantas. Os
vegetarianos podem então argumentar que mesmo
que estejam causando algum sofrimento estão
causando menos do que os consumidores de
carne.
A segunda resposta para o argumento da
indústria da carne é dizer que ao contrário dos
animais, muitas partes do reino vegetal conta em
serem comidas como parte de realizar sua função.
A razão pela qual as plantas produzem fruta
suculenta e noz comestível é que elas querem
que os animais as comam.
Nos anos de 1960, Cleve Backster um
especialista americano no uso de aparelho
detector de mentiras, descobriu que plantas
pareciam “desmaiar” quando se sentiam
ameaçadas. Uma pessoa a ponto de comer uma
planta poderia induzi-la a uma quieta aceitação
deste estado. Backster imaginou se algumas
plantas de fato poderiam entrar neste estado de
boa vontade, e ficarem contentes em servir de
alimento para um animal tornando-se parte de uma
diferente forma de existência.
Os dois argumentos apresentados – a redução
no sofrimento total, e a boa vontade das plantas
– poderiam ser suficientemente poderosos por si
mesmos. Alguns defensores dos direitos dos
animais dispensaram uma conversa sobre a
emoção das plantas. Sem dúvida eles acreditam
que podem mostrar que as plantas não sentem
nada e também recusam o argumento da indústria
da carne. Outros, profissionais céticos também
acham difícil aceitar que existem emoções a serem
encontradas em qualquer lugar fora do reino
animal. Então como podemos falar de uma planta
“ser feliz” em ser comida? Que evidência existe
de que plantas realmente têm emoções?
De acordo com o best-seller “The Secret Life
of Plants” – de Peter Tompkins e Christopher Bird,
na realidade há muita evidência para esta crença.
Nos anos de 1970 o professor soviético V. N.
Pushkin publicou várias pesquisas sobre as
plantas e suas reações para com os estados
emotivos dos humanos. De acordo com ele há
base para pensar que a nível celular, as plantas
carregam as mesmas atividades básicas que em
nós evoluiu para pensamento humano. Outro
cientista soviético relatou que plantas torturadas
respondiam com medo à aproximação do
torturador e acalmavam-se à aproximação de quem
cuidava delas.
Outro estudo levado a cabo na Rússia
mostrou que as plantas podem ser condicionadas.
Uma planta que recebeu choque elétrico com uma
pedra perto dela eventualmente associou os dois
eventos de modo que quando somente a pedra
era colocada ao seu lado ela respondia como se
tivesse recebido um choque.
Muito deste trabalho tem provocado
incredulidade por parte de alguns cientistas e
pensadores.
Existem naturalmente grandes diferenças entre
o organismo das plantas e dos animais. Mas não
devemos nos permitir sermos cegados por essas
diferenças a ponto de nos tornarmos incapazes
de encontrar grandes similaridades.
Sob um nível genérico, existem poucas
preciosas diferenças entre nós e os chipanzés.
Na realidade todos os organismos vivos –
incluindo as plantas – compartilham dos mesmos
vinte amino ácidos, e do mesmo código genético
usado por todos para fazer uma variedade de
substâncias.
Nos últimos cem anos várias pessoas têm
sugerido que de fato é possível ter emoções sem
um sistema nervoso central reconhecido.
Parafraseando o cientista Jagadis Chandra
Bose, plantas respiram, comem e movimentam-se
sem a ajuda de pulmões, guelras, estômago ou
músculos – por que então elas não podem sentir
sem um cérebro ou nervos?
Em uma série de experiências, Bose mostrou
como plantas reagem a estímulos tais como toque,
música, veneno, calor e choques elétricos da
mesma maneira que animais. Cansam-se quando
são superestimuladas. Também mediu reações ao
álcool que chegaram perto da embriaguez.
O Dr. Bach era uma criatura extremamente
compassiva. Uma de suas características desde
criança era a de preocupar-se com o sofrimento
das pessoas, dos animais e da natureza. Porém,
acreditava que as plantas que comemos foram
providas pela natureza para suportarem outros
modos de existência, incluindo seres humanos. E
ao procurar plantas como medicamento, sabia que
não as encontraria entre as utilizadas para
alimento, que já preenchiam seu propósito. As
verdadeiras plantas de cura seriam aquelas cujo
propósito ainda estava por ser entendido.
Ele as encontrou com características próprias
ligadas aos estados emocionais: medo,
insegurança, desespero, raiva e vários outros.
Plantas que não servem para serem ingeridas para
suprir necessidades de alimento físico, mas que
servem como alimento espiritual já que modificam
nosso campo energético. O mais interessante é
que as essências retiradas das plantas são
utilizadas para curar as próprias plantas. Assim,
o trabalho de Edward Bach vai de encontro à
idéia de que tudo tem sua função no mundo em
que vivemos. Precisamos apenas agir com
equilíbrio e discernimento para que a natureza
nos premie com tudo o que dela faz parte, cada
parte uma assinatura, impressa claramente para
que nossos olhos enxerguem.
Referência: The Bach Flower Gardener – Stefan
Ball – C. W. Daniel Company Limited – 1999.
Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz
Terapeuta Floral
Practitioner pela Dr. Edward Bach Foundation,
Escritora e membro da UBE
[email protected]
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A cura pela natureza
Surpresas da Maçã
Crânio-Sacral
Durante uma cirurgia para a
retirada de uma calcificação que
atingia a membrana da duramáter na coluna cervical de um
paciente, ainda na década de 70,
o então médico assistente Dr.
John E. Upledger foi encarregado de bloquear “um
movimento” da dura-máter que
não permitia a remoção fácil da
calcificação sem danificar a
medula. Upledger tentou de todas
as maneiras bloquear a duramáter mas não conseguiu. O
cirurgião realizou a cirurgia
tirando com sucesso a calcificação e o paciente se curou.
Esse movimento desconhecido levou Upledger a uma
pesquisa para conhecer e saber
de que tipo de fenômeno se
tratava, chegando a um estudo
realizado por William G.
Sutherland, que por volta de 1920,
descobrira o movimento da chamadas suturas cranianas, da
dura-máter e do sistema crâniosacral, mas que na época não
teve credibilidade. Foram
identificadas fibras elásticas e
colágenas, plexos nervosos e
vasculares no interior das suturas
cranianas, o que demonstra uma
certa elasticidade delas e
pressupõe movimento.
John E. Upledger, portanto,
continuou os estudos e as
descobertas de W.G. Sutherland
em conjunto com a Universidade
de Medicina Osteopática do
estado do Michigan, EUA.
A dura-máter é a camada
mais externa das três membranas, ou meninges, que
revestem todo o sistema nervoso,
desde o encéfalo até os nervos
que migram em direção a todos
os órgãos, músculos, articulações, pele, enfim, todo o
organismo. Essa grande teia
nervosa está coligada com as
fáscias, que são películas muito
finas, envolvem o corpo todo,
cada músculo, cada órgão,
separam grupos musculares,
isolam os órgãos entre si, os
nervos dos músculos e ossos,
enfim, impedem que ocorram
aderências entre os diversos
tecidos do corpo.
No interior da dura-máter
ocorre produção e reabsorção do
LCE (líquido cérebro-espinhal)
que gera um contínuo aumento e
diminuição da pressão interna do
sistema Crânio-Sacral. Este
aumento e diminuição de pressão
provocam uma expansão e
contração dos ossos do crânio.
Esse movimento dura a vida
toda de uma pessoa e provavelmente também existe nas
diversas espécies vertebradas.
Ele é totalmente diferente dos
outros movimentos fisiológicos do
corpo, como a respiração e a
atividade cardio-vascular, e pode
ser percebido facilmente apoiando as mãos em qualquer
parte do corpo. A freqüência do
ritmo normal está entre 6 a 12
ciclos por minuto e, em circunstâncias não patológicas, a
freqüência do ritmo é estável. O
movimento é dividido em duas
partes, a extensão e a flexão. Na
flexão, o crânio se alarga e o
corpo inteiro se dispõe em uma
rotação externa. Na extensão o
crânio diminui e o corpo se dispõe
em uma rotação interna.
A técnica Crânio-Sacral, portanto, baseia-se nessa atividade
rítmica própria da dura-máter e
nas ligações que ela mantém com
todas as fáscias do corpo.
É por este motivo que o corpo
todo se mexe com o ritmo
Crânio-Sacral e cada restrição no
corpo é transmitida através da
fáscia ao sistema Crânio-Sacral.
Em ausência de restrições no
corpo, a atividade rítmica do
sistema Crânio-Sacral é livre.
Através da avaliação do ritmo
Crânio-Sacral podemos detectar
se existem contrações no corpo,
sendo que elas interferem na
liberdade do movimento do
sistema Crânio-Sacral.
O fato da técnica trabalhar
diretamente no sistema nervoso,
permite um campo de aplicação
muito amplo e tem sido aplicada
com sucesso em casos de dores
articulares, dor de cabeça,
acidente vascular cerebral,
depressão, insônia, problema do
sistema imunológico, problemas
hormonais, TPM, problemas
emocionais, para os distúrbios
comuns em recém-nascidos,
como cólicas, refluxo, problema
de sucção, hiperatividade e
muitos outros.
Renato Gabarra Botter
Terapeuta Corporal
Tel.: (16) 3620 0637 / 3021
5023
[email protected]
Primeiro ela apareceu na Bíblia,
apimentando a vida de Adão e Eva.
Depois, envenenada, fez sua
aparição nas histórias infantis,
matando a Branca de Neve e
aterrorizando a criançada. E depois
de consagrada como a fruta a que
ninguém resiste, ela passou a
ocupar um importante lugar na
farmacopéia caseira. Conheça esta
faceta da mágica maçã.
Crua, ela é magnífica e apreciada
no mundo inteiro. Cozida, ralada,
assada ou sob a forma de suco, ela
também já conquistou seus adeptos.
É verdade que os nutricionistas em
geral desmentem a crença de que ela
seja um fruto rico em vitaminas e
proteínas. Seu valor nesse campo é
praticamente nulo. Mas a maçã tem
propriedades medicinais e ajuda a
combater, entre outras coisas, as
inflamações da bexiga. A receita é
simples: descasque uma maçã
madura, retire as sementes e corte-a
em fatias. Leve ao fogo em ½ litro de
água e deixe ferver. Depois de 20
minutos, filtre o líquido e adoce com
1 colher (sopa) de mel. Tome o chá 2
vezes ao dia. No caso de gripe ou
resfriado, experimente tomar água de
maçã. Descasque uma maçã, corte-a
em fatias finas e junte 10 g de folhas
de erva-cidreira, o suco de 1/2 limão
e um pedaço de casca de canela.
Misture tudo, adoce com 2 colheres
(sopa) de mel e junte 1/2 litro de água
fervente. Deixe descansar durante
10 minutos e passe por uma peneira.
De preferência, beba após as
refeições.
(*) Fonte: Flora - Essencial - Um
guia prático para a saúde e beleza.
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2005
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Papagaio-de-cara-roxa
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Conheça as plantas (*)
Begônia - Begonia rex “Merry Christmas”
Nome popular: Papagaio-de-cararoxa
Nome científico: Amazona brasiliensis
Hábitat: Florestas do litoral
Quanto mede: 36 centímetros
Onde vive: Litoral de São Paulo e
Paraná
O que come: Frutos, sementes
Filhotes: Até quatro ovos, sempre
postos no mesmo ninho.
Esse papagaio que tem a
garganta arroxeada e os lados da
cabeça azuis vivia no Estado de São
Paulo até o Rio Grande do Sul, mas
com a destruição das matas foi
ficando com a distribuição muito reduzida. Acredita-se que hoje a ave só
exista no Vale do Ribeira, em São Paulo, e em algumas ilhas perto de
Paranaguá.
O quase desaparecimento dessa ave é decorrência da perda dos ninhos,
pois o papagaio-de-cara-roxa usa sempre um buraco de uma mesma árvore
para criar os filhotes e quando a árvore é derrubada para que a mata seja
substituída por pasto para búfalos, como ocorreu no Vale do Ribeira, o
casal não procria mais.
Alguns raros criadores estão conseguindo reproduzir essa ave em
cativeiro, usando um subterfúgio para aumentar as ninhadas. O que o criador
faz é tirar os ovos postos pela fêmea e incubá-los artificialmente, o que
geralmente leva o casal a cruzar novamente e fazer nova postura. Com isso
se consegue seis ou mais filhotes de um casal por ano, mas à custa de muito
trabalho, porque os papagaiozinhos precisam então ser alimentados à mão,
recebendo várias vezes por dia a papa nutritiva especial, que é uma mistura
de farinha láctea, gema, vitaminas, sais minerais, milho verde cozido e
esmagado, tudo numa dosagem exata.
Fonte: 100 Animais Brasileiros publicados no Estadão de Luiz Roberto
de Souza Queiroz.
O Segredo das frutas (*)
Máscaras revitalizantes - Romã
Em um recipiente, coloque uma xícara (café)
de sementes da fruta, com o arilo. Amasse. Coe
em uma peneira média, de modo que as sementes
possam ser separadas do caldo. Misture, ao caldo,
uma colher (sopa) de mel. Aplique no rosto e no
pescoço limpos, evitando a região dos olhos.
Depois de meia hora, lave com água fria.
(*) Fonte: Flora - Essencial - Um guia prático para a saúde e beleza.
Plantada em vaso, esta espécie
de begônia revela toda a sua beleza.
As folhas formam um desenho
incrível com a combinação de verdepálido, verde-escuro e vermelhoescuro, e veios rosados sobressaem
da parte mais clara. Com as folhas
tão bonitas, ela nem precisa de suas
suaves flores brancas para enfeitar sua casa. Nos Estados Unidos, a “Merry
Christmas” é usada para decorar a ceia de Natal.
Luz: Média a alta intensidade, próxima a uma janela de face norte ou
leste.
Temperatura: 15 a 27ºC, tolerando até 7ºC.
Água: Conserve a terra do vaso sempre úmida.
Adubação: A cada 2 meses.
Propagação: Estacas de 7,5 a 10 cm com 2 ou 3 folhas ou estacas de
folhas.
Cuidados especiais: Replante a cada 2 anos. Mensalmente passe um
pano úmido nas folhas.
Problemas comuns: Aumente a umidade sempre que as folhas se
tornarem marrons.
O segredo das ervas (*)
Altéia - (Althaea officinalis)
Também conhecida pelo nome de
malvavisco, é uma planta medicinal clássica.
Originária da Europa, tem raiz adocicada e é
famosa por seu efeito antiinflamatório. A
loção, feita com folhas e raízes, é ótima contra
erupções na pele.
Partes utilizadas: Todas.
Ajuda a tratar de: Afecções das vias
respiratórias, diarréias, disenterias, erupções
na pele, inflamações (em especial da mucosa
interna da bexiga, da uretra e dos intestinos),
lavagens em casos de prisão de ventre.
Para anunciar ligue:
(16) 3621 9225 / 9992 3408
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BANDEIRAS HISTÓRICAS DO BRASIL
O estudo do simbolismo das bandeiras
é determinante para identificar os
elementos de caráter constitutivos e
determinantes de cada nação.
As bandeiras têm suas origens nas
insígnias, sinais distintivos de poder ou
de comando usados desde a antiguidade
e que poderiam ser figuras recortadas
de madeira ou metal, ou pintadas nos
escudos. A substituição dos signos
figurados de material rígido por tecidos
pintados em cores vivas foi feita pelos
romanos, com seu vexellium (estandarte), uma tendência que se acentuou
durante a Idade Média. A mais antiga
regulamentação do uso das bandeiras de
que se dispõe está incluída nas Sietes
Partidas do rei Alfonso X, o sábio
(1252-1284), especificando as diferenças entre o estandarte privativo de
um príncipe, os pendões, os hierárquicos
dos comandantes militares, as flâmulas
de cada regimento, etc. Com as modificações trazidas pelo tempo, esse
ainda é basicamente o procedimento
usado até hoje: em todos os países o
uso das bandeiras obedece à regulamentação rigorosa quanto à forma,
cores e maneira de hastear.
No caso das bandeiras nacionais, a
simbologia pode ou não observar as
convenções heráldicas. O estudo da
vexilologia - isto é, da história e do
simbolismo das bandeiras - é uma
disciplina auxiliar das ciências sociais,
justamente por revelar elementos muito
significativos sobre a formação de cada
caráter nacional. Vários países sugerem
em suas bandeiras, a importância da
agricultura para a subsistência do povo,
ou a industrialização como uma
esperança para o futuro (Angola,
Moçambique); outros sugerem a
linhagem de uma dinastia reinante
(Lischtenstein), aspectos característicos
da flora ou da fauna (Canadá, Líbano,
Dominica), alusão ao processo de
formação do país (as bandeiras da GrãBretanha, de Orange, do Transvaal, que
aparecem na antiga bandeira da África
do Sul), ou seus elementos típicos (o
templo de Angkor na do Camboja, o
chapéu típico na do Lesoto). Além das
cores tradicionais - o branco e o amarelo
sugerindo o ouro e a prata dos brasões
de armas, o azul geralmente relacionado
com a aristocracia e o vermelho com
movimentos revolucionários, etc...,
outras cores passaram a ser usadas mais
recentemente: o marrom, por exemplo,
adotado em algumas bandeiras africanas
como uma alusão à raça negra.
Em alguns casos, pode haver pequenas
diferenças entre a bandeira civil, usada
nas circunstâncias comuns, e a bandeira
do Estado, usada em certas cerimônias
oficiais ou como insígnia do chefe de
Estado.
Bandeira do Brasil o maior símbolo
nacional
Simbolismo da Bandeira
Com uso e definições legais previstos
na lei 5.700 de 1971, a bandeira nacional
teve como projetistas Benjamin
Constant, Raimundo Teixeira Mendes,
um positivista ferrenho, juntamente com
a colaboração do Dr. Miguel Lemos e o
professor Manuel Pereira Reis,
catedrático de astronomia da Escola
Politécnica.
As cores
As cores verde e amarelo, representam,
respectivamente, os brasões das casas
reais de Bragança (do Imperador D.
Pedro I) e Habsburg (da imperatriz
Leopoldina). A esfera celestial representa uma carta astrológica do céu
do Rio de Janeiro às 8h30 de 15 de
novembro de 1889, dia da proclamação
da República. A faixa branca cruzando o
céu celeste foi objeto de muita especulação, com correntes defendendo
que se trataria de uma elipse, outros que
seria a linha do Equador e alguns dizendo
que representava símbolos do zodíaco.
De fato, a tarja branca não tem relação
imediata com a esfera celestial, mas
meramente serve como fundo para a
inscrição “Ordem e Progresso”,
atribuída ao filósofo positivista francês
Augusto Comte, que tinha entre seus
seguidores mais fervorosos no Brasil
parte dos projetistas da bandeira
incluindo o professor Teixeira Mendes.
As estrelas
Cada estrela da bandeira brasileira
representa um estado da federação, com
correspondências astronômicas.
Brasil Holandês) de nosso território. A
orla azul alia à idéia de Pátria o culto de
lusitano que permaneceria sobre o Brasil
até 1822.
Bandeira de D. João III
(1521 – 1616)
Nossa Senhora da Conceição, que
passou a ser a Padroeira de Portugal, no
ano de 1646.
Bandeira do principado do Brasil
(1645 - 1816)
Essa bandeira, criada por D. Manuel –
“O Colonizador” filho de D. João II,
tomou parte em importantes eventos
de nossa formação histórica, como as
expedições exploradoras e colonizadoras, a instituição do Governo Geral
na Bahia em 1549 e a posterior divisão
do Brasil em dois governos, com a outra
sede no Maranhão. Possui algumas
inovações, a retirada da Cruz da Ordem
de Cristo e a inclusão sobre o escudo
real, de uma coroa real aberta. Como
semelhanças, temos o campo branco e o
escudo real presentes na bandeira
anterior.
O primeiro pavilhão elaborado
especialmente para o Brasil. D. João IV
conferiu a seu filho Teodósio o título de
“Príncipe do Brasil”, distinção
transferida aos demais herdeiros
presuntivos da Coroa Lusa. A esfera
armilar de ouro passou a ser representada
nas bandeiras de nosso País.
Bandeira de D. Pedro II, de
Portugal (1683 - 1706)
Bandeira do Domínio Espanhol
(1616 - 1640)
Bandeiras históricas do Brasil
Bandeira da Ordem Militar de
Cristo (1332 – 1651)
O primeiro símbolo da história brasileira
é a Cruz da Ordem Militar de Cristo
que estava pintada nas velas das 12
embarcações (uma perdeu-se no mar em
23 de março de 1500). É o que consta da
carta do escrivão, Pero Vaz de Caminha.
Criada por Felipe II da Espanha, para
Portugal e suas colônias. Este pendão,
criado em 1616, por Felipe II da
Espanha, para Portugal e suas colônias,
assistiu às invasões holandesas no
Nordeste e ao início da expansão
bandeirante, propiciada, em parte, pela
“União Ibérica”. Apresenta uma
modificação: a coroa real aberta foi
substituída por uma fechada.
Bandeira Real (1500 – 1521)
Bandeira da restauração
(1640 - 1683)
Era o pavilhão oficial do Reino
Português na época do descobrimento
do Brasil e presidiu todos os acontecimentos importantes havidos em
nossa terra até 1521. Como inovação,
apresenta, pela primeira vez, o escudo
de Portugal reafirmando o domínio
Também conhecida como “Bandeira de
D. João IV”, foi instituída logo após o
fim do domínio espanhol, para
caracterizar o ressurgimento do Reino
Lusitano sob a Casa de Bragança. O fato
mais importante que presidiu foi a
expulsão dos holandeses (Bandeira do
Esta bandeira presenciou o apogeu da
epopéia bandeirante, que tanto contribuiu para nossa expansão territorial.
É interessante atentar para a inclusão
do campo em verde (retângulo), que
voltaria a surgir na Bandeira Imperial e
foi conservado na Bandeira atual,
adotada pela República.
Bandeira do século XVII
(1600 - 1700)
Esta bandeira foi usada como símbolo
oficial do Reino ao lado dos pavilhões:
a Bandeira da restauração, a do
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2005
Peregrino
Principado do Brasil e a Bandeira de D.
Pedro II, de Portugal.
Bandeira do Reino Unido de
Portugal, Brasil e Algarve
(1816- 1821)
Criada em conseqüência da elevação do
Brasil à categoria de Reino Unido, em
1815, presidiu as lutas contra Artigas, a
incorporação da Cisplatina, a Revolução
Pernambucana de 1817 e, principalmente, a conscientização de nossas
lideranças quanto à necessidade e à
urgência de nossa emancipação política.
O Brasil está representado nessa
bandeira pela esfera armilar de ouro, em
campo azul, que passou a constituir as
Armas do Brasil Reino. Em 1821 as
cortes constituintes portuguesas
decretaram que campo da bandeira fosse
azul e branca, “por serem cores do
escudo de Afonso Henriques”.
Bandeira do Regime do
Constitucional (1821 - 1822)
A Revolução Constitucionalista do
Porto, em 1820, fez prevalecer em
Portugal os ideais liberais da Revolução
Francesa, abolindo a monarquia absoluta
e instituindo o regime constitucional,
cuja bandeira foi criada em 21 de agosto
de 1821: a Bandeira do Regime Constitucional. Foi a última bandeira lusa a
tremular no Brasil.
Bandeira Imperial do Brasil
(1822 – 1882)
Criada por Decreto de 18 de setembro
de 1822, era composta de um retângulo
verde e nele, inscrito, um losango em
ouro, ficando no centro deste o Escudo
de Armas do Brasil. Assistiu ao nosso
crescimento como Nação e a consolidação da unidade nacional.
7
Informação, Cultura e Livre Expressão
Esta bandeira foi hasteada na redação
do jornal “A Cidade do Rio”, após a
proclamação da República, e no navio
“Alagoas”, que conduziu a família
imperial ao exílio. A primeira bandeira
da República ainda é mostrada com
variações no que diz respeito à
disposição das estrelas e às tonalidades
do azul empregado.
Segunda Bandeira da República 1889-1960
com a legenda - “ORDEM E PROGRESSO” - cuja posição exata na
bandeira não constou no decreto que a
criou, foi motivo de dúvidas e
especulações diversas. Alguns diziam
ser ela a Eclítica, outros acreditavam
tratar-se do Equador Celeste, e outros
ainda afirmavam que se tratava da Zona
Zodiacal ou Zodíaco. A área branca de
nossa Bandeira se trata, apenas, de um
espaço, não pertencente à Esfera
Celeste, onde se pudesse inscrever a
expressão positivista “ORDEM E
PROGRESSO”, parte de um dos lemas
mais conhecidos do filósofo francês
AUGUSTE COMTE (1798 - 1857),
fundador do positivismo, que contava
com numerosos seguidores no Brasil,
entre eles o Professor RAIMUNDO
TEIXEIRA MENDES, o mentor da
Bandeira Republicana.
As alterações na esfera azul-celeste
A bandeira nacional foi adotada pelo
decreto-lei nº 4 de 19 de novembro de
1889.
A Bandeira atual
Em 1992, uma lei alterou a bandeira para
permitir que todos os 26 estados
brasileiros e o Distrito Federal estejam
representados por estrelas. Ela é
inspirada na bandeira do Império,
desenhada pelo pintor francês Jean
Baptiste Debret, com a esfera azulceleste e a divisa positivista “Ordem e
Progresso” no lugar da coroa imperial,
deve-se a Benjamim Constant que o
sugeriu a Raimundo T. Mendes. A
expressão foi máxima do Positivismo:
“O amor por princípio, a ordem por
base, o progresso por fim”, que se
decompõe em duas divisas usuais - Uma
moral, “Viver para outrem” , e outra
estética, “Ordem e Progresso”. Dentro
da esfera está representado o céu do Rio
de Janeiro, com a constelação do
Cruzeiro do Sul, às 8h30 de 15 de
novembro de 1889, dia da Proclamação
da República. As estrelas foram
inspiradas nas que, realmente, brilhavam
no céu do Brasil, na histórica madrugada
de 15 de novembro de 1889: “Espiga,
Procium, Sirius, Canopus, Delta, Gama,
Epsilon, Seta, Alfa, Antares, Lambda,
Mu, Teta e outras”.
No início, a nossa Bandeira possuía 21
estrelas pertencentes a oito constelações: Cruzeiro do Sul (5), Escorpião
(8), Triângulo Austral (3), Cão Menor
(1), Cão Maior (1), Argus (1), Virgem
(1) e Oitante (1).
Em 1960 e 1962, foram acrescentadas
mais duas estrelas, Alphard (Alfa) e
Gama, pertencentes à constelação de
Hidra Fêmea e referentes aos novos
Estados da Guanabara e do Acre.
Em 1992, foram adicionadas mais quatro
estrelas à constelação do Cão Maior:
Mirzam (Beta), Muliphen (Gama),
Wezen (Deita) e Adhara (Épsilon),
referentes ao Estados do Amapá,
Rondônia, Roraima e Tocantins. O
Estado de Mato Grosso do Sul ficou
com a estrela Alphard que pertencia ao
Estado da Guanabara. Assim sendo, a
atual Bandeira Brasileira já possui
incorporadas, 27 estrelas, referentes aos
26 Estados e ao Distrito Federal, e
pertencentes a nove constelações assim
distribuídas: Cruzeiro do Sul (5),
Escorpião (8), Triângulo Austral (3),
Oitante (1), Virgem (1), Cão Maior (5),
Cão Menor (1), Carina - ex-Argus (1), e
Hidra Fêmea (2).
Dia da Bandeira
O Dia da Bandeira é comemorado em 19
de novembro, data em que ela foi adotada
em 1889.
Feitura da Bandeira
1. Para o cálculo das dimensões, tomarse-á por base a largura desejada,
dividindo-a em 14 partes iguais. Cada
uma das partes será considerada uma
medida ou Módulo (M).
2. O comprimento será de 20 módulos
(20M).
3. A distância dos vértices do losango
amarelo ao quadro externo será de um
módulo e sete décimos (1,7M).
4. O círculo azul no meio do losango
amarelo terá o raio de três módulos e
meio (3,5M).
5. O centro dos arcos da faixa branca
estará dois módulos (2M) à esquerda
do ponto de encontro do prolongamento
do diâmetro vertical do círculo com a
base do quadro externo.
6. O raio do arco inferior da faixa branca
será de oito módulos (8M); o raio do
arco superior da faixa branca será de oito
módulos e meio (8,5M).
7. A largura da faixa branca será de meio
módulo (0,5M).
8. As letras da legenda - Ordem e
Progresso - serão escritas na cor verde.
Serão colocadas no meio da faixa branca,
ficando, para cima e para baixo, um
espaço igual em branco. A letra P ficará
sobre o diâmetro vertical do círculo. As
letras da palavra Ordem e da palavra
Progresso terão um terço de módulo
(0,33M) de altura. A largura dessas letras
será de três décimos de módulo (0,30M).
A altura da letra da conjunção - E - será
de três décimos de módulo (0,30M). A
largura dessa letra será de um quarto de
módulo (0,25M).
9. As estrelas serão de 5 (cinco)
dimensões: de primeira, segunda,
terceira quarta e quinta grandezas.
Devem ser traçadas dentro de círculos
cujos diâmetros são: de três décimos de
módulo (0,30M) para as de primeira
grandeza; um quarto de módulo (0,25M)
para as de segunda grandeza; de um
quinto de módulo (0,20M) para as de
terceira grandeza; de um sétimo de
módulo (0,14M) para as de quarta
grandeza; e de um décimo de módulo
(0,10M) para as de quinta grandeza.
10. As duas faces da bandeira devem ser
exatamente iguais, com a faixa branca
inclinada da esquerda para a direita (do
observador que olha a faixa de frente),
sendo vedado fazer uma face com o
avesso da outra.
Fontes: www.exercito.gov.br,
www.escolavesper.com.br, Revista
Cliparts & Fontes – Ano 1 – nº 9.
Vários Textos, Vários Contextos
Atividades semanais de leitura com utilização de textos, os
mais variados, cujo objetivo é introduzir o participante ao universo das palavras.
Facilitadora: Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz
Terças-feiras das 20 às 22 horas
Investimento: R$10,00 (dez reais)
A área branca da Bandeira Brasileira
Primeira Bandeira da República Novembro de 1889
A área Branca em sentido oblíquo e
descendente da esquerda para a direita
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8
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2005
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Ribeirão Preto - SP - Novembro/2005
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão
FALAR BEM...
Prezado Leitor, nesta coluna, espero poder esclarecer algumas dúvidas a
respeito da Língua Portuguesa.
1. Tomou um café quente e queimou o “pálato”?
Queimou o palato e torrou o Português!
Prezado amigo leitor, note que a palavra é
paroxítona.
O correto é palato (sílaba “forte”, tônica no LA).
Quando for tomar café quente cuidado para não
queimar o palato...
2. Adora frutas!!!
Ela comprou na feira uma deliciosa “pocã”!!!
APRESENTAÇÕES ORAIS
II: O papel da técnica de apresentação
Na edição anterior, vimos que as apresentações são excelentes
oportunidades de sucesso. Mas, muitas vezes, essas oportunidades são
desperdiçadas por desconhecimento de uma técnica de apresentação.
E isso independe da qualidade do conteúdo da apresentação. O tema
pode ser muito interessante, o apresentador ter ótimo conhecimento da
matéria e, mesmo assim, a apresentação não resultar em destaque, êxito.
É fácil entender por que isso ocorre. Uma coisa é conteúdo, outra coisa
é forma. Um bom conteúdo é necessário, mas não é suficiente. É preciso
acrescentar uma forma conveniente. E esse é justamente o papel da técnica
de apresentação. É o papel de dar uma forma interessante ao conteúdo.
Como analogia, imaginemos um produto comercial. Por exemplo, um
perfume francês de qualidade indiscutível. Então o conteúdo é show. Mas
será que esse perfume seria sucesso de venda se apresentado numa
embalagem bem simples? De jeito nenhum, nem precisa fazer a experiência.
Sabe-se muito bem da importância da embalagem como fator determinante
na venda. Nesse tipo de produto, o perfume, cerca de 50% do seu preço de
venda refere-se à embalagem. Sabia disso?
A apresentação pode ser comparada a um produto. De um lado, o
conteúdo, de outro lado a forma, a “embalagem”, isto é, a técnica de
apresentação. Logo, se a embalagem não é interessante (ausência de
técnica), o produto não vende. A apresentação não se destaca, é enfadonha,
monótona, desinteressante. É um produto que “encalha”.
Portanto, imprescindível é o conhecimento, o uso de uma técnica de
apresentação.
No trabalho que faço na universidade, há mais de 10 anos, preparando
pós-graduandos para apresentações de seminários, desenvolvi uma técnica
que tem se mostrado muito eficaz. Essa técnica é constituída por uma tríade,
ou seja, os seus fundamentos podem ser classificados em três grandes
grupos: 1) a elaboração dos slides; 2) o uso correto do aparelho de projeção;
e 3) o emprego dos recursos de oratória.
Nas próximas edições, vamos detalhar os fundamentos de cada um dos
grupos dessa tríade.
Colaboração: José Carlos Cintra
Prof. Titular, USP / São Carlos
[email protected]
9
Não estrague o gosto delicioso da fruta... muito menos o Português!
O correto é poncã.
3. Ele conta com orgulho;
- Eu “saudo” as minhas dívidas antes do prazo de vencimento.
Gostaria de saber como...
Prezado leitor, convém não confundir Saldar e Saudar.
Saldar é pagar dívida, é liquidar débito.
Saudar é cumprimentar ou ovacionar...
Ex.: com saudar – a) Saúde os parentes! b) Eles saudaram o Diretor da
empresa.
Colaboração: Renata Carone Sborgia
Advogada e Profª de Português e Inglês
[email protected]
Uma dica preciosa para a
Osteoporose
Estamos vivendo a busca pela simplicidade.
Precisamos do prático e acessível meio de melhorar
nossos sintomas.
A fraqueza dos ossos, osteopenia ou osteoporose,
nem sempre tem relação com a pouca ingestão de
cálcio.
Na alimentação brasileira consumimos cálcio em
grande quantidade, mesmo sem sabermos. Existe cálcio
no leite, nos queijos, iogurtes ou coalhadas, nas
carnes de qualquer animal e nos vegetais,
principalmente na couve-flor, na couve manteiga e no repolho.
O que acontece na maioria dos organismos com fragilidade óssea é a
diminuição da capacidade de fabricar ossos, ou mesmo, de assimilar o cálcio
dos alimentos ingeridos.
Uma sugestão é tomar uma fórmula composta de elixires de cristais:
Quartzo Fumê + Gipsita + Calcita Ótica. Essa solução pode ser manipulada
nas farmácias homeopáticas e devem ser tomadas 8 gotas, 3 vezes ao dia
durante pelo menos 3 meses. Não há contra-indicações.
Ao tratamento pode ser associada a homeopatia Calcarea Phosphorica
CH6, de preferência na fórmula líquida, e também podem ser tomadas 8
gotas, 3 vezes ao dia (juntamente com o composto de elixires de cristais).
Não podemos esquecer de que para a fabricação dos ossos, o corpo
necessita de estímulos: atividade física ou massagens moderadas.
Com esses produtos associados ao estímulo físico, a necessidade da
ingestão de cálcio é suficiente através dos alimentos. Lembrar também que
o excesso de cálcio é prejudicial, podendo gerar cálculos renais e outros
sintomas desagradáveis.
“Tudo que é bom, faz mal em excesso”.
Dr. Osvaldo Coimbra Junior
Sintonizador do Sistema de elixires Cristais de Oz
Médico Radiestesista Holístico - CRM: 54.243
(16) 3941 6116
[email protected]
Peregrino
10
Informação, Cultura e Livre Expressão
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2005
GUIMARÃES ROSA (*)
A primeira menção que ouvi sobre o
envolvimento de Guimarães Rosa com
o esperanto foi durante o Congresso
Internacional da SAT, que ocorreu em
Campos do Jordão, em 1988.
Minha primeira fonte de pesquisa
foi o livro “Anais do XV Congresso
Brasileiro de Esperanto”, Clube de
Esperanto de Niterói, 1957. Na página
178, pode-se ler o seguinte:
“Por esse tempo (1929), o hoje
médico e diplomata João Guimarães
Rosa, o discutido escritor de “Sagarana”, então funcionário da Secção
de Estatística do Estado, onde também
militava Teixeira de Freitas, juntamente
com este, inovam ambos o sistema de
comunicações internacionais daquele
setor especializado.
Anteriormente, a correspondência
com o estrangeiro era feita em diversas
línguas desejadas.
Foi quando, em abril de 1929,
Teixeira de Freitas e Guimarães Rosa
decidiram que tôda correspondência da
Estatística com o exterior seria escrita,
única e exclusivamente, em Esperanto.
Se o destinatário da correspondência não conhecia a língua de
Zamenhof era fácil. Bastar-lhe-ia ir em
busca do delegado da Universala
Esperanto-Asocio, pois, em cada carta,
havia a indicação: “Internacia Korespondado en Esperanto”, e êle o
traduziria para o interessado em sua
língua natal.
“Esse passo já avançado do
trabalho internacional da Secção de
Estatística de Minas foi o germe que
originou a monumental colaboração do
I.B.G.E., posteriormente criado e que,
hoje, é talvez, a organização estatal que
dá ao Esperanto e aos esperantistas o
mais franco e decidido apoio.
São sem conta as obras editadas
pelo Instituto em Esperanto. O
Movimento Esperantista Brasileiro, que
tanto lhe deve, há de ser grato também
àquela experiência, que nos longínqüos
idos de 1929, dois denodados batalhadores da causa faziam na pequena
Secção de Estatística do Estado de
Minas Gerais”.
Essa informação é confirmada pelo
tio de Guimarães Rosa, Vicente
Guimarães, na obra “Infância de João
Guimarães Rosa”, páginas 44/45:
“Vários idiomas, muitos, já
dominava na juventude. Quando
estudante de Medicina, trabalhou na
Estatística, em Belo Horizonte. Seu
chefe, Dr. Teixeira de Freitas, precisando de uma pessoa para cuidar da
correspondência em esperanto, chamou
o jovem funcionário, já poliglota, e
sugeriu que aprendesse a língua de
Zamenhof. Seria o esperantista do
serviço.
Jozito matriculou-se num curso e
em vinte e sete dias recebeu o diploma,
por já reter sabido e compreendido os
conhecimentos todos do novo idioma.
Escrevia e falava corretamente”.
Na página 12 do periódico “Brazila
Esperantisto”, de julho-dezembro/1929,
encontramos pegadas sobre a
participação de Guimarães Rosa em
atividades do movimento esperantista
brasileiro:
“CRÔNICA BRASILEIRA/MINAS
GERAIS”
Em 1o. de julho houve uma reunião
do “Montara E-Klubo”....
... Leu um conto por ele escrito o Sr.
João Guimarães Rosa..
“Minas Geraes” publicou um
artigo do Sr. Ary Theodolindo sobre “O
Filme Falado”; uma série de artigos
interessantes do Sr. João Guimarães
Rosa”.
A respeito de artigos sobre o
esperanto escritos por Guimarães Rosa,
encontramos informações nos “Anais
do XV Congresso Brasileiro de Esperanto”, página 177:
“... Ari Teodolindo foi também
presidente do M.E.K. Sob sua gestão,
idealista e dinâmica, o M.E.K. atingiu
excelente desenvolvimento. Por essa
época, fêz o Clube publicar no “Minas
Gerais” diversos artigos de difusão da
língua e da Idéia, subscritos por seus
sócios.
É assim que anotamos os seguintes:
- “A estrutura lógica do Esperanto.
Algumas justificações. Um pouco de
filosofia comparada” – Em 31.7.1929
– de autoria de João Guimarães Rosa.
No “Estado de Minas”, de 23 de
julho de 1929, também dentro da
“Semana do Livro Esperantista”, João
Guimarães Rosa, o hoje consagrado
autor de “Sagarana” e “Corpo de
Baile” publicava: “A estética do idioma
de Zamenhof”.
Pela leitura dos artigos de Guimarães
Rosa, constata-se que ele estava
plenamente convicto da viabilidade do
esperanto para a solução do problema
lingüístico internacional.
Segundo informações de Agnes
Guimarães Rosa do Amaral, uma das
filhas de Guimarães Rosa, ele gostava
muito de aprender idiomas e o esperanto
significou para ele um mundo totalmente
novo. Tinha em alta conta a língua
internacional e sempre incentivou as
filhas a aprenderem o esperanto.
Em 1950, houve um contato de
Guimarães Rosa com o movimento
esperantista. Na qualidade de Secretário
da Embaixada Brasileira em Paris, ele
saudou, em nome do governo brasileiro,
os participantes do 35o. Congresso
Mundial de Esperanto, ocorrido naquela
cidade. A revista “Brazila Esperantisto”,
em seu número de setembro/dezembro
daquele ano, registrou o fato assim:
“Na Sessão Solene de Abertura, à
qual compareceram mais de 2000
representantes de toda a superfície da
Terra, usaram da palavra o Sr. Jean
Tomas, Diretor-Geral da UNESCO, em
nome da Organização das Nações
Unidas, os representantes de diversos
governos que enviaram Delegações ao
Congresso e as organizações nacionais
de Esperanto. Pelo Governo do Brasil
falou o nosso samideano Dr. J. Guimarães Rosa e pela Liga Brasileira de
Esperanto o Dr. Benjamim Camozato.”
Ao noticiar seu falecimento,
ocorrido em novembro de 1967, o
número de abril/junho de 1968 do
mesmo periódico, publicou o seguinte
necrológio:
“Nosso eminente co-idealista
Embaixador João Guimarães Rosa,
conhecido escritor e membro da
Academia Brasileira de Letras morreu
em 19 de novembro de 1967, no Rio de
Janeiro. Poliglota, ele dominava também
o Esperanto, que aprendera ainda jovem
em Belo Horizonte. Como Delegado do
Governo Brasileiro, ele representou
nosso país no XXXV Congresso
Universal de Esperanto em Paris”
No entanto, permanece um aspecto
digno de ser pesquisado na relação do
escritor com o esperanto. Trata-se da
provável influência do esperanto na obra
literária de Guimarães Rosa. Na
“Enciclopédia da Literatura Brasileira”,
página 1182, Afrânio Coutinho, no
verbete sobre Guimarães Rosa, escreveu
o seguinte:
“...o seu processo de captação da
realidade caracterizou-se também pelo
esforço da valorização da palavra, de
criação de uma linguagem própria
adequada à representação de seu mundo
mítico do sertão. Nessa tarefa de recriação da linguagem, usa todos os
recursos, desde a invenção de vocábulos por vários processos, até os
arcaísmos e palavras populares, e
invenções semânticas e sintáticas ...”
Cursos de capacitação
Programa Sathya Sai
Educare
Para uma mudança do comportamento social, é necessária uma
renovação da compreensão do
homem, do mundo e das ciências,
não somente em termos intelectuais,
mas também, pela transformação
interior, cujo efeito se manifesta
conscientemente por suas ações. A
educação tem um papel fundamental
nessa transição, uma vez que pode
trazer uma nova compreensão da
natureza, do mundo e da própria
existência humana.
O Programa Sathya Sai Educare,
por meio do autoconhecimento e a
vivência dos valores, permite aos
educadores experimentarem tais
aspectos através de cursos em três
níveis: 01 – Básico; 02 Intermediário; 03 - Especialização.
Os cursos se fundamentam no
Programa Sathya Sai Educare que
entende o homem como um ser total
que se manifesta através de cinco
níveis de atuação da consciência:
físico, mental / emocional, intelectual, psíquico e espiritual. A cada
um destes níveis de consciência
corresponde um valor: Verdade,
Retidão, Paz, Amor e Não-Violência.
O propósito do Programa Educare
consiste em promover uma educação
empenhada em resgatar os Valores
Humanos que são inerentes, naturais e intrínsecos a todos os seres
humanos. O educador deve buscar
em si mesmo o verdadeiro sentido
do EDUCARE; deve ser o exemplo
vivo de seus ensinamentos e
converter sua profissão em uma
atividade que coopere com o
engrandecimento da vida.
ALOISIO SARTORATO
(*) Texto adaptado da palestra
sobre o tema “Guimarães Rosa:
Esperantista?). O texto completo
poderá ser lido no site
www.kke.org.br em português e
esperanto.
Em esperanto temos editado “A
hora e a vez de Augusto Matraga”
Fonto Editora [email protected].
Informações: (16) 3969 3440
www.saieducare.org.br
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2005
Peregrino
11
Informação, Cultura e Livre Expressão
Uns comem, outros engordam – Dr. Alfredo
T. de O. e Souza
Apresentações de Sucesso – José Carlos A.
Cintra
É possível perder dois quilos por semana
mesmo ingerindo, em alguns casos, até mais
de 2.500 calorias por dia? O mito da contagem
de calorias como único método para
emagrecer é desmascarado neste livro.
Entenda a resistência da obesidade em
pessoas que fazem regimes milagrosos e
consomem o mínimo de calorias por dia. O
livro destaca a importância de conhecer e
ativar os queimadores de gordura naturais
do corpo, descrevendo detalhadamente
combinações alimentares inteligentes, para reduzir ou manter facilmente
seu peso.
Iátria
Tel.: (11) 295 3066 / Fax: (11) 6197 4060
www.iatria.com.br
Apresentações são oportunidades de
sucesso. A técnica apresentada neste DVD
se aplica em seminários de graduação e pósgraduação, defesa de tese, para trabalhos em
eventos científicos, apresentações em
empresas, demonstrações comerciais de
serviços e produtos, etc... Com esta técnica,
o apresentador deixa de ser um mero
explicador de slides, ou um refém do projetor
e, passa a ter um papel de destaque na
apresentação. O Prof. Cintra é Professor
Titular da USP/São Carlos e tem mais de 10 anos de experiência na preparação
de pós-graduandos para a apresentação de seminários.
José Carlos A. Cintra
[email protected]
Ekzercigxu Provergare – kajeroj 1 kaj
2 - Joseo Tenorjo
Konsistas el kompilado da proveboj pri
plej diversaj spertoj de homa agado.
Krom fonto de pripensinda legomaterialo, gix ankaux estas kolekto da
sukesprimaj frazoj por la cxiutaga
parolado. La libroj, abunde ilustritaj,
estas placxa invito al la legantoj kiuj
povos elekti inter tralegi aux tralerni
gxian enhavon sen granda peno. El la
fino de la libro trovigxas kromekzercaro
por bone fiksi la novajn vortojn kaj
ideojn.
Editora Oportuno
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Prevenção da violência e solução de conflitos
– I. Fernández
Preocupada com o alto índice de violência
que se desencadeia cada vez com mais
freqüência nas escolas, a autora relata aqui
os principais casos de violência escolar dos
últimos tempos, mostra suas prováveis
causas e sugere possíveis soluções. Em um
intervalo de três décadas, os motivos de
problemas entre alunos e professores
mudaram de: falar sem autorização, mascar
chiclete, correr pelos corredores e furar filas,
para: consumo de drogas e álcool durante as
aulas, porte de armas de fogo e facas, violência e ameaças em geral.
Grupo Editorial Madras
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Manisfesto da ARE - EM DEFESA DA ÉTICA E DA MORALIDADE
A grave situação política brasileira atual não nos permite mais a indiferença e a passividade, ao contrário,
impõe-nos a indignação, último reduto de resistência para tanta corrupção, impunidade e desencanto.
Diante desse vergonhoso quadro que atinge a todos os cidadãos brasileiros e que instaura a perplexidade e
revolta em virtude de tantas denúncias, acusações e escândalos é imperioso e justo que venhamos a público,
dentro do mais básico princípio democrático, para registrar nosso repúdio, nosso protesto e nossa insatisfação
com esse lamentável e inadmissível estado de coisas. Para exigir também a adoção de medidas austeras e
principalmente isentas na apuração dos ilícitos, bem como a implacável punição para todos os infratores.
Pior que a corrupção é a impunidade, mãe de toda injustiça. Queremos, assim, engrossar o coro daqueles que,
independentemente de postura ou conotação partidária, defendem e querem a restauração dos princípios legais e
éticos no trato da coisa pública como instrumento primordial para a restauração da inclusão social, da dignidade e
da cidadania.
MEMBROS DA ACADEMIA RIBEIRÃOPRETANA DE EDUCAÇÃO
Peregrino
12
Informação, Cultura e Livre Expressão
Interação Pais e Filhos
Tinta invisível
Ai, que nervoso!!!
Você ao sair de casa, discute com
sua esposa por alguma bobagem.
Entra nervoso no carro rumo ao
trabalho. Distraído com a discussão,
nem percebe que fechou outro carro.
O outro motorista coloca a cabeça
para fora e grita todos os palavrões
que conhece. Seu nervoso virou
raiva e estragou o resto do dia. Nada
funcionou a contento. O nervoso
não saiu, você continuou a tremer
por dentro com uma tristeza
contínua acompanhada de uma
monótona dor de cabeça. Que belo
dia, não?
Olhando de fora, foi um dia perdido na existência. Pergunte a um
paciente terminal se ele desperdiçaria
um dia?
Você pode argumentar que dificilmente alguém poderia ficar bem
depois de tanto aborrecimento.
Cairemos numa famosa frase de
Sartre: “Não importa o que fizeram
com você. Importa o que você faz
com o que fizeram com você”. Entendeu?
Por que você deu o direito ao
outro de acabar com o seu dia?
Ninguém tem este direito. As
pessoas podem gritar, espernear,
xingar - você escuta se quiser. Você
guarda se quiser.
Você pode dizer a si mesmo: “Isto
não é meu”, e assim não guardar
este sentimento ruim. Afinal, se você
ganha um presente e não o aceita,
ele pertence a quem? A quem deu,
não é?
Então, não é tão importante o
que digam, ou o que façam e sim
como você recebe isso.
Transforme, transmute essas
energias ruins em boas. Quando
acontecerem coisas desagradáveis,
cante uma canção alegre, recite um
mantra, faça uma oração, grite ou
faça uma careta bem ridícula na frente
do espelho, certamente você vai rir.
A nossa vida é responsabilidade
nossa. Como a conduzimos também.
Se somos alegres a culpa é nossa,
se somos tristes a culpa é nossa
também. E não adianta fugir desta
responsabilidade.
Precisamos aprender a separar
os problemas reais daqueles que
criamos e facilmente poderiam ser
descartados.
Pergunte a si mesmo: o que está
aborrecendo você é realmente um
problema ou você está dando mais
valor a ele do que deveria? É alguma
coisa que você ainda não resolveu?
Se estiver na sua mão, mova-se, faça
alguma coisa. Aja.
Diferente dos problemas reais,
que quando surgem, temos a
sensação de que a vida de repente
nos deu um pontapé e espatifamos
no chão. É quando algo inesperado
e muito ruim acontece, algo que não
temos controle, como uma perda,
uma morte, uma doença grave, etc.
Nestas horas não adianta negar o
sentimento, se você está triste, está
triste e ponto final. Estas dores fazem
parte de ser humano, assim amadurecemos, endurecemos, criamos
casca.
Então pergunto: se já temos que
passar por estas dores porque ficar
criando outras? É melhor aproveitar
a vida, não se aborrecer com pequenas coisas, e você vai perceber
que quase tudo que aborrece são
pequenas coisas.
Maria de Fátima Hiss Olivares
Psicóloga clinica
[email protected]
Ribeirão Preto - SP - Novembro/2005
Esta é uma forma irresistível de motivar seu filho a usar sua habilidade
de escrever. Mensagens secretas aos amigos, notas de agradecimento aos
parentes, tudo isso fluirá de sua caneta quando ele tiver aprendido o segredo
da tinta invisível.
Material
Limão, tigela, caneta, papel e ferro de passar roupa.
Orientação
Peça ao seu filho que esprema o suco do limão numa tigela. Oriente-o
para mergulhar uma caneta limpa no suco do limão e em seguida escrever
uma mensagem num pedaço de papel. A mensagem aparecerá quando o
papel for passado por ferro de passar roupa bem quente. (Naturalmente,
esta última parte só pode ser executada por um adulto) Mágica? Não! O
ácido do suco de limão é que tornará invisível a tinta.
Aplicação
Um projeto relacionado com este seria apresentar ao seu filho a tinta de
framboesa. Simplesmente esmague qualquer tipo de framboesa ou amoras
numa tigela, adicione água e passe na peneira. O suco de amora será a sua
tinta e, um dos tipos mais antigos da tinta de escrever!
Fale para seu filho sobre a origem da tinta. A tinta foi inventada pelos
antigos egípcios e chineses. Ninguém sabe com certeza quando foi
inventada, mas existem indícios de manuscritos elaborados à tinta já há
2.000 a. C.
Denilde Ap. M. Lourenço
Diretora do Centro Psicopedagógico Arco-Íris
[email protected]
Os Estatutos do Homem
Artigo 5 – Thiago de Mello
Artículo 5
(Tradução de Pablo Neruda)
Fica decretado que os homens
Estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
A couraça do silêncio
Nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
Com seu olhar limpo
Porque a verdade passará a ser
servida
Antes da sobremesa.
Queda decretado que los hombres
Están libres del yugo de la mentira.
Nunca más será preciso usar
La coraza del silencio
Ni la armadura de las palabras.
El hombre se sentará a la mesa
Con la mirada limpia
Porque la verdad pasará a ser
servida
Antes del postre.

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