Revista Fecomércio - Maio

Transcrição

Revista Fecomércio - Maio
Revista do Sistema
Fecomércio-DF:
Fecomércio,
Sesc, Senac e
Instituto Fecomércio
Ano XVIII nº 204
Maio de 2015
Dificuldades econômicas acentuam a
crise no comércio e número de lojas
fechadas é recorde no DF
Entrevista // Pág. 8
Andrew Parsons
Presidente do Comitê
Paralímpico Brasileiro
Plano de Saúde Coletivo por Adesão.
Empregador do Comércio:
na Qualicorp você tem
excelentes opções para cuidar
da saúde, pelo melhor preço.1
Planos de saúde coletivos por adesão são aqueles disponibilizados para pessoas
de uma mesma categoria profissional ou área de atuação, por meio de sua entidade
de classe. É o seu caso, Empregador do Comércio associado à FECOMÉRCIO-DF.
Líder nesse mercado, a Qualicorp trabalha com transparência para você ter
cada vez mais acesso à saúde de qualidade.
Antes de escolher seu plano,
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para ajudar você a cuidar da sua saúde.
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de planos com os melhores
médicos, hospitais e laboratórios. 2
Caso você já tenha um plano,
aproveite e confira as possibilidades
de redução de carências.3
Proteção da sua saúde e uma série
de serviços úteis durante suas
viagens no Brasil e no exterior.4
Além da FECOMÉRCIO-DF, somos
parceiros de centenas de entidades
de classe, o que nos dá legitimidade
para negociar preços mais baixos.
1
Preços e condições obtidos pela negociação coletiva da Qualicorp com as operadoras de saúde parceiras. ²De acordo com a disponibilidade da rede médica da
operadora de saúde escolhida e do plano contratado. 3A disponibilidade e as características desse benefício especial podem variar conforme a operadora de saúde
escolhida e o plano contratado. 4Esse benefício se dá de acordo com a operadora de saúde escolhida e as condições contratuais do plano adquirido
Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. A comercialização dos planos respeita a área de abrangência das
respectivas operadoras de saúde. Os preços e as redes estão sujeitos a alterações, por parte das respectivas operadoras de saúde, respeitadas as disposições
contratuais e legais (Lei nº 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Abril/2015.
registradora
[email protected]
Raphael Carmona
Transparência
O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, um dos 17
integrantes do Conselho de Transparência e Controle Social
do DF, participou no dia 8 de abril, da primeira reunião do
grupo. De acordo com ele, faltam informações por parte do
governo. “Precisamos ter números para examiná-los nas
vésperas de cada um dos encontros, como receita, despesa,
origem dessas receitas, destino das despesas, contratos,
licitações”, comentou. As reuniões serão mensais e a próxima
está marcada para 13 de maio.
Compras via celular
Em 2014, o Centro-Oeste registrou aumento de
mais de 200% nas compras realizadas pelo celular
e de mais de 100% nas transações via tablet. Além
de comprar, os consumidores do DF e do
Goiás utilizam seus dispositivos móveis
para pesquisar produtos (61%), comparar
preços (42%) e realizar pagamentos das
compras (39%). O preço mais baixo ainda é
o principal motivo para comprar online para
a maioria (64%) dos entrevistados no DF e Goiás.
Esses resultados fazem parte do recorte regional da
pesquisa Total Retail 2015, feita pela PwC.
COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO DO
SISTEMA FECOMÉRCIO-DF
Diego Recena
REVISTA FECOMÉRCIO
Diretor de Redação: Diego Recena
Editora-Chefe: Taís Rocha
Editora Senac: Ana Paula Gontijo
Editor Sesc: Marcus César Alencar
Editor de Fotografia: Cristiano Costa
Fotógrafo: Raphael Carmona
Repórteres: Andrea Ventura, Daniel
Alcântara, Fabíola Souza, Luciana Corrêa,
Liliam Rezende, Sacha Bourdette e Sílvia Melo
Beleza salgada
Errata
Ao contrário do
que foi publicado
na última
edição, a matéria
“Facilidade para
comerciários”
é assinada por
Andrea Ventura.
@fecomerciodf
4
Revista Fecomércio DF
A partir de maio, o Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) incidirá na distribuição
de cosméticos, que inclui os custos indiretos
de inserção do produto no mercado varejista.
Perfumes, maquiagens, tinturas, entre outros,
sofrerão aumento de 12% em média. Com a
medida, o governo arrecadará R$ 1,5 bilhão
por ano — dos quais 51% ficarão com a União
e o restante, com estados e municípios.
/fecomerciodf
fecomerciodf.com.br
Projeto Gráfico Gustavo Pinto e
Anderson Ribeiro
Diagramação: Gustavo Pinto
Capa: Gustavo Pinto
Revisora: Fátima Loppi
Impressão: Ediouro Gráfica
Tiragem: 60 mil exemplares
REDAÇÃO
SCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Jessé Freire,
5º andar - Brasília - DF - 70.306-908
(61) 3038-7527
CONTATO COMERCIAL
Joaquim Barroncas – (61) 3328.8046
[email protected]
maio 2015
34
24
8
Negócio fechado
Crise econômica
afeta o comércio,
que está sendo
obrigado a fechar
as portas
Entrevista
Andrew Parsons
Artigos
Talento para
as empresas
Empresários
aprendem a inovar
em cursos que
valorizam a
criatividade
18
Economia
Raul Velloso
20
Doses Econômicas
Ronalde Lins
50
Agenda Fiscal
Adriano Marrocos
54
Direito no Trabalho
Lirian Soares
Colunas
Cristiano Costa
16
Gastronomix
Rodrigo Caetano
22
Gente
Silvia Melo e Luciana Corrêa
26
Vitrine
Taís Rocha
56
Tecnologia
Renato Carvalho e
Maximo Migliari
Seções
30
Bicicletas em alta
É crescente o número
de negócios na cidade
que usam a bike como
meio de transporte
55
Empresário do Mês
52
Caso de Sucesso
62
Pesquisa Conjuntural
66
Pesquisa Relâmpago
Revista Fecomércio DF
5
CONSELHO CONSULTIVO
Conselheiro Presidente
Alberto Salvatore Giovani Vilardo
Conselheiros
Antônio José Matias de Sousa
Jose Djalma Silva Bandeira
Laudenor de Souza Limeira
Luiz Carlos Garcia
Mitri Moufarrege
Rogerio Torkaski
DIRETORIA (TITULARES)
Presidente
Adelmir Araujo Santana
1º Vice-presidente
Miguel Setembrino Emery de Carvalho
2º Vice-presidente
Francisco Maia Farias
3º Vice-presidente
Fábio de Carvalho
VICE-PRESIDENTES
Antonio Tadeu Peron
Carlos Hiram Bentes David
Edy Elly Bender Kohnert Seidler
Francisco das Chagas Almeida
José Geraldo Dias Pimentel
Glauco Oliveira Santana
Tallal Ahmad Ismail Abu Allan
DIRETORES-SECRETÁRIOS
Vice-Presidente-Administrativo
José Aparecido da Costa Freire
2º Diretor-Secretário
Hamilton Cesar Junqueira Guimarães
3º Diretor-Secretário
Roger Benac
DIRETORES TESOUREIROS
Vice-Presidente-Financeiro
Paolo Orlando Piacesi
2º Diretor-Tesoureiro
Joaquim Pereira dos Santos
3º Diretor-Tesoureiro
Charles Dickens Azara Amaral
DIRETORES ADJUNTOS:
Hélio Queiroz da Silva
Diocesmar Felipe de Faria
Francisco Valdenir Machado Elias
DIRETORES SUPLENTES:
Alexandre Augusto Bitencourt
Ana Alice de Souza
Antonio Carlos Aguiar
Clarice Valente Aragão
Edson de Castro
Elaine Furtado
Erico Cagali
Fernando Bezerra
Francisco Messias Vasconcelos
Francisco Sávio de Oliveira
Geraldo Cesar de Araújo
Jó Rufino Alves
Jose Fagundes Maia
Jose Fernando Ferreira da Silva
Luiz Alberto Cruz de Moraes
Milton Carlos da Silva
Miguel Soares Neto
Roberto Gomide Castanheira
Sérgio Lúcio Silva Andrade
Sulivan Pedro Covre
CONSELHO FISCAL:
Titulares:
Alexandre Machado Costa
Benjamin Rodrigues dos Santos
Raul Carlos da Cunha Neto
Suplentes:
Antônio Fernandes de Sousa Filho
Maria Auxiliadora Montandon de
Macedo
Henrique Pizzolante Cartaxo
DELEGADOS REPRESENTANTES
JUNTO À CNC
Delegados Titulares
1- Adelmir Araujo Santana
2- Rogerio Torkaski
Delegados Suplentes:
1 - Antônio José Matias de Sousa
2 - Mitri Moufarrege
DIRETOR REGIONAL DO SESC
José Roberto Sfair Macedo
DIRETOR REGIONAL DO SENAC
Luiz Otávio da Justa Neves
DIRETOR DE ÁREA
DE COMBUSTÍVEIS
José Carlos Ulhôa Fonseca
SUPERINTENDENTE
DA FECOMÉRCIO
João Vicente Feijão Neto
DIRETOR DA ÁREA DE HOTÉIS,
BARES, RESTAURANTES E SIMILARES
Jael Antônio da Silva
DIRETORA-EXECUTIVA DO
INSTITUTO FECOMÉRCIO
Elizabet Garcia Campos
SINDICATOS FILIADOS
Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e
Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato
das Empresas de Compra, Venda, Locação
e Administração de Imóveis Residenciais e
Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos
Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais
Autônomos na Área de Beleza e Institutos
de Beleza para Homens e Senhoras do DF
(Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista de
Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma)
• Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros
de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e
“AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas
de Representações, dos Agentes Comerciais
Distribuidores, Representantes e Agentes
Comerciais Autônomos do DF (Sindercom)
• Sindicato das Empresas de Serviços de
Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das
Empresas de Promoção, Organização, Produção
e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos
do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas
Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato
do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista)
• Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis
e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de
Condomínios Residenciais e Comerciais do
DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio
Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) •
Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas,
Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e
Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos
Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do
DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras
de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) •
Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários
e Consignatários e de Produtos Assemelhados
do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio
Varejista de Materiais de Construção do DF
(Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material
Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato
do Comércio Varejista de Material de Escritório,
Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato
dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato
do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF
(Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do
DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e
Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF
(Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de
Veículos Automotores do DF (Sindloc) • Sindicato
das Empresas de Sistemas Eletrônicos de
Segurança do Distrito Federal (Siese)
SINDICATO ASSOCIADOS
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e
Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato
do Comércio Varejista de Combustíveis e de
Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis)
SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília -DF – 70306-911 – (61) 3038-7500
6
Revista Fecomércio DF
editorial
Comércio
no vermelho
Com uma economia em retração desde 2014 - quando o comércio apostou na Copa do Mundo e
pouco lucrou -, novamente no final
do ano, o Natal foi mais esperado
do que nunca e... decepcionou! As
vendas de dezembro tiveram queda de 5,16% no acumulado de 12
meses e fecharam o ano no vermelho. É possível que os consumidores tenham reservado parte da
renda para atender às obrigações
tributárias de início de ano. Isso
sem falar do desgaste econômico
que os servidores do GDF passaram, ao terem seus salários parcelados e pagos com atraso.
Sendo assim, a principal data
para o comércio no primeiro semestre, o Dia das Mães, reacendeu
a esperança nos empresários. Só
que, infelizmente, muitos não conseguiram segurar os aluguéis altos,
o reflexo no aumento no número de
famílias endividadas e tiveram que
fechar suas portas antes mesmo de
comemorar uma possível retomada
nas vendas com a data.
Além da situação econômica
desfavorável, há empresários que
levantam questões como falta de
segurança, estacionamentos escassos, burocracia. O fato é que a
situação é grave nas ruas do DF.
Em dezembro último, 7.642 lojas
foram fechadas, o que representa
16,16% do total de empreendimentos do DF. Em apenas um mês, a
Asa Norte teve 1.561 lojas fechadas. Cada loja fechada representa,
em média, cinco pessoas desempregadas.
A sociedade organizada vem
pensando soluções para essa cri-
se no âmbito do comércio, como a
proposição de cobrança menor de
IPTU para lojas abertas e maior
para lojas fechadas. Mas acredito
que o comércio não precisa apenas
de incentivos e desburocratização.
É preciso, por exemplo, mais segurança pública nas ruas, já que boa
parte do movimento de clientes
está nos shoppings, onde há mais
segurança.
Nós, do comércio, sabemos que
gerar emprego e renda é uma função da iniciativa privada. Não cabe
ao Estado ter a missão de abrir
postos de trabalho. Em contrapartida, é tarefa do governo criar condições favoráveis para que os empresários possam desempenhar
seu papel, estimulando o ambiente
produtivo e eliminando tudo o que
atrasa a economia brasiliense.
Enfim, é com esperança que
espero trazer boas-novas nos próximos meses, acreditando que a
crise econômica na qual nosso
País se encontra seja passageira e
não afete profundamente a atividade do comércio no DF em médio e
longo prazo.
A principal data
para o comércio
no primeiro
semestre, o Dia das
Mães, reacendeu
a esperança nos
empresários
Adelmir Santana
Presidente do Sistema
Fecomércio-DF:
Fecomércio, Sesc, Senac
e Instituto Fecomércio
Revista Fecomércio DF
7
entrevista
Para além do
esporte
//Por Taís Rocha
Fotos: Cristiano Costa
Presidente do Comitê
Paralímpico Brasileiro (CPB)
e vice-presidente do Comitê
Executivo do Comitê
Paralímpico Internacional
(CPI), Andrew Parsons, fala
nesta entrevista sobre a
meta do Brasil terminar
os Jogos Rio/2016 como
a quinta melhor potência
do mundo. Além disso,
cita que um dos legados
que os Jogos Paralímpicos
Rio 2016 deixarão é a
acessibilidade.
O Brasil é uma das potências
do esporte paralímpico
mundial. Ficou em 9º lugar
em Pequim/2008 e em 7º em
Londres/2012. O senhor acha
factível que atinjamos a meta do
5º lugar nos Jogos Rio/2016?
Essa meta foi estabelecida
em 2009, quando fizemos o
planejamento estratégico
para dois ciclos paralímpicos.
Digo que ela é factível sim,
mas igualmente agressiva.
Precisamos passar países que
são potências esportivas, como
Estados Unidos e Austrália, mas
estamos trabalhando duro para
isso. Incrementamos o que foi
feito para Londres e amplificamos
nossas estratégias, usando um
conceito de fazer “não mais
do mesmo, mas melhor do
mesmo”. Otimizamos algumas
questões, como a concentração
geográfica. Temos um programa
no qual concentramos os
atletas, reduzindo, assim, o
número de profissionais para
treinar e atender mais atletas,
concentrar os melhores atletas,
os melhores profissionais e
os melhores serviços em um
único local. Estamos usando um
centro em São Caetano (SP) e
esse trabalho tem nos trazido
bons resultados, o que indica
a direção certa, sobretudo se
observarmos o que chamamos
de Geração pós-Londres, com
nomes como Daniel Dias, André
Brasil, Terezinha Guilhermina,
atletas já consagrados e aqueles
que ainda não eram medalhistas,
mas já conseguiram resultados
significativos depois de Londres.
Essa renovação mostra que o
nosso modelo está dando certo.
São quantas as modalidades e
quantos atletas participarão das
Paralimpíadas?
Como País anfitrião, estaremos
presentes nas 22 modalidades
dos Jogos. Esperamos uma
delegação de cerca de 200 atletas.
Em Londres, tivemos 180. A
ideia é que nossa delegação seja
a melhor de todos os tempos.
Temos que fazer valer o fato
de estarmos atuando em casa.
Temos trabalhado com os atletas
para que isso não se reverta
em pressão de estar atuando
em casa, mas que isso seja
transformado em uma questão
positiva. A ideia é que a pressão
seja jogada para o lado dos
adversários. Quem tem que sentir
o baque de estar na nossa casa
são os outros e não nós.
O Comitê Paralímpico Brasileiro
está montando, em parceria
com o Ministério do Esporte, um
centro de treinamento de ponta
para os atletas paralímpicos, em
São Paulo. Quando ficar pronto,
o senhor acredita que ele pode
ser um marco para o esporte
paralímpico?
Sim, certamente ele será um
marco. Ele é fruto de uma parceria
entre o governo do Estado de
São Paulo, o governo federal e o
CPB, ou seja, diferentes linhas
políticas que conseguimos juntar
em um projeto. Ele vai catapultar
o esporte paralímpico a outro
patamar. Talvez não tenha um
efeito prático para 2016, mas será
um legado para a geração que
irá trabalhar para os Jogos de
Tóquio/2020, que terá quatro anos
de treinamento em um centro de
alto nível, de tecnologia, com a
melhor estrutura que existe no
mundo, para 15 modalidades. Ele
é um marco na questão técnica,
mas também na conquista do
esporte paralímpico brasileiro.
Todos os nossos adversários
têm centros de treinamento,
com modelos diferentes. É um
legado que será inaugurado antes
mesmo do início dos jogos.
“Ninguém ignora o
fato da deficiência,
mas há outros
fatores que chamam
mais a atenção. E é
isso que queremos
com as pessoas com
deficiência de modo
geral no Brasil. É
preciso entender
que elas têm uma
característica sim,
mas que é uma, entre
milhares de outras.
Não é a mais, nem a
menos importante,
mas é apenas uma”
Além dos treinadores,
comuns a todos os esportes,
os paralímpicos envolvem
ainda outros profissionais da
área da saúde, professores,
Revista Fecomércio DF
9
entrevista
pesquisadores, fisioterapeutas.
Como o Brasil está nesse quesito?
Temos grandes profissionais,
treinadores, preparadores físicos
no Brasil que lidam tanto com a
pessoa com deficiência, quanto
com o atleta com deficiência. A
Ciência do Esporte ajudou o Brasil
a evoluir bastante nesse sentido
desde Sidney, em 2000. Há uma
forte aproximação com o meio
acadêmico, com as universidades
por meio de parcerias na produção
do conhecimento e na realização
de pesquisas na área das pessoas
com deficiência. O Comitê
organiza um congresso bianual
que é hoje o maior do mundo em
importância. Temos um pool de
profissionais muito grande e bem
preparado. É claro que o Brasil
é um País com grandes desafios
na área da integração da pessoa
com deficiência. Acredito que o
esporte paralímpico tem tornado o
assunto mais palatável, debatido,
tema de uma agenda nacional de
debates. A parcela da população
com deficiência no País não pode
ser ignorada – pelo menos 25
milhões de brasileiros têm algum
tipo de deficiência. Ainda existe
muito mito, muito preconceito.
Sempre quando vamos fazer
palestras e falar da prova que
envolveu o sul-africano, Oscar
Pistorius, e o brasileiro, Alan
Fonteles, que desbancou o então
favorito nos 200m rasos e levou o
ouro em Londres, perguntamos à
plateia o que ela viu na prova. As
respostas sempre são: superação,
velocidade, competição, alto nível,
10 Revista Fecomércio DF
“Os jogos serão
catalizadores,
irão acelerar as
mudanças, mas elas
têm que continuar.
É importante que
o Brasil continue
se tornando um
País cada vez mais
acessível. Esse
sentimento coletivo
de acessibilidade deve
ser de todos nós”
tecnologia, uma série de coisas.
Eu nunca ouvi ninguém falar em
deficiência. Mas ela está lá, é
inegável. Ninguém ignora o fato da
deficiência, mas há outros fatores
que chamam mais atenção. E
é isso que queremos com as
pessoas com deficiência de modo
geral no Brasil. É preciso entender
que elas têm uma característica
sim, mas que é uma, entre
milhares de outras. Não é a mais,
nem a menos importante, mas é
apenas uma.
Na opinião do senhor, qual
o maior legado que os jogos
paralímpicos deixarão para o País
e para os brasileiros?
O primeiro é essa mudança de
percepção da realidade, um
legado intangível. As crianças e
jovens, com e sem deficiência,
são foco importante para
nós. Temos um projeto nesse
sentido para que se vejam sem
autopreconceito, sem criar
limitações para elas mesmas.
Queremos que os tomadores de
decisão do futuro já cresçam com
essa percepção modificada. Há o
legado de transformação social
– essa mais física. O município
do Rio de Janeiro e o estado
estão executando uma série
de iniciativas para melhorar o
sistema de transporte, já levando
em consideração a questão da
acessibilidade. Isso de certa
forma é novo no País. Lá está
sendo implementado o sistema
via BRT, já visando à utilização
dos cadeirantes, intersecção dos
diferentes modais, essa integração
entre um meio de transporte e
o outro - BRT com ônibus, por
exemplo, tem que ser acessível.
Mas isso tem acontecido. Outro
legado importante, relativo
ao setor privado, é o setor
de serviços, o dono de um
restaurante, bar ou hotel que
está prevendo e propiciando essa
acessibilidade. É um mercado
consumidor importante. Qual a
dificuldade de construir a entrada
de um estabelecimento acessível
aos cadeirantes, ter um cardápio
em braile e um cardápio em braile
em inglês?
E com isso transformar o Rio de
Janeiro em um destino turístico
acessível?
Sim. Temos trabalhado com o
governo nesse sentido, de traçar
esse tipo de estratégia e realizála. Não é só acompanhar os jogos.
Queremos comprometimento,
mudanças, e que elas não
acabem em 2016. Essa é uma
preocupação nossa. Os jogos
serão catalizadores, acelerarão
as mudanças, mas elas precisam
continuar. É importante que o
Brasil prossiga se tornando um
País cada vez mais acessível.
Esse sentimento coletivo de
acessibilidade deve ser de
todos nós.
Sabemos que a realidade do
atleta profissional no País não é a
ideal. Muitos têm que se dedicar a
outras atividades e trabalhos para
se manterem. Para os atletas com
deficiência, isso pode ser ainda
mais complicado. O Comitê tem
algum projeto para qualificá-los
e prepará-los para o mercado de
trabalho fora das competições?
Estamos desenhando um
programa de transição de
carreiras, visto que esse tema
é algo crítico para todo atleta,
sobretudo para o paralímpico,
diante da dificuldade de inserção
no mercado de trabalho da pessoa
com deficiência de um modo
geral. Se você alia a isso o fato
do ex-atleta, que dedicou sua
vida toda a treino-competiçãodescanso, fica mais difícil ainda.
Muitas vezes ele não se capacitou
e só vai pensar nisso quando
a carreira dele efetivamente já
terminou. Realizamos pesquisas
com diversos atletas paralímpicos
e todos foram unânimes em dizer
que aqueles que não o fizeram,
se tivessem tido a oportunidade
de se preparar, o teriam feito.
Eles encarariam esse momento
de uma forma melhor. Estamos
buscando uma série de parceiros
– o Senac pode ser um parceiro
fundamental nesse processo –
para capacitar os atletas de hoje,
que ainda estão atuando, para
que, quando pararem, já tenham
um caminho desenhado para sua
carreira.
foram aos Jogos de Atlanta/1996
para cá, como nosso público-alvo,
para que possamos capacitá-los.
Atualmente, estamos fazendo um
raio-x deles – o que estão fazendo,
onde estão morando, quais suas
aptidões. Alguns, nesse momento
pós-carreira, podem continuar no
esporte, se tornar fisioterapeutas,
treinadores esportivos. Mas
muitos podem deixar o esporte e
buscar outra profissão. As opções
são infinitas, mas precisamos
despertar neles a necessidade
de planejamento e fornecer-lhes
as ferramentas. Acredito que é aí
que entra uma possível parceria
com o Senac e o Sistema S de
modo geral, que terão um papel
decisivo.
Já há algo concreto do Comitê
quanto a isso?
Temos uma parceria com a
empresa de RH Adecco, que está
nos auxiliando a traçar um perfil
de quais as competências de
cada atleta e que caminhos ele
pode trilhar para ter opções de
capacitação e prepará-los para
o mercado de trabalho. O passo
seguinte seria encaminhar esse
profissional para o mercado de
trabalho propriamente dito. Aliado
a isso, com o atendimento à Lei de
Cotas para Deficientes no Brasil,
que ainda está longe de ser ideal,
imaginamos que esse projeto é
inovador e tem capacidade de
melhorar, ser útil não só para
os atletas, mas também para
empresas e para o setor de
serviços. Abrir esse leque de
opções é fundamental.
E quanto aos atletas que já
pararam de competir?
“Estamos buscando
uma série de
parceiros
– o Senac pode
ser um parceiro
fundamental nesse
processo – para
capacitar os atletas
de hoje, que ainda
estão atuando,
para que, quando
pararem, já tenham
um caminho
desenhado para sua
carreira”
Sim, para eles temos outra ênfase.
Delimitamos dos atletas que
Revista Fecomércio DF 11
varejo
Revitalizar
é preciso
//Por Luciana Corrêa
Fotos: Raphael Carmona
Shoppings tradicionais da cidade apostam em obras de revitalização
para atrair mais clientes e aumentar as vendas
B
rasília surgiu no papel com
uma arquitetura moderna e
ousada para a época em que
foi inaugurada, e ainda impressiona
seus visitantes. Considerada uma
cidade-monumento, muitos dos empreendimentos construídos após sua
inauguração, tentam acompanhar
essa modernidade. É dessa forma
que os shoppings de Brasília colocaram a mão na massa. Mais do que
acompanhar o mercado, sentiram a
necessidade de investir em revitalização para manter os prédios com o
perfil da cidade.
O Taguatinga Shopping está na
cidade desde novembro de 2000. Ao
redor, não havia nenhum outro
comércio quando inaugurado. Em 2008,
com o crescimento da região, o local
passou pela primeira grande obra
de expansão, com investimento de
R$120 milhões. Foram abertas 60
novas operações e duas torres comerciais, com 330 salas. “Sempre
focamos em melhorias para o consumidor. Com novos empreendimentos na vizinhança, tanto comerciais quanto residenciais, nos vimos
obrigados a fazer mais investimentos”, conta a superintendente, Eliza
Maria Ferreira.
Com isso, o centro comercial
passou a ter um fluxo de movimento
15% maior vindo das torres, e o público geral
aumentou em 10%.
Eliza
completa
que foram gera-
dos mais de 2.500 empregos diretos
e acredita que indiretamente esse
número seja três vezes maior. “Mas
não podemos ficar apagados perto
das belíssimas construções. Estamos com um novo projeto em fase
final, com execução prevista para o
segundo semestre de 2015”, conta. O
valor das novas obras ficará em torno
de R$ 27 milhões.
A empresária, Carla Gonçalves
Stival, há cinco anos tem lojas no
shopping e é proprietária da Carmen
Steffens Concept. Ela comemora as
ampliações que trouxeram aumento
no fluxo de clientes. “Vejo que pessoas têm comentado as mudanças,
contentes com mais marcas, mais
restaurantes e vagas no estacionamento também. Hoje, tenho um
público de Águas Claras, Guará e
a elite de Taguatinga, que passou a
frequentar mais o shopping”, comemora Carla.
Fachada do
Venâncio Shopping
12 Revista Fecomércio DF
RESULTADOS PERCEPTÍVEIS
Ao completar 18 anos em 2015, o
Pátio Brasil Shopping também está
em processo de revitalização de suas
estruturas. As obras no empreendimento iniciaram em 2014 e devem
ser concluídas em 2017, com investimento de R$ 120 milhões. A modernização será em três etapas, uma
delas internamente, nos banheiros,
piso de alimentação, equipamentos,
entre outros. As outras envolvem a
fachada e mudança dos elementos
de decoração interna. De acordo com
o superintendente do centro comercial, Carlos Passos, já são perceptíveis
os resultados positivos com apenas
40% do investimento aplicado. “Em
novembro de 2014, tivemos a maior
porcentagem de aumento de vendas
dos últimos 36 meses. Há um processo de cumplicidade do público com a
gente. O cliente tem se sentido mais
valorizado. Fizemos uma pesquisa
que nos mostrou que estamos no caminho certo”, conta.
O empresário Júlio Cesar Alonso é proprietário de uma loja Cacau
Show no Pátio Brasil há sete anos e
apoia completamente o investimento
que será feito. “O shopping precisa
estar sempre em modernização e vejo
que essa mudança trará bons resultados para todos. Os clientes já estão
percebendo que está mais agradável
andar nos corredores. A fachada será
“Com novos
empreendimentos
na vizinhança, nos
vimos obrigados
a fazer mais
investimentos”
Eliza Maria Ferreira
superintendente do
Taguatinga Shopping
a cereja do bolo para aumentar o movimento”, elogia. Júlio destaca ainda
que as obras acabam atraindo novos
empreendedores de peso e obrigando
os lojistas antigos a se modernizarem
também. “A minha loja já está com a
roupagem mais moderna”, conclui.
MAIS LOJAS
Um dos mais tradicionais centros
comerciais de Brasília, inaugurado
há quase 40 anos, o antigo Venâncio
2000, fez avanços em vários sentidos. A modernização começou pela
marca e agora se chama Venâncio
Shopping Escritórios e Gastronomia.
A nova roupagem vai custar R$ 200
milhões, investidos por meio de financiamento bancário e investidores
varejistas e imobiliários. A revitali-
“Os clientes
já estão
percebendo
que está mais
agradável andar
nos corredores”
Júlio Cesar
proprietário de loja
zação garante um espaço moderno,
mantendo o perfil que já existe, o de
oferta de diversos serviços. Além de
alterações nas estruturas interna e
externa, já em andamento, o espaço
contará com novas atividades de varejo e alimentação. “A nossa localização é privilegiada e temos um movimento por conta dos serviços que
oferecemos. Queremos trazer mais
comodidade, com mais produtos,
serviços e experiências de consumo
para o consumidor que já frequenta
nossos espaços e, é claro, conquistar
novos frequentadores”, explica a gerente de Marketing Karine Pagotte.
A ampliação aumentará a área
bruta locável (ABL) para 15 mil m²,
e com a oferta de mais de 150 lojas.
A estimativa é que sejam criados
mais de dois mil novos empregos
diretos e indiretos. Uma das novidades é a vinda do Outback Steakhouse. Na área gourmet haverá ainda
Subway, Pacífico Sushi, Panelinhas
do Brasil e Tostex.
A psicóloga Josélia Moraes Queiroz trabalha no Venâncio há 9 anos,
em uma empresa nas torres comerciais e elogia principalmente a praça
de alimentação que já está pronta.
“Está excelente e arejada. Bom porque eu não preciso mais sair daqui
para almoçar. Hoje em dia está muito
agradável ficar aqui”, elogia. Josélia
acha importante o investimento. “A
estrutura estava bem antiga e não
estava bonita.”
Revista Fecomércio DF 13
economia
Indicadores
do comércio
//Por José Eustáquio Moreira de Carvalho
A
partir desta edição, a
Revista Fecomércio terá
uma coluna, sob a responsabilidade da Assessoria Econômica, em que serão analisados cinco indicadores de suma
importância para o planejamento e
acompanhamento do desempenho
do setor de comércio no Distrito
Federal: Endividamento e Inadimplência do Consumidor, Confiança
dos Empresários do Comércio, Intenção de Consumo das Família e
Taxas de Juros para Pessoas Jurídicas e Físicas.
No geral, o primeiro trimestre
de 2015 fechou sem grandes surpresas. Seguiu a tendência verificada nos dois últimos trimestres
de 2014. Alguns resultados foram
PEIC - Endividamento e Inadimplência das Famílias Distrito Federal
Março
Fevereiro
Inadimplência
Dívida Total
14 Revista Fecomércio DF
Março 2015
Janeiro
90,7
90,2
90,1
Cartão de Crédito
Dívida impágavel
piores do que apontavam as expectativas dos empresários e especialistas. Como tem sido a regra, a
desconfiança na condução da economia e a ausência de horizontes
das políticas de governo têm sido o
principal motivado.
A política de incentivo ao consumo via crédito, estabelecida para
atenuar os efeitos da crise, teve repercussão negativa no comércio já a
partir do início de 2014. O elevado nível de endividamento, a redução do
poder de compra aliada à alta taxa
de inadimplência, têm prejudicado o
faturamento das empresas. Abaixo
o quadro de desempenho dos principais indicadores da Pesquisa de
Endividamento e Inadimplência do
Consumidor (PEIC).
0,0
0,1
0,3
7,8
7,6
8,1
82,2
81,4
80,9
Fonte: CNC
Também seguiu a tendência de queda o Índice de
Intenção de Consumo das Famílias. Em relação ao mês
de fevereiro, o indicador global caiu 9,7 pontos, influencido pela queda maior nas famílias de renda até 10 salários mínimos (10,8 pontos).
ICF - Intenção de Consumo das
Famílias Distrito Federal
Março
Fevereiro
Março 2015
Janeiro
115,1
122,1
124,6
Mais de
10 SM
99,1
109,9
112,8
Até
10 SM
Taxax de Juros Pessoa Jurídica
Conta garantida
104,1
113,8
116,6
Geral
Dois outros fatores de grande influência, tanto do lado
do consumidor quanto do empresário do comércio são as
taxas de juros praticadas no País. Os valores nominais têm
crescido constantemente desde o início de 2014, mais fortemente nos últimos seis meses. Na comparação deste
trimestre, o destaque nas taxas para Pessoa Jurídica, ficou
com a Conta Garantida, que atingiu o patamar de 116,29%
em marçoa, subindo 9,54 pontos percentuais em relação
a janeiro. No crédito à Pessoa Física, mais uma vez as taxas campeãs foram as do Cheque Especial (201,74% em
março, contra 185,63% em janeiro) e do Cartão de Crédito
(290,43% em março, contra 258,26% em janeiro).
Março
38,32%
31,37%
Fevereiro
37,51%
29,08%
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio do
DF (ICEC/DF), no mês de março, apresentou queda de
4,8 pontos no índice geral, em relação ao mês de fevereiro. Isoladamente chama a atenção a queda de 7,2 pontos
na confiança nas condições atuais da economia.
Janeiro
37,03%
28,32%
Março
Indicadores
investimento
Fevereiro
Fonte: CNC
109,10%
106,75%
Fonte: ANEFAC
Taxas de Juros Pessoa Física
Março 2015
Março
Janeiro
128,2
131,2
134,8
Empréstimo
pessoal
bancos
CDC
Financiamentos
automóveis
Janeiro
138,71%
138,18%
135,53%
Empréstimo
pessoal
financeiras
92,7
96,9
101,8
63,3
70,5
76,3
Fevereiro
59,00%
58,27%
55,55%
26,97%
26,68%
25,34%
201,74%
195,20%
185,63%
Cheque
Especial
290,43%
276,04%
258,26%
Cartão de
Crédito
ICEC - Geral
116,29%
Março 2015
Indicadores das
expectativas
Indicadores das
condições atuais
Capital
de Giro
Desconto de
duplicatas
SM: Salário Mínimo
Fonte: CNC
ICEC - Índice de Confiança
Empresário do Comércio DF
Março 2015
94,7
99,5
104,3
Juros do
Comércio
82,48%
81,65%
78,56%
Fonte: ANEFAC
Revista Fecomércio DF 15
gastronomix
Rodrigo Caetano
http://bloggastronomix.blogspot.com
[email protected]
Jornalista
e blogueiro
www.facebook.com/sitegastronomix
Frescos e bem preparados
Cria de Brasília, o chef Lui Veronese
começou cedo. Adolescente,
trabalhou no Dom Francisco e
no Piantella. Em 2009, formado
em Cozinha Criativa na Espanha,
estagiou no mítico El Bulli e no
Arzak. Depois disso, foi chef de
partida no catalão El Celler de Can
Roca, o segundo no ranking da
revista Restaurant, e ainda passou
por casas estreladas na Inglaterra e
na Holanda. De volta à cidade natal,
apresenta seu trabalho autoral
no Cru, aberto em dezembro nos
fundos do Oliver. Atrás do Balcão
Criativo, a brigada de Veronese
prepara ceviches, carpaccios e
tartares. Todas as receitas são
servidas em porções pequenas,
de modo a permitir ao cliente uma
experiência diversificada.
Comece pelas ostras, trazidas
diariamente de Santa Catarina: R$ 6
(a unidade) ou R$ 14 a dupla cozida
em vinho e finalizada com creme de
cebola. O Cerrado (R$ 26) mistura
cubos de linguado a um equilibrado
leite de tigre com cajuzinho-domato. Esse resultado não se repete
no steak tartar (R$ 32), que leva
acento de mostarda acima do ideal.
Entre os poucos pratos quentes,
fique com o peixe black cod ao
molho de missô e o bolo desidratado
de shoyu (R$ 49). Finalize com o
caviar de morango (R$ 18).
16 Revista Fecomércio DF
Cru Balcão Criativo
SCES, Trecho 2, Clube de Golfe de Brasília
Viagens gastronômicas
(61) 3323-5961
São Paulo
Tuju
Loi
Restaurante com pegada moderna
não simplesmente na arquitetura,
mas no cardápio. O chef paulistano
Ivan Ralston Bielavski é generoso
nas inovações e tem devida
formação para ousar na cozinha. Por
lá você vai encontrar combinações
diferentes como peixe azul com
iogurte feito na casa, picles de
rabanete e farinha de mandioca de
Uarini, coxinha de galinha d’angola,
ceviche de vieiras e tartare com
sorvete de mostarda.
Salvatore
Loi agora
cozinha em
casa. O capricho
na escolha dos ingredientes e na
execução dos pratos continuam
sendo seu forte ao levar à mesa
suas versões de clássicos como
risoto de lagostim feito sem
manteiga com purê de ervilha ou
ravióli de carbonara com perfume
de limão siciliano.
Fradique Coutinho, 1.248 – Pinheiros
Rua Melo Alves, 674 - Cerqueira César
(11) 2691-5548
(11) 3063-0977
Com alma calanga
Os empresários Diniz Raposo
e Alex Mansur Mattos sempre
curtiram fazer esporte ao ar livre.
Pensando nisso, resolveram
produzir uma linha de sucos com
consultoria de nutricionistas da
Universidade de Brasília (UnB).
Surgiu então o Calango Juice,
com elementos 100% naturais de
Brasília. Ao todo, são nove sabores
diferentes. As combinações são
feitas de ingredientes adquiridos
integralmente de
produtores do Distrito
Federal. O centro de
produção de sucos
artesanais está instalado
na Vila Planalto. Além
disso, os sucos podem
ser encontrados em
eventos com a presença
do Juice Truck, que, de
quebra, tem música e
bom astral.
Os sabores Calango Juice são:
Recupera - beterraba, maracujá, maçã, laranja
Força - abacaxi, espinafre, hortelã, laranja
Equilíbrio - laranja, maçã e cenoura
Se joga - abacaxi, couve, gengibre, hortelã e laranja
Partiu – laranja, cenoura, lima da Pérsia, hortelã, maçã
100 a 120
é a quantidade de ostras
trazidas fresquinhas
de Santa Catarina para
as mãos do chef Lui
Veronese. Colhidas de
madrugada, chegam por
avião antes do almoço
Pílulas
gastronômicas
D.O.C Food Wine & Bar apresenta
suas novas criações. O chef José
Maria, ex-Ares do Brasil, aposta no
almoço para dar mais movimento a
casa. Entre as opções, o Picadinho
D.O.C com ovo frito, arroz branco,
farofa na manteiga e banana
frita (R$ 44) e o Filé de Peixe com
acompanhamento do dia (R$ 44). QI
21, Comercial, Ed. Vitrine 21, Lago
Sul. Telefone: (61) 2196-4271.
Relaxa - laranja, maçã e canela
Curte - canela, gengibre, maçã, maracujá e uva
Refresca - laranja e maracujá
Calango Juice
juice.calangosoul.com
(61) 9407-1919
Massa
integral
A pizzaria Fratello Uno agora
oferece pizzas com farinha integral
italiana. A promessa é de que a
fatia fica mais crocante. Optando
pela massa integral, o cliente
paga uma taxa extra de R$ 4 no
tamanho pequeno, R$ 5 para o
médio e R$ 6 para o grande. O
chef Dudu Camargo ressalta que
os recheios mais leves combinam
muito bem com esse tipo de massa.
As boas pedidas ficam por conta da
pizza Da Flor com massa integral
(pomodori pelati, coração e fundo
de alcachofra refogada com ervas
frescas, alho e vinho branco, queijo
ementhal e lascas de presunto de
Parma – R$ 43,90 individual, R$
50,90 média e R$ 57,90 grande) e a
Natureba (pomodori pelati, lascas
de abobrinha e berinjelas assadas,
cobertas de fatias de muçarela
de búfala, salpicadas com pesto e
orégano – R$ 38,90 individual, R$
43,90 média e R$ 48,90 grande).
Fratello Uno
103 Sul, bloco A, loja 36
(61) 3321-3213
109 Norte, bloco D, loja 19
(61) 3447-3360
Revista Fecomércio DF 17
artigo economia
Hora de reforçar o balão
na infraestrutura
18 Revista Fecomércio DF
pública e voltar-se para a expansão
do investimento, especialmente em
infraestrutura, passando a adotar
um modelo pró-investimento.
Não bastasse isso, o governo vinha reduzindo drasticamente os excedentes de caixa para cobrir juros
e amortizações, de forma tal que a
razão dívida-PIB recomeçou a subir, espalhando o pânico do temor
de insolvência entre os mercados
financiadores.
Um problema do ajuste fiscal
em curso é que implicará a retirada
de gás do balão, algo novo para a
gestão Dilma. Desacelerando a demanda oriunda do setor público, a
economia tende a crescer menos
no curto prazo. Mas a subida da
taxa de câmbio, enquanto continuar
acima da inflação, ajudará a sair da
recessão, via maiores exportações,
o que será crucial para a recuperação natural da receita.
Só que, para nos livrar mesmo da recessão e aumentar o PIB
potencial, é preciso ainda remover
os obstáculos que estão travando
fortemente a expansão dos investimentos em infraestrutura.
Raul Velloso
Doutor em Economia pela
Universidade de Yale (EE.UU).
Atualmente é consultor
econômico em Brasília
Pela insistência
em um modelo
econômico
errado, o
crescimento do
PIB potencial
caíra de algo ao
redor de 4,4%
ao ano
Cristiano Costa
Na virada do primeiro para o segundo mandato de Dilma Rousseff,
a economia brasileira lembrava um
balão cheio de gás, com um vazamento que tendia a ficar cada vez
mais estreito e uma capa cada vez
mais esgarçada. A capa era a capacidade de produção do País, que
cresce com os investimentos; o gás,
as sucessivas injeções de demanda agregada de consumo que vêm
ocorrendo há vários anos; e o ponto de vazamento era a saída para
atendimento via importações.
Com base no alto grau de utilização de capacidade calculado para
os últimos anos pela FGV e na taxa
de desemprego batendo no fundo
do poço, segundo cálculos do IBGE,
chegamos ao virtual pleno emprego dos fatores de produção, fato
inédito louvado pelo governo. Esse
diagnóstico só se esquecia de salientar que, sem uma mudança do
tipo de enchimento do balão, o País
tenderia, a partir dali, a crescer a
taxas bem mais baixas do que se
imaginava possível. Não é por outro
motivo que, em 2014, o PIB subiu
apenas 0,1%, após crescer às taxas
não muito brilhantes de 3,9%, 1,8%
e 2,7%, em 2011-13, mesmo após o
mundo superar o auge da crise do
subprime americano.
Em economês, isso significa
que, pela insistência em um modelo econômico errado, o crescimento
do PIB potencial, por mais que seja
difícil defini-lo e aceitar cálculos
precisos do seu valor, caíra de algo
ao redor de 4,4% ao ano, entre 2007
e 2010, para 3% em 2011, e 2,4% —
ou menos nos dias de hoje. A saída,
então, seria aumentar a poupança
BOLETIM DA CONJUNTURA IMOBILIÁRIA
S Í N T E S E
SINDICATO DA HABITAÇÃO
Março
O Boletim de Conjuntura Imobiliária do mês de
março/2015 mostra cenário econômico pessimista, com
o Índice de Confiança do Consumidor e da Indústria em
acentuada queda. Também em recuo, o Nível de Utilização
da Capacidade Instalada (NUCI) de 1,2% sendo o menor
valor desde 2009. Da mesma forma, em queda, o nível de
atividade da construção civil.
nacional, o índice imobiliário de comercialização de
imóveis do DF apresenta valorização no período avaliando
e acumulada no ano de 2% positiva.
Um bom indício para os investidores e alento para o setor.
ÍNDICE DE PREÇOS
O primeiro trimestre de 2015 fica marcado pelos escândalos de corrupção do governo federal com amplo envolvimento do partido governista - PT, trazendo instabilidade ao
empresariado, desestímulo a investimentos e contração
da economia tendo sido fechadas mais de 50mil vagas de
trabalho, o pior desempenho desde 2001.
Variação Mensal
0,90%
0,00%
Neste quadro tempestuoso de crise política, insatisfação
social e desaceleração econômica, buscam-se os investimentos mais conservadores e seguros. No revés do cenário
IGP - M
Fevereiro
Março
ÍNDICE DE RENTABILIDADE IMOBILIÁRIA
Residencial
0,47
0,44
0,52
%
Brasília
%
ÍNDICE IMOBILIÁRIO SECOVI - DF
116,000
jul14
set14
nov14
%
%
1,22 1,22
0,70 1,32
%
%
%
%
0,31
0,62
jan14
mar15
O Índice imobiliário SECOVI DF reflete o
comportamento geral dos preços de aluguel
e de venda dos imóveis ofertados no DF.
Demonstra as tendências do mercado imobiliário auxiliando nas tomadas de decisão.
126,292
127,000
124,000
mai14
%
Comercialização
110,039
mar14
%
INCC
ÍNDICE IMOBILIÁRIO SECOVI - DF
Locação
114,378
106,000
0,27 0,53
0,98 1,21
IPCA
A região do Guará apresenta a melhor relação
de rentabilidade em Quitinetes, comparado
com Brasília e Águas Claras.
Veja mais no Boletim Completo em nosso site.
%
Guará
IPC
Os indicadores apresentaram crescimento,
exceção ao IPC. O aumento reflete a forte
pressão dos preços refletido pelo aumento do
mês anterior na área de Habitação.
Quitinete
Águas Claras
IGP - DI
122,000
124,121
mar14
mai14
jul14
set14
nov14
jan14
mar15
VEJA O BOLETIM COMPLETO NO SITE:
www.secovidf.com.br
Leve sua imobiliária para o SECOVI-DF: 3321 4444
%
%
artigo doses econômicas
Superendividamento
e finanças pessoais
Para aqueles que não têm controle de suas finanças pessoais, é
importante alertar que estar em uma
situação de superendividamento leva
a situações de dificuldades, constrangimentos, exclusão social, desespero
e algumas vezes à morte.
Ao longo dos últimos anos a economia brasileira experimentou forte
crescimento de crédito e do endividamento das famílias. O volume de
crédito do Sistema Financeiro Nacional passou de R$ 417,8 bilhões em
janeiro de 2004 para R$ 1,71 trilhão
em janeiro de 2011. Essa relação de
crédito bancário/PIB passou de 24,3%
para 45,5% no mesmo período. Grande parte desse crescimento foi impulsionada pela carteira de pessoa física,
que, no início de 2004, representava
somente 38% do crédito total e, em
2011, atingiu 45,9% do estoque ou o
equivalente a R$ 787,7 bilhões.
A expansão do crédito, em um primeiro momento, gera uma sensação
de prosperidade. Aumenta o consumo, a demanda por mão de obra em
todos os setores, aumenta a oferta de
emprego, os salários, a renda nominal e os investimentos; o que estimula
os números do PIB, do emprego e
da renda. Havendo sustentabilidade, a expansão de crédito gera
prosperidade. Entretanto, sem
sustentabilidade gera prosperidade artificial e, mais tarde, as
duas principais consequências,
Parceria:
Ronalde Lins,
economista, membro
do Corecon/DF
20 Revista Fecomércio DF
endividamento e a inflação de preços.
Entre 2004 e 2011 ocorreu uma
explosão de crédito. Contudo, atualmente, 62,5% das famílias brasileiras estão endividadas, sendo 36,42%
endividadas e sem condições de pagamento; 26,08% muito endividadas;
e somente 37,5% não têm dívidas ou
têm dívidas sob controle e/ou com
investimentos. Ou seja, o ingresso no
superendividamento pode se dar por
vontade própria, por não conhecer o
mercado, ser levado por tendências e
por suas armadilhas. Contudo, querer
sair dessa situação depende somente
de planejamento, mudança de comportamento, consumo consciente
pessoal e familiar.
Cristiano Costa
O endividamento crônico ou superendividamento das famílias brasileiras tem origem em fatores como a
baixa renda, o desemprego e o consumo inconsciente, motivos que devem
ser tratados, com ênfase, por meio de
políticas voltadas para o bem-estar e
a recuperação da cidadania de pessoas que se encontram em situação financeira desequilibrada. Geralmente,
essas dívidas têm como nascedouro
o cartão de crédito, avança-se para
o cheque especial, financiamentos,
empréstimos com agiotas, o que se
transforma em uma bola de neve.
O superendividamento pode ser
considerado a impossibilidade global de o devedor pagar suas dívidas
atuais e futuras, que podem envolver
produtos ou serviços. Educação financeira e a mudança de comportamento são os primeiros passos para
se livrar desse problema.
Convém diferenciar endividamento de superendividamento. O primeiro
são as despesas dentro do poder de
pagamento, ou seja, aquilo que foi
comprado, bens ou serviços, que pode
ser pago. Não é considerado um péssimo negócio e, em muitos casos, é
melhor ter uma prestação e adquirir
um bem durável que gastar o dinheiro
sem objetivo. Já o superendividamento são despesas fora do poder de pagamento, ou seja, não foram planejadas e não serão pagas. É o que causa
o desequilíbrio patrimonial.
gente
Trabalho de mãe
para filho
//Por Sílvia Melo
Achados e perdidos
com facilidade
//Por Silvia Melo
Foto: Raphael Carmona
Encontrar documentos perdidos pode se tornar
mais fácil para os moradores do DF, que poderão
procurá-los em uma rede social candanga, a Mirtesnet. Criada pelo pernambucano Carlos Henrique do
Nascimento, de 37 anos, que veio para Brasília ainda
bebê, a rede social funciona desde 2010, mas só neste
ano incorporou o serviço de busca. A ideia surgiu de
um amigo policial militar que contou da dificuldade
que as pessoas tinham em achar seus documentos
perdidos ou roubados. “Existe um número grande de
documentos nos batalhões que não são devolvidos
porque as pessoas não vão atrás”, explica Carlos.
Além de documentos como RG e CPF, no espaço
podem ser compartilhadas outras coisas que foram
perdidas, desde que não tenha nada de pornográfico,
ressalta. Carlos explica que somente ele pode cadastrar os objetos perdidos. Por isso, pede para que, ao
acharem documentos na rua, entreguem nos postos
policiais. “A rede já tem 10 mil documentos cadastrados, muitos dos batalhões de polícia do Recanto das
Emas e de Samambaia”, informa. Carlos decidiu criar
a Mirtesnet ao ver a insistência do filho em querer se
cadastrar no Facebook. Como não é apropriado para
crianças, resolveu fazer a própria rede. “Atualmente
temos cinco milhões de pessoas cadastradas”, afirma
Carlos.
22 Revista Fecomércio DF
Foto: Raphael Carmona
A arte de desenhar letras foi a profissão escolhida
por Greg Gomes, de 44 anos, ainda novo, que o tornou
um dos mais procurados calígrafos do DF. Nascido
em Belo Horizonte, Greg mora na capital há 30 anos,
quando mudou-se em definitivo para acompanhar
os pais. Filho de relojoeiro e ourives, aprendeu com a
mãe, dona de casa, a aprimorar a letra com os cadernos de caligrafia na infância. “Naquela época minha
mãe não me deixava ficar na rua, então a diversão era
desenhar e escrever”, conta. Entre os trabalhos realizados pelo calígrafo, a placa gravada para o papa João
Paulo II, entregue quando visitou o Brasil, é um dos
destaques. Greg também faz muitos trabalhos para
órgãos do governo, associações e tribunais. “Tenho
trabalhos espalhados pelo mundo inteiro, uma média
de quatro a cinco em cada país com relação diplomática com o Brasil”, destaca, lembrando que grava para
o corpo diplomático. Morador de Taguatinga desde
que chegou ao DF, Greg sempre gostou de estar no
meio da arte. Além de calígrafo, é cantor e compositor, com dois CDs gravados. “Nunca me imaginei
fora do meio artístico. A caligrafia é minha vida, minha
arte, meu ganha-pão. Amo o que faço porque gosto
de valorizar presentes, personalizando-os, e realizar
sonhos. Tudo é feito com carinho e profissionalismo”,
explica.
Cinco
perguntas
para João Neto
Com 28 anos de experiência em restaurantes,
Neto gerencia o Gordeixo 306 Norte há 12
anos. Entrou para a casa a convite do então
proprietário Jorge Ferreira, fundador de 12 dos
mais badalados bares da cidade.
//Por Silvia Melo
Qual o maior desafio à frente do restaurante?
Mantê-lo funcionando. Procuramos associar
a boa qualidade da comida com o bom
atendimento e preços acessíveis.
//Por Luciana Corrêa Foto: Raphael Carmona
Um sucesso entre os noivos da capital, o fotógrafo brasiliense Rafael Ohana, de 34 anos, começou
sua carreira com fotojornalismo até perceber que o
que mais gostava de fotografar eram os casamentos
não tradicionais. Começou então a estudar sobre
técnicas e buscou referências fora do país. “Para
mim, os russos são os melhores em fotografia.
Usam muito a criatividade. No começo, eu tinha receio de sair do padrão. Pensei até que se mostrasse
o que eu realmente gosto, iria ter uma queda nos
meus clientes”, ressalva. Formado em Publicidade e
Jornalismo, Rafael começou a fazer diversos cursos
e durante um deles foi orientado a se soltar. Rafael
encontrou seu estilo e tem se destacado com uma
técnica chamada “Gravidade Zero”, em que o olhar
experiente com uma boa produção, fotos de alta
qualidade e um minucioso tratamento pós-produção trazem um resultado diferente do encontrado
no mercado. “Tento colocar o sonho dos casais na
foto. Com isso, busco fazer um trabalho autoral,
com temática, mas no grande dia eu trabalho com
o fotojornalismo mesmo. O diferencial está no meu
olhar”, explica.
Quantos funcionários gerencia?
São 32 colaboradores. Alguns estão aqui há
dez, 18 e 25 anos.
Qual o prato mais pedido da casa?
Filé à parmegiana, não só pelo
tamanho, mas pelo modo
como é feito, gratinado no
forno a lenha e o molho
feito com tomate italiano.
Qual o segredo do sucesso na
área gerencial?
Gostar do que faz, ter
muita dedicação.
Cada dia é uma
história diferente.
Raphael Carmona
Fotos com
estilo próprio
O que a casa faz para manter a clientela?
Manter a excelência do atendimento, a união
entre os funcionários e demonstrar carisma
com os clientes.
Revista Fecomércio DF 23
formação
Criatividade
que se aprende
Empresas
Q
oferecem cursos
que despertam o
talento criativo e o
espírito inovador
nos empresários
Professor vestido de salvavidas, alunos vendados e
descalços, pisando na areia:
nas aulas na Perestroika
tudo é válido para reforçar
o conteúdo por mais tempo
24 Revista Fecomércio DF
//Por Sílvia Melo
uando se fala em criatividade, muitos pensam que
essa característica é nata
e exclusiva de pessoas que possuem
talentos especiais. Para quem pensa
assim, a boa notícia é que a criatividade pode ser adquirida e desenvolvida na prática. Por isso, empresas
especializadas em oferecer cursos
para despertar o talento criativo e o
espírito inovador estão fazendo sucesso no DF. Estudantes, profissionais de diversas áreas, empresários,
executivos, empreendedores, entre
outros, buscam nos cursos de inovação e criatividade a oportunidade de
desenvolver essas habilidades para
aplicá-las no dia a dia, melhorando
também o desempenho profissional.
Você já imaginou chegar para
assistir uma aula, ter que vendar os
olhos e colocar uma fita crepe na
boca para poder entrar na sala? E
tomando uma cerveja gelada, descalço na areia sem estar em uma
Fotos: Raphael Carmona
praia? Professores vestidos de salva-vidas, mergulhadores circulando
no ambiente com uma vendedora de
sanduíches naturais? Na Perestroika tudo é possível. “A metodologia é
baseada na experiência. E esse tipo
de experiência pela qual os alunos
passaram fará com que se lembrem
do conteúdo por mais tempo”, explica
o publicitário Guilherme Piletti, sócio
e diretor da Perestroika em Brasília.
Na capital desde março de 2014,
a escola livre de artes criativas foi
fundada em 2007, em Porto Alegre,
e possui sedes em Recife, São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Rio de
Janeiro. Oferece cursos com uma
média de 14 encontros com um modelo inovador para abordar diversos
assuntos. Além dos cursos abertos
para o público em geral, possui os
customizados para empresas (Sputnik) e oferece palestras que abordam
temas sobre criatividade, inovação,
empreendedorismo, gestão, liderança e tecnologia.
Com pouco mais de um ano de
atuação em Brasília, passaram pela
escola cerca de 200 alunos. “No primeiro ano, oferecemos seis cursos
para ver como seria a aceitação. Este
ano, a expectativa é a oferta de mais”,
afirma Guilherme. Dentre as turmas
que estão no mercado de Brasília
destacam-se o Chora PPT - curso que
ensina como fazer apresentações impactantes, 100% focado em conceitos
que servem para qualquer tipo de plataforma; Empreendedorismo Criativo,
que ajuda a pessoa se descobrir empreendedora; Tomorrow: Futurismo +
Hacking & Internet of Things + Futuro
do Trabalho; e Trindade, curso de comunicação contemporânea que aborda as mudanças pós-revolução digital.
A psicóloga Rita Albuquerque decidiu entrar para a Perestroika pensando em se atualizar, já que está
há pouco tempo trabalhando na área
de Marketing, com mídias, redes
sociais e marketing online. Em sua
terceira aula do curso Trindade, ela
está satisfeita porque o curso tem
uma proposta diferente de reflexão.
“O professor mostra cases de como
as empresas estão conseguindo se
posicionar nas redes sociais. Com o
curso você consegue refletir sobre os
aspectos da vida, tanto pessoal quanto profissional”, destaca.
AGILIDADE
Inaugurada em 2012, a Brasília
Marketing School (BMS) também é
uma dessas escolas que trabalham
com a criatividade e inovação. Com
cursos de curta duração, oferece capacitação nas áreas de Marketing,
Marketing Digital, Comunicação, Publicidade, Propaganda e Negócios.
Desde sua inauguração até meados
de abril, contabiliza 945 alunos certificados. “Os cursos são de curta ou
curtíssima duração porque o aluno
precisa aprender hoje e colocar em
prática amanhã. O mercado exige
certa velocidade”, explica o publicitário Fernando Antunes, 36 anos, proprietário da BMS.
Entre os cursos, há a possibilidade de fazer um pacote para o curso
que ajuda a desenvolver a criatividade. Com 50 horas/aula, o BMS Criatividade possui cinco módulos, com
aulas aos sábados. “O aluno aprende
de processos criativos, passando por
direção de arte, redação publicitária,
criação na prática e portfólio”, destaca Fernando. Além desse, a empresa
oferece mais 46 cursos.
Graduado em Administração e
pós-graduado em Gestão de Pessoas, o empresário Daniel Innecco,
sócio-proprietário da ótica e joalheria
Romário Veras, tinha muita dificuldade para entender o mundo dos designers e da área digital e encontrou nos
cursos da BMF a oportunidade de
poder interagir com profissionais do
marketing e da publicidade e propaganda. “Queria entender melhor esse
mundo digital. Não que eu fosse para
lá para fazer o trabalho desses profissionais, mas para poder sentar em
uma mesa e ter mais conhecimento
para discutir, ter ideias e saber o que
é possível e o que não é”, explica.
Nosso desafio
hoje é trazer a
empresa para
2015, sabendo
acompanhar as
mudanças que
são constantes e
velozes
Daniel Inneco
empresário
O resultado dos cinco cursos que fez deu a ele uma base para descobrir
o posicionamento da empresa nos dias atuais. “Nosso desafio hoje é trazer a
empresa para 2015, sabendo acompanhar as mudanças que são constantes
e velozes”, destaca. “Estamos estudando o uso de ferramentas e aplicativos
de forma positiva para que não invada a privacidade dos consumidores e dos
clientes, lembrando que temos que usá-las com uma linguagem mais jovem
também, que é justamente o público que consome mais”, conclui.
DICAS ORIENTADAS
Ainda na área publicitária, a Funyl, inaugurada em 2003, oferece cursos de
Direção de Arte, Redação, Atendimento, Mídia, Produção Gráfica, Produção
Publicitária, Planejamento Estratégico e Fotografia Publicitária. Os cursos oferecidos são Direção de Arte, Atendimento, Produção Gráfica, Redação, Mídia,
Fotografia, Planejamento, Relações Públicas Digital, Produção Publicitária e
Marketing e Produção de Eventos. O público-alvo são estudantes e profissionais
da área de comunicação. “No momento a Funyl passa por uma reestruturação
e em breve teremos novidades”, afirma o publicitário Mauro Assis, proprietário
da empresa.
Formado em Marketing, Lucas Breder sentiu falta de ter conhecimento
mais prático e fez na empresa o curso Direção de Arte. “Para mim, as aulas
trouxeram o complemento do conteúdo teórico. Aprender com professores que
respiram publicidade faz toda a diferença. Lá eu tive dicas muito bem orientadas sobre como montar um portfólio, o caminho até um bom conceito, onde
buscar referência, coisas que só a teoria não ensina”, destaca ele, que atualmente é diretor de arte na Agência 100%. “Depois do curso senti mais confiança em exercer a profissão, principalmente por conta da valorização de boas
ideias”, explica.
Revista Fecomércio DF 25
vitrine
Taís Rocha
Jornalista,
editora-chefe
da Revista
Fecomércio
[email protected]
(61) 3038 - 7525
Confira as dicas de presentes para uma das datas mais comemoradas do ano no comércio, o
Dia das Mães.
Colar
Perfumado
com sua
fragrância
favorita, O
Boticário.
Sutiã (R$ 179,90)
e calcinha
(R$ 69,90)
PatBO para
Valisere
R$
59,99
Kimono,
Avanzzo
Combo
sapato e
bolsa para
a mãe
fashionista.
Brinco em ouro
branco 18k
com rubis e
safiras, do
R$
designer
Emar
11 mil
Batalha
R$
399
Nos ares
Bota com franjas Red, Schutz
R$
490
26 Revista Fecomércio DF
R$
329
O Pátio Brasil Shopping levará 135 sortudos e
seus acompanhantes para o Dinner in the Sky –
uma experiência gastronômica a 50m de altura,
na Esplanada dos Ministérios. A cada R$ 450 em
compras, o cliente poderá escolher, caso sorteado,
entre almoço, coquetel ou jantar. A promoção em
homenagem às mães é válida até 12 de maio.
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nº 15414.901053/2013-88. O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor:
0800 570 7042 - Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 775 5045 24 horas, sete dias da semana. Ouvidoria: 0800 775 1079 - Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 962 7373 Das 8h às 18h, de 2º a 6º feira,
exceto feriado ou pelo site www.bbseguros.com.br. A Ouvidoria tem como objetivo atuar na defesa dos direitos dos consumidores, esclarecendo, prevenindo e solucionando conflitos. Deverá
solucionar, de forma ágil e imparcial, as insatisfações que, por algum motivo não foram esclarecidas pelos canais de atendimento habituais, como, por exemplo, o SAC.
sustentabilidade
Dinheiro que
vem do lixo
//Por Liliam Rezende
Foto: Cristiano Costa
Ao gerar 2,4kg de
resíduos por dia
por habitante, o DF
movimenta cerca de
R$ 500 milhões por
ano com o mercado
de serviços de
limpeza urbana
28 Revista Fecomércio DF
N
os dicionários, lixo é um material sem valor ou utilidade
que se joga fora. Mas, do
ponto de vista sustentável, seu significado é bem diferente. No Brasil,
as cadeias produtivas envolvidas com
lixo (o que inclui o setor de resíduos
sólidos, reciclagem e todos serviços
refrentes à coleta do lixo) movimentam um mercado de R$ 22 bilhões
em receitas por ano, segundo estimativa da Associação Brasileira de
Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). No DF,
o mercado de serviços de limpeza
urbana movimentou cerca de R$ 500
milhões em 2013.
O padrão de vida do cidadão brasileiro prosperou nos últimos anos,
sobretudo nas classes mais baixas
da pirâmide social, cujo poder de
consumo aumentou. Viver melhor,
como se sabe, significa consumir.
E consumir gera mais — às vezes
muito mais — lixo. É o que está acontecendo no Brasil, e os cidadãos brasilienses são os campeões - cada habitante do DF gera, em média, 2,4kg
de resíduos por dia.
Jorge Ribeiro,
da Capital Recicláveis
Garrafas, embalagens, latinha,
papel, papelão - esses produtos que
depois de utilizados são descartados
pela maioria da população, representam matéria-prima para a empresa Capital Recicláveis. Existem
1.200 recicladoras no País, segundo
estimativa da Abrelpe. No DF são 15
empresas recicladoras formalizadas.
“Esse número está aumentando
conforme os brasileiros consomem
mais produtos industrializados. Mas a
maioria das empresas ainda está em
um estágio rudimentar de desenvolvimento tecnológico”, diz Jorge Ribeiro
Dias, gerente operacional da Capital
Recicláveis, considerada a terceira
maior empresa do País no ramo.
A Capital Recicláveis recebe, todos os dias, cerca de 500 toneladas
de plástico, papel, alumínio e metal.
Após alguns processos industriais,
uma média de 400 toneladas retorna ao mercado, nas mais variadas
formas. Ainda segundo Jorge, a empresa compra a matéria-prima de
associações de catadores do DF e
Entorno, além de instituições como
Senado, Câmara dos Deputados,
Banco do Brasil e o Sesc-DF, que separa resíduos internamente e depois
vende. “Hoje, essas grandes instituições perceberam o valor do lixo, além
da preocupação com o meio ambiente. Então, o que é produzido por elas
retorna depois ao mercado de forma
sustentável e ainda gera lucro.”
De acordo com Dias, além de conseguir extrair lucro do “lixo”, a empresa tem outro papel fundamental.
“Geramos 350 empregos diretos e
mais de 20 mil indiretos. Os catadores
têm papel fundamental nessa logística e os resíduos descartados por nós
diariamente se transformam na renda
mensal de muitas famílias”, destaca.
Ainda segundo ele, falta uma boa
política de preservação por parte das
autoridades competentes. “Todos os
setores da administração pública deveriam se unir em prol dessa causa.
Quem recicla e preserva deveria ter
os impostos reduzidos além de outros
incentivos. Assim eu tenho certeza
que avançaríamos muito mais nessa questão que deve ser encara com
muita responsabilidade”, opina Jorge.
LIXÃO
Há 40 anos encravado a apenas 15km do Congresso Nacional
reina, imponente, o Lixão da Estrutural. Chamado tecnicamente de
Aterro Controlado, ele representa,
na verdade, uma ameaça à saúde
ambiental do DF. O local recebe, por
dia, mais de 6 toneladas de resíduos da construção civil e 2 toneladas
de resíduos orgânicos, dessa forma,
considerado o maior da América Latina, segundo o Ministério do Meio
Ambiente.
O fechamento do lixão só deve
ocorrer depois que o aterro sanitário de Samambaia ficar pronto.
O prazo para extinção dos lixões foi
determinado pela Lei Nacional de
Resíduos Sólidos em 2 de agosto
de 2010, com limite de quatro anos
para ser cumprido. Pela lei, os governantes que não cumprirem as
determinações podem ter de pagar
multa de até R$ 50 milhões, além
de ficarem impedidos de pegar empréstimo com a União.
De acordo com a assessoria do
1.200
é o número de empresas
recicladoras formalizadas no País
No DF, esse número não passa de
15
Serviço de Limpeza Urbana do DF (SLU), a retomada da construção do aterro
sanitário e reforma de cinco centrais de triagem de resíduos sólidos é prioridade absoluta da pasta. O SLU já está elaborando os estudos necessários para
tomar as decisões sobre os prazos e as técnicas para encerrar a operação do
lixão e iniciar o aterramento de resíduos sólidos gerados no DF.
“A proposta é implementar um aterro sanitário e colaborar para a melhoria das condições de vida dos catadores de material reciclável, implantando os
centros de triagem, a coleta seletiva e desativando o lixão”, afirmou a diretora-geral do SLU, Kátia Campos.
A reforma imediata de duas centrais de triagem no Setor de Indústria e
Abastecimento e de uma terceira no Setor de Garagens Oficiais Norte é fundamental para o processo, avalia Kátia. “Dessa forma, poderemos multiplicar
o número de catadores, retirá-los do Lixão e colocá-los em espaços adequados
do ponto de vista técnico, ergonômico e ambiental.”
COOPERAÇÃO
A reciclagem do lixo é um tema complexo que vem ganhando força e fundamentando ações práticas por parte do poder público e da sociedade. É o caso
da ex-catadora Maria de Jesus Pereira de Sousa, 27 anos, que transformou a
vida de mulheres da Estrutural. Mãe de uma menina de 5 anos, teve de deixar
o local de trabalho – o lixão - após uma série de problemas de saúde. Resolveu,
então, usar a limitação como oportunidade. Em troca de doações, em 2011, começou a cuidar de filhos de amigos, de colegas e de vizinhos, em sua maioria,
catadores de lixo.
“Eu perdi 5% do movimento do braço esquerdo. Tive de parar. Decidi, então,
que daria mais oportunidade a outros catadores. Foi quando comecei a ficar
com as filhas de minhas vizinhas e amigas”, conta. Em uma casa alugada, de
50m², cerca de 120 crianças dependem do cuidado de Maria e mais 17 voluntários. Há quatro anos, ela criou uma creche voluntária para ajudar mães solteiras e catadoras de lixo, que precisavam trabalhar e não tinham com quem deixar os filhos. No local, a maioria das crianças, até cinco anos, fica em período
integral, das 8h às 17h. Os voluntários se revezam por turnos.
“Apesar de todas as dificuldades, não desanimo, e meu sonho é poder remunerar todas as 17 pessoas que dedicam seu tempo à creche, além de atender um número maior de crianças.” Para Maria, qualquer tipo de contribuição
é bem-vinda, e quem quiser ajudar ou saber mais informações sobre a creche,
pode ligar para: 9575-0755.
Revista Fecomércio DF 29
tendência
Sobre
duas rodas
//Por Sacha Bourdette
Fotos: Cristiano Costa
Com uma malha cicloviária de 550km de extensão, o DF é terreno fértil
para novos negócios nos quais a bicicleta é a grande protagonista
A
utilização de bicicletas como
meio de transporte é uma
tendência mundial. Se antes
o uso ficava limitado ao lazer e fins
de semana, hoje é possível ver pessoas e grupos circulando pelas ruas
do DF a qualquer dia e hora. Segundo dados da ONG Rodas da Paz estão registrados mais de 50 grupos
de bikes na cidade.
Para o economista e voluntário
do projeto nacional Bike Anjo, Ma-
Doce
bicicleta
A chef de cozinha e empresária, Thais Marega, decidiu ampliar a
atuação de sua loja de doces. Viu na
bicicleta uma alternativa de expandir.
“Pesquisei e vi que o movimento de
foodbikes estava crescendo. Então
montei a Browniecleta, onde vendo
brownies em uma bicicleta pelo preço de R$ 6 a R$ 8. Ofereço três sabores fixos e um quarto que é o da
semana. Sempre estou inventando
novos sabores, como o de torta brownie com doce de leite argentino”, contou. O recheio do brownie, ela coloca
na hora. “O Browniecleta está valendo muito a pena, pois é uma janela
para as outras coisas que eu faço. A
minha meta é distribuir os brownies
em pontos. Um diferencial do meu
produto é que tiro 50% do açúcar na
receita. Nos eventos de foodtruck,
por exemplo, vendo em média 120
unidades”, finalizou.
30 Revista Fecomércio DF
teus Lima, as bicicletas agregam
inúmeras vantagens. “É um meio
de transporte atrativo e que traz diversos benefícios, inclusive econômicos. No comércio, o usuário com
bicicleta tende a consumir, pois ele
pára mais ao longo do caminho do
que quando vai de carro”, assegura.
Lima destaca também pesquisa da
Associação Brasileira da Indústria,
Comércio, Importação e Exportação
de Bicicletas, Peças e Acessórios
(Abradibi), que aponta que o Brasil
produz 4 milhões de exemplares
por ano, o terceiro maior produtor e
o quinto mercado consumidor. “Levando em conta as potencialidades,
vemos uma tendência de que há
oportunidades de negócios com as
bicicletas”, concluiu. Nesse sentido,
novos modelos de negócios marcam
presença em eventos ao ar livre e
nas quadras da cidade. Confira alguns nesta matéria.
Flores na
cestinha
Flores na
cestinha
Fascinada pela natureza, a professora de Artes Plásticas e empresária, Alice
Maria Duarte, criou em agosto de 2014 a
DêLírios Bike Shop. “Eu sempre gostei de
flores. Adaptei minha mountain bike para
vender arranjos. Coloquei as fotos na rede
social e começou a procura. Para facilitar
as entregas e gerar mais retorno, criei assinaturas mensais nos valores de R$ 100,
R$ 150 e R$ 180”, disse. Lírio, flores do
campo, astromélia, bastão do imperador,
alecrim e até Espada de São Jorge são algumas das flores usadas para a confecção
dos buquês naturais. “Monto os arranjos e
tento fugir do convencional. Quase toda semana tenho encomendas de buquês. Minhas clientes fotografam e postam nas redes sociais. É a poesia da vida para mim”,
acredita. O maior empecilho para a atuação de Alice é a mobilidade. “Há pontos na
cidade em que não há ciclovias, como no
Setor Comercial Norte. Tenho que pedalar
junto aos carros”, reclamou.
Entrega ágil
Para o empresário e sócio da
Via Livre Express, Diego Ferreira
(direita), cada quilômetro pedalado
é uma redução de emissão de gás
carbônico e uma oportunidade de
negócio. Com a ideia de inovar no
segmento de entregas, ele montou
o serviço de bike courier. “Estamos
operando desde janeiro e contamos
com quatro funcionários no Plano
Piloto. É um serviço ágil, podendo
cortar caminho entre prédios com
liberdade. É uma economia de tempo pela agilidade e não pela velocidade”, detalha. Ele brinca que o
combustível da equipe são as frutas
que ele sempre leva. “Temos um
reforço positivo por ser um serviço limpo. Nesse início de operação
realizamos uma média de 14 entregas por dia em cada bike. Até junho
queremos atender em Taguatinga e
Águas Claras. O valor da entrega é a
partir de R$ 8 e varia de acordo com
a modalidade”, aponta.
Revista Fecomércio DF 31
tendência
Vinhos em
movimento
O empresário e sommelier, Carlos Soares, sentia falta de vinhos e
espumantes em eventos ao ar livre.
“Sempre ofereciam cerveja. Por
isso, decidi unir a minha profissão e
me tornar um microempreendedor
com a minha esposa, levando vinhos
para qualquer lugar.” Ele montou a
Wine Moving em 2012. “Vendo a um
preço acessível. Cada taça custa R$
10 e duas taças R$ 15. Em eventos
de grande porte chego a vender
500 taças”, revelou. Carlos também
procura valorizar produtores locais
e rótulos diferenciados, como os
orgânicos. Ele possui uma equipe
de quatro pessoas. “Está compensando muito. A proposta é que no
futuro eu consiga abrir franquias
com bikes em outros segmentos”,
contou. Porém, Carlos relata que as
ciclovias precisam melhorar. “Entre
muitas quadras não há ciclovias e
faltam bicicletários. Brasília é uma
cidade que possui muitos espaços
verdes e está sendo tomada por
carros”, lamenta.
em automóveis é muito provável que
daqui a uma década o trânsito esteja
parado”, prevê.
De acordo com o secretário de
Mobilidade do DF, Carlos Tomé, a
malha cicloviária tem atualmente
550,2km de extensão, mas não foram bem planejadas. A meta da secretaria é concluir mais 650km. “As
ciclovias do DF não foram pensadas
para o deslocamento. São críticas
que vão da concepção à localização
das pistas. Atualmente, a secretaria
está sem orçamento. Por isso, estamos mapeando todas as ciclovias
para fazer o planejamento de construção, além de apoiar campanhas
educativas. Acreditamos que tudo
isso estará bem adiantado até o fim
do governo”, esclareceu.
Desafios
A Fecomércio-DF realizou o estudo Brasília 2015, no qual foram
apontados problemas e soluções
para a mobilidade urbana da cidade.
Segundo a pesquisa, é necessário
realizar uma profunda revisão no
sistema atual, pois para cada dois
habitantes do DF, existe um carro.
Para o presidente da Fecomércio-DF,
Adelmir Santana, o uso de bicicletas é uma das saídas. “É essencial
incentivar seu uso. Elas são sustentáveis do ponto de vista ambiental,
social e econômico. As pessoas estão
gastando de duas a três horas em
congestionamentos. Mas para isso,
é necessário que haja investimento
em bicicletários e interligação das
ciclovias. Se o investimento continuar
32 Revista Fecomércio DF
Situação atual
Dados do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) registraram um
total de 22 mortes de ciclistas em 2014. Para o presidente da ONG Rodas da
Paz, Jonas Bertucci, apesar da extensa quilometragem de ciclovias construídas, muitas não garantem a segurança e não facilitam a vida de quem opta ou
necessita da bicicleta como deslocamento. “Ao analisarmos a distribuição das
ciclovias implantadas, verifica-se que a região central, onde ocorreram 4% das
mortes no DF entre 2003 e 2013, foi contemplada com mais de 40% das ciclovias, enquanto vias e rodovias de alta velocidade continuam sem infraestrutura
cicloviária adequada. O ciclista, para ter direito de se deslocar pela cidade, precisa, em grande parte do tempo, continuar utilizando as ruas”, alerta.
O geógrafo e especialista em
mobilidade urbana do Mobilize,
maior portal do Brasil sobre o tema,
Yuree Batista César, explica que não
houve planejamento na construção
das ciclovias, local separado da pis-
ta e das ciclofaixas (faixas compartilhadas com os demais veículos.
O Mobilize segue cinco diretrizes
para as ciclovias: a continuidade,
linearidade, conforto, segurança e
atratividade. “Ceilândia, por exem-
plo, tem poucas ciclovias, apesar de
ser a cidade com mais bicicletas por
habitantes no DF. Há ciclovias em
lugares com velocidade máxima de
40km/h e por outro lado ciclofaixas
em vias de 70km/h”.
uma expectativa de crescimento de
vendas para 2015. “Estamos diver-
sificando e personalizando os nossos serviços”, aposta.
Mercado
de bikes
No segmento de vendas de bicicletas há dois
anos e meio, o proprietário da loja Commute, Samuel Haddad, oferece o
produto em uma estrutura
diferenciada. “Temos uma
grande variedade de bicicletas e acessórios. Oferecemos todas as opções do
ciclismo, das híbridas às
educativas para crianças.
Quase todas importadas”,
revela. Os modelos variam
de R$ 700 a R$ 45 mil.
Com a alta do dólar, as
vendas de modelos novos
foram prejudicadas, o que
impulsionou o mercado
das usadas. “Todas as bicicletas usadas que tinha
aqui na loja, vendi mês passado”,
contou. Apesar disso, Samuel tem
Bicicletários no comércio
Existem shoppings em Brasília que possuem bicicletários gratuitos. O Iguatemi, localizado no Lago Norte,
é um deles. A gerente de Marketing do centro de compras, Iara Rocha, explica como funciona: “Além de ser
gratuito, contamos com uma estação para recarga de modelos elétricos. São quatro vagas no total. O bicicletário comum e elétrico está localizado na garagem coberta, no 1º subsolo e o serviço da estação de recarga
funciona de acordo com o horário do shopping, das 10h às 22h, de segunda a sábado, e das 14h às 20h, aos
domingos. O nosso objetivo é incentivar a utilização de bicicletas”, afirmou.
O Conjunto Nacional é outro que oferece o bicicletário. O local foi o primeiro de Brasília a implantar o
sistema em um centro comercial. São ao todo oito vagas. Segundo o gestor do estacionamento, Fabiano
Venâncio, o espaço é gratuito, basta retirar o ticket e apresentar no guichê ou para um fiscal. “Recebemos
um fluxo diário de seis bicicletas e orientamos que todos prendam com cadeado e não deixem acessórios
soltos”, destacou.
Revista Fecomércio DF 33
capa
Cenário árido
para o comércio
//Por Luciana Corrêa Fotos: Cristiano Costa
Aumento no número de famílias endividadas, aluguéis altos e
instabilidade econômica são os principais fatores para o grande
número de lojas fechadas no DF
P
elas ruas de Brasília é possível ver uma nova fachada nas lojas. Em
uma única quadra no Plano Piloto, são quase 10 estabelecimentos
fechados e faixas penduradas com os dizeres “Passo o ponto”, “Aluga-se” ou “Vende-se”. O levantamento de lojas feito nas 27 Regiões Administrativas pela Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF) mostra que em
dezembro de 2014, 7.642 lojas foram fechadas, o que corresponde a 16,16%
do total de empreendimentos do DF. A Asa Norte é a região mais atingida,
com 1.561 desse total.
34 Revista Fecomércio DF
Na Asa Sul, a situação também não está
fácil. No mercado há
23 anos, com seis lojas
no DF, sendo quatro na
cidade, a empresária
Esdra Pereira Ramos
Chaer conta como a realidade comercial mudou. “Tenho loja aqui
na 305 Sul desde 1972.
Nunca tinha ficado com
espaços fechados. Temos quatro lojas aqui,
e em uma delas eu resolvi abrir um negócio
para mim, a Villa Biju,
e a outra está fechada
desde setembro do ano
passado”, lamenta. Esdra conta que já tentou
algumas estratégias
para ocupar o estabelecimento, como diminuir o valor do ponto,
porém, precisou desistir e oferece o aluguel.
“Antes, não precisávamos fazer nem
anúncio. Quando um inquilino saía,
já tinha outro esperando o ponto. A
última pessoa que estava aqui passou 14 anos e fechou as portas. Não
conseguiu mais sustentar. No último
ano, passou a não honrar com as
despesas mensais e me deixou um
prejuízo de R$ 30 mil em aluguel e
IPTU atrasado”, conta.
Para a empresária, as principais
razões para essa crise no comércio
de rua são basicamente econômicas: os altos custos de aluguel, com
impostos, encargos trabalhistas e
a alta do dólar. “Para a loja vazia,
até aparece gente interessada. Já
baixei o preço várias vezes, mas o
valor espanta. Na minha loja, trabalho com mercadorias importadas.
Quando fui repor alguns itens, levei
um susto. Está literalmente o dobro
do valor da última compra. Acabo
diminuindo a margem de lucro, para
tentar manter o preço e não espantar minhas clientes”, explicou.
Outra reclamação de Esdra recai
sobre a falta de incentivos por parte
do GDF. “O governo parece não estar
preocupado em criar
uma política de incentivos. A crise é geral,
mas o que o GDF está
fazendo aqui? Para
mim, nada”, desabafa.
“Antes, não
precisávamos
fazer nem anúncio.
Quando um inquilino
saía, já tinha outro
esperando o ponto.
A última pessoa que
estava aqui passou
14 anos e fechou
as portas”
Esdra Pereira
Ramos Chaer
Empresária
QUEDA NÃO
É DE HOJE
O doutor em Economia da UnB, Flávio
Augusto Corrêa Basílio, explica que o fator
econômico tem realmente afetado a categoria. Flávio conta que
a economia já estava
em retração em 2014
e os empresários estavam aguardando as
vendas entre o Natal
e o Dia das Mães deste ano, para tomarem
uma decisão sobre
como proceder com
seus negócios. “As expectativas estão confirmando que
a situação é grave. É um sintoma
da própria economia geral. Como
nada mudou, mesmo antes do Dia
das Mães, muitos não conseguiram
se sustentar no mercado e estão fechando as portas”, justifica.
O economista explicou ainda que
o consumidor está cauteloso. “O
custo de vida subiu. Isso afeta principalmente os mais pobres e a classe média. As pessoas com o poder
aquisitivo maior estão adiando grandes decisões de compra. Também
estão temerosas. Acredito que a
situação pode complicar”, lamenta.
As vendas tão esperadas para o
respiro do comércio realmente não
alcançaram números desejáveis.
Foi registrada uma queda de 6,34%
em fevereiro deste ano, em relação
a janeiro, o que mostra que a situação delicada do comércio se confirma. Esse é o resultado da Pesquisa
Conjuntural de Micro e Pequenas
Empresas do DF, realizada pelo Instituto Fecomércio. Em um período
de um ano (2014-2015), a variação
ficou em -17,36%.
Revista Fecomércio DF 35
capa
De acordo com o presidente da
Fecomércio-DF, Adelmir Santana,
é possível que os consumidores
tenham reservado parte da renda
para atender às obrigações tributárias de início de ano. “Vale observar
que, apesar do índice ser negativo,
houve um esforço de recuperação
do setor com promoções e ofertas
de pagamento facilitado, estratégias comuns no varejo para atrair os
consumidores diante de um contexto econômico difícil”, explica.
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor
(Peic), divulgada pela Fecomércio-DF, mostra um cenário ainda mais
complicado. O número de famílias
endividadas na capital passou de
602.980 em fevereiro para 608.700
em março de 2015. Um aumento de
5,7 mil pessoas. Isso significa que
82,2% possuem algum tipo de dívida. Adelmir Santana destaca uma
preocupação com esse quadro. “Os
consumidores estão apreensivos
com a alta da inflação, encarecimento do crédito e os problemas
1.561
36 Revista Fecomércio DF
da economia nacional. As famílias
brasilienses também estão bastante endividadas, o que contribui para
um baixo consumo”, explicou. Ainda
segundo a instituição, a expectativa
entre os empresários que estão com
as portas abertas é de que o Dia das
Mães servirá como um termômetro.
“Se as vendas não melhorarem, a
partir de maio o setor pode começar
a demitir funcionários em função do
prejuízo”, completou o presidente da
Fecomércio.
Além da situação econômica
desfavorável, há empresários que
levantam questões como segurança e falta de estacionamento para
acesso dos clientes. A proprietária
da Safira - Aluguel de Acessórios e
Vestidos, localizada na 307 Sul, Poliana Batista Pereira está isolada
entre estabelecimentos fechados.
No bloco, há apenas uma loja aberta além da dela. “Está tudo fechado
aqui em volta. Estou há sete anos e
meio aqui e nunca vi isso. Esses dias
mesmo sequestraram um cliente
aqui na quadra. Estamos com medo.
Qualquer movimento estranho, a recomendação para minhas funcionárias é: pode fechar a porta”, conta.
VAREJO
O Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista-DF) realizou
um levantamento das lojas fechadas
na W3 Sul, uma das avenidas mais
preocupantes em relação a fechamento de lojas. Já são mais de 180
lojas até março, contra 107 no mesmo período do ano passado.
O presidente do sindicato, Edson de Castro, cita as preocupações
mais comuns, como aluguel alto,
impostos, insegurança e queda nas
vendas, e ressalta o alto nível de desempregos gerados. “O fechamento
de tantas lojas, na W3 e em toda a cidade, representa por volta de 10 mil
pessoas desempregadas, considerando uma média de cinco empregados por loja”, explica. Preocupado
com a famosa avenida comercial, o
sindicato apresentou ao GDF uma
proposta para dar um novo rumo comercial para a avenida: cobrar me-
lojas foram fechadas na Asa Norte
em um mês no ano de 2014
“Está tudo fechado aqui em volta.
Estou há sete anos e meio aqui e
nunca vi isso. Esses dias mesmo
sequestraram um cliente aqui na
quadra. Estamos com medo”
Poliana Batista
Empresária
nor IPTU para lojas abertas e maior
para lojas fechadas. “Assim, estaremos objetivando reduzir os aluguéis
da avenida”, conclui.
O presidente do Sindicato do
Comércio Atacadista do DF (SindiAtacadista-DF), Roberto Gomide, explica que a economia é uma cadeia
e que o setor atacadista se alimenta
do varejista e, à medida que esse
tem dificuldade, o reflexo acontece
na mesma proporção. “Se o consumidor do varejista não compra,
nós também não vendemos. Com
relação às lojas que fecham é ainda
mais grave. Os que chegam à falência não pagam o atacado e a inadimplência aumenta substancialmente.
Percebemos que no primeiro trimestre houve uma queda em torno
de 10% nas vendas do atacado. A
inadimplência aumentou na mesma
medida”, lamenta.
Segundo o especialista em varejo, Alexandre Ayres, por trás da crise
apontada pelas pesquisas e confirmada pelos empresários, há um
histórico. Com a economia aquecida,
no período de 2010, e com melhorias
de indicadores de consumo, a oferta
de varejo cresceu até mais que as
condições para compras. “Todas as
vezes que a economia cresce, o comércio reage com velocidade. Como
a melhoria do consumo foi relativamente longa, o empresário vislumbrou uma expansão de mesma intensidade”, conta.
O especialista explica que com o
desaquecimento do consumo, que
já vem há mais de um ano, mesmo
as redes mais capacitadas já começaram a se estruturar para reduzir
o número de lojas. Segundo Ayres, a
taxa de mortalidade das empresas
de comércio corresponde a 80% de
todos os setores. “A confiança do
consumidor, os lojistas iniciantes
(inexperientes) e o problema real de
queda de consumo geram esse efei-
to terrível sobre as áreas comerciais.
Acredito que lojas continuarão a ser
fechadas até que a economia tenha
uma melhoria concreta”, disse.
Entre os fatores que Alexandre
afirma serem difíceis para o setor estão ainda tributação excessiva, problemas jurídicos, falta de
garantias mínimas de segurança,
infraestrutura (estacionamento, iluminação), falta de estrutura de saneamento em grande parte.
“O governo federal e estadual
criaram o pior ambiente de negócios
do mundo no Brasil. Não precisa
só de incentivo, é preciso desburocratização. O comerciante não é
um especialista em tributação, por
isso deveria ser mais fácil, deveriam
exigir menos, para que ele consiga
tocar sua loja. É preciso mais segurança pública também, pois parte do
movimento de clientes está no shopping, já que não há segurança na
rua”, conclui.
Revista Fecomércio DF 37
cinema
Clássicos de
volta em cartaz
//Por Gabriela Vieira
Circuito Temático Cine Club do
Sesc exibe de graça, até dezembro,
obras raras do cinema
C
om o objetivo de divulgar
a sétima arte, o Sesc-DF
traz para o público do Distrito Federal o Circuito Temático Cine Club, que exibe filmes
clássicos que fizeram história entre
1930 e 1970. Os filmes são exibidos
às terças, quartas e quintas-feiras
nas unidades do Sesc Setor Comercial Sul (Edifício Presidente Dutra),
Ceilândia, Gama e Taguatinga Norte,
e às sextas-feiras na área externa
do Panteão da Pátria, localizado na
Praça dos Três Poderes, às 19h. Todas as exibições têm entrada franca.
A preservação e divulgação da
história cinematográfica não só do
Brasil como de outros países são
alguns dos objetivos do Cine Club,
além de ressaltar as contribuições
que a arte proporciona para o processo de desenvolvimento da sociedade. “A iniciativa do Sesc é proporcionar ao público uma mostra rica
em pesquisa e dados históricos, que
ressalte a importância da arte para
38 Revista Fecomércio DF
o desenvolvimento e a formação dos
indivíduos”, destaca o presidente do
Sesc-DF, Adelmir Santana.
De acordo com o curador do circuito, Casimiro Neto, o evento será
uma ótima oportunidade para o público brasiliense assistir aos clássicos do cinema. “O Sesc está trazendo para os brasilienses um evento
que até então só era destinado para
o público selecionado e em locais
privilegiados. O circuito aberto para
o público em geral é uma forma de
direcionar o olhar das pessoas para a
fotografia, os diálogos e a cultura riquíssima inserida nos filmes”, conta.
O Cine Club também exibirá ao
longo do ano os festivais Charles
Chaplin, Alfred Hitchcock, Orson
Welles, Grande Otelo, Amácio Mazzaropi, Oscarito e Cantinflas, além
de filmes cubanos, mexicanos, canadenses, tchecos, italianos, franceses,
australianos e musicais. Os gêneros
das obras são diversificados e vão
do drama e faroeste, passando por
comédia e filmes nacionais. Serão
exibidos clássicos como E O Vento
Levou, Casa Blanca, Cidadão Kane,
Lawrence da Arábia, entre outros.
O Circuito Temático Cine Club é
realizado em parceria com o Centro
Cultural Três Poderes e se estende
até o mês de dezembro. Para mais
detalhes da programação, acesse o
site www.sescdf.com.br.
Mais informações
@sescdf
/sescdistritofederal
www.sescdf.com.br
congresso
Futuro do comércio
//Por Andrea Ventura
Foto: Fernando Bizerra/Sinfonc-DF
Entidades sindicais patronais de todo o País se reuniram para discutir
temas de interesse do setor de bens, serviços e turismo
O
segmento de sindicatos
patronais de todo o Brasil
se encontrou em abril. Durante três dias representantes se reuniram em Maceió (AL) no
31° Congresso Nacional de Sindicatos
Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, realizado pelo Sindilojas de Arapiraca (AL). O evento, que
contou com a participação de cerca
de 1, 4 mil pessoas, teve como tema
“Guerreiros a Serviço do Desenvolvimento” – para reforçar a condição de
luta do empresário, sempre pronto
para enfrentar entraves, como alta
carga tributária, oneroso sistema trabalhista, pouca qualificação e estudo
do trabalhador, entre outros. Foram
palestras, reuniões e “pinga-fogo”,
momento em que os participantes se
reúnem e discutem deliberadamente
os principais pontos escolhidos de interesse do segmento do comércio de
Bens, Serviços e Turismo.
Para o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, o encontro trouxe palestras importantes e a
participação do público foi expressiva.
“Contamos com a presença marcante
de entidades representativas, como a
CNC, que trouxe material esclarecedor sobre o sistema. Além disso, as
questões discutidas no encontro são
levadas para o parlamento, com ações
propositivas do comércio,” avaliou.
A comitiva da Fecomércio contou
com a participação de 70 empresários
ligados à entidade. Todos usavam uma
camiseta com os dizeres “Não aguentamos mais. Chega de corrupção”. A
ideia foi chamar a atenção para que
os temas apresentados no congresso fossem mais atuais. “A corrupção
é um mal que permeia todos os setores, o produtivo, o governamental”,
ressaltou Santana, que encabeçou o
movimento.
Um dos palestrantes foi o professor de economia, Samy Dana, que
falou sobre as perspectivas para o comércio. Segundo ele é preciso que o
empresariado esteja unido. “Enquanto os empresários não se juntarem
para fazer pressão no governo, nada
vai mudar”, declarou. Ele deu dicas de
como podem voltar a crescer diante
do cenário econômico atual.
Participante pela primeira vez, o
presidente do Sindicato do Comércio
Varejista de Produtos Farmacêuticos
do DF (Sincofarma-DF), Francisco
Vasconcelos, gostou do evento. Além
de sair estimulado, tem uma certeza:
vai levar o conhecimento que adquiriu.
“Repassarei as palestras para que
meus associados também assistam”.
O encerramento do encontro contou com um ato cívico intitulado “Empresários pela Paz”. Do evento saíram
dois documentos, dirigidos aos presidentes da Câmara dos Deputados e
do Senado. Neles, os líderes empresariais manifestam o pensamento do
setor em relação ao apoio ao Substitutivo ao PL 4.330/2004 e o repúdio
aos atos de corrupção que atingem
o País. A aprovação ao Substitutivo
ao PL defende que o dispositivo “visa
regulamentar a prestação de serviços
terceirizados e as relações de trabalho deles decorrentes, garantindo
segurança jurídica aos contratados
e respeito aos direitos trabalhistas e
previdenciários dos trabalhadores”.
Revista Fecomércio DF 39
Brasvendas
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REALIZAÇÃO
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ensino
Cristiano Costa
Mais profissionais
no mercado
de trabalho
//por Sílvia Melo
Senac forma mais de 600
alunos de cursos técnicos
e de aprendizagem
M
ais 667 alunos do Senac-DF concluíram os
cursos e estão prontos
para enfrentar o mercado de trabalho. Para comemorar e incentivá-los
a dar continuidade aos estudos, o
Senac-DF promoveu quatro sessões
solenes, nas quais entregou diplomas simbólicos aos estudantes dos
cursos de aprendizagem e técnicos
das unidades do Senac da Ceilândia,
Taguatinga, Sobradinho e Gama. As
cerimônias, parecidas com as típicas
colações de grau de quem conclui
curso superior, foram realizadas em
março e contaram com as presenças
dos familiares dos alunos, convidados e representantes do Senac.
Em todas as cerimônias das
quais participou, o presidente do
Conselho Regional do Senac-DF,
Adelmir Santana, destacou em seu
discurso a importância da continuidade dos estudos para manter-se no
mercado de trabalho. “O mercado é
extremamente exigente. E quando
falo exigente, é para alertá-los de
que isso é apenas uma etapa. Para
alguns uma etapa inicial, para outros
uma etapa intermediária. Mas além
disso temos novas etapas e novas
conquistas para continuarmos atendendo a essas exigências do mercado. Temos nítida compreensão disso,
porque nós, do Senac, pregamos
sempre a educação continuada e
oferecemos essas oportunidades aos
Adelmir Santana, presidente do Senac-DF: o mercado é extremamente exigente
nossos alunos por meio de cursos
que vão da formação inicial e continuada, passando pelo técnico, superior
e chegando aos de pós-graduação”,
ressaltou.
A primeira cerimônia aconteceu
em 16 de março no Teatro de Sobradinho para 71 alunos que concluíram
os cursos técnicos em Contabilidade,
Informática, Logística e os de Aprendizagem em Serviços de Supermercado, em Serviços Administrativos e
em Serviços de Vendas. A segunda,
realizada no dia 17, no Teatro Paulo
Gracindo, do Sesc do Gama, contemplou 142 alunos de nove turmas do
Senac daquela cidade, que concluíram os cursos Técnico em Secretariado, Técnico em Contabilidade,
Aprendizagem Profissional Comercial em Serviços de Supermercados,
em Serviços de Vendas e em Serviços
Administrativos.
A terceira cerimônia, realizada
em 19 de março, contemplou mais
de 340 alunos do Senac Taguatinga
que concluíram os cursos de Aprendizagem Profissional Comercial em
Serviços Administrativos, Hoteleiros,
de Supermercado e de Vendas. A
homenagem aos alunos foi no Teatro
Sesc Newton Rossi, na Ceilândia.
A última sessão solene também foi
realizada no Teatro Newton Rossi, no
dia 20, e contemplou 114 alunos da
unidade do Senac da Ceilândia que
fizeram os cursos Técnico em Contabilidade, Aprendizagem Comercial
em Serviços de Vendas e Aprendizagem Comercial em Serviços de
Supermercados.
Além de agradecer a presença
de todos na cerimônia dos alunos do
Senac da Ceilândia, o diretor regional
do Senac-DF, Luiz Otávio da Justa
Neves, destacou que a conclusão dos
cursos não significa uma despedida
do Senac, apenas uma pausa, já que
a instituição estará sempre de portas abertas para que os formandos
possam fazer novos cursos, dando
continuidade ao processo de formação profissional. “Venho aqui dizer
que esta formatura não é um adeus,
mas um até breve. Na vida, vocês vão
encontrar todo tipo de dificuldade. É
difícil, é trabalhoso, mas vale a pena.
E o mercado não é fácil, mas para
vocês, em relação a quem não fez um
curso no Senac, vai ser muito mais
fácil”, concluiu.
Mais informações
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Revista Fecomércio DF 41
história
Além dos livros
//Por Fabíola Souza
Foto: Cristiano Costa
Acervo do projeto Bibliotecas do Saber guarda documentos e fotos que
recontam a história do País e a vida de pessoas comuns
L
evar esperança por meio da
literatura é o objetivo do projeto Bibliotecas do Saber, desenvolvido pela Rede de Postos de
Combustíveis Gasol. O projeto espalhado por todo o DF e Entorno,
atende atualmente mais de 200 mil
pessoas por mês. A proposta resgatou, desde que foi criada em 2007,
um pouco da história do País e de
alguns brasileiros por meio de ob-
jetos encontrados dentro dos livros
arrecadados. Entre os achados estão documentos históricos originais
assinados pelo ex-presidente Getúlio Vargas, certidões de nascimento,
cartas de amor, provas acadêmicas,
além de fotos de pessoas que provavelmente fizeram as doações e
contribuíram para esses oito anos
de atividade. Tudo guardado de maneira cuidadosa em um espaço re-
servado na sede do projeto, no Posto
Cascol da 406 Sul.
As grandes encorajadoras desse processo foram a coordenadora-geral das Bibliotecas do Saber,
Carmen Gramacho, e a bibliotecária
Iza Antunes. De acordo com Gramacho, a primeira biblioteca montada
foi em uma escola pública no Lago
Oeste. “A partir daí a Gasol começou
a receber uma enxurrada de solici-
Adelmir Santana, Iza Antunes e Antonio Matias
42 Revista Fecomércio DF
tações. Eram tantas que não havia
meios de atender à demanda. Então,
criamos um cadastro das entidades
que solicitavam a nossa visita”, lembra a coordenadora.
Atualmente, o projeto tem 155
unidades montadas, com uma média de 2,5 mil livros por biblioteca,
em áreas rurais, escolas, presídios
e casas de recuperação de crianças
e adolescentes infratores. Além disso, o programa já atendeu até outros
países, como no caso de Angola, que
recebeu 20 mil livros. Mais além das
fronteiras do Distrito Federal, foram
instaladas também bibliotecas em
Goiás, Maranhão, Rio de Janeiro e
Ceará.
De acordo com a Iza, esses objetos foram encontrados desde o
começo do projeto, pois todos os
livros passam por uma triagem que
avalia estado de conservação e os
organiza por conteúdo. “No meio do
livro achamos fotografias, atestados
“Com essa
doação, a
Fecomércio-DF
soma a entrega
de mais de 230
mil revistas e 15
mil livros para
instituições”
Adelmir Santana
Presidente da FecomércioDF
de óbito, certidões de nascimento,
dinheiro, cartas de amor, cartões-postais”, conta a bibliotecária. Dessa forma, a instrução foi para guardar tudo o que era encontrado e em
hipótese nenhuma jogar fora.
Para Carmen, a história das pessoas é o que elas têm de patrimônio
na vida. “Um homem sem história
é um homem sem valor”. Dessa
forma, ela guarda todos os objetos
encontrados nos livros para poder
contar a histórias desses achados e
agradecer aos moradores de Brasília a doação dos livros.
Em 2010 a exposição criou forma. Antes de ser fixada no posto
Cascol da 406 Sul, a mostra era itinerante. E foi em uma dessas ocasiões que ocorreu um fato pitoresco.
“Uma moça parou na frente de um
painel e de repente começou a chorar. Ficou parada no local, estarrecida, olhando uma foto. Contou que
em uma das fotos era o irmão dela e
que ele havia doado os livros para o
projeto. Perguntamos se ela queria
levar a foto. Ela disse que não, que
a foto era nossa, e que o irmão retratado na foto havia falecido no ano
anterior, atropelado. Foi algo impactante”, recorda Carmen.
Iza também lembra de uma
vez que uma pesquisadora estava
fazendo um trabalho sobre a Era
Vargas e ela viu os documentos originais assinados pelo ex-presidente
na exposição e queria ficar com eles.
Mas eles não podiam ser cedidos,
então a pesquisadora sentou e começou a copiar as informações dos
documentos.
DOAÇÕES PRECIOSAS
É por meio das doações de livros
que é possível manter as 155 bibliotecas já existentes. Ciente disso, a
Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), por meio do
programa social Literatura Para Todos, realizou em março uma doação
de 130 mil revistas infantis de colorir
e 3,5 mil livros para o projeto Bibliotecas do Saber, da Rede de Postos
de Combustíveis Gasol.
De acordo com o presidente da
Fecomércio-DF, Adelmir Santana, o
alcance dessa ação é enorme. “Ouvi
relatos de pessoas que estavam em
uma situação de restrição de liberdade e encontraram nos livros um
caminho para se reintegrarem à
sociedade. Em outra ponta, muitas
crianças terminavam seus expedientes diários nas escolas do governo e não tinham onde continuar o
processo de aprendizado. As bibliotecas construídas nesses centros
de ensino servem como verdadeiras
opções de reforço escolar”, aponta
Adelmir. O fundador do projeto, Antonio Matias, afirma que qualquer
um pode fazer a doação de livros.
Ele explica que, depois de doados,
os livros passam por uma triagem
e são destinados aos postos das Bibliotecas do Saber. “Já recebemos
mais de três milhões de livros. Todos
doados”, ressalta Matias.
Por acreditar nesse tipo de trabalho e defender a bandeira da educação, a Fecomércio-DF pretende
realizar novas doações para projetos semelhantes, que trabalham
com pessoas em situação de vulnerabilidade social. “Acredito que,
se quisermos transformar a nossa
realidade, o caminho passa pela
educação. Com essa doação, a Fecomércio soma a entrega de mais de
230 mil revistas e 15 mil livros para
instituições”, diz Adelmir.
O programa social Literatura
Para Todos não conta com nenhum
tipo de recurso público. Trata-se de
uma ação exclusiva da iniciativa privada, capitaneada pela Federação
com o apoio da Ediouro Gráfica, que
fornece os materiais doados.
Mais informações sobre o projeto
Bibliotecas do Saber, basta acessar
www.bibliotecasdosaber.com.br ou
ligar para: 3217-8585 ou 3217-8567.
Revista Fecomércio DF 43
cultura
Riso de graça
//Por José Borges
Foto: Cristiano Costa
Sesc Festclown chega
à 13ª edição e reúne
na cidade palhaços de
todo o mundo, em 55
apresentações
T
em continuidade em Brasília, até o dia 10 de maio,
a 13ª Edição do Sesc Festclown, que oferece uma programação diversificada, com grupos
locais e internacionais. Neste ano,
participarão 32 companhias, em 55
apresentações de palhaços e artes
circenses. Os espetáculos serão
realizados no Complexo Cultural da
Funarte, no Parque da Cidade e na
Feira da Torre de TV.
Além de levar arte e diversão ao
público, o festival tem por objetivo
capacitar artistas da área que dispõem de poucos cursos específicos
no Brasil e divulgar o trabalho desses artistas. De acordo com o idealizador e organizador do Festclown,
Rogero Torquato, o evento possibilita
a troca de experiências entre artistas
tradicionais e contemporâneos, ao
homenagear personalidades circenses. “A intenção é criar um ambiente
propício para a troca de experiências
e intercâmbios de ideias entre artistas locais e internacionais.” A expectativa é que 80 mil pessoas assistam
às apresentações nos cinco dias de
festival. Todos os espetáculos são
gratuitos. Os ingressos devem ser
retirados uma hora antes no local do
espetáculo.
A ideia de que o circo está morrendo passa longe do festival. A
experiência do dia a dia prova o
contrário. A arte da palhaçaria
44 Revista Fecomércio DF
se renova o tempo todo, buscando reinventar seus espaços. Um
exemplo disso é a Companhia de
Teatro Etc e Tal, um dos destaques
desta edição do Festclown. O grupo
carioca foi criado em 1993 e desenvolve sua pesquisa artística calcada
na tríade Teatro-Mímica-Humor,
com uma média de 150 apresentações e 25 mil espectadores por ano.
“Precisamos sempre manter olhos
e corpos atentos para a cena viva.
É por meio da pesquisa cotidiana e
da variação de temas que nos renovamos”, conta o diretor e ator da
companhia, Alvaro Assad.
Ankomárcio Rodrigues, um dos
fundadores do Circo Teatro Artetude, participou de edições anteriores
do festival e revela a expectativa do
grupo para o Festclown deste ano.
“Esse festival já virou uma tradição.
Dividir o palco com tanta gente boa
só nos faz acreditar mais no evento, além de querer oferecer o nosso
máximo ao público. Queremos que
as pessoas sintam o quanto é bom
rir na alegria e na dificuldade”, conta Ankomárcio.
Mais informações
@sescdf
/sescdistritofederal
www.sescdf.com.br
legislação
Hora de se
desfazer dos
comprovantes
//Por Fabíola Souza
Empresas são obrigadas a enviar no mês
de maio a declaração de quitação anual de
débitos, que substitui 12 comprovantes
R
ecibos de pagamento de
impostos e de quitação de
outras dívidas devem ser
guardados por cinco anos. Mas são
tantas contas que o consumidor e o
empresário assumem ao longo do
ano, que às vezes é difícil guardar
tantos papéis. Para facilitar essa
questão, existe desde 2009 a Lei
12.007, que estabelece a obrigatoriedade de as pessoas jurídicas
prestadoras de serviços públicos
ou privados emitirem aos seus res-
46 Revista Fecomércio DF
pectivos consumidores uma declaração de quitação anual de débitos.
De acordo com a legislação, as empresas devem enviar o documento
todo mês de maio. Ela é válida para
as contas de água e energia, telefonia e TV a cabo e compreende os
meses de janeiro a dezembro do
ano anterior.
De acordo com o advogado tributarista Jacques Veloso, as empresas são obrigadas a emitir a
quitação anual. É um papel que
Fotos: Raphael Carmona
LANUZA SILVA
GUARDA OS
COMPROVANTES
POR CINCO
ANOS
Saiba mais
substitui os 12 comprovantes. “O consumidor não precisa
requerer esse direito, pois é obrigação da empresa emitir”, aponta o especialista. Mas ele alerta, caso a empresa
descumpra a norma, o consumidor pode entrar em contato e solicitar o documento sem custo nenhum. O prazo
limite para emitir a declaração é o mês de maio do ano
posterior ao ano de referência da declaração.
Veloso explica que essa declaração permite que o consumidor substitua os comprovantes de quitação por um
único documento que comprove sua adimplência e também facilita o exercício da sua defesa em caso de cobrança indevida. Ainda segundo ele, o consumidor cobrado em
quantia indevida tem direito à repetição da despesa, por
valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido
de correção monetária e juros.
A lei diz que concessionárias de energia elétrica, água,
operadoras de telefonia, planos de saúde, cartão de crédito, cartão de loja, financeiras e escolas são alguns dos
fornecedores obrigados a enviar a declaração ao consumidor.
Lanuza Silva, 53 anos, é uma consumidora atenta,
sempre guarda seus comprovantes de pagamento. “Eu
conheço essa lei e exijo os meus direitos, mas as empresas não mandam a quitação anual como deveria ser feito.
Na maioria das vezes eu que entro na internet por meio do
site da empresa e imprimo a minha declaração”, aponta.
Lanuza também guarda os comprovantes por cinco anos,
pois segundo ela, já teve problemas no passado de ser
cobrada por uma conta que já tinha sido paga e, por precaução, prefere guardar os documentos.
Para ela, o cidadão precisa ficar atento aos seus direitos. “Os órgãos responsáveis pela fiscalização dessa
lei não estão velando pelo nosso direito, pois as empresas descumprem e não recebem nenhum tipo de punição. Mas se o contribuinte deixa de pagar qualquer conta
pública, como água ou luz, é apenado de forma imediata”, desabafa Lanuza.
Para a consultora de finanças pessoais Tathiana Del
Aguila, o papel é uma ferramenta do passado. Agora o
ideal é digitalizar os comprovantes - a digitalização de documentos é o processo de conversão de documentos físicos em formato digital. “É preciso guardar os comprovantes de pagamento como forma de prevenir de eventuais
cobranças indevidas, mas isso não necessariamente precisa ser guardando os papéis, também pode-se conservar
os documentos em forma digital”, afirma a especialista.
Aguila acredita que esse será o futuro, pois a digitalização evita o gasto de papel e ainda facilita a consulta
de documentos, além, claro, de ser mais benéfico para o
meio ambiente. Outro ponto que favorece essa prática é
que os dados podem ser acessados de qualquer dispositivo conectado à internet.
A Lei 12.007/2009 dispõe sobre a emissão de Declaração de Quitação Anual de
Débitos pelas pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos ou privados.
- As pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos ou privados são obrigadas
a emitir e a encaminhar ao consumidor
declaração de quitação anual de débitos.
- A declaração de quitação anual de
débitos compreenderá os meses de janeiro
a dezembro de cada ano, tendo como
referência a data do vencimento da respectiva fatura.
- Somente terão direito à declaração de
quitação anual de débitos os consumidores que quitarem todos os débitos
relativos ao ano em referência.
- Caso o consumidor não tenha utilizado
os serviços durante todos os meses do
ano anterior, terá ele o direito à declaração de quitação dos meses em que houve
faturamento dos débitos.
- Caso exista algum débito sendo questionado judicialmente, terá o consumidor o
direito à declaração de quitação dos meses
em que houve faturamento dos débitos.
- A declaração de quitação anual deverá
ser encaminhada ao consumidor por
ocasião do encaminhamento da fatura a
vencer no mês de maio do ano seguinte
ou no mês subsequente à completa quitação dos débitos do ano anterior ou dos
anos anteriores, podendo ser emitida em
espaço da própria fatura.
- Da declaração de quitação anual deverá
constar a informação de que ela substitui,
para a comprovação do cumprimento das
obrigações do consumidor, as quitações
dos faturamentos mensais dos débitos do
ano a que se refere e dos anos anteriores.
- O descumprimento do disposto nesta
Lei sujeitará os infratores às sanções
previstas na Lei 8.987, de 13 de fevereiro
de 1995, sem prejuízo daquelas determinadas pela legislação de defesa do
consumidor.
Revista Fecomércio DF 47
jisesc
Futuros olímpicos
//Por Sacha Bourdette
Foto: Cristiano Costa
Competições em 16
modalidades esportivas
do JISESC começam em
maio nas unidades do Sesc
C
om o objetivo de despertar
novos atletas e promover o
esporte, o Sesc realiza, de 16
de maio a 28 de junho, os Jogos de
Integração Crianças e Adolescentes
do Sesc-DF (JISESC/2015). A competição ocorre nas unidades de Ceilândia, Taguatinga Norte e Sul. Participam estudantes e usuários de clubes
ou associações desportivas nascidos
entre 2000 e 2003.
Segundo o presidente do SescDF, Adelmir Santana, a instituição
oferece condições para que jovens
despontem no cenário esportivo. “O
JISESC é uma competição que possibilita a integração de jovens e crianças por meio da prática esportiva em
diversas modalidades. O Sesc reconhece o papel do esporte para a saúde física e mental de todos. Por isso,
promove diversas atividades utilizando uma estrutura moderna composta de ginásios esportivos, quadras e
piscinas. Com o JISESC queremos
incentivar competições saudáveis,
contribuindo para a educação integral de futuros atletas”, afirmou.
De acordo com o supervisor de
Atividades do Sesc Taguatinga Norte
e responsável pela organização do
evento, Júlio Rocha, a expectativa é
que mais de cinco mil atletas participem. “Buscamos com o JISESC
integrar a comunidade esportiva e
contribuir para a formação de novos
talentos”, contou. As inscrições se
encerram no dia 7 de maio nas unidades do Sesc e o Congresso Técnico
da Competição está marcado para 9
48 Revista Fecomércio DF
de maio. A abertura oficial ocorre no
dia 16 de maio no Sesc de Taguatinga
Norte. No dia seguinte, 17, será dada
a largada aos jogos.
As modalidades disputadas são:
basquetebol, caratê, futebol society,
futsal, handebol, jiu-jitsu, judô, kung
fu, natação, queimada, taekwondo,
voleibol, xadrez, tênis de mesa e de
campo. As competições são organizadas por categorias individuais e
coletivas, além de divididas conforme a faixa etária – infantil, para os
que nasceram entre 2000 e 2001, e
mirim, para os nascidos entre 2002
e 2003. As equipes classificadas do
primeiro ao terceiro lugar serão premiadas com troféus e medalhas.
Em 2014, a equipe de futebol society mirim do Sesc se sagrou campeã. O instrutor do Sesc de Taguatinga Sul, Germando Costa, conta como
foi: “Todos ficaram muito orgulhosos
com o resultado obtido pelos alunos.
As crianças treinam nas unidades
duas vezes por semana e, se necessário, realizamos três treinos. O Sesc
se preocupa em realizar jogos internos e amistosos, o que colabora no
aprimoramento das habilidades dos
jovens. Participamos também de jo-
gos interclubes”. Para o estudante da
EduSesc e jogador do time de futebol
society, Gustavo de Chagas, 12 anos,
foi emocionante a vitória. “O nosso
time ficou muito feliz em vencer e
este ano vamos participar de novo.
Quando crescer quero ser jogador
profissional”, revelou.
Além dos times do Sesc, participam clubes e associações de outras
instituições. O Colégio Ideal é uma
delas. O diretor e coordenador de
Esporte do colégio, Carlos Henrique
Martinez, elogia a iniciativa. “Participamos desde o início do JISESC e em
quase todas as modalidades. No ano
passado, por exemplo, conseguimos
destaque no basquete, vencemos nas
duas categorias. A competição é democrática e incentiva os alunos. Todos
saem ganhando, pois integramos os
jovens e instituições”, apontou.
@sescdf
/sescdistritofederal
www.sescdf.com.br
Cristiano Costa
mercado imobiliário
Merecido
reconhecimento
//Por Daniel Alcântara
Empreendimento em
parceria com a Mirante
Incorporações e a
Brookfield homenageia
pioneiros da cidade
Brasília completou 55 anos mês
passado e muitos pioneiros foram
homenageados nos últimos meses.
Um deles foi o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, que
emprestou seu nome a um prédio
localizado na quadra 204 de Águas
Claras. A torre que leva o nome de
Adelmir faz parte do Quattro Mirante Residence, fruto de uma parceria
entre as empresas Mirante Incorporações e a Brookfield.
Construído em um terreno de 9
mil metros quadrados, o residencial
conta com mais duas torres: Sebastião Silva e Nélson Cagai. A inspiração para intitular os prédios do
empreendimento partiu da vontade
de homenagear Brasília por meio de
seus empresários e pioneiros que fizeram a diferença na capital.
As torres Sebastião Silva e Adelmir Santana têm 17 pavimentos, o
edifício Nélson Cagai conta com 16
andares. Cada um dos prédios disponibiliza duas unidades duplex. O
estacionamento tem 294 vagas em
dois subsolos. A ampla área conta
com 61 itens de lazer, como salão
de jogos, espaço para realização
de festas, cinema, praça do xadrez,
piscina adulto com hidromassagem,
solarium de pedra, caminho de seixos sob a água, deck molhado, brinquedoteca e painel com cascata e
espelho d’água estão entre as atra-
ções do imóvel.
O projeto paisagístico é assinado
por Benedito Abbud. As áreas co-
muns decoradas ficaram a cargo da
Mezzo Arquitetura. O valor médio dos
apartamentos é de R$ 1,5 milhão.
HISTÓRIA DE SUCESSO
Nascido em 19 de abril de 1945, em Nova Iorque, Maranhão, Adelmir Santana chegou a Brasília em 1964 e se formou em Administração
de Empresas pelo Centro Unificado de Brasília (UniCeub). Foi funcionário público até 1971. Em seguida, ingressou em uma multinacional
da área da indústria farmacêutica, onde desenvolveu suas atividades
profissionais até 1986. Nesse mesmo ano, iniciou suas atividades
como empresário proprietário no segmento farmacêutico, consolidando a rede de Drogarias Vison.
Adelmir também ocupou o cargo de senador entre os anos de 2007
e 2011, quando foi relator da Lei do Micro Empreendedor Individual
(MEI), que contempla os empreendedores com receita bruta de até R$
60 mil ao ano. É o caso de costureiras, sapateiros, manicures, barbeiros, marceneiros, encanadores, mecânicos e pintores de parede.
Graças a essa lei, hoje esses trabalhadores têm mais facilidade para
legalizar o negócio e direito à aposentadoria, entre outras vantagens.
Revista Fecomércio DF 49
agenda fiscal
Novidades que
merecem atenção
A primeira trata das novas regras
para a concessão do Seguro-Desemprego. Desde o dia 1º de abril (Resolução
CODEFAT 742/2015) passou a ser exclusivamente pelo programa Empregador
Web, não havendo mais o formulário
Comunicado de Dispensa, ainda que
seja necessário imprimir o documento. Destaca-se que a informação sobre
a demissão será enviada aos órgãos
fiscalizadores de imediato. A segunda
Calendário
novidade trata do restabelecimento das
alíquotas de contribuição para o PIS/
Pasep e a COFINS incidentes sobre receitas financeiras obtidas pelas pessoas
jurídicas sujeitas ao regime de apuração
não-cumulativa (Decreto 8.426/2015). A
Lei 10.865/2004, autorizou o governo
a reduzir (Decreto 5.442/2005) e restabelecer as alíquotas, o que ocorreu
agora. Assim, a partir de 1º de julho,
prepare-se para o aumento da car-
ga tributária em sua empresa, com
o PIS de 0,65% e a COFINS de 4%. A
terceira novidade foi a implantação da
NFe 3.10. As mudanças contemplam
o formato da data, que agora traz a
hora de sua emissão (padrão UTC); a
identificação do destino da operação
(venda ao consumidor final, venda
pela internet e outros meios que não o
presencial); a indicação de devolução;
e a autorização de download em XML.
7 a 31/5/2015
O QUÊ e QUANDO pagar?
7/5
15/5
20/5
25/5
29/5
• Data limite para pagamento dos Salários referente a 4/2015
• FGTS (GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à
Previdência Social) referente a 4/2015
• COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 16 a 30/4/2015
• Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais, facultativos e domésticos)
referente a 4/2015
• Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de
11% e empresas desoneradas) referente a 4/2015
• Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 4/2015
SIMPLES NACIONAL referente a 4/2015
• ISS e ICMS referentes a 4/2015 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras
situações)
• PIS e COFINS referentes a 4/2015
• Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 4/2015
• 2ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 1º trimestre/2015 pelo Lucro
Real, Presumido ou Arbitrado
• Carnê Leão referente a 4/2015
• IRPJ e CSLL referentes à 04/2015, por estimativa
• COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 1 a 15/5/2015
• Parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do
Parcelamento da Lei 11.941/2009 (consolidado)
O QUÊ e QUANDO entregar?
7/5
15/5
22/5
29/5
Cristiano Costa
Várias
• Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ao MTPS
referente a 4/2015
• Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição
Previdenciária (EFD CONTRIBUIÇÕES) à SRF/MF referente a 3/2015
• Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) à
SRF/MF referente a 3/2015
• Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente a 4/2015
• Livro Fiscal Eletrônico (LFE) à SEF/DF referente a 4/2015: observar
Portaria/SEFP nº 398 (9/10/2009)
Adriano de Andrade Marrocos
Contador da Fecomércio-DF e do IFPD e vice-presidente do CRC/DF
50 Revista Fecomércio DF
graduação
Sua chance de
crescimento profissional
//Por Luciana Corrêa
Faculdade Senac abre vestibular com 340 vagas. Provas
serão aplicadas no dia 24 de maio
O
segundo processo seletivo
2015 da Faculdade de Tecnologia Senac-DF está com
as inscrições abertas até 22 de maio,
presencialmente, na unidade 903 Sul,
de segunda à sexta-feira, das 9h às
21h30. Pelo site www.facsenac.edu.
br é possível se inscrever até dia 21. A
taxa de inscrição é de R$ 20 e a prova
será dia 24 de maio, às 10h.
A faculdade reservará 10 dez vagas de cada curso, em cada turno,
para os aprovados no Exame Nacional
do Ensino Médio (ENEM) com a seguinte pontuação mínima: 450 pontos
em cada uma das áreas de conhecimento e 500 pontos na redação. O período para apresentação da declaração é de 18 a 22 de maio. As vagas não
preenchidas por candidatos oriundos
do ENEM serão automaticamente reservadas para o vestibular tradicional.
Os cursos oferecidos pela instituição são: Tecnologia em Gestão
Comercial, com 45 vagas no período
noturno (19h às 22h30); Tecnologia em
Gestão da Tecnologia da Informação,
com 45 vagas no período noturno;
Tecnologia em Marketing, com 50
vagas no noturno; Tecnologia em
Gestão de Recursos Humanos, sendo
50 vagas no matutino e 50 vagas no
noturno; Tecnologia em Análise e
Desenvolvimento de Sistemas, com 50
vagas no matutino (8h às 11h30) e 50
vagas no noturno.
CURSOS OFERECIDOS
Tecnologia em Gestão Comercial - O egresso do curso estará apto a atuar no varejo, gerenciando diversos tipos de empresas do segmento
de forma empreendedora e inovadora, utilizando ferramentas como marketing, gestão de pessoas, logística, formação de preços e gerenciamento de custos e finanças. A compreensão das atividades técnicas e operacionais também lhe conferirá habilidades para criar, administrar e
avaliar negócios próprios. Duração média: dois anos.
Tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação - O curso forma profissionais aptos a atuar na área de informática que abrange a
gestão dos recursos de infraestrutura física e lógica dos ambientes informatizados, o gerenciamento de projetos e Governança de TI, de forma
empreendedora e criativa, utilizando competências que envolvam avaliação de soluções inovadoras. Duração média: dois anos e meio.
Tecnologia em Marketing - O curso forma profissionais aptos a atuar na média gerência de empresas e em seus próprios empreendimentos, desenvolvendo estratégias mercadológicas iniciadas com a interpretação das necessidades dos consumidores, passando pela elaboração
de processos de todas as ações que envolvem a análise, pesquisa, planejamento e controle dos produtos e serviços da organização. Também
estarão aptos a elaborar estratégias de comunicação com os consumidores e o mercado. Duração média: dois anos.
Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos - O profissional formado no curso estará apto a atuar nos vários subsistemas da Gestão
de Recursos Humanos, em organizações públicas e privadas, utilizando ferramentas e técnicas reconhecidas, planejar, executar, gerenciar e
avaliar ações e projetos na área de recursos humanos. As competências do egresso permitirão que ele compreenda o trabalho como fator de
inclusão social e de desenvolvimento do potencial humano, contribuindo para o aprimoramento das organizações e seus membros, gerando
resultados positivos a si, a seu grupo, a organização e a sociedade, de forma ampla e sustentável. Duração média: dois anos.
Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas - O egresso poderá atuar em um segmento que abrange a análise e o desenvolvimento de sistemas como foco principal. Nesse sentido, será capaz de projetar, documentar, especificar, desenvolver, testar, implantar
e manter sistemas computacionais de informação. Poderá gerir recursos de infraestrutura física e lógica dos ambientes informatizados,
gerenciar projetos e pessoas e aplicar metodologias de Governança de TI, de forma empreendedora e criativa, com competências variadas
que envolvam avaliação de soluções inovadoras que atendam as necessidades da organização, gerando melhoria na qualidade dos processos e
procedimentos internos. Duração média: dois anos e meio.
Mais informações sobre o 2º Vestibular 2015:
(61) 3217-8821
@faculdadesenacdf
/faculdadesenacdf
www.facsenac.edu.br
Revista Fecomércio DF 51
caso de sucesso
Do estágio para o emprego
//Por Sílvia Melo
Foto: Cristiano Costa
Aluna consegue
vaga no mercado
de trabalho após
estágio em curso
do Senac
A
estudante Anacláudia India Brasil
Silva Sabino de Arruda, de 19 anos,
conseguiu uma bolsa de estudo
pelo Pronatec para o curso Técnico em Informática. Moradora de Sobradinho, fez
o curso no Senac daquela cidade. Ao terminar, em
fevereiro de 2015, estava empregada. A oportunidade veio da empresa onde ela fez o estágio obrigatório do curso, a C.P. Marra Inteligência Contábil.
Atualmente ela trabalha com desenvolvimento de
software e ocupa o cargo de Programadora Junior.
Anacláudia decidiu fazer o curso porque sempre teve muita afinidade pela área de informática,
porém não sabia qual ramo deveria seguir. Além
do conteúdo do curso do Senac estar dentro de
suas expectativas, ela se identificou com a programação. “É um curso técnico para aprender
programação, e de fato foi o que eu aprendi e com
o que me identifiquei. É um curso que dá uma boa
base para quem quer ser programador”, afirma.
“O Senac foi fundamental para mim. Antes desse
curso não sabia que faculdade fazer, nem que
área da informática seguir. Estava perdida. Graças
a esse curso fui muito bem orientada pelos óti-
52 Revista Fecomércio DF
mos professores que tive e consegui me encontrar na informática”, declara. Atualmente ela faz
curso superior de Sistemas da Informação.
SOBRE O CURSO
A próxima turma do curso Técnico em Informática, que possui carga horária de 1.190h,
incluindo estágio, está prevista para iniciar em
26 de junho, das 18h30 às 22h30, na unidade do
Senac localizada no Setor Comercial Sul (Jessé
Freire). Para participar é preciso ter idade mínima
de 16 anos e estar cursando, no mínimo, o 2º ano
do Ensino Médio ou o 3º segmento da Educação
de Jovens e Adultos (EJA). O investimento é de R$
5,5 mil, valor a ser pago em parcelas mensais, de
acordo com a duração dos módulos.
Mais informações
@senacdf
/senacdistritofederal
www.senacdf.com.br
EMPRES
A
IA
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
© UNICEF/NYHQ2009-1911/Pirozzi
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
NC
À IN F Â
secure.unicef.org.br/empresasolidaria
0800 605 2020
[email protected]
Empresa Solidária à Infância é um programa que o UNICEF criou para mudar a realidade
de milhares de crianças e jovens. Ao fazer uma doação, sua empresa colabora com o nosso trabalho
e ajuda a levar oportunidades e direito à saúde, educação e proteção. É assim que, juntos, faremos
a nossa parte por um mundo melhor. Acesse o site, saiba mais sobre o programa e participe.
Revista Fecomércio DF 53
artigo direito no trabalho
Aprovação do
PL 4.330 na Câmara
54 Revista Fecomércio DF
legislar no País.
Logo, apesar de ainda necessitar de aprovação do Senado e uma
possível nova votação na Câmara,
além da sanção da presidente da
República, a necessidade de regulamentação de terceirização no País,
por quem de direito tem poderes
constitucionais para isso, é premente, devendo o processo legislativo
ser concluído o quanto antes.
“Hoje existem
aproximadamente
12 milhões de
trabalhadores
empregados nas
empresas que
prestam serviços
terceirizados”
Lirian Soares
consultora jurídica
Ope Legis Consultoria
Empresarial
Cristiano Costa
No último mês muito tem se falado, às vezes de forma equivocada,
sobre o Projeto de Lei 4.330, aprovado no dia 22 de abril, na Câmara
dos Deputados - o chamado PL da
terceirização.
Cabe informar que a terceirização dos serviços de asseio e conservação existe no Brasil desde a época
do Império, para a limpeza das ruas
do Rio de Janeiro. Portanto, essa
forma de contratação não é um fenômeno novo no Brasil.
Hoje existem no País aproximadamente 12 milhões de trabalhadores empregados nas empresas que
prestam serviços terceirizados que,
por se tratar de uma relação de emprego, diferente da ordinária, muitas
vezes não é alcançada pela legislação trabalhista de 1943, mesmo com
suas atualizações.
O que o texto aprovado na Câmara dos Deputados apresenta são
normas específicas e mais abrangentes que as existentes atualmente, para regular as relações de
emprego entre as empresas terceirizadas, seus empregados e as empresas tomadoras de serviço. Portanto, é uma real falácia que o texto
do PL retira direitos dos trabalhadores. Muito pelo contrário, ele preserva esses direitos de forma voltada
para o tipo de atividade exercida.
De qualquer forma, não seria
mais possível, que uma das atividades mais importantes do País
seguisse sendo regulamentada,
mediante Súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em detrimento de lei específica advinda do
Congresso Nacional, que é o órgão
que tem poder constitucional para
empresário do mês
Tradição que se renova
//Por Liliam Rezende
Foto: Cristiano Costa
Proprietário do Ki-filé cria pratos novos
para garantir clientela fiel, desde 1984
R
aimundo Nonato Vasconcelos chegou a Brasília
quando a cidade ainda era um esboço. Foi um dos
primeiros dos nove irmãos a vir de Sobral (CE) para
a capital, em 1967, e trabalhou como garçom em um restaurante de comida italiana, onde aprendeu muito do que
sabe hoje. Em 1984, ele e o irmão Anastácio Cavalcante,
que também trabalhava no restaurante, decidiram criar o
próprio empreendimento.
O Ki-filé (405 Norte, 3274-6363) abriu as portas servindo pratos que viraram tradição. O filé-mignon é a especialidade do menu de viés brasileiro. Campeão de vendas, o filé
à cavalo chega à mesa grelhado sob dois ovos fritos, guarnecido de arroz, feijão-preto e farofa de ovo com bacon, ao
valor de R$ 28. Pelo mesmo preço, a versão francesa traz
arroz com batata, presunto, ervilha e cebola. Já às sextas e
aos sábados o prato do dia é a feijoada (R$ 32 por pessoa).
Enquanto Raimundo cuidava da cozinha, Cavalcante recebia os clientes no salão. Graças à simpatia e contato próximo
com os fregueses, o restaurante até hoje é conhecido pelo sobrenome dele. Cavalcante morreu em 2004 e seu lugar como
principal garçom da casa foi assumido pelo filho, Roberto Cavalcante Vasconcelos, 37 anos. Raimundo, hoje com 67 anos,
continua no comando da cozinha. “Quem pega no cabo da
panela sou eu. Acho importante acompanhar de perto a saída
dos pratos, para manter sempre o padrão”, relata.
Grande parte dos clientes estuda ou trabalha na Universidade de Brasília (UnB), e outra boa parte são servidores
públicos, funcionários da Câmara e Senado e alguns políticos. São servidas, em média, 150 refeições por dia. “Nosso
público é fiel. Acredito que o custo-benefício e a qualidade
dos pratos são a razão disso.”
NOVIDADES
Mesmo com a clientela fiel, Raimundo quis inovar e investir nos petiscos e sanduíches. “Todo mundo tem nosso restaurante como referência para o almoço, mas funcionamos à
noite também com um cardápio bem variado”, destaca.
Intitulado com o nome do dono, o Raimundão - sanduíche
feito no pão francês com filé, queijo, presunto, ovo, alface e tomate - é a melhor pedida da noite, a R$ 12,50. “O segredo desse sanduíche é o pão fresquinho e a carne macia, que agrada
a todos os gostos”. No Ki-filé o cliente tem sempre razão e
sugestões são bem-vindas e atendidas. “Se o freguês preferir,
fazemos de pernil, frango ou carneiro também”, conclui.
Revista Fecomércio DF 55
tecnologia
Renato Carvalho
Gerente de Mídias
Sociais & Conteúdo
da ClickLab
www.clicklab.com.br
Maximo Migliari
www.facebook.com/agencia.clicklab
Diretor-Executivo
da ClickLab
[email protected]
A publicidade no Instagram
Uma das redes sociais mais populares no Brasil está prestes a ficar ainda mais interessante para empresas. Em abril,
o Instagram começou a permitir posts patrocinados dentro
dos feeds de seus usuários. De acordo com a rede social, inicialmente só algumas empresas selecionadas, como Avon,
Closeup, Coca-Cola, entre outras, terão acesso a essa plataforma, mas, a partir de julho, ela estará disponível para qualquer
anunciante.
Assim como já acontece nos EUA, todo o conteúdo publicitário aparecerá marcado com a palavra “patrocinado” acima da
imagem ou vídeo os usuários da rede social poderão escolher
esconder esses anúncios ou interagir com eles, curtindo-os e
deixando comentários.
Consideramos essa novidade muito animadora, pois sabemos o quão difícil é para os pequenos negócios conseguirem
angariar seguidores e aumentar o engajamento de suas postagens organicamente. Por outro lado, é necessário lembrarmos
de um ponto muito importante.
Por mais que os anúncios facilitem a vida do pequeno empresário, ele não pode se esquecer de que o conteúdo de qualidade ainda é a melhor forma de divulgação. Como o Instagram
é uma propriedade do Facebook, não duvidamos que, no futuro, ele tenha as mesmas restrições que já encontramos neste
último. Por esse motivo, se o conteúdo produzido não for de
qualidade, os resultados, mesmo com patrocínio, continuarão
insatisfatórios. Não podemos esquecer também que o próprio
300 milhões
número de usuários de
Instagram em todo o mundo
usuário tem o poder de esconder o conteúdo publicitário de sua
timeline. Então, mais do que nunca, é necessário que o empresário tenha cuidado com aquilo que está publicando.
Hoje o Brasil já é o segundo maior mercado para o Instagram no mundo, perdendo apenas para os EUA, o que nos faz
acreditar que veremos cada vez mais novidades chegando por
aqui. Com a popularização cada vez maior dos smartphones,
o que aumenta ainda mais o potencial dessa rede, sugerimos
que todos que ainda não consideraram o Instagram em suas
estratégias de marketing aproveitem o momento e saiam na
frente de seus competidores. Saiba mais sobre as novidades do
Instagram em blog.instagram.com.
Cadê meu celular?
Não tem nada mais chato do que perder o celular,
não é mesmo? Mas, se você possui um Android 2.2 ou
superior, o Google pode te ajudar nesses momentos
de desespero. De forma similar ao que já ocorre em
iPhones, o Gerenciador de Dispositivos dos Androids
permite descobrir a localização de seu celular,
bloqueá-lo ou, até mesmo, fazê-lo tocar. Para
acessá-lo, basta digitar “find my phone” no Google
56 Revista Fecomércio DF
e, em questão de segundos, você verá um mapa com a
localização de seu aparelho. Algumas restrições: você
deve estar logado em seu navegador com a mesma
conta Google do seu smartphone e você precisa usar
o Google em Inglês. Para ativar esse recurso, abra
o app “Config. Google” em seu celular, toque em
“Segurança” e ative as opções “Localizar remotamente” e “Permitir bloqueio”.
Um novo
conceito de
relógio?
Depois de muita espera, no dia 24
de abril chegou às lojas de alguns
países do mundo o Apple Watch,
relógio inteligente que promete
revolucionar o mercado. Com um
corpo de alumínio, tela que remete
ao iPhone 6 e grande variedade de
pulseiras, o aparelho deve agradar
aos mais variados gostos. O Apple
Watch poderá ser sincronizado
com iPhones e terá uma série de
aplicativos exclusivos. Disponível em
dois tamanhos, 38mm ou 42mm, o
aparelho inaugura um novo sistema
operacional, o WatchOS. Estamos
curiosos para testar. O aparelho
ainda não tem data de lançamento
no Brasil.
Valor:
entre US$ 349 e
US$ 17 mil
(versão em ouro).
Para os
apaixonados
por fotos
O aplicativo ProCamera 8 foi feito para
aqueles que querem uma qualidade
melhor em suas fotos. Com diversas
funcionalidades como configuração
de exposição, foco, velocidade do
obturador e mais, o app possibilita que
entusiastas consigam dar uma versão
mais profissional para suas fotos
mesmo não tendo uma câmera DSRL.
App exclusivo para iPhone.
Valor:
US$ 3,99
Ainda sobre fotos
Você sabia que pode comprar uma lente removível para o seu
smartphone? As opções são variadas, e você pode encontrar de
lentes zoom até lentes fisheye com preços bem acessíveis. E, o
melhor de tudo, é que a grande maioria delas se adapta a qualquer
celular.
Valor:
entre R$ 40 e R$ 100
40%
dos celulares vendidos no Brasil
hoje são smartphones
Revista Fecomércio DF 57
perfil
Exemplo de
superação
//Por Liliam Rezende
Foto: Cristiano Costa
Paranaense competirá etapa Brasília do Sesc Triathlon
na companhia do filho cadeirante
O
bombeiro hidráulico, massoterapeuta e triatleta, José
Rosa das Neves, de 47 anos, é
um exemplo no esporte e na vida. Há
22 anos ele passou por uma provação,
já que o seu filho mais velho, Elkier,
nasceu com hidrocefalia e má formação óssea da coluna. Apesar das
dificuldades, Neves nunca desistiu.
Quando Elkier tinha 6 anos, a esposa
pediu o divórcio e deixou os três filhos
- Elkier, Ildyane de 5 anos e o recém-nascido Iran, sob sua guarda.
Desempregado, vivendo à custa
do subsídio oferecido pelo governo
a Elkier, de R$ 720 mensais, Neves
decidiu que precisava mudar. Mesmo passando por dificuldades, soube
desdobrar-se no papel de pai e mãe.
Quando Iran cresceu e Ildyne aprendeu a cuidar melhor de Elkier, José
conseguiu um emprego. “Não tinha
e nem oferecia às crianças tudo do
melhor, mas não deixava faltar nada.”
Determinado e com a carteira assinada, José batalhou para melhorar
a vida dos filhos e para oferecer momentos especiais ao primogênito.
“Quando tudo parecia bem, surgia
outro problema de saúde e meu filho
ficou internado cinco dias. Depois do
susto, veio a decisão de que precisava curtir mais momentos com ele. Foi
quando resolvi fazer um duatlo em
novembro, e o triatlo em dezembro”,
relembra emocionado.
Sem os equipamentos necessários para realizar as três modalidades
(natação, ciclismo e corrida), Neves,
em 2014, limitou-se a nadar e correr
com Elkier nas provas, deixando-o na
58 Revista Fecomércio DF
área de transição durante o ciclismo.
Já em 2015, na etapa do Sesc Triathlon de Caiobá, no Paraná, José Rosa
concluiu com o filho, pela primeira
vez, uma prova completa de triatlon.
“Não foi fácil. Primeiro você pensa nas
dificuldades, depois você supera todas
elas. O barco inflável, por exemplo, eu
ganhei de uma amiga. A cadeirinha,
eu tive que adaptar. E por aí vai.”
Motivo de orgulho, Luis Iran, o
filho mais novo, segue os passos
do pai e do irmão. Presente na prova do Sesc em Caiobá, o garoto foi
campeão na categoria 16-19 anos,
terminando o percurso conhecido
como short triatlo em 1h7min1seg.
“É muito gratificante ver que, apesar de todas as dificuldades, nossa
família segue unida e meu filho está
se destacando nesse esporte que eu
tanto amo.”
Ansioso pela etapa Brasília do
Sesc Triathlon, Neves, que nunca saiu
do Paraná nem viajou de avião, está
ansioso. “Essa oportunidade é única.
Poder andar de avião e fazer mais
uma prova com meu filho vai ser inesquecível. Espero também conseguir
um patrocínio, para continuar nesse
esporte e levar esse exemplo de superação para todo o Brasil.”
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sindicatos
Com nova presidência
//Por Por Fabíola Souza
Foto: Cristiano Costa
Sindhobar-DF
elege o empresário
Jael Antonio da Silva
como presidente e
escolhe quadro
de diretores
60 Revista Fecomércio DF
F
ormado em Engenharia Civil
pela Universidade de Brasília
(UnB), o novo presidente do
Sindicato de Hotéis, Restaurantes,
Bares e Similares de Brasília (Sindhobar-DF), Jael Antônio da Silva,
possui vasta experiência no comércio. Proprietário do restaurante Carpe
Diem, o empresário assumiu este ano
a presidência do sindicato, no lugar
do Clayton Machado. Jael já participava da antiga diretoria do sindicato e
também foi o fundador da Associação
Brasileira de Bares e Restaurantes do
Distrito Federal (Abrasel-DF). Ou seja,
sempre esteve envolvido com o meio
empresarial de Brasília.
A cerimônia de posse ocorreu no
dia 16 de março e a nova diretoria
já começou a desenvolver algumas
ações, como a Semana Gastronômica Tailandesa, que foi realizada entre
os dias 13 e 20 de abril, em uma promoção conjunta do Sindhobar e da
Embaixada Real da Tailândia. “Escolhemos essa data para homenagear
Brasília pelo seu aniversário de 55
anos e pelo ano-novo tailandês”, conta o presidente.
Atualmente, o sindicato possui 10
mil bares e restaurantes filiados, que
são responsáveis por uma média de
100 mil empregos diretos. “É um dos
setores que mais empregam no DF,
com uma média de 10 empregados
por restaurante. Só perdemos para
a construção civil em relação à geração de emprego”, explica. Brasília
é reconhecida nacionalmente como
o terceiro maior polo gastronômico
do Brasil, perdendo apenas para São
Paulo e Rio de Janeiro. Mas segundo
o presidente, também é um setor altamente fiscalizado, em todos os aspectos - trabalhista, sanitário, código
de conduta, fiscal. Dessa maneira, há
uma preocupação maior com a qualidade do serviço oferecido. “Nós temos
realizado muitos treinamentos sobre
essas questões, sem falar da manipu-
lação de alimentos, tema que sempre
exige reciclagens”, aponta Silva.
Em relação às vagas de emprego,
o presidente explica que tem muita
gente não qualificada para o mercado.
Entretanto, é um segmento que oferece grandes oportunidades. A pessoa pode entrar na empresa para um
tipo de serviço e de repente se tornar
sócio. Dessa maneira, é grande essa
possibilidade de ascensão dentro do
próprio estabelecimento. “Vemos
isso com frequência e é um fato que
valorizamos muito”, comenta. Para
incentivar ainda mais a qualificação
dos trabalhadores do comércio, o Sindhobar tem uma parceria com o Senac e o Sesi, que oferecem descontos
nos valores dos cursos de capacitação
oferecidos pelas instituições.
PUXADINHOS
Uma das questões que afetam
o setor e que causam certa preocupação ao sindicato é a Lei dos Puxadinhos. “Não é por culpa do empresário que não sai. Existem alguns
empecilhos para que a construção
seja efetuada e que retardam e inibem a conclusão da obra. Por exemplo, há determinadas quadras que
você tem passando no fundo uma
rede de alta tensão da CEB, que compete à companhia remover”, diz Jael.
Outro ponto diz respeito à aprovação
de projetos de ampliação dos estabelecimentos. Segundo o presidente,
alguns projetos demoram um ou dois
anos para serem aprovados.
Outro assunto que o setor pretende discutir com o governo local
é o problema de transporte público,
principalmente no período noturno.
De acordo com Jael, aliado à falta de
condução à noite, está a insegurança na cidade. “Vários bares e restaurantes fecham 1h da manhã. Além
disso, tem o problema da insegurança, quantos funcionários chegam
a suas casas e não são assaltados?
Essa solução de transporte noturno
é um problema geral. Tem gente
que sai da faculdade tarde também
e tem problemas para voltar para
casa”, afirma.
O horário de fechamento dos
bares é outro ponto que precisa ser
revisto, segundo o presidente do Sindhobar. Jael pretende criar uma diretoria regional em pelo menos cinco
regiões administrativas para discutir
a questão de fechamento dos bares e
restaurantes das cidades.
Sobre as vendas do segmento,
Jael afirma que leis nacionais, como
a Lei Seca e a Lei Antifumo, ajudaram
na queda do movimento do setor,
pois as pessoas pararam de sair para
se reunirem em casa. Isso, sem citar
a alta carga tributária que pesa para
o empresário que se vê obrigado a repassar os valores para o consumidor.
“A inflação é o principal vilão nos preços das bebidas, pois o empresário
precisa repassar os valores ao cliente
para sobreviver, o que acaba gerando
desemprego, pois, com aumento nos
preços, a primeira medida é a demissão de funcionários”, aponta.
FOOD TRUCK
Segundo Jael, o sindicato apoia a
atividade de Food Trucks em Brasília,
mas exige que os empresários cumpram as normas da Vigilância Sanitária, assim como o cuidado no manuseio e na manipulação de alimentos,
da mesma maneira como se estivesse sendo feito no restaurante. Nesse
sentido, o sindicato elaborou um pro-
jeto, no qual foram consultados a Vigilância Sanitária, a Câmara Legislativa
do Distrito Federal, o Corpo de Bombeiros e a Agência de Fiscalização do
Distrito Federal (Agefis) para discutir
os novos caminhos para os Food Trucks. “A nossa preocupação é regularizar essa prática”, afirma. Para ele,
é necessário que a cozinha seja arrumada com o lugar do gás, depósito
de água potável em cima, embaixo um
recolhimento de água usada, sistema
de exaustão. “Essas são algumas das
questões que contemplamos nesse
projeto. Pois tem que haver regras,
procedimentos, assim como também
eles não podem estacionar e comercializar seu produtos em qualquer lugar”, conclui o presidente.
A diretoria do
Sindhobar-DF está
atualmente com a
seguinte composição:
Presidente
Jael Antônio da Silva
1º vice-presidente
Nadim Haddad
“É um dos
setores que mais
empregam no
DF, com uma
média de 10
empregados por
restaurante”
2º vice-presidente
João Alberto Ribeiro
vice-presidente para
meios de hospedagem
Helder Carneiro
vice-presidente para restaurantes
e similares
Rodrigo Freire
vice-presidente para
bares e similares
Marcelo Marinho
diretor 1º tesoureiro
Sun Chia Min
diretor 2º tesoureiro
Thales Guimarães Furtado
diretor 1º secretário
Gil Mauro Guimarães
Jael Antônio da Silva
presidente do Sindhobar-DF
diretor 2º secretário
Paulo Guilherme W. Pereira
Revista Fecomércio DF 61
pesquisa conjuntural
Crescimento leve
e inédito no ano
Apenas três segmentos do comércio registraram
queda nas vendas em março: Livraria e
Papelaria; Material de Construção e Tecidos
Desempenho de vendas
Nov x Out Dez x Nov Jan x Dez
Autopeças e Acessórios
6,06%
-5,58%
-1,75%
Fev x Jan
Marx Fev
-9,78%
-22,68%
4,91%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
-3,77%
-1,94%
4,09%
-6,90%
-6,85%
4,22%
Calçados
6,02%
1,99%
45,71%
-46,12%
5,76%
5,17%
Farmácia e Perfumaria
-0,97%
-2,18%
6,70%
-11,20%
-6,55%
5,69%
Floricultura
5,21%
17,45%
5,86%
-23,60%
-7,06%
12,57%
Informática
-5,00%
-2,38%
23,61%
-12,79%
-10,28%
7,41%
Livraria e Papelaria
-2,39%
-0,99%
60,97%
-9,04%
15,73%
-6,37%
Lojas de Utilidades Domésticas
-5,99%
5,45%
20,22%
-24,04%
-10,46%
9,73%
Material de Construção
-0,79%
5,46%
-1,92%
-11,37%
-1,77%
-3,11%
Mercado e Mercearia
-2,18%
-0,02%
-2,17%
-9,05%
-2,98%
12,58%
Móveis e Decoração
-2,82%
8,10%
-7,18%
-0,02%
-15,33%
2,80%
Óticas
-1,56%
0,79%
-7,84%
-10,90%
-2,08%
1,56%
Tecidos
-6,57%
31,65%
12,45%
-17,67%
-13,66%
-1,30%
Vestuário
-5,17%
6,75%
43,67%
-38,52%
-10,40%
9,32%
Total
-1,44%
0,59%
9,73%
-15,68%
-6,34%
5,44%
Academia
5,68%
5,58%
-8,55%
15,22%
-17,96%
5,79%
Agências de Viagem
-0,20%
12,96%
6,94%
9,00%
-9,87%
-2,01%
Aluguel de Artigos para Festa
4,16%
3,54%
1,16%
-23,78%
5,62%
14,76%
Autoescola
-5,52%
7,98%
-15,02%
5,94%
17,05%
17,80%
Casa de Eventos
2,08%
-0,48%
1,75%
-46,12%
14,97%
4,51%
Clínica de Estética
2,27%
0,19%
3,06%
-18,68%
-13,18%
-14,93%
Ensino de Idiomas
0,44%
2,27%
3,06%
-6,23%
1,71%
9,89%
Pet Shop
-2,58%
7,13%
6,39%
-15,58%
-11,76%
2,52%
Reparação de Eletroeletrônicos
-1,42%
2,82%
-6,60%
-2,45%
-5,09%
6,64%
Salão de Beleza
-5,96%
2,37%
17,61%
-12,46%
-15,04%
5,90%
Total
0,63%
4,22%
1,38%
-8,92%
-7,03%
5,48%
Total
-0,97%
1,35%
7,94%
-14,34%
-6,49%
5,45%
Comércio
62 Revista Fecomércio DF
Out x Set
Serviço
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
A
s vendas do comércio
brasiliense
fecharam
o mês de março com
crescimento de 5,44%
na comparação com fevereiro. As
vendas do setor de serviços também tiveram desempenho positivo,
com alta de 5,48%. No acumulado
dos últimos 12 meses (março/14 –
março/15), no entanto, a variação
foi negativa, ficando em -9,65%. É o
que mostra a Pesquisa Conjuntural
de Micro e Pequenas Empresas do
Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio.
De acordo com o presidente da
Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo do DF (Fecomércio), Adelmir Santana, esse
resultado tem duas explicações:
a primeira é que o mês de março
não teve feriados e contemplou 31
dias. A segunda é que a regularização dos salários dos servidores
do governo do DF ajudou a aquecer
o comércio. “A queda no mês anterior foi intensa, de -6,49% para comércio e serviços. Por isso, apesar
da boa notícia do resultado positivo
em março, o valor deve ser analisado com cautela, pois não foi o
suficiente para recuperação deste
5,44%
foi o aumento das vendas do
comércio no mês de março
em comparação
com fevereiro
primeiro trimestre de 2015. Será necessária muita atenção nos próximos
meses para saber se existe ou não uma tendência de recuperação”, analisa Adelmir Santana.
Apenas três segmentos do comércio registraram queda nas vendas
em março de 2015: Livraria e Papelaria (-6,37%); Material de Construção
(-3,11%); e Tecidos (-1,30%). Os outros segmentos registraram alta: Mercado e Mercearia (12,58%); Floricultura (12,57%); Lojas de Utilidades Domésticas (9,73%); Vestuário (9,32%); Informática (7,41%); Farmácia e Perfumaria
(5,69%); Calçados (5,17%); Autopeças e Acessórios (4,91%); Bares, Restaurantes e Lanchonetes (4,22%); Móveis e Decoração (2,80%) e Óticas (1,56%).
Formas de pagamento // Março
Serviçco
100%
Comércio
100%
45,48%
28,56%
25,00%
21,10%
0,45%
0%
À vista
Cheque
Cartão de
Crédito
Débito
39,79%
2,99%
1,41%
A prazo
Boleto
13,77%
10,12%
Débito
A prazo
9,53%
1,80%
0%
À vista
Cheque
Cartão de
Crédito
Boleto
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Revista Fecomércio DF 63
pesquisa conjuntural
No setor de serviços, os destaques em março ficaram com os segmentos de Autoescola (17,80%); Aluguel de Artigos para Festa (14,76%);
Ensino de Idiomas (9,89%); Reparação de Eletroeletrônicos (6,64%);
Salão de Beleza (-5,90%); Academia
(5,79%); Casa de Eventos (4,51%); e
Petshop (2,52%). Os dois segmentos
de serviços que apresentaram queda nas vendas foram: Clínica de Estética (-14,93%) e Agência de Viagem
(-2,01%).
Nível de emprego
Out x Set Nov x Out Dez x Nov Jan x Dez Fev x Jan MarxFev
Autopeças e Acessórios
3,17%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
0,00%
0,91%
Calçados
5,43%
-4,69%
Farmácia e Perfumaria
0,00%
-1,01%
0,34%
-5,96%
-0,37%
5,99%
Floricultura
-8,70%
4,76%
9,09%
0,00%
12,50%
-3,70%
-2,15%
-2,99%
-6,83%
13,33%
-2,94%
-4,12%
0,20%
-4,37%
3,99%
10,08%
-16,79%
8,65%
-3,42%
Informática
1,23%
0,00%
16,46%
-6,52%
-9,30%
0,00%
Livraria e Papelaria
-5,19%
37,14%
-2,94%
2,86%
1,90%
-8,18%
Lojas de Utilidades Domésticas
0,00%
6,45%
-7,58%
-1,67%
1,69%
0,00%
Material de Construção
1,09%
6,78%
-3,50%
-4,19%
-5,46%
-8,67%
Mercado e Mercearia
-2,80%
0,53%
-2,93%
1,59%
-0,45%
-0,45%
Móveis e Decoração
1,37%
0,00%
-26,09%
21,57%
-1,54%
1,52%
Óticas
7,14%
6,67%
0,00%
3,45%
0,00%
0,00%
Tecidos
0,00%
-7,69%
-12,50%
9,52%
8,70%
32,00%
Vestuário
0,40%
8,49%
-4,01%
-3,73%
3,50%
-1,13%
Total
0,19%
2,28%
-2,70%
-1,73%
-0,68%
0,86%
Academia
-1,29%
4,26%
-6,69%
7,63%
-7,45%
5,36%
Agências de Viagem
13,33%
18,00%
-8,33%
-8,16%
17,78%
-7,55%
Aluguel de Artigos para Festa
-4,79%
2,72%
1,32%
10,46%
-3,55%
-3,05%
Autoescola
3,45%
3,33%
-4,84%
0,00%
9,43%
-7,14%
Casa de Eventos
0,00%
2,70%
0,00%
2,27%
-4,44%
2,33%
Clínica de Estética
3,75%
2,50%
-11,84%
17,39%
-16,05%
12,31%
Ensino de Idiomas
0,00%
1,66%
-1,71%
-8,18%
3,03%
2,21%
Pet Shop
4,59%
6,96%
-10,66%
2,68%
1,74%
0,85%
Reparação de Eletroeletrônicos
-0,81%
0,00%
-0,93%
-0,93%
0,00%
2,83%
Salão de Beleza
-2,80%
5,77%
5,22%
-16,81%
2,13%
-1,05%
Total
0,18%
Total
Comércio
64 Revista Fecomércio DF
Entre as formas de pagamento, o cartão de crédito foi o mais
utilizado. No comércio, a modalidade respondeu por 45,48% do
montante. No setor de serviços, foi
responsável por 39,79%. A Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do DF é realizada
mensalmente pelo Instituto Fecomércio, com o apoio do Sebrae.
Foram consultadas 900 empresas,
das quais 595 do comércio e 305 de
serviços.
0,18%
Serviço
4,04%
2,79%
-3,68%
-2,99%
1,34%
-0,86%
-1,87%
-1,02%
1,57%
1,06%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Desempenho de vendas
Out x Set Nov x Out Dez x Nov Jan x Dez Fev x Jan Marx Fev
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-2,46%
0,44%
10,34%
-13,32%
-7,59%
10,47%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
6,32%
-5,10%
12,93%
-32,21%
4,05%
4,69%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
-1,57%
-1,04%
16,27%
-17,46%
-4,33%
-0,97%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-1,50%
-0,87%
0,80%
-18,07%
-4,25%
1,68%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-3,63%
1,99%
10,49%
-19,49%
-4,77%
1,36%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
1,46%
7,33%
0,91%
-6,61%
-12,40%
7,61%
Total
-1,44%
0,59%
9,73%
-15,68%
-6,34%
5,44%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
1,61%
2,74%
2,66%
-6,58%
-3,04%
7,12%
-11,05%
-1,51%
-1,74%
-19,86%
-17,27%
-7,93%
3,54%
0,84%
-1,40%
-15,32%
-9,12%
3,36%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
Ceilândia, Taguatinga,
Vicente Pires e Águas Claras
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-2,60%
4,17%
6,34%
-12,62%
-0,80%
4,27%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-6,66%
7,58%
3,04%
-12,36%
-4,15%
-8,40%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
3,92%
14,55%
-1,59%
5,27%
-16,84%
15,78%
Total
0,63%
4,22%
1,38%
-8,92%
-7,03%
5,48%
Total
-0,97%
1,35%
7,94%
-14,34%
-6,49%
5,45%
Comércio
Serviço
Nível de Emprego
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Out x Set Nov x Out Dez x Nov Jan x Dez Fev x Jan Marx Fev
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-1,16%
0,36%
-2,11%
-1,54%
-2,35%
10,47%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
0,00%
4,02%
1,22%
-14,47%
13,18%
4,69%
Ceilândia, Taguatinga,
Vicente Pires e Águas Claras
1,17%
-1,30%
0,66%
0,33%
0,83%
-0,97%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
2,38%
8,43%
-8,59%
1,50%
-4,64%
1,68%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
4,29%
-1,71%
0,35%
-7,52%
4,24%
1,36%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-2,79%
13,11%
-9,41%
2,37%
-3,86%
7,61%
0,19%
2,28%
-2,70%
-1,73%
-0,68%
5,44%
Total
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-0,87%
4,64%
-3,72%
-3,75%
8,44%
7,12%
Candangolândia, Guará e Núcleo
Bandeirante
4,00%
-1,92%
-3,92%
6,00%
-5,77%
-7,93%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas
Claras
-0,31%
4,95%
-0,58%
4,46%
-5,11%
3,36%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
0,79%
3,15%
-6,02%
14,17%
-4,58%
4,27%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-2,74%
-1,41%
-5,71%
-1,49%
1,52%
-8,40%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
2,44%
5,33%
-6,02%
-3,62%
-9,86%
15,78%
0,18%
4,04%
-3,68%
1,34%
-1,87%
5,48%
0,18%
2,79%
-2,99%
-0,86%
-1,02%
5,45%
Total
Total
Comércio
Serviço
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Revista Fecomércio DF 65
WhatsApp libera
ligações de voz a todos
os smartphones Android
Rodrigo Franco,
presidente do Sinpol-DF
BOM
BOM
Só espero que o
serviço não passe a
ser cobrado depois
que todo mundo se
acostumar.
Abertura da venda
de ingressos para as
Olimpíadas
Diminuição da
maioridade penal
BOM
Relacionamento
gay na novela
R
A questão é comprar
ingresso e não
conseguir estadia
no Rio ou pagar um
absurdo. Quem é
de Brasília poderá
assistir ao futebol.
Boa oportunidade.
BOM
R
Não assisto à
novela, mas acho
que perdem chance
de incluir temas de
grande interesse
como a falta de
políticas públicas.
1
66Untitled-4
Revista Fecomércio
DF
Diminui a
dependência dos
consumidores
pelas operadoras
de telefonia e pode
reduzir os preços
das ligações.
REGULAR
Temos que encarar
essa realidade. Os
menores infratores
têm a exata noção
que cometem
crimes e que ficarão
impunes. Sou a
favor.
BOM
Gildásio Pedrosa,
sócio da Veloso de
Melo Advogados
Não diminuirá
os índices de
criminalidade,
mas é necessário
aumentar o tempo
de internação dos
menores que é de
apenas três anos.
REGULAR
Ainda faltam
informações mais
detalhadas sobre
as modalidades que
serão disputadas e o
preço não agradou.
REGULAR
Contribui para
o processo
de aceitação
das relações
homoafetivas, mas
o tema não pode ser
explorado só para
gerar polêmica.
Edilberto Silva,
mestre e especialista
na área de TI Senac-DF
BOM
Excelente iniciativa.
O cenário de
comércio está sendo
alterado em várias
áreas. Com o VOIP o
tráfego de voz é uma
realidade que tende
a se expandir.
BOM
Há muito pessoas
com 16 e 17 anos
deixaram de ser
inocentes e de não
terem consciência
de seus atos.
BOM
A iniciativa é
excelente e espero
que os compradores
não tenham os
mesmos problemas
de quem comprou
os ingressos para a
Copa.
RUIM
“Há assunto e horário
para tudo e não acho
benéfico este cenário
onde o assunto
‘relacionamento gay’
é tratado como um
‘tabu’.
Raphael Carmona
Raphael Carmona
pesquisa relâmpago
Marcio Vieira,
secretário de imprensa da
Autoridade Pública Olímpica
BOM
De qualquer lugar
do mundo resolvo
questões em
minutos, sem a
necessidade e perda
de tempo para ser
fazer uma ligação
convencional.
RUIM
Sou completamente
contra. O País
precisa de uma
política de saúde e
educação. Simples,
assim.
BOM
As pessoas irão
participar do maior
espetáculo da Terra.
BOM
Ficarei feliz quando
o assunto não
precisar mais ser
tema de novela. É
algo tão natural que
não precisa que
uma bandeira seja
levantada.
Bruna Cristian,
vendedora
RUIM
É bom por um
lado porque não
precisa pagar,
mas a qualidade
deixa muito a
desejar ainda.
BOM
Porque a maioria
dos jovens se
aproveita disso
para aprontar
e fica por isso
mesmo.
BOM
Não acompanho
esportes,
mas acho que
seja bom pela
comodidade de
poder comprar
online.
RUIM
Sou contra
esse tipo de
relacionamento
e acho ruim
porque pode
ter criança
assistindo.
18/11/10 11:29
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