“Fortalecei os vossos corações” (Tg 5,8)
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“Fortalecei os vossos corações” (Tg 5,8)
Informativo da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora Arquidiocese de Sorocaba Sorocaba/SP - Ano XV - No. 94 - Março 2015 “Fortalecei os vossos corações” (Tg 5,8) Tire suas dúvidas Página 3 No Colo da Mãe Página 6 Os Sucessores de Dom Bosco Página 7 A Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma VISITE NOSSO SITE: www.auxiliadorasorocaba.com.br Mensagem do Pároco Caríssimos Paróquianos: A Paz do Senhor Jesus esteja com cada um de vocês. É com alegria que pela primeira vez me dirijo a vocês neste nosso informativo. Como estamos vivendo, com toda a Igreja, este tempo forte e importante do nosso tempo Litúrgico, isto é, a Quaresma, queria poder lembrar a cada um que este tempo é um tempo mais que favorável para a nossa conversão e a nossa mudança. Este é um período para que a Graça de Deus possa penetrar nas nossas vidas e nos ajudar a sermos um pouco melhores. Para que realmente este seja o tempo da graça e da conversão lembro a cada um de vocês as ações que a Igreja nos convida a viver e, atraves delas, nos fortalecer: a oração, a penitência e a caridade. A oração nos levará a uma experiência pessoal com Deus, nos levará para o coração de Deus; a penitência nos ajudará na nossa conversão, para uma liberdade interior; e a caridade nos ajudará a viver a doação aos irmãos no serviço fraterno, num gesto de solidariedade e de partilha. Assim conseguiremos, também , viver o que nos pede a Campanha da Frasternidade: servir. Lembre-se sempre das palavras do próprio Jesus: “Eu vim para servir”. No serviço amoroso e gratuito vivamos a nossa fé. Com afeto e no serviço Padre Marcos Sabino-sdb Informativo Paróquia em Ação Publicação Mensal da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora Sorocaba/SP www.auxiliadorasorocaba.com.br Pároco - Padre Marcos Roberto Sabino-sdb | Jornalista Responsável - Andrea Freire Diagramação - Cerquetto Comunicação | Fotos Equipe de Comunicação Impressão - Gráfica Paratodos | Tiragem 1.000 exemplares | Realização - Equipe de Comunicação | Comercial - Contato 9785.4992 | Contato Secretária - 3222.2380 End.: Rua Avelino Argento nº 386 Jd Paulistano - Sorocaba/SP - Cep 18040-670 “Este informativo é uma publicação de periodicidade mensal, distribuída gratuitamente na paróquia, e bairros adjacências da matriz. É proibida a reprodução de qualquer conteúdo sem prévia autorização”. Dízimo: um ato de fé! Dízimo é um ato de fé, de compromisso, de gratidão e de reconhecimento a Deus pelo que Ele é e pelo que fez e faz por nós. Ao oferecer o Dízimo o cristão expressa a sua convicção de pertença a Deus, tanto de si mesmo como de tudo o que possui. Antes, portanto, de ser partilha o Dízimo é ação de graças. “Que o meu dízimo seja agradável a Ti Senhor” Dizimistas Aniversariantes de Março 03 Vera Ferreira Barberi 04 Diva Xavier - Antônio Harabara Furtado Nanci Machado Cardoso 05 Paulina Dalva 06 Mário Augusto Marengo - Leandro Carriel José Carlos Komniski - Neide Bolina T. de Barros 07 João Alfredo Kriguer - Márcia Regina H. de O. Silva Inês Amélia Dall’ara - Clelia Bonini Ribeiro José Pedro da Silva 10 Maria Clara Parise Castilho - Marcos Fábio de C. Pinheiro 11 Elmina M. M. Biasissi - Rafael de Aquino Rodrigues Gian Carlos Fernandes 12 Isabella Gavazza - Carlos Augusto Gonçalves 13 Carmem Lopes 14 Eduardo Thimóteo de Oliveira 15 Américo Garcia Mayoral - Ana Carolina C. Francisco Michele Rosa G. Carriel 16 Maria Paula Zaccariotto Van Ray 17 José Luiz Unterkircher 18 José Rui de Miranda - Fernanda Dinarowshi Mendes Maria Aparecida Rodrigues Lacava Jeani Machado de Almeida 20 Cornélio José Pilon - Benedito Castilho Brasília G. Sanches Reynaldo Sidney Oliveira 21 Joneval Borges Lêdo 22 Eloisa dos Santos Colombo - Cleonice Ribeira de Moura Eraldo Iroche Barbosa 23 Pedro Antonio Escanhoela 25 José Emilio Augusto 27 Maria Irene O. Ferreira Leão 28 Iraci P. de Almeida Garcia Fernando Henrique O. Ferreira Maria Alessandra F. Sorans 29 Raquel de Paula Tessilla 31 Luiz Carlos Michelin Parabéns à todos! Que Deus os Abençoe! Faça você também a experiência do Dízimo! Horário de Missas Segunda a Sexta Feira - 7h00 e 19h30 Sábados - 7h00 e 16h30 Domingos - 7h00, 8h30, 10h00, 18h00 e 19h30 Feriados (segunda a sexta feira) - 8h00 Tire suas dúvidas ? Estamos vivendo o Tempo da Quaresma que é um tempo que nos convida a praticar o espírito de penitência, não na sua acepção negativa de tristeza e frustração, mas de elevação do espírito, de libertação do mal, do afastamento do pecado e de tudo que pode dificultar nosso caminho para a plenitude da vida. Em função disso é um momento propício para que possamos tirar algumas dúvidas sobre o Sacramento da Penitência, que é um dos sacramentos de cura. O Sacramento da Penitência tem também outros nomes? Sim. Chama-se também Sacramento da Reconciliação, porque através dele Jesus nos reconcilia com o Pai e com a igreja; Sacramento da Confissão, porque nele acusamos – confessamos – nossos pecados; Sacramento do Perdão, porque é por ele que o Pai nos perdoa; Sacramento da Conversão, porque por ele voltamos ao Pai. O que é Conversão? O seguidor de Jesus deve procurar ouvir e praticar Sua Palavra, obedecer Seus Mandamentos, seguir Seus exemplos. Como porém, nunca é perfeito na prática do evangelho, ele deve todos os dias arrepender-se, pedir perdão, tomar decisões de mudança de vida, rezar para obter a força divina de ser fiel e coerente: tudo isso é conversão. Que atos fazem da Penitência um Sacramento? Os atos essenciais do Sacramento da Penitência são: o arrependimento; a acusação dos pecados; a decisão de conversão para uma vida mais de acordo com o Evangelho; a absolvição dos Sacramento da Penitência pecados. O que esse Sacramento exige para ser bem recebido? Exige: 1) exame de consciência; 2) arrependimento; 3) acusação dos pecados (confissão); 4) absolvição; 5) satisfação. O que é exame de consciência? Consiste em comparar a própria vida com a Palavra de Deus, em particular com os Mandamentos da Lei de Deus e o Evangelho de Jesus, e observar em que pontos falhamos: essas falhas são os nossos pecados. O que é arrependimento? Pelo arrependimento, reconhecemos que desobedecemos a Deus, O ofendemos, fomos ingratos para com Ele, não demos atenção à Palavra de Jesus, ao Espírito Santo, à Igreja e aos nossos irmãos. “Sentimos dor” por termos agido assim e pedimos a Deus que nos perdoe. Por que deve ser assim? Porque esta é a vontade de Jesus. Depois da ressurreição Ele disse aos apóstolos: “A quem perdoardes os pecados, serão perdoados: a quem os retiverdes, ficarão retidos” (João 20,23). Portanto como preparação para a Páscoa é necessário que façamos o nosso exame de consciência, que nos arrependamos dos nossos erros, que confessemos os nossos pecados para alcançarmos a absolvição e a satisfação de estarmos novamente na graça de Deus. Fonte: Os Sacramentos: O que são? Para que servem? Como recebê-los? Dom Hilário Mozer-sdb, Bispo Emérito de Tubarão/SC 19 de Março Dia de São José Dia 19 de março a Igreja comemora o dia de São José, patrono da família. Vamos juntos pedir a sua intercessão para que nossas famílias sejam protegidas de todo o mal. A vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, cheios de confiança, solicitamos o vosso patrocínio. Pelo laço sagrado de caridade que vos uniu à Virgem Imaculada, Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos que lanceis um olhar benigno sobre nós, que somos a herança que Jesus Cristo conquistou com seu sangue, e nos socorreis nas nossas necessidades, com o vosso auxílio e poder.Protegei, ó guarda providente da divina família, o povo eleito de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos, do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas, e assim como outrora salvastes a vida ameaçada do Menino Jesus, defendei agora a santa Igreja de Deus das ciladas de seus inimigos e de toda a adversidade. Amparai a cada um de nós com o vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, piedosamente morrer e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém. São José, Rogai por nós! Amados irmãos e irmãs! Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um « tempo favorável » de graça (cf. 2 Cor6,2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo tenha dado: « Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro » (1 Jo4,19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa connosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar. Quando o povo de Deus se converte ao seu amor, encontra resposta para as questões que a história continuamente nos coloca. E um dos desafios mais urgentes, sobre o qual me quero deter nesta Mensagem, é o da globalização da indiferença. Dado que a indiferença para com o próximo e para com Deus é uma tentação real também para nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em cada Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz para nos despertar. A Deus não Lhe é indiferente o mundo, mas ama-o até ao ponto de entregar o seu Filho pela salvação de todo o homem. Na encarnação, na vida terrena, na morte e ressurreição do Filho de Deus, abre-se definitivamente a porta entre Deus e o homem, entre o Céu e a terra. E a Igreja é como a mão que mantém aberta esta porta, por meio da proclamação da Palavra, da celebração dos Sacramentos, do testemunho da fé que se torna eficaz pelo amor (cf. Gl 5,6). O mundo, porém, tende a fechar-se em si mesmo e a fechar a referida porta através da qual Deus entra no mundo e o mundo n’Ele. Sendo assim, a mão, que é a Igreja, não deve jamais surpreender-se, se se vir rejeitada, esmagada e ferida. Por isso, o povo de Deus tem necessidade de renovação, para não cair na indiferença nem se fechar em si mesmo. Tendo em vista esta renovação, gostaria de vos propor três textos para a vossa meditação. 1. « Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros » (1 Cor12,26)– A Igreja. Com o seu ensinamento e sobretudo com o seu testemunho, a Igreja oferece-nos o amor de Deus, que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença. Mas, só se pode testemunhar algo que antes experimentamos. O cristão é aquele que permite a Deus revesti-lo da sua bondade e misericórdia, revesti-lo de Cristo para se tornar, como Ele, servo de Deus e dos homens. Bem no-lo recorda a liturgia de Quintafeira Santa com o rito do lava-pés. Pedro não queria que Jesus lhe lavasse os pés, mas depois compreendeu que Jesus não pretendia apenas exemplificar como devemos lavar os pés uns aos outros; este serviço, só o pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só essa pessoa « tem parte com Ele » (cf. Jo 13,8), podendo assim servir o homem. A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele. Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença que, com tanta frequência, parece apoderar-se dos nossos corações; porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, n’Ele, um não olha com indiferença o outro. « Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria » (1 Cor12,26). A Igreja é communio sanctorum, não só porque, nela, tomam parte os Santos mas também porque é comunhão de coisas santas: o amor de Deus, que nos foi revelado em Cristo, e todos os seus dons; e, entre estes, há que incluir também a resposta de quantos se deixam alcançar por tal amor. Nesta comunhão dos Santos e nesta participação nas coisas santas, aquilo que cada um possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos. E, dado que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe, por aqueles que não poderíamos jamais, com as nossas simples forças, alcançar: rezamos com eles e por eles a Deus, para que todos nos abramos à sua obra de salvação. 2. « Onde está o teu irmão? » (Gn 4,9)– As paróquias e as comunidades Tudo o que se disse a propósito da Igreja universal é necessário agora traduzi-lo na vida das paróquias e comunidades. Nestas realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que fazemos parte de um único corpo? Um corpo que, simultaneamente, recebe e partilha aquilo que Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus membros mais frágeis, pobres e pequeninos? Ou refugiamo-nos num amor universal pronto a comprometer-se lá longe no mundo, mas que esquece o Lázaro sentado à sua porta fechada (cf. Lc16,19-31)? Para receber e fazer frutificar plenamente aquilo que Deus nos dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas direções. Em primeiro lugar, unindo-nos à Igreja do Céu na oração. Quando a Igreja terrena reza, instaura–se reciprocamente uma comunhão de serviços e bens que chega até à presença de Deus. Juntamente com os Santos, que encontraram a sua plenitude em Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a indiferença é vencida pelo amor. A Igreja do Céu não é triunfante, porque deixou para trás as tribulações do mundo e usufrui sozinha do gozo eterno; antes pelo contrário, pois aos Santos é concedido já contemplar e rejubilar com o facto de terem vencido definitivamente a indiferença, a dureza de coração e o ódio, graças à morte e ressurreição de Jesus. E, enquanto esta vitória do amor não impregnar todo o mundo, os Santos caminham connosco, que ainda somos peregrinos. Convicta de que a alegria no Céu pela vitória do amor crucificado não é plena enquanto houver, na terra, um só homem que sofre e geme, escrevia Santa Teresa de Lisieux, doutora da Igreja: « Muito espero não ficar inactiva no Céu; omeu desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas almas » (Carta254, de 14 de Julho de 1897). Também nós participamos dos méritos e da alegria dos Santos e eles tomam parte na nossa luta e no nosso desejo de paz e reconciliação. Para nós, a sua alegria pela vitória de Cristo ressuscitado é origem de força para superar tantas formas de indiferença e dureza de coração. Em segundo lugar, cada comunidade cristã é chamada a atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com os pobres e com os incrédulos. A Igreja é, por sua natureza, missionária, não fechada em si mesma, mas enviada a todos os homens. Esta missão é o paciente testemunho d’Aquele que quer conduzir ao Pai toda a realidade e todo o homem. A missão é aquilo que o amor não pode calar. A Igreja segue Jesus Cristo pela estrada que a conduz a cada homem, até aos confins da terra (cf.Act1,8). Assim podemos ver, no nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e ressuscitou. Tudo aquilo que recebemos, recebemo-lo também para eles. E, vice-versa, tudo o que estes irmãos possuem é um dom para a Igreja e para a humanidade inteira. Amados irmãos e irmãs, como desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença! 3. « Fortalecei os vossos corações » (Tg 5,8)– Cada um dos fiéis Também como indivíduos temos a tentação da indiferença. Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência? Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e 14 de Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração. Em segundo lugar, podemos levar ajuda, com gestos de caridade, tanto a quem vive próximo de nós como a quem está longe, graças aos inúmeros organismos caritativos da Igreja. A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum. E, em terceiro lugar, o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos. Se humildemente pedirmos a graça de Deus e aceitarmos os limites das nossas possibilidades, então confiaremos nas possibilidades infinitas que tem de reserva o amor de Deus. E poderemos resistir à tentação diabólica que nos leva a crer que podemos salvar-nos e salvar o mundo sozinhos. Para superar a indiferença e as nossas pretensões de omnipotência, gostaria de pedir a todos para viverem este tempo de Quaresma como um percurso de formação do coração, a que nos convidava Bento XVI (Carta enc. Deus caritas est, 31). Ter um coração misericordioso não significa ter um coração débil. Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro. Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma desejo rezar convosco a Cristo: « Fac cor nostrum secundum cor tuum – Fazei o nosso coração semelhante ao vosso » (Súplica das Ladainhas ao Sagrado Coração de Jesus). Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo nem cai na vertigem da globalização da indiferença. Com estes votos, asseguro a minha oração por cada crente e comunidade eclesial para que percorram, frutuosamente, o itinerário quaresmal, enquanto, por minha vez, vos peço que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde! FRANCISCUS PP No Colo da Mãe Maria, Auxiliadora dos Cristãos História da Invocação Esta invocação mariana encontra suas raízes no ano 1571, quando Selim I, imperador turco, lança seu olhar de cobiça sobre toda a Europa, após conquistar várias ilhas do Mediterrâneo. O Papa Pio V, diante da inércia das nações cristãs, resolveu organizar uma poderosa esquadra para salvar os cristãos da escravidão muçulmana. Para tanto, invocou o auxílio da Virgem Maria para este combate católico. A vitória aconteceu no dia 7 de outubro de 1571. Afastada a perseguição maometana, o Santo Padre demonstrou sua gratidão à Virgem acrescentando nas ladainhas loretanas a invocação: Auxiliadora dos Cristãos. No entanto, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora só foi instituída em 1816, pelo Papa Pio VII, a fim de perpetuar mais um fato que atesta a intercessão da Santa Mãe de Deus: Napoleão I, empenhado em dominar os estados pontifícios, foi excomungado pelo Sumo Pontífice. Em resposta, o imperador francês seqüestrou o Vigário de Cristo, levando-o para a França. Movido por ardente fé na vitória, o Papa recorreu à intercessão de Maria Santíssima, prometendo coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora de Savona logo que fosse liberto. O Santo Padre ficou cativo por cinco anos, sofrendo toda espécie de humilhações. Uma vez fracassado, Napoleão cedeu à opinião pública e libertou o Papa, que voltou a Savona para cumprir sua promessa. No dia 24 de maio de 1814, Pio VII entrou solenemente em Roma, recuperando seu poder pastoral. Os bens eclesiásticos foram restituídos. Napoleão viu- se obrigado a assinar a abdicação no mesmo palácio onde aprisionara o velho pontífice. Para marcar seu agradecimento à Santa Mãe de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma. Dom Bosco e Nossa Senhora Auxiliadora O grande apóstolo da juventude, Dom Bosco, adotou esta invocação para sua Congregação Salesiana porque ele viveu numa época de luta entre o poder civil e o eclesiástico. A fundação de sua família religiosa, que difunde pelo mundo o amor a Nossa Senhora Auxiliadora, deu-se sob o ministério do Conde Cavour, no auge dos ódios políticos e religiosos que culminaram na queda de Roma e destruição do poder temporal da Igreja. Nossa Senhora foi colocada à frente da obra educacional de Dom Bosco para defendêla em todas as dificuldades. No ano de 1862, as aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, São João Bosco iniciou a construção, em Turim, de um santuário, que foi dedicado a Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos. A partir dessa data, Dom Bosco, que desde pequeno aprendeu com sua mãe Margarida, a confiar inteiramente em Nossa Senhora, ao falar da Mãe de Deus, lhe unirá sempre o título Auxiliadora dos Cristãos. Para perpetuar o seu amor e a sua gratidão para com Nossa Senhora e para que ficasse conhecido por todos e para sempre que foi “Ela (Maria) quem tudo fez”, quis Dom Bosco que as Filhas de Maria Auxiliadora, congregação por ele fundada juntamente com Santa Maria Domingas Mazzarello, fossem um monumento vivo dessa sua gratidão. Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como esse título teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o seu amor pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a “Virgem de Dom Bosco”.Escreveu Dom Bosco: “A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso”. Nossa Senhora Auxiliadora, Rogai por nós! Nos Caminhos de Dom Bosco Os Sucessores de Dom Bosco Neste mês vamos conhecer mais dois sucessores de Dom Bosco. O terceiro sucessor, o Bem aventurado Filipe Rinaldi regeu a Congregação Salesiana entre os anos de 1922 a 1931, sendo sucedido pelo Padre Pedro Ricaldone, o quarto sucessor, que foi o Reitor Mor dos salesianos entre os anos de 1932 a 1951. É importante destacar que ambos foram fiéis ao carisma de Dom Bosco e lutaram para que toda a Família Salesiana também a vivesse, mas não com palavras e sim com seus exemplos. Bem Aventurado Filipe Rinaldi (1922-1931) Filipe Rinaldi nasceu em 28 de maio de 1856, no Piemonte. Aos 5 anos de idade, conheceu Dom Bosco, mas somente aos 15 foi para o colégio salesiano de Mirabello.Aos 20 anos, Rinaldi entrou para a casa de Sampierdarena, um seminário para vocações adultas. Fez a profissão religiosa em 1880 e tornou-se padre em 1882.Foi nomeado diretor de várias obras salesianas antes de ser inspetor em Portugal e na Espanha e, depois prefeito geral da Congregação. Em 1921, foi eleito terceiro sucessor de Dom Bosco. Com muito zelo, promoveu a prática dos valores salesianos, acentuando que a verdadeira fisionomia da obra salesiana não está nos sucessos exteriores quanto na vida interior. Incentivador de movimentos leigos, fundou, em 1910, o Instituto Secular das Voluntárias de Dom Bosco; deu grande organização dos salesianos cooperadores; fundou a Federação Mundial de Ex-alunos e Ex-alunas de Dom Bosco. Trabalhador incansável, incrementou, entre operários de diversas categorias, as formas associativas e as organizações de poupança, que se desenvolveram com o crescimento do sindicalismo cristão e das associações de previdência. Padre Rinaldi cuidava, com entusiasmo, da formação do pessoal, usando os meios a seu alcance: reuniões, visitas, escritos, tornando-se apreciado e amado por todos. Suas virtudes e a fama permanente de santidade após sua morte, ocorrida em 05 de dezembro de 1931, levaram a promover sua causa de beatificação e canonização. A 29 de abril de 1990, foi declarado bem-aventurado pelo Papa João Paulo II. Padre Pedro Ricaldone (1932-1951) Pedro Ricaldone nasceu em 27 de julho de 1870,em Mirabello Monferrato, Itália. Estudou em Alassio e, mais tarde, em Borgo San Marino,onde conheceu Dom Bosco e optou por ser salesiano. Em 1890, fez a profissão religiosa; ordenouse padre em 1893 e, com apenas 23 anos, foi diretor do Oratório de Sevilha. A partir de 1908, padre Miguel Rua nomeou-o visitante em várias casas nas Américas, Europa e Oriente Médio. Foi eleito prefeito-geral e, posteriormente, Superior-geral, em 1932, dirigindo a Congregação até 1951. Organizou, em 1934, as celebrações da canonização do fundador. Entre os momentos mais difíceis de seu governo, contam-se a Guerra Civil na Espanha e a Segunda Guerra Mundial, ocasião em que ele determinou que, nas inspetorias salesianas, houvesse casas para órfãos e refugiados, e que se recebessem gratuitamente alunos carentes. Não obstante as dificuldades, deu grande impulso à formação espiritual e profissional dos salesianos em todo o mundo. Criou os institutos de cultura de nível superior, dentre os quais merece destaque a Universidade Pontifícia Salesiana. Fiel à tradição, incentivou a especialização e qualificação das escolas profissionais; intensificou a expansão missionária, a animação catequética e pastoral; impulsionou as iniciativas editoriais e de comunicação. Por duas vezes, deu volta completa no mundo, levando a toda a Família Salesiana, além de orientações, sua solicitude paterna, bem ao estilo do Fundador. Em poucos anos, duplicou o número de membros da Congregação. Fonte: Livro Salesianidade - Antonio Pacheco de Paula Brincando e Catequisando QUARESMA Quer aprender um pouco mais sobre a Quaresma? Então leia o texto abaixo com atenção e responda a cruzadinha corretamente. A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e significa o período de quarenta dias que antecedem a maior festa do cristianismo: a Ressurreição de Jesus Cristo. A Quaresma começa na quarta feira de cinzas e termina no Domingo de Ramos. Durante esse período, a Igreja usa a cor roxa que simboliza penitência e conversão. Na quarta feira de cinzas, todos nós cristãos devemos ir à Igreja para receber as cinzas em nossa testa, reconhecendo que somos pecadores e desejamos mudar de vida, lembrando também que , viemos do pó e para o pó voltaremos. Quaresma é um período de grande reflexão, onde devemos fazer jejum, penitência, oração e nos arrepender de nossos pecados. Cruzadinha 1 -A Quaresma dura quantos dias? 2 -Uma das atitudes que devemos ter durante a Quaresma é o j....... 3 -A Quaresma começa na quarta feira de ...... 4 -Onde Jesus passou 40 dias e 40 noites jejuando? 5 -Durante a Quaresma devemos nos arrepender de nossos ........ 6 -A Ressurreição de Jesus é comemorada no Domingo de ....... 7 -A Quaresma termina no Domingo de ....... 8 -Na quarta feira de cinzas recebemos a cinza em nossa testa para reconhecer que somos ...... 1 2 3 4 5 6 7 8 q u a r e s m a Caça Palavra No quadro abaixo, existem algumas palavras do texto acima. Encontre e circule cada uma. E S D T P M Q Ç Á I U Ã S L A R C Ç R V O J E J A G S P U E M E O R A Ç P I T Q H A J E S U S I Ã O L J S O P A U A C V R R N T I M I F A L Í J H C O A I F Ã O
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