Informativo agosto/2010

Transcrição

Informativo agosto/2010
A leitura vai morrendo pelo
caminho. Que desgraça!
Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica
Os resultados do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)
foram amplamente discutidos em A GAZETA.
O editorial do dia 7 de julho trouxe uma
reflexão sobre os fatores que possivelmente
foram responsáveis pelo sucesso das
melhores escolas e apresentou os desafios
que o país ainda tem pela frente. Já no dia 11,
no fórum “Ponto de Vista”, da editoria de
Opinião, o secretário de Estado da Educação
e uma doutora em Educação e professora da
UFES apresentaram suas considerações sobre
as lições reveladas pelo Ideb. Confira os
textos na íntegra no perfil A Gazeta na Sala
de Aula no Orkut.
Soube, hoje, do encerramento
das atividades do LEIA BRASIL.
Não posso deixar de vir a público
para expressar a minha imensa
tristeza diante deste acontecimento. Ao mesmo tempo, para demonstrar a minha intranquilidade
a respeito do destino da leitura
neste país.
Ao longo de minhas lutas por
mais e melhores leituras para o
povo brasileiro, sempre defendi a
necessidade de uma “frente”
constituída por uma grande - e
diversa - quantidade de entidades
(públicas e privadas) voltadas ao
estudo e à promoção da leitura. A
razão é mais do que óbvia: a vergonhosa, a horripilante paisagem
que atualmente resulta dos descuidos e descasos dos governos
brasileiros em relação ao desenvolvimento das práticas de leitura.
Em 2010, terceiro milênio, em
meio às sociedades de informação
e do conhecimento, o Brasil apresenta o terceiro pior nível de desigualdade de renda do mundo e
um quadro sombrio expressando
o número de leitores reais. A ferida do analfabetismo continua
estuporada. Os iletrados funcionais representam quase a metade
da população do país. A débil e
debilitada rede de bibliotecas (públicas e escolares) nem de leve e
nem de longe alimenta a promoção da leitura. Isto tudo a des-
2
peito dos incessantes - mas descontínuos, burocratizados e depauperados - programas de
enfrentamento dessa questão.
Um dos efeitos básicos da leitura é a qualificação, para melhor,
das decisões e ações dos indivíduos, robustecendo-lhes a cidadania. Outros países sabem disso
e não perdem de vista o decisivo
apoio aos trabalhos das entidades
que indistintamente preservam e
dinamizam os seus bens culturais
escritos junto à população. No
Brasil, infelizmente, ou se repete o
erro de repetir políticas caolhas
de apoio ao que não dá e nunca
deu certo, ou se vira a cara para
assistir, de camarote, talvez cinicamente rindo por dentro, a morte e ao sepultamento de importantes entidades culturais.
O valor do LEIA BRASIL advém da continuidade da iniciativa
pioneira de Mário de Andrade de
itinerar a leitura por entre escolas
e comunidades através de caminhões. Um trabalho com professores e com estudantes de toda a
comunidade escolar visitada para
descobrir e experimentar algumas
delícias do ato de ler. Advém também de um conjunto considerável
de publicações (leituras compartilhadas, coleções de livros, CDs,
DVDs, entrevistas, filmagens), de
um poderoso portal de serviços
pela internet, de significativa par-
ticipação em eventos nas várias
regiões do país, de estudos e pesquisas, etc. Quer dizer, a entidade
consolidou, historicamente, um
“patrimônio” importantíssimo sobre as dinâmicas e os processos
de leitura no Brasil - um patrimônio que seguramente vai pro
brejo por falta de um olhar de
natureza solidária, profissional,
sensível dos organismos de apoio
ou de patrocínio.
Não quero discutir e nem condenar as razões que levaram Jason
Prado, o idealizador e coordenador
do LEIA BRASIL, a essa decisão.
Quero, isto sim, evidenciar aos leitores deste texto que a morte de
uma entidade representa não apenas a permanência do nosso evidente atraso cultural na área, mas
fundamentalmente o imenso desvio dos rumos que nos conduzem
à conquista do direito à leitura, o
que o fundo e à inversa, significa o
alastramento da idiotice - ou muita
esperteza cínica - nas esferas responsáveis pela educação e cultura
no Brasil. E, por tabela ou como
reflexo, o alastramento da idiotice
por toda a sociedade.
Professor Ezequiel Theodoro
da Silva - Livre-Docente em Metodologia de Ensino pela Faculdade de Educação da Unicamp,
hoje atuando como colaborador
voluntário.
AGOSTO DE 2010
São indiscutíveis os
benefícios da leitura para o
bom desempenho dos
estudantes na escola. Mas
muitos alunos deixam essa
importante atividade em
segundo plano e abrem mão de
conhecer e viajar por histórias
que só os livros trazem.
Foi pensando nisso que o
autor Ezequiel Theodoro da
Silva lançou o livro “Leitura na
Escola e na Biblioteca”. A
publicação fala sobre como a prática da leitura
pode ser mais prazerosa para os alunos, tirando
desse ato o caráter artificial e obrigatório. O livro
foi lançado no 5º Seminário Nacional “O Professor
e a Leitura do Jornal” e também retrata a leitura
em ambientes como a escola e biblioteca.
Para o autor, a prática da leitura deve
proporcionar elementos de surpresa e
encantamento para, assim, trazer mais vontade de
ler, não tornando sua prática uma obrigação. Mas,
para isso, é preciso mudar a forma de trabalhar
textos em sala de aula.
“Esse livro que estou relançando traz muita
satisfação, pois inaugura minha editora. Acho que é
uma publicação importante para ser lida pelos
mediadores de leitura que são os professores e os
bibliotecários”, disse.
Essa é a 11° edição do livro, que foi publicado
pela editora do próprio autor, a “Leitura Crítica”. O
exemplar pode ser adquirido pelo site www.
leituracritica.com.br.
Êxito no ensino
Segundo o editorial do jornal A Gazeta do dia 7 de julho, no Espírito Santo,
sete das dez escolas com melhores notas no Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica (Ideb), nos anos iniciais (da 1ª a 4ª série), estão
localizadas no interior. De acordo com o texto, “um conjunto de fatores
convergentes como a participação e o comprometimento das famílias, dos
professores, de pedagogos e das comunidades dão suporte ao bom
desempenho dos alunos”. Na sua opinião, quais os elementos que podem
fazer com que as escolas, em geral, tenham maior êxito no ensino?
“Nas escolas do interior, que normalmente têm um número menor
de estudantes, os profissionais envolvidos com a educação podem
oferecer melhor assistência com
mais condições para atuar, visando o
bom desempenho do aluno. Acredito
que a grande diferença das escolas
do interior é que o professor consegue oferecer um atendimento personalizado ao estudante, conversando sempre com ele, realizando estudos na biblioteca e outras
atividades práticas. E é isso que falta
nas escolas em geral, mais proximidade com o aluno. Porque quando
ele sente a proximidade e o comprometimento da escola com sua
educação, há uma motivação maior.
A família também é fundamental
nesse processo e tem que caminhar
ao lado do estudante.”
Fabíula Regina das Neves, professora da
EMEIEF Bem Viver, do município de
São Gabriel da Palha.
“Desde o primeiro ano, trabalhamos assiduamente para
atingir um bom nível de educação para os alunos. Todo início de ano letivo nos reunimos
com os professores para realizarmos um planejamento de
aulas e atividades. Além disso,
traçamos um planejamento de
currículo adaptado para os
alunos com dificuldades. Acredito que o que mais nos faz
atingir um bom nível de notas
é a consciência para lidar com
os diferentes tipos de alunos
que ensinamos. Tudo é sempre
muito pensado e avaliado para
podermos envolver e atingir o
máximo possível de conhecimento para as crianças.”
Valdinéia Ferreira Athayde é
coordenadora Pedagógica na Escola
Mestre Santa Catarina, no município
de Jaguaré.
Leia o depoimento da diretora da Escola municipal de Colatina, Rita de Cássia Sirtoli Toso,
que foi a campeã no Estado e ficou entre os dez primeiros índices do pais:
“Penso que o que favorece o crescimento dos alunos é ter um grupo de profissionais
compromissado, ter baixa rotatividade de professores e a possibilidade de conhecer o
aluno e a comunidade em que ele está inserido. Conhecendo esse aluno, você pode
intervir de maneira que ele cresça. Durante muito tempo da vida, a gente pensa que
todo mundo tem que fechar a prova, tirar dez. Mas não é assim. Hoje sabemos que o
importante é que todos aprendam, mas cada um no seu ritmo, no seu nível”.
AGOSTO DE 2010
Sem pistas?
Converse com seus alunos sobre o desaparecimento de
Elisa Samudio, divulgado pela mídia como “Caso Bruno”.
Pergunte o que souberam sobre o assunto e comente
elementos contraditórios do episódio.
n
Pergunte se alguma pessoa querida e/ou da família deles
já ficou desaparecida por algum tempo, verificando que
pistas levaram a encontrá-la, ou se ela continua desaparecida até hoje.
n
Questione o que pode fazer com que uma pessoa desapareça. Enfatize a necessidade de levar sempre consigo
um documento de identificação e os contatos de pessoas
que devem ser avisadas caso algo aconteça, além de agir
preventivamente para não ser abordado por pessoas estranhas na rua.
n
Visite o site da Polícia Militar do Espírito Santo (www.
pm.es.gov.br) e descubra como cada um pode ajudar a
evitar crimes. Divulgue o telefone 181 para denúncias.
n
Converse sobre a criminalidade em seu município, fazendo um levantamento das ações que têm sido desenvolvidas para promover a segurança dos cidadãos. Visite
alguma entidade que realize um bom trabalho de conscientização e de apoio às pessoas em risco social, e verifique quais são as maiores necessidades dela. Promova
uma campanha para arrecadar donativos para a instituição
visitada, envolvendo os alunos e seus pais, além de incentivar o voluntariado.
n
Busque o auxílio da unidade da Polícia Militar mais
próxima da escola para desenvolver um trabalho em conjunto, com o objetivo de realizar ações de prevenção à
violência e combate à criminalidade, com o envolvimento
de toda a comunidade escolar.
n
EM CASA
DICAS DE SEGURANÇA DIVULGADAS NO SITE DA POLÍCIA MILITAR DO
ESPÍRITO SANTO:
l Em sua residência ao atender um
chamado, certifique-se de quem se
trata antes mesmo de atendê-lo.
l Não mantenha muito dinheiro em
casa e nem armas ou jóias de muito
valor. Uma vez que estiverem nas mãos
dos marginais serão usadas para prática de novos delitos – capitalização
para: formação de quadrilhas, compra
de drogas, etc.
l À noite, ao chegar em casa, observe
ao aproximar-se de sua residência se
há pessoas suspeitas próximas à mesma. Caso haja suspeita não estacione,
ligue para a Polícia Militar (190), e
aguarde a sua chegada.
l Quando for tirar cópias de suas
chaves, escolha chaveiros que trabalhem longe de sua casa. Dê preferência
a profissionais estabelecidos e que
tenham seus telefones no catálogo
telefônico.
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Pedestres querem liberdade
Unidos contra a dengue
Resgatando valores
Objetivos:
n Utilizar o jornal como instrumento didático na sala de aula.
n Valorizar o espaço do pedestre
nas ruas.
Desenvolvimento:
da turma em grupos.
n Passeio pela rua da escola, para
observação da perda do espaço
reservado ao pedestre.
n Debate sobre o tema.
n Manuseio do jornal A GAZETA
e análise de reportagem sobre o
assunto.
n Produção de frases criativas falando sobre os direitos dos pedestres.
n Conversa informal sobre a necessidade de espaço para os pedestres na cidade.
Objetivos:
n Incentivar e resgatar valores como respeito,
pedido de desculpas, afeição, solidariedade e
amor universal.
n Valorizar a família e os amigos.
n Promover uma conscientização sobre a necessidade e a importância dos valores para a
vida em sociedade.
n Reconhecer a necessidade de mudança nas
atitudes diárias, para uma boa convivência com
todos.
n Divisão
Objetivos:
n Reconhecer de que forma se
dá a proliferação do mosquito
aedes aegypti.
n Identificar formas de combate à dengue.
n Reconhecer a importância da
união para um combate efetivo.
Desenvolvimento:
n Leitura e interpretação oral
dos panfletos informativos
“Brasil unido contra a dengue”
e “Não esqueça, a dengue se
combate todo o dia”.
n Roda de conversa sobre a
proliferação da dengue e as
formas de combate da doença.
n Divisão da turma em grupos
para leitura e interpretação das
matérias “Alerta para risco da
dengue” e “Dengue é grave e
mata”, como também da foto
do leitor intitulada “Perigo da
dengue”, todas publicadas no
jornal A GAZETA.
n Conversa sobre a importância da união das pessoas no
combate à dengue.
n Leitura de uma história em
quadrinhos da Turma da Mônica sobre o tema e reescrita
feita pelos alunos.
n Análise do ambiente em que
cada aluno mora e preenchimento de um questionário sobre a dengue.
n Construção de uma tabela e
de um gráfico com os dados
coletados pelos alunos, evidenciando o número de casas
com locais de possível proliferação da dengue e o número
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de casas em que esses locais
inexistem.
n Confecção de um mural e de
minicartazes com frases de incentivo à união de todos no
combate à dengue.
Comentário:
“Todos os alunos se envolveram e mostraram interesse
nas atividades. Ficaram preocupados ao perceberem, por
meio da tabela e do gráfico,
que existem muitas pessoas
que ainda não se conscientizaram para o combate à dengue. Como muitos alunos de
minha turma já contraíram a
doença nos últimos meses, foram muito significativas as atividades. Os alunos compreenderam que a dengue não se
combate sozinho, pois se eu
limpo a minha casa e meu vizinho não, o mosquito continua vivo pelo bairro e a proliferação não acaba. Não consegui fazer uma campanha
maior por falta de materiais.
Minha intenção era distribuir
panfletos informativos juntamente com os alunos, no bairro onde a escola está localizada. Mas a Vigilância Epidemiológica de Colatina está em
falta de cartazes e panfletos.”
Professora: Rafaela Belumat
Escola: EMEF Amélio Forechi
Série: 3º ano
Município Colatina
Comentário:
“A atividade foi muito bem aproveitada. Despertou o interesse dos
alunos, que perceberam que precisamos ter nosso espaço e nossa
privacidade no trânsito. Descobriram que todo cidadão tem direito
à liberdade.”
Professora: Carina Tuller
Escola: PETI
Série: 1ª a 4ª
Município: Alto Rio Novo
In English, please!
Objetivos:
n Participar de grupos de conversação em inglês.
n Aprimorar os conhecimentos da
língua e treinar a fluência.
n Desenvolver atitudes de respeito e
coleguismo na escola.
Desenvolvimento:
e interpretação da matéria
“In English, please!”, publicada no
jornal A GAZETA de 06/05/2010.
n Organização de grupos de conversação, marcando encontros para falar
Inglês.
n Aprimoramento do vocabulário e
manutenção do idioma em dia, durante as sessões, que acontecem às
segundas-feiras, em sala de aula.
n Debate de temas variados em inn Leitura
glês, conhecendo colegas que têm o
mesmo interesse e fazendo amigos.
n Troca de e-mails entre os membros
dos grupos.
Comentário:
“O importante é que a pessoa perca
a timidez e deixe seus conhecimentos
sobre a língua fluírem naturalmente.
Realmente, a segunda-feira está sendo um ótimo dia para treinar o inglês.
Why not?”
Professora:
lisário
Escola:
zenando
Maria Aparecida Be-
EMEF Profª Efigênea Si-
Série: 8ª
Município: Linhares
História com o dado de cenas
Objetivos:
n Desenvolver a criatividade e a imaginação da
criança.
n Trazer informação e conhecimento através do
jornal.
n Promover a prática da leitura de cenas.
n Desenvolver o trabalho em equipe.
Desenvolvimento:
n Comentário de um aluno sobre um jogo em que
seu time do coração, o Botafogo, venceu.
n Realização de uma rodinha de conversa listando
os times para os quais cada aluno torcia (só deu
Botafogo e Flamengo!).
n Conversa sobre o jornal A GAZETA, incentivando
os alunos a descobrir mais detalhes sobre o assunto
através dele, pois é o jornal que nos traz informações de tudo, inclusive de futebol.
n Escolha e recorte de imagens relacionadas ao
futebol, colando-as nas faces de uma caixa de biscoito, formando um dado.
n Início de um jogo ao som de uma música, no qual
cada aluno joga o dado, analisa a imagem que ficou
na face que permaneceu para cima e inicia uma
história com base nela. Um após o outro, os alunos
jogam o dado e continuam a história, até que o
último dê um final a ela.
Comentário:
“Esta história com o dado é muito interessante, pois
estimula o aluno a pensar no que ele vai contar com a
figura que aparecer. Vou repeti-la com as notícias da
Copa do Mundo. As crianças estarão muito envolvidas com o tema e irão expressar o que elas querem
para a nossa seleção em relação aos outros países.”
Professora: Raquel Lopes Ribeiro
Escola: Profª Célia Maria Nunes
Série: Maternal
Município: Piúma
Desenvolvimento:
e interpretação de texto sobre o amor
universal.
n Apresentação de pesquisas relacionadas ao
tema, bem como de exemplos de modelos universais.
n Apresentação de vídeos e slides intitulados “O
problema não é meu” e “O que são valores?”,
sobre valores morais e amizade.
n Debate sobre os vídeos e os slides apresentados.
n Construção de poemas ilustrados, com o tema
Valores.
n Montagem de um livro de poemas com as
criações dos alunos.
n Leitura do jornal A
GAZETA on-line.
n Apontamento de valores ou da falta deles
em reportagens lidas na
internet.
n Realização de debate
(Que sentimentos passaram pela sua cabeça
ao ler as reportagens?
Quais são os assuntos
tratados? Há valores ou
falta de valores nas atitudes das pessoas mencionadas nas reportagens?)
n Criação de uma reportagem respondendo
as seguintes questões:
“O que você diria às
pessoas, se fosse publicar uma mensagem no
jornal A GAZETA sobre os valores? Que
mensagem você transmitiria em sua reportagem, de acordo com a
matéria que você leu
no jornal?”
n Leitura
todo para que os alunos trabalhassem com notícias do dia, mas não se excluiu a possibilidade
de escolherem outras notícias referentes ao assunto em jornais de datas anteriores. Como a
atividade foi trabalhada na disciplina de Informática, houve o interesse de mostrar ao aluno que o jornal A GAZETA também está disponível na mídia eletrônica (internet), pois se
verificou que muitos alunos nunca tinham acessado o jornal on-line e essa foi uma oportunidade para conhecerem e levarem a novidade para casa. É necessário que nossos alunos
aprendam a utilizar a internet de modo adequado e saudável, tendo conhecimento do que
se passa à sua volta, para então aprender a
cultuar os verdadeiros valores necessários para
uma vivência mais tranquila em sociedade.”
Professora: Marinelda da Silva
Escola: EMEF Luíza Grimaldi
Série: 6ª
Município: Itarana
Comentário:
“As matérias referentes à atividade foram
publicadas em A GAZETA no mesmo dia.
Foi escolhido este mé-
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AGOSTO DE 2010
Tipologia textual
Objetivos:
n Proporcionar aos alunos o contato com textos diversos, impressos no jornal A GAZETA.
n Identificar e ler textos de diferentes gêneros.
n Estimular o desejo de realizar
outras leituras.
n Compreender o funcionamento
comunicativo da escrita.
n Reconhecer os valores implícitos nos textos.
Desenvolvimento:
n Distribuição de jornais A GAZETA de datas variadas.
n Apreciação dos exemplares por
cada aluno, fazendo uma seleção
pessoal de textos de diferentes gêneros.
n Análise dos textos selecionados,
com o auxílio dos colegas e da
professora.
n Classificação dos textos segundo
suas funções e escrita de suas de-
Se eu fosse você –
valorizando o outro
finições no caderno.
n Relato e produção escrita, em pequenos
grupos, sobre os valores contidos ou ausentes nos textos analisados.
n Eleição de alguns
textos, tendo como critério de escolha a diversidade de tipologia.
n Confecção de cartaz
com os textos eleitos,
para socialização de seu
conteúdo.
Comentário:
“A atividade foi muito significativa pois permitiu, além do trabalho com textos, uma rica possibilidade para refletir sobre os
valores, tão esquecidos na sociedade atualmente. O jornal, com
sua abrangência, foi de extrema
importância para execução do tra-
Objetivos:
n Despertar a criticidade.
n Trabalhar valores.
n Estimular o companheirismo e o
respeito ao próximo, aceitando
seu modo de agir e de pensar.
n Sensibilizar o aluno em relação
à importância da boa convivência,
para criar um ambiente agradável
na sala de aula.
balho na sala de aula.”
Professora: Marinalva Moreira
Escola: EMEIEF Luiz Guilherme
Potratz
Série: 4ª
Município:
tibá
Santa Maria de Je-
Na Europa, cinza do vulcão;
aqui, fumaça dos secadores
Desenvolvimento:
n Apresentação da atividade e do
jornal A GAZETA para a turma.
n Conversa informal sobre o modo de agir e de pensar dos colegas.
n Divisão da turma em duplas para realização dos trabalhos.
n Pesquisa de reportagens para
observar o modo de agir e de
pensar das pessoas (atitudes boas
e ruins).
n Apresentação das reportagens
para a turma e discussão sobre os
assuntos pesquisados.
n Apreciação do filme “Se eu fosse
você”, com direção de Daniel Filho,
para finalização da atividade.
Objetivos:
n Estimular a leitura de jornal.
n Promover momentos de leitura e intepretação.
n Criar condições para que o
aluno produza uma notícia
falada.
n Identificar o assunto principal da notícia.
Desenvolvimento:
n Leitura e interpretação da notícia “Europa aprova medidas
para evitar o caos aéreo” (A
GAZETA, 05/05/2010).
n Debate envolvendo a notícia
lida, bem como outras reportagens veiculadas em telejornais sobre o tema.
n Relatos de experiências envolvendo os problemas causados pela fumaça dos secadores
de café.
n Produção de textos diversos,
envolvendo o tema.
n Desenho do vulcão e do se-
Desenvolvimento:
n Roda de conversa sobre a
notícia.
n Socialização do jornal, mostrando suas partes.
n Leitura da notícia “Aquela mão
santa”, publicada no caderno especial da Copa do Mundo, encartado no jornal A GAZETA.
n Levantamento das seguintes informações: nome do jornal, data
de publicação, dia da semana em
que foi impresso.
n Conversa sobre o tema tratado
na notícia, questionando os alunos sobre elementos apresentados
no texto e evidenciando o assunto
que respiramos.”
Comentário:
“A atividade proporcionou
aos alunos a oportunidade de
retratar na comunidade local
um problema que não atrapalha o tráfego aéreo, mas que
atrapalha a saúde e polui o ar
Professora: Inês Gódio Zotele
Escola: EMEF Braço do Sul
Série: 6ª
Município: São Domingos do
Norte
Professora: Graciele Mercier
Escola:
EMEF Irmã Adeleide
Bertocchi
Série: 8ª
Município:
lha
São Gabriel da Pa-
Notícia de jornal
Objetivos:
n Refletir sobre as consequências das cinzas emitidas pelo
vulcão situado na Islândia, fazendo uma analogia com a fumaça emitida pelos secadores
de café.
n Identificar os problemas causados à saúde e ao meio ambiente, pela fumaça oriunda
dos secadores.
cador.
Comentário:
“A atividade despertou o interesse dos alunos, pois conseguiram entender melhor o colega e
perceber que as pessoas são diferentes e que devemos respeitar
cada um.”
abordado.
n Produção de texto sobre a notícia lida.
n Criação de uma notícia falada.
Comentário:
“No momento da roda de leitura
houve um envolvimento muito
grande dos alunos. O assunto empolgou a todos.”
Professora: Elizabete de Almeida Dutra
Escola: EMEF Bodart Júnior
Série: 1ª
Município: Rio Novo do Sul
6
AGOSTO DE 2010
III Encontro
Regional
Rede Gazeta em Campinas
Monitores do programa A Gazeta na Sala de Aula
estiveram presentes na Rede Gazeta para participar do
III Encontro Regional, no qual foi apresentada a Oficina C “Valores no jogo da vida”. O evento aconteceu
no mês de agosto e reuniu, além dos professores,
jornalistas da empresa.
Na ocasião, a monitora Andréa Lyrio apresentou o
blog do programa A Gazeta na Sala de Aula em
Cariacica, e a monitora Guiomar Ferreira, do Centro
Educacional Praia da Costa, em Vila Velha, falou sobre
o “Cantinho de A Gazeta nas salas de aula”. Já a
apresentação sobre Hemeroteca foi feita pela bibliotecária Gerlaine Marinotte.
O encontro teve a participação da repórter de A
Gazeta Vilmara Fernandes, que abordou o tema “Uma
boa pauta começa com uma boa história”. Os monitores também participaram de um bate-papo com a
apresentadora do ESTV 1ª Edição, Daniela Abreu, e
com o repórter cinematográfico Secundo Rezende,
sobre a série “Lições do Rio Sena” e o dia a dia da TV.
O programa A Gazeta na Sala de
Aula esteve presente no 5° Seminário
“O Professor e a Leitura do Jornal”,
realizado na UNICAMP, em Campinas,
entre os dias 13 e 16 de julho. Na
ocasião, a coordenadora, Cristina Barbiero Moraes, apresentou o Concurso
Jovem Repórter, projeto que está sendo
desenvolvido em parceria com a editora do suplemento Gazetinha.AG, do
jornal A Gazeta.
No encontro também foi apresentado um relato de experiência sobre a
realização de oficinas pedagógicas no
programa A Gazeta na Sala de Aula,
durante uma reunião dos coordenadores de programas Jornal e Educação,
conduzida por Cristiane Parente, coordenadora executiva da Associação
Nacional de Jornais (ANJ).
Máquina na mão
e bom trabalho!
Que tal aproveitar o horário do recreio para apreciar esta bela
foto, feita pela monitora Sônia Clen, de Alfredo Chaves? Além
de ver a beleza exposta nela, uma boa dica é produzir fotos
com seus alunos e fazer como a Sônia: mandar para [email protected]. Quem sabe alguma foto feita
pela turma não sai no jornal A GAZETA, como saiu a da
monitora Sônia?
Então, máquina na mão e bom trabalho!
3ª Oficina Intermediária
em Alto Rio Novo
O programa A Gazeta na Sala de Aula realizou, no
dia 17 de junho, a 3ª Oficina Intermediária em Alto
Rio Novo. O evento aconteceu na SEMED e contou
com a participação de 38 professores das redes municipal e estadual do município.
Com o objetivo de conhecer e dialogar sobre o
tema “Valores e Princípios”, o palestrante Carlos
Alberto Carneiro, pastor da Igreja Presbiteriana do
Brasil de Alto Rio Novo, direcionou dinâmicas, mensagens e vídeos sobre o tema.
“O encontro foi muito prazeroso e produtivo, já
que o assunto foi de acordo com a necessidade dos
participantes em relação à sala de aula e com o
cotidiano de cada um”, diz a monitora do programa
em Alto Rio Novo, Modestina Mataveli Vargas.
A Gazeta na Sala de Aula Informe é uma
com.br
publicação mensal da Gerência de Comuni-
Hot site: w w w.g a zeta o n l i n e.com . b r/
cação Empresarial da Rede Gazeta
sa l a d ea u l a
Coordenação do projeto Educar: Letí ci a
Jornalista Responsável: Marcela Tessarolo
Paoliello Lindenberg de Azevedo
(MTB ES 00844 JP/99)
C oorden ação do programa A Gazeta na Sa-
D iagramação : Alialba Custódio
la de Aula: Cristina Barbiero Moraes
Ilust raç ão : Genildo
Telefone: (27) 3321-8456
Co labo ração : Thalita Ramos, Ana Paula Sa-
E-mai l : agazetanasaladeaula@re degazeta.
lino, Luana Damasceno e Barbara Tavares
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* Mande sugestões para: [email protected]
* Entre em contato pelo MSN: [email protected]
AGOSTO DE 2010
7
Uso didático do celular
Divulgação
lular se torna uma plataforma móvel
de internet, que ainda permite filmar e fotografar. Portanto, há uma
necessidade dos professores perderem essa “insegurança e apreensão”, por entenderem menos de
tecnologia que os próprios alunos, e
se reciclarem, buscando ajuda até
do próprio aluno, como parceiro
nesse trabalho, o que elevará a sua
autoestima, principalmente o aluno
da rede pública.
Utilizar o celular em sala de aula
trouxe uma grande motivação para
os alunos e interesse sobre os conteúdos desenvolvidos. Sentimos
que as aulas que são trabalhadas
com as diferentes mídias enriquecem os conteúdos propostos nos
guias curriculares e aproximam ainda mais o cotidiano social ao escolar, pois como o nosso aluno
nasceu e tem uma vivência baseada
na utilização de um amplo cenário
midiático, nada mais justo que
transpor esse cenário para auxiliá-lo
em sua vida acadêmica.
As monitoras do programa Correio Escola, do
Correio Popular de Campinas, Elizena Cortez e
Ângela Junquer, desenvolveram um projeto
interdisciplinar com o uso do celular na escola,
trabalhando a comunicação e fazendo o uso
pedagógico dessa ferramenta.
Falem sobre a ousadia de propor um trabalho pedagógico
com o celular na escola, diante
da aprovação do projeto de lei do
deputado Orlando Morando
(PSDB) no dia 28 de agosto de
2009, na Assembleia Legislativa
de São Paulo, que proíbe o uso
desse equipamento em sala de
aula.
A lei não prevê o uso do celular
de forma integrada ao projeto pedagógico da escola e o seu uso de
forma ética dentro do contexto escolar. A escola deve, entre outras
coisas, ajudar na formação ética e
moral de seus alunos, e isso não se
faz com imposição, omissão ou simples proibição, mas discutindo limites e regras para o uso do celular
de forma adequada.
Como surgiu a ideia de trabalhar com o celular na sala de
aula? Comentem de que forma
conseguiram convencer a direção das escolas em que trabalham para que pudessem fazer o uso pedagógico dessa ferramenta.
A ideia surgiu quando vimos
que a maioria da classe já tinha o
celular como parte integrante
do seu material escolar. Ao lado
do estojo, na carteira, estava
sempre o aparelho. Pensamos,
então, em utlizá-lo dentro do
contexto da aula, aproveitando o
interesse do aluno por essa tecnologia. Elaboramos um projeto
interdisciplinar de Português e
Geografia, começando a falar da
comunicação do homem desde a
época pré-histórica, como ele se
comunicava através da arte rupestre nas cavernas, da escrita
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cuneiforme até chegar à comunicação dos dias atuais, onde o
celular está presente em quase
todas as situações de comunicação. Não foi preciso convencer a direção da escola, uma vez
que o projeto foi apresentado
primeiramente para a coordenação pedagógica, que o aprovou e nos deu respaldo no sentido de comunicar aos pais dos
alunos sobre o trabalho que seria realizado em sala de aula
com o celular.
Contem que atividades foram
desenvolvidas.
Português trabalhou a história da
escrita, como o homem se comunicava na pré-história com gestos,
sinais, marcas e desenhos, utilizando-se da escrita pictográfica até
chegar à escrita fonética (função
natural da escrita, que é interpretar
a língua falada). Os alunos fizeram
uma atividade com os “torpedos mensagens instantâneas”, uma nova
forma de escrita, um novo gênero
com características próprias segundo o historiador de leitura Roger
Chartier. Eles digitavam nos seus
celulares respostas para questões
elaboradas pela professora como:
“Para que eu uso o celular?”, “Por
que é importante eu ter celular?”.
Aproveitando as respostas digitadas, trabalhamos os diferentes níveis de linguagem. Os alunos relacionaram também a utilização do
celular ao avanço da tecnologia, à
utilização das comunicações via satélite e como o homem contemporâneo se utiliza desse recurso
para “sobreviver” frente a tantas
atividades que lhes são propostas.
Nas aulas de Geografia, relacio-
Oficina C “Valores no jogo da
vida”
As professoras afirmam que o celular pode ser uma ferramenta pedagógica
namos o celular aos conteúdos de
localização espacial e geográfica inseridos no tema “fusos horários”.
Como o nosso projeto se referia
também à Copa do Mundo, utilizamos a relação dos países que
participaram desse evento para trabalhar as atividades propostas sobre
fusos horários, pois como os países
participantes eram de vários continentes e de hemisférios diferentes,
as atividades foram bem diversificadas.
Falem sobre o desafio de ensinar o aluno a lidar com novas
tecnologias como o celular, con-
AGOSTO DE 2010
siderando que nós professores
normalmente sabemos menos
do que eles sobre como utilizá-las. Como foi aprender com
os alunos a esse respeito, e ao
mesmo tempo ensiná-los a usar
o celular para o enriquecimento
do aprendizado em sala de aula?
Há uma previsão feita por especialistas em educação e tecnologia de que o celular está sendo
apontado como ferramenta pedagógica do futuro. Ele deve ser usado
na maioria das salas de aula dentro
de dois a três anos. Mais que uma
ferramenta de comunicação, o ce-
MUNICÍPIO: VILA VELHA
Data: 01/09
Horário: das 8 às 12h e
Local: Auditório SEMECE
MUNICÍPIO: VITÓRIA
Data: 02/09
Horário: das 18 às 22h
Local: Auditório SEME
MUNICÍPIO: CARIACICA
Data: 14/09
Horário: das 18 às 22h
Local: SEME
IV Encontro Regional (para monitores
Data: 24/09
Horário: das 8h30 às 15h
Local: Restaurante 2º piso
Rede Gazeta
Oficina D
Escolas particulares
Data: 30/09
Horários e locais a serem definidos por cada escola