corpo de bombeiros militar do estado de goiás andré luiz silva

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corpo de bombeiros militar do estado de goiás andré luiz silva
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
ANDRÉ LUIZ SILVA MATOS
CERTIFICAÇÃO DIGITAL NA ANÁLISE DE PROJETOS NO CBMGO
GOIÂNIA
2014
222
ANDRÉ LUIZ SILVA MATOS
CERTIFICAÇÃO DIGITAL NA ANÁLISE DE PROJETOS NO CBMGO
Trabalho de conclusão de curso
apresentado ao Corpo de Bombeiros
Militar do Estado de Goiás como parte dos
requisitos para obtenção do título de
Aspirante a oficial.
ORIENTADOR: MAJ. CARLOS BORGES DOS SANTOS
GOIÂNIA
2014
333
ANDRÉ LUIZ SILVA MATOS
CERTIFICAÇÃO DIGITAL NA ANÁLISE DE PROJETOS NO CBMGO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTADO AO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS COMO PARTE DOS REQUISITOS
PARA OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ASPIRANTE A OFICIAL.
APROVADO POR:
___________________________________________________________
DIVINO APARECIDO DE MELO, CEL QOC. Corpo de Bombeiros Militar de Goiás
(Examinador Interno)
___________________________________________________________
DOUGLAS CASTILHO DE QUEIROZ, MAJ. QOC. Corpo de Bombeiros Militar de
Goiás
(Examinador Interno)
___________________________________________________________
PEDRO CARLOS BORGES DE LIRA, MAJ. QOC. Corpo de Bombeiros Militar de
Goiás
(Examinador Interno)
___________________________________________________________
CARLOS BORGES DOS SANTOS. MAJ. QOC. Corpo de Bombeiros Militar de Goiás.
(Orientador)
444
DEDICATÓRIA
Dedico minha vida a vocês.
Obrigado Thayssa e Ludmila.
v
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
1.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 2
1.2 Objetivos Específicos ......................................................................................... 2
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 4
2.1 A Certificação Digital .......................................................................................... 4
2.1.1 Criptografia de Dados .................................................................................. 4
2.1.2 Algoritmos Criptográficos de Chave Pública ................................................ 6
2.1.3 Assinatura Digital ......................................................................................... 8
2.1.4 Documento em Papel x Documento Eletrônico ........................................... 9
2.1.5 Certificado Digital ....................................................................................... 10
2.1.6 Responsabilidades..................................................................................... 12
2.2 O Programa Autodesk Design Review ............................................................. 12
2.2.1 Introdução .................................................................................................. 12
2.2.2 Ferramentas Digitais de Análise de Projetos ............................................. 13
2.2.2.1 Cotas no projeto ................................................................................. 13
2.2.2.2 Medidas de Área................................................................................. 15
2.2.2.3 Comparação entre Revisões dos Projetos ......................................... 16
2.2.2.4 Assinatura Digital no Design Review .................................................. 17
2.2.2.5 Outras Ferramentas............................................................................ 17
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 19
3.1 Forma de Encaminhamento dos Documentos ................................................. 19
3.2 Nomenclatura Padrão dos Arquivos ................................................................. 19
3.3 Análise do projeto ............................................................................................ 20
3.4 Procedimento Processual Digital de Análise .................................................... 21
vi
3.5 Custos do Maquinário para Análise Digital ...................................................... 23
4 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 24
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 26
vii
RESUMO
Como parte de um processo de modernização, várias instituições da
administração pública estão deixando de adotar procedimentos processuais em meio
físico. Para que o CBMGO não fique aquém desta modernização, o trabalho proposto
tem o intuito de apresentar uma proposta de implantação da certificação digital na
análise dos projetos de segurança contra incêndio e pânico remetidos à cooporação.
O conceito de certificado digital é esmiuçado de forma que o leitor entenda o
processo. Com a certificação digital é possível a substituição da assinatura física por
uma digital que inclusive tem validade jurídica.
Para que o processo de análise de projetos seja completamente digital é
necessário que haja um programa que faça a leitura dos arquivos em meio eletrônico.
Formatos como o dwg que são lidos em programas comerciais como o AutoCAD
podem ser facilmente convertidos para o formato dwf. Neste formato não é possível
alterar o projeto e uma assinatura digital pode ser incluída.
Uma nova metodologia de análise é proposta com ferramentas que auxiliam
a vida de que projeta e de quem analisa.
Ao final, é apresentado os custos da implantação do sistema e quanto o
processo proposto pode ser vantajoso quando comparado ao atual vigente.
viii
SUMMARY
As part of a modernization process, various institutions of government are
failing to adopt procedural requirements in physical environment. For the CBMGO
does not fall short of this modernization, the proposed work aims to present a proposal
for implementation of digital certification in project analysis to fire and panic remitted to
this corporation.
The digital certificate concept is bruised so that the reader understands the
process. With digital certification is possible to replace the physical by a digital
signature that even has legal validity.
For the analysis project process is completely digital there must be a program
that scan the files electronically. Formats like dwg are read in commercial programs
such as AutoCAD can easily be converted to dwg format. This format is not possible
to change the design and digital signature can be included.
A new methodology is proposed with analysis tools that help the lives of those
that designs and analyzes.
At the end, the costs of deployment of the system is presented and how the
proposed process can be advantageous when compared to current prevailing
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1 INTRODUÇÃO
Desde a aquisição de autonomia, dada pela Constituição do Estado de Goiás,
no ano de 1989, o Corpo de Bombeiros Militar sofreu um acelerado processo de
modernização. A corporação cresceu e cresceram também as responsabilidades e
tarefas desempenhadas por ela. A modernização é uma característica inerente a
todas as instituições. Na medida que o tempo passa, novas formas surgem de
desempenhar as tarefas que uma instituição exige.
Estas novas formas fazem com o que o trabalho seja algumas vezes mais
rápido, eficiente, ganhe qualidade, seja mais organizado, sistematizado e traga
economia. Algum ganho sempre há e o ganho é o que justifica a modernização.
Alguns órgãos da administração pública sofrem, atualmente, uma revolução
digital. Assim, por exemplo podemos destacar, na esfera federal o Superior Tribunal
de Justiça, na esfera estadual, o Estado do Rio de Janeiro e, na esfera municipal, a
Prefeitura de São Paulo.
Com a implantação de processos digitais no STJ a distribuição dos processos
aos relatores, que antes levava dias, leva hoje apenas alguns segundos.
Desapareceram as distâncias físicas entre advogados e o STJ, as salas de arquivos
estão desaparecendo, e incrivelmente houve uma economia 113 milhões e 100 mil
folhas que representam 26 a 32 mil árvores de eucalipto, 54 milhões de litros de água
e 2,7 milhões kWh de energia. Além de poupar o meio ambiente, o STJ economizará,
a partir da implantação de processos digitais, 6,9 milhões de reais em serviços de
postagem.
Com a introdução da informatização dos processos administrativos, o governo
do Estado do Rio de Janeiro, irá eliminar, paulatinamente, o uso de papel e a prática
de impressões e os gastos com a movimentação dos processos entre órgãos,
estimando-se uma economia de mais de R$ 130 milhões em 10 anos.
A prefeitura de São Paulo atualmente analisa os projetos de obras que serão
executadas naquele município de forma digital. A aprovação eletrônica é um novo
sistema que foi implantado com o intuito de agilizar o processo de licenciamento de
obras e garantir a transparência, diminuindo, dessa forma, a quantidade de papéis e
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CERTIFICAÇÃO DIGITAL NA ANÁLISE DE PROJETOS NO CBMGO
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otimizando sistemas de tramitação dos processos, responsáveis pelo atraso na sua
análise e aprovação.
Assim, como nos três exemplos citados, várias instituições da administração
pública usam processos digitais. Temos outros exemplos como a Receita Federal, o
Ministério de Comunicações, o Tribunal de Justiça de São Paulo e do Mato Grosso do
Sul.
Para propor a implantação do mesmo processo à análise de projetos de
segurança contra incêndio e pânico, este trabalho procura mostrar as vantagens da
certificação digital dos projetos no âmbito do Corpo de Bombeiros Militar do Estado
de Goiás.
Ao final do trabalho, o leitor será capaz identificar a proposta de certificação
digital na análise de projetos, a forma de se proceder esta análise, a padronização
das pranchas, a metodologia de trabalho e os custos da implantação do sistema.
1.1 OBJETIVO GERAL
Este trabalho tem o intuito de apresentar uma proposta de implantação da
certificação digital na análise dos projetos de segurança contra incêndio e pânico
remetidos ao CBMGO.
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
No rol de objetivos específicos podemos citar:
a. A apresentação da certificação digital na análise de projetos;
b. A propositura de um programa computacional de análise de projetos
digitais;
c. Propor uma metodologia de análise com o uso de ferramentas
computacionais;
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d. Apresentar os custos de implantação do sistema e quanto o processo pode
ser vantajoso.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 A CERTIFICAÇ ÃO DIGITAL
Os computadores e a Internet são largamente utilizados para o
processamento de dados e para a troca de mensagens e documentos entre cidadãos,
governo e empresas. No entanto, estas transações eletrônicas necessitam da adoção
de mecanismos de segurança capazes de garantir autenticidade, confidencialidade e
integridade às informações eletrônicas. A certificação digital é a tecnologia que provê
estes mecanismos.
No cerne da certificação digital está o certificado digital, um documento
eletrônico que contém o nome, um número público exclusivo denominado de chave
pública e muitos outros dados que mostram quem somos para as pessoas e para os
sistemas de informação. A chave pública serve para validar uma assinatura realizada
em documentos eletrônicos por uma chave privada.
A certificação digital tem trazido inúmeros benefícios para os cidadãos e para
as instituições que a adotam. Com a certificação digital é possível utilizar a Internet
como meio de comunicação alternativo para a disponibilização de diversos serviços
com uma maior agilidade, facilidade de acesso e substancial redução de custos. A
tecnologia da certificação digital foi desenvolvida graças aos avanços da criptografia
nos últimos 30 anos.
2.1.1 CRIPTOGRAFIA
DE
DADOS
A palavra criptografia tem origem grega e significa a arte de escrever em
códigos de forma a esconder a informação na forma de um texto que não se pode
compreender. A informação codificada é chamada de texto cifrado. O processo de
codificação ou ocultação é chamado de cifragem, e o processo inverso, ou seja, obter
a informação original a partir do texto cifrado, chama-se decifragem.
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A cifragem e a decifragem são realizadas por programas de computador
chamados de cifradores e decifradores. Um programa cifrador ou decifrador, além de
receber a informação a ser cifrada ou decifrada, recebe um número chave que é
utilizado para definir como o programa irá se comportar. Os cifradores e decifradores
se comportam de maneira diferente para cada valor da chave. Sem o conhecimento
da chave correta não é possível decifrar um dado texto cifrado. Assim, para manter
uma informação secreta, basta cifrar a informação e manter em sigilo a chave.
Figura 2.1 – Esquema de criptografia de uma arquivo.
Atualmente existem dois tipos de criptografia: a simétrica e a de chave pública.
A criptografia simétrica realiza a cifragem e a decifragem de uma informação através
de algoritmos que utilizam a mesma chave, garantindo sigilo na transmissão e
armazenamento de dados. Como a mesma chave deve ser utilizada na cifragem e na
decifragem, a chave deve ser compartilhada entre quem cifra e quem decifra os dados.
O processo de compartilhar uma chave é conhecido como troca de chaves. A troca
de chaves deve ser feita de forma segura, uma vez que todos que conhecem a chave
podem decifrar a informação cifrada ou mesmo reproduzir uma informação cifrada.
Este tipo de cifragem é utilizado por exemplo quando arquivos sigilosos devem ser
encaminhados para uma pessoa específica.
Os algoritmos de chave pública operam com duas chaves distintas: chave
privada e chave pública. Essas chaves são geradas simultaneamente e são
relacionadas entre si, o que possibilita que a operação executada por uma seja
revertida pela outra. A chave privada deve ser mantida em sigilo e protegida por quem
gerou as chaves (usuário). A chave pública é disponibilizada e tornada acessível a
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qualquer indivíduo que deseje se comunicar com o proprietário da chave privada
correspondente.
2.1.2 ALGORITM OS CRIPTOGRÁFICOS
DE
CHAVE PÚBLICA
Os algoritmos criptográficos de chave pública permitem garantir tanto a
confidencialidade quanto a autenticidade das informações por eles protegidas.
O emissor que deseja enviar uma informação sigilosa deve utilizar a chave
pública do destinatário para cifrar a informação. Para isto é importante que o
destinatário disponibilize sua chave pública, utilizando, por exemplo, diretórios
públicos acessíveis pela Internet.
O sigilo é garantido, já que somente o destinatário que possui a chave privada
conseguirá desfazer a operação de cifragem, ou seja, decifrar e recuperar as
informações originais. Por exemplo, para Alice compartilhar uma informação de forma
secreta com Beto, ela deve cifrar a informação usando a chave pública de Beto.
Somente Beto pode decifrar a informação pois somente Beto possui a chave privada
correspondente.
Figura 2.2 – Processo de criptografia visando a confidencialidade.
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No processo de autenticação, as chaves são aplicadas no sentido inverso ao
da confidencialidade. O autor de um documento utiliza sua chave privada para cifrálo de modo a garantir a autoria em um documento ou a identificação em uma
transação. Esse resultado só é obtido porque a chave privada é conhecida
exclusivamente por seu proprietário.
Assim, se Alice cifrar uma informação com sua chave privada e enviar para
Beto, ele poderá decifrar esta informação pois tem acesso à chave pública de Alice.
Além disto, qualquer pessoa poderá decifrar a informação, uma vez que todos
conhecem a chave pública de Alice. Por outro lado, o fato de ser necessário o uso da
chave privada de Alice para produzir o texto cifrado caracteriza uma operação que
somente Alice tem condições de realizar.
Assim, se Alice cifrar uma informação com sua chave privada e enviar para
Beto, ele poderá decifrar esta informação pois tem acesso à chave pública de Alice.
Além disto, qualquer pessoa poderá decifrar a informação, uma vez que todos
conhecem a chave pública de Alice. Por outro lado, o fato de ser necessário o uso da
chave privada de Alice para produzir o texto cifrado caracteriza uma operação que
somente Alice tem condições de realizar.
Figura 2.3 – Processo de criptografia visando a autenticidade.
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2.1.3 ASSINATURA DIGITAL
O mesmo método de autenticação dos algoritmos de criptografia de chave
pública operando em conjunto com uma função resumo, também conhecido como
função de hash, é chamada de assinatura digital.
O resumo criptográfico é o resultado retornado por uma função de hash. Este
pode ser comparado a uma impressão digital, pois cada documento possui um valor
único de resumo e até mesmo uma pequena alteração no documento, como a
inserção de um espaço em branco, resulta em um resumo completamente diferente.
Figura 2.4 – Resultado da função hash após a assinatura do documento.
A vantagem da utilização de resumos criptográficos no processo de
autenticação é o aumento de desempenho, pois os algoritmos de criptografia
assimétrica são muito lentos. A submissão de resumos criptográficos ao processo de
cifragem com a chave privada reduz o tempo de operação para gerar uma assinatura
por serem os resumos, em geral, muito menores que o documento em si. Assim,
consomem um tempo baixo e uniforme, independente do tamanho do documento a
ser assinado.
Na assinatura digital, o documento não sofre qualquer alteração e o hash
cifrado com a chave privada é anexado ao documento.
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Figura 2.5 – Conferência da assinatura digital.
Para comprovar uma assinatura digital é necessário inicialmente realizar duas
operações: calcular o resumo criptográfico do documento e decifrar a assinatura com
a chave pública do signatário. Se forem iguais, a assinatura está correta, o que
significa que foi gerada pela chave privada corresponde à chave pública utilizada na
verificação e que o documento está íntegro. Caso sejam diferentes, a assinatura está
incorreta, o que significa que pode ter havido alterações no documento ou na
assinatura pública.
2.1.4 DOCUMENTO
EM
PAPEL
X
DOCUMENTO ELETRÔNICO
A semelhança da assinatura digital e da assinatura manuscrita restringe-se ao
princípio de atribuição de autoria a um documento. Na manuscrita, as assinaturas
seguem um padrão, sendo semelhantes entre si e possuindo características pessoais
e biométricas de cada indivíduo.
Ela é feita sobre algo tangível, o papel, responsável pela vinculação da
informação impressa à assinatura. A veracidade da assinatura manuscrita é feita por
uma comparação visual a uma assinatura verdadeira tal como aquela do documento
de identidade oficial.
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Nos documentos eletrônicos não existe um modo simples para relacionar o
documento com a assinatura. Ambos são compostos apenas pela representação
eletrônica de dados, ou seja, por uma sequência de bits (0s e 1s), que necessitam de
um computador para a sua visualização e conferência. Na assinatura digital, a
assinatura gerada é diferente para cada documento, pois está relacionada ao resumo
do documento.
Apesar das diferenças, a técnica de assinatura digital é uma forma eficaz de
garantir autoria de documentos eletrônicos. Em agosto de 2001, a Medida Provisória
2.200 garantiu a validade jurídica de documentos eletrônicos e a utilização de
certificados digitais para atribuir autenticidade e integridade aos documentos. Este fato
tornou a assinatura digital um instrumento válido juridicamente.
O texto acima demonstra que o provimento de autenticação em documentos
eletrônicos é viável tecnicamente, mas ainda restam duas questões fundamentais:
como conseguir as chaves públicas? Como garantir a identidade do proprietário do
par de chaves? A resposta a ambas as questões é o certificado digital.
2.1.5 CERTIFICADO DIGITAL
O certificado digital é um documento eletrônico assinado digitalmente e
cumpre a função de associar uma pessoa ou entidade a uma chave pública. As
informações públicas contidas num certificado digital são o que possibilita colocá-lo
em repositórios públicos.
Um Certificado Digital normalmente apresenta as seguintes informações:
1. nome da pessoa ou entidade a ser associada à chave pública
2. período de validade do certificado
3. chave pública
4. nome e assinatura da entidade que assinou o certificado
5. número de série.
Entre os campos obrigatórios do certificado digital encontra-se a identificação
e a assinatura da entidade que o emitiu, os quais permitem verificar a autenticidade e
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a integridade do certificado. A entidade emissora é chamada de Autoridade
Certificadora ou simplesmente AC. A AC é o principal componente de uma InfraEstrutura de Chaves Públicas e é responsável pela emissão dos certificados digitais.
O usuário de um certificado digital precisa confiar na AC.
A escolha de confiar em uma AC é similar ao que ocorre em transações
convencionais, que não se utilizam do meio eletrônico. Por exemplo, uma empresa
que vende parcelado aceita determinados documentos para identificar o comprador
antes de efetuar a transação. Estes documentos normalmente são emitidos pela
Secretaria de Segurança de Pública e pela Secretaria da Receita Federal, como o RG
e o CPF. Existe, aí, uma relação de confiança já estabelecida com esses órgãos. Da
mesma forma, os usuários podem escolher uma AC à qual desejam confiar a emissão
de seus certificados digitais.
Para a emissão dos certificados, as ACs possuem deveres e obrigações que
são descritos em um documento chamado de Declaração de Práticas de Certificação
– DPC. A DPC dever ser pública, para permitir que as pessoas possam saber como
foi emitido o certificado digital. Entre as atividades de uma AC, a mais importante é
verificar a identidade da pessoa ou da entidade antes da emissão do certificado digital.
O certificado digital emitido deve conter informações confiáveis que permitam a
verificação da identidade do seu titular.
Por estes motivos, quanto melhor definidos e mais abrangentes os
procedimentos adotados por uma AC, maior sua confiabilidade. No Brasil, o Comitê
Gestor da ICP-Brasil é o órgão governamental que especifica os procedimentos que
devem ser adotados pelas ACs. Uma AC que se submete às resoluções do Comitê
Gestor pode ser credenciada e com isso fazer parte da ICP-Brasil. O cumprimento
dos procedimentos é auditado e fiscalizado, envolvendo, por exemplo, exame de
documentos, de instalações técnicas e dos sistemas envolvidos no serviço de
certificação, bem como seu próprio pessoal. A não concordância com as regras
acarreta
em
aplicações
de
penalidades,
que
podem
ser
inclusive
o
descredenciamento. As ACs credenciadas são incorporadas à estrutura hierárquica
da ICP-Brasil e representam a garantia de atendimento dos critérios estabelecidos em
prol da segurança de suas chaves privadas.
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CERTIFICAÇÃO DIGITAL NA ANÁLISE DE PROJETOS NO CBMGO
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2.1.6 RESPONSABILIDADES
A certificação digital traz diversas facilidades, porém seu uso não torna as
transações realizadas isenta de responsabilidades. Ao mesmo tempo que o uso da
chave privada autentica uma transação ou um documento, ela confere o atributo de
não-repúdio à operação, ou seja, o usuário não pode negar posteriormente a
realização daquela transação. Por isto, é importante que o usuário tenha condições
de proteger de forma adequada a sua chave privada.
Em caso de suspeita de comprometimento da chave privada, seja por uma
invasão sofrida no computador ou pelo surgimento de operações associadas ao uso
da chave que não sejam de conhecimento do seu proprietário, a revogação do
certificado deve ser solicitada o mais rapidamente possível à AC responsável pela sua
emissão. Além disso, é necessário estar alerta às recomendações da DPC quanto aos
procedimentos necessários a revogação do certificado.
2.2 O PROGRAMA AUTODESK DESIGN REVIEW
2.2.1 INTRODUÇÃO
O programa Autodesk Design Review é um processo reconhecido e
totalmente digital de acelerar os ciclos de análise. O software permite executar por
meios eletrônicos a análise, marcação/correção e revisão de projetos 2D e 3D. Os
usuários podem acompanhar e analisar as alterações, e a situação dessas alterações,
sem precisar esperar pelo material impresso.
Além disso o programa permite:
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1. Distribuir por meios eletrônicos, com segurança e facilidade, projetos 2D e
3D no formato DWF;
2. Publicar, imprimir, visualizar, marcar, anotar, medir e assinalar em
vermelho;
3. Verificar históricos, registros de tempo e anotações;
4. Utilizar a sobreposição de versões para examinar as modificações no
projeto;
5. Inserir projetos em aplicativos Microsoft Office para criar imagens realistas
nas apresentações;
Quando o acesso aos arquivos eletrônicos não é possível, os analistas ficam
dependentes de métodos tradicionais de impressão e utilização de papel e à espera
pelo tramite das pranchas. O programa Autodesk Design Review é uma ferramenta
que economiza tempo, propiciando uma maior eficiência da administração pública,
através de ferramentas de fácil uso, especialmente desenvolvidas para que as
equipes de revisão, marquem e analisem projetos. Esta ferramenta é gratuita e
altamente integrada com outros programas como o bastante utilizado AutoCAD.
2.2.2 FERRAMENTAS DIGITAIS
2.2.2.1 COTAS
DE
ANÁLISE
DE
PROJETOS
NO PROJETO
Uma das grandes dificuldades que se tem quando se procede a análise de
um projeto é a realização de medidas precisas. A forma de medir um projeto
empregada hoje no CBMGO é com o uso de escalímetro. No entanto sabe-se que
esta ferramenta tem uma boa precisão, dependendo da escala, até a primeira casa
decimal. Acontece que por muitas vezes, dependendo da espessura do traço do
projeto, o analista não consegue nem essa precisão. Podem acontecer medidas
imprecisas da ordem de décimos de metros de acordo com o tamanho da escala
usada.
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Outra dificuldade que os analistas têm é a confiabilidade da cota dada no
projeto. A cota geralmente é feita com o uso de uma ferramenta dentro de um
programa, de forma que os valores das medidas são dados de forma automática
quando se desenha. O problema é que estas cotas podem ser manipuladas de acordo
com o autor do projeto ou de quem manipula o programa de desenho. Isso faz com
que as cotas não possam ser confiáveis em alguns casos e que medidas possam ser
mascaradas. Assim uma cota de 1,16m pode parecer 1,20m cotada no desenho e
medida no escalímetro.
Com o uso do programa Design Review, o analista pode medir com precisão
todos os itens do projeto independentemente da escala usada. Pode ser conferido se
a largura da escada tem mesmo 1,20m, os caminhamentos da mangueira de incêndio
e a distância máxima para se chegar a um extintor.
Figura 2.6 – Medida entre dois pontos com o Design Review.
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Figura 2.7 – Medida de caminhamento com o Design Review.
2.2.2.2 MEDIDAS
DE
ÁREA
A análise é realizada mediante o pagamento uma taxa que é calculada de
acordo com a área do projeto. Na maioria dos casos os analistas confiam na área
dada pelo autor do projeto e simplesmente conferem se o boleto possui o mesmo valor
de área do projeto. Há casos em que a área do boleto não confere com o valor da
área do projeto e há casos em que é fica claro que a área dada no projeto e paga no
boleto é menor que no projeto. No entanto o analista não tem como conferir este valor,
em muitos casos, somente com o uso de escalímetro e de calculadora.
O programa Design Review calcula qualquer área dentro do projeto com a
atribuição dos vértices do polígono que a define. O valor é dado de acordo com a
unidade de medida configurada e com a escala dada no projeto. Desta forma tanto as
áreas de ambientes específicos, quanto a área de um pavimento ou a área total da
edificação pode ser calculada facilmente pelo analista para a conferência da taxa paga
e para o cumprimento das recomendações normativas.
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CERTIFICAÇÃO DIGITAL NA ANÁLISE DE PROJETOS NO CBMGO
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Figura 2.8 – Medida da área de um ambiente dentro do programa.
2.2.2.3 COMPARAÇÃO
ENTRE
REVISÕES
DOS
PROJETOS
Uma das ferramentas mais interessantes para a análise de projetos no âmbito
do CBMGO é a comparação entre revisões de projetos.
Os projetos encaminhados para análise no CBMGO são passíveis de retorno
para uma nova análise. Há casos em que o projeto retorna sem alterações realizadas
pelo autor do projeto. Nestes casos o analista perde tempo revendo o projeto porque
ele não possui as pranchas que foram analisadas da primeira vez, não se lembra do
projeto ou não foi ele que analisou inicialmente. Mesmo que o analista se lembre ele
ainda assim perderá tempo comparando as exigências com o projeto que retornou.
O programa Design Review compara duas versões de prancha, indica quais
e onde estão as alterações com datas diferentes. Desta forma o analista não precisa
mais procurar por alterações na revisão do projeto e rapidamente pode comparar as
exigências com as alterações mostradas na tela.
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CERTIFICAÇÃO DIGITAL NA ANÁLISE DE PROJETOS NO CBMGO
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2.2.2.4 ASSINATURA DIGITAL
NO
DESIGN REVIEW
Para que a certificação digital seja feita no documento, o programa que o
identifica deve apresentar esta opção. Vários programas atuais como a linha Office
2013 da Microsoft e o Reader da Adobe apresentam opções para assinar um
documento de forma digital.
Com o Design Review da Autodesk não é diferente, as pranchas dos projetos
podem ser assinadas digitalmente. Esta opção dentro do programa é mostrada na
figura abaixo:
Figura 2.9 – Opção de incluir a assinatura digital no Design Review.
2.2.2.5 OUTRAS FERRAMENTAS
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CERTIFICAÇÃO DIGITAL NA ANÁLISE DE PROJETOS NO CBMGO
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O programa Design Review possui outras ferramentas que podem ser úteis
na análise de projetos. Com este recurso é permitido criar anotações, destacar partes
de um projeto, indicar onde precisa ser revisado, medir ângulos e aumentar bastante
o tamanho de uma parte específica que se deseja ver.
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CERTIFICAÇÃO DIGITAL NA ANÁLISE DE PROJETOS NO CBMGO
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3 METODOLOGIA
3.1 FORMA
DE
ENCAMINHAMENTO
DOS
DOCUMENTOS
Para que o processo de análise do projeto possa ser digital é importante que
os documentos possam ser encaminhados em meio eletrônico. Assim o sistema deve
ter a capacidade de receber os documentos digitais e encaminhá-los aos analistas.
Não há impedimento para isso já que as pranchas podem ser encaminhadas no
formato dwf, a ART ou RRT em pdf e os demais documentos como o memorial
descritivo e o termo de responsabilidade em pdf.
Assim o usuário se cadastra, faz o carregamento dos documentos logrado na
internet em um local de sua preferência, sem precisar se deslocar até um local em
que o CBMGO esteja presente e o sistema encaminha os arquivos para o analista.
Elimina-se, desta forma, também, a necessidade de transporte das pranchas físicas
até os analistas.
3.2 NOMENCL ATURA P ADR ÃO
DOS
ARQUIVOS
É importante que os documentos possam receber uma forma padrão de
nomenclatura e que sejam organizados por revisões. As pranchas poderiam receber
a nomenclatura de acordo com o projeto encaminhado. Assim se o projeto fosse de
prevenção e combate a incêndio seria nomeado diferente do projeto de arquitetura. A
tabela a seguir apresenta uma sugestão de nomenclatura e a figura 3.1 apresenta
uma sugestão de como organizar estes arquivos dentro de uma estrutura de pastas
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CERTIFICAÇÃO DIGITAL NA ANÁLISE DE PROJETOS NO CBMGO
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Tabela 3.1 – Sugestão de nomenclatura dos arquivos.
Arquivo
Anotação de responsabilidade técnica
Registro de Responsabilidade Técnica
Pranchas do projeto de arquitetura
Pranchas do projeto contra incêndio
Memorial descritivo completo
Memorial descritivo simplificado
Taxa de análise
Comprovante de pagamento da taxa
Nomenclatura sugerida
ART 01, ART 02, ...
RRT 01, RRT 02, ...
ARQ 01, ARQ 02, ...
INC 01, INC 02, ...
MDC
MDS
TAXA 01, TAXA 02, ...
COMP 01, COMP 02, ...
Figura 3.1 – Estrutura de pastas sugerida.
3.3 AN ÁLISE
DO PROJETO
Os arquivos de projeto, no formato “dwfx”, são o objeto da revisão, pois são
neles que estão as informações da edificação. Estes arquivos serão abertos pelo
Design Review e sobre eles, sem fazer qualquer modificação no projeto, o analista faz
suas considerações.
É importante frisar que o programa permite muitas ferramentas além do que
pode ser feito em uma análise física. O analista poderá medir quaisquer distâncias no
projeto, lineares ou não, medir caminhamentos, medir ângulos, calcular áreas,
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CERTIFICAÇÃO DIGITAL NA ANÁLISE DE PROJETOS NO CBMGO
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verificar as alterações do projeto rapidamente, anotar as suas considerações,
destacar itens que ele deseja e assinar digitalmente todas as pranchas.
Com a análise concluída, basta que ele assine-as digitalmente e salve as
pranchas no mesmo local da estrutura de pasta citada na figura 3.2.
O usuário poderá ver todas as anotações feitas pelo analista. Realizada as
alterações em um programa de desenho como o AutoCAD, o usuário realiza uma nova
conversão para o formato “dwf” e manda todos os arquivos do processo novamente
para o CBMGO. Estes novos arquivos ficarão na pasta REVISÃO 2 para que o analista
compare com os arquivos da REVISÃO 1 e verifique se as alterações foram
realizadas.
3.4 PROCEDIMENTO PROCESSUAL DIGITAL
DE
ANÁLISE
Para iniciar o processo o usuário deve preencher a solicitação de análise e
fazer o carregamento dos arquivos. Esta solicitação já é preenchida hoje em dia no
site do CBMGO. Após inclusão de todas as informações necessárias, deverá ser paga
a taxa de análise de projeto. O usuário nesta situação deverá salvar o boleto da taxa
de análise no formato “pdf” para que o mesmo possa ser anexado ao processo,
juntamente com o comprovante, após o pagamento. Ao efetuar o pagamento, usuário
já poderá proceder o carregamento dos arquivos de projeto, no formato “dwf” e os
demais documentos no formato “pdf”.
Ao preencher a solicitação é gerado um número de protocolo. Se o boleto de
solicitação não for pago, até o vencimento, o protocolo é cancelado. O cancelamento
do protocolo obriga o usuário a preencher novamente a solicitação e a gerar outra
numeração de protocolo e consequentemente uma nova taxa de análise.
Com o carregamento de todos os arquivos a análise se procede e algumas
exigências poderão ser feitas. Se o projeto retornar com correções o analista tem uma
nova oportunidade de fazer a análise. Se, no entanto, o projeto retornar sem
modificações realizadas o protocolo é cancelado e o autor do mesmo é notificado.
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Caso o projeto seja aprovado ele é assinado digitalmente e disponibilizado
para o usuário online no site do CBMGO.
Toda a proposta do procedimento processual de análise digital pode ser
visualizada na figura abaixo.
Figura 3.2 – Proposta de procedimento processual de análise digital.
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3.5 CUSTOS
DO
M AQUINÁRIO
PARA
AN ÁLISE DIGITAL
O ideal quando se trabalha com projetos é o uso de máquinas específicas
para trabalhar com estes arquivos e os sistemas de suporte dos mesmos. Para
trabalhos de leituras de projetos, onde há a possibilidade de que muitos arquivos
sejam abertos em um único ambiente é ideal trabalhar com computadores de trabalho
chamados de workstations.
Apesar de mais caros que computadores comuns (desktops) estas máquinas
oferecem desempenho excelente e são próprias para o trabalho. Geralmente são
montadas de forma que o acesso às peças seja mais fácil e são preparadas para
longas horas de trabalho intenso.
Outra grande vantagem é que workstations tem integração para até 6
monitores conjugados para uma única área de trabalho. No Brasil a fabricante Dell
oferece estes computadores por R$ 8349,00 sem os monitores inclusos.
Monitores para trabalhar com projeto são confortáveis para o analista em
tamanhos maiores. Um tamanho ideal é aquele que não ocupa muito espaço na mesa
e que possua resolução FHD (1920 x 1080 pixels).
Cada monitor tem valor
aproximado de R$ 500,00. É ideal que o analista trabalhe no mínimo com dois
monitores pois a diferença de conforto e eficiência são consideráveis.
Para que os computadores sejam conjugados uns aos outros e que possam
compartilhar os mesmos arquivos é interessante a instalação de um servidor. A função
do servidor para este caso é permitir que todos os analistas tenham acesso aos
arquivos de todos os protocolos que foram analisados digitalmente. A fabricante Dell
oferece equipamentos a partir de R$2148,00.
É essencial que o projeto passe a ser assinado digitalmente pelo último
analista. Desta forma é preciso que todos tenham uma certificação digital que custa
R$ 370,00 por um período de 3 anos.
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4 CONCLUSÕES
A viabilidade de implantação do sistema de análise digital de projetos no
CBMGO se mostra vantajosa pela economia de tempo, de dinheiro e de espaço. Ao
mesmo tempo estes fatores contribuem muito para atendimento do princípio
constitucional da eficiência.
Os projetos remetidos ao CBMGO são hoje, na sua maioria, protocolados em
unidades do Vapt-Vupt. Em uma pesquisa feita com alguns protocolos durante o
estágio de CAPIEAR, disciplina do CFO, mostra que os resultados entre a data de
protocolo e a data de encaminhamento para análise são consideravelmente maiores
que os processos encaminhados por via digital. A figura 4.1 mostra o tempo, em dias,
para início da análise para alguns protocolos.
70
58
60
50
40
38
40
30
26
20
14
13
7
10
6
8
5
1
3
0
Protocolo
68487
40020
51365
70682
67249
64026
73787
74329
36684
139278
144071
67679
Figura 4.1 – Tempo para início da análise para alguns protocolos.
Para que os projetos cheguem à mesa do analista é necessário que haja o
transporte da unidade do Vapt-Vupt para a SECIP. Este transporte poderia ser
eliminado caso os projetos fossem encaminhados em formato digital. Desta forma
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haveria uma economia financeira pois não seria necessário o empenho de uma viatura
(que engloba manutenção e combustível) e de um militar para fazer o serviço.
Em termos de espaço haveria uma grande economia, pois os armários que
guardam os projetos a serem analisados poderiam ser utilizados para outros fins. Um
disco rígido de 1TB que ocupa um pequeno espaço poderia armazenar mais de 100
mil protocolos completos. Seria uma grande facilidade armazenar estes arquivos por
um longo período o que dificilmente seria com arquivos físicos por causa da demanda
de espaço.
Uma outra grande facilidade seria levar os arquivos de projeto para as
vistorias. Se dispositivos como tablets tivessem integração com o sistema, o
vistoriante poderia comparar o projeto aprovado com o que fora executado na obra.
Estes dispositivos poderiam inclusive ser usados em operações do CBMGO, como
incêndios em edificações. O usuário do sistema poderia acessar as plantas de uma
edificação em chamas e localizar onde estariam os sistemas preventivos e de
combate a incêndio.
Para o cidadão seria um grande conforto já que ele não sairia do seu local de
trabalho para protocolar os projetos. Não seria mais necessário o deslocamento para
a impressão das pranchas e nem mesmo até o Vapt- Vupt mais próximo
economizando tempo e dinheiro.
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CERTIFICAÇÃO DIGITAL NA ANÁLISE DE PROJETOS NO CBMGO
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REFERÊNCI AS
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<http://www.rj.gov.br/web/informacaopublica/exibeconteudo?article-id=1265321>.
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SÃO PAULO (Prefeitura). Manual de Aprovação Eletrônica de Projetos.
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<http://www.fazenda.df.gov.br/arquivos/pdf/O_que_e_certificado_digital.pdf> Acesso
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS. Norma Técnica
01/2014: Procedimentos Administrativos. Goiás, 2014
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e
documentação – Referências. Rio de Janeiro, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: Numeração
progressiva das seções de um documento escrito – Apresentação. Rio de
Janeiro, 2003.
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6027: Informação e
documentação – Sumário – Apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: Informação e
documentação – Resumo – Apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: Informação e
documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro, 2006.
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