Barroso - A Outravoz

Transcrição

Barroso - A Outravoz
i
Director: Carvalho de Moura
Ano XXXII, Nº 490
Montalegre, 31.03.2016
Quinzenário
E-mail:[email protected]
0,90 € (IVA incluído)
Barroso
Morte de jovem nos Pisões
Noticias de
P2
Campeonato do Mundo de Rallicross
Do Cávado ao Tâmega berço de gente
ilustre
Da fundação do reino de Portugal até à
Casa do Cerrado, de Montalegre e à Casa de
Bragança, Barroso da Fonte brinda-nos com mais
conhecimentos acerca de pessoas ilustres das nossas
terras.
P3
Se voltasse outra vez a primavera
Dar voz aos nossos poetas. O Dr Custódio
Montes que em breve dará a conhecer a sua nova
obra “OUTONO” apresenta-nos aqui mais dois
poemas da sua vasta produção. E José Rodrigues,
um barrosão adoptivo, radicado nos Estados Unidos,
um poeta popular. E, depois, bem, depois o grande,
português de Portugal, Fernando Pessoa
P4
de
para que Montalegre, nestes dias,
destaque para o grande campeão
Montalegre recebe nos dias 15, 16
se encha de gente ligadas aos
Sebastien Loeb.
e 17 a 1.ª Prova do Campeonato do
automóveis sobretudo por causa
Mundo de Rallicross. Tudo aponta
dos competidores em pista com
A
POLITICAMENTE FALANDO
Ainda não perdeu actualidade o texto de
Domingos Chaves com a abordagem de dois temas
da política nacional. Os seus pontos de vista sobre o
desgoverno de Passos e as expectativas sobre o novo
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa
P7
XVII Congresso Federativo do PS em
Montalegre
Os socialistas do distrito de Vila Real reuniram
em Montalegre, no Auditório Municipal e Francisco
Rocha saiu dali leader distrital.
P12
Pista
de
Rallicross
P15
OS NANTERRISTAS
O Presidente da Câmara levou com ele a Paris uma comitiva que nem um Presidente da
República. Na (in)justificada Presidência aberta, segundo o próprio, gastou milhares de
euros do erário público em viagens, comezainas e outras e prestou um grande serviço à
emigração, dando a saber que na estranja é que vale a pena. O contrário do que, com todas
as suas energias, deveria defender. O Dr Manuel Ramos dá mais e melhor informação.
P5
Diálogos Imprevistos
O Pe Vitor Pereira alterou o seu discurso. Em
vez das análises acerca de determinadas matérias
quase sempre ligadas à religião, hoje aparece-nos
a conversar com outros à mesa do restaurante. E
a conversa saiu como as cerejas, da política e dos
políticos, da democracia até ao Papa Francisco e por
aí fora. Uma forma de comunicar que, sem ser nova,
torna-se mais atractiva.
P11
Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Montalegre
Novos orgãos sociais
tomaram posse
Recado de Portugal ao Brasil
No Brasil, «o caso da “Oi” já aponta para
possíveis pagamentos de dezenas de milhões de
euros para brasileiros e portugueses envolvidos
neste mega esquema de corrupção. Com várias
denominações, entre elas a “ lava-jato”, porque
era em um lava-jato junto a um posto de gasolina
de Brasília que as negociatas se faziam enquanto
lavavam seus carros».
A novela é-nos contada pela nossa ilustre
colaboradora em S. Paulo, Lita Moniz, que vai
continuar, não se sabe até quando.
P13
O Florescimento Monástico
Os monges e os mosteiros, retratos dum passado
que contribuiram para preserverar a história da
humanidade. Pesquisa de José Fernando Moura
P14
Peddy Paper em Boticas
O Peddy Paper “Uma Aventura em Boticas
- à Descoberta do Património”, no próximo dia
16 de abril, no seu programa inclui a descoberta
dos equipamentos culturais existentes na vila de
Boticas, por onde todos os participantes têm que
passar para poderem responder ao questionário que
lhe será entregue no inicio da atividade.
Os interessados devem fazer a sua inscrição
gratuita através dos seguintes e-mails: turismo@
cm-boticas.pt <mailto:[email protected]> |
[email protected] <mailto:gdboticas@gmail.
com>
P3
2
Barroso
Noticias de
MONTALEGRE
Morte de jovem nos Pisões
Um jovem de 27 anos, solteiro,
natural de Montalegre e residente
em Pisões, em casa da avó materna,
apareceu morto, no armazém da família,
na manhã de 29 de Março, quarta feira.
Segundo informações recolhidas
junto de amigos seus, Cândido Luís
Americano Lopes de seu nome, filho de
Cândido Lopes e Paula Americano, vivia
com uma depressão desde há tempos
a esta parte, andava triste e pouco
comunicativo.
Desconhecem-se as razões que o
levaram ao suicídio por enforcamento,
pois que era um jovem simples que não
bebia nem fumava. Cândido era, à altura,
jogador do Grupo Desportivo de Salto e
já tinha feito parte dos quadros de atletas
do CDC Montalegre e do GD de Vilar de
Perdizes.
No dia seguinte, o corpo foi
autopsiado no Hospital de Chaves.
Nas cerimónias fúnebres realizdas na
Capela dos Pisões, apareceram muitas
pessoas, e deu nas vistas a presença
de responsáveis e atletas dos clubes
onde ele jogou, em especial o GD de
Salto. A perda dum jovem é sempre
mais dolorosa não só para a família mas
também para toda a gente, especialmente
gente jovem.
Após a missa de corpo presente,
Cândido foi a enterrar no cemitério de S.
Vicente, em sepultura da família.
Gabinete de Apoio ao
Investimento em Montalegre
O concelho de Montalegre tem dois
gabinetes de apoio ao investimento para
responder às solicitações de públicos e
privados. Uma “porta aberta” que existe
na Câmara de Montalegre e na sede do
Ecomuseu de Barroso.
Enquadrado no projeto Alto Tâmega
Empreende <http://altotamegaempreende.
pt/>, através da Comunidade
Intermunicipal do Alto Tâmega, o
município de Montalegre e o Ecomuseu
de Barroso passam a disponibilizar à
comunidade dois gabinetes virados
para o investimento, com dois técnicos
especializados.
Esta oferta é explicada pelo
presidente da Câmara Municipal, Orlando
Alves: «dispomos de um gabinete de
apoio à atividade produtiva local. É
um gabinete de apoio às iniciativas
empresariais que possam surgir de
forma a serem implementadas no nosso
território. Há também um vasto leque
de informações no âmbito deste quadro
comunitário e que estão ao alcance
das entidades privadas. A Associação
de Desenvolvimento da Região do
Alto Tâmega (ADRAT), em articulação
com a Comunidade Intermunicipal do
Alto Tâmega e Barroso (CIM-AT), tem
desenvolvido iniciativas com vista a
informar a população. Sentimos que
ainda há pouca adesão».
Município de Montalegre - Capacitar
31 de Março de 2016
o território para o empreendedorismo
local é um dos desafios do município de
Montalegre. A instalação do GPI no seu
edifício tem como objetivo proporcionar
aos munícipes um espaço de informação/
aconselhamento para promover a
iniciativa empresarial no concelho.
Ecomuseu de Barroso - Pretende
assumir-se como elemento âncora da
estratégia de desenvolvimento integrado
e sustentável do território barrosão.
Nesta perspetiva, o GPI enquadra-se
neste espaço como uma mais-valia para
a persecução deste objetivo. (In cmmontalegre.pt)
VINHOS MONT’ALEGRE
Pão de Açúcar selecciona colheita de
Francisco Gonçalves
Mont’Alegre Clássico Tinto 2013
acaba de ser selecionado pelo Grupo
Pão-de-Açúcar para integrar os
lineares da moderna distribuição em
território brasileiro. O primeiro vinho
com estágio em altitude do enólogo
Francisco Gonçalves alarga, assim, a
distribuição na América do Sul, com
vista a comercializar também as outras
referências do portfólio a médio-prazo.
Após uma selecção de referências
por Região Demarcada, a marca
Mont’Alegre destacou-se entre os vinhos
de Trás-os-Montes como única escolha
do Grupo Pão-de-Açúcar. A cadeia
que detém mais de 2.100 lojas no Brasil
passará a dispor da colheita de 2013
entre os vinhos de Portugal selecionados.
Para o enólogo Francisco Gonçalves,
“ver o primeiro vinho que lancei num
das nascentes da água pública que
periodicamente deverão ser vigiadas,
seria de esperar que tivesse outras
condições. E em muitos outros, a situação
é a mesma.
PITÕES DAS JÚNIAS
Decorre entre 2 e 3 de Abril a 5.ª
edição das Jornadas das Letras GalegoPortuguesas, organizada pela Junta
de freguesia de Pitões das Júnias, em
parceria com o grupo “Desperta do Teu
Sono”, e com o apoio do município de
Montalegre.
Do programa, destacam-se
abordagens a temas celtas e tradições
galego-portuguesas apresentadas por
especialistas galegos e portugueses. Maria
Dovigo e Lúcia Jorge, presidente da Junta
de Freguesia, moderam os painéis a que
se segue debate.
A animação tem uma churrascada
popular, visitas ao ecomuseu, à cascata e
ao Mosteiro e actuações do grupo local
O Fiadeiro de Pitões.
Iniciativa cultural que parece revestirse de muito interesse e que nos parece
que deveria justificar outra divulgação e
acompanhamento.
BRAGA
Hospitais de Braga e do Porto em
alta
projecto próprio a ser escolhido para
representar a minha Região num
mercado tão alargado e apetecível como
o do Brasil é um claro sinal de que a
marca está a crescer e a afirmar-se com
qualidade e ambição suficientes para
chegar cada vez mais longe”, refere. (In
cm-montalegre.pt)
GRALHAS
Os caminhos agrícolas e as Ruas
Para além da rua principal que
atravessa a aldeia nos sentidos de e para
Solveira e Santo André, as ruas mais
secundárias estão num estado lastimoso.
O presidente da Câmara quando da
sua passagem por Gralhas tomou
notas a esse respeito. No entanto, esta
grande freguesia do concelho continua
esquecida e não se vê ali mexer nada
onde tanto há que fazer.
Quanto aos caminhos agrícolas,
passa-se a mesma coisa. O caminho para
o Corisco, do fundo da serra do Larouco,
onde estão as captações das nascentes
do abastecimento da água pública, é
outro caso a tomar em atenção. Só jeeps
TT é que conseguem ir até lá acima e,
em certos trajectos sempre por cima de
pedras. Tendo neste caminho a Câmara
o seu particular interesse por causa
Os centros hospitalares do Porto e
do Tâmega e Sousa, os hospitais de Braga
e de Santa Maria Maior (Barcelos) e a
Unidade Local de Saúde do Alto Minho
obtiveram a melhor classificação num
‘ranking’ de uma empresa multinacional.
A IASIST, multinacional de
origem espanhola, anunciou h´dias os
vencedores dos prémios aos hospitais do
Serviço Nacional de Saúde que mais se
distinguiram em 2014, galardões que são
atribuídos pelo segundo ano consecutivo
em Portugal.
Neste “Top 5 – A Excelência dos
Hospitais – que conta com o patrocínio
do ministro da Saúde, foram submetidos
voluntariamente a avaliação 39 hospitais
de Portugal Continental, sendo atribuídos
cinco prémios, um por cada tipologia
de unidade de acordo com os critérios
definidos por organismos públicos.
Na segunda-feira ao fim do dia foi
divulgado um outro ‘ranking’ de hospitais
públicos onde o Hospital de São João, no
Porto, surge na liderança, sendo seguido
neste “top” pelo Hospital Beatriz Ângelo,
em Loures.
Para o ministro da Saúde, a
divulgação de ‘rankings’ e resultados dos
hospitais é “importante para os doentes e
para o sistema”, além de dar às unidades
de saúde “possibilidades concretas de
melhoria”. Na opinião do ministro, os
resultados hoje apresentados mostram
que os hospitais “melhoraram nos últimos
10 anos e nos últimos quatro anos”. “Há
mais camas de agudos e de continuados,
há mais consultas, há mais cirurgias e há
melhores resultados clínicos”, disse.
CORTEJO CELESTIAL
MOISÉS BARROSO, de 82 anos,
casado com Fátima Valente Pereira
Barroso, natural e residente em
Salto, faleceu no dia 15 de Março no
Hospital de S. João, do Porto, sendo
enterrado no cemitério de Salto.
GLÓRIA MARQUES, de 88 anos,
viúva de José Maria Pires, natural da
freguesia de Cabril e residente em
Montalegre, faleceu no dia 20 de
Março, sendo enterrada no cemitério
de Lapela, de Cabril.
JOSÉ MANUEL DIAS DOS REIS,
de 70 anos, casado com Maria
Rosa Rua Luíz, natural da freguesia
de Viade de Baixo e residente em
Montalegre, faleceu no dia 19
de Março, sendo enterrado no
cemitério de Torgueda, freguesia da
Chã.
MARIA AFONSO, de 90 anos, viúva
de Armando Gonçalves Ramos,
natural da freguesia de Sezelhe e
residente em Covelães, faleceu no
dia 20 de Março, sendo enterrada no
cemitério de Covelães.
MARIA JACINTA ALVES ATILHÓ,
de 57 anos, divorciada de Vitor
Manuel Calado Simões, natural
de Vilar de Perdizes (São Miguel) e
residente em Ourense (Espanha)
onde faleceu no dia 10 de Março,
sendo cremada no Crematório de As
Burgas II – em Ourense.
ARMINDA BOTELHO PIRES, de
91 anos, viúva de Vicente Ferreira
Pires, natural e residente em Vilar
de Perdizes (S. Miguel), faleceu no
Hospital de Chaves, no dia 24 de
Março.
MARIA VICTÓRIA REGADAS
FERREIRA, de 75 anos, solteira,
natural da freguesia de Salto e
residente no lugar de Taboadela
desta mesma freguesia, faleceu no
dia 29 de Março, sendo enterrada no
cemitério de Salto.
JOSÉ GONÇALVES DE MOURA,
de 91 anos, padre e professor, natural
da Portela-Montalegre, faleceu em
Braga, no passado dia 12 de Março.
MARIA JOSÉ JORGE, de 85 anos,
solteira, natural da freguesia de Salto
e residente no lugar de Linharelhos
desta mesma freguesia, faleceu no
dia 25 de Março, sendo enterrada no
cemitério de Salkto.
CÂNDIDO LUÍS AMERICANO
LOPES, de 27 anos, solteiro, natural
de Montalegre e residente em Pisões
da freguesia de Viade de Baixo,
faleceu no dia 29 de Março, sendo
sepultado no cemitério de S. Vicente.
PAZ ÀS SUAS ALMAS!
Barroso
Noticias de
31 de Março de 2016
3
Do Cávado ao Tâmega berço de gente ilustre
Barroso da Fonte
Portugal
nasceu
como
Condado Portucalense entre os
Rios Douro e Minho. Entre 868
e 1071 esteve sob a jurisdição de
Leão e Castela. Foi administrado
por nove condes, o último dos
quais se revoltou contra o Rei
Garcia. Foi morto e o condado
devolvido ao Reino da Galiza. Em
1096 restaurado foi esse território
geográfico, que se situava entre
os rios Minho e Douro e dado
como dote de casamento a D.
Teresa que desposou o Conde
D. Henrique. O casamento terá
sido em 1096 e, em 1128, esse
mesmo território, emancipou-se
na Batalha de S. Mamede. O seu
herói foi o filho de D. Henrique e
de D. Teresa que, enviuvando, se
envolveu de amores e de ideais
galegos, ao contrário do filho
que procurou seguir a ideia do
pai, tornando-se independente.
Em 1131 entendeu D. Afonso
Henriques transferir a sede
desse Condado para Coimbra.
E mais tarde para Lisboa. Por
aqui se vê que Portugal cresceu
a partir do norte para sul e não
do sul para Norte. Os rios, nessa
altura, serviam para delimitar
as fronteiras: Lima, Douro,
Mondego, Tejo e Guadiana.
Hoje como há nove séculos os
rios delimitam regiões. E não
só os mais caudalosos, mas
também à escala mais reduzida.
As comunidades municipais,
como recentemente passaram a
designar-se, foram delimitadas a
uma escala mais exígua. Como,
por exemplo, fizeram as águas
de Portugal. A região do Alto
Tâmega passou a compreender
os concelhos que se situam entre
o Tâmega e o Cávado. Nascem
e alimentam-se de nascentes
próximas e os espaços que os
cursos de água delimitam umas
vezes planálticos outras vezes
planuras, deram azo a povoados
que identificam gentes , usos
e costumes e até caraterizam
hábitos, culturas e formas de
convivência.
Invoco
esta
subdivisão
para dizer que os povos que se
criaram e desenvolveram entre o
Cávado e o Tâmega, superaram
agruras que os da chamada
«Ribeira», ou «Terra Quente»
não sentiram. Terra mais agreste,
mais fria e menos fecunda,
forçaram os seus residentes a
tipos de vida mais austera, mais
pobre e mais exigente em termos
de sobrevivência. Os exemplos
são fáceis de compreender.
O concelho de Montalegre,
praticamente não produz vinho,
pêssegos, laranjas, azeitona,
melão.
Ao invés, a região
Barrosã ceva mais porcos, gasta
mais pingue e consome mais
batata porque não produz grão
de bico, feijão frade e outros
consumíveis que dão menos
trabalho e substituem aqueles
tubérculos que abundam na terra
fria.
Também aqueles que ali
nascem fazem maiores sacrifícios:
levantam-se mais cedo, deitamse mais tarde e não só dormem
menos, como não se alimentam
com menos vitaminas e com
menos variedade de produtos
básicos. A uma alimentação
mais pobre, corresponde um
desenvolvimento físico menor.
A esta descriminação negativa
poderá pensar-se que, cultural,
intelectual e socialmente, quem
nasceu nestas terras planálticas,
gélidas e infecundas da fronteira
transmontana, correspondeu, um
menor contributo comunitário.
Puro engano. Não precisamos
de recuar muito mais do que
dois séculos para constatarmos
o contrário dessa potencial
conclusão.
Bastará
conhecer
os
casamentos de famílias nobres
desta região nos séculos XIX e
XX. Temos várias dessas casas,
quase todas restauradas e uma
boa parte delas transformadas em
turismo de habitação. Carrazedo
da Cabugeira, Bragado (Vila
Pouca), Casa da Tapa, Casa
dos Sousa Guedes, Casa dos
Morgados de Casas Novas,
Casa dos Canavarros, Casa
do Cerrado, em Montalegre.
Os seus proprietários tiveram
sempre o cuidado de casar entre
si, de modo a manter uma certa
nobreza que não se dispersava,
antes se robustecia.
Tenho vindo a seguir esta
genealogia, a partir da Casa
do Cerrado, em Montalegre.
Foi alfobre de gente que teve a
ver com os representantes da
poderosa Casa de Bragança.
Oficialmente só foi fundada
em 1442. Mas ela nasceu,
com força de partido político,
para ser alternativa à Coroa
Real Portuguesa. Resultou do
casamento de D. Brites, filha da
Barrosã D. Leonor de Alvim e de
Nuno Álvares Pereira, com D.
Afonso, filho bastardo de D. João
I, em 1401. D. Nuno Álvares
Pereira ao casar com essa
donzela, herdeira da fortuna do
D. Vasco Gonçalves Barroso que
era o mais rico senhor das Terras
de Basto e de Barroso, recebeu
essa riqueza em Terras, rendas
e prestígio que engrossaram o
dote da filha Brites com o filho
do Rei. Até 1412, viveram em
Chaves, onde D. Brites nasceu.
Esta morreu de parto. Mas foi
esse casamento que inspirou e
serviu de alicerce à Casa-Mãe
que teve delegações, um pouco
por todo o país. Em Montalegre
funcionaram a Casa do Cerrado
e a congénere de Tourém que
foi reconstruida para Turismo
de qualidade rural. Com essa
origem e outras semelhantes
existiram várias que chegaram
até nós. Os seus donatários, por
via do casamento, fizeram com
que essas e outras habitações
mantivessem o título de nobreza.
Acaba de ser editado um volume
de 400 páginas, em capa dura
e em formato A4 com muitas
dezenas de cartas de Amílcar
Cabral para sua mulher Maria
Helena Ataíde Vilhena, natural
de Casas Novas. «O Pai da
República da Guiné», mais o
«Pai da República Popular de
Angola», Agostinho Neto, foram
compadres e andaram por aqui.
Daqui levaram suas Mulheres.
Delas
e
deles
falarei
num
próximo apontamento.
Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Montalegre
Empossados os novos orgãos sociais
Chegou ao fim o impasse
um caso destes deveria merecer o
de associados responsáveis e
provocado pela impugnação das
parecer (e porque não a decisão)
pugnaram
eleições realizadas no dia 31 de
de magistrados que, salvo mais
que, segundo defendem, não se
Dezembro de 2015.
douta opinião, melhor sabem
verificou na altura do processo
Real
interpretar as leis. Também o
eleitoral. A eliminação de muitos
argumentos
facto da impugnação ter sido feita
associados por falta de pagamento
apresentados pelos irmãos que
a destempo(?) terá pesado em
das quotas e a manipulação de
apresentaram recurso e, depois
fesfavor do recurso.
muitos outros tornou impossível
O
não
Bispo
validou
de Vila
os
Enfim,
de passados três meses, veio o
a
Casa
Irmandade
da
da
despacho a homologar a única
Santa
Misericórdia
lista concorrente.
de Montalegre vai entrar num
pela
transparência
a apresentação de qualquer outra
lista.
O
povo
de
Montalegre
Mesa da Assembleia Geral Presidente – José Gonçalves Justo
Vice-Presidnte – Paulo Jorge Baía de Barros
Secretário – Maria Leonor Rua Rodrigues
Mesa Administrativa
Provedor – Fernando José Gomes Rodrigues
Membro efectivo – António Dias Henriques
“
“
- Cristiana Maria Pedreira Magalhães
“
“
- Daniel Fernandes Rua Luís
“
“
- João Renato Marcelino Monteiro
1.º suplente
- José Avelino Vaz Souto
2.º “
- João Jorge Lopes Silva
3.º “
- José Miranda Alves
novo ciclo da sua existência.
está ao par de tudo, sabe das
o sr. Bispo de Vila Real a ética
Radicalmente
e
manobras todas e também ficou
e a política não são objecto de
exclusivamente na posse de
a saber que , de futuro, poderão
qualquer avaliação num processo
membros militantes ou afectos
contar com quem defenda livre
Conselho Fiscal
eleitoral para a Santa Casa da
ao
e honestamente os interesses da
Misericórdia, mas tão somente a
instituição destas, a imagem não
legalidade do mesmo.
pode ser pior.
Presidente – João Batista Branco Alves
Vice-Presidente – Paulo Jorge Miranda Cruz
Secretário – Alberto Carvalho Martins
1.º suplente - António Maria Batista dos Santos
2.º suplente - João Paulo Branco Gonçalves Barroso
3.º suplente - Jorge Manuel Gonçalves Nogueira
Ficámos a saber que para
Acerca da incompatibilidade
denunciada
(acumulação
de
cargos em organizações com
partido
politizada
socialista,
numa
Mesmo assim, espera-se que
possa cumprir o objectivo de
servir a comunidade em geral.
nossa terra.
De saída está Abel Rodrigues
Afonso depois de cumprir dois
mandatos à frente da instituição.
A posse dos novos orgãos
a mesma natureza jurídica),
Avisados, tarde e a más horas,
teve lugar no dia 31 de Março
Mandatário
o Bispo da Diocese não a
das eleições, os subscritores da
ficando constituidos do seguinte
Maria João da Silva Vieira Gonçalves
reconheceu, contudo, parece que
impugnação cumpriram o dever
modo:
4
Barroso
Noticias de
31 de Março de 2016
SE VOLTASSE OUTRA VEZ A
OLÁ! EU SOU O ZÉ!
TERRA AMADA
Ando a modos que abatido
PRIMAVERA
Por não ver uma saída
Arado do meu sustento
Pró que me foi prometido
Para melhorar a vida
Primavera verdejante
Se voltasse outra vez a primavera
E aquele rubor de cravo em teu rosto
Rezo como e quando posso
Terra lavrada, alimento
Quando findava o dia já sol-posto
Faço-o todos os dias
Sol que ilumina pujante
E a alma a sós contigo e tão sincera
É de Padre em Padre Nosso
As longas várzeas ao vento
E algumas Avé – Marias.
Numa aragem ondulante
Não sou de dar importância
Se voltasse esse tempo, ai quem me dera
O cheiro inesquecível, virgem mosto
E não levo muito a peito
Que, em teus lábios rosados, predisposto
De charlatães à distância
Eu bebia e tinha sempre à espera
A ânsia de te ver e de te ter
Terra amada, doce lar
De quem é ou não é eleito
Onde em baloiço de amor
Por saber que à partida
Aumenta como aumenta a minha idade
Nada de novo nos trazem
Eu andei a baloiçar
E não tem alternativa
E cresce como cresce o meu sofrer
Volto a ti, afago a dor
Hei-de matar, amor, esta saudade
P’ras promessas que nos fazem.
E nesse meu regressar
Mas se o não fizer até morrer
Vou até onde puder
E as forças mo permitirem
Torno a ser um sonhador
Esperarei por toda a eternidade
E o coração bater
E as pernas não flectirem.
Ctms
Ctms
29-12-2013
“
José Rodrigues, Bridgeport, CT USA
AMIGOS
Poema de FP hoje dedicado aos meus AMIGOS.
“Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhámos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das
vésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim...
do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado,
seja pelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a encontrar-nos,
quem sabe... nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto
se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e
perguntarão:
- Quem são aquelas pessoas?
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
Foram meus amigos, foi com eles que vivi
tantos bons anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.
E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes
daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar
a viver a sua vida isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo:
não deixes que a vida passe em branco,
e que pequenas adversidades sejam a causa de
grandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !”
Fernando Pessoa
Barroso
Noticias de
31 de Março de 2016
5
Os Presidentes da
Junta em Paris
E os lavradores do concelho no reino da glória
Carvalho de Moura
Orlando Alves, presidente
da Câmara deste grande e nobre
concelho das terras de Barroso, é
a surpresa que frustou as melhores
expectativas de muitos barrosões
que lhe confiaram o voto. Afinal,
28 anos como vereador não
aprendeu rigorosamente nada.
No seu labor diário, continua
a revelar-se um gestor exímio em
gastar os dinheiros públicos em
actividades lúdicas, em desbaratar
o património municipal e sempre
em
permanente
campanha
eleitoral.
No passado fim de semana,
surpreendeu toda a gente com a
sua ida a Nanterre (França) levando
atrás de si uma comitiva que nem
um presidente da República.
Caso raro e nunca visto, mas
que o Presidente da Câmara não
se cansou de enaltecer à “sua”
comunicação social.
Mas, quem se dá ao luxo
de gastar milhares de euros com
as viagens e almoços pagos aos
autarcas e a outros convidados terá
de se explicar perante o povo. E
ele não o fez. Nem há justificações
possíveis para uma atitude destas
que é uma vergonha (mais uma a
juntar a tantas outras!).
Se a finalidade tivesse a ver
com visitas a comunas de França
para se ver o seu funcionamento
e dali poder retirar algumas
ideias com vista a se melhorar
a actividade autarca nas nossas
freguesias ainda vá que não vá,
mas ir em passeio até Nanterre e
comer e beber à custa do dinheiro
que é de todos nós e visitar três
empresários barrosões não lembra
ao diabo. Não é só esbanjar o
dinheiro de todos nós, é desvirtuar
o papel central do que deve ser
uma autarquia. Depois, essa
propaganda negativa é um convite
aos jovens a abandonar a terra de
origem e a fixar-se no estrangeiro,
como melhor diz o Dr. Manuel
Ramos no seu trabalho, OS
NANTERRISTAS (ver em baixo).
Que terão pensado os demais
presidentes de Câmara que lá se
deslocaram em representação dos
seus concelhos? E as aldeias sem
infraestruturas? E o concelho com
tantas carências?
Ao que nós chegamos, ó
barrosões!
“Promessa eleitoral
cumprida”
Orlando Alves anunciou
a retoma da Organização de
Produtores Pecuários (OPP) por
parte do concelho de Montalegre.
Eufórico, assinalou o caso
como uma «grande noticia»
para o concelho, “um feito que
vai ao encontro de mais um
compromisso do atual executivo
municipal”.
O Presdente da Câmara devia
estar calado por múltiplas razões,
algumas a saber:
1) Esteve mal quando
colocou no seu programa
eleitoral a reposição da OPP
porque é assunto que não diz
respeito à autarquia, mas sim
aos agricultores. A Câmara deve
apoiar sem tomar a iniciativa.
2) O sucesso desta iniciativa
fica a dever-se por inteiro às
associações que se uniram por
forma a conseguir a OPP, condição
sine qua non para tal.
3) Quando a OPP foi
desactivada no concelho, a
autarquia socialista de que o
actual Presidente fazia parte, nada
fez para evitar que tal acontecesse.
Quem percebe que a posição
interventiva socialista só apareça
tão tarde?
4) Por causa do Presidente da
Câmara se meter onde não deve,
devido à tentativa de politizar
a CoopBarroso, o processo
desenrolou-se com problemas
escusados que dividiram os
agricultores.
Mas, a estranha euforia do sr.
Presidente da Câmara foi muito
mais longe quando, depois de
declarar todo o apoio da parte da
Câmara de Montalegre “para dar à
terra barrosã aquilo que lhe
pertence e para nos afirmar no
contexto nacional como uma terra
produtora de coisas boas, oriundas
dos reinos vegetal e animal”, disse
Orlando Alves(!).
E sobretudo quando deixou
«uma palavra de alento ao povo
da nossa terra que trabalha
arduamente no amanho da terra
e do gado» sendo «um caminho
que vamos trilhar todos juntos
e que nos levará à glória», disse
Orlando.
Esta última tirada é de cair pra
o lado. Sorte têm os lavradores
de Barroso que para entrarem
no reino da glória (no céu) nem
têm necessidade de rezar nem de
fazer penitência.
Estamos bem entregues. Viva
Barroso!
POLÍTICA MUNICIPAL VISTA DE FORA
Os Nanterristas
Em tempos de crise e de
diminuição de receitas, pois o
orçamento municipal recuou 15
anos, a Câmara de Montalegre
apresentou-se na Feira de Nanterre
(França) com a maior comitiva
de sempre. No site da Câmara,
a minha única fonte, é possível
verificar por texto e imagem que,
para lá dos membros do executivo
e do “staff” camarário, a CMM
convidou desta vez os presidentes
da junta. Também alguns expresidentes, a quem o povo nada
deve, se fizeram rogados e foram
incorporados na comitiva. Como
se isso não bastasse, também foi
servido o maior repasto, desta
vez regado com os vinhos de
Montalegre, que é um produto
que, de insólito, causa espanto
e uma careta feia. Para mim,
“vinho” e “Montalegre” são um
oxímoro, isto é, termos contrários
entre si. Bem, mas voltando aos
“nanterristas”, ao todo foram
algumas dezenas de pessoas.
Imagino que tenha sido necessário
requisitar uma camionete e
imagino também que o cômputo
das despesas tenha atingido
muitos milhares de euros.
Não concordo com tão
grande aparato, para mais em
tempos de crise e de carência
de toda a ordem. Nas aldeias de
Montalegre vive-se uma profunda
tristeza, carência, abandono,
velhice e sobretudo ignorância.
Como em muitas outras coisas
de que tenho falado, era preciso
mais contenção, mais moderação
e discrição, mesmo que os tempos
fossem “de vacas gordas”. Só que
são de “vacas magras” e a comitiva
apenas foi passear à custa do
nosso dinheiro.
Vendo e lendo o site
da Câmara, sobretudo nos
testemunhos dos “nanterristas”,
disse: “é a festa”, “viver um fim-desemana diferente”; outro declarou:
“é o convívio com os emigrantes”;
outro confirmou: “é convívio”, “é
um convívio português”; três deles
asseveraram: “é um encontro de
pessoas”, “é para rever amigos”, “é
um contacto com os emigrantes”;
um mais afoito retorquiu: “vi
pessoas que já não via nas férias
e estou muito satisfeita”; outra
“malta” assegurou: “foi um
convívio importante”, “é uma
família e por isso [a festa] tem de
continuar”, “vim rever amigos”,
“vim confraternizar”. Finalmente,
“Não se pode levar tanta gente a Nanterre sem
uma boa justificação. A justificação que foi dada pelo
Presidente foi fazer uma “presidência aberta”, mas a
verdadeira razão é outra e não vem no site da Câmara:
já há muitos anos que Nanterre é lugar de recrutamento
e financiamento de votantes. Quem tiver Nanterre do
seu lado, ganha.”
verificamos que o principal
propósito foi o convívio e
o passeio. Nanterre entrou
definitivamente no roteiro das
festas da CMM e a festa dura todo
o ano. Um dos excursionistas
outro (Embaixador) pediu que
houvesse mais festas: “Devia
haver mais festas como esta em
Nanterre”.
Estimado leitor, se acrescentar
ao que fica dito os passeios
pela torre Eiffel e outros lugares
turísticos, fica provado que
Nanterre é uma festa e um
passeio e que o município, isto
é, o conjunto das pessoas, só tem
prejuízo com Nanterre. Quanto ao
passeio, a mim não me incomoda,
até porque gosto muito de passear,
o problema é que é feito à custa
do nosso dinheiro.
Também não há Nanterre sem
discurso do Presidente. Ai como eu
gosto de o ouvir! A sua mensagem
foi sintetizada desta forma no site:
“levo uma imagem grandiosa e
eloquente por ver este espaço
cheio de conterrâneos onde a
comunidade montalegrense está
em maioria”; e ainda: “a nossa
comunidade emigrante é a que
tem maior representatividade”. O
presidente da Junta de Montalegre
confirmou:
“neste
pavilhão
a maior participação foi do
concelho de Montalegre”.
Repare, amigo leitor, na
insensatez das palavras dos
dois presidentes de Montalegre:
gabam-se de que a comunidade
emigrante de Montalegre seja
a maior; mostram satisfação e
vaidade por os montalegrenses
serem
aqueles
que
mais
precisaram de emigrar; vêem o
abandono da terra pátria como
uma graça; acham que emigrar
é bom e deve ser fomentado;
querem que se emigre, como um
ex-primeiro-ministro que todos
conhecemos. São políticos para
pôr os portugueses fora daqui e lá
nisso têm feito um bom trabalho,
honra lhes seja feita. Em breve
receberão uma condecoração.
Não se pode levar tanta
gente a Nanterre sem uma boa
justificação. A justificação que
foi dada pelo Presidente foi fazer
uma “presidência aberta”, mas
a verdadeira razão é outra e não
vem no site da Câmara: já há
muitos anos que Nanterre é lugar
de recrutamento e financiamento
de votantes. Quem tiver Nanterre
do seu lado, ganha. Foi dessa
forma, falsificando a democracia,
que o anterior presidente ganhou
as eleições. Por isso é que a CMM
tem grande consideração por
Nanterre e não olha a despesas;
por isso é que importava ter em
Nanterre numerosa comitiva,
até porque convém preparar as
eleições autárquicas a tempo.
Mas pode acontecer que o
povo diga “Alto e pára o baile”.
MANUEL RAMOS
Barroso
Noticias de
6
31 de Março de 2016
Limpe os seus rins
UM PARÁGRAFO
Os anos passam e nossos rins vão filtrando nosso sangue para remover o sal e
Um Parágrafo # 69 – Nós
outros intoxicantes que entram no organismo. Com o tempo, o sal se acumula e
precisamos de uma limpeza. Como fazer isso?
De um modo simples e barato: Compre um raminho de salsa e lave-o bem. Corte
bem picadinho e ponha numa vasilha com água limpa. Ferva durante 10 minutos e
deixe esfriar. Coe, ponha numa jarra com tampa e guarde no frigorífico. Beba um
copo todos os dias, e você vai perceber que o sal e outros venenos acumulados nos
rins saem na urina.
Há muitos anos, a salsa é reconhecida como o melhor tratamento de limpeza
dos rins e é um remédio natural.
A salsa é uma das ervas com propriedades terapêuticas menos reconhecidas.
Ela contém mais vitamina C do que qualquer outro vegetal da nossa culinária
(166mg por 100g), três vezes mais que a laranja. A salsa contém também ferro
(5.5mg /100g), manganésio (2.7mg / 100g), cálcio (245mg / 100g) e potássio (1mg
/ 100g), sendo recomendada para pedra nos rins, reumatismo e cólica menstrual.
Sua alta concentração de vitamina C ajuda na absorção de ferro.
O suco de salsa, sendo uma bebida natural, pode ser tomado misturado com
outros sucos, 3 vezes ao dia. As folhas podem ser mantidas no congelador, e seu
uso é recomendado na culinária diária, pois além de saudáveis, dão óptimo sabor
Há uma certa inconsistência nos nós que vamos encontrando pelo caminho.
Alguns nós vão atando mais do que o que suporíamos, não desatando nada.
Outros há que, apesar de absurdamente intrincados, vão desatando os embrulhos
que nos são deixados à porta em frias madrugadas. Um constante desembrulhar
de surpresas, algumas delas trazendo uma infindável quantidade de novos nós
para desatar em eternos serões… Um novelo de nós. Uma meada de intrincadas
cadeias de sucessivos laços. Uma tapeçaria cujos liames internos nos parecem
mais mistérios divinos do que fruto de árduo e paciente trabalho. Será necessário,
porém, algum tempo até que consigamos discernir a estranha tipologia dos novos
nós. Alguns serão de atar… outros de desatar. A parte mais difícil é sempre desatar,
exceptuando talvez uma abordagem alexandrina a qualquer Górdio. Esperemos,
então, e façamos as vezes do atador que, perante a circularidade do vincelho, se
limitava invariavelmente… a atá-lo. Ainda por cima e para seu gáudio, em plena
segada, lhe era conferida dose extra de vinho. Tarefa bem mais árdua (e mais seca!)
é a do desatador. Esse sim, coitado, tem trabalho solitário e em dobro. E, ainda por
cima, sem vinho…
a qualquer receita. E muito bom para os hipertensos.
João Nuno Gusmão
(In NET)
Para a História da 1ª República em Montalegre
A partir do princípio de
29 do corrente mês, tendo
evitado a falsa informação dada
Caldas deixou testamento com
conhecimento de que o Ex.mo
a V. Ex.ª pelo mesmo Ex.mo
vários legados e deixa a terça
Agosto,
A Força dos
Governador Civil do Distrito
Governador Civil, e resolve
parte da herança para criação
a
Administradores
informou V. Ex.ª de que o
levar o seu protesto junto de
duma casa de beneficiência em
precedência sobre as demais.
actual
deste
V. Ex.ª confiada em que se não
Montalegre»
A possível participação de
Montalegre,
demorará em fazer substituir
O Montalegrense de 13 de
protestos contra a máscara
Alfredo Quina Falcão, não seria
o actual administrador, que
Agosto transcreve na íntegra o
com que pretendem disfarçar-
substituido por exercer o lugar
servilmente
às
testamento feito pelo falecido
se a quase totalidade dos
a contento de todos os partidos,
ordens
do
Vitor
Dr. António Joaquim de Morais
administradores dos concelhos.
resolveu
Branco,
pernicioso
(...)
tal informação, poquanto o
referido
(Continuação do n.º anterior)
Por todo o país surgem
administrador
concelho
de
obedece
bacharel
tiveram
Portugal no conflito era motivo
de preocupação geral.
O Montalegrense noticia
sem crenças políticas, mas
ele se vê quanta simpatia lhe
dia 20 de Agosto com uma
pelo
aproveitando-se dos elementos
mereciam as crianças, essas
desenvolvida
faccioso,
do governo para conseguir
flores da inocência que ao
terminando por informar que
não quis deixar passar sem
se incompatibilizou com os
satisfazer as suas vinganças e
desabrocharem para a vida se
o sr. Presidente do Ministério
protesto a afirmação feita pelo
evolucionistas,
os seus interesses pessoais.
encontram sem uma haste que
foi
apresentar
sr. Governador Civil relativa
elemento
as defenda (...) Também ao
sr.
Cardeal
ao extra-partidarismo do sr.
concelho.
ilustre morto não esqueceram
falecimento do Papa.
A
do
Comissão
Partido
Municipal
Evolucionista
seu
administrador,
procedimento
que
são
preponderante
o
no
cacique,
Montalegre, 30 de Julho de
1914
Quina, dirigindo ao Ministro do
Fazendo justiça à boa fé
Interior a reclamação seguinte:
do Ex.mo Governador Civil,
acrescenta:
Guerra
sobre
a morte do Papa Pio X no
contra
e
Grande
notícias
“Por
protestar
Caldas
as
os velhos (...)
biografia,
pêsames
Patriarca
ao
pelo
Em 10 de Setembro noticia
Sublime obra praticou pois
que já foi eleito o novo Papa
Em 30 de Julho é noticiado
aquele que em vida se chamou
que tomou o nome de Benedito
se deixou iludir por qualquer
o falecimento, na cidade do
António Joaquim de Morais
XV.
informador pouco escrupuloso,
Porto, do Professor Doutor
Caldas, e que Montalegre deve
Comissão Municipal
lamenta a Comissão que não
António Joaquim de Morais
orgulhar-se
do Partido Evolucionista de
tivesse sido ouvida, como era
Caldas. Acrescenta que:
dentro dos seus muros”
Montalegre, em reunião de
natural, porque assim se teria
que,
Ex.mo
Sr.
Ministro
do
Interior
A
muito
provavelmente,
«Consta que o Dr. Morais
MAPC
de
ter
nascido
(Continua no ano de 1914)
José Enes Gonçalves
Barroso
Noticias de
31 de Março de 2016
7
POLITICAMENTE FALANDO
1. A “SOCIAL-DEMOCRACIA” DE PASSOS COELHO, É SÊLO DE GARANTIA DE ANTÓNIO
COSTA!...
Domingos Chaves
Pedro Passos Coelho, eleito
recentemente Presidente do
PSD por mais dois anos - talvez
imbuído pelo ideário do novo
Presidente da República, ao
afirmar em campanha situar-se
politicamente à “esquerda da
direita” com os resultados que
se conhecem - apresentou-se às
directas do Partido com o slogan
“social-democracia
sempre”,
quando em boa verdade tal
desiderato é “alcatifa” que desde
há muito tempo deixou de pisar .
Quem anda nestas coisas
da politica ou se interessa
minimamente pela Ciência que
a envolve, para além de saber
que assim tem sido durante o
seu reinado, sabe também que
a social-democracia foi desde
sempre uma ideologia política
de centro-esquerda, e que o
seu grande inspirador foi Karl
Marx, esse “demónio” que
hoje assombra os “direitolas do
partido” que o sendo, procuram
fingir que o não são. Escusado
será portanto alguém vir com
conversa fiada prometendo
“novos mundos ao mundo”,
ou com teorias de uma ou mais
interpretações, desvalorizando
até o pensamento de Francisco Sá
Carneiro de que “a politica sem
ética é uma vergonha”, porque
isso é pura manipulação de
conceitos.
Ainda assim, a grande ilação
a retirar destas directas que
reelegeram Pedro Passos Coelho, é
que tiveram uma enorme virtude:
rubricaram o sêlo de garantia da
governação da “geringonça” como depreciativamente alguns
chamam ao Governo de António
Costa, apoiado no Parlamento
pelos Partidos à sua esquerda pelo menos para a legislatura.
É que perante este facto,
nem o Bloco de Esquerda, nem o
PCP ou os Verdes, negarão o seu
apoio ao Partido Socialista, tendo
como alternativa de Governo o
PSD de Passos, ainda que só ou
acompanhado pela “estagiária”
Cristas, que igualmente se
prepara para ascender ao trono
do CDS. Quer isto dizer que o
exemplo de 2011 não se repetirá,
e não será portanto pelo lado da
política interna, que a “alternativa
pafiana” agora rebaptizada,
chegará ao poder.
Ora tendo em conta que o
novo Presidente da República
também não morre de amores
por Passos Coelho, restará a este
para que os seus designios se
cumpram, a alternativa do golpe
dos mercados - aumento dos juros
da dívida pública para valores
insuportáveis, ou do Eurogrupo.
Só que também aqui as coisas não
estarão do seu lado!... Abrir uma
crise política em Portugal a que
Marcelo é avesso, e no momento
actual em que a Europa do euro
se vê envolvida com várias
crises graves em simultâneo,
designadamente a dos refugiados
e a da estagnação económica,
não será por isso do agrado do
dito Eurogrupo por mais que lhe
desagrade o Governo de António
Costa, contribuir para qualquer
devaneio. Mas vamos até admitir
que por qualquer motivo a
Comissão Europeia e o BCE,
através da subida dos juros da
dívida, gerem uma crise política
no país que leve à dissolução
do Parlamento e a novas
eleições!... Nestas condições,
como poderá Passos Coelho
estar seguro de uma vitória com
maioria parlamentar?!... O que
é que o PSD ou o CDS têm para
oferecer aos portugueses para
além de austeridade e do seu
agravamento, ou do discurso das
“contas certas” - outra das ficções
propagandeadas por esta direita
neo-liberal que durante os quatro
anos e meio da sua governação
não acertou em qualquer dos
índices económicos e financeiros
a que se comprometeu com
Bruxelas?!....
Por outro lado, se é certo que
o Governo de António Costa não
acabou com a austeridade, pelo
menos fez o mais importante:
travou-a, e os portugueses estão
agora seguros que o seu salário
ou as suas pensões e reformas não
vão ser diminuídas a qualquer
momento. Ganharam alívio,
e uma tranquilidade nas suas
vidas que as recentes sondagens
não desmentem, ao contrário do
permanente desassossego em
que viveram durante o anterior
Governo.
Resumindo e concluindo:
todos os factos referidos são pois
inquestionáveis, e sendo assim,
é exactamente em função dos
mesmos, que a “governação
pafiana” irá permanecer no
“exílio” ainda por muito tempo.
Um futuro que lhe foi agora
sentenciado por 95% dos votos
dos militantes do PSD que
decidiram ir às urnas e reeleger
Passos Coelho como seu líder.
Talvez os que ficaram em casa,
apercebendo-se de que a mesma
água não passa duas vezes por
baixo da mesma ponte, e de
que o “chefe” já não fáz parte
da solução, tornando-se isso sim
numa espécie de nó górdio do
problema, se preparem para a
médio prazo, darem “novos rumos
ao mundo”. Definitivamente,
Passos não consegue assumirse como adversário politico de
Costa. E não consegue, porque
em política o que parece é,
embora esta frase nem sempre
possa ser classificada como
verdadeira. Ou dito de outro
modo: a verdade em política
depende das circunstâncias.
2. UM PRESIDENTE
QUE SE FOI, E
OUTRO QUE
CHEGOU...
Anibal
Cavaco
Silva
terminou o seu mandato
presidêncial, como tendo sido
o mais impopular Presidente da
democracia portuguesa. Alguns
milhões de cidadãos ter-seão sentido aliviados depois de
um longo tempo presidencial
marcado pelo sectarismo, pela
arrogância e pela insensibilidade
social e mediocridade cívica.
Outros nem tanto, e não deixam
de argumentar, que Cavaco agiu
sempre em defesa do interesse
nacional. São ambas opiniões
obviamente respeitáveis, muito
embora se possa questionar das
razões pelas quais um político
a quem o país deu quatro
maiorias absolutas, acaba com
a popularidade mais baixa
comparativamente a qualquer
outro Presidente no final do seu
mandato. E sendo assim, ou ele
se enganou, ou foi o eleitorado
que se equivocou. A História,
ponderadas as suas virtudes e os
seus defeitos, encarregar-se-à de
lhe fazer a devida Justiça.
Há situações porém, que
analisadas ainda que à “vista
desarmada” deixam poucas
dúvidas!... Ao longo dos seus dois
mandatos, Cavaco Silva nunca
foi capaz de fazer um discurso
cultural, nem soube revelar
preocupações com a pobreza
ou com as desigualdades.
Ostracizou Salgueiro Maia,
enquanto em sentido inverso
distinguiu um ex.agente da
PIDE/DGS; faltou ao funeral de
Saramago; disse que o BES não
corria riscos; condecorou todo
o “bicho careto”, mas ignorou
figuras distintas da cultura do país
e particularmente o “nosso” padre
Lourenço Fontes e os apêlos dos
deputados transmontanos do PS e
PSD para a sua distinção. Apesar
disso, nunca se cansou porém, de
dizer sobre tudo e mais alguma
coisa, que já tinha avisado. Foi
uma pena que durante os cerca
de dez anos no mais alto cargo
da nação, não tenha optado
por ser o Presidente de todos os
portugueses e colocado de lado
as suas questiúnculas pessoais
e politicas. Ao fazê-lo, não
percebeu ou não quis perceber a
sua função de garante da unidade
e da coesão nacional.
Em jeito de “cereja no topo do
bolo” e já a meio do seu segundo
mandato, não se inibiu de assistir
passivamente à intervenção da
Tróika; não teve uma palavra de
conforto para com as vítimas da
austeridade,
preocupando-se
apenas em fazer contas e verificar
se a sua reforma e a da Maria
eram suficientes para cobrir as
suas despesas; não teve uma
palavra para com os milhares de
jovens que foram obrigados a
emigrar; e já na parte final, não
hesitou mesmo em “empunhar” a
bandeira do seu Partido, fazendo
tudo para não empossar o actual
Primeiro-Ministro.
Mas como águas passadas
não movem moinhos, agora
temos Marcelo Rebelo de
Sousa!... Uma figura que tive o
prazer de conhecer em 1989 na
Faculdade de Direito de Lisboa,
e que por via de tal me permite
desde já afirmar, ser um homem
que se revela em tudo, diferente
de Cavaco. Entra de mãos livres
e com escassa dependência
partidária, o que lhe confere uma
maior responsabilidade. Dele
se espera que em Belém saiba
ouvir e seja capaz de refrear
o estilo impulsivo que tanto o
caracteriza. O seu “percurso
limpo” é uma mais valia e o
programa oficial que delineou
para a tomada da posse aliado
à decisão de em conjunto com
o Governo ter decidido dividir
as comemorações do Dia de
Portugal e das Comunidades entre
Lisboa e Paris, onde se pretende
encontrar com a comunidade
portuguesa ali radicada, auguramlhe um bom inicio. Desprovido
de preconceitos, irá mostra-nos
com alguma clareza que ao
longo do seu mandato priviligiará
o estilo dos afectos e de alguma
proximidade, principios sempre
distantes do seu antecessor.
Com todas as suas vantagens e
desvantagens, tal postura servirá
no mínimo para logo de inicio
marcar as respectivas diferenças.
Que seja feliz e tenha muita
sorte. Portugal precisa mesmo
que tenha muita sorte, e se como
nos vem dizendo conseguir levar
a coisa com afectos, já será muito
bom. Aguardemos para ver...
(Texto escrito segundo a
antiga ortografia)
8
Barroso
Noticias de
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31 de Março de 2016
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Barroso
Noticias de
31 de Março de 2016
9
Montalegre promoveu reunião com
agentes da Proteção Civil
Teve lugar no salão
nobre
da
uma
reunião
trabalho,
autarquia,
de
pode quem precisa estar
em todas as entidades
o que foi decidido para
importantes: o primeiro
os turistas poderão fazer
mais seguro. É, também,
presentes, «em resolver
os
é
as
o seu registo e, em tempo
responsabilizar
e criar uma estrutura
envolvidos: «as Câmaras
comunicações cheguem
real, se saiba quantas
Municipais ficaram com
às cúpulas da Autoridade
a
Nacional,
pessoas estão na serra,
quem
outros
parceiros
fazer
com
que
convocada
prevarica. A impunidade
funcional
pelo vice-presidente do
e o laxismo têm que
diferente
município, David Teixeira
terminar sob pena de
vem sendo a prática». A
negociar com o ICNF
necessidade do reforço
(responsável pelo pelouro
ninguém
entender.
ideia é minorar riscos e
(Instituto de Conservação
da rede dentro destas
da Proteção Civil), com o
Estas notas serviram de
proteger quem trabalha,
da
zonas
fim de debater a gestão
mote
no
Florestas) e com as redes
vão fazer o mapeamento
de
no
de
trabalho,
necessita. David Teixeira
de
das
da
no
salão
acessibilidades
Parque
Nacional
se
para
a
reunião
ocorrida
totalmente
daquilo
socorro
que
a
quem
responsabilidade
Natureza
e
operadores
de
das
de
(os
“áreas
onde
há
a
bombeiros
sombra”)...
em que momento entram
e saem, no fundo, que,
em tempo real, todos os
agentes de Proteção Civil
possam aceder a este
nobre
da
lembra que «a maioria
telemóveis, no sentido
a ver se a Autoridade
conjunto de informações
Municipal
de
dos
de escolherem a rede
Nacional
pode
fazer
para poderem atuar em
algum
investimento
conformidade. As redes
Peneda-Gerês
(PNPG);
Câmara
resgate
pessoas:
Montalegre, cujos temas
pura inconsciência dos
que
comando/liderança,
não se restringiram à
praticantes». Uma «falta
para a “rede-rádio” da
na
responsabilidades,
esfera local e regional. Em
de
responsabilidade
Proteção Civil; o ICNF, a
repetidores. O segundo é
integradas
neste
novo
custos,
de
cima da mesa estiveram
de
sentido
risco»
GNR e os GIPS ficaram
articular todos os meios
“Portugal
20-20”
para
atuação e corredores de
problemas que mexem
que urge corrigir. Nesse
com a incumbência de
(autarquias,
emergência, entre outros.
com todo o território
sentido, foi distribuído
Civil) para aquilo que
aumentar a cobertura de
fazer o benchmarking,
Das várias considerações
nacional e que «serviram
uma espécie de “caderno
na área das regras e uso
é a grande decisão de
analisadas, destaque para
para as várias entidades -
de encargos” a todas as
da
todas
a elaboração de um plano
que têm responsabilidade
entidades envolvidas na
-
como
elaboração de um plano
operacional para o PNPG.
na área da Proteção Civil
reunião.
sendo,
exemplo a Serra da Estrela
operacional para o PNPG;
Dentro de um mês, o
e Socorro - perceberem
o responsável do INEM,
e a ilha do Pico (Açores)
a ADERE-PG, com o novo
grupo volta a reunir para
que têm que interagir, que
Rui Rocha, ficou com o
-;
quadro
apresentar o “trabalho de
os desafios são cada vez
fito de «fazer chegar às
operacionais
casa” escalonado neste
maiores e que o número
chefias,
Real e Braga, ficaram
onde será pensada uma
encontro.
de
de
com dois desafios muito
plataforma digital onde
O
de
estratégias
lema
é
olhar
ocorrências
dentro
incidentes
de
Assim
a
são
e
necessidade
equipamentos
de
do Parque Nacional da
proteção individual para
para o território de uma
Peneda-Gerês
(PNPG)
os seus membros; criar
outra forma. É pegar,
será cada vez maior», eis,
mochilas para transportar
por exemplo, nas novas
em síntese, o motivo deste
os
tecnologias e dar-lhes uso.
encontro assim explicado
socorro
É saber que o conceito
por
montanha»,
de defesa do próximo
atual vice-presidente da
responsável pela pasta
está alterado. A mudança
Câmara de Montalegre e
da
de
grande responsável por
concelho. O também vice-
esta convocatória.
presidente da edilidade
paradigma
obriga
os agentes da proteção
David
Teixeira,
civil a unir esforços. Só
O autarca destacou
com trabalho de rede
a «vontade» que sentiu,
equipamentos
em
Proteção
barrosã,
de
meio
de
conta
o
Civil
reforçou
do
o
depoimento ao enumerar
servirá
de
animação
foram
os
base
turística
dados
comandantes
de
Vila
irá
colocação
as
definir
de
Proteção
entidades...a
comunitário,
um
plano
de telemóveis estão a ser
rede; por fim, foi colocado
ao ICNF a possibilidade
de definir “corredores de
socorro” onde possam ter
acesso apenas viaturas
autorizadas, no âmbito
de ações de socorro».
In cm-montalegre.pt
10
Barroso
Noticias de
31 de Março de 2016
Instituto dos Registos e do Notariado
Conservatória dos Registos Civil, Predial e
Cartório Notarial de Montalegre
SBA
NOTARIA
Susana Barros Ribeiro
EXTRATO
Certifico para efeitos de publicação que, por escritura de 15 de março de 2016, lavrada na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório
Notarial de Montalegre, a cargo da Licenciada Maria Carla de Morais Barros Fernandes, Adjunta de Conservador em substituição legal e em exercício
de funções notariais, exarada a folhas 73, do livro 983-A, o Reverendo Padre João Batista Branco Alves, solteiro, maior, natural da freguesia da Chã,
deste concelho, onde reside no lugar de S. Vicente, na qualidade de representante da FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DA FREGUESIA DE
MORGADE, concelho de Montalegre, com sede na dita freguesia de Morgade, Entidade Equiparada a Pessoa Coletiva número 503 506 525, declarou:
Que, por escritura outorgada no Cartório Notarial de Montalegre no dia vinte e seis de março de dois mil e oito, exarada a folhas setenta e seguintes,
do respetivo livro novecentos e cinquenta – A, a sua representada Fábrica da Igreja, justificou a seu favor o prédio urbano situado em SÃO DOMINGOS,
na freguesia de Morgade, concelho de Montalegre, composto de capela e armazém, inscrito na matriz sob o artigo 340, ainda por descrever nesta
Conservatória do Registo Predial, naquela escritura melhor identificado.
Foi já feita no Serviço de Finanças a necess+aria correção, relativamente ao logradouro.
Assim, para dar cumprimento aos autos de Ação Popular com o número 104/08.ITBMTR, cuja sentença transitou em julgado no dia quinze de janeiro
de dois mil e dezasseis, RETIFICA aquela escritura, no sentido de que o prédio justificado tem a seguinte composição:
- Prédio urbano situado em SÃO DOMINGOS, composto de capela e armazém, com a superfície coberta de cento e oito, vírgula, quarenta e sete
metros quadrados, e logradouro com a área de seis mil e quinhentos metros quadrados, a confrontar do norte, sul, nascente e poente com o baldio, inscrito
na matriz sob o artigo 340.
Que mantém em tudo o mais o que da escritura retificada consta.
Está conforme.
Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, 15 de março de 2016
O 1.º Ajudante,
(Ilegível)
O Conta:
Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €
São: vinte e três euros
Conta registado sob o n.º 109
Notícias de Barroso, n.º 490, de 31 de Março de 2016
AGRADECIMENTO
JOSÉ MANUEL DIAS DOS REIS
(TORGUEDA - MONTALEGRE, 70 ANOS)
JUSTIFICAÇÃO
Certifico, para efeitos de publicacão, que por escritura de justificacão lavrada a 18 do
corrente mês, neste Cartório Notarial de Susana Barros Ribeiro, na vila de Ponte de Lima,
a folhas 76 e seguintes, do livro de notas, para, escrituras diversas, n. º 183-A, LÁZARO
SERAFIM AFONSO DA COSTA, solteiro, maior, natural da freguesia de Cabril, do
concelho de Montalegre, e nela residente na Rua da Asnela, N.º 1, Fafião declarou:
- Que é dono e legítimo possuidor, com exclusao de outrem, do seguinte imóvel,
inscrito na respectiva matriz em nome de Maria da Conceição Costa Afonso Crisante:
- PRÉDIO URBANO, composto de casa de habitacão de rés-do- chão e primeiro
andar, sito em Eira da Cancela, lugar de Fafião, da freguesia de Cabril, concelho de
Montalegre, com a superficie coberta de vinte e nove virgula cinquenta metros quadrados,
a confrontar do norte com rua pública, do sul com caminho, do nascente com eira comum
e do poente com Amena de Jesus Martins; omisso no Registo Predial e inscrito “na
respective matriz predial urbana sob o artigo 837, com o valor patrimonial de três mil
setecentos e cinquenta e dois euros e cinquenta e oito cêntimos.
- Que aquele imóvel veio à sua posse cerca do ano de mil novecentos e noventa e dois,
por doação, meramente verbal, feita por seus pais, a referida Maria da Conceicao Costa
Afonso Crisante e Domingos Pires da Costa, ele falecido em Outubro de mil novecentos
e noventa e três, com residência na freguesia de Ferral, concelho de Montalegre, e ela
residente na freguesia de Freixiel, concelho de Vila Flor.
- Que há mais de vinte anos se encontra o justificante na posse e fruição deste imóvel,
exercendo sobre ele todos os poderes de facto inerentes ao direito de propriedade, na
qualidade de seu dono, como coisa sua e nessa convicção, nele habitando sem o pagamento
de qualquer renda, fazendo obras de conservação e limpeza, usufruindo de todas as
utilidades possiveis, em nome próprio e sem oposição de ninguém, pelo que exerceu
uma posse de boa fé, pacifica, continua e pública, sem interrupção e ostensivamente, com
conhecimento de toda a gente, adquirindo o seu direito por USUCAPIÃO.
- Que, não tendo possibilidade de o comprovar pelos meios extrajudiciais normais,
o justifica para fins de primeira inscrição, a seu favor, na respectiva Conservatória do
Registo Predial.
A família de JOSÉ MANUEL DIAS DOS REIS “Viage”, vem por este único
meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam em atitudes de
generosa e amiga solidariedade tanto nas cerimónias do funeral e seu
acompanhamento até ao cemitério como na missa de 7.º dia realizada na igreja de S. Vicente.
Agradece ainda a todas as pessoas que, impossibilitadas de participar nas cerimónias fúnebres, se lhes
dirigiram com sentimentos de amizade e de pesar.
Está conforme.
A todos MUITO OBRIGADO!
Notícias de Barroso, n.º 490, de 31 de Março de 2016
A Família
Barroso
Noticias de
1-Assinaturas
Os valores das assinaturas são os seguintes:
Nacionais:20,00 €uros
Estrangeiras:
Espanha30,00 €uros
Resto da Europa e Mundo
35,00 €uros
2 – Serviços:
Extracto de 1 prédio
35,00 €uros
Agradecimento por óbito 20,00 “
Agradecimento s/foto 20,00 “
Publicidade 1 P200,00 “
3 – Pagamentos
As assinaturas podem ainda ser liquidadas directamente em Montalegre ou através do envio de cheque ou vale
postal em €UROS passados à ordem do Notícias de Barroso ou por transferência Bancária para a CO em nome de Maria
Lurdes Afonso Fernandes Moura, usando as referências seguintes:
- IBAN: PT50 0079 0000 5555 148910127
- SWIFT/BIC: BPNPPTPL
Na etiqueta da direcção do seu jornal pode ver a data de pagamento (PAGO ATÉ...). Se entender que não está certa,
contacte-nos (00351 91 452 1740)
3 – Informação
Atenção aos srs. Assinantes que optarem por fazer transferências bancárias dos valores das assinaturas ou outros:
Do pagamento efectuado devem avisar a administração do jornal ou através do próprio Banco ou por mail
[email protected] ou por telefone. Isto porque o Banco que transfere o dinheiro e até o próprio talão
comprovativo da transferência que dá o Banco não indicam dados do assinante pagador. Como consequência, não se
registam os pagamentos destes assinantes.
Ajude-nos a fazer um jornal ainda melhor.
Cartório Notarial de Susana Barros Ribeiro, na Rua Dr. Luis Gonzaga, Ponte de Lima,
vinte e quatro de Março de dois mil e dezasseis.
O Colaborador,
João do Nascimento Pereira da Silva
Barroso
Noticias de
31 de Março de 2016
11
Diálogos Imprevistos
Pe Vítor Pereira
O jantar tinha decorrido
com serenidade, em amena
cavaqueira, comentando-se de
tudo um pouco, desde a política
ao futebol, de vez em quando
avivada por uma piada oportuna,
que fazia nascer sorrisos nos
rostos dos comensais, em
alguns sonoras gargalhadas.
Já refastelados nas cadeiras
robustas, a maioria com as faces
rubicundas, a atestarem o opíparo
pitéu que foi servido, o chefe da
casa, que reverentemente ficou
na cabeceira da mesa, sugeriu:
- Vai agora um chupito para
a malta?
- De preferência uma
velhinha, e já cá devia estar resmungou alguém do meio
da mesa, piscando o olho e
acotovelando
levemente
o
comparsa da direita.
Depois do primeiro trago,
retomámos
as
conversas
soltas, que ainda aguçavam a
conversação. À minha frente
ficou um senhor, aí com setenta e
tal anos, calvo até às orelhas, com
barba grisalha farta, de voz suave
e aragem espirituosa, que quando
falava todos prestavam atenção.
Reverente e sibilino, continuou:
BOTICAS
Presidente da Câmara
reuniu com responsáveis dos
CTT
Atendendo às dificuldades e
problemas que se têm registado
nos últimos tempos com os
serviços prestados pelos CTT,
nomeadamente ao nível dos
atrasos na distribuição de
correspondência no concelho, o
Presidente da Câmara, Fernando
Queiroga, reuniu, dia 16 de
Março, com o responsável da
Área de Operação Norte dos CTT,
José Manuel Miranda, dandolhe conta desses problemas e
das preocupações manifestadas
pelos botiquenses face ao serviço
prestado pelos correios.
O responsável dos CTT
garantiu que irão ser tomadas
todas as providências no sentido
de que os problemas possam ficar
debelados já a partir do início da
próxima semana, assegurando
que no concelho de Boticas
não se continuem a registar
atrasos tão grandes na entrega da
correspondência.
Protocolo de colaboração
com a UTAD no 30º
aniversário da Universidade
Fernando
Queiroga,
participou hoje no programa
- Pois é, pois é, a nossa
democracia, se não arrepia
caminho, entra em decadência, se
já não está. Noto que a qualidade
dos nossos políticos tem vindo a
diminuir, os bons não estão para
aturar o povo, que se habituou
sempre erradamente a falar mal
dos políticos, os medíocres e
oportunistas lá arranjam um
cursito e vão se safando…
- Rouxinóis e melros de
horta sem pauta nunca faltaram
- acrescentou o magricelas, de
nariz aquilino e cabelo curtinho,
que estava à sua esquerda, com
olhos semicerrados.
-Bem – continuou - os
interesses tomaram conta dos
partidos, que pura e simplesmente
fazem campanhas para tomar o
poder, mas depois preocupamse com a agenda dos interesses
partidários e das sedentas
clientelas, ter emprego e manter
privilégios tornou-se prioridade
em vez de se servir o povo com
dedicação e competência, há
uma torpe promiscuidade entre
politica e negócios, há um
preocupante decréscimo moral
e cívico, em que cada um se
procura safar segundo a lei do
menor esforço, sem olhar a meios,
sem qualquer preocupação pelo
bem dos outros e do bem comum,
a honra e a probidade estão
quase esquecidas. Não acredito
numa vida individual e social
sem valores, sabe. O pior que
nos pode acontecer é deixarmos
imperar o reino do vale tudo.
Nada disto era novo, mas
como persistia a olhar para mim,
fui tentado a intervir:
- O poder e os seus vícios
serão sempre sedutores e
polémicos e não há regimes
perfeitos - redargui eu, com voz
professoral e mão no queixo.
- Mas sabe, senhor padre
– continuou o senhor da barba
grisalha – o que mais me custa é
o desperdício de possibilidades e
oportunidades que temos à nossa
frente. Quando vivíamos em
ditadura, quantos lamentos não
escutei de que não se podia fazer
isto ou aquilo, ser isto ou aquilo,
que podíamos ser outro país, com
mais liberdade, justiça, igualdade,
educação, paz, proclamámos que
nos uniríamos para construirmos
um país desenvolvido e moderno
e já lá vão quarenta anos de
democracia e somos um país
permanentemente adiado, não
nos conseguimos unir a sério,
nem instaurar um desígnio para
darmos um rumo certo ao país.
- Já reparou - argumentei eu,
pensativo - que quando se vive em
guerra ou ditadura, em que há um
inimigo que está bem definido, é
mais fácil mobilizar as pessoas?
Quando cessam os bichos papões
e as ameaças e regressa a paz e
a liberdade, ficamos um pouco
perdidos sem saber o que fazer
com elas. Mobilizar as pessoas
para um fim nobre torna-se uma
tarefa hercúlea. Infelizmente,
acabamos por estragar tudo,
deixando prevalecer o regime
dos interesses e a libertinagem,
que não é liberdade.
- Todos querem fazer grandes
coisas, mas no fim queremos
sempre caminhos fáceis e que
sejam os outros a tomar a dianteira
– prosseguiu. Outra coisa que me
custa muito é ver agora alguns
figurões, que noutros tempos
foram lambe-botas e sabujos da
ditadura, a alardear o seu amor à
democracia e à liberdade e com
que destreza o fazem. Claro: as
ideias e as convicções compram-
se e vendem-se, não é verdade?
O que importa é estar sempre
perto do poder, para que os seus
mui nobres interesses não fiquem
adiados. E a Igreja, que me diz da
Igreja? Não lhe parece estranho
um Papa tão consensual?
- É um bom Papa – respondi
eu – trouxe de novo o Evangelho
para o centro da vida da Igreja
e está-se a impor pela sua
simplicidade, proximidade e
frontalidade.
- Um Papa tem de ser alguém
que nos ponha a pensar e não
só alguém que nos impressione
pela candura dos seus gestos
e palavras, embora também
seja importante – ripostou.
Acho que a Igreja deitou fora
depressa de mais o inferno. Boa
parte da minha catequese e da
minha prática cristã nasceu do
medo do inferno, com que nos
aterrorizaram na infância e na
adolescência. O padre da minha
terra até era bom homem, mas os
seus sermões eram medonhos.
Se aquilo era Boa Nova… Bem,
agora parece que se passou para o
oitenta, Deus perdoa tudo, Deus
é só misericórdia. Não acredito
na misericórdia sem exigência
e emenda e de certo que vai ter
de haver justiça. Se assim não for,
deixamos de levar a vida a sério.
O que o inferno nos ensinava
era que na vida não vale tudo,
é preciso viver com exigência
ética e moral. Um homem sem
ética não vale nada. De vez em
quando ainda gosto de ir à Igreja,
porque acredito em Deus e tenho
necessidade de pensar.
- Talvez se tenham cometido
alguns excessos, é verdade –
retorqui - e convém lembrar que
a misericórdia de Deus, de facto,
exige conversão e compromisso.
Fico admirado é que, de facto,
nos tempos em que se exagerava
a falar de pecado e inferno e
se propunha uma disciplina
rigorosa, as igrejas estavam
cheias, agora que se acentua
mais, e bem, a dimensão amorosa
e misericordiosa de Deus,
parece que estamos a relaxar no
cumprimento dos nossos deveres
e na exigência moral. O deus do
medo parece sobrepor-se ao deus
do amor.
- Vocês, padres, nas homilias,
falam muito da fé, e não tenho
dúvidas de que muitas pessoas
vão à igreja porque têm mesmo
fé, mas há três causas que têm
muita força na prática religiosa: o
medo, a necessidade e o consolo,
não esquecendo também o ir
com os outros.
- Em parte concordo –
redargui – basta ver que, em
tempos de guerra ou penúria,
aumentam os fiéis.
- Não defendo que falem do
inferno como no meu tempo, mas
vão lembrando às pessoas que,
de certo, existe e que a vida não
poderá deixar de ter um crivo, um
dia. Há um sério problema ético
e uma falta de respeito pelo ser
humano atualmente, que é de
bradar aos céus. Face aos níveis
de devassidão e imoralidade a
que estamos a assistir, penso que
não será demais lembrar que
vamos ter de prestar contas.
- Só mais um chupito para
irmos embora? – propôs o chefe
da casa.
- Nem mais - anuiu um
cinquentenário, que tinha estado
impávido e sereno.
Boa noite, meus senhores.
Até outro dia.
comemorativo
Integrado nas comemorações
do 30º aniversário da Universidade
de Trás-os-Montes e Alto Douro
(UTAD), cujas cerimónias foram
presididas pelo Secretário de
Estado Adjunto e do Ambiente,
José Mendes, e pelo presidente
da CCDRN, Emídio Gomes, o
município de Boticas assinou
com a UTAD – representada pelo
seu reitor, António Fontainhas
Fernandes - um protocolo de
colaboração que visa a prestação
de consultoria e apoio técnico
nas várias áreas do conhecimento
e investigação desenvolvidas
por aquela instituição de ensino
superior.
De resto, a autarquia foi
uma das 30 autarquias do norte
e centro do país a proceder à
assinatura deste protocolo, que
visa uma colaboração e maior
aproximação entre o Poder Local
e o conhecimento científico e
académico, já que a UTAD possui
reconhecidamente competências
na área da investigação e formação
em áreas fundamentais para apoiar
a conceção e implementação
de estratégias de promoção e de
desenvolvimento do Município,
assegurando o acompanhamento
científico e técnico dos projectos
a desenvolver, atendendo também
ao conjunto de oportunidades
que o novo Quadro Estratégico
Comum (QEC) apresenta e que
o Município de Boticas pretende
aproveitar para potenciar o
desenvolvimento económico e
social do seu território.
Municipal, a entrega de mais uma
prestação das 30 bolsas de estudo
destinadas aos jovens do concelho
que frequentem o Ensino Superior.
A entrega foi feita pelo
Presidente da Câmara Municipal,
Fernando Queiroga, que destacou
a importância que este apoio
tem para cada um dos jovens
estudantes.
“O nosso objetivo passa por
aliviar, através da atribuição destas
bolsas, os encargos que os pais
têm com os filhos.”, acrescentou
o autarca.
Recorde-se que o valor total
da bolsa atribuída a cada um dos
estudantes é de 1000 euros por
ano letivo sendo que, no próximo
ano, a atribuição da bolsa deixará
de ser faseada e será feita através
de transferência bancária, como
comunicou o Presidente da
Câmara.
Dia Internacional da Mulher
Foi comemorado, um pouco
por todo o concelho de Boticas,
o Dia Internacional da Mulher
que se celebra, anualmente, a
8 de março. À semelhança dos
anos anteriores, as mulheres
botiquenses reuniram-se para
assinalar a data.
Foi em ambiente de alegria,
elegância, boa disposição e união
que as mulheres botiquenses
celebraram este dia. Realizaramse diversos jantares e convívios em
várias localidades do município
barrosão, o que permitiu a
participação de um vasto número
de mulheres.
O Presidente da Câmara não
deixou passar a data em branco
e homenageou as mulheres do
concelho oferecendo, a cada uma
delas, uma flor com uma pequena
mensagem alusiva a este dia tão
especial e único.
Entrega de Bolsas de Estudo
aos alunos do Ensino
Superior
Decorreu,
na
passada
segunda-feira, dia 28 de março,
no Salão Nobre da Câmara
12
Barroso
Noticias de
31 de Março de 2016
XVII Congresso Federativo do PS Inteligentes ou ignorantes?
Decorreu em Montalegre
no passado dia 19 de Março, o
XVII Congresso Federativo.
Neste
congresso
foi
amplamente
debatida
e
aprovada, por unanimidade, a
moção de orientação política
“Tempo de Construir” cujo
primeiro subscritor é Francisco
Rocha, Presidente da Federação
Distrital. Esta moção quer
afirmar-se como um projeto
político diferenciador, um
novo caminho, empreendedor,
de futuro e que posicione o
Distrito deVila Real no contexto
nacional e internacional. Na
reunião magna dos socialistas
do distrito ficou patente um
Partido coeso, mobilizado,
renovado, plural e solidário
e cujo objetivo é vencer as
próximas eleições autárquicas.
O Presidente da Comissão
Organizadora do Congresso,
Fernando
Rodrigues,
no
decorrer da cerimónia de
abertura salientou a honra e
o privilégio do Concelho de
Montalegre em ser anfitrião
deste evento e o facto de ser
essencial olhar para esta parte
do território auxiliando a
valorização e o relançamento
da sua economia.
Neste congresso federativo
foram ainda eleitos os novos
órgãos distritais com uma
votação de cerca de 90%,
sendo que Alexandre Chaves
presidirá à Mesa da Comissão
Política da Federação Distrital.
Por seu lado, João Noronha
de Carvalho, passará a
dirigir a Comissão Federativa
de Jurisdição, e Emanuel
Rodrigues Costa presidirá
à Comissão Federativa de
Fiscalização Económica e
Financeira.
Ao longo do congresso foi
percetível a preocupação com
as pessoas e com o território
sendo por isso imprescindível,
de acordo com os dirigentes
socialistas,
definir
novas
políticas que possam alicerçar
as
gerações
vindouras.
Foram discutidas as linhas
prioritárias de atuação: o PS
e o novo projeto governativo,
a competitividade, a coesão
territorial, a coesão social, o
Ciclo Autárquico 2017/2021,
e um Partido preparado para
o combate político. Como
salientou Gilberto Igrejas no
decorrer da apresentação
da moção de estratégia, terá
de existir um esforço de
mobilização constante no
trabalho político e na relação
com os cidadãos, que deve
estimular todos os militantes
e simpatizantes no sentido
de continuadamente apoiar e
fortalecer o projeto político de
governação do PS.
No encerramento perante
as centenas de congressistas,
o Presidente da Federação,
socialistas, que defendam e
afirmem intransigentemente
os
respetivos
territórios,
alicerçados numa prática
política
democrática,
solidária, próxima, inclusiva e
participada.”
Francisco Rocha, afirmou que
“Os próximos tempos terão dois
objetivos políticos principais
que queremos alcançar com
êxito: a concretização do
nosso projeto governativo
para a legislatura e as eleições
autárquicas de 2017, com a
manutenção da maioria das
Câmaras Municipais. Para
que estes objetivos centrais
possam
ser
alcançados
é necessário continuar a
construção
de
projetos
políticos credíveis, fundados
nos princípios e valores
Ascenso Simões, em
representação do SecretárioGeral António Costa, encerrou
o congresso com o realce sobre
a qualidade das intervenções
dos quadros mais jovens e
a liderança congregadora
do Presidente da Federação.
Retratou, ainda, a evolução
da estrutura partidária a
nível distrital, defendendo
o caminho de um partido
mais qualificado, plural e
competente.
In cm-montalegre.pt
Conta-se que numa povoação do interior,
nos tempos da monarquia, um grupo de
pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um
pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de
pequenos biscates e esmolas.
Diariamente, chamavam “o idiota” à
taberna onde se reuniam e lhe ofereciam a
escolha entre duas moedas: uma maior de
400 REIS, e outra menor de 2.OOO REIS.
Ele escolhia sempre a moeda maior, a
menos valiosa, o que era motivo de risota para
todos.
Certo dia, um dos membros do grupo
chamou-o e perguntou-lhe se ainda não havia
percebido que a moeda maior valia menos.
«Eu sei - respondeu o tolo - que ela vale
cinco vezes menos, mas no dia em que eu
escolher a outra, a brincadeira acaba e nunca
mais irei ganhar a minha moeda».
Podem tirar-se várias conclusões desta
pequena narrativa.
A primeira: Quem parece idiota, nem
sempre o é.
A segunda: Quem eram os verdadeiros
idiotas da história?
A terceira: Se você for ganancioso, acaba
por estragar a sua fonte de rendimento.
A quarta e mais interessante é: A percepção
de que podemos estar bem, mesmo quando
os outros não têm uma boa opinião a nosso
respeito.
Portanto, o que importa não é o que
pensam de nós, mas sim quem realmente
somos.
Moral da História...
«O maior prazer de uma pessoa inteligente
é fazer-se de idiota, diante de um idiota que
julga ser inteligente».
ICNF
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
ICNF
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
E D I TAL
E D I TAL
(2.ª Publicação)
(2.ª Publicação)
O Departamento da Conservação da Natureza e Florestas do Norte faz público que, nos termos do art.º 6.º do
Regulamento da Lei n.º 2097, de 6 de junho de 1959, aprovado pelo Decreto n.º 44623, de 10 de outubro de 1962,
a Associação de Caça e Pesca Alto da Cumieira e Pisquedo, requereu, pelo prazo de 10 anos, uma concessão de
pesca na margem direita da Albufeira de Salamonde, desde a confluência da linha de água de S. Lourenço com
o regolfo da albufeira ao NPA, a montante até 170 m para montante da confluência da linha de água de Jões, a
jusante, abrangendo o braço da ribeira de Cabril, em ambas as margens ao nível do NPA, numa faixa de 20 metros,
no plano de água ao longo do perímetro, numa extensão de 11,352 Km, e incluindo o troço da ribeira de Cabril
para montante da confluência com o regolfo da albufeira numa extensão de 2,0 Km até à zona designada por Roca
da Linha e o troço do rio Pincães, para montante da confluência com o regolfo da albufeira numa extensão de 2,0
Km, até à zona compreendida entre o Vale das Traves e a Praia Doce, freguesia de Cabril, concelhos de Montalegre.
Todas as pessoas singulares ou colectivas que se julguem prejudicadas nos seus direitos devem apresentar a
sua reclamação, por escrito e devidamente justificada no Departamento da Conservação da Natureza e Florestas
do Norte – Parque Florestal, 5000-567 Vila Real, no prazo de 30 dias a contar da data de divulgação deste Edital.
Para conculta dos interessados encontra-se nos referidos serviços o projecto de Regulamento, prposto pela
entidade requerente para vigorar na área a concessionar.
O Departamento da Conservação da Natureza e das Florestas do Norte faz público que, nos termos do art.º 6.º
do Regulamento da Lei n.º 2097, de 6 de junho de 1959, aprovado pelo Decreto n.º 44623, de 10 de outubro de
1962, a Associação de Caça e Pesca Alto da Cumieira e Pisquedo, requereu, pelo prazo de 10 anos, a concessão
de pesca no rio Fafião, numa extensão de cerca de 7,151 Km, desde a zona designada Rio do Porto de Lage, limite
a montante, até à confluência do rio Freitas com o regolfo da albufeira de Caniçada ao NPA, limite a jusante,
abrangendo as freguesias de Cabril e Vilar da Veiga, concelhos de Terras de Bouro e Montalegre.
Todas as pessoas singulares ou colectivas que se julguem prejudicadas nos seus direitos devem apresentar a sua
reclamação, por escrito e devidamente justificada no Departamento da Conservação da Natureza e das Florestas do
Norte – Parque Florestal, 5000-567 Vila Real, ou no Departamento da Conservação da Natureza e das Florestas do
Norte – Avenida António Macedo, 4704-538 Braga, no prazo de 30 dias a contar da data de divulgação deste Edital.
Para conculta dos interessados encontra-se nos referidos serviços o projecto de Regulamento, prposto pela
entidade requerente para vigorar na área a concessionar.
Notícias de Barroso, n.º 490, de 31.03.2016
Notícias de Barroso, n.º 490, de 31.03.2016
Barroso
Noticias de
31 de Março de 2016
13
Recado de Portugal ao Brasil
Lita Moniz
A novela Lula cai, não cai(!)
continua...
Bom, enquanto isso, o povo
respira um pouco aliviado, a
briga é lá no Planalto, e quanto
mais as coisas ficam feias por lá,
mais o dólar e euro descem.
Agora de Portugal chega
mais um recado: se vocês não
prenderem o Lula aí, nós o
faremos aqui. E isto feito de forma
oficial à Suprema Corte do Brasil.
Motivos parece que também
por aí há de sobra, só que mais às
claras, então perigo à vista, sim.
Embora de modo autônoma,
por enquanto, mas já num trabalho
de investigação conjunto, o caso
da “Oi” já aponta para possíveis
pagamentos de dezenas de
milhões de euros para brasileiros
e portugueses envolvidos neste
mega esquema de corrupção.
Com várias denominações, entre
elas a “ lava-jato”, porque era em
um lava-jato junto a um posto
de gasolina de Brasília que as
negociatas se faziam enquanto
lavavam seus carros.
Por aqui a” lava-jato” tem
dado o que falar e o que fazer
à Polícia Federal em busca de
provas, porque eram teias bem
urdidas sem deixar pegadas.
Mas no caso da “OI” e de
outros casos afins, talvez por
ser algo que se resolvia fora
do Brasil deixaram mais pistas.
As investigações do dossiê da
“Oi“ em canal aberto, mostram
claramente o envolvimento da
construtora Andrade Gutierrez,
através de Angola ( via Zagope)
e Venezuela.
E os nomes dos envolvidos
entre eles o ex-presidente do
Brasil, Lula da Silva.
O Presidente da Andrade
Gutierrez é réu no processo da
Lava-jato, preso por crimes de
corrupção, lavagem de dinheiro e
de organização criminosa.
Enquanto isso, o expresidente Lula da Silva, para
fugir à prisão, e das garras do juiz
Aldo Moro, embora negue de pé
junto, que não é nada disso, diz
que aceita ser o 1º ministro da
Casa Civil do Brasil para ajudar o
A luso-americana Tiffany
Teixeira
foi
recentemente
eleita Miss Connecticut de
refugiar na Itália para fugir à
prisão. Para Portugal jamais!
Edifício sede da Procuradoria-Geral da República do Brasil, em
Brasília
governo e a nação.
A novela continua, cada dia
um novo capítulo. Uns dizem que
o PT está com os dias contados,
outros que a ideologia que não
é senão a Teoria da Libertação
forjada nas sacristias das igrejas
nos carros com o seu pai aos
Commercial Street, Bridgeport.
O
titulo
de
Miss
dá-lhe
direito
Manuel Pereira, de Penedones,
cuja vencedora participará no
Quinnipiac
Montalegre, falecido, e de
concurso de Miss Universo.
com o curso de enfermeira.
Deolinda Pereira, de Travassos
Encontra-se a trabalhar no
da Chã, Montalegre, residente
à menina Tiffany Teixeira e
Yale Hospital de New Haven.
em Chaves.
desejamos-lhe
Tem planos para continuar a
Ela
Universidade
Apresentamos
parabéns
sucesso
na
passear,
importante representação do
estudar e a especializar-se no
de frequenter a praia, de
seu titulo de Miss Connecticut
doutoramento de anesthesia.
praticar yoga, e de trabalhar
(Estado dos USA).
gosta
de
voltada
presidente Lula já especula se
a concorrer para Miss USA,
Central de Bridgeport e da
mais
inacreditável: diz que o ex-
Chaves, e neta materna de
graduou do Liceu
está
para todos os brasileiros quase
Connecticut
de idade,
tanto quanto a dos deputados,
VEJA já aponta uma solução
Texeira, de Outeiro Jusão,
2016. A Tifffany tem 25 anos
A Câmara do Senado, não
A última edição da Revista
Paula Pereira, neta paterna
Henrique e Deolinda
grande parte.
também.
garagem de mecânica em 106
de
a corrupção desaguava em sua
da corrupção que grassava ali
Outeiro Jusão, Chaves, e de
Teixeira,
quem puder. Afinal, era ali onde
mostrar que não participava
fins de semana, que tem uma
António
Um salve-se
para dentro. Cada um tentando
de
de
cadeia também.
também,
Tiffany
Teixeira, Miss
Connecticut 2016
A menina Tiffany é filha
si, e cada um a tentar fugir da
mas muito dividida e corrompida
Dos Estados Unidos, Bridgeport, CT
Domingos Dias
de cada paróquia do Brasil e do
mundo que tem força bastante
para se levantar e dar volta por
cima.
Mas a realidade é outra:
o rebanho do PT, que hoje se
encontra reduzido ao rebanho do
Lula, é de uns poucos que ainda
não abandonaram o navio. Está
debandando, trocando de lado.
E pior que isso, o governo já
não tem apoio nem na Câmara
dos Deputados, que andam
para ali a se digladiarem entre
Afinal o recado já foi dado.
São especulações prováveis.
Virar Primeiro Ministro, se
tornar de novo o Lula Salvador da
Pátria. A que preço? Isso só eles
sabem.
Ou começar de novo, o que
também não acena com muita
coisa. Para melhorar vai demorar.
14
Barroso
Noticias de
31 de Março de 2016
O Florescimento Monástico II
Meu Deus! Como é triste,
Infinitamente triste,
um mosteiro que morre!
O monaquismo ocidental
constrói-se e vai-se implantando
com base no exemplo das
comunidades monásticas do
Oriente. Herdeiro das tradições
orientais, o monaquismo do
Ocidente desempenhou um
papel de extrema importância
na propagação e consolidação
do ideal cristão. A sua história
entrelaça-se com a história da
cristandade e com a própria
construção da Europa. Sucessor
directo da cultura clássica
salvou-a do naufrágio em que
se afundara a civilização laica
no Ocidente latino!
Nos distritos rurais do
Ocidente, o mosteiro era o
único centro de vida e de
ensino cristão, e foi sobre os
monges que recaiu, mais do que
sobre os bispos e o seu clero,
o encargo de converterem a
população campesina pagã ou
semi- pagã.
As ordens monásticas e
religiosas modelaram no seu
conjunto o Ocidente medieval
numa incessante dialéctica
entre a fuga do mundo e
a acção sobre o mundo;
formaram um fenómeno total:
religioso, social, económico,
político, cultural e artístico.
As relações complexas que se
prendem com a sociedade do
seu tempo obrigaram-nas a
modificar-se a reformar-se e por
vezes a apagar-se. Os mosteiros
tornaram-se assim focos de
estudo intenso, de progresso
agrícola, de aperfeiçoamento
das indústrias, de respeito
pela autoridade, de equilíbrio
da razão, de disciplina da
vontade.
Jamais
podemos
avaliar o quanto a Europa deve
aos monges!
Podemos considerar três
grandes correntes monásticas
que se desenvolvem quase
em simultâneo no Ocidente.
A primeira principiou por
se implantar nas regiões
mediterrânicas, a Itália e o
sul de França tornar-se-iam
centros atractivos e propulsores
do envolvente movimento
monástico.
Mas
a
terra
prometida do monaquismo do
Ocidente, segundo a expressão
de Montalembert, devia ser
a Gália. Posteriormente este
movimento foi-se alastrando
ao interior do continente. Isto
deve-se sobretudo à acção de
três monges que fizeram esta
osmose (passagem espiritual):
S. Jerónimo (347-429), um
dos doutores da Igreja, João
Cassiano (360-435), fundador
do mosteiro de S. Victor,
perto de Marselha e o ilustre
S. Martinho de Tours (316397), tendo fundado, entre
outros, os de Marmoutier e
Ligugé. Deve-se ainda salientar
Cassiodoro (490-581), a quem
se deve a criação do mosteiro
de Vivarium, Calábria, onde
Cassiodoro estabeleceu os
scriptorium, como uma parte
regular da vida monástica, tendo
sido adoptado pela maioria
dos mosteiros beneditinos. E
ainda o contributo de César
de Arles (470-543), bispo da
mesma diocese, após a sua
formação como monge em
Lérins, importante centro de
espiritualidade e de cultura ao
longo do séc. V
A
segunda
vaga
é
irlandesa, também conhecida
pelo monaquismo céltico.
Espalha-se pelas zonas célticas
das Ilhas Britânicas e, em
especial, na Irlanda e no País
de Gales. A Igreja irlandesa
teve o seu começo no séc. V,
com a pregação de S. Patrício,
padroeiro da Irlanda, depois de
ter deixado Lérins.
Distanciado da latinidade
romana, este monaquismo
revestiu-se de particularidades
muito próprias, a maior parte
das vezes o abade assume
as funções de bispo. Cada
mosteiro está ligado a um clã e
desempenha dentro da sua área
funções políticas, económicas
e até sociais. Fundados por
individualidades que fizeram
deles escolas de espiritualidade,
surgiram e floresceram nessas
regiões numerosos mosteiros,
entre outros o de Bangor,
norte da Irlanda, e Iona, na
Caledónia, Oeste da Escócia,
edificado por S. Colomba. Mas
a importância deste movimento
recai sobretudo no impulso
dado à actividade missionária,
e foi como missionários que
os monges celtas contribuíram
de forma mais eficaz para o
desenvolvimento da civilização
europeia. Este monaquismo
atribui igualmente uma grande
importância à mortificação,
sujeições físicas, rigor de
jejuns, etc., mas fazendo da
peregrinacio (a errância por
terras estranhas) uma das
formas de ascese. É também de
assinalar o interesse crescente
que dedica à cultura latina,
entendida já como cultura
naturalmente estrangeira mas
necessária para se conhecer e
assimilar o dogma e a liturgia.
Em breve este movimento
galgou o mar. As colónias
monásticas de S. Columba
(521-597), em Iona, e a do seu
homónimo, Columbano (540615), em Luxeuil (Vosges) e
Bobbio (Lombardia), foram o
ponto de partida duma grande
expansão do Cristianismo.
Deve-se
ao
primeiro
a
conversão da Escócia e do
reino da Nortúmbria; ao
segundo, o renascimento do
monaquismo e a conversão dos
últimos elementos pagãos no
reino franco merovíngio.
Foi nesta época, em que
tudo era destruição e ruína,
que os fundamentos da
nova Europa foram lançados
por homens que, como S.
Gregório I, o Grande (549604), um dos quatro grandes
doutores da Igreja latina, não
tinham nenhuma intenção de
instaurarem uma nova ordem
social, trabalhou penosamente,
entre as ruínas duma civilização
moribunda, ao serviço da causa
da humanidade e da justiça
social, num mundo agonizante.
S.
Gregório
Magno
provinha duma família da
velha estirpe romana. Este Papa
foi um dos maiores obreiros
ao lançar as sementes da
futura civilização europeia.
Persuadido que o Ocidente
deveria cedo ou tarde apoiarse nos bárbaros e converte-los,
por forma a autonomizar-se e
traçar a sua própria via, face
ao império bizantino, foi o que
empreendeu, apesar da sua
atitude respeitosa para com o
imperador de Constantinopla.
S. Gregório Magno, ele
próprio monge beneditino,
toma a iniciativa de difundir
o cristianismo no seio das
populações
anglo-saxónicas
que ocupavam a maior parte da
grande ilha e que eram ainda
pagãs. Incumbiu dessa missão
o monge Santo Agostinho
do mosteiro de Célio, que
juntamente com quarenta
outros monges se puseram a
caminho. Fundam a abadia
beneditina de Canterbury o
embrião impulsionador da
evangelização da Inglaterra,
que teve por resultado a
criação dum novo foco de
civilização cristã no Ocidente.
O aparecimento duma nova
cultura anglo-saxónica no
século VII é sem sombra de
dúvida o acontecimento mais
importante surgido entre a
época de Justiniano e a de
Carlos Magno, porque exerceu
uma influência notável no
desenvolvimento intelectual de
todo o continente. Esta nova
cultura é, originariamente,
o produto, em partes iguais
de duas forças: o movimento
monástico celta e a missão dos
beneditinos romanos.
Acima
de
tudo
a
evangelização da Inglaterra
impulsionou a das regiões
continentais da Germânia que
se mantinham ainda pagãs, de
que S. Bonifácio (672-731),
«apóstolo da Germânia» foi o
seu evangelizador principal,
com a fundação das célebres
abadias de Fulda e de S.
Gall. Este famoso monge foi
igualmente o reformador de
toda a Igreja franca.
Destacam-se ainda grandes
nomes do monaquismo inglês
desta época, tais como, para
além de S. Bonifácio: Beda,
o Venerável (673-735), que
representa no mais alto grau, a
cultura intelectual no Ocidente
no período compreendido
desde a queda do Império
até ao século IX; S. Wilfrid; S.
Bento Biscop e Alcuíno
Foram os monges anglosaxões, e antes de tudo, S.
Bonifácio que realizaram a
união do espírito de iniciativa
germânico e do espírito de
ordem romana, que está na
origem do desenvolvimento de
toda a cultura medieval.
Todavia a evangelização
dos campos da Europa durante
o período merovíngio não é
mais do que um caso particular
dos serviços prestados pelo
monaquismo à causa da
civilização europeia. Estava ele
também destinado a tornar-se
o principal agente do Papado
na sua tarefa de reforma
eclesiástica e a exercer uma
influência vital na restauração
política e intelectual da
sociedade europeia.
(Continua)
José Fernando Dias de
Moura
ATÃO BÁ, quem foi
que to disse:
• que a posse do novo Provedor quase encheu o salão da
•
•
•
•
•
Misericórdia e que lá apareceram os que sempre aparecem,
porque são sempre os mesmos, nas sessões camarárias
e noutras de mais interesse, alguns que nunca entraram
naquela Casa e outros que não têm nada a ver com aquela
Casa... e alguns ainda que estão à espera dumas migalhas
sobrantes, pois foi, foi!.
que os novos membros da Santa Casa encostam todos à
esquerda, não têm lá ninguém a inclinar para o outro lado
e são os mesmos que estão em todas.
que a “Queima do Judas” na Praça do Município foi um
espectáculo horrível, sem nível, tosco, sem qualquer
interesse e que deixou uma imagem muito negativa da
nossa terra...
que os lavradores do concelho de Montalegre têm o céu
garantido, e quem os vai levar até lá, pela mão, vai ser o
presidente da Câmara, Orlando Alves.
Que em Nanterre o prof. Orlando plagiou, mais uma vez,
um ex-primeiro ministro quando fez publicidade da vida
de sucesso dos nossos emigrantes, ou seja, como quem diz
que lá fora é que a vida vale a pena... Assim, o mote para
emigrar está dado e, quando não tiver cá ninguém, ele será
o melhor presidente da Cãmara do mundo!
Que o presidente da Câmara levou até Paris uma comitiva
que nem um Presidente da República! Caramba, que
afinal, se calhar, a nossa Câmara já será uma República.
Felício
Barroso
Noticias de
31 de Março de 2016
DESPORTO
FUTEBOL
Campeonato Distrital da
A.F. de Vila Real
23.ª Jornada, no Campo da
Lage, Vilar de Perdizes, Dia
20.03.2016
Vilar de Perdizes 4 Murça 2
Equipa do GD Vilar de
Perdizes: Bruno Martins;
Tunes, Vasques, Abreu e
Michael Martins; Miguel
Pintado, Nacho e João Teixeira
(Jorge 68); Mika, Edu Paiva
(Octávio 86) e Jonas (Rafa 79).
Treinador: Calina
Golos: Nacho, Fábio, Edu
Paiva e Miguel Pintado. Fábio
e Osório pelo Murça
O Vilar fez uma grande
primeira parte, dominou a
jogar um futebol apoiado e
bastante bonito. O Murça
surgiu recuado, a defender
com muitos e de forma bem
organizada… O Vilar aparecia
sempre em zona de remate
com muitos homens. As
coisas estavam difíceis dentro
da área do Murça e Nacho
desbloqueia o jogo com um
remate forte e colocado. Que
golão do playmaker Vilarense!
Ao intervalo 1-0.
Na etapa complementar,
entrou melhor a equipa do
Murça que empatou num
remate cruzado e fora do
alcance de Bruno Martins…!
Reagiu o conjunto Vilarense
que voltou à vantagem depois
de golo de Edu Paiva, o melhor
marcador da turma barrosã.
Por protestos o vice-presidente
do Murça é expulso. Dez
minutos depois de entrar, Jorge
faz o 3-1 num lance muito
rápido. O Murça sobe no
campo e faz recuar a equipa
barrosã e Osório reduz aos
88 minutos num lance muito
contestado pelo Vilar. O Murça
arriscava tudo para chegar ao
empate mas Miguel Pintado
acabou com o jogo num
remate forte. Era o 4-2 e estava
consumada mais uma vitória
para a equipa de Calina.
Um triunfo justo, primeira
parte de luxo do Vilar, boa
imagem do Murça na etapa
complementar e incerteza no
marcador até aos 94 minutos…
Arbitragem positiva mas com
alguns erros…
TAÇA Distrital da A.F. de
Vila Real
2.ª Mão, no Estádio Municipal
de Santa Marta, S.ta Marta de
penaguião, Dia 26.03.2016
Santa Marta 4 MONTALEGRE 0 (5 - 2)
Como jogou o Montalegre:
Vieira; Leonel Costa,
Asprilla, Zé Luís e Zack;
Vargas, Zé Victor (Tiago Santos
45), Chico e Gabi; Badará e
Tiago Gomes (Clayton 55).
Treinador: Zé Manuel
Viage
Com a pior goleada da
época, os barrosões despedemse da Taça A.F. Vila Real. Cocas
foi a figura do jogo ao apontar
um hat trick, com dois golos
monumentais…
golear o Montalegre que até
entrou melhor na contenda,
mas, a partir dos dez minutos,
o conjunto da casa equilibra
e depois até se superioriza ao
adversário.
O veterano Armando
marca de cabeça o primeiro
golo da tarde ao fugir bem à
marcação da defesa barrosã
e num livre inexistente Cocas
faz um grande golo e coloca o
Santa Marta em vantagem na
eliminatória (2-1 na primeira
mão).
Reage bem o Montalegre
e Vargas que estava
especialmente activo, cruzou
e Luis Pinto cortou a bola
com a mão. O juiz marca
grande penalidade mas
ficou por mostrar o segundo
amarelo ao defesa esquerdo.
Na transformação da grande
penalidade Gabi atira por
cima…! A seguir, de livre
directo, Zack atirou à barra…
No inicio da etapa
complementar, o conjunto
barrosão entrou mal e Cocas
voltou a brilhar com dois
golos que acabaram com a
eliminatória. O Montalegre
ainda teve oportunidades para
marcar mas não conseguiu
concretizar.
Cocas, o melhor em
campo,já em período de
compensação, foi expulso.
O Santa Marta chega à
final graças ao empenho de
toda a equipa e à inspiração
de Cocas que fez “o jogo da
sua vida”
O Santa Marta e o Cerva é
que vão discutir, esta época, a
final da Taça A.F. Vila Real.
2016 FIA World Rallycross Championship
Round 1 - Rallycross of Portugal
Montalegre, 15-17 April 2016
No
Driver
Nat.
Competitor
1
Petter SOLBERG
NOR
Petter Solberg World RX Team
SWE
Citröen DS3
3
Johan KRISTOFFERSSON
SWE
Volkswagen RX Sweden
SWE
Volkswagen Polo
4
5
Car
Robin LARSSON
SWE
Robin Larsson
SWE
SWE
EKS
SWE
Audi S1
LVA
World RX Team Austria
AUT
Ford Fiesta
RUS
World RX Team Austria
AUT
Ford Fiesta
Team Peugeot-Hansen
SWE
Peugeot 208
USA
Ford Focus RS
Janis BAUMANIS
7
Timur TIMERZYANOV
9
Sébastien LOEB
FRA
13
Andreas BAKKERUD
Audi A1
NOR
Hoonigan Racing Division
15
Reinis NITISS
LVA
ALL-INKL.COM Muennich Motorsport
DEU
Seat Ibiza
17
Davy JEANNEY
FRA
Peugeot-Hansen Academy
SWE
Peugeot 208
21
Timmy HANSEN
SWE
Team Peugeot-Hansen
SWE
Peugeot 208
Max PUCHER
AUT
World RX Team Austria
33
Liam DORAN
GBR
JRM World Rallycross Team
41
Joaquim SANTOS
PRT
Bompiso Racing Team
PRT
Ford Focus
43
Ken BLOCK
USA
Hoonigan Racing Division
USA
Ford Focus RS
56
Bohdan LUDWICZAK
POL
Bohdan Ludwiczak
POL
Mitsubishi Lancer
57
Toomas HEIKKINEN
FIN
EKS
SWE
Audi S1
68
31
AUT
Ford Fiesta
GBR
BMW Mini
Niclas GRÖNHOLM
FIN
OlsbergSME
SWE
Ford Fiesta ST
71
Kevin HANSEN
SWE
Peugeot-Hansen Academy
SWE
Peugeot 208
77
René MÜNNICH
DEU
ALL-INKL.COM Muennich Motorsport
DEU
Seat Ibiza
87
Jean-Baptiste DUBOURG
FRA
Jean-Baptiste Dubourg
FRA
Citröen DS3
92
Anton MARKLUND
SWE
Volkswagen RX Sweden
SWE
Volkswagen Polo
96
Kevin ERIKSSON
SWE
OlsbergSME
SWE
Ford Fiesta ST
Competition numbers in blue = Drivers nominated by Teams for the FIA World Rallycross Championship for Teams
2016
FIA
European
Super1600
Rallycross
Championship
Round 1 - Rallycross of Portugal
Montalegre, 15-17 April 2016
No
2
Driver
Ulrik
LINNEMANN
3
Pavel
5
Ondrej
6
7
8
9
Espen
12
15
17
18
22
23
24
47
62
63
73
76
77
78
79
81
87
97
98
101
CZE
NAVICKAS
STAPONKUS
ISAKSÆTRE
HAUG
Janno LIGUR
Daniel
NIELSEN
Gergely MARTON
Artis
BAUMANIS
Michael
BOAK
"LUIGI"
Siim
20
21
SMETANA
Magnus
SALURI
BERGSJOBRENDEN
Helder RIBEIRO
Krisztián
Craig
SZABÓ
LOMAX
Andre
KURG
Philip CHICKEN
Andreas
Rudolf
SCHRADER
SCHAFER
Mirko ZANNI
Dmitrii
MALAKHOV
Anitra NILSEN
Ada Marie
HVAAL
Egor SANIN
Zsolt
SZÍJJ
JOLLY
National
Czech
Espen
Republic
Team
Isaksætre
Glenn
Ulrik
M-F
LVA
Haug
Linnemann
Motorsport
Set
GBR
EST
RS
PRT
Boak
Motorsport
Set
KFT.
Promotion
Michael
GFS
NOR
HUN
ASK
Ligur Racing
DNK
HUN
Egyesület
Racing
Promotion
Helder Ribeiro
TQS
GBR
CZE
Hungary KFT.
Craig
Lomax
LTU
Rudolf
DNK
FIN
Twingo
Renault
Twingo
PRT
ITA
Mirko Zanni
RUS
TT Motorsport
RUS
Set
Promotion
NMS
Sporting
Ada Marie
Hvaal
RUS
TT Motorsport
HUN
Speedy Motorsport
Citröen
C2
Citröen
C2
HUN
GBR
Ford Ka
Citröen
DEU
Audi
FRA
PRT
Team
C2
Renault
FIN
PRT
Racing
208
Twingo
Citröen
EST
Mario Teixeira
Bompiso
SWE
NOR
Schrader
Schafer
Peugeot
Renault
GBR
Mário Barbosa
Machado
C2
HUN
EST
Andreas
Polo
Saxo
Citröen
HUN
GBR
Joaquim
Citröen
EST
Philip Chicken
FRA
Volkswagen
NOR
Reinsalu Motorsport
PRT
208
Ford Fiesta
NOR
EST
PRT
Peugeot
CZE
GBR
DEU
Car
DNK
Team
LTU
EST
PRT
Timur SHIGABUTDINOV
Nat.
Linnemann
Vilkyciai
NOR
PRT
Ricardo SOARES
Racing
NOR
Mario TEIXEIRA
MACHADO
LS
LTU
Mário BARBOSA
Joaquim
Ulrik
Diana Czech
LTU
HUN
Published by the FIA, on 01.04.2016
Competitor
DNK
CZE
Glenn
19
Nat.
VIMMER
Kasparas
Ernestas
10
90
Nuno Carvalho
Nat.
Mattias EKSTRÖM
6
89
O Santa Marta acabou por
15
C2
A1
Peugeot
Citröen
208
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Barroso
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(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)
CURRENTE CALAMO
ACADEMIA DAS CIÊNCIAS
Os Discretos Académicos Transmontanos
Suponho que é a mais
respeitável
e
conceituada
instituição cientifica e cultural
portuguesa. E é também a mais
bem relacionada e correspondida
em todo o mundo.
Nasceu na transição dos
reinados de D. José I para D.
Maria I, como reação contra
o sectarismo educacional da
ditadura pombalina que terá sido
o mais feroz e prepotente regime
politico que eclodiu ao longo
dos seis precedentes séculos de
existência da monarquia lusitana.
Foi estatuída em 1779 pela
rainha Maria Pia no nebuloso
ambiente politico - ideológico
que se chamou a Viradeira. Mas
nos seus objectivos recolhia em si
todo o evoluir cientifico e cultural
especialmente incrementado a
partir do reinado de D. Duarte.
Designada inicialmente com
o nome de Academia Real das
Ciências de Lisboa viria afirmar-se
como “Academia das Ciências”.
Sob a primeira presidência
do Duque de Lafões, notável
varão da casa de Bragança,
assessorado pelo famoso Abade
Correia da Serra (ambos tinham
sido exilados pelo Marquês de
Pombal), foi desde logo uma
vivificante lufada de ar fresco no
desenvolvimento das letras, das
artes e das ciências.
Neste campo produziu
muitas e vultuosas obras
extraordinárias que continuam a
ser ponto de partida e de consulta
obrigatória dos respectivos ramos
de conhecimento. Refiro, de
memória, entre as muitas de
que tive noticia, as “Efemérides
Naúticas”, as “Memorias da
Literatura Portuguesa”, uma
Colecção de Livros Inéditos
da Literatura Portuguesa, a
Colecção de Noticias para a
História e Geografia das Nações
Ultramarinas e a “Portugaliae
Monumenta Historica”.
A Academia de Ciências de
Lisboa trabalha desde a fundação
discreta e intensamente, alheia
aos holofotes dos média mas
atenta a tudo que à humanidade
verdadeiramente
interessa.
Teve desde sempre como
componentes e colaboradores
activos, personalidades famosas
tais como Alexandre Herculano
e José Leite de Vasconcelos entre
muitos outros heróicos sábios de
que Portugal se honra.
Sofreu
entretanto
os
deletérios despeitos de homens
vaidosos quando ascendiam ao
poder, dos quais lembro, a titulo
de exemplo, Teófilo Braga que
chegou a ser seu vice-presidente,
no maremoto da implantação da
primeira república.
Não cabe neste espaço fazer
aqui a história desta brilhante
instituição académica e muito
menos de todos os barões ilustres
que a nobilitaram e de alguns que
a denegriram ou menosprezaram.
Limitemo-nos,
pois,
a
referir que se trata de uma
entidade de utilidade pública
inteiramente devotada ao ensino,
à investigação e ao progresso
cientifico que tem por ponto de
ordem o sentimento de liberdade
e a independência perante a
politica e tudo quanto cheire a
pre-juízos fundamentalistas ou
sectários.
Tem
autonomia
administrativa especialmente no
que toca à escolha e admissão
dos seus componentes.
Inicialmente era composta de
MEL DO LAROUCO
O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo
nome e resulta das florações
da urze, sargaço, sangorinho,
carvalho e outras espécies vegetais da região de Barroso
Apicultor nº 110796
J. A. Carvalho de Moura
Rua Miguel Torga, nº 492
5470-211MONTALEGRE
Tels: +351 91 452 1740 e 276
412 285
Fax: +351 276 512 281
Mail:
carvalhodemoura@
sapo.pt
24 membros efectivos e número
indeterminado de membros
correspondentes que se espalham
por todo o universo civilizacional
humano.
Os seus estatutos originários
foram objecto de revisão através
do Dec. Lei 5/78 por motivo do
seu duplo centenário e foram
sendo retificados, sem profundas
alterações, por várias disposições
legislativas de 1987, 1998 e
2005, entre outras.
Actualmente
compõese de duas secções - letras e
ciências - cada uma com vinte
e quatro membros efectivos,
além dos respectivos sócios
correspondentes.
Nos últimos anos foi presidida
pelo
insigne
transmontano
Professor Doutor Adriano de
Carvalho que recentemente
cessou funções sendo substituído
pelo Doutor Artur Anselmo.
O motivo que me traz a
estas considerações é a eleição
e a posse, ocorridas há dias, de
um novo académico, natural do
concelho de Mirandela, Professor
Doutor Telmo Verdelho, que me
está especialmente no coração.
E, ainda, outra eleição e recente
posse de um outro ilustre barão
nortenho, Professor Doutor José
Adriano de Freitas Carvalho, com
quem desde há mais de 60 anos
tenho uma indefectível amizade
e cordialíssima convivência.
O Doutor Telmo Verdelho,
quase desde a escola primária, tem
levado uma vida de investigador
e de produtor literário, tendo
desenvolvido uma obra cujo
resumo, a título de exemplo se
estende por mais de uma dúzia
de páginas da Bibliografia do
Distrito de Bragança, Série
Escritores Jornalistas Artistas,
acabada de editar por Hirondino
Fernandes.
Desde que se estreou em tese
de licenciatura com uma obra de
vulto (as Palavras e as Ideias na
Revolução Liberal) nunca mais
parou em colaborações de alta
qualidade na imprensa escrita
e falada, e em obras de grande
fôlego de que Luís de Camões Concordância da Obra Toda, é
expressivo exemplo.
E são incontáveis as
intervenções e conferências orais
e escritas, nas mais variadíssimas
instituições culturais, por todo o
país nas últimas décadas.
Assim, não é o profundo
afecto que nos une que, creio, tira
objectividade à afirmação de que
a sua eleição por unanimidade
como sócio efectivo, foi justa e
pertinente. Vale de Gouvinhas,
onde nasceu, e todo o concelho
de Mirandela, ganharam mais
um ilustre cidadão.
O Doutor José Adriano
de Carvalho meu excelente
condiscípulo
na
residência
universitária, entre os idos
cinquenta e sessenta do Séc.
passado, era um daqueles
companheiros a quem encantava
ouvir. Ele, vindo da proeminente
Casa do Côtto, sobre o Rio
Douro, perto de Castelo de Paiva
e eu
(- ó ínclito “aborigene” das
nossas transmontanas pulcras
fragas
onde infante equitaste hábeis
solípedes
e auriste a poesia de suas agras...
versos que o irrequieto aluno
liceal Telmo escreveu então para
o livro de curso do irmão mais
velho e que, com muito afecto e
ainda mais entusiasmo juvenil, os
iniciava assim:
“A ti canto, ao teu génio, ao teu
talento
e não és coisa pouca para cantar.
Ó musas! Inflamai meu celso
intento,
dai-me estro e magnitude ao
meu louvar...”),
formávamos uma dupla de
amistosa discrepância perante os
restantes residentes do “lar”.
Aí vivemos partilhando o
mesmo quarto, simultaneamente
dormitório e sala de estudo,
juntamente com outro “perigoso
intelectual”, (o Prof. José Sousa
Brito) que há pouco se jubilou
do ensino e de Juiz do Tribunal
Constitucional.
Foram 3 anos de convivência,
entre os três, “como Deus com os
anjos”, numa situação de intensa
estima e mutua compreensão
que ainda perdura.
A obra académica e de
investigação do Doutor José
Adriano de Carvalho, no vasto
campo do classecismo literário
e monástico e da hagiografia, é
meritória e tão abundante que
tornaria aqui difícil qualquer
referência.
O Doutor José Adriano de
Carvalho sempre se inculcou
um homem do norte, quase
transmontano. Descendia de
um ramo dos Távoras que teve
a sorte de escapar à ferocidade
sanguinária de Pombal. Mas, há
certa ironia no destino que lhe
reservou as honras de membro
efectivo da Academia Real das
Ciências de Lisboa. Para ele o
meu abraço de amizade e as
felicitações para a Academia das
Ciências.
Perdoe o leitor se, nestas
notas, não consegui manter-me
totalmente
descomprometido
mau grado o esforço para ser
objectivo.
Manuel Verdelho, advogado

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