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BRIGADA DE INCÊNDIO
BRIGADA DE INCÊNDIO
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BRIGADA DE INCÊNDIO
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SUMÁRIO
1. Introdução a Brigada de incêndio (objetivos do curso e do Brigadista)
2. NR-23 / NBR 14.276 (Aspectos legais e responsabilidade do Brigadista)
3. Teoria do Fogo (Combustão, seus elementos e a reação em cadeia)
4. Propagação do fogo ( condução, Convecção e irradiação)
5. Classes de Incêndio (Classificação e características)
6. Prevenção de incêndio ( Técnicas de prevenção)
7. Método de Extinção do Fogo (Isolamentos, abafamento, resfriamento, e extinção química)
8. Agentes extintores ( Àgua, CO2, PQS, Pó ABC, Espumas, e outros)
9. Equipamentos de combate à incêndios (extintores e acessórios)
10. Equipamentos de combate a incêndio 2 ( Hidrantes e Mangueiras )
11. EPI ( Equipamentos de Proteção Individual)
12. Equipamentos de detecção de alarme, e de comunicações.
13. Emergência: A importância do Plano de Ação
14. Plano de Abandono de Área
15. Como agir se você for apanhado de surpresa.
16. Quadro de disjuntores da Empresa
17. Sistema de controle de incidentes
18. Proteção respiratória.
19. Resgate de vítimas em espaços confinados (ABNT NBR 14787)
20. Emergências Químicas
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1. INTRODUÇÃO A BRIGADA DE INCÊNDIO
1.1. OBJETIVO
O presente trabalho tem por finalidade estabelecer algumas considerações referentes à prevenção de
incêndio e organização da Brigada de incêndio fazendo isto concretamente através de preparo em
meios materiais e pessoais.
1.2. IMPORTÂNCIA DA BRIGADA DE INCÊNDIO
Objetivando reduzir a margem da incidência de princípios de incêndio, aflora a necessidade de um
sistema integrado de meios pessoais, materiais e um conjunto de técnicas métodos e procedimentos
com a finalidade de preservar a integridade do elemento humano e do patrimônio da empresa.
Todos os incêndios começam pequenos, crescendo em intensidade e abrangência à medida que o
tempo passa sem um combate efetivo.
“Os Brigadistas possuem atividades específicas durante a ocorrência do sinistro e distintas em
situações normais, como por exemplo: manutenção dos equipamentos”.
1.3. BRIGADA DE INCÊNDIO
Grupo organizado de pessoas, voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção,
abandono, combate a um princípio de incêndio e prestar os primeiros socorros, dentro de uma área
pré-estabelecida.
1.4. PRINCÍPIOS BÁSICOS
a) Condições gerais da edificação.
b) A edificação deve dispor do sistema de proteção e combate a incêndio, de acordo com a
legislação vigente;
c) Meios de escape: conhecer todos os meios existentes ( acessos, passarelas, portas , janelas,
etc...);
d) Planejamento da Brigada de incêndio.
e) Estabelecer os recursos mínimos de pessoal e material para sua formação, levando-se em
consideração a população fixa, as condições de instalações, a área a proteger e os recursos
disponíveis.
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1.5. CRITÉRIOS BÁSICOS PARA SELEÇÃO DE CANDIDATO A BRIGADISTA
a) permanecer na edificação;
b) possuir boa saúde;
c) possuir bom conhecimento das instalações;
d) Ter responsabilidade legal;
e) Ser alfabetizado.
1.6. ORGANIZAÇÃO DA BRIGADA
a) Brigadistas: membros da brigada;
b) Líder: responsável pela coordenação e execução das ações de emergência durante o seu turno
de atuação;
c) Chefe da Brigada: responsável pela edificação, pela coordenação e execução de todas ações de
emergência desenvolvidas pela brigada desta edificação. O chefe da Brigada é a autoridade
máxima na edificação, após o Coordenador Geral da Brigada, no caso da ocorrência de uma
situação real ou simulada de emergência.
OBS: No caso da ausência do Chefe da Brigada ou na sua impossibilidade de atuar na
ocorrência, essa responsabilidade passa a ser de um líder autorizado e indicado por ele.
d) Coordenador Geral da Brigada: responsável pelo terminal, e pela coordenação e execução de
todas ações de emergência desenvolvidas pela brigada. O Coordenador Geral da Brigada é a
autoridade máxima na empresa no caso da ocorrência de uma situação real ou simulada de
emergência.
OBS: No caso da ausência do Coordenador Geral da Brigada ou na sua impossibilidade de atuar
na ocorrência, essa responsabilidade passa ser do Chefe da Brigada autorizado e indicado por
ele.
1.7. ATRIBUIÇÕES DA BRIGADA
a) Ações de prevenção;
b) Avaliação dos riscos existentes;
c) Inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndio;
d) Inspeção geral das rotas de fuga;
e) Elaboração de relatórios das irregularidades encontradas, e seu encaminhamento aos setores
competentes;
f)
Orientação a população fixa e flutuante;
g) Exercícios simulados.
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1.8. AÇÕES DE EMERGÊNCIA
a) Identificação da situação;
b) Alarme/ abandono de área;
c) Corte de energia;
d) Acionamento do corpo de Bombeiros e ou ajuda externa;
e) Primeiros socorros;
f)
Combate à emergência;
g) Recepção e orientação ao corpo de Bombeiros.
1.9. PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA
a) Alerta;
b) Análise da situação;
c) Primeiros socorros;
d) Corte de energia elétrica;
e) Abandono de área;
f)
Confinamento do sinistro;
g) Isolamento da área;
h) Extinção;
i)
Investigação.
1.10.
CONTROLE DO PROGRAMA DA BRIGADA
a) Reuniões ordinárias (mensais c/ATA):
Assuntos:
Funções de cada membro da brigada;
Condições de uso dos equipamentos de emergência;
Apresentação de problemas relacionados a prevenção encontrados nas inspeções para que
sejam feitas propostas corretivas;
Atualização de técnicas e táticas de combate à incêndio;
Alteração ou mudança do efetivo da brigada;
Outros assuntos de interesse.
b) Reuniões extraordinárias:
Após o atendimento de ocorrência ou quando ocorrerem situações anormais.
c) Exercícios simulados:
Executados de acordo com as necessidades da Brigada;
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Sempre que for realizado exercício simulado, deve ser elaborada ATA na qual conste:
Horário do evento;
Tempo gasto no abandono;
Tempo gasto no retorno;
Tempo gasto no atendimento de 1º socorros;
Atuação da brigada;
Comportamento da população;
Participação do corpo de bombeiros e tempo gasto para sua chegada;
Ajuda externa do PAM;
Falhas de equipamentos;
Falhas operacionais
Demais problemas levantados na reunião.
d) Comunicação interna e externa:
Deve haver sistemas de comunicação capaz de mobilizar toda a Brigada simultaneamente:
(ALARME);
Caso seja necessário a comunicação com meios externos(Bombeiros ou PAM), a telefonista
ou pessoal da vigilância é o responsável por ela.
Devem ser previstos um ou mais pontos de encontro dos Brigadistas para distribuição de
tarefas.
e) Grupo de Apoio:
O grupo de apoio é formado com a participação da segurança patrimonial, eletricistas,
encanadores, telefonistas, técnicos e etc...
f)
Coordenador Geral da Brigada:
Planejar, coordenar e fiscalizar o cumprimento e desenvolvimento dos programas de
treinamento das Brigadas do terminal;
Planejar, coordenar e fiscalizar a aplicação de exercícios de combate a incêndios,
vazamentos de produtos químicos, salvamentos de vítimas e evacuação de área, das
Brigadas do terminal;
Familiarizar-se com a localização e operação das válvulas de incêndios, mangueiras,
esguichos, extintores, sistemas de gás, saídas de emergência, material de proteção,
primeiros socorros, etc, do terminal;
Coordenar e avaliar as condições de preparo e eficiência das Brigadas da empresa, em
atuação.
g) Chefe da Brigada:
Planejar, coordenar e fiscalizar o cumprimento e desenvolvimento dos programas de
treinamento da Brigada da sua edificação;
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Planejar, coordenar e fiscalizar a aplicação de exercícios de combate a incêndios,
vazamentos de produtos químicos, salvamentos de vítimas e evacuação de área, da Brigada
da sua edificação;
Normatizar as atividades da Brigada da sua edificação;
Familiarizar-se com a localização e operação das válvulas de incêndios, mangueiras,
esguichos, extintores, sistemas de gás, saídas de emergência, material de proteção,
primeiros socorros, etc, da sua edificação;
Inspecionar periodicamente os equipamentos de combate a incêndio, de proteção individual
e de salvamento, da sua edificação;
Coordenar e avaliar as condições de preparo e eficiência da Brigada da sua edificação, em
atuação.
h) Líder do grupo
Comandar a equipe nos exercícios e em situações reais de emergência;
Avaliar as condições de preparo e eficiência de sua equipe;
Coordenar a evacuação de pessoas em situações de sinistro;
Solicitar ao chefe da brigada o apoio necessário;
Atender a qualquer chamado de emergência de imediato;
Inspecionar diariamente os equipamentos de emergência (combate a incêndio, EPI,
salvamento e primeiros socorros) atestando as condições de operacionalidade dos mesmos;
Confeccionar os relatórios de ocorrências e atividades da Brigada;
Cumprir e fazer cumprir as ordens emanadas dos escalões superiores.
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2. NR – 23 / NBR 14.276
A NR 23, relativa a Segurança e Medicina do Trabalho, torna-se de observância obrigatória
pelas Empresas.
2.1. NR 23 – PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
A vigésima terceira NR do trabalho, cujo título é “PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO”, estabelece as
medidas de proteção contra incêndios, de que devem dispor os locais de trabalho, visando a
prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores, que englobam normas técnicas da
ABNT, onde nos diz que todas empresas deverão possuir:
a) Proteção contra incêndio;
b) Saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio;
c) Equipamentos suficiente para combater o fogo em seu início;
d) Pessoas treinadas no uso correto desses equipamentos.
2.2. NBR 14276 – Programa de Brigada de Incêndio
a) Objetivo:
a.1) Esta Norma estabelece as condições mínimas para a elaboração de um programa de brigada
de incêndio, visando proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as conseqüências sociais
do sinistro e dos danos ao meio ambiente.
a.2) Esta Norma é aplicável em edificações industriais, comerciais e de serviço, bem como as
destinadas à habitação (residenciais ou mistas)
b) Referência normativa:
A Norma relacionada contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem
prescrições para esta Norma. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação.
Como toda Norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base
nesta que verifiquem a conveniência de se usar a edição mais recente da norma citada. A ABNT
possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
Portaria do Ministério do trabalho nº 3214 de 08 de julho de 1978, em sua Norma
regulamentadora nº23.
2.2.3 DEFINIÇÕES:
2.2.3.1 Bombeiro: Pessoa treinada que presta serviços de prevenção e atendimento a
emergências, atuando na proteção da vida, do meio ambiente e do patrimônio.
2.2.3.2 Bombeiro profissional civil ou privado: Bombeiro que presta serviço em uma planta ou
evento.
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2.2.3.3 Bombeiro público: Bombeiro pertencente a uma corporação governamental militar ou civil
de atendimento a emergências públicas.
2.2.3.4 Bombeiro voluntário: Bombeiro pertencente a uma organização não governamental
(ONG) ou organização da sociedade civil de interesse público que presta serviços de atendimento
a emergências públicas.
2.2.3.5 Brigada de incêndio: Grupo organizado de pessoas preferencialmente voluntárias ou
indicadas, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção e no combate ao princípio de
incêndio, abandono de área e primeiros socorros , dentro de uma área preestabelecida na planta.
2.2.3.6 Brigadista de incêndio: Pessoa pertencente à brigada de incêndio.
2.2.3.7 Combate a incêndio: Conjunto de ações destinadas a extinguir ou isolar o princípio de
incêndio com uso de equipamentos automáticos ou manuais.
2.2.3.8 Grupo de apoio: Grupo de pessoas composto por terceiros (por exemplo, pessoal de
manutenção, patrimonial, telefonista, limpeza etc.) ou não treinados e capacitados, que auxiliam
na execução dos procedimentos básicos na emergência contra incêndio.
2.2.3.9 Planta: Local onde estão situadas uma ou mais edificações ou área a ser utilizada para
um determinado evento ou ocupação.
2.2.3.10 Risco iminente: Risco que requer ação imediata.
2.2.3.11 Sinistro: Ocorrência proveniente de risco que resulte em prejuízo ou dano.
2.2.3.12 Terceiros: Pessoal pertencente a uma empresa prestadora de serviço.
2.2.3.13 Vítima: Pessoa ou animal que sofra qualquer tipo de lesão ou dano.
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3. TEORIA DO FOGO (Combustão, seus elementos e a reação em cadeia)
a) TRIÂNGULO DO FOGO:
Para que exista fogo, se faz necessária a figura de três elementos que, combinados, reagem entre si,
originando-o, que são eles:
COMBUSTÍVEL
COMBURENTE (Oxigênio)
FONTE DE CALOR
O fenômeno da ocorrência do fogo, nada mais é do que a REAÇÃO EM CADEIA entre esses
elementos.
a.1) COMBUSTÍVEL: É toda substância capaz de queimar e alimentar a combustão. É o
elemento que serve de campo de propagação do fogo. Os combustíveis podem ser sólidos,
líquidos ou gasosos, e a grande maioria precisa passar pelo estado gasoso para, então, combinar
com o oxigênio.
Combustíveis sólidos: A maioria dos combustíveis sólidos transformam-se em vapores ,
então, reagem com o oxigênio. Outros sólidos( ferro, parafina, cobre, bronze)primeiro
transformam-se em líquidos, e posteriormente em gases, para então se queimarem.
Combustíveis líquidos: Uma propriedade a ser considerada é a solubilidade do líquido, ou
seja, sua capacidade de misturar-se à agua. Os líquidos derivados do petróleo(conhecidos
como hidrocarbonetos) têm pouca solubilidade, ao passo que líquidos como álcool,
acetona(conhecidos como solventes polares) têm grande solubilidade, isto é, podem ser
diluídos até um ponto em que a mistura(solvente polar + água) não seja inflamável.
Combustíveis Gasosos: Os gases não tem volume definido, tendendo, rapidamente, a
ocupar todo o recipiente em que estão contidos. Se o peso do gás é menor que o do ar, o gás
tende a subir e dissipar-se. Mas, se o peso do gás é maior que o do ar, o gás permanece
próximo ao solo e caminha na direção do vento, obedecendo os contornos do terreno.
a.2) COMBURENTE: É o elemento que possibilita vida as chamas e intensifica a combustão. O
mais comum é que o oxigênio desempenhe esse papel.
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OXIGÊNIO: O ar que respiramos, dentre outros componentes, possui 21% de oxigênio. No
entanto, para o fogo Ter início, basta apenas 16% de oxigênio.
a.3) FONTE DE CALOR: Faz com que o material combustível, seja ele qual for, libere vapores
suficientes para a ignição acontecer.
OBS: Havendo então, reação química, que é quando o combustível, o oxigênio e o calor atingem
condições favoráveis, misturando-se em proporções ideais, acontece uma reação em cadeia e,
então surge o fogo.
b) PONTOS DE TEMPERATURA:
Os combustíveis são transformados em calor, e a partir desta transformação, é que combinam com
oxigênio, resultando a combustão. Essa transformação desenvolve-se em temperaturas diferentes à
medida que o material vai sendo aquecido.
b.1) PONTO DE FULGOR: é a temperatura mínima em que um corpo desprende gases que se
queimam em contato com uma fonte externa de calor.
b.2) PONTO DE COMBUSTÃO: é a temperatura mínima na qual um corpo emite gases em
quantidade suficiente para que haja chama permanente, quando houver contato com uma fonte
externa de calor.
b.3) PONTO DE IGNIÇÃO: é a temperatura na qual os gases desprendidos por um corpo entram
em combustão sem auxílio de fonte externa de calor.
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4. PROPAGAÇÃO DO FOGO
O fogo pode se propagar de três diferentes maneiras: condução, convecção e irradiação.
CONDUÇÃO: é a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a molécula.
Colocando-se, por exemplo, a extremidade de uma barra de ferro próxima a uma fonte de calor, as
moléculas desta extremidade absorverão calor com as moléculas vizinhas, transferindo-lhes calor.
Quando dois ou mais corpos estão em contato, o calor é conduzido através deles como se fossem um
só corpo.
CONVECÇÃO: é a transferência de calor pelo movimento ascendente de massas de gases ou de
líquidos dentro de si próprios. Em incêndios de edifícios, essa é a principal forma de propagação de
calor para andares superiores, quando os gases aquecidos encontram caminho através de escadas,
poços de elevadores, etc.
IRRADIAÇÃO: um corpo mais aquecido emite ondas de energia calorífica para um outro mais frio
até que ambos tenham a mesma temperatura. O Brigadista (bombeiro) deve estar atento aos
materiais ao redor de uma fonte que irradie calor para protegê-los, a fim de que não ocorram novos
incêndios. Para se proteger, o Brigadista (bombeiro) deve utilizar roupas apropriadas quando possível
e água como escudo.
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5. CLASSES DE INCÊNDIO
Os materiais combustíveis têm características diferentes e, portanto, queimam de modos diferentes.
Conforme o tipo de material, existem quatro classes de incêndio.
CLASSE A
Incêndio em materiais sólidos, como madeira, papel, tecido, etc.
Esses materiais apresentam duas propriedades:
Deixam resíduos quando queimados (brasas, cinzas, carvão).
Queimam em superfícies e em profundidade
CLASSE B
Incêndio em líquidos inflamáveis, como óleo, gasolina, querosene, etc.
Esses materiais apresentam duas propriedades:
Não deixam resíduos quando queimados.
Queimam somente em superfície.
CLASSE C
Incêndio em equipamentos elétricos energizados, como máquinas elétricas,
quadros de força, etc.
Ao ser desligado o circuito elétrico, o incêndio passa a ser de classe A.
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CLASSE D
Incêndio em metais que inflamam facilmente, como potássio, alumínio em pó,
etc.
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6. PREVENÇÃO DE INCÊNDIO ( Técnicas de Prevenção)
Prevenção é o ato de evitar ou, pelo menos atenuar os efeitos de uma causa mediante a adoção
prévia de certas medidas estudadas tecnicamente. A prevenção de incêndios, é em princípio, uma
questão de organização que interessa a todos os setores de atividade.
Nem todos os lugares estão igualmente sujeitos a riscos de incêndio. Pela própria natureza do
material existente ou da classe de trabalho executado, determinadas áreas apresentam maior risco
de incêndio do que outras.
Ao tomar simples medidas de prevenção aplicadas corretamente, pode se evitar sinistros de vulto nos
quais se perderiam bens inestimáveis. A intenção de prevenir estará trazendo, por antecipação,
enorme economia de trabalho, dinheiro e até de vidas humanas.
A prevenção é a principal preocupação. Pode ser feita na fase da construção ou do projeto, sendo
então chamada de prevenção construtural, ou na operação interna do terminal, fábrica ou edifício,
quando é denominada PREVENÇÃO OPERACIONAL.
PREVENÇÃO CONSTRUTURAL:
O modo de construir um prédio com ênfase na prevenção é denominado Prevenção Construtural.
Descrevem-se a seguir os elementos necessários para este tipo de prevenção.
SAÍDAS: As saídas devem estar adequadas com as orientações da NBR 9077/93 da ABNT.
É preciso que sejam suficientes para rápida retirada do pessoal em serviço em caso de incêndio
ou emergência. Todas devem estar a uma distância de 15 a 30 metros do local de trabalho, de
acordo com o grau de risco da construção. A largura mínima das aberturas de saída deve ser de
1,20m. O sentido de abertura das portas deve ser “ para fora” do local de trabalho.
As aberturas, saídas, acessos e corredores devem ser claramente sinalizados por meio de
placas ou sinais luminosos que indiquem a direção da saída.
Em hipótese alguma as portas de emergência podem ser fechadas pelo lado externo, mesmo
fora do horário de trabalho.
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ESCADAS: Todas as escadas, rampas e patamares devem ser feitos com materiais
incombustíveis e resistentes ao fogo.
PONTOS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA: Situados em local de fácil acesso e protegidos de
maneira a não poderem ser danificados, devem ser freqüentemente experimentados a fim de
evitar-se o acúmulo de resíduos.
CHUVEIROS AUTOMÁTICOS (SPRINKLERS): Os chuveiros devem ter seus registros sempre
abertos, só podendo ser fechados em caso de inspeção ou manutenção na rede, com ordem de
pessoa responsável. Deve haver um espaço livre de, pelo menos, 1 metro ao redor e abaixo dos
chuveiros, a fim de assegurar a inundação eficaz.
EXTINTORES PORTÁTEIS: Todos os estabelecimentos, mesmo os dotados de chuveiros
automáticos, devem ser providos de extintores portáteis que possam combater o fogo em seu
início, de acordo com a classe do fogo a extinguir.
SISTEMAS DE ALARME: Independente do grau de risco, deve haver nos estabelecimentos um
sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais de construção.
Cada pavimento deve ser provido de número suficiente de sinalizadores sonoros que emitam
som distinto em tonalidade e altura de todos os outros dispositivos acústicos do
estabelecimento.
Os botões de acionamento devem ser colocados em lugar visível, de fácil acesso e bem
sinalizado, em caixa lacrada com tampa de vidro contendo a seguinte inscrição : “quebrar em
caso de emergência”.
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7. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
A maioria dos incêndios começa com um pequeno foco, fácil de extinguir. Conheça os métodos de
extinção do fogo e ajude a Brigada de Incêndio a evitar que um incêndio se transforme numa
catástrofe.
Em todo incêndio ocorre um reação de combustão, envolvendo três elementos: o combustível, o
comburente e o calor. Os métodos de extinção do fogo consistem em "atacar" cada um desses
elementos.
RETIRADA DO MATERIAL
Trata-se de retirar do local o material (combustível) que está pegando
fogo e também outros materiais que estejam próximos às chamas.
ABAFAMENTO
Trata-se de eliminar o oxigênio (comburente) da reação, por meio do
abafamento do fogo.
RESFRIAMENTO
Trata-se de diminuir a temperatura (calor) do material em chamas.
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8. AGENTES EXTINTORES DE INCÊNDIO
Para ajudar no combate de pequenos focos de incêndio, foram criados
os agentes extintores.
Atenção: há vários tipos de extintores de incêndio, cada um contendo
uma substância diferente e servindo para diferentes classes de
incêndio. Vamos conhecê-los.
EXTINTOR COM ÁGUA PRESSURIZADA
É indicado para incêndios de classe A (madeira, papel, tecido, materiais sólidos
em geral).
A água age por resfriamento e abafamento, dependendo da maneira como é
aplicada.
CUIDADOS: Não usar em equipamentos elétricos
* Capacidade, alcance do jato e tempo de descarga:
10 LT – 8 metros – 50 Seg.
20 LT – 8 metros – 55 Seg.
75 LT – 10 metros – 60Seg.
100 LT – 10 metros – 65 Seg.
EXTINTOR COM GÁS CARBÔNICO
Indicado para incêndios de classe C (equipamento elétrico energizado), por não
ser condutor de eletricidade. Pode ser usado também em incêndios de classes A
e B.
* Capacidade de alcance de jato e tempo de descarga:
01 Kg – 1 metro – 1 Seg.
02 Kg – 1 metro – 22 Seg.
04 Kg – 1 metro – 25 Seg.
06 Kg – 1,5 metro – 25 Seg.
10 Kg – 2 metros – 30 Seg.
12 Kg – 2 metro – 32 Seg.
25 Kg – 2 metro 57 Seg.
50 Kg – 2,5 metro 50 Seg.
EXTINTOR COM PÓ QUÍMICO SECO
Indicado para incêndio de classe B (líquido inflamáveis). Age por abafamento.
Pode ser usado também em incêndios de classes A , B e C.
* Capacidade de alcance mínimo de jato e tempo de descarga:
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1Kg – 1,2 metro – 8 Seg.
2 Kg - 1,2 metro – 8 Seg.
4 Kg – 2 metro – 10 Seg.
6 kg – m² - 10 Seg.
8 Kg – m² - 10 Seg.
12 Kg – 2 metro – 10 Seg.
20 kg – 3 metro – 20 Seg.
50 Kg – 3 metro – 30 Seg.
75 Kg – 3,5 metro – 40 Seg.
100 Kg – 4,5 metro – 55 Seg.
EXTINTOR DE ESPUMA
Indicado para incêndio de classe B (metais inflamáveis).
* Capacidade alcance mínimo do jato e tempo de descarga:
10 LT – 8 metro – 50 Seg.
20 LT – 8 metro – 55 Seg.
75 LT – 10 metro – 60 Seg.
100 LT – 10 metro – 65 Seg.
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9. EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO
9.1Extintores portáteis:
a) Extintor de água:
Pressurizado.
Pressão injetada.
Manual, tipo costal ou cisterna.
b) Extintor de espuma:
Mecânica(pressurizado).
Mecânica( pressão injetada).
Química.
c) Extintor de pó químico seco:
Pressurizado.
Pressão injetada.
d) Extintor de gás carbônico
9.2Extintores sobre rodas (carretas):
São aparelhos de maior quantidade de agente extintor, montados sobre rodas para serem conduzidos
com facilidade.
Devido ao seu tamanho e a sua capacidade de carga, a operação destes aparelhos obriga o emprego
de pelo menos dois operadores.
As carretas podem ser:
de água;
de espuma mecânica;
de espuma química;
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de pó químico seco;
de gás carbônico.
9.1 Hidrantes
9.2 Caixas de mangueiras;
9.3 Mangueiras de 2 ½” e 1 ½”;
9.4 Derivantes;
9.5 Conexões;
9.6 Esguichos.
9.7 Chaves;
9.8 Peças em geral(registros, tampões, etc).
9.9 Iluminação de emergência;
9.10
Sistema de alarme: Os sistemas de alarme, bem como os detetores que acionam o alarme,
devem ser testados mensalmente, as condições do painel de controle devem ser verificadas
periodicamente. Nos sistemas que utilizam baterias, deve ser verificado as condições de uso e
carga.
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10.Equipamentos de Combate a incêndio 2
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(Hidrantes, Mangueiras e
acessórios)
MANGUEIRAS DE INCÊNDIO
INSTRUÇÕES DE USO DE - MANGUEIRA DE INCÊNDIO
As mangueiras de incêndio devem atender a marca de conformidade ABNT, o que significa que além
de atender totalmente a norma NBR 11861.
ATENÇÃO:
•
O tipo da mangueira deve estar marcado nas duas extremidades do duto flexível.
•
Certifica-se de que o tipo de mangueira de incêndio é adequado ao local e as condições de
aplicação, conforma a norma NBR 11861:
1. Mangueira Tipo 1 - Destina-se a edifícios de ocupação residencial. Pressão de trabalho
máxima de 980 kPa (10 kgf/cm2).
2. Mangueira Tipo 2 - Destina-se a edifícios comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros.
Pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2).
3. Mangueira Tipo 3 - Destina-se a área naval e industrial ou Corpo de Bombeiros, onde é
indispensável maior resistência à abrasão. Pressão de trabalho máxima de 1.470 kPa (15
kgf/cm2).
4. Mangueira Tipo 4 - Destina-se a área industrial, onde é desejável maior resistência à
abrasão. Pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2).
5. Mangueira Tipo 5 - Destina-se a área industrial, onde é desejável uma alta resistência à
abrasão. Pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2)
•
Verificar se a pressão na linha é compatível com a pressão de trabalho de mangueira.
•
Seguir todas as instruções contidas na Norma NBT 12779 - INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO E
CUIDADOS EM MANGUEIRAS DE INCÊNDIO.
•
A mangueira de incêndio deve ser utilizada por pessoal treinado.
•
Não arrastar a mangueira sem pressão. Isso causa furos no vinco.
•
Não armazenar sob a ação direta dos raios solares e/ou vapores de produtos químicos
agressivos.
•
Não utilizar a mangueira para nenhum outro fim (lavagem de garagens, pátios etc.) que não
seja o combate a incêndio.
•
Para a sua maior segurança, não utilize as mangueiras das caixas/abrigos em treinamentos
de brigadas, evitando danos e desgastes. As mangueiras utilizadas em treinamento de
brigadas devem ser mantidas somente para este fim.
•
Evitar a queda das uniões.
•
Nunca guardar a mangueira molhada após a lavagem, uso ou ensaio hidrostático.
DURANTE O USO:
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•
Evitar a passagem da mangueira sobre cantos vivos, objetos cortante ou pontiagudos, que
possam danificá-la.
•
Não curvar acentuadamente a extremidade conectada com o hidrante. Isso pode causar o
desempatamento da mangueira (união).
•
Cuidado com golpes de aríete na linha causados por entrada de bomba ou fechamento
abrupto de válvulas e esguicho (segundo a norma americana NFPA 1962, a pressão pode
atingir sete vezes, ou mais, a pressão estática de trabalho). Isso pode romper ou desempatar
uma mangueira.
•
Quando não for possível evitar a passagem de veículos sobre a mangueira, deve ser utilizado
um dispositivo de passagem de nível. Recomendamos o dispositivo sugerido pela Norma
NBR 2779.
INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO
•
Toda mangueira, quando em uso (em prontidão para combate a incêndio), deve ser
inspecionada a cada 3 (três) meses e ensaiada hidrostaticamente a cada 12 (doze) meses,
•
conforme a norma NBR 12779. Estes serviços devem ser realizados por profissional ou
empresa especializada.
ALERTA: O ensaio hidrostático em mangueira de incêndio deve ser executado
utilizando-se equipamento apropriado, sendo totalmente desaconselhável o ensaio
efetuado por meio da expedição de bomba da viatura, hidrante ou ar comprimido, a
fim de evitar acidente.
•
Para lavagem da mangueira, utilizar água potável, sabão neutro e escova macia.
•
Secar a mangueira à sombra, utilizando um plano inclinado ou posisionando-a na vertical;
nunca diretamente ao sol.
•
Fazer a redobra dos vincos, conforme a Norma NBR 12779, item 5.2.5, com profissional ou
empresa especializada.
•
O usuário deve identificar individualmente as mangueiras sob sua responsabilidade e manter
registros históricos de sua vida útil. Recomendamos o uso da Ficha de controle individual
para Mangueira de Incêndio, conforme o Anexo A da Norma NBR 12779, para manutenção
do presente Certificado de Garantia.
•
Após o ensaio hidrostático, a mangueira deve retornar, preferencialmente, para o mesmo
hidrante ou abrigo em que se encontrava antes do ensaio. Consultar a Norma NBR 12779
para formas de enrolamento.
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11. E.P.I (Equipamento de proteção Individual)
11.1 Conceito legal
•Equipamento de Proteção Individual é todo
dispositivo ou produto , de uso individual ,
utilizado pelo trabalhador , destinado a proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho
Obrigatoriedade
•Lei 6514 de 22/12/77 altera o Capítulo V do Título II da CLT , estabelecendo uma série de
disposições quanto a segurança e medicina do trabalho.
•Portaria n.º 3214 / 78 , aprova as Normas Regulamentadoras - NR do mesmo Capítulo.
•Inicia com 28 normas , dentre as quais a NR-06 - Equipamentos de Proteção Individual.
Legislação
•A empresa é obrigada a fornecer aos empregados , de forma gratuita , EPI adequado ao
risco , em perfeito estado de conservação e funcionamento , nas seguintes
circunstâncias:(6.3)
a) Sempre que medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas
c) Para atender situações de emergência
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Obrigações do empregador
A. Cabe ao empregador:
•adquirir o adequado ao risco da atividade;
•exigir seu uso
•fornecer somente o EPI aprovado pelo órgão nacional competente;
•orientar e treinar o trabalhador quanto a seu uso , guarda e conservação;
•substituir imediatamente quando extraviado ou danificado;
•responsabilizar-se por sua manutenção e higienização.
•Comunicar ao M T E qualquer irregularidade observada.
Recibo de entrega
Obrigações do empregado
Cabe ao empregado:
•Usar , utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
•responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
•comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
•cumprir as determinações do empregador sobre seu uso adequado.
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11.2
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Proteção da cabeça
•Capacete :
Proteção do crânio contra impactos , choques elétricos e no combate a incêndios.
•Capuz :
Proteção do crânio contra riscos de origem térmica , respingos de produtos químicos e contato com
partes móveis de máquinas.
11.3
Proteção dos olhos e face
•Óculos:
Proteção contra partículas , luz intensa , radiação , respingos de produtos químicos;
•Protetor facial:
Proteção do rosto
11.4
Proteção da pele
•Proteção da pele contra a ação de produtos químicos em geral;
•Grupo 1 - creme água resistente
•Grupo 2 - creme óleo resistente
•Grupo 3 - cremes especiais
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11.5
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Proteção dos membros superiores
•Luvas de proteção
•Mangas
•Mangotes
•Dedeiras
Proteção de mãos , dedos e braços de riscos mecânicos , térmicos e químicos
11.6
Proteção dos membros inferiores
•Calçados de segurança
•Botas e botinas
Proteção de pés , dedos dos pés e pernas contra riscos de origem térmica , umidade , produtos
químicos , quedas
11.7Proteção contra quedas com diferença de nível
•Cintos de segurança
Tipo páraquedista e com talabarte;
•Trava quedas;
•Cadeiras suspensas.
•Uso em trabalhos acima de 2 metros
11.8
Proteção Respiratória
•Proteção do sistema respiratório contra gases , vapores , névoas , poeiras.
•Máscaras de proteção respiratória
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11.9
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Proteção para o corpo em geral
•Calças
•Conjuntos de calça e blusão
•Aventais
•Capas
Proteção contra calor , frio , produtos químicos , umidade , intempéries.
12. Equipamentos de detecção de alarme, e de comunicações:
12.1 LOCALIZAÇÃO DE ALARMES DE EMERGÊNCIA:
Os alarmes de incêndio/emergência, são no total de vinte e dois (22) espalhados e dimensionados
pelo terminal.
Locais dos alarmes:
Prédio Administrativo: Possui três sistemas de alarmes de incêndio (um alarme em cada andar);
Refeitório: Possui um sistema de alarme (nos fundos);
Manutenção: Possui dois sistemas de alarmes de incêndio (01 ao lado da sala do encarregado e
outro ao lado do almoxarifado);
Armazém de importação: Possui quatro sistemas de alarme de incêndio (portão A, B, F e G);
12.2 Comunicações :
Ramais para emergência:
-
N°? : (Emergência);
N°?: (Serviço de Segurança do Trabalho)
N°? : (Serviço de Segurança Patrimonial);
N°? : (Ambulatório)
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13. A importância do Plano de ação
- Os procedimentos operacionais escritos que possam estar contidos no Plano de Ação
especialmente elaborado para a sua empresa, é de fundamental importância nas situações
de
emergência.
- As instruções relativas a uma eventual evacuação devem ser claras e bem detalhadas, definindo,
inclusive, as pessoas destinadas ao controle da situação, para evitar que o pânico se instale.
Todas as saídas devem ser claramente sinalizadas.
No caso de um prédio de vários andares, sendo as escadas normalmente utilizadas nas situações de
emergência, nunca se deve armazenar qualquer volume em seus degraus, mesmo temporariamente.
- Após os trabalhos de evacuação, cabe as pessoas encarregadas se certificarem se realmente não
há mais ninguém no prédio.
Pessoas inválidas ou que estejam recebendo cuidados médicos especiais, devem ser orientadas e,
se possível, retiradas por pessoas treinadas especificamente para esses casos.
- As simulações de incêndios devem ser levadas a efeito freqüentemente. Deste modo, além do Plano
de Ação revelar possíveis falhas, o pessoal se especializa cada vez mais, através do treinamento.
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14. Plano de Abandono de Área:
- ABANDONO DE ÁREA;
- PARA QUE SERVE O ABANDONO DE ÁREA E QUAL A SUA FINALIDADE?
- QUAIS OS QUATRO PRINCIPAIS TIPOS DE EMERGÊNCIA PARA ABANDONO DE ÁREA;
- QUAIS OS PONTOS DE ENCONTRO DE EMERGÊNCIA PARA ABANDONO DE ÁREA DO
TERMINAL;
- PRÉDIOS E LOCAIS NO QUAL DEVEM SER REALIZADO DESLOCAMENTOS PARA O
ABANDONO DE ÁREA;
- ROTAS DE FUGA;
- RESGATISTAS - PESSOAS CAPACITADAS P/ REALIZAR A CHECAGEM DO LOCAL E
RETIRADA DE TODAS AS PESSOAS QUE AINDA ESTEJAM PRESENTES NO AMBIENTE DE
RISCO, APÓS O TOQUE E/OU AVISO DE ALARME PARA ABANDONO DE ÁREA;
- PLANO DE ABANDONO DE ÁREA - DICAS EM GERAL;
- ABANDONO EM EDIFICAÇÕES;
- OUTRAS DICAS;
14.1. ABANDONO DE ÁREA:
- O Plano de abandono de área são as medidas necessárias para evacuação de um determinado
local ou região em casos em que haja uma situação de emergência com alto potencial de gravidade.
14.2
-
PARA QUE SERVE O ABANDONO DE ÁREA E QUAL A SUA FINALIDADE?
Serve para manter a integridade física das pessoas envolvidas em um determinado local,
ocorrendo o deslocamento das mesmas para um outro local seguro e que não haja riscos.
14.3
OS QUATRO PRINCIPAIS TIPOS DE EMERGÊNCIA PARA ABANDONO DE
ÁREA SÃO:
1° ) INCÊNDIOS DE GRANDE PORTE EM PRÉDIOS E EQUIPA MENTOS;
2° ) INCÊNDIOS DE GRANDE PORTE EM EMBARCAÇÕES;
3° ) INCÊNDIOS QUE ENVOLVAM PRODUTOS QUÍMICOS E/OU CARGA PERIGOSA/ POSTO DE
ABASTECIMENTO DE GLP/DIESEL E SUBSTAÇÕES ELÉTRICAS;
4°) VAZAMENTOS COM PRODUTOS QUÍMICOS E/OU CARGA PE RIGOSAS ;
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OBS: salientando sempre que o abandono deverá ser realizado após alarme e com orientação após
avaliação da emergência.
14.4-QUAIS SÃO OS PONTOS DE ENCONTRO PARA ABANDONO DE ÁREA DO
TERMINAL?
São no total de seis pontos de encontro para abandono de área:
-
1º ponto de encontro: localiza-se na ?;
2º ponto de encontro: localiza-se no prédio da sala ?;
14.5 PRÉDIOS E LOCAIS NO QUAL DEVEM SER REALIZADOS OS DEVIDOS
DESLOCAMENTOS PARA ABANDONO DE ÁREA:
1º) PRÉDIOS ADMINISTRATIVO, REFEITÓRIO, SESST, DGO, VESTIÁRIOS
MASCULINO/FEMININO , PRÉDIO PRÉ ADVICE/GATES IMP. E EXP.:
A população fixa e flutuante que encontrarem-se nestes prédios, deverão em caso de acionamento
de alarme e orientação, deslocar-se pelas rotas de fuga (pré determinadas) até o ponto de encontro
para abandono de área que serve para estes prédios.
Ponto de encontro este localizado na ?.
2º) PRÉDIO APOIO ADM E VESTIÁRIO MANUTENÇÃO:
A população fixa e flutuante destes prédios, em caso de acionamento de alarme e orientação,
deverão deslocar-se para o ponto de encontro localizado na frente da sala de permanência/lazer,
próximo a portaria 03 (acesso de TPA’s);
3º ) ARMAZÉNS DE IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO E CARGAS ESPECIAS:
A população fixa e flutuante destes prédios, em caso de acionamento de alarme e orientação,
deverão deslocar-se para o ponto de encontro localizado na rampa entre os Armazéns de Imp. E
Exp. e em segundo plano de abandono , deverão deslocar-se para o ponto de encontro ao lado
da portaria 02.
4º ) OUTROS:
14.6 RESGATISTAS - PESSOAS CAPACITADAS P/ REALIZAR A CHEGAGEM
DO LOCAL E RETIRADA DE TODAS AS PESSOAS QUE AINDA ESTEJAM
NA ÁREA DE RISCO, APÓS O TOQUE E/OU AVISO DE ALARME DE
ABANDONO DE ÁREA.
-
Serão nomeadas pessoas do G.C.E para a realização da “varredura” do local (verificar se não
ficou nenhum retardatário no local);
-
Os Encarregados e/ou responsáveis pelo setor deverão realizar e verificar a lista de presença,
após o abandono de área.
-
Quando ocorrerem treinamentos de simulação haverá cronometragem de tempo e anotações de
possíveis falhas durante operação de abandono de área, afim de que sejam realizadas futuras
correções.
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14.7 PLANO DE ABANDONO DE ÁREA
-
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DICAS EM GERAL :
# Em caso de emergência, chame imediatamente a Segurança do Trabalho (
# Desligar máquina ou equipamento;
# Apagar toda e qualquer chama, fechando fonte de ignição;
# Não deixar ferramentas e objetos no caminho;
# RETIRAR-SE CALMAMENTE E EM ORDEM, SEGUINDO O CAMINHO INDICADO; POR ISSO
PROCURAR CONHECER TODAS AS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA QUE POSSAM EXISTIR NO
PRÉDIO OU EM OUTRO LOCAL DE TRABALHO (ÁREA OPERACIONAL, ETC);
# Evitar correrias, gritarias ou brincadeiras que possam criar pânico.
14.9 ABANDONO DE EDIFICAÇÕES EM CASO DE NECESSIDADE : SEGUIR AS
SEGUINTES ORIENTAÇÕES:
1. O abandono deve ser feito pelas escadas sem afobamentos.
2. Se um incêndio ocorrer em seu setor ou escritório, saia imediatamente. Muitas pessoas morrem
por não acreditarem que um incêndio possa se alastrar com rapidez;
3. Se você ficar preso em meio a fumaça, respire pelo nariz, em rápidas inalações. Se possível
molhe um lenço e utilize-o como máscara improvisada. Procure rastejar para saída, pois o ar é
sempre melhor junto ao chão.
4. Utilize as escadas, nunca o elevador. Um incêndio razoável pode determinar o corte de energia
para os elevadores. Feche, mas não tranque todas as portas que ficarem atrás de você, pois
assim retardará a propagação do fogo.
5. Se você ficar preso em uma sala cheia de fumaça, fique junto ao piso, onde o ar é sempre
melhor. Se possível fique perto de uma janela de onde poderá chamar por socorro.
6. Toque a porta com a mão. Se estiver quente, não abra. Se estiver fria, faça este teste: abra
vagarosamente e fique atrás da porta. Se sentir calor ou pressão vindo através da abertura,
mantenha fechada.
7. Se você não poder sair, mantenha-se atrás de uma porta fechada. Porta serve como couraça.
Procure um lugar perto da janela, e abra-as em cima e em baixo. Calor e fumaça devem sair por
cima. Você poderá respirar pela abertura inferior.
8. Procure conhecer os equipamentos de combate a incêndio do seu setor, para utilizá-los com
eficiência em caso de emergência.
9. Um prédio pode lhe dar várias opções de salvamento. Conheça-as previamente, não salte dos
prédios. Muitas pessoas morrem sem imaginar que o socorro pode chegar em minutos.
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10. Se houve pânico na saída principal, mantenha-se afastado da multidão. Procure outra saída.
UMA VEZ QUE VOCÊ TENHA CONSEGUIDO ESCAPAR , NÃO RETORNE
11. Ao constatar um princípio de incêndio, fique calmo e ligue imediatamente para a Segurança do
trabalho (Ramal) ou para a telefonista/unidade de segurança patrimonial fornecendo as seguintes
informações:
****
****
****
****
Número do telefone de onde está falando;
Nome correto do local onde está ocorrendo o incêndio , emergência.
Nome completo de quem está falando;
Relato do que está ocorrendo.
]
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15.Como agir se você for apanhado de surpresa.
Não entre em pânico. Sua lucidez pode salvar-lhe a vida.
Se houver um telefone disponível, ligue imediatamente para o corpo de bombeiros, ou serviço
de emergências, dando sua localização e, se possível, as proporções do incêndio.
Nunca abra uma porta se sentir que há fogo do outro lado.
Se ela estiver quente, o que você pode saber tocando-a com as costas de uma das mãos,
busque outra saída. Se, infelizmente, não houver alternativa, procure vedar todas as frestas
em volta dela com que estiver a seu alcance.
Caso você esteja sentindo dificuldade para respirar, abaixe-se e procure permanecer junto ao
piso. Se houver uma janela abra-a, ou até mesmo quebre-a., para que o ambiente seja
ventilado.
Se o fogo atingir a sua roupa, não corra. Deite no chão e role para abafá-lo. Quando você
corre o fogo aumenta, alimentado pelo oxigênio.
Caso a roupa de um colega esteja em chamas, procure abafa-las envolvendo-o com uma
jaqueta, tapete, manta, etc.
16. Quadro de disjuntores da Empresa
Segue local dos quadros de disjuntores:
Prédio de apoio- entrando na porta do prédio a esquerda no quadro de disjuntores, disjuntor principal
50 A, Obs. tendo 02 tomadas 380 v ao lado da escada, disjuntor das mesmas dentro da subestação,
entrando 3 m, quadro de disjuntores geral, primeiro disjuntor em cima 125 A.
Armazém de importação - do lado direito do portão F, lado do pátio. Disjuntor de 75 A. Rede
estabilizada lado esquerdo do portão A, lado das Docas. Disjuntor de 30 A.
17. Sistemas de controle de incidentes
O tratamento de incidentes de segurança é um dos itens de serviço mais importante de
verificação emergencial e tem como principais objetivos isolar o problema de imediato (para
tratamento posterior), restaurar os serviços de forma mais rápida possível . Da ocorrência do
incidente até a volta ao estado normal dos serviços afetados por ele, alguns processos são
executados e devem fazer parte de qualquer plano de respostas a incidentes bem-sucedido. Os
processos são quatro: notificação/detecção; triagem; análise; e resposta ao incidente. Em resumo, as
notificações do incidente chegam por e-mail, telefone, helpdesk, IDS (detecção), entre outros, são
convergidas para um ponto central de contato, e através do processo de triagem o incidente é
categorizado, ordenado e direcionado para análise. A análise do incidente, consiste em examinar,
fornecer suporte técnico, identificar os pontos afetados e fornecer soluções e consertos para o
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problema. Por fim, é preciso dar uma resposta e trabalhar em cima da divulgação do incidente,
através de ações de elaboração e divulgação de recomendações para recuperação, contenção e
prevenção de incidentes focando a resolução do problema.
Enfim, através do serviço de tratamento de incidentes é possível identificar e determinar o escopo, a
prioridade e a natureza do incidente, além de avaliar o estrago causado por ele e as estratégias ou
soluções de contorno disponíveis. É fundamental também proteger as provas do incidente,
preservando as evidências que devem ser analisadas e correlacionadas para determinar tendências,
o que torna possível identificar novas atividades e ataques futuros, além de gerar estatísticas sobre o
incidente. Porém, mais importante que a resposta a incidentes em si, é traçar um bom planejamento,
definindo um plano de resposta a incidentes confiável, e principalmente, testar cada ação desse plano
antes do incidente ocorrer. Assim você poderá confiar nas medidas e ações estabelecidas e oferecer
um serviço de tratamento de incidentes de qualidade para o ambiente de trabalho
18. Proteção Respiratória
Respiradores Especiais - Névoas, Fumos e Poeiras -
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Respiradores Descartáveis:
Tipo P2
(Névoas, Fumos e Poeiras)
Respiradores Semi-Faciais
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PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Introdução
O sistema respiratório é constituído por um conjunto de órgãos que tornam possível a
respiração normal.
Falando mais concretamente, é formado pelo nariz, boca, garganta, laringe, traquéia e os
brônquios, os quais constituem as vias respiratórias.
Por outro lado encontram-se os pulmões, cuja missão é enviar o oxigênio ao sangue e este
de transportar o oxigênio a todas as células do corpo.
É esta uma das principais funções do aparelho circulatório, de transportar o oxigênio através
do corpo humano em suas artérias e de recolher o produto da reação ou seja, o dióxido de carbono CO2, e levá-lo até os pulmões para ser expelido.
Integrando este sistema está também o diafragma e os músculos do peito, os quais têm por
objetivo provocar os movimentos respiratórios normais.
É o oxigênio que mantém acesa a chama da vida.
O cérebro é o encarregado de regular a função respiratória. Quando o cérebro necessita
mais oxigênio, envia estímulos aos músculos do peito e o diafragma por meio dos nervos, fazendo-os
funcionar com maior aceleração e vigor.
Comparando o corpo humano a uma máquina completa, pode-se concluir que um dos
parâmetros a assegurar o perfeito funcionamento, é a presença de “ar respirável”.
nariz
epligote
boca
esôfago
laringe
traquéia
brônquios
pulmão
direito
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pulmão
esquerdo
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Ar respirável
O ar atmosférico que nos envolve, o ar natural (aqui considerado seco) pode ser
representado em números redondos, em porcentagem por volume de:
21% OXIGÊNIO
1%
GASES NOBRES
ARGÔNIO
DIÓXIDO DE CARBONO
78% NITROGÊNIO
Na prática, entretanto, todo ar natural possui um certo percentual de umidade, igualmente necessário
à vida.
Permanecendo o ar respirável, apesar das variações climáticas, o nosso organismo consegue
aproveitá-lo e a nossa respiração e o metabolismo se adaptam com flexibilidade a essas condições
do meio ambiente.
Porém, quais os valores limites que o ar que nos envolve deve ter para que possa ser aceito
como “ar respirável” ?
Genericamente entende-se por “ar respirável”, uma composição que o homem possa respirar
por um tempo prolongado sem sofrer danos ou sem sentir incômodos. Por exemplo: Gás tóxico e
odor desagradável.
A deficiência de oxigênio no ambiente, a inalação de produtos prejudiciais à saúde, bem
como, um estado fisiológico impróprio do ar atmosférico, como por exemplo: pressão, temperatura e
outros, podem causar prejuízos ao organismo humano.
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DATA:24/08/12
Ar respirável significa:
• Conter no mínimo 19,5% em volume de oxigênio.
• Estar livre de produtos prejudiciais à saúde, que através da respiração
possam provocar distúrbios ao organismo ou o seu envenenamento.
• Encontrar-se no estado apropriado para a respiração, isto é, ter
pressão e temperatura normal, que em hipótese alguma levem a
queimaduras ou congelamentos.
• Não deve conter qualquer substância que o torne desagradável, por
exemplo: odores.
Respiração
Por respiração do homem entende-se todo o processo pelo qual o corpo humano é suprido de
oxigênio e libertado de CO2 (dióxido de carbono).
Oxidação ou Combustão
É o processo que se dá nas células do corpo humano, lentamente, onde os alimentos são
transformados em energia, pela reação com o oxigênio do ar respirado.
O dióxido de carbono e outros produtos secundários que se formam, devem ser expelidos
continuamente.
A este processo que ocorre nas células do corpo humano chamamos de “metabolismo”.
QUANTO DURA A “CHAMA DA VIDA” ?
SEM COMER
30 DIAS
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SEM BEBER
3 DIAS
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SEM RESPIRAR
3 MINUTOS
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Controle dos perigos respiratórios
Num bom programa de proteção respiratória, é essencial a avaliação correta do perigo. Isso
requer que se conheça o processo, as matérias primas empregadas, os produtos finais, derivados e
outros.
Com esse conhecimento deve-se recolher uma quantidade suficiente de amostras
apropriadas, que mostrem, durante todas as condições de operação, atmosferas que por seu
conteúdo de oxigênio e níveis de concentração, sejam suficientemente conhecidas para avaliar a que
exposição uma pessoa estará exposta durante o trabalho.
Conhecimento dos perigos respiratórios
Pelas características da formação do corpo humano, os materiais tóxicos podem penetrar no
corpo por 3 (três) diferentes caminhos:
Sistema Respiratório
Gastro- intestinal
(boca)
Pele
(Poros)
Classificação dos riscos
Os riscos respiratórios classificam-se normalmente, por:
• Deficiência de oxigênio;
• Contaminação por gases: Imediatamente perigosos à vida, ou não.
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DATA:24/08/12
• Contaminação por aerodispersóides (poeiras, fumos, etc...);
• Contaminação por gases e aerodispersóides: imediatamente
perigosos à vida, ou não.
O conteúdo normal de oxigênio no ar atmosférico é de aproximadamente 21% em volume.
As concentrações de oxigênio abaixo de 19,5% são consideradas inseguras para as exposições
humanas devido aos efeitos nocivos nas funções do organismo, processos mentais e coordenação
muscular.
Gases imediatamente perigosos à vida
São contaminantes que podem estar presentes em concentrações perigosas, mesmo quando
a exposição for por um período curto.
Gases não imediatamente perigosos à vida
São contaminantes que podem ser respirados por um período curto, sem que ofereçam risco
de vida, porém podem causar desconforto e possivelmente danos quando respirados por um período
longo ou em períodos curtos, mas repetidos muitas vezes.
Classes de contaminantes gasosos
Quimicamente os contaminantes gasosos podem ser classificados como:
• Inertes
Não são metabolizados pelo organismo
Ex: Nitrogênio, Hélio, Argônio, Neônio, Dióxido De Carbono.
• Ácidos
Podem causar irritações no sistema respiratório e provocar o aparecimento de edemas pulmonares
Ex: Dióxido De Enxofre, Gás Sulfídrico, Ácido Clorídrico.
• Alcalinos
Idem ao Ácidos - Ex: Amônia E Aminas.
• Orgânicos
Podem existir como gases ou vapores de composto líquido orgânico. Ex: Acetona, Cloreto De Vinila,
Etc...
• Organo Metálicos
Compostos metálicos combinados a grupos orgânicos.
Ex: Chumbo Tretaetile e Fósforo Orgânico.
Efeitos biológicos
Os gases e vapores podem ser classificados segundo a sua ação
sobre o organismo. Dividindo-se em 3 grupos:
• Irritante
Produzem inflamação nos tecidos com que entra em contato direto: pele, olhos, via respiratória.
Ex: ácido clorídrico, sulfúrico, amônia, soda cáustica. o ponto de ação dos gases e vapores
irritantes é determinado pela solubilidade.
• Anestésico
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A maioria dos solventes pertencem a este grupo, uma propriedade comum a todos é o efeito
anestésico, devido a ação depressiva sobre o sistema nervoso central.
Ex: clorofórmio, éter; os quais podem provocar perda da sensibilidade, inconsciência e a morte.
• Asfixiantes
Simples = Nitrogênio.
Químico = “CO “ - Monóxido de carbono.
• Venenos sistêmicos
Podem causar danos aos órgãos e sistemas vitais do corpo humano.
Ex: vapores metálicos de Mercúrio, Arsênio, etc...
Aerodispersóides
• Formação: dispersão
de partículas
no ar de tamanho reduzido.
Podem ser classificados em três grupos, de acordo com sua ação nociva:
•Partículas Tóxicas
Podem passar dos pulmões para a corrente sangüínea e levadas para as diversas partes do corpo,
onde vão exercer ação nociva à saúde (Irritação química, envenenamento sistêmico, tumores, etc...)
Ex: Antimônio, Arsênio, Cádmio, Ácido Fosfórico, Fósforo, ácido Crômio, etc...
•Poeiras causadoras de fibroses ou pneumoconioses
As quais não sendo absorvidas pela corrente sangüínea permanecem nos pulmões podendo causar
lesões sérias neste órgão.
Ex: Asbesto, Carvão, Bauxita, Sílica livre, etc...
• Partículas não tóxicas
Chamadas também de poeiras não agressivas, não causam fibroses, podem ser dissolvidas e passar
diretamente para a corrente sangüínea ou que podem permanecer nos pulmões, sem causar efeitos
nocivos locais ou sistêmicos.
Ex: Algodão, Lã, Farinhas, Poeiras de Couro, Pó de Madeira, etc...
“ Altas concentrações destes aerodispersóides devem ser considerados sempre com muita atenção”.
Os aerodispersóides segundo suas propriedades físicas classificam-se em:
• Névoas ou neblinas
Partículas líquidas em suspensão no ar, com dimensões que vão desde 5 a 100 mícrons.
• Fumos
Partículas sólidas de origem orgânica. São encontradas em dimensões que vão de 0,01 a 0,3
mícrons.
• Poeiras
Partículas sólidas geradas mecanicamente por manuseio, moagem, raspagem, esmerilhamento, etc...
São encontradas em dimensões perigosas que vão desde 0,5 a 10 mícrons.
• Vapores Metálicos
Partículas sólidas condensadas. São encontradas em dimensões de 0,1 a 1 mícron.
• Organismos vivos
Bactérias em suspensão no ar, com dimensões de 0,001 a 15 mícrons.
Mícron
Unidade de comprimento igual a uma milionésima parte do metro padrão.
Perigos das partículas
As dimensões das partículas expressas em mícrons, são de suma importância.
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As partículas menores de 10 mícrons de diâmetro tem mais facilidade para penetrar no
sistema respiratório.
As partículas menores de 5 mícrons de diâmetro são mais fáceis de alcançar os pulmões.
Formas de expressão de quantidades de poluentes no ar
• PPM - (partes por milhão)
3
1 ppm de poluente corresponde a 1 cm de poluente por metro cúbico de ar respirado.
3
Assim, ao constatarmos que determinado ambiente tem 30 ppm de cloro, estamos respirando 30 cm
desse gás por metro cúbico de ar que respiramos.
1 metro cúbico de ar
•Mg/m3
1 PPM = 1 centímetro
cúbico de ar respirado
- Miligramas de poluente por metro cúbico de ar respirado.
• Mg/L - Miligramas de poluente por litro de ar respirado.
• MPPC - Milhões de partículas por pé cúbico de ar.
• outras de menor uso, entre elas a “porcentagem por volume”
por
abranger grandes quantidades.
Trabalhos com proteção respiratória
Apesar de todo o esforço realizado, nem sempre será possível conseguir que certos locais de
trabalho estejam livres de contaminantes que vez e outra ou continuamente excedem os limites de
tolerância previstos. Nestes casos será inevitável um controle contínuo dos contaminantes.
TRABALHOS
COM
PROTEÇÃO
RESPIRATÓRI
A
ÁREAS
DE
TRABALHO
CONTAMINADA
S
ATUAÇÕES
IMPREVISÍVEIS
ABANDONO
EM
PERIGO
EMINENTE
SALVAMENTOS
E
AÇÃO
DE SOCORRO
Sistemas de equipamentos de proteção respiratória
A variedade de tarefas que são realizadas com proteção respiratória é demasiadamente
grande para um único tipo universal de equipamento. Desenvolveu-se portanto, para atender às
inúmeras tarefas distintas, várias espécies diferentes de proteção respiratória.
Pelo efeito de sua proteção os equipamentos de proteção respiratória são divididos em 2
grupos principais, assim temos “os dependentes” que dependem do efeito do ar atmosférico e “os
independentes”, aqueles que independem do efeito ao ar atmosférico ambiental.
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AUTÔNOMA
DEPENDE
DE AR
AR MANDADO
DEPENDENTE
INDEPENDENTE
S
Filtros
Os filtros de respiração retêm os
poluentes do ar respirado, porém não fornecem
oxigênio.
Em decorrência deste fato só poderão
ser usados em atmosferas que contenham no mínimo 19,5% em volume de oxigênio.
Os filtros de respiração aparecem nas mais variadas formas construtivas.
São concebidos como:
- Filtros de encaixe;
- Filtros de rosca;
- Filtros de cartucho.
Em lugares com deficiência de oxigênio ou com elevadas concentrações de contaminantes, é
obrigatório o uso de equipamentos que independem do meio atmosférico ambiental, tais como:
- Equipamento de respiração com linha de ar;
- Equipamentos autônomos de respiração a ar comprimido;
- Equipamentos autônomos de respiração com oxigênio.
Espécies de filtros
• Filtros contra gases
Os filtros contra gases são recheados com carvão ativo, cuja estrutura porosa oferece uma grande
superfície.
Enquanto o ar respirado flui através da carga de carvão ativo do filtro, as moléculas do
contaminante são retidas na grande superfície do carvão ativo granulado.
Para muitos outros gases (por exemplo: amônia, cloro, dióxido de enxofre), o efeito de
retenção no filtro poderá ser melhorado com a impregnação do carvão com produtos químicos de
retenção, utilizando-se para tanto sais minerais e elementos alcalinos.
• Filtros contra aerodispersóides
Os filtros contra aerodispersóides consistem de material fibroso microscopicamente fino. Partículas
sólidas e líquidas são retidas na superfície dessas fibras com grande eficiência.
•Filtros combinados
Os filtros combinados formam a união de filtro contra gases e de filtro contra aerodispersóides numa
mesma unidade filtrante.
Oferecem proteção quando gases e aerodispersóides aparecem simultaneamente no
ambiente.
O ar inalado atravessa inicialmente o filtro contra aerodispersóides que retêm todas as
partículas em suspensão no ar.
• Tempo de uso e saturação
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Dependendo de suas dimensões e das condições de uso, os filtros de respiração são capazes de
reter uma certa quantidade de contaminantes.
Os filtros contra aerodispersóides em geral tendem a se fechar mais com o uso. A resistência
respiratória aumenta.
Quando os filtros contra gases são usados até o limite, atingindo sua saturação, o usuário
nota-o em geral pela percepção do cheiro característico de um gás ou pela irritação da mucosa.
No uso de filtros combinados, dependendo da composição dos contaminantes, o filtro poderá
saturar pelo entupimento dos aerodispersóides e assim se notaria uma elevada resistência
respiratória ou o filtro se satura pelo elemento contaminante gasoso e a troca se fará quando notado
o primeiro cheiro de gás.
• Armazenamento
O armazenamento de filtro contra gases ou combinados, novos, na embalagem original de fabricação,
e acondicionados convenientemente à vácuo, é de 3 anos após sua fabricação.
Após o vencimento desse prazo os filtros não devem ser usados.
Filtros contra aerodispersóides podem ser armazenados por tempo praticamente ilimitado.
Os filtros uma vez abertos, mesmo que nunca usados, devem ser substituídos dentro de um
prazo de 6 meses.
• Treinamento
Para usar com segurança qualquer equipamento de proteção respiratória, é essencial que o usuário
tenha sido instruído corretamente sobre a seleção, uso e manutenção.
O treinamento deverá, no mínimo, incluir o seguinte:
- Instrução sobre a natureza dos perigos, bem como, uma apreciação do que poderia suceder se
não se usasse o equipamento correto.
- Comentários sobre o porque esse é o modelo indicado para o fim específico.
- Comentários sobre a capacidade e limitações dos dispositivos ou equipamentos.
- Instrução e treinamento sobre o seu uso.
- Instrução teórica e pratica para reconhecer e saber enfrentar situações de emergência.
• Inspeção
Todos os equipamentos deverão ser inspecionados periodicamente, antes e depois do seu uso.
• Manutenção
Todos os equipamentos de proteção respiratória deverão ser limpos e higienizados depois de cada
uso.
• Reparos
A substituição de peças que não sejam aproveitáveis, qualquer reparo e a manutenção dos
equipamentos de proteção respiratória, deverá ser feita pela Segurança do Trabalho que
providenciará o contato com o órgão especializado e competente para tal.
• Método correto de uso
Para uso com segurança das máscaras faciais, existe um método padronizado e seguro cujos passos
passamos a mostrar:
- Carregue-a sempre pendurada pela alça de borracha, pois estará sempre pronta para o uso;
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- Segure a parte superior da máscara com as duas mãos, tendo antes o cuidado de “soltar”
totalmente todos os tirantes;
- Coloque primeiramente o queixo, “vestindo” a máscara totalmente, posicionando-a no lugar certo;
- Aperte os tirantes inferiores, puxando as tiras de borracha auto-travantes;
- Faça a mesma operação com os tirantes superiores;
- Da mesma forma ajuste o tirante posicionado sobre o couro cabeludo.
•Importante
- Faça o teste de vedação tampando seu bocal ou apertando a traquéia da mascara.
- Se a máscara estiver bem ajustada, o contorno do equipamento aderirá fortemente ao rosto,
impedindo possíveis infiltrações de gases para dentro da mascara.
- Se isso não ocorrer aperte novamente os tirantes, fazendo novo teste.
Obs.: Nas mascaras autônomas (faciais) este teste deverá ser feito com o suprimento de ar fechado .
Em seguida deverá ser colocado o filtro e/ou aberto o suprimento de ar.
Para retirar a máscara, aperte a parte interna da fivela dos tirantes de fixação de borracha, fazendo a
operação ao inverso:
• Tirante do couro cabeludo;
• Tirantes superiores;
• Tirantes inferiores.
Lembre-se que pelo fato de você estar com o EPI adequado, não significa que está isento de se
acidentar, por isso:
• Conheça a natureza do risco.
• Estabeleça e mantenha o controle das medidas.
• Seja responsável pela sua segurança e a daqueles que dependem
você.
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19. Resgate de vítimas em espaços confinados (ABNT NBR 14787)
Espaço confinado: É qualquer área não projetada para ocupação contínua, à qual tem
meios limitados de entrada e saída, e na qual a ventilação existente é insuficiente para
remover contaminantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio que podem
existir ou se desenvolverem.
Espaço Confinado representativo: É um simulador de um espaço confinado em tamanho
de abertura, configuração e meios de acesso para o treinamento do trabalhador que não
apresente riscos.
Inertização: É um procedimento de segurança num espaço confinado que visa evitar uma
atmosfera potencialmente explosiva através do deslocamento da mesma por um fluído
inerte. Este procedimento produz uma atmosfera IPVS deficiente de oxigênio.
Isolamento: É a separação física de uma área ou espaço considerado próprio e permitido
ao adentramento, de uma área ou espaço considerado impróprio (perigoso) e não
preparado ao adentramento.
Permissão de Entrada: É uma autorização escrita que é fornecida pelo empregador, ou
seu representante legal, para permitir e controlar a entrada em um espaço confinado.
Permissão para trabalho a quente: É uma autorização escrita do empregador, ou seu
representante legal, para permitir operações capazes de fornecer uma fonte de ignição.
Procedimento de permissão de entrada: É o documento escrito do empregador, ou seu
representante legal, para a preparação e emissão da permissão de entrada. Assegura
também, a continuidade do serviço no espaço confinado permitido, após o término da
entrada.
Programa para entrada em espaço confinado: É um programa geral do empregador ou
seu representante legal, elaborado para controlar e para proteger os trabalhadores de riscos
em espaços confinados e para regulamentação da entrada dos trabalhadores nestes
espaços.
Reconhecimento: Processo de identificação dos ambientes confinados e seus respectivos
riscos.
Supervisor de Entrada: É a pessoa com capacitação e responsabilidade pela
determinação se as condições de entrada são aceitáveis e estão presentes numa
Permissão de Entrada, como determina esta norma.
Trabalhador autorizado: É o profissional com capacitação que recebe autorização do
empregador, ou seu representante legal, para entrar em um espaço confinado permitido.
Vêdo: A palavra vêdo, tampa ou tampão, significa vedação para qualquer abertura,
horizontal, vertical ou inclinada.
Vigia: É o trabalhador que se posiciona fora do espaço confinado e monitora os
trabalhadores autorizados realizando todos os deveres definidos no programa para entrada
em espaços confinados.
REQUERIMENTOS GERAIS:
Todos os espaços confinados devem ser adequadamente sinalizados, identificados e
isolados para evitar que pessoas não autorizadas adentrem a estes locais.
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Se o empregador, ou seu representante legal, decidir que os trabalhadores contratados e
sub-contratados não devem entrar no espaço confinado, o mesmo deverá tomar todas as
medidas efetivas para evitar que os trabalhadores entrem no espaço confinado.
Se o empregador, ou seu representante legal, decidir que os trabalhadores podem entrar no
espaço confinado, o empregador deverá desenvolver e implantar um programa escrito de
espaços confinados com permissão de entrada. O programa escrito deverá estar disponível
para o conhecimento dos trabalhadores, seus representantes autorizados e órgãos
fiscalizadores.
O empregador, ou seu representante legal, deve coletar dados de monitoração e inspeção
que darão suporte na identificação de espaços confinados.
Antes de um trabalhador entrar num espaço confinado, a atmosfera interna deverá ser
testada por trabalhador autorizado e treinado, com um instrumento de leitura direta,
intrinsicamente seguro, protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de
radiofrequências, calibrado e testado antes da utilização para as seguintes condições:
•
•
•
Concentração de oxigênio
Gases e vapores inflamáveis
Contaminantes do ar potencialmente tóxicos
O registro de dados deve ser documentado pelo empregador, ou seu representante legal,
e estar disponível para os trabalhadores que entrem no espaço confinado.
As seguintes condições se aplicam a espaços confinados:
Deverão ser eliminadas quaisquer condições que os tornem inseguros no momento anterior
à remoção de um vêdo, tampa ou tampão de entrada.
Em casos de trabalho em atmosfera IPVS ou potencialmente capaz de atingir níveis de
atmosfera IPVS, os trabalhadores deverão estar treinados e utilizar EPI’s (equipamentos de
proteção individual) que garantam sua saúde e integridade física.
Se uma atmosfera perigosa for detectada durante a entrada:
O espaço deverá ser analisado para determinar como a atmosfera perigosa se desenvolveu,
para registro de dados..
O empregador, ou seu representante legal, deverá verificar se o espaço confinado está
seguro para entrada e que as medidas que antecedem a entrada tenham sido tomadas
através de permissão de entrada por escrito.
EQUIPAMENTOS:
Providenciar os seguintes equipamentos, sem custo aos trabalhadores, funcionando
adequadamente e assegurando a utilização correta:
Equipamento de sondagem inicial e monitorização contínua da atmosfera, calibrado e
testado antes do uso, aprovado por órgãos credenciados pelo INMETRO. Os equipamentos
que forem utilizados no interior do espaço confinado com risco de explosão deverão ser
instrinsicamente seguros e protegidos contra interferência eletromagnética e
radiofrequência, assim como os equipamentos posicionados na parte externa do espaço
confinado que possa estar em áreas classificadas.
Equipamento de ventilação mecânica para obter as condições de entrada aceitáveis,
através de insuflamento e/ou exaustão de ar. Os ventiladores que forem instalados no
interior do espaço confinado com risco de explosão deverão ser instrinsicamente seguros,
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assim como os ventiladores posicionados na parte externa do espaço confinado que possa
estar em áreas classificadas. A operação de exaustão deverá ser realizada com
ventiladores intrinsicamente seguros.
Equipamento de comunicação, intrinsicamente seguro aprovado por órgãos credenciados
pelo INMETRO.
Equipamentos de proteção individual e movimentadores de pessoas intrinsicamente
seguros em áreas classificadas.
Equipamentos para atendimento pré-hospitalar.
Equipamento de iluminação, intrinsicamente seguro aprovado por órgãos credenciados pelo
INMETRO.
RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO:
Reconhecer os espaços confinados existentes e cadastrando-os e sinalizando-os.
Restringir o acesso a todo e qualquer espaço que possa propiciar risco à integridade física e
à vida.
Garantir a divulgação da localização e da proibição de entrada em espaço confinado para
todos os funcionários não autorizados.
Designar as pessoas que tem obrigações ativas nas operações de entrada, identificando os
deveres de cada trabalhador e providenciar o treinamento requerido.
Testar as condições nos espaços confinados para determinar se as condições de entrada
são seguras. Monitorar continuamente as áreas onde os trabalhadores autorizados
estiverem operando.
PROCEDIMENTOS:
Todo e qualquer trabalho em espaço confinado, obrigatoriamente, deverá ter no mínimo,
duas pessoas, sendo um deles denominado vigia.
Desenvolver e implementar procedimentos para os serviços de emergência especializada e
primeiros socorros para o resgate dos trabalhadores em espaços confinados.
Desenvolver e implementar um procedimento para preparação, emissão, uso e
cancelamento de permissões de entrada.
Desenvolver e implementar procedimentos de coordenação de entrada que garantam a
segurança de todos os trabalhadores, independente de haver diversos grupos de empresas
no local.
Interromper as operações de entrada sempre que surgir um novo risco de comprometimento
dos trabalhos.
Circunstâncias que requerem a revisão do procedimento de entrada em espaços
confinados, porém não limitada a estas:
•
•
•
•
•
•
qualquer entrada não autorizada num espaço confinado;
detecção de um risco no espaço confinado não coberto pela permissão;
detecção de uma condição proibida pela permissão;
ocorrência de um dano ou quase-acidente durante a entrada;
uma mudança no uso ou na configuração do espaço confinado e,
queixa dos trabalhadores sobre a segurança e saúde do trabalho.
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As permissões de entrada canceladas por motivo de surgimento de riscos adicionais devem
ser arquivadas pelo período de um ano e servirão de base para a revisão do programa.
Procedimento de Permissão de Entrada:
Antes que a entrada seja autorizada, o empregador, ou seu representante legal, deverá
documentar o conjunto de medidas necessárias para a preparação de uma entrada segura.
Antes que a entrada comece, o supervisor, identificado na permissão, assinará a permissão
de entrada para autorizá-la.
A permissão completa estará disponível, para todos os trabalhadores autorizados, pela sua
fixação na entrada ou por quaisquer outros meios igualmente efetivos.
A permissão de entrada será encerrada ou cancelada a Permissão quando:
•
•
•
As operações de entrada cobertas pela Permissão tiverem sido completadas;
Uma condição não prevista na Permissão de Entrada ocorre dentro ou nas
proximidades do espaço confinado.
Houver a saída, pausa ou interrupção dos trabalhos em espaços confinados.
Permissão de Entrada
A Permissão de Entrada que documenta conformidade das condições locais e autoriza a
entrada em cada espaço confinado identificará:
O espaço confinado a ser adentrado;
O objetivo da entrada;
A data e a duração da autorização da Permissão de Entrada;
Os Trabalhadores Autorizados a entrar num espaço confinado deverão ser relacionados e
identificados pelo nome e pela função que irão desempenhar;
Espaço para assinatura e identificação do supervisor que autorizou a entrada;
Os riscos do espaço confinado a ser adentrado;
As medidas usadas para isolar o espaço confinado e para eliminar ou controlar os riscos do
espaço confinado antes da entrada;
A Permissão de Entrada é válida somente para cada entrada.
Deveres dos Trabalhadores Autorizados.
O empregador, ou seu representante legal, deverá assegurar que todos os Trabalhadores
Autorizados:
Conheçam os riscos e as medidas de prevenção que possam encontrar durante a entrada,
incluindo informações sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqüências da exposição;
Usem adequadamente os equipamentos;
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Saibam operar os recursos de comunicação para permitir que o Vigia monitore a atuação
dos trabalhadores e os alerte da necessidade de abandonar o espaço confinado;
Alertas
O trabalhador deve alertar o Vigia sempre que:
•
Reconheça algum sinal de perigo ou sintoma de exposição a uma situação perigosa,
não prevista;
•
Detecte uma condição proibida.
Abandono
A saída de um espaço confinado deve ser processada o mais rápido possível se:
O Vigia e/ou o Supervisor de Entrada ordenarem abandono;
O trabalhador reconheça algum sinal de perigo, risco ou sintoma de exposição a uma
situação perigosa;
Um alarme de abandono for ativado.
Deveres dos Vigias:
•
•
•
•
•
•
•
•
Conhecer os riscos e as medidas de prevenção que possam ser enfrentados
durante a entrada, incluindo informação sobre o modo, sinais ou sintomas e
conseqüências da exposição.
Estar ciente dos riscos de exposição nos Trabalhadores Autorizados;
Manter continuamente uma contagem precisa do número de Trabalhadores
Autorizados no espaço confinado e assegurar que os meios usados para identificar
os trabalhadores autorizados sejam exatos na identificação dos trabalhadores que
estão no espaço confinado;
Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, durante as operações até
que seja substituído por um outro Vigia;
Acionar a equipe de resgate quando necessário;
Operar os movimentadores de pessoas em situações normais ou de emergência.
Manter comunicação com os Trabalhadores para monitorar o estado deles e para
alertá-los quanto à necessidade de abandonar o espaço confinado;
Não realizar outras tarefas que possam comprometer o dever primordial, que é o de
monitorar e proteger os trabalhadores
Abandono
As atividades de monitoração dentro e fora do espaço determinam se há segurança para os
trabalhadores permanecerem no interior do mesmo. Deve-se ordenar aos trabalhadores, o
abandono imediato do espaço confinado sob quaisquer das seguintes condições:
•
•
•
Se o Vigia detectar uma condição de perigo;
Se o Vigia detectar uma situação externa ao espaço que possa causar perigo aos
trabalhadores;
Se o Vigia não puder desempenhar efetivamente e de forma segura todos os seus
deveres;
Os Deveres do Supervisor de Entrada:
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•
•
•
•
•
REVISÃO: 1
DATA:24/08/12
Conhecer os riscos que possam ser encontrados durante a entrada, incluindo
informação sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqüências da exposição;
Conferir que tenham sido feitas entradas apropriadas segundo a Permissão de Entrada
e que todos os testes especificados na permissão tenham sido executados e que todos
os procedimentos e equipamentos listados na permissão estejam no local antes que
ocorra o endosso da permissão e permita que se inicie a entrada;
Cancelar os procedimentos de entrada e a Permissão de Entrada quando necessário;
Verificar se os Serviços de Emergência e Resgate estão disponíveis e que os meios
para acioná-los estejam operantes;
Determinar, no caso de troca de turno do Vigia, que a responsabilidade pela
continuidade da operação seja transferida para o próximo vigia.
Serviços de Emergência e Resgate em espaços confinados:
Os seguintes requerimentos se aplicam aos empregadores que tenham trabalhadores que
entrem em espaços confinados para executar os serviços de resgate:
O empregador, ou seu representante legal, deverá assegurar que cada membro do serviço
de resgate tenha equipamento de proteção individual, respiratória e de resgate necessários
para operar em espaços confinados e sejam treinados no uso adequado dos mesmos.
Cada membro do serviço de resgate deverá ser treinado para desempenhar as tarefas de
resgate designadas.
Cada membro do serviço de resgate deverá receber o mesmo treinamento requerido para
os Trabalhadores Autorizados.
Cada membro do serviço de resgate deverá ser capacitado, fazendo resgate em espaços
confinados, ao menos uma vez a cada doze meses, por meio de treinamentos simulados
nas quais eles removam manequins ou pessoas dos atuais espaços confinados ou espaços
confinados representativos.
Espaços confinados representativos são os que, com respeito ao tamanho da abertura,
configuração e meios de acesso, simulam os tipos de espaços confinados dos quais o
resgate será executado.
Cada membro do serviço de resgate será treinado em primeiros socorros básicos e em
reanimação cardiopulmonar (RCP). Ao menos um membro do serviço de resgate deverá
estar disponível e ter certificação atual em primeiros socorros e em RCP.
Sistemas de Resgate:
Os sistemas de resgate deverão ter os seguintes requerimentos:
Para facilitar a retirada de pessoas do interior de espaços confinados sem que a equipe de resgate
precise adentrar no mesmo, poderão ser utilizados movimentadores individuais de pessoas,
atendendo os princípios dos primeiros socorros desde que não prejudiquem a vítima
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REVISÃO: 1
DATA:24/08/12
20.Emergência Químicas
22.1. Legislação.
22.2. Definição produtos perigosos.
22.3. Classificação e identificação de cargas perigosa.
20.1. LEGISLAÇÃO
NR29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
NR06 - Equipamento de Proteção Individual – EPI
RESOLUÇÃO 420, 12/02/2004 – Instruções Complementares ao Regulamento do transporte
Terrestre de produtos perigosos
Manual para Atendimento de Emergências com Produtos Perigosos
PCE – Pano de Controle de Emergência
PEI NBR7500 – Símbolos de riscos e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais.
NBR7503 – Ficha de emergência para transporte de produto perigoso
NBR14253 – Cargas Perigosas – Manipulação em áreas portuárias - Procedimentos
Código IMDG – Código Marítimo Internacional de Mercadorias Perigosas
20.2. DEFINIÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS
A denominação de “Produto Perigosos”, é algo que podemos chamar de genérico, sempre que
falamos a seu respeito, pois nos referimos, sempre, de uma forma geral a substâncias que podem
causar danos à saúde e ao meio ambiente. Afinal, quais os aspectos que nos levariam a definir uma
determinada substância como perigosa? Para responder a esta pergunta devemos conhecer as
propriedades físico-químicas, e principalmente compreender o comportamento de cada substância e
verificar qual o contexto legal em que estamos ligados.
Nas atividades portuárias estes produtos são denominados de mercadorias perigosas
“dangerous Goods”. A princípio, estamos falando das substâncias químicas de uma forma geral, o
que também não esclarece a questão, pois na natureza tudo é químico; até a água potável esta
incluída neste conceito.
Para elucidar esta questão a ONU (Organização da Nações Unidas), através da IMO
(International Maritime Organization), por uma convenção, identificou algumas propriedades físicoquímicas possibilitando classificar um determinado produto como perigoso: temperatura, pressão,
toxidade, corrosividade, radioatividade, inflamabilidade, potencial de oxidação, explosividade, reação
espontânea, polimerização, decomposição, infectantes, entre outras.
Nas atividades portuárias, no Brasil, os produtos e mercadorias perigosas, foram denominados,
na NR 29, de cargas perigosas, que as definiu como no item 29.6.1..
Estas substâncias químicas passam por várias etapas dentro da cadeia produtiva que vão
desde a produção ou extração, processamento, armazenagem, transporte, consumo e eliminação
final do resíduo. Em cada uma destas etapas são necessárias medidas especiais, que
merecem atenção.
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BRIGADA DE INCÊNDIO
REVISÃO: 1
DATA:24/08/12
20.3 NR29.6.1 Cargas perigosas são quaisquer cargas que. por serem explosivas, gases comprimidos ou
liqüefeitos, inflamáveis, oxidantes, venenosas, infecciosas, radioativas, corrosivas ou poluentes,
possam representar riscos aos trabalhadores e ao ambiente.
20.4 TIPOS DE MERCADORIAS PERIGOSAS E SEUS PERIGOS
Entre os riscos que enfrentam as pessoas que trabalham em atividades portuárias, aquelas que
trabalham nas operações de transportes, manuseio, armazenamento, estivagem(ova e desova), são
as que mais estão em contato com as chamadas cargas perigosas. Destas cargas podemos citar:
•
Produtos derivados de petróleo, cujos principais perigos são o fogo e a explosão.
•
Muitos outros produtos químicos (industriais, farmacêuticos e agropecuários), que se não forem
devidamente manuseados, podem provocar uma variedades de acidentes, desde
envenenamento(efeitos tóxicos), sufocação(asfixia), até danos à pele(queimaduras) e corrosão
dos materiais assim como explosão e incêndio.
•
Minerais (carvão, ferro, amianto) e outros metais, que representam perigos físicos tais como
feridas provocadas por contato (batidas), transtornos respiratórios e outras enfermidades
causadas por inalação de pequenas partículas.
•
Produtos de origem animal( peles, pelos, ossos, farinhas de peixe) que podem causar uma
variedade de reações alérgicas, dermatites, asmas e que podem transmitir outras enfermidades
com o antrax.
•
Produtos vegetais como grãos, farinhas que também podem causar problemas respiratórios e
dermatológicos, e também serem possíveis portadores de animais peçonhentos como cobras,
escorpiões, aracnídeos, em determinadas quantidades podem representar perigos de incêndio ou
de explosão.
•
Materiais radioativos empregados em uma variedade de processos industriais e médicos assim
como para aplicações militares; estes podem causar, em grandes doses, danos imediatos como
queimaduras, e em pequenas doses, podem provocar câncer e outras enfermidades, se a
exposição aos mesmos se estender por períodos demasiadamente grandes.
Os perigos que representam, podem variar dependendo da forma em que a mercadoria é
manipulada. Todos estes materiais potencialmente nocivos – e alguns até letais – são manipulados
pelos trabalhadores portuários, que não são especializados nos perigos particulares destes produtos.
Sendo estas mercadorias perigosas são manipuladas corretamente, se estão adequadamente
embaladas, sinalizadas, asseguradas e documentadas de acordo com as normas internacionais e
nacionais, podem ser transportadas com toda a segurança. Mas isto nem sempre é o que ocorre
existem repetidas vezes deficiências nestes aspectos, como de sinalização, acondicionamento
estivagem, que potencializam os riscos para os que laboram nestas atividades.
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20.5. IDENTIFICAÇÃO DE CARGAS PERIGOSAS
Agora que já conhecemos alguns conceitos importantes sobre a estrutura da matéria,
mudança de estado, fenômenos físicos e químicos, pode iniciar o estudo de cada uma das classes de
produtos perigosos e suas características.
20.6. A classificação segundo a ONU é a seguinte:
-
-
Classe 1 – Explosivos
Classe 2 – Gases comprimidos, liqüefeitos, dissolvidos sob pressão ou altamente refrigerados
Classe 3 – Líquidos Inflamáveis
Classe 4 – Sólidos Inflamáveis, substâncias sujeitas à combustão espontânea, substâncias que,
em contato com a água emitem gases inflamáveis
Classe 5 – Substâncias Oxidantes, Peróxidos Orgânicos
Classe 6 – Substâncias Venenosas (Tóxicos), substâncias infectantes
Classe 7 – Materiais radioativos
Classe 8 – Substâncias Corrosivas
Classe 9 – Substâncias Perigosas Diversas
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