Receita faz ofensiva para cobrar R$ 86 bi em dívidas
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Receita faz ofensiva para cobrar R$ 86 bi em dívidas
18p01a.qxd 9/17/2012 10:40 PM Page 1 BR ASIL EXEMPLAR DE ASSINANTE - VENDA PROIBIDA FUNDADO EM 1º DE OUTUBRO DE 1827 - ANO CLXXXV - N 0 241 www.jornaldocommercio.com.br TERÇA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2012 APPLE VENDE 2 MILHÕES DE IPHONE 5 EM 24 HORAS Receita faz ofensiva para cobrar R$ 86 bi em dívidas REUTERS /BECK DIEF ENBACH/ A Apple recebeu mais de 2 milhões de encomendas do iPhone 5 nas primeiras 24 horas após começarem as préordens de compra do smartphone, na sexta-feira. Há cerca de um ano, a versão anterior do aparelho, o iPhone 4S, atraiu o interesse de pouco mais de 1 milhão de consumidores no primeiro dia de encomendas. B-4 ANTONIO CRUZ/ABR Diante da queda na arrecadação de impostos, devido à forte desaceleração da atividade econômica, a Receita Federal anunciou ontem uma grande ofensiva para cobrar dívidas em atraso. Estão na mira do Fisco R$ 86 bilhões que deixaram de ser pagos nos últimos cinco anos por 541.890 contribuintes. Desse montante, R$ 42 bilhões são devidos por 302 empresas – somente uma deixou de recolher R$ 1 bilhão aos cofres públicos – e por 15 pessoas físicas, sendo que, nesse grupo, o maior débito é de R$ 43 milhões. Segundo o subsecretário de Fiscalização e Atendimento da Receita, Carlos Roberto Occaso, trata-se da maior operação já realizada pelo órgão. Ele avisou que o Fisco jogará pesado com os devedores. As empresas que tiverem concessões públicas poderão perder as licenças. Já as companhias que prestam serviços à União correm o risco de terem os contratos rescindidos. Além disso, os bens dos devedores poderão ser arrolados para evitar a transferência do patrimônio a terceiros. A-2 PLANEJADA OU NÃO, a gestação após os 35 anos traz receio sobre o efeito da idade da mãe na saúde do bebê. Estudos realizados por pesquisadores da Alemanha revelam, porém, que filhos de mulheres mais velhas tendem a ter menos problemas quando chegam à idade adulta. B-9 Marcia PELTIER Os príncipes da Dinamarca chegam hoje ao Rio, onde ficam até quinta-feira. A-16 Bancários param hoje em todo o País COMÉRCIO EXTERIOR BRASIL E ARGENTINA DECIDEM RETOMAR NEGOCIAÇÕES. A-5 Os bancários entram hoje em greve por tempo indeterminado em todo o País. Representantes de funcionários de160 instituições financeiras decidiram cruzar os braços após rejeição, por unanimidade, da propos- ta de aumento de 6% apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na última quarta-feira. A categoria pleiteia reajuste de 10,25%. Quem precisar recorrer aos serviços bancários nos próximos dias terá REORGANIZAÇÃO SÉRGIO CASTRO/AGÊNCIA ESTADO/AE FURNAS REDUZIRÁ QUADRO DE EMPREGADOS EM 35%. B-3 FORNECEDORES PETROBRAS LANÇARÁ LINHA DE CRÉDITO EM OUTUBRO. A-4 PARADESPORTO TITO SENA PLANEJA DISPUTAR MEDALHAS EM 2016. B-11 AZIZ AHMED Sanciona, Dilma A-4 BRASIL S/A Mundo desvairado A-5 ENTRELINHAS PT parte para o improviso A-6 TEREZA CRUVINEL Mais de R$ 1 bi em hotelaria Um dos fundadores da operadora de viagens CVC, o empresário Guilherme de Jesus Paulus quer seu nome cada vez mais associado à hotelaria, não somente voltado à classe C, mas, principalmente, ao topo da pirâmide. Com a GJP Participações, ele planeja investir e participar de projetos que somam mais de R$ 1 bilhão em investimentos até 2014. O objetivo é ampliar a atuação da subsidiária GJP Hotéis & Resorts, rede de hotéis fundada em 2007 e da qual Paulus também é o presidente, e reformular a marca com a criação de três bandeiras. B-4 Duas questões A-10 Exportações reagem na 2a semana do mês ASSINATURAS E ATENDIMENTO AO LEITOR 0800-0224080 FA X : ( 2 1 ) 2 5 1 6 - 5 4 9 5 [email protected] As exportações voltaram a subir na segunda semana de setembro na comparação com a média diária vista ao longo de setembro de 2011, enquanto as importações recuaram, porém menos do que o verificado em setembro do ano passado. A média das vendas externas até a segunda semana de setembro ficou em US$ 1,118 bilhão, aumento de 0,9% em relação à média de setembro de 2011, de US$ 1,109 bilhão. O aumento das exportações de produtos básicos foi o que chamou mais atenção no período, com alta de 5,1%, de US$ 540,6 milhões para US$ 568,4 milhões. Os bens manufaturados subiram 2,8%, saindo de US$ 382,6 milhões para US$ 393,3 milhões, enquanto os semimanufaturados registraram queda de 18,4%, caindo de US$ 164,3 milhões para US$ 134 milhões. A-5 de ter atenção para não perder os prazos de vencimento das contas. Uma alternativa é utilizar pontos alternativos, como casas lotéricas, caixas eletrônicos, redes comerciais credenciadas ou a internet. A-2 Lucro líquido dos bancos diminui 12% no 10 semestre O lucro líquido dos bancos comerciais brasileiros recuou 12% no primeiro semestre na comparação com o último semestre de 2011, de acordo com o levantamento do Banco Central 50 maiores bancos e o consolidado do Sistema Financeiro Nacional. Segundo o BC, 101 instituições financeiras lucraram R$ 25,693 bilhões entre janeiro e junho deste ano, ante R$ 29,191 bilhões entre julho e dezembro de 2011. Na comparação com igual semestre de 2011, quando o lucro foi de R$ 29,089 bilhões, a queda foi de 11,7%, o menor ganho semestral desde os R$ 24,687 bilhões de janeiro a junho de 2010. A-2 Procura de empresas por crédito cresce 4,5% em agosto O número de empresas que procurou crédito em agosto foi 4,5% maior do que o total verificado em julho, segundo a Serasa Experian. Este foi o segundo avanço mensal consecutivo, mas o resultado não impediu que o Indicador de Demanda das Empresas por Crédito seguisse no campo negativo no acumulado do ano, com recuo de 1,5%. As micro e pequenas companhias demandaram 4,4% mais do que no mês anterior. Entre as médias, a demanda avançou 4,7% e, entre as grandes, 4,5%. A-3 Economia Editores // Jorge Chaves Mario Russo Pedro Argemiro A-2 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 DÍVIDAS ESTUDO Receita realiza ofensiva para cobrar R$ 86 bilhões Bancos lucram R$ 25,6 bi no 1o semestre, aponta BC De acordo com o Fisco, valor deixou de ser pago nos últimos cinco anos por 541.890 contribuintes. Do total, R$ 42 bilhões são devidos por 302 empresas e por 15 pessoas físicas » DECO BANCILLON iante da queda na arrecadação de impostos, devido à forte desaceleração da atividade econômica, a Receita Federal anunciou ontem uma grande ofensiva para cobrar dívidas em atraso. Estão na mira do Fisco R$ 86 bilhões que deixaram de ser pagos nos últimos cinco anos por 541.890 contribuintes. Desse montante, R$ 42 bilhões são devidos por 302 empresas - somente uma delas deixou de recolher R$ 1 bilhão aos cofres públicos - e por 15 pessoas físicas, sendo que nesse grupo, o maior débito é de R$ 43 milhões. Segundo o subsecretário de Fiscalização e Atendimento da Receita, Carlos Roberto Occaso, trata-se da maior operação já realizada pelo órgão. Ele avisou que o Fisco jogará pesado com os devedores. E fez ameaças. As empresas que tiverem concessões públicas poderão perder as licenças. Já as companhias que prestam serviços à União correm o risco de terem os contratos rescindidos. E mais: os bens dos devedores poderão ser arrolados para evitar a transferência do patrimônio a terceiros. O programa terá caráter continuado e deve contar com a parceria dos estados, também vítimas da inadimplência. A cada trimestre, novos contribuintes serão chamados e os que não acertarem as contas agora terão os débitos inscritos em dívida ativa para posterior execução fiscal na Justiça. Quem for notificado terá até 30 dias para regularizar as pendências com o Fisco. A ação será concentrada em três grupos de contribuintes: o de empresas e pessoas físicas em atraso com o parcelamento do chamado Refis da Crise, as micro e pequenas empresas optantes do Simples Nacional e os contribuintes com débitos superiores a R$ 10 milhões - os chamados grandes devedores. No primeiro grupo estão os inadimplentes com o parcelamento de créditos da Lei 11.941, D de 2009, que possibilitou a pessoas físicas e empresas um perdão de até 90% das multa e de 40% dos juros sobre os tributos em atraso. Como deixaram de honrar novamente os compromissos, esses contribuintes poderão ser cobrados pela totalidade dos impostos vencidos. “As empresas que não regularizarem (as parcelas em atraso) perdem os benefícios da lei, porque são expulsas do parcelamento. Aí passa a valer o débito cheio”, disse Occaso. Ele avisou que estão nessa situação 100,4 mil contribuintes, que devem R$ 5,3 bilhões em parcelas do Refis da crise. Apenas três dessas empresas devem, juntas, R$ 370 milhões, sendo as maiores dívidas R$ 220 milhões, R$ 89 milhões e R$ 61 milhões. As empresas optantes do Simples Nacional que também estão em atraso com o Fisco correm o risco de perder os benefícios do programa. A medida atinge um de cada dez optantes do Simples, que tem hoje 4,3 milhões de inscritos. Segundo a Receita, 441,1 mil empresas devem R$ 38,7 bilhões aos cofres públicos. Elas terão 30 dias para resolver esse problema; ou pagam a conta de uma só vez ou parcelam o débito junto ao Fisco. Regularização Essa é a primeira vez que o contribuinte do Simples Nacional poderá parcelar o débito. Essa possibilidade foi obtida por uma lei que passou a vigorar somente neste ano. Em 2010, durante outra ação de cobrança da Receita, apenas um terço das empresas cobradas regularizou a dívida. Os outros dois terços que não pagaram foram automaticamente desenquadrados do programa no ano seguinte. A expulsão de empresas do Simples ocorreu pela primeira vez em 2008, pela segunda em 2010 e deverá acontecer também neste ano, segundo avisou ontem Carlos Roberto Occaso. Ele explica que o número de expulsões deve ser menor do que em anos anteriores jus- US$ 1 bilhão Foi o valor que somente uma empresa deixou de recolher aos cofres púllicos, segundo a Receita Federal tamente pela possibilidade de parcelamento desses débitos. Desde janeiro, 230 mil empresas deram início ao pagamento parcelado das pendências que tinham junto ao Fisco. A megaoperação de cobrança que a Receita Federal anunciou ontem para todo o Brasil também atinge Brasília. A capital faz parte da 1ª Região Fiscal, que inclui ainda Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Assim como a operação nos demais estados, a fiscalização realizada na capital federal também terá três eixos principais. O primeiro deles abrange as micro pequenas empresas inscritas no Simples Nacional. Serão enviadas cartas de cobrança a 11 mil empresas, que devem, juntas, cerca de R$ 1,3 bilhão. Elas têm até 30 dias para regularizar as pendências. As que não o fizerem poderão ser excluídas do Simples a partir de 2013. Quem optou pelo parcelamento de débitos do chamado Refis da Crise também será cobrados pela Receita. Pelas contas do órgão, estão em atraso 3.240 parcelamentos de contribuintes de Brasília. Os débitos somados chegam a R$ 949 milhões. Instituído em 2009, o programa concedeu abatimentos de juros e multa a quem renegociasse as dívidas tributárias junto ao governo. Como já se trata de uma renegociação, só será aceito o pagamento integral das parcelas em atraso. Quem não o fizer voltará a ser cobrado pelo débito cheio, com juros e multa, segundo informou ontem a Receita. O terceiro alvo do governo são os chamados “grandes devedores”, que acumulam, cada um, débitos superiores a R$ 10 milhões. Em Brasília há cinco empresas nessa situação, do universo de 247 grandes contribuintes. O passivo ao estado gerado por elas é estimado em R$ 309 milhões. “São organizações que acompanhamos mais especialmente. Elas têm grandes faturamentos ou folha salarial cara”, explicou o delegado da Receita Federal no Distrito Federal, Joel Miyazaki. Restituição A Receita Federal começou a pagar ontem o quarto lote de restituição do Imposto de Renda do exercício de 2012. Serão creditadas simultaneamente as restituições referentes ao quarto lote de 2012 e às residuais dos anos 2008, 2009, 2010 e 2011. O depósito bancário soma R$ 1,8 bilhão para 1,958 milhão de contribuintes. A maior parte dos pagamentos referese ao exercício 2012, no total de R$ 1,7 bilhão, destinado a 1,928 milhão de contribuintes. Para saber se estão incluídos nos pagamentos liberados, os contribuintes devem consultar o site da Receita Federal na internet. Quem não entrou na relação de restituições liberadas até o momento deve verificar no extrato da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2012 se existem pendências ou outros motivos para a retenção em malha fina. O extrato está disponível no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-Cac). Para acessar as informações a partir de tablets ou smartphones, o contribuinte deve baixar um dos aplicativos para dispositivos móveis disponibilizados pela Receita Federal. Outra opção é fazer a consulta por meio do Receitafone, ligando para o número 146 e selecionando a opção 3. (Com agências) FOCUS Reduzida previsão para inflação » CAMILA MOREIRA DA AGÊNCIA REUTERS O mercado reduziu nesta segunda-feira a expectativa de inflação para 2013 como reflexo do anúncio pelo governo de medidas para diminuir as tarifas de energia e, segundo analistas, a previsão apontada na pesquisa Focus do Banco Central é de manutenção da trajetória de queda nas próximas semanas. A expectativa para a inflação no ano que foi reduzida a 5,5%, ante 5,54% na semana anterior. Na última quarta-fe9ra, o governo brasileiro anunciou redução média das tarifas de energia de 20,2% para os consumidores a partir do próximo ano, em uma ação para garantir maior competitividade à indústria local e ajudar a acelerar o crescimento do País. “Foi um pequeno ajuste ainda, uma primeira semana de revisão e possivelmente esse movimento deve continuar nas próximas semanas”, avaliou o economista da Tendências Silvio Campos Neto, que reduziu sua previsão de 6% para 5,4% em 2013 após o anúncio. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, essa medida deverá ter um impacto positivo na inflação em 2013 entre 0,5 a 1 ponto percentual, considerando os efeitos diretos e indiretos. Os analistas, entretanto, destacam que ainda não há consenso em relação a esse impacto. Campos Neto, por exemplo, cita que há incertezas relativas à tarifação de importação, o que pressionaria para cima os preços, compensando o efeito da energia. Já o economista-chefe do Raymond James, Mauricio Rosal, lembra que os preços mais baixos da energia podem levar o governo a decidir aumentar a gasolina, embora até agora tal ação venha sendo descartada. “Há espaço para reduzir mais as expectativas, mas há ainda incertezas sobre quanto vai ser de fato a queda da energia no preço ao consumidor”, disse James. Para este ano, por sua vez, a previsão do mercado para a inflação foi elevada pela décima vez para 5,26%, de 5,24% na se- mana anterior. Com isso, a perspectiva do mercado afasta-se ainda mais do centro da meta do governo, de 4,5% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Na semana passada, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que o processo de convergência da inflação para o centro da meta ocorre de maneira não homogênea e pode ter reversões temporárias. Em relação à taxa básica de juros, a pesquisa Focus mostrou que o mercado manteve a expectativa de que a Selic, atualmente na mínima histórica de 7,5%, sofrerá mais um corte de 0,25 ponto percentual e encerrará este ano a 7,25%. Reiterando uma "máxima parcimônia" na condução da política monetária, o BC demonstrou maior preocupação com os preços no curto prazo devido aos produtos agrícolas. O relatório Focus ainda não captou a visão do mercado sobre o futuro da taxa de juros depois que o BC anunciou, na noite de sexta-feira, redução no recolhimento dos depósitos compulsórios dos bancos, que resul- tará na injeção de R$ 30 bilhões economia. Em relação ao próximo ano, a projeção para a Selic foi mantida em 8,25 por cento. PIB Os analistas consultados na pesquisa Focus reduziram pela sétima vez a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, para 1,57%, contra 1,62% na semana anterior. Para 2013, a expectativa foi mantida em 4%. O Ministério da Fazenda reduziu, na quinta-feira passada, sua previsão para o crescimento da economia este ano para 2%, depois de um primeiro semestre muito fraco, e anunciou novas medidas para estimular a produção. A expectativa é que a economia cresça em um ritmo mais acelerado no segundo semestre. O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), que é considerado uma prévia do PIB, já captou uma pequena melhora, indicando expansão de 0,42% em julho frente a junho, ante expectativa do mercado de alta de 0,30%. DA REDAÇÃO Levantamento do Banco Central divulgado ontem aponta que o lucro líquido dos bancos comerciais brasileiros recuou 12% no primeiro semestre de 2012 na comparação com o último semestre de 2011. Segundo o estudo, 101 instituições financeiras lucraram R$ 25,693 bilhões entre janeiro e junho deste ano, ante R$ 29,191 bilhões entre julho e dezembro de 2011. Na comparação com igual semestre de 2011, quando o lucro foi de R$ 29,089 bilhões, a queda foi de 11,7%. Segundo o BC, esse foi o menor lucro semestral dos bancos desde os R$ 24,687 bilhões registrados entre janeiro e junho de 2010. O dado se refere ao resultado das instituições financeiras do tipo banco comercial, banco múltiplo com carteira comercial e Caixa Econômica Federal. O levantamento mostra ainda que, ao final do semestre, apenas um banco estava com índice de Basileia abaixo dos 11% exigidos pelo BC: o BVA (9,5%). Se forem incluídos no cálculo bancos múltiplos sem carteira comercial, bancos de investimento, cooperativas de crédito, bancos de desenvolvimento e instituições financeiras não bancárias, o lucro total do sistema financeiro somou R$ 30,882 bilhões no primeiro semestre. Neste caso, a queda é de 13% ante o semestre anterior e de 16% na comparação com igual período de 2011. “Algumas instituições, principalmente as pequenas, foram estruturadas para operar com uma Selic muito alta. Agora estão correndo contra o tempo para tentar mudar suas operações”, disse um técnico do mercado. Ele e outros analistas apostam que o processo de consolidação do mercado bancário no Brasil deve se intensificar conforme a Selic (taxa básica de juros) seja mantida abaixo de dois dígitos. Com as linhas de crédito exter nas mais caras para as instituições financeiras pequenas, sobretudo depois da liquidação do Banco Cruzeiro do Sul, as que não conseguirem alternativas para a captação de recursos devem ser engolidas por banco maiores. (Com agências) Instituições de menor porte se tornam alvo de aquisição » VITOR MARTINS Sem estrutura para captar recursos junto aos consumidores, bancos de menor porte podem se tornar alvos de aquisição para instituições maiores. Com a queda da taxa básica de juros (Selic) para 7,5% ao ano, eles viram minguar sua principal fonte de lucros, os títulos públicos do governo. Diante do novo cenário, quem não se remodelar pode ser engolido ou expurgado do mercado. Dados do Banco Central revelam que, da lista dos 50 maiores bancos do sistema financeiro, 12 apresentaram prejuízo no primeiro semestre com aquela que deveria ser sua principal fonte de recursos: intermediação financeira. Entre eles, figura o Cruzeiro do Sul, liquidado na última sexta-feira, que amargou perdas de R$ 127 milhões com intermediação no período. O pior prejuízo foi do JP Morgan Chase, de quase R$ 1 bilhão. O segundo pior resultado ficou com o Votorantim, cujo controlador é o Banco do Brasil, que perdeu R$ 857,2 milhões. No caso do JP Morgan, apenas com “empréstimos e repasses”, a perda foi de R$ 2,7 bilhões. No Votorantim, o maior buraco (R$ 3 bilhões) apareceu na “provisão”. Em empréstimos e repasses o rombo foi de R$ 788,1 milhões. Luiz Miguel Santacreu, analista Austin Rating avalia que o cenário para as instituições de pequeno e médio porte se complicou no Brasil. “Toda vez que há algum problema de liquidação, os investidores buscam se proteger ou deixando de aplicar em bancos menores, ou sendo mais seletivos, exigindo mais taxa”, explicou. Ele garantiu, porém, que os fundamentos do mercado brasileiro são sólidos e não há problemas sistêmicos. Depois da liquidação do Cruzeiro do Sul, alguns bancos sentiram os primeiros problemas. Ainda na sextafeira, para BVA, BicBanco, BMG, Pine e PanAmericano, as fontes de captação no mercado externo, os chamados bônus de bancos médios, praticamente se esgotaram ou ficaram muito caros. Segundo analistas, apesar da dificuldades para obter linhas de financiamento, não há problema de falta de liquidez e a expectativa é de que, a curto prazo, essas fontes de capital voltem à normalidade. INFLAÇÃO IGP-10 sobe 1,05% após a alta 1,59% em agosto DA AGÊNCIA ESTADO O Índice Geral de Preços 10 (IGP-10) desacelerou em setembro confirmando que os efeitos da quebra de safra de grãos como soja e milho sobre os preços começam a se dissipar. Nos próximos meses, porém, o foco de pressões inflacionárias se deslocará para o varejo, que só agora começa a repassar ao consumidor as altas registradas pelo atacado nos meses anteriores. O índice da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 1,05% após avançar 1,59% em agosto, dentro do esperado pelo mercado. Os preços no atacado e na construção perderam impulso, mas a inflação ao consumidor quase dobrou, para 0,42%. Em 12 meses a alta acumulada no IGP-10 (7,95%) é a maior desde agosto de 2011. “O efeito da seca americana se suavizou. O choque está arrefecendo, mas deixando herdeiros", alertou o coordenador do Índice Geral de Preços, Salomão Quadros. Neste mês a alta da soja em grão foi bem menor, de 5,46%, ante 15,62% em agosto. No caso do milho, a taxa caiu de 22,17% para 5,68%. A FGV também informou ontem que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,49% na segunda quadrissemana de setembro. No período anterior, encerrado no último dia 7, a alta dos preços foi de 0,44%. Jornal do Commercio • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Economia • A-3 INFRAESTRUTURA AGOSTO Viracopos: empresa vai antecipar entrega de pista Procura de empresas por crédito sobe 4,5% Concessionária Aeroportos Brasil afirma que pista ficará pronta em 2017, seis anos antes do previsto, além da conexão do terminal a dois novos modais ferroviários »RICARDO BRANDT DA AGÊNCIA ESTADO concessionária Aeroportos Brasil anunciou ontem que vai antecipar a entrega da segunda pista do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), de 2023 para 2017, o que vai aumentar sua capacidade para 22 milhões de passageiros por ano e permitir que o terminal seja o primeiro no País a fazer pousos e decolagens simultaneamente em duas pistas. Foi anunciada também a construção de uma estação de trem para conectar o aeroporto a dois modais ferroviários ainda a serem construídos: o Trem de Alta Velocidade (TAV), que ligará Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, e o Trem Expresso, do governo paulista, que ligará São Paulo, Jundiaí e Campinas. O anúncio da concessionária, que venceu o leilão em 6 de fevereiro, foi feito durante a apresentação do projeto do novo terminal de passageiros, que já teve as obras iniciadas no dia 31 de agosto e vai ser entregue até maio de 2014 – elevando sua capacidade dos atuais 7 milhões de passageiros/ano para 14 milhões de passageiros/ano, com investimento de R$ 1,4 bilhão. Dois fatores levaram o grupo de investidores a antecipar os planos de ampliação de Viracopos: o aumento maior de demanda aeroportuária em relação ao previsto no contrato e a meta de elevar a categoria do aeroporto e, assim, transformálo em um ponto de conexão para voos internacionais dentro da América Latina. “Quando o governo come- A Quando o governo começou o processo de concessão, o movimento anual de passageiros em Viracopos era de 7 milhões. Quando assinamos o contrato já eram 9 milhões. Vemos que existe um crescimento mais do que o projetado.” João Santana Presidente do Conselho Administrativo da Aeroportos Brasil çou o processo de concessão, o movimento anual de passageiros em Viracopos era de 7 milhões. Quando assinamos o contrato já eram 9 milhões. Vemos que existe um crescimento mais do que o projetado”, explicou o presidente do conselho administrativo da Aeroportos Brasil, João Santana. “O principal para se ter a segunda pista é que ela transforma o aeroporto em um terminal de classe superior, com pistas modernas, que operam simultaneamente, dando oportunidade para que você atraia mais companhias”, acrescentou Santana. Hoje, só TAP e TAM fazem voos internacionais por Viracopos. Santana afirmou que não acredita em ociosidade de movimento. “O eixo econômico da região de Campinas, que atende São Paulo e o Brasil, é um eixo que inexoravelmente vai atrair cada vez mais companhias aéreas a operarem aqui seus hubs para a América do Sul e América Latina”, afirmou. As obras de ampliação vão mudar o perfil de Viracopos, que atualmente atende o movimento de cargas, para um terminal de passageiros e com receita comercial. Atualmente, o movimento de cargas representa 65% da receita total, que é de R$ 400 milhões. Os 30% restantes vêm das taxas de embarques e de pousos e decolagens cobradas das companhias e 5% do aluguel de lojas e tarifas de estacionamento. “No final do período de concessão de 30 anos essa composição será equilibrada entre as receitas de carga, comercial e de movimento passageiros”, explicou o diretor administrativo financeiro, Roberto Guimarães. A nova pista, que deve custar R$ 500 milhões, já está projetada para ser feita a dois quilômetros e meio da atual e ainda precisa ser liberada para a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Também ainda precisam ser concluídas as desapropriações de terrenos no entorno de Viracopos, que estão sendo feitas pela Empresa Brasileira de Infraestrura Aeroportuária (Infraero), para que ela possa sair do papel. O órgão ambiental estadual já deu, no dia 30 de agosto, a licença para a construção da primeira etapa da ampliação. Ela prevê a construção do novo terminal com 110 mil metros quadrados de área, edifício-garagem com três pisos e capacidade para 4,5 mil veículos (o atual suporta 2,1 mil) e 28 posições para estacionamento de aeronaves com pontes de embarque e desembarque (fingers), o que não existe atualmente, além de sete posições remotas (com acesso aos aviões por ônibus). Ao todo, o projeto prevê cinco fases até que Viracopos chegue ao final de 30 anos de concessão com quatro pistas operando, capacidade para até 80 milhões de passageiros por ano, centro de convenções, hotéis e shopping – um investimento total de R$ 8,4 bilhões. Sustentabilidade O projeto do novo terminal, que será entregue até a Copa de 2014, conta com inovações na área de sustentabilidade, como o telhado todo coberto com placas fotovoltaicas para geração de energia solar e a captação de água da chuva que servirá para o sistema de ar condicionado. O novo terminal contará ainda com esteiras horizontais rolantes para movimentação interna de passageiros, uma ponte subterrânea ligando o terminal ao edifício-garagem, freeshop, restaurantes, lojas de aluguel de carros e escritórios para órgãos públicos federais e salas comerciais. Ao final da ampliação, a área total do aeroporto passará dos atuais 8,3 metros quadrados para 25,9 milhões de metros quadrados. CELULOSE LCA não crê em alta de preços DA AGÊNCIA REUTERS A consultoria LCA não acredita em aumentos da celulose neste ano, esperando manutenção dos preços perto dos patamares atuais e encerrando 2012 com queda na comparação com 2011. “Enquanto a Europa segue em meio a um quadro recessivo, a economia norte-americana avança abaixo do seu potencial e a chinesa desacelera. Esse cenário sugere que a demanda por celulose seguirá limitada e as cotações continuarão negati- vamente pressionadas”, informou a consultoria em um estudo sobre o setor. A LCA projeta que o preço da fibra curta, que responde pela maior parte da produção no Brasil, ficará em média em US$ 751 por tonelada em 2012, e que o valor para a fibra longa ficará em US$ 815 por tonelada. Isso representa queda de 7% e de 15%, respectivamente. Recentemente, os presidentes das produtoras do insumo Fibria e Suzano afirmaram que há possibilidade de alta nos preços no quarto trimestre, porque a China voltou a comprar a celulose brasileira, com a redução de seus estoques. Para o segmento de papel, a LCA informou que a estagnação da demanda vista de janeiro a julho deste ano reflete a desaceleração da economia brasileira, mas ressaltou que as perspectivas são melhores para o restante do ano com a retomada do crescimento. Segundo dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), a produção de papel atingiu 854 mil toneladas em julho, alta de 0,5% con- tra igual mês em 2011. No ano, porém, a produção está praticamente estável em 5,87 milhões de toneladas. “Avaliamos que o contexto econômico com que o segmento de papel se deparará no restante de 2012 será melhor do que o visto na primeira metade do ano. Isto porque, levando em conta as medidas para estimular o consumo e o investimento lançadas pelo governo, continuamos a prever um crescimento mais vigoroso da economia doméstica no segundo semestre”, afirmou a LCA. DA AGÊNCIA ESTADO O número de empresas que procuraram crédito em agosto foi 4,5% maior do que o total verificado em julho, informou ontem a Serasa Experian. Este foi o segundo avanço mensal consecutivo, mas o resultado não impediu que o Indicador de Demanda das Empresas por Crédito seguisse no campo negativo no acumulado do ano, em -1,5%. Em relação ao agosto 2011, houve recuo de 4,6%. O indicador é construído com base em uma amostra de 1,2 milhão de empresas. As variações de agosto ante julho foram parecidas na divisão por porte da empresa. O número de micro e pequenas companhias que procuraram crédito em agosto foi 4,4% maior que no mês anterior. Entre as médias, a demanda avançou 4,7% e, entre as grandes, 4,5%. Na comparação com agosto de 2011, apenas as micro e pequenas tiveram recuo no indicador, de 5,7%, enquanto médias e grandes apresentaram altas de 18,4% e 17,6%, respectivamente. As empresas comerciais foram o destaque no avanço da demanda por crédito no mês de agosto, com alta de 6,2% frente ao mês anterior. O total de companhias industriais que buscaram crédito em agosto foi 5,6% maior que o verificado em julho, e as empresas de serviço subiram 2,6% no período. Na comparação com agosto de 2011, entretanto, os três setores apresentaram recuos de, respectivamente, 5,6%, 6,2% e 3,1%. As recentes altas mensais, de acordo com a Serasa Experian, apontam para recuperação da demanda das empresas por crédito. O momento é de alta por causa do final de ano. “As sucessivas reduções das taxas de juros, a tendência de crescimento econômico mais acelerado neste segundo semestre e as perspectivas de cenário externo menos desfavorável devem proporcionar um pouco mais de dinamismo na busca das empresas por crédito nos próximos meses”, afirma a empresa, em nota. Menos cheques sem fundos DA AGÊNCIA ESTADO O número de cheques devolvidos por falta de fundos em agosto chegou a 1,93% dos total de emitidos, proporção um pouco abaixo da registrada em julho, de 1,96%. Este foi o terceiro recuo mensal do indicador, informa a Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Em agosto do ano passado, 1,84% do total de cheques movimentados foi devolvido por falta de fundos. No acumulado do ano, até agosto, a parcela de cheques sem fundos atingiu 2,01%, contra 1,9% em igual período de 2011. Segundo a Boa Vista, em agosto foram emitidos, ao todo, 1,1% cheques a menos que o verificado em julho. Foram 79.674.523 documentos movimentados, ante 80.587.388 registrados no mês anterior. Curta INCERTEZAS DERRUBAM FUSÕES EM MINERAÇÃO O atual cenário econômico mundial está se refletindo no número de fusões e aquisições do mercado global de mineração, de acordo com levantamento da Ernst & Young. Segundo o relatório Mining & Metal H1 2012, nos primeiros seis meses do ano foram realizadas 470 transações no setor, com valor total de US$ 55,7 bilhões, queda de 19% e 38% em relação a igual período de 2011, respectivamente. No mesmo período, o volume total de IPOs (abertura de capital) no setor caiu globalmente 37%, para 47 ofertas públicas iniciais. Ministério da Saúde AVISO DE CONVOCAÇÃO O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva convoca empresas especializadas em: Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de procedimento de Hemodiálise Intermitente, Prolongado e Contínuo. 3DUD ¿QV GH FDGDVWUDPHQWR FRP YLVWD jV IXWXUDV OLFLWDo}HV RV LQWHUHVVDGRV GHYHUmR comparecer em até 2 dias úteis DSyV D GDWD GHVWD FRQYRFDomR j 5XD 0DUTXrV GH 3RPEDOQ±DQGDU&HQWUR±5LRGH-DQHLUR±5-GDVjVKRXVROLFLWDU cadastramento através dos e-mails ([email protected]; [email protected]). Serviço de Compras INCA/MS Ministério da Saúde AVISO DE CONVOCAÇÃO Ministério da Saúde Ministério da Saúde AVISO DE CONVOCAÇÃO AVISO DE CONVOCAÇÃO O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva convoca empresas especializadas em: O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva convoca empresas especializadas em: Contratação de serviço de transporte de produtos farmacêuticos e farmoquímicos com temperatura controlada, com demanda por diária. 3DUD ¿QV GH FDGDVWUDPHQWR FRP YLVWD jV IXWXUDV OLFLWDo}HV RV LQWHUHVVDGRV GHYHUmR comparecer em até 2 dias úteis DSyV D GDWD GHVWD FRQYRFDomR j 5XD 0DUTXrV GH 3RPEDOQ±DQGDU&HQWUR±5LRGH-DQHLUR±5-GDVjVKRXVROLFLWDU cadastramento através dos e-mails ([email protected]; [email protected]). Serviço de Compras INCA/MS Contratação de serviço de transporte de Pacientes – Ambulância e UTI Móvel. 3DUD ¿QV GH FDGDVWUDPHQWR FRP YLVWD jV IXWXUDV OLFLWDo}HV RV LQWHUHVVDGRV deverão comparecer em até 2 dias úteis DSyV D GDWD GHVWD FRQYRFDomR j 5XD 0DUTXrV GH 3RPEDO Q ± DQGDU &HQWUR ± 5LR GH -DQHLUR ± 5- GDV jV K RX VROLFLWDU FDGDVWUDPHQWR DWUDYpV GRV HPDLOV ([email protected]; [email protected]). O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva convoca empresas especializadas em: Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de fornecimento de alimentação para pacientes, acompanhantes e servidores na Unidade Hospitalar I e CEMO, com cessão de uso de instalações e equipamentos. 3DUD ¿QV GH FDGDVWUDPHQWR FRP YLVWD jV IXWXUDV OLFLWDo}HV RV LQWHUHVVDGRV deverão comparecer em até 2 dias úteis DSyV D GDWD GHVWD FRQYRFDomR j 5XD 0DUTXrV GH 3RPEDO Q ± DQGDU &HQWUR ± 5LR GH -DQHLUR ± 5- GDV jV K RX VROLFLWDU FDGDVWUDPHQWR DWUDYpV GRV HPDLOV ([email protected]; [email protected]). Serviço de Compras INCA/MS Serviço de Compras INCA/MS Secretaria de Portos Ministério da Fazenda Ministério da Saúde PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA COMPANHIA DOCAS DO RIO DE JANEIRO ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA AVISO DE LICITAÇÃO AVISO DE CONVOCAÇÃO Decreto no 5.450, de 31 de maio de 2005 Pregão Eletrônico IRB-Brasil Re n.º 022/2012 O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva convoca empresas especializadas em: OBJETO: LOTE 1 – Contratação de empresa para a solução de infraestrutura Convergente IBM PureFlex incluindo IBM SmartCloud Entry; LOTE 2 Contratação de empresa para o fornecimento de licenciamento, subscrição e suporte de suíte VMware; LOTE 3 – Contratação de empresa para o fornecimento de licenciamento, subscrição, suporte de software Citrix. Serviço de locação com manutenção e fornecimento de insumos de biologia molecular para o serviço de Patologia Clínica e Serviço de Hemoterapia. DATA/HORA: 28/09/2012 às 13:00 horas. ACESSO AO EDITAL: www.licitacoes-e.com.br JÁRIO PAIVA SANCHES PREGOEIRO 3DUD ¿QV GH FDGDVWUDPHQWR FRP YLVWD jV IXWXUDV OLFLWDo}HV RV LQWHUHVVDGRV deverão comparecer em até 2 dias úteis DSyV D GDWD GHVWD FRQYRFDomR j 5XD 0DUTXrV GH 3RPEDO Q ± DQGDU &HQWUR ± 5LR GH -DQHLUR ± 5- GDV jV K RX VROLFLWDU FDGDVWUDPHQWR DWUDYpV GRV e-mails ([email protected]; [email protected]). Serviço de Compras INCA/MS Convocação Ficam os Senhores Acionistas da COMPANHIA DOCAS DO RIO DE JANEIRO convidados a comparecer à reunião da Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada às 15:30 horas, do dia 24 de setembro de 2012, em sua Sede Social, à rua Acre, 21 - 4º andar, Centro, Estado do Rio de Janeiro, D¿PGHGHOLEHUDUVREUHDVHJXLQWH2UGHPGR'LD I - Alteração dos Arts. 1º, 4º, 9º, 10º, 11, 12, 23 e 25, e a inclusão dos Arts. 16 e 40 no Estatuto Social da CDRJ, para atender às disposições das Resoluções nºs 02 e 03 da CGPAR, de 31 de dezembro de 2010; ,,+RPRORJDomRGR$XPHQWRGR&DSLWDO6RFLDOGD&'5-GHOLEHUDGRQD$*(GH 15 de junho de 2012, com a consequente alteração do Art. 5º do Estatuto Social Rio de Janeiro, 14 de setembro de 2012 Presidente do CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO A-4 • Economia • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Jornal do Commercio PROGREDIR Fornecedor da Petrobras terá crédito de curto prazo Nova modalidade do programa, a ser lançado em outubro, fornecerá financiamento para produtos e serviços já vendidos ou prestados, por meio de desconto de nota fiscal DA AGÊNCIA ESTADO Petrobras lançará no próximo mês uma nova modalidade do Programa Progredir, de apoio ao financiamento para seus fornecedores, voltada para o crédito de curtíssimo prazo, o Progredir Performado. Segundo a gerente do Programa Progredir, Adriana Fernandes de Brito, a modalidade será lançada em caráter experimental inicialmente. O objetivo é fornecer crédito para produtos e serviços já vendidos ou prestados, por meio de desconto de nota fiscal. “Hoje, o cadastro no programa depende de contratos (entre a Petrobras e o fornecedor)”, destacou Adriana, em palestra durante painel na Rio Oil & Gas, evento de negócios do setor de petróleo e gás iniciado ontem. O Programa Progredir foi criado há 15 meses, com o objetivo de melhorar o nível de informação sobre performance dos fornecedores da Petrobras e, dessa forma, reduzir o risco A As taxas de juros e os spreads são muito menores do que os do mercado.” Carlos Guedes Diretor da Petrobras na análise de crédito a cargo dos bancos. Segundo Adriana, a ideia do programa surgiu em 2010, como resposta a resultados apresentados por um grupo de trabalho que reuniu instituições financeiras e empresas. Empréstimos Nos 15 meses de funcionamento, foram emprestados R$ 3,3 bilhões, incluindo dados deste mês mostrados pela executiva da Petrobras na apresentação. São cerca de 680 contratos envolvendo 350 empresas fornecedoras. Adriana informou ainda que o índice de sucesso dos programas está em 83% – ou seja, oito em cada dez empresas que fizeram pedidos de financiamentos pelo programa obtiveram o empréstimo. Ainda segundo ela, três bancos – Citi, Bic Banco e Banrisul – integraram o programa nos últimos dois meses. Eles se juntaram à Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, HSBC e Santander, integrantes do Progredir desde o início. O objetivo final do Progredir é atingir fornecedores e subfornecedores, até o quarto elo da cadeia. Até agora, só foi possível chegar ao segundo nível (fornecedor do fornecedor). Todas as informações sobre a performance das empresas circulam no portal do Progredir, com os contratos servindo de garantia. A Petrobras valida as informações prestadas por seus fornecedores e estes fazem o mesmo com seus fornecedores, descendo pelos elos nas cadeias. Com a maior disponibilidade de informações, a tendência é de queda nas taxas de juros cobradas das empresas fornecedoras. A Petrobras, contudo, não monitora as taxas. Segundo Adriana, a confiabilidade e o sigilo das informações – segregadas no portal na internet – são um dos pilares do Progredir. A executiva da estatal mostrou um vídeo com representantes de empresas fornecedoras elogiando o programa. Usuário do sistema, a fabricante de equipamentos Jaraguá atestou a eficácia, que agilizou a concessão de crédito. “As taxas de juros e os spreads são muito menores do que os do mercado”, disse Carlos Guedes, diretor da companhia, também em apresentação na Rio Oil & Gas. Governo estuda desonerar etanol DA REDAÇÃO O governo estuda desonerar o etanol da incidência de Pis/Cofins, informou ontem o secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida Martins. Segundo ele, a medida, que poderia diminuir o preço do combustível para o consumidor, daria fôlego para a indústria sucroalcooleira, mas ainda não garantiria a competitividade do produto frente à gasolina. “Os produtores preferem o aumento de preço da gasolina à desoneração do etanol”, disse ele, durante a Rio Oil & Gas, evento que reúne a cadeira produtiva da indústria de petróleo e biocombustíveis, realizada no Rio de Janeiro. De acordo com o secretário, um conjunto de medidas está sendo estudado para estimular o mercado de etanol. Além de estímulos fiscais, outra medida é a previsibilidade do mercado, com o estabelecimento do percentual de etanol anidro misturado à gasolina. “A previsibilidade é fundamental”, disse. Almeida afir- mou que o percentual (hoje em 20%) para o ano que vem deve er adiantado ao mercado. Ele não deu uma data mas disse ser possível que o anúncio ocorra dentro de semanas ou e ser provável até o fim do ano. Por sua vez, o presidente interino da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues, calcula em R$ 0,07 por litro de etanol o efeito da possível desoneração. Hoje, PIS e Cofins somam R$ 0,12/litro, mas apenas a parte destinada às distribuidoras (60%) poderia ser reduzida. Padua também disse que as usinas negociam com o governo o aumento da mistura de etanol na gasolina dos atuais 20% para 25% a partir do ano que vem As alterações seriam combinadas entre o governo e o setor privado com antecedência. Desse modo, em todos os meses de setembro haveria uma sinalização sobre o percentual do ano seguinte. Também é discutida desoneração de ICMS, mas Almeida considera menos provável esta solução, já que dependeria de um acordo entre estados produtores e consumidores. “Alguma desoneração pode ser boa; toda, não”, disse o secretário. Exportação A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, afirmou ontem que o potencial exploratório do Brasil vai muito além do pré-sal. Em cerimônia de abertura do evento Rio Oil & Gas, ela disse que, com investimentos, o Brasil deve se tornar um exportador relevante, citando os exemplos de Angola e Noruega. “Dados indicam bom potencial para petróleo e gás nas nossas bacias para recursos convencionais e não convencionais”, disse. Sem cobrar explicitamente a realização de novas rodadas de licitações de áreas exploratórias (os leilões são organizado pela agência, mas dependem de aval do governo), Magda lembrou que apenas 5% das áreas estão licitadas. “Os 95% restantes são pouco conhecidos e hoje são classificados como nova fronteira”. Ela citou que a agência vem realizando pesquisas de forma a aumentar o conhecimento das áreas, reduzindo riscos e atraindo investimentos que, disse, serão fundamentais para desenvolver o setor e a indústria nacional. “Precisa só ser explorado, mas explorado com muita segurança.” Marco Antonio Almeida lamentou não poder trazer o anúncio para a realização da 11ª rodada de licitações. Segundo ele, a rodada ainda depende da aprovação do projeto de lei de royalties que tramita no Congresso. “Continua no aguardo”, disse ele, considerando a rodada um ponto importante para o desenvolvimento da indústria. “Temos plena consciência da dificuldade que as empresas estão vivendo”. Além de trabalhar para a realização de leilões de áreas, Almeida disse que o governo quer equacionar a produção de etanol no curto prazo e de biodiesel no curtíssimo prazo. De acordo com ele, o País já tem capacidade instalada de produção suficiente para elevar de 5% para 10% a mistura de biodiesel ao diesel, precisando apenas de ajustes, como na área de produtores familiares. Estatal do pré-sal já tem decreto pronto DA AGÊNCIA ESTADO Líder em Medicina Preventiva no Brasil Você já realizou seu check-up médico em 2012 ? Coloque mais vida em sua saúde. Visite nosso site: www.medriocheck-up.com.br Rua Lauro Muller, 116 – 34º andar Torre do Rio Sul – Botafogo – RJ Tel: (21) 2546-3000 [email protected] Funcionamos também aos sábados O Ministério de Minas e Energia (MME) já concluiu o decreto que cria a Pré-sal Petróleo S.A. (PPSA), e depende apenas de um pequeno aprimoramento do texto e da assinatura do ministro Edison Lobão para que seja enviado à Casa Civil e ao Congresso, informou o secretário de Petróleo e Gás do MME, Marco Antônio Almeida. “Falta apenas uma discussão interna no ministério e que o ministro Lobão bata o martelo. Mas o texto já está pronto”, afirmou Almeida. Mesmo com o trabalho adiantado, a posição do ministério é que a estatal do pré-sal não deverá ser criada até que o Congresso defina como ficará a divisão dos royalties provenientes da produção de petróleo e gás. Passada esta fase, o governo poderá retomar o processo exploratório de novas áreas da bacia sedimentar brasileira, inclusive no pré-sal. “Não há pressa em criar a PPSA”, ressaltou o secretário do MME, que espera para este ano a aprovação no Congresso da legislação referente à divisão dos royalties. Segundo Almeida, a prioridade dos novos leilões de concessão, que não incluem o pré-sal, serão as áreas de novas fronteiras, caracterizadas por terem potencial desconhecido; as áreas maduras, que já atingiram o ponto máximo de produção; e as áreas não convencionais, em que os hidrocarbonetos são encontrados em reservatórios não convencionais. “Entendo que para muitas empresas a situação não é confortável. Algumas delas estão sem blocos para trabalhar. O governo tem todo o interesse em manter essas empresas no Brasil. E queremos que elas tragam tecnologia para o pré-sal”, disse Almeida, ressaltando que petroleiras estrangeiras e nacionais, além da Petrobras, terão papel relevante na exploração e produção do pré-sal. “A Petrobras será a operadora do pré-sal, mas isso não quer dizer que essas empresas não irão participar dos processos de decisão.” Confidencial por Aziz Ahmed [email protected] Sanciona, Dilma Vence o prazo para a sanção da MP 563, a que desonera a folha de pagamentos e altera impostos de exportações. E a expectativa é grande: Dilma vai ou não vetar a emenda da mineração? Na quinta-feira, o secretário-geral do Ministério da Fazenda e um dos principais interlocutores da presidenta, Nelson Barbosa, disse ao senador Clésio Andrade que o Planalto ainda não tinha posição definida. A tal emenda pode render mais R$ 300 milhões/ano para Minas Gerais ao determinar o cálculo do royalty sobre o valor de mercado do minério e não mais sobre o preço declarado pelas empresas. Tem chances A propósito, até o fim de agosto, os sinais emitidos pelo Planalto eram de veto à emenda, cujo conteúdo, na visão do Ministério de Minas e Energia, já está sendo tratado de modo adequado no novo marco regulatório do setor. Mas, na última semana, os senadores fizeram coro em Brasília a favor da emenda, alegando que a revisão dos royalties não pode esperar pelo marco regulatório, cujo texto virou uma novela no governo. E essas pressões políticas podem ter mudado a tendência do Planalto. É esperar – e pagar – para ver. Abrindo mercado Helder Mendonça, herdeiro e presidente da Forno de Minas, está em Munique, na Alemanha. Participa do maior evento mundial de panificação e em busca de novos mercados para o pão de queijo mineiro, já exportado para Estados Unidos, Canadá e Portugal. Point RODRIGO L./DIVULGAÇÃO A pousada Magia Verde – no bairro Portal, na histórica Paraty, litoral fluminense –, com seus pratos sofisticados e o requinte dos apartamentos, é o novo point de políticos e celebridades na cidade. A dona do pedaço, arquiteta Miriane Flôres (foto), atribui o sucesso do empreendimento à cultura local, à gastronomia (destaque para as tapas espanholas, especialidade da casa), à belíssima natureza preservada e à diversidade da fauna e da flora. Mas é do seu estilo pessoal o upgrade oferecido à clientela: a arte de receber. Petrobras na Rio Oil & Gas A Petrobras Biocombustível mostra hoje na Rio Oil & Gas as vantagens do etanol de segunda geração, produzido a partir do bagaço de cana. A tecnologia tem como diferencial a produção de 40% mais etanol na mesma área de plantio. A novidade foi apresentada na Rio+20, utilizada em 40 minivans que transportaram oito mil conferencistas. Saudáveis influências O ex-marido de Dilma, Carlos Araújo, ex-deputado e advogado militante, vem sendo apontado nos meios jurídicos como o maior responsável pela indicação dos mais novos ministros do STF: Rosa Weber e Teori Zavascki. Ele tem sido interlocutor frequente da presidenta. Os dois voltaram a conversar neste sábado, em Porto Alegre. O príncipe e o maestro O príncipe herdeiro dinamarquês Frederico André Henrique Cristiano e a princesa Mary Elizabeth serão recepcionados com música, amanhã, às 18h, em coquetel no terraço do Hotel Marriot, em Copacabana. A orquestra dirigida pelo maestro Vito Nunziante abrirá o convescote com os hinos nacionais do Brasil e da Dinamarca. Paraíso dos cartões O aumento da renda e a maior inclusão bancária explicam, em grande parte, o boom do dinheiro de plástico: são 718 milhões de cartões de crédito, débito e de lojas no País, no segundo trimestre, 9% mais do que no trimestre anterior. O setor deve crescer 21% este ano. CASA. O artesão carioca Renato Martins, artista dos metais, estará em parceria com arquitetos na Casa Cor Rio 2012, que acontece de 3 de outubro a 19 de novembro. FROM POMONA. O em- Não quero continuar em direção à lama para onde Garotinho caminha" baixador Fernando de Mello Barreto está deixando o Consulado-Geral em Boston e deverá ter um posto na secretaria de estado. De Marcelo Garcia, sobre sua saída da campanha de Rodrigo Maia Sistema CNC - SESC - SENAC Do Tamanho do Brasil www.cnc.org.br Jornal do Commercio • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Economia • A-5 COMÉRCIO EXTERIOR Brasil S/A por Antônio Machado [email protected] Mundo desvairado Ao opinar na sexta-feira que o Banco Central não terá motivos para subir os juros em 2013, o ministro Guido Mantega, mais que invadir a autonomia operacional da política monetária, revelou a aposta no agravamento do quadro econômico global e seu viés desinflacionário. Não é preciso bola de cristal para desenhar 2013. Basta ligar os pontos. Duas semanas atrás o Banco Central Europeu foi autorizado a emitir euros no volume que tiver de ser para acudir as economias da união monetária fragilizadas. Na última quinta-feira, o Federal Reserve anunciou que vai emitir US$ 40 bilhões ao mês, trocados por hipotecas securitizadas. E, como na Europa, sem prazo nem teto. A economia global se sustenta em três alicerces. O terceiro também mandou às favas os escrúpulos monetários. O governo da China, a um só tempo preocupado com que a desaceleração do crescimento escape a seu controle e provoque protestos de massa enquanto está em curso a transição do poder para uma nova coalizão dirigente, a assumir em 2013, tenta equilibrar-se entre mais doses de apoio ao investimento em infraestrutura e em maior liberalidade do crédito. Em todos os três – EUA, China e Zona do Euro – tais medidas rosnam, mas não podem morder. Se fossem matadoras da crise para valer, nem seriam cogitadas. Os EUA e a Europa estão em meio a um sério problema fiscal. E a China, com o seu modelo de crescimento baseado tanto em exportações industriais num mundo que não quer comprar, mas vender, como em infraestrutura, onde já não há o que erguer com perspectiva de retorno decente, vive o risco da implosão da economia. O que mais pode fazer para inflar o consumo doméstico, válvula de escape para sua maciça produção industrial, o governo da dupla Hu Jintao e Wen Jiabao, se o crédito total, segundo estudo do Credit Suisse, chegou a 171% do PIB? E com a suspeita de que a banca, em grande parte estatal, oculta créditos incobráveis, concedidos a empresas também estatais — e com colaterais desvalorizados, sem que assim estejam reconhecidos em balanço, como os estoques de minérios de ferro e de aço pronto empilhados pelas siderúrgicas chinesas? Com a retaguarda gelatinosa da economia global, Mantega pode dizer o que quiser sobre os juros que, se errar, será por pouco. O Banco Central vai validá-lo não por isso, mas por exigência da economia. Bolha de superprodução Capacidade industrial ociosa, e pior quando ainda em processo de maturação do investimento, equivale para a banca ao estouro de uma bolha imobiliária, que também acomete a China, embora o governo, no caso, tenha condições de gerenciar o seu esvaziamento. Mas e quando a demanda é incontrolável, porque de origem externa, e fraquejando? Pegue-se a siderurgia chinesa: o excesso de produção de aço, como apurou o Financial Times, equivale à produção anual combinada das siderúrgicas dos EUA (hoje modernizadas) e do Japão. Isso se repete em quase todos os setores industriais da China, implicando pressão vendedora, ao menos no curto prazo, com as firmas chinesas fazendo qualquer negócio para exportar. O protecionismo deve acirrar-se. A cartola de Bernanke Salvo o chefão do Fed, Ben Bernanke, tenha outro coelho na cartola ou o novo presidente dos EUA — Barack Obama, caso se reeleja, ou Mitt Romney, o desafiante — obtenha maioria congressual, a situação vai ficar ainda mais feia. O presidente eleito terá de resolver até dezembro o impasse fiscal, já que a falta de providências, conforme a lei em vigor, implica cortes automáticos de gastos para 2013. Tal evento, diante da debilidade econômica, lançará os EUA noutro ciclo recessivo. E, agora, constatado que a tese do descolamento da China era ilusória. A ser assim, é cada um por si, e os outros que explodam. Ou solidificam-se as bases do incipiente Grupo dos 2, com EUA e China acertando-se entre si e acertando, por consequência, as demais economias. Essa é a expectativa mais otimista para 2013. As emissões ao infinito O que se espera da nova derrama de dólares, chamada de QE3, de seu eufemismo quantitative easing, já ironizado como QE Infinity devido à ausência de limite para as emissões? Não muito, se a expectativa for o impulso do consumo vitaminado pelo crédito. Não é esse o viés mostrado pelo consumidor endividado, o mercado de trabalho com mais candidatos que vagas e as empresas sem apetite para investir. O provável é que o QE3 recrie o efeito riqueza, com a recuperação do preço dos imóveis pegando alguma tração e o aumento das bolsas. Depois do vício das bolhas, há economistas que só veem uma retomada firme nos EUA, na fala de ajustes estruturais, inflando-se alguma outra. Faz sentido se estiver conectado a um movimento de ruptura. Mais sonho que diretriz Um quadro volátil e sem direção clara da economia global não deve inspirar decisões encadeadas sobre a política econômica no Brasil. O cenário sugere mais produção em massa, como pãozinho de padaria, que uma obra com princípio, meio e fim. Mas que se atente para um mínimo de lógica. O governo, por exemplo, coloca o aumento real de salário como meta a sustentar tanto quanto a recuperação do grau de competitividade da indústria. E contempla a inflação voltando à meta (4,5%) em 2013, com depreciação cambial acima da faixa atual. Está tudo nos conformes, inclusive o engessamento da Selic, desde que se tolere um pouco mais de inflação ou se faça vista grossa às importações industriais. Inflação baixa, moeda fraca, salário real em expansão, nacionalização das cadeias produtivas, protecionismo comercial... A equação não fecha. Nem com a queda drástica da carga tributária. A pouca economia em relação ao brutal esforço para o corte das contas de luz é um preview do que dá para fazer. É pouco. E, dependendo do que se discute no Congresso, será menos. Exportações voltam a subir em setembro,diz MDIC Média das vendas externas até a segunda semana do mês ficou em US$ 1,118 bilhão, alta de 0,9% em relação à média verificada em setembro do ano passado DA AGÊNCIA ESTADO s exportações voltaram a subir na segunda semana de setembro na comparação com a média diária vista ao longo de setembro de 2011, enquanto as importações recuaram, porém menos do que a queda verificada em setembro do ano passado, mostraram números divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A média das vendas externas até a segunda semana de setembro ficou em US$ 1,118 bilhão, montante que representa aumento de 0,9% em relação à média verificada no mês de setembro de 2011, de US$ 1,109 bilhão. Na primeira semana deste mês, a alta era de 0,2%. O aumento das exportações de produtos básicos foi o que mais chamou atenção no período: subiu 5,1%, passando de US$ 540,6 milhões para US$ 568,4 milhões, em média. Os destaques foram petróleo, milho em grão, minério de cobre, carnes suína, bovina e de frango. Os bens manufaturados subiram 2,8% na mesma base de comparação, saindo de US$ 382,6 milhões para US$ 393,3 A Segunda semana Superávit comercial soma US$ 646 milhões vendas nas duas primeiras semanas de setembro subiu 14,9%, passando de US$ 973,1 milhões para US$ 1,118 bilhão. Aqui, houve alta em todas as categorias de produto, com destaque para manufaturados (10,5%), básicos (21,2%) e semimanufaturados (2,5%). DA REDAÇÃO Importações A balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 646 milhões na segunda semana do mês, conforme dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O resultado do período de 10 a 16 de setembro leva em consideração exportações no valor de US$ 5,620 bilhões e importações de US$ 4,974 bilhões. No acumulado do mês até a segunda semana, o superávit comercial é de US$ 1,674 bilhão, resultado de vendas externas de US$ 10,065 bilhões e de compras internacionais de US$ 8,391 bilhões. Considerando os dados desde o início do ano até agora, o saldo da balança já acumula um resultado positivo de US$ 14,844 bilhões, com as exportações somando US$ 170,663 bilhões e as importações, US$ 155,819 bilhões. milhões, por causa de óleos combustíveis, etanol, tubos de ferro fundido, tubos flexíveis de ferro/aço, motores e geradores e veículos de carga. Semimanufaturados Os produtos semimanufaturados registraram forte queda, de 18,4%, passando de US$ 164,3 milhões para US$ 134,0 milhões. Puxaram a baixa o óleo de soja em bruto, semimanufaturados de ferro/aço, ferro-liga, ouro em forma semimanufaturada, açúcar em bruto, ferro fundido e celulose. Na comparação com o mês de agosto, a média diária das A média diária das importações até a segunda semana deste mês (US$ 932,3 milhões) ficou 3,1% abaixo da média apurada em setembro de 2011 (US$ 962,5 milhões). Na primeira semana, segundo o MDIC, a queda havia sido de 11,2%. Pelos dados divulgados ontem, foram reduzidos gastos principalmente de combustíveis e lubrificantes (36,2%), aeronaves e partes (9,2%), borracha e obras (-8,6%), cobre e obras (-6,6%) e cereais e produtos e moagem (-6,3%). Em relação a agosto, porém, houve alta de 11,9%, já que a média daquele mês foi de US$ 832,8 milhxões. Entre os itens de destaque estão combustíveis e lubrificantes (41,9%), instrumentos de ótica e precisão (29,1%), farmacêuticos (19,8%), adubos e fertilizantes (16,7%) e equipamentos mecânicos (12,8%). Negociações com a Argentina VALTER CAMPANATO/ABR DA AGÊNCIA ESTADO Os governos do Brasil e da Argentina voltaram a monitorar o comércio bilateral para evitar novos estremecimentos da relação comercial entre os dois países, como ocorreu no primeiro semestre deste ano. A secretária de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, reuniu-se com o secretário de Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, na última sextafeira, em Buenos Aires, para reavaliar a agenda de contenciosos entre as duas nações. “Apesar das dificuldades, o comércio bilateral cresce desde junho, quando os dois países suspenderam os entraves na fronteira seca. Há uma queda em relação a 2011, mas as perspectivas para avanços em setores sensíveis como calçados, têxteis, móveis e autopeças são positivas”, disse Tatiana. Uma fonte do governo brasileiro disse “o pior momento já passou” e que o importante “é manter o canal de diálogo, uma vez que no primeiro semestre era impossível agendar Tatiana já vê perspectiva para avanço em ‘setores sensíveis’ reuniões de monitoramento e negociações”. O diálogo para melhorar o fluxo comercial continuou ontem em encontro do ministro do Sesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, com o presidente da União Industrial da Argentina, José Ignácio de Mendiguren, em Brasília. Segundo Tatiana, a conversa foi “para tratar de in- vestimentos da indústria argentina no Brasil.” Hoje, o secretário Guillermo Moreno vai liderar uma missão comercial a São Paulo, onde será recebido pelo presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Uma das maiores reclamações argentinas no comércio com o Brasil concentra-se justamente no setor de autopeças, onde o mercado brasileiro tem um déficit de US$ 6,5 bilhões por ano no comércio global. Moreno quer que a indústria argentina de autopeças seja a principal fornecedora do mercado brasileiro, como forma de compensar o déficit comercial que a Argentina teve com o Brasil nos últimos dez anos. Segundo a Fiesp, o setor de autopeças e acessórios responde por mais de um terço das exportações brasileiras para a Argentina. O presidente da Associação de Fábricas Argentinas de Componentes (Afac), equivalente ao Sindipeças, Fabio Rozenblum, disse que as duas indústrias pretendem avançar na integração produtiva para substituir as peças que são produzidas fora do Mercosul. Moreno desembarca em São Paulo com representantes de 100 empresas argentinas. Graças às barreiras que Moreno impôs ao setor importador de seu país, as vendas brasileiras ao mercado argentino entre janeiro a agosto tiveram queda de 18% na comparação com igual período de 2011. No mesmo período, a Argentina exportou 6% menos ao Brasil. O superávit do Brasil com a Argentina recuou 54%. Venda de milho pode ser recorde DA AGÊNCIA REUTERS As exportações de milho do Brasil somaram 1,49 milhão de toneladas até a segunda semana de setembro, mostram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados ontem. Se o ritmo forte da primeira quinzena for mantido até o fim do mês, o Brasil poderá ter um novo recorde mensal de vendas externas do cereal em setembro, superando o volume registrado em agosto, de 2,76 milhões de toneladas. O volume embarcado até o momento no mês está bem perto das 1,65 milhão de toneladas exportadas em setembro de 2011. O levantamento aponta ainda que a média de diária das vendas externas brasileiras de milho foi de 166,5 mil toneladas, acima do volume registrado em agosto (120 mil toneladas) e mais que o dobro em relação a setembro de 2011 (78,5 mil toneladas). O salto nos preços do milho no mercado internacional, depois da quebra da safra norteamericana do cereal, provocada pela pior estiagem vista nos Estados Unidos em mais de 50 anos, vem estimulando as exportações do Brasil. A safra brasileira superou a de soja na atual temporada e é estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no recorde de 72,73 milhões de toneladas. A exportação também é prevista em recorde de 16 milhões de toneladas. O preço médio da tonelada embarcada de milho, de US$ 262,3, é ligeiramente melhor ante o valor de agosto (US$ 261,2), mas é inferior a marca de US$ 303,7 registrada em igual mês de 2011. As vendas externas de soja, segundo o levantamento da Secex no período, somaram 697,4 mil toneladas, ante 2,79 milhões de toneladas em setembro de 2011 e contra 2,43 milhões de toneladas em agosto, sinalizando uma diminuição no ritmo dos embarques brasileiros da oleaginosa. Soja e carnes O Brasil já exportou quase toda a soja que tinha disponível para embarques ao exterior. O preço de US$ 607 por tonelada média embarcada foi mais alto em relação aos valores do mês passado (US$ 586,7) e de setembro de 2011 (US$ 521,1). Segundo avaliação da consultoria com sede em Hamburgo Oil World, os preços da soja seguem firmes no mercado internacional, dada a forte demanda chinesa pelo produto, o que deve manter o mercado sustentado. As vendas de carne de frango, pr incipal produto do complexo carnes, somaram 149,1 mil toneladas nas primeiras duas semanas de setembro. Em todo o mês de setembro de 2011, o volume embarcado foi de 277,7 mil toneladas. E em agosto, somou 284,5 mil toneladas. As vendas de carne de bovina somaram 47,5 mil toneladas, pouco mais da metade das 90,6 mil toneladas embarcadas em agosto. Em setembro do ano passado, o embarque no mês somou 74,2 mil toneladas. No caso da carne suína, os embarques em duas semanas de setembro somaram 28 mil toneladas. Em agosto, as exportações no mês totalizaram 47 mil toneladas e em setembro de 2011 foi de 35,1 mil toneladas. A-6 • Economia • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Jornal do Commercio ZONA DO EURO Nas entrelinhas Merkel: político não deve interferir em ação do BCE PT parte para por Denise Rothenburg [email protected] Chanceler afirma que a contribuição da Alemanha ao novo fundo de resgate permanente, totalizando 190 bilhões de euros, não está ligada à aquisição de títulos chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que os políticos não têm que decidir quanta dívida o Banco Central Europeu (BCE) deve comprar no mercado secundário como parte de seu plano para combater a crise da dívida da zona do euro. “Não é da nossa alçada (os políticos) estabelecer os limites (das intervenções do BCE). Isso é do domínio do BCE”, afirmou Merkel onten em entrevista. Ela disse que a contribuição da Alemanha ao novo fundo de resgate permanente da zona do euro, o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (ESM, na sigla em inglês), totalizando 190 bilhões de euros, não está ligada ao programa de compra de títulos, contradizendo comentários feitos por um parlamentar sênior de sua coalizão de centro-direita sugerindo que a dívida com- prada pelo BCE faria parte desse total. Merkel disse ainda que é improvável que um novo e planejado órgão de supervisão bancária europeu pudesse ser criado até 1 o de janeiro de 2013, acrescentando que ajuda direta do ESM a bancos só poderá acontecer depois que essa entidade estiver em operação. Ontem, o ministro de Finanças da França, Pierre Moscovici, afirmou que a zona do euro está mais próxima de uma posição na qual poderá se recuperar e atingir um crescimento estável. Segundo ele, a situação é melhor agora do que seis meses atrás, graças a ações adotadas pelos governos e pelo BCE. “A situação está melhorando. Há uma luz no fim do túnel”, comentou Moscovici. Mesmo assim, segundo o ministro francês, para a zona do euro voltar a crescer de maneira sustentável serão necessárias profundas mudanças es- FRANÇA COMÉRCIO BC espera PIB abaixo de 1% em 2013 China e EUA abrem disputa na OMC por causa de subsídios DA AGÊNCIA REUTERS DA AGÊNCIA DOW JONES O plano de compra de títulos do Banco Central Europeu (BCE) melhorou as perspectivas para a zona do euro, mas o crescimento da segunda maior economia do bloco, a França, continuará fraco em 2013 e bem abaixo de 1%, afirmou o presidente do banco central francês, Christian Noyer, em entrevista ao Les Echos publicada na edição de ontem. Noyer, que também é membro da diretoria do BCE, afirmou que o banco central do bloco tranquilizou os mercados com seu anúncio na semana passada de que irá comprar quantias ilimitadas de títulos emitidos por países da zona do euro. A decisão da principal corte da Alemanha de dar sinal verde para o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (ESM, na sigla em inglês) também deu uma indicação clara de coesão no bloco monetário, e ajudará economias em dificuldade a impulsionar a competitividade e o crescimento, disse ele. Apesar da melhora, a economia de 2 trilhões de euros da França vai ter dificuldade para ganhar força em 2013. “Nós podemos razoavelmente esperar uma reviravolta gradual no crescimento em 2013, com uma média que deve continuar consideravelmente abaixo de 1%, devido à falta de crescimento esperado para o fim de 2012”, disse Noyer. O governo do presidente francês François Hollande recentemente cortou sua projeção de crescimento em 2013 de 1,2% para 0,8%, dizendo que esta era uma expectativa mais realista. Porém, muitos economistas ainda pensam que o número revisado é muito otimista. Para este ano, o governo francês espera expansão de 0,3%, enquanto economistas consultados pela Reuters acreditam em um número próximo de 0,1%. A economia da França está paralisada desde o fim do ano passado, mostrando crescimento zero nos primeiros trimestres de 2012, com a crise da zona do euro pesando sobre a demanda. O governo dos Estados Unidos registrou ontem uma reclamação contra a China na Organização Mundial do Comércio (OMC), criticando os subsídios que o país oferece para a fabricação de automóveis e autopeças, que somariam mais de US$ 1 bilhão. "O programa da China parece fornecer subsídios para exportação que são proibidos pelas regras do OMC, porque eles distorcem severamente o comércio", disse em comunicado o Representante de Comércio dos EUA, Ron Kirk. “Os subsídios fornecem uma vantagem injusta para fabricantes de automóveis e autopeças localizados na China, que competem com produtores dos EUA e de outros DA REDAÇÃO A truturais. Ele também disse que a zona do euro não pode perder tempo na implementação das decisões já tomadas. Segundo o ministro, é necessário que a União Europeia chegue a um acordo para uma união bancária no bloco até o fim deste ano. Superávit O superávit comercial da zona do euro aumentou para 15,6 bilhões de euros (US$ 20,5 bilhões) em julho, de 13,6 bilhões de euros em junho, que havia sido inicialmente calculado em 14,9 bilhões de euros, informou a Eurostat. A agência de estatísticas também divulgou que os salários subiram 1,6% no segundo trimestre, sobre o igual período do ano passado, mais do que a alta de 1,5% registrada no primeiro trimestre. Mas ainda há sinais de fraqueza no bloco. O crescimento do superávit comercial em países. Com base em documentos públicos, as chamadas ‘bases de exportações’ ofereceram pelo menos US$ 1 bilhão em subsídios para fabricantes chineses de 2009 a 2011”,diz o comunicado do governo norte-americano. “A administração Barack Obama está comprometida em proteger os direitos de quase 800 mil trabalhadores norte-americanos do setor de automóveis e autopeças, que soma US$ 350 bilhões.” Aida ontem, mais cedo, a China tinha informado que apresentou uma queixa na OMC contra tarifas impostas pelos EUA a uma série de produtos chineses. Washington alega que as tarifas foram adotadas para defender os produtores norte-americanos do que o governo dos EUA considera julho foi em boa parte devido à queda nas importações para 146,6 bilhões de euros, de 148,1 bilhões de euros em junho, o que sugere que uma fraca demanda interna provocou o resultado, e não uma forte a demanda externa. Em termos ajustados, o superávit comercial caiu para 7,9 bilhões de euros, de 9,3 bilhões de euros, enquanto as exportações diminuíram 2,0%. Além disso, o aumento dos salários ocorreu sobre bases muito baixas e ainda ficou menor do que a inflação, o que significa que a renda real continuou caindo. Na Alemanha houve alta de 3% nos custos da mão de obra no segundo trimestre, após o aumento de 2,1% no primeiro trimestre, já na Irlanda o crescimento dos salários perdeu força para 0,4%, de 1%. Na Espanha os salários cresceram 0,5% no segundo trimestre, menos do que 1,7% no primeiro trimestre. (Com agências) ser práticas injustas de comércio da China. As tarifas envolvem produtos como aço, pneus, torres para turbinas eólicas, ímãs, eletrodomésticos e pisos de madeira, entre outros. A questão tarifária se tornou um crescente foco de tensão entre os dois países, ainda mas nesse período de eleição nos EUA. Ontem, pouco após a notícia da ação dos norte-americanos na OMC, o candidato republicano na disputa pela Casa Branca, Mitt Romney, disse que a medida adotada pela administração Obama “é muito pouco e veio muito tarde”. “Eu não vou esperar até os últimos meses do meu mandato para enfrentar a China, ou fazê-lo somente quando se tem votos em jogo", comentou Romney em comunicado. Siderúrgicas elevam produção DA AGÊNCIA REUTERS As siderúrgicas chinesas aumentaram a produção diária de aço em 1,2% nos primeiros dez dias de setembro, contra o período anterior de 11 dias, mostraram dados do setor divulgados ontem. Uma acentuada queda nos preços de aço até agora não conseguiu pressionar as siderúrgicas chinesas a cortar produção. O país é responsável por quase 45% da produção mundial de aço. A produção diária entre 1º e 10 de setembro correspondeu a 1,895 milhão de toneladas, ante 1,872 milhão de toneladas entre 21 e 31 de agosto, segundo dados da Associação de Ferro e Aço da China (Cisa). A média de produção diária em agosto foi de 1,894 milhão de toneladas, segundo informações do Departamento Nacional de Estatísticas do país. Algumas usinas aproveitaram o preço em queda do minério de ferro para manter altos níveis de produção, apesar do excesso de capacidade produtiva do mercado siderúrgico chinês, afirmaram analistas. “Com os preços de minério de ferro nesse nível, uma vez que você reduz estoque, você ainda pode fazer dinheiro muito rapidamen- te”, disse Henry Liu, diretor da área de commodities da Mirae Asset Securities, em Hong Kong. As siderúrgicas também têm enfrentado dificuldades para manter linhas de crédito com bancos, bem como mão de obra qualificada, o que tem incentivado as empresas a adotar uma postura de relutância em fechar instalações, acrescentou Liu. Preços Os preços de aço da China atingiram o menor nível em três anos no início de setembro, mas se recuperaram desde que o Federal Reser ve (Fed, o banco central norteamer icano) anunciou um programa de estímulo para a economia dos Estados Unidos, o que levou os preços do minério de ferro de volta para o patamar acima dos US$ 100 a tonelada. Apesar dos planos da China de investir mais de US$ 150 bilhões em novos projetos de infraestrutura, como parte de seus esforços para incentivar a economia, poderem impactar a demanda por aço nos próximos meses, poucos no mercado esperam que esse impacto seja significativo nos preços domésticos do aço. A China irá cada vez mais conduzir sua política monetária usando ferramentas baseadas em preços como taxas de juros e de câmbio em vez de mecanismos quantitativos, de acordo com um plano de reformas financeiras esperado entre 2011 até 2015 publicado ontem. O plano de 47 páginas, recentemente aprovado pelo Gabinete e publicado no site do banco central, afirma que a China deve melhorar suas operações no mercado aberto para que possa guiar as taxas do mercado financeiro. O plano confirma a suspeita de muitos analistas de que Pequim silenciosamente mudou o foco da política monetária para operações no mercado e se afastou de usar a taxa de compulsório dos bancos para controlar o fluxo de liquidez no sistema financeiro. O banco central da China tem aumentado o uso de operações compromissadas e outras ferramentas do mercado financeiro de curto prazo para manter a liquidez nos mercados, ao passo que se opõe a ajustar a quantidade de dinheiro que os bancos devem guardar como reservas, com Pequim temendo que a liberação de muito capital posssa voltar a alimentar a inflação. o improviso Nos tempos do telefone "orelhão", que funcionava à base de ficha, criou-se a expressão "caiu a ficha", usada quando alguém de se dava conta da importância ou da gravidade de determinado fato. É mais ou menos isso que aconteceu ontem no comando petista e entre os réus do mensalão. A leitura de parte do voto do relator Joaquim Barbosa no capítulo que trata da compra de apoio no Congresso já foi suficiente para tirar quaisquer esperanças de absolvição na Ação Penal 470. E olha que Barbosa apenas começou a tratar do núcleo político. Mencionou justamente o caso do PP, um partido que, na época, nem da base aliada era, mas, mesmo assim, recebeu recursos. Logo, estaria aí, na visão do relator, caracterizada a compra de votos. Para alguns petistas, a senha está dada: se Barbosa diz que houve votos comprados, dirá que houve compradores, ou seja, o antigo núcleo petista está com os dias contados e, justamente nessa reta final da temporada eleitoral. Barbosa ainda lia seu voto ontem, quando o PT fez circular uma nota chamando seus militantes às ruas para defender o partido, o legado do governo Lula e tentar tirar a estrela da sombra dos malfeitos, alguns já julgados - como o caso do fundo Visanet, em que o STF considerou que houve desvio de dinheiro público. Por isso, logo na primeira linha, a comissão executiva nacional apoia as medidas econômicas da presidente Dilma Rousseff, citando as mais populares - redução dos juros e das tarifas de energia elétrica. Tenta, assim, vincular o partido justamente àquelas medidas que tiveram apoio unânime. Afinal, quem não gosta de juros baixos e conta de luz mais barata? Em seguida, a Executiva Nacional petista entrou no que interessa no momento à legenda: levar seus militantes a defender seus candidatos nessas eleições. A forma como o PT convoca seus filiados à campanha lembrou os tempos antigos, quando o partido não tinha tanto dinheiro, nem poder. Era uma época em que muitos corriam à loja de tecidos mais próxima em busca de um pano vermelho para costurar em casa a sua bandeira do PT. O partido não tinha militantes pagos, nem recursos para isso. Muitos morriam de inveja de ver os petistas orgulhosos, sem precisar de ninguém para ficar "vigiando" se os cabos eleitorais estavam mesmo "trabalhando". Eram voluntários lutando por uma causa. Agora são novamente convocados para afastar esse clima de condenação e lembrar ao eleitor as coisas boas do governo Lula. Resta sabe se atenderão ao chamado. Como o partido não discutiu o tema e nem se preparou politicamente para enfrentar o julgamento do mensalão em plena eleição municipal, resta agora apelar aos militantes que, nos tempos antigos, quando o partido não tinha dinheiro, nem poder, costuravam suas próprias bandeiras Por falar em clima… Dentro do PT, há quem diga que essa defesa deveria ter sido feita há alguns anos - e pelo próprio Lula. Durante todo o período que esteve no governo, o ex-presidente não enfrentou o debate do mensalão. Em 2011, quando recém havia deixado a Presidência da República, Lula mencionou no aniversário do partido que era chegada a hora de discutir esse assunto de forma clara dentro da legenda. Mas o tempo passou, o ex-presidente foi cuidar de outros temas e, depois, veio o câncer que tirou Lula de cena. Agora, curado, ele volta em pleno julgamento embolado com a eleição municipal. Mas não se pode colocar a culpa em Lula. O PT, ao longo de sete anos, simplesmente não encontrou um tempo para fazer esse debate e construir a sua defesa política antes do julgamento. Foi empurrando com a barriga. Primeiro, foi a reeleição de Lula, depois a construção da candidatura de Dilma. O resultado é que agora terá que improvisar, a três semanas das eleições. Paralelamente, há outro problema nesse improviso: parte daqueles que costuravam suas próprias bandeiras saíram para fundar o PSol ou seguiram outros rumos, justamente por discordar não só da proposta de reforma da Previdência, mas também da aliança com partidos que classificavam de "direita", como o PP, o PTB e o antigo PL - coincidentemente os mesmos que têm seus comandantes em 2004 como réus na Ação Penal 470. Por essas e outras é que, da mesma forma que os petistas vislumbram a condenação de seus antigos comandantes, muitos no partido não têm dúvidas de que enfrentarão nas próximas três semanas talvez a eleição mais difícil de toda a sua história. E, diante de decisões do STF, soa falso dizer que tudo não passou de armação política. Esse discurso, o PT ainda não encontrou. Diz apenas que os réus têm CPF e não CNPJ. Ou seja, o partido não fez até agora - e, pelo visto, não fará - o debate do mensalão. (E olha que até aqui não citamos sequer as supostas declarações de Marcos Valério e a tentativa de envolver Lula no enredo. E é de se estranhar o silêncio do PT a respeito dessas supostas declarações. A nota do partido, convocando os militantes, fala em eleição, na defesa de Lula, mas não explica os motivos pelos quais Lula, o mais popular do partido, precisaria de defesa. Diante dessa constatação, é possível afirmar que o PT continua firme na decisão de afastar a eleição do mensalão. Se vai dar certo, outubro dirá.) País Editor // luís Edmundo Araújo Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Jornal do Commercio •A-7 MENSALÃO Relator confirma pagamento Ministro Joaquim Barbosa aceita, em seu voto, tese de que PT pagou a partidos para comprar votos no Congresso para garantir aprovação de projetos do interesse do Executivo, em 2003 e 2004, e sinaliza que votará pela condenação de políticos ANA MARIA CAMPOS, DIEGO ABREU, HELENA MADER e KARLA CORREIA a sequência de suas manifestações em sintonia com a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República, o relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, confirmou ontem em seu voto o ponto mais simbólico do processo: a compra de votos no Congresso para a aprovação de projetos de interesse do Executivo entre 2003 e 2004. Ao iniciar o julgamento sobre o capítulo seis, relacionado aos repasses de recursos para partidos políticos e parlamentares, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu que o PP recebeu dinheiro do PT por intermédio do esquema de Marcos Valério para ingressar na base do governo Lula. O relator deu sinais de que vai julgar procedente acusação de corrupção contra políticos do PP e também do PL (hoje PR), PTB e PMDB que receberam dinheiro do esquema. O julgamento da parte mais explosiva, a participação do ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu, ficou para o fim do voto do relator nesse capítulo. Dirceu, o extesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-presidente nacional da legenda José Genoino respondem por corrupção ativa. Seriam os N Perda de mandato Absolvido na Câmara, em risco no STF No julgamento político, o deputado federal Pedro Henry (PP-MT) escapou da cassação em março de 2006, mas se depender do relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, poderá perder o mandato agora. O ministro sinalizou que vai condenar o parlamentar por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ex-líder do PP na Câmara, Pedro Henry foi absolvido pelo voto de 255 deputados. Houve 176 colegas a favor da cassação na Câmara. No Supremo Tribunal Federal (STF), ele pode ser considerado culpado de ter recebido dinheiro em troca do apoio ao responsáveis pelos repasses para os partidos. Eram os emissários do dinheiro. O assunto deve ser tratado na quinta-feira. Em seu voto ontem, Joaquim Barbosa se concentrou na atuação do PP. Representantes do partido receberam, segundo o relator, pelo menos R$ 4,1 milhões por meio de duas fontes: saques das contas da SMP&B e pela corretora Bônus Banval. Barbosa vai condenar o deputado federal Pedro Henry (PP-MT) e o ex-presidente do PP Pedro Corrêa (PE) por formação de governo Lula no Congresso. Uma das punições pela condenação é a perda do mandato e, segundo a Lei da Ficha Limpa, a inelegibilidade pelo período de oito anos a contar após o cumprimento da pena. Pedro Henry e os deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PLSP) são os responsáveis pela tramitação do processo do mensalão no STF. Congressistas, eles têm a prerrogativa de serem processados e julgados criminalmente na Suprema Corte. Como Henry, João Paulo e Valdemar Costa Neto foram considerados inocentes pelo plenário da Câmara. No primeiro capítulo, os ministros con- quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Pedro Henry e Pedro Corrêa foram considerados líderes do esquema no partido. Em 2005, Corrêa teve o mandato de deputado federal cassado por quebra de decoro, em decorrência do escândalo do mensalão. Na ocasião das denúncias, ele era o presidente do PP e Henry, o líder da bancada na Câmara. Os dois ainda integram a executiva do partido. O relator também vai condenar pelos três crimes João Cláu- denaram por maioria João Paulo Cunha pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. A perda do mandato, no entanto, só ocorre com o trânsito em julgado da ação penal, o que pode levar mais de um ano após o encerramento do julgamento. O relator também deve julgar procedente a denúncia contra Valdemar Costa Neto pelos mesmos crimes a que Pedro Henry responde. O julgamento do subitem que envolve o PL (hoje PR) começa na sessão de amanhã. Ontem os ministros decidiram que nesta semana não haverá sessão extra, como havia proposto Joaquim Barbosa. (AMC, DA e HM) dio Genú, assessor do então deputado José Janene (PP-PR). Servidor comissionado da Câmara, ele recebeu dinheiro em espécie em várias situações da então gerente administrativo-financeira da SMP&B, Simone Reis Vasconcelos. A empresa de Marcos Valério repassou no mínimo R$ 2,9 milhões em espécie para o PP, dinheiro transferido em pastas 007, entregue no banco ou em quartos de hotel. Morto em 2010, Janene, então tesoureiro do PP, também respondia pelas mesmas acusa- ções. "Não há sombra de dúvida acerca da compra de votos, a essa altura do julgamento", justificou o relator, e acrescentou: "Não existia qualquer outro motivo que levasse ao interesse do PT em ajudar o PP, a não ser o voto dos parlamentares". O resultado não foi proclamado ontem porque o relator encerrou antes da conclusão, mas em todas as manifestações apontou a responsabilidade dos réus. O argumento do relator é de que PT e PP não fizeram campanha juntos em 2002 na eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Eram "antípodas", "opositores" e tinham linha ideológica diferente. Dessa forma, não havia nada que unisse os dois partidos, além da ajuda financeira em troca de apoio no Congresso. O dinheiro começou a ser destinado pelo PT pelo interesse de ampliar a base. Os líderes do partido, segundo a denúncia, trabalharam na aprovação das reformas Tributária e da Previdência, de interesse do governo. O acordo do PP com o PT teria sido avalizado pela cúpula petista, Delúbio, Dirceu, Genoino e o ex-secretário do partido Sílvio Pereira, ainda de acordo com a ação penal. Donos da Bônus Banval, Enivaldo Quadrado e Breno Fischberg também serão condenados por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Bancada constrangida O PP vive hoje uma situação de constrangimento, tentando se afastar dos dirigentes do partido citados na ação penal em julgamento no STF como os principais negociadores dos repasses recebidos do PT em troca de adesão em votações importantes. "Foi um caso isolado, não pode ter reflexos na legenda como um todo. Um partido é feito por todos os filiados", diz a deputada Rebecca Garcia (AM). A-8 • País • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Jornal do Commercio MENSALÃO Gurgel recomenda cautela Procurador-geral da República avalia que é preciso ‘cuidado’ ao analisar as supostas declarações de Marcos Valério. Presidentes de partidos oposicionistas devem se reunir hoje para decidir se pedem investigação contra Lula JOSÉ CRUZ/ABR ELZA FIÚZA/ABR » HELENA MADER KARLA CORREIA PAULO DE TARSO LYRA procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse ontem, antes do início dos trabalhos do Supremo Tribunal Federal (STF), que é preciso “cuidado” com comentários polêmicos feitos em meio ao julgamento do mensalão. Ele se referia à reportagem sobre Marcos Valério na revista Veja em que o empresário supostamente afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria conhecimento do esquema criminoso. Para ele, não existe necessidade de ouvir novamente o publicitário mineiro no processo ou incluir o ex-presidente na Ação Penal 470. “Neste momento, não acho que seria adequado. Não se sabe exatamente que tipo de jogo esta sendo feito. Marcos Valério é uma pessoa que, ao longo de todo esse processo, deixou muito claro que é jogador. É preciso então ver que tipo de jogo está sendo feito”, completou. Os presidentes do PPS, PSDB e DEM devem se reunir hoje para decidir se apresentam um requerimento para que o Ministério Público Federal investigue as denúncias. O grupo está dividido. O presidente nacional do PPS, Roberto Freire (PE), defende que, mesmo que a suposta fita com a entrevista do operador do mensalão não seja apresentada, as denúncias são graves e precisam de investigação. “O mensalão não é mais um conto de fadas, o STF não está julgando uma obra de ficção”, completou. O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), soltou nota no fim de semana afirmando que “se confirmadas as revelações, fica evidenciado que o mensalão estava instalado no Palácio do Planalto e no Palácio do Alvorada, símbolos maiores do Poder da Repú- Disciplina PF instaura inquérito contra Zampronha O » MARIA CLARA PRATES Vamos aguardar para ver como as coisas se desenrolam.” O mensalão não é mais um conto de fadas, o STF não está julgando uma obra de ficção." Roberto Gurgel Roberto Freire presidente do PPS procurador-geral da República blica”. Internamente, no entanto, o presidente demista é mais cauteloso e tem dito a pessoas próximas que o partido só apresentará uma representação ao MPF, se as denúncias forem comprovadas. O procurador Roberto Gurgel ressalta o difícil momento em que o publicitário está passando no julgamento. “A gente tem esse tipo de declaração no momento em que ele (Valério) aparentemente já se ressente das condenações, então a gente precisa tomar muito cuidado”, comentou Gurgel. Ele garantiu que essas declarações não interfe- rem no andamento do processo no STF. “Mas a partir daí, pode surgir material eventualmente para instauração de outro inquérito. Vamos aguardar para ver como as coisas se desenrolam”, acrescentou o procurador. “Já temos diversos procedimentos no primeiro grau e isso pode ser examinado lá. Mas é claro que são declarações importantes, que devem ser examinadas”, acrescentou Gurgel. Embora com o foco nas eleições municipais, o PT já começa a se preparar para enfrentar o que está sendo chamado de “processo do mensalão pós- STF”. Diante da possibilidade cada vez mais concreta da condenação em massa dos petistas pelo ministros do Supremo, a próxima etapa, na visão de dirigentes partidários, seria trazer Lula para o centro do mensalão. Silêncio criticado Pessoas envolvidas no julgamento defendem que o PT deveria ter se pronunciado de forma incisiva no fim de semana para rebater a matéria. O silêncio total, nesse caso, teria prejudicado a “desmontagem da tese apresentada pela revista”. Quan- do a reportagem foi publicada, no sábado, a assessoria de Lula estava envolvida com a viagem que o ex-presidente faria para Salvador. Já no PT, os focos de preocupação eram os dois comícios que o candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, no mesmo dia. No domingo, o assunto também passou em branco antes da reunião no Centro de Tradições Nordestinas (CTN), de São Paulo, onde governadores aliados do Nordeste se reuniram para um ato de campanha de Haddad. Após o almoço, coube ao governador da Bahia, Jaques O diretor da Polícia Federal (PF), Leandro Daiello Coimbra, por meio da corregedoria, determinou a instauração de inquérito administrativo disciplinar contra o delegado federal Luiz Flávio Zampronha, em razão de entrevistas à imprensa. A decisão do diretor acontece depois de Zampronha ter sido criticado pelo ministro Joaquim Barbosa, na última quarta-feira, em razão das declarações em defesa de Geiza Dias, suspeita de lavagem de dinheiro e funcionária da agência de publicidade do empresário Marcos Valério.“Veja como as coisas são bizarras em nosso país. Um delegado vai à imprensa e diz que fulano não deveria ter sido denunciado. Isso é um absurdo. Em qualquer país decentemente organizado um delegado desses estaria, no mínimo, suspenso”, criticou Barbosa. Wagner, desmentir a informação de que Lula tenha se encontrado com Marcos Valério no Palácio do Planalto. A Executiva Nacional do PT reuniu-se ontem em São Paulo e divulgou nota sobre a conjuntura político-eleitoral. O documento afirma que “a mobilização geral de nossa força militante é a condição fundamental para nosso sucesso, pois é a militância consciente quem desfaz as mentiras”. Questionado sobre quais seriam essas mentiras, Rui Falcão afirmou que “são mentiras que sempre surgem na épocas das eleições”. CARROS & INDÚSTRIA por Wagner Oliveira » [email protected] NOVO MINI ÔNIBUS DA IVECO VISA MERCADO PREMIUM O segmento de vans para fretamento e turismo ainda está longe de atingir o seu potencial no Brasil. Com um mercado em torno de 25 mil unidades por ano, as montadoras sabem que ainda podem lucrar muito com este filão, que se torna cada vez mais atrativo com desenvolvimento econômico nacional. O desenvolvimento da infraestrutura, os grandes eventos esportivos e o investimento no transporte público também são vistos como molas propulsoras para o crescimento das vendas neste nicho, que tem competidores como a Iveco, Fiat, Renault, Ford e MercedesBenz, entre outros. De olho nesse movimento, a Iveco acaba de lançar mais um produto, o Daily Minibus. Este novo modelo marca o início da expansão da empresa no negócio de transporte comercial de passageiros. Os novos veículos, disponíveis nas versões turismo e fretamento, já estão no mercado em cinco configurações. Produto voltado para o segmento premium, a Iveco espera conquistar participação de 12% deste mercado já no próximo ano, com a venda de mil unidades por ano. Os preços variam de R$ 133 mil a R$ 155 mil. As versões turismo/executivo oferecem conforto, sendo indicadas para serviços diferenciados. O modelo vem de fábrica com ar-condicionado duplo para motorista e passageiros, vidros verdes, trio elétrico e poltronas reclináveis. Para esta aplicação é possível encontrar o veículo nas configurações: 14+1, 15+1 e 18+1 passageiros. Ônibus Iveco chega de olho no mercado Premium de turismo Toyota Etios vai dinamizar produção industrial em Sorocaba (SP) TOYOTA ETIOS E HYUNDAI HB 20 REFORÇAM PRODUÇÃO NO INTERIOR PAULISTA O lançamento ontem do Toyota Etios e mais de US$ 2 bilhões na construção de noapresentação do Hyundai HB 20 na sema- vas fábricas e na compra de maquinário pana passada incrementam ainda mais o in- ra a instalação de linhas de montagem, initerior paulista, que, com o ABC, reforça o cialmente dos compactos Etios ( que custa pólo da indústria automobilística no Esta- entre R$ 30 mil e R$ 42,7 mil) e HB20 (parte do de São Paulo. de R$ 32 mil). Outros novos modelos serão Além de gerar riquezas e novos postos de fabricados em suas respectivas plantas petrabalho, a região que engloba desde Soro- las montadoras asitáticas. caba até Campinas fortalece ainda mais a Para o consultor Francisco Satkunas, ineconomia ao atrair várias empresas forne- tegrante da SAE-Brasil (Sociedade dos Encedoras de sistemas e autopeças dentro da genheiros da Mobilidade), o interior paulisvasta cadeia do setor, que vê nas cidades do ta já pode ser considerado uma nova “Deinterior, servido de boas estradas, um facili- troit” brasileira, em referência à cidade nortador para a logística na alimentação e dis- te-americana que concentra a produção e a tribuição da produção. sede das principais montadoras dos EstaNum raio de 150 quilômetros quadrados, dos Unidos. estão instaladas unidades fabris da Case “Do interior paulista, as montadoras New Holland (Sorocaba), Toyota (Indaiatu- conseguem abastecer todo o País rapidaba), Honda (Sumaré) e Hyundai (Piracica- mente, além de também facilitar a exportaba), com suporte do centro de distribuição ção devido à proximidade com o Porto de de peças da General Motors e da Iveco (So- Santos", avalia. Segundo a Associação Narocaba). Ainda estão cional dos Fabricanlá o campo de provas tes de Veículos Autode GM (Indaiatuba), motores (Anfavea), centro de remanufaSão Paulo ainda detura da Mercedestém a maior parte da Benz (Campinas) e produção da indúsinúmeros fabricantria automobilística, tes de autopeças inscom 42,4% da manutaladas em cidades fatura de veículos. próximas. Em 1990, o Estado Só a Hyundai e a detinha 74,8% da O Hyundai HB20 já começou a ser produzido em Piracicaba (SP) Toyota investiram produção nacional. ACOSTAMENTO Recuperação à vista? A presidente Dilma Rousseff ainda não atendeu ao pleito dos importadores de veículos, que pedem ao governo federal um sistema de cotas em razão da alta carga tributária. Com o desconto do IPI também valendo para carros feitos fora do País, as importadoras pararam de chorar e foram buscar os clientes em tempos de reação do mercado. A Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) encerrou o mês de agosto com 11.975 unidades emplacadas, apresentando recuperação de 11,5% ante julho, quando registrou 10.739 unidades. Se comparado a igual período do ano passado, no entanto, a queda se mantém acentuada: 41,4%. Em agosto de 2012, a Abeiva emplacou 11.975 unidades, comparado a 20.420 unidades em agosto de 2011. Troller é um dos fora de estrada mais desejados do Brasil Forte na pré-venda A Troller, marca do grupo Ford, registrou mais de 200 veículos comercializados na fase de pré-venda da linha 2013, estabelecendo um novo recorde do utilitário off-road T4 (foto). A empresa tem ainda prevista a entrega de mais 100 unidades a clientes que já registraram seu interesse na aquisição. O T4 2013 traz novidades no motor, maior conteúdo de série e detalhes de acabamento. “Ultrapassou as nossas médias de vendas que estavam em cerca de 130 unidades mensais, superando todas as nossas expectativas”, afirma Wilson Vasconcellos Filho, gerente geral da Troller. O carro chega aos distribuidores Troller neste mês de setembro ao preço de R$ 92,4 mil. Jornal do Commercio • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • País • A-9 OPERAÇÃO MONTE CARLO Brasília-DF por Luíz Carlos Azedo [email protected] Uma tese política A tese do caixa dois de campanha, adotada pelos réus do mensalão, foi uma invenção do então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para restringir os efeitos do escândalo à cúpula do PT, apartando-a do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo impeachment já era defendido por setores da oposição. Coube ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conter os seus radicais , com o argumento de que era melhor deixar Lula "sangrar" até as eleições. Do ponto de vista político, a tese de Bastos foi plenamente vitoriosas. Lula livrou-se das companhias incômodas, politizou as tentativas de envolvê-lo no escândalo e foi reeleito. Mesmo com o escândalo dos dólares na cueca às vésperas da votação, episódio que levou-o a disputar o segundo turno com o tucano Geraldo Alckmin, hoje de volta ao governo de São Paulo. No segundo mandato, Lula montou um governo melhor do que o primeiro e fez da então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que substituíra José Dirceu, a sua sucessora na Presidência da República. Os companheiros de Lula envolvidos no escândalo hoje são réus na Ação Penal 470, no Supremo Tribunal Federal, cujo ministro-relator, Joaquim Barbosa, detonou a tese do caixa dois, considerado um crime menor no rol dos que poderiam ser imputados aos envolvidos no escândalo. Para isso, utilizou depoimentos, documentos e fatos políticos que confirmariam que o esquema era voltado para o financiamento da campanha eleitoral dos petistas e de seus aliados. Do ponto de vista jurídico, a tese do caixa dois foi um tremendo fracasso. Foi facilmente "desconstruída" por Barbosa. Mensalão Barbosa afirmou ontem que houve, sim, compra de votos de parlamentares durante o primeiro ano de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "É evidente o potencial exercido pelos pagamentos sobre as votações dos parlamentares", disse. O 24º dia de julgamento do mensalão foi dedicado à leitura do quarto capítulo de seu voto, que trata do núcleo político e do dinheiro recebido por partidos da base aliada do governo federal em 2003. Lideranças O ministro Joaquim Barbosa dedicou-se, impiedosamente, a demonstrar que os dirigentes de partidos e parlamentares que receberam os repasses de dinheiro eram os responsáveis pela condução dos votos dos deputados de suas legendas. Segundo ele, houve atos de ofício que possibilitaram a aprovação de projetos de interesse do governo, o que caracteriza crime de corrupção passiva. Boca do caixa Às vésperas da votação da reforma da Previdência, no dia 15 de outubro de 2003, partidos da base aliada do governo receberam grandes quantias do PT, por ordem do então tesoureiro Delúbio Soares. O deputado Federal Valdemar Costa Neto, presidente do antigo PL, hoje PR, recebeu R$ 200 mil no dia 7 de outubro; R$ 100 mil no dia 15; mais R$ 100 mil no dia 21; e R$ 200 mil em 28 de outubro. No caso do PP, parlamentares ligados à legenda receberam R$ 1 milhão entre 17 de setembro e 15 de outubro de 2003. Mala preta Foram do caixa do PT para partidos da base aliada, sem registrado legal, segundo o ministro Joaquim Barbosa, R$ 50 milhões Périplo De olho nas eleições presidenciais de 2014, senador tucano Aécio Neves, tem percorrido o país e gravado depoimentos para os candidatos tucanos. O objetivo do senador é se tornar m ais conhecido para além de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. O político mineiro quer ser mais conhecido nas regiões Norte e Nordeste e construir um discurso que torne sua candidatura à Presidência da República competitiva. Sul Maravilha O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, participou de bom grado da campanha de Fernando Haddad em São Paulo, apesar da inconveniente companhia do senador Humberto Costa (PT-PE), que concorre à prefeitura do Recife contra Geraldo Júlio (PSB), o candidato de seu partido e favorito, de acordo com as pesquisas de intenção de votos. Para se tornar mais conhecido no Sul maravilha, o neto de Miguel Arraes concentra as atenções em São Paulo. Na semana passada, foi a Campinas, São José do Rio Preto, Carapicuíba e São Vicente, cidades nas quais o PSB tem candidato próprio. Código O governo mobiliza todas as suas forças para aprovar a Medida Provisória 571, do novo Código Florestal, que deve ser votada hoje e amanhã. Ruralistas e ambientalistas, porém, se digladiam sobre a regra de recuperação das áreas de preservação permanente (APPs) nas beiras dos rios. Docinhos/ O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) certificou a indicação geográfica de 15 receitas de doces de Pelotas (RS): quindim; broinha de coco; olho de sogra; panelinha de coco; camafeu; queijadinha; pastel de santa clara; bem casado; fatia de braga; trouxinha de amêndoa; amanteigado; papo de anjo; ninho; e cristalizados. Artigo/ por causa de um artigo publicado pelo Wall Street Journal, dos Estados Unidos, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) pôs no rol de seus desafetos José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO, e Suma Chakrabarti, presidente do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento. Ambos classificam o agronegócio como motor e líder da alimentação mundial. Bloqueio estendido a laranjas de Cachoeira CPI anuncia que pedido para sequestrar os bens de pessoas ligadas à quadrilha do bicheiro será encaminhado até amanhã ao MPF ou à Justiça Federal » JOÃO VALADARES e GABRIEL MASCARENHAS relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PTMG), assegurou na tarde de ontem que a comissão vai entrar até amanhã com um pedido de sequestro dos bens que pertencem ao bicheiro, mas estão registrados em nomes de laranjas. Os parlamentares não decidiram ainda se o requerimento será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) ou diretamente à Justiça Federal. O parlamentar afirmou que a reportagem publicada pelo jornal Correio Braziliense no domingo, revelando que os integrantes da organização criminosa tentam se desfazer de propriedades no Distrito Federal e no Entorno por metade do preço de mercado é bastante grave e suficiente para a Justiça agir. O Urgência "Claro que faremos esse movimento. É urgente que a Justiça determine o sequestro dos bens, nem que seja em caráter liminar neste primeiro momento. Estamos c o n v e n c i d o s d e q u e Jo s é Olímpio de Queiroga Neto é mais do que um funcionário de Cachoeira. Ele funcionava como uma micro organização criminosa dentro da quadrilha comandada pelo bicheiro. Verificamos um gru- ELEIÇÕES Petista otimista em Recife DA REDAÇÃO Um dia depois do encontro que reuniu lideranças políticas da Região Nordeste e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no domingo, em São Paulo, o candidato a prefeito do Recife, Humberto Costa (PT) – em baixa nas pesquisas de intenção de voto –, disse que aposta no segundo turno para reverter o cenário que apresenta Geraldo Julio (PSB) como favorito na corrida eleitoral. "Ampliamos a nossa presença nas ruas, modificamos nosso programa na tevê e estamos buscando animar a militância. Nosso partido é um partido de chegada. Eu sou um candidato de chegada e vamos estar no segundo turno", prometeu Costa. Caciques presentes O petista acredita que terá uma presença maior dos caciques do partido na campanha, apesar da indefinição quanto às datas. "Lula gravou imagens para a campanha, encontrei com ele na segunda-feira passada (para as gravações). Não sei ainda como será a participação dela (Dilma Rousseff ) no Recife. Em alguns estados, ela tem gravado, mas onde tem expectativa de solução no primeiro turno e onde a base está unida", enfatizou. "O presidente Lula nos disse que vem ao Recife, mas não temos ainda uma data marcada", acrescentou. Humberto, que este em São Paulo ao lado do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e do governador de Pernambuco, Eduardo Costa – presidente do PSB –, tenta recuperar o terreno perdido desde o início da propaganda eleitoral. O principal rival, Geraldo Julio, começou a subir nas pesquisas ao aparecer ao lado de Eduardo Costa, de quem foi secretário de Governo. po de empresas ligadas ao esquema, todas em nome de parentes de Queiroga", explicou Odair Cunha. Queiroga Neto é o homem forte do contraventor no Distrito Federal. De acordo com as investigações da Operação Monte Carlo, ele era o responsável pelas casas de jogos de azar e também cuidava dos investimentos do patrão. Assim como o relator, outro integrante da CPI, depu- tado Miro Teixeira (PDT-RJ), voltou a cobrar ação por parte do MPF. Ambos alertaram para o risco de se comprar terrenos que pertencem à quadrilha. "Quem adquire essas terras pode ficar sem o terreno e sem o dinheiro pago", lembrou Miro Teixeira. Odair Cunha complementou: "Fazer uma transação como esta, sem checar a origem e o real proprietário do bem, é tão seguro quanto aceitar comprar um terreno na lua". José Olímpio de Queiroga Neto acionou uma rede de corretores para vender propriedades em regiões administrativas do Distrito Federal e do Entorno que, segundo a polícia, foram compradas com dinheiro sujo do crime. Ele ganhou a liberdade, por força de habeas corpus, em 14 de junho, e estaria juntando recursos para fugir para os Estados Unidos. MPF não se pronuncia Fiança de volta Mulher de bicheiro vai reaver R$ 100 mil A mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça,vai reaver a fiança que havia sido paga no valor de R$ 100 mil, após ter sido acusada de chantagear,com um suposto dossiê, o juiz federal Alderico da Rocha Santos em troca da liberdade do marido.O dinheiro será devolvido a ela por determinação da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região. A Corte também autorizou Andressa a fazer visitas íntimas ao contraventor. A proibição havia sido determinada a partir de representação do Ministério Público Federal logo depois da tentativa de chantagem. Para fundamentar a ordem, a desembargadora Mônica Sifuentes alegou que a visita íntima é um direito do preso, e que não pode ser utilizada como forma de punição. Os outros desembargadores tiveram o mesmo entendimento. Também foi revogada a proibição de que Andressa mantenha contato com o juiz Alderico da Rocha Santos. Preso em 29 de fevereiro, Cachoeira ficou detido na penitenciária federal de Mossoró (RN) até 18 de abril, quando foi transferido para a penitenciária da Papuda, no Distrito Federal. (JV) Na tarde de ontem, o Ministério Público Federal comunicou oficialmente que não iria se pronunciar sobre procedimentos adotados no âmbito da Operação Monte Carlo. Os procuradores da República que atuam no caso têm uma lista de bens da quadrilha registrados, em sua grande parte, em nome de laranjas. A instituição já pediu à Justiça o sequestro de vários imóveis. Caso os endereços patrimoniais mostrados na reportagem do Correio não constem nessa relação, o MPF vai solicitar a inclusão das áreas para que seja adotado o mesmo procedimento. A Polícia Federal comunic o u , o n t e m à t a rd e, q u e "qualquer medida assecuratória com vista a impedir a dilapidação do patrimônio dos denunciados somente é possível por determinação judicial, que será prontamente atendida por esta instituição caso ocorra." A-10 • País • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Jornal do Commercio Tereza Cruvinel TRABALHO Bancários cruzam os braços em todo o País [email protected] Duas questões Funcionários de 160 instituições financeiras iniciam hoje greve por tempo indeterminado. Eles reivindicam reajuste de 10,25% em vez dos 6% oferecidos pelos empregadores P» ANA CAROLINA DINARDO s bancários entram em greve hoje por tempo indeterminado em todo o País. A paralisação inclui tanto bancos públicos quanto privados. Representantes de funcionários de160 instituições financeiras, incluindo as seis maiores do País, decidiram cruzar os braços após rejeição por unanimidade da proposta de aumento salarial de 6% apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na última quarta-feira. A categoria, que reúne trabalhadores da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, HSBC, ItaúUnibanco, Santander e Bradesco, entre outros, pleiteia reajuste salarial de 10,25%. Quem precisar recorrer aos serviços bancários nos próximos dias terá de ter paciência e atenção para não perder os prazos de vencimento das contas. Uma alternativa é utilizar pontos alternativos como casas lotéricas, caixas eletrônicos, redes comerciais creden- O ciadas ou a internet, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), entidade que representa os bancos do ponto de vista institucional. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf ), Carlos Cordeiro, destacou que a proposta dos patrões está muito aquém do esperado pelos 130 sindicatos associados à entidade. "Por mais um ano tivemos de recorrer à paralisação das atividades, pois não tivemos avanço nas negociações", disse. A pauta de reivindicações dos trabalhadores inclui a exigência de melhores condições de trabalho, o que, segundo a Contraf, poderá permitir a redução da rotatividade de profissionais. Devedores duvidosos Os sindicalistas queixam-se também de que os bancos decidiram lançar R$ 39,15 bilhões em provisões para devedores duvidosos (PDD) durante os primeiros seis meses des- te ano. O valor, bem superior ao do mesmo período no ano passado, reduziu o lucro dos seis maiores bancos, que fecharam o semestre em R$ 25,2 bilhões — valor ainda assim superior ao do mesmo período de 2011. Essa medida é necessária segundo as instituições financeiras para garantir solidez. Os trabalhadores se queixam, porém, da queda na participação nos lucros e resultados (PLR). Segundo o diretor da Contraf Ademir Wiederkehr, o aumento do provisionamento foi excessivo. Ele questiona o peso do crescimento da inadimplência de clientes, um dos argumentos utilizados pelos bancos para a precaução. "A inadimplência cresceu apenas 0,7 ponto percentual no semestre em relação ao mesmo período do ano passado. O que eles (bancos) fizeram foi um truque contábil, que prejudica os trabalhadores e acionistas", atacou. A Contraf reclama também da forma como a PLR é calculada, por ser excessivamente complexa e sem padrão entre instituições. Os bancários exigem uma regra única, estipulada nas assembleias: três salários mais R$ 4.961 fixos por ano. Wiederkehr critica o fato de a proposta de reajuste apresentada pela Fenaban compensar apenas a perda inflacionária do período. Ele disse também que o Comando Nacional de Greve pretende garantir que o piso salarial passe a ser R$ 2.416."O trabalho realizado pelos funcionários gera bilhões de reais para as instituições financeiras. Nós ficamos com as menores parcelas disso", afirmou. Os consumidores devem ficar atentos quanto aos locais para realização de operações bancárias a fim de não pagar multas e juros pela falta de atendimento nas agências durante a greve. A Febraban destacou em nota, que há no país 182 mil caixas eletrônicos, dos quais 133 mil distribuídos em postos de atendimento, 35 mil em agências bancárias, que estão disponíveis entre 6h às 22h. Correios podem parar amanhã Cerca de um ano após a última paralisação, os trabalhadores dos Correios ameaçam cruzar os braços novamente a partir desta quarta-feira. Durante todo o dia de hoje os 33 sindicatos que representam os funcionários da estatal devem realizar assembleias para votar a greve. Em Minas Gerais e no Pará, as atividades já foram suspensas semana passada. Caso os funcionários optem pela paralisação, a Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) já alertou que os serviços de entrega, atendimento e triagem — separação de cartas e descarre- gamento dos caminhões — ficarão prejudicados. Os funcionários reivindicam reposição de pessoal por meio de concursos, melhorias nas condições de trabalho e aumento salarial. Eles exigem o índice 43,7%, que seria necessário para repor, segundo a Fentect, as perdas salariais acumuladas desde o Plano Real, em 1994, mais a reposição da inflação desde agosto do ano passado — quando houve o último reajuste, de 6,87% — e ainda proporcionar aumento real de 5%. A estatal estima que o atendimento integral da pauta dos funcionários geraria um impacto de R$ 25 bilhões na folha de pagamento, que Servidores do Incra mantém paralisação Policiais Federais em greve fazem manifestação no DF DA REDAÇÃO hoje é de R$ 8 bilhões. O percentual reivindicado é bastante superior aos 5,2% oferecidos pelos Correios durante as reuniões de negociação, que ocorrem desde julho. O reajuste proposto elevaria o salário-base inicial de nível médio, hoje de R$ 942,45, para R$ 991,77, o que geraria um impacto de R$ 425 milhões em 2013. Se somado o adicional de atividade que os carteiros recebem, o vencimento subiria para R$ 1.289,30. Segundo a assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), nos últimos nove anos os trabalhadores da estatal tiveram até 138% de reajuste salarial, dos quais 35% de aumento real. Ho- je, a empresa conta com 120 mil trabalhadores. Caso os funcionários optem pela greve a partir de amanhã, a ECT já divulgou que tem alternativas para abrandar os impactos e evitar transtornos como os registrados durante os 28 dias de greve em 2011, quando várias pessoas foram prejudicadas por atraso nas correspondências. Segundo a empresa, se necessário, poderá haver realocação de empregados das áreas administrativas, contratação de trabalhadores temporários, realização de horas extras e mutirões para triagem e entrega de cartas e encomendas nos finais de semana. WILSON DIAS/ABR » VERA BATISTA DA REDAÇÃO Apesar do acordo firmado na sexta-feira da semana passada, entre o governo e os grevistas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), 13 das 30 superintendências regionais vão manter a paralisação pelo menos até hoje. Na sexta, os trabalhadores de 17 superintendências aceitaram a proposta de pagamento dos dias descontados devido à greve, em parcela única, no contracheque de outubro. Os trabalhadores se comprometeram a repor as atividades prejudicadas pela paralisação de 85 dias. Segundo a Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra (Cnasi), esse acordo foi firmado depois da concordância do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, pasta à qual o Incra é subordinado. Ainda hoje a Cnasi deverá delinear a estratégia para o encerramento da greve nas superintendências paradas. Os funcionários estão em greve desde dia 25 de julho. Desde então, foram realizadas nove reuniões, nas quais não se chegou a consenso sobre os reajustes salariais. A categoria reivindica a reestruturação de carreiras, reposição salarial de 22%, novas contratações por concurso público e melhoria das condições de trabalho.(Com Agência Brasil) No 42º dia de greve, os policiais federais fizeram uma manifestação ontem de manhã na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, em frente ao Conic, de 7h às 10h30. Agentes, escrivães e papiloscopistas exibiram faixas com a frase "S.O.S para a Polícia Federal". Eles comemoraram novas adesões ao movimento. Desde o final da semana passada, pararam vários setores da Diretoria de Inteligência Policial (DIP), da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e da Diretoria de Logística (DLOG). Adesão Segundo o presidente do Sindicato da PF em Brasília, Jonas Leal, mais policiais se juntaram à paralisação ontem. "O corte de ponto teve o efeito contrário do que o governo imaginava: ajudou o movimento ao invés de esvaziá-lo. Muitos tiveram desconto de salários sem nunca ter entrado em greve", explicou. Aparentemente por equívoco, policiais em férias ou de folga, ao consultarem o contracheque prévio, constataram que receberiam menos em outubro. A Superintendência da Polícia Federal, por meio da assessoria de imprensa, informou que o sistema de ponto Manifestantes se concentraram na Rodoviária do Plano Piloto eletrônico depende de decisão da chefia imediata. Em caso de erro comprovado, o policial que se sentir lesado deve procurar o setor de recursos humanos e pedir a correção. De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef ), Marcos Wink, em cada cidade adota-se um sistema para indicar a adesão ao movimento. Em algumas, os servidores escrevem a palavra "greve" na folha de ponto. Em outros, a folha não é assinada. Hoje, os policiais farão uma nova manifestação, dessa vez no Aeroporto Juscelino Ku- bitschek, da Capital Federal. Segundo o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef ), Marcos Wink, mais de 70% dos cerca de 10 mil policiais em todo o Brasil estão de braços cruzados. Grande parte das operações foi adiada. "Praticamente, só os delegados estão trabalhando. Mas eles dependem de nós. Vários serviços de escuta, por exemplo, que precisam de renovação a cada 15 dias, não estão sendo realizados. Daqui para frente, só a determinação de 30% do efetivo em atividade será obedecida", ressaltou Wink. O "jogo jogado" do Supremo Tribunal Federal foi enunciado ontem pelo voto do ministro-relator, Joaquim Barbosa. Foi traçado o roteiro para a condenação dos parlamentares, de Delúbio Soares, do ex-presidente do PT José Genoino e do ex-ministro José Dirceu por corrupção passiva e ativa e, por decorrência, formação de quadrilha. As condenações serão garantidas pela nova doutrina adotada pelo tribunal, que dispensa provas materiais, valorizando os indícios e o "sentido" da narrativa. Tão claro isso está que poderiam os ministros, ou pelo menos a maioria já formada, poupar-se o tempo e o trabalho com a apresentação de longos e minuciosos votos. Ao longo da exposição, Barbosa amarrou todas as pontas com referências frequentes a Dirceu. É contra ele a mais evidente falta de provas, como admitiu o procurador-geral em sua acusação. Que o valerioduto existiu e abasteceu partidos aliados do PT, ninguém nega. O que Lula e outros negaram foi o mensalão enquanto "balcão" de compra de votos a R$ 30 mil cada, como denunciado por Roberto Jefferson. Não há dúvida de que delitos e crimes foram cometidos. A luta política anabolizou a narrativa numa CPI dominada pela oposição, o Ministério Público referendou-a e o relator também. A metodologia do fatiamento e o não desdobramento garantiram o resto. Há, porém, duas questões nesse julgamento que ninguém quer discutir, por conveniências diversas. Uma, a heterodoxia do julgamento, para usar a palavra do ministro Lewandowski, que consiste na mudança dos paradigmas das provas. Outra, o "desconhecimento" (de fato ou de propósito) do real sistema político brasileiro, sobre o funcionamento da política e do Congresso, por um tribunal que tem procurado refletir a realidade. A heterodoxia vem deixando perplexo o meio jurídico, e especialmente a brilhante constelação de advogados de defesa, que sairá do julgamento derrotada, e nada tem dito (por ora) para não piorar a situação dos clientes. A nova linha do STF é inteiramente oposta à que foi adotada no julgamento de Collor, absolvido por falta de provas. O Supremo recebeu uma corrente de louvores (está nos jornais da época) por ter resistido a condenar sem provas. Agora, quando votam, alguns ministros justificam o voto com longas preleções, quase cifradas, sobre essa mudança de paradigma. O grande público não alcança a explicação, mas eles falam é para o meio jurídico. Falam no devido processo legal, na presunção da inocência e no valor das provas materiais. Mas concluem, a seguir, que, no caso presente, devem condenar com base nos indícios e na teoria do domínio do fato, que é o conhecimento do conjunto de ilícitos, ou seja, do "esquema", pelo acusado. Como diz (e aplaude) o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Alexandre Camanho, "os ministros já firmaram o entendimento de que não há necessidade de prova direta para condenar um criminoso por corrupção passiva. Valorizar-se-á, ao que tudo indica, a análise sistemática das provas, a lógica e o bom senso, que ostensivamente apontam para o cometimento orquestrado e metódico dos mais variados crimes". Uma das poucas vozes que se levantou criticamente foi a do cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, em entrevista à revista Carta capital. Antevendo o desfecho, ele disse: "Não sei se José Dirceu é inocente ou se, como outros, cometeu algum crime à sombra do ilícito caixa 2. Mas se for condenado sem provas, será um julgamento de exceção". E ainda: "A teoria do domínio do fato é a espinha dorsal para a condenação sem provas. Para tanto, o procurador insinuou e o relator apresenta repetidamente, em paralelo aos autos, um enredo perverso ligando todos os ilícitos, como se fossem uma mesma coisa, cujo autor sem assinatura seria José Dirceu. A ideia é tornar aceitável a interpretação segundo a qual "quanto mais elevada for a posição do criminoso nas hierarquias sociais, mais fácil a ocultação de provas". Ou a de que, "não havendo provas, é forte indício de que há o mando de uma autoridade". Discordando do AI-5, o vice-presidente Pedro Aleixo disse ao general Costa e Silva: "Minha preocupação, presidente, é com o guarda da esquina". Na condenação sem provas, o guarda da esquina é o juiz de primeira instância, pois decisões do Supremo emanam para todo o sistema como regras. A segunda questão é o alheamento da realidade política. Barbosa não se perguntou, por exemplo, se o governo alcançaria a maioria cooptando apenas os sete réus deputados do PP, do PL e do PTB. O deficit do governo era de 106 votos antes do ingresso desses partidos na coalizão governista. Barbosa, entretanto, afirmou que o PP era oposição ao governo, e só podia estar vendendo o voto. Na "real politik" brasileira, partidos da coalizão fazem jus à ajuda de campanha do partido majoritário. Vide o valerioduto tucano. Tal ajuda chega sempre por caixa 2. Errado, mas é assim que funciona. Apatia petista Na bancada petista e na militância, muita perplexidade com a apatia do partido diante da matéria da revista Veja sobre supostas declarações de que Marcos Valério teria feito a terceiros, acusando Lula de chefiar o mensalão. A executiva do partido reuniu-se ontem e soltou uma nota que não fez referência ao assunto nem ao julgamento em curso no STF. Falou da conjuntura eleitoral como se nada mais estivesse acontecendo. Excitação tucana Já a militância tucana está com gosto de sangue na boca, aplaudindo a decisão do partido de pedir a abertura de um inquérito contra Lula, com base nas supostas afirmações de Valério a terceiros, segundo a Veja. O advogado do empresário negou que ele as tenha feito. Mas o estrago político, inclusive no sentido de influenciar o julgamento, está bem feito. Rio de Janeiro Editor // Vinicius Medeiros Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Jornal do Commercio • A-11 PORTO DO RIO CIDADANIA Píeres poderão receber até 250% mais turistas Hospital Dona Lindu faz mutirão de atendimento Orçada em R$ 303 milhões, obra permitirá ao terminal atracar até seis transatlânticos simultaneamente. Intervenções fazem parte do caderno de encargos para a Rio 2016 COMPANHIA DOCAS DO RIO/DIVULGAÇÃO » WANILSON OLIVEIRA rçada em R$ 303 milhões, a construção d o s t r ê s p í e re s n o Po r t o d o R i o d e Ja neiro permitirá que mais navios turísticos aportem de uma só vez. A obra, que faz parte do caderno de encargos do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para a Olimpíada de 2016, já foi licitada e propiciará à capital fluminense aumentar sua capacidade de receber turistas. Especula-se que este número possa chegar a 2 milhões de visitantes até 2020. "Será um porto mais moderno, com maior condição de receber navios de última geração e ampliação da capacidade de receber turistas de cruzeiros marítimos, por temporada, em até 250%", adiantou o diretor presidente da Companhia Docas do Rio, Jorge Mello. Com formato em Y, o terminal permitirá a atracação de até seis navios simultaneamente. O Píer I, terá 350 metros de comprimento e os outros dois, 400 metros. Toda a plataforma terá 30 metros O subindo da quinta para a terceira posição no ranking dos terminais brasileiros mais movimentados. O investimento será de R$ 3 bilhões e envolve recursos das três esferas governamentais, além da iniciativa privada. Hospedagem Com formato em Y, píer também servirá de hospedagem nos Jogos de largura, informa Mello. O projeto Porto do Rio Séc u l o X X I p re v ê m e l h o r i a s também nos acessos rodoviár ios e ferroviár ios. Nas obras marítimas o destaque é a dragagem de berços e can a i s d e a c e s s o n a Ba í a d e Guanabara, que vai permitir o atraque de navios maiores. A previsão é de que sejam dragados cerca de 12 milhões de metros cúbicos, dobrando o calado atual do Porto do Rio para 14 metros. A medida deve quadruplicar a capacidade do Porto do R i o n a m ov i m e n t a ç ã o d e contêineres, contribuindo também para o crescimento da indústria naval. No final das obras, o Porto do Rio deve aumentar em 50% a movimentação de cargas até 2015, As melhorias previstas serão fundamentais para viabilizar a hospedagem de visitantes durante os grandes eventos esportivos previstos p a ra o s p r ó x i m o s a n o s n o Rio. A ideia, de acordo com o secretário estadual de Turismo, Ronald Ázaro, é utilizar os navios como hotéis flutuantes. Transatlânticos de grande porte têm de 1,5 mil a 2 mil cabines e os menores de 800 a 1 mil. Para Ázaro, a ampliação do número de quartos para o turismo é fundamental, já que a cidade está carente de unidades habitacionais. "Cabe ressaltar que o turismo náutico é um dos segmentos que mais vem crescendo nos últimos anos e é de extrema importância para as cidades litorâneas", frisou. EDUCAÇÃO Greve de docentes acaba essa semana DA AGÊNCIA BRASIL A greve dos professores na Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) deve chegar ao fim nesta semana, depois de ultrapassar 120 dias. A informação foi confirmada ontem pelas associações dos docentes de ambas instituições. Das quatro universidades federais na capital fluminense, essas duas são as únicas que ainda mantém a greve. As aulas na Universidade do Rio de Janeiro (UniRio) recomeçaram hoje e na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na semana passada. De acordo com a Associação dos Docentes da UFF (Aduff ), embora o Sindicato dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (AndesSN) tenha determinado o fim da greve, caberá aos professores dizer se acatam ou não a decisão do sindicato. O diretor do comando de greve da associação dos Docentes da UFRRJ (Adur-RJ), Luciano Alonso, informou que está por ser definida a data para a realização de uma nova assembleia. No entanto, Alonso adiantou que em cumprimento da determinação do Andes-SN, é provável que o retorno das aulas ocorra nesta sexta-feira. Uerj O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) divulgou ontem o calendário de reposição das aulas dos semestres letivos de 2012, após mais de três meses de greve dos servidores da instituição. As aulas da Uerj e do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira serão reiniciadas amanhã. Após três semanas de aulas, haverá um pequeno recesso. Em seguida, os cursos serão retomados dando início ao segundo semestre letivo de 2012. Conforme o calendário acadêmico da Uerj, o primeiro semestre será encerrado em 20 de outubro. Já o segundo semestre letivo tem início previsto para 5 de novembro e encerramento em 19 de março de 2013. DA AGÊNCIA BRASIL Começou ontem, em todo o Brasil, um mutirão nacional de cirurgias ortopédicas que tem como objetivo reduzir as filas de espera por procedimentos de média a alta complexidades desse tipo de especialidade. A ação ter mina nesta sexta-feira. No Rio de Janeiro, a expectativa do Hospital Estadual de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu, na cidade de Paraíba do Sul, única unidade do estado a participar do mutirão nacional, é atender a aproximadamente 100 pessoas durante a ação. Durante a ação, médicos especialistas realizarão cirurgias de ombro, de joelho, da mão, da coluna, do pé e do quadril. O coordenador do serviço de or topedia do Dona Lindu, Marco Antônio Rocha, explicou que a unidade iniciou o mutirão no última sábado. Desde então, 15 pacientes já foram atendidos. "Na verdade, temos nossa demanda e não teríamos como dar conta nos dias da semana. Para poder contemplar o maior número de pacientes, vamos atender também no fim de semana, do contrário o hospital não teria estrutura", disse. MARINHA DO BRASIL INSTITUTO DE PESQUISAS DA MARINHA AVISO DE LICITAÇÃO PREGÃO ELETRÔNICO Nº 63128.000905/2011-13 Objeto: Prestação de serviço de limpeza e conservação das dependências do Instituto de Pesquisas da Marinha. Edital disponível: a partir de 18/09/ 2012 das 08:00 às 11:00hs e das 13:00 às 16:00hs. Endereço:Rua Ipiru nº 2, Jardim Guanabara - Ilha do Governador - Rio de janeiro, RJ. Entrega das propostas: até 28/09/2012, às 09:30hs no site www.comprasnet.gov.br. Abertura das propostas: 28/09/2012, às 09:30hs no site www.comprasnet.gov.br. Informações Gerais: O Pregão estará disponível no site do IPqM – www.ipqm.mar.mil.br e também no www.comprasnet.gov.br. DAVID MARINHO AMANCIO DOS SANTOS Capitão-Tenente (IM) Encarregado da Divisão de Licitações e Contratos A-12 • Rio de Janeiro • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Jornal do Commercio COMÉRCIO CULTURA Redução de ICMS para bares ArtRio termina com recorde de público e restaurantes é prorrogada Em vigor desde 2011, diminuição de 4% para 2% valerá por mais tempo. De janeiro de 2011 a junho deste ano, R$ 261,3 milhões já foram recolhidos por estes negócios no estado CARLOS MAGNO/GOVERNO DO ESTADO DA REDAÇÃO prazo de redução da alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o setor de alimentos foi prorrogado pelo governo fluminense. Um protocolo de intenções foi assinado ontem pelo governador Sérgio Cabral e o presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio (SindRio), Pedro De Lamare. Com o acordo, o benefício, concedido ao segmento desde janeiro de 2011, fica congelado em um percentual de 2%, contra 4% praticado até o início do ano passado. Segundo Cabral, o objetivo da medida é valorizar o setor, reconhecendo sua importância no contexto dos grandes eventos, como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, assim como seu papel na oferta de empregos formais a jovens. “Acreditamos muito nessa estratégia (redução da alíquota de ICMS). O que estamos fazendo hoje, nesse setor estratégico, é não deixar cair a re- O Segundo Cabral, medida estimulará criação de empregos para jovens ceita e ajudar a gerar mais empregos. E está dando certo”, disse o governador. Ainda durante a cerimônia, realizada no Palácio Guanabara e que contou com a participação do vice-governador e coordenador de infraestrutura, Luiz Fernando Pezão, além de outros secretários e empresários do setor de alimentação e bebidas, Cabral confirmou que o governo fluminense vai aderir ao convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). A medida retira a gorjeta (de 10%) do cálculo do ICMS para os estabelecimentos no estado. Em expansão Ainda no evento, De Lamare apresentou dados que mostram o bom desempenho dos estabelecimentos comerciais no estado ao longo dos últimos dois anos. O segmento de restaurantes, por exemplo, é o nicho eco- nômico que mais emprega jovens de 18 a 24 anos. “Fica um desafio para o setor, de compreender essa redução como fator motivador de investimento, principalmente em capacitação de mão de obra para que possamos, diante dos grandes eventos, estabelecer o Rio como a capital do atendimento e do bom serviço”, afirmou o presidente do SindRio. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, a medida é importante porque resultará na geração de empregos formais em todo o estado. “O setor emprega muita gente jovem. E a taxa de desemprego deste grupo social ainda é alta. Então, estamos ampliando a possibilidade de ter jovens em empresas formais e com carteira assinada”, disse. De acordo com dados da Secretaria de Fazenda, o setor de alimentação recolheu, de janeiro de 2011 a junho deste ano, R$ 261,3 milhões aos cofres do Estado. No mesmo período, a arrecadação estadual de ICMS foi de R$ 37,8 bilhões. GUAPIMIRIM Prefeito não pode sair do País DA REDAÇÃO O desembargador Luiz Noronha Dantas, da Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), vai cumprir a determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e expedir alvará de soltura em favor do prefeito de Guapirimirim, Re- RODRIGO LOPES PORTELLA - LEILOEIRO PÚBLICO CPF. Nº 336.490.497-91 EDITAL DE 1º e 2º LEILÃO e INTIMAÇÃO. Eu, RODRIGO LOPES PORTELLA, Leiloeiro Público Oficial, comunico ao público que, devidamente autorizado por GAFISA S/A., e BLUE II SPE PLANEJAMENTO, PROMOÇÃO, INCORPORAÇÃO E VENDA LTDA., no dia 24/09/2012, com início às 12:00 hs., realizarei no escritório, à Av. Nilo Peçanha nº 12 – Gr. 810 – Castelo, nesta cidade, o 1º Leilão Público, por preço não inferior ao previsto no § 2º do Art. 63 da Lei nº 4.591/64 c/c Lei 4064/65 e ítem 4.4 do Termo de Declaração de Condições de Caráter Geral, anexo às escrituras dos imóveis, ou no dia 04/10/2012, no mesmo horário e local, o 2º Leilão Público, do «Direito e Ação» à aquisição das frações ideais do terreno e benfeitorias referente aos imóveis abaixo relacionados, transcritos, respectivamente, no Cartório do 9º Ofício do Registro de Imóveis/RJ., sob as matrículas nºs. 342.034 e 329.434. - Tudo nos termos das Escrituras de Promessa de Compra e Venda, lavradas, respectivamente, em 17/01/ 2008 e 16/10/2009, no Cartório do 2º Ofício de Notas desta cidade, e, das Notificações Extrajudiciais entregues aos adquirentes das unidades, através do Cartório do 4º Ofício de Registro de Títulos e Documentos/RJ. - Ficam cientes os interessados na aquisição, que no ato da arrematação, adjudicação ou remição, serão efetuados os seguintes pagamentos: sinal de 20%, comissão ao Leiloeiro de 5%, ISS. de 0,25%, as despesas efetuadas com os leilões, e honorários advocatícios; ficando ainda por conta do arrematante, as despesas com transferência (ITBI’s., RGI’s., Escrituras, Certidões, IPTU., e demais impostos ou qualquer outra inerente a unidade arrematada). O pagamento dos 80% restantes será efetuado no prazo de 10 (dez) dias, no ato da escritura. – EMPREENDIMENTO GRAND VALLEY, situado na Rua Potiguara nº 100 – Freguesia - Jacarepaguá/RJ. Imóvel: Apartamento nº 202 do Bloco 02 (South Valley) – Adquirentes: Marcos Frederico de Albuquerque e Patrícia da Silva Miranda. – Valor: R$ 293.518,35. - EMPREENDIMENTO LONDON GREEN PARK & STYLE, situado na Rua Cesar Lattes (Físico) nº 1000 – Barra da Tijuca/RJ. - Imóvel: Apartamento nº 602 do Bloco 03, Edifício Saint James Park – Adquirente: Carlos Eduardo Engelke Lucas Rego. – Valor: R$ 551.139,59. – RJ, 10/09/ 2012. (as.) Rodrigo Lopes Portella – Leiloeiro Público. JUÍZO DE DIREITO DA 31ª VARA CÍVEL DO RIO DE JANEIRO Edital de 1ª e 2ª Praça e Intimação com prazo de 5 (cinco) dias, extraídos dos autos da Execução de Título Extrajudicial processo nº 013340975.1997.8.19.0001 (2007.001.126795-9) que MARCO AURELIO RAMOS e OUTRO movem em face de MARGARIDA ROSA SCHOLLER DE ABREU, na forma abaixo. O Dr. PAULO ROBERTO CAMPOS FRAGOSO, Juiz de Direito da vara acima, FAZ SABER aos que o presente Edital virem e interessar possa especialmente a MARGARIDA ROSA SCHOLLER DE ABREU, que no dia 24/09/2012, às 14:00 hs, no Átrio do Fórum da cidade do Rio de Janeiro, à Av. Erasmo Braga nº 115, térreo, hall dos elevadores, pelo Leiloeiro Público NILTON DANNI DE REZENDE, será apregoado e vendido a quem mais der acima da avaliação e no dia 04/10/2012, pela melhor oferta o Direito e Ação do imóvel com a fração ideal de 103,37/10.068 avos do terreno correspondente ao apartamento registrado no Cartório do 1º Ofício de Justiça de Três Rios, matriculado no livro 2-AU sob o nº 12.886, fls. 125, descrito conforme Laudo de Avaliação de fls. 221: Apartamento nº 1.003 situado na Rua Presidente Vargas, Centro, Três Rios/RJ, avaliado as fls. 221 em 19/11/2009 por R$ 150.000,00 (correspondentes a 77.431,35 ufir que serão atualizadas). Consta em certidão emitida Cartório do 1º Ofício de Justiça de Três Rios, matriculado no livro 2-AU sob o nº 12.886, fls. 125. R – 1: Arresto feito nos autos do processo nº 29.154 da Carta Precatória da 31ª Vara Cível do Rio de Janeiro, extraído da Execução que Marco Aurelio Ramos e Julio Cesar Ramos, movem em face de Margarida Rosa Scholler de Abreu; Av – 02: Mandado de Inscrição de Penhora, processo nº 28.742, datado de 03/08/99, expedido pelo Juiz de Direito desta Comarca, firmado pelo exequente Banco Rural S/A.; R – 03: Arresto feito nos autos do processo nº 28.642 da Carta Precatória, extraída da Execução que Antonio Jose Correa Sampaio de Mello e Castro move em face de Margarida Rosa Scholler de Abreu; Av – 04: Averbação para constar no R – 03 o valor da dívida. Constam débitos de IPTU totalizando R$ 7.200,00 (sete mil e duzentos reais) mais acréscimos legais. Consta na Ação de Cobrança de cotas condominiais que Condomínio do Edificio Vale do Paraíba move em face de Margarida Rosa Scholler de Abreu, processo nº 000378041.2006.8.19.0063, no valor de R$ 13.826,24. O imóvel será vendido livre de débitos de IPTU, conforme art. 130 do CTN, § único. E para que chegue ao conhecimento de todos, foi expedido o presente, outro na integra constando nos autos e no local de costume. Pagamentos: arrematação a vista, ou 30% de sinal e o restante em 15 dias, comissão ao leiloeiro de 5% e ISS de 0,25%, custas de cartório de no máximo 1% permitidas. Fica o executado intimado da Hasta Pública por este edital, na forma do § 5º, art. 687 do CPC, conforme determina a Lei nº 11.382 de 06 de dezembro de 2006. Rio de Janeiro, 27/08/2012. Eu, Fátima Freitas Borba Silva, Escrivã, matr. 01/14.149, o fiz digitar e subscrevo. (ass) Dr. PAULO ROBERTO CAMPOS FRAGOSO, Juiz de Direito. nato Costa de Mello, o Júnior do Posto. O alvará de soltura foi expedido e assinado ontem, para cumprimento imediato, mas o prefeito não poderá sair do País. O desembargador determinou que Júnior do Posto entregue o passaporte no prazo de 24 horas. Também ficou estabelecido que ele deverá comparecer à Seção Criminal periodicamente e que não poderá se ausentar da cidade do Rio de Janeiro. Mello deverá ainda se recolher na sua residência no período noturno e nos dias de folga. Júnior do Posto teve a prisão preventiva decretada no dia 4 de setembro, pelo desembargador Luiz Noronha, juntamente com mais seis pessoas, entre elas a ex-secretária de governo Ismeralda Garcia da Costa, candidata à prefeita do município. Eles são acusados de desviar, há cerca de quatro anos, mais de R$ 1 milhão por mês de recursos públicos da prefeitura. Na decisão, o desembargador ainda suspendeu o exercício da função pública dos réus, mantida pelo STJ, e determinou a expedição de 45 mandados de busca e apreensão. (Informações do TJ-RJ) EDITAL DE INTIMAÇÃO DE PENHORA, COM PRAZO DE 20 (VINTE) DIAS, NA FORMA ABAIXO: O MM Juiz de Direito Dr.(a) Erica Batista de Castro Juiz em Exercício da 1ª Vara Cível Regional da Barra da Tijuca, RJ, na forma da Lei, etc... FAZ SABER aos que o presente edital, extraído dos autos de ´Execução de Título Extrajudicial - CPC´, nº 000433144.2001.8.19.0209 (2001.209.004228-0) em curso neste Juízo, virem ou dele conhecimento tiverem e interessar possa, especialmente o executado SELMAR CARNEIRO ALVES DE OLIVEIRA, que se encontra em local incerto e desconhecido, que foi realizada a Penhora sobre o bem descrito como ´Direito e Ação´ sobre o Imóvel situado à Rua Dick Farney, nº 135, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro/RJ, registrado no 9º RGI sob a matrícula nº 149.188, para garantia da execução da dívida no valor de R$ 127.155,46 (cento e vinte e sete mil, cento e cinquenta e cinco reais e quarenta e seis centavos) e que foi instituído como depositário do referido bem, dando ciência de que, em querendo, dispõe do prazo de quinze (15) dias para oferecimento de embargos e de que não poderá dispor do bem sem a prévia autorização deste Juízo, sob as penas da Lei. Ciente de que este Juízo funciona na Av. Luiz Carlos Prestes, s/nº 2º andar CEP: 22775-055 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ Tel.: 3385-8700 e-mail: [email protected]. DADO E PASSADO nesta cidade do Rio de Janeiro, em 03 de agosto de 2012. Eu, Sandra Regina Simoes Lessa - Analista Judiciário - Matr. 01/27739, digitei. E eu, Bianca Orosco Bullaty Responsável pelo Expediente - Matr. 01/18828, o subscrevo. EDITAL DE LEILÃO PÚBLICO E NOTIFICAÇÃO LEI N° 9.514/97 Prazo: 10 dias. 1° Leilão: 25/09/2012 às 12h00min 2° Leilão: 08/10/2012 às 12h00min Local: Av. das Américas n° 3.500, bloco 05, sala 415, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro/RJ. BIANCA SOARES PAIS DE CARVALHO, Leiloeira Pública Oficial, registro Jucerja n° 156, devidamente autorizada por POLARIS EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA., CNPJ nº 27.669.688/0001-53; LOGOS INCORPORAÇÕES E CONSTRUÇÕES LTDA., CNPJ nº 60.383.031/000109; CARVALHO JUNIOR EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.; CNPJ nº 27.694.389/0001-79; venderá na forma da Lei 9.514/97, em leilão público nos dias, horário e local acima referidos, o imóvel situado à Avenida Projetada C, do PAL 38961 (atual Av. Flamboyants da Península), nº 1.259, apt. 101 do Bloco 02 do «Residencial Excellence», Freguesia de Jacarepaguá, nesta cidade, com direito a 2 vagas de garagem, sendo 1 vaga no Grupo I de vagas de uso indistinto no 1º subsolo ou no 2º subsolo e 1 vaga no Grupo II de vagas de uso indistinto no estacionamento descoberto do pavimento de acesso ou no 1º ou 2º subsolos e correspondente fração de 13814,50/1.000.000 para o apartamento do terreno designado por lote 1 da quadra V do PAL 38961, , melhor descrito na matrícula nº 295.954 do 9° Ofício de Registro de Imóveis desta cidade, objeto da Escritura de Compra e Venda com pacto adjeto de Alienação Fiduciária em garantia, tendo como Credores Fiduciários as Comitentes acima mencionadas, e como Fiduciante Devedor VALTER CORREA DE ANDRADE JÚNIOR, inscrito no CPF sob o nº 048.014.697-79. O imóvel será vendido na forma da Lei 9.514/97 no estado em que se encontra, por preço não inferior a R$ 1.320.299,97, em 1° Leilão. Em 2º Leilão o imóvel será vendido conforme trata o §2° do art. 27 da Lei 9.514/97. Eventuais recursos judiciais necessários para desocupação serão suportados pelo arrematante. A comissão da Leiloeira será paga pelo arrematante na razão de 5% (cinco por cento) sobre o valor da venda do bem arrematado, acrescida de 0,25% de ISS, bem como as despesas relativas a registros de imóveis, funesbom, ITBI, IPTU, débitos condominiais e demais impostos e taxas correrão por conta do arrematante. A venda será feita com pagamento à vista. Cumpre informar que o imóvel é Foreiro à União e consta gravado na matrícula do mesmo, Hipoteca (R-4), em favor de Banco Bradesco S/A. Fica desde já notificado do presente leilão o fiduciante devedor. Rio de Janeiro, 13 de Setembro de 2012. (ass.) Bianca Soares Pais de Carvalho – Leiloeira Pública Oficial. ROBERTA PENNAFORT DA AGÊNCIA ESTADO A exemplo do que faz a SPArte, a ArtRio, encerrada no domingo, não divulgou o montante de vendas este ano, informando apenas que o público total, que foi de 74 mil pessoas, 14 mil a mais do que o inicialmente estimado. Ainda assim, segundo os organizadores, a expectativa de superar os R$ 120 milhões de 2011 em comercialização foi concretizada – até pelo aumento no número de galerias, de 83 para 120. Em termos de visitantes, a percepção de uma parte dos galeristas foi de que houve gente demais para comprador de menos. Mesmo em dia de praia, a feira se tornou uma opção de lazer de fim de semana para o carioca que não compra arte e que foi ao evento como quem visita um museu. "Talvez seja o caso de se aumentar um pouco o valor do ingresso", sugeriu o galerista Ricardo de Gouveia Rego, da carioca Lurixs. "As estratégias devem ser voltadas para atender aos interesses dos galeristas, e não pensando em fazer um evento para 70 mil pessoas”, completou. Vendas As galerias saíram satisfeitas; umas mais, outras, menos. Todas consideraram o movimento satisfatório, em especial na quarta, quando os galpões se abriram para os supervips três horas antes da cerimônia oficial de abertura, e na quinta, o primeiro dia de público pagante. Com cinco minutos de feira, a Lurixs vendeu duas obras de Raul Mourão a vips europeus. A Fortes Vilaça no mesmo dia mandou vir de São Paulo um caminhão com mais itens. Só na quarta tinha vendido 90% do que estava exposto, entre obras de Adriana Varejão, Ernesto Neto, Osgemeos, Jac Leirner e Luiz Zerbini. "As expectativas foram totalmente superadas. Vendemos ao menos uma obra de cada artista que levamos", disse Alexandre Gabriel, diretor da Fortes Vilaça. "É cedo para avaliar, mas acredito que a ArtRio vai seguir a trilha de sucesso da SP-Arte, que as duas vão conviver. Vamos ver se as galerias internacionais vão continuar." Galerias internacionais A norte-americana Gagosian, a maior do mundo, no Rio pela primeira vez, sinalizou que deve retornar. "Ainda não discutimos, mas não vejo por que não virmos. Estamos muito felizes, foi só o começo", avaliou Victoria Gelfand-Magalhães, diretora baseada em Nova York. "Os colecionadores estão muito interessados nos artistas estrangeiros. Fizemos vendas em diferentes níveis, acima de US$ 1 milhão, abaixo de US$ 1 milhão." A Gagosian é uma das que não divulgam números sobre vendas. Na imprensa americana circulou a informação de que tenha trazido o equivalente a US$ 130 milhões em obras de Andy Warhol, Picasso e Damien Hirsts, entre outros nomes. Antes de embarcar, Victoria havia dito por lá que não sabia se conseguiria vender peças de US$ 10 milhões ou mais. Só na quarta os negócios teriam superado US$ 5 milhões. A berlinense Neugerriemschneider também aportou no Rio pela primeira vez, com obras de artistas mundialmente badalados, como o chinês Ai Weiwei. Planeja voltar. A percepção para os alemães é de que o mundo está cada vez menor, e a ida a feiras tão distantes quanto as do Rio, Miami e Hong Kong se paga. Reposição Para as nacionais – 60 galerias, como foram 60 as estrangeiras –, os valores também foram animadores. Luisa Strina (SP) chegou perto de R$ 1 milhão já no segundo dia. Anita Schwartz (RJ) precisou repor obras quinta de manhã – vendera mais de R$ 1 milhão na quarta-feira. "Clientes que frequentam a galeria esperaram para comprar na ArtRio, porque sabiam que traríamos novidades de artistas como Waltercio Caldas e Abraham Palatnik", contava Anita, a proprietária, pouco depois da abertura ao público, entre um Angelo Venosa e uma Carla Guagliardi já reservados a compradores de fora. JUÍZO DA 1ª VARA CÍVEL REGIONAL DE JACAREPAGUÁ/RJ. O Dr. Oscar Lattuca – Juiz de Direito da Vara acima, FAZ SABER aos que o presente edital virem, com prazo de 20 dias, especialmente os réus, que perante este Juízo se processa a ação de Cobrança movida pelo CONDOMINIO DO EDIFICIO POR DO SOL em face de CARLOS ALBERTO MARQUES SCHURR e MARIA DA GRAÇA DE FREITAS SCHURR, inscritos nos CPF sob os n° 386.977.937-34 e 769.574.207-44, eis que os réus encontram-se em local incerto e não sabido, como se caracteriza dos autos. É passado o presente a fim de que os mesmos fiquem intimados para ciência das 1ª e 2ª praças, que se realizarão nos dias 15/10/2012 e 25/10/2012, às 15:00 horas, do imóvel situado na Estrada dos Bandeirantes, n° 8.325, apartamento 1203, do bloco «01» Jacarepaguá/RJ. Prazo para apresentação de Embargos: 05 dias após arrematação. Local do Leilão: Rua Professora Francisca Piragibe, n° 80 – Taquara/RJ. – Átrio do Fórum de Jacarepaguá. Processo n.º 2006.203.002855-2. Rio, 24/08/2012. Eu, Técnico Judiciário Juramentado, digitei. E eu, Escrivão, subscrevo. (as) Oscar Lattuca – Juiz de Direito. EDITAL LEILÃO EXTRAJUDICIAL E NOTIFICAÇÃO SEGUNDO E ÚLTIMO LEILÃO ( 2 ) Aos 28 dias do mês de Setembro do ano de 2012, às 12:00 horas, na Estrada dos Bandeirantes, nº 10.639, Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro, RJ. JOÃO EMILIO DE OLIVEIRA FILHO - Leiloeiro Público faz saber, que devidamente autorizado por Companhia Província de Crédito Imobiliário, Agente Financeiro, designado pelo extinto Banco Nacional da Habitação, sucedido por CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, na forma do Decreto-Lei nº 2291/86, venderá na forma da Lei (Decreto Lei nº 70, de 21/11/66 e regulamentação complementar RC 58/67, RC 24/68, RD 08/70, do extinto BNH) em segundo e último Público Leilão, no dia, hora e local acima referido, os imóveis abaixo relacionados, para pagamento da dívida hipotecária que seus proprietários mantêm com a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, no estado de ocupação e conservação que se encontram. CONDIÇÕES DE VENDA: À VISTA: Sinal de 20% do valor da arrematação e a comissão de Lei, no ato de arrematação. O saldo restante será pago no prazo impreterível de 08 (oito) dias, sob pena de anulação da praça e perda do sinal em favor do exeqüente, independentemente de notificação ou interpelação judicial ou extrajudicial. Quando o recurso utilizado for o FGTS, o arrematante deverá apresentar, no ato da compra a carta de habilitação do FGTS. Quando através de financiamento, deverá ser apresentada proposta aprovada para aquisição da carta de crédito. O valor de arremate não suportado pelo recurso utilizado do FGTS ou pela carta de crédito será pago pelo arrematante no ato da arrematação. O valor do lance mínimo está sujeito à atualização até a data da realização da praça. As despesas relativas à comissão do leiloeiro, custas de execução, remuneração do agente fiduciário, serão pagas pelo Arrematante no ato do arremate. As despesas relativas ao registro da carta de arrematação, eventuais impostos, taxas, débitos fiscais e condominiais, correrão por conta do arrematante. Caso o imóvel esteja ocupado, o arrematante fica ciente, que será o responsável pelas providências para a desocupação do mesmo. O Leiloeiro acha-se habilitado a fornecer aos interessados, informações pormenorizadas sobre os imóveis, pelos telefones: (21) 3416-6350. Ficam, desde já, intimados por este edital para ciência do dia, hora e local do leilão, os devedores hipotecários, caso não tenham sido localizados. Rio de Janeiro, 18 de Setembro de 2012. João Emílio de Oliveira Filho. Leiloeiro Público Rio de Janeiro 1) Sed: RJ1-145/12 Contrato: 8020970007009 Mutuário(s): Gustavo Puhlmann Ferreira da Costa e Edilene Tavares da Silva, ambos brasileiros, solteiros, Ele militar, portador da carteira de identidade nº 76459, expedida pela PMERJ, inscrito no CPF sob o nº 020.961.577-06, Ela professora, portadora da carteira de identidade nº 09390324-3, e inscrita no CPF sob o nº 021.562.547-10, residentes e domiciliados nesta cidade - Imóvel: Rua Pintor Leandro Joaquim nº 350 - Apto 101 - Jacarepaguá - Rio de Janeiro - RJ, cuja hipoteca encontra-se inscrita no 9º Ofício do Registro Geral de Imóveis, em 12/08/2002, sob a matrícula nº 187.046. Saldo: R$ 43.661,12. São Paulo Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Jornal do Commercio • A-13 INCÊNDIO ELEIÇÕES 2012 Preso homem acusado de iniciar fogo em favela Russomanno posa de defensor do consumidor Briga entre dois moradores de um dos barracos causou o desastre que, segundo a Defesa Civil, desabrigou cerca de 300 pessoas na comunidade que já sofrera outro incêndio em 2011 m homem acusado de ter sido o responsável pelo incêndio que, na manhã ontem, atingiu a favela do Moinho, na Zona Leste de São Paulo, foi preso, segundo a Secretaria de Segurança Pública. Fidelis de Melo Jesus, o homem detido, foi localizado em um hospital da região central da Capital. Ele morava em um dos barracos da Moinho junto com Damião Melo. Os dois, que são usuários de drogas, triam se desentendido e Jesus ateou fogo ao barraco onde viviam. Damião Melo morreu no incêndio. Os dois não eram moradores antigos do local. Duas moradoras do Moinho contaram que o barraco onde Jesus vivia com Melo era antes ocupado por uma família, que deixou o barraco há cerca de três meses, quando então os dois homens passaram a morar ali. Morado- ra da comunidade há mais de cinco anos, Gislaine dos Santos salvou uma televisão e um forno de micro-ondas. Ela diz que saiu para levar seus dois filhos, um de quatro e outro de dois anos de idade, à creche e, na volta, o incêndio já tinha queimado parte da favela. "Acordei meu marido e saímos correndo só com as roupas do corpo. Ele conseguiu pegar a TV e o micro-ondas, mas foi só isso, todo o resto está queimado. Perdemos um guarda-roupas novo e também a beliche das crianças, que ainda nem pagamos", lamentou. "E ainda temos de ficar de olho no pouco que conseguimos salvar porque é fácil alguém roubar", disse. "Agora temos de erguer a cabeça e continuar", disse Maria Cristina Santos, moradora do Moinho há 15 anos. Ela trabalha com reciclagem e teve sua casa totalmente incendiada. Casada e mãe de um adolescente de 15 anos, diz não saber o que fazer agora. TUMULTO SALÃO DO AUTOMÓVEL Passageiros depredam estação e trens Destaque do evento deste ano será maior número de modelos » GHEISA LESSA » GUSTAVO PORTO DA AGÊNCIA ESTADO DA AGÊNCIA ESTADO Um defeito no sistema de tração em um trem da Linha 12-Safira, que seguia no sentido Brás, revoltou passageiros da composição na manhã desta segunda-feira. Conforme informações da Polícia Militar, os usuários do transporte público deixaram os trens e depredaram parte da estação Ermelino Matarazzo, localizada na Avenida Doutor Assis Ribeiro, Zona Leste de São Paulo. Trens também foram danificados. A circulação da linha 12 só foi normalizada depois de quatro horas. A falha foi registrada às 6h desta segunda-feira e o tumulto aconteceu por volta das 7h30, segundo a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Houve pancadaria e a PM precisou intervir para conter os protestos dos passageiros. Todos os usuários que aguardavam o retorno da circulação precisaram ser levados para fora do prédio. A PM não soube dizer se houve presos ou feridos. Não há informações que confirmem a relação do tumulto com o incêndio de grandes proporções que atingiu, também na manhã desta segunda-feira, a Favela do Moinho, em Santa Cecília, região central de São Paulo. A proximidade da favela com a linha do trem fez com que ao menos duas linhas tivessem a circulação interrompida. De acordo com a CPTM, os trens da linha 8 tiveram circulação interrompida entre as estações Júlio Prestes e Barra Funda. Já a linha 7 parou na Estação Barra Funda, onde é possível fazer transferência para o metrô. Em nota, a CPTM informou que o excesso de usuários foi o motivo da evacuação do local. Os passageiros não teriam aguardado o restabelecimento da circulação e ocuparam a linha do trem. Principal evento do setor automotivo do País, o Salão do Automóvel de São Paulo terá, na sua 27ª edição, a ausência de suas principais estrelas. Os 750 mil visitantes esperados para a mostra, entre 24 de outubro e 4 de novembro, não verão os superesportivos da Ferrari, Lamborghini e Maserati, nem mesmo os luxuosos » GUSTAVO VILLAS BOAS E GHEISA LESSA DA AGÊNCIA ESTADO U Mãe de seis filhos, Bianca, de 25 anos, que preferiu não dar o nome completo, conseguiu salvar somente a cadeira de rodas de uma de suas filhas. Separada, ela mora no Moinho há um mês, por falta de opção. "Ninguém aluga uma casa ou apartamento para quem tem cinco filhos". A Defesa Civil estima que ao menos 80 barracos tenham sido destruídos e 300 pessoas estejam desabrigadas. O trânsito foi bloqueado nos dois sentidos do Viaduto Orlando Murgel - ligação entre as avenidas Rio Branco e Rudge -, que passará agora por uma inspeção. Além disso, a circulação foi interrompida nas linhas 7-Rubi e 8-Diamante da CPTM e, de acordo com a SPTrans, 17 linhas de ônibus tiveram itinerário desviado. Todas as ruas do entorno da comunidade foram bloqueadas, segundo a CET, e vias no sentido da alça da Marginal do Tietê para a Ponte da Casa Verde também estiveram fechadas. carros da Rolls-Royce. Para suprir a ausência, os organizadores do evento apostam no aumento do número de modelos expostos, que deve saltar de 450, na edição de 2010, para 500 na deste ano. "É claro que preocupa a ausência, mas foi decisão unilateral da importadora que trabalha com marcas ícones, mesmo depois de ter seu espaço reservado e a negociação em curso", afirmou Paulo Octavio O trânsito ficou concentrado na Avenida Rudge. O incêndio na favela do Moinho é o sétimo em comunidades da capital paulista nos últimos 40 dias e o 34º no Estado de São Paulo. O coordenador da Defesa Civil de São Paulo, coronel Jair Paca de Lima, afirma que o tempo seco na cidade, onde não chove há 61 dias, somado à grande quantidade de papelão e madeira na favela, pode ter colaborado para a propagação mais rápida do fogo. A favela do Moinho ocupa uma área de 30.107 metros quadrados, com quase 375 barracos, segundo dados da Prefeitura de São Paulo. Em dezembro de 2011, a mesma comunidade foi atingida por outro grande incêndio, 368 barracos foram destruídos e cerca de 1,5 mil moradores ficaram desabrigados. A Prefeitura já informou a intenção de transformar a região em um parque e três terrenos estavam em análise para receber as famílias que ocupam a favela. Pereira de Almeida, vice-presidente comercial da organização do Salão do Automóvel, numa referência ao anúncio do Grupo Via Italia de não participar do evento. O lugar reservado para a Ferrari, por exemplo, será ocupado pelos veículos da alemã Porsche. "Estamos montando um quebra-cabeça e posso garantir que o mercado estará bem representado com as 45 marcas expostas", disse Almeida. PESQUISA IBOPE Para 80% dos paulistanos, trânsito é ruim ou péssimo » CAIO DO VALLE DA AGÊNCIA ESTADO Pesquisa do Ibope divulgada na manhã de ontem revela que o trânsito é considerado "ruim ou péssimo" por 80% dos paulistanos. Na cidade, as pessoas gastam, em média, duas horas e meia no seu deslocamento diário, sejam eles feitos por meios de transporte públicos ou individuais. A Zona Sul é a região mais afetada pelos congestionamentos, na percepção dos próprios moradores da área ali, 82% acham o trânsito "ruim ou péssimo". Para 39% dos entrevistados da região, que é a mais populosa de São Paulo, esse é o maior problema da capital. Ali, o tempo médio gasto no deslocamento diário sobe para 2h40min. O levantamento foi feito entre 17 e 24 de agosto com 805 pessoas de 16 anos ou mais residentes na cidade. De acordo com a pesquisa, cerca de um terço dos paulistanos gasta uma hora e meia ou mais nos seus deslocamentos só para ir e voltar da sua atividade principal, como trabalho ou estudo. No ano passado, o trânsito era visto como "ruim" por 22% dos paulistanos. Em 2012, esse índice subiu para 28%. Na categoria "péssimo", a oscilação foi de 37% para 52% no período. O transporte coletivo foi apontado como problemático por 23% dos entrevistados, ante 22% ano passado. Por sua vez, o trânsito passou de 43% no ano passado para 32%. FECOMERCIOSP Emprego no varejo com carteira assinada aumenta 3,4% em junho » WLADIMIR D'ANDRADE DA AGÊNCIA ESTADO O número de postos de trabalho com carteira assinada no varejo da região metropolitana de São Paulo somou 982.593 em junho, patamar acima do verificado em dezembro do ano pas- sado, período de aquecimento do comércio em razão das festas de fim de ano. A informação é de pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que utiliza dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. O comércio varejista teve alta de 3,4% no número de trabalhadores com carteira assinada em junho deste ano ante o mesmo mês de 2011, ao passar de 950.003 postos para os 982.593 registrados em junho. » GUILHERME WALTENBERG DA AGÊNCIA ESTADO O candidato do PRB a prefeito de São Paulo, Celso Russomanno, repetiu no programa eleitoral da TV, exibido ontem das 13h às 13h30, o modelo do quadro "Patrulha do Consumidor", que apresentava na televisão até o início da campanha. Ele foi às ruas buscando usuários do sistema público de saúde que teriam sido mal atendidos e os acompanhou até um posto de saúde para cobrar explicações dos responsáveis. "Cheguei aqui às 8h58 de ontem e só fui atendido às 13h30", reclamou um usuário. "Vamos tomar providências. Só mais alguns meses para a gente mudar isso", prometeu o candidato. Os candidatos do PSDB, José Serra, e do PT, Fernando Haddad, deixaram os ataques de lado e apresentaram programas propositivos. O programa petista mostrou cenas dos comícios realizados por Haddad ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ex-prefeita Marta Suplicy no sábado. O discurso do candidato focou em temas como a descentralização da cidade com incentivo fiscal e o gasto inteligente dos impostos arrecadados. Foi repetido o quadro em que a presidente Dilma Rousseff pede votos ao candidato dizendo que ele é "ousado, mas tem os pés no chão". No programa de Serra, o governador Geraldo Alckmin também ressaltou o fato de Serra ter "os pés no chão". "O Serra é o único candidato que não inventa moda. Ele é sério e tem os pés no chão", disse Alckmin. Gabriel Chalita, do PMDB, repetiu programa anterior, propondo facilitar a vida de quem pretende abrir um negócio próprio. Soninha Francine (PPS) apresentou um poema, dizendo que é possível mudar a cultura política de São Paulo. Paulinho da Força, do PDT, disse que irá descentralizar a cidade, caso eleito em outubro. O candidato do PRTB, Levy Fidelix, afirmou que irá reduzir o preço da passagem de ônibus de R$ 3 para R$ 2 e aumentar a duração da validade do Bilhete Único de três para seis horas. O candidato do PSOL, Carlos Giannazi, disse que privilegiará a construção de creches se for eleito. Eymael (PSDC) levou seu jingle para a televisão num ritmo de marchinha de carnaval e apresentou eleitores repetindo o nome do candidato. Ana Luiza, do PSTU, criticou os três candidatos que lideram as pesquisas de intenção de votos - Russomanno, Serra e Haddad. Anaí Caproni (PCO) criticou a administração atual, de Gilberto Kassab (PSD), e Miguel Manso (PPL) propôs novas maneiras de recolher o lixo em São Paulo. Serra volta a associar Haddad a José Dirceu O programa eleitoral do candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, voltou a associar o candidato petista, Fernando Haddad, ao exministro José Dirceu, réu no processo do mensalão. Mesmo sem citar o nome de Dirceu, que será julgado nesta semana no Supremo Tribunal Federal (STF), o programa tucano, exibido no horário gratuito de rádio que foi veiculado nesta segunda-feira entre 7h e 7h30, disse que o ex-ministro é um dos "padrinhos" de Haddad. "Você já fez as contas de quantos padrinhos o candidato do PT tem nesta eleição?", questionou um narrador. "Quatro foram mostrados na campanha, isso sem falar naquele outro padrinho que é réu do mensalão. Nossa, esse ninguém merece, hein!", respondeu o outro. Na semana passada, o programa de televisão de Serra já havia citado Dirceu como um dos padrinhos de Haddad. Em seguida, os narradores explicaram quem são os padrinhos: "Tem o (ex-presidente) Lula, que está socorrendo candidato de baciada por aí. Tem a (ex-prefeita) Marta, que já está encastelada na Cultura (no Ministério da Cultura) e tem o Maluf, do Pitta, do FuraFila" descreveu o narrador. O programa não citou o quarto fiador da candidatura petista, que seria a presidente Dilma Rousseff. Já o programa de Haddad focou em propostas para a cidade, como o projeto de descentralização da capital, batizado de Arco do Futuro, e prometeu aumentar a fiscalização sobre onde vai o dinheiro gasto pela Prefeitura. "É o que a gente precisa, de um prefeito mais atento aos gastos", disse um narrador. O ex-presidente Lula apresentou o programa ao lado de Haddad. . (G.W.) Após incêndio em favela, equipe do PT faz gravações » DIEGO ZANCHETTA DA AGÊNCIA ESTADO Logo após as equipes dos Bombeiros controlarem o incêndio na Favela do Moinho, na Zona Oeste de São Paulo, uma equipe do candidato Fernando Haddad (PT), com cinegrafista, operador de áudio e dois produtores, pegava depoimentos de famílias desabrigadas. Eram 10h20 quando um dos jornalistas que acompanhava o grupo mandou o câmera focar na desabrigada Joazina Pereira, de 38 anos, que fazia críticas ao bolsa-aluguel da Prefeitura e ao prefeito Gilberto Kassab (PSD). "Esse Kassab não quer dar moradia para nós, ele quer é deixar a gente na rua, sem nada", bradava a desabrigada. A equipe que fazia as gravações é da Pólis Produtora, uma das responsáveis por fazer imagens para a campanha do petista. Indagado pela reportagem do jor- nal Estado da São Paulo se era de alguma campanha política, o jornalista que estava com o grupo admitiu que fazia imagens para a campanha do PT. "Sou da produtora do João Santana, vim aqui porque o Haddad tem um trabalho aqui na comunidade", argumentou o jornalista, que pediu para não ter o nome citado em reportagem. Procurada, a assessoria de imprensa do candidato confirmou que uma equipe foi gravar imagens na favela. "O Haddad já visitou a comunidade e se sensibilizou com a situação dos desabrigados. A equipe esteve no local pela relevância jornalística do fato. Não temos decisão de as imagens serão ou não usadas", informou a assessoria do candidato. Os profissionais da equipe do PT estavam entre os primeiros a entrar na favela logo após o incêndio ser controlado, por volta das 9 horas. Opinião Editor // Luís Edmundo Araújo A-14 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 Son Salvador FUNDADO POR PIERRE PLANCHER EM 10 DE OUTUBRO DE 1827 F U N D A D O R D O S D I Á R I O S A S S O C I A D O S : A S S I S C H AT E AU B R I A N D GRÁFICA EDITORA JORNAL DO COMÉRCIO MAURICIO DINEPI Diretor-Presidente ALFREDO RAYMUNDO FILHO Vice-Presidente Executivo SOLON DE LUCENA Vice-Presidente Institucional EDITORIAL Metas ambientais Embora o Governo do Estado tenha como meta o fim dos lixões até 2014,na conformidade do que estabelece, aliás, a legislação federal a esse respeito, verifica-se agora, de acordo com o que vem de ser divulgado, que apenas quatro dos 92 municípios fluminenses finalizaram planos de resíduos sólidos. Sancionada em 2012, a Política Nacional de Resíduos Sólidos fixou em dois anos o prazo de elaboração dos planos de manejo, condição necessária para que as cidades possam ter acesso a recursos da União para limpeza urbana. Em relação à situação existente nesse setor, o superintendente de Políticas de Saneamento da Secretaria Estadual de Saneamento,Victor Zveibil, lembra que apenas 10% dos resíduos sólidos eram destinados a aterros sanitários até 2010, enquanto hoje, segundo ele, o quadro é bem diferente, com 90% dos resíduos destinados a aterros sanitários e “controlados”. No entanto, 22 municípios ainda usam lixões como destino desses resíduos, sobretudo no Noroeste do estado. De acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, “o Rio vai ser o único estado a acabar com os lixões até 2014”. Conforme igualmente salientou, pelo fato de as cidades estarem atrasadas na preparação de seus planos de resíduos, o governo fluminense decidiu bancar os respectivos custos: “Não era obrigação nossa, mas fizemos. Licitamos e bancamos para todos municípios, que estão fazendo seus planos”. O custo de R$ 32 milhões foi pago, assim, com recursos provenientes de fundos estaduais. Outra medida posta em destaque pelo secretário e que, a seu ver, permitirá ao Rio zerar os lixões no prazo estabelecido, é a que se refere aos aterros consorciados, subsidiados pelo governo fluminense e com gestão compartilhada por um grupo de cidades. “Os municípios são pobres e inadimplentes – diz ele. Antes, os prefeito pagava R$ 4 por tonelada para jogar no lixão e passar a máquina.No aterro,custa R$ 40 por tonelada”. O estado vai subsidiar por três anos para o município fazer a transição, pagando a metade do valor que o aterro cobrar: “Não se trata de paternalismo. Damos por pouco tempo e exigimos contrapartida.Além de acabar com os lixões,o município tem de aumentar progressivamente a coleta seletiva, sob pena de perder o subsídio”. Os grandes aterros privados foram construídos em Seropédica, São Gonçalo, Itaboraí e Belford Roxo: “Só o de Seropédica – afirmou Minc – acabou com quatro lixões. Os projetos saíram do papel porque os donos dos aterros sabem que vamos bancar metade do valor durante três anos. Por outro lado, o governo fluminense fez dez aterros intermunicipais com recursos próprios”. Já o engenheiro e mestre em ciências ambientais,Walter Plácido, insiste em que de fato não pode ocorrer com os planos de resíduos o ocorrido com os planos diretores de cidades, os quais permaneceram engavetados:“Estes precisam ser, isto sim, verdadeiras ferramentas de gestão”. É nessa linha que sobressai, por certo, a importância de que tais planos se revestem, no sentido da implantação de uma política ambiental clara nos seus objetivos, consequente nos seus resultados e capaz, sobretudo, de contribuir para garantir os efeitos sanitários e a melhoria dos índices de qualidade de vida que daí se irradiam para toda a população, no contexto mais amplo de uma verdadeira estratégia de desenvolvimento urbano. Falta política de trânsito De hoje a 25 de outubro, ganha destaque um dos temas mais trágicos da crônica de violências no Brasil. Trata-se da arma mortal em que se transformou a combinação direção, condutor e pedestre. O asfalto brasileiro rouba mais vidas que guerras. Vale a comparação. Em 18 meses de conflito na Síria, morreram 27 mil pessoas. Em um ano, 50 mil brasileiros tombaram em ruas e estradas. Custo dos acidentes: R$ 40 bilhões anuais contados danos materiais, perda de produção, previdência, atendimento à saúde. As cifras são alarmantes. Além dos que partem precocemente, há que levar em conta os incapacitados para o trabalho. Em meia década, de 2005 a 2010, a quantidade de vítimas quintuplicou. De 31 mil, passou para 152 mil por ano. Elas respondem por mais de 31% das aposentadorias compulsórias por invalidez permanente pagas pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Com razão o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou os números de "verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito". São várias as causas do descalabro. Elas podem ser agrupadas sob o guarda-chuva ambiente hostil. As ruas e estradas, perigosas, não perdoam falhas. A circulação é insegura, sobretudo para os ciclistas. A frota, embora esteja melhorando os equipamentos de segurança, não atende as exigências modernas. A fiscalização é ausente. Fatores humanos se somam ao descaso da engenharia. Motoristas desrespeitam os limites de velocidade com a desenvoltura com que estacionam para tomar um cafezinho. Negligenciam itens de segurança. Falta educação e civilidade no trânsito. A formação do condutor, superficial e apressada, é insuficiente. O pedestre, elo fraco da corrente, tampouco contribui para salvar a própria vida — desconsidera sinais, faixas e sobriedade. Não raro atravessa vias em estado de embriaguez. O aumento explosivo da frota contribui para a barbárie. Mas não a justifica. Os Estados Unidos, com população 50% maior que a nossa e frota cinco vezes superior, registraram, em 2011, 32 mil óbitos — menos que em 1960. A redução não se deve a milagres. Deve-se à correção dos erros de engenharia nos espaços públicos e à adoção de medidas de segurança. No Brasil, o quadro se agrava. O transporte de massa ruim alimenta o sonho de independência. Quem pode compra carro. Quem não pode contenta-se com moto. A frota multiplicou-se. Leitores [email protected] ❚ ANATEL ❚ EUA TV paga Campanha Excelente a disposição da Anatel de agora apontar baterias para as chamadas TVs pagas. Assim como sempre tem ocorrido na telefonia celular, o número de irregularidades e o desrespeito aos usuários também atormentam quem usa a TV a cabo no País. Chegou a hora de punir os maus empresários e operadores em todas as áreas e exigir qualidade e responsabilidade. Quem é honesto e não pensa apenas na ganância, mas em servir bem ao consumidor, não terá nada a temer. Já os outros… MÁRCIA REZENDE RAMOS TIJUCA, RIO A campanha americana pela Presidência da República será muito acirrada, graças à falta de coragem do presidente Obama para implementar as mudanças que seu país e o mundo esperam que sejam realizadas. Não há como continuar apelando para aquela estrutura arcaica de economia. O liberalismo radical é uma falácia tão grande quanto foi o comunismo e um sistema intermediário, com uma razoável regulação pelo Estado, é o que mais tem chance de sucesso. Espero que os republicanos não retomem a Casa Branca, pois aí a situação piorará ainda mais, novamente. PAULINO FREITAS SÃO PAULO, SP ❚ JOVENS Alimentação Algumas crianças de meu condomínio orgulham-se de serem da geração shopping center e só apelam para a alimentação tipo “fast-food”, que é a pior do mundo. O governo tem de fazer uma campanha nacional por um comer mais saudável e responsável. Será que vamos seguir o mesmo caminho dos americanos, que cada vez mais são obesos? É hora de dar uma basta nesta situação. Nossos jovens merecem mais, muito mais! CID MARIA LOPES SÃO GONÇALO, RJ Memória HÁ 150 ANOS FAROL Participamos ao respeitável público desta corte do Rio de Janeiro que partirá para Santos já na próxima semana, levando o aparelho para o farol da Ilha da Moela, o vapor de guerra de nome Magé, com toda a tripulação necessária para este transporte. A embarcação chegará em pouco tempo à referida ilha. Em breve informaremos a data exata da partida do vapor Magé. TESTAMENTO Pergunta-se ao Sr. juiz municipal, Dr. Marinho, qual a razão pela qual pediu licença de sua importante atribuição justamente nesta época. Será que foi para não tomar conhecimento da questão do testamento falso de João Rodrigues e contra o seu autor, ou foi por que realmente este senhor se acha doente? O fato de andar de forma tão escorreita pela vila onde reside não mostraria justamente o contrário, que está perfeitamente são? Assinado: Mofina. PRESAS Ao Exmo. Sr. ministro da Fazenda: depende, agora, unicamente de vossa vontade o pagamento das presas do Rio da Prata, por estarem os que têm direito a elas já habilitados segunda a própria lei deste império do Brasil. Muitas pessoas estão precisando muito do valor que será arrecadado e por isto dependem da boa vontade da autoridade para que possam receber o que lhes é de direito. HÁ 100 ANOS DESALENTO O ministro do Fomento da Espanha, Sr. Villanueva, declarou ontem aos representantes da im- O JORNAL DO COMMERCIO PUBLICAVA NA EDIÇÃO DE 19 DE SETEMBRO prensa em Madri que os empregados dos caminhos de ferra em Barcelona e em regiões próximas da Catalunha estão “profundamente desalentados” com as notícias que têm recebido da comissão que está na capital espanhola para tratar da questão da paralisação da categoria. Parece que não tem havido qualquer avanço nas negociações. ACLAMADO O Rei Victor Manoel, da Itália, percorreu ontem os principais pontos da cidade de Milão e durante seu trajeto foi delirantemente aclamado pelo povo. Em frente ao palácio local estiveram, durante muito tempo, milhares de pessoas em constantes demonstrações de apreço e respeito pelo monarca italiano, assim como a todo à família real e às Forças Armadas do país. FORÇA O Governo dos Estados Unidos dirigiu às autoridades nicaraguenses uma nota declarando que o “sustentará moralmente” contra a atual revolução que assola a nação da América Central. Por outro lado, os americanos só pretendem usar a força se for necessário manter as comunicações e garantir a segurança das legações diplomáticas naquela pequena república. HÁ 50 ANOS ENCOMENDAS Seis petroleiros de grande porte foram encomendados aos estaleiros Mauá e Jacuacanga pela Petrobras, para compor a frota nacional. Serão as primeiras unidades do gênero a serem construídas no Brasil, dando impulso à indústria naval em nosso país. A assinatura do contrato ocorreu ontem no gabinete da presidência da Petro- bras. No caso do navio construído pelo estaleiro Mauá, será o de maior tonelagem já produzido. SEM AJUSTE O comércio atacadista do Rio de Janeiro há quatro meses não negocia com cereais, em face da falta de ajustes nos preços dos produtos na fonte da produção e nos centros de consumo. A reportagem do Jornal do Commercio visitou algumas casas atacadistas da Rua Acre, no centro do Rio, onde pôde observar a completa ausência de feijão preto e arroz e ouviu as críticas dos comerciantes do setor. EMPOSSADO Com a indicação dos ministros paras as pastas de Minas e Energia (o Marechal Lott tinha recusado) e Indústria e Comércio – respectivamente, Eliezer Batista da Silva e o embaixador Dias Carneiro – foi completado e tomou posse oficialmente o Conselho de Ministros, que será presidido por Hermes Lima, ex-ministro do Trabalho. O conselho já está sendo chamado de Conselho Provisório, pois deverá ser dissolvido após a próxima eleição. BRASIL NA ONU O senador Afonso Arinos pronunciará hoje, em Nova York, o discurso de inauguração da XVII Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), pedindo que o órgão internacional amplie seus grandes conselhos, de forma a que dezenas de novos países-membros também tenham representação, especialmente os africanos e asiáticos. A medida deverá ser acolhida por muitos dos membros da ONU. JOSÉ PINHEIRO JÚNIOR Jornal do Commercio • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Opinião • A-15 Uma indústria mais competitiva Insustentável leveza da sustentabilidade » LUIZ AUGUSTO PEREIRA DE ALMEIDA » AGOSTINHO GUERREIRO DIRETOR DA FIABCI/BRASIL E DIRETOR DE MARKETING DA SOBLOCO CONSTRUTORA S.A. PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RIO DE JANEIRO (CREA-RJ) Nos nove dias de sua realização, em junho último, com 45 mil visitantes e a presença de 120 chefes de Estado e de governo, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (RIO + 20) teve seu foco nitidamente concentrado no tema da erradicação da pobreza. No debate sobre o futuro que queremos, foi unânime a afirmação de que o crescimento econômico sustentável, inclusivo e equitativo é um requisito imprescindível para mitigar a miséria e a fome e alcançar os objetivos do desenvolvimento do milênio. Falou-se muito da importância de um crescimento liderado pela economia verde; do acesso de todos à água, saneamento, energia, transporte e mobilidade; dos assentamentos humanos com condições de vida segura e salutares, especialmente para crianças, jovens, mulheres e anciões; da saúde; do pleno emprego e renda; da proteção das florestas e da biodiversidade, do direito à educação, dentre outros. Tudo perfeito, se não fosse a dura realidade que enfrentamos no Brasil, bem distante do mundo de Poliana que se pretendeu esculpir na citada conferência. A Lei do Saneamento Básico (11.445/2007), embora tenha entrado em vigor há mais de cinco anos, está longe de garantir as metas de proporcionar água e esgotos tratados para todos os brasileiros. A última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) do IBGE, referente a 2008, realizada em convênio com o Ministério das Cidades, com a participação de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e técnicos especialistas, demonstrou que a situação ainda é grave no País, e não ocorreram grandes avanços nos últimos anos. No tocante à rede de esgotos, 44,8% dos municípios ainda não dispunham do serviço. Nas localidades onde existia, 56% dos domicílios não eram atendidos. Ademais, 31,2% do esgoto coletado não eram tratados. Outro dado preocupante é que 50,8% das cidades destinavam seus resíduos a vazadouros a céu aberto e apenas 27,7% dispunham de aterro sanitário. A nova Política Nacional de Resíduos Sólidos proíbe a manutenção de lixões após 2014, mas os números expressam uma realidade que dificilmente poderá ser alterada em curto prazo pela lei. Outro estudo do IBGE (Suplemento de Meio Ambiente da Pesquisa de Informações Básicas Municipais – Munic/2002), embora tenha dez anos, evidencia as graves consequências do saneamento básico deficiente. Trata-se do primeiro levantamento ambiental no âmbito dos municípios realizado pelo instituto. A pesquisa identificou 1.159 cidades com taxas de mortalidade infantil acima de 40 óbitos por mil nascidos vivos. Nesse conjunto de localidades, 584 apontaram ter havido alterações ambientais com consequência sobre as condições de vida. A alteração mais frequente foi justamente a presença de esgoto a céu aberto (327), seguida por ocorrência de doença endêmica (cólera, dengue, febre amarela e malária) ou epidemia (304) e presença de vetor de doença (266). Ao se relacionar a ausência ou precariedade de saneamento básico à mortalidade infantil, fica claríssima a premência da instalação de redes de água e esgoto nos lares brasileiros. Enquanto a taxa de mortalidade de crianças menores de cinco anos residindo em domicílios adequados (aqueles com água e esgoto) era 26,1 por mil, para as que residiam em domicílios inadequados, chegava a 44,8 por mil. Tais dados confirmam a pertinência de uma equação consensual, de que para cada real investido em saneamento, o setor público economiza quatro reais em medicina curativa. A precariedade do saneamento básico gera, portanto, mais pressões sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), cuja incapacidade de atendimento e falta de qualidade são notórios. Cria-se, assim, um círculo vicioso, com complexas consequências sociais. Nas grandes cidades, a qualidade da vida também é afetada pelos crescentes problemas de mobilidade. Sobram carros e congestionamentos e faltam transportes coletivos, e numerosas pessoas ficam duas ou três horas diárias em trânsito para exercer o direito de ir e vir (...ao trabalho, às escolas, às compras e a outros destinos de suas atividades cotidianas). Enquanto a população brasileira aumentou, nos últimos 10 anos, em 21 milhões de habitantes, ou 12,34%, a sua frota de veículos teve expansão de 35 milhões de unidades, ou 119%. Além disso, a insuficiente infraestrutura urbana e de transportes em geral, agrava o “Custo Brasil” e conspira contra o pleno emprego, consentâneo à competitividade. Apesar dos avanços na inclusão socioeconômica dos últimos anos, dados oficiais mostram que mais de 16 milhões de brasileiros continuam vivendo abaixo da linha da miséria. Esta rápida, mas contundente análise técnica evidencia ser insustentável, do ponto de vista da realidade, nossos legisladores utilizarem de modo tão amplo o termo sustentabilidade no País. Não obstante termos sido protagonistas de um dos maiores eventos mundiais sobre o desenvolvimento sustentável, a RIO + 20, ainda estamos muito distantes do ideal preconizado pelo conceito do triple bottom line, ou seja, o desenvolvimento economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente correto. Mais preocupante é que a sociedade e os setores produtivos ficam muito limitados para suprir soluções, pois as próprias leis, a cada dia, são mais restritivas. Um exemplo disso é o novo Código Florestal, que, ao tratar das áreas rurais da mesma forma que as urbanas, não atentou para o fato de que, em 2050, 75% dos 9 bilhões de habitantes deste planeta estarão vivendo nas cidades. Nestas, em decorrência de nossas restritivas legislações de uso e ocupação do solo, são cada vez mais limitadas as possibilidades de aplicar políticas de planejamento e desenho urbano para responder com eficácia às questões do crescimento previsto da população e de sua qualidade de vida. Antes de desejarmos ser sustentáveis é necessário que entendamos e nos permitamos ser sustentáveis. www.jornaldocommercio.com.br E-mail: [email protected] REDAÇÃO EDITOR A-EXECUTIVA JÔ GALAZI [email protected] [email protected] EDITOR ESPECIAL MARIO RUSSO [email protected] Economia JORGE CHAVES [email protected] MARIO RUSSO [email protected] PEDRO ARGEMIRO [email protected] Apesar de registrar índices de queda na produção desde o início do ano, a indústria brasileira passa por um momento de otimismo. Mesmo sofrendo com os impactos da atual crise econômica europeia, nos últimos anos, depois de décadas de estagnação, o setor tem experimentado um oportuno crescimento. O desafio, agora, é aproveitar a economia estabilizada e o mercado consumidor em expansão para dar um salto qualitativo, criando uma indústria que faça jus aos tempos globalizados que vivemos: inovadora, com alta produtividade e ao mesmo tempo ambientalmente sustentável. A indústria é o motor de qualquer economia, impulsionando oportunidades de emprego e geração de renda, que, por sua vez, estimulam o consumo de bens industriais, formando um ciclo vital de desenvolvimento. Se no início da nossa industrialização, que tomou pulso a partir do século XIX, tínhamos uma indústria pequena, pouco diversificada e dependente do mercado externo, hoje, temos um parque industrial avançado, mas que ainda sofre com diversos gargalos, como a burocracia, a alta carga de tributos (o chamado Custo Brasil), a baixa qualificação de mão-de-obra, além dos graves problemas de infraestrutura. Estes entraves fazem com que o Brasil perca oportunidades de atrair investimentos no mercado global e impedem um crescimento maior. Na chamada sociedade da informação e do conhecimento em que vivemos, a inovação tecnológica é o diferencial para o desenvolvimento econômico. O crescimento do país está diretamente ligado ao estímulo a esta inovação por meio de incentivos à pesquisa e ao desenvolvimento, além de formação, qualificação e retenção de profissionais da área tecnológica. Recentemente, a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) lançou a campanha “A Indústria Tem Pressa”, que convoca todos os brasileiros a contribuírem com ideias para aumentar a competitividade do setor. No documento “A Indústria e o Brasil – Uma Agenda para Crescer Mais e Melhor”, a CNI produziu uma minuciosa avaliação sobre os principais desafios enfrentados hoje. A principal meta proposta, bastante ambiciosa, é a de dobrar a renda per capita do país a cada 15 anos, basea- da em um planejamento focado na competitividade da indústria. E o caminho para produzir mais e melhor, oferecendo ao mercado itens mais sofisticados e de alto valor agregado, é investir no capital humano. Como o setor industrial é demandante direto de engenheiros e profissionais da área tecnológica, a educação, com ênfase nas engenharias, é um dos suportes estratégicos para alcançar este objetivo. Segundo dados do mais recente Censo da Educação Superior, de 2010, as matrículas em cursos da área tecnológica cresceram de 68.797, em 2001, para 781.609, em 2010. O maior crescimento, no entanto, ainda é na área de Administração e Gerenciamento, que corresponde a 44%. As modalidades de engenharia aparecem em sexto lugar, com 30.323 matrículas, ou 3,9% do total – o que é um avanço em relação à década de 90, mas demonstra o tamanho do desafio a ser superado. Além do esforço em criar mais vagas e mais cursos de forma sustentável – ou seja, investindo na formação e qualificação de professores –, é importante que haja investimento na formação não apenas de pesquisadores focados no campo científico, mas que contribuam para a pesquisa industrial. Criar um ambiente propício à inovação depende de uma política integrada que estimule a colaboração entre os atores envolvidos neste processo: governo, empresas e instituições de ensino e pesquisa, de modo que sejam incentivadas novas ações, como a criação de parques tecnológicos em universidades através de parcerias entre o setor público e o privado. É preciso ainda criar condições para o compartilhamento de informações entre os laboratórios de pesquisa de empresas e instituições de ensino – medidas corriqueiras nos países desenvolvidos exportadores de tecnologia de ponta, como Alemanha e Estados Unidos. Apesar das boas iniciativas que já existem no país, ainda não são suficientes para promover a revolução tecno-industrial que precisamos. Para além destas medidas, deve haver ainda um esforço para a construção de uma infraestrutura que atenda a estas demandas, o que pode ser conquistado por meio de benefícios fiscais, financiamentos, incentivos e programas de capacitação de pessoal. Os segmentos industriais brasileiros de ponta, como os siderúrgico, petrolífero, aeronáutico e agronegócio, são uma prova de como esta integração resulta em inovação e traz resultados positivos. O erro ortográfico que vale milhões » MARCOS MOURA MATSUNAGA SÓCIO DO ESCRITÓRIO FERRAZ DE CAMARGO, AZEVEDO E MATSUNAGA ASSOCIADOS A língua portuguesa é complexa, cheia de regras, exceções e, dependendo de como um texto é escrito, possibilita várias interpretações. O acréscimo ou omissão de um acento, vírgula ou a construção de uma concordância, adequada ou não, podem provocar mudanças em uma sentença inteira. Imagine o que isso pode acarretar na formulação de uma norma jurídica, ainda mais se tratando de tema delicado como é a cobrança de impostos. Há tempos são debatidas as interpretações para a apuração do Preço de Transferência, regra que estabelece os limites fiscais para os preços praticados em operações com empresas ligadas no exterior, sob a metodologia do PRL60 (Preço de Revenda menos Lucro). Em 27 de janeiro de 2000, foi editada a Lei n° 9.959, que alterou a legislação então vigente para possibilitar a utilização do método PRL no cálculo dos preços de transferência de produtos aplicados na produção de bens nacionais. Uma vez que a forma de cálculo originalmente prevista na Lei n° 9.430/96 aplicava-se apenas a produtos destinados à revenda (PRL20), foi preciso readequá-la para possibilitar sua aplicação para os insumos importados, surgindo, então, o PRL60. Foi aí que começou a confusão. Claramente há um equívoco gramatical no texto legal trazido pela Lei n° 9.959, que torna impossível a aplicação literal da fórmula de cálculo do PRL60. O legislador, ao tratar da margem de lucro de 60%, estabeleceu que tal margem é calculada sobre o preço de revenda do pro- duto industrializado, após deduzidos os descontos concedidos, os tributos incidentes na venda, as comissões pagas e do valor agregado no país. Em um primeiro momento, a interpretação inicial do método de cálculo foi dada pela Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal (IN SRF) nº 32/2001, que suprimiu apenas uma letra da Lei (o “d” no trecho “do valor agregado”) para ajustar a concordância gramatical, estabelecendo que a margem de 60% seria calculada sobre o preço de venda “deduzidos os descontos, comissões, tributos e o valor agregado”. Assim, foi corrigido o erro gramatical cometido e adotada uma solução interpretativa simples e direta. Em novembro de 2002, porém, foi editada a IN SRF 243/2002, trazendo uma nova metodologia para o cálculo. Apesar de manter a mesma linha de interpretação do texto legal prevista na IN SRF 32, extrapolou os limites da lei ao estabelecer o que deveria ser entendido como “valor agregado”, acarretando em um aumento significativo na base de cálculo do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para a maioria dos contribuintes. Surpreendente, contudo, é a tese adotada pela PGFN (ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional) para defender a legalidade dessa IN. Sustenta que esta traria uma interpretação mais favorável da lei e, dessa forma, o afastamento da IN, com a consequente aplicação da metodologia legal, resultaria em um cálculo dos preços de transferência ainda mais gravosos aos contribuintes. Trata-se de uma situação inusitada, na qual, para defender a patente ilegalidade da conceituação do “valor agregado” pela IN 243, após mais de dez anos da edição da lei, adota-se uma leitura inovadora do texto legal. Não há dúvida de que a redação da Lei 9.430 contém um erro, que torna impossível interpretá-la literalmente. Também não há registro histórico sobre a intenção do legislador que forneça indícios sobre a forma de cálculo imaginada originalmente, em que pese ser mais fácil admitir um erro de digitação (acréscimo da letra “d”) do que supor a supressão de uma alínea, o que seria um grave erro de técnica legislativa. É fato, porém, que, diante das possíveis interpretações do texto legal, tanto a IN SRF 32, quanto a IN SRF 243 – que representam a interpretação oficial da Receita Federal do Brasil acerca do dispositivo legal – não estão alinhadas com a interpretação defendida pela PGFN, o que torna insustentável a alegação de que essa seria a “verdadeira” norma quista pelo legislador. É importante mencionar que, em decisão recente, a 2ª Câmara da 2ª Turma do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) entendeu pela ilegalidade da IN 243 e apontou as situações absurdas que as metodologias de cálculo trazidas por essa instrução normativa e pela interpretação da PGFN trariam aos cálculos dos preços de transferência, afastando ainda mais as regras brasileiras do princípio do arm’s lenth, ou seja, de alcançar o valor da operação em condições de livre comércio entre partes independentes. Desta forma, espera-se que a decisão mencionada reverbere nas demais câmaras julgadoras e possa trazer de volta ao rumo da justiça fiscal a jurisprudência daquela corte administrativa. RIO DE JANEIRO SÃO PAULO BRASÍLIA MINAS GERAIS Rua do Livramento, 189 - CEP 20.221-194 - Rio de Janeiro - RJ Telefone geral: (21) 2223-8500 [email protected] Avenida Moema, 170 - 120 andar - Conjs 122 e 123 Planalto Paulista - São Paulo - SP - CEP 04077-020 (11)5051-5115 [email protected] SCN Qd. 2 Bl. D Edifício Liberty Mall Torre A salas 410/412 - CEP 70712-903 - Tel.: (61) 3037-1280 [email protected] Rua Tenente Brito Melo, 1223 Cj 604 Barro Preto - Belo Horizonte Tel: (31)3048-2310 - CEP 30180-070 País LUÍS EDMUNDO ARAÚJO [email protected] Empresas MARTHA IMENES [email protected] Mundo/Esportes/Especiais VINICIUS PALERMO [email protected] Direito & Justiça LUÍS EDMUNDO ARAÚJO [email protected] Rio de Janeiro VINICIUS MEDEIROS [email protected] JC&CIA VINICIUS MEDEIROS [email protected] São Paulo MÁRIO RUSSO [email protected] Caderno Artes MÁRIO RUSSO [email protected] Opinião LUÍS EDMUNDO ARAÚJO [email protected] Artes Gráficas RICARDO GOMES [email protected] Mercados KATIA LUANE [email protected] SERVIÇOS NOTICIOSOS Agências Estado, Folhapress, Brasil, France Presse, Bloomberg e Reuters DEPARTAMENTO COMERCIAL ADMINISTRAÇÃO RIO [email protected] (21)2223-8590 Diretor Administrativo e Financeiro NELSON GIMENEZ CORRÊA [email protected] Diretor Comercial Gerente Comercial JAIRO PARAGUASSÚ [email protected] ROZANA MARQUES [email protected] SÃO PAULO Gerente Comercial WALDEMAR GOCKOS FILHO [email protected] (11) 5051-5115 BRASÍLIA Gerente Comercial MARCELO DE LUCENA [email protected] (61) 3037-1280 MINAS GERAIS MÍDIA BRASIL COMUNICAÇÃO LTDA. Rua Tenente Brito Melo, 1223/604 - Barro Preto Belo Horizonte -MG -CEP: 30180-070 [email protected] (31) 3048 -2310 Circulação 2223-8570 / 2223-8545 [email protected] Departamento de Cobrança (21) 2223-8516/2223-8509 Fax. 2223-8599 [email protected] D.A PRESS MULTIMÍDIA ATENDIMENTO PARA VENDA E PESQUISA DE IMAGENS Departamento de Compras [email protected] (21) 2223-8500, ramal 9582 Endereço: SIG Quadra 2, nº 340, bloco I, Cobertura – 70610-901 - Brasília – DF, de segunda a sexta, das 13 às 17h E-mail, fax ou telefone: (61) 3214.1575/1582 | 3214.1583 [email protected], de segunda a sexta, das 13 às 21h / sábados e feriados, das 12 às 18h 18p16a.qxd 9/17/2012 10:05 PM Page 1 A- 16 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 Marcia O querer e o poder, se divididos são nada, juntos e unidos são tudo. Padre Antônio Vieira PELTIER www.marciapeltier.com.br [email protected] www.facebook.com/marciapeltier www.twitter.com/@PeltierMarcia COM MARCIA BAHIA , CRISTIANE RODRIGUES E MARCIA ARBACHE FOTOS DE VERÔNICA PONTES/DIVULGAÇÃO Oportunidades reais Atraída pela ascensão do Brasil à sexta economia do mundo, a Dinamarca está enviando seu príncipe herdeiro pessoalmente, Frederik André Henrik Christian, e a princesa Mary Elizabeth, em missão ao nosso país, liderando uma delegação de 50 empresas. O casal real chega, hoje, ao Rio, onde ficará hospedado na suíte presidencial do Windsor Atlântica. Sua comitiva irá ocupar 16 quartos do mesmo hotel, que vai colocar no apartamento dos nobres, como boas-vindas, uma bandeja de quindins e brigadeiros gourmets e espumante Valduga. Bons de design Os dinamarqueses querem fechar parcerias nas áreas de óleo e gás, biocombustíveis, no setor de saneamento, equipamentos médicos, educação e desejam atrair mais turistas brasileiros para o seu país. Eles também são conhecidos pelo alto nível da sua arquitetura e design. Hoje, aliás, antes de decolarem para o Rio, os príncipes visitam, em São Paulo, no Mube, a exposição dos 50 anos da Poltrona Egg, de Arne Jacobsen, agora customizadas em 50 versões pelo artista Tal R. Essa mostra virá para o MAC, em Niterói, dia 6 de outubro. Mili Kessler e Patrícia Quentel no evento que agitou o mercado de artes carioca O casal Adriana Mattoso e Mario Cohen foi conferir a ArtRio, no Pier Mauá Agenda Por causa de antecedentes na história familiar - sua avó teve um aneurisma - Vanda Klabin se submeteu, por sugestão do dr. Paulo Niemeyer, a uma tomografia, para descobrir que também possuía uma dilatação numa artéria do cérebro. A curadora foi, então, operada pelo cirurgião na quarta-feira passada e deverá ter alta nesta quinta da São Vicente. Incansável, Vandinha já deixou pronta a exposição que abre, depois de amanhã, na Athena Contemporânea, só com obras de Antônio Dias, artista cujas obras há oito anos não são expostas nas galerias cariocas. PAULO JABUR/DIVULGAÇÃO Amanhã, o príncipe Frederik terá reunião, na Petrobras, com o diretor de abastecimento José Carlos Cosenza e, em seguida, no Palácio Guanabara, com o presidente da Cedae, Wagner Victer, e a presidente do Inea. Segundo Marilene Ramos, os dinamarqueses detêm tecnologia em despoluição, que poderia ser aplicada nas lagoas da Barra e na Baía de Guanabara. Caso médico Erro fatal Professor de gestão e estratégia da Universidade de Harvard, John Wells vem ao Brasil falar sobre um tema bastante pertinente mundo afora: a falência de empresas bem-sucedidas. Fará palestra na convenção da Abras, a associação dos supermercados, que abre hoje, em São Paulo. Citará cases como o da americana Kmart que dominou o varejo durante 25 anos e foi engolida pela Wal-Mart. E também da Gap, de vestuário, que chegou a ter 2 mil lojas, antes de se afundar em crise e reduzir sua rede. Quarteto Enquanto isso, a princesa, que é australiana e conheceu o príncipe numa festa durante as Olimpíadas de Sidney, visitará projetos para crianças e adolescentes na Cidade de Deus. A princesa Mary Elizabeth é mãe de um casal de gêmeos, mais um menino e uma menina. À tarde ela participa de um seminário na PUC destinado a divulgar oportunidades de estudo na Dinamarca. Retorno Por falar em Gap, a marca americana vai voltar ao Brasil, onde já teve loja em São Paulo. A empresa pretende abrir unidades no Rio e em São Paulo até março do próximo ano. Uma loja pela internet também está nos planos da grife. Adriana Rattes, secretária de Cultura do Estado do Rio, foi recebida por Suzana Queiroga, que inaugurou mostra na Casa França Brasil Último dia O casal real vai conhecer o Pão de Açúcar, na quinta pela manhã, e depois segue para programas distintos. Ele se encontrará com Eduardo Paes. Ela, conhecerá o banco de leite do Instituto Fernandes Figueira. Depois os dois se reencontram para almoço no Comitê Olímpico Brasíleiro, quando irão assistir à uma apresentação sobre a Rio 2016, já que o príncipe é membro do COI. Os dois fazem um tour de helicóptero sobrevoando as instalações esportivas no Rio para as Olimpíadas, antes de seguirem para Belo Horizonte. Projeto verão Não convidem o ator Gabriel Braga Nunes para almoço, jantar ou coquetel. Ele revelou a amigos que está na maior luta contra a balança. Precisa perder mais de seis quilos para viver um galã na microssérie O Canto da Sereia. Também irá fazer testes para filmes em Hollywood. THALES LEITE/ HAP GALERIA/DIVULGAÇÃO Sylvinha Fraga fez o circuito das galerias que expuseram acervos no Cais do Porto Frota verde Um em cada quatro executivos no mundo está usando ou considerando utilizar combustível alternativo nos veículos corporativos. Os números são da pesquisa International Business Report que a consultoria Grant Thornton International apresentará na Rio Oil & Gas, que começa hoje, no Rio. A alta do petróleo, acima de US$ 100 o barril tipo Brent, é a principal motivação para 69% dos consultados. Contramão Sandra Haegler e Cookie Richers, sempre elegantes, na semana de arte contemporânea do Rio Maria Rita e Tereza Drumond no evento que reuniu fãs das artes plásticas L I V R E A bailarina e coreógrafa Giselda Fernandes dará a aula-performance A Cadeira Como Objeto-Partner, voltada para cadeirantes e não cadeirantes no Festival Corpos Ímpares, sexta-feira, no Coreográfico Rio de Janeiro. As inscrições são gratuitas. A Masan inaugurou um Centro de Convivência Materno-Infantil no Complexo Penitenciário do A fotógrafa e autora da noite Claudia Jaguaribe e sua marchande Heloisa Amaral Peixoto na apresentação da obra Entre Morros, no Armazém 4 A C E S S O Gericinó (antigo Complexo de Bangu). O espaço dá às detentas a chance de realizar atividades com seus bebês no pós-parto. pelo terceiro ano consecutivo, o prêmio STM Star Awards, promovido pela publicação inglesa Study Travel Magazine. O médico José Ribamar Moreno, do Centro de Tratamento Intensivo da Dor, faz palestra hoje, às 18h30, no Leblon Medical Center. A Rede Asta, negócio social que oferece produtos artesanais, está de mudança e vai queimar todo o estoque de produtos do antigo showroom da marca, em Laranjeiras. São mais de 100 peças com preços mínimos, de A Experimento Intercâmbio Cultural recebeu, Por aqui, 31% dos empresários brasileiros responderam que podem aderir à mudança. O grupo dos países do BRICs é o menos favorável à troca, com 15%. Entre os contrários à iniciativa, os argumentos são os custos (49%), a dificuldade de abastecer (48%) e a falta de opções (38%). amanhã a sexta-feira, das 17h às 20h. O pagamento será aceito somente em dinheiro. Mais informações no telefone 3217-9967. Viver sem stress é o tema da palestra da dermatologista e escritora Adriana Vilarinho, amanhã, às 19h no auditório Omint, em São Paulo, para as filiadas do Lide Mulher – Grupo de Mulheres Líderes Empresariais. 18p01b.qxd 9/17/2012 10:08 PM Page 1 Na lanterna Combate à Aids ganha novo foco Segundo a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Wipo, na sigla em inglês), o Brasil ocupa a 24º posição no ranking mundial de registro de patentes. Segundo o advogado especializado em direito empresarial e tributário David Nigri (foto), a maior parte do empresariado brasileiro ainda acha o processo para patentear projetos caro e burocrático. B-12 Pesquisadores italianos defendem a busca pela cura funcional da doença. Baseado nessa linha, o grupo desenvolveu um composto que renova o sistema imunológico e mantém reduzida a carga viral sem a ingestão regular de medicamentos. B-8 Seudinheiro Editora // Katia Luane Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Jornal do Commercio • B-1 BOVESPA Bolsa cai com realização O movimento de venda para garantir ganhos não surpreendeu o mercado, depois que o Ibovespa subiu mais de 6% na semana passada. Vencimento de opções, que movimentou R$ 4,79 bilhões, concentrou as atenções dos investidores locais DA REDAÇÃO epois de registrar a maior alta semanal desde outubro de 2011, de 6,49%, o Ibovespa – principal índice da bolsa brasileira – sentiu os impactos do movimento de realização de lucros e fechou, ontem, em queda de 0,48%, nos 61.805, 98 pontos. O recuo dos papéis da Petrobras, que foram influenciados pelo vencimento de opções sobre ações e também pela queda do petróleo no mercado internacional, contribuiu para a performance negativa da bolsa. Dos R$ 13,3 bilhões negociados, 36% (R$ 4,79 bilhões) decorreram do exercício de opções sobre ações de Petrobras e Vale. No início da sessão, a Bovespa ficou praticamente descolada do exterior, sendo embalada pelo vencimento de opções sobre ações. “Este movimento é natural. Sempre que tem vencimento a bolsa fica mais por conta disso e esquece o exterior. E hoje (ontem) não foi diferente”, disse um operador, ressaltando ainda que, passado o vencimento, a Bovespa geralmente volta a acompanhar seus pares. O analista gráfico da Ativa Corretora, Gilberto Coelho, observou que, depois da forte alta da semana passado, já era esperado o processo de ajuste técnico. “A tendência de longo prazo para a Bovespa é de alta”, assinalou. As duas principais blue chips da Bovespa, que são as principais opções sobre ações da Bovespa, encerraram a sessão em direção opostas. Petrobras ON (R$ 24,20) e Petrobras PN (R$ 23,25) recuaram 0,61% e 0,21%, respectivamnente. Já Vale ON subiu 1,08%, a R$ 39,07, e Vale PNA ganhou 0,92%, a R$ 38,05. O exercício de opções, ontem, na BM&FBovespa movimentou R$ 4,79 bilhões ou 36% do volume total contabilizado pela bolsa brasileira. O BOLSAS PELO MUNDO D DA REDAÇÃO Bolsas passam por realização de lucro EUA Aumento de capital Brookfield aprova operação de R$ 400 milhões DA REDAÇÃO O conselho de administração da Brookfield aprovou o aumento de capital social de R$ 400 milhões, mediante a emissão de 130,7 milhões de novas ações ordinárias. Com a operação, o novo valor de mercado da empresa passa a R$ 2,5 bilhões. A companhia informou que o aumento de capital tem por objetivo fortalecer a sua estrutura de capital e manter um nível de atividade competitiva. Para os atuais acionistas, será garantido o direito de preferência na subscrição das novas ações, pelo prazo de 30 dias, na proporção de 0,29 nova ação para cada resultado foi 20,6% maior do que o vencimento anterior, em 20 de agosto, quando os exercícios somaram R$ 3,97 bilhões. Considerando apenas as opções de compra, foram negociados R$ 4,42 bilhões, enquanto as opções de venda totalizaram R$ 375,53 milhões. As opções de compra sobre as ações preferenciais (ON) da Vale lideraram os maiores exercícios, papel ordinário (ON) de emissão da empresa. Diante disso, as ações adquiridas a partir de hoje não farão jus ao direito de preferência. Após essa data, as ações passarão a ser negociadas ex-subscrição. O preço de emissão das novas ações ordinárias foi fixado em R$ 3,06,com aplicação de deságio de 10% sobre o valor da média ponderada por volume de negociações das cotações de fechamento dos últimos 60 pregões que antecederam o dia 14 de agosto. A controladora Brookfield Brasil já se comprometeu a subscrever todas as ações a que tem direito e comprar as ações que sobrarem para garantir que o aporte chegue tendo o primeiro, segundo, terceiro e quarto maior volume. Os contratos com preço de exercício de R$ 37 movimentaram R$ 361,77 milhões, enquanto as opções de compra a R$ 34 giraram R$ 337,43 milhões. Já o exercício sobre opção de compra ao valor de R$ 35,09 movimentou R$ 279,16 milhões e, por fim, os contratos a R$ 32 movimentaram R$ 263,37 milhões. aos R$ 400 milhões propostos. A assembleia, realizada ontem em segunda convocação, teve a presença de acionistas representando 61% do capital da companhia. Na reunião em primeira convocação, realizada no dia 3, não houve quórum mínimo para a aprovação, que era de pelo menos dois terços dos acionistas. Na assembleia de ontem, qualquer número de acionistas poderia deliberar sobre o assunto. As ações ordinárias da incorporadora registraram a terceira maior desvalorização do Ibovespa – principal índice da bolsa doméstica –, com queda de 4,38%, cotada a R$ 4,37. (Com agências) O exercício com opções de compra de ações preferenciais (PN) da Petrobras, ao preço de R$ 21,83, totalizaram R$ 252,38 milhões. Na semana passada, com a alta dos papéis de Vale e Petrobras, entre outros, em função do anúncio do novo programa de injeção de liquidez nos Estados Unidos (QE3), ficou claro que os vendidos em opções ficariam em difi- culdades. Com as ações em patamares mais elevados, quem apostou em preços mais baixos acabou perdendo dinheiro. “Foi um exercício bem sucedido em várias séries, com os vendidos se dando mal”, resumiu um operador, se referindo à tradicional queda de braço entre comprados – que apostam na alta da bolsa – e vendidos – que aposta na queda do índice. (Com agências) CCR é indicada após pessimismo do mercado » REBECCA MELLO O pregão de segunda-feira ratificou as estimativas de que a semana será de realização de lucros. Especialistas afirmam que a tendência do mercado acionário brasileiro é de valorização – que pode puxar o Ibovespa (principal índice da bolsa) aos 65 mil pontos nas próximas sessões. O investidor pode garantir ganhos com ações afetadas pelo pessimismo gerado após o governo anunciar as regras para as concessões do setor elétrico, como os papéis da CCR e Sabesp. O governo anunciou na semana passada Medida Provisória com redução do custo de energia. A estimativa é a de que o consumidor industrial e residência final de energia elétrica tenha alívio de mais de 20%. A medida derrubou os papéis do setor elétrico pela perspectiva de que a nova regra trará impacto negativo para o resultado operacional das companhias e diminuição de pagamento de dividendos aos acionistas. Justamente o carro forte dos papéis que são considerados defensivos pelo mercado pela geração previsível de caixa. O pessimismo se alongou para as ações de rodovias e saneamento básico. Investidores especularam se o governo poderia fazer intervenção semelhante nesses setores. Especialistas da Socopa Corretora afirmam que o rumor não tem fundamento, já que os fundamentos dos segmentos afetados pelo boato são totalmente diferentes do setor elétrico. “As concessões para rodovias não estão para expirar e o governo não tem porque modificar algo no momento. Além dos estímulos voltados à infraestrutura, que beneficia diretamente o segmento. É dar tiro no pé”, brincou a equipe. Na sessão de ontem, CCR ON subiu 2,14%, a R$ 17,18. No ano, a ação acumula valorização de 40,59%, enquanto o Ibovespa de 8,9%. O analista Marco Aurélio Barbosa, da Coinvalores, ressalta que a queda recente do papel foi infundada e acabou abrindo espaço para ganhos. “Apesar de a decisão governamental aumentar o risco regulatório para outros setores, o desconto do mercado foi exagerado”. A equipe da Ativa Corretora engrossa o coro sobre a má interpretação do mercado após a intervenção do governo na política de concessão no setor de energia. Os especialistas lembram que apenas 20% das receitas da CCR são de concessões federais, e em caso de intervenção governamental, a concessionária possui a opção de não aceitar as condições impostas, se voltando para outros projetos, como de ferrovias. As ações da Sabesp foram mais pressionadas. “Intervenção em saneamento é mais remoto ainda. O setor não é estratégico. O governo cortou a tarifa do setor elétrico porque a energia é insumo importante para aliviar a indústria nacional”, frisou os analistas da Socopa. Ontem, Sabesp ON caiu 2,4%, a R$ 77. Venda para elétricas Os analistas da Coinvalores recomendam a venda das ações ordinárias da Eletrobras. A equipe ressalta que a medida provisória anunciada pelo governo estabelecendo novas regras para o processo de renovação das concessões trás fortes impactos negativos para a companhia. “A empresa será impactada tanto pelas novas condições de renovação das concessões de transmissão como também de geração”. Eletrobras ON ganhou 0,64%, a R$ 12,48 e Eletrobras PNB se valorizou 0,8%, a R$ 18,90. Por outro lado, ativos do setor siderúrgico continuam na lista de preferência do mercado. O analista Marco Aurélio Barbosa, da Coinvalores, afirma que segue otimista com relação ao desempenho da Gerdau para os próximos trimestres, principalmente por causa das boas perspectivas para a infraestrutura nacional e a recuperação da economia americana. “O acionista ainda se beneficia com o recente pacote de redução de energia, que visa reduzir o custo da industrial brasileira”, lembrou o analista. Na segunda-feira, Gerdau PN caiu 0,53%, a R$ 20,60. Completando o setor siderúrgico, Metalúrgica Gerdau PN perdeu 0,15%, a R$ 26,17, Usiminas PNA recuou 3,52%, a R$ 11,49, Usiminas ON se desvalorizou 3,24%, a R$ 13,10 e CSN ON declinou 2,7%,a R$ 13,33. Em função do movimento global de realização de lucros nos mercados acionários, os principais índice de Wall Street fecharam, ontem, em queda. Investidores locais encontraram nos temores sobre a demanda por aço e na forte queda dos preços do petróleo, a justificativa para as vendas, que interromperam a sequência de quatro sessões de ganhos em Nova York. Assim, o Dow Jones – que fechou a semana passada no maior nível desde dezembro de 2007 – começou a semana com recuo de 0,3%, enquanto o S&P 500 perdeu 1,5%, e o Nasdaq recuou 0,2%. “Tivemos alta forte devido à ação do Fed (Federal Reserve, banco central americano). É hora de deixar a poeira assentar um pouco”, resumiu o co-diretor da Raymond James Financial, Mike Gibbs. EUROPA Na Europa, a desculpa para as ordens de vendas foi a Espanha, que ainda precisa formlizar o resgate do Banco Central Europeu (BCE), e algumas dúvidas seguem sobre quando Madri faria o movimento nesse sentido. “É difícil manter os grandes ralis. Era inevitável que, em algum momento, as pessoas quisessem tirar um pouco de dinheiro da mesa depois do movimento de alta tão forte”, comentou a Capital Spreads, se referindo à realização de lucros verificada. Na Bolsa de Londres, o FTSE 100 perdeu 0,37%. Na Bolsa de Frankfurt, o DAX recuou 0,11%. Na Bolsa de Paris, o CAC-40 registrou queda de 0,78%, e na Bolsa de Madri, o Ibex 35 cedeu 0,08%. ÁSIA As bolsas asiáticas mostraram indefinição. Enquanto em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 0,1%, as bolsas da China apresentaram fortes perdas. Os índices foram puxados para baixo pelas ações do setor imobiliário, que sofre com preocupações sobre novas medidas de aperto . Além disso, o agravamento da disputa territorial entre China e Japão foi um golpe para as empresas com estreitos laços comerciais com os nipônicos. O Xangai Composto perdeu 2,1% e o Shenzhen Composto caiu 2,9%. Não houve negociação na Bolsa de Tóquio por ser feriado no Japão. Mercados Editora // Katia Luane B-2 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 CÂMBIO BC vende swap e dólar sobe Banco Central volta ao mercado para mais uma operação de swap cambial reverso, que totalizou US$ 2,17 bilhões. Declarações de Mantega e Barbosa contribuíram para segurar o real frente à moeda americana, que registrou a maior alta desde julho DA REDAÇÃO dólar comercial fechou, ontem, com a maior alta ante o real desde 3 de julho, ao avançar quase 1% após duas sessões seguidas de queda. O Banco Central (BC) do Brasil voltou a mostrar sua determinação em manter a moeda americana acima de R$ 2, ao realizar mais um leilão de swap cambial reverso, que corresponde à compra de dólar no mercado futuro. Ao final da sessão, a moeda apresentou alta de 0,94%, cotada a R$ 2,029 pra compra e a R$ 2,03 para venda. Mal começaram os negócios com dólar no balcão, que já subia, o BC anunciou o leilão de swap cambial reverso. Segundo operadores, o objetivo da autoridade monetária foi o de mostrar logo suas intenções, evitan- O do qualquer oscilação maior nos negócios ou mesmo a tentativa de testar o piso de R$ 2. “O BC atuou antes que o mercado buscasse um patamar mais baixo da moeda, mostrando que está atento. Os investidores andam preocupados com a atuação do BC, mas toda vez que deixar o mercado à vontade a moeda deve ir para perto de R$ 2 reais”, disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, para quem, com a melhora das condições do cenário externo, haverá pressão de baixa sobre a moeda americana no mercado doméstico. “Podemos chegar a um momento em que o BC pode ter que comprar dólar à vista, já que não adiantará fazer o swap reverso, que é no mercado futuro”, completou Galhardo. Novas declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do secretário-executivo, Nelson Barbosa também impediram, a valorização do real. O dólar à vista e no mercado futuro oscilou em alta o dia todo, interrompendo dois fechamentos seguidos em baixa. No fim de semana, Mantega afirmou em entrevista que “não há necessidade de alta da taxa Selic em 2013” e garantiu que o governo não permitirá que o novo programa de afrouxamento quantitativo nos EUA (QE3) tenha impacto sobre o câmbio, com a queda livre do dólar ante o real. Além disso, ontem, cerca de uma hora após o leilão de swap, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, também ajudou a sustentar o dólar no patamar de R$ 2,03. Após participar do 9º Fórum de Economia da Escola de Economia de São Paulo (EESP-FGV), Barbosa afirmou que a atual taxa nominal de câmbio no Brasil, de R$ 2 a R$ 2,05, “ainda é muito apreciada”, apesar do recente movimento de queda da cotação do real ante o dólar. De acordo com operadores de mesas de câmbio consultados pela AE, o fluxo cambial diário foi pequeno, mas ligeiramente positivo. Os dados da balança comercial divulgados mais cedo não mexeram com a formação das taxas de câmbio. Na segunda semana do mês, a balança comercial do Brasil teve saldo positivo de US$ 646 milhões – resultado de exportações no valor de US$ 5,620 bilhões e importações de US$ 4,974 bilhões. No mês até a segunda semana, o superávit comercial é de US$ 1,674 bilhão e, do início do ano até agora, o saldo acumula um resultado positivo de US$ 14,844 bilhões. Leilão O leilão de swap reverso realizado, ontem, registrou volume financeiro de US$ 2,17 bilhões, com a venda de 43,5 mil contratos da oferta de até 70 mil (US$ 3,5 bilhões) para vencimentos em 1o de novembro (US$ 1,773 bilhão) e 3 de dezembro de 2012 (US$ 399,3 milhões). No momento do anúncio, o dólar operava em alta, cotado perto de R$ 2,018. O BC voltou a atuar com mais força no mercado na semana passada, com um leilão de swap reverso na quarta-feira e dois na sexta-feira, que não foram suficientes para impedir que o dólar caísse, embora o tenham segurado acima de R$ 2. Autoridades do governo também têm mostrado desejo de impedir que real se fortaleça mais, como o ministro da Fazenda, Guido Mantega, por exemplo. A moeda americana tem experimentado desvalorização no mercado externo em função do maior otimismo entre investidores, principalmente depois que o Federal Reserve anunciou que comprará US$ 40 bilhões em dívida hipotecária por mês até que as perspectivas de emprego melhorem substancialmente no país. A ação do Fed injeta liquidez nos mercados, que pode ser direcionada para países emergentes como o Brasil, com investidores em busca de rendimentos maiores. (Com agências) COMMODITIES JUROS Petróleo cai com rumor de erro Taxas curtas sobem com fatores domésticos DA AGÊNCIA ESTADO Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam, ontem, em forte queda após aparente operação equivocada perto do fim da sessão, que fez a commodity perder US$ 3 em menos de um minuto, em meio a um salto no volume de negociação. O contrato de petróleo para outubro perdeu US$ 2,38 (2,4%), fechando a US$ 96,62 o barril. Alguns analistas afirmaram que a forte queda no fim da sessão pode ter sido provocada por um erro de digitação, porque o volume de negócios deu um salto de 13 mil contratos, de acordo com a EBS. Outros participantes do mercado afirmaram que a repentina retração pode ter sido causada por rumores sobre a liberação de reservas estratégicas de petróleo dos Estados Unidos. A Nymex informou que não está ciente de nenhum problema técnico nos seus sistemas. Mesmo assim, analistas disseram que dificilmente a queda repentina foi causada por rumores sobre as reservas estratégicas. “Se fosse apenas rumor, não teríamos visto esse volume. Foram negociados 85 mil contratos só nos últimos 40 minutos da sessão”, afirmou Carl Larry, presidente da consultoria Oil Outlook and Opinion. Corroborando essa visão, uma fonte do governo norteamericano disse que as reservas estratégicas não serão acessadas no momento, mas que “todas as opções estão sob a mesa”. Na plataforma ICE, o petróleo do tipo Brent para novembro fechou em queda de US$ 2,87 (2,46%), fechando a US$ 113,79 o barril. Os contratos futuros do ouro negociados na Comex, a divisão de metais da Nymex, também fecharam em queda depois duas sessões consecutivas de ganhos. Os investidores continuam digerindo o programa de estímulo econômico anunciado pelo Federal Reserve na semana passada, que prevê a compra de títulos hipotecários. O contrato do ouro para dezembro fechou em queda de US$ 2,10 (0,12%), a US$ 1.770,60 a onça-troy. O ouro é visto como proteção contra a inflação e tende a se beneficiar em meio a temores de desvalorização do dólar. "Uma maior liquidez nos mercados e o aumento no apetite por risco são os dois principais fatores que suportam nossa previsão positiva para os preços do ouro no quarto trimestre deste ano e no primeiro semestre de 2013", afirmou Anne-Laure Tremblay, estrategista de metais preciosos do BNP Paribas. DA AGÊNCIA ESTADO Os investidores em juros futuros viram na redução do compulsório bancário, na sexta-feira à noite, e nas declarações de alguns representantes da equipe econômica, sobre não ser preciso elevar a Selic em 2013, motivos para que o Banco Central seja mais conservador agora, o que motivou, ontem, leve alta das taxas futuras mais curtas. No que diz respeito aos juros longos, a piora externa prevaleceu e as taxas cederam, corrigindo um pouco do movimento de alta visto nos últimos dias da semana passada. Além da realização de lucros registrada pelos mercados globais, a pressão negativa também foi gerada pelo encontro dos ministros de Finanças da zona do euro no fim de semana, que não resultou em um progresso significativo com relação a qualquer solução para a crise da região. Assim, ao término da negociação normal na BM&F, a taxa projetada pelo DI janeiro de 2013 estava em 7,31%, de 7,29% no ajuste. Já a taxa do contrato de juro futuro para janeiro de 2014 marcava 7,79%, ante 7,78%. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 indicava 9,24%, de 9,29% na sessão anterior. O DI janeiro de 2021 subia para 9,9%, ante 9,92% no ajuste anterior. Outro fato que contribuiu para o avanço das taxas mais curtas é o comportamento da inflação. Por mais que o gover- no continue dizendo que os preços seguirão sob controle em 2013, o mercado não deixa de considerar o efeito da alta das commodities sobre os índices ao consumidor, ainda mais em um cenário no qual o Banco Central parece um pouco mais conservador. A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou, ontem, que o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,49% na segunda quadrissemana de setembro, que vai até o dia 15, ante alta de 0,44% no período encerrado no dia 7. Além disso, por mais que o IGP-10 de setembro tenha desacelerado para 1,05%, após avançar 1,59% em agosto, segundo a FGV, o IPC10 apresentou alta de 0,42% neste mês, ante elevação de 0,29% no índice anterior. Em entrevista no fim de semana, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse estar seguro de que os preços se manterão sob controle no ano que vem e reforçou que não será necessário elevar a taxa básica em 2013. O secretárioexecutivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou, ontem, que o IPCA deve convergir à meta de 4,5% até o final de 2013, devido a alguns elementos como a redução das tarifas de energia. Já a liberação de parte dos compulsórios, informada pelo BC na sexta-feira, teve a interpretação de que o espaço para que a Selic seja cortada em outubro foi reduzido. www.jornaldocommercio.com.br ASSINATURA EXECUTIVA (2ª A 6ª) Pagamento Semestral Anual Pagamento Semestral Anual À Vista R$ 222,00 R$ 444,00 7 Vezes R$ 63,43 2 Vezes R$ 111,00 R$ 222,00 8 Vezes R$ 55,50 3 Vezes R$ 74,00 R$ 148,00 9 Vezes R$ 49,33 4 Vezes R$ 55,50 R$ 111,00 10 Vezes R$ 44,40 5 Vezes R$ 44,40 R$ 88,80 11 Vezes R$ 40,36 6 Vezes R$ 74,00 ASSINATURA IMPRESSA Pagamento Mensal À Vista R$ 38,00 P R E Ç O D O E X E M P L A R E M BA N C A : R $ 2 , 0 0 ( R J, S P e D F ) CENTRAL DE ATENDIMENTO E VENDAS: 0800-0224080 Empresas Editora // Martha Imenes Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Jornal do Commercio • B-3 REORGANIZAÇÃO RIO OIL & GAS Furnas reduzirá quadro de empregados em 35% OSX não trabalha para fechamento de capital O presidente da OSX, Carlos Bellot, foi enfático ao afirmar que não faz parte do cenário da empresa fechar o seu capital. "Essa é uma decisão do Eike Batista (controlador da empresa). Não posso saber o que ele está pensando, mas posso afirmar que este não é, de jeito nenhum, um cenário com o qual trabalhamos", ressaltou, durante o Rio Oil & Gas, que acontece até quintafeira, no Rio de Janeiro. Bellot traçou um quadro bastante positivo do desempenho financeiro da empresa. Comemorou a contratação de US$ 7 bilhões em dois anos e meio de operação e disse estar confiante que novos contratos virão. O estalei- Projeto de reorganização da empresa, batizado de PRO-Furnas, conta com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento, que fará aporte de US$ 500 mil ALAN MARQUES/FOLHAPRESS uma margem de lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (margem Ebitda) de 70%, segundo o presidente da empresa. No primeiro semestre de 2012, a companhia teve margem Ebitda de 25,70%. Para o programa, que começará no primeiro trimestre de 2013 e terá prazo de 12 meses, será contratada uma consultoria para reorganizar a estrutura administrativa de Furnas, que é responsável por 9% da geração e por 19% da transmissão de energia no Brasil. DA AGÊNCIA REUTERS geradora e transmissora de energia Furnas reduzirá o quadro de funcionários em mais de um terço e cortará despesas operacionais para melhorar os resultados, em um esforço para adequar sua estrutura à nova realidade do setor elétrico brasileiro. O anúncio da reorganização da subsidiária da estatal Eletrobras, feito ontem, ocorre menos de uma semana após a presidente Dilma Rousseff ter anunciado redução média da conta de luz dos consumidores em 20,2% em 2013. A diminuição do custo da energia no Brasil será possível graças à renovação antecipada e condicionada de concessões do setor elétrico e pela extinção ou redução de encargos. "Furnas não estava preparada para o modelo do setor elétrico que se instalou no País", admitiu o presidente da empresa, Flávio Decat. O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, explicou que o programa de reestruturação em Furnas está em andamento há 18 meses e foi iniciado quando o governo federal sinalizou que a renovação das concessões do setor elétrico seria onerosa às empresas, com queda de tarifas aos consumidores. "Pode ser que a redução da conta de luz para a sociedade seja um limão amargo para nós, mas temos que transformar isso A Furnas não estava preparada para o modelo do setor elétrico que se instalou no País." Shell perfurará 10 poço de gás de xisto no ano que vem Concessões Flávio Decat O presidente da Eletrobras, já havia afirmado que o efeito da renovação condicionada das concessões sobre o grupo era gerenciável, e que os impactos seriam atenuados por meio de redução de custos e entrada em operação de novas usinas geradoras de energia. Carvalho Neto reiterou ontem que a Eletrobras ainda não conhece o impacto exato da renovação das concessões, pois ainda precisa saber como será a remuneração dos investimentos não amortizados, bem como os critérios de definição dos custos de manutenção e operação dos ativos. Na quarta-feira passada, uma importante fonte do governo disse à Reuters que a Eletrobras teria que reduzir seus custos em 30% para compensar a renovação condicionada das concessões. Presidente de Furnas numa limonada ou numa caipirinha saborosa", afirmou Carvalho Neto aos funcionários de Furnas, durante cerimônia que marcou o início da reestruturação da empresa. Segundo o presidente da Eletrobras, a ideia é replicar o modelo de reorganização em Furnas em todas as empresas do grupo. Batizado de PRO-Furnas, o projeto de reorganização da empresa conta com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que fará aporte de US$ 500 mil. Executivos ressaltaram que as medidas de reestruturação são resultado também da análise de indicadores de eficiência verificados em outras empresas do porte de Furnas no Brasil e no exterior. Com um Programa de Demissão Voluntária (PDV), a expectativa é de reduzir o quadro de empregados de Furnas em 28% até julho de 2013. Há ainda em curso um programa de saída escalonada de 1,3 mil funcionários terceirizados, com reposição apenas parcial por empregados próprios. Ao fim, Furnas projeta redução de 35% na força de trabalho, para cerca de 4,2 mil trabalhadores. O coordenador do PROFurnas, Sérgio Ferraz, disse que a meta da reestruturação é reduzir as despesas operacionais – que além de pessoal incluem materiais, serviços e outros itens – em 22% até 2018. Se tudo ocorrer como o planejado, Furnas chegará a ro UCN Açu, em instalação no Superporto do Açu, no Estado do Rio de Janeiro, irá construir nove embarcações para a OGX, também de Eike Batista, além de dois naviosplataforma para a Petrobras, uma embarcação de suporte offshore (PLSV, em inglês) para a empresa Sapura e 11 navios-tanque para a Kingfish. Das nove embarcações contratadas pela OGX, duas ainda aguardam especificações da petroleira do grupo para que o projeto seja concluído. São plataformas que terão a sua engenharia apropriada à demanda de produção da OGX. O prazo de entrega das duas unidades é o quarto trimestre de 2013 e o segundo trimestre de 2014. DA AGÊNCIA ESTADO da produção de gás com a exploração do pré-sal. Segundo ele, a tecnologia tem tornado o gás não convencional cada vez mais barato. O executivo destacou também a importância da exploração de gás para a companhia. Segundo ele, a Shell caminha para ver sua produção de gás superar a de petróleo. Contudo, isso não significa deixar o petróleo de lado, por causa do gás. A Shell produz 60 mil barris de petróleo por dia. "Queremos gás e queremos óleo. Por isso, as rodadas são tão importantes. São importantes para o País, geram empregos, trazem benefícios e a cadeia de óleo e gás é uma engrenagem com muitas peças e você precisa de regularidade, inclusive para os fornecedores", disse Araujo. » VINICIUS NEDER DA AGÊNCIA ESTADO A Shell pretende perfurar em 2013 o primeiro poço para prospectar gás de xisto (shale gas) em Minas Gerais, no Vale do Rio São Francisco, informou o presidente da multinacional no Brasil, André Araujo. "Estamos explorando nossos primeiros blocos na área on shore em Minas Gerais, na Bacia do São Francisco. Fizemos a sísmica e faremos a primeira perfuração no ano que vem", afirmou Araujo, após participar de debate na Rio Oil & Gas, evento de negócios do setor. Ainda é cedo para estimar potencial de produção, mas Araujo defendeu a exploração de gás não convencional (como o de xisto) mesmo com a possibilidade de ampliação » Indicadores econômicos // 17 de setembro de 2012 Juros O MERCADO 30 dias Queda de 0,3% Principais ações Dólar comercial VALE PNA PETROBRAS PN ITAÚ UNIBANCO PN BRADESCO PN BM&F BOVESPA ON GERDAU PN USIMINAS PNA CIA SIDERÚRGICA NACIONAL ON PETROBRAS ON VALE ON 0,93% -0,21% 1,15% 0,39% 1,2% -0,53% -3,53% -2,7% -0,62% 1,09% Maiores altas CIA DE TRANSMISSÃO PAULISTA PN BR MALLS PARTICIPAÇÕES ON LOJAS AMERICANAS PN NATURA ON DIAGNÓSTICO DA AMÉRICA ON CEMIG PN CCR ON SOUZA CRUZ ON ELETROPAULO PN MMX MINERAÇÃO ON 2,029 R$ 2,03 R$ Compra Venda Alta de 0,94% Compra Dólar Ptax 7,84% 4,53% 2,53% 2,47% 2,43% 2,32% 2,14% 2,01% 1,85% 1,44% Dólar Turismo Venda R$ 2,0306 R$ 2,0312 R$ 1,973 R$ 2,153 ao ano ao ano HOT MONEY CAPITAL DE GIRO Ao mês: Ao ano: 1,05% 10,3% OVER CDI Ao ano: Ao ano: 7,39% 7,35% Título da Dívida Externa Global 40 128,37 Euro Compra Venda Comercial R$ 2,665 R$ 2,669 Turismo R$ 2,557 R$ 2,80 -6,9% -6,6% -4,38% -3,53% -3,53% -3,25% -3,25% -2,7% -2,67% -2,4% Reajuste do Aluguel Julho/12 Agosto/12 IGP-M (FGV) 1,0667 1,0772 IGP-DI (FGV) 1,0727 1,0804 IPCA (IBGE) 1,052 1,0524 INPC (IBGE) 1,0536 1,0539 Alíquota (%) 7,5 15 22,5 27,5 Estável TBF R$ 2,2752 Contribuinte individual e facultativos Salário de contribuição R$ % Valor mínimo 622,00* 11 ou 20 Valor máximo De 622,01 a 3.916,20 20 Deduzir (R$) Deduções: R$ 164,56 por dependente; pensão alimentícia integral; contribuição ao INSS. Aposentado com 65 anos ou mais tem direito a uma dedução extra de R$ 1.566,61 no benefício recebido da previdência. Segurados de empregos, inclusive domésticos e trabalhadores avulsos Salário de contribuições (R$) Alíquotas (%) Até 1.174,86 8% de 1.174,87 até 1.958,10 9% de 1.958,11 até 3.916,20 11% 16/Ago./12 17/Ago. 18/Ago. 19/Ago. 20/Ago. 21/Ago. 22/Ago. 23/Ago. 24/Ago. 25/Ago. 26/Ago. 27/Ago. 28/Ago. 29/Ago. 30/Ago. 31/Ago. 1º/Set. 2/Set. 3/Set. 4/Set. 5/Set. 6/Set. 7/Set. 8/Set. 9/Set. 10/Set. 11/Set. 12/Set. 13/Set. 14/Set. Mês INPC IBGE INCC (IGP-DI/FGV) IGP-DI FGV IGP-M FGV IPCA IBGE ABRIL/11 MAI/11 JUN/11 JUL/11 AGO/11 SET/11 OUT/11 NOV/11 DEZ/11 JAN/12 FEV/12 MAR/12 ABR/12 MAI/12 JUN/12 JUL/12 AGO/12 NO ANO 12 MESES 0,72 0,57 0,22 0 0,42 0,45 0,32 0,32 0,51 0,51 0,39 0,18 0,64 0,55 0,26 0,43 0,45 3,46 5,39 1,06 2,94 0,37 0,45 0,13 0,14 0,23 0,72 0,11 0,89 0,3 0,51 0,75 1,88 0,73 0,67 0,26 6,13 7,41 0,50 0,01 -0,13 -0,05 0,61 0,75 0,40 0,43 -0,16 0,3 0,07 0,56 1,02 0,91 0,69 1,52 1,29 6,52 8,04 0,45 0,43 -0,18 -0,12 0,44 0,65 0,53 0,5 -0,12 0,25 -0,06 0,43 0,85 1,02 0,66 1,34 1,43 6,07 7,72 0,77 0,47 0,15 0,16 0,37 0,53 0,43 0,52 0,5 0,56 0,45 0,21 0,64 0,36 0,08 0,43 0,41 3,18 5,24 Salário Mínimo e UPC Taxa Básica Financeira *Quem optar pela alíquota de 11% só pode se aposentar por idade Isento 122,78 306,80 552,15 756,53 15/Set./12 16/Set. 17/Set. 18/Set. 19/Set. 20/Set. 21/Set. 22/Set. 23/Set. 24/Set. 25/Set. 26/Set. 27/Set. 28/Set. 29/Set. 30/Set. 1º/Out. 2/Out. 3/Out. 4/Out. 5/Out. 6/Out. 7/Out. 8/Out. 9/Out. 10/Out. 11/Out. 12/Out. 13/Out. 14/Out. Com aplicação Até 3/5/12 A partir de 4/5/12 0,5% 0,4551% 0,5% 0,4551% 0,5% 0,4551% 0,5% 0,4551% 0,5% 0,4551% 0,5% 0,4551% 0,5% 0,4551% 0,5% 0,4551% 0,5% 0,4551% 0,5% 0,4551% 0,5% 0,4551% 0,5% 0,4551% 0,5% 0,4551% 0,5% 0,4551% 0,5% 0,4273% 0,5% 0,4273% 0,5% 0,4273% 0,5% 0,4273% 0,5% 0,4273% 0,5% 0,4273% 0,5% 0,4273% 0,5% 0,4273% 0,5% 0,4273% 0,5% 0,4273% 0,5% 0,4273% 0,5% 0,4273% 0,5% 0,4273% 0,5% 0,4273% 0,5% 0,4273% 0,5% 0,4273% Obs.: De acordo com norma do Banco Central, os rendimentos dos dias 29, 30 e 31 correspondem ao dia 1º do mês subsequente. Fonte: Banco Central do Brasil. Centavos de Dólar INSS Imposto de Renda Até 1.637,11 De 1.637,12 até 2.453,50 De 2.453,51 até 3.271,38 De 3.271,39 até 4.087,65 Acima de 4.087,65 7,31% UFIR-RJ/2012 Maiores baixas Base de Cálculo (R$) 7,33% Valores em % Índice 60 dias Queda de 0,48% PDG REALTY ON LLX LOGÍSTICA ON BROOKFIELD ON USIMINAS PNA MRV ENGENHARIA ON GOL PN USIMINAS ON CIA SIDERÚRGICA NACIONAL ON ROSSI RESIDENCIAL ON SABESP ON Dia CDB Dow Jones Ibovespa Inflação Poupança Correção 0,5816% 0,5651% 0,5621% 0,5903% 0,6152% 0,5851% 0,5964% 0,5721% 0,5538% 0,5624% 0,5906% 0,6283% 0,6079% 0,6179% 0,5661% 0,5506% 0,5089% 0,5358% 0,5471% 0,5683% 0,5897% 0,5699% 0,5533% 0,5333% 0,5811% 0,6206% 0,6072% 0,5891% 0,5586% 0,5373% Mês Sal./Mínimo UPC AGO/11 SET/11 OUT/11 NOV/11 DEZ./11 JAN./12 FEV./12 MAR./12 ABR./12 MAI./12 JUN/12 JUL./12 AGO./12 SET./12 545,00 545,00 545,00 545,00 545,00 622,00 622,00 622,00 622,00 622,00 622,00 622,00 622,00 622,00 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 17,45 Valores em R$ Salário Família Taxa Selic Vigência Valores 8/12/10 19/1/11 2/3/11 20/4/11 08/6/11 20/7/11 31/8/11 19/10/11 30/11/11 18/1/12 7/3/12 18/4/12 31/5/12 11/7/12 29/8/12 10,75% 11,25% 11,75% 12% 12,25% 12,5% 12% 11,5% 11% 10,5% 9,75% 9% 8,5% 8% 7,5% TJLP Salário até R$ 608,80 R$ 31,22 Salário de R$ 608,81 a R$ 915,05 R$ 22,00 Outubro a dezembro/2011 Janeiro a março/2012 Abril a Junho/2012 Julho a setembro/2012 6% ao ano 6% ao ano 6% ao ano 5,5% ao ano B-4 • Empresas • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Jornal do Commercio ACESSÓRIO Gávea compra 29,82% da Chilli Beans DA AGÊNCIA REUTERS A Gávea Investimentos adquiriu 29,82% da Chilli Beans, informou a rede varejista de óculos e acessórios, sem revelar o valor da operação. A gestora de investimentos, fundada pelo ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e controlada pelo JPMorgan, passa a integrar o Conselho da Chilli Beans, segundo comunicado da empresa. O poder decisório continua na diretoria da companhia, sob o comando do empresário Caito Maia, fundador da Chilli Beans. A entrada do novo sócio permitirá a ampliação dos investimentos da Chilli Beans, com foco na expansão da marca no Brasil e no exterior. IDIOMAS HIG Capital adquire a Cel Lep DA AGÊNCIA REUTERS A companhia de investimentos HIG Capital comprou a Cel Lep Idiomas por um valor não revelado. A rede de ensino tem 17 escolas próprias em São Paulo e outras quatro licenciadas no estado e em Minas Gerais. A rede de idiomas terá Fernando Marques Oliveira, diretor da HIG Brasil, como presidente do conselho. "O Brasil tem demanda crescente por cursos de inglês de alta qualidade", afirmou. TURISMO RECORDE Fundador da CVC foca agora em hotelaria 2 milhões de iPhones 5 em 24 horas Com a holding GJP Participações, empresário reformula a marca, cria bandeiras internacionais e traça plano de R$ 1 bilhão para estar presente em todas as capitais até 2014 ALEX SILVA/AGÊNCIA ESTADO/AE » ROSANA HESSEL m dos fundadores da operadora de viagens CVC, o empresário Guilherme de Jesus Paulus, quer seu nome seja cada vez mais associado à hotelaria, não somente voltado à classe C, mas, principalmente, ao topo da pirâmide. Com a GJP Participações, holding que carrega suas iniciais, ele planeja investir e participar de projetos que somam mais de R$ 1 bilhão em investimentos até 2014. O objetivo do empresário é ampliar atuação da subsidiária GJP Hotéis & Resorts, rede de hotéis fundada em 2007 e da qual Paulus também é o presidente, e reformular a marca com a criação de três bandeiras. A expectativa é operar em todas as capitais até o ano da Copa do Mundo. Atualmente, a rede opera em sete capitais 14 hotéis (sete próprios e sete administrados), entre eles, o exclusivo Saint Andrews, em Gramado (RS), premiado como o melhor hotel de luxo do País. “Até 2014, investiremos R$ 500 milhões, sendo 40% com capital próprio e o restante via empréstimos bancários, na reformulação da nossa rede própria e buscaremos parcerias para a construção de novas unidades para estarmos em todas as capitais do País”, afirmou Paulus, ontem, em São Paulo, ao apresentar os planos de expansão do grupo. Construção própria ou até mesmo a abertura de franquias estão U Paulus: investimentos também englobam mudanças da marca nos planos de expansão do grupo, cujo está centrado no turista de negócios, que costuma responder por mais de 60% da clientela. Esses investimentos englobam a reforma do primeiro hotel da rede, o Serrano Resort (RS), e as obras de quatro novos empreendimentos: Hotel da Bahia, em Salvador (BA), um hotel no Aeroporto do Galeão (RJ), um resort em Aracaju (SE) e um resort em Ipioca (AL). Os investimentos também englobam a mudança da marca. A GJP Participações é dona de 100% da GJP Hotéis & Resorts que, com a nova estratégia de marketing, passará a se chamar GJP Hotels & Resorts. Essa rede terá três bandeiras também com nomes internacionais. As novas categorias são: Wish, para os padrão cinco estrelas, Prodigy, para os quatro estrelas e Linx, para os três estrelas. Para chegar a todas as capitais do País em 2014, Paulus pretende inaugurar 10 hotéis com a bandeira Linx e outros 10 com a Prodigy. Ao todo, serão necessários quase R$ 650 milhões em novos investimentos, segundo o empresário. “Queremos ser conhecidos internacionalmente e, para isso, vamos participar de feiras no exterior para vendermos os nossos hotéis”, afirmou Paulus, acrescentando que já foi abordado para levar sua marca à Argentina, mas descartou no momento. “Primeiro quero fortalecer a nossa empresa no mercado brasileiro”, adiantou. Marcar presença nos aeroportos brasileiros faz parte do planejamento de Paulus. Além do Galeão, onde será inaugurado um hotel da bandeira Linx até junho de 2013, o empresário está de olho em importantes terminais, como Cumbica (SP) e Congonhas (SP). “Vamos participar de todas as licitações que a Infraero realizar”, avisou. Em Brasília, o grupo tentou perdeu a concorrência para o hotel no Aeroporto de Brasília, ficando em segundo lugar do leilão. “Ainda não desistimos da capital federal, que é um mercado diferente das outras capitais, pois está mais vazia aos fins de semana. Precisamos estudar melhor um novo empreendimento na cidade”, afirmou. Em cinco anos, a rede vem crescendo a taxas de dois dígitos. Este ano, deverá crescer 17,5% em relação a 2011, faturando R$ 100 milhões. “Esperamos encerrar 2013 com uma receita em torno de R$ 150 milhões”, afirmou Paulus. Segundo ele, o café da manhã incluído e internet sem fio grátis serão alguns dos diferenciais contra os concorrentes no mercado que cobram à parte. A GJP Participações detém 36,7% do capital da CVC, cujo controle foi vendido em 2010 para o fundo Carlyle. A operadora é representante exclusiva dos hotéis do grupo. (* a jornalista viajou a convite da GJP ) FATOS AUTOBAN (ANHB) DRI: Maurício Soares Vasconcelos Material à disposição (Aviso ao Mercado e Prospecto Preliminar) ● Encontram-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, o Aviso ao Mercado e o Prospecto Preliminar de Oferta Pública de Distribuição de Debêntures Simples, não Conversíveis em Ações, da Espécie Quirografária, em Até Duas Séries, da 4ª Emissão da Companhia. RELEVANTES BEMATECH (BEMA - NM) DRI: Cleber Morais Data de Pagamento do Dividendo ● Enviou o seguinte Aviso aos Acionistas: "Conforme deliberado na 288ª Reunião do Conselho de Administração, realizada em 15 de agosto de 2012, e comunicado ao mercado, da mesma data, através de Aviso aos Acionistas, a Bematech S/A confirma que efetuará o pagamento de dividendos "ad referendum" da Assembleia Geral da Companhia, no valor total de R$ 1.746.833,98 (um milhão, setecentos e quarenta e seis mil, oitocentos e trinta e três reais e noventa e oito centavos), correspondente ao valor de R$ 0,034 por ação, no dia 28 de setembro de 2012, atendendo o período determinado de efetivação até 30 de setembro de 2012. Curitiba, 14 de setembro de 2012." BEMATECH (BEMA - NM) DRI: Cleber Pereira de Morais Participação acionária ● Enviou o seguinte Comunicado ao Mercado: "A Bematech S.A. em cumprimento ao artigo 12 da Instrução CVM 358 de janeiro de 2002, conforme alterada, retransmite na página seguinte o inteiro teor de comunicação que chegou ao seu conhecimento, de responsabilidade da Guepardo Investimentos LTDA, informando sobre redução de posição relevante no capital social da Companhia: "GUEPARDO INVESTIMENTOS LTDA inscrita no CNPJ/MF sob o nº 07.078.144/0001-00 ("Guepardo"), vem comunicar ao mercado em geral que investidores não residentes e fundos de investimento cujas carteiras são geridas pela Guepardo, reduziram a participação para 4,65% do total de ações ordinárias emitidas pela Bematech S.A, equivalente a 2.400.000 ações dessa espécie e que corresponde a 4,65% do capital social. Atenciosamente, GUEPARDO INVESTIMENTOS LTDA"" BRAZILIAN SC (BSCS) DRI: Fernando Pinilha Cruz CRIs da 1ª emissão, 188ª série, ex-juros ● Em 17/09/2012 a Brazilian Securities Companhia de Securitização, pagará juros, no valor de R$ 6.847,69/CRI da 1ª emissão, 188ª série, aos detentores de CRIs em 14/09/2012. Norma: a partir de 17/09/2012 CRIs da 1ª emissão, 188ª série, ex-juros. BRAZILIAN SC (BSCS) DRI: Fernando Pinilha Cruz CRIs da 1ª emissão, 79ª série, ex-juros e ex-amortização ● Em 20/09/2012 a Brazilian Securities Cia. de Securitização pagará juros, no valor de R$ 7.070,08/CRI e amortização, no valor de R$ 2.035,25/CRI da 1ª emissão, 79ª série, aos detentores de CRIs em 19/09/2012. Norma: a partir de 20/09/2012 CRIs da 1ª emissão, 79ª série, ex-juros e examortização. CC DES IMOB (CCIM - NM) DRI: Ian Masini Monteiro de Andrade Manifestação favorável do Conselho de Administração à Oferta Pública ● Enviou o seguinte Comunicado ao Mercado: "A Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário S/A dá a público que, tendo em vista o lançamento de Oferta Pública Unificada anunciada pelo seu acionista controlador, Camargo Corrêa S/A, por meio de Edital de Oferta Pública de Aquisição de Ações Ordinárias publicado em 30 de agosto de 2012 (disponível em www.ccdi.com.br), o Conselho de Administração da Companhia, reunido em 12 de setembro de 2012, deliberou, nos termos do art. 23, (xxii), do Estatuto Social, à unanimidade de seus membros independentes, manifestar-se nos seguintes termos: A - Entendemos que a avaliação realizada pelo Banco Santander seguiu tecnicamente as metodologias de avaliação geralmente utilizadas no mercado e tiveram como base o plano de negócios da Companhia. Entretanto, a nosso ver, cabem as seguintes observações: 1. Para determinação da taxa de desconto, o Laudo de Avaliação adotou a média de avaliação dos últimos cinco anos do Beta para as empresas do setor. Por se tratar de uma média de cinco anos, o Beta calculado não identifica como tendência a recente deterioração da conjuntura econômica e, em especial, do setor imobiliário. Consequentemente, o laudo pode ter subestimado a taxa de desconto. 2. A CCDI possui dois importantes projetos no segmento de alto padrão ("AAA"). Para a avaliação, foram utilizadas as projeções apresentadas pela Companhia, que não consideram eventuais atrasos no cronograma nas obras e na obtenção das licenças, como os que vêm sendo observados no mercado (e.g. Shopping JK Iguatemi - W. Torre, Pátio V. Malzoni - Brookfield). 3. O plano de negócios da companhia contempla, no seu segmento tradicional, a priorização de empreendimentos de mais alto padrão. Por essa razão, entendemos que a proporção do custo de terrenos no custo total dos empreendimentos considerada pode estar subestimada, pois não captura corretamente uma tendência de aumento nesse componente de custo, ao concentrar-se em áreas mais nobres de atuação. 4. A alta alavancagem da Companhia, em comparação com demais empresas do setor, pode sujeitá-la a um aumento do custo financeiro, atrasos nos cronogramas e dependência excessiva do acionista controlador. O Conselho de Administração julga adequada a metodologia empregada pelo avaliador e, com base nas observações acima, entende razoável o valor ofertado, pois encontra-se entre ponto mínimo e o máximo definido no Laudo de Avaliação do Banco Santander. B - As ações de emissão da CCDI têm tido, historicamente, liquidez reduzida no mercado acionário. Diante desse contexto, a OPA em análise representa uma oportunidade de liquidez aos acionistas minoritários. As expectativas de acesso ao mercado de capitais e liquidez, presentes no momento da abertura de capital, não se verificaram, em razão da conjuntura desfavorável dos últimos anos. Entendemos que a realização da OPA não afeta os interesses da Companhia. Da mesma forma, não há no plano de negócios da Companhia previsões relativas a outros eventos de liquidez que poderiam ser afetados pela realização da OPA. C - Considerando os fundamentos apresentados acima, o Conselho de Administração manifesta-se favoravelmente à Oferta Pública, considerando-a razoável e oportuna." Nota: Encontram-se a disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, a ata da RCA de 12/09/2012 e o Edital da OPA. CIELO (CIEL - NM) CRI: Clovis Poggetti Junior Pagamento de Dividendos e Juros sobre Capital Próprio ● Enviou o seguinte aviso aos acionistas: "A CIELO S.A. ("Companhia") (BOVESPA: CIEL3 / OTC: CIOXY), comunica aos Senhores Acionistas que em razão da alteração na posição das ações mantidas em tesouraria, o valor por ação, relativo à distribuição de parte do resultado do semestre findo em 30 de junho de 2012, no montante de R$ 747.750.816,03 (setecentos e quarenta e sete milhões, setecentos e cinquenta mil, oitocentos e dezesseis reais e três centavos), dos quais R$ 31.244.489,79 (trinta e um milhões, duzentos e quarenta e quatro mil, quatrocentos e oitenta e nove reais e setenta e nove centavos) serão distribuídos a título de juros sobre capital próprio e, sofrerão a incidência de imposto de renda retido na fonte, mediante aplicação da alíquota de 15%, e o montante de R$ 716.506.326,24 (setecentos e dezesseis milhões, quinhentos e seis mil, trezentos e vinte e seis reais e vinte e quatro centavos) a título de dividendos, foi alterado. Restando da forma abaixo escrita: a) Valor por ação referente aos dividendos: R$ 1,095015963 - b) Valor bruto por ação referente aos juros sobre capital próprio: R$ 0,047750053 c) Valor líquido por ação referente aos juros sobre capital próprio (já deduzido o imposto de renda na fonte de 15%, caso aplicável): R$ 0,040587545 Reforça ainda que os proventos serão pagos aos acionistas no dia 28 de setembro de 2012, com base na posição acionária de 13 de setembro de 2012, sendo as ações da Companhia negociadas "ex-direitos" a partir de 14 de setembro de 2012, inclusive. O pagamento ocorrerá através da instituição depositária das ações - Banco Bradesco S.A. ("Banco Bradesco"), mediante crédito automático para acionistas correntistas e acionistas que já tenham informado ao Banco Bradesco o número de seu CPF ou CNPJ e a respectiva conta bancária. Os acionistas que não tenham feito essa indicação deverão se dirigir a uma Agência Bradesco para atualização dos dados cadastrais. Informamos que os acionistas detentores de ações custodiadas na BM&F BOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, receberão os proventos por intermédio de seus agentes de custódia e os acionistas detentores de ADRs (American Depositary Receipts) receberão os proventos através do Deutsche Bank Trust Company Americas, instituição depositária contratada. Barueri, 14 de setembro de 2012." CITIGROUP (CTGP - MB) DR: Marcio Veronese Alves Material a disposição ● Enviou o seguinte Aviso aos Acionistas: "O Citibank Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., na qualidade de depositário e emissor do programa de BDR Nível I não patrocinado da empresa Citigroup Inc, vem por meio do presente documento comunicar que encontra-se à disposição no link abaixo um novo comunicado utilizando o formato "Form 424B2 Prospectus [Rule 424(b)(2)]". http://www.sec.gov/Archives/edgar/data/831001/000095010312004791/0000950103-12-004791-index.htm" CEMEPE (MAPT) DRI: Samuel Papelbaum Manifesta-se sobre oscilação com as ações PN de sua emissão ● Indagada pela BM&FBOVESPA a respeito das últimas oscilações registradas com as ações PN de sua emissão, o aumento do número de negócios e da quantidade negociada, conforme quadro abaixo, a empresa enviou o seguinte Comunicado ao Mercado: "(...) servimo-nos da presente para informar ao mercado, a BM&FBOVESPA S.A. e a Comissão de Valores Mobiliários, que a CEMEPE INVESTIMENTOS S.A. não tem conhecimento de nenhuma ação ou fatos que possam justificar as oscilações registradas com as ações de emissões dessa Companhia. (...)" CELPA (CELP) DRI: Carmem Campos Pereira Esclarecimentos ● Em razão de notícia veiculada em 13.09.12 pelo periódico eletrônico "Estadão", e em resposta ao Ofício/CVM/SEP/GEA-1/n.º 685/2012, a Companhia esclarece a seus acionistas e ao mercado que não recebeu até este momento nenhum contato formal por parte da Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG, com relação a eventual aquisição de participação acionária na Companhia, e que não há nenhuma negociação em curso entre a CEMIG, a Companhia, sua controladora e/ou os respectivos assessores financeiros e legais, com o mesmo fim. Eventuais novas informações a esse respeito serão oportunamente divulgadas, na forma da legislação vigente. CEMIG (CMIG-N1) DRI: Luiz Fernando Rolla Esclarecimentos à consulta da CVM ● A CVM efetuou o seguinte questionamento à CEMIG: Esclarecimentos sobre o Ofício CVM/SEP/GEA-1/Nº684/2012 - Questionamento da CVM A CVM solicita esclarecimentos a respeito de notícia veiculada no periódico online "Estadão", sob o título "Cemig está interessada em comprar a Celpa, diz Lobão", datada de 13 de setembro de 2012, na qual constam as seguintes afirmações atribuídas ao ministro de Minas e Energia Edison Lobão: "Ele informou, no entanto, que a Cemig, de Minas Gerais, está interessada em comprar a Celpa, do Pará. "É verdade. Isso pode acontecer", disse ele, acrescentando que pode ocorrer também até em outras empresas do Grupo Rede." Em atenção ao questionamento da CVM, a empresa enviou o seguinte: Em atendimento à vossa solicitação, através do Ofício CVM/SEP/GEA-1/Nº684/2012, de 13/09/2012, acerca das referidas notícias veiculadas na imprensa, com relação ao nosso interesse na aquisição de participação na Celpa, reiteramos nossas respostas aos Ofícios CVM/SEP/GEA-1/Nº461/2012, de 31/05/2012 e CVM/SEP/GEA1/Nº479/2012, de 13/06/2012, e reafirmamos que a Companhia tem avaliado diversas alternativas de investimento que possam agregar valor à operação de seus ativos atuais. No entanto, não existe até o momento nenhum interesse concreto ou compromisso, ainda que preliminar, nos ativos mencionados, que justifique uma manifestação formal ao mercado. A Cemig reitera seu compromisso de buscar oportunidades de investimento que atendam aos requisitos de rentabilidade estabelecidos por seus acionistas e de divulgar toda e qualquer informação relevante, quando efetivada. DA AGÊNCIA ESTADO A Apple recebeu mais de 2 milhões de encomendas do iPhone 5 nas primeiras 24 horas após começarem as pré-ordens de compra do smartphone, na sexta-feira. Há cerca de um ano, a versão anterior do aparelho, o iPhone 4S, atraiu o interesse de pouco mais de 1 milhão de consumidores no primeiro dia de encomendas. "A resposta dos consumidores ao iPhone 5 foi fenomenal", disse Philip Schiller, vice-presidente sênior de Marketing global da Apple. A empresa de Cupertino, na Califórnia, informou que a maioria das encomendas será entregue na próxima sexta-feira, quando o iPhone chegar às lojas nos EUA e outros oito países, mas parte delas só será atendida no mês que vem. A demanda pelos aparelhos já eram percebidos no final da semana passada. A página da Apple começou a adiar a entrega do novo aparelho apenas uma hora depois de começar a receber encomendas, indicando que o estoque inicial do smartphone já havia se esgotado. O smartphone, o produto mais vendido da empresa, ajudou a Apple a se tornar a companhia mais valiosa do mundo e se transformou na base de sua estratégica para o setor de tecnologias móveis. Nos EUA, a empresa cobra em planos com contratos de dois anos, a partir de US$ 199 pelo iPhone 5, que tem tela maior e um processador mais veloz, além de ser mais fino e mais leve que os modelos anteriores. No Brasil, a previsão é que o iPhone só comece a ser vendido a partir de dezembro. DOMMO EMPR (CALA - MB) DRI: Alex Waldemar Zornig Aumento de capital social sem emissão de ações ● Na RCA de 13/09/2012 foram tomadas as seguintes deliberações: "(...) os Conselheiros decidiram aprovar proposta de aumento do capital social da Companhia, dentro do limite do capital autorizado estabelecido pelo parágrafo 1º do art. 5º do Estatuto Social, no montante de R$ 12.070.000,00 (doze milhões e setenta mil reais), sem emissão de novas ações, que será subscrito e integralizado nesta data pela Telemar Norte Leste S.A. ("Acionista"), mediante compensação de crédito detido pela Acionista junto à Companhia, referente ao saldo dos mútuos em aberto em 12 de setembro de 2012, incluindo principal e encargos. Em virtude do aumento de capital ora deliberado, o capital social da Companhia passará de R$ 337.957,93 (trezentos e trinta e sete mil, novecentos e cinquenta e sete reais e noventa e três centavos) para R$ 12.407.957,93 (doze milhões, quatrocentos e sete mil, novecentos e cinquenta e sete reais e noventa e três centavos). De forma a refletir o aumento de capital ora aprovado, será proposta à Assembleia Geral da Companhia, na primeira oportunidade, a alteração do caput do artigo 5º do Estatuto Social, para que passe a vigorar com a seguinte redação: "Art. 5º - O capital social é de R$ 12.407.957,93 (doze milhões, quatrocentos e sete mil, novecentos e cinquenta e sete reais e noventa e três centavos), dividido em 33.795.793 ações, sendo 11.265.265 ações ordinárias e 22.530.528 ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal". A proposta de aumento de capital foi aprovada por unanimidade, bem como a consequente alteração do caput do artigo 5º do Estatuto Social da Companhia em Assembleia Geral." DURATEX (DTEX-NM) DRI: Flavio Marassi Donatelli Comunicado ● A empresa enviou o seguinte comunicado: A Duratex foi escolhida para integrar a carteira de um dos mais prestigiados e seletos índices de sustentabilidade do mercado, o Dow Jones Sustainability World Index - DJSWI. Lançado em 1999, trata-se do primeiro índice global de acompanhamento integrado do desempenho econômico e socioambiental das empresas, com foco na criação de valor de longo prazo. A definição da composição da carteira de ações do índice conta com rigoroso processo de análise e inclui a verificação externa pela Deloitte. A carteira final é definida a partir das empresas que mais se destacaram nos seus respectivos setores de atuação. Para a versão 2012/2013 do índice, foram convidadas 2.500 companhias de 58 diferentes setores de atuação, representantes de 30 diferentes países das Américas, Europa, Ásia, África e Oceania. Destas, 340 foram selecionadas para integrar esta seleta carteira. A Duratex foi a única empresa Latino Americana, do setor de Materiais de Construção, incluída no índice. Este reconhecimento encontra-se alinhado à nossa Missão de atender com excelência às demandas de clientes, pelo desenvolvimento e oferta de produtos e serviços que contribuam para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, gerando riqueza de forma sustentável. Neste sentido, este reconhecimento reforça nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável das operações com vistas a sua perenidade com geração de valor. São Paulo (SP), 14 de setembro de 2012. ELETROPAULO (ELPL - N2) DRI: Rinaldo Pecchio Junior Debêntures da 10ª emissão, série única, ex-juros e ex-amortização ● A Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. ("Companhia" ou "AES Eletropaulo") comunica aos seus debenturistas o pagamento de juros e amortização referente à 10a Emissão de Debêntures da Companhia, a ser realizado no dia 17 de setembro de 2012, sendo: Amortização: R$ 3.333,33 por cada uma das 60.000 debêntures, totalizando o valor de R$ 199.980.000,00 e; Juros: R$ 311,152988 por cada uma das 60.000 debêntures, totalizando o valor de R$ 18.669.179,28. São Paulo, 14 de setembro de 2012. Norma: a partir de 17/09/2012 debêntures da 10ª emissão, série única, ex-juros e ex-amortização. ELEKTRO (EKTR) COPASA (CSMG-NM) DRI: Paula Vasques Bittencourt Release Operacional - Agosto de 2012 ● A empresa enviou comunicado, no qual consta: Belo Horizonte, 17 de setembro de 2012 - A COPASA MG - Companhia de Saneamento de Minas Gerais (BM&FBOVESPA: CSMG3), anuncia hoje seu release operacional do mês de agosto de 2012. VOLUME FATURADO - A elevação do volume faturado em agosto de 2012, em comparação com o mesmo período do ano anterior, devese principalmente ao aumento do número de ligações em função das novas concessões de esgotos assumidas recentemente. Em relação ao mês anterior, a ligeira elevação no volume faturado deve-se, principalmente, a um maior número de dias estabelecido pelo calendário de faturamento de agosto de 2011 que foi de 31,5 dias contra 30,3 dias registrados no mês de julho de 2012.Nota: A integra do comunicado encontra-se a disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes. DRI: Rodrigo Ferreira Medeiros da Silva ● Resgate antecipado total das debêntures da 1ª e 2ª séries da 4ª emissão Enviou o seguinte Aviso aos Debenturistas: "A ELEKTRO ELETRICIDADE E SERVIÇOS S.A., companhia aberta com sede na Cidade de Campinas, Estado de São Paulo, na Rua Ary Antenor de Souza, nº 321, Jardim Nova América ("Elektro" ou "Companhia"), comunica aos seus debenturistas que em 17 de setembro de 2012 realizará o resgate antecipado total da 1ª e 2ª série da 4ª Emissão de Debêntures nas seguintes montantes: I. 1ª série da 4ª emissão no valor de R$ 10.216,790124 por debêntures, composto por R$ 10.000,00 valor do principal, R$ 150,809860 valor da remuneração (juros) e R$ 65,980264 valor do prêmio. II. 2ª série da 4ª emissão no valor de R$ 10.223,629279 por debêntures, composto por R$ 10.000,00 valor do principal, R$ 152,561350 valor da remuneração (juros) e R$ 71,067929 valor do prêmio. Campinas, 14 de setembro de 2012." Norma: a partir de 17/09/2012, debêntures da 4ª emissão, 1ª e 2ª séries, ex-juros, ex-prêmio, ex-amortização e deixam de ser negociadas em virtude de resgate antecipado. Jornal do Commercio • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Empresas • B-5 EMBRATEL PAR (EBTP) DRI: Isaac Berensztejn Reestruturação das participações acionárias no capital social da GB e da NET ●Enviou o seguinte Fato Relevante: "Embratel Participações S.A. ("Embrapar" ou "Companhia") vem a público, em atenção ao disposto no parágrafo 4º do artigo 157 da Lei nº 6.404/76, e na Instrução nº 358/02 da Comissão de Valores Mobiliários ("CVM"), comunicar ter acordado com a Globo Comunicação e Participações S.A. ("Globo") os termos e condições de uma reestruturação das participações acionárias detidas pela Companhia, por sua controlada, a Empresa Brasileira de Telecomunicações S.A. ("Embratel"), e pela Globo no capital social da GB Empreendimentos e Participações S/A ("GB") e da Net Serviços de Comunicação S.A. ("NET") (a "Operação"). A implementação da Operação se iniciará por intermédio de operação de cisão parcial da GB, vertendo-se a parcela cindida do patrimônio líquido desta última, composta exclusivamente por ações da NET, para uma pessoa jurídica já existente, a EG Participações S.A., sociedade anônima com sede na Cidade e Estado do Rio de Janeiro, na Rua Regente Feijó, nº 166, 16º andar (parte), CEP 20060-060, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 15.637.676/0001-68 ("EG"), cujo controle acionário é e continuará a ser de titularidade da Embrapar e de cujo capital a Globo passará a participar como acionista minoritária, como decorrência da operação de cisão acima referida. os termos acordados entre as partes envolvidas, foi decidido que a integralidade das participações acionárias detidas diretamente pela Embrapar e pela Embratel no capital social da NET será aportada a título de aumento de capital na GB, sociedade controlada pela Embrapar e titular da maioria do capital votante da NET. No âmbito da Operação, ficou também ajustado que os termos e condições do atual acordo de acionistas da GB continuarão em vigor para regular as relações entre a Embrapar e a Globo, vinculando também a EG, até que os novos acordos de acionistas da EG e da NET, submetidos à ANATEL para atendimento das exigências regulatórias contidas na Lei 12.485/11, sejam aprovados." ENERGIAS BR (ENBR - NM) DRI: Miguel Dias Amaro Participação acionária ● Enviou o seguinte Comunicado ao Mercado: "EDP - Energias do Brasil S.A. ("EDP Energias do Brasil" ou "Companhia") (BM&FBOVESPA: ENBR3) pessoa jurídica de direito privado constituída sob a forma de sociedade por ações, inscrita no CNPJ/MF nº 03.983.431/0001-03, devidamente registrada na Comissão de Valores Mobiliários - CVM como companhia aberta sob n.º 418-9, com sede na Rua Bandeira Paulista, nº 530, 14º andar/parte, Bairro Itaim Bibi, CEP 04532-001, Capital do Estado de São Paulo, em cumprimento ao que estabelece o artigo 12, da Instrução CVM nº. 358, de 3.1.2002, comunica que nesta data (17/09/2012) a MFS Investment Management ("MFS"), com sede na 500 Boylston Street, Boston, MA 02116-3740, Estados Unidos da America, consultora de investimentos, que atua em nome de diversos clientes, inclusive veículos coletivos e fundos mútuos, registrada na Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos da America, informou esta Companhia que passou a deter, no consolidado, 24.621.988 (vinte e quatro milhões, seiscentas e vinte e uma mil, novecentas e oitenta e oito) ações, correspondente à 5,17% (cinco vírgula dezessete por cento). Conforme consta da correspondência recebida, a MFS: (a) declara que esta participação nas ações da Companhia (i) não visa nem resulta em qualquer alteração do controle acionário da Companhia ou de sua estrutura administrativa, (ii) é para fins de investimento, e (iii) poderá ser aumentada ou reduzida por decisão da MFS, de acordo com seus objetivos de investimento; (b) não é proprietária de forma direta ou por pessoas ligadas de quaisquer bônus de subscrição, direitos de subscrição ou opções de compra de ações em relação às ações ou debêntures conversíveis em ações da Companhia ou qualquer outro título que confira direitos sobre as ações da Companhia; (c) declara que nem a MFS, nem cada um dos investidores beneficiários das ações, é proprietário individualmente de ações da Companhia, ou direito sobre elas, que envolvam percentual igual ou superior à 5% (cinco por cento); e (d) não celebrou nenhum acordo para reger o exercício dos direitos de voto ou a compra e venda de valores mobiliários da Companhia." FDC GMAC (GMAC - MB) DR: Erick Warner de Carvalho Cotas seniores da 2ª emissão, 2ª série ex-juros e ex-amortização ● O Citibank DTVM S.A. na qualidade de administradora do FIDC Banco GMAC Financiamento a Concessionárias informou que efetuará no dia 17/09/2012, o pagamento de juros e amortização das cotas seniores da 2ª emissão, 2ª serie: Cotas seniores - Juros: R$ 45,4872681por cota Amortização: R$ 1.388,88888890 por cota - Norma: a partir de 17/09/2012 cotas seniores da 2ª emissão, 2ª série ex-juros e ex- amortização. GAFISA (GFSA-NM) DRI: Andre Bergstein Material à disposição (Formulário 20-F) ● Encontra-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, o Formulário 20-F da Companhia, arquivado junto à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos da América do Norte. GAIA SECURIT (GAIA) DRI: Fernanda Mazzonetto Material à disposição (Termo de Securitização) ● Encontra-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, o Termo de Securitização de Créditos Imobiliários - CRI da 28ª Série da 5ª Emissão da Gaia Securitizadora S.A.. GPC PART (GPCP) DRI: Emilio Salgado Filho Comunicado ● A empresa enviou o seguinte comunicado: A GPC Participações S.A. ("a Companhia") entende ser importante esclarecer ao Mercado que, em virtude da decretação da liquidação extrajudicial do Banco Prosper S.A. ("Prosper" ou "Instituição") pelo Banco Central do Brasil nesta data, e alinhada com as boas práticas de Governança Corporativa e transparência, essa Instituição nunca fez e não faz parte de sua estrutura societária. Adicionalmente, a Administração informa que a liquidação do Prosper não tem impacto direto ou indireto nas atividades operacionais das investidas da Companhia. GOL (GOLL-N2) DRI: Edmar Prado Lopes Neto Material de apresentação ● O material de apresentação utilizado no "Airfinance Journal´s Rio Conference" encontra-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas/Informações Relevantes GOL (GOLL - N2) DRI: Edmar Prado Lopes Neto Participação acionária ● Enviou o seguinte Comunicado ao Mercado: "SÃO PAULO, 14 DE SETEMBRO DE 2012 - A GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. (BM&FBovespa: GOLL4 e NYSE: GOL), (S&P: B, Fitch: B+, Moody`s: B3), a maior companhia aérea de baixo custo e baixa tarifa da América Latina, em cumprimento ao que estabelece o artigo 12, parágrafo 1º, da instrução CVM nº 358, de 03 de janeiro de 2002, conforme alterada pela Instrução CVM nº 449, de 16 de março de 2007, comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral ter recebido do Wellington Management Company, LLP ("Wellington Management"), em 13 de setembro de 2012, a correspondência transcrita abaixo, na qual informa à Companhia que detinha, em 12 de setembro de 2012, 14.160.618 (catorze milhões, cento e sessenta mil, seiscentos e dezoito) ações preferencias em forma de ADR (American Depositary Receipt) de emissão da Companhia, correspondentes a 10,5% do capital preferencial da Companhia, nos seguintes termos: COMUNICADO AO MERCADO - "Wellington Management Company, LLP ("Wellington Management"), uma sociedade de responsabilidade limitada validamente existente sob as leis da Commonwealth of Massachusetts, Estados Unidos da América, com sede em 280 Congress Street, Boston, Massachusetts, 02210, Estados Unidos da América, informa à Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A. (a "Companhia"), para efeitos de cumprimento do Artigo 12 da Instrução CVM nº 385/02, alterada pela Instrução CVM nº 449/07. Wellington Management está registrada como consultora de investimentos com o United States Securities and Exchange Commission sob a seção 203 do Investment Advisors Act de 1940, conforme alterada, e atua como investimento discricionário em nome de várias contas separadas (as "Contas"), que detêm interesse em ações da Companhia. As contas não agem como um grupo nem em conjunto no que diz respeito ao interesse em ações. Wellington Management adquiriu as participações em ações para Contas na sua qualidade de gestor de investimentos discricionários para, e exclusivamente para o benefício de, Contas, e foram adquiridos exclusivamente para fins de investimento. As ações estão registradas em nome das Contas de acordo com suas respectivas participações. Wellington Management, como o investimento discricionários de Contas, informa, que a partir de 12 setembro de 2012, as Contas adquiriram de maneira agregada um total de 14.160.618 ações em forma de ADR de emissão da Companhia. Isso representa 10,5% das ações em circulação." (Tradução livre)" FII LARGO 13 (MSHP) DR: Denise Pauli Pavarina Distribuição de Rendimento ● O Banco Bradesco S/A , na qualidade de Administrador do Mais Shopping Largo 13 Fundo de Investimento Imobiliário - FII CNPJ: 11.697.585/0001-67, comunica que o referido Fundo fará, em 26/09/2012, a distribuição de Rendimentos, beneficiando os cotistas com posição em 17.09.2012, da seguinte forma: · crédito em conta corrente em Instituição Financeira, desde que os dados cadastrais estejam completos em nossos registros; · pagamento à BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, que repassará os respectivos valores aos detentores dos direitos cadastrados em seus registros, por intermédio dos seus Agentes de Custódia. - Valor do Rendimento: 2,484527411 por cota - Data para pagamento dos Rendimentos: 26/09/2012 - O Fundo se enquadra no inciso III do art. 3º da Lei 11.033 (alterada), não havendo cotista pessoa física que detenha mais de 10% das cotas ou receba mais de 10% do rendimento distribuído. Informamos que sobre o valor correspondente aos Rendimentos, incide imposto de renda na fonte, à alíquota de 20% nos casos previstos na legislação. Norma: a partir de 18/09/2012 cotas ex-rendimento. ASSEMBLEIAS FATOS RELEVANTES HYPERMARCAS (HYPE-NM) DRI: Breno Toledo Pires de Oliveira Material de Apresentação ● O material de apresentação institucional encontra-se à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes. KEPLER WEBER (KEPL) Pagamento das frações decorrentes do grupamento O Itaú Unibanco enviou o seguinte Comunicado ao Mercado: "Para conhecimento, comunicamos que a partir de 20/09/2012, será efetuado o pagamento das frações decorrentes do grupamento, as quais foram vendidas em leilão realizado na BMF BOVESPA, conforme valores abaixo: valor por ação R$ 10,971859841 - Para os acionistas que se encontram com as ações custodiadas na BMF-Bovespa, os valores serão pagos a essa custódia, conforme carta 1457/2012-DO-CCPR datada de 03.09.2012. Ações Ordinárias 315,660 X R$ 10,971859841 = R$ 3.463,38" LOJAS AMERIC (LAME) DRI: Murilo dos Santos Corrêa Debêntures da 5ª emissão, série única, ex-juros ● Enviou o seguinte Aviso aos Debenturistas: "Lojas Americanas S.A., companhia aberta, com sede na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, na Rua Sacadura Cabral, nº 102, Saúde, Município do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, inscrita no CNPJ sob o nº 33.014.556/0001-96 ("companhia") comunica aos Senhores Debenturistas o pagamento da remuneração relativa à 5º Emissão de Debêntures da Companhia (LAME D51) a ser realizado no dia 17 de Setembro de 2012, no valor de R$ 254,205603 por debênture, totalizando R$ 38.639.251,66. Rio de Janeiro, 14 de Setembro de 2012." Norma: a partir de 17/09/2012 debêntures da 5ª emissão, série única, ex-juros. MERCK (MRCK - MB) DR: Marcio Veronese Alves Material a disposição ● Enviou o seguinte Aviso aos Acionistas: "O Citibank Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., na qualidade de depositário e emissor do programa de BDR Nível I não patrocinado da empresa Merck & Co. Inc., vem por meio do presente documento comunicar que encontra-se à disposição no link abaixo um novo comunicado utilizando o formato "Form 424B5 Prospectus [Rule 424(b)(5)]". http://www.sec.gov/Archives/edgar/data/310158/000104746912008744/0001047469-12-008744-index.htm htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/310158/000104746912008798/0001047469-12-008798-index.htm" MERCK (MRCK - MB) / PG (PGCO - MB) DR: Marcio Veronese Alves Material à disposição ● Enviaram os Comunicados ao Mercado, abaixo: "O Citibank Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., na qualidade de depositário e emissor do programa de BDR Nível I não patrocinado da empresa Merck & Co. Inc., vem por meio do presente documento comunicar que encontra-se à disposição no link abaixo um novo comunicado utilizando o formato "Form 8-K - Current report". http://www.sec.gov/Archives/edgar/data/310158/000110465912063309/0001104659-12-063309-index.htm - O Citibank Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., na qualidade de depositário e emissor do programa de BDR Nível I não patrocinado da empresa Merck & Co. Inc., vem por meio do presente documento comunicar que encontra-se à disposição no link abaixo um novo comunicado utilizando o formato "Form Form FWP - Filing under Securities Act Rules 163/433 of free writing prospectuses". htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/310158/000110465912062674/0001104659-12-062674-index.htm - O Citibank Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., na qualidade de depositário e emissor do programa de BDR Nível I não patrocinado da empresa Procter & Gamble Company, vem por meio do presente documento comunicar que encontra-se à disposição no link abaixo um novo comunicado utilizando o formato "Form 8-K - Current report". - htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/80424/000114036112039572/0001140361-12-039572-index.htm" lo XXI do Livro 6° das regras da Comissão Argentina de Valores. Prezados Senhores: Tenho o prazer de dirigir-me aos senhores (a "CNV") na minha condição de procurador de Banco Patagonia S.A. (o "Banco") em cumprimento do Artigo 3º, par.. 23 do Capítulo XXI do Livro 6° da Resolução Geral da CNV N° 368 (T.O. 2001), a fim de informar que o Banco adquiriu ações próprias emitidas pela Entidade, nos termos do Artigo 68 da Lei 17.811 (agregado pelo Decreto 677/2001) e das normas da Comissão Argentina de Valores. Neste sentido, o Banco informa que nesta data o Banco adquiriu 950 ações ordinárias, escriturais Classe B, de valor nominal $ 1 (um peso) por ação e com direito a 1 (um) voto cada uma, a um preço médio de ARS. 3,40 por ação, por valor total de ARS 3.230. Fico ao seu inteiro dispor para fornecer os esclarecimentos ou informações que considerarem pertinentes." PDG REALT (PDGR - NM) DRI: Marco Racy Kheirailah Participação acionária ● Enviou o seguinte Comunicado ao Mercado: "CREDIT SUISSE HEDGING-GRIFFO ASSET MANAGEMENT S.A., inscrita no CNPJ/MF sob o nº 68.328.632/0001-12 e CREDIT SUISSE HEDGING-GRIFFO SERVIÇOS INTERNACIONAIS S.A., inscrita no CNPJ/MF sob o nº 06.073.922/0001-05 (em conjunto denominadas "CSHG"), vem COMUNICAR ao mercado em geral que investidores não residentes e fundos de investimento cujas carteiras são geridas pela CSHG sob responsabilidade do Diretor Luis Stuhlberger, reduziram a participação para 3,80% do total de ações ordinárias emitidas pela PDG REALTY S.A EMPREEND E PARTICIPAÇÕES S.A, equivalente a 43.389.227 ações dessa espécie e que corresponde a 3,80% do capital social. Atenciosamente, CREDIT SUISSE HEDGING-GRIFFO ASSET MANAGEMENT S.A. CREDIT SUISSE HEDGING-GRIFFO SERVIÇOS INTERNACIONAIS S.A." PINE (PINE - N2) DRI: Harumi Susana Ueta Waldeck Pedido do registro do 1º Programa de Distribuição Contínua de Letras Financeiras ● Enviou o seguinte Fato Relevante: "São Paulo, 14 de setembro de 2012 - O Banco Pine S.A. ("Companhia"), Banco de atacado focado no relacionamento de longo prazo com empresas de grande porte, em atendimento ao disposto no artigo 7º da instrução CVM nº 471, de 8 de agosto de 2008, vem a público comunicar que protocolou, nesta data, na Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais - ANBIMA, pedido de análise prévia (i) do registro do 1º Programa de Distribuição Contínua de Letras Financeiras da Companhia no valor total de R$1.000.200.000,00 (um bilhão e duzentos mil reais), para distribuição contínua de até 3.334 (três mil trezentas e trinta e quatro) letras financeiras da Companhia, com valor nominal unitário de R$300.000,00 (trezentos mil reais) na respectiva data de emissão ("Letras Financeiras" e "Programa", respectivamente); concomitantemente ao (ii) do registro de oferta pública de até 1.000 Letras Financeiras integrantes da 2ª emissão da Companhia, perfazendo o valor total de até R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais), sem prejuízo dos lotes adicional e/ou suplementar, no âmbito do referido Programa, da espécie quirografária, sem garantia real ou fidejussória, em até três séries, sob regime de melhores esforços de colocação, para oferta de distribuição pública, nos termos da Instrução CVM nº 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada ("Emissão" e "Oferta", respectivamente). As Letras Financeiras integrantes da Emissão serão distribuídas com a intermediação do Banco BTG Pactual S.A., Banco Santander (Brasil) S.A. e Pine Investimentos Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. A Oferta terá início após a concessão do respectivo registro pela CVM, publicação do anúncio de início e divulgação do prospecto definitivo aos investidores. O presente Fato Relevante possui caráter exclusivamente informativo e não deve ser interpretado e/ou considerado, para todos os efeitos legais, como um material de venda e/ou divulgação das Letras Financeiras." RBCAPITALSEC (RBCS - MB) DRI: Marcelo Michalua CRIs da 1ª emissão, 3ª e 4ª séries, ex-juros e ex-amortização ● Em 17/09/2012 a RB CAPITAL SECURITIZADORA S.A. pagará juros no valor de R$ 6.164,12 e amortização no valor de R$ 8.871,49/CRI da 3ª série, e R$ 6.206,36/CRI (Juros) e R$ 8.871,49/CRI (Amortização) da 4ª série, ambas da 1ª emissão. Norma: a partir de 17/09/2012 CRIs da 1ª emissão, 3ª e 4ª séries, ex-juros e examortização. 18/09/2012 IGUACU CAFE (IGUA) - AGE - 15H Moção de rejeição das contas e demonstrações financeiras da Companhia relativas ao exercício de 2011, em função da retirada do relatório dos auditores independentes e do relatório do Conselho Fiscal, ambos relativos à situação financeira da Companhia no exercício de 2011, e discussão de medidas judiciais cabíveis para a anulação da aprovação conferida por ocasião da Assembleia Geral Ordinária de 27/04/2012. Instruções aos administradores para que não concedam qualquer financiamento ou crédito, nem assumam quaisquer ônus e obrigações, em nome da Companhia ou de quaisquer de suas outras controladas e coligadas, em favor da sociedade controlada Exportadora e Importadora Marubeni Colorado Ltda., nem tampouco celebrem quaisquer novos contratos com esta última. Instruções aos administradores para que façam com que a Companhia, exercendo seus direitos de sócia quotista majoritária da Exportadora e Importadora Marubeni Colorado Ltda., tome as medidas necessárias para deliberar e aprovar a dissolução e/ou declaração de autofalência desta última. Ratificação da eleição do Sr. Yoshihide Kimura para membro do conselho de administração na vaga deixada pelo Dr. Rodolpho Seigo Takahashi, cuja eleição foi realizada pelo Conselho de Administração, em reunião do dia 09/08/2012. A empresa informou que inexiste proposta da Administração, considerando que a Assembleia foi convocada em atendimento à solicitação de acionistas. Encontra-se a disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, correspondência encaminhada à Companhia, com a solicitação da convocação pelos acionistas. 19/09/2012 BANCO DO BRASIL (BBAS-NM) - AGE - 15H Alteração estatutária relativa a modificação nas composições do Conselho de Administração e do Comitê de Auditoria. Alteração estatutária relativa às atribuições do Presidente do Banco no Conselho de Administração. Encontra se a disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, a proposta da administração. CELGPAR (CPAR) - AGE - 10H Eleger componente do Conselho de Administração, representante do acionista controlador. Encontra-se a disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, a proposta da Administração. CELPE (CEPE) - AGDEB - 10H (4ª EMISSÃO) A substituição dos limites estabelecidos na cláusula 5.3.1.1 (xvi) da Escritura de Emissão apurados com base nas demonstrações financeiras da Emissora (CELPE) pelos limites apurados com base nas demonstrações financeiras consolidadas do Interveniente Garantidor (Neoenergia) a partir do terceiro trimestre de 2012, inclusive, até a Data de Vencimento. A autorização para celebração, pela Companhia, do Segundo Aditamento à Escritura de Emissão, a ser celebrado juntamente com o Agente Fiduciário, refletindo as alterações decorrentes das deliberações que vierem a ser aprovadas pelos debenturistas. FII W PLAZA (WPLZ-MB) - AGE - 14H30 O BTG Pactual, na qualidade de administradora do Fundo, serve-se da presente para convocar os cotistas do fundo a participar da AGE, na Avenida Paulista, nº 1.374, 16º andar, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na qual os Cotistas deverão deliberar sobre o valor da proposta a ser feita ao IRB-Brasil Resseguros S.A ("IRB") no âmbito do leilão no qual o Fundo se habilitou, para o exercício do direito de preferência para aquisição da fração ideal de até 25% (vinte e cinco por cento) do Shopping West Plaza, situado na Av. Francisco Matarazzo s/nº, Água Branca ("Empreendimento"), atualmente detida e ofertada pelo IRB, nos termos do Edital de Alienação 002/2012. A Assembleia Geral de Cotistas se instalará com a presença de qualquer número de cotistas, nos termos do artigo 19 da Instrução CVM 472, de 31/10/2008 e artigo 51 da Instrução CVM 409. Os documentos pertinentes às deliberações encontram-se disponíveis no site do BTG Pactual (http://www.btgpactual.com). 20/09/2012 MANGELS INDL (MGEL-N1) - AGE - 10H Eleição de membro do Conselho de Administração nos termos do artigo 141, § 4º, inciso II, da Lei 6404/76. Conforme Aviso aos Acionistas de 11/09/2012, a AGE "(...) foi convocada a pedido de acionista preferencialista exclusivamente para se deliberar, em votação em separado, sobre a eleição de um membro do Conselho de Administração em substituição ao membro eleito pelos acionistas preferencialistas na Assembleia Geral Ordinária realizada em 27/04/12. (...) Em razão da natureza da ordem do dia da referida assembleia, conforme esclarecido acima, e em atenção ao disposto no art. 10 da Instrução CVM n.º 481/09, a companhia informa que não há candidatos que sejam indicados ou apoiados por seus administradores ou acionistas controladores, não havendo, portanto, proposta da administração para essa assembleia.". MICROSOFT (MSFT - MB) WELLS FARGO (WFCO - MB) / AMGEN (AMGN - MB) / CITIGROUP (CTGP - MB) DR: Marcio Veronese Alves Pagamento de Dividendo (Valor definitivo) ● Enviou o seguinte Comunicado ao Mercado: "DADOS DO PROGRAMA EMPRESA: Microsoft - CODIGO ISIN DO ATIVO OBJETO DO PROGRAMA DO BDR: US5949181 45 - CODIGO ISIN (BRASIL): BRMSFTBDR005 - CODIGO NEGOCIAÇÃO BDR: MSFT11B - INICIO DO PROGRAMA: 29-nov-10 - PROPORÇÃO BDR / LASTRO: 1:1 - EMISSOR DO BDR: Citibank DTVM S/A RESPONSÁVEL: Marcio Veronese Alves - E-MAIL: [email protected] - TELEFONE DE CONTATO: +55 11 4009-7494 - DADOS DO EVENTO - TIPO DO EVENTO: Dividendos - VALOR DO EVENTO POR BDR (BRUTO) [USD]: 0,200000 - IMPOSTO DE RENDA EUA 30% [USD]: 0,06 - VALOR DO EVENTO POR BDR (LÍQUIDO DE I.R.) [USD]: 0,14 - VALOR DO EVENTO POR BDR (LÍQUIDO DE I.R.) [BRL]: 0,282996 - IOF CÂMBIO - 0,38% [BRL]: 0,0010753848 - VALOR DO EVENTO POR BDR (LÍQUIDO DE IOF) [BRL]: 0,2819206152 - FEE DIVIDENDOS - 5% SOBRE O VALOR LÍQUIDO [BRL]: 0,01409603076 - VALOR DO EVENTO POR BDR (LÍQUIDO FINAL) [BRL]: 0,26782458444 - DATA DA CONVERSÃO (US$ / R$): 16-ago-12 - TAXA DE CÂMBIO: 2,02140 - REFERÊNCIA: 30% pelo Imposto de Renda dos EUA - TIPO DE TRIBUTAÇÃO: DATA DA APROVAÇÃO DO EVENTO: 15-jun-12- -DATA EX (EX DATE): 17-ago-12 --RECORD DATE: 17-ago-12 - FORMA DE PAGAMENTO (A VISTA OU PARCELADO): À Vista - NÚMERO DE PARCELAS: 1 - DATA PREVISTA PARA PAGAMENTO NO EXTERIOR: 13-set-12 - DATA PREVISTA PARA PAGAMENTO NO BRASIL: 18-set-12- EFETIVAÇÃO DO PAGAMENTO - VALOR ATUALIZADO DO EVENTO 0,26575766868 - DATA DA CONVERSÃO (US$ / R$): 14-set-12 - TAXA DE CÂMBIO 2,0058 - INICIO DE PAGAMENTO: 18-set-12 ANÚNCIO OFICIAL DO COMUNICADO POR MEIO DO LINK ABAIXO: http://www.microsoft.com/en-us/news/press/2012/jun12/06-13DividendPR.aspx" DRI: Alex Waldemar Zornig Debêntures da 9ª emissão, 1ª série, ex-juros ● Enviou o seguinte Aviso aos Debenturistas: "Oi S.A. ("Companhia") comunica aos Senhores Debenturistas da 1ª Série da 9ª Emissão de Debêntures da Companhia (Oi BR-D91) que será realizado nesta data o pagamento de remuneração no valor de R$ 468,88357 por debênture, totalizando R$ 18.755.342,80. Rio de Janeiro, 17 de setembro de 2012." Norma: a partir de 17/09/2012 debêntures da 9ª emissão, 1ª série, ex-juros. DR: Marcio Veronese Alves Material a disposição ● Enviaram os Comunicados ao Mercado, abaixo: "O Citibank Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., na qualidade de depositário e emissor do programa de BDR Nível I não patrocinado da empresa WELLS FARGO & CO/MN, vem por meio do presente documento comunicar que encontra-se à disposição no link abaixo um novo comunicado utilizando o formato "Form 424B2 - Prospectus [Rule424(b)(2)]"htt p : / / w w w . s e c . g o v / A r c h i v e s / e d gar/dta/72971/000119312512372063/0001193125-12-372063-index.htmhttp://www.sec.gov/Archives/edgar/data/72971/000119312512372099/0001193125-12-372099-index.htm htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512375049/0001193125-12-375049-index.htmttp://www.sec.gov/Archives/edgar/data/72971/000119312512375663/0001193125-12-375663-index.htm - htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512376929/0001193125-12-376929-index.htm htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512377224/0001193125-12-377224-index.htm - htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512380250/0001193125-12-380250-index.htm - htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512380444/0001193125-12-380444-index.htm - htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512380457/0001193125-12-380457-index.htm - htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512380538/0001193125-12-380538-index.htm - htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512385940/0001193125-12-385940-index.htm - htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512387495/0001193125-12-387495-index.htm - htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512387542/0001193125-12-387542-index.htm - htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512388850/0001193125-12-388850-index.htm - htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512389079/0001193125-12-389079-index.htm - htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512389161/0001193125-12-389161-index.htm - htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512392125/0001193125-12-392125-index.htm" - "O Citibank Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., na qualidade de depositário e emissor do programa de BDR Nível I não patrocinado da empresa WELLS FARGO & CO/MN, vem por meio do presente documento comunicar que encontra-se à disposição no link abaixo um novo comunicado utilizando o formato "Form 8-K - Current report".htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512377642/0001193125-12-377642-index.htm - htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512379299/0001193125-12-379299-index.htm - htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000119312512386812/0001193125-12-386812-index.htm" - "O Citibank Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., na qualidade de depositário e emissor do programa de BDR Nível I não patrocinado da empresa WELLS FARGO & CO/MN, vem por meio do presente documento comunicar que encontra-se à disposição no link abaixo um novo comunicado utilizando o formato "Form SC 13G - Statement of acquisition of beneficial ownership by individuals [amend]". http://www.sec.gov/Archives/edgar/data/72971/000007297112000591/0000072971-12-000591-ind e x . h t m - h t t p : / / w w w. s e c . g ov/A rc h i v e s /e d g a r/d a ta/72971/000007297112000593/0000072971-12-000593-index-htm t t p : / / w w w . s e c . g o v / A r c h i v e s / e d gar/daa/72971/000007297112000594/0000072971-12000594idex.htmh t t p : / / w w w . s e c . g o v / A r c h i v e s / e d gar/dta/72971/000007297112000592/0000072971-12-000592-index.htm" - "O Citibank Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., na qualidade de depositário e emissor do programa de BDR Nível I não patrocinado da empresa Amgen, vem por meio do presente documento comunicar que encontra-se à disposição no link abaixo um novo comunicado utilizando o formato "Form 8-K - Current report".http://www.sec.gov/Archives/edgar/data/318154/000119312512390074/0001193125-12-390074index.htm" - "O Citibank Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., na qualidade de depositário e emissor do programa de BDR Nível I não patrocinado da empresa Citigroup Inc, vem por meio do presente documento comunicar que encontra-se à disposição no link abaixo um novo comunicado utilizando o formato "Form 8-K - Current report".htt p : / / w w w. s e c . g o v/A r c h i v e s /e d g a r/d a ta/831001/000114420412051086/0001144204-12-051086-index.htm" PATAGONIA (BPAT) WEG (WEGE-NM) PRO METALURG (PMET) - AGE - 10H DR: João Carlos de Nobrega Pecego Aquisição de ações de sua própria emissão ● Enviou o seguinte Comunicado ao Mercado: "Buenos Aires, 14 de setembro de 2012. - Senhores - Comissão Aregntina de Valores - 25 de Mayo 175, 3er. Andar - Buenos Aires - Assunto: Cumprimento ao Artigo 3º, inc. 23 do Capítu- DRI: Laurence Beltrão Gomes Material de Apresentação - 13ª Conferencia Anual Santander ● O Material de Apresentação da 13ª Conferencia Anual Santander encontrase à disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas/Informações Relevantes. Mudança de endereço da sede social, com a consequente alteração da redação do Art. 2º do Estatuto Social e sua consolidação. Encontra-se a disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, a proposta da Administração. NET (NETC - N2) DRI: José Antônio Guaraldi Félix Reestruturação das participações acionárias ● Enviou o seguinte Fato Relevante: "Net Serviços de Comunicação S.A. ("NET" ou "Companhia") vem a público, em atenção ao disposto no parágrafo 4º do artigo 157 da Lei nº 6.404/76, e na Instrução nº 358/02 da Comissão de Valores Mobiliários ("CVM"), comunicar que a Embratel Participações S.A. ("Embrapar") divulgou, em 14 de setembro de 2012, Fato Relevante por meio do qual informou ter acordado com a Globo Comunicação e Participações S.A. ("Globo") os termos e condições de uma reestruturação das participações acionárias detidas pela Embrapar, por sua controlada, a Empresa Brasileira de Telecomunicações S.A. ("Embratel"), e pela Globo no capital social da GB Empreendimentos e Participações S/A ("GB") e da NET ("Operação").A implementação da Operação se iniciará por intermédio de operação de cisão parcial da GB, vertendo-se a parcela cindida do patrimônio líquido desta última, composta exclusivamente por ações da NET, para uma pessoa jurídica já existente, a EG Participações S.A., sociedade anônima com sede na Cidade e Estado do Rio de Janeiro, na Rua Regente Feijó, nº 166, 16º andar (parte), CEP 20060-060, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 15.637.676/0001-68 ("EG"), cujo controle acionário é e continuará a ser de titularidade da Embrapar e de cujo capital a Globo passará a participar como acionista minoritária, como decorrência da operação de cisão acima referida. Nos termos acordados entre as partes envolvidas, foi decidido que a integralidade das participações acionárias detidas diretamente pela Embrapar e pela Embratel no capital social da NET será aportada a título de aumento de capital na GB, sociedade controlada pela Embrapar e titular da maioria do capital votante da Companhia. No âmbito da Operação, ficou ajustado que os termos e condições do atual acordo de acionistas da GB continuarão em vigor para regular as relações entre a Embrapar e a Globo, vinculando também a EG, até que os novos acordos de acionistas da EG e da NET, submetidos à ANATEL para atendimento das exigências regulatórias contidas na Lei 12.485/11, sejam aprovados. Por fim, em atendimento ao disposto no artigo 12 da Instrução nº 358/02 da CVM, a Companhia informa que, como decorrência da Operação: (a) a GB passará a deter 89.446.769 ações ordinárias e 223.080.448 ações preferenciais de emissão da NET, correspondente a 78,15% de seu capital votante e 97,63% de seu capital não votante; e (b) a EG passará a deter 14.080.704 ações ordinárias de emissão da NET, correspondente a 12,30% de seu capital votante." OI (OIBR) 24/09/2012 CAGECE (CAEC) - AGE - 10H Homologação de aumento do Capital Social da Companhia. FDC GMAC (GMAC-MB) - AGO - 11H (3ª CONVOCAÇÃO) / 11H15 (4ª CONVOCAÇÃO) (INCLUÍDA ONTEM) O CITIBANK DTVM S.A., na qualidade de administradora do Fundo, vem, por meio desta, convocar novamente os cotistas a participar da Assembleia na sede da Administradora: Avenida Paulista, nº 1.111, 18º andar, São Paulo - SP, para deliberar sobre o exame e a aprovação das contas e demonstrações financeiras do Fundo, relativa ao exercício social encerrado em 2011, devidamente auditadas, nos termos da legislação em vigor, pela KPMG Auditores Independentes. 26/09/2012 ROSSI RESID (RSID-NM) - AGE - 10H Aprovar a proposta da Administração para reforma e consolidação do Estatuto Social da Companhia, de modo a realizar as seguintes alterações: (i) alterar o artigo 5º, para atualizar o valor do capital social da Companhia; (ii) prever no artigo 6º o aumento do capital autorizado até o limite de 500.000.000 de ações ordinárias; (iii) inclusão de novo artigo 22, de modo a prever a possibilidade de nomeação de observadores pelo Conselho de Administração, bem como renumerar os artigos seguintes e as referências cruzadas; (iv) incluir no artigo 23 o parágrafo 7º, estabelecendo as atribuições dos Diretores sem designação específica; (v) alterar o artigo 32, de modo a ajustar o cálculo da Reserva de Expansão da Companhia; (vi) alterar os artigos 33, 39 e 43 para diferenciar a terminologia aplicável ao mecanismo de dispersão da base acionária da daquela aplicável ao Regulamento de Listagem do Novo Mercado e introduzir outros ajustes; e (vii) realizar ajustes de redação nos seguintes artigos, de modo a aprimorar a adaptação do Estatuto Social às novas regras do Regulamento de Listagem do Novo Mercado: parágrafo 3º do artigo 17, parágrafo 1º do artigo 22, parágrafo único do artigo 27, artigo 34, artigo 36, artigo 38, artigo 41, artigo 42, artigo 44, artigo 45 e artigo 46. Encontra-se a disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, a proposta da Administração. 28/09/2012 KROTON (KROT-N2) - AGE - 10H (i) Alteração do caput do artigo 5º do Estatuto Social da Companhia, a fim de formalizar os aumentos de capital aprovados e homologados pelo Conselho de Administração, dentro do limite do capital autorizado da Companhia; (ii) Ratificação da contratação da BDO RCS Auditores Independentes S.S. como empresa especializada para avaliar os patrimônios líquidos das sociedades M.B.L. - Participações Societárias Ltda. e E.L.B. Participações Societárias Ltda. (conjuntamente, "Sociedades Incorporadas"), na data base de 31/08/2012; (iii) Aprovação dos laudos de avaliação preparados pela BDO RCS Auditores Independentes S.S. dos patrimônios líquidos a valor contábil das Sociedades Incorporadas, na data base de 31/08/2012; (iv) Incorporação das Sociedades Incorporadas pela Companhia, nos termos do Protocolo e Justificação de Incorporação firmado pelos administradores da Companhia em 12/09/2012 ("Incorporação"); (v) O aumento do capital social da Companhia em decorrência da Incorporação e a consequente alteração do caput do art. 5º do Estatuto Social da Companhia; (vi) A alteração do caput do art. 19 do Estatuto Social da Companhia, de forma a ampliar o número máximo de membros do Conselho de Administração para até 13 (treze) membros; (vii) A eleição da totalidade dos membros do Conselho de Administração da Companhia; (viii) A alteração do Estatuto Social, a fim de incluir disposição transitória em caso de migração da Companhia ao Regulamento do Novo Mercado da BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros ("Regulamento do Novo Mercado"), para que o mandato dos membros do Conselho de Administração eleitos na forma do item (vii) acima passe automaticamente a ser de 3 (três) anos a contar da data de sua eleição, caso a Companhia atenda ao estabelecido no item 4.6.1 do Regulamento do Novo Mercado; e (ix) A consolidação do Estatuto Social da Companhia. Encontram-se a disposição no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br), em Empresas Listadas / Informações Relevantes, a proposta da administração, a ata da RCA de 12/09/2012 e os documentos referentes a incorporação. Direito & Justiça Editor // Luís Edmundo Araújo B-6 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 STJ JUSTIÇA ELEITORAL Roubo de produto para exportação anula IPI Laurita Vaz assume como efetiva no TSE Ministros da Segunda Turma decidem que em caso de perda das mercadorias, não há proveito econômico e, portanto, o tributo não deve ser recolhido DA REDAÇÃO roubo ou furto de mercadoria destinada à exportação anula o lançamento de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), porque o fato gerador do imposto não é a saída do estabelecimento industrial, mas a realização da operação de transferência da propriedade ou posse dos produtos industrializados. Esse é o novo entendimento adotado pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Por maioria de votos, os ministros decidiram que, em caso de roubo ou furto das mercadorias, não há proveito econômico e, portanto, o tributo não deve ser recolhido. Segundo o relator, ministro Herman Benjamin, não é razoável que o empresário tenha a sua mercadoria roubada, suporte o prejuízo decorrente da deficiência na segurança pública que deve ser oferecida pelo estado e ainda recolha o tributo como se tivesse obtido proveito econômico com a operação. Benjamin observou que o Código Tributário Nacional, no artigo 46, inciso II, antecipa o elemento temporal do fato gerador do IPI para a saída do produto O A antecipação do elemento temporal criado por ficção legal não torna definitiva a ocorrência do fato gerador, que é presumida e pode ser contraposta em caso de furto, roubo, perecimento da coisa ou desistência do comprador”. Herman Benjamin Ministro do STJ do estabelecimento industrial, valendo-se da presunção de que o negócio jurídico mercantil será concluído com a entrega da mercadoria ao comprador. O relator, contudo, considera que “a antecipação do elemento temporal criado por ficção legal não torna definitiva a ocorrência do fato gerador, que é presumida e pode ser contraposta em caso de furto, roubo, perecimento da coisa ou desistência do comprador”. Com essas considerações, a Turma deu provimento a um recurso da Souza Cruz Trading S/A, para anular o lançamento de IPI sobre cigarros destinados à exportação que foram furtados ainda em território nacional. De acordo com o artigo 153, parágrafo 3º, da Constituição Federal, produtos industrializados destinados à exportação têm imunidade tributária. O recurso era contra decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). O pedido da empresa para anular o lançamento do tributo foi negado em primeiro e segundo grau. Mantendo a sentença, o TRF-1 considerou que o fato gerador do IPI ocorria na saída da mercadoria da indústria e a não incidência do imposto só seria possível com a efetiva exportação. A decisão da Segunda Turma altera o entendimento até então adotado pelo colegiado, que era de manter a cobrança do imposto sobre mercadorias roubadas ou furtadas. No julgamento do REsp 734.403, relatado pelo ministro Mauro Campbell Marques, a maioria dos ministros considerou que esses acontecimentos eram risco inerente à atividade industrial e que o prejuízo não poderia ser transferido à sociedade sob a forma do não pagamento do tributo. Os ministros Castro Meira e Herman Benjamin ficaram vencidos. Ao julgar esse novo recurso, Benjamin chegou a adotar o entendimento que havia sido firmado pela maioria da Turma, mesmo sem concordar com a tese. Porém, diante do voto-vista divergente do ministro Cesar Asfor Rocha, o relator afirmou que era uma “boa oportunidade para maior reflexão sobre a justiça de onerar o contribuinte com tributação que não corresponde com o proveito decorrente da operação”. Os ministros Castro Meira e Humberto Martins aderiram à nova posição. Já o ministro Mauro Campbell Marques ficou vencido por considerar que não há previsão legal para a não incidência do imposto no caso julgado. (Com informações do STJ) DA REDAÇÃO A ministra Laurita Vaz, d o Su p e r i o r Tr i b u n a l d e Justiça (STJ), toma posse hoje no cargo de ministra efetiva do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A cerimonia, a ser conduzida pela presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, será às 19 horas, no plenário da corte eleitoral. Eleita para integrar o TSE como efetiva por aclamação pelos seus pares no STJ, Laurita Vaz vai assumir a vaga deixada pelo ministro Gilson Dipp, que deixou a corte eleitoral após assumir o cargo de vice-presidente do STJ. Desde 2011, ela era suplente no TSE. O ministro Castro Meira foi eleito suplente. A composição do TSE é deter minada pelo ar tigo 119 da Constituição Federal. O tribunal é composto por sete magistrados. Três são escolhidos entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dois entre os ministros do STJ e mais dois são advogados, escolhidos entre seis indicados pelo STF e nomeados pelo presidente da República. Também são eleitos substitutos em número igual por categoria. Cada um dos ministros deverá compor o TSE por u m o u , n o m á x i m o, d o i s biênios. O presidente deve ser eleito entre os três ministros do STF, cabendo a vice-presidência a algum dos outros dois. Para corregedor eleitoral é eleito um dos dois integrantes do STJ. Direito Agrário Nascida na cidade de Anicuns, em Goiás, Laurita Vaz formou-se em direito pela Universidade Católica do estado. É também especialista em Direito Penal e Direito Agrário pela Universidade Federal de Goiás. Integrante do STJ desde 26 de junho de 2001, a ministra iniciou a carreira como promotora de Justiça do estado de Goiás, onde permaneceu de 1978 a 1984, quando foi nomeada para o cargo de subprocuradora da República, sendo designada para oficiar, desde a sua posse, no Supremo Tribunal Federal, no qual permaneceu até junho de 1989. Promovida ao cargo de procuradora da República em 7 de março de 1988, oficiou junto ao extinto Tribunal Federal de Recursos nos processos remanescentes na Procuradoria-Geral da República, de 10/8/1989 a 10/6/1990 e de 3/4/1991 a 27/4/1992. Exerceu, também, atividades na Justiça Federal e na Justiça do Trabalho de 1ª instância, de 11/6/1990 a 20/12/1991. Laurita Vaz foi a terceira mulher a integrar o STJ, a primeira oriunda do Ministério Público. (Com informações do STJ) ALIMENTOS CONCILIAÇÃO Excepcionais e temporários TRF-2 comemora 10 mil audiências DA REDAÇÃO A emancipação da mulher pode ser considerada uma das maiores conquistas sociais dos últimos tempos. A Constituição de 1988 trouxe para a prestação de alimentos entre cônjuges e companheiros o reflexo da nova sociedade, em que a mulher ganhou isonomia de tratamento e maior espaço para sua independência financeira. Antes confinada às tarefas domésticas, a mulher passou a exercer, com liberdade e independência, papéis-chave na sociedade. O artigo 1.694 do Código Civil de 2002 estabelece a obrigação recíproca (podendo recair tanto sobre homens quanto sobre mulheres), observando-se para sua fixação a proporção das necessidades daquele que pede e dos recursos do que é obrigado – o chamado binômio necessidadepossibilidade. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem dado atenção à questão dos alimentos para ex-cônjuges, considerando a obrigação uma exceção à regra, incidente apenas quando configurada a dependência do outro ou a carência de assistência alheia. Quando ainda era outra a sociedade brasileira, a legislação assegurava alimentos em qualquer circunstância. A pensão alimentar aparecia obrigatoriamente nos processos de desquite e, depois de 1977, nas separações e divórcios. No processo, buscava-se até mesmo o responsável pelo fracasso do casamento, e isso era determinante na fixação do valor dos alimentos. “A mulher da atualidade não é mais preparada culturalmente apenas para servir ao casamento e aos filhos, mas tem consciência de que precisa concorrer no mercado de trabalho e contribuir para a manutenção material da família.” A análise é do advogado e professor de direito de família Rolf Madaleno. Diretor nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), ele afirma que dou- Imóvel DA REDAÇÃO Pai paga aluguel por bem de filhos DA REDAÇÃO O pai que reside em imóvel transferido aos filhos, após a separação do casal, deve pagamento de aluguéis pelo usufruto isolado do patrimônio. O entendimento é da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao julgar recurso especial do pai contra sua ex-mulher e filhos. No recurso, ele sustentou que, na condição de usufrutuário do imóvel pertencente aos filhos, não pode ser obrigado a pagar os valores a eles, a título de locação do bem, pois tal imposição desnaturaria o instituto do usufruto. Alegou que detém direito real de habitação e também não é obrigado a pagar aluguel à outra usufrutuária. A mãe afirmou que o filho que convivia com o pai agora está sob seus cuidados, e que o acordo firmado por ocasião da separação não previa a concessão de usufruto vitalício, que teria sido indevidamente lançado na averbação da escritura pública do imóvel. Disse ainda que a transferência da propriedade inclui, além da transmissão do domínio, também a posse sobre o imóvel, que hoje se acha limitada pelo indevido trina e jurisprudência vêm construindo entendimento de que os alimentos entre cônjuges são cada vez mais raros. No STJ, muitos precedentes são claros ao definir que os alimentos devidos entre ex-cônjuges serão fixados por tempo certo, a depender das circunstâncias fáticas próprias da hipótese sob discussão. Em 2008, a Terceira Turma consolidou a tese de que, “detendo o excônjuge alimentando plenas condições de inserção no mercado de trabalho, como também já exercendo atividade laboral, quanto mais se esse labor é potencialmente apto a mantê-lo com o mesmo status social que anteriormente gozava ou, ainda, alavancá-lo a patamares superiores, deve ser o alimentante exonerado da obrigação” (REsp 933.355). O raciocínio dos julgadores do STJ é o da efetiva necessidade usufruto da casa pelo ex-marido. Em seu voto, a relatora, ministra Nancy Andrighi, destacou que, como o usufruto do imóvel deveria ser proveito do casal, por ser de ambos o poder familiar, suas decorrências, igualmente, deveriam ser compartilhadas: a administração e a percepção dos possíveis frutos oriundos do patrimônio pertencente aos filhos.“Entretanto, o uso do imóvel somente pelo pai e a resistência à pretensão manifestada pela mãe das crianças, relativa ao depósito, em proveito dos filhos, do equivalente ao valor do aluguel, gera empeço insuperável para o também usufruto da propriedade por parte da mãe”. Assim, segundo a ministra, constatada a impossibilidade prática de que o outro possa exercer seu direito ao usufruto do imóvel, impõe-se a compensação, por quem usufrui isoladamente do patrimônio,àquele que não pode exercer o seu direito.“A tão só utilização de imóvel pertencente aos filhos, por um dos ex-cônjuges, após a separação, representa óbvio impedimento prático ao usufruto comum do bem, pelo que devido o aluguel, na correspondente fração de sua possibilidade de cofruição do imóvel”, concluiu a ministra. (Com informações do STJ) e conspira contra aqueles que, mesmo exercendo ou tendo condições de exercer atividade remunerada, insistem em manter vínculo financeiro em relação ao ex-cônjuge, por este ter condição econômica melhor Ao julgar um recurso oriundo do Rio de Janeiro, em 2011, a Terceira Turma reafirmou que o prazo fixado para o pagamento dos alimentos deve assegurar ao cônjuge alimentando tempo hábil para sua inserção, recolocação ou progressão no mercado de trabalho, que lhe possibilite manter pelas próprias forças status social similar ao período do relacionamento. No STJ, o recurso era do exmarido. Ele queria a exoneração da obrigação de pagar quatro salários mínimos à ex-mulher, que já se prolongava por dez anos. Para tanto, argumentou que passou a viver nova união, em que foi gerada uma filha com necessidade de cuidados especiais (síndrome de Down), o que lhe exigia maior capacidade financeira. Disse, também, que a ex-mulher era arquiteta autônoma e que não precisaria da pensão para sobreviver. Ao avaliar o caso, a ministra Nancy Andrighi reconheceu a possibilidade de os valores dos alimentos serem alterados, ou a obrigação extinta, ainda que não houvesse mudança na situação econômica dos ex-cônjuges. Não sendo os alimentos fixados por determinado prazo, o pedido de desoneração, total ou parcial, poderá dispensar a existência da variação necessidade-possibilidade, quando demonstrado o pagamento de pensão por período suficiente para que o alimentando reverta a condição desfavorável que detinha, no momento da fixação desses alimentos. (Com informações do STJ) A Justiça Federal da Segunda Região está prestes a chegar a marca de 10 mil audiências realizadas desde que, em outubro de 2006, realizou seu primeiro mutirão para promover o entendimento entre as partes e, assim, resolver mais depressa os processos judiciais. A audiência que consolidará esse marco será amanhã, durante o mutirão que dura uma semana e tem na pauta cerca 800 processos ajuizados por funcionários públicos federais contra a União, questionando critérios de concessão de gratificações de desempenho, as chamadas G-Data. Na ocasião, estarão presentes para acompanhar a décima milésima audiência, programada para as 14 horas, entre outras autoridades, o diretor do Núcleo Permanente de Solução de Conflitos da Segunda Região (NPSC-2), desembargador federal Guilherme Calmon, e o diretor da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, juiz federal Marcelo Leonardo Tavares. As reuniões entre autores e réus estão sendo realizadas no prédio da primeira instância da Justiça Federal, que fica na Avenida Rio Branco, 241, Cinelândia. O NPSC-2 foi criado como um setor do Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2, que abrange o Rio de Janeiro e o Espírito Santo) pela Resolução 15, de abril de 2011, da presidente do tribunal, desembargadora federal Maria Helena Cisne. No mesmo ano, em junho, foi instalado o Centro de Solução de Conflitos e Cidadania (Cescon), em Vitória, e em agosto entrou em operação o Centro de Solução de Conflitos (Cesol), com o objetivo de cuidar da organização e execução locais dos esforços concentrados voltados para a conciliação. Depois da confiança do cidadão, que tem aderido em peso à iniciativa do TRF-2, o componente mais importante para o sucesso dos mutirões é a parceria que a instituição consolidou com várias entidades vinculadas ao governo. Na Justiça Federal tramitam as causas que têm como parte a União, seus órgãos, fundações e empresas públicas, e várias delas têm apoiado o trabalho capitaneado pelo NPSC-2, participando ativamente das audiências de conciliação que são sempre temáticas. Ou seja, quando o núcleo responsável pelas atividades de conciliação fecha um cronograma de audiências sobre processos referentes ao Sistema Financeiro da Habitação, certamente o faz porque a Caixa Econômica Federal está disposta a negociar com os mutuários que têm ações contra o banco público federal. Correios O mesmo acontece quando, por exemplo, o assunto é previdenciário, ou quando as ações tratam de problemas com os correios, para citar só mais duas hipóteses, nas quais o trabalho tornase possível graças à associação com o Instituto Nacional da Previdência Social (INSS) e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT). Para ter seu processo incluído na agenda das audiências de conciliação da Justiça Federal da Segunda Região, o cidadão só precisa enviar um e-mail para o NPSC-2 ([email protected]), manifestando o seu interesse e informando nome completo, CPF, o número dos autos e a matéria a que eles se referem (direito previdenciário, SFH, FGTS etc.). A participação no projeto não tem qualquer custo para as partes. (Com informações do TRF-2) 18p07b.qxd 9/17/2012 9:27 PM Page 1 Jornal do Commercio • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Direito & Justiça • B-7 CÂMARA RÁDIO Marco civil da internet pode ser votado amanhã Ministro do STF mantém horário da Voz do Brasil Proposta é uma espécie de Constituição da web, com princípios que devem nortear o uso da rede no Brasil, direitos dos usuários e obrigações dos provedores DA REDAÇÃO comissão especial da Câmara dos Deputados criada para analisar a proposta do marco civil da internet (PL 2126/11) se reúnirá amanhã para discutir e votar o parecer do relator, deputado Alessandro Molon (PT-RJ). O parecer foi lido em julho, mas a votação foi adiada por falta de acordo. A reunião será realizada às 14h30, no Plenário 12 da Câmara. A proposta é uma espécie de Constituição da internet, com princípios que devem nortear o uso da rede no Brasil, direitos dos usuários, obrigações dos provedores do serviço e responsabilidades do Poder Público. O relatório preliminar ficou liberado para consulta pública no site e-Democracia dos dias 4 a 6 de julho. Nesse período, o relatório recebeu 109 contribuições e teve mais de 14 mil visualizações. Na versão final da proposta, Molon manteve a previsão do projeto original de não responsabilização do provedor de internet por danos decorrentes de conteúdo postado por terceiros. O provedor de conteúdo somente poderá ser responsabilizado civilmente em caso de descumprimento de ordem judicial específica de retirada de conteúdo considerado infrator. A versão preliminar do substitutivo trazia também a possibilidade de o provedor remover voluntariamente conteúdos que julgasse indevidos, de acordo com termos de uso ou por solicitação de terceiros. Porém, segundo o relator, esse texto não foi bem recebido por diversos atores relacionados à internet, inclusive entidades de proteção ao consumidor, que entenderam que a possibilidade de remoção voluntária de conteúdos pelos sites poderia trazer insegurança jurídica ao usuário. Por isso, ele retornou ao texto original do governo. Outra mudança em relação ao relatório preliminar foi a inclusão de previsão de decreto presidencial para regulamentar as exceções à chamada neutralidade de rede. Esse princípio, contido no marco civil, estabelece que todo pacote de dados que trafega na internet deverá ser tratado de maneira equânime, sem discriminação quanto ao conteúdo, origem, destino, terminal ou aplicativo. Porém, a proposta prevê si- A Código de Processo Civil Parecer sobre reforma amanhã DA REDAÇÃO A apresentação do relatório do deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA) sobre o projeto do novo Código de Processo Civil (CPC - PL 8046/10) na comissão especial que analisa o tema está prevista para amanhã. Carneiro reassumiu neste mês a relatoria do projeto, em substituição ao deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que agora é relator-adjunto. O projeto foi elaborado por uma comissão de juristas e aprovado pelo Senado em 2010. O texto precisa ser votado na comissão especial para, depois, ser encaminhado ao plenário da Câmara. O objetivo principal do novo código é acelerar a tramitação das ações cíveis. Segundo o presidente da comissão especial, deputado Fabio Trad (PMDB-MS), a reforma do CPC não tem a pretensão de resolver todos os problemas, mas representa uma contribuição fundamental para a racionalização do Poder Judiciário. "O (novo) CPC vem com a ideia de agilizar a prestação jurisdicional, racionalizar a Justiça, dar direitos iguais a pedidos iguais, prestigiando a conciliação, a arbitragem e a mediação, formatando o processo eletrônico e digital e desburocratizando o sistema de recursos." tuações específicas em que poderá haver discriminação ou degradação do tráfego. A primeira delas é a priorização a serviços de emergência. “Em caso de ataques de segurança, poderá haver tratamento diferenciado, de modo a propiciar uma fruição adequada aos usuários”, explica Molon. Também poderá haver discriminação ou degradação do tráfego se esta decorrer de requisitos técnicos indispensáveis à fruição adequada dos serviços e aplicações. “Isso torna possível que spams não sejam direcionados para a caixa de entrada do usuário”, argumenta. De acordo com o substitutivo final, essas duas hipóteses deverão ser regulamentadas por decreto, ouvido o Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI.br) órgão que inclui representantes do governo, do setor empresarial, do terceiro setor e da comunidade científica e tecnológica. O relator salienta que a principal alteração feita no projeto original foi a inclusão de medidas claras para proteger os dados pessoais do internauta. Essa inclusão foi feita no relatório preliminar e mantida no texto Trad ressaltou que, para finalizar seu parecer, o relator-geral conta com a ajuda de juristas proeminentes. Ele lembrou também que, durante a discussão do projeto, a comissão se preocupou em ouvir diversos segmentos: acadêmicos, representantes dos tribunais superiores e de primeira instância, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e suas seccionais. O deputado ressaltou ainda a contribuição dos cidadãos por meio de opiniões e críticas enviadas pela comunidade virtual do portal e-democracia. "Em dado momento, sentimos a necessidade de abrir um canal direto com o povo, não com os juristas, não com as entidades, não com segmentos corporativos que orbitam a Justiça, mas com o povo diretamente." Segundo Fábio Trad, o código atual, de 1973, tem uma cultura extremamente formal e preocupada mais com o meio do que propriamente com a solução dos conflitos. A comissão especial do novo Código de Processo Civil pretende concluir a votação do projeto logo após as eleições municipais de outubro. Em seguida, o texto será encaminhado ao presidente da Câmara, responsável pela inclusão da matéria na pauta de votações do plenário. A reunião será realizada às 14h30, no Plenário 13. (Com Agência Câmara) final. Conforme o substitutivo, o usuário tem o direito a informações claras e completas sobre os dados pessoais que serão guardados pelos sites e serviços, sobre a finalidade dessa guarda, a forma com que esses dados serão utilizados e as condições de sua eventual comunicação a terceiros. Além disso, o internauta deverá ter o controle sobre suas informações, podendo solicitar a exclusão definitiva de seus dados dos registros dos sites ou serviços, caso entenda conveniente. Registros de conexão Mantendo o texto original, o substitutivo estabelece que o provedor de serviços terá a obrigação de guardar apenas os registros de conexão do usuário (data, hora e duração da conexão e endereço IP do terminal) e de acesso a aplicações (data e hora em que um determinado site ou serviço foi acessado) pelo prazo de um ano, em ambiente controlado e de segurança. A autoridade policial ou administrativa poderá requerer cautelarmente a guarda desses dados por prazo superior ao previsto. O acesso a esses dados será fornecido pelo provedor apenas mediante ordem judicial. De acordo com o substitutivo, o provedor somente poderá fornecer a terceiros os registros de conexão do usuário e os registros de acesso a aplicações de internet mediante “consentimento expresso e por iniciativa do usuário”. O substitutivo também garante ao usuário de internet o direito à inviolabilidade da intimidade e da vida privada, tal qual consta na Constituição brasileira, assegurado o direito à sua proteção e à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Além disso, o texto garante ao internauta o direito à inviolabilidade e ao sigilo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem judicial, para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. Garante o direito ainda à manutenção da qualidade contratada da conexão à internet, a não suspensão da conexão à internet, salvo por débito decorrente de sua utilização, e a informações claras e completas nos contratos de prestação de serviços. (Com Agência Câmara) ROUBO ADVOGADOS Advogada deixa prisão após três anos Lei sobre responsabilidade solidária é questionada no STF DA REDAÇÃO DA REDAÇÃO A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas corpus a advogada da cidade paulista de Franca, denunciada pelo Ministério Público pelos crimes de roubo, tentativa de latrocínio e formação de quadrilha. A Turma reconheceu excesso de prazo na prisão preventiva, mantida há três anos. A ré teria atraído uma vendedora de joias a seu escritório de advocacia, para que outros supostos membros da quadrilha a assaltassem. Sua prisão foi determinada a partir da denúncia. No decreto, o juiz disse que ficou revelada a premeditação de crimes graves e que a advogada seria pessoa perigosa. O magistrado entendeu que ela representava risco à instrução criminal e que, solta, poderia ameaçar testemunhas e forjar provas. (Com informações do STJ) O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ajuizou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4845 no Supremo Tribunal Federal (STF), na qual pede liminar para suspender os efeitos do parágrafo único do artigo 18-C da Lei estadual 7.098/1998 (acrescentado pela Lei estadual 9.226/2009), de Mato Grosso, que atribui responsabilidade solidária aos advogados em relação às obrigações tributárias de seus clientes. No mérito, pede que o STF declare a inconstitucionalidade do dispositivo contestado. Para a OAB, a lei criou “teratológica obrigação tributária” ao responsabilizar advogados e outros profissionais (como administrador, economista, correspondente fiscal, preposto ou qualquer pessoa) em relação às disposições e demais obrigações contidas na legislação tributária estadual, no que se refe- re à prestação de informações com omissão ou falsidade. A OAB aponta inicialmente a vedação constitucional de que estados legislem sobre condições para o exercício de profissões, visto que compete privativamente à União tal atuação, nos termos do artigo 22, XVI, da Constituição Federal. Outro argumento é o de que o dispositivo questionado fere o Código Tributário Nacional (artigo 128), que permite a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa que esteja vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação. “A legislação estadual não esclarece qual é o comportamento do advogado capaz de configurar sua vinculação ao fato gerador da obrigação tributária, que atrairá para ele a responsabilidade solidária pelos atos e dívidas do devedor principal. Dessa forma, o dispositivo em comento não atendeu às exigências próprias que nosso ordenamento jurídico exige para atribuição de responsabilidade ao terceiro pelas dívidas tributárias de outrem”, argumenta a OAB. Na ADI, a OAB salienta que o advogado promove a defesa de seu cliente com base nas informações e documentos (acervo probante) fornecidos por seu próprio constituinte, sendo “insólito, desproporcional e desarrazoado” imputar ao advogado a responsabilidade tributária por omissão ou falsidade de informação prestada por outra pessoa. “Ao se abster de definir de forma exata a conduta do advogado capaz de vinculá-lo ao fato gerador e, consequentemente, atrair para ele a responsabilidade tributária solidária, a legislação estadual fere os princípios constitucionais do livre exercício profissional (artigo 5º, inciso XIII), como também da inviolabilidade do advogado pelos atos praticados no exercício de sua profissão (artigo 133)”, conclui a OAB. (Com informações do STF) DA REDAÇÃO Em decisão monocrática, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) José Antonio Dias Toffoli acolheu um pedido da União dando provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 646135 e, dessa forma, confirmou jurisprudência da Corte no sentido da obrigatoriedade de as emissoras de rádio transmitirem a Voz do Brasil entre as 19h e 20 horas, de segunda a sexta-feira. Nesse sentido, o ministro aplicou entendimento da Corte segundo o qual a Lei 4.117/62 foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988 e, portanto, é legal a determinação para que empresas de radiodifusão estejam obrigadas à retransmissão diária do programa Voz do Brasil no horário determinado. Esse entendimento foi firmado pelo STF na apreciação da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 561. O recurso interposto pela União (RE 646135) contestava decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que permitiu que a Rádio FM Independência transmitisse a Voz do Brasil em horário alternativo que não o oficialmente estabelecido por lei. A rádio também interpôs recurso extraordinário ao STF, mas para alegar violação ao artigo 220, caput e parágrafos, da Constituição Federal. A emissora pretendia ver reconhecida a inconstitucionalidade da imposição de retransmissão do programa, ainda que em horário alternativo. O ministro Dias Toffoli negou provimento ao recurso da rádio com base exatamente na jurisprudência do STF. Por outro lado, afirmou que o acórdão do TRF-4, “ao dispor de modo diverso, divergiu da pacífica orientação desta Corte sobre o tema”. Em razão disso, ele entendeu que a decisão da corte regional merece ser reformada. (Com informações do STF) EMERJ Desembargadores e juristas lançam livros ROSANE NAYLOR/ESP. JCOM/D. A. PRESS A Emerj promoveu o lançamento de três livros sobre o direito DA REDAÇÃO A Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj) promoveu ontem o lançamento dos livros Teorias dos Crimes Omissivos, de autoria do procurador da República Juarez Tavares; Decisão Judicial: a Cultura Jurídica Brasileira na Transição para a Democracia, dos desembargadores Luis Gustavo Grandinetti Castanho de Carvalho e Geraldo Prado, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), e do professor da Universidade de Coimbra Rui Cunha Martins; e Direito Penal como crítica de pena, organizado por Luís Greco e Antonio Martins. Além do lançamento, o evento, que foi uma homenagem ao procurador Juarez Tavares, que se aposentou como professor aos 70 anos, contou com uma aula do magistrado e com a palestra Decisão Judicial: a Cultura Jurídica na Transição para a Democracia, do professor da Universidade de Coimbra. A diretora-geral da Emerj, desembargadora Leila Mariano, disse se sentir honrada com o fato de a escola ter sido sede da última aula magna do procurador. Além da diretora-geral da Emerj, do procurador Juarez Tavarez, dos desembargadores Luis Gustavo Grandinetti Castanho de Carvalho e Geraldo Prado, e de Rui Cunha Martins, estiveram no evento o 2º vice-presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), desembargador Nascimento Antonio Póvoas Vaz, e o desembargador Álvaro Mayrink. GESTÃO Prazo maior para TJs responderem pesquisa DA REDAÇÃO Foi prorrogado até amanhã o prazo final para que os tribunais de todo o País enviem ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) as respostas ao questionário sobre as práticas de gestão adotadas em cada tribunal, o qual está disponível no endereço www.cnj.jus.br/corporativo. A realização da pesquisa foi aprovada pela Comissão de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento, presidida pelo ministro Carlos Alberto Reis de Paula, conselheiro do CNJ. As respostas serão utilizadas para a realização de um diagnóstico em que será verificado o nível de adesão dos tribunais às práticas de gestão estabelecidas pelo Judiciário brasileiro, por meio da Resolução 70 do CNJ, de 18 de março de 2009. B-8 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 Combate à Aids ganha novo foco Pesquisadores italianos defendem a busca pela cura funcional da doença. Baseado nessa linha, o grupo desenvolveu um composto que renova o sistema imunológico e mantém reduzida a carga viral sem a ingestão regular de medicamentos » MAX MILLIANO MELO Coquetel potente á pouco mais de dois meses, pesquisadores do Instituto Superior de Saúde (ISS) da Itália anunciaram ter conseguido barrar a multiplicação do vírus HIV em macacos. O mesmo pequeno grupo que luta para conseguir mais financiamento para suas promissoras pesquisas pretende modificar radicalmente a maneira como os estudos de cura da Aids são feitos. Em um artigo na revista Retrovirology, a mais importante do mundo relacionada a estudos sobre retrovírus, como o HIV, o grupo propõe focar as pesquisas na chamada cura funcional, situação em que o organismo, embora mantenha uma pequena parcela de vírus, consegue controlar sozinho, sem a necessidade do consumo constante de medicamentos, o desenvolvimento da doença. Atualmente, o comitê internacional Rumo a uma cura do HIV, organização global que financia estudos em busca da cura para a doença tenta encontrar uma forma de zerar definitivamente a carga viral. “Apesar do sucesso de terapias antirretrovirais em manter as pessoas que vivem com HIV/AIDS saudáveis, elas não podem erradicar o vírus do corpo”, explica o italiano Andrea Savarino, do ISS. “Isso acontece porque o corpo esconde HIV em um estado dormente em algumas células específicas dentro do organismo, o que é chamado de memória T CD4”, completa o especialista. Assim, a maioria dos pesquisadores internacionais busca uma maneira de tirar o vírus dessa latência para que os medicamentos e o próprio sistema de defesa do corpo possam combatê-lo. Segundo o grupo italiano, embora eliminar completamente o vírus seja uma resposta ideal para barrar o avanço da doença, não existem garantias de que esse objetivo seja atingido tão cedo. Por isso, os pesquisadores sugerem que novas frentes de ataque ao agente infeccioso sejam traçadas. “A nossa estratégia baseia-se em um composto feito à base de ouro que induz a substituição da memória antiga das células T contendo o vírus por novas”, conta Savarino. “Esse tipo de células é responsável pela ma- Em julho deste ano, pesquisadores do Instituto Superior de Saúde da Itália conseguiram controlar, pelo menos momentaneamente, o vírus HIV. Os especialistas desenvolveram um coquetel com drogas que atualmente tratam o vírus e administraram a nova combinação durante seis meses em primatas. Após esse período, o tratamento foi completamente suspenso. Desde então, os animais continuam com os níveis de infecção baixos, como se estivessem ainda recebendo os remédios. A chave para a redução duradoura da carga viral foi a capacidade da combinação de substâncias de reduzir o reservatório viral. H Apesar do sucesso de terapias antirretrovirais em manter as pessoas que vivem com HIV/AIDS saudáveis, elas não podem erradicar o vírus do corpo.” Andrea Savarino, pesquisador do Instituto Superior de Saúde da Itália nutenção de longo prazo da imunidade contra microorganismos invasores. No entanto, na infecção por HIV, essas células se tornam ‘exaustas’, precisam de substituição”, completa o pesquisador. Assim, o que o grupo pretende é auxiliar o organismo a renovar o núcleo das células que guardam o HIV de modo que a carga viral que lá fica “escondida” seja eliminada também. A estratégia foi testada com sucesso em macacos infectados com o vírus da imunodeficiência símia (SIV), o parente do HIV que atinge esses primatas. “Uma situação como essa, em que o vírus é mantida a níveis baixos, dentro do organismo, mas o próprio organismo pode mantêlo sob controle, é definida como ‘cura funcional’”, explica Savarino. É isso que acontece atualmente com o vírus da herpes simples, que, embora uma grande quantidade de pessoas o carregue, normalmente não gera efeitos negativos para o corpo. Meta mundial O surgimento de novas estratégias de controle do HIV, como a proposta feita pelos pesquisadores italianos, pode ajudar o mundo a atingir a principal meta estabelecida pelo Programa Conjunto das Nações Unidas para HIV/Aids (Unaids): zerar as mortes em consequência da Aids nos próximos três anos. “Esta é uma época de solidariedade global e de responsabilidade mútua”, afirmou Michel Sidibé, diretor executivo do Unaids. “Os países mais afetados pela epidemia estão tomando atitudes e tentando demonstrar liderança na resposta ao HIV. No entanto, não é suficiente se a ajuda internacional permanecer estável. Ela tem que aumentar se quisermos cumprir as metas até 2015”, completou. A estratégia tradicional — tentar obrigar o vírus a deixar seu estado de latência — deve começar a ser testada em humanos nos próximos meses. Um medicamento chamado Merck, que se provou promissor nos primeiros estudos, mas que não apresentou os mesmos resultados nas últimas pesquisas em macacos, será aplicado em humanos. Há ainda a possibilidade de o tratamento desenvolvido pelos italianos ser testado também em pessoas no ano que vem. Para isso, são necessários, no entanto, mais investimentos. O Brasil é um dos possíveis candidatos a testarem a estratégia. “Gostamos do programa brasileiro para a luta contra o HIV/ Aids, mostrando ser independente da pressão política decorrente de empresas farmacêuticas grandes. Aprovamos também todos os esforços que estão sendo dedicados à pesquisa e ao desenvolvimento no país”, avalia Andrea Savarino. Saber Viver Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Jornal do Commercio • B-9 As delicadezas da gravidez tardia Planejada ou não, a gestação após os 35 anos traz receio sobre o efeito da idade da mãe na saúde do bebê. As estatísticas de doenças assustam, mas, segundo pesquisadores na Alemanha, filhos de mulheres mais velhas tendem ter menos problemas quando adultos BRUNO PERES/CB/D.A. PRESS DA REDAÇÃO gravidez aos 45 anos era para Maria Celi Freitas impossível. A filha caçula, Alessandra, já tinha 14 anos e ela tomava remédio para amenizar os efeitos da menopausa. “Estranhei porque minha barriga começou a crescer e, imediatamente, procurei um médico. Ele falou que isso acontecia quando as pessoas iam envelhecendo”, conta Maria Celi, hoje com 67 anos. O que parecia um incômodo estético, porém, era, na verdade, a última filha, Lorrane. “Consultei outro médico e ele me falou que eu estava esperando um bebê e já estava com dois meses de gravidez. Ele perguntou se eu estava feliz. Por um momento não tive reação, mas falei que sim”, recorda a mãe de quatro filhos. Quando chegou em casa para contar a novidade aos parentes, Maria Celi não sabia o que dizer. O medo da reação dos familiares, porém, logo passou. “Todos receberam a notícia e a minha filha muito bem”, diz. Como não houve problema durante a gestação, ela chegou a optar pelo parto normal. “Mas, quando faltavam 10 dias para eu ter minha filha, o médico me aconselhou para não fazer esse tipo de parto. Minha filha nasceu saudável e nunca teve problema. Na verdade, ela só teve enxaqueca depois de adulta”. Maria Celi lembra que a vida dela não parou devido à gravidez: “Não tive receio. Não parei de trabalhar e ainda chegava em casa à noite para lavar roupa. Minha gestação foi tranquila. Todo mundo bajulou essa menina demais”. Apesar do amor recebido em casa, Lorrane, 22 anos, conta, que passou por situações complicadas na escola: “No começo, quando eu era mais nova, era mais difícil. Chamavam minha mãe de avó. Quando fui crescendo, tudo ficou mais fácil até porque minha mãe tem uma cabeça muito aberta e me criou assim”. Além dos preconceitos sociais, há os receios científicos. O envelhecimento do corpo leva as pessoas a crerem que mães com mais de 35 anos têm filhos menos saudáveis. A explicação é de que o organismo, com o passar do tempo, entra em processo degenerativo, causando, por exemplo, a redução da qualidade dos ovócitos e a fragilidade da placenta. Pesquisadores do Instituto Max Planck para Pesquisa Demográfica em Rostock, na Alemanha, e da Universidade Victoria, na Austrália, no entanto, avaliaram além desses riscos inicias e, após um estudo com 18 mil pessoas, chegaram à conclusão que a idade da mãe não tem efeito negativo na qualidade de vida adulta dos filhos. Os alemães concluíram que o que afeta a saúde de uma criança já adulta é o nível de educação da mãe e o número de anos que ela sobrevive após o parto, ou seja, o tempo que passa com o filho. “Uma criança que nasce de uma mãe com 40 anos pode esperar perdê-la 20 anos mais cedo que uma criança que nasceu de uma mãe com 20 anos, por exemplo. Perder um parente quando se é novo pode influenciar uma série de ocorrências na vida, desde o nível de educação até a saúde e a longevidade”, considera Mikko Myrskylä, um dos pesquisadores. De acordo com o estudo, também conduzido por Silvia Leek, A Tatiana Faria, 38 anos, tomou todos os cuidados para que Theodora, de 1 ano, nascesse de forma saudável. Ela fez de ecografias quinzenais a atividades físicas específicas para gestantes JANINE MORAES/CB/D.A PRESS Palavra de especialista Planejamento é fundamental A gestação de uma paciente apresenta riscos que estão relacionados ao aumento da ocorrência de síndromes e alterações genéticas. A gravidez acima dos 35 anos aumenta o risco de a criança nascer com o peso abaixo do normal e o de prematuridade. Em 2004, uma pesquisa comparou a nota do teste de Apgar entre mães mais novas e mais velhas e descobriu Minha filha nasceu saudável e nunca teve problema. Na verdade, ela só teve enxaqueca depois de adulta.” quando adultos. Conforme o estudo, crianças que nascem de mães que têm de 20 a 24 anos sofrem 5% mais doenças do que os filhos de mulheres com 25 a 34 anos. Esse valor é aproximadamente 15% maior para as crianças que nascem de mães que têm de 14 a 19 anos. Maria Celi, 67 anos, mãe de Lorrane, que tem 22 Preparação filhos de mulheres que engravidaram entre os 35 e 44 anos – idades consideradas medicamente de risco – não são menos saudáveis do que os das mães mais jovens, que têm entre 25 e 34 anos. Mesmo considerando a existência de maiores riscos durante a gravidez, como o de aborto e o de desenvolvimento de síndromes, como a de Down, Myrskylä pondera que, “no que se refere à idade, dar à luz muito cedo parece mais perigoso para a criança”. O pesquisador indica que os filhos de mães com 24 anos ou menos são mais pequenos que o normal e mais suscetíveis a serem obesos Ao contrário de Maria Celi, Tatiana Faria, 38 anos, optou por planejar a chegada da pequena Theodora, hoje com 1 ano. “Quando eu casei, com 35 anos, me programei para ter minha filha mais tarde. Aos 38 anos, consegui engravidar, mas, infelizmente, perdi o neném”, conta. Tatiana resolveu dar um tempo nos planos de ser mãe, mas, três meses depois, engravidou novamente e fez um acompanhamento para garantir que nada de mal ocorresse. Apesar de dois deslocamentos da placenta e um mês de repouso, o resto da gestação foi tranquila e Tatiana fez o parto normal. “Ela (a filha) não teve nenhum que as mais novas tinham filhos com notas melhores. E isso é importante, já que são parâmetros utilizados pelo pediatra para mensurar a saúde do bebê na hora do nascimento. Mas não há nada que impeça totalmente a gravidez nessa idade. A mulher deve fazer uma avaliação adequada, ver se está com pré-diabetes ou se tem tolerância à glicose. O ideal é programar, não chegar ao consultório grávida. Jurandir Passos, obstetra e especialista em medicina fet problema de saúde e nasceu muito bem, com 51cm e 3kg”, comemora. “Nunca tive preocupação porque tive todo o acompanhamento necessário. De 15 em 15 dias fazia ecografia. Eu também procurei fazer atividades físicas apropriadas para gestantes. Isso me ajudou muito”. Alberto Guimarães, ginecologista e obstetra, ressalta que o fato de a mulher ter 35 anos ou mais sinaliza que ela está preparada emocionalmente e profissionalmente para a chegada do bebê: “Na maioria dos casos, essa idade prediz que o filho é planejado. Esse é o contraponto dessa questão de gestação idosa” avalia. Mas o médico ressalta que há, sim, riscos relacionados à gestação tardia. “Com 20 anos, os dados apontam que a chance é de um caso de síndrome do Down para 600; com 30 anos, é de um em cada 950; com 35 anos, de um em cada 374; e, acima de 40, o risco do filho ter Down é de um a cada 106. No entanto, isso é estatística. Uma pessoa de 20 anos também pode ter”, comenta. Maternidade com estágios definidos Outra pesquisa, da Universidade Victoria, na Austrália, desvendou o que está por trás da decisão de adiar a gravidez. O estudo descobriu que as mães que optam por engravidar mais tarde entendem esse ato como um grande projeto de vida. Segundo Mary Carolan, principal autora do estudo, esse processo tem estágios bem definidos, que passam pela busca da informação, pelo planejamento, pela preparação e pela finalização de tarefas prioritárias para o bebê. A pesquisadora conversou com mães de primeira viagem que tinham pelo menos 35 anos. A intenção era analisar de que modo se comportaram a n t e s, d u ra n t e e d e p o i s d a gestação. “Elas buscavam entender mais as condições do bebê e tinham um cuidado mais sensível com a gravidez”, avalia Carolan. Segundo ela, a pesquisa pretende promover uma oportunidade de melhorar a relação entre médicos, psicólogos e enfermeiros com mulheres que decidem ser mães depois de um investimento na carreira. “O melhor entendimento sobre a gravidez tardia pode facilitar que profissionais da saúde identifiquem necessidades e preocupações específicas dessas mães e, assim, promover um suporte mais significativo a essas mulheres”, considera a pesquisadora. DF em destaque De acordo com uma pesquisa realizada no começo deste mês pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), de 2000 a 2010, a maternidade após os 40 anos cresceu 90% na capital do País. No mesmo período, o número de filhos de mulheres com 5 a 24 anos caiu 27,7%. Ainda assim, o DF apresenta uma das menores taxas de fecundidade do Brasil, ao lado de São Paulo e do Rio de Janeiro. O número ideal para manter a população estável seria de dois filhos por mulher. Em Brasília, essa taxa chegou a 1,74. Mundo Editor // Vinicius Palermo B-10 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 » ELEIÇÃO NOS EUA NO BRASIL, OBAMA TERIA 93% DOS VOTOS Se os eleitores brasileiros fossem às urnas para definir o próximo presidente dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama seria tranquilamente reconduzido ao cargo. Enquanto nos EUA, Obama briga por votos com o republicano Mitt Romney, no Brasil ele teria o respaldo de 93% da população contra 7% do republicano. Segundo pesquisa do IBOPE Inteligência, em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN), a vitória de Obama é tendência mundial. Realizada em 32 países, com 26.014 entrevistados, a sondagem mostra que, dos que votariam em um dos dois candidatos, 81% votariam no democrata — 19% escolheriam Romney. O republicano venceria apenas em Israel (65%). Teria uma votação expressiva no Paquistão (41%), na Geórgia (36%) e na Macedônia (30%). Já nos EUA, segundo pesquisa Reuters/Ipsos, a vantagem de Obama sobre Romney caiu de de 7 para 5 pontos percentuais. » BOLÍVIA ONU REGISTRA MENOS CULTIVOS DE COCA A área de cultivo da folha de coca, matéria-prima para a produção de cocaína, diminuiu 12% na Bolívia, de 2010 para 2011, de acordo com um relatório divulgado pela representação local do Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês). De 31 mil hectares da planta, detectados dois anos atrás, o país passou a ter 27,2 mil hectares no ano passado. “Esse esforço vai continuar, quase com recursos econômicos próprios”, anunciou o presidente boliviano, Evo Morales, convidando os representantes diplomáticos presentes a compartilhar as responsabilidades no combate ao narcotráfico. » ARGENTINA E-MAIL DA PRESIDENTE É HACKEADO O ex-titular da Secretaria de Inteligência argentina Juan Bautista Yofre e mais quatro jornalistas foram processados por supostamente hackear o email da presidente Cristina Kirchner e de outros membros do governo. Segundo o jornal espanhol El Mundo, a lista de réus inclui Carlos Pagni, do jornal La Nación, e Roberto Garcia, ex-chefe de redação do Ámbito Financiero. Todos serão processados por associação ilícita, subtração de documentos e acobertamento agravado. A juíza Sandra Arroyo Salgado afirmou que os acusados teriam hackeado e-mails enviados e recebidos por políticos e artistas entre 2006 e 2008, para vender o conteúdo para empresas de comunicação. » MIANMAR SUU KYI FAZ VISITA AOS EUA A líder opositora birmanesa Aung San Suu Kyi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, começou ontem uma visita de três semanas aos Estados Unidos, sua primeira viagem ao país desde que o governo de Mianmar a condenou à prisão domiciliar. Hoje, ela deve encontrar-se com a secretária de Estado Hillary Clinton. Amanhã, receberá a Congressional Gold Medal, condecoração máxima concedida pelo Congresso americano. Ontem, 15 presos políticos foram libertados pelo governo birmanês, segundo militantes da organização Geração 88. A tevê estatal anunciou que o presidente Thein Sein concedeu anistia para 514 prisioneiros. CHINA X JAPÃO Multis param fábricas Honda, Toyota e Panasonic suspendem atividades em meio a onda de protestos nas cidades chinesas REUTERS/ALY SONG » MARIA FERNANDA SEIXAS onda de manifestações anti-Japão levou grandes multinacionais japonesas a suspender temporariamente as atividades na China, como anunciaram ontem a Panasonic, fabricante de eletroeletrônicos, e a Canon, de material fotográfico. Honda e Toyota, gigantes do setor automotivo, estudam paralisações para os próximos dias. A disputa entre os vizinhos asiáticos pelo arquipélago de Diaiyu (ou Senkaku, para os japoneses) ganhou em tensão na semana passada, quando o Estado japonês adquiriu ilhas de proprietários particulares. Em resposta, Pequim enviou para o arquipélago dois navios de patrulha, aos quais se juntaram mais de mil embarcações pesqueiras. As ilhas, controladas pelo Japão há mais de um século, exibem grande potencial de exploração de gás. Novos protestos estavam programados para hoje nas principais cidades chinesas. A Panasonic Corporation, que teve uma de suas fábricas atacadas e sabotadas por funcionários chineses, informou que as atividades estão suspensas até a noite de hoje. A Canon também interrompeu o trabalho em três de suas quatros principais unidades, temendo pela segurança dos funcionários. As montadoras Honda e Toyota afirmaram que os incêndios causados por manifestantes deixaram sérios danos em revendas, mas que as fábricas e os escritórios seguem funcionando normalmente. Ambas empresas, porém, estudam suspender a produção na China a partir de amanhã. A Mazda paralisou por quatro dias a fabricação de veículos em Nanjing. A cadeia varejista de moda Fast Retailing e a rede de supermercados Seven & I Holdings A Restaurante japonês em Pequim, fechado e coberto com bandeiras da China: manifestações e boicote aumentam a tensão entre os vizinhos anunciaram o fechamento de diversas unidades. Missões diplomáticas japonesas também foram alvo de protestos. Além das manifestações, ganham corpo no país convocações ao boicote de produtos originários do Japão. De acordo com a imprensa local, escolas japonesas suspenderam as aulas em várias cidades chinesas. A imprensa do Japão recomendou aos cidadãos residentes na China que tomem precauções hoje, diante da previsão de novos protestos. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, reuniu-se ontem com o premiê japo- nês, Yoshiniko Noda, e reiterou o apelo de Washington por moderação em uma crise na qual decidiu não tomar partido. “É interesse de todos que o Japão e a China mantenham boas relações e encontrem uma forma de evitar a escalada nas tensões”, orientou Panetta. O secretário pediu ao governo de Pequim que garanta a segurança dos cidadãos, das missões diplomáticas e de outras instituições japonesas no país. Hong Lei, porta-voz do Ministério do Exterior chinês, garantiu que seu governo fará o que estiver ao alcance para proteger também as empresas de capital nipô- nico e disse esperar que os EUA “não se metam” na questão do arquipélago. No site da agência de notícias Xinhua, uma reportagem anunciava que o governo tinha começado a identificar e buscar os acusados de cometer vandalismos contra as empresas e missões diplomáticas. A hostilidade com o vizinho continental pode ser prejudicial à economia japonesa. A China é a maior sócia comercial do país, que teme reviver a “década perdida” de 1990, quando a atividade produtiva patinou sob o impacto da crise financeira, bancária e imobiliária. Ex-policial vai a julgamento Começou ontem na China, sob sigilo e um dia antes da data oficialmente informada, o julgamento de um chefe regional de polícia acusado de ter aceitado suborno para encobrir a responsabilidade da mulher de um alto dirigente comunista no assassinato de um empresário britânico. Wang Lijun comandava a polícia na região de Chongqing e pediu asilo em um consulado americano, em fevereiro, quando veio à tona o escândalo envolvendo Gu Kailai, mulher do líder local do PC chinês, Bo Xilai, cotado para ascender à cúpula. CRISE CONTINUA HERWIG PRAMMER/REUTERS Agência nuclear desconfia do Irã » RENATA TRANCHES Na véspera de mais uma ofensiva diplomática das potências mundiais para levar o Irã à mesa de negociação sobre seu programa nuclear, a pressão sobre o regime islâmico recrudesceu, ontem, com o início da reunião anual da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena. No mesmo dia em que os Estados Unidos iniciaram manobras navais no Golfo Pérsico, o diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, afirmou que não pode garantir que “todo o material nuclear no Irã seja para atividades pacíficas”. O negociador da República Islâmica para a questão, Saeed Jalili deve reunir-se hoje em Istambul, na Turquia, com enviados do grupo 5+1, formado por EUA, Reino Unido, França, Rússia e China — os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU — e pela Alemanha. A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, que lidera as negociações, antecipou que pedirá às autoridades iranianas para fazerem “o necessário” com o propósito de gerar confiança sobre suas intenções com o programa nuclear. O encontro é mais uma tentativa de retomar as conversações iniciadas em maio, após mais de um ano de paralisação. Na abertura da assembleia anual da AIEA, Amano cobrou “mais transparência e cooperação” de Teerã para responder às dúvidas da comunidade internacional. “O Irã não está facilitado a cooperação necessária para dar garantias sobre a inexistência de material e atividades não declaradas. Portanto, não podemos concluir que todo o material nuclear do Irã é para atividades pacíficas”, afirmou. Em seu discurso, publicado no site da agência, o diretor-geral reconheceu que as tentativas de negociação com o Irã ficaram mais tensas e lamentou que não tenham chegado a resultados concretos. Ao comentar as críticas internacionais, o chefe do programa nuclear do Irã, Fereydun AbbasiDavani, disse acreditar que a agência está infiltrada por “terroristas e sabotadores”, além de ser influenciada por “certos países”. As declarações se seguiram às entrevistas do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para duas tevês norte-americanas, nas quais afirmou que o Irã terá alcançado “90% do necessário” para uma bomba atômica nos próximos seis ou sete meses. Israel tem pressionado os EUA para que fixem prazos ou limites — uma “linha vermelha” — ao desenvolvimento nuclear no Irã, o que Washington se recusa a fazer. As forças norte-americanas iniciaram ontem um exercício naval para dragagem de minas no Golfo Pérsico, próximo ao litoral iraniano. As manobras seguirão até o próximo dia 27, com participação de mais 20 países. A Guarda Revolucionária iraniana divulgou nota dizendo que os exercícios “são defensivos” e que o regime islâmica não vê neles “nenhuma ameaça”. Yukia Amano (E), com o dirigente nuclear iraniano Abbasi-Davani: AIEA quer “transparência e cooperação” Brasileiro pede ação na Síria O brasileiro Paulo Pinheiro, que presidiu a comissão de inquérito das Nações Unidas sobre a Síria, cobrou do Conselho de Segurança “medidas apropriadas” para conter as violências cometidas contra a população em meio à guerra civil — tanto pelas forças leais ao presidente Bashar Al-Assad quanto pelos rebeldes. Em 18 meses de conflito, a ONU contabiliza mais de 27 mil mortos. Ao apresentar o mais novo relatório sobre o país, concluído em meados de agosto, Pinheiro também pediu o encaminhamento do caso ao Tribunal Penal Internacional. Determinados a derrubar o regime, os rebeldes sírios colocam cada vez mais em dúvida a missão do novo enviado ao país, Lakhdar Brahimi. Ontem, ele reuniu-se ontem com a Liga Árabe para discutir os resultados dos encontros que manteve, na Síria, com Assad e líderes da oposição. Em declaração à agência de notícias France-Presse, um rebelde afirmou que Brahimi tem chances mínimas de sucesso: “Um regime que dirige o país pela força só pode ser derrubado pela força”. A ONG Human Rights Watch já documentou mais de 18 casos em que os insurgentes cometeram crimes de guerra, incluindo tortura e homicídio de detentos favoráveis ao governo. Por fim, a organização pediu aos países que pressionem os rebeldes a cumprir as leis internacionais humanitárias. Esportes Editor // Vinicius Palermo Terça-feira, 18 de setembro de 2012 • Jornal do Commercio •B-11 PARADESPORTO TÊNIS Fôlego de menino Bellucci: jogar na elite da Davis é um sonho DA REDAÇÃO PATRÍCIA SANTOS/CPB Condicionamento físico que deixa muito atleta mais jovem para trás, Tito Sena planeja disputar medalhas nos Jogos do Rio2016 e no Mundial do ano seguinte antes de aposentar, aos 50 anos » ANA CLÁUDIA FELIZOLA idade parece não pesar para Tito Sena. Aos 45 anos, ele mostrou muito mais gás do que vários atletas jovens ao vencer a maratona T46 – classe destinada a quem sofreu uma perda de membro ou deficiência de limbo – nos Jogos Paralímpicos de Londres. O fôlego extra foi fundamental nos últimos metros da disputa, quando o brasiliense arrancou e ultrapassou o espanhol Abderrahman Ait Khamouch, 18 anos mais novo. Mas o campeão já tem uma data definida para o adeus às competições. Ao contrário de tantos outros atletas, Tito não fará dos Jogos do Rio de Janeiro2016 a sua despedida. O maratonista planeja ir um ano além e encerrar a carreira com um último mundial, aos 50 anos. A Medalha em 2016 Até lá, o atleta pretende driblar os efeitos do tempo. “Meu sonho é correr nas Paralimpíadas do Rio brigando por outra medalha, não quero só participar. Para isso, terei que me organizar, montar uma planilha de treinamento e melhorar a minha alimentação. Quero chegar em 2106 como se eu tivesse 20 anos”, diverte-se Tito. A declaração foi dada em entrevista por telefone, em meio a uma festa, em Goiânia, para comemorar a medalha dourada. Aliás, o ouro, obtido com o tempo de 2 horas, 30 minutos e 40 Satisfação Acessibilidade Fé na organização brasileira O fundista Tito Sena aprovou a estrutura que viu em Londres. “Era tudo muito bom, aeroporto, vila, metrô e ônibus com acessibilidade e facilidade”, diz ele. Mesmo diante do grande exemplo britânico, ele mantém a fé na capacidade brasileira de organizar a próxima Olimpíada. “Muita gente fala que não, mas eu acredito no nosso Brasil.” Caso pudesse mudar alguma coisa nos Jogos, o atleta talvez tentasse antecipar a realização da maratona – tradicionalmente promovida apenas no último dia de competições. “Dá uma ansiedade muito grande, o tempo não passa, mas, ao mesmo tempo, existe a adrenalina de torcer pelos nossos companheiros”, destaca o candango, que, em Londres, mal conseguiu dar força a outros competidores. “Eu estava treinando e focado. Dormia sempre mais cedo, só esperando o último dia”, recorda-se. Acidente de trabalho Tito trabalhava como operador de fábrica quando sofreu um acidente no braço direito, em 2003. Três anos depois, ele começou a correr com o objetivo de ganhar condicionamento físico, tornando-se fundista. segundos, rendeu muitas comemorações na capital goiana, onde o brasiliense mora há 24 anos. A cada parabéns recebido, Tito responde que a medalha não é só dele. “Todo mundo quer ver a medalha e tocar nela", conta o fundista, que nos últimos dias tem sido parado na rua para tirar foto com fãs. “Quando cheguei, o aeroporto estava lotado, e ainda saí em carreata no caminhão dos bombeiros. Cheguei em casa depois da meia-noite para comer aquela ‘comidinha’ caseira que eu estava com vontade.” A troca de endereço, aos 20 anos, foi motivada por uma oportunidade de trabalho. Em Goiás, Tito casou-se e firmou o novo lar sem se esquecer da capital. “Brasília é o lugar que eu amo. Tenho família lá e participo de algumas competições”, comenta. Os compromissos, daqui para a frente, não serão poucos. "Vou correr no Circuito Caixa e pretendo disputar a São Silvestre", afirma o atual campeão da corrida de rua mais popular do país e que só não se tornou bicampeão paralímpico na GrãBretanha devido a uma lesão sofrida em Pequim-2008. "Eu estava liderando, mas rompi parcialmente o tendão de aquiles do pé direito. Corri machucado por mais de 14 quilômetros, na garra, sentindo muita dor", orgulha-se o atleta, acostumado a superar desafios. FUTEBOL Intruso no baile de vinte anos JACKY NAEGELEN /REUTERS » MARCOS PAULO LIMA Ela convenceu a Uefa a criar o principal torneio de clubes do mundo. Foi sede da primeira final. Ganhou o seu único título em 1992/1993, quando a Copa dos Campeões da Europa virou Champions League. Duas décadas depois, a França volta a impor respeito. Acostumado a ser coadjuvante na festa, o país tem um time no mínimo barulhento entre os 32 candidatos ao troféu. Recordista de gastos na temporada, o Paris Saint-Germain é um dos intrusos na lista de favoritos do baile de 20 anos da Liga dos Campeões. A Copa dos Campeões saiu do papel graças a um francês. Gabriel Hanot era o editor do jornal L’Équipe quando ouviu falar do sucesso do Sul-Americano de 1948, vencido pelo Vasco. Invejoso, convenceu a Uefa a criar o torneio europeu de clubes. Depois da clonagem, a França esperou 38 temporadas para ver um dos seus clubes conquistar o título. Quando o Olympique de Marselha deu a volta olímpica em 1992/1993, a competição já tinha sido rebatizada de Champions League. O baile dos 20 anos de reinvenção do torneio começa e a Líder do Brasil na Copa Davis, Thomaz Bellucci encara a classificação para o Grupo Mundial como uma grande conquista em sua carreira. O tenista número 41 do mundo fez sua parte ao vencer os russos Teymuraz Gabashvili por 3 sets a 1, na última sexta-feira, e Alex Bogomolov Jr por 2 a 0, neste domingo, garantindo dois pontos para o País. “Venho jogando a Copa Davis desde 2007 e nunca tive oportunidade de jogar um Mundial. É um sonho concretizado. Há seis ou sete anos, eu não acreditava que podia ser titular da equipe na Davis. Mas as coisas vão ficando mais perto de você e vão deixando de ser sonhos e se tornam objetivos”, disse. Modernidade A primeira rodada do torneio com o nome de Champions League foi disputada em 25 de novembro de 1992, pela temporada de 1992/1993. A final ocorreu em 26 de maio de 1993, no Estádio Olímpico de Munique, com o título do francês Olympique de Marselha em cima do Milan. Thiago Silva mostra a camisa do PSG em sua apresentação no clube França infiltrou um time na lista dos favoritos. A camisa do Paris Saint-Germain não pesa, mas o bolso ameaça comprar felicidade. Bancado por dinheiro árabe, o clube investiu 147 milhões de euros em contratações, recorde na última janela de transferências. Atual campeão europeu, o Chelsea gastou 100,3 milhões de euros. Turbinado pelo dinheiro dos xeques, o PSG espera driblar a tradição de Real Madrid, Barcelona, Bayern, Milan... O Barça, do melhor do mundo, Messi, continua sendo o time a ser batido e a Espanha, o país invejado. A nação campeã da Copa em 2010 e atual bi da Euro, em 2008 e 2012, ainda não desistiu de ver o seu superclássico decidir a Champions. OReal Madrid, aposta em Cristiano Ronaldo para encontrar a trupe catalã na decisão dos sonhos. A comemoração de 20 anos também vai ter um gosto de fim de festa. Comandante do Manchester United há 25 anos, sir Alex Ferguson disputará o torneio pela última vez. Tão milionário quanto o PSG e o Chelsea, o Manchester City não pode ser desprezado. Empolgado, Bellucci mostrou muita satisfação em representar o Brasil no torneio e promete sempre priorizar esse tipo de competição. "A Copa Davis é um evento muito importante para mim, nunca vou deixar de jogar por um motivo qualquer. Acho importante também para ter o Brasil bem posicionado no cenário mundial". Ele, porém, minimiza a sua posição de liderança na equipe brasileira nessa jornada. “Eu sou um cara com mais experiência e com mais jogos. Naturalmente, acabo sendo um líder. Mas não tem uma pessoa melhor que as outras, está todo mundo na mesma posição”, analisou. Crescimento A g o ra o p a u l i s t a q u e r aproveitar o bom momento vivido no torneio para cresc e r n o c i rc u i t o m u n d i a l , como aconteceu com Gustavo Kuerten e com o sérvio Novak Djokovic. “Eu me sinto bem quando jogo a Copa Davis. Nela, eu consigo subir um pouco meu nível. É o que eu estou querendo fazer quando jogo n o s t o r n e i o s d o c i rc u i t o normal”, afirmou. Bellucci espera começar isso já nas próximas competições, melhorando seu desempenho no giro asiático para crescer no ranking mundial. “É uma época no calendário que eu preciso somar mais pontos. Quero melhorar meu jogo na quadra rápida e, consequentemente, conseguir ganhar do jogares que estão no topo”. PAULO WHITAKER/REUTERS Bellucci em ação no jogo contra a Rússia, pela Copa Davis JC&Cia Gerência Editor // Vinicius Medeiros B-12 • Jornal do Commercio • Terça-feira, 18 de setembro de 2012 INOVAÇÃO Dentro do Bric, Brasil ainda é o último da fila Head Hunter [email protected] Segundo consultoria francesa Global Approach Consulting, 10% das empresas conhecem a Lei do Bem, lei federal que concede incentivos fiscais para quem investe em P&D DIVULGAÇÃO » BIANCA MELLO crescente interesse das corporações brasileiras em proteger suas invenções por meio de patentes é essencial para a competitividade. De acordo com os indicadores do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI), foram feitos 31.765 pedidos de patentes em 2011, contra 28.141 solicitados em 2010. Apesar da crescimento no número de processos, o ranking de índices globais de inovação da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Wipo, na sigla em inglês) mostra que o Brasil ainda é o 58º colocado entre 141 países, atrás de outros emergentes como a China, a Índia e a Rússia. Na avaliação do advogado especializado em direito empresarial e tributário do escritório David Nigri Advogados Associados, David Nigri, o Brasil está muito atrasado na comparação com a maioria das nações desenvolvidas. De acordo com Nigri, em relação aos pedidos de patentes, o Brasil ocupa atualmente a 24º no ranking mundial, baseado em números da Wipo. Entre os países do bloco do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), o gigante asiático lidera com 164.408 pedidos, seguido da Índia (1.430) e Rússia (964). O Brasil aparece com 572 pedidos. Nigri acredita que o empresariado brasileiro ainda não está consciente da importância de registrar marcas e patentes. Às vezes, o inventor não valoriza suas criações, que depois podem acabar sendo aprimorada por outros e gerar prejuízos financeiros, em vez lucros, ao idealizador. "Isso prejudica o crescimento do País, pois criamos, depois vem outro de fora, registra e fica explorando os royalties. Deveríamos fazer como os chineses, que patenteiam tudo que inventam", diz Nigri. Cassio Quintao é o novo sócio da Proff Gente & Gestão DIVULGAÇÃO A Proff Gente & Gestão, especializada na área de recursos humanos (RH), apresentou Cassio Quintao como novo sócio. Com quase duas décadas de experiência na liderança de equipes de vendas e marketing, o executivo vai assumir a gerência de negócios da unidade de Brasília. Graduado em administração pela Universidade Católica de Brasília (UCB), com pós-graduação em estratégia empresarial e mestrado em administração pela Universidade de Brasília (UnB), além de MBA Executivo pelo Ibmec, Quintao já teve passagens pela Caixa Econômica Federal (CEF), Sky, Credicard, Citigroup e AmBev. O Palma: CAG já possui 50 clientes no País e projeta conceder R$ 200 milhões em deduções este ano DECATRON APRESENTA NOVO GERENTE DIVULGAÇÃO Lei do Bem Muitos pequenos e médios empresários acham que o processo é caro e complicado, e optam por abrir mão do procedimento de registro. Embora reconheça que INPI melhorou o registro de marcas, facilitando o acesso pela internet, Nigri defende a criação de um projeto para facilitar o processo burocrático. "O pequeno empresário, que está iniciando um projeto, tem a verba escassa e devido às exigências, deixa até de se preocupar com essa etapa", afirma. Para incentivar as organizações, o governo federal aprovou em 2006 a Lei nº 11.196, também conhecida como Lei do Bem, que consolidou os incentivos fiscais concedidos às pessoas jurídicas que realizam pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação. Na prática, as empresas recebem deduções no Imposto de Renda (IR) nas ativida- des relacionadas à pesquisa e desenvolvimento (P&D) e desconto na compra de máquinas e equipamentos para este fim. Para ter direito ao benefício, que é concedido pela Receita Federal, é necessário entrar com um requerimento comprovando os gastos. Caso seja aprovado, o empresário pode fazer dedução do IR e da contribuição sob o lucro líquido no que venha a gastar em atividades de P&D. Da mesma forma, terá desconto nos impostos retidos na fonte em remessas efetuadas para o exterior, quando destinadas ao registro e manutenção das marcas e patentes. "Para evitar imprevistos, é importante lembrar que não basta fazer o registro aqui no Brasil, mas também no exterior", observa David Nigri. A recém-chegada consultoria francesa Global Approach Consulting (GAC) é especializada empresas de lucro real, isto é, com faturamento acima de R$ 50 milhões por ano. A GAC ajuda a identificar e a enquadrar os projetos inovadores desse segmento na Lei do Bem. Para 2012, a consultoria prevê crescimento de 80% no Brasil e estima que vai gerar para seus clientes benefícios fiscais de cerca de R$ 200 milhões por meio dessa lei. De acordo com o diretor da GAC no Brasil, André Palma, até 2014, as perspectivas são ainda mais otimistas. A falta de conhecimento por parte das empresas sobre o uso e vantagens dos mecanismos fiscais é apontada pelo executivo como a principal razão desse crescimento. “Nos primeiros seis meses do ano, a GAC contatou mais de 1,4 mil empresas e menos de 10% delas disseram conhecer a Lei do Bem”, cita. De acordo com Palma, a partir do contato com as companhias, a consultoria percebeu também que muitas não sabem que estão fazendo inovação. A GAC veio para o País aproveitar essa demanda e oferecer os serviços de análise técnica, fiscal, contábil e estratégica para auxiliar as que investem em projetos inovadores a obterem incentivos fiscais. “A companhia já possui 50 clientes nacionais”, revela. Inovação aberta Outro conceito que precisa ser mais difundido no País é o de inovação aberta. O termo foi cunhado há nove anos pelo norte-americano Henry Chesbrough no livro Inovação Aberta: o novo imperativo para criar e lucrar com a tecnologia, que o tornaria famoso. Hoje, independentemente do porte, as empresas estão tomando consciência de que não podem criar de forma isolada tudo aquilo que precisam. Cada vez mais, elas dependem da articulação de agentes internos com agentes externos. É importante que os departamentos de pesquisa estejam abertos para aprimorar projetos em parceria com fontes externas, debater problemas e compartilhar invenções e produtos que, antes, eram guardados a sete chaves. Com a grande competição de marcado, as corporações já não têm como enfrentar sozinhas todos os desafios contemporâneos. A inovação aberta gera criação de valor e amplia as plataformas de colaboração entre empresas, inclusive entre competidores, o que é saudável para o desenvolvimento de qualquer ramo da indústria. Matheus Bello foi confirmado pela Decatron, integradora de soluções de tecnologia da informação (TI) e gestão de base de dados, como novo gerente da unidade de negócios de redes e segurança da informação. Formado em gestão de TI, o executivo esteve durante quatro anos na Sun Microsystems do Brasil, em que foi coordenador de equipe de suporte e responsável pela ferramenta de gerência Tivoli IBM, nas áreas de controle remoto, software distribution, inventory, tivoli enterprise console, sempre alocado na Petrobras. Já foi palestrante convidado sobre cloud computing da Vmware, no CIO Executive Day 2011, realizado no Rio de Janeiro. LUMIS TEM NOVO DIRETOR DE VENDAS E MARKETING Antônio Candal acaba de assumir a diretoria de vendas e de marketing da Lumis, especializada em soluções para o desenvolvimento e a gestão de portais na web. Especialista no desenvolvimento de novos negócios (start ups) no Brasil e na América Latina e na criação de parcerias estratégicas, o executivo é graduado em engenharia pela Universidade Vale do Paraíba (Univap), com MBA em gestão da economia global pela University of Toronto, do Canadá, e mestrado executivo em administração de empresas na Business School São Paulo. Com mais de 22 anos de experiência no mercado de internet e tecnologia, Candal já atuou em empresas como Hewlett Packard (HP), Software as a Service Brasil (SaaS) e Sun Microsystems, entre outras, além do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). THIAGO FLORES É NOMEADO DIRETOR NO ZOOM O site comparador de preços e produtos Zoom anunciou Thiago Flores como diretor de marketing. Graduado em administração com ênfase em marketing pela Escola Superior de Propaganda & Marketing (ESPM), com MBA em marketing empresarial pela Universidade Federal Fluminense (UFF), o executivo é especialista em estratégias de marketing pela internet. Flores, que antes atuava como gerente da área no Zoom, possui nove anos de experiência no segmentos de e-commerce, com passagens por Shoptime, Buscapé, Magazine Luiza e Mundi. “Quero otimizar toda a sinergia entre as gerências que ficarão sob o meu comando para que possamos atingir nossos objetivos”, diz o profissional. CSU MARKETSYSTEM ANUNCIA NOVAS CONTRATAÇÕES A CSU MarketSystem, divisão de negócios da CSU voltada para o planejamento e gestão de programas e ações de fidelidade e relacionamento, ativação e aquisição de clientes, acaba de anunciar a contratação de cinco profissionais. Com passagens por Wunderman e EPHM, Tadeu Augusto Sapag Arvelos passa a ser o novo gerente corporativo de contas. Já Alexei Castaldi Pedro Longo, que trabalhou na Multiplus e da Conecta Serviços, assume como gerente corporativo comercial. Para as áreas de analítics e de gestão de projetos, chega Roberto Vilela Hauy, que já atuou na IOB Thomson, Carrefour e Credicard. Ex-gerente da Omni Financeira e do Real ABN Amro, José Carlos Ueda assume como gerente corporativo de Operações. Por fim, Rodrigo Bibiano comandará a gerência corporativo de tecnologia. PEDRO SANTANNA ASSUME DIRETORIA NA KORSA A Korsa Corretora de Seguros reforçou sua equipe com a chegada de Pedro Arthur Santanna. O executivo, que acumula 25 anos de experiência no setor de seguros, vai comandar a diretoria de novos negócios. Professor da Escola Nacional de Seguros, Santanna já trabalhou em grandes multinacionais da área, como a JLT-Re e Instituto Brasileiro de Resseguros (IRB-Brasil).