Aula 00 - Estratégia Concursos

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Aula 00 - Estratégia Concursos
Aula 00
Curso Regular de Medicina Legal (Delegado e Perito) - Com videoaulas
Professor: Alexandre Herculano
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Medicina Legal Perito e Delegado - Polícia Civil
Parte Específica - Teoria e Exercícios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
AULA 00: Tanatologia Forense (parte I)
SUMÁRIO
PÁGINA
1. Apresentação
1
2. Cronograma
2
3. Tanatologia Forense (parte I)
4
4. Questões propostas
23
5. Questões comentadas
26
6. Gabarito
34
Olá, meus amigos (as) do Estratégia Concursos!
Meu nome é Alexandre Herculano e vamos iniciar o curso regular
de Medicina Legal para os concursos de Delegado e Perito Criminal de
vários Estados, com base nos últimos editais publicados. Nosso curso será
composto de aulas em pdf e videoaulas!
Sou Analista, trabalho no Ministério da Justiça. Além desse, passei,
também, para o TRT e TRF do Paraná, MPU, Polícia Civil (Inspetor de
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Polícia, Oficial de Cartório e Papiloscopista) do Rio de Janeiro, Polícia
Rodoviária Federal – PRF, e outros. Sou formado em Administração e PósGraduado em Gestão da Segurança Pública. Atuei quatro anos na
Secretaria Nacional de Segurança Pública, que fica em Brasília, assim,
adquiri boa experiência nessa área, além de ter colaborado em cursos
EAD para a Polícia Civil de vários Estados. Ministrei aula sobre Medicina
Legal para os concursos da PCMG, PCBA, IGC-SC, PCSP, PCDF, PCGO e
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outros. Tivemos vários aprovados, logo, espero fazer parte do seu
sucesso também!
Muito provavelmente neste ano, uns já autorizados, teremos
concursos para Perito e Delegado de Pernambuco, Paraná, Pará, São
Paulo, Amazonas, Rio de Janeiro, etc.
E aí estão animados? Espero que sim, pois é o primado para o
sucesso nesta batalha. Quero dizer para vocês que estou nesta área
(concurso público) há 11 anos, e passei por muitas dificuldades no
estudo, pois tinha que conciliar com o trabalho, o qual tinha hora para
entrar, contudo, não tinha para sair, rsrs...Era gerente de um grande
banco, cito isso, já que sei que muitos têm que fazer o mesmo, logo, digo
para vocês que é possível, acreditem!
Então, com relação ao nosso curso selecionei algumas questões
dos últimos concursos e farei novas questões estilo das bancas, e
dentro da realidade atual. Sendo assim, não vamos perder tempo,
estudando bem essa parte vocês sairão na frente! Pessoal qualquer
dúvida recorram ao FÓRUM, será um prazer atendê-los, ok?
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Este será o cronograma do nosso curso:
AULA
CONTEÚDO
DATA
Aula 0
Tanatologia Forense (parte I)
28/04
Aula 1
Tanatologia Forense (parte II)
15/05
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Aula 2
Perícia médico-legal: Perícias e Perito.
30/05
Aula 3
Documentos Médico-Legais
10/06
Aula 4
Traumatologia forense: Energias de Ordem
15/06
Mecânica.
Aula 5
Traumatologia forense: Energias de Ordem
20/06
Física.
Aula 6
Traumatologia forense: Energias de Ordem
25/06
Química.
Aula 7
Traumatologia forense: Energias de Ordem
30/06
Físico-Química.
Aula 8
Sexologia Forense
05/07
Aula 9
Toxicologia Forense
10/07
Aula 10
Antropologia Forense
15/07
Necropsia, inspeções interna e externa do
Aula 11
20/07
cadáver.
Aula 12
Psicopatologia Forense.
30/07
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Aula 13
Simulado.
05/08
Observação importante: este curso é protegido por direitos
autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera,
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atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá
outras providências.
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e
prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o
trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente
através do site Estratégia Concursos.
Então vamos começar. Mas antes percam seis minutinhos para
assistir esse vídeo, tenho certeza que muitos irão se animar.
http://www.youtube.com/watch?v=qZIPGfzhzvM
Tanatologia Forense
Introdução
Bem pessoal, segundo o França, a Tanatologia é a parte da Medicina
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Legal que estuda a morte e o morto, e as suas repercussões na esfera
jurídico-social. Mas qual o conceito de morte, para a doutrina médico
legal? Então, a definição mais simples e tradicional era aquela que a
considerava como a cessação total e permanente das funções vitais,
entretanto, hoje, surgiu um novo conceito: a morte encefálica!
Entretanto, segundo a doutrina, é difícil precisar o exato momento da
morte, pois ela não é uma fato instantâneo, e sim uma sequência de
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fenômenos gradativamente processados nos vários órgãos e sistemas de
manutenção da vida. Esse novo conceito veio depois da era da
transplantação dos órgãos e tecidos.
Seguindo, Delton Croce cita que existem várias modalidades de
morte, vejamos:
 Morte anatômica — É o cessamento total e permanente de
todas as grandes funções do organismo entre si e com o
meio ambiente;
 Morte histológica — Não sendo a morte um momento,
compreende-se
ser
a
morte
histológica
um
processo
decorrente da anterior, em que os tecidos e as células dos
órgãos e sistemas morrem paulatinamente:
 Morte aparente — O adjetivo ―aparente‖ nos parece aqui
adequadamente aplicado, pois o indivíduo assemelha-se
incrivelmente
ao
morto,
mas
está
vivo,
por
débil
persistência da circulação. O estado de morte aparente
poderá durar horas, notadamente nos casos de morte súbita
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por asfixia-submersão e nos recém-natos com índice de
Apgar baixo. É possível a recuperação de indivíduo em
estado de morte aparente pelo emprego de socorro médico
imediato e adequado;
 Morte relativa — O indivíduo jaz como morto, vitimado por
parada cardíaca diagnosticada pela ausência de pulso em
artéria calibrosa, como a carótida comum, a femoral,
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associada à perda de consciência, cianose, ou palidez
marmórea. Entende-se por parada cardíaca o cessamento
súbito e inesperado da atividade mecânica do coração sob
forma de fibrilação ventricular, taquicardia ventricular sem
pulso periférico palpável, dissociação eletromecânica em
ritmo orgânico, útil e suficiente, em indivíduos que não
portam moléstia incurável, debilitante, irreversível e crônica,
pois que nesses enfermos a parada cardíaca nada mais é do
que a consequência natural do evolver maligno da doença
de base. Ocorre estatisticamente em 1/5.000 casos de
anestesias cirúrgicas. O ofendido, submetido em tempo hábil
à massagem cardíaca, poderá retornar à vida, como
sucedeu
em
quatro
pacientes
por
nós
socorridos,
acometidos por parada dos batimentos do coração durante
gastrectomia total por neoplasia maligna de estômago;
 Morte intermédia — É admitida apenas por alguns
autores. A morte intermédia é explicada, pelos que a
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admitem, como a que precede a absoluta e sucede a
relativa, como verdadeiro estágio inicial da morte definitiva;
 Morte real — É o ato de cessar a personalidade e
fisicamente a humana conexão orgânica, por inibição da
força
de
coesão
intermolecular,
e
o
de
formar--se
paulatinamente a decomposição do cadáver até o limite
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natural dos componentes minerais do corpo (água, anidrido
carbônico, sais etc.).
Tanatognose
Tanatognose é a parte da Tanatologia Forense que estuda o
diagnóstico da realidade da morte. Logo, o perito observará dois tipos de
fenômenos
imediatos
cadavéricos:
e
os
consecutivos,
abióticos,
e
os
avitais
ou
vitais
transformativos,
negativos,
destrutivos
conservadores.
Fenômenos abióticos imediatos. Apenas insinuam a morte:
 perda da consciência;
 abolição do tônus muscular com imobilidade;
 perda da sensibilidade;
 relaxamento dos esfíncteres;
 cessação da respiração;
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 cessação dos batimentos cardíacos;
 ausência de pulso;
 fácies hipocrática;
 pálpebras parcialmente cerradas.
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ou
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Segundo especialistas, o cessar da respiração, afirmado por ausculta
pulmonar silenciosa, com ausência dos murmúrios alveolares, e da
circulação, confirmada principalmente pela eletrocardiografia, associada
ou não à ausculta cardíaca e à radioscopia, é sinal prático insofismável de
morte real. Na morte aparente não ocorre cessação da respiração e dos
batimentos cardíacos; eles apenas permanecem imperceptíveis.
Fenômenos abióticos consecutivos:
 resfriamento paulatino do corpo;
 rigidez cadavérica;
 espasmo cadavérico;
 manchas
verdes
abdominal,
de
hipóstase
e
livores
cadavéricos;
 dessecamento: decréscimo de peso, pergaminhamento da
pele e das mucosas dos lábios; modificações dos globos
oculares;
mancha
da
esclerótica;
turvação
da
córnea
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transparente; perda da tensão do globo ocular; formação da
tela viscosa.
O
resfriamento
paulatino
do
corpo
não
ocorre
com
rigorosa
uniformidade, a sua evolução é influenciada por fatores ambientais,
idade, panículo adiposo, agasalhos. Os agasalhos constituem barreira
protetora que retarda a perda de calor; desse modo, o cadáver desnudo
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resfria mais rapidamente do que o agasalhado, por irradiação, por
convecção e por gasto na evaporação cutânea.
A rigidez cadavérica é fenômeno constante no cadáver, originado por
uma reação química de acidificação num estado de contratura muscular
que desaparece quando se inicia a putrefação. Assim, o rigor mortis é
explicado pela desidratação muscular que produz a coagulação da miosina
associada ao aumento do teor de ácido lático nos musculus. Segundo
Schiff, a rigidez não é o primeiro sinal de morte, mas o último sinal de
vida. Pessoal, (importante para a prova) pela lei de Nysten-Sommer,
nos cadáveres em decúbito dorsal, a rigidez se inicia pela face, mandíbula
e nuca, seguindo-se os músculos do tronco, os membros superiores e, por
último, os membros inferiores, desaparecendo, posteriormente, na
mesma ordem em que surgiu.
A rigidez que se instala ainda em vida diferencia-se da rigidez
cadavérica (imagem abaixo) por não ser removida pela movimentação,
brusca e violenta, de determinada articulação. Efetivamente, instalada a
rigidez muscular em vida, se for vencida a resistência oposta por
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determinada
articulação,
esta
logo
retorna
à
posição
primitiva.
Contrariamente, a rigidez cadavérica é fenômeno constante em todos
os casos de morte; entretanto, eliminada de determinado membro, pela
movimentação forçada do mesmo, não retorna à sua articulação.
O espasmo cadavérico (imagem abaixo), também denominado
rigidez cataléptica, estatuária ou plástica, é uma forma particular de
rigidez cadavérica instantânea, sem o relaxamento muscular que precede
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a rigidez comum e com a qual não se confunde. O indivíduo acometido,
súbita e violentamente, pelo espasmo cadavérico guarda a posição que
mantinha quando a morte o surpreendeu.
As hipóstases viscerais são originadas pela deposição do sangue nas
partes em declive do cadáver, em torno de 2 a 3 horas após a morte, em
forma de estrias, ou arredondadas, que se agrupam posteriormente, em
placas, em extensas áreas corporais. Permanecendo e decorridas 8 a 12
horas, fixam-se definitivamente nos órgãos internos, não mais se
deslocando qualquer que seja a mudança de posição do cadáver.
Nos livores, o sangue permanece estagnado no interior dos vasos
devido ao cessamento da circulação. A cor varia segundo o meio de
morte, pode ser vermelho-clara na asfixia-submersão, achocolatada no
envenenamento pelo clorato de potássio, vermelho-rósea ou carminada
nas asfixias pelo monóxido de carbono, e escura nas asfixias em geral. Já
na raça negra somente se pode observar o livor cutâneo pelo colorímetro
de Nutting.
Seguindo, a dessecação por evaporação tegumentar determina o
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decréscimo de peso, mais acentuado nos recém nascidos (8g por quilo de
peso, nas 24 horas), podendo alcançar maior peso nos adultos, conforme
sejam as condições do falecido e ambientais; a pele torna-se seca,
pergaminhada e pardacenta. A desidratação confere consistência dura e
pardacenta às mucosas dos lábios, principalmente nos cadáveres de
recém nascidos e de crianças lesando-os de tal forma que o perito menos
avisado poderá confundi-la com traumatismos ou ação de substâncias
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cáusticas, e modificações dos globos oculares traduzidas pela
mancha negra da esclerótica (sinal de Sommer e Larcher), turvação da
córnea transparente, perda da tensão do olho e formação da tela viscosa.
Para melhor entendimento desta aula, vou apresentar, em alguns
casos, imagens com as ―lesões, ocorrências, fatos, etc.‖ apresentados nos
corpos das vítimas. No caso da rigidez cadavérica, podemos perceber,
através da imagem abaixo, a firmeza do corpo:
Já, no caso abaixo, podemos ver espasmo cadavérico (corpo na
posição da morte):
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No caso abaixo, vejamos as hipóstase e livores cadavéricos:
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Seguindo,
a
doutrina
menciona
que
os
fenômenos
transformativos, compreendem os destrutivos (autólise, putrefação e
maceração) e os conservadores (mumificação e saponificação).
Resultam de alterações somáticas tardias tão intensas que a vida se torna
absolutamente impossível.
Destrutivos:
 Autólise – Logo depois da morte cessam com a circulação
as trocas nutritivas intracelulares, determinando lise dos
tecidos
seguida
de
concentração iônica
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acidificação,
por
de hidrogênio
aumento
e
da
consequente
diminuição do pH. A autólise afeta precocemente os
cadáveres
de
recém-nascidos
e
aqueles
ainda
não
putrefeitos ou em que esse fenômeno mal se iniciou.
 Putrefação – ―Para Icard, a putrefação se inicia assim que
cessa a vida.‖ A putrefação, forma de transformação
cadavérica destrutiva, se inicia, após a autólise, pela
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ação de micróbios aeróbios, anaeróbios e facultativos em
geral sobre o ceco, porção inicial do grosso intestino onde
mais se acumulam os gases e que, por guardar relação de
contiguidade com a parede abdominal da fossa ilíaca
direita,
determina
aparecimento
da
por
primeiro,
nessa
região,
mancha
verde
abdominal,
a
o
qual,
posteriormente, se difunde por todo o tronco, cabeça e
membros, a tonalidade verde-enegrecida conferindo ao
morto aspecto bastante escuro. Os fetos e os recémnascidos constituem exceção; neles a putrefação invade
o cadáver por todas as cavidades naturais do corpo,
especialmente pelas vias respiratórias. Nos afogados, a
coloração verde dos tegumentos aparece primeiramente na
metade superior e anterior do tórax e, depois, na cabeça,
pela posição declive assumida pelo corpo dentro d’água.
Segundo a doutrina, na putrefação podemos considerar quatro
períodos transformativos, são eles:
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 Período de coloração (cromática) — Tonalidade verdeenegrecida
dos
tegumentos,
originada
pela
combinação do hidrogênio sulfurado nascente com a
hemoglobina, formando a sulfometemoglobina, surge,
em nosso meio, entre 18 e 24 horas após a morte,
durando, em média, 7 dias;
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 Período gasoso — Os gases internos da putrefação
migram para a periferia provocando o aparecimento na
superfície
corporal
leucocitário
de
flictenas
hemoglobínico
com
contendo
menor
líquido
teor
de
albuminas em relação às do sinal de Chambert, e de
enfisema putrefativo que crepita à palpação e confere
ao
cadáver
a
postura
de
boxeador
e
aspecto
gigantesco, especialmente na face, no tronco, no pênis
e bolsas escrotais. O odor característico da putrefação
se deve ao aparecimento do gás sulfídrico. Esse
período dura em média duas semanas.
 Período coliquativo (liquidação) — A coliquação é a
dissolução pútrida das partes moles do cadáver pela
ação conjunta das bactérias e da fauna necrófaga. Os
gases se evolam, o odor é fétido e o corpo perde
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gradativamente
a
sua
forma.
Dependendo
das
condições de resistência do corpo e do local onde está
inumado, esse período pode durar um ou vários
meses, terminando pela esqueletização;
 Período de esqueletização — A ação do meio ambiente e
da fauna cadavérica destrói os resíduos tissulares,
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inclusive os ligamentos articulares, expondo os ossos e
deixando-os completamente livres de seus próprios
ligamentos. Os cabelos e os dentes resistem muito
tempo à destruição. Os ossos também resistem anos a
fio, porém terminam por perder progressivamente a
sua estrutura habitual, tornando-se mais leves, frágeis
e, alguns, quebradiços.
Resumindo os períodos ou fases da putrefação: Cromática ou
coloração, Gasosa, Liquidação ou coliquativa e Esqueletização.
Fase cromática ou coloração: Afora os livores, aparecerão outros tipos de
manchas, que são verdes. As manchas verdes aparecem porque as
bactérias que estavam no corpo da pessoa, e que não lhe faziam mal,
começam a se reproduzir no intestino, avançam para o sistema
circulatório e lá com o sulfohemo–lobina produzem mancha verde. Fase
Gasosa: A ação bacteriana produzirá muitos gases. Fase de Liquefação:
Na pele se formam os liquitemas, com material necrótico dentro e mal
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cheiroso. Fase da Esqueletização: nesta fase ocorre a putrilagem - resto
das vísceras.
 Maceração (imagem abaixo) é também fenômeno de
transformação destrutiva que afeta os submersos em
meio líquido contaminado (maceração séptica) e o concepto
morto a partir do 5.º mês de gestação e retido
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intrauterinamente (maceração asséptica). Manifestam-se
mais intensamente nos casos de retenção de feto morto.
Compreende três graus: no primeiro grau, a maceração
está
representada
primeiros
pelo
dias,
de
surgimento
flictenas
lento,
contendo
nos
três
serosidade
sanguinolenta. No segundo grau, a ruptura das flictenas
confere ao líquido amniótico cor vermelho-pardacenta, e a
separação da pele de quase toda a superfície corporal,
a partir do oitavo dia, dá ao feto aspecto sanguinolento.
No terceiro grau, destaca-se o couro cabeludo, à maneira
de
escalpo,
do
submerso
ou
do
feto
retido
intrauterinamente, e, em torno do 15.º dia post mortem,
os ossos da abóbada craniana cavalgam uns sobre os
outros, os ligamentos intervertebrais relaxam e a coluna
vertebral torna-se mais flexível e, no feto morto, a coluna
adquire acentuada cifose, pela pressão uterina.
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Conservadores:
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 Mumificação é a dessecação, natural ou artificial, do
cadáver. A mumificação natural ocorre no cadáver insepulto,
em regiões de clima quente e seco e de arejamento
intensivo
suficiente
para
impedir
a
ação
provocadora dos fenômenos putrefativos.
microbiana,
A mumificação
por processo artificial é feita por embalsamamento, após
intensa dessecação corporal:
 Saponificação
(imagem
abaixo)
é
um
processo
transformativo de conservação que aparece sempre após
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um estágio regularmente avançado de putrefação, em
que o cadáver adquire consistência untuosa, mole, como o
sabão ou a cera (adipocera), às vezes quebradiça, e
tonalidade
amarelo-escura,
exalando
odor
de
queijo
rançoso. A saponificação atinge comumente segmentos
limitados
do
cadáver;
pode,
entretanto,
raramente,
comprometê-lo em sua totalidade.
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
Vejamos um pequeno resumo dessa parte:
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Cabe mencionar, também, que segundo o Genival Veloso de
França, os fenômenos transformativos podem ser de duas ordens:
Destrutivos e Conservadores.
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Os
fenômenos
transformativos
destrutivos
se
dividem
em:
autólise, putrefação e maceração, mesma coisa que vimos acima. Os
fenômenos
transformativos
conservadores
se
dividem
em:
mumuficação, calcificação, corificação e saponificação, aqui o autor
menciona a calcificação e a corificação. Vejamos algumas diferenças:
 Calcificação:
é
conservador
que
um
se
fenômeno
caracteriza
pela
transformativo
petrificação
ou
calcificação do corpo;
 Corificação:
é
um
fenômeno
transformativo
conservador muito raro, sendo encontrado em cadáveres
que
foram
acolhidos
em
urnas
matálicas
fechadas
hermeticamente, principalmente de zinco;
 Adipocera: conhecido também como saponificação, é
um
processo
conservador
que
se
caracteriza
pela
transformação do cadáver em substância de consistência
untuosa, mole e quebradiça, dando uma aparência de cera
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ou sabão.
Seguindo, a cronotanatognose é a parte da Tanatologia que
estuda a data aproximada da morte. Com efeito, os fenômenos
cadavéricos, não obedecendo ao rigorismo em sua marcha evolutiva, que
difere conforme os diferentes corpos e com a causa mortis e influência de
fatores extrínsecos, como as condições do terreno e da temperatura e
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umidade ambiental, possibilitam estabelecer o diagnóstico da data da
morte tão exatamente quanto possível, porém não com certeza absoluta.
O seu estudo importa no que diz respeito à responsabilidade criminal e
aos processos civis ligados à sobrevivência e de interesse sucessório.
Meus caros, a rigidez cadavérica pode manifestar-se tardia ou
precocemente.
Segundo
Nysten-Sommer,
ocorre
obedecendo
à
seguinte ordem: na face, nuca e mandíbula, 1 a 2 horas; nos músculos
tóraco-abdominais, 2 a 4 horas; nos membros superiores, 4 a 6 horas;
nos membros inferiores, 6 a 8 horas post mortem. A rigidez cadavérica
desaparece
progressivamente
seguindo
a
mesma
ordem
de
seu
aparecimento, cedendo lugar à flacidez muscular, após 36 a 48 horas de
permanência do óbito. Só completando algumas informações, os livores
e hipóstase podem surgir 30 minutos após a morte. Os livores e
hipóstase
surgem
habitualmente
entre
2
a
3
horas,
fixando-se
definitivamente no período de 8 a 12 horas após a morte.
No
caso
temperatura
do
da
mancha
meio
verde
ambiente,
abdominal
surge
entre
influenciada
18
a
24
pela
horas,
00000000000
estendendo-se progressivamente por todo o corpo do 3.º ao 5.º dia após
a morte.
Os gases de putrefação o gás sulfídrico, detectado pela reação do
acetato neutro de chumbo embebido em papéis de filtro colocados dentro
da boca e em torno das narinas, surge entre 9 a 12 horas após o óbito.
Da mesma forma que a mancha verde abdominal, significa putrefação.
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Para
Genival
Veloso
de
França
o
processo
putrefativo,
na
cronotanatognosem, segue os seguintes períodos:
 Período cromático, tem inicio com a mancha verde, entre a
18ª e 24ª horas, e a sulfomete-hemoglobina confere cor
verde enegrecida ao corpo todo até o fim da primeira
semana.
 Período enfisematoso, se inicia por volta da 24ª horas, sendo
certo que o edema de face, genitália e circulação póstuma
de Brouardel, aparecem entre as 48 e 72 horas.
 Período coliquativo, tem inicio no fim da primeira semana e
se prolonga de maneira diversa, conforme o local em que se
encontra o cadáver.
 Período de esqueletização, começa entre a 3ª e 4ª semanas,
podendo ocorrer muito mais rapidamente nos cadáveres
expostos.
Meus caros, o rigor mortis é o estado de rigidez e retração
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muscular, é o último esforço da vida contra a ação dos fenômenos
químicos. É um estado de contratura muscular que ocorre depois que
falecemos, independentemente da quantidade de exercícios físicos.
Só complementando, os sinais de morte são: evaporação tegumentar
(físico), quando o corpo perde líquido; resfriamento cadavérico (físico),
troca de calor com o meio ambiente; livores cadavéricos (físico), manchas
roxas na parte inferior do corpo pelo acúmulo de sangue; rigidez
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cadavérica (químico) e fenômenos transformadores (químico), fenômenos
conservadores.
Outra informação importante é que no estômago a repleção
alimentar e fenômenos digestivos na fase intermediária poderia sugerir ao
perito que a morte tenha ocorrido entre 1 a 2 horas após a última
refeição; alimentos em fase terminal de digestão, de 4 a 7 horas, e,
finalmente, havendo vacuidade gástrica, ter o óbito acontecido decorridas
mais de 7 horas da última. Todavia, não há um consenso entre os
especialistas, pois, o tempo de evacuação gástrica depende do estado
físico e do teor do líquido ou alimento.
Pessoal, essa foi nossa aula demonstrativa. Vamos, agora, ver
algumas questões.
Grande abraço e bons estudos!
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Questões propostas
1) (PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia) Para se realizar
um transplante cardíaco, considera-se como sinal de morte do
doador:
A) a parada dos movimentos cárdio circulatórios.
B) a parada cárdio respiratória irreversível.
C) a parada cardíaca definitiva.
D) a lesão cerebral irreversível.
E) a suspensão irreversível da atividade encefálica.
2) (PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia) No processo de
putrefação do cadáver se sucedem as seguintes fases, pela ordem:
A) gasosa, cromática, coliquativa e de esqueletização.
B) cromática, gasosa, coliquativa e de esqueletização.
C) cromática, coliquativa, gasosa e de esqueletização.
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D) gasosa, coliquativa, cromática e de esqueletização.
E) coliquativa, cromática, gasosa e de esqueletização.
3) (UEG - NÚCLEO - 2008 - PC-GO - Delegado de Polícia) Verificouse em um cadáver os seguintes fenômenos: rigidez generalizada,
esboço de mancha verde abdominal, reforço da fragmentação
venosa e desaparecimento das artérias do fundo de olho. Com
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base
apenas
nessas
observações
e
desconsiderando
outros
fatores ambientais, a morte teria ocorrido
A) de 2 a 4 horas.
B) mais de 8 e menos de 16 horas.
C) mais de 16 e menos de 24 horas.
D) de 48 a 72 horas.
4) (UEG - NÚCLEO - 2008 - PC-GO - Delegado de Polícia) São
sinais macroscópicos observados em um cadáver sugestivos de
que as lesões foram produzidas depois da morte:
A) ausência de infiltrações hemorrágicas nos tecidos moles.
B) escoriações com desnudamento de derme e formação de
crosta.
C) ferimentos com bordas afastadas.
D) presença de tonalidades das esquimoses.
5) (CEFET-BA - 2008 - PC-BA - Delegado de Polícia) O sinal mais
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precoce de putrefação do cadáver é uma mancha verde que
aparece, primeiramente,
A) na cabeça.
B) no abdômen.
C) no tórax.
D) nas costas.
E) nos pés.
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6) (FUMARC - 2011 - PC-MG - Escrivão de Polícia Civil) Constitui
um fenômeno transformativo destrutivo observado nos cadáveres:
A) Calcifcação.
B) Corifcação.
C) Adipocera.
D) Autólise
7) (FUMARC - 2011 - PC-MG - Escrivão de Polícia Civil) Estudando
a evolução temporal da putrefação cadavérica, denominamos o
seu primeiro sinal externo visível de
A) circulação cutânea póstuma.
B) mancha verde abdominal.
C) combustão espontânea.
D) enfsema putrefativo.
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Questões comentadas
1) (PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia) Para se realizar
um transplante cardíaco, considera-se como sinal de morte do
doador:
A) a parada dos movimentos cárdio circulatórios.
B) a parada cárdio respiratória irreversível.
C) a parada cardíaca definitiva.
D) a lesão cerebral irreversível.
E) a suspensão irreversível da atividade encefálica.
Comentários:
Bem, trouxe essa questão para acrescentar uma informação
importante. Então, hoje, quando falamos em transplantes temos que
observar a Lei dos transplantes, tanto no caso de doador morto ou vivo.
No caso daquele, a Lei n. 9.434, de 4 de fevereiro de 1997,
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regulamentada pelo Decreto n. 2.268, de 30 de junho de 1997 (que
revogou a Lei n. 8.489, de 19-11-1992), e pela Lei n. 10.211, de 23 de
março de 2001, em seu art. 4.º determina que: ―A retirada de tecidos,
órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra
finalidade terapêutica dependerá da autorização do cônjuge ou parente,
maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o
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segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por duas
testemunhas presentes à verificação da morte‖.
Segundo a doutrina a retirada de tecidos, órgãos e partes
poderá ser efetuada no corpo de pessoas com morte encefálica,
confirmada, segundo os critérios clínicos e tecnológicos definidos em
resolução do Conselho Federal de Medicina, por dois médicos, no mínimo,
um dos quais com título de especialista em neurologia reconhecido no
País. Tais procedimentos são dispensáveis quando a morte encefálica
decorrer de parada cardíaca irreversível, comprovada por resultado
incontestável de exame eletrocardiográfico. Assim, no caso de um
transplante cardíaco, segundo os especialistas, só seria possível com a
suspensão irreversível da atividade encefálica, já que para o sucesso
daquele, depende dessa suspensão.
Gabarito: E.
2) (PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia) No processo de
putrefação do cadáver se sucedem as seguintes fases, pela ordem:
00000000000
A) gasosa, cromática, coliquativa e de esqueletização.
B) cromática, gasosa, coliquativa e de esqueletização.
C) cromática, coliquativa, gasosa e de esqueletização.
D) gasosa, coliquativa, cromática e de esqueletização.
E) coliquativa, cromática, gasosa e de esqueletização.
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Vamos, agora, ver as fases de putrefação: Cromática ou
coloração, Gasosa, Liquidação ou coliquativa e Esqueletização.
Fase cromática ou coloração: Afora os livores, aparecerão outros tipos de
manchas, que são verdes. As manchas verdes aparecem porque as
bactérias que estavam no corpo da pessoa, e que não lhe faziam mal,
começam a se reproduzir no intestino, avançam para o sistema
circulatório e lá com o sulfohemo–lobina produzem mancha verde. Fase
Gasosa:
A
ação
bacteriana
produzirá
muitos
gases.
Fase
de
Liquefação: Na pele se formam os liquitemas, com material necrótico
dentro e mal cheiroso. Fase da Esqueletização: nesta fase ocorre a
putrilagem - resto das vísceras.
Gabarito: B.
3) (UEG - NÚCLEO - 2008 - PC-GO - Delegado de Polícia) Verificouse em um cadáver os seguintes fenômenos: rigidez generalizada,
esboço de mancha verde abdominal, reforço da fragmentação
venosa e desaparecimento das artérias do fundo de olho. Com
00000000000
base
apenas
nessas
observações
e
desconsiderando
outros
fatores ambientais, a morte teria ocorrido
A) de 2 a 4 horas.
B) mais de 8 e menos de 16 horas.
C) mais de 16 e menos de 24 horas.
D) de 48 a 72 horas.
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Comentários:
Meus caros, conforme apresentado pela doutrina, a rigidez
cadavérica pode manifestar-se tardia ou precocemente. Segundo
Nysten-Sommer, ocorre obedecendo à seguinte ordem: na face, nuca e
mandíbula, 1 a 2 horas; nos músculos tóraco-abdominais, 2 a 4 horas;
nos membros superiores, 4 a 6 horas; nos membros inferiores, 6 a 8
horas post mortem. A rigidez cadavérica desaparece progressivamente
seguindo a mesma ordem de seu aparecimento, cedendo lugar à flacidez
muscular, após 36 a 48 horas de permanência do óbito. No caso da
mancha verde abdominal influenciada pela temperatura do meio
ambiente, surge entre 18 a 24 horas, estendendo-se progressivamente
por todo o corpo do 3.º ao 5.º dia após a morte.
Gabarito: C.
4) (UEG - NÚCLEO - 2008 - PC-GO - Delegado de Polícia) São
sinais macroscópicos observados em um cadáver sugestivos de
que as lesões foram produzidas depois da morte:
00000000000
A) ausência de infiltrações hemorrágicas nos tecidos moles.
B) escoriações com desnudamento de derme e formação de crosta.
C) ferimentos com bordas afastadas.
D) presença de tonalidades das esquimoses.
Comentários:
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Mais
uma
novidade!
Podemos
definir:
hemorragia
"ante
mortem" - grande quantidade de sangue na cavidade intra-abdominal;
"pós mortem" - não há infiltração nas malhas dos tecidos. Nos demais
casos prova-se que as lesões podem ter sido antes da morte.
Gabarito: A.
5) (CEFET-BA - 2008 - PC-BA - Delegado de Polícia) O sinal mais
precoce de putrefação do cadáver é uma mancha verde que
aparece, primeiramente,
A) na cabeça.
B) no abdômen.
C) no tórax.
D) nas costas.
E) nos pés.
Comentários:
Essa, agora, ficou bem tranquila, ok? A mancha verde
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abdominal influenciada pela temperatura do meio ambiente, surge
entre 18 a 24 horas, estendendo-se progressivamente por todo o corpo
do 3.º ao 5.º dia após a morte.
Gabarito: B.
6) (FUMARC - 2011 - PC-MG - Escrivão de Polícia Civil) Constitui
um fenômeno transformativo destrutivo observado nos cadáveres:
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A) Calcifcação.
B) Corifcação.
C) Adipocera.
D) Autólise
Comentários:
Segundo o Genival Velosos de França, como já vimos, os
fenômenos transformativos podem ser de duas ordens: Destrutivos e
Conservadores.
Os fenômenos transformativos destrutivos se dividem em:
autólise,
putrefação
e
maceração.
Os
fenômenos
transformativos
conservadores se dividem em: mumuficação, calcificação, corificação e
saponificação. Vamos ver os conceitos de cada opção:
 Calcificação:
é
conservador
que
um
se
fenômeno
caracteriza
pela
transformativo
petrificação
ou
calcificação do corpo.
 Corificação
:
é
um
fenômeno
transformativo
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conservador muito raro, sendo encontrado em cadáveres
que
foram
acolhidos
em
urnas
matálicas
fechadas
hermeticamente, principalmente de zinco.
 Adipocera: conhecido também como saponificação, é
um
processo
conservador
que
se
caracteriza
pela
transformação do cadáver em substância de consistência
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untuosa, mole e quebradiça, dando uma aparência de cera
ou sabão.
 Autólise:
é
o
processo
de
destruição
celular,
caracterizado por uma série de fenômenos fermentativos
anaeróbicos que se verifica na intimidade das células e que
levam à destruição do corpo humano logo após a morte.
Gabarito: D.
7) (FUMARC - 2011 - PC-MG - Escrivão de Polícia Civil) Estudando
a evolução temporal da putrefação cadavérica, denominamos o
seu primeiro sinal externo visível de
A) circulação cutânea póstuma.
B) mancha verde abdominal.
C) combustão espontânea.
D) enfsema putrefativo.
Comentários:
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Vejamos, novamente, como se dá o avanço no processo
putrefativo na cronotanatognose:
 Período cromático, tem inicio com a mancha verde, entre a
18ª e 24ª horas, e a sulfomete-hemoglobina confere cor
verde enegrecida ao corpo todo até o fim da primeira
semana.
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 Período enfisematoso, se inicia por volta da 24ª horas, sendo
certo que o edema de face, genitália e circulação póstuma
de Brouardel, aparecem entre as 48 e 72 horas.
 Período coliquativo, tem inicio no fim da primeira semana e
se prolonga de maneira diversa, conforme o local em que se
encontra o cadáver.
 Período de esqueletização, começa entre a 3ª e 4ª semanas,
podendo ocorrer muito mais rapidamente nos cadáveres
expostos.
Gabarito: B.
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4-A
5-B
6-D
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