21 de junho noS CIneMAS

Transcrição

21 de junho noS CIneMAS
Ano III – nº 09, abril/2013
disney.com.br/filmes
www . exibidor . com . br
21 de junho NOS CINEMAS
©2013 Disney/Pixar
disneyexibidor.com.br
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12 de Julho NOS cINEMaS
disneyexibidor.com.br
Ano III – nº 09, abril/2013– Edição
de Aniversário
www . exibidor . com . br
Como estão os acordos e o que é necessário por
parte de cada envolvido no processo
Negócios
Novas Distribuidoras
independentes no mercado
Marketing
Importância da assessoria
de imprensa
Segurança
Itens para prevenção e
combate de incêndio
ohomemdeaco.com.brfacebook.com/ohomemdeaco
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editorial
Muito conteúdo e dois
aninhos para comemorar
Pois é, chegamos a dois anos de existência. O que parecia ser uma brincadeira ou aventura para os olhos de alguns, hoje é uma marca reconhecida e respeitada mundialmente
por entender das necessidades do exibidor brasileiro.
São dois anos, nove edições (contando com esta em sua mão), um portal de internet e
milhares de leitores. Milhares estes, que incluem o bilheteiro, porteiro, gerente e também todos os executivos dos escritórios centrais de exibição.
A Tonks, idealizadora e fundadora deste projeto, tem muito orgulho do que conquistou
nestes últimos dois anos e só tem a agradecer a seus colaboradores, patrocinadores e
parceiros.
E para comemorar estes dois anos de vida, nesta edição decidimos produzir um conteúdo mais encorpado e com um número de matérias e artigos maior em relação às
demais edições.
A edição é encabeçada pela matéria VPF. Já discutimos sobre o assunto algumas vezes. Mas desta vez, iremos explicar ao exibidor o passo-a-passo de todo o processo de
aquisição do plano de financiamento mais acessível a todos os portes de exibidores.
Iremos responder aos principais questionamentos como quem paga e quais são as responsabilidades dos integradores, distribuidores de filmes, fornecedores de equipamentos e, claro, do próprio exibidor.
Ainda chocada e impressionada com a tragédia ocorrida em Santa Maria (RS) no início
deste ano, a Revista Exibidor conversou com especialistas e apresenta uma matéria exclusiva explicando os itens de segurança e prevenção contra incêndio que o cinema deve ter.
Quando falamos em marketing, muitas vezes marginalizamos um braço importantíssimo desta área: a assessoria de imprensa. Preparamos uma matéria que aborda os
detalhes desta área e o relacionamento com o exibidor.
Também temos um especial contando os dois anos da Revista Exibidor e ainda três
artigos escritos pelos nossos queridos Dr. Marcos Bitelli, Igor Kupstas e Carla Sobrosa.
A edição que está em suas mãos é especial, por si só, pelo seu aniversário. Mas, se torna
mais especial pela qualidade das publicidades e por ser distribuída em primeira-mão
no Show de Inverno (em Campos do Jordão-SP). Por isso, não podemos deixar de
agradecer a duas pessoas que mais apoiaram e respeitaram a iniciativa da revista nestes
dois anos: José Maria de Oliveira e Mariana Marcondes, ambos da Espaço/Z.
Tenham uma ótima leitura e nos vemos em julho, com a 10ª edição.
Marcelo J. L. Lima
diretor e editor chefe da revista exibidor
6 Exibidor, abril-2013
Expediente
Edição e direção
Marcelo J. L. Lima
Redação
Natalí Alencar (MTB 51480)
[email protected]
Paulo Fernando
Cibele Gandolpho
Janaina Pereira
Projeto Gráfico e Direção de Arte
Raphael Grizilli
[email protected]
Assistente de arte
Fernando Martinello
[email protected]
Revisão
Talita Garcez
[email protected]
Comercial e anúncios
www.exibidor.com.br/anuncie
Tel.: (11) 4040 4712
Assinaturas
www.exibidor.com.br/assine
Tel.: (11) 4040 4712
de segunda a sexta das 8h30 às 17h30
Colaboradores
Carla Sabrosa, Igor Kupstas, Marcos Bitelli
Espaço/Z e Omelete
Impressão
Vox Editora
www.voxeditora.com.br
Tiragem de 2000 exemplares
Correspondência
Rua Ênio Voss, 78
São Paulo (SP) | 02245-070
Tel: (11) 4040 4705
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A Revista Exibidor é uma publicação trimestral da:
www.tonks.com.br
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Revista Exibidor.
Proibida a reprodução parcial ou total do
conteúdo sem autorização da Tonks.
Este exemplar faz parte do Acervo da
Cinemateca do Rio de Janeiro.
Espaço do Leitor
Queremos saber a sua opinião. Envie seus comentários para:
www.exibidor.com.br/contato
Li na edição de outubro que alguns exibidores em Londres estão adotando “pessoas com vestimenta Ninja”
para monitorar barulhos nas salas de cinemas. Que tal
alguns exibidores copiarem essa ideia? Não precisa ser
exatamente um Ninja, mas que tenha alguém para cuidar
e solicitar que alguns clientes falem menos ou não falem
durante a exibição. Não existe coisa mais desagradável
do que assistir um filme com alguém falando do seu lado.
!
Você pode ter a
coleção completa da
Revista Exibidor.
Entre em contato conosco e saiba
como adquirir as edições anteriores:
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Ronaldo Silva (Fox) – São Paulo (SP)
Parabéns por mais uma edição, Revista Exibidor!
Cine São Paulo – SP
Empresas e Instituições Citadas
A
Agência Febre // 60
AMC Cinemas // 26
ANCINE // 13, 21, 47, 48, 49, 55, 67, 68
Apple // 26
Arts Alliance // 48, 49
B
Barco // 51
Box Cinemas // 13
c
Folha de S.Paulo // 59
Fox Film // 50, 56
FSB Comunicações // 60
Playstation // 56
Procultura // 59
g
Quanta // 48, 49
GDC // 13, 49
Globo Filmes // 62
h
HarperCollins // 17
Hollywood Reporter // 16
Centauro // 49
Centerplex // 67
Cine 14 Bis // 60
Cine Ritz // 13
Cineart // 60
Cinemark // 13, 20, 21, 59, 60, 68
Cinematografia Araújo // 68
Cinépolis // 13, 20, 21, 56
Cinesystem // 59
Conteúdo Empresarial // 59
i
d
m
Datafolha // 64
DCI // 12
Deadline // 17
DGT // 48, 49, 51
Diamond Films Brasil // 54, 55, 56
Disney // 17, 50
Dolby // 66
e
Europa Filmes // 16, 56
Europa Games // 56
f
Filme B // 17, 48, 69
FocoBr // 13
8 Exibidor, abril-2013
q
r
RealD // 20, 21, 22, 66
Rede Globo // 26
Reserva Cultural // 59
s
Jonathan Cape // 17
SEDCMRJ // 68
Sigma // 14
Sony // 12
Sony Pictures // 50
k
t
Imax // 18, 68, 72
j
Kinoplex // 13, 60
l
Licentec // 29
MGM // 17
Ministério da Cultura // 48
MHD // 60
Mobz // 48, 49
Moviecom // 13
n
NEC // 51
NOSSA Distribuidora // 55
Nickelodeon // 18
p
Paramount Pictures // 14, 18, 50
Platinum Dunes // 18
Playarte // 59
TCSA // 29
TELEM // 48, 49
u
UCI // 12, 13, 20, 21, 72
Universal // 50
Universidade de Keio // 12
v
Variety // 17
Vinny Filmes // 56
w
Warner Bros. Pictures // 18, 50, 56, 68
x
Xbox // 56
Z
Zeta Films // 54, 55, 56
A Arts Alliance
Media já está
no Brasil
• Acordos de VPF já ativado para
o Brasil
• Obtenha até 100% de reembolso
do equipamento digital e TMS para o
seu cinema
• A AAM trabalha com cinema digital
desde 2003, mantendo relações sólidas
com estúdios, integradores e fabricantes
– e trabalhando com todos eles
• Temos experiência – mais de 3.800 salas
com VPF assinadas em todo o mundo
• Quase 15.000 salas com TMS instalado
Informações de contato:
Eric Stevens, Diretor Comercial
[email protected]
+44 20 7751 7500
www.artsalliancemedia.com
sumário
/p.46
Entenda melhor o financiamento que vai acelerar
a digitalização dos cinemas no Brasil
Notícias/12
Giro pelo mercado
Claquete.com/16
Novidades do cinema
Entrevista/20
Marlene Songin, vice-presidente da RealD
Artigo Mercado/26
As janelas e o mercado
Segurança/29
Itens necessários para prevenção e combate à incêndios
Negócios/54
Novas distribuidoras na indústria: Diamond e Zeta Filmes
Marketing/58
Papel e importância da assessoria de imprensa
Artigo Legislação/62
Os conflitos das políticas de incentivos
Artigo Panorama/64
Influências na ida ao cinema 2
Retrospectiva/66
Dois anos de Revista Exibidor
Agenda/70
Próximos lançamentos
Trajetória/72
UCI Cinemas no Brasil
11 Exibidor, abril-2013
notícias
Sony tem sistema de projeção
digital 4K aprovado pelo padrão DCI
A Sony anunciou recentemente no Japão que seu novo sistema de projeção de cinema
digital 4K passou em todos os testes requeridos pela DCI (Digital Cinema Initiatives).
O sistema integrado SRX-R515P inclui projetor e bloco multimídia.
Segundo a Sony, a aprovação foi feita com base na capacidade do projetor, que
possui imagens de ultra alta resolução (8,85 milhões pixels, o quádruplo que 2K)
e um Bloco de Mídia Integrado (IMB) para o gerenciamento seguro do conteúdo
do cinema digital. O sistema também oferece uma proporção de contraste 8000:1,
e é desenhado para salas com tamanhos menores de tela.
Os testes da DCI para os sistemas da Sony foram realizados pelo Research Institute
for Digital Media and Content, Universidade de Keio, no Japão, autorizado pela
DCI a realizar tais testes.
©Divulgação
Park Shopping Campo Grande ganha cinema
Em março, a rede UCI inaugurou sete novas salas digitais com
poltronas numeradas, sendo quatro com tecnologia 3D - no
Park Shopping Campo Grande, novo empreendimento na
zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ).
Segundo a diretora de marketing da rede, Monica Portella, esse
complexo de cinemas atingirá um novo público consumidor
para a Rede. “Com essas novas salas, poderemos atender os
espectadores de Campo Grande, cada vez mais exigentes, com
a melhor qualidade e tecnologia permitindo que o cliente UCI
tenha uma experiência única e inesquecível, perto de casa”,
destaca Monica.
Outros serviços oferecidos são o Destino Café e o Espaço
Festa. No primeiro, os clientes poderão degustar um saboroso
café expresso ou até mesmo uma soda italiana ou um delicioso
12 Exibidor, abril-2013
smoothie, além de folhados, croissants e tortinhas doces. Já no
Espaço Festa, os clientes poderão alugar o ambiente para realizar
uma festa particular.
©Divulgação
Complexo 100% digital no Centro-Oeste
©Divulgação
A Cinemark inaugurou em março o complexo do shopping
Goiabeiras, em Cuiabá (Av. José Monteiro de Figueiredo, 500
– Duque de Caxias). A 61ª unidade da Rede é a primeira, na
região Centro-Oeste, com 100% das salas digitais. O local conta
com sete salas, incluindo uma com tecnologia Extreme Digital
Cinema - XD e quatro salas 3D, totalizando 1.750 lugares.
“Cuiabá terá agora um cinema totalmente digital e tecnologia
avançada na sala XD, oferecendo ao público lazer e entretenimento de qualidade”, afirma Bettina Boklis, diretora de marketing da Rede Cinemark.
O novo complexo terá também quatro salas com tecnologia 3D.
Novo Centro de Treinamento para a indústria
audiovisual
A cidade de São Paulo ganhou um novo
Serão oferecidos os cursos: Assistên-
FocoBr, com alvo no treinamento de
Animação (Motion), Atuação para
centro de treinamento profissional: a
mão de obra para a indústria brasileira
do audiovisual. Serão oferecidos cur-
sos divididos em 3 níveis – Iniciação,
Especialização
e
Aperfeiçoamento,
ministrados por profissionais atuantes
no mercado.
cia de Câmera, Assistência de Direção,
Audiovisual, Captação de Som, Ceno-
grafia, Correção de Cor (Apple Color),
Direção de Arte, Direção de Cinema e
Televisão, Direção de Fotografia, Edição de Imagem (Final Cut, Premiere e
Avid Media Composer), Edição de Som
(Pro-Tools), Iluminação e Elétrica, Logagem de imagem e som, Maquiagem
e Efeitos Especiais, Maquinaria, Montagem, Operação de Câmera, Produção
Audiovisual, Produção entre outros.
Instalada em 1.700 m2 no bairro paulistano da Mooca, próximo à estação Belém do
Metrô e também do centro da cidade, a FocoBr pretende atender cerca de 200 pessoas.
Projetos credenciados no RECINE
Em março, foi divulgado pela ANCINE,
quatro projetos de exibidoras que foram
credenciadas no RECINE (Regime Especial de Tributação para o Desenvolvimento
da Atividade de Exibição Cinematográfica). No total, foram beneficiadas 16 salas:
12 no Kinoplex Dom Pedro, em Campinas
(SP); uma no Moviecom Taubaté (SP);
uma no Moviecom Jundiaí (SP); e duas no
Cine Ritz, em Goiânia (GO).
Foram aprovados em fevereiro 11 projetos
envolvendo um total de 240 salas de cinema, em todas as cinco regiões do país. Foram contempladas as seguintes empresas:
Box Cinemas (digitalização de 26 salas,
em 3 complexos); Cinemark Brasil (construção de dois novos complexos com 13
salas e a modernização de 20 complexos
existentes com um total de 159 salas); Cinépolis (implantação de 34 salas, dividi-
das em 5 complexos) e UCI Ribeiro Ltda
(construção do complexo UCI Kinoplex
Shopping da Ilha, em São Luiz, MA, com
8 salas).
Neste primeiro trimestre do ano, os projetos envolvendo a construção, instalação,
modernização e digitalização, já totalizam 256 salas de cinema.
Errata: Diferentemente do que foi publicado na edição anterior, o nome do CEO da GDC é Dr. Chong Man Nang.
13 Exibidor, abril-2013
portal exibidor
www.
.com.br
CinemaCon 2013
Um dos maiores eventos da área cinematográfica, a CinemaCon 2013, teve cobertura internacional do Portal Exibidor. Realizado em Las Vegas (EUA), de 15 a 18 de
abril, o encontro reuniu os principais agentes do mercado cinematográfico: exibidores, distribuidores, produtores, fabricantes, dentre outros.
Homenagens, novos produtos e tendências. Veja as fotos e reveja os principais acontecimentos em: exibidor.com.br/cinemacon.
Homenagem
O Gerente de Programação Gilson Cataldo comemorou 50 anos de serviços prestados
à Distribuidora Paramount Pictures. Ele é considerado o funcionário mais antigo da
empresa em todo o mundo e está recebendo muitas homenagens neste ano.
Conheça a carreira do profissional e as mudanças que ele acompanhou no mercado.
Acesse: tonk.es/gilson.
Dublagem
O mercado de dublagem cresce entre 10% a 20% por ano. Segundo banco de dados do portal Claquete.com, a quantidade de cópias dubladas aumentou quase 40% entre 2008 e 2012.
Com 45 anos de experiência, Jorge Barcellos pode não ser muito conhecido pelo nome, mas certamente você já ouviu a voz dele em alguma produção cinematográfica.
Radialista, ator, locutor e dublador, ele é o diretor da Sigma, principal empresa de dublagem do
mercado brasileiro conhecida por seu trabalho em grandes filmes e séries de TV. Em entrevista
concedida ao Portal Exibidor, ele comentou um pouco sobre a sua carreira e sobre suas perspectivas
para o mercado de dublagem no Brasil. Leia a entrevista completa em: tonk.es/barcellos.
fb.com/RevistaExibidor
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14 Exibidor, abril-2013
claquete.com
Europa Filmes distribuirá “O
Reboot de
Massacre da Serra Elétrica 3D” “Quarteto
A Europa Filmes fará o lançamento nacional da nova versão do terror O Massacre da
Serra Elétrica 3D - A Lenda Continua (Texas Chainsaw 3D), que chegará nos cinemas de todo o Brasil no dia 17 de maio de 2013, com cópias 3D e cópias 2D. O filme
é dirigido por John Luessenhop (Ladrões - Takers).
Para esta versão, a sinopse oficial é a seguinte: “Em 1974, uma tragédia atingiu um
grupo de cinco jovens, numa pequena cidade do Texas. Eles nunca imaginaram vivenciar algo tão macabro e doentio. Apenas uma garota conseguiu escapar para contar a
história, e os acontecimentos que se seguiram pareciam ter colocado um fim naquele
horror. O que poucas pessoas sabiam é que uma criança foi escondida daquela loucura
e cresceu sem saber sobre sua verdadeira família”.
Fantástico”
contrata novo
roteirista
©Divulgação
“O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”
atinge bilheteria de US$ 1 bilhão
©Divulgação
De acordo com o semanário Hollywood
Reporter, Seth Grahame-Smith (Abraham
Lincoln: Caçador de Vampiros - Abraham
Lincoln: Vampire Hunter) vai revisar o roteiro do reboot de Quarteto Fantástico.
O primeiro capítulo da trilogia de filmes baseados na popular obra-prima O Hobbit,
de J.R.R. Tolkien, O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (The Hobbit: An Unexpected
Journey) já ultrapassou a marca de um bilhão de dólares em bilheteria mundial. Até
meados de abril, o filme totalizou renda de US$ 301,4 milhões só nos Estados Unidos.
Jeremy Slater escreveu a primeira versão,
que deve explorar o lado sci-fi da mitologia do Quarteto. Josh Trank (Poder
Sem Limites - Chronicle) dirige o filme,
que terá produção Matthew Vaughn (X-Men - Primeira Classe / X-Men: First
Class).
Com o lançamento na China, onde o faturamento foi de US$ 37,3 milhões em 10
dias, a estimativa da bilheteria internacional, sem considerar os EUA, é de US$ 700
milhões, chegando a um faturamento global de US$ 1 bilhão. O longa se tornou o 15º
filme na história a ultrapassar o faturamento de um bilhão de dólares no mundo.
Ainda sem elenco definido, o novo Quarteto Fantástico estreia em 6 de março de
2015. As filmagens devem começar na
segunda metade de 2013.
16 Exibidor, abril-2013
“Oz - Mágico e Poderoso”
pode ter sequência
©Divulgação
Segundo informações divulgadas pela Variety, a Disney já planeja
uma sequência para Oz - Mágico e Poderoso (Oz the Great and
Powerful), de Sam Raimi. De acordo com a publicação, o ótimo
resultado do lançamento indica que o estúdio dará continuidade
ao projeto. Uma nota divulgada no boletim Filme B informou
que a Disney já encomendou o roteiro da sequência a Mitchell
Kapner, corroteirista de Oz.
O filme estreou nos EUA com renda de US$ 80,2 milhões, a
maior abertura desde O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (US$
84,6 milhões), lançado em novembro de 2012.
No Brasil, Oz estreou com público de mais de 600 mil e arrecadou
R$ 8,5 milhões.
Remake de
“Poltergeist”
será dirigido
por Gil Kenan
O remake de Poltergeist, que a MGM
oficializou em novembro de 2006 e
está sendo produzido por Sam Raimi,
será dirigido por Gil Kenan, de Cidade
das Sombras (City of Ember) e A Casa
Monstro (Monster House). As informações são do Deadline.
O dramaturgo David Lindsay-Abaire
será responsável pelo roteiro da refilmagem. Sua ideia, diz ele, é prestar um
tributo ao original de 1982, ignorando
todos os outros roteiros que circulavam
por Hollywood.
Novo livro de James
Bond sai em setembro
O novo livro da série 007 chegará às livrarias do Reino Unido no dia 26 de setembro. A data foi confirmada pelo site
oficial de Ian Fleming, criador do personagem, e marca os 60 anos da publicação de Cassino Royale (primeiro livro de
007) em 1953.
Ainda sem título, a nova aventura do
agente James Bond foi escrita por
William Boyd e será publicada no Reino Unido pela editora Jonathan Cape e
nos Estados Unidos e Canadá pela HarperCollins. Como esperado, o enredo do
novo livro é mantido em segredo. Sabe-se apenas que Bond terá 45 anos e que a
trama se passa em 1969.
©Divulgação
A promessa é levar os leitores de volta
ao Bond clássico, ao contrário de Carte Blanche, livro anterior da coleção
escrito por Jeffery Deaver, que transformou o agente em um veterano da
guerra no Afeganistão.
17 Exibidor, abril-2013
claquete.com
“Homem de Ferro 3” tem Filme das
cena inspirada no funeral Tartarugas
Ninja ganha
de Ayrton Senna
©Divulgação
data de
lançamento
O reboot de As Tartarugas Ninja, que
Michael Bay produz, ganhou uma data de
estreia definitiva. O filme chegará aos cinemas em 6 de junho de 2014. A data mostra
a importância que a Paramount está creditando ao projeto, já que o coloca na lucrativa temporada de lançamentos de verão.
Drew Pearce, um dos roteiristas de Homem de Ferro 3 (Iron Man 3), revelou em sua
conta no Twitter que a cena em que Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) segura o capacete
do Homem de Ferro foi inspirada em uma cena do documentário Senna.
O momento parece com o que Viviane Senna, irmã de Ayrton Senna, aperta a cabeça
contra o capacete verde-amarelo durante o funeral do piloto, morto em 1994.
Confira o trailer do filme no Claquete.com.
Jonathan Liebesman - Fúria de Titãs 2
(Warth of the Titans) - é o responsável pela
direção. A Platinum Dunes de Bay cuida
do filme para a Paramount Pictures e a Nickelodeon. Até aqui, a única contratada é
Megan Fox, que viverá a jornalista aliada
das tartarugas, April O’Neil.
“Interstellar” será coproduzido e
distribuído pela Paramount e Warner
A Paramount Pictures e a Warner Bros. Pictures anunciaram
que o filme do escritor e diretor Christopher Nolan, Interstellar
(ainda sem título em português), será coproduzido e distribuído
pelos dois estúdios, com a Paramount cuidando da distribuição
doméstica e a Warner Bros. distribuindo o filme internacionalmente. O longa tem estreia prevista para 7 de novembro de
2014 nos cinemas americanos, também na versão IMAX.
Baseado em roteiro original de Jonathan Nolan, o filme será
produzido por Emma Thomas e Christopher Nolan. Kip Thor-
18 Exibidor, abril-2013
ne será o produtor-executivo. O filme vai retratar uma viagem
heroica interestelar muito além do conhecimento científico.
“Como cineasta e contador de histórias, Chris tem entretido
continuamente o mundo com seus talentos extraordinários e
incomparáveis”, comentou Brad Grey, presidente e CEO da
Paramount Pictures.
Para Jeff Robinov, presidente do grupo Warner Bros. Pictures,
“Christopher Nolan é realmente um dos grandes autores trabalhando com filmes hoje em dia”.
A CinemArk Chegou A 500 sAlAs no BrAsil.
VENHA
COMEMORAR
COM
A
gENtE.
Desde a sua primeira sala, a Cinemark sempre trouxe
inovação e conforto para o seu público. e foi assim que
trabalhamos para fazer cada uma das nossas 500 salas.
Tudo para mudar o jeito de o brasileiro se divertir e ver filmes.
cinemark.com.br
19 cinemarkoficial
Exibidor, abril-2013
©
D
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ul
g
aç
ão
entrevista
Marlene Songin // RealD
RealD abre
escritório no
Brasil
P or : N atalí A lencar
Objetivo é se aproximar dos parceiros e conquistar novos clientes
L
íder mundial em tecnologia 3D, a RealD já tem um bom percentual do mercado brasileiro ao trabalhar com três grandes empresas exibidoras estrangeiras
que atuam por aqui: Cinemark, Cinépolis e UCI. No entanto, a empresa não
pensa em parar, ao contrário, quer fortalecer sua marca no País, estar mais
presente ao lado dos seus atuais clientes e conquistar novos exibidores.
Para tornar isso real, a RealD abriu um escritório local no Brasil. “Isso inclui assistência técnica para os exibidores”, explica a vice-presidente da companhia, Marlene Songin. A experiência bem sucedida em outros países reforça essa estratégia.
20 Exibidor, abril-2013
“Nós temos parcerias assim na Europa, China e Rússia e temos observado
crescimento nestes mercados depois
da abertura dos escritórios locais. Entendemos que todos os mercados são
diferentes e ao abrir uma “filial”, trabalhamos com a experiência local para
promover o cinema num nível maior”,
completa Marlene.
Outra estratégia para atingir o crescimento da marca em território nacional
é a participação nos principais eventos
dedicados à área cinematográfica, como
o Show de Búzios, realizado em novembro último. “Uma vez que mais exibidores tenham contato com a tecnologia da
RealD 3D e entenda os seus benefícios,
eles vão querer que seus clientes tenham
essa experiência visual e diferenciada”,
comentou a executiva em entrevista exclusiva concedida à Revista Exibidor durante uma visita ao Brasil.
Revista Exibidor – Como a RealD é
vista no mercado?
Marlene Songin - A RealD é a tecnologia de projeção 3D mais utilizada em
todo o mundo. Há mais de 22 mil telas
equipadas com RealD 3D em 68 países.
A empresa é líder na América do Norte,
no oeste da Europa e na Austrália. Atualmente, o foco é expandir nossa presença
em mercados em ascensão como o Brasil, China e Rússia. Similarmente, vemos
este País como um mercado em potencial
e estamos trabalhando com os exibidores
locais para que possam sentir a diferença
da experiência RealD.
Nosso sucesso é devido às vantagens tecnológicas em relação aos outros fornecedores de 3D. O sistema RealD 3D tem
o dobro de luminosidade na tela quando
comparado a outras tecnologias similares. Isso permite aos cinemas exibirem
filmes em telas gigantes e ainda obter
vantagens na projeção, como por exemplo, mais luminosidade e uma experiência visual mais imersiva, o que os clientes
finais adoram.
Exibidor – No Brasil, vocês são praticamente exclusivos da Cinemark,
Cinépolis e UCI, que são empresas
estrangeiras e provavelmente o contrato com elas envolve outros territórios onde vocês estão presentes.
Como vocês pretendem entrar no
mercado brasileiro com as exibidoras locais? Vocês já estão em negociação com empresários de pequeno porte?
Marlene - Nós tivemos várias conversas
produtivas com muitos exibidores no
Brasil. Alguns ainda não tiveram contato com a RealD 3D e quando eles têm,
imediatamente veem as imagens mais
brilhantes na tela e percebem a imersão
visual que a nossa tecnologia proporciona. É essa a chave do sucesso da RealD e
é o que tem acontecido no mundo todo.
Nós procuramos fornecer tecnologia
de ponta para os cinemas, só assim os
clientes finais poderão ter uma experiência diferenciada.
Nos preparamos há meses e acabamos de
abrir um escritório no Brasil, inclusive
com assistência técnica. Nós temos parcerias assim na Europa, China e Rússia
e temos observado crescimento nestes
mercados depois da abertura dos escritórios locais. Entendemos que todos os
mercados são diferentes e assim, trabalhamos com a experiência local para promover o cinema num nível maior.
Exibidor – E por que essa decisão
agora?
Marlene – A RealD tem uma base instalada já algum tempo no Brasil com a
Cinemark, Cinépolis e UCI e nós queremos desenvolver um relacionamento
mais próximo com nossos parceiros.
Parceria é um elemento importante
para a nossa estrutura de negócio e desenvolvimento. Nós somos o segundo
maior provedor da tecnologia 3D no
País, então temos uma grande parte do
mercado. Para reforçar essa base, vamos
abrir um escritório local para nos engajarmos mais com os exibidores. Acreditamos que uma vez que mais exibidores
tenham contato com a experiência do
RealD 3D e entenda os benefícios da
nossa tecnologia, eles vão oferecer essa
experiência visual e diferenciada para
os seus clientes finais.
Exibidor – E quais são as estratégias
para conquistar o mercado nacional?
Marlene - O objetivo é aumentar nossa presença. Além de abrir um escritório
local com assistência para os exibidores
no Brasil, o governo recentemente aprovou o programa “Cinema Mais Perto
de Você”, que ajudará o crescimento do
cinema digital no País. A RealD está
discutindo com as Agências do governo,
inclusive a ANCINE, algum benefício
do programa para facilitar a aquisição do
sistema e dos óculos RealD, o que fará
com que seja uma opção mais rentável e
com melhor custo benefício.
Estamos intensificando também nossa
presença em feiras, estreias de filmes, cabines para imprensa e outros eventos da
indústria. A RealD foi a empresa responsável por fornecer a tecnologia 3D para
21 Exibidor, abril-2013
entrevista
o Festival de Búzios, realizado em novembro último, e pretendemos continuar
com essa participação nos próximos anos.
Ultimamente, procuramos oportunidades para mostrar a experiência RealD
3D para os exibidores que não são nossos
clientes. Assim, pode-se provar que a tecnologia é superior e os exibidores podem
comprovar a diferença na luminosidade.
Os exibidores que já são parceiros ajudam novos clientes a entender os benefícios de nosso negócio.
pagas pela utilização do equipa-
É possível que os óculos sejam ma-
mento. No Brasil, a RealD continua-
nufaturados aqui no Brasil para di-
rá trabalhando com licenças ou tem
minuir o seu custo?
outros modelos que poderão ser
Marlene - Os óculos 3D da RealD são
manufaturados em muitas partes do
mundo. Procuramos constantemente olhar para os mercados que utilizam
nossa tecnologia e consideramos todas
as opções de óculos manufaturados para
otimizar o preço e avaliar para nossos
parceiros exibidores.
aplicados?
Marlene - A RealD tem múltiplos
modelos de acordos com as diferentes
necessidades e condições dos exibidores ao redor do mundo. Mas em todo
caso, o acordo que oferecemos tem
benefícios para os exibidores, incluindo equipamentos futuros de 3D que
passarem por upgrade e garantia completa sem custo adicional. Ao contrá-
Na RealD nós trabalhamos com os exiExibidor – Em sua opinião, por que albidores parceiros promovendo nosso neguns exibidores brasileiros preferem
gócio. Ao fornecer a tecoutros modelos 3D?
nologia 3D nas estreias,
E como vocês pretencabines e outros eventos,
dem mudar isso?
estamos coordenando com
Marlene - Nós temos
os estúdios o lançamento
O foco é expandir nossa presença em
muito trabalho a fazer
dos filmes e promovendo
mercados em ascensão como o Brasil,
no Brasil e estamos muinossa tecnologia.
a China e a Rússia.
to animados em mostrar
a RealD para aqueles
Exibidor – Quais são
Marlene Songin // RealD
que não tiveram contaas expectativas com o
to ainda e apreciamos
sucesso destas estraa lealdade e o suporte
tégias? que temos com nossos
Marlene - Estamos otiparceiros. Entendemos e
mistas com nosso crescimento no País.
rio de outros provedores de 3D, que
admiramos que o mercado brasileiro é
É um período dinâmico com a econoos exibidores têm tecnologias antigas
diferente de outros mercados no munmia crescendo, as iniciativas do governo
e não têm suporte para a evolução do
do, mas o que nós conhecemos é que os
que ajudam na digitalização, os con3D no cinema – como o HFR (High
exibidores também querem oferecer aos
tratos de VPF (Virtual Print Fee) em
Frame Rate). A tecnologia RealD 3D
seus clientes, e tem demanda para isso,
processo e a bilheteria forte. Acreditaestá em constante desenvolvimento
uma experiência visual 3D diferenciada.
mos que a tecnologia RealD 3D é uma
pelos seus engenheiros e cientistas.
A RealD está apta a oferecer o dobro
oportunidade para o mercado brasileiro
Procuramos garantir que nossos parde luminosidade do que qualquer outra
oferecer uma projeção com mais lumiceiros exibidores estarão sempre à
tecnologia 3D e isto é uma das razões
nosidade e que seja flexível para telas de
frente da projeção 3D.
de ser a líder global em 3D. Abrir um
qualquer tamanho.
escritório no Brasil e trabalhar com os
Exibidor – Os óculos da RealD são
exibidores locais, participando mais dos
Exibidor – Alguns exibidores critidescartáveis, mas alguns exibidores
eventos da indústria, conseguiremos facam o modelo de negócio da Rereutilizam por conta do preço, espezer com que os exibidores reconheçam o
alD, como por exemplo as licenças
cialmente por causa da importação.
valor da RealD.
22 Exibidor, abril-2013
O VPF do
exibidor em
boas mãos
TELEM, principal integradora para infraestrutura de
entretenimento na América Latina, DGT, líder na implantação
de cinema digital em salas independentes da América do Sul, e
Centauro, referência técnica com mais de 75 anos de tradição em
cinema, uniram forças para formar a Quanta DGT.
A nova empresa tem a solução completa para a digitalização de
cinemas na América do Sul e oferece ao exibidor a liberdade de
escolher o que lhe convém:
• Salas digitais completas
• Instalação
• Equipamentos
• Ferramentas de gerenciamento (TMS)
• Controle técnico on-line (NOC)
• Distribuição via satélite
• Assistência técnica
• Manutenção
• Treinamento
• Financiamento pelo BNDES
MKT20130321
Rua Othão, 285 - São Paulo - SP - CEP 05313-020 - Tel. (11) 2714-9750
DIGITALIZAÇÃO.
AGORA OU NUNCA!
O fim da distribuição de filmes no
formato de 35 mm marcado para
o final de 2013 certamente será um
marco para a indústria cinematográfica brasileira.
De um lado os distribuidores aguardam
este momento ansiosos, pois além da
economia gerada com as cópias digitais
eles verão seus filmes sendo exibidos num
maior número de salas.
Do outro lado, porém, os exibidores sem muita
escolha são forçados a migrar para esta nova
tecnologia, mas o desconhecimento técnico generalizado tem dificultado a tomada de decisão no
tocante à escolha dos equipamentos disponíveis
no mercado.
Temos visto muitas salas de cinema equipadas com projetores demasiadamente grandes, que além de serem mais
caros tem seu custo operacional elevado por conta de lâmpadas xenon mais potentes e da energia elétrica necessária
para seu funcionamento.
Em outros casos temos visto projetores demasiadamente pequenos, que apesar de terem um custo inicial mais atrativo tornam as projeções escuras (o que ainda piora com a utilização dos
sistemas 3D) reduzindo assim as possibilidades de retorno deste
alto investimento por conta da baixa frequência que a má qualidade
trás para alguns cinemas.
O que fazer então? Entendendo esta necessidade a equipe da Centauro Cinema vêm realizando um trabalho de conscientização junto aos
exibidores – principalmente os de menor porte – explicando que nem
sempre o menor valor de aquisição trará a melhor solução técnica para
cada projeto.
A Centauro Cinema tem sido eleita por muitos como a gestora técnica de
suas empresas. Assim podemos explicar tecnicamente nossas propostas comerciais e com o devido conhecimento todos passam a entender as soluções
e tecnologias disponíveis por nós apresentadas.
Contamos ainda com a melhor equipe técnica da atualidade que suportada pelos fabricantes vem atendendo às expectativas dos exibidores que aderiram aos
nossos planos de manutenção. Prestamos também serviços de monitoramento
remoto (NOC) além de possuirmos bases técnicas localizadas em São Paulo, Rio
de Janeiro e Recife que visam um atendimento avançado de forma mais eficaz às
demandas dos cinemas.
Ainda confuso com as siglas IMB, HFR e IMS? Então agende uma visita com a equipe
comercial da Centauro Cinema e traga o seu projeto que faremos um estudo técnico considerando as últimas tecnologias disponíveis além de elaboração de proposta comercial
sem compromisso.
Integradora oficial
A Centauro leva o seu cinema
para outra dimensão
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rua dos gusmões, 123 | são paulo - sp | 01212-000 | fone: 11 3331 8055 | [email protected] | www.centauro-cinema.com.br
mercado
Janelas indiscretas: podemos
todos ser amigos?
“J
anela” é como o mercado chama o espaço de tempo entre o
lançamento de um filme em
cinema, DVD, TV paga, aberta, etc. A existência das janelas, o tempo de
cada uma e como distribuidores, exibidores
e produtores lidam com elas formam uma
discussão antiga e polêmica.
E fez-se a luz
Vale lembrar que houve uma época em que
cinema era a ÚNICA janela, a primeira, a
mágica, a da sala escura, do lanterninha, da
pipoca, do encontro do casal, dos amigos.
Minha avó contava que ia ao cinema só de
roupa nova, com meu avô usando terno.
Meu pai não perdia uma oportunidade de ir
ao cinema para ver algum grande clássico de
Hitchcock, Truffaut, o novo do Scorsese, aliás, ele não saía do cinema porque não existia
outra forma de ver filmes. Talvez no corujão
da Rede Globo, com “reza braba”.
Comigo foi diferente. Eu nasci com o
VHS. Com oito anos vi Indiana Jones
e o Templo da Maldição (Indiana Jones
And The Temple Of Doom), Os Goonies
(The Goonies), Comando para Matar
(Commando) e tudo isso... em casa. O meu
playground, o arroz com feijão da minha
geração era a locadora. E isso não impediu
que eu me apaixonasse pelo cinema, quando, aos nove anos, assisti à terceira parte da
série Indiana Jones na telona. Eu passei a
comprar o jornal toda sexta-feira só para
acompanhar as estreias e as críticas do caderno de cultura.
P or : I gor K upstas
Com o DVD o salto foi em qualidade, diversidade e como nunca a relação mudou
também para o varejo, na aquisição e coleção
das mídias. Até que veio a internet.
Contatos imediatos em todos os graus
A digitalização e transmissão de filmes via
IP (Internet Protocol), seja através de streaming ou download, legal ou pirata, o upload
de vídeos, caseiros ou profissionais, e a capacidade de acompanhar novidades em todo
o mundo em uma velocidade nunca antes
vista (Gangnam Style!) formam o recreio
desta geração.
Falei um pouco na edição anterior da Revista Exibidor sobre o consumo de mídia
entre os adolescentes de 15 a 18 e como eles
têm pouca paciência. Para essa galera não
existe necessariamente o certo ou errado no
consumo de filmes, só existe a velocidade.
Eles já consideram outros modelos, como o
VOD (Video on Demand), algo natural.
Nos Estados Unidos, alguns distribuidores
têm lançado filmes independentes simultaneamente nos cinemas e no iTunes, a loja
virtual da Apple. Alguns chegam a lançar os
filmes primeiro no iTunes, no modelo chamado “pre-theatrical”, uma janela “zero” por
assim dizer. Depois, com os números de venda por município, realizam um lançamento
mais acertado nos cinemas. Para o distribuidor, as janelas se cruzam e se ajudam. Para os
exibidores, a ideia é a de um circuito menor,
porém mais eficiente. O público pode escolher a janela que preferir na hora que lhe for
mais cômoda, e, se o consumidor morar em
um local que não tenha cinemas, pode assis-
tir no lançamento, pagando, sem partir para
uma alternativa ilegal, que todos sabemos
existir e desrespeitar todo e qualquer acordo.
A saga continua
De modo geral os exibidores não gostam
desta conversa, temem que janelas múltiplas
e menores diluam a venda de ingressos e
tirem o impacto do filme que exibem. Dos
grandes exibidores dos EUA, somente a
AMC exibe filmes que sejam lançados Day
and Date no VOD.
Porém, é inevitável que as janelas mudem
com as gerações e cada vez mais rápido.
Hoje eu posso assistir a um filme no cinema,
no computador, no celular, na TV...
A TV não matou o cinema, o VHS não matou o cinema, o DVD não matou o cinema,
o VOD não matará o cinema. O que afetará
não só o cinema, mas a indústria como um
todo, é se as pessoas perderem a vontade de
ver filmes. Quanto mais ofertado e próximo
da nova realidade do público, mais relevante
a categoria filme se torna. E o melhor lugar
para se ver um filme é no cinema. Essa experiência continua mágica e sendo passada de
geração para geração.
O cinema é exclusivo, temporário, um evento. Noto um orgulho em cinéfilos de todas
as idades quando comentam “esse filme eu
vi no cinema!”. Há uma nobreza no cinema
que permanece inalterada mais de 100 anos
depois de sua invenção. Qualquer um que
é fã de cinema sabe disso. Seja um fã que
começou a ver filmes na TV, no VHS, no
DVD... em qualquer janela.
Igor Kupstas Janczukowicz | [email protected]
Jornalista formado pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduado em Marketing pelo Mackenzie. Entre 1999 e 2002 trabalhou no site
de cinema e-Pipoca, posteriormente sendo contratado pelo Marketing da Europa Filmes, onde atuou no lançamento de mais de 100 títulos por
seis anos. Atualmente é gerente de marketing digital da MOBZ.
26 Exibidor, abril-2013
Um Integrador, Muitas Soluções
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TREINAMENTO
A experiência na revitalização de Cinemas mais antigos, sabemos exatamente os serviços que
devemos prestar aos nossos clientes.
- Consultoria na área de TI para padronizar seus cinemas;
- Desenvolvimento, confecção e execução de projetos;
- Rede elétrica, rede de dados e rede telefônica VOIP/VPN internacional;
- TMS – execução física e lógica para cinema digital;
- Serviços de instalação de softwares;
- Venda e integração de equipamentos;
- Monitoramento de equipamentos remoto e presencial;
- Treinamentos especilizados para todas as áreas dos cinemas.
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segurança
Prevenção é o
melhor remédio
P or : N atalí A lencar
Exigências em segurança contra incêndio não são meros caprichos dos órgãos públicos, são
necessidades básicas para que o cinema seja considerado um local seguro
D
epois da tragédia ocorrida em Santa Maria (RS),
com mais de 240 vítimas fatais, as autoridades intensificaram as vistorias em diversos estabelecimentos de grande fluxo de pessoas, como os cinemas e
teatros. Logo, algumas salas foram interditadas e muitos exibidores ficaram na dúvida se estavam agindo corretamente e se
tinham os equipamentos necessários quanto à segurança contra incêndio. Além disso, os próprios consumidores estão mais
atentos e passaram a vigiar as condições destes locais.
Aquele famoso pensamento: “Comigo não vai acontecer” deve
ser extinto. Afinal, a prevenção é o melhor remédio e zelar pela
segurança do cliente não tem preço.
Para o Sargento do Corpo de Bombeiros, Alexandre Sanchis,
cuidar do cinema é um dever do proprietário, sem que haja a
obrigatoriedade dos órgãos públicos. “O primeiro a se preocupar
com o cinema tem que ser o proprietário, que antes de construir
ou reformar, deve analisar e estudar tudo o que é preciso para
que o local seja seguro. Por isso, deve sempre consultar pessoas
especializadas no assunto para verificar se todas as exigências
estão sendo cumpridas. Afinal, o objetivo é zelar pela saúde e
integridade do próximo, sempre, independente se é ou não uma
obrigação da prefeitura ou dos órgãos competentes”, salienta.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, de empresas de arquitetura e engenharia, como a TCSA e Licentec, consultadas pela Revista Exibidor, tanto a quantidade
de itens de segurança contra incêndio como a disposição dos
mesmos devem obedecer ao projeto do cinema, que varia de
acordo com o tamanho físico do local (altura, largura e capacidade), localização (rua, shopping, mercado) e construção (um
ou mais pavimentos).
Aqui, serão citados apenas os itens de uma forma genérica somente para ressaltar a importância e a necessidade de cada um
dentro do cinema. Vale lembrar que numa vistoria, o bombeiro
já vai direcionado a avaliar os riscos do local, que inclui, como
mencionado acima, diversas variáveis.
As informações a seguir são parte das Instruções Técnicas do
Decreto do Estado de S. Paulo 56.819/11.
29 Exibidor, abril-2013
segurança
Iluminação de emergência*
1
Sprinklers**
As rotas de saída devem ter iluminação
natural e/ou artificial em nível suficiente.
Mesmo nos casos de edificações destinadas a uso unicamente diurno, é indispensável a iluminação artificial noturna.
Também chamados como “chuveiros automáticos”, são instalados em diversos
pontos estratégicos para dispersão de água, de modo que seja suficiente e homogênea para conter o início de um incêndio. O dimensionamento do sistema é feito
de acordo com a severidade do incêndio que se espera.
2
Brigadas de incêndio*
Imprescindível quando a lotação do local é superior a 100 pessoas. A brigada
de incêndio ajuda a enfrentar situações de
emergência, por isso as equipes são orientadas a abandonar o local de forma segura e a combater os princípios de incêndio, além de prestar
os primeiros socorros. Deve-se levar em conta
a quantidade de pessoas que circulam, o grau
de risco do incêndio e os grupos ou divisões de
pessoas que estarão no espaço, tanto os clientes,
quanto os próprios brigadistas.
5
2
Extintores*
3
10
Destinado ao combate de pequenos focos de incêndio. No caso dos cinemas,
há três tipos: água, pó químico e gás
carbônico, que variam dependendo da
sua utilização (cabine de projeção, área da tela
ou plateia). Podem ser portáteis ou sobrerrodas.
A quantidade de extintores deve ser analisada de
acordo com a área a ser protegida, a distância a
ser percorrida até o extintor e os possíveis riscos
decorrentes de incêndio local.
Devem possuir selo de conformidade de acordo
com órgão competente e submetido a inspeções
e manutenções frequentes.
7
Alarmes de incêndio**
4
Deve ter duas fontes de alimentação:
sistema elétrico e outra constituída por
baterias, nobreaks ou gerador. Deve ser
audível em toda a edificação. Se houver
acionador manual, a distância percorrida não
pode ultrapassar 30 metros. Preferencialmente
os acionadores devem ser localizados junto aos
hidrantes.
Detectores e Controle de Fumaça**
5
Os detectores acionam o sistema de alarme quando há presença de fumaça.
Em seguida, o sistema de extração e controle, geralmente colocado nas rotas
de fuga, impede a propagação da fumaça e intoxicação das pessoas. Após a
exaustão é introduzido ar limpo no local.
*Itens necessários para qualquer cinema
**Itens necessários conforme estrutura e área do cinema, quantidade de salas, lotação de pessoas, etc.
30 Exibidor, abril-2013
Sinalização*
Hidrantes**
6
A quantidade de hidrantes deve ser calculada mediante a área
do cinema e a distância entre as salas, bombonière e bilheteria.
Os componentes do hidrante incluem: reservatório de água, que
pode ser subterrâneo e sistema de pressurização, peças hidráulicas, tubulação. A distância mínima percorrida até o hidrante deve
ser de 30 metros. As mangueiras devem estar acondicionadas de maneira a
facilitar o seu uso.
7
Serve para informar e guiar as pessoas tanto em situações de risco como
para evitar incêndios. É dividida em
cinco categorias: alerta (indica materiais e áreas com potencial risco); comandos (comandos que dê as condições de fuga);
proibição (proibir ações que iniciem incêndio);
orientação e salvamento (rotas de saída e ações
necessárias para seu uso); equipamentos (localização e tipos de equipamentos de combate).
A sinalização deve ser inspecionada periodicamente e substituída, caso suas propriedades físicas deixem de produzir o efeito visual para o qual
foram destinadas. Por isso, as placas devem ser
de materiais que resistam à água e agentes químicos e não devem propagar chamas.
Portas corta-fogo e à prova
de fumaça**
1
8
6
As portas devem conter dispositivos
mecânicos e automáticos, de modo
a permanecerem fechadas, mas destrancadas no sentido do fluxo de saída,
sendo admissível que se mantenham abertas
desde que disponham de dispositivo de fechamento, quando necessário.
9
4
Saídas de emergência*
Imprescindíveis quando a lotação do local
é superior a 50 pessoas ou quando há mais de
dois pavimentos. As larguras mínimas das saídas
de emergência, em qualquer caso, devem ser de
1,20 m, para as ocupações em geral. A distância máxima a ser percorrida para atingir um local
com segurança deve observar se a fuga é possível em apenas um sentido, se há na rota proteção de chuveiros ou detectores de fumaça. Se
houver escada, é preciso ter corrimão. As portas
das saídas devem ter barra antipânico e abrir no
sentido do trânsito.
8/9
Controle de Materiais de Acabamento*
10
3
Atenção especial aos materiais utilizados no acabamento e revestimento, que não devem propagar o
fogo ou desenvolver fumaça. Fazem parte deste item:
piso, paredes, teto, cobertura, materiais de isolamento
térmico e acústico. Em relação à infraestrutura do local, avalie os
materiais utilizados na fabricação de carpetes, cortinas e poltronas.
Os estabelecimentos irregulares podem ser interditados. Após a vistoria, os mesmos
têm o prazo de 15 dias para se adequarem, caso contrário, estão sujeitos à multa e à
continuidade da interdição, por parte das prefeituras.
31 Exibidor, abril-2013
WWW.KINOPLEX.COM.BR
Lipe, Cinthya, Carol,
Thaís, Guidão e Bê
estudam na mesma escola.
Mas, na verdade, é fora
da sala de aula que essa
amizade acontece.
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exibidor.com.br
capa
46 Exibidor, abril-2013
VPF
na prática
P or : M arcelo J. L. L ima
e
N atalí A lencar
Entenda
como funciona o financiamento que vai acelerar
a digitalização do parque exibidor brasileiro
D
esde que o VPF (Virtual Print Fee) entrou na vida dos exibidores, as dúvidas
são muitas e nem sempre as respostas são simples e de fácil entendimento. As
notícias informam apenas o que é e o que significa, mas não traduzem como
será na prática e o que será necessário por parte de cada segmento envolvido.
As empresas integradoras estão, cada vez mais, progredindo com os detalhes dos
acordos de VPF no Brasil e agora os exibidores precisam escolher com quem vão
trabalhar ou pelo menos começar a pensar no assunto.
Ao redor do mundo, a digitalização das salas já está em estágio avançado. Na América Latina, a mobilização foi um pouco tardia. Logo o Brasil sofreu as consequências e está bem atrasado em relação a outros países. Atualmente, segundo a
ANCINE, 30% do mercado brasileiro está digitalizado, ou seja, ainda há bastante
trabalho pela frente, muito em breve, não haverá mais a distribuição em 35 mm.
Dos países que ainda não completaram 100% da conversão das salas para o digital,
grande parte já está com prazo determinando para extinguir a película.
47 Exibidor, abril-2013
capa
Com a aprovação do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual) pela ANCINE e Ministério da Cultura, anunciado no final de
janeiro, o cenário tornou-se mais promissor. Afinal, serão disponibilizados R$ 140
milhões, além de um apoio não reembolsável de até R$ 6 milhões destinados aos
pequenos exibidores. Tudo isso para acelerar a digitalização dos cinemas no País.
Esse financiamento prevê a utilização do
VPF. Segundo a ANCINE, cabe ao integrador de VPF receber os recursos, importar
equipamentos, instalar os equipamentos,
negociar com os distribuidores os contratos
referentes ao VPF e receber os pagamentos
de exibidores e distribuidores para a cobertura do financiamento. Tarefa esta, que pode
ser conduzida por um agente externo ou até
mesmo por um grupo exibidor.
Com a aprovação do FSA, a meta da
ANCINE é digitalizar 1,4 mil salas em
18 meses.
Apenas a linha de crédito concedida pelo
governo não será suficiente para todo o
parque exibidor. Logo, serão necessários
outros esforços por parte do integrador
para conseguir fontes complementares,
que pode ser com os próprios fabricantes,
bancos privados e outras linhas de crédito e benefícios concedidos pelo governo.
“Os recursos do BNDES estarão disponíveis para todos os exibidores brasileiros, mas alguns destes preferirão recursos
oferecidos via fabricante, em função de
desejarem fazer a conversão rapidamente e o BNDES levar algum tempo para
ter a liberação. Nossa expectativa é que
de 50% a 70% das salas receberão recursos via BNDES e os demais 30% a 50%
lançarão mão de linhas oferecidas por alguns fabricantes”, explica Luiz Fernando
Morau, da TELEM.
Ele afirma que existe outra possibilidade que está sendo desenvolvida com os
fabricantes, de que estes ofereçam uma
carência, viabilizando a imediata conversão e possibilitando a posterior utilização
do BNDES.
“O mais difícil não é ter o acordo de
VPF, é ter o financiamento. O dinheiro
do BNDES não é suficiente, deve pagar
no máximo até 55% do financiamento
necessário, isso significa que os outros
45% precisarão vir de fonte privada de
financiamento, onde os juros são mais altos e é este o maior problema que os integradores vão enfrentar”, comentou Fábio
Lima, da MOBZ em entrevista realizada
na 5ª edição da Revista Exibidor.
Agentes Integradores
No Brasil, temos atualmente três empresas disponíveis como integradoras de
VPF: a Arts Alliance, a DGT e a Quanta.
A Arts Alliance, segundo o diretor comercial Eric Stevens, já assinou com 250
Salas digitalizadas
Apesar de seu crescimento econômico e posicionamento no contexto global, o Brasil ainda
precisa avançar muito em relação à conversão das salas de cinema. Em relação a outros
países, a diferença é gritante. Veja o percentual da digitalização em algumas regiões.
100%
60%
70%
100%
EUA – 70%
Europa – 60%
30%
Hong Kong e Noruega – 100%
Brasil – 30%
Fontes: Filme B e ANCINE
48 Exibidor, abril-2013
Como funciona
salas no Brasil e prevê dobrar essa quantidade nos próximos meses. Por enquanto, as negociações são confidenciais, mas
em breve os detalhes serão informados.
Na Europa, a empresa está com acordos
de VPF com todas as majors a partir de
2013. Até o final de 2012, a empresa
havia fechado com cinco distribuidoras
para a América Latina. No Brasil, a Arts
Alliance é representada pela MOBZ.
“Temos trabalhado com exibidores,
fabricantes e integradores de equipamentos, além de outros parceiros, para
garantir que estamos trazendo os componentes necessários para os exibidores
brasileiros”, comenta Stevens.
Sediada em Belo Horizonte (MG), a
DGT é comandada por seu CEO Tieres Tavares e COO Daniel Benitez, que
também é CEO da Bardan International,
empresa de distribuição de equipamento para cinema digital em toda América
Latina. Em novembro de 2012, a empresa divulgou a assinatura de contratos de
VPF com as seis majors de Hollywood.
“A DGT, mesmo antes de sua incorporação, vem negociando com um grupo de
15 exibidores e tem centralizado toda comunicação com os representantes deste
grupo”, conta Tieres Tavares.
Morau, diretor de marketing e vendas
Resultante da parceria entre TELEM e
Centauro, a Quanta decidiu unir a expertise e infraestrutura de ambas as empresas para oferecer aos exibidores o serviço
de gestão do VPF.
Visto o panorama geral, é hora de ir para
“Possuímos os acordos firmados com os
estúdios de Hollywood, restando apenas um, ainda em fase de negociação.
Nossos entendimentos com ANCINE
e BNDES estão avançados e entrando
na fase da constituição da SPE (Sociedade de Propósito Específico) para viabilizar o repasse do financiamento aos
Exibidores”, comenta Luiz Fernando
conveniente. O exibidor pode continuar tra-
da TELEM.
Outra empresa que tem demonstrado interesse em ser agente integradora de VPF
é a GDC, fornecedora de servidores, se-
diada em Hong Kong. Provavelmente a
empresa divulgará informações em breve.
a prática.
Uma vez que o exibidor assine o contrato de
VPF com o integrador, precisa definir qual o
fabricante de projetor e servidor lhes é mais
balhando com os mesmos fornecedores.
O fabricante escolhido deverá fornecer
ao exibidor uma proposta orçamentária
que além do custo do equipamento, deverá incluir os custos de garantia esten-
dida pelo período do VPF. Estes valores
deverão estar cobertos. O que exceder,
49 Exibidor, abril-2013
capa
Passo a passo
01
O Exibidor deverá se certificar que o integrador possua os acordos firmados com as majors (Disney, Fox, Warner,
Paramount, Universal e Sony); com as distribuidoras nacionais e com as independentes. Embora a maior parte
do VPF seja subsidiado pelos distribuidores norte-americanos, tendo em vista a quantidade de lançamentos, as
distribuidoras nacionais e independentes também entrarão nos acordos firmados na administração do VPF. E os integradores estão negociando os contratos em conformidade com os mesmos termos dos contratos com as majors.
02
03
05
08
A opção sobre o fabricante do projetor e do servidor que serão instalados na conversão
das salas é uma decisão do exibidor. O agente integrador pode sugerir e orientar, se o exibidor precisar e solicitar. Após isso, o fabricante deve fornecer uma proposta com o custo
do equipamento escolhido. Neste orçamento, deve-se considerar os custos da garantia
estendida por todo o período do VPF. Com base nos orçamentos, então, o exibidor poderá
escolher os equipamentos que melhor atenderem suas necessidades.
Os itens não cobertos pelo VPF serão pagos pelo exibidor, havendo
a possibilidade de que sejam incluídos no financiamento do BNDES,
tais como 3D (para exibidores com até 10 salas), áudio, hardware
dos serviços de satélite, instalação e treinamento.
04
Para selar o acordo e suas condições, um contrato deverá ser assinado entre o integrador e o exibidor. Pois será através deste instrumento que as distribuidoras envolvidas repassarão os montantes
referentes ao acordo VPF e, também, o BNDES homologará o processo de financiamento.
Se o Exibidor desejar manter a empresa de instalação de sua preferência, isso será possível, mas sem o financiamento desta despesa
pelo BNDES. O mesmo raciocínio se aplicará sobre o contrato de
manutenção dos equipamentos pelo período do VPF.
06
O canal de fiscalização de exibição e conteúdo entre o integrador e os exibidores será viabilizado por
sistemas de monitoramento à distância - LMS/TMS – (Library Management System / Theatre Management System), além do NOC (Network Operations Center) que será o canal de comunicação entre os
complexos participantes.
07
Cumprida as etapas anteriores, pode-se
afirmar que o exibidor está apto a participar
do VPF.
O integrador é responsável por receber o VPF devido em nome de cada exibidor participante no contrato. Ele repassará ao exibidor ou ao BNDES, quando
houver financiamento, os montantes do VPF. Isso se sucederá pelo período
de seis anos.
50 Exibidor, abril-2013
09
O exibidor continua com o processo de negociações com os distribuidores da mesma forma que vem fazendo até então. Este relacionamento continua sendo direto entre o exibidor e o distribuidor e não
sofre nenhuma interferência do integrador.
será pago pelo exibidor (a título de exemplo, equipamento 3D ou tela não devem
ser incluídos neste cálculo).
Papel do Integrador de VPF
O exibidor deve então definir qual será
a empresa responsável pela instalação
dos equipamentos. Muitos exibidores já
trabalham com empresas prestadoras de
serviços que irão, além de instalar, prover ao exibidor serviços de manutenção
dos equipamentos pelo período do VPF.
Estas negociações se darão diretamente
entre o exibidor e o prestador de serviços.
•Contratar com os exibidores os equipamentos;
•Pactuar o VPF com os distribuidores;
•Contratar o crédito no BNDES;
•Estudar outras fontes de crédito junto a outros bancos, caso necessário.
•Adquirir os equipamentos junto aos fabricantes;
•Auxiliar na instalação dos equipamentos nas salas de cinema;
•Manter centro de operações para o controle do funcionamento dos projetores;
•Receber os pagamentos do VPF e amortizar o financiamento;
“Uma vez que o complexo do exibidor esteja pronto e 100% conectado, poderemos
considerar tal complexo apto a participar
do VPF”, comenta Tieres, da DGT.
Outra empresa do setor que está anima-
Veja na página 50 um passo a passo mais
detalhado.
exibidores. Por isso, a companhia investe
da com o VPF é a Barco, principalmente
pelas vantagens da digitalização para os
no aprimoramento profissional. “A em-
A redução nos custos de importação dos
equipamentos é da ordem de 25%. Para
as 1.800 salas que precisam ser digitalizadas (exibidores brasileiros e estrangeiros), isso significará uma renúncia fiscal
de R$60 milhões. O RECINE está em
funcionamento desde setembro de 2012.
Fabricantes
presa, que já possui uma grande base ins-
Os fabricantes estão vendo com bons
olhos os acordos do VPF. A NEC, empresa de serviços e equipamentos para
cinema, tem acompanhando todo o processo no Brasil e vê nesse modelo de financiamento, um subsídio essencial para
todo e qualquer exibidor que deseja digitalizar suas salas.
ainda nos estoques de material de manu-
O acordo
forma rápida e eficiente, além do Centro
Escolher um agente integrador, nada
mais é que contar com o apoio e disponibilidade do mesmo para resolver e agilizar a negociação do VPF, tendo em vista
as limitações dos próprios exibidores e as
exigências do financiamento.
“A NEC possui um bom relacionamento
com os exibidores e integradores de VPF
e tem investido fortemente no Brasil para
poder dar um suporte diferenciado no
processo de digitalização do segmento
cinematográfico. Entendemos que o custo
total necessário para digitalizar o parque
exibidor brasileiro é bastante elevado e
que será necessário trabalhar junto aos
exibidores, integradores de VPF, distribuidores, outros fabricantes, órgão federais, reguladores e todos os demais players,
para que seja possível atingir o objetivo de
digitalizar todo o parque exibidor brasileiro num curtíssimo espaço de tempo”,
comenta Jorge Dantas, da NEC.
talada, tem investido na equipe técnica e
tenção para atender aos seus clientes de
de Treinamento para Cinema Digital,
que capacita profissionais técnicos do
mercado”, reforça Ricardo Ferrari, gerente de vendas da divisão Entertainment da
Barco na América Latina.
RECINE
Outro reforço importante do governo
que contribuirá com a digitalização das
salas de cinema, é o RECINE. Instituído pela Lei 12.599, de 2012, o proje-
to prevê a desoneração tributária por
meio do Programa Cinema Perto de
Você. Ou seja, suspende a exigência de
todos os tributos federais incidentes na
importação ou no comércio interno de
equipamentos e materiais de construção
para implantação ou modernização de
salas de cinema. A base de cálculo do
ICMS também fica reduzida.
Portanto, antes de assinar o acordo, procure esclarecer todas as dúvidas com cada
integrador. Questione os benefícios e o
envolvimento, expertise e disponibilidade de cada agente no tratamento do assunto com os exibidores, distribuidores e
demais envolvidos.
Estude o comportamento das empresas
no fechamento dos acordos em outras
regiões e o seu progresso no Brasil.
Os agentes integradores estão aproveitando os principais eventos do mercado para
explicar aos exibidores o que estão dispostos a oferecer, então aproveite também e
faça o mesmo para sanar as dúvidas.
51 Exibidor, abril-2013
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©Divulgação
Novas
distribuidoras
chegam ao
mercado
P or : J anaina P ereira
Diamond Films Brasil e Zeta Filmes apostam no cinema
independente e autoral
54 Exibidor, abril-2013
Maggie Smith em “O Quarteto”
Channing Tatum e Rooney Mara em
“Terapia de Risco”
O
ano de 2012 foi positivo para
o cinema brasileiro, e o resultado disso já pode ser visto em
2013. Segundo balanço divulgado em janeiro pela Agência Nacional
de Cinema (ANCINE), a arrecadação das
salas de exibição no ano passado foi de R$
1,6 bilhão, uma marca histórica. Isso representa alta de 12,13% em relação a 2011, com
público acumulado de 146,4 milhões. Com
um cenário tão favorável, o anúncio de duas
novas distribuidoras no mercado não chega
a ser surpresa. Diamond Films Brasil e Zeta
Filmes chegaram para conquistar espaço no
setor. A Revista Exibidor conversou com
representantes das duas empresas para saber
suas metas, estratégias e expectativas.
A Diamond Films Brasil chegou ao País
no início do ano para distribuir títulos da
indústria cinematográfica independente.
A empresa é constituída pela Telefilms
(de Tomás Darcyl, Ricardo Costianovsky
e Diego Halabi), que tem mais de 50 anos
de mercado e é a principal companhia na
aquisição de direitos de produções internacionais para o território da América
Latina. Entre os filmes lançados pela Telefilms nos últimos anos estão produções
como Menina de Ouro (Million Dollar
Baby), O Artista (The Artist) e O Discurso do Rei (The King’s Speech).
O grupo, a partir de 2010, fundou a Diamond Films, optando por distribuir diretamente seus filmes em todas as mídias nos
principais mercados da América Latina.
©Divulgação
Iniciou o trabalho pela Argentina, seguido
pelo Chile, e agora marca presença no Brasil e no Peru. À frente da Diamond Films
Brasil está Marco Aurélio Marcondes, sócio da NOSSA Distribuidora.
“Estamos em total sintonia, e a tendência
é lançarmos praticamente na mesma data
nossos filmes em toda América Latina.
Como sempre digo: não queremos abafar
ninguém, só queremos mostrar que fazemos
samba também. Neste primeiro ano teremos
entre 12 e 14 títulos, para 2014 este número
deve dobrar e seremos um player importante
no mercado”, revela Marcondes, que na Diamond assume o cargo de Diretor Geral.
Em relação à estratégia de marketing, ele
explica que a empresa pretende trabalhar
filme a filme de forma customizada, utilizando os recursos de forma otimizada e
em estreita relação com exibidores e produtores. Já sobre a NOSSA Distribuidora, Marcondes confirma que permanece
como sócio, e que a Diamond negocia
um acordo com a distribuidora brasileira.
“O objetivo é que Diamond e NOSSA
firmem um acordo visando apoiar os produtores brasileiros nos seus lançamentos”.
Após o lançamento, em março, do primeiro
filme da distribuidora no Brasil, O Quarteto (Quartet), estão programados para o segundo e terceiro trimestres os filmes: Chamada de Emergência (The Call), com a
atriz Halle Berry como protagonista; e Terapia de Risco (Side Effects), novo filme de
Steven Soderbergh, exibido recentemente
no Festival de Berlim e estrelado por Jude
Law e Catherine Zeta Jones. Outros títulos
já confirmados pela distribuidora, mas que
ainda não possuem tradução para o português, são a animação Escape from Planet
Earth; Before Midnight - sequência dos
sucessos Antes do Amanhecer (Before
Sunrise), de 1995 e Antes do Pôr-do-Sol
(Before sunset) de 2004 - e The Bling Ring,
novo filme da diretora Sofia Coppola, previsto para ser exibido pela primeira vez durante o Festival de Cannes, em maio.
Dos festivais para a distribuição
Realizadora dos festivais Indie e Fluxus,
a Zeta Filmes é uma produtora cultural
que atua em Belo Horizonte e começou
suas atividades em 1998 com a realização
de festivais, mostras, curadorias e exposições audiovisuais. Desde o começo deste ano a empresa iniciou carreira como
distribuidora de filmes para cinema. A
estreia aconteceu com o lançamento do
documentário em 3D do cineasta alemão
Werner Herzog, Caverna dos Sonhos
Esquecidos (Cave Of Forgotten Dreams).
Desde 2001, a Zeta Filmes é a realizadora
do Indie - Mostra de Cinema Mundial, que
incentiva a formação de público para o cinema independente e autoral, e também estimula a exibição de filmes inéditos, sem distribuição no Brasil. Muitas dessas produções
são de novos diretores que não conseguem
espaço para exibição no circuito de cinemas
brasileiros. Entre os diretores independentes
que já ganharam retrospectivas na mostra
estão Apichatpong Weerasethakul, Brillante Mendoza, Claire Denis, Charles Burnett,
Naomi Kawase, Philippe Grandrieux, Koji
55 Exibidor, abril-2013
negócios
Wakamatsu e Hong Sang-Soo. A partir de
2007, o Indie passou a ser realizado também
em São Paulo, e nos últimos anos foram
mais de 240 mil espectadores no total.
Alguns desses diretores, agora, poderão
chegar ao Brasil por meio da distribuidora
Zeta. É o caso do premiado cineasta tailan-
dês Apichatpong Weerasethakul, vencedor
da Palma de Ouro em Cannes 2010 com
Tio Boonmee, que Pode Recordar Suas
Vidas Passadas (Loong Boonmee raleuk
chat). O diretor já tem a distribuição de
seu último filme, Hotel Mekong (Mekong
Hotel), garantida também pela Zeta Filmes.
“A Zeta é uma produtora cultural que
tem 15 anos, fez festivais, exposições e
projetos de curadoria. Nosso primeiro
filme foi lançado no dia 25 de janeiro.
Temos o perfil independente”, informa a
representante da empresa, Daniella Azzi.
Outros filmes da Zeta que chegarão aos
cinemas brasileiros são Deixe a Luz Acesa (Keep The Lights On), do americano Ira
Sachs; e o drama húngaro Apenas o Vento
(Csak A Szél), dirigido por Benedek Fliegauf
e que ganhou o Grande Prêmio do Júri Urso de Prata – do Festival de Berlim 2012.
Os exibidores acenam positivamente quanto a entrada de novas distribuidoras. Uma
prova de que quanto mais diversificado o
mercado for, mais possibilidades terão as
salas de cinema para os seus clientes.
Para Paulo Pereira, gerente de marketing do
Cinépolis, a entrada das duas empresas no
mercado de distribuição de filmes vem em
boa hora. “Com o crescimento do mercado
brasileiro e a maior oferta de número de salas, é positivo o fato de ter a entrada de mais
distribuidores e, consequentemente, de mais
filmes. Além, é claro, de explorar mais segmentos de filmes para o público”, conclui.
Contatos
Diamond Films Brasil
CEO – Marco Aurélio Marcondes
[email protected]
Gerente de Operações – Mariana Lopes
[email protected]
Gerente de Marketing – Paula Lima
[email protected]
Gerente de Marketing online – Tainá
Saramago
[email protected]
Telefone geral: (21) 2283-6080
Zeta Filmes
(31) 3296-8042
www.zetafilmes.com.br/contato.php
Mudanças no mercado de distribuição
Desde o anúncio da fusão da Fox Film e
a Warner Bros. no Brasil, em junho do
ano passado, o mercado de distribuição
vem colecionando novidades. Hoje a Fox-Warner continua fazendo suas operações
de forma conjunta, mas lançando os filmes
separadamente. O principal lançamento da
Fox no ano passado foi o filme As Aventuras de Pi (Life of Pi), de Ang Lee, e da
Warner foi Batman : O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises), de
Christopher Nolan – ambos aconteceram
após a fusão.
56 Exibidor, abril-2013
Ainda em 2012, outra novidade: a volta da
Europa Filmes. A empresa, que estava fora
do mercado desde 2010, retomou a marca oficialmente em 1 de janeiro de 2013. A
volta da distribuidora fez com que a Vinny
Filmes se tornasse um selo da Europa Filmes para o mercado de vídeo.
Hoje a Europa Filmes vem investindo fortemente no cinema nacional, tendo algumas
das principais estreias de 2013, como os
filmes Colegas, de Marcelo Galvão, Uma
História de Amor e Fúria, de Luiz Bolognesi e Faroeste Caboclo, de René Sampaio. A distribuidora também anunciou que
ainda este ano vai lançar um novo selo, a
Europa Games, voltado para os fãs de
Playstation e Xbox.
marketing
Diálogo com
a imprensa
P or : C ibele G andolpho
Contratar uma assessoria permite ao exibidor manter uma boa
relação com jornais e revistas, gerenciar crises e ter sempre sua
marca citada de forma positiva na mídia
V
isibilidade e credibilidade são fatores indispensáveis no
mercado cinematográfico. Para os exibidores que pretendem ter uma imagem positiva perante a imprensa,
possuir uma comunicação institucional eficiente pode se
transformar em uma verdadeira ferramenta para alcançar esse objetivo. Nesse processo, a assessoria de imprensa executa o papel de
facilitador de relacionamento entre a empresa e a mídia.
Surgido no Brasil nos anos 70, o trabalho de assessoria de imprensa conquistou espaço nas décadas seguintes com seus avanços tecnológicos e a globalização. E para os cinemas, a história é a mesma
válida para as empresas de outros segmentos. Para se chegar aos
veículos de comunicação, a assessoria de imprensa administra todas as informações que possam se tornar atraentes e divulgadas.
Também orienta sobre o tratamento que se deve dispensar à mídia
em geral e no relacionamento com os jornalistas.
Fazer assessoria de imprensa não é a mesma coisa que fazer publicidade. Essa confusão paira muito sobre as empresas. Os
objetivos, métodos e resultados são bem
diferentes. A empresa não escolhe onde
e quando quer aparecer, como em um
anúncio. Um serviço de divulgação bem
feito de um exibidor e sua programação
agrega credibilidade à marca. A matéria
escrita por um jornalista passa muito mais
confiança para o leitor do que um anúncio
porque, no caso da propaganda, trata-se
da empresa falando de si mesma.
“O papel do assessor de imprensa atualmente já passou para um nível de consultor de
comunicação, onde é necessário ter estratégia e planejamento. Continua sendo importante como era antes, mas as novas tecnologias e os meios de comunicação tornaram o
trabalho algo mais complexo, principalmente depois do advento das mídias sociais. Não
basta ser criativo: é preciso saber abordar,
conduzir, ser sociável, ter contatos, ser ágil
e ter ética a fim de noticiar acontecimentos importantes para sua empresa”, afirma a
assessora de imprensa Glaucia Muniz, que
trabalha em uma grande agência paulista há
15 anos e também atuou em comunicação
interna em duas multinacionais.
Outro fator que deve ser levado em consideração é o momento de crise. No caso
dos exibidores, pode ser um incêndio, defeitos nas exibições ou até tiroteio dentro
da sala, como ocorreu em 1999, em São
Paulo. É comum ver notícias negativas
veiculadas na mídia em que uma empresa precisa responder a alguma acusação
ou esclarecer um caso que envolva o seu
nome ou de seus funcionários. “Neste
caso, o assessor de imprensa é peça fundamental para orientar o cliente e intermediar a conversa, a fim de chegar a
um retorno positivo da questão. Quando
uma empresa não se preocupa com sua
reputação, os erros de comunicação só
tendem a crescer”, comenta Glaucia.
Os grandes exibidores já entenderam a
importância da assessoria de imprensa e
a maioria já tem agências terceirizadas ou
equipes internas de comunicação.
Para Érica Amores, diretora de comunicação e imprensa da agência Conteúdo
Empresarial, que atende à rede Cinesystem, um dos principais diferenciais que
uma assessoria de imprensa de cinema
pode oferecer é agilidade. “Quanto mais
próximos estamos do nosso cliente e mais
rapidamente conseguimos levar informação em primeira mão para a imprensa,
melhor o resultado. Tivemos esta experiência quando a Rede Cinesystem foi
a primeira a noticiar nacionalmente, na
Folha de S.Paulo, o início da pré-venda
do último filme da sequência de Harry
Potter. Entender e acompanhar o mercado
cinematográfico também é essencial. No
caso da Rede Cinesystem, que tem várias
unidades em diferentes estados do país, a
assessoria de imprensa também atua como
Programação
A principal ferramenta de divulgação das
assessorias de imprensa para os cinemas é
a programação, realizada semanalmente. É
importante que as informações sejam passadas de forma clara para os jornalistas, já
que são muitas as redes e cada uma tabula
os dados do seu jeito.
Para a jornalista Ana Paula Campos, que
edita os roteiros de cinema em um jornal de
grande circulação de São Paulo, no início,
pode demorar um pouco para se acostumar com as tabelas, mas depois que se
compreende como cada rede se comunica,
fica mais fácil. Para ela, as programações
mais difíceis de formatar são aquelas em
Excel ou em PDF, porque não é possível
editar os horários de uma só vez, tem que
ser manualmente.
manual, eu preciso arrumar um por um. Se
vem no Word, é só usar a ferramenta ‘substituir’ que ele arruma todos os horários de
uma vez. Particularmente, eu gosto das programações da Cinemark, da Procultura e da
Reserva Cultural. A Playarte vem em Excel,
mas não chega a ser difícil porque eles colocam todos os horários em uma só coluna”,
explica Ana Paula. são os feriados, quando há quebra de programação, cada exibidor cria o seu próprio
período, o que também dificulta a digitação
da programação.
As constantes alterações de última hora
também são um problema, afinal muitos
veículos de imprensa, por conta de sua
periodicidade, não conseguem realizar
as mudanças.
Segundo o Portal Claquete.com, alguns cinemas enviam a programação em arquivos
com diferentes formatos. Outro problema
“Para as tabelas que vêm em PDF, eu até
consigo copiar e colar direto no roteiro, mas
para deixar o horário no formato do nosso
59 Exibidor, abril-2013
marketing
10 dicas para ter um bom relacionamento com a mídia
1. Matéria jornalística não é anúncio, portanto, nunca peça para
aprovar o texto ou ler a matéria do jornalista.
6. A
tualizar-se sobre as novidades do mercado cinematográfico para
não ser surpreendido com informações novas em uma entrevista.
2. S
empre peça para a assessoria de imprensa fazer um briefing
antes de cada entrevista, a fim de ganhar segurança e alinhar os
pontos a serem passados.
7. Evite comentários pessoais ou maldosos sobre concorrentes.
3. Jornalista não é um adversário e muito menos um amigo, então é
importante ficar atento à linguagem utilizada.
4. Nunca deixe um jornalista sem resposta para não “queimar” o
relacionamento. Mesmo que não possa participar da matéria, é
importante agradecer o contato e ficar disponível para uma próxima oportunidade.
5. Procurar ser simpático e claro nas respostas.
parceira local, colaborando com o marketing da rede de forma a fornecer informações estratégicas e peculiares a cada cidade
ou região onde estão as salas”, conta Érica.
Bettina Boklis, diretora de marketing da
Rede Cinemark, destaca que a principal
vantagem de ter uma assessoria terceirizada é contar com a expertise em divulgação,
relacionamento com a imprensa e compreensão dos valores e objetivos da empresa e
dos veículos de comunicação. “A assessoria
oferece à rede uma equipe completa e toda
a estrutura da agência, com ferramentas
específicas para a realização do trabalho.
A Cinemark conta com uma assessoria
especializada no mercado de cultura e entretenimento, o que diferencia ainda mais
o trabalho realizado”, diz. A Cinemark é
atendida pela Agência Febre desde 2005.
A Kinoplex também segue o modelo e
sempre manteve o trabalho de divulgação
feito por uma assessoria externa, atualmente liderada pela FSB Comunicações. “Sempre trabalhamos com uma agência, pois
acreditamos na importância desse trabalho, que deve ser realizado por uma equipe
60 Exibidor, abril-2013
8. Esteja disponível para entrevistas. De nada vale contratar uma
assessoria de imprensa se a fonte não tem tempo para atender
às solicitações.
9. Entender que, apesar de o jornalista ter feito muitas perguntas durante a entrevista, a matéria pode virar uma pequena nota. Cabe a
ele decidir o que será publicado.
10. S
eja pontual ao enviar a programação. É inconveniente ficar
pedindo alterações constantes, pois atrapalha o andamento
do fechamento dos veículos de imprensa.
qualificada e especializada”, explica Patrícia
Cotta, gerente de marketing da Kinoplex.
profissionalizar ainda mais o relacionamento com os jornalistas”, diz Marina.
A rede Cineart também terceirizou a
uma assessoria de imprensa suas divulgações para a MHD Comunicação, com
sede em Belo Horizonte. “Na Cineart, a
assessoria de imprensa é muito importante. No mix de comunicação, identificamos a assessoria como uma forma de
informar ao público, por meio de reportagens interessantes e de qualidade, as
novidades, expansão da rede, ações sustentáveis, lançamentos de novos complexos, curiosidades, entre outras atividades
que a empresa está desenvolvendo com a
mesma linguagem, dados e acompanhamento”, explica Marina Rossi, gerente de
marketing da exibidora.
Se a rede optar em formar uma assessoria
terceirizada, é importante trazer profissionais do mercado com experiência no segmento e que tenham em mente que assessoria não é apenas atender às demandas dos
jornalistas, mas sim saber planejar, ter estratégias e gerar crises. No entanto, quando a
opção é não ter sequer uma assessoria terceirizada, o trabalho com a imprensa precisa ser acompanhado de perto pela diretoria
para que não haja informações cruzadas e
divulgadas erroneamente. É o caso do Cine
14 Bis, cujas demandas de imprensa são
atendidas diretamente pelo diretor, Mauri
Palos. “Não dispomos de uma assessoria
de imprensa devido ao porte das cidades
de nossas salas. As demandas são quase
sempre locais e eu mesmo faço essa ponte,
atendendo aos jornalistas”, ressalta Palos.
Ela destaca ainda o trabalho em conjunto
da assessoria com a agência de publicidade. “É importante termos a assessoria
de imprensa como um grande reforço na
divulgação das campanhas criadas pela
agência de publicidade, para que elas
falem a mesma língua. Com o trabalho
conjunto, o marketing da rede consegue
Ao contratar uma assessoria de imprensa,
o exibidor deve levar em consideração a
reputação da agência, clientes já atendidos, se existe uma preparação para gerenciamento de crise, equipe e principalmente, relacionamento com a imprensa.
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legislação
Os
conflitos das políticas de
incentivos ao cinema brasileiro
O
modelo fomento à presença
do cinema brasileiro das telas
parte das premissas regulatórias fundadas em incentivos
públicos à produção audiovisual e em cotas compulsórias nas telas dos cinemas e
programadoras de TV por Assinatura.
Dentro deste contexto, é triste constatar que o embate entre cinema autoral
e cinema comercial surja novamente de
forma tão veemente, com críticas injustificadas a quem produz, distribui e exibe
filmes de sucesso de público.
Críticas absurdas são concentradas em
produtores brasileiros que fazem conteúdos comerciais, às distribuidoras, notadamente ao papel contributivo relevante da
Globo Filmes nestes projetos.
No Brasil parece que as economias de mercado são perniciosas. São diárias as investidas contra quem trabalha, põe dinheiro e
capital (e o próprio pescoço) a risco, com o
pedido de socorro à intervenção do Estado
(muitas vezes atendido).
Resultado disso na economia macrobrasileira é o “pibinho” de 2013, fruto da insegurança do investimento privado nas atividades
produtivas, notadamente pelo excesso de intervenção do Estado nos negócios, no modo
como as empresas devem atuar, o que as tornam, de certa forma, vítimas dependentes do
próprio Estado que muitas vezes os sufoca.
P or : M arcos A lberto S ant A nna B itelli
Há uma enorme confusão entre produção
audiovisual comercial e produção audiovisual cultural (autoral, não totalizante, independente, de experimentação, laboratorial ou qualquer nome que se queira dar).
Ambos os “tipos” de produção de conteúdos merecem incentivos e proteção. E,
uma modalidade não é melhor nem pior,
mais ou menos importante.
O fato é que deveriam valer os aforismas:
cada um no seu quadrado, uma coisa é uma
coisa outra coisa é outra coisa. Mas o óbvio
não acontece. Como escrevi certa vez, a ética na produção audiovisual está na adaptação da proposta e do orçamento dos filmes
ao seu propósito e ao seu público. Como o
dinheiro público ou incentivado disponível
não é “carimbado” gera essa disputa – muitas vezes por capricho ou ciúmes – entre o
“cult” e o “business”, porque ambos bebem
da mesma fonte de recursos legais.
A lógica dos negócios do audiovisual é a
mesma em qualquer parte do mundo. No
final alguém tem que pagar a conta. Notadamente é o público, dono do dinheiro que
tem o direito de decidir. Para isso, quando
o público quer fazer a “compra do mês” vai
a um hipermercado, quando procura uma
iguaria, uma trufa branca ou uma especiaria
rara, vai a uma mercearia especializada.
Assim, a lei ou regulação não pode culpar
ou obrigar o hipermercado a reservar pra-
teleiras para trufas brancas ou obrigar mercearias a venderem sabão em pó de cinco
quilos. É simples assim. E nem se diga que
a produção de sabão em pó brasileiro não
deva ser fomentada tanto quanto as trufas
brancas. Os dois merecem o mesmo incentivo, até porque um fabricante de sabão
em pó se estiver bem sustentável economicamente, poderá às vezes produzir trufas
brancas no seu sítio e presentear o público
com iguarias produzidas por quem entende
de produção industrial e, ao mesmo tempo,
tem a tranquilidade material para produzir
objetos raros cuja produção muitas vezes é
prejudicada pela insegurança (instabilidade) financeira de quem produz.
Por isso, seria bom que as cornetas parassem de tocar e que os agentes do
mercado do cinema pudessem atuar em
conformidade com as propostas objetivas
de seus projetos, pois há lugar para todos.
Não é apenas criando telas que se resolve isso, pois o público não vai ao cinema
somente porque ele está aberto, ele vai à
busca do que está na tela. Que se criem
mais mercearias onde o público possa
experimentar alternativas à produção comercial, sem que haja preconceitos a essa
necessária, útil e irrenunciável produção
sucesso de bilheteria; sem que se obriguem salas comerciais a carregarem mais
obrigações do que aquelas já impostas
pelas dificuldades naturais de ser empresário no Brasil.
Marcos Alberto Sant Anna Bitelli | [email protected]
Mestre em Direito pela PUC-SP, Coordenador do Curso Comunicação e Direito do Instituto Internacional de Ciências Sociais, Professor dos
Cursos de Pós-Graduação em Direito do COGEAE-PUC, Escola Superior da Advocacia da OAB-SP, especialista em Direito do Entretenimento, Autor de vários livros, consultor jurídico do Sindicato das Empresas Exibidoras do Estado de São Paulo, sócio de Bitelli Advogados.
62 Exibidor, abril-2013
panorama
O que influencia a ida ao Cinema? 2
N
o artigo anterior, abordei alguns
dos fatores que, conforme a literatura de comportamento do
consumidor, influenciam na escolha de produtos e serviços, como os econômicos (renda, preço) ou demográficos
(gênero, idade), entre outros. Vimos que
de acordo com cada indivíduo, os fatores
tem pesos diferentes. Nesta edição, vou trazer mais um pouco de teoria e uma breve
análise de alguns dados apontados pela 2ª
pesquisa sobre “hábitos de consumo no
mercado de entretenimento”, encomendada pelo Sindicato das Empresas Distribuidoras do Rio de Janeiro ao Datafolha.
Quando se trata de um produto cultural,
como um filme, ou um serviço cultural,
como a exibição cinematográfica, parece
lógico pensar que as motivações e as variáveis envolvidas neste tipo de consumo
são diferentes das que estão presentes no
consumo de outros bens. O pesquisador
Manuel Cuadrado acrescentou, a partir
de vários estudos sobre este tipo de produto/serviço, alguns objetivos do consumidor destes bens: 1) alcançar prestígio
social; 2) apreciar a atividade artística; 3)
buscar novas experiências; 4) combater o
tédio; 5) entreter-se; 6) obter valores ou
enriquecer-se; entre outros. Os pesquisadores Fabio Sá Earp e Helena Sroulevich
acrescentam que a ida ao cinema é normalmente uma atividade que não se realiza sozinho, e a necessidade de se optar
por uma alternativa que agrade a todos do
grupo faz com que muitas vezes as pessoas
assistam a filmes de gêneros ou temas que
não escolheriam se fossem sozinhos.
P or : C arla S obrosa
A ideia de que um grupo de pessoas escolhe um filme a partir da expectativa de que
satisfaça a média dos gostos de todos os envolvidos é algo que pode ser verificado pela
experiência individual: quem não se lembra
de ter negociado com o (a) namorado (a)
o que o casal vai assistir na sexta-feira, a
partir das opções disponíveis? Sá Earp e
Sroulevich lembram outra variável incluída
na escolha, a partir do momento em que os
grupos (casal, famílias, amigos) provavelmente farão outros programas antes ou depois do filme (70% dos frequentadores de
cinema, de acordo com a pesquisa do Datafolha, fazem): a existência de outros espaços de lazer e entretenimento próximos ao
cinema. A preferência pela sala localizada
em shopping center e a existência de livrarias e cafés dentro de alguns cinemas de rua
confirmam esta percepção.
Das pesquisas empreendidas por Cuadrado,
ele conclui que não é possível falar de um
público de produtos e serviços culturais, mas
sim de vários “perfis” de consumidores, o que
podemos imediatamente associar ao cinema: temos o público que gosta de filmes, de
maneira geral (e o assiste em uma das diversas mídias disponíveis atualmente); temos o
público das salas de exibição (aquele que, no
Brasil, adquiriu os 146 milhões de ingressos
vendidos em 2012); temos o público específico de determinado gênero de filme no
cinema. Só para dizer alguns.
A pesquisa encomendada pelos distribuidores descobriu que o público que gosta
de filmes, de maneira geral, é de quase a
totalidade de pessoas entrevistadas (quase
95% do universo pesquisado), enquanto o
público das salas de exibição é de aproximadamente metade da amostra (aumentou de 48 para 54% de 2007 para 2012).
A pesquisa também levantou que 37%
dos entrevistados preferem ação/aventura.
O documento de 287 páginas traz dados
muito relevantes para o setor, indicando,
por exemplo, que entre os entrevistados
que não vão nem uma vez por ano ao cinema (considerados “não frequentadores”
pela pesquisa), metade gostaria de ir mais,
e que o principal motivo pelo qual não
o fazem é por não ter tempo disponível.
Parece uma resposta fácil, para despistar
o entrevistador, pois dificilmente existe
outro tipo de entretenimento fora de casa
disponível durante tanto tempo quanto o
cinema (nas capitais, pelo menos, todos
os dias da semana, todos os dias do ano).
Pesquisas mais profundas sobre o uso do
tempo livre podem indicar que, de fato, o
que falta é interesse, devido à ausência de
um hábito que muitas vezes vem da infância (ainda de acordo com a pesquisa do
Datafolha, 31% dos frequentadores costumavam ir ao cinema com os pais).
A pesquisa dos distribuidores/Datafolha
é muito interessante, e deixa várias questões ainda no ar, perguntas que podem
ser aprofundadas, respostas que podem
ser investigadas. Os públicos de cinema,
como vimos, são vários. O seu é único,
especial. Que tal conhecê-lo melhor? No
seu site pode haver um pequeno questionário para o cliente. E você pode também
olhar nos olhos dele. Qual foi a última vez
em que você parou alguém na fila de um
cinema para saber mais sobre o motivo
dele ter ido exatamente ali, naquele dia?
Carla Sobrosa | [email protected]
Especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual, coordenadora de acompanhamento dos mercados de cinema e vídeo
doméstico da ANCINE, mestre em Comunicação pela UFF-RJ e professora. Sua dissertação de mestrado teve como tema o consumo de cinema
no Brasil após a entrada dos multiplexes estrangeiros, na década de 90.
O artigo é uma dissertação pessoal e não representa a opinião da ANCINE.
64 Exibidor, abril-2013
retrospectiva
No túnel
do tempo
P or : M arcelo J. L. L ima
D
ebater temas importantes, melhorar a relação do exibidor com o
cliente final e instruí-lo a conhecer melhor o seu negócio. Dentre
tantas outras facetas, a Revista Exibidor contribuiu e acompanhou o crescimento do mercado, celebrou conquistas e partilhou
angústias. Tudo isso em apenas dois anos.
Relembre os principais assuntos abordados em cada exemplar:
Edição
– Num ano em que o mercado celebraria crescimento nas bilheterias, surgiu a Revista Exibidor com sua primeira edição disponível em
abril de 2011 para exibidores e profissionais do mercado. Naquele período, o
3D vivia seu auge e os exibidores estavam numa corrida desenfreada para tê-lo em seus cinemas. A transição do 35mm para o digital já se fazia presente,
muito mais por conta do 3D do que por qualquer outro motivo. Por isso,
a matéria de capa trouxe um panorama das duas principais tecnologias 3D
presentes no Brasil: Dolby e RealD, apresentando ao leitor os benefícios e
diferenciais de cada uma delas.
Outra reportagem de grande interesse foi sobre as Pipoqueiras, que orientou
o exibidor a escolher a melhor máquina e os produtos ideais (milho, óleo e
sal) para o seu cinema.
Sempre preocupada com quem está no operacional, a publicação fez um alerta
sobre a utilização das Lâmpadas Xenon.
66 Exibidor, abril-2013
Edição – De olho nas tendências, a Revista Exibidor fez uma reportagem sobre
as Salas VIP. Atendimento, cardápio e estrutura foram alguns dos pontos abordados
para mostrar ao exibidor a diferença entre um cinema convencional e outro VIP.
A entrevista do mês contou com a participação do presidente da ANCINE, Manoel Rangel, que discursou sobre o relacionamento da Agência com o mercado.
Em alimentação, a matéria sobre a Distribuição de Bebidas relatou os problemas enfrentados pelos exibidores e a reportagem sobre a Carga Tributária trouxe ao empresário uma visão exemplificada dos altos impostos aplicados no valor do ingresso.
Além do conteúdo jornalístico, a Revista contou com conceituados articulistas que publicaram reflexões sobre temas variados. O advogado especialista na área de cinema, Dr. Marcos
Bitelli, discutiu a questão do ECAD e suas disputas judiciais.
Notas breves sobre produtos, empresas e negócios - uma espécie de giro pelo mercado
- foram incorporadas ao projeto por meio da seção: “Notícias”.
Edição
– Janela para o futuro. O assunto principal foi a Transmissão de
Conteúdo Alternativo Ao Vivo, como shows e eventos. A Revista explicou o
funcionamento e os equipamentos necessários para a transmissão via satélite e
a distribuição do conteúdo live streamming.
Mais uma nova seção foi inaugurada: Trajetória. Um espaço importante dedicado às empresas e profissionais do mercado. Quem inaugurou o espaço foi
a Centerplex, que tem sua história entrelaçada a um dos profissionais mais
emblemáticos do mercado exibidor: Sr. Eli Jorge Lins de Lima.
A higienização dos óculos 3D (máquinas e produtos para limpeza) e os Seguros de Responsabilidade Civil (importância, necessidade e benefícios) ajudaram a dar forma a mais uma edição.
Edição
– Ao completar quatro publicações, a Revista Exibidor já se consolidava como porta-voz dos exibidores e para comemorar com o setor, publicou um Guia
Especial com 50 Dicas para Bombonières. Houve grande repercussão e elogios dos
profissionais do mercado.
Na editoria de Tecnologia, a Revista dedicou atenção especial aos Servidores de Projeção Digital. O foco da pauta foi conscientizar o mercado sobre a necessidade de ter bons servidores.
A primeira matéria internacional trouxe aos leitores uma visão dos cinemas da Nova Zelândia, mostrando possíveis tendências.
O Prêmio ED, sempre presente em quase todas as edições, seja com breve menção ao
evento ou com retrospectiva e curiosidades, desta vez, teve cobertura completa com
fotos e detalhes da cerimônia.
Antonio Lima Neto, articulista da área de RH comentou sobre a importância do planejamento das empresas, que devem se preocupar não só com a aquisição de equipamentos, mas com o desenvolvimento dos profissionais, que estão no contato direto
com o consumidor final.
67 Exibidor, abril-2013
retrospectiva
Edição
– A edição do primeiro aniversário da Revista Exibidor foi coroada
com a sua distribuição, em primeira mão, num dos eventos mais importantes do setor:
O Show de Inverno.
O Cinema Nacional foi o assunto da vez, mencionando como é primordial o envolvimento de todos os agentes do mercado para o sucesso consolidado dos filmes brasileiros. A reportagem comentou as vantagens de o exibidor investir no Cinema Nacional.
Para isso, ouviu grandes produtores atuantes no mercado como Alain Fresnot, Diler
Trindade, Walkíria Barbosa e Mariza Leão.
O VPF (Virtual Print Fee) foi melhor explicado ao exibidor e em marketing, Dicas de
Como e Quando Mudar sua Marca, Logotipo e Identidade Visual.
A edição foi fechada com uma homenagem especial da Warner Bros. Pictures: “Um aninho de vida com conteúdo de gente grande”.
Edição
– As “Telonas” tiveram destaque merecido. O exibidor conheceu melhor
as telas gigantes Imax, a experiência XD da Cinemark e a Max Screen da Cinematografia Araújo. Ainda perpassando pelo mundo da tecnologia, os ATM’s – autoatendimento - e os seus benefícios foram abordados: diminuição das filas, agilidade, maior
visibilidade e venda 24hs são alguns dos muitos pontos positivos.
Mas nem só de inovações tecnológicas vive o exibidor. A especialista em regulação
da atividade cinematográfica e audiovisual, Carla Sobrosa, contribuiu com um artigo
sobre a Relação do Cinema com o seu Público. Em RH, o exibidor conferiu como
elaborar um Plano de Carreira para os funcionários.
O cuidado com cliente passa por vários caminhos, inclusive o da saúde. Limpeza e
Manutenção Preventiva dos Aparelhos de Ar Condicionado foi outro tema de destaque nesta edição.
Edição
– Timidamente o tema das Cotas de Telas apareceu na edição de nº 05,
mas o assunto renderia muito mais nesta edição. Diante da preocupação de alguns exibidores em não conseguir cumprir o estabelecido pela ANCINE, a Revista Exibidor
decidiu tocar no assunto e mostrar o que os exibidores questionavam e quais eram as
suas sugestões.
Felizmente, bons lançamentos fecharam o ano de 2012 e os exibidores cumpriram as
Cotas, mas a matéria foi decisiva para dar voz aos exibidores e mostrar como eles se
posicionavam sobre essa questão.
Uma pesquisa encomendada pelo SEDCMRJ (Sindicato das Empresas Distribuidoras
Cinematográficas do Município do Rio de Janeiro) revelou que a Internet era o principal
meio de informação dos clientes para obter a programação dos cinemas. Essa estatística
serviu de base para a pauta sobre os Meios Digitais e o Consumidor Final. A Evolução
das Poltronas também teve seu espaço.
E mais um profissional veio somar à equipe de articulistas: Igor Kupstas.
68 Exibidor, abril-2013
Edição
– Já virou tradição. Um guia completo com 50 dicas para Salas de Cinema trouxe orientações sobre atendimento, projeção, limpeza e acessórios. E assim é
muito provável que na 12ª edição, a primeira de 2014, os leitores sejam presenteados
com mais um super guia com 50 dicas sobre algum assunto.
Após quase dois anos, a Revista Exibidor se solidificou, mas não parou de inovar. O
calendário lançado na última página é prova do quanto o exibidor é valorizado pela
publicação. Feito especialmente para quem trabalha diariamente com Cinema, o calendário destacou a sexta-feira, período em que a programação de todos os cinemas é
divulgada oficialmente.
O diretor Fernando Meirelles foi o entrevistado desta edição e contou por que considera angustiante a relação entre exibidores e cineastas. A entrevista teve grande repercussão.
Uma visita aos cinemas da Itália fez o exibidor conhecer um modo diferenciado de
exibição: ao ar livre, uma alternativa para aproximar o povo e o cinema.
Extremamente elogiada, a edição foi citada no boletim Filme B com menção às principais matérias.
Edição
– Em mais uma edição de aniversário, muitas surpresas e novamente a
Revista foi distribuída no Show de Inverno. Uma matéria especial sobre o VPF na prática (página 46), outra sobre as Novas Distribuidoras que estão chegando no mercado
(página 54) e uma terceira sobre a importância da Assessoria de Imprensa (página 58).
Desfrute e até a próxima!
Portal www.Exibidor.com.br
Agora, além da Revista, os exibidores têm o
Portal Exibidor, uma amostra da Revista na
Internet. Atualizações diárias com notícias curtas,
diretas e relevantes compõem a estrutura do Portal.
A ideia foi reunir em um único local tudo que o
exibidor precisa saber para estar sempre bem
informado. Acesse e confira: www.exibidor.com.br.
69 Exibidor, abril-2013
agenda de lançamentos
Filme
03/05/2013
Direção
A INOCÊNCIA TERMINA AQUI.
FOX SEARCHLIGHT PICTURES apresenta em associação com INDIAN PAINTBRUSH uma produção SCOTT FREE‘Segredos de sangue’
MIA WASIKOWSKA MATTHEW GOODE DERMOT MULRONEY JACKI WEAVER NICOLE KIDMAN figurino KURT SWANSON BART MUELLER músicade CLINT MANSELL
desenhista de
diretor de
coprodutores WENTWORTH MILLER BERGEN SWANSON editor NICOLAS DE TOTH produção THÉRèSE DEPREZ fotografia CHUNG-HOON CHUNG
dirigido
produzido
produtores
escrito
por RIDLEY SCOTT TONY SCOTT MICHAEL COSTIGAN por WENTWORTH MILLER por PARK CHAN-WOOK
executivos STEVEN RALES MARK ROYBAL
24/05/2013
PROPRIEDADE DA FOX. SOMENTE PARA USO PROMOCIONAL. VENDA, DUPLICAÇÃO OU QUALQUER OUTRO USO DESTE MATERIAL É ESTRITAMENTE PROIBIDO. VERIFIQUE A CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA.
Nos Cinemas Selecionados
DO ACLAMADO DIRETOR DE OLDBOY
TRILHA SONORA
WWW.SEGREDOSDESANGUE.COM.BR
30/05/2013
31/05/2013
07/06/2013
14/06/2013
21/06/2013
70 Exibidor, abril-2013
Distribuidora
Ferrugem e Osso
(De Rouille et d’os)
Jacques Audiard
Marion Cotillard, Matthias Schoenaerts, Armand Verdure,
Céline Sallette, Corinne Masiero, Bouli Lanners, JeanMichel Correia
Sony
Somos tão Jovens
Antonio Carlos
Fontoura
Thiago Mendonça, Conrado Godoy, Nicolau Villa-Lobos,
Sandra Corveloni, Marcos Breda, Laila Zaid, Bruno
Torres, André de Carvalho
Imagem
Uma Ladra sem Limites
(Identity Thief)
Seth Gordon
Jason Bateman, Melissa McCarthy, Jon Favreau,
Amanda Peet, T.I., Genesis Rodriguez, Morris Chestnut,
John Cho, Robert Patrick, Eric Stonestreet
Universal
Vendo ou Alugo
Betse de Paula
Marieta Severo, Marcos Palmeira, Nathalia Timberg,
Silvia Buarque, Antonio Pitanga.
Europa
O Último Exorcismo - Parte 2
(The Last Exorcism 2: The Beginning of the End)
Ed Gass-Donnelly
Ashley Bell, Julia Garner, Spencer Treat Clark, David
Jensen, Tarra Riggs, Louis Herthum, Muse Watson, Erica
Michelle, Sharice A. Williams, Boyana Balta, Joe Chrest
PlayArte
Terapia de Risco
(Side Effects)
Steven
Soderbergh
Channing Tatum, Rooney Mara, Jude Law, Catherine
Zeta-Jones, Mamie Gummer, Vinessa Shaw, David
Costabile, Greg Paul, Laila Robins
Diamond
Confia em Mim
Michel Tikhomiroff
Bruno Giordano,
Fernanda Machado,
Mateus Solano
Paris
Reino Escondido
(Epic)
Chris Wedge
Vozes de: Josh Hutcherson, Amanda Seyfried, Colin
Farrell, Christoph Waltz, Beyoncé Knowles, Steven Tyler
Fox
Velozes e Furiosos 6
(Fast & Furious 6)
Justin Lin
Vin Diesel, Paul Walker, Jordana Brewster, Michelle
Rodriguez
Universal
Faroeste Caboclo
Rene Sampaio
Fabrício Oliveira, Ísis Valverde, Felipe Abib
Europa
Se Beber, Não Case - Parte III
(The Hangover - Part III)
Dan Goldberg
Bradley Cooper, Ed Helms, Zack Galifianakis, Justin
Bartha, Ken Jeong
Warner
Truque de Mestre
(Now You See Me)
Louis Leterrier
Jesse Eisenberg, Mark Ruffalo, Woody Harrelson,
Mélane Laurent, Isla Fisher, Dave Franco, Common,
José Garcia
Paris
Depois da Terra
(After Earth)
M. Night
Shyamalan
Will Smith, Jaden Smith, Isabelle Fuhrman, Zoë Kravitz
Sony
Odeio o Dia dos Namorados
Roberto Santucci
Heloísa Pérrissé, Daniel Boaventura, Marcelo Saback,
Daniela Valente, Danielle Winits, Toni Tornado, Fernando
Caruso
Disney
Segredos de Sangue
(Stoker)
Chan-wook Park
Mia Wasikowska, Nicole Kidman, Matthew Goode
Fox
Singularity
(Ainda Sem Título em Português)
Roland Emmerich
Josh Hartnett, Alice Englert, Tamsin Egerton
Europa
O Grande Gatsby
(The Great Gatsby)
Baz Luhrmann
Leonardo DiCaprio, Isla Fisher, Carey Mulligan, Jason
Clarke, Joel Edgerton, Tobey Maguire, Adelaide Clemens,
Callan McAuliffe, Amitabh Bachchan, Gemma Ward
Warner
Star Trek: Além da Escuridão
(Star Trek: Into Darkness)
J.J Abrams
Chris Pine, Zachary Quinto, Zoe Saldana
Paramount
The Place Beyond the Pines
(Ainda Sem Título em Português)
Derek Cianfrance
Ryan Gosling, Bradley Cooper, Eva Mendes
Paris
Minha Mãe é uma Peça
André Pellenz
Paulo Gustavo, Ingrid Guimarães, Fábio Porchat,
Gregório Duvivier
Paris
10/05/2013
17/05/2013
Elenco
Filme
Direção
Elenco
Distribuidora
Universidade Monstros
(Monsters University)
Pete Docter
Vozes de: Billy Crystal, Steve Buscemi, John Goodman,
Jennifer Tilly
Disney
Guerra Mundial Z
(World War Z)
Marc Forster
Brad Pitt, Eric West, Matthew Fox, David Morse, James
Badge Dale, Mireille Enos, David Andrews, Elyes Gabel,
Trevor White, Katrina Vasilieva
Paramount
Meu Malvado Favorito 2
(Despicable Me 2)
Pierre Coffin,
Chris Renaud
Vozes de: : Al Pacino, Jason Segel, Steve Carell, Miranda
Cosgrove, Moises Arias, Elsie Kate Fisher, Dana Gaier
Universal
O Cavaleiro Solitário
(The Lone Ranger)
Gore Verbinski
Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Armie Hammer,
William Fichtner, Tom Wilkinson, Barry Pepper, Ruth
Wilson, James Badge Dale, James Frain, Landall
Goolsby, Matt O`Leary,
Tait Fletcher
Disney
O Homem de Aço
(Man of Steel)
Zack Snyder
Henry Cavill, Amy Adams, Russell Crowe, Kevin Costner,
Diane Lane
Warner
Um Gladiador em Apuros
(Gladiators of Rome)
Iginio Straffi
Luca Argentero, Laura Chiatti, Julianne Hough
PlayArte
Concurso Público
Pedro
Vasconcelos
Fábio Porchat, Sabrina Sato, Danton Mello
Paris
Turbo 3D
(Turbo 3D)
David Soren
Vozes de: Ryan Reynolds, Samuel L. Jackson, Maya
Rudolph, Michelle Rodriguez, Paul Giamatti, Ken Jeong,
Bill Hader, Luis Guzmán, Richard Jenkins, Michael Peña
Fox
Wolverine: Imortal
(The Wolverine)
James Mangold
Hugh Jackman, Will Yun Lee, Tao Okamoto
Fox
R.I.P.D.
(Ainda Sem Título em Português)
Robert Schwentke
Ryan Reynolds, Jeff Bridges, Kevin Bacon, Mary-Louise
Parker, Robert Knepper
Paramount
Os Smurfs 2
(The Smurfs 2)
Raja Gosnell
Neil Patrick Harris, Hank Azaria, Christina Ricci, Jayma
Mays, Sofía Vergara, Tim Gunn, Alan Cumming
Sony
RED 2 - Aposentados e Ainda Mais Perigosos
(RED 2)
Dean Parisot
Bruce Willis, John Malcovich, Mary-Louise Parker, Helen
Mirren, Catherine Zeta-Jones
Paris
Círculo de Fogo
(Pacific Rim)
Guillermo del Toro
Charlie Hunnam, Idris Elba, Charlie Day, Rinko Kikuchi,
Maximillian Martini, Ron Pearlman
Warner
Suor e Glória
(Pain & Gain)
Michael Bay
Dwayne Johnson, Mark Wahlberg, Rebel Wilson, Rob
Corddry, Ed Harris, Anthony Mackie, Ken Jeong, Tony
Shalhoub, Vivi Pineda, Yolanthe Cabau, Emily Rutherfurd
Paramount
Percy Jackson: Sea of Monsters
(Ainda Sem Título em Português)
Thor Freudenthal
Logan Lerman, Alexandra Daddario, Douglas Smith,
Mark Birdsong
Fox
300: Rise of an Empire
(Ainda Sem Título em Português)
Noam Murro
Sullivan Stapleton, Evan Green, Lena Headey, Hans
Matheson, Rodrigo Santoro, David Wenham, Igal Naor
Warner
Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos
(The Mortal Instruments: City of Bones)
Harald Zwart
Lena Headey, Aidan Turner, Lily Collins, Jonathan Rhys
Meyers, Jamie Campbell Bower, Jared Harris, Robert
Sheehan, Kevin Durand, Kevin Zegers
Paris
The Internship
(Ainda Sem Título em Português)
Shawn Levy
Owen Wilson, Vince Vaughn, Will Ferrell
Fox
Se Puder...Dirija!
Paulo Fontenelle
Luiz Fernando Guimarães, Leandro Hassum, Lavínia
Vlasak, Bárbara Paz, Reynaldo Gianecchini, Sandro
Rocha, Eri Johnson
Disney
28/06/2013
05/07/2013
12/07/2013
19/07/2013
26/07/2013
02/08/2013
09/08/2013
16/08/2013
23/08/2013
30/08/2013
71 Exibidor, abril-2013
trajetória
UCI aposta em qualidade
e tecnologia
©Divulgação
A
United Cinemas International
(UCI) decidiu investir no Brasil
em 1995, época na qual o mercado europeu começava a demonstrar sinais de saturação e as empresas
do setor estavam altamente capitalizadas.
Nos primórdios da estabilização da economia brasileira, o país possuía, obviamente,
menos salas do que nos dias de hoje, fato
que atiçava ainda mais o interesse das
grandes companhias de entretenimento.
Em 1997 foi o momento para inaugurar
o primeiro complexo no Shopping Estação, em Curitiba (PR). No Rio de Janeiro
e em São Paulo, a rede chegou em 1999,
respectivamente com as inaugurações na
Barra da Tijuca e no Shopping Jardim
Sul. Em 2000, foi a vez do Shopping
Anália Franco, em São Paulo (SP).
Além de reforçar o conceito “multiplex”
no Brasil, a rede de origem inglesa, que
desde 2005 é controlada pela National
Amusements, chegou às terras tupiniquins introduzindo outras inovações,
como telas maiores, salas stadium, poltronas largas e confortáveis, ofertas inovadoras de alimentos e bebidas e sofisticações
nos sistemas acústicos, de imagem e som.
72 Exibidor, abril-2013
UCI Campo Grande, o último complexo inaugurado pela rede
P or : P aulo F ernando
“O Plano Real estava se mostrando bem-sucedido, o que dava uma certa segurança às empresas para realizarem projetos de
longo prazo”, recorda a diretora de marketing da exibidora no país, Monica Portella.
As principais dificuldades encontradas no
início da operação brasileira da UCI foram
a diferença cultural e o alto nível de burocracia, conforme explica a executiva, ressaltando que esses obstáculos foram superados ao
longo do tempo pelo aprendizado adquirido
na maneira de fazer negócios no Brasil.
“É por isso que as expectativas em relação
ao mercado brasileiro continuam sendo
boas”, afirma. Devido à melhor distribuição
de renda, a multinacional espera continuar
abrindo salas em diversas regiões e modernizando as instalações dos cinemas já existentes, com a introdução de novos serviços.
“O Brasil está dentro do cenário das novas
tendências tecnológicas”, justifica.
Ao longo de sua trajetória no país, a UCI
Cinemas inaugurou 18 complexos, apostando em qualidade e tecnologia. Hoje, a rede
tem 160 salas espalhadas por Rio de Janeiro
(RJ), São Paulo (SP), Ribeirão Preto (SP),
Curitiba (PR), Salvador (BA), Recife (PE),
Fortaleza (CE) e Juiz de Fora (MG).
Segundo o ranking da Rentrak, instituto
verificador para empresas de entretenimento, o líder absoluto de público nacional em 2012 foi o cinema UCI New
York City Center, com um total de mais
de 1,9 milhão de espectadores, número 5% maior que o atingido no ano de
2011. Juntamente com o UCI Norte
Shopping, UCI Orient Iguatemi Salvador e UCI Kinoplex Iguatemi Fortaleza, os cinemas da rede ocuparam os
quatro primeiros lugares neste ranking
de público em 2012, com a marca de
6.365.103 espectadores alcançados.
No UCI New York City Center, o maior
complexo de cinemas do Brasil, a rede
oferece dois grandes diferenciais: o UCI
De Lux, um espaço premium com duas
salas VIP, bar, elevador e bilheteria exclusivos; e a sala IMAX. A exibidora também possui uma segunda sala IMAX em
São Paulo, no UCI Anália Franco.
O último complexo inaugurado pela UCI
foi no Park Shopping Campo Grande, na
zona Oeste do Rio de Janeiro, com sete
salas, todas no formato digital e com poltronas numeradas. Por enquanto, a rede
não tem previsão de novas inaugurações.
Projetando
a magia
Uma combinação perfeita para cada tela de cinema
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VERIFIQUE A CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA DO FILME
Calendário
auto-adesivo
Calendário Exibidor
Destaque o Calendário de lançamentos e cole
no seu monitor (conforme a imagem).
Tenha sempre à vista as datas das próximas
produções cinematográficas.
apoio:

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