Moradores da região dizem não a torres no parque da Caio Prado.

Transcrição

Moradores da região dizem não a torres no parque da Caio Prado.
Ano VII - nº
97
São Paulo - SP - Março 2012 - Publicação mensal
Moradores da região dizem não
a torres no parque da Caio Prado.
Linhas Centrais
Baixo de viaduto vira
“Ponte da Música”. Pág. 4
Empreendimentos
centrais
“Escritórios inteligentes”,
na Consolação. Pág. 5
Saúde no Centro
Mobilização social para
o Dia Mundial da Saúde
Pág. 8
As construtoras Setin e Cyrela projetam a
construção de quatro torres, reservando 1.000 m²
para parque público. pág. 3
Comunidade
Ações Locais
homenageiam servidores públicos. Pág. 12
2
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SP - Março de 2012
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O Centro precisa de um vereador
Centro Velho
Banca Líbero – rua Líbero Badaró, 413
Banca Martinelli – Pça Antonio Prado
Banca Pça Antonio Prado – Pça Antonio
Prado
Banca Largo do Café – Lgo do Café
Banca das Apostilas – rua Boa Vista
Liberdade
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Banca Portal da Liberdade – rua Galvão
Bueno, 161
Revistaria Brasilis - Av. Liberdade, 472
Bela Vista
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Paula, 23
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Banca Estadão – viaduto Nove de Julho,
185
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Julho
Banca da Rocha – Rua Rocha, 132
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(em frente Pharma & Cia);
Centro Novo
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Gaspar
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República
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Banca Sta Cecília – Largo Sta Cecilia
Expediente
Vila Buarque
Banca Praça do Rotary – rua Gal. Jardim
Banca Consolação – rua Dona Antonia de
Queiroz, 436
Este ano teremos eleições municipais. Os eleitores de toda a cidade
votarão para eleger um novo prefeito e 55 vereadores. O Centro não
tem sido reduto eleitoral de nenhum vereador, por isso, legislatura após
legislatura, não conta com um que se dedique a conseguir recursos
e benefícios especificamente para a região. Mas, aparentemente, não
há uma explicação plausível para isso. Afinal, população fixa a região
possui, eleitores para eleger um ou mais vereadores, também. Atualmente, as duas zonas eleitorais (1ª e 3ª), que cobrem os bairros do
Centro, reúnem mais de 255 mil eleitores aptos para votar.
De quatro em quatro anos, a maioria dos candidatos à vereança
faz campanha junto aos eleitores da chamada “área mais emblemática
da cidade”, conquista dezenas, centenas e até milhares de votos, mas
durante a legislatura os mandatos servem somente aos redutos eleitorais desses políticos - geralmente os bairros onde residem ou de onde
vieram, nada resultando da atuação parlamentar que favoreça a região.
Se não tem problemas estruturais, como as demais regiões da cidade,
o Centro convive com grandes, sérios e constantes problemas, potencializados e agravados a cada dia, devido ao tamanho de sua população
flutuante: de 2 a 3 milhões de cidadãos originários das demais regiões,
frequentam a região central seja como localidade de trabalho ou simples
“corredor” de passagem. Esses cidadãos, em geral, tem baixíssimo
apego às coisas do lugar - especula-se que, provavelmente, por não
viverem nele as 24 horas do dia. A população fixa que ouve nos discursos
políticos que a região central é privilegiada, tem de tudo; ainda reclama
de vagas em creches e escolas públicas e da deficiência no atendimento
do postos de saúde pública, apenas para citar os principais.
A postura desses políticos é, no mínimo contraditória, pois como
não há no país o voto distrital, os vereadores deveriam trabalhar por
toda a cidade e não especificamente por uma região ou bairro. Aliás,
isso nos leva a questionar por que a classe política não se empenha
por emendas constitucionais que estabeleçam o voto distrital.
Para entender melhor porque os moradores do Centro se consideram abandonados pelos vereadores e se suas reclamações são pertinentes, a partir da próxima edição (nº 98) o Centro em Foco inaugurará
a sessão Vereador em Foco.
Carlos Moura
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SP - Março de 2012
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Fotos: José Bernardes
Comunidade se opõe a construção
de prédios no parque da rua Caio Prado
As empresas Cyrela e Setin
apresentaram por meio de
audiência pública na quinta-feira
(22), à Secretaria Municipal do
Verde e do Meio Ambiente, o
projeto Nova Augusta. As duas
incorporadoras planejam construir quatro torres de prédios
de apartamentos no terreno
de 24,6 mil m², entre as ruas
Augusta, Caio Prado e Marques
de Paranaguá - hoje predominantemente de área verde
-, destinando pouco mais de
1.000 m2 a um parque público,
há muito tempo reivindicado
pelos moradores da região à
Prefeitura.
A área que já foi do Colégio Des Oiseaux, pertence
atualmente ao ex-banqueiro
Armando Conde (BCN), que
atualmente explora boa parte
dela por uma franquia de estacionamento. Há cinco anos,
porém, a Prefeitura de São Paulo
decretou utilidade pública para
o terreno. A desapropriação
contemplaria a comunidade
local com a implantação de um
parque municipal.
Recursos - O problema é
que o atual proprietário não
vende essa área por menos
de R$ 30 milhões. Valor que a
Administração Municipal não
teria disponível para concretizar
a desapropriação da área, que
segundo moradores e estudiosos guarda uma boa porção de
mata atlântica. Enquanto permanece o impasse, quatro grandes
incorporadoras já apresentaram
propostas para construírem
prédios de alto padrão.
Opositores a projetos que
acabariam com a área verde,
como a advogada, presidente da
ONG Ecóleo e diretora da Sociedade dos Amigos, Moradores
e empreendedores do bairro
Cerqueira César (Samorcc),
Célia Cândida Marcondes Smith,
garantem ao jornal Centro em
Foco que a falta de dinheiro não
é obstáculo para que a Prefeitura
transforme o espaço em parque
público.
“Existe o BNDES, taxas
como o IPTU e até mesmo
o Fundo do Meio Ambiente,
que podem ser utilizados para
ajudar na compra do terreno”,
considera.
A mesma ideia é partilhada
por vários manifestantes que
apareceram durante a apresentação do projeto Nova Augusta,
na audiência da Cyrela e Setin.
Cartazes, palavras de ordem e
discussões calorosas foram os
ingredientes da reunião.
Na contramão - O secretário
do Verde e do Meio Ambiente,
Eduardo Jorge, compôs a
mesa na apresentação feita
por Antonio Setin (Setin) e
Jaime Flecha (Cyrela) do projeto
Nova Augusta. O presidente do
Conseg Consolação, José Luís
Braz Leme classificou a audiência pública da apresentação
como “lamentável, porque não
vim para ouvir proposta de
construtora, mas sobre o nosso
parque”.
Na contramão, o engenheiro
civil Cláudio Soares, morador do
bairro Jardins, afirmou que este
empreendimento é excelente
porque “a Prefeitura não arcará
com custo algum e a municipalidade será a principal beneficiada
com o projeto Nova Augusta
por garantir não apenas mais
moradia, mas também preservar o espaço verde no Centro”,
disse. E foi vaiado por não ser
morador de nenhuma das ruas
do entorno da área.
Agora a Prefeitura de São
Paulo deverá pesar os prós e
contras do projeto e se manifestar ainda neste mês sobre
a aprovação ou não do empreendimento Nova Augusta, que
encontrou não somente reprovação: dezenas de pessoas
aplaudiram e até ovacionaram
os representantes do projeto.
Entretanto, boa parte dos moradores da Bela Vista, Consolação
e Vila Buarque, que compareceram para “dizer não” ao empreendimento projetado, suspeitava que essas pessoas fossem
funcionários das empresas
envolvidas, pois muitas delas
indagadas se eram moradores
da região central ou de Vila
Buarque respondiam não ou se
recusavam a dar resposta - este
comportamento foi constatado
pelo jornal Centro em Foco, que
acompanhou toda a reunião.
Por Paulo de Souza
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SP - Março de 2012
Linhas Centrais
Na manhã do sábado, 24 de
março, o Centro, mais precisamente a rua Álvaro Carvalho,
252, sob o viaduto Nove de
Julho, recebeu um diferenciado equipamento social.
A Secretaria Municipal de
Assistência Social (SMADS)
em parceria com a Fundação
Bachiana Filarmônica, inaugurou a “Ponte da Música”.
O Centro de Formação
Musical de Crianças e Adolescentes Ponte da Música
atenderá cerca de 600 crianças
e adolescentes da rede socioassistencial da Prefeitura de São
Paulo oferecendo suporte e
orientação, além de diploma de
conclusão. Ao final da formação
dos atendidos será constituída
uma orquestra de cordas com
19 alunos selecionados.
Projetado pela arquiteta
Fotos: Wagner Origenes
Inaugurado o Centro de Formação Musical “Ponte da Música”
Priscila Camara o espaço, com
310 metros quadrados de aérea
construída, conta com um
amplo salão de 125 metros
quadrados acusticamente preparado por engenheiros da prefeitura - revestido de madeira
maciça e teto de espuma acústica. Segundo a Assessoria
da SMADS, tudo realizado de
acordo com as necessidades
expostas pelo maestro João
Carlos Martins, da Fundação
Bachiana Filarmônica.
Além disso, o espaço oferece sala de estar com piso de
granito, mezanino para administração todo revestido em
porcelanato e cozinha adaptada
com parede de blocos de vidro.
“O espaço visa incentivar à
formação musical de crianças
e adolescentes, funcionando
como uma ponte para inclusão social”, destacou a vice-prefeita e secretária municipal
de Assistência Social, durante
discurso na inauguração do
equipamento .
A reforma do local faz parte
do processo de revitalização e
recuperação de áreas degradadas embaixo de viadutos e
pontes da cidade, que teve inicio
com a criação dos Espaços de
Convivência Jardim da Vida I e
II, Mooca, Bela Vista e o Centro
de Acolhida Alcântara Machado.
Na oportunidade foi anunciado por João Carlos Martins,
que no Ponte da Música será
adotada a metodologia Alla
Corda, desenvolvida por uma
década pelo violinista e pedagogo Ênio Antunes - consultor
da Fundação Bachiana -, que
deverá dar origem a centenas
de orquestras de cordas em
nosso país.
Entusiasmado com a abertura do novo espaço para musicalização de crianças e adolescentes, o maestro declarou
acreditar que “em 10 anos esse
Centro de Formação Musical
será um dos locais a receber
mais visitas públicas da cidade”.
“O Brasil Fugiu da Escola” aponta soluções para o ensino no país
estamos convidando
todos a uma reflexão sobre a ‘práxis’
do educador”, completa.
Pegando um
a t a lh o, “O B r a s i l
Fugiu da Escola” se
esgueira dos manuais acadêmicos e se
revela um romance,
que percorre o dia
a dia de uma escola,
por meio de diálogos
reflexivos entre professores, coordenadores e todo o corpo
docente do ambiente
escolar. Repleto de
referências a grandes pensadores e
escolas de teoria,
o l i v r o r e l a c i on a
personagens mais
complexos, debruçados sobre os problemas
da vida escolar, com outros
que parecem não se importar
tanto assim com os rumos da
de abandono escolar entre alunos do
ensino fundamental
e do ensino médio é
de 16,8%. Segundo
Sérgio Kodato, a
falta de atrativos no
ambiente escolar é
um dos fatores determinantes para o alto
índice. “Começamos a
ver um descompasso.
Antes, o professor
tinha o quadro negro
e o aluno o correspondente: o lápis e
o caderno. Hoje,
com a globalização,
os alunos têm mais
acesso a informação,
às vezes, mais do que
o professor, e as ferramentas até então utilizadas ficaram defasadas”, declara Kodato.
Para Kodato, é necessário
que as escolas se apropriem
destas novas tecnologias e
passem a “utilizar as novas ferJosé Bernardes
Enquanto o piso salarial
unificado para professores
gera farpas entre governos
estaduais e o governo federal, o ensino brasileiro continua deficitário e os efeitos
são sentidos tanto por quem
ensina, como por quem deve
aprender. De olho nesse e em
outros tantos problemas que
cercam a educação no Brasil,
o professor doutor da USP Ribeirão Preto Sérgio Kodato,
lançou no último dia 13 de
março, na Livraria Cultura do
Conjunto Nacional, o livro “O
Brasil Fugiu da Escola” pela
editora Butterfly.
Na obra, Kodato tent a
remeter os olhares de docentes e todos os envolvidos com
a educação para uma nova
abordagem no ambiente escolar, fugindo do estereótipo de
guia escolar, ou manual, que
segundo Kodato, “emburrece
o profesor”. “Um livro muito
didático, infantilizaria o professor. Ao contrário disso, nós
educação no país.
De acordo com o INEP (Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisa Educacionais), a taxa
ramentas digitais, como tablets
e outros meios, para motivar
os alunos”. A ideia, de acordo
com o professor é, dentro de
um ano, fazer parceiras com a
APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do
Estado de São Paulo) e incluir
essas ferramentas digitais nas
escolas de São Paulo, em um
movimento que, timidamente,
já vem sendo desenvolvido
pelo governo federal.
Outra meta do professor,
que também é coordenador
do “Observatório de Violência
e Práticas Exemplares” de
Ribeirão Preto é reivindicar,
junto com os sindicatos, o
dobro do piso salarial para os
professores até 2014. “O piso
salarial unificado é apenas a
primeira parte. A educação na
verdade forma um exército de
trabalhadores para tocar a economia do país. É importante
valorizar o professor”, afirma.
Por José Eduardo Bernardes
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SP - Março de 2012
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Empreendimentos Centrais
Fotos: Divulgação
“Escritórios inteligentes” para empresas
e profissionais, na Consolação
O centro da cidade de
São Paulo concentra o maior
polo cultural e de negócios da
metrópole, oferecendo uma
variedade de roteiros culturais
capaz de agradar aos mais
exigentes visitantes turistas
ou locais. Neste contexto, em
2008, a Solution Escritórios
inaugurou suas instalações
à Rua da Consolação, 293
tendo como foco um “Centro
de Negócios”: oferece salas
moderna e confortavelmente
mobiliadas, que contam com
os equipamentos necessários
para propiciar o máximo de
facilidades, ao desempenho
das atividades profissionais de
seus clientes.
A atividade principal da
Solution é garantir ambiente
agradável e funcional, por
isso oferece salas adaptáveis
a diferentes usos, com telefonia, internet, wi-fi, data show,
serviços de recepção e copa,
de forma a possibilitar a realização de reuniões, treinamentos,
entrevistas e outras situações.
De acordo com a gerência
de Novos Negócios a Solution
tem larga experiência no ramo,
o que explica sua aposta na
diversidade de atendimento,
com a centralização de todos
os fatores necessários para
manter a alta produtividade
de seu negócio, que envolve
desde o serviço de mensagens, passando pela ocupação
de salas e chegando às áreas
de treinamento, em benefício
do contratante.
Com a infraestrutura completa e flexível garantidas,
o profissional ou a empresa
contratante pode concentrar-se apenas na realização do seu
evento ou desenvolvimento de
uma atividade não eventual,
otimizando seu tempo ao não
ter de se preocupar com serviços corriqueiros, triviais.
Salas fixas
Os escritórios, ou salas,
estão disponíveis para cessão
de uso em curtos ou longos
períodos, com capacidade para
acomodar até quatro pessoas
em cada uma. Os pacotes se
adequam às necessidades e
preferências do contratante,
visando aperfeiçoar seu desempenho e produtividade, além de
sensível redução de despesas
com contratações diretas de
recursos humanos, manuten-
ção e limpeza de imóveis.
O serviço conta com apoio
operacional, pessoal qualificado e atendimento telefônico
personalizado, para que a atividade profissional ou negócio
do contratante, possa projetar
excelente imagem corporativa.
Salas virtuais
A empresa Solution Escritórios busca possibilitar ao
contratante de seus serviços,
presença empresarial de destaque em seu mercado, através
de um escritório virtual, que
fornece endereço comercial
com base segura para realização de uma correspondência
eficiente com seus clientes.
As salas virtuais contam
com profissionais de atendimento telefônico que cuidam
das tarefas diárias do con-
tratante, para que ele possa
concentrar-se em sua atividade-fim ou na gestão de sua
empresa.
O serviço de Escritórios
Virtuais é uma solução inteligente de terceirização de
espaço com staff qualificado
e tecnologia de ponta, que
agrega imagem corporativa ao
empreendimento que dele se
serve, e, da mesma forma que
as salas fixas, proporcionam
significativa redução de custos
diretos na operação.
Serviço:
Solution Escritórios Inteligentes
Rua da Consolação, 293 - 1°, 2° e
3 Andares
Tel.: (11) 3138-3450 (Pabx) / (11)
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SP - Março de 2012
Comunidade
Setor financeiro lidera reclamações do consumidor
Bancos continuam no topo dos assuntos mais atendidos pelo Idec, Procon e BC
Sofre o consumidor. Mas
também o bancário. Segundo
pesquisa realizada pelo Sindicato dos Bancários de São
Paulo, Osasco e Região, entre
dezembro de 2010 e janeiro de
2011, mais da metade dos trabalhadores ouvidos afirmam
sofrer pressão para manter
metas abusivas de vendas de
produtos, pelas instituições
bancárias. O resultado surpreende: 72% dos caixas e
63% dos gerentes declararam
sofrer pressões abusivas para
superar as metas. Os números
mostram ainda que para 65%
dos funcionários de agências e
52% dos de concentrações, a
pressão excessiva por cumprimento de metas é um grande
problema.
Fotos: MAU
É comum achar quem não
confere seu extrato bancário
com freqüência e paga por
serviços bancários que não
utiliza ou não contrata. O
resultado disso é um crescente número de consumidores insatisfeitos. Os números
mostram que, no ano passado,
o setor financeiro liderou o
ranking dos assuntos que mais
desrespeitam os direitos dos
consumidores financeiros,
de acordo com pesquisa do
Instituto Brasileiro de Defesa
do Consumidor (IDEC).
Sozinhas, as instituições
financeiras responderam por
16,64% dos mais de 16 mil
atendimentos realizados pelo
Idec no ano passado, percentual que os levou da terceira posição de 2010 para
a liderança do ranking em
2011. Entre as reclamações e
dúvidas mais recorrentes está
a cobrança indevida, débito
não autorizado, taxa de juros,
renegociação de dívidas e
venda casada de produtos
financeiros.
“ Ve m o s c o m t r i s t e z a
e s se s número s, ma s não
nos surpreendemos porque
conhecemos o dia a dia dos
bancos. Falta de funcionários
nas agências e nos departamentos, metas de vendas
absurdas, rotatividade e
crescimento da terceirização e dos correspondentes
bancários levam à queda na
qualidade do atendimento
que não condiz com a astronômica lucratividade do
setor”, afirma a presidenta
do Sindicato dos Bancários de
São Paulo, Osasco e Região,
Juvandia Moreira. “Com essa
postura, os bancos não devolvem praticamente nada para
a sociedade do tanto que
tiram na cobrança de tarifas
altíssimas e juros para lá de
abusivos. O ranking do Idec
nada mais é que a ilustração
Na mesa, a coordenadora executiva do Idec,
Lisa Gunn e a presidenta do Sindicato dos Bancários, Juvandia Moreira
desse quadro em números”,
completa.
A estudante Elenira de
Melo conta que teve de aceitar um título de capitalização,
oferecido por sua gerente, em
troca do aumento do seu limite
bancário. “Eu aceitei porque
precisava do dinheiro, mas
tive de pagar por um produto
que não preciso”, afirma.
No Procon-SP, as instituições financeiras também
lideraram as reclamações em
2011. Quem encabeça a lista
é o Bradesco, com um total
de 1.723 queixas. E no Banco
Central, o total de reclamações dos bancos cresceu 43%
entre janeiro de 2010 e janeiro
de 2011. Só de dezembro do
ano passado para o primeiro
mês deste ano, o aumento foi
de 12%.
Cartilha - Para esclarecer e
auxiliar a população, o Idec
e o Sindicato dos Bancários
lançaram uma cartilha no dia
15 de março, Dia Mundial do
Consumidor, com objetivo
de orientar os consumidores sobre as tarifas cobradas pelos bancos e sobre as
características dos principais
produtos oferecidos pelas
instituições financeiras.
“Com est a publicação,
Idec e Sindicato dos Bancários esperam contribuir
para que os consumidores
tenham acesso a mais informações sobre produtos e
serviços financeiros”, afirma
Lis a Gunn, coordenadora
executiva do Idec.
A cartilha “Venda responsável de produtos e serviços
financeiros” pode ser retirada
na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco
e Região (Rua São Bento, 413,
centro, São Paulo) e regionais.
Contato pelo telefone (11) 31885200. Ou disponível no site:
www.spbancarios.com.br.
Por Cecília Negrão
Saúde no Centro
Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 97
Preservando a saúde e a qualidade de vida
Ronco: o ronco é um problema social sério, atingindo
cerca de 30% das pessoas,
alterando a convivência de
cônjuges (causa muitas separações) e mesmo de amigos,
geralmente, tornando a pessoa
que ronca, alvo de brincadeiras.
É causado pela vibração dos
tecidos da garganta (parede
posterior da faringe, dorso da
língua, palato mole e úvula),
em função da turbulência do
ar, à medida que as vias aéreas
se estreitam. A obesidade, a
respiração bucal e o uso de
cigarro e álcool agravam de
modo significativo o ronco.
Apnéia do sono: a apnéia
do sono é a obstrução das vias
aéreas, por alguns momentos,
durante a noite, pela aproxima-
Paula Souza
Tratamentos do ronco e apnéia do sono com aparelhos orais
ção dos tecidos da garganta.
Ela provoca o fechamento da
passagem do ar, impedindo a
respiração por alguns segundos,
várias vezes por noite. É uma
doença grave quando em nível
mais elevado, pois interfere de
modo importante no agrava-
mento de doenças que podem
causar a morte do paciente, tais
como a hipertensão, o enfarte
do miocárdio e o AVC (derrame).
Aparelhos orais
A apnéia e o ronco, que é
um de seus sinais, podem ser
tratados com aparelhos orais,
apresentando excelentes resultados. O tratamento do ronco e
das apnéias leves e moderadas
é confortável e de custo relativamente baixo. Na verdade,
atualmente, os aparelhos orais
são uma das melhores opções
de tratamento dos dois problemas, que atingem cada
vez mais pessoas ao redor do
mundo.
A indicação do uso dos
aparelhos é multidisciplinar,
necessitando da avaliação do
dentista e do médico especialista em sono, após a realização
de exames especificamente
para determinar a gravidade
da apnéia. Um desses exames
é a Polissonografia.
Para mais informações
marque uma consulta.
Dr. Juliano Salgado Bottrel
Especialista em Ortodontia
rua Bento Freitas 162,
sala 208 – República
Tel.: (11) 3221-3878
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SP - Março de 2012
Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 97
Carta aberta à População de
São Paulo - Todos pelo SUS!
Há 8 anos o Centro em Foco registra
a vida na região central.
Vem aí a 100ª edição. Dê visibilidade
ao seu negócio, anuncie!
O Dia Mundial da Saúde é um marco importante: momento em que vários movimentos e
entidades sociais saem às ruas para lutar por
uma Saúde Pública, Universal e de Qualidade
para todos os brasileiros. Desde a criação do
SUS, em 1988, até hoje, ainda lutamos pela
total implantação desse Sistema, que colocou
a Saúde como um direito de todos e dever do
Estado, privilegiou as ações de prevenção e
promoção da saúde e a efetiva participação da
população. Por isso estamos aqui!
Uma pesquisa recente aponta que 60%
dos paulistanos elegeu a saúde como a pior
área da administração Kassab. Assim, o slogan
que a prefeitura vem apresentando à população, ao invés de: “Antes não tinha, agora tem”,
bem poderia ser “Antes não tinha, e continua
sem”. A saúde em São Paulo vai de mal a pior!
A população sabe muito bem a peregrinação
para ter um atendimento de saúde adequado.
As deficiências no acesso ao socorro médico, a
demora para realização de exames, a ausência
de especialidades médicas, a longa espera para a
realização de cirurgias e a falta de medicamentos
continuam presentes
no cotidiano do paulistano. São muitos
os hospitais fechados
ou abandonados pelo
poder público municipal que poderiam
ser recuperados e utilizados para atender
às necessidades de
saúde da população.
Em São Paulo, o governo Municipal e
Estadual tem privatizado a Saúde entregando
a administração dos serviços públicos para
empresas privadas que apenas visam o lucro,
reforçando um modelo centrado na doença e
não na prevenção e promoção da saúde. Os
bilhões de reais do dinheiro público entregues
à iniciativa privada, e que não é fiscalizado pelo
controle social deveriam colocar São Paulo em
1° lugar no atendimento à saúde, porém não é o
que tem acontecido. Tem ocorrido um profundo
sucateamento das unidades públicas de saúde,
alinhado a uma política de arrocho salarial e
precarização dos trabalhadores públicos.
O governo paulistano pela via da privatização quer vender os 25% dos leitos do SUS dos
hospitais públicos; está privatizando o Hospital
das Clínicas e Emílio Ribas; está ampliando os
contratos com as O.S (organizações sociais) e
recentemente tem “trabalhado” na criação das
chamadas PPP’s (parcerias público privada), na
qual estabelece um programa de privatização
dos hospitais públicos municipais e contratações
sem realização de concurso público). Portanto,
este modelo de privatização faz mal à saúde
e só faz engordar os tubarões da iniciativa
privada! Ao transformar a Saúde em mera
mercadoria lucrativa, destroem-se os direitos
conquistados historicamente pela classe trabalhadora. Assim, a luta contra a privatização
da saúde é também a luta contra a liquidação
dos direitos sociais e das políticas públicas!
E por essas razões, nós dos movimentos
populares e sociais, entidades, sindicatos e
fóruns,
Defendemos:
- Um financiamento do SUS que assegure
acesso e qualidade a todos;
- Gestão pública e estatal da saúde, em defesa
do SUS 100% público, Estatal e de qualidade;
- A efetivação das propostas aprovadas na
14ª Conferência Nacional de Saúde;
- Concursos públicos com plano de cargos,
carreiras e salários para todas as políticas
públicas;
- A autonomia do controle social do SUS;
- Abertura imediata da CPI do Sorocabana para apuração
dos desvios de 200
milhões de reais do
dinheiro do SUS;
em defesa da gestão
pública do Hospital;
- Apoio ao abaixo-assinado contra o PL
4330/04 do deputado
Sandro Mabel, que
propõe a privatização
de todos os serviços públicos;
- O fim da criminalização da pobreza e dos
movimentos populares e sociais;
Repudiamos:
- O corte de 5,4 bilhões de investimentos na
área da saúde praticado pelo Governo Federal;
- As medidas de internação compulsória e
ao financiamento das comunidades terapêuticas,
- A renovação da DRU (Desvinculação da
Receita da União) sobre as receitas da seguridade social;
- As medidas autoritárias e violentas do
Governo Municipal e Estadual usadas na
Cracolândia, em Pinheirinho, na Favela do
Moinho e nas desocupações do Movimento
de Moradia.
- A ingerência do prefeito e seus secretários
em todos os espaços de participação popular;
Carta aberta, assinada por várias entidades, movimentos sociais e populares, sindicatos e fóruns, a ser entregue à população,
durante o ato do Dia Mundial da Saúde.
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SP - Março de 2012
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Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 97
Dor fora de hora?
Você acordou com torcicolo esta semana? Além da
dor que a acompanha, a limitação corporal cria situações
em que o melhor seria não
sair da cama. É um tipo de
dor que não escolhe hora ou
lugar, merece uma sugestão
de auto-ajuda.
Essa contratura muscular
pode ter origem na má postura
ao dormir, tensão, movimentos bruscos após o período
de descanso. Desconfor to
esse que pode dar origem a
dores de cabeça, zumbidos
no ouvido ou tontura, devido
a alteração no fluxo sanguíneo
em uma artéria cervical, que
leva o sangue para a cabeça.
Nesse artigo unimos práticas de Lian Gong (ginástica terapêutica) com o Reset
(balanceamento do maxilar).
São exercícios de fortalecimento simples e rápidos, em
sessões de cinco minutos,
três vezes ao dia. Mais uma
dica para você enriquecer sua
coleção do “Saúde no Centro”.
Exercite-se!
Ana Paula Leijoto
HOLUS Terapia Alternativa
[email protected]
www.holusterapia.com.br
Lian Gong
Jun te o s p é s, en c ai xe o s
punhos na altura do quadril. Atenção ao fechar as mãos. Imagine-se
segurando um passarinho, para
evitar a tensão dos dedos que
prejudica a eficácia do exercício.
Inspire pelo nariz e expire pela
boca. Faça uma contagem de 1
a 8, números ímpares inspire e
números pares expire.
Concentre o peso do corpo
em um dos pés, enquanto o outro
dá um pequeno passo para frente
levantando o calcanhar. A palma
da mão do mesmo lado do pé
que está atrás irá empurrar para
frente e para cima, enquanto a
outra empurra para baixo e para
trás. Então gire a cabeça para o
lado oposto do braço que está
para cima. Repita invertendo as
posições, o movimento é continuo
e simultâneo.
Reset
Usando somente os músculos
do rosto desloque a mandíbula
para a esquerda; com a palma das
mãos toque o lado direito que se
encontra alongado durante um
minuto. Agora, desloque a mandíbula para a direita e com a palma
das mãos toque o lado esquerdo
também por um minuto.
Braquetes Autoligáveis:
o futuro da Ortodontia
A ortodontia é uma especialidade da Odontologia que
previne e corrige as más-oclusões dentárias. Especialidade
que pode ser indicada para
todas as idades, porém, com
abordagem e planos de tratamentos diferenciados para
cada pessoa.
As más-oclusões, além de
prejudicarem a auto-estima do
paciente, desencadeiam problemas de deglutição, mastigação, fonação e dores na ATM,
entre outros problemas. Para
resolvê-los existem diversas
técnicas e tipos de aparelhos
ortodônticos. Os braquetes
convencionais metálicos são
os mais utilizados na ortodontia por apresentarem baixo
custo.
Atualmente os braquetes
autoligáveis definem um novo
conceito na ortodontia. Eles
causam menor atrito do que os
braquetes convencionais, além
de permitirem menor tempo de
tratamento e possibilitarem o
comparecimento à consulta
odontológica somente a cada
dois meses.
Para os pacientes que resistem aos braquetes metálicos,
existem os braquetes estéticos, feitos de porcelana ou
safira. E para aqueles que por
estética não queiram usar
aparelhos fixos, existem os alinhadores como o Clear Aligner
e o Invisalign, indicados para
casos específicos. Estes são
removíveis, transparentes e de
alta estética.
C on s ul t e um e s p e c i a lista em ortodontia, porque
é importante ter um sorriso
funcional, saudável e bonito.
Dr. Juliano Salgado Brottel
Dra. Alessandra Goloni
Especialista em prótese dentária - CROSP 64.363
Dr. Jean Christian Aldayuz
Especialista em ortodontia CROSP 75471
Rua Barata Ribeiro, 190 - Cj.
85 - Bela Vista
Fones: 3256-5652 /
4329-6470
[email protected]
Saúde no Centro é um caderno do Jornal Centro em Foco. site: www.jornalcentroemfoco.com.br - e-mail: [email protected]
Fones: (11) 2864-0770/ 3255-1568 - Conteúdo: matérias da redação e artigos assinados por especialistas colaboradores.
Os artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores. Edição: Carlos Moura - DRT/MS 006 - Editoração e arte: Douglas Borba.
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SP - Março de 2012
Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 97
Carmen Mascarenhas
é homenageada no Rotary
Os associados do Rotary
Club Bela Vista indicaram a
Presidente da Ação Pró 9 de
Julho e Líder Comunitária,
Carmen Angela de Aquino
Mascarenhas para receber o
troféu Maria Thereza Ferraz de
Barros Pimentel, 2ª edição ,
pelas ações desenvolvidas no
Bairro da Bela Vista como líder
Comunitária e militante na área
da saúde e meio ambiente.
O evento, denominado
“Mulheres Envolvidas com a
Humanidade” em homenagem
ao Dia Internacional da Mulher,
aconteceu em 12 de março, no
Salão Nobre do Edifício Rotary,
em Higienópolis.
Na ocasião, outras 58 personalidades femininas indicadas
pelos clubes de todo o Estado
de São Paulo, envolvidas com
projetos humanitários na comunidade ou ONGs tiveram suas
ações evidenciadas em função
do trabalho que exercem na
sociedade.
Cursos gratuitos de gastronomia e garçom
O projeto “Trilhando Novos
CaO projeto “Trilhando Novos
Caminhos”, promovido pelo
IDORT em parceria com a
Secretaria de Participação e
Parceria da Prefeitura de São
Paulo, está com inscrições
abertas para os cursos de formação básica em gastronomia
e garçom /garçonete até o dia
2 de abril. Para participar é
preciso ter entre 17 e 24 anos
e ensino fundamental completo. As inscrições podem
ser feitas pelo site www.idort.
com, pessoalmente no IDORT
(Av. Paulista, 1294, 1º andar) ou
nas unidades dos Telecentros:
AME - rua João Kopike, 18, Bom
Retiro; Bela Vista - rua Treze
de Maio, 361; Instituto Paulo
Kobayashi - rua São Joaquim,
381, Liberdade, e Santa Cecília
- rua Albuquerque Lins, 40.
O objetivo do projeto é transformar as oportunidades que
serão geradas pela Copa do
Mundo e Olimpíadas em uma
alavanca para a inclusão social
de jovens em situação de risco
social. Por isso, o foco é em
jovens de 17 a 24 anos em situação de vulnerabilidade. Além da
formação profissional, em 140
horas-aula gratuitas, os alunos
receberão material didático, vale
transporte e alimentação, e participarão de passeios e eventos
que lhes propiciem conhecimento da história e dos principais
pontos turísticos da cidade.
O currículo inclui ainda a
formação complementar em
inglês, ética e cidadania, direitos
do trabalhador, qualidade de vida,
comunicação e atendimento,
marketing pessoal, turismo local
e mercado turístico. Ao final
do curso, o projeto auxiliará os
participantes na entrada no mercado de trabalho, estabelecendo
contato com redes de hotelaria e
estabelecimentos de alimentação
(bares, restaurantes, lanchonetes,
pizzarias, entre outros), tanto
para contratação efetiva, como
para participação em programas de estágio. As aulas serão
ministradas na Incubadora de
Projetos Sociais Autofinanciados,
localizada à Rua Otto de Alencar
n° 270, no bairro do Cambuci.
Em caso de dúvidas, o IDORT
oferece dois canais de contato:
por telefone (2847-4404) ou pelo
email [email protected]
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SP - Março de 2012
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Cidadão Central
O carteiro e o cantor
Influências - Juntamente com
os três irmãos e seus pais,
Carlos “Mahlungo” veio para
São Paulo aos 15 anos. “Meu pai
era acordeonista e minha mãe
cantora. Eu achava interessante
ver as apresentações dos meus
pais, mas eu queria mesmo era
ser poeta. Depois queria ser
jogador de futebol. Cheguei a
fazer um teste na Portuguesa,
mas não fui aprovado.”
“Mahlungo” teve por influ-
que trabalham comigo e para
estas duas apresentações
ganhei apenas R$ 3 mil.” Ele
também já apresentou suas
canções no SESC Itaquera, Dr.
Villa Nova e Butantã.
Paulo de Souza
No ombro, uma sacola
pesando 10 quilos. Franzino,
mas determinado e sempre
bem humorado, todo dia ele
enverga o bem característico
uniforme amarelo (camisa)
e azul (calça) dos Correios,
durante o dia, quando caminha de 10 a 15 quilômetros
entregando cartas e pacotes
em dezenas de endereços dos
bairros Bom Retiro e Campos
Elíseos, na região central. À
noite, alguns dias da semana,
é cantor de música popular
brasileira.
Mahlungo. Este foi o apelido dado pela avó, no interior
de Minas Gerais, a Sebastião
Carlos da Silva - hoje com
55 anos e pai de um casal de
filhos adultos -, agora morador
do bairro da Luz. “Eu estava
com oito anos e ela - a avó,
que tinha 90 quando foi assinada a Lei Áurea - chamava
homens, rapazes e crianças de
“Mahlungo”. Só mais recentemente quando comecei a estudar a cultura africana descobri
o significado da palavra”, diz
Carlos “Malungo”.
A palavra Mahlungo era
utilizada por escravos negros,
quando embarcados para o
Brasil, para designar o companheiro do mesmo barco. Ela
tem origem linguístico banto
- dialeto que era falado por
povos habitantes da região
da África Centro-Ocidental:
Namíbia, Angola, Zâmbia,
Congo entre outras regiões
de onde se es tima terem
vindo mais de seis milhões de
escravos.
ências na música compositores como Geraldo Pereira e
Noel Rosa e, em Minas Gerais
costumava ouvir o Clube da
Esquina. Confessa, entretanto,
ter uma formação eclética.
“Ouço de tudo, como música
regional, sertaneja de raiz e até
músicas da África do Sul.” É
nesta forma de pesquisar que
encontra diversos ritmos que
o inspira. O cantor e compositor dispõe de um vasto trabalho musical. Recentemente fez
um DVD reunindo 13 músicas.
“Tenho um CD independente
do qual vendi mais de cinco
mil cópias. Além de quatro
outros, cada um com 15 músicas; também realizou um CD
em parceria com o Frederico
Barbosa [da Casa das Rosas]
e mais um com o poeta Pedro
Osmar”, declara.
Versão original - Seu mais
recente CD, Terra Mãe reúne
11 faixas com muito suingue,
baião, funk, reggae e samba.
Carlos “Mahlungo” assina
as composições em parcerias marcantes com Carlinhos Cajuhy, Messina, Julio
C. Costa, Lira e Jaqueline M.
Boada Pimenta. Para ele, é
importante manter a letra em
sua originalidade sem que
haja inter ferência. Apenas
uma fusão.
“Tenho esta preocupação
ao fazer uma música: colocar
em harmonia exat amente
aquilo que o poeta expressa.
Não gosto de mudar a letra
só por causa da melodia.
Não faço isto com ninguém!”
Como no caso de “Oh! Mãe
África”, um blues que remete
ao p o e ma “ P ro t e s to”, d e
C a r l o s d e A s s ump ç ã o. A
letra desta música foi recentemente utilizada numa tese
de mestrado.
De 1988 a 1998, Carlos
“Mahlungo” procurava viver
apenas de música. Mas, por
ainda não estourar na mídia
com sucesso, teve de buscar
alternativas. “Já trabalhei
na Ford, Villares, CMTC e
muitas outras empresas. Fiz
muitas horas extras e tocava
à noite, mas parei porque se
vivia muito mau”, lembra. Em
2004, ingressou nos Correios,
para sobreviver e continuar
fazendo o que gosta: compor
e tocar músicas ao violão.
Apresentações - Para ele,
viver em São Paulo é estar
no epicentro da referência
cultural. “O que acontece aqui
acaba se espalhando rapidamente na América Latina e no
mundo. É... São Paulo vem
mostrando a sua diversidade
musical por aí”, assegura.
A cidade para ele é paixão
única: “Amo São Paulo. Acho
que sou capaz de viver com
qualidade em qualquer lugar
do mundo, mas voltaria por
saudade.”
Apreciador da Virada Cultural, o cantor esteve presente
nas edições de 2005 e 2006,
como resultado de suas apresentações na Casa das Rosas.
Mas lamenta a falta de participações de outros talentos
neste evento. “Infelizmente,
têm muitos músicos de excelente qualidade que trabalham
na noite e que não são chamados para a Virada Cultural.” No ano passado Carlos
“Mahlungo” se apresentou
no Centro Cultural São Paulo
e na Casa das Rosas. Mas sem
grandes resultados financeiros. “O problema é que tenho
uma equipe de seis pessoas
Artista reconhecido “Mahlungo” revela que gostaria de cantar nos centros educacionais unificados (CEUs),
onde já se apresentou duas
vezes. “É muito bom o contato
que se tem com o público dos
bairros”, diz. E ele prefere não
se afastar do contato direto
com a população sempre
atent a aos mais diver sos
repertórios. “Também gosto
de tocar nas ruas. Ter este
contato direto com as pessoas”, esclarece.
Se financeiramente suas
apresentações ainda não lhe
conferem resultados expressivos, os fãs não deixam de
reconhecê - lo mesmo nas
funções de carteiro. Certa
vez entregava correspondências em uma galeria no
Centro, quando uma moça
esforçava-se em demonstrar que o conhecia. “Muitas
vezes a gente toca e depois
acaba assinando dedicatórias
em CDs, depois não dá pra
lembrar-se de todas as pessoas”, diz com sua peculiar
modéstia. Ele entregou as
cartas na recepção e a espectadora o encarava até que o
rapaz da recepção o chamou
por Malungo.
“A moça sorriu e se aproximou dizendo: ‘Ah, eu sabia
que te conhecia mesmo!’ E
em outra ocasião, também
entregando cartas, eu passava
por um casal na rua Direita e
a moça ficou me olhando. O
namorado dela ficou bravo
e queria satisfações, até que
ela contou que me conhecia
de uma apresentação que fiz
no CEU Sapopemba. Ganhei
mais um fã”, completa.
Contatos com Mahlungo
podem ser feitos pelo fone
(11) 8547-9503 e pelo e-mail:
[email protected]
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SP - Março de 2012
Comunidade
Ações Locais fazem homenagem
a servidores públicos exemplares
Leonardo Pereira, Agripino de Sena, Carlos Beutel, Nelson Teixeira e Wilson Jorge.
Fotos: Divulgação
Um belo troféu em acrílico, com uma imagem do
Theatro Municipal em 3D, foi
entregue a cinco destacados
personagens do Centro, no
início do mês de março (dia
3), por um conjunto de Ações
Locais do ‘Centro Novo’, capitaneadas pela AL da Barão de
Itapetininga. Tratava-se de
uma homenagem a servidores
públicos que ao longo do ano
passado trabalharam com a
comunidade por mais qualidade de vida e melhorias no
Centro, prestando significativo serviço a sociedade em
geral, e, particularmente, a do
distrito República.
A entrega da láurea aconteceu durante um “café da
manhã”, no Boulevard São
Luis Hotel (antigo Eldorado
Boulevard), localizado na Av.
São Luís. “Mais de 50 pessoas ocuparam as instalações
do restaurante do hotel para
acompanhar a homenagem,
num ambiente de grande descontração e alegria, e saboreando um delicioso e farto
café”, de acordo com Regina
Antonio, diretora da AL da
Barão. Entre os presentes,
moradores e comerciantes da
região, representantes da Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana, Associação Viva o
Centro, Câmara Municipal,
Ilume, Limpurb e Ações Locais.
O policial exemplar
Os homenageados
O agente de
limpeza 24 horas
Leonardo Pereira de Toledo,
agente vistor no Limpurb, é um
dos funcionários do serviço de
limpeza municipal que melhor
conhecem as modalidades
de contratação, a sistemática
de medição, remuneração,
advertência em relação às
empreiteiras, bem como os
contratos de coleta e varrição.
Não por acaso, é sempre requi-
sitado por sua chefia para atuar
no planejamento da autarquia
municipal, que além da coleta
do lixo e da varrição, é responsável por caçambas, transbordos e aterros sanitários.
sonha em ter um Centro mais
limpo e civilizado, assegura
o líder comunitário Carlos
Beutel: “Quantas vezes, de
madrugada ou num domingo,
não tivemos oportunidade de
cruzar com esse dedicado servidor observando e multando
os porcalhões”.
Após receber o troféu pelas
mãos de Helena Terzela, titular
da Supervisão de Fiscalização
Urbana do Limpurb, Leonardo
Pereira declarou: “Fiquei muito
feliz com a homenagem, pois
além de ser o reconhecimento
ao trabalho realizado, ela nos dá
mais força para continuar nossa
árdua jornada. Quero frisar que
não seria possível obter bons
resultados, não fosse a colaboração da Associação Viva o
Centro e de suas Ações Locais,
o empenho dos colegas da
equipe de trabalho do LIMPURB/
AMLURB, bem como o respaldo
recebido da Supervisão e Direção do Departamento”.
Mesmo com avolumado
trabalho, Leonardo não tem
poupado esforços para ajudar
a comunidade a melhorar a
limpeza e o atendimento dos
horários de colocação de
lixo por parte dos condomínios e das lojas. Sempre que
solicitado para um trabalho
educativo ou para inevitável
autuação, nunca se nega a
atender a comunidade, que
Este policial não trabalha na
área da Barão, mas foi indicado
pelo comandante do Policiamento da Capital quando a
comunidade conquistou a
Base Comunitária República.
O 2º Sgt PM Wilson Jorge dos
Santos Alves atua na Base
Comunitária Rotary, na praça
de mesmo nome. Lá ele executa exemplarmente o policiamento comunitário, mantendo
relacionamento eficiente com a
comunidade local.
A indicação do sargento
Jorge - como é mais conhecido o militar -, para a Base da
República deu-se por sua notável dedicação ao trabalho de
policiamento comunitário até
que se encontrasse um outro
sargento com semelhante
perfil. Essa busca durou pouco
mais de um mês, findando com
a vinda do sargento Miotti.
Nesse período, Jorge dividiu
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SP - Março de 2012
13
Comunidade
seu tempo entre as duas bases,
exercendo suas funções com
iguais empenho e zelo.
Coube ao Cel. PM Marcos
Rober to Chaves da Silva,
Comte. do Policiamento da
Capital, a entrega do troféu ao
sargento Jorge.
O homem da
segurança garantida
Regina, Tamaru e Celina
“Eu sou responsável pelo
espaço público”, estas palavras expressam bem a postura
do servidor público da GCM, o
CD (Classe Distinta) Agripino
Pereira de Sena, de acordo
com declarações de membros da comunidade da Ação
Local da Barão de Itapetininga.
Para eles, o agente da GCM
mereceu a distinção por sua
permanente atitude.
Para ele, o Centro precisa
ter homens fardados para
garantir a sensação de segurança. De acordo com Celina
Crisante, presidente da Ação
Local da Barão, isso é verdade
incontestável: “Em dia de plantão do Agripino a Pça Ramos,
a 24 de Maio e a Barão, entre
outras ruas do entorno, não
fica ‘bagunçada’ “.
Ao Classe Distinta Agripino,
o troféu foi entregue pelo
Inspetor Regional Marcos dos
Santos Queiróz, Comte. Regional da IR-REP25 (Inspetoria
Regional República).
O servidor iluminado
O “Dr. Nelson do Ilume”,
como é carinhosamente chamado, segundo afirmação de
Carlos Beutel, é um desses
ser vidore s de e f iciência:
“quando enviamos uma mensagem eletrônica informando
a queima de uma lâmpada,
ou várias, pode até demorar, mas as providências são
certas”. O assessor técnico
do Ilume, sempre cumpre o
seu dever: “não quer saber
a cor, a religião ou o partido
do interlocutor, para garantir-lhe confor to e segurança
no espaço público, atende e
ponto final”, assegura Beutel.
A síndica do Ed. Paladino,
localizado no Largo do Arouche, se confessa “exultante
e agradecida” diante do “eficiente trabalho de reformulação da iluminação de toda a
área próxima do largo, até com
troca de lâmpadas de vapor
de sódio por lâmpadas LEDs”,
comandada por Nelson.
Para ele, sua postura é simplesmente a adequada, uma
vez que é um servidor público.
“Agradeço a deferência da
comunidade e fiquei feliz com
a homenagem. É muito importante e bom ser distinguido
por ela, porque para ela é que
trabalhamos”.
Nelson da Silva Teixeira, ou
“Dr. Nelson do Ilume”, recebeu
o troféu concedido pela comunidade, das mãos de Neusa
Veltri, secretária no Ilume.
O líder comunitário
O líder comunitário e diretor da Ação Local da Barão
de Itapetininga, Carlos Beutel,
também chamado de “o menino
maluquinho” pela comerciante
Celina Crisante, foi surpreendido por seus pares de diretoria
ao ser convidado para também
receber a láurea. Afinal, integrava a Comissão Organizadora da Premiação, que desde
outubro de 2011, cuidou do
processo de escolha daqueles
que seriam homenageados.
Pela emoção demonstrada, de
fato os demais integrantes da
Comissão, a presidenta Celina
Crisante, Regina Antonio e
Fábio Tamaru souberam ocultar dele, que estaria entre os
homenageados.
Com a confirmação de
Celina e Fábio, e os aplausos de todos os presentes,
Regina discursou que Beutel é
digno desse reconhecimento
público, por parte da Ação
Local, pela relevância de sua
atuação junto à comunidade
da Barão. “O cidadão paulistano Carlos Beutel é um
colaborador incansável e apaixonado pelo Centro, e por isso
há muito tempo merecia de
nós, seus companheiros, essa
singela, mas sincera homenagem” disse Regina. Teresinha
Santana, coordenadora do Programa de Ações Locais da Viva
o Centro, foi quem entregou
ao “Carlinhos do restaurante
Apfel”, o seu troféu.
Depois de lançar o livro
“Quando Começou em São
Paulo? 458 respostas”, em
fevereiro, em uma das dependências do Apfel Restaurante
Vegetariano - unidade Jardins
-, o guia de turismo Laércio
Cardoso de Carvalho agora,
desde a primeira quinzena
de março, realiza o projeto
Conhecendo São Paulo ao
vivo e no livro, pelo qual
comercializa a sua publicação.
Laércio Cardoso, que é o
guia da Caminhada Noturna
pelo Centro e Caminhada Histórica da Câmara Municipal de
São Paulo, lançou o livro em
homenagem aos 458 anos da
cidade que é cenário e palco de
sua atuação diária. Nele reuniu
458 informações dando conta
“de quando algumas atividades,
Fotos: Roberto Colotto
Conhecendo São Paulo ao vivo e no livro
serviços e tipos de construções
tiveram início aqui”. As informações aparecem agrupadas
em diversas categorias, numeradas e em ordem alfabética,
para facilitar a consulta.
“Quando Começou em
São Paulo? 458 respostas”, foi
publicado pela Editora Plêiade,
com apoio cultural do Apfel, da
Indytur Turismo & Receptivo e
do organizador da Caminhada
Noturna. O livro constitui interessante meio para acesso a
fatos históricos e pitorescos
da capital paulista.
O projeto Conhecendo
São Paulo ao vivo e no livro
consiste em breves passeios
temáticos - com sessão de
au tógra fos -, envolvendo
visita a um determinado ponto
turístico, prédio histórico ou,
ainda, a dependências de um
edifício onde se encontram
curiosidades ou situações
características do centro da
cidade. Um desses passeios
foi à Galeria do Rock, no dia 21
último, em que houve o monitoramento e uma exposição
do “Toninho da Galeria” - o
síndico do estabelecimento.
Guia de turismo profissional desde 1980, Laércio
começou a se especializar
na história paulistana a partir
de 2003, com a aproximação
das festividades dos 450 anos
de São Paulo. Desde então,
conduz grupos de turistas
e paulistanos em diferentes passeios pela cidade,
inclusive temáticos, como o
Arqtour (voltado à arquitetura
e urbanismo de São Paulo).
Serviço:
P ro je to C o nhe c e ndo Sã o
Paulo ao vivo e no livro
Próximas edições: 13/04, às
16h - happy hour
Restaurante Salada Paulistana - Mercadão
19/04, às 14h - Espaço Memória do Circo - Galeria Olido
14
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SP - Março de 2012
Artes e Cultura
P r o m ov i d a p e l o I n s t i tuto Brasileiro de Museus, a
Semana Nacional de Museus
acontece anualmente em celebração ao Dia Internacional dos
Museus, 18 de maio. Neste
ano, a 10ª Semana Nacional
de Museus ocorrerá entre os
dias 14 e 20 de maio, quando
instituições museológicas de
todo o país promoverão eventos em torno de um mesmo
tema: Museus em um mundo
em transformação - novos
desafios, novas inspirações.
O Museu de História dos
Salesianos escolheu discutir em
um hotsite o tema pertinente à
situação que vive: a adequação
do espaço, onde já funcionou
um dia, às indicações da museologia contemporânea, no prédio
histórico do Liceu Coração de
Jesus, situado na Cracolândia
Paulista. As reflexões postas
em evidência partem das palavras que melhor sintetizam o
campo semântico que envolve
a ideia de museu são essas reunidas pelo Sistema Brasileiro de
Museus e que definem museus
como “casas que guardam e
apresentam sonhos, sentimentos, pensamentos e intuições
que ganham corpo através de
imagens, cores, sons e formas.
Os museus são pontes, portas
e janelas que ligam e desligam
mundos, tempos, culturas e pessoas diferentes. São conceitos
Fotos: Divulgação
Mundo em transformação, na Semana Nacional de Museus
e práticas em metamorfose.”
Assim é o Museu de História dos
Salesianos no Brasil, ou melhor
pretende ser, visto que está em
fase de re-implantação.
O início de tudo foi em 1885,
quando os salesianos chegaram a São Paulo e se estabeleceram no bairro Campos
Elíseos, onde fundaram o Liceu
Sagrado Coração de Jesus. A
maioria de seus alunos eram
filhos de donos de terras em
Mato Grosso, Goiás, nas bacias
do Paraná e Paranapanema
e doavam peças, que passaram a constituir o acervo do
Museu de Zoologia, vinculado
ao Liceu. Eram lobos-guará,
saguis, sucuris, tamanduás
bandeira, estudados e classificados pelos professores
que também contribuíam com
doações. Na década de 1980,
os laboratórios de Física, Quí-
mica e Biologia passaram a
fazer parte do acervo.
O museu funcionou para
alunos, seus familiares e alguns
poucos visitantes até 2005,
quando faleceu José Geraldo
de Souza (SDB) que, ao lado de
Mario Quilici (SDB), assumiram
a difícil tarefa de guardiões de
bens patrimoniais tão importantes para a redescoberta do
passado histórico da cidade de
São Paulo, ponto vital para a
compreensão e transmutação
do presente e projeção de um
futuro mais humano. Os salesianos tem um envolvimento
profundo com a história do
Brasil, com destaque para São
Paulo, principalmente, no que
se refere ao setor educacional,
à música, ao teatro e a área
profissionalizante, afinal o Liceu
antes de se tornar Liceu foi uma
Escola de Artes e Ofícios.
O mau estado de conservação do acervo levou Mario
Quilici (SDB) a solicitar uma
reunião com o inspetor e o ecônomo da Casa Inspetorial de
São Paulo e juntos decidiram
iniciar uma grande reforma do
espaço e criar agora um museu
capaz de manter viva a memória de fatos que envolvem a
história de São Paulo como a
Revolução Esquecida, a Revolução Constitucionalista; a
memória do Liceu Coração
de Jesus onde se concentram
marcas profundas das transformações vividas na área educacional, na sociedade paulista,
na política, além de ser um
ponto de resistência à urbanização desenfreada e selvagem
que transfigurou os Campos
Elíseos, primeiro bairro da elite
paulistana, em submundo das
drogas. Essa ideia do abne-
gado salesiano ganhou força
quando o governo do estado
de São Paulo decidiu revitalizar
a região histórica dos Campos
Elíseos, da qual o Liceu Coração de Jesus, onde se localiza
o museu, faz parte.
No entanto, é importante
destacarmos que vivemos,
ainda, em um país em desenvolvimento, caracterizado por
diferenças sociais contundentes, marcadas, principalmente, pelo analfabetismo,
alto índice de mortalidade
infantil, pela indiferença em
relação à aquisição de conhecimento e obtenção de um
padrão de vida digno. Diante
desse quadro, temos o direito
de investir em cultura construindo um novo museu? Sob
essa perspectiva, construimos
um hotsite para levantarmos
questionamentos, apresentarmos estudos, no sentido
de levar o público em geral
a compreender que um país
só poderá alcançar o nível
de país desenvolvido quando
sua população compreender a cultura como parte do
processo econômico, como
espaço de realizações das
múltiplas identidades e principalmente como eixo estratégico de desenvolvimento. Para
acompanhar esse movimento,
acesse www.salesianos.com.
br/museu.
Lei da Casa Própria
O financiamento habitacional sem juros para realizar o sonho da
casa própria pode tornar-se realidade para as famílias brasileiras. Uma
proposta de Projeto de Lei de Iniciativa Popular, intitulada Lei da Casa
Própria, apresentada pelo Sinditres - Sindicato Nacional das Instituições
do Terceiro Setor, foi desenvolvida para beneficiar a sociedade garantindo isenção de juros no financiamento imobiliário.
Como todo projeto de iniciativa popular, a Lei da Casa Própria
também necessita arrecadar no mínimo 1% de assinaturas do eleitorado nacional - cerca de 1,3 milhões, distribuído pelo menos por cinco
Estados, com não menos 0,3% dos eleitores de cada um deles, para
que seja encaminhado à Câmara dos Deputados.
Levando em consideração a quantidade de famílias de baixa renda
que encontram-se em condições inadequadas de moradia, a Lei da Casa
Própria vai além da isenção de juros. É um programa autossustentável
que permite a inclusão social por meio da casa própria e garante uma
vida digna e economicamente sustentável. De acordo com o presidente
do Sinditres, Carlos Rotermund, o Projeto de Lei da Casa Própria envolve
Como participar
O apoio da população e a mobilização social são fatores importantes
para que o projeto seja encaminhado à Câmara. A participação é possível a todos: aderindo a lista de assinaturas e/ou divulgando o projeto.
As informações estão disponíveis no site www.leidacasapropria.org
e o interessado também pode saber mais pelos fones: 3129-4336 e
7751-8846.
www.jornalcentroemfoco.com.br
SP - Março de 2012
15
Artes e Cultura
A antiga casa noturna
“Madame Satã” - referência da
cena cultural alternativa de São
Paulo nos anos 80 - passou por
uma grande reforma (incluindo
o nome, agora denominada
apenas “Madame”) e sob o
comando dos novos sócios DJ
Gé Rodrigues e Igor Calmona,
reserva ao público uma programação mais diversificada. Na
nova grade está o espetáculo
teatral “São Paulo Surrealista”,
idealizado pela Cia. Teatro do
Incêndio, em cartaz até 19 de
maio.
Com direção de Marcelo
Marcus Fonseca, a montagem
é um ritual teatral em que a
cidade e seus personagens
revelam as contradições e
fantasias da grande metrópole.
O espetáculo não linear, apresenta os textos como colagens
emolduradas por imagens
sobrepostas e figuras da metró-
pole, tendo a música ao vivo
como elemento essencial para
representar sua intensidade.
Os 25 atores em cena fazem
uma celebração musical à
cidade com alusões ao cinema
de Pier Paolo Pasolini e Frederico Fellini. O espetáculo
irá propiciar ao público, a
experiência surreal de ver uma
escola de samba tocando uma
peça de Heitor Villa-Lobos,
além de canções compostas
especialmente para a peça, por
Marcelo Fonseca e Wanderley
Martins, algumas delas “em
parceria póstuma” com Arthur
Rimbaud e Charles Baudelaire.
Nativos, cidadãos comuns
e ilustres como Mário de
Andrade, Roberto Piva e Pagu,
encontram o surrealista André
Breton entre ninfas e animais, observados por Antonin
Artaud (dramaturgo francês,
surrealista) em um mergulho
BobSousa
“São Paulo Surrealista” no palco do antigo “Madame Satã”
na capital paulista, percorrendo “Os Nove Círculos do
Inferno”, que compõem a obra
“Divina Comédia” de Dante
Alighieri. Os tex tos foram
escritos durante o processo
pelo próprio grupo, com base
na escrita automática característica do Surrealismo.
“Esta montagem propõe
também que o público perceba
a cidade pelos olhos de André
Breton, um dos criadores do
surrealismo, em um jogo que
ressalta pontos turísticos,
monumentos, terreiros, restaurantes e bordeis paulistanos”,
afirma Marcelo Marcus Fonseca, diretor do espetáculo.
O espetáculo utiliza os
“nove círculos do inferno”
para explorar os signos, ou
infernos, da cidade de São
Paulo. O ponto de partida é
o círculo “Pagãos no Limbo”,
onde o surrealis t a A ndré
Breton é batizado no Candomblé. Em seguida, entram em
cena Luxúria, Gula, Avareza,
Ira, Heresia, Violência e Bestialidade, Fraude, e Traição,
cada um deles permeado por
personagens e realidades
distintas e surreais.
Em certos momentos acontece uma interação com o
público, que ao entrar para o
espetáculo pode adquirir uma
taça de vinho - os espectadores
que optam por isso, ganham o
direito de degustar a bebida
absinto, oferecida pelos atores
em conta gotas. O projeto da
companhia foi contemplado
pela Lei de Fomento ao Teatro
para a Cidade de São Paulo e
faz parte da primeira fase de
pesquisa do Teatro do Incêndio
sobre a caótica metrópole.
Serviço:
Espetáculo: São Paulo Surrealista
Madame (antiga Madame
Satã)
Rua Conselheiro Ramalho, 873
Horários: sextas e sábados às
21h00
Ingressos: R$30,00 e meia:
R$15,00
(o ingresso dá direito à uma
balada após a sessão).
As memórias da octagenária Rosa e da família de
imigrantes italianos Corvino
estão registradas em imagens,
expostas desde o dia 8 de
março no CRECI (Centro de
Referência da Cidadania do
Idoso). A mostra “Teatro Municipal: Residência da Família
Corvino”, com curadoria de
Dario Bueno, revela registros
históricos do Teatro, de seus
funcionários e dos artistas que
por lá passaram.
Fotos do cotidiano de três
gerações da família, que residiu de 1909 a 1952 no Teatro
Municipal de São Paulo, são
apresentadas em 26 painéis.
As imagens registram curiosidades como a chegada ao
Brasil de Aniello Corvino patriarca da família - em 1891,
vindo da Itália, o casamento de
sua neta Januária e a formatura
do neto Aniello Corvino Netto,
como odontologista, realizados no próprio Municipal.
Fotos: José Bernardes
Exposição mostra a vida da família Corvino no Teatro Municipal
Aniello Corvino participou
das fundações do Teatro e tem
seu nome escrito no primeiro
registro/ monografia, que circulou durante a inauguração
em 12 de setembro de 1911,
onde consta como segurança
do Municipal. Depois da morte
de Aniello, seu único filho
homem, Salvador Corvino,
assumiu a zeladoria do Teatro
e lá criou seus quatro filhos
Anielo Corvino Netto, Rosa,
Fortunata e Januária Corvino.
A história de Rosa se confunde com a do Teatro Municipal. Diferente dos outros
três irmãos, Rosa literalmente
nasceu no Teatro, já que não
houve tempo do parto ser
realizado em um hospital.
Cercada de grandes artistas
desde pequena, com acesso
irrestrito aos espetáculos da
casa, iniciou uma coleção de
autógrafos e fotos autografadas dos artistas que passaram
pelos palcos do Teatro - algumas delas expostas na mostra.
In ev i t ave lm e n t e, Ro s a
passou a se dedicar aos estudos de piano e revela: “Tive
aulas com Dinorah de Carvalho e minha postura corrigida
por Villa-Lobos. Realmente
tive esses privilégios”, sorri.
Por anos a fio, depois de a
família deixar o Teatro Municipal em 1952, Rosa foi uma
espécie de “guia” voluntária,
em visitas monitoradas abertas ao público no Municipal,
duas vezes por semana. No
entanto, foi afastada das funções pela atual diretoria administrativa do teatro, e também
impedida de lançar seu livro
“Vida, Amor e Lembranças”,
que narra a trajetória de sua
família dentro da casa de
espetáculos. Livro que ela própria vende, inclusive na calçada da Casa Bahia, defronte
da escadaria do Teatro.
Por José Eduardo Bernardes
Serviço:
Exposição: “Teatro Municipal: Residência da Família
Corvino”
CRECI - Rua Formosa, 215
Horários: de seg. a sex. das
9h, às 18h.
Entrada franca
www.jornalcentroemfoco.com.br
SP - Março de 2012
16
Artes e Cultura
Ícones e contrastes paulistanos
são matéria-prima para artista plástica
mantido vivo pela
edificação do Pateo
do Colégio (1554).
Para o curador
Marcos Rossi, “a
mostra é um voo
artístico sobre
esse centro paulistano; uma inspiração oportuna de
Neusa Ferreira que
esteve na região
regis trando ima gens c arregada s
de história, com sua Canon.
O processo de trabalho da
artista prosseguiu na seleção
difícil das imagens, na sua
impressão em papel couchê
de gr ande gr ama t ur a, na
intervenção pictórica sobre
elas, enfim, no uso constante
Fotos: Divulgação
Após apresentar sua exposição São Paulo: Ícones e Contrastes na ABRA - Academia
Brasileira de Arte, durante
quase todo o mês de março,
a artista plástica Neusa Ferreira recebeu convite para
levar a mostra a um espaço
cultural em Alphaville, ainda
no primeiro semestre deste
ano. E no segundo, já tem
pré-agenda com a Galeria Art
Factory e para um período, a
ser proximamente anunciado
na cidade de Bertioga.
O conjunto das obras que
compõem São Paulo: Ícones e
Contrastes traz em si a história
de uma cidade nascida com a
ação dos jesuítas que resultou
em um núcleo de catequese
no Planalto de Piratininga
do computador. O resultado
dessa mistura de técnicas
foi planejado para sugerir ao
observador algo nostálgico, o
que foi conseguido pelo cromatismo mínimo, de maneira
a lembrar antigas fotografias”.
Durante a exposição na
ABRA, a ar tista
recebeu uma turma
de Pedagogia, da
U ni e s p, uni d a d e
B rook lin. A p ro fessora Sandra
Regina de Almeida
Cárcamo, docente
da disciplina Ética,
Estética e Educação, acompanhou
o grupo de alunos,
que fizeram conjuntamente uma
análise social da mostra. Na
ocasião, Marco Rossi, curador
da exposição, dissertou sobre
a situação histórico-social da
cidade de São Paulo, com seus
lindos símbolos arquitetônicos e sua desordem social.
O arquiteto Roberto Colotto,
dispôs aos estudantes informações sobre o processo
histórico das edificações focadas na obra de Neusa Ferreira,
que falou sobre seu processo
criativo e a técnica usada em
sua produção.
Até o próximo período
expositivo, versões das peças
que compõem a São Paulo
Ícones e Contrastes estão à
venda em gravuras nos formatos A4 e A5, na Art FActory.
Todas elas são numeradas,
nominadas e assinadas, e
acompanhadas por Certificado de Autenticidade de
Obra de Arte.
A Art Factory está localizada na rua Pamplona, 962,
com os fones: 3266-3285 e
3287-5943.

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