Werner Voigt

Transcrição

Werner Voigt
Werner Voigt
Fundador da WEG
Travessia dos Andes
Paso de San Francisco e
Paso Agua Negra
Mercedes Museum
Stuttgart
1
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Editorial
O seu mundo
O Grupo DVA acaba de lançar a primeira edição da DVA MAGAZINE.
Uma revista que traduz a força, o universo e a sofisticação das
marcas apaixonantes que representamos e admiramos.
Nesta edição, o Sr. Paulo Toniolo, diretor fundador do Grupo DVA,
nos revela momentos marcantes da história da empresa localizada em
Santa Catarina, e fala sobre as novidades que o grupo traz para o Estado:
automóveis e veículos, objetos de desejo de todos. De Stuttgart (Alemanha), apresentamos os 120 anos de história da marca Mercedes-Benz,
revelados pelo Mercedes Museum.
Em Jaraguá do Sul, entrevistamos o Sr. Werner Voigt, fundador
da WEG e um dos principais expoentes do empreendedorismo brasileiro.
Imagens incríveis ilustram a aventura do Dr. Renato Hadlich, advogado e jipeiro, que realizou a travessia da Cordilheira dos Andes a bordo
de um Wrangler. Dos coolhunters, pesquisadores atentos às movimentações da sociedade, nascem as tendências de comportamento e consumo
que chegam até a sua casa. Da moda, vem o perfil da maior estilista de
todos os tempos, a francesa Coco Chanel, referência de elegância e estilo
até hoje.
Vamos conhecer as linhas do design e da sofisticação da AMG
Motors, uma preparadora de veículos e motores desportivos vinculada à
marca Mercedes-Benz e navegar com as cobiçadas lanchas da Schaefer
Yatchs, empresa que lidera o mercado de lanchas de luxo até 50 pés no
Brasil, projetadas por seu presidente, o designer Márcio Schaefer. Apresentaremos também uma matéria sobre o novo iPad da Apple, um tablet que
criou um espaço entre os smartphones e os computadores portáteis e a cada
dia conquista mais usuários que reinventam a sua história.
A boa música também não poderia ficar de fora. Conheça a soul
music de Sharon Jones & The Dap Kings. Música atual produzida como
nos anos 60 e 70, com muita classe.
Entre para o nosso mundo!
Paulo Toniolo Junior
Diretor DVA Automóveis
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Índice
12-17
Grupo DVA
18-25
expediente
Ghana / Branding
Diretor
Giancarlo Meneghini
Equipe
Alexandra Oliveira
Giancarlo Meneghini
Johlen Teixeira
Karina Campos Fidélis
Colaboradores
Juliana Cesar
Patricia Lima
Ulysses Dutra
Revisão
Patricia Costa
Produção
Karina Campos Fidélis
Departamento Comercial
(48) 3248 9003
Alexandra Oliveira
Este é um produto
desenvolvido pela
Ghana Branding
(48) 3248 9003
www.ghana.com.br
DVA Automóveis
(48) 3381 1100
DVA Automóveis Blumenau
(47) 3334 4333
DVA Veículos
(48) 3381 2000
www.grupodva.com.br
Mercedes Museum
Coolhunters
Travessia dos Andes
Werner Voigt
Coco Chanel
AMG
Schaefer Yachts
iPAD
Soul Music
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62-67
68-71
72-73
Grupo DVA
DVA
Grupo
No caminho do seu sonho
E 63 AMG
Superior e impactante.
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O Grupo DVA foi criado em 1972, na cidade de Florianópolis, com a inauguração da concessionária de veículos comerciais da
Mercedes-Benz e em sua trajetória de 38 anos seguiu crescendo
e expandindo. Hoje, a empresa é a maior revendedora de veículos
comerciais Mercedes-Benz, a maior revendedora de peças genuínas Mercedes-Benz, a maior oficina mecânica para caminhões e a
maior revendedora de pneus Michelin em Santa Catarina.
Em 1980, a empresa deu um grande passo ao iniciar um
processo de importação de máquinas para retificar motores de caminhões e ônibus. A DVA Pneus, primeira revendedora de pneus
para carga Michelin de Santa Catarina, surgiu em 1982 e a partir
de 1994 também incluiu o segmento de passeio. Em 1989, o grupo
inaugurou a área de recapagem de pneus, licenciada pela Michelin
desde 2004.
No ano de 1996, a DVA incorporou a revendedora de carros importados da Mercedes-Benz e criou a DVA Automóveis que
atualmente também comercializa as marcas Chrysler, Dodge, Jeep,
RAM e smart.
Pelo caminho surgiram grandes conquistas como a inclusão
da DVA no seleto grupo de concessionárias que receberam a Certificação Ouro do Programa StarClass da Daimler. De acordo com a
pesquisa de satisfação realizada pela Mercedes-Benz com os clientes de todo o Brasil, a DVA está entre as seis melhores dentre as 25
concessionárias da marca no país.
Outro atestado da qualidade e do compromisso da DVA
com o cliente, é a conquista do ISO 9001, em janeiro de 2010, pela
área de recapagem de pneus, atestando-a como empresa que detém o Sistema de Gestão de Qualidade – SGG, no segmento de
recapagem e reforma de pneus de caminhões e de ônibus.
O grupo conta ainda com o Setor de Peças e o Setor de
Serviços que fornecem assistência técnica aos veículos, realizam
funilaria, pintura, balanceamento, alinhamento, suspensão e retífica
de motores.
A empresa também tem consciência de que deve buscar a
sustentabilidade em seus serviços e possui um sólido programa de
gestão ambiental, orientado à preservação do meio ambiente e ao
bem-estar dos colaboradores, o DVA – Qualidade com Responsabilidade.
Os esforços para reduzir o impacto das atividades da empresa já renderam à DVA um troféu, criado pela Prefeitura de São
José, de melhor empresa de comércio que atua na preservação do
meio ambiente, por três anos consecutivos.
Conversamos com o diretor fundador do Grupo DVA, Sr.
Paulo Toniolo, que nos contou um pouco mais sobre a história, as
conquistas e a filosofia da empresa.
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Grupo DVA
Como foi o início do Grupo DVA? Quem começou e
qual é o significado da sigla?
Quais os motivos que o senhor atribui ao sucesso
da DVA?
A sigla DVA foi desenvolvida por uma agência de comunicação que sugeriu o nome Distribuidora de Veículos Autodiesel Ltda.
A DVA é uma subsidiária do grupo Savar de Porto Alegre, criada
para atuar no mercado de Santa Catarina. Com o passar dos anos
a empresa cresceu e abriu outras empresas que juntas formam o
Grupo DVA.
No início, começamos a DVA com 26 empregados, hoje, temos 360 em função dessas novas aberturas. Aqui em Santa Catarina conseguimos ser os primeiros representantes homologados dos
pneus Michelin para pneus de carga, com exclusividade para todo o
litoral do Estado, com exceção de Itajaí.
Temos aqui cinco Truck Centers: Joinville, Blumenau, Tubarão, Araranguá e São José (grande Florianópolis), onde fica a
base de todos eles.
Nós investimos muito na capacitação de nossos funcionários. São oferecidos vários cursos orientados para a vocação específica de cada um. Dificilmente um mecânico nosso recebe um
curso geral. Ele recebe um curso específico de caixa de câmbio, de
diferencial ou de motor, por exemplo. Temos mecânicos voltados só
para o Sprinter e assim por diante.
Os veículos estão evoluindo bastante na parte eletrônica. O
antigo eletricista, hoje é o eletricista eletrônico. Atualmente temos
instrumentos para fazer com que quando o cliente venha realizar a
revisão, ele não tenha mais aquele “eu acho que é isso, eu acho que
é aquilo”. Quem faz a leitura é esse computador que nós temos, o
Star Diagnosis.
O Star Diagnosis é que determina e orienta onde está o defeito do veículo, seja carro ou caminhão. A partir daí, só se mexe
naquele ponto. Não existe mais a curiosidade de desmontar e remontar o veículo, perdendo tempo na procura de problemas.
O investimento que fazemos junto a nossos profissionais,
faz com que hoje estejamos com uma equipe completa em todos
os segmentos que atuamos. Nosso pessoal está treinado e é capaz
de resolver todos os problemas que porventura venham a surgir em
algum dos produtos que revendemos, com a maior tranquilidade. A
equipe DVA, trabalha unindo o conhecimento e o sentimento adquirido pela empresa e pelos produtos que representam.
Pelo trabalho que realizamos, posso afirmar que existe o
reconhecimento por parte da Mercedes-Benz, pois recebemos por
três anos consecutivos o StarClass categoria Ouro, a categoria top
da classificação de concessionárias da marca.
Isso para nós é um desafio. Por estar no topo, nós temos
que nos manter no topo e continuamos investindo para isso. Nosso
chefe da parte eletro-eletrônica fez um curso no mês de novembro
realizado na Mercedes e voltou nos trazendo a bela notícia de que
conquistou o primeiro lugar do Brasil, entre todos os mecânicos de
Mercedes-Benz nessa área eletro-eletrônica. Como reconhecimento ele ganhou uma viagem para a Alemanha que deverá acontecer
no semestre que vem, tudo por conta da Mercedes-Benz.
A DVA Veículos acaba de trazer para Santa Catarina
um dos produtos mais recentes da Mercedes-Benz,
o caminhão Actros, que possui uma tecnologia incrível. Fale-nos um pouco sobre ele.
O Actros é um caminhão moderníssimo lançado na Alemanha já há alguns anos e que hoje está no Brasil. Com ele está a tecnologia mais moderna existente em qualquer caminhão produzido
no mundo. Ele tem dispositivos automáticos de aproximação e de
distância de veículos. Se você marcar uma distância de 80 metros
de um caminhão que está na frente, ele vai manter sempre a mesma
G 55 AMG
Simplesmente indispensável.
Um automóvel com caráter único, força,
robustez e dinamismo para qualquer
situação ou condição de pista.
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Grupo DVA
distância. Se o caminhão da frente parar, o Actros automaticamente
para também, sem qualquer ação do motorista. Quando chega próximo ao veículo da frente ele buzina de forma automática.
Ele também é equipado com um sinalizador de faixa contínua. Se eventualmente o motorista sair da faixa, o Actros tem um
dispositivo sonoro que simula o ruído de sinalizador. O Actros tem
ainda câmbio automático, enorme capacidade de carga e muito conforto na cabine. É um caminhão completo.
Com 38 anos de história, a DVA tem alguns momentos marcantes. Quais deles merecem destaque?
O primeiro foi quando construímos nossa sede. Em oito meses basicamente foi erguido tudo que está aqui. A BR-101 foi aberta
no final de 1971 e nós entramos no final de 1973. Esse foi o primeiro
grande feito da empresa.
Outro feito na área comercial foi a venda de um lote de 84
caminhões para o DER, ali pelo ano de 1978 e a venda de 54 caminhões para o Corpo de Bombeiros. Naquele tempo não havia o
preço como fator preponderante nas licitações e a qualidade conta-
smart fortwo passion coupé.
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va bastante. Por isso, a opção sempre foi pelos produtos Mercedes,
porque é inegavelmente o melhor produto que circula nas estradas
brasileiras.
No segmento de automóveis, vocês estão trabalhando também com o smart, qual o conceito do carro?
É um veículo muito procurado na Europa, muito cobiçado. O
smart veio para o Brasil sendo vendido inicialmente em São Paulo
por uma concessão. A DVA deve ter sido a quinta concessão homologada no Brasil.
Ele tem o conceito de veículo muito econômico, versátil, seguro e de baixo custo operacional. É um carro para duas pessoas
criado para as grandes cidades. Pesquisas revelam que 75% dos
carros que transitam nas grandes cidades circulam somente com o
motorista. Outros 20% circulam só com duas pessoas e sobram 5%
apenas que circulam com mais passageiros.
Então ele se encaixa perfeitamente na tendência da diminuição do número de veículos que transitam no centro das cidades.
Ele ocupa menos espaço e poderia, se a legislação permitisse, esta-
cionar de frente para a calçada, já que sua largura é pouco diferente
do comprimento. Ele é quase quadrado.
O complemento de sua realização é a aquisição de um
Mercedes.
Quais os maiores desafios do mercado em que o
Grupo DVA atua?
O senhor tem alguma recomendação para o empresário que deseja começar um novo negócio?
Nós temos a concorrência que sempre procura aprimorar
seus produtos, mas sabemos que os nossos produtos também estão sendo aprimorados, tanto que a Mercedes é uma marca de destaque mundial. O maior fabricante de caminhões e ônibus do mundo
é a Mercedes-Benz. Então, nós temos a melhor empresa e temos
que dar respaldo para essa empresa, com uma boa equipe de vendas, uma boa equipe técnica e de pós-venda, para que o cliente
não só compre o veículo mas tenha uma boa assistência depois da
compra.
No segmento de automóveis existem concorrentes bastante semelhantes tecnologicamente à Mercedes-Benz, mesmo assim
existe a simpatia do cliente com a marca. É o carro dos sonhos daquele menino que um dia pensou em ser um bom profissional e conseguiu se realizar.
O conselho que eu daria é que ele escolha um produto que
tenha consistência, credibilidade e seja bom. Tendo um bom produto, ele não deve ter vergonha de oferecê-lo, pois sabe que está
oferecendo algo de qualidade.
Seja uma representação ou um produto de fabricação própria, ele tem que procurar sempre evoluir tecnologicamente e ter a
guarnição de uma boa assistência técnica. Também é importante
consolidar sua posição financeira como empresário, pois, se depender tão somente de empréstimos e linhas de crédito, terá que cobrar
uma margem muito grande para poder pagá-los. O ideal é viver com
as próprias pernas ganhando um pouco menos. De forma sucinta
eu diria que esta é a espinha dorsal do sucesso de um novo empreendedor.
O resto é trabalho, trabalho e trabalho.
smart fortwo passion cabrio.
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Mercedes Museum
Merc edes
MUSEUM / Stuttgart
O Museu Mercedes-Benz, situado na cidade de Stuttgart,
na Alemanha, é o único no mundo que apresenta em uma linha contínua do tempo mais de 120 anos de história da indústria automobilística. Em nove andares, cobrindo uma área de 16.500 metros quadrados, o museu possui mais de 1.500 objetos expostos, dos quais
160 são veículos, sendo que o mais antigo é de 1.886 e o modelo
mais moderno é a Mercedes SLS AMG.
Ele não só apresenta a fascinante história da marca Mercedes-Benz, mas também proporciona insights sobre o futuro. Algo
que também se reflete no projeto do prédio, desenhado pelos arquitetos holandeses Ben Van Berkel e Caroline Bos. O interior do
edifício é inspirado na estrutura de dupla hélice da espiral do DNA
humano, ilustrando esta ligação inseparável entre a tradição e a inovação na Mercedes-Benz.
As exibições no Museu Mercedes-Benz são divididas entre
as salas Legend e as salas Collection. Um elevador leva os visitantes até o nível superior do Museu, onde duas rampas em forma de
espiral descem através dos nove andares até a entrada. Ao longo
do primeiro percurso, as salas Legend relatam a história da marca.
No segundo percurso as salas Collection são arranjadas tematicamente e documentam a amplitude e diversidade dos veículos da
Mercedes-Benz.
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Mercedes Museum
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Salas Legend
Salas Collection
Cada sala Legend ilustra uma determinada época, através do desenvolvimento de um
tema central. Estes incluem a invenção do veículo rodoviário, a gasolina, a origem da marca Mercedes e o desenvolvimento do compressor e motor diesel, e na sala final, a história completa de
carros de corrida.
As sete salas Legend que levam os visitantes a uma viagem cronológica da história do
automóvel são ligadas por rampas de 80 metros.
Tanto o passeio Legend quanto o Collection acabam no “Silver Arrows – Races & Records”, onde uma curva acentuada passa em torno do espaço de exposição inteira, tornandose gradualmente uma parede cilíndrica vertical repleta de carros famosos.
As cinco salas Collection acomodam um grande número de exposições, proporcionando uma ampla cobertura para cada sala temática. Os temas variam entre viajar de ônibus, táxi
ou automóvel de passageiros, transporte de mercadorias e de distribuição, galeria de ajudantes,
bombeiros, serviços de emergência e operações municipais, carros de celebridades e galeria dos
heróis.
Ao lado da rampa que liga cada turnê Legend a uma das salas Collection, há uma vitrine
de vidro, visível de ambos os lados. No exterior, exibe modelos de veículos, no interior exposições
menores, como partes de veículos, acessórios e artigos promocionais. O “micro-cinema”, também
apresenta filmes que ilustram o tema de cada sala.
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Mercedes Museum
Fascination of Technology no
Museu Mercedes-Benz
Após essa viagem pela história da Mercedes-Benz, o passeio pelo Museu termina apontando para o futuro. A mostra “Fascination of Technology” tem apresentações especiais que acontecem
regularmente, mostrando temas atuais e visionários do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Mercedes-Benz.
Na exposição “Fascination of Technology” podem ser vistos
veículos experimentais como o futurístico C111, o F100, o F200, o
F400 e o F500. Máquinas visionárias que apresentam tecnologias
aplicadas em modelos em produção, isso inclui o sistema de visão
noturna do E-Class e os variados conceitos de espaço no A-Class,
B-Class e R-CLass.
Um museu para crianças e
famílias
A história do automóvel tem um fascínio especial para todas
as faixas etárias. O Museu Mercedes-Benz oferece diversos serviços criados especialmente para famílias com crianças.
A entrada é gratuita para todas as crianças de até 14 anos.
Estudantes acima de 15 anos recebem uma redução de 50% sobre
o preço de entrada. Grupos de estudantes têm acesso gratuito ao
museu, sujeito a notificação prévia. Estão disponíveis quartos e instalações sanitárias para mães e bebês em todos os andares.
Na sequência de uma visita à exposição, o restaurante oferece um ótimo serviço, com escolha de pratos especiais para crianças.
O Museu proporciona ainda um café/bar com opções de
lanches, além de uma área para eventos.
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Mercedes Museum
Loja do Museu:
De terça a domingo e feriados 10:00 - 18:00
Bilheteria encerra às 17:00
Fechado às segundas-feiras.
Restaurante:
De terça a domingo e feriados 9h00 - 19:00
Bilheteria encerra às 17:00
Fechado às segundas-feiras.
Café:
De terça a domingo e feriados 10:00 - 18:00
Bilheteria encerra às 17:00
Fechado às segundas-feiras.
Numerosos prêmios
Ao visitar a exposição,
crianças menores de 14 anos de idade
devem estar acompanhadas por um adulto.
atestam a arquitetura
O museu dispõe de instalações para
visitantes portadores de deficiência.
original do Museu Mercedes-Benz.
www.mercedes-benz.com/museum
Recentemente, o museu ganhou
o prêmio Hugo Häring (2009) para
edifícios exemplares em
Baden-Württemberg.
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Comportamento
Coolhunters
os caçadores de tendências
Sair por aí observando, tirando fotos, fazendo apontamentos e recebendo informações dos mais diversos universos, essa é a
função de um coolhunter. A profissão de “caçador de tendências”, à
primeira vista, pode parecer fácil, mas exige olhar treinado e feeling
para transformar comportamentos pontuais em desejos massificados.
A busca por informação qualificada, certeira e que gere
resultados é uma constante em empresas dos mais variados segmentos. É assim com a tecnologia, gastronomia, moda e também
no setor automobilístico. Grandes empresas pagam caro para obter
informações que pautem o desenvolvimento de suas peças e garantam o sucesso comercial de um produto que será novidade no
mercado. Não é à toa que muitos lançamentos de peças parecidas
são feitos quase ao mesmo tempo. Isso acontece devido ao trabalho de coolhunting comprado de alguma empresa especializada no
assunto.
Empresas de coolhunting são responsáveis por detectar as
necessidades do público com até 24 meses de antecedência e agrupar as informações para vender às empresas de todos dos setores.
Os coolhunters buscam referências nos mais diferentes nichos de
mercado, precisam estar abertos a todo tipo de arte e conhecimento, além de ter curiosidade para estar em diversas rodas culturais.
O comportamento das ruas, a economia mundial e até as mudanças
climáticas são fatores determinantes para esse trabalho e juntos podem designar uma nova tendência de consumo.
Informação de qualidade, segmentada ou não, dá as diretrizes de produção para todos os setores da economia mundial e vai
muito além da determinação de modelagens e cores do mundo da
moda. No setor de tecnologia, por exemplo, as tablets, como iPad
da Apple e Galaxy Tab da Samsung, são o reflexo da necessidade
de mobilidade detectada por coolhunters há pelo menos dois anos.
Profissionais que desejam trabalhar com coolhunting precisam ser observadores, curiosos e sensíveis aos acontecimentos ao
seu redor. É necessário ter feeling, um olhar treinado e estar sempre
munido de câmera fotográfica e caderninho de anotações para não
perder nada do que se passa nos mais diferentes cantos do mundo.
Para trabalhar nessa área não é exigido nenhum tipo de
especialização, já que capacidade de observação e feeling não se
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encontram nos bancos acadêmicos. Mesmo assim já há, mundo
afora e também no Brasil, cursos específicos que treinam o olhar de
pessoas das mais diferentes áreas.
Jornalistas, publicitários, profissionais de moda e também
da área de marketing acabam se tornando coolhunters pelo olhar
que têm sobre determinadas áreas e capacidade de detecção de
comportamentos. O sonho de poder viajar o mundo observando
comportamentos e conhecendo outras culturas constantemente é o
que leva muitos profissionais a procurarem especializações na área.
Mas engana-se quem pensa que a profissão está envolta em uma
aura de glamour e diversão. O trabalho de coolhunting precisa ser
executado de maneira séria e profissional para que a informação
não se torne banalizada e sem utilidade. Imagine apontar uma tendência errada? Seja uma cor, uma modelagem ou uma aposta de
comportamento que acaba não refletindo a realidade? As pesquisas
de coolhunting são baseadas em observação e análise e, como se
sabe, isso não é uma ciência exata.
Empresas recorrem a esse tipo de serviço também para
determinar estratégias de marketing e comunicação. Informações
sobre comportamento do consumidor são fundamentais para atingir, de maneira focada e certeira, diferentes tipos de público. Nesse
caso, os coolhunters são responsáveis por construir no imaginário
dos clientes uma imagem única e exclusiva da empresa: o que fideliza o consumidor e faz a empresa crescer de maneira diferenciada
perante o mercado. O coolhunting na comunicação partilha valores,
percepções e treina pessoas da empresa para que tenham capacidade para desenvolver estratégias baseadas nas principais tendências de comportamento.
O trabalho de coolhunting é essencial para qualquer empresa que deseja crescer e prosperar, independentemente do campo
de atuação. Ao contrário do que se imagina, o consumidor é quem
determina os novos lançamentos do mercado. As atitudes das pessoas, hoje, irão refletir nos produtos que estarão nas ruas nos próximos anos. Nesse momento, em todo mundo, profissionais observam os gestos mais simples e captam o potencial transformador que
essa informação pode ter. O poder do consumidor é ainda maior do
que o imaginado e determina os rumos do mercado para os próximos anos.
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Turismo 4x4
Travessia
dos Andes
Renato Hadlich
O desafio de atravessar os Andes pelo Paso de San Francisco e pelo Paso Agua Negra, que ligam a Argentina ao Chile, foi realizado por um grupo de 12 viajantes de Florianópolis e rendeu muitas histórias e aventuras de algumas das mais belas paisagens da América
Latina. Renato Hadlich, advogado e jipeiro, fez essa rota a bordo de um Jeep Wrangler no verão de 2008/2009, única estação possível de
realizar essa travessia. “Recomendo a viagem sem restrições para a família e amigos. O ideal é ir, no máximo, em seis carros em razão da
hospedagem, tempo e logística para se deslocar”, afirma o aventureiro.
Foram 6.240 quilômetros percorridos do Oceano Atlântico ao Pacífico com início no dia 25 de dezembro de 2008, em Florianópolis.
No primeiro dia, percorreram 954 quilômetros até a cidade gaúcha de São Borja. Em mais dois dias chegaram a Tinogasta na Argentina.
Jeep Wrangler
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Turismo 4x4
Cidade com influência andina, povo amigável e com tradição no artesanato, Tinogasta foi a base de partida para a travessia
de 493 quilômetros até Copiapó, no Chile. A cidade foi fundada em
1687 por Don Juan Gregório Bazán de Pedraza e seu nome significa “reunião de povos”, revelando o caráter de entreposto andino
estrategicamente localizado. “O melhor hotel da cidade é o Hotel de
Turismo Tinogasta, o mesmo utilizado pelo Rally Dakar. Uma dica
importante é que os poucos restaurantes do local abrem somente
depois das 21h”, conta Renato.
Ao cruzar o Paso San Francisco rumo ao Chile, eles chegaram a uma altitude de 5.000 metros acima do nível do mar. Em razão da altitude é recomendado tomar um café da manhã leve e não
almoçar durante o trajeto, respirar com mais frequência, caminhar
devagar e evitar qualquer tipo de esforço, para amenizar o “mal da
montanha”.
Nos Pasos são encontrados abrigos onde é possível se proteger das baixas temperaturas da madrugada, em caso de pane nos
veículos. É bom levar combustível, pois não há postos de gasolina.
Nesse trecho a paisagem revela vulcões, montanhas, picos de neve
eterna e desertos.
O grupo de aventureiros chegou a Copiapó no Chile no dia
28 de dezembro, onde pernoitou e seguiu para o litoral, para a cidade de La Serena, capital da Região de Coquimbo, que possui
160.148 habitantes e fica perto da Cordilheira dos Andes. Vale lembrar que as praias de La Serena são banhadas pelo gelado Pacífico,
então, mesmo no verão, a temperatura da água fica em torno de
15°C.
Esse trecho, entre a Cordilheira e o litoral, o Paso Agua Negra, foi um dos desafios da viagem. “A estrada é perigosa, estreita
cheia de curvas, pedras soltas e muita poeira”, diz o jipeiro. Apesar do perigo, o caminho é cheio de belezas com várias trilhas que
adentram a pré-cordilheira.
Foram 345 quilômetros até chegar ao litoral. La Serena é
um concorrido balneário onde os chilenos veraneiam, conta com
uma ótima gastronomia e com excelentes opções de hopedagem.
Lá, o grupo se hospedou no Hotel La Casona.
O Chile recebe muito bem os turistas, a comida é excelente e os preços em hotéis e restaurantes são muito bons. Reservas
podem ser feitas pela internet, mas por telefone são bastante confiáveis e os estabelecimentos não exigem depósitos ou garantias.
Um dos locais visitados ali próximo foi o Valle del Elqui,
onde se produz pisco, a cachaça de uva. A região é conhecida pela
quantidade de observatórios astronômicos, o que gera um circuito
turístico de observação do céu. Também é caracterizada pela colonização espanhola com as construções típicas das grandes fazendas de grandes pátios cercados pelos quartos.
Dali, os aventureiros retornaram à Argentina, para passar o
reveillon em San Juan e no dia seguinte seguiram para Córdoba e
depois para casa, onde chegaram em 4 de janeiro.
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Paso San Francisco
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Turismo 4x4
Wrangler
O Wrangler é o mais puro off-road, assim como a marca
Jeep. Ele é robusto e confiável, além de ter um potente motor de 6
cv com 204 HP. Topa qualquer desafio, é confortável e possui tecnologia de ponta, como controle de tração, controle de estabilidade,
controle anticapotamento, freios ABS, piloto automático e câmbio
automático.
Ele permite o engate da tração 4x4 em movimento e de
forma mecânica, sem necessidade de acionar nos cubos de rodas.
Além de tudo isso, ainda possui a versatilidade da capota tripartida
ou conversível – lona.
O Jeep Wrangler foi impecável, surpreendendo inclusive no
desempenho nas grandes altitudes (5.000 metros), se ajustando automaticamente à falta de ar, sem perder potência.
Renato Hadlich
Paso Agua Negra
Neste paso existe neve eterna
e a estrada é extremamente
difícil e perigosa.
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Turismo 4x4
Cinco dicas
- No Paso San Francisco são mais de 100 quilômetros percorridos em altitudes superiores a 4.800 metros. Lá é bom ter oxigênio, pois as dores de cabeça e a sonolência são incontroláveis e muito
comuns.
- Mesmo no verão é impossível realizar a travessia sem ter
pelo menos um corta vento.
- Leve moeda local, pois na travessia não existem máquinas
de cartão e o dólar não é aceito nas pequenas cidades dos Pasos.
- Em expedição é recomendável não abusar de pratos exóticos. Manter os hábitos, e até mesmo conter o apetite, é bastante
recomendável. Isso se justifica em razão da programação e do deslocamento de vários carros, e o sucesso da aventura depende não
apenas da logística, mas também da saúde de todos.
O guanaco é um animal raro
parente da lhama que
habita regiões próximas aos
4.000 metros de altitude.
- Tenha em mãos algumas peças de reposição para os carros, como lâmpadas, correia, óleo lubrificante, fluido para freio, amortecedor, alternador e até uma bateria reserva.
Um dos abrigos encontrados nos Pasos.
Paso Agua Negra, aberto entre dezembro e abril - Argentina.
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Turismo 4x4
Paso San Francisco.
Localizado ao sul
do deserto de Atacama.
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Entrevista
Werner
Voigt
Fundador da WEG
e apaixonado pela eletricidade
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Em uma tranquila manhã de primavera, nossa
equipe chegou à Jaraguá do Sul para encontrar um dos
fundadores de uma das maiores empresas do Brasil, a
multinacional WEG. O Sr. Werner Voigt nos recebeu em
seu escritório localizado em um aprazível recanto cercado de mata atlântica na sede recreativa da empresa.
Bastaram alguns minutos de conversa com o Sr.
Werner para perceber que valores sólidos e as virtudes
da simplicidade, honestidade e generosidade pautaram
esta história de sucesso, ao lado do dinamismo e da busca pela excelência. “A cada dia a gente sempre discute
como fazer melhor, melhor e melhor”, afirma.
Werner Voigt mora na mesma casa que construiu no final dos anos 50 perto do rio, onde gostava de
banhar-se no verão, um hábito que adquiriu ao mudar-se
para Jaraguá do Sul, em 24 de setembro de 1953, para
começar seu primeiro negócio próprio, a Werner Voigt –
Conserto de dínamos, geradores, motores e aparelhos
elétricos em geral.
Logo prosperou e durante cerca de dez anos estudou todo tipo de motor elétrico para em 1961 encontrar
outros dois sócios que tinham o mesmo sonho que ele:
construir motores elétricos. Estava criada a Eletromotores Jaraguá. Ela abastecia o mercado com motores que
tinham uma etiqueta metálica com o nome da empresa e
uma gravação com as iniciais dos três fundadores, Werner Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus.
Os clientes começaram então a se referir à empresa
como WEG e logo o nome foi mudado, primeiro para Eletromotores WEG e depois apenas WEG.
Modesto, Werner prefere dizer que “nem sentiu o
tempo passar e a empresa crescer tanto”. Porém, não é
possível deixar de notar alguns avanços que a WEG teve
em dois momentos distintos.
Um deles foi mérito de Werner que sempre buscou melhorar a qualidade e baixar custos. Por meio de
testes, estudos e pesquisas, ele desenvolveu, em 1967,
uma técnica para substituir as chapas de silício utilizadas
na fabricação de motores, um material caro e que tinha
elevado índice de perda, além de ser trabalhoso de manusear. Usando aço comum para substituí-las, conseguiu
baixar os custos de produção e guardou o segredo da
técnica: retirar o carbono do aço por meio do recozimento do metal. “Em time que está ganhando não se mexe?
Não senhor, vamos sempre achar que se está ótimo, no
ano que vem tem quer ser melhor. E nunca pensar em
encarecer o produto”, resume sua filosofia.
39
Entrevista
Certo dia, um estudante de engenharia visitando a fábrica
levou escondido uma dessas chapas de aço. Posteriormente, engenheiros da faculdade ligaram para Werner e disseram que ele estava utilizando um material inadequado. O eletrotécnico confirmou
que era aço e que funcionava bem.
Os engenheiros incrédulos tentaram produzir um motor com
custo mais baixo e não conseguiram. Então, se convenceram que
os motores da WEG eram superiores quando Werner lhes enviou
alguns para testes, e somente assim convenceram-se de que a tecnologia de cozimento do aço da WEG estava à frente.
Outro momento importante para o sucesso e o crescimento
da WEG aconteceu em 1968, quando os três sócios perceberam
que todos os concorrentes de São Paulo, o maior mercado para os
motores da WEG, haviam se associado a empresas internacionais.
Decidiram, então, ir à Alemanha já que dois deles eram descendentes e falavam a língua alemã fluentemente.
Na Alemanha visitaram várias fábricas de motores. Uma
noite, reunidos no hotel, chegaram à conclusão de que com os projetos e maquinários que viram conseguiriam sozinhos dar um grande salto de qualidade. Compraram projetos do escritório de engenharia de Ing Ernst Braun, fornecedor de várias dessas empresas
que visitaram, para aperfeiçoar os produtos da WEG. O engenheiro
também esteve algumas vezes na WEG, dando palestras e cursos
para os técnicos.
Educação é um valor passado pelas gerações da família
Voigt. Aos oito anos Werner foi morar com o avô em Schroeder,
onde teria melhor educação do que na pequena vila do interior da
cidade em que seu pai tinha uma serraria. Na biblioteca do avô, o
pequeno Werner descobriu seu futuro ao encontrar dois livros que
mudaram sua vida.
Orgulhoso de sua trajetória, o senhor Werner Voigt nos levou para passear pelo enorme Parque Fabril II e também pelo extenso Parque I, duas, das 17 fábricas que a WEG possui pelo Brasil
e em países como a Argentina, México, Portugal, China e Índia.
Visitamos também a cozinha industrial que serve 15.000 refeições por dia e provamos do almoço farto e saudável que é igualmente preparado e fornecido para todos os colaboradores, do chão
de fábrica à diretoria.
Nesta entrevista conheceremos um pouco da história desse
empreendedor e da empresa que orgulha Santa Catarina e o Brasil,
levando o nome do país para cinco continentes.
outro de eletrônica, os dois em alemão. Lendo e pesquisando os
gráficos e figuras, comecei a gostar de eletricidade. Hoje, esses livros estão lá no Museu da WEG. Nunca pensei num segundo plano
de como ganhar dinheiro, sempre trabalhei com eletricidade e nisso
vou até morrer.
De onde veio a paixão pela eletricidade que o levou
a criar a WEG?
Eu sempre soube o que queria fazer na vida. Desde os oito
anos, quando morava com meu pai em Schroeder, município muito
próximo daqui, onde não havia energia elétrica, eu sabia que queria
trabalhar com eletricidade, mas tudo era movido a querosene. Meu
avô tinha uma biblioteca onde havia dois livros: um de elétrica e
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Museu WEG.
Localizado no primeiro
prédio que sediou a empresa.
Livros de eletricidade que Werner lia quando criança.
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Entrevista
Museu WEG
Sr. Werner e sua Austin - A40.
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Entrevista
O Senhor fundou a WEG em 1961 junto com seus sócios Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus. O
senhor imaginava que chegariam tão longe?
Não. Quando começamos eu pensei que um dia eu teria 100
empregados, hoje temos 22 mil. Muito além do que pensávamos.
Apesar do senhor não imaginar, no decorrer da história, a WEG transformou-se em uma empresa multinacional. Como é que foi o desafio de preparar uma
empresa catarinense, de Jaraguá do Sul, para a globalização?
Como estou aqui o dia todo, a vida toda, a 49 anos, eu não
sinto a diferença. Para mim é o mesmo que no começo. Hoje, nós
temos 17 fábricas. Temos duas aqui em Jaraguá, uma em Blumenau, uma em Guaramirim, uma em Itajaí, uma fábrica de turbinas
em Joaçaba, uma em Gravataí (RS), uma em Manaus (AM), duas na
Argentina, duas em São Paulo, duas no México, uma em Portugal,
uma na Índia e uma na China. Estamos planejando abrir outra na
China.
Sempre criamos fábricas para atender nossos clientes locais, mas concentramos o desenvolvimento de projetos mais sofisticados em Jaraguá do Sul, onde temos mais de mil engenheiros.
Qual foi o primeiro projeto da WEG?
Nosso primeiro projeto está no museu que fica no primeiro
prédio que alugamos e depois compramos. Lá está um dos motores
monofásicos de 1/3 e 1/4 e quatro polos. Motores pequenos de uma
carcaça apenas, que, naqueles tempos, pesavam 15 quilos e hoje
pesam cerca de cinco quilos e são mais econômicos.
Esses motores com que começamos são os mais fabricados até hoje. Naquela época fazíamos dez por dia com 100 pessoas. Hoje, fazemos somente naquela fábrica 27 mil motores com a
mesma quantidade de pessoas (aponta para o parque fabril II, que
vemos pela janela).
Naquela época um motor elétrico custava mais ou menos o
que ganhava um torneiro mecânico em um mês. Hoje, este mesmo
torneiro compraria cinco motores com seu salário.
Como foi a escolha dos primeiros empregados?
Havia mão de obra para trabalhar com motores
elétricos?
Toda mão de obra que entrou teve que ser treinada. Hoje,
as melhores escolas têm curso vocacional. Sou nascido em Schroeder e temos uma escola técnica lá, cujos funcionários passam três
anos e estudam elétrica, eletrônica, química e outros assuntos gerais, para depois escolher a função que querem exercer.
Até termos o primeiro engenheiro demorou dez anos. Um
engenheiro quando sai da escola só tem conhecimento teórico. Muitos chegam aqui sem ter percepção de grandezas físicas. Até criar a
competência que a WEG necessita é necessário uns cinco anos de
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experiência
na fábrica.
Museu WEG.
Maquete de Jaraguá do Sul
com as indicações
dos parques fabris WEG.
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Entrevista
O senhor editou recentemente um livro, Werner R.
Voigt – O caminho de um apaixonado pela eletricidade, que conta a trajetória do senhor e da WEG.
Nesses anos todos quais foram os momentos mais
marcantes?
Como eu disse antes, nesses anos todos que passaram, eu
não sinto a mudança. Comecei meu negócio próprio quando tinha
23 anos e aos 30 comecei a WEG. Para mim não houve muita mudança de estilo de vida, apenas com o passar do tempo mais gente
me ajudava a fazer as coisas. E eu sempre trabalhando bem mais
do que oito horas por dia.
Trabalhei na Celesc e depois em 1950 comecei a trabalhar
na Empresul, como chefe de oficina. Minha função era rebobinar
motores. Fui registrado com o cargo de Enrolador (risos). Hoje brinco com os engenheiros, “você não vai me enrolar, eu já era enrolador desde 1950! Tenho muitos anos de experiência”.
A empresa inaugurou em agosto um posto para carros elétricos. O senhor levou sua paixão por eletricidade para os carros?
Ah, sim. (Pega e mostra foto de um carro adaptado para a
empresa). Se no mês que vem algum fabricante de automóveis bater em nossa porta e quiser dez mil motores elétricos, nós estamos
prontos para atendê-lo.
Mas para tornar viável o uso de carros elétricos, ainda temos alguns empecilhos. O primeiro é o peso da bateria. Para suportar uma viagem como a que vocês fizeram de Florianópolis até aqui,
vocês teriam que ter uma bateria de mais de 500 quilos. Enquanto
um tanque de gasolina cheio pesa de 50 a 100 quilos.
Outro problema é a carga. Se você quer carga rápida tem
que ter uma tomada que suporte 100 HP, para carregar essa bateria. A parte de motores e a parte eletrônica nós temos. Nós dominamos a tecnologia e não temos 1% de dúvidas.
Sempre me coloquei
no lugar do cliente e essa
maneira de trabalhar,
creio que foi primordial
para o sucesso da empresa.
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O que foi primordial no relacionamento entre o senhor e seus sócios para que a empresa prosperasse?
Nós sempre fizemos tudo o mais honestamente possível.
Eggon, Geraldo e eu jamais tentamos lucrar prejudicando algum
cliente. Nunca tentamos tirar vantagem de ninguém, o que alguns
de nossos concorrentes faziam.
Então, acho que foi um conjunto de fatores. Sempre trabalhávamos juntos. O Geraldo era ligado em outras coisas, tinha imobiliária, entrou na política (Nota do editor: Geraldo Werninghaus foi
vereador, prefeito de Jaraguá do Sul e deputado estadual). Eu não,
só trabalhei na elétrica. O Eggon também sempre se dedicou à parte
comercial. A parte que ele fez eu detestava, a papelada. Ele gostava. Um momento decisivo foi quando vimos que nossos concorrentes todos estavam associados com alguma empresa estrangeira.
Pensamos que para crescer precisávamos fazer o mesmo. Então, já
que eu e o Geraldo éramos descendentes de alemães e falávamos
bem o idioma, decidimos ir para a Alemanha e fomos os três procurar alguém que quisesse se associar conosco.
Visitamos fábricas de motores por duas semanas. Vimos
as máquinas que eles usavam e os projetos. Uma noite no quarto
do hotel, como costumávamos fazer, nos reunimos e conversamos
sobre as visitas. O Geraldo disse: “Se eu tivesse essas máquinas
que eles têm eu não precisaria me associar”. Eu disse: “Se eu tivesse essa tecnologia que eles têm aqui e que eles vendem para
pequenos fabricantes da Alemanha, eu também não precisaria me
associar”.
Eggon então falou: “Se vocês me garantem isso, tem um
programa muito bom no Brasil, Aliança Para o Progresso. Se vocês
fizerem um projeto bom, eu vou ao Banco do Brasil e consigo esse
dinheiro para fazer uma fábrica realmente grande”. Era um endividamento muito grande e nós fizemos esse empréstimo. Todo mundo
na cidade falou: “Ê, aí agora se foi...” (risos). E foi isso que nos fez
crescer.
Qual o conselho que o senhor dá para um empresário que começa um negócio hoje?
Eu diria para ele que tem que conhecer bem o ramo que
quer atuar, trabalhar duro e nada de desonestidade. Nós fizemos
assim e conseguimos bons clientes dessa maneira. Sempre me coloquei no lugar do cliente e essa maneira de trabalhar, creio que foi
primordial para o sucesso da empresa.
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Moda
Coco Chanel
A dona do estilo
1910
1921
1939
1954
1971
2008
2009
2011
Sonho de consumo e sinônimo de elegância, as criações de
Gabrielle Chanel atravessaram décadas e ainda despertam comoção
e desejo nas mulheres. A francesa Gabrielle nasceu na cidade de
Saumur, no dia 19 de agosto de 1883. Foi uma criança pobre, cresceu em um orfanato e chegou a Paris na adolescência, tornando-se
amante do milionário Etienne Balsam. Mais tarde, em 1910, ela conseguiu, com ajuda de amigos e de Balsam, abrir sua primeira loja,
onde vendia chapéus.
Em 1921, abriu sua maison no n°31 da rua Cambon, onde
a loja funciona até os dias de hoje. Nesse mesmo ano, lançou seu
perfume n°5, um dos mais adorados pelas mulheres e que se tornou
ainda mais famoso nos anos 50 quando Marilyn Monroe disse “só
durmo com duas gotas de n°5”. O perfume foi criado por Ernest Beaux a pedido de Chanel.
Com estilo e elegância, Gabrielle “Coco” Chanel revolucionou a década de 20. Tudo o que ela usava era copiado e pedido por
suas clientes. Chanel não libertou a mulher dos espartilhos, quem fez
isso foi Paul Poiret, mas Chanel conseguiu popularizar a ideia e reproduzir sua própria imagem de mulher independente, bem-sucedida,
com personalidade e estilo.
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Moda
Alguns dos clássicos da moda criados por ela são eternos,
o corte de cabelo reto com franja, o sapato bicolor criado para dar
impressão de um pé menor, a gola marinheiro, a bolsa de matelassê
com corrente dourada e o tailleur. Ela também introduziu as joias
falsas na moda. Todas as criações de Coco levaram a um novo movimento batizado de “luxo da simplicidade”.
O vestido preto é outra marca registrada da estilista que ganha versões e é uma das peças coringas do guarda-roupa de qualquer mulher. Uma de suas inovações foi criar o vestido preto com
gola e punhos brancos. Em 1926, foi batizado de “pretinho básico”
quando ganhou uma ilustração na revista Vogue francesa.
Em 1939, no início da Segunda Guerra, a estilista fechou
suas lojas. Mudou-se para o hotel Ritz e conheceu o alemão Hans
Dincklage, espião nazista de quem se tornou amante. Aliás, Chanel nunca se casou, mas colecionou vários amantes como o inglês
Boy Capel (talvez o grande amor da sua vida que morreu em um
acidente de carro), o duque de Westminster e o compositor Stravinski. Também tinha vários amigos como o coreógrafo Diaghilev, a
bailarina Isadora Duncan, os artistas Jean Cocteau, Pablo Picasso,
Salvador Dalí e outros igualmente célebres.
A estilista reabriu sua maison em 1954 e lançou o tailleur
com guarnições trançadas nessa época, bem como as correntes de
ouro, blusas combinadas com o forro do casaco, botões com iniciais, tweeds, a camélia de tecido branco, lenço de seda preta e o
escarpim bege com ponta escura. A maison atinge um novo patamar, conquista consumidoras em outras partes do mundo, principalmente nos Estados Unidos. Chanel morreu em 1971, aos 87 anos,
no dia 10 de janeiro, em uma suíte do Hotel Ritz, onde morava, em
Paris.
Filmes sobre Chanel
Coco Chanel (2008)
Filme para a TV dividido em dois episódios onde a atriz Shirley
MacLaine interpreta a estilista. Barbora Bobulova faz o papel de Chanel
jovem. A produção é dirigida por Christian Duguay.
Coco Antes de Chanel (2009)
Audrey Tautou estrela esse filme que conta a história de
Chanel da infância até a abertura de sua maison de alta-costura. A
direção é de Anne Fontaine.
MODA
primavera/verão 2011
O estilista alemão Karl Lagerfeld é, desde 1983, diretor de criação da
marca Chanel, tanto para a linha de altacostura quanto para a de prêt-à-porter. O
estilo clássico criado pela mademoiselle é
referência constante para Lagerfeld que
soube respeitar o estilo da marca e usar
os elementos de maneira inteligente e renovadora.
Na última coleção apresentada
pela marca, o estilista imprimiu um espírito bem jovem, com pontos coloridos,
estampas florais, renda e o tradicional
preto, tudo muito sofisticado. Botas baixas de cano curto combinadas com shorts
e minissaias ganharam a companhia dos
casacos de tweed (um novo tailleur para
as adolescentes?). Os vestidos e tailleurs
tradicionais são de cores leves, versões
delicadas de rosa, azul, verde e amarelo.
Os comprimentos das saias são curtos, na
altura dos joelhos, midi ou longo.
A clássica parceria do preto e
branco é explorada em looks com camisas, blusas, calças, casacos, saias e
vestidos. Completando as combinações,
acessórios de penas, ouro, pérolas e
couro. Nos pés ankle boots, peep toe no
qual couro é todo vazado e sandálias com
plataforma reta, influência de referências
orientais, que pode ser vista também nas
estampas e na combinação de joias e nos
longos vestidos de festa.
Coco Chanel & Igor Stravinsky (2009)
O filme conta a história de amor entre a estilista e o compositor russo. Após a 1ª Guerra Mundial, Chanel hospeda em sua
casa de campo, Stravinsky e sua família, exilados russos. A partir
daí, eles iniciam um romance. O filme é de Jan Kounen. No elenco,
Anna Mouglalis e Mads Mikkelsen.
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AMG
AMG
o tuning oficial da Mercedes
Os carros mais exclusivos do mundo, feitos para pessoas
que procuram luxo e estilo em uma marca que reflita sua individualidade. Veículos feitos à mão sob encomenda e com rigoroso controle
de qualidade. Objetos de desejo de qualquer entusiasta de automóveis. Assim são os veículos preparados pela AMG Motors.
E 63 AMG
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AMG
A tradição da empresa tem origem nas pistas de corrida. Assim como lá, o segundo lugar nunca foi bom o suficiente. Das competições trouxeram o know-how que transforma carros de passeio
em esportivos. São automóveis de linhas clássicas com um toque
agressivo e o motor inteiramente montado por um único mecânico,
outro legado da herança esportiva da AMG, já que em corridas se
evita a transmissão de responsabilidade. “Um homem, um motor”, é
a filosofia da empresa.
Nessa busca pela excelência, a AMG não aceita limites.
Seus engenheiros e mecânicos sempre procuram dar um passo
adiante e trabalham com o objetivo de satisfazer todos os desejos
do mais exigente motorista. Por isso, cria carros exclusivos e únicos
em design e desempenho, com técnicas inovadoras.
Criada há quase 40 anos, a AMG sempre foi especializada
em Mercedes-Benz. O primeiro modelo da marca a ser trabalhado
pela AMG foi um carro da então chamada Série S, o 300 SEL, em
1971. Com chassi longo, ele recebeu um motor V8, de 6,3 litros e
280 cv de potência que gerou um desempenho impressionante, levando em conta o porte e o peso, com números considerados muito
bons até hoje: 0 a 100 km/h em 6,1 segundos e máxima de 230
km/h.
Em 1990, a AMG Motors iniciou o primeiro projeto em parceria direta com a montadora, que resultou na Mercedes C36 AMG,
a versão esportiva da linha C. O trabalho que fizeram foi tão bom
que em 1999 a empresa foi adquirida pela Mercedes-Benz. Hoje,
a preparadora fabrica motores e participa do processo de “envene-
namento” dos modelos da Mercedes que carregam a marca AMG.
Todos os produtos da empresa são aperfeiçoados através
de constantes pesquisas que registram as necessidades de clientes
em todo o mundo. Esse é um importante pilar da estratégia da Mercedes-AMG. A AMG Research aborda principalmente os clientes
finais e os revendedores autorizados individuais, consultando também especialistas e a mídia local. Assim se garante que os objetivos
da empresa e as necessidades dos clientes estejam afinados, por
meio de um relacionamento próximo que começa nas pesquisas de
mercado e termina no desenvolvimento e na evolução do produto.
Todo esse cuidado leva a AMG a fabricar carros que despertam o fascínio dos apaixonados por máquinas de alto desem-
penho. A marca cada dia mais se posiciona, independentemente
dessa forma, dentro do DAIMLER Group.
O modelo AMG mais recente, lançado no Brasil, foi a SLS
AMG, apresentada para a imprensa especializada no AMG Performance Tour 2010, um grande evento realizado no Autódromo
de Interlagos em São Paulo em junho. Na ocasião, diretores das
áreas de Vendas e de Comunicação recepcionaram 60 jornalistas,
que, após uma breve aula sobre segurança em pista, puderam testar a SLS AMG e outros modelos da marca, como SLK 55 AMG,
C 63 AMG, E 63 AMG, ML 63 AMG e G 55 AMG, durante três
voltas na pista do Autódromo de Interlagos, acompanhados de um
instrutor de produto da fábrica para explicar em detalhes o funcionamento dos carros.
O AMG Performance Tour faz parte de um posicionamento mundial da
marca e acontece pelo terceiro ano consecutivo em 16 países. É uma
oportunidade para que os apaixonados por carros de alto desempenho conheçam os produtos e recebam informações diretamente
daqueles que os fabricam.
C 63 AMG
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Motor biturbo
V8 de 5,5 litros
da AMG
O inovador trem de força de oito cilindros, conhecido internamente como M157, já está sendo descrito como um marco na
história de sucesso da Mercedes-AMG e desempenhará um papel
importante na estratégia de modelos nos próximos anos. Com o
desempenho que você esperaria da AMG, o motor também define
novos padrões em termos de consumo de combustível e eficiência:
O novo S 63 AMG, no qual o M157 será usado pela primeira vez,
consome apenas 10,5 litros a cada 100 quilômetros.
O M157 tem um atraente pacote de alta tecnologia de biturbopropulsor e injeção direta de combustível com combustão guiada
por spray. A tecnologia inovadora reduz consideravelmente o consumo de combustível e, como consequência, as emissões, graças à
eficiência termodinâmica mais alta.
A transmissão de potência inteligente também faz uma contribuição importante: A transmissão esportiva exclusiva AMG SPEEDSHIFT MCT de 7 marchas combina dinâmica com economia, e
oferece uma nova função parada-partida no programa de direção
“Controlled Efficiency” (“Eficiência Controlada”). Além disso, há o
sistema de gerenciamento de gerador conhecido pelo E 63 AMG
que usa a energia excedente para carregar a bateria, em vez de
convertê-la em calor. E enquanto dois turbopropulsores de gás de
exaustão pressionam até 1.750 kg de ar fresco nas câmeras de
combustão por hora, o M157 é o primeiro motor com turbopropulsão
que não precisa da válvula pneumática de desvio.
Mesmo com toda a eficiência, no que se refere à dinâmica,
absolutamente nada foi deixado de fora: especialmente o torque de
800 Nm, ou 900 Nm em combinação com o AMG Performance Package, não tem concorrentes na sua classe de desempenho. O novo
motor biturbo V8 de 5,5 litros da AMG, é a promessa de “Desempenho” da marca AMG.
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AMG
Clientes que procuram personalizar seus veículos contam
com o AMG Performance Studio para realizar seus sonhos. Desde
2010, a Mercedes-AMG possui esse programa completo de individualização de fábrica para as marcas Mercedes-Benz e AMG em
um mesmo local.
Com o mais moderno design, lá é possível trocar componentes técnicos e acessórios, incluindo ajustes individuais que geram modelos absolutamente únicos com uma enorme gama extra
de opcionais sendo constantemente desenvolvida.
O AMG Performance Studio realiza acabamentos de pintura exclusivos e modifica interiores com o que há de melhor. Com
mão de obra extremamente capacitada, experiente e materiais de
alta qualidade, pode-se escolher elementos decorativos feitos de
madeira premium e de pedras naturais, ou pintados com laca de
piano. Também é possível complementar com acessórios de couro
em uma ou duas cores. Pinturas fascinantes são criadas por meio
da interação de pintura metálica e superfícies semifoscas resultando
em um acabamento único.
História
A AMG Motors foi fundada em 1967 por Hans Werner Aufrecht e Erhard Melcher, ex-funcionários da Mercedes-Benz. A sigla
foi formada pelas iniciais dos sobrenomes deles com a cidade natal
de Melcher, Grosspach, perto de onde iniciaram a preparação de
motores, um velho estábulo de cavalos em Burgstall.
Em 1971, pilotando uma AMG Mercedes 300 SEL 6.8, Hans
Heyer e Clemens Schickendanz ganham na sua categoria, as 24 horas de Spa, iniciando uma trajetória de muitas conquistas nas pistas
e em prêmios de engenharia.
Com o passar do tempo, o velho estábulo em Burgstall se
torna insuficiente para o trabalho da AMG e em 1978 a empresa
muda sua oficina para Affalterbach, onde está até hoje. Nessa época, a AMG tinha 40 empregados.
No ano de 2002 é celebrado o 35º aniversário com a inauguração da nova fábrica de motores, uma nova sala de exposição
e um novo complexo. Neste mesmo ano são vendidos mais de 18
mil AMGs em todo o mundo e mais de 30 mil kits estéticos da AMG
são instalados. É iniciada a comercialização do CLK 55 AMG, E 55
AMG, C 30 CDI AMG e dos novos S 55 AMG.
Em 2006 batem um novo recorde com a venda de mais de
20.000 veículos.
Com 18 modelos diferentes criados, o que era uma pequena oficina, hoje conta com mais de 750 empregados.
SLS AMG
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Lifestyle
Schaefer
Yachts
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O Estado de Santa Catarina é conhecido pelo empreendedorismo, pioneirismo e busca pela excelência. Honrando essa tradição, a Schaefer Yachts completou 18 anos de atividades em novembro, consolidada como o maior estaleiro de luxo 100% brasileiro
e líder no mercado brasileiro em lanchas de até 50 pés.
Essa posição de liderança no mercado foi conquistada com
muito investimento em tecnologia, capacitação de seus funcionários e atenção total para os detalhes. A empresa trabalha com os
melhores fornecedores do mundo, mas desenvolve os itens mais
importantes de suas lanchas dentro de casa, em setores próprios
de engenharia e desenvolvimento de novos produtos, laminação de
cascos e peças em fibra de vidro, marcenaria, modelagem, estofaria, elétrica e tecnologia de informação.
Os barcos da Schaefer Yatchs têm cinco anos de garantia
estrutural para o casco e são produzidos em sua sede própria de
9.000 m², localizada no município de Palhoça, na Grande Florianópolis. Recentemente, a empresa inaugurou também um Centro de
Inovação e Design na cidade de Biguaçu, onde são desenvolvidos
novos projetos, cujos moldes são feitos na quinta maior máquina
fresadora do mundo.
A empresa genuinamente catarinense é reconhecida em
todo o mundo e é a maior responsável pelo desenvolvimento do
polo náutico de Santa Catarina, um dos maiores do país. São mais
de 600 empregos diretos e cerca de 2.500 barcos vendidos.
Esse reconhecimento chega por meio de diversas premia-
ções, sendo a mais recente o prêmio Top de Marketing 2010, da
ADVB/SC, que atesta o sucesso da Schaefer como referência em
luxo, sofisticação e navegabilidade no mercado náutico brasileiro.
A Schaefer Yachts já exportou seus produtos para diversos
países como EUA, Itália, Argentina, Angola, Emirados Árabes e até
para alguns com tradição náutica milenar como a Suécia e a Noruega, o que atesta a qualidade de suas lanchas.
O responsável por esse sucesso todo é o presidente da
empresa e projetista dos barcos, Márcio Schaefer, experiente navegador com mais de 20 mil milhas navegadas pela América do Sul,
Europa e Caribe, em percursos como a travessia do Atlântico e a
regata Buenos Aires – Rio. Apaixonado pelo mar, Márcio veleja desde a infância e foi campeão brasileiro quatro vezes em corrida de
oceano.
Atualmente, o designer é um dos construtores de barcos
mais experientes do Brasil. No início da década de 80 estudou arquitetura naval em Buenos Aires e trabalhou em diversos estaleiros
no Brasil, Argentina, Espanha e Inglaterra, onde assumiu diferentes
cargos como designer, desenvolvimento de novos produtos e até
mesmo construção de barcos de corrida em fibra de carbono.
Toda essa experiência e know-how, ele traz para a Schaefer Yatchs e seus produtos de ponta. “Podemos oferecer o que há
de melhor no mundo em termos de embarcações de alto padrão.
Por isso estamos desenvolvendo novos produtos, pois há demanda
de mercado”, conta Schaefer.
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Lifestyle
As lanchas Phantom são embarcações exclusivas, feitas
para a navegação nos trópicos, com soluções únicas não encontradas nos concorrentes. “Tudo foi pensado para oferecer o máximo de
conforto, potência e navegabilidade para uma embarcação desse
perfil”, explica Márcio.
Schaefer projeta os barcos da linha Phantom do começo ao
fim, incluindo a distribuição dos quartos e os métodos de construção, com atenção especial ao design. Sua experiência na área faz a
diferença perante a concorrência.
Phantom 500 Fly
Trata-se do barco mais sofisticado do mercado brasileiro,
cujo lançamento inovou em muitos aspectos. Conta com plataforma móvel, um grande cockpit, fly bridge e possui três camarotes e
dois toaletes, acomodando seis pessoas para pernoite. A Phantom
500 Fly leva os melhores equipamentos disponíveis no mercado e é
construída toda em infusão, o mais moderno sistema de construção
do mundo. A exemplo da Phantom 500 HT, seu projeto inclui quatro
TVs de LCD, home theater, sofás de couro, mesa de jantar, cozinha
com forno embutido e ar-condicionado, além de uma churrasqueira
elétrica na plataforma de popa.
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Lifestyle
Phantom 500 HT
O máximo em luxo e sofisticação, as lanchas de 50 pés da
Schaefer Yachts têm duas versões. A Phantom 500 HT vem com
tudo o que se espera de potência, luxo e conforto.
Famosa pelo seu gigantesco teto
solar, que transforma o convés principal em um terraço, a 500 HT pode acomodar até seis pessoas e um marinheiro
para pernoite; e 15 pessoas, mais um tripulante, durante um passeio.
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Tecnologia
I
PAD
o futuro na ponta dos dedos
Cada novo lançamento da Apple é cercado de expectativas e com o iPad não foi diferente. O aparelho
inovador surgiu confundindo as fronteiras entre os smartphones e os computadores portáteis ao ser anunciado à
imprensa. O tablet sensação de Steve Jobs nasceu ocupando um lugar entre o Macbook e o iPhone, já que junta
em pouco menos de 700 gramas um computador, um videogame, um player de arquivos de música e vídeo, um
leitor de livro digital e diversos aplicativos.
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Tecnologia
Ao unir tantas funções em um tablet, o iPad chega para
marcar uma nova era na computação pessoal, em que mobilidade é
a palavra-chave. A vantagem está no aumento do tamanho da tela
e na interatividade.
O iPad utiliza o mesmo sistema operacional do iPhone e
possui uma interface simples para ser utilizada facilmente por qualquer pessoa, com touchscreen e sensores de movimento que permitem a interação, deixando as mãos livres ao abolir o mouse e
o teclado. Quem preferir pode ainda conectar um teclado externo
próprio, que o transforma em um netbook.
Mas o grande poder do novo tablet está em explorar o potencial revolucionário do equipamento. Nesse contexto, o iPad chegou para impulsionar a tendência da mobilidade que o iPhone popularizou com novas possibilidades para quem quer realizar diversas
tarefas, de qualquer lugar.
O aparelho se tornou um fenômeno, com um milhão de unidades vendidas em apenas 28 dias após o lançamento, e impulsionou também a venda dos tablets no mundo todo. De acordo com
a Gartner, empresa de pesquisa de mercado, as vendas desses
aparelhos devem chegar aos 19,5 milhões de unidades este ano, a
maior parte cabendo ao iPad.
Apesar do recente lançamento oficial no Brasil, o iPad já
virou sensação, sendo sinônimo de modernidade e inovação. Veículos da imprensa e empresas de vanguarda já lançam suas versões
de sites e publicações voltadas ao iPhone e ao iPad.
Para empresas, o iPad pode ser uma ferramenta importante que facilita o trabalho ao permitir o acompanhamento de dados
e estatísticas a distância, organização de agenda e viagens, leitura
e edição de contratos e outras tarefas. Todas feitas remotamente e
com a segurança de navegar com os dados criptografados.
Para se ter ideia do que os aplicativos para tablets e
smartphones podem fazer, vejamos alguns dos exemplos disponíveis para o iPad e suas funções específicas:
MobileMe
Através de um ID da Apple, o MobileMe sincroniza automaticamente
e-mail, contatos, calendário, fotos e arquivos na internet entre seu
iPhone, iPad, Mac ou PC. Se você perder seu iPad, pode localizá-lo
por meio de GPS ou de seu iPhone e iPod touch com o app Buscar
meu iPhone. Pode ainda bloquear a tela para ninguém usá-lo e definir um aviso sonoro de localização.
Kindle
Criado pela Amazon, esse aplicativo permite a leitura de e-books e
outras mídias com um acervo de 450 mil títulos, muitos deles gratuitos. Destaque para o recurso de sincronização multiplataforma que
permite acessar a página em que a leitura foi interrompida, fazer
anotações e sublinhar trechos favoritos em todos os aparelhos no
qual o programa está instalado, utilizando a mesma conta de usuário.
1Password
Este aplicativo criptografa, armazena e organiza senhas e dados
confidenciais. Também organiza as informações e registra onde
elas são usadas para que o usuário encontre facilmente os dados
que necessita.
Esses programas fazem do iPad um aparelho para toda a
família, já que, entre os milhares de aplicativos desenvolvidos, existem opções para crianças, adolescentes, empresários, profissionais
liberais, professores e donas de casa. Todo mundo pode encontrar,
ou criar, uma utilidade para o iPad em sua vida.
Galaxy
Tab
Pages
Desenvolvido pela Apple, é um processador de textos leve e funcional no qual se pode escrever, editar, formatar textos, inserir imagens, gráficos e muito mais. O layout da página é ajustado com o
touchscreen e os arquivos podem ser exportados para o Microsoft
Word 97, Pages ´09 ou superior e PDF.
Como ferramenta de marketing, os aplicativos geram um nível de interação inimaginável já que possibilitam a conversa direta
das marcas com clientes. Aplicativos desenvolvidos para empresas
geram uma experiência única e grande fidelização dos clientes.
A Mercedes também já entrou nessa área e tem aplicativos
como o E-Class que traz fotos incríveis, vídeos, textos e muitas informações sobre seus modelos.
Sound Hound
Na App Store, loja de aplicativos da Apple, estão disponíveis milhares de aplicativos para execução dessas atividades e ainda há a possibilidade de personalizá-los, pois os desenvolvedores
têm todas as ferramentas necessárias para criá-los. Esses pequenos softwares são a essência do sucesso do iPad e podem fazer a
diferença na relação do usuário com o tablet.
Dentre os mais de 150 mil apps disponíveis, encontram-se
ferramentas espetaculares e outras banais também. Vale a procura.
Photogene
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Estes são somente alguns dos exemplos de aplicativos
disponíveis. Músicos exploram novas formas de gravação e mobilidade, restaurantes criam cardápios interativos para fazer pedidos
diretamente encaminhados à cozinha, pessoas com dificuldades
motoras através deles conseguem se comunicar e interagir. São
inúmeras as possibilidades de uso do aparelho. A criatividade dos
desenvolvedores é o limite.
Um aplicativo incrível para demonstrar o potencial da máquina.
Você assobia alguma melodia de uma música que não consegue
lembrar o nome e ele te dá a resposta. Ele traz ainda informações
sobre artistas, clipes do YouTube e letras.
Disponível no site (www.soundhound.com).
Um editor de imagens com as funções básicas para alterar tamanho,
cor, contraste, brilho, posição, etc. e que permite exportar as imagens para outros aparelhos ou postar direto em redes sociais como
Twitter e Facebook. Encontrado no site (www.mobile-pond.com).
Netflix
Com ele é possível pesquisar, assistir e gerenciar mais de 20 mil
mídias em streaming. E, detalhe, esse aplicativo é gratuito, assim
como muitos outros encontrados para download.
Quase um ano após seu lançamento, a Apple começa a enfrentar um mercado que está esquentando. No Brasil, o único concorrente que entrou na disputa até o momento é o Galaxy Tab. O
tablet da Samsung chega ao mercado brasileiro por R$ 2.699,00 e
está sendo fabricado em Campinas, São Paulo, na fábrica da empresa.
Ele possui uma gama maior de recursos em relação ao
iPad, porém, a vantagem do aparelho da Apple é a quantidade de
aplicativos disponíveis. O Tab tem TV digital e analógica, rádio FM,
câmera traseira de 3.0 megapixels que também grava vídeos, além
de uma segunda câmera frontal para videochamadas. Com sete polegadas, o Galaxy Tab tem entrada para cartão MicroSD e possui
conexão à rede celular 3G ou Wi-Fi e pode ser utilizado também
como telefone.
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Cultura
Soul music
Sharon Jones & The Dap Kings
carregam a bandeira do estilo
com classe e propriedade
A cantora Amy Winehouse é a mais conhecida artista de
uma onda revival da soul music que acontece há algum tempo. Porém, ela é apenas a ponta do iceberg de um estilo que é chamado
de retro-soul ou neo-soul.
Quando Amy foi gravar seu famoso álbum Back to Black,
que a tornou famosa em todo o mundo, o produtor do disco, Mark
Ronson, foi buscar em Nova Iorque um grupo que grava como se
estivesse nos anos 60 e 70, época de ouro da soul, com gravadores
de fita analógica e com a banda toda reunida ao vivo no estúdio, os
Dap Kings.
Comandada pelo baixista e produtor Gabriel Roth, ou Bosco
Mann, proprietário do Daptone Studio, a banda tem como frontwoman a carismática Sharon Jones, de 54 anos, nascida na Geórgia,
estado que deu ao mundo James Brown, Ray Charles, Otis Redding
e Little Richard entre outros astros do soul e do funk.
Sharon Jones & The Dap Kings lançaram em 2010 seu
quarto álbum, I Learned The Hard Way, recheado de canções com
o feeling da Motown e da Stax, famosas gravadoras de black music.
O álbum inicia com The Game Gets Old. De introdução épica, a canção se desenvolve e não fica devendo nada para as de
Smokey Robinson. A segunda música que dá nome ao disco, I Learned The Hard Way, continua na onda vintage e o disco chega a
um clássico do otimismo dos recomeços, Better Things To Do, com
uma introdução que remete a James Brown, o inventor do funk, que
foi grande referência e amigo de Sharon.
Daí em diante, o disco segue em grooves que ora lembram
Motown, outra vez remetem a Stax, The Meters. Enfim, quem aprecia um som clássico do soul e do funk tem uma banda afiada e uma
cantora cheia de feeling e balanço para apreciar em boa companhia.
No site da Daptone Records (www.daptonerecords.com),
você encontra este e os outros álbuns de Sharon Jones & The Dap
Kings para download pago de Mp3 com alta qualidade, em CD e no
formato preferido dos músicos, os clássicos discos de vinil.
www.sharonjonesandthedapkings.com
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73
Uma empresa Daimler
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