- Revista do Aço

Transcrição

- Revista do Aço
INDÚSTRIA
AÇO BUSCA SOLUÇÃO
LATÃO
INOX
COBRE
ALUMÍNIO
Ano IV - edição 18 - 2015
GRUPO ELINOX
SEMPRE a MELHOR solução em AÇO INOX!
Empresa Certificada
C RCC
PETROBRAS
índice
Perfil
WR Glass faz dez anos de mercado ........................................................................................... 12
Congresso
I Congresso Brasileiro do Setor de Tubos................................................................................ 15
Artigo
Aços de Alta Resistência, Características e aplicação ......................................................... 18
Perfil
Elinox completa 30 anos ............................................................................................................... 22
CSN
Capa
Indústria busca solução para ano de baixa produtividade .............................................. 24
Empresa
Tradição em carrocerias ................................................................................................................ 32
Evento
Congresso do Aço discutiu situação do mercado ..............................................................
34
Perfil
TRUMPF: 30 anos verde/amarelo .............................................................................................. 36
Importação
Importação de bens de capital cai 15,8% no primeiro semestre .................................. 38
Importação
Produção e importações são afetadas pela crise econômica.......................................... 40
Evento
Brasil Offshore 2015 é marcada pela geração de negócios ............................................. 46
REVISTA DO AÇO – Ano IV – Número 18 – é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço.
Editor-chefe Marcelo Lopes ([email protected])
Edição Carlos Alberto Pacheco (Mtb 14.652-SP 2) ([email protected])
Projeto Editorial Revista do AÇO®
Projeto Gráfico Elbert Stein ([email protected])
Capa CSN
Colaboradores desta edição Laura Calado e João Francisco Batista Pereira, Gleyder Oliveira
Bustamante e Rafael Fagundes Ferreira
Publicidade e Comercial Marcelo Lopes – (11) 9 7417-5433 ([email protected])
Luis Cortez – (11) 9 9125-8489 ([email protected])
Impressão e Acabamento Mundial Graff Ltda
Tiragem 12.000 exemplares
Redação, Publicidade, Administração e Correspondência:
Rua Manuel Buchalla, 180 – São Paulo
Cep: 04230-030 – SP – Brasil – Telefone: +55 (11) 2062-1231
A Revista do AÇO é uma publicação empresarial segmentada à Cadeia produtiva do AÇO, objetivando os setores
Metal-mecânicos e Siderúrgicos.
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Divulgação
GOIVAGEM A PLASMA
Remoção física do metal (base ou solda) por meio de um
processo térmico, a goivagem ainda é feita no Brasil basicamente com eletrodo de grafite. Existe, no entanto, uma tecnologia mais rápida e bem menos insalubre: a goivagem a
plasma. “A velocidade da goivagem a plasma chega a ser até
cinco vezes maior. O acabamento, seja em alumínio ou aço
inoxidável, também melhora bastante. Fora que a geração
de fumos e ruídos é muito inferior, o que aumenta o conforto de quem opera o equipamento. Destaque também
para a redução ou eliminação dos depósitos de carbureto
deixados pelo primeiro processo”, descreve Pablo Romero,
gerente regional de vendas da Hypertherm. Os principais
mercados para a goivagem a plasma, ele observa, são o de mineração, implementos agrícolas e fundição.
“Setores que reúnem empresas acostumadas a trabalhar com soldagens muito pesadas. Mas qualquer um
que faz uso das soldas acaba recorrendo à goivagem para efetuar o retrabalho das juntas”.
Informações: www.hypertherm.com.br
Processos inteligentes
e Pessoal qualificado.
• Chapas Grossas e Extragrossas Classificadas
• Oxicorte de 6 a 500mm de Espessura
• Perfis Laminados I H U
• Perfis Soldados
w w w . a c o b r i l . c o m . b r
5 5
1 1
2 2 0 7 - 6 7 0 0
DESDE 1964
BOMBAS DE FÁCIL DESMONTAGEM
As bombas Thomas “Simplicity”, da Metso, são equipamentos modernos que oferecem diversas vantagens em relação aos modelos antigos, incluindo avanços em designs de
palheta dos rotores, que melhoram a eficiência hidráulica
em pelo menos 25%. Essa é uma característica especialmente importante, considerando que - diferente de outras
operações de dragagem - as dragas adotadas em mineração de agregados geralmente operam em turnos de 24 X
7. O suporte ao produto por meio de assistência técnica
ou pela disponibilidade de peças sobressalentes é a chave
para muitos operadores de dragas de agregados. A Metso
oferece esse serviço em áreas de gerenciamento de projetos, cálculos de bombas e sistemas, além da resolução de
problemas no bombeamento. Na área de disponibilidade de peças, a Metso possui estoque de peças de desgaste para bombas de dragagem padrão em várias localidades, e oferece estoques consignados para clientes
que demonstrem a necessidade de disponibilidade de peças na planta.
Informações: www.metso.com.br
Imagens: Divulgação
SALA DE CRISE PARA CREDORES DO SETOR DE ÓLEO E GÁS
Dando continuidade a busca por soluções para a crise instalada no setor de óleo e gás, agravada com as informações descobertas com a Operação Lava Jato, a Sala de Crise, coordenada pelo Conselho de Óleo e Gás
da Abimaq, realizou nova reunião, em junho, na sede da associação. Com a presença de representantes das
principais câmaras setoriais envolvidas, o presidente do Conselho de Óleo e Gás, Cesar Prata, relatou os últimos encontros realizados com autoridades com poder de decisão, como parte dos esforços empregados pela
Sala de Crise. Entre eles, foi realizada reunião no Ministério de Minas e Energia, para discutir a inadimplência
e o futuro do setor, sem avançar, no entanto, em resultados concretos. Na reunião realizada com a diretoria
da Petrobras, segundo Prata, houve ao menos um saldo positivo, já que, ao
solicitarem um contato direto e acessível na empresa, receberam a indicação do gerente de Engenharia, Ivan Monteiro, para acompanhar e atender
a Abimaq. “Nossas demandas foram adiadas, mas ao menos criamos um
canal de comunicação direto”, afirmou Prata.
Informações: www.abimaq.org.br
TECNOLOGIA DE PESAGEM
A Odebrecht Infraestrutura, que atua nas obras de construção dos primeiros submarinos com propulsão nuclear do
Brasil (Prosub – Projeto Submarino) em Itaguaí (RJ),tem feito uso da Balança Embarcada, da Rossetti, proporcionando
controle e eficiência aprimorados na terraplanagem.
Instalada em caminhão basculante (caçamba meia-cana)
que está em teste pela Odebrecht, a tecnologia apresenta
resultado superior ao de outros sistemas de pesagem. “Isso
resulta em maior produtividade, pois a caçamba é carregada em sua plenitude antes de seguir para o bota-fora”, diz
Bruno Mendonça Fontes, responsável por Monitoramento
do Apoio Funcional de Equipamentos da Odebrecht Infraestrutura.
Revista do Aço •
5
Divulgação
PRODUÇÃO SEMESTRAL DE AÇO CAI PELA PRIMEIRA VEZ DESDE 2009
Os dados da Worldsteel Association para o primeiro semestre confirmaram a tendência de queda da fabricação siderúrgica global em
meio ao cenário de excesso de oferta e forte redução dos preços. De
acordo com a entidade, os 65 países que acompanha produziram 813
milhões de toneladas de aço bruto de janeiro a junho, recuo de 2%
frente ao mesmo período de 2014 e primeira baixa desde 2009, no
pós-crise financeira. Dos mercados mais importantes para o setor,
apenas Brasil, Rússia e Índia elevaram a produção na primeira metade
deste ano. A alta brasileira, já divulgada previamente pelo Instituto
Aço Brasil, foi de 2%, para 17,1 milhões de toneladas, enquanto os
russos aumentaram os volumes em 0,8%, para 35,7 milhões de toneladas. Na Índia, o avanço foi de 4,2%, para 44,9 milhões de toneladas.
Com o desempenho dos seis primeiros meses de 2015, as fabricantes chinesas passaram a atender por 50,4% do
total mundial, contra 50% em 2014 e 37% antes da crise de 2008. O Brasil atualmente responde por 2,1%, os EUA
representam 4,9% e a Alemanha, 2,7%. Só em junho de 2015, a produção mundial foi de 135,6 milhões de toneladas, queda de 2,4% ante igual mês de 2014 e de 2,7% perante maio, informou a Worldsteel. Na China, o recuo
foi de 0,8%, para 68,9 milhões de toneladas, e nos EUA a baixa foi de 8,5%, para 6,7 milhões de toneladas. O Brasil
aumentou a produção em 2,1%, para 2,8 milhões de toneladas. O uso de capacidade internacional foi de 72,2%, 0,1
ponto percentual a mais do que em maio e 3,5 pontos abaixo do mesmo período do ano passado.
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GERDAU ANUNCIA REESTRUTURAÇÃO DE NEGÓCIOS NAS AMÉRICAS
No mês de julho a Gerdau S.A. anunciou uma reestruturação dos negócios
nas Américas, com a redistribuição das operações em três divisões para
América do Norte, América do Sul e Brasil. Para obter maiores sinergias estratégicas e operacionais, o “Projeto Gerdau 2022” prevê que as atividades
no México e as joint ventures na República Dominicana, na Guatemala e no México passarão a integrar a “Operação
de Negócio América do Norte”, atualmente composta pelas operações de aços longos no Canadá e nos Estados
Unidos. A empresa também criou a “Operação de Negócio América do Sul”, que reunirá as atividades de aços longos na Argentina, no Chile, na Colômbia, no Peru, na Venezuela e no Uruguai. Já a unidade de minério de ferro
passa a integrar a chamada” Operação de Negócio Brasil”, atualmente composta pelas operações de aços longos e
planos no Brasil e de carvão e coque metalúrgico na Colômbia. Além das três divisões reestruturadas, a companhia
manteve a “Operação de Negócio Aços Especiais”, integrando aços especiais no Brasil, na Espanha, nos Estados
Unidos e na Índia.
BONS NEGÓCIOS PARA A TUPER ÓLEO E GÁS
Com clientes principalmente na América Latina e Estados Unidos, a Tuper Óleo e Gás exportou 60% de sua
produção de tubos para condução e exploração de petróleo e gás em 2014. No acumulado de janeiro a maio
de 2015, 45,5% da produção deste tipo de tubos foram destinados ao mercado externo. Segundo o presidente e CEO da Tuper, Frank Bollmann, as exportações não apenas incrementam a produção e complementam
a capacidade produtiva da fábrica, mas comprovam que os produtos da Tuper têm qualidade reconhecida
internacionalmente.
A empresa também disponibiliza soluções complementares para a indústria de óleo
e gás, como tubos estruturais pretos e galvanizados e perfis estruturais, tubos industriais, tubos de condução e eletrodutos, tubos para andaimes e chapas de aço. Todos
os produtos atendem rigorosamente as especificações e normas técnicas necessárias
às atividades do setor.
Informações: www.tuper.com.br
USIMINAS É UMA DAS “100 EMPRESAS
MAIS INOVADORAS“ DO BRASIL
A Usiminas é uma das “100 Empresas mais Inovadoras” do Brasil em Ranking divulgado pelo Valor
Econômico, em parceria com a consultoria Strategy&, do grupo PwC. A Usiminas ocupou a 46ª
posição no ranking geral. Além da Companhia,
apenas mais uma siderúrgica está presente na lista, a Votorantim Metais. Essa é a primeira pesquisa
nacional que avaliou a inovação nas companhias
que atuam no Brasil em diferentes atividades econômicas. Para elaboração do ranking foram usados como três pilares da cadeira de inovação: intenção, esforços e resultados. O objetivo foi avaliar
como cada um desses pilares é desenvolvido nas
empresas, e como isso reflete na inovação. Com
base em indicadores qualitativos e quantitativos,
em um modelo especialmente desenvolvido para
o contexto do país, a edição apontou as empresas
que adotam as melhores políticas de inovação,
seus investimentos
no mercado local e
os resultados conquistados.
Divulgação
AÇO CHINÊS PREOCUPA USIMINAS
O diretor vicepresidente da Usinas Siderúrgicas
de Minas Gerais (Usiminas), Sérgio Leite, disse no
26º Congresso Brasileiro do Aço, que é preciso
que o País tome alguma medida para enfrentar a “avalanche” de entrada de aço chinês, que
chega aqui de forma direta ou indireta. Leite afirmou que a China representa hoje uma fonte de
concorrência desleal, fato que tem, até mesmo,
afetado os empregos da cadeia no Brasil. “Essa
concorrência desleal atinge a todos”, disse. O
executivo disse ainda que o Brasil ficou para trás
em termos de consumo per capita de aço, distante, por exemplo, da Coreia do Sul, país que ao
longo dos últimos anos tem apresentado crescimento econômico muito superior ao brasileiro.
ABIMAQ TERÁ
ESTANDE COLETIVO
NA INTERMACH
A Associação Brasileira
da Indústria de Máquinas
e Equipamentos (Abimaq) é uma das apoiadoras da Intermach, maior
feira do sul do Brasil para o setor metalmecânico,
e na 10ª edição do evento (1 a 4 de setembro, em
Joinville) decidiu ampliar sua participação. Com
um espaço de 75 metros quadrados suas associadas poderão expor em estande coletivo denominado de “Ilha ABIMAQ”. Segundo o departamento de
feiras da entidade, a Ilha busca viabilizar a participação de empresas associadas no evento de forma
a contribuir para a concretização de novos negócios e fortalecimento do setor, especialmente em
momentos de estagnação de economia.
Informações: www.intermach.com.br
Imagens: Divulgação
RECICLAGEM DE METAIS
A Tomra Sorting Recycling
pretende aumentar sua
presença na indústria global de reciclagem de metais, e para isso acaba de
anunciar a nomeação de
dois especialistas no setor.
Brian Gist será o diretor
comercial, metais, e o seu
colega, Frank van de Winkel, foi nomeado gerente de desenvolvimento comercial, metais. Juntos
vão liderar os planos de crescimento para a área
de reciclagem de metais da TOMRA Sorting em
todo o mundo. As máquinas da empresa são,
hoje, responsáveis pela recuperação de cerca de
715 mil toneladas de metais globalmente, todos
os anos.
Informações: www.tomra.com/recycling
PERFIL
WR Glass faz
dez anos de mercado
empresa conQuista iso 9001
Da redação – [email protected]
Imagens: divulgação
F
oi em 2005 que a WR Glass nasceu. Com foco na
fabricação de acessórios para corrimão e guarda-corpo, a empresa ocupava uma área de 80 metros quadrados com apenas um produto: o corrimão de parede.
Wilmerson Ramos, sócio-diretor da WR Glass, lembra
que, aos poucos, a empresa foi identificando as carências do mercado e criando novos produtos. “Ao mesmo
tempo, aperfeiçoávamos os já existentes, que foram
sempre bem aceitos pelo segmento vidreiro”, relata.
12 • Revista do Aço
Hoje, a WR Glass ocupa um galpão de 600 metros quadrados em Diadema, região metropolitana de São Paulo.
A empresa oferta produtos para o setor de serralheria
passando a fornecer tubos em alumínios e aço inox, além
de uma grande variedade de conexões. “Também temos
um grande leque de produtos no segmento de guarda
corpos, corrimão e acessórios”, revela. Os maiores consumidores dos produtos oferecidos pela WR Glass estão no
mercado vidreiro, seguido pelo mercado da serralheria.
Perfil
Ramos diz que, apesar das dificuldades atuais da
economia, a WR Glass tem como meta manter a produção, promovendo produtos e otimizando sua utilidade e
facilidade de instalação para não inviabilizar o consumo.
“Acredito que logo o mercado reagirá e nossos produtos
terão em sua aplicação um valor agregado que permanecerá pós-crise”, aposta.
Completando dez anos de funcionamento agora,
a WR Glass comemora uma nova conquista. A empresa acabou de conquistar a ISO 9001. “Reflexo da busca
constante em manter a qualidade de nossos produtos.
A WR Glass é a primeira empresa nesse segmento a receber tão cobiçada certificação”, diz.
Um dos objetivos da empresa é oferecer ao mercado soluções que apresentem beleza e praticidade. Ramos diz que isso acontece porque o design das peças
buscam corrigi desvios e curvas, sem a utilização de soldas. “O ponto de fixação dos nossos corrimãos são estrategicamente posicionados, garantindo a continuidade do
corrimão e reduzindo o efeito alavanca”, explica Ramos.
Durante sua história a WR Glass sempre procura alinhar seu objetivo de ser reconhecida como a melhor
empresa nacional de acessórios em aço inox e alumínio
com a criação de produtos que possam agregar beleza, design e praticidade com alto padrão de qualidade.
Dessa forma, a empresa pode superar as expectativas e
conquistar a confiança do mercado.
CONGRESSO
I Congresso Brasileiro
do Setor de Tubos
E
m um espaço de debate com o objetivo de analisar o mercado, divulgar inovações tecnológicas e incentivar a troca de informações e conhecimentos, o I Congresso Brasileiro do Setor de Tubos
trará uma ampla programação de palestras, em paralelo à 8ª edição da Tubotech | Feira Internacional de
Tubos, Válvulas, Bombas, Conexões e Componentes,
de 6 a 8 de outubro de 2015, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, em São Paulo, visando
potencializar ainda mais a participação de expositores e visitantes.
Organizado pela ABITAM | Associação Brasileira da
Indústria de Tubos e Acessórios de Metal e promovido pela Fiera Milano em parceria com a Tarcom Promoções, o Congresso incorpora à Tubotech uma área
de conhecimento expressiva e abrangente, que visa
analisar o mercado presente e futuro, integrar em nível
de conhecimento o mercado produtor e consumidor,
além de estimular que a troca de informações possa
acelerar inovações, destacar vantagens competitivas e
reduzir os custos em toda a cadeia.
Entre os temas de destaque: Política de Conteúdo
Local - a Visão do Governo (Marco Antonio Martins
Almeida – Secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do MME – Ministério de Minas e
Energia); Nova Regulamentação de Dutos Submarinos
(Engº Marcelo Marfra Borges de Macedo – Superintendente de Segurança Operacional e Meio Ambiente da
ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis); As Demandas do Mercado Automotivo
Revista do Aço •
15
16
• Revista do Aço
17h00 às
18h00
16h00 às
17h00
15h00 às
16h00
Demandas e Perspectivas do Mercado de
Máquinas e Equipamentos no Brasil – A Visão
da Abimaq
Carlos Pastoriza – Presidente do Conselho
de Administração da ABIMAQ - Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas e
Equipamentos
Política de Conteúdo Local: A Visão da
Petrobras
Paulo Sérgio Rodrigues Alonso – Assessor da
Presidência da Petrobras
Palestrante
Franco Papini – Vice-presidente Executivo do
Sindicato Nacional da Indústria da Construção
e Reparação Naval e Offshore
Antônio Guimarães – Diretor Executivo do
IBP - Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e
Biocombustíveis
Palestrante
T
Tema
As Demandas do Mercado Naval: A Visão do
Sinaval
Política de Conteúdo Local: A Visão do IBP
Esta g rade de palest ras está sujeita a alte rações sem p révio aviso.
César Afonso W
Weis
eis Olea – Engº Área de
Qualidade e P&D da Laminação Automática,
com Foco em Tratamentos Térmicos e Indústria
de Óleo e Gás na Vallourec
V
T
Tubos
de Aço de Alta Resistência e Processo
para Fabricação com Resistência para
Ambientes em H2S
Patrícia Cristina Silva Costa Santana – Engª
de V
Vendas
endas de Tubos Estruturais da V
Vallourec
allourec
Estruturas TTubulares Metálicas
Fábio Arroyo – Gerente de Produto e
Metalurgia da Tenaris
T
Aurélio Santana – Diretor Executivo da Anfavea
- Associação Nacional dos Fabricantes de
Veículos Automotores
V
Engº Marcelo Marfra Borges de Macedo –
Superintendente de Segurança Operacional e
Meio Ambiente da ANP - Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Palestrante
T
Tema
Novas TTecnologias em Materiais para TTubos de
Alta Resistência para uso Offshore em Serviço
Ácido
As Demandas do Mercado Automotivo – A
Visão da Anfavea
Engº Javier V
Velasco
elasco – Instituto Nacional de
T
Tecnologia
Nova Regulamentação de Dutos Submarinos
Richard Cornelissen – Ceo do Grupo PFF
Marco Antonio Martins Almeida – Secretário
de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis
Renováveis do MME - Ministério de Minas e
Energia
Palestrante
Corrosão em Aços Aplicados na Indústria do
Pré-Sal
T
Tema
O Mercado de Distribuição de TTubos e
Acessórios
Política de Conteúdo Local: A Visão do Governo
T
Tema
Engº Alfredo Lobo - Diretor de Qualidade
do Inmetro
Palestrante
14h00 às
15h00
Certificação Compulsória – Inmetro
BLOCO TÉCNICO
8/10/2015
T
Tema
BLOCOS: COMERCIAL E MERCADO
7/10/2015
13h00 às
14h00
BLOCO REGUL
REGULA
ATÓRIO
ATÓRIO
6/10/2015
P
PALESTRAS
HORÁRIO
Programação
I CONGRESSO BRASILEIRO DO SETOR DE TUBOS
Congresso
Congresso
(Aurélio Santana – Diretor Executivo da ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores); As Demandas do Mercado Naval (Franco Papini –
Vice-presidente Executivo do Sinaval – Sindicato Nacional
da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore)
e Demandas e Perspectivas do Mercado de Máquinas e
Equipamentos no Brasil (Carlos Pastoriza – Presidente do
Conselho de Administração da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). “O Congresso é uma importante ferramenta para
mostrar ao fabricante de tubos a atual situação dos principais setores consumidores, entre eles o de máquinas,
petrolífero, automotivo e naval, e como será a demanda
e o cenário futuro, para que a indústria possa projetar
investimentos e ter uma noção um pouco mais ampla de
como estará o mercado. Realizado em paralelo à feira, o
evento se propõe a criar um ambiente adequado onde os
visitantes podem, além de se relacionar com fabricantes
e fechar negócios, apreciar palestrar técnicas, com temas
que envolvem, por exemplo, as novas regulamentações
e a certificação compulsória do Inmetro”, afirma José
Adolfo Siqueira, diretor executivo da ABITAM.
imagem cedida pela Sampaio
Congresso com entrada gratuita para profissionais
do setor. Credenciamento e programação completa no
site: www.tubotech.com.br
Eventos simultâneos
Considerada a principal feira do setor na América Latina, a Tubotech | Feira Internacional de Tubos,
Válvulas, Bombas, Conexões e Componentes é realizada pela ABITAM | Associação Brasileira da Indústria de
Tubos e Acessórios de Metal, e organizada e promovida pela Fiera Milano em parceria com a Tarcom Promoções. Criada em 2003, a feira acompanhou a evolução
da indústria de tubos, bombas, válvulas e conexões,
tornando-se no Brasil a única e mais completa plataforma de marketing e mídia para o setor, e no mundo,
uma das três maiores feiras de negócios voltadas para
estes segmentos.
Com a participação de representativos players nacionais e internacionais a Tubotech 2015 apresentará
fabricantes, distribuidores e prestadores de serviços
das áreas de tubos, válvulas industriais, bombas e motobombas, conexões, máquinas e equipamentos, componentes e acessórios para diversos setores industriais
como automotivo, linha branca, construção metálica,
óleo e gás, alimentício, móveis, mineração, tintas e de
infraestrutura, dentre inúmeros outros.
Em paralelo à Tubotech e ao Congresso acontece
também a 2a edição da Wire South America - International Wire and Cable Fair, feira que congrega os setores de cabos e fios, suas máquinas, equipamentos
e acessórios, além de logística e serviços diversos. Os
eventos conjuntos reunirão mais de 500 expositores,
em área de 32 mil m2, com expectativa de 15 mil profissionais visitantes.
Mais informações: www.tubotech.com.br
www.wiresa.com.br
Revista do Aço •
17
ARTIGO
Aços de Alta Resistência
Características e aplicação
João Francisco Batista Pereira
Gleyder Oliveira Bustamante
Rafael Fagundes Ferreira
Imagens: Divulgação
APLICAÇÃO DO AÇO TRIP
Dois tipos de aplicações têm sido observadas para o
aço TRIP. A primeira delas está relacionada a maior capacidade de conformação desse aço em relação a outros
aços de resistência mecânica similar. Nessas aplicações,
quase sempre uma forma mais complicada é requerida,
além da alta resistência.
O segundo tipo está relacionado a absorção de
energia que esse aço é capaz de proporcionar em
um evento de impacto. Nesse caso, ele é aplicado em
18
• Revista do Aço
2
Parte
peças do veículo cuja função é se deformar e absorver
a energia de impacto. Não raro, no entanto, o aço TRIP
é aplicado em partes onde ambas as características
são requeridas.
4.1 Barra de segurança de porta
Nesse exemplo, a substituição pelo TRIP leva em
consideração a maior capacidade de conformação e de
absorção de energia desse aço. O aço originalmente especificado era o DP780 com revestimento GI. Contudo,
Artigo
em casos frequentes, durante a conformação esse material apresentava trincas nas bordas e/ou na conformação
região de fixação da barra a estrutura do veículo. Foi avaliada a possibilidade de substituição pelo aço TRIP780
com revestimento eletrozincado EG.
Tabela 4. Propriedades mecânicas
dos materiais avaliados
Identificação
DP780
TRIP780
Norma FIAT-Chrysler
DP780
Norma FIAT-Chrysler
TRIP780
LE
LR
Al
(MPa)
(MPa)
(%)
437
841
549
790
420~550
440~560
n10%-eu
R
17,6
0,121
0,759
33,5
0,220
1,141
>780
>15
>0,11
-
>780
>20
>0,22
-
Figura 7. Aspecto da peça barra de segurança de
porta estampada de um veículo Fiat Chrysler feita
com os aços DP780 GI e TRIP780 EG, ambos com 1,5
mm de espessura
Fonte: Informação interna da Usiminas
Figura 8. Curvas tensão-deformação dos aços Dual Phase780 GI
e TRIP780 EG
Artigo
Figura 10. Subconjunto do assoalho de um veículo Fiat Chrysler
mostrando as peças a e b, esquerda e direita, produzidas com
aço TRIP780
Fonte: Informação interna da Usiminas
Figura 9. Diagrama Limite de Conformação de regiões da barra
de segurança de porta automotiva estampada com os
aços DP780 e TRIP780
Os diagramas limites de conformação, que contemplam a CLC do aço e as deformações de locais da peça,
são mostrados na figura 9.
As deformações da peça estampada com o aço DP780
encontram-se próximas da CLC, indicativo de que a estampagem da peça é bastante crítica para esse aço, principalmente na região 3. Para o TRIP780, verifica-se que as deformações encontram-se bem abaixo da CLC, indicando assim
que esse material está melhor especificado para a aplicação.
4.2 Subconjunto do assoalho
Nesse exemplo, figura 10, o uso de aços de resistência
mecânica da classe de 780MPa foi adotado em substituição
ao aço microligado da classe de 500MPa de resistência mecânica como forma de melhorar o desempenho do veículo
em testes de impacto. Ao assoalho do carro, foram soldadas
peças cuja função é aumentar a rigidez do subconjunto e
absorver a energia de impacto no caso de uma colisão.
O aço inicialmente proposto para substituir o microligado
foi o DP780 GI. Contudo, ambas as peças, principalmente a
peça a, demandam alta capacidade de conformação de forma que o aço TRIP780 foi usado com absoluto sucesso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O aço TRIP representa um passo significativo ao encontro do ideal do leve e resistente, pois permite produzir componentes de menor espessura e de formas
mais complexas, com igual ou superior capacidade de
conformação.
Essa versatilidade tem se tornado um atrativo para
aplicações onde se quer reduzir peso e, sobretudo, aumentar a capacidade de absorção de energia em eventos de impacto.
Como uma empresa em sintonia com as tendências
mais modernas na construção automotiva, a Fiat Chrysler
Automobiles tem especificado o aço TRIP em vários componentes de seus novos modelos, sempre visando aumentar a segurança e contribuir com a redução da emissão.
REFERÊNCIAS
World Auto Steel, AHSS, Applications Guidelines, Version 5.0, Maio 2014
MOUTINHO, M. J. P., Perspectivas de produção de componentes em
chapa para a indústria do automóvel, Escola de Engenharia, Universidade
do Porto, Agosto 2000.
ULSAB-AVC, Considerations in the Selection of Advanced High Strength Steels (AHSS) for the ULSAB-AVC, Materials Working Group, May, 2000.
ISO/TS 16630 – Metallic Materials – Method of hole expanding test,
First edition, 2003
CAETANO, R. A., Avaliação da Conformabilidade do Aço Tranformation Induced Plasticity (TRIP780) Eletrogalvanizado e Dual Phase
(DP780) Galvanizado Por Imersão a Quente, Dissertação de mestrado,
Engenharia Metalúrgica, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, 2015, 104p.
Revista do Aço •
21
PERFIL
Elinox completa 30 anos
empresa aposta na Qualidade e diVersidade de produtos
para conQuistar clientes
Redação – [email protected]
L
ongevidade. O Grupo Elinox está completando
30 anos. O grupo é reconhecido como referência
em qualidade, diversidade e amplitude de produtos em
estoque. Fabiana Barboza, coordenadora de marketing,
diz que o grupo vem durante todo esse tempo mantendo-se firme em seu compromisso de crescimento, alto
desempenho e foco no bom relacionamento com os
seus clientes.
Desde 1985 a empresa atua no mercado de distribuição de aço inoxidável do país e conta hoje com unidades
de negócios no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde todas as condições estruturais são respeitadas para garantir as condições ideais para armazenamento do produto,
22
• Revista do Aço
bem como maximizar o processo logístico, viabilizando
assim, maior agilidade na entrega. “O Grupo Elinox possui modernas instalações em todas as suas unidades de
negócios, estoque amplo e diversificado, preços competitivos, qualidade nos produtos e atendimento especializado que mostram o compromisso assumido do Grupo
Elinox com a total satisfação de seus clientes”, diz ela.
A Elinox é distribuidora de aço inoxidável, tubos, barras, chapas, bobinas e cantoneiras. A empresa atende segmentos como construção civil, engenharia, petróleo e gás,
plataformas industriais, entre outros. Para 2016, a expectativa é continuar a crescer no mercado de distribuição de
aço inoxidável.
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24
• Revista do Aço
Indústria busca solução para
ano de baixa produtividade
Índices são desanimadores e solução não está no curto prazo
Laura Calado – [email protected]
Imagens – divulgação e sxc
A
crise econômica que se instalou no País esse ano tem deixado muitos setores da economia em
uma situação difícil. De ponta a ponta,
todo o setor produtivo tem queixas.
E problemas.
O faturamento da indústria brasileira de máquinas e equipamentos
acumula queda de 6,5% no primeiro
semestre deste ano, na comparação
com igual período do ano passado. É o
que mostram os dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de
Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Considerando-se apenas o mês de junho, houve recuo de 13,5% em relação
ao mesmo mês do ano passado.
A estimativa da associação é que
o faturamento do setor recue 5% este
ano, o que seria a terceira queda consecutiva da receita líquida de vendas da
indústria de bens de capital mecânicos.
Em 2013, houve retração de 5% e, em
2014, de 12%. “O drama desses números é que eles não se referem somente
ao setor de máquinas. Isso significa reflexo do que está ocorrendo no país.
Nossas vendas caem porque o país está
Revista do Aço •
25
Capa
Carlos Pastoriza,
presidente da Abimaq
investindo cada vez menos”, disse o presidente do Conselho de Administração da Abimaq, Carlos Pastoriza.
O balanço mostra que, de janeiro a junho, as exportações caíram 17,4% em relação ao primeiro semestre
de 2014. De acordo com a Abimaq, o resultado é explicado pela “paralisia nos financiamentos à exportação,
combinada com a volatilidade cambial”. Para a Abimaq,
as variações sucessivas do câmbio são um fator recessivo adicional, pois aumentam os riscos de que haja um
descompasso entre os preços dos insumos de produção
e os preços de venda.
Carlos Pastoriza destacou que a valorização do dólar
ocorreu também em outros países concorrentes e, por
isso, não se reverteu em vantagem para os produtos brasileiros. “Pode parecer uma depreciação importante do
real que poderia ter dado fôlego em relação aos produtos estrangeiros, mas essa depreciação foi acompanhada pelos outros países.” Segundo Pastoriza, a vantagem
ocorre somente em relação à indústria norte-americana.
A retração no setor também se reflete no emprego.
As vagas recuaram 6,4% nos primeiros seis meses do
ano. A indústria de máquinas e equipamentos encerrou
o período com 337 mil pessoas empregadas. Em 2014,
eram mais de 368 mil no mesmo período.
Alta na taxa de juros
Pastoriza considera que o último aumento da taxa
básica de juros, a Selic, é um golpe ao setor produtivo.
“No atual cenário, a alta dos juros significa mais um duro
golpe e uma verdadeira catástrofe para o já combalido
setor produtivo, justamente em um momento que o
país necessita de mais e não menos investimentos, para
que a economia brasileira possa dar sinais de retomada
e evitar um mergulho na recessão, com consequente
26
• Revista do Aço
fechamento de centenas de milhares de postos de trabalho”, disse nota da Abimaq.
Sempre que questionado sobre o assunto, o presidente da entidade diz estar convicto de haver outros
mecanismos para combater a inflação. Segundo ele, o
aumento na taxa de juros traz efeitos colaterais danosos
para o setor produtivo.
Na indústria siderúrgica as reclamações e os problemas
são muitos. Os prognósticos são de deixar qualquer um
preocupado. Dados do Instituto Aço Brasil indicam que a
indústria siderúrgica brasileira deve ter uma redução de
3,4% na produção de aço e de 15,6% nas vendas para o
mercado interno em 2015. A entidade divulgou um relatório com as projeções divulgadas em abril que situam os números deste ano em patamares próximos de 2007. “Esta é
uma crise muito forte e diferente daquela de 2008 e 2009”.
Para o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, Marco
Polo de Mello, a avaliação do conselho e de associados do
instituto é que a crise de 2008 pegou o setor de forma diferente e, por isso, a recuperação foi mais rápida. “Estamos
mergulhando na crise atual em condições mais adversas,
pois temos quedas de crescimento mais recentemente.”
A produção siderúrgica prevista para este ano é de
32,8 milhões de toneladas, 3,4% menor que em 2014,
enquanto o cálculo das vendas no país para 2015 é de
18,3 milhões de toneladas, 15,6% inferior ao volume
de aço negociado no país no último ano. Em termos
de consumo, espera-se que o Brasil utilize este ano
22,3 milhões de toneladas de aço, o que representa
uma redução de 12,8% frente aos números de 2014 e
ratifica os patamares de 2007, antecipados no último
relatório do Instituto Aço Brasil. Assim, para compensar a demanda interna, a importação da matéria-prima deverá chegar neste ano a 4 milhões de toneladas,
Marco Polo, Instituto Aço Brasil
Capa
um ligeiro crescimento de 0,8% em comparação com
o ano passado. “O enfraquecimento do cenário político-econômico nacional foi determinante para piorar
o desempenho verificado na indústria brasileira de
aço neste ano e em seus principais segmentos consumidores”, apontou o relatório. O documento cita
os problemas nos setores automotivo, de construção
civil e de máquinas e equipamentos, responsáveis
por quase 80% do consumo de aço no país. A economia brasileira cresceu 0,1% em 2014 e, para este ano,
calcula-se uma contração superior a 1,2%, enquanto
a inflação prevista para 2015 será o dobro da meta
oficial de 4,5%. Como consequência desse cenário, o
setor suprimiu 11.200 postos de trabalho de “colaboradores”, unidades de produção foram paralisadas ou
desativadas e investimentos da ordem de US$ 2,1 bilhões foram suspensos, segundo o instituto.
“As importações cresceram, apesar da apreciação
do dólar e das expectativas de que, com a flutuação da
moeda, pudesse haver refluxo”, explicou Lopes. O presidente do instituto acrescentou que as questões estruturais e conjunturais obrigaram o setor a utilizar sua
capacidade produtiva em grau muito baixo. “Deveríamos estar operando com 80% da capacidade instalada,
mas operamos com 69%, muito abaixo do que seria
razoável. Se nada for feito com relação a essa situação
de importações no país, estaremos em 2024 com 46%
do consumo via importações diretas e indiretas. É inaceitável que se monte um parque industrial para ser
atacado pelas importações.”
Marco Polo esclareceu que os impactos da crise no setor foram a demissão de 11.188 funcionários e 1.397 mil
contratos suspensos. Segundo ele, em 2014 o setor empregava 122.139. Acrescentou que a estimativa é que, no fim
do ano, o setor feche com 15 mil postos de trabalho a menos, o que corresponde a 13% do contingente. “Também
ocorreu adiamento de US$ 2,1 bilhões. Com isso, deixamos
de gerar 7,2 mil novos postos de trabalho. Esse quadro se
agravará se não houver medidas de reversão”, concluiu.
Produção de veículos
Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram que a produção
Capa
de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus
no mercado brasileiro caiu 18,5% no primeiro semestre
deste ano, divulgou ontem a. De janeiro a junho, foram
fabricados 1.276.638 veículos em todo o País. Em junho,
foram produzidas 184.015 unidades, o equivalente a
queda de 12,5% ante maio e de 14,8% em relação ao
mesmo mês do ano passado.
Considerando apenas automóveis e comerciais leves,
a produção no primeiro semestre recuou 17%, ao totalizar 1.221.143 unidades produzidas, sendo 1.033.838
automóveis e 187.305 comerciais leves. Apenas em junho, 176.932 autos e leves foram fabricados, retração de
12,4% em relação a maio e recuo de 13,8% comparado
com junho de 2014. Segundo a Anfavea, no em maio
foram produzidos 149 650 automóveis e 27.282 comerciais leves no País.
A produção de caminhões, por sua vez, tombou 45,2%
nos seis primeiros meses de 2015. No período, foram fabricadas 41.630 unidades. Em junho, a produção totalizou
5.284 caminhões, o equivalente a quedas de 14,3% ante
maio e de 35,5% na comparação com o mesmo mês do
ano passado. Já a produção de ônibus recuou 27,8% no
primeiro semestre, ao totalizar 13.865 unidades. Só no mês
passado, foram fabricados 1.799 ônibus, quedas de 22,4%
na variação mensal e de 29,2% na anual.
A venda de veículos no mercado brasileiro caiu 20,7%
no primeiro semestre de 2015, segundo a Anfavea. De janeiro a junho, foram emplacados 1.318.949 automóveis,
comerciais leves, caminhões e ônibus em todo o Brasil.
Apenas em junho, foram licenciadas 212 524 unidades, o
correspondente a quedas de 0,1% ante maio e de 19,4% na
comparação com o mesmo mês do ano passado.
Levando em conta apenas automóveis e comerciais
leves, as vendas no primeiro semestre recuaram 19,7%,
ao somar 1.271.989 unidades, sendo 1.076.261 automóveis e 195.728 comerciais leves. Desse total, 204.896
autos e leves foram emplacados em junho, retração de
Setor siderúrgico vive uma de suas piores crises, diz IABr
O presidente do Conselho diretor do Instituto Aço Brasil (IABr) e presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Mario
Baptista, disse durante o 26º Congresso do Aço que o setor siderúrgico brasileiro está vivendo neste momento uma
de suas piores crises. “Questões conjunturais e estruturais levaram a indústria a essa situação, que ficou mais evidente
nesse ano, de grandes dificuldades para o País, com projeção de queda do PIB de cerca de 2% para este ano”, disse.
Baptista destacou que em 2008 o setor siderúrgico mundial também atravessou uma crise, mas naquele momento
a China funcionou como uma “âncora de salvação” foi o crescimento da China, que absorveu, segundo ele, grande
parte da produção mundial de matérias-primas, por exemplo. “No entanto, rapidamente esse país aumentou sua
capacidade de produção industrial e inverteu sua posição de importador líquido para exportador líquido. No Brasil,
passamos pelo processo inverso”, disse. Por aqui, lembrou, houve um crescimento das importações diretas e indiretas
de aço. Imagem: benjamin.jpg Ele também disse que a desvalorização do real não tem ajudado visto que outros países exportadores de aço também estão vendo suas
taxas de câmbio retraindo em relação ao dólar, sendo que em alguns
casos essa desvalorização foi ainda maior. O executivo disse que há
um entendimento da necessidade de medidas de ajuste fiscal para
reverter o déficit primário e manter o grau de investimento do país,
mas que esse processo “não pode o único foco” do governo. “ Sem a
indústria não há crescimento, geração de empregos, tampouco renda.
Com a queda da competitividade da indústria, a curva exponencial de
desmobilização de mão de obra própria e de terceiros vem ampliando
o raio de degradação social no Brasil”.
28
• Revista do Aço
Capa
0,2% em relação a maio e recuo de 18,4% frente junho
de 2014. De acordo com a Anfavea, no sexto mês de
2015, foram vendidos 175.272 automóveis e 29.624 comerciais leves em todo o País.
A venda de caminhões, por sua vez, caiu 42,3% nos
seis primeiros meses de 2015. No período, foram emplacadas 37.295 unidades. Só em junho, os licenciamentos totalizaram 6.181 unidades, o equivalente a alta de
2,7% ante maio, porém a queda de 41,6% em relação ao
mesmo mês do ano passado. Já os emplacamentos de
ônibus recuaram 27,7% no primeiro semestre, ao totalizar 9.665 unidades. Só no mês passado, foram vendidos
1.447 ônibus, quedas de 0,3% na variação mensal e de
26,3% na anual.
As exportações de veículos e máquinas agrícolas
somaram US$ 5.549.347 no primeiro semestre deste
ano, baixa de 7,4% em relação a igual período do ano
passado, segundo a Anfavea. Somente em junho, o
setor exportou US$ 1.014.989, o equivalente a queda
de 19,7% ante maio e a alta de 20,1% em relação ao
mesmo mês do ano passado.
No sexto mês deste ano, foram exportadas 48.068
unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões
e ônibus. O número não incluiu máquinas agrícolas. A
quantidade corresponde a altas de 17,9% na comparação com maio e de 96,8% ante junho do ano passado.
Com o resultado, as exportações em unidades avançaram 16,6% no primeiro semestre de 2015 frente a igual
período de 2014, ao totalizar 197.348 unidades.
Retomada das vendas
Com o impacto da piora da crise política sobre a
conclusão do ajuste fiscal na economia brasileira, a retomada das vendas de veículos novos no Brasil deve
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Capa
ficar somente para o segundo trimestre de 2016, prevê
o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de
Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan. Para o segundo semestre deste ano, o executivo projetou uma
“estabilidade, com viés de alta”.
“No início de junho, quando fizemos revisão de nossas previsões, colocamos claramente que poderíamos
ter um início de retomada no último trimestre deste
ano, mas, com o adiamento dessa questão (ajuste fiscal),
já podemos pensar em uma inflexão da curva no segundo trimestre do próximo ano”, afirmou Moan. Na avaliação dele, a crise política deve atrasar a aprovação das
medidas do ajuste no Congresso, o que “nos leva a uma
crise um pouco mais prolongada e a um volume de vendas baixíssimo por mais tempo do que imaginávamos”.
Para o segundo semestre de 2015, o executivo estimou que o setor deve apresentar um desempenho estável em relação à primeira metade do ano. Ele previu
que as medidas de ajuste nos estoques - até maio, equivalente a 47 dias de vendas - devem durar até setembro.
“Não vemos cenário de queda mais acentuada do que
já tivemos. Diria muito pelo contrário: podemos até ter
alguns indicadores positivos, além da estabilidade com
viés de alta”, disse. De janeiro a junho, os emplacamentos acumulam retração de 20,7% ante igual período de
2015, enquanto a produção recua 18,5%.
Para 2015, a Anfavea prevê que serão emplacados
2,779 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões
e ônibus novos em todo o País, o equivalente a queda de
20,6% em relação ao ano passado. Já para a produção, a
entidade estima que serão fabricadas 2,585 milhões de
unidades, retração de 17,8% ante 2014. A associação que
Luiz Moan, presidente
Anfavea
30
• Revista do Aço
reúne as montadoras projeta ainda que serão exportados
338 mil veículos neste ano, crescimento de pouco mais de
1% na comparação com o ano passado.
Moan ainda avaliou que os dados ruins da indústria
automotiva brasileira refletem o “estado de espírito” não
só do setor, mas da economia como um todo, inclusive de áreas que, em tese, não deveriam sentir, como o
agronegócio. “Qual a crise real do setor de agronegócio
brasileiro? A previsão é de safra recorde”, questionou.
“Qual é o motivo real que está impactando o mercado?
Se pensarmos e nos concentrarmos nesse setor, vamos
perceber: há um exagero nesse clima de pessimismo
que hoje verificamos no nosso País”, criticou.
O executivo destacou que a Anfavea vem provendo
ações para aumentar as vendas internas e estimular as
exportações, como festivais de vendas com descontos
e renovação de acordos comerciais com outros países.
De acordo com ele, essas ações visam melhorar o nível
de confiança dos consumidores. “A indústria automobilística continua investindo. E continuamos investindo
porque sabemos que o momento (de crise) que estamos
passando se restringe a um momento”, disse.
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EMPRESA
Tradição em carrocerias
carrocerias Buoro Foi Fundada por dois irmãos Que Vieram da itália
e cHeGaram ao B rasil em 1924 trazendo a tÉcnica para a produção
de carroças para animais .
E
Imagens: divulgação
m 1946 os irmãos Humberto e Mario Buoro fundaram a Mário Buoro & Cia que deu origem a Carrocerias Buoro Ltda. Administrada por José e Rafael Buoro,
filhos de Humberto Buoro, a empresa começou suas atividades produzindo carrocerias para autos.
A empresa é especializada em carrocerias de madeira
para qualquer tipo de transporte rodoviário. Jean Carlos,
diretor da empresa diz que ainda hoje a técnica artesanal
de produção é preservada. “É sinônimo de qualidade e a
certeza da melhor carroceria do mercado”, garante.
As carrocerias produzidas pela Buoro são feitas
em madeira e aço para todo tipo de segmento para
32
• Revista do Aço
transporte de caminhões. “Sempre nos esforçamos para
atender as necessidades de nossos clientes com atendimento personalizado com base em valores éticos , com
respeito , seriedade para garantir sempre um relacionamento transparente e harmonioso”, diz Jean Carlos.
Ele acrescenta ainda que para esse ano a expectativa
é trabalhar para oferecer alternativas e novos caminhos
para os clientes. “Dessa forma, tentaremos nos sobressair no mercado atual , com economia fraca e o governo
tentando ganhar a confiança de todos . Acreditamos em
nosso país que com certeza sairá deste momento mais
forte “, aposta.
EVENTO
Especialistas debatem aço no mercado mundial
Congresso do Aço discutiu
situação do mercado
considerado um dos principais eVentos do setor deBateu a economia mundial,
competitiVidade e sustentaBilidade
REDAÇÃO – [email protected]
imagens: divulgação
A
cadeia produtiva do aço esteve mais uma vez
reunida em congresso. O 26º Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço 2015 aconteceu em São Paulo
durante três dias. Autoridades, especialistas nacionais
e internacionais estiveram para uma série de debates
em torno das indústrias mundial e brasileira do aço e da
economia nacional.
O presidente do conselho diretor do Instituto Aço
Brasil, Benjamin Mario Baptista considerou o congresso
uma grande oportunidade para que todos pudessem
analisar os cenários atuais e as perspectivas.
Os palestrantes do último painel de debates do 26º
Congresso Brasileiro do Aço debateram a economia brasileira. Estiveram reunidos o empresário Jorge Gerdau e
os ex-ministros Delfim Netto e Maílson da Nóbrega, em
encontro que teve como conferencista principal o economista chefe do Bradesco, Octavio de Barros.
34
• Revista do Aço
Em sua conferência, Octavio de Barros fez uma análise completa do cenário atual da economia mundial, com
destaque para o Brasil. Segundo Barros, apesar de a economia brasileira ser, atualmente, a mais isolada entre as
40 maiores e mais maduras do mundo, historicamente,
Benjamin Baptista discursa na abertura do evento
Evento
o País sempre adotou os procedimentos corretos para
sair da crise e ele acredita que, desta vez, não será diferente. Segundo o economista, o cenário global está
entrando em um processo de normalização apesar dos
Estados Unidos crescerem menos do que o esperado, a
China preocupar mais do que a Grécia e o FMI ter revisado o crescimento mundial para menos.
Para Jorge Gerdau, o problema enfrentado pela indústria brasileira não é enfrentado somente pelo setor
do aço, mas por toda a cadeia de produção de manufaturados. O empresário discorda de quem defende
a abertura de mercado brasileiro e disse que para isso
Presidente da Alacero participa de painel sobre exportações
acontecer de forma responsável é imprescindível que
haja isonomia competitiva. Gerdau ressaltou que o Brasil deve focar em duas metas prioritárias: o retorno ao
crescimento e a melhoria da gestão. “É preciso criar as
condições necessárias para a indústria sobreviver e lembrar que ajuste fiscal é meio e não fim”, concluiu.
Cerca de 500 congressistas participaram dos paineis
que trouxeram ao Brasil especialistas como o português
José Santos, professor de Práticas de Gestão Global da
INSEAD, a economista chinesa Haiyan Wang, sócia do
Instituto China Índia, o diretor geral da World Steel Association, Edwin Basson, o consultor Nick Sowar, líder
global do setor de metais da Deloitte, entre outros.
Este ano, o Congresso Brasileiro do Aço voltou ao
formato de Congresso e Exposição, modelo que o consagrou como o mais importante evento da cadeia siderometalúrgica no Brasil. A feira de negócios reuniu 20
expositores, entre empresas produtoras de aço, fornecedoras de equipamentos, serviços e inovações tecnológicas numa área de cerca de 3,7 mil metros quadrados. Os visitantes que passaram pela ExpoAço tiveram
a oportunidade de conhecer o Espaço Conhecimento,
onde assistiram a palestras gratuitas apresentadas pelos
expositores sobre temas como a crise hídrica e sustentabilidade da construção em aço.
PERFIL
TRUMPF: 30 anos verde-amarelo
empresa oFerece soluçÕes modernas de máQuinas e tecnoloGia a laser
Redação – [email protected]
Imagens - divulgação
T
radição. A Trumpf foi fundada em 1923 e está no Brasil há mais de 30 anos. Hoje é uma empresa de tecnologia com três divisões de negócios: máquinas, tecnologia
a laser e eletrônica. A operação da empresa está em Barueri com abrangência para prover assistência técnica a seus
clientes em diferentes regiões, sendo responsável também
por dar suporte as operações dentro da América do Sul. Em
2014 a unidade brasileira atingiu o marco de 1.500 máquinas vendidas em território nacional.
No início, a empresa era uma oficina mecânica e
tornou-se líder mundial no fornecimento de soluções
para o processamento flexível de chapas e no uso do
laser como ferramenta de manufatura. No ano fiscal de
2013/2014 a empresa, com quase 10.000 colaboradores,
obteve um faturamento mundial de 2,34 bilhões de euros. No Brasil são 70 funcionários.
36
• Revista do Aço
Produtora de máquinas de corte a laser, puncionadeiras,
máquinas combinadas (laser punciondeiras), dobradeiras,
sistemas automatizados de corte e dobra , robôs de solda a
Laser, lasers para as mais diversas aplicações, tais como solda,
deposição de materiais, corte de chapas, vidros, fabricação
de semicondutores, que utilizam laser Co2, fibra, disk lase,
diode laser e lasers pulsados. A empresa atende prestadores
de serviços de corte, dobra e solda, fabricantes de máquinas
e implementos agrícolas e seus prestadores de serviço, fabricantes de máquinas da linha amarela e seus prestadores de
serviço, fabricantes de máquinas e equipamentos para embalagem, processamento de alimentos e bebidas, indústria
farmacêutica, automotiva, processamento de metais, fabricantes de armários metálicos, caixas, gabinetes, equipamentos eletrônicos, telecomunicações, indústria naval, óleo e gás
e estaleiros, entre outras.
Perfil
Sore o atual momento econômico, ele diz que é preciso aproveitar as oportunidades. “Para nós, a grande
lição está em enxergar na redução da atividade econômica brasileira não um sinal de crise, mas de incentivo
para usarmos toda a nossa criatividade a favor do nosso
crescimento”, afirma o presidente João C. Visetti. Isso significa, segundo ele, que é o momento de vender desde
máquinas de entrada para empresas que querem aproveitar os benefícios de uma máquina a laser ou puncionadeira na melhoria de seus produtos, ou prestadores
de serviço que estão entrando agora no segmento, até
as soluções mais complexas e integradas, destinadas
aos clientes de portes médio e grande.
O executivo acrescenta ainda que os números do
ano fiscal 2014/2015, encerrado em 30 de junho, dão
uma pista de onde os esforços da empresa devem ser
direcionados. “Tivemos um faturamento de R$ 115 milhões, 30% menos do que no ano fiscal passado. Esse
mesmo porcentual negativo foi registrado pelos nossos clientes”, diz ele. Visetti aponta que a entrada de
máquinas laser no Brasil caiu 50%. Isso representou
uma performance melhor do que a maioria dos concorrentes. Além disso, segundo executivo, houve a entrada de novos players no mercado, especialmente no
segmento de máquinas pequenas. “Tivemos que disputar mercado com mais empresas – e ganhamos da
maioria. Ao mesmo tempo, vendemos mais soluções
complexas”, destaca.
Na análise do presidente da Trumpf não há sinais de
que a economia brasileira vai se recuperar neste segundo semestre de 2015, o que não quer dizer que tudo está perdido. Para ele, a vantagem de se trabalhar em uma
empresa familiar é que a matriz não precisa resolver o
problema do mundo em um trimestre, porque está livre
da pressão dos acionistas. Ele destaca que, apesar disso,
é preciso usar nossa criatividade para aproveitar melhor
as oportunidades.
“A economia é cíclica e devemos agir com inteligência estratégica e dedicação para sairmos na frente quando essa onda negativa passar. O Brasil é muito grande e
o setor industrial tem tudo por fazer. É aí que entramos,
quando a oportunidade for maior do que a crise”, aposta.
Para encerrar, Visetti diz que a Trumpf investe perto
de 10% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento na área do laser industrial. “O resultado disso é
uma extensa gama de produtos que em sua categoria
sempre oferecem o melhor custo beneficio ao cliente”,
revela. Ele diz ainda que no campo de negócio da empresa - o uso do laser como ferramenta de manufatura – a Trumpf é a única que fabrica o próprio laser e a
máquina, otimizando assim seu funcionamento e a performance. “No caso dos lasers guiados por fibra, patenteamos o ressonador tipo Disk (ou laser de disco), que
obtém rendimento muito superior em relação às máquinas que utilizam o ressonador de fibra (ou laser de
fibra)”, afirma.
IMPORTAÇÃO
sxc.hu
Importação de bens de capital
cai 15,8% no primeiro semestre
a Balança comercial FecHou positiVa no perÍodo, mas o comÉrcio diminuiu o seu ritmo
Redação – [email protected]
38
• Revista do Aço
O valor negociado com a importação de bens de
capital sofreu uma redução de 15,8% de janeiro a junho de 2015, comparativamente ao mesmo período
do ano passado, caindo de US$ 24.143,7 milhões para
US$ 20.322,5 milhões. Os acessórios para maquinaria
industrial sofreram uma queda de 24,7% e as máquinas
e ferramentas contaram com uma baixa de 25,3 %.
Divulgação
D
ados da edição de julho do boletim Avaliação e
Perspectivas da Economia Brasileira, realizado
pelo economista e professor do Insper, Otto Nogami,
consultor da Associação Brasileira dos Importadores
de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei) mostram que as importações de bens de capital fecharam
o primeiro semestre de 2015 em US$ 43,9 bilhões. No
mesmo período, a importação total para o Brasil movimentou US$ 208,2 bilhões.
O boletim analisa os dados já consolidados pelo
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
(MDIC) e Câmara do Comércio Exterior (Camex) até 30
de junho. O documento destina-se à orientação dos importadores de máquinas-ferramenta e equipamentos
industriais associados da Abimei.
Otto Nogami,
professor do Insper
Importação
O volume financeiro de máquinas e ferramentas, que registrou US$ 146,1 milhões em 2014, caiu para US$ 109,1
milhões. Os acessórios de maquinaria industrial registraram um volume financeiro de US$ 1.338,9 de milhões,
ante US$ 1.778,1 no primeiro semestre do ano passado.
Considerando-se a importação total de máquinas
e equipamentos para a indústria em geral (não só máquinas-ferramenta), a atividade teve queda de 18,5% no
primeiro semestre deste ano, comparativamente a igual
período de 2014.
Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram nova piora na atividade industrial em junho. Segundo
a última pesquisa de Sondagem Industrial, o índice de evolução da produção ficou em 36,8 pontos (valores abaixo dos
50 pontos revelam queda na produção). A utilização média
da capacidade instalada ficou em 60%, a mesma média adquirida em maio de 2015 e 8 pontos a menos se comparado
ao mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, os
estoques estão acima da linha divisória de 50 pontos, totalizando 52,9%. Em maio, esse número fechou em 48,8%. Nesse cenário, as expectativas também sofreram abalo: o Índice
de Intenção de Investimento atingiu 38 pontos, o menor da
série histórica, iniciada em novembro de 2013.
Comércio Exterior
O primeiro semestre fechou positivo para a balança
comercial, mas o comércio encolhe. Dados do estudo
apontam que a retração da atividade econômica acaba aumentando o desequilíbrio das contas externas e,
apesar dos juros elevados, o fluxo de capital externo começa a perder força. Sendo assim, a dívida externa deve
superar as reservas internacionais.
Há a tendência de queda nas reservas e isso deixa o país
mais vulnerável a choques econômicos. Diante deste cenário, o governo lança medidas para facilitar as exportações.
Perspectivas
O Boletim da Abimei mostra que a indústria cresce
no mundo, mas cai no Brasil e que a economia informal
volta a crescer no País. Já o índice que reajusta salário
sobe mais que o IPCA, o que impacta na elevação dos
custos de produção e desemprego. Em maio de 2015 foi
registrado o maior volume de desemprego em 23 anos.
Segundo Nogami, as importações de bens de capital devem acompanhar o “esfriamento” da economia,
chegando a US$ 36 bilhões no volume de negócios, em
2015. Essa queda representa 24,6% em relação ao total
negociado em 2014. O item maquinaria industrial puxa
essa tendência, devendo importar menos 37,4% que
no ano passado, com movimentando cerca de US$ 8,5
bilhões. Para 2016, é previsto um crescimento na produção da indústria de 1,40% após baixas sucessivas em
2015 e a balança comercial deve fechar com um aumento de 13%, 7,5% a mais do previsto para este ano.
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IMPORTAÇÃO
Participação da China na importação de
produtos siderúrgicos brasileiros teria
subido para acima de 52% em 2014
Produção e importações são
afetadas pela crise econômica
PLAYERS do setor apontam para uma onda de Grandes diFiculdades para
o mercado Brasileiro do aço
Carlos Alberto Pacheco
O
s dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil
(IABr) em junho. As vendas de produtos siderúrgicos ao mercado brasileiro naquele mês mostraram queda de 9% em relação ao mesmo mês de 2014,
atingindo 1,5 milhão de toneladas. As vendas acumuladas em 2015, de 9,7 milhões de toneladas, mostraram
queda de 12,9% em comparação a igual período do ano
anterior. “Ressalte-se que em 2015, para o período em
referência, houve declínio mais acentuado de vendas
do que aquele verificado em 2014 quando comparado
a 2013”, comentou o IABr.
Em termos de “consumo aparente nacional”, segundo o instituto, o resultado de junho alcançou 1,8 milhão
de toneladas de produtos siderúrgicos, totalizando 11,7
milhões de toneladas entre janeiro a junho de 2015.
Esses volumes representaram queda de 7,5% e 10,4%,
40
• Revista do Aço
respectivamente, em relação aos mesmos períodos de
2014. E as importações? Em junho, registrou-se o volume de 330 mil toneladas (US$ 283 milhões), totalizando
2,1 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos importados no ano, alta de 4,3% em relação ao igual período
do ano passado.
“Apesar das condições adversas do mercado internacional, as exportações de produtos siderúrgicos em
junho atingiram 1,2 milhão de toneladas, no valor de
571 milhões de dólares devido, principalmente, às operações “inter companies” de fornecimento de semiacabados para alimentar plantas na Europa e nos Estados
Unidos, e, também, devido a ações emergenciais do
setor para evitar redução ainda maior do grau de utilização da capacidade instalada”, avaliou o IABR. Com esse
resultado, as exportações até junho último somaram 5,7
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Importação
Lopes: cenário interno não permite ter perspectiva
de crescimento
milhões de toneladas e 3,3 bilhões de dólares, avanço
de 46,1% em volume e de 12,7% em valor, quando confrontados com o mesmo período do ano anterior. Os números acima não animam os players do mercado. Em recente entrevista à imprensa, o presidente executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, não demonstrou entusiasmo. Ao contrário: mesmo reconhecendo
um ligeiro avanço nas exportações e importações do
aço, Lopes lembrou que os setores ligados ao consumo
interno apresentaram desempenho ruim no primeiro
trimestre de 2015. “No curto prazo, não há nada que sinalize melhora nesse cenário”, advertiu.
Outro fator que explica o péssimo desempenho dos
setores consumidores de aço brasileiro está relacionado
ao baixo índice do PIB. “A perda de produtividade reflete no PIB e na demanda interna. Portanto, as importações de aço serão afetadas”, argumenta o presidente da
Imexbra Trading, Osvaldo Sicardi. Lopes avalia que as
condições econômicas não permitem o Brasil ter perspectiva de crescimento. “Estamos falando de uma previsão negativa do PIB”, emenda. O executivo adverte
para a queda gradativa da participação da indústria no
Produto Interno Bruto – de 25% na década de 80 para
atuais 12%, o que naturalmente leva à perda inevitável
de competitividade.
Segundo o presidente do IABr, ao avaliar-se o cenário
internacional é possível identificar excedente na capacidade de 700 milhões de toneladas de aço em todo o
mundo. A conseqüência é a efetivação de “práticas predatórias e a um surto de importação muito grande para o
Brasil”. Sicardi analisa a questão por outro ângulo. Segundo ele, com a queda da demanda interna, as usinas terão
de voltar-se novamente ao incremento das exportações a
custos variáveis para utilizar sua capacidade ociosa.
“Evidentemente, fora os produtos que não são produzidos no Brasil, a importação de aço foi resultado de
um oportunismo econômico devido ao fato de um Real
supervalorizado, altos preços internos e facilidade em
conseguir financiamentos baratos”, assevera o presidente da Imexbra.
sxc.hu
Importação
Sicardi recorda que, em 2000, a participação da China
na importação de produtos siderúrgicos brasileiros, era de
1,3%. No ano passado, essa participação subiu acima
de 52%. “É uma situação difícil”, disse ele. Em sua análise,
com a desvalorização do Real, a diminuição da demanda
interna, ajuste de preços das usinas locais e perda das margens de lucro, “as importações deveriam cair a quantidades
históricas muito mais reduzidas que as dadas nos últimos
cinco anos”. E não foi bem isso que aconteceu.
Divulgação
Divulgação
Lava Jato
O presidente da Trumpf do Brasil, João Carlos Visetti, argumenta que o governo exibe falta de capacidade
Visetti: ano de
2015 será de
“sobrevivência”
para o setor
imagem cedida
pela CSN
para investir em infraestrutura – na acepção ampla da
palavra –, situação agravada com a operação Lava Jato,
que afeta as concessões. “As grandes empreiteiras estão
na lista negra nesse escândalo da Petrobrás”, avaliou. E
acrescenta: “Não podemos penalizar toda a cadeia da
indústria em função da ação de alguns poucos”. E pede
punição a todos os envolvidos.
Visetti debita ao governo a irresponsabilidade de não
adotar uma política fiscal que atenda às necessidades do
setor e o descontrole nas contas públicas. Em sua opinião,
o Executivo simplesmente transferiu os gastos do ano
passado para 2014 e, naturalmente, teve como consequência a paralisia do mercado. Um exemplo é o segmento
da agroindústria, que pode ser afetado por essa manobra.
Mediante esse cenário Visetti acredita que 2015 será um
ano de “sobrevivência”, com demanda reprimida, juros altos e confiança governamental abalada.
Em entrevista à Agência Brasil, Lopes também analisa a questão com ceticismo. “Temos um cenário interno
que, dadas as condições econômicas, não permite ter
perspectiva de crescimento. Estamos falando de uma
previsão do Produto Interno Bruto negativa”, reforça o
presidente do IABr. Na análise do panorama internacional, o dirigente avisa: há um excedente de capacidade
de 700 milhões de toneladas no mundo, “o que leva
práticas predatórias e a um surto de importação muito
grande para o Brasil”.
De qualquer maneira, especialistas apontam a alta taxa
básica de juros (Selic) como o principal vilão para a retomada dos investimentos no país. Somam-se a isso o câmbio, a alta carga tributária, custos da energia elétrica, entre
outros componentes. Neste segundo semestre, ainda está
valendo a tese: o setor de aço brasileiro enfrenta grandes
barreiras para competir em pé de igualdade com os produtos importados e também perde em nível de exportação.
Revista do Aço •
45
EVENTO
Brasil Offshore 2015 é marcada
pela geração de negócios
eVento Foi considerado positiVo apesar
do momento econÔmico
Redação – [email protected]
Imagens: divulgação
P
ara expositores, parceiros e visitantes, a 8ª edição
da Brasil Offshore foi uma surpresa bastante positiva e trouxe boas perspectivas para o cenário econômico nacional. Os quatro dias de evento reuniram 700
marcas expositoras e 51.300 visitantes.
Somado o poder de compra do público visitante com
o montante da Rodada de Negócios, a Brasil Offshore
2015 gerou negócios na ordem de R$ 600 milhões, que
ao longo de 24 meses chegará ao montante esperado
de R$ 1bi. Um levantamento feito após a Rodada e Negócios, organizada pela ONIP, mostrou que 91% das reuniões foram avaliadas pelas âncoras como sendo acima
da média, com ótima e boa expectativa de negócios para os próximos 12 meses. A rodada contou com 20 empresas âncoras – Alphatec, Nuclep, Delp, FMC, Sotreq,
Oil States, Shell Materiais, Queiroz Galvão, UTC, Schlumberger, Teekay, Subsea 7, Wartsila Brasil, Shell Serviços,
46
• Revista do Aço
Techint, GE Óleo e Gás, Expro, Halliburton, Transpetro e
Petrobras UO-BC –, 113 fornecedores e foram realizadas
445 reuniões em dois dias de rodada. A partir da compilação de dados feita no último dia da Rodada de Negócios, realizada quarta-feira e quinta-feira, a expectativa é
gerar, em um ano, 222 milhões e 500 mil reais contra os
R$ 196 milhões da edição de 2013.
Eventos simultâneos
A 8ª edição da Brasil Offshore foi marcada pela plataforma de novos conteúdos. A Conferência do IBP e SPE
levou centenas de profissionais para assistir palestras
sobre as perspectivas para a revitalização de campos
maduros. Os temas giravam em torno das evidentes
oportunidades encontradas na Bacia de Campos, que
está em produção desde os anos 1980, cobrindo novas
maneiras e potenciais tecnológicos a serem aplicados
para ampliar a vida útil dos campos.
O inédito Espaço do Conhecimento Offshore, montado no meio da feira e com uma programação gratuita
em todos os dias da feira, trouxe expositores/parceiros
especializados à frente de palestras sobre novas tecnologias e produtos e serviços. “Venho à feira para me
Evento
capacitar. Gostei muito desse espaço e as palestras foram bem produtivas. Não só para ampliar o leque de
conhecimento, mas também para se inteirar das novidades do setor”, disse a tradutora Márcia Buckley.
A Brasil Offshore também foi palco de uma competição acadêmica promovida pela Society of Petroleum
Engineers (SPE). O concurso regional de artigos científicos reuniu alunos de graduação, mestrado e doutorado
que competiram entre si apresentando trabalhos sobre
temas relacionados ao setor oil & gas. “O vencedor vai para Houston, nos Estados Unidos, concorrer no Concurso
Student Paper International, com as despesas pagas pela
SPE”, explica o presidente da empresa, Guilherme Castro.
Expositores
Na opinião dos expositores, a Brasil Offshore 2015 foi
uma surpresa positiva. Apesar do atual cenário econômico,
os principais players do mercado compareceram nos quatro dias de evento. Para o suporte técnico da marca Mobil, licenciada para a Cosan Lubrificantes e Especialidades,
Edmundo Rissi, esse momento de instabilidade vai passar.
“Continuamos fazendo muitos contatos e nossos clientes
sempre vêm nos prestigiar. A feira é importante também
para aproximar as escolas das empresas. O ideal é trazer
pra perto os formadores, porque é do interesse do mercado que esses futuros profissionais venham com uma base
sólida e correta”, comenta.
A MRM responsável por logística de cargas offshore, com
estande montado no pavilhão principal da Brasil Offshore,
recebeu dezenas de clientes e, segundo o executivo de
Evento
vendas Carlos Vinícius, essa movimentação deve representar – em curto prazo – um aumento nos negócios em até
30%. “Nós tivemos oportunidades de vendas concretas e
para serem finalizados em um prazo bem curto. São quinze
novas empresas que estão se estabelecendo em Macaé e
precisando do atendimento na área de transporte de carga
e até mesmo na liberação aduaneira”, detalha.
O executivo de vendas da MRM explica ainda que, pela
empresa oferecer soluções logísticas desde o transporte
– aéreo, marítimo e terrestre – até a logística de armazenamento passando pela assessoria aduaneira, a procura
está baseada principalmente em novas empresas, que
precisam de um suporte completo, uma vez que não tem
um setor montado especificamente para isso. Quinze empresas francesas estiveram presentes na Brasil Offshore.
“Participamos do evento com objetivo de promover
e desenvolver parcerias tecnológicas e de inovação com
empresas brasileiras para o mercado local, em médio e em
longo prazos. E também a internacionalização de empresas brasileiras em parceria com as francesas. É um trabalho
de mão dupla, dinamizando o mercado”, disse o representante comercial da Embaixada da França, Hamza Belgourari. Para o diretor executivo da Oil States, o expositor Márcio
Robles, a Brasil Offshore foi melhor do que se esperava.
“O ambiente ainda é produtivo. Esse sucesso é reflexo da
perfeita união entre órgãos públicos e privados que souberam criar um ambiente favorável aos negócios”, comentou.
48
• Revista do Aço
Já a UL aproveita o evento para comemorar seus 100
anos de atuação no segmento de Atmosferas Explosivas
– ambientes que contam com equipamentos ou substancias que podem ser fonte de ignição e provocar uma
explosão. “Este é um ano muito importante para a UL.
Estamos promovendo uma celebração mundial nos principais eventos mundiais”, afirma Otávio Costa, gerente de
vendas da UL, multinacional americana líder global em
inspeções, ensaios e certificação de produtos. “Estamos
expandindo os serviços oferecidos para aumentar a presença no Brasil e faz todo sentido estarmos aqui. Tudo o
que aconteceu de mais positivo na indústria do petróleo
nacional nos últimos anos passou por Macaé em algum
determinado momento”, explica.
Para o Fabio Isao Yamasaki, diretor técnico da TechnoHeat, o principal motivo da empresa estar a feira foi a
consolidação da marca. “Outras empresas que não nos conheciam agora já sabem que estamos no mercado. Para a
Brasil Offshore, trouxemos uma tecnologia de média voltagem, a Direct Connect, uma parceria com a Chromalox.
A Direct Connect é uma inovação a nível mundial e inédita
no Brasil. Estamos muito satisfeitos com os negócios feitos
na feira. Nossos parceiros não esperavam tanta receptividade, a expectativa foi superior à estimada e captamos
novos clientes para o futuro. Em 2017, estaremos aqui
com certeza”, garante Yamasaki.
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