Sabonetes Sabonetes Sabonetes

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Sabonetes Sabonetes Sabonetes
Edição 64 / Mai - Jun 2011 / www.editorastilo.com.br
Sabonetes
Cores, fragrâncias, espuma...
...e negócios promissores!
Foto
pelo
Projeto -TAMAR.
Patrocínio
2 cedida
Revista
Espuma
Maio/Junho
2011 nacional da Petrobras.
A DETEN é apoiadora do TAMAR-Base de Arembepe, em Camaçari-BA.
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ABISA
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Zoé Morés
Jornalista e Executiva da Abisa
UM OLHAR PARA A SUSTENTABILIDADE...
Sustentabilidade é uma das palavras mais ouvidas da atualidade. A preocupação com
conservação do meio ambiente e o destino do planeta fazem dela uma preocupação mundial.
As preocupações do por vir planetário e os riscos ambientais assumiram posição primordial no
debate coletivo nos últimos anos, quando despertamos para as revelações alarmantes a respeito
do aquecimento global, e o termo sustentabilidade ganhou a importância merecida na mídia,
governos e empresas.
Sustentabilidade virou uma febre. As empresas são sustentáveis, o negócio é sustentável, tudo
é sustentável. Mas o que é ser sustentável?
Ser sustentável hoje, provavelmente, é viabilizar o negócio desde que não impacte em mais
custos e/ou tecnologias mais caras.
A cada ano, novas estatísticas assustam a sociedade e esta, parece não mudar muito. A
sustentabilidade do planeta está comprometida devido ao grande crescimento da indústria e da
LAB & DETEN
UMA PARCERIA SUSTENTÁVEL QUE O MEIO AMBIENTE AGRADECE E O BRASIL PODE CONTAR!
população e a riqueza envolvida, a grande procura por acúmulo de capital, levam muitas empresas
e pessoas a deixarem o meio ambiente em segundo lugar.
É importante entender que a busca por caminhos da sustentabilidade global, passam antes
de qualquer coisa, pela busca da sustentabilidade individual, pois cada um, como indivíduo, pode
combater ao lado das forças que desejam proporcionar uma melhor qualidade de vida para o futuro
da humanidade. Cidades que tratam seus efluentes e resíduos, empresas que evitam o desperdício de
energia e recursos e pessoas que vivem atentas para o modo como interferem na natureza e no meio
O ALQUILBENZENO LINEAR - LAB
Criado na década de 60 como resposta à necessidade de uso de detergentes biodegradáveis e compatíveis
com o meio ambiente, o LAB é a principal matéria-prima para fabricação do LAS-Alquilbenzeno Linear Sulfonato,
o tensoativo mais utilizado pela indústria de limpeza mundial e, por isto, o mais testado ambientalmente. São
quase 5 milhões de toneladas anuais que terminam em rios e mares de todo o planeta, transformadas depois
do uso em compostos rápida e integralmente assimiláveis pela natureza.
ambiente que as cercam, são medidas praticas e educativas que fazem a diferença quando tratamos de
sustentabilidade do planeta. Pequenas ações fazem toda a diferença no decorrer dos anos.
Todos os dias nos deparamos como o comportamento humano é demasiadamente fechado
a aceitar atitudes e comportamentos para a mudança de fato em relação ao meio. Tanto a
sustentabilidade quanto a preservação ambiental, por incrível que pareça, ainda estão distantes
das pessoas comuns. A formação e informação a todos de que é necessária uma mudança de
hábitos não está sendo eficaz, haja visto a quantidade de lixo pelas ruas, e o desperdício. Mesmo
com a mudança de hábitos de todos, ainda falta a estrutura adequada para cada ação por parte
dos governos. Por exemplo, se separamos o lixo, não há coleta seletiva. Se guardamos pilhas e
Há 30 anos iniciou a fabricação do LAB, colocando o Brasil na era dos detergentes biodegradáveis,
sempre garantindo o pleno abastecimento das necessidades do mercado nacional.
Agora, quando o crescimento do consumo de detergentes no país atinge a faixa de 10 a 15% anuais, a
DETEN reafirma o compromisso de atendimento pleno das necessidades da indústria brasileira, pois já
está ampliando sua capacidade de produção para atender ao aumento da demanda nos próximos 5 anos.
Capa ESPUMA 4 FINAL.pdf
em toda cidade, se temos uma muda de árvore, não temos onde plantá-la. Então, falar em fazer é
muito fácil, difícil é fazer acontecer.
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6/20/11
5:57 PM
Edição 64 / Mai - Jun 2011 / www.editorastilo.com.br
A DETEN
baterias, não temos onde colocá-las, reduzimos o consumo de água e há inúmeros vazamentos
A implementação mais consistente de uma educação ambiental, principalmente no ensino
fundamental, seria o primeiro passo a ser dado na busca de uma conscientização concreta.
Reeducar é preciso, mas se trata de um processo bem mais delicado para os dias de hoje. Conseguir
C
M
Y
CM
MY
o equilíbrio perfeito entre as três pontas da pirâmide “economia, ecologia e o social” é o ponto a ser
CY
CMY
K
alcançado. Os trabalhos de conscientização podem acontecer até de maneira rápida, mas para que
os resultados apareçam, é preciso ter afinco e mergulhar neste mar de problemas caóticas ao qual
nos encontramos.
Mas, nada é impossível, a sustentabilidade é real e devemos praticá-la, afinal, o homem é parte
da natureza e sua guerra contra a natureza é inevitavelmente uma guerra contra si mesmo...
www.deten.com.br / Complexo Industrial de Camaçari (COPEC) – Bahia / Tel. +55 71 3634 3000 / Fax. +55 71 3632 2324
Sabonetes
Cores, fragrâncias, espuma...
...e negócios promissores!
Edição 64 / Maio - Junho de 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
expediente
Editorial
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Diretor
Daniel Geraldes
Prezado Leitor
Quando voltamos nossas atenções para o mercado de
sabonetes nos deparamos com uma categoria de produto
bastante dinâmica. A concorrência é acirrada, as opções
variadas e as exigências dos consumidores são cada vez maiores
O foco está nos sabonetes mais elaborados, que vão além
da limpeza, reunindo características que hidratam, nutrem,
refrescam e protegem a pele. As fragrâncias também vêm
recebendo atenção especial e são inspiradas na perfumaria
fina, assim como a forma líquida, presente em 11% dos
lares brasileiros. Uma outra característica percebida neste
segmento é a terceirização na produção e algumas das
vantagens em adotar este modelo de negócios estão em não
precisar investir em plantas industriais, manter os custos
sob controle e atingir preços finais competitivos.
Também na edição deste mês da Revista Espuma você
acompanha a trajetória da distribuidora das fragrâncias
Firmenich, FAV105. A empresa, que atua nas regiões Sul,
Sudeste e Centro-Oeste do Brasil acaba de comemorar 15
anos de atividades e conta para a nossa equipe a sua bemsucedida história.
Você já ouviu falar na FINEP? A Financiadora de Estudos
e Projetos é uma empresa pública que desde o final de década
de 60 vem promovendo o desenvolvimento econômico e social
do Brasil através de fomento público à Ciência, Tecnologia e
Inovação, em empresas, universidades, institutos tecnológicos
e outras instituições públicas ou privadas. O seu objetivo é
atuar em ações estratégicas, estruturantes e de impacto para
o desenvolvimento sustentável do País. Entrevistamos Rogério
Medeiros, chefe do departamento de acompanhamento,
avaliação e gestão da informação da FINEP, que fala sobre
a atuação da financiadora, os seus objetivos e metas para os
próximos anos. “O Brasil vive um momento muito especial em
que as condições econômicas de médio e longo prazo indicam
uma fase de estabilidade e crescimento.”
Boa Leitura!
Daniel Geraldes
Editor Chefe
Daniel Geraldes – MTB 41.523
[email protected]
Jornalista Colaboradora
Lia Freire - MTB 30222
[email protected]
Publicidade
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Direção de Arte e Produção
Leonardo Piva
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Conselho Editorial
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Daniel Geraldes
João Francisco Neves
José Luiz Araújo
Tânia Picchi
Zoé Mores
Impressão
Intergraf Ind.Gráfica Ltda
Distribuição
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Editora Stilo
Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61
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Fone: (11) 2384-0047
A Revista Espuma é um veiculo
bimestral da ABISA publicada Editora
Stilo que tem como público-alvo
empresas dos seguintes mercados:
Fabricantes da Indústria de Sabão,
Higiene, Limpeza, Cosméticos, Perfumes
e Fragrâncias, Fornecedores de
Máquinas e Equipamentos, Insumos
e Matérias Primas, Prestadores de
Serviços, Frigoríficos e Graxarias,
Atacadistas, Supermercados,
Embalagens, Aromas, Indústria Química
Fina, Equipamentos de Laboratórios
e Análises, Corantes e Pigmentos,
Entidades da Cadeia Produtiva, Centros
de Pesquisas e Universidades, Escolas
Técnicas, entre outros.
A distribuição é gratuita para todo
o Brasil. É enviada para presidentes,
proprietários, diretores, gerentes,
compras, engenheiros e técnicos de
empresas.
Tiragem de 5.000 exemplares.
Os artigos assinados são de
responsabilidade de seus autores e não
necessariamente refletem as opiniões
da revista. Não é permitida a reprodução
total ou parcial das matérias sem
expressa autorização da Editora.
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23 a 25 de outubro - Natal/RN
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Sumário
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29º Expo & Congresso
ABISA Nordeste
08
Notícias
Pirâmide Natal
22
Resort & Convention
Entrevista
C
Em Foco 1
28
M
Y
CM
MY
CY
CMY
Em Foco 2
Em Foco 3
34
Capa
Caderno Técnico 1
32
K
46
38
ABISA
Av Beira Mar, 406/1302
Centro CEP: 20021-900
Rio de Janeiro – RJ
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www.abisa.com.br
Notícias
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Bombril entra no mercado de cosméticos
Com a aquisição do portfólio da Ecologie Cosméticos,
numa transação da ordem de R$ 15 milhões, a
Bombril diversifica ainda mais sua atuação, passando
a ser a detentora das marcas Ecologie, Aquatress,
Natural Pro, Raízes, entre outras, e seus mais de 120
produtos para cabelo, corpo e face. “Os princípios da
Ecologie Cosméticos são alinhados com os da Bombril,
principalmente no que se refere à sustentabilidade.
Ambas as empresas investem em processos de produção,
produtos e uma gestão socialmente responsável para
minimizar os impactos ambientais. Essa filosofia será
mantida na nova empresa a ser criada pela Bombril
para onde serão direcionados os produtos e marcas
adquiridas e onde serão desenvolvidos todos os novos
investimentos”, declara Marcos Scaldelai, diretor de
marketing da Bombril.
Ainda segundo Scaldelai, a aquisição traz consigo
toda a expertise comercial, de marketing e de negócio
no setor de cosméticos desenvolvido pelos anos de
experiência da Ecologie. Essa transferência se dá pela
vinda de pessoas, inclusive dos donos originais, que
manterão participação acionária no negócio e terão
atuação ativa. “A retenção do know-how complementa
de forma positiva a estratégia da Bombril de entrar no
setor de cosméticos. Em todos os aspectos, a aquisição
tem o perfil adequado para o primeiro passo da Bombril
no setor, tanto em termos de porte, quanto de nicho de
mercado, de foco e, muito importante, de potencial de
sinergia comercial e administrativa. A Bombril é uma
empresa de grande porte comercialmente podendo
alavancar o potencial de vendas das marcas adquiridas.
Da mesma forma, a aquisição cria novos canais que
podem potencializar as vendas dos atuais produtos da
Bombril”, acrescenta o diretor de marketing.
Mais uma opção de detergente líquido
para roupas
O fabricante ASSIM desenvolveu o detergente
líquido ASSIM A Força do Líquido, para cuidar e proteger
as roupas. De acordo com a empresa, o produto chega
para oferecer um ótimo custo-benefício: “sua fórmula
exclusiva protege e perfuma as roupas com máxima
economia, já que um litro rende mais que 1 kg de sabão
em pó.”
O lançamento vem para completar o portfólio de
produtos para limpeza da marca, que possui sabão em
pó, amaciante, tira manchas e alvejante sem cloro.
“Estamos lançando uma nova opção para o
consumidor que busca qualidade e rendimento,
em um segmento que não para de crescer”, afirma
Gabriela Garcia, diretora executiva de marketing da
Hypermarcas.
De acordo com dados da
AC Nielsen, essa categoria de
produtos representa 7% do
mercado total de detergentes
para roupas. Em 2010, faturou
cerca de R$ 245 milhões, o que
significa um aumento de 112%
se comparado ao ano anterior.
“Os números comprovam que
o segmento de detergente
líquido é uma forte tendência
de mercado e ASSIM A Força do
Líquido chega como uma opção
diferenciada aos consumidores”,
conclui a executiva.
Brasil é líder mundial no consumo de perfumes
As vendas de perfumes apresentaram um crescimento
forte no Brasil nos últimos anos. Em 2010, as vendas
desse mercado no país movimentaram US$ 6.029,5
bilhões no ano (valor de varejo), o que o torna o maior
mercado consumidor de perfumes no mundo, passando
à frente dos EUA, que movimentou no ano passado
USD$ 5.347,5 bilhões, revelou a agência internacional de
pesquisa e análise Euromonitor.
Em 2009, os Estados Unidos movimentaram USD$ 5.257,4,
enquanto este mercado no Brasil já mostrava seu vigor, um
faturamento de US$4.552 bilhões.
O terceiro lugar ficou com o mercado alemão, com
US$2.497,2. A França em quarto lugar, com US$2.448,5 e a
Rússia, em quinto, com US$2.171,0 bilhões.
O resultado, de acordo com a agência, é atribuído ao
tamanho do mercado e a alta propensão do consumidor
brasileiro a comprar perfumes. Mas, a rápida depreciação
da moeda americana frente ao Real, segundo a agência,
teve papel importante para colocar o Brasil na dianteira
desse mercado em 2010.
Os perfumes chamados premium ainda apresentam
uma participação bastante pequena na composição do
mercado total, por conta dos altos impostos de importação
e da relativa baixa renda da maioria da população.
De acordo com o Euromonitor, apesar das empresas
nacionais O Boticário e Natura juntas, somarem quase
60% do mercado, o Brasil continua a atrair empresas
internacionais.
Fonte: www.cosmeticosbr.com.br
Deten Química: 30 anos, mas sempre atualizada
As ações sociais do governo vêm produzindo
resultados significativos no segmento de limpeza, que
cresce à taxa de dois dígitos nos últimos anos.
O acesso a lavadoras de roupas tem sido o ponto
crucial para a mudança de hábitos de lavagem.
Enquanto 98% dos lares brasileiros possuem
geladeira, apenas 47% dispõem de uma máquina
de lavar roupas, sendo que este índice é de apenas
15% no Nordeste, onde habitam 40 milhões de
pessoas. Adicionalmente, 22 milhões de mulheres são
provedoras do sustento de suas famílias no nosso país
e, além de trabalharem fora, têm de cuidar de afazeres
domésticos.
Avaliando este cenário, Rosalvo Peixoto, coordenador
comercial da DETEN, quer explicar que ainda há fôlego
para crescimento da venda de detergentes sintéticos,
mesmo que a taxas mais moderadas, nos próximos
anos.
A DETEN, única produtora nacional do LAB-Linear
Alquilbenzeno, há 30 anos conhece muito bem o desafio
que tem nas mãos. Por isto, já colocou em marcha
seus planos de novamente expandir sua capacidade
produtiva. O LAB é o precursor do LAS-Linear
Alquilbenzeno Sulfonato, o tensoativo biodegradável
mais usado mundialmente pelo seu melhor custobenefício e comprovada compatibilização ambiental.
A empresa tem seus processos industriais
certificados nas normas internacionais ISO-9001,
ISO-14001, OHSAS-18001, o Verificar do Atuação
Responsável e por repetidas vezes recebeu o status
de “Excelência” do Prêmio Pólo de SSHMA do COFICComitê de Fomento de Camaçari.
Assim, a DETEN vem atravessando seus 30 anos
de vida mais que convencida de sua missão de elevar
a qualidade de vida da sociedade, sempre focada na
sustentabilidade e responsabilidade social, conclui
Peixoto.
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Notícias
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Supermercados faturaram mais de
R$ 201 bilhões em 2010
O setor supermercadista faturou R$ 201,6 bilhões no ano passado. De acordo com os dados do Ranking Abras, na comparação
com o ano anterior, as vendas reais tiveram alta de 4,20%. Em valores nominais, a expansão é de 9,46%.
Do faturamento total, 73% são decorrentes de supermercados, 14% das vendas no atacado, 7% de bens duráveis, 2% do
e-commerce, 2% da comercialização de combustíveis e 1% do canal de farmácias. “Gradativamente, as empresas supermercadistas
incorporam partes substantivas de outras modalidades do varejo”, afirma o presidente da Abras, Sussumu Honda.
O levantamento indica ainda que, entre 2009 e 2010, o setor também registrou aumento no número de lojas, chegando a
81,1 mil, o que representa crescimento de 3,6%. Já o número de funcionários teve expansão de 2,2%, totalizando 919,8 mil, assim
como a área de vendas, que cresceu 2,8%, atingindo 19,74 milhões de metros quadrados.
Maiores redes supermercadistas
No período, a concentração de mercados no setor apresentou crescimento. As três maiores redes supermercadistas do
País representam 43% do faturamento, alta de 3 pontos percentuais frente a 2009. As cinco maiores empresas tiveram uma
participação de mercado de 46%. Já as dez maiores abocanharam 51% do mercado, 3 p.p a mais do que em 2009.
O levantamento aponta também que, no ano passado, o total de investimentos no setor foi de R$ 3,9 bilhões. Desse total,
31,3% foram destinados para a construção, 25,8% para aquisição de lojas, 16,1% para reforma e ampliação de lojas, 4,6% na
aquisição de terrenos, 2% para equipamentos refrigerados e de climatização, 1,9% para automação e prevenção de perdas e
1,1% para equipamentos gôndolas.
Para 2011, levando em consideração a mesma base de respondentes, que foi de 282 empresas, o setor prevê investimentos
de R$ 3,76 bilhões, mantendo o patamar auferido em 2010.
Meio de pagamentos
Quanto aos meios de pagamentos utilizados em 2010, os cartões de crédito representam 34% do faturamento, divididos
entre cartões de crédito de terceiros, correspondentes a 20,2%, e cartões de crédito próprios (13,8%).
O cartão de débito teve alta de 0,4 ponto percentual, passando de 16,7% em 2009 para 17,1%. O dinheiro continua sendo a
forma mais utilizada, com 36,6%.
Ajinomoto destaca as suas matérias-primas
para cosméticos
A empresa participou no mês de maio da 16ª edição da FCE
Comestique, feira de negócios voltada ao setor de cosméticos,
em São Paulo, e apresentou novidades em Especialidades
Químicas desenvolvidas para cosméticos. Na ocasião, a
Ajinomoto focou os Tensoativos AMISOFT - tensoativo natural
que permite agregar valor à base do xampu pela sua suavidade e
característica sensorial condicionante. Biodegradável, não agride
a natureza nem os cabelos - destaque também para EB-21 e
GP-1: derivados do aminoácido ácido glutâmico que podem ser
usados para a fabricação de óleos corporais em barra, batom de
alta estabilidade etc. Além de apresentarem alta transparência,
o que diferencia o produto no mercado é o prodew 500, uma
mistura de 11 aminoácidos, com composição muito similar a do
cabelo. Pode ser utilizada em qualquer produto capilar, desde
xampu até ampolas de tratamento.
“O mercado de itens para cabelo no Brasil é destaque na
indústria cosmética e os produtos da Ajinomoto se encaixam
bem nesta tendência. Trabalhamos na divulgação do conceito
de que os aminoácidos fazem parte do nosso corpo e são o
principal constituinte do cabelo”, afirma Naoya Yamato, gerente
de Especialidades Químicas.
Mundo Verde planeja movimentar
R$ 550 milhões em 2015
Para quem ainda duvida do potencial dos produtos naturais e
orgânicos, a maior rede de lojas de produtos naturais da América
Latina, a Mundo Verde, viu seu faturamento crescer 21% em 2010,
totalizando R$ 181 milhões e 170 lojas em operação. “A previsão para
2011 é de 45 novas lojas em operação e 20 lojas em processo de
montagem para 2012”, adiantou Marcos Leite, diretor de expansão,
que prevê um faturamento em torno de R$ 210 milhões este ano. A
meta até 2015 é movimentar R$ 550 milhões e 450 lojas no Brasil. A
rede oferece cerca de 30 mil itens, entre alimentos orgânicos, diet,
light e integrais e suplementos alimentares, cosméticos naturais
e outros produtos voltados ao bem-estar. Para os fabricantes de
cosméticos que desejam abrir novas frentes para seus produtos,
a terceira edição do Seminário Internacional de Tecnologia Verde
em Cosméticos será uma rara oportunidade de conhecimento e
atualização sobre os vários aspectos que envolvem a produção de cosméticos naturais e orgânicos, bem como
para as empresas fornecedoras mostrarem suas soluções verdes diretamente aos fabricantes do setor.
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Notícias
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Arizona Sunwash lança proteção UV em
produtos para lavar
Uma empresa sediada em Phoenix, Arizona tornou-se a primeira a criar um produto para
lavar o corpo e as mãos combinando a limpeza com proteção UVA e UVB de longa duração.
A linha Solise, da Arizona Sunwash Corporation, de produtos para lavar com SPF15, surgiu
aparentemente do desejo do seu presidente Dale Lillard de proteger a pele de seus filhos, sem
a luta diária da aplicação do protetor solar e é descrita como a primeira linha de defesa para a
proteção contra a exposição solar incidental.
“A linha Solise de lavar o corpo e as mãos limpa, como outros produtos prêmium de limpeza com
hidratação, mas com o benefício adicional da proteção solar”, explica Michael Doyle, sócio da Arizona
Sunwash Corporation, e criador da fórmula emulsão multifase patenteada da Solise.
“Nossa fórmula exclusiva emprega emolientes naturais de soja para vincular a proteção solar aos
óleos naturais do corpo. Você simplesmente ensaboa, enxagua e seca como de costume, com uma
toalha, para obter uma proteção FPS15 completa. “Um benefício adicional, diz Doyle, é que não há
nenhum resíduo oleoso típico de muitos filtros solares.
A marca, que demorou cinco anos para desenvolver o produto, carrega o selo de
recomendação US Skin Cancer Foundation e custa $ 13,99.
www.solise.com
Apenas 8% dos municípios fazem a coleta seletiva de lixo
Diariamente o Brasil produz 150 mil toneladas de lixo, dos quais 40% são
despejados em aterros a céu aberto. O destino adequado do lixo é um problema
que afeta a maioria das cidades – apenas 8% dos 5.565 municípios adotam
programas de coleta seletiva.
Os dados são de um estudo realizado pelo Compromisso Empresarial para
a Reciclagem (Cempre), associação sem fins lucrativos dedicada à promoção
da reciclagem e mantida por empresas privadas.
O Brasil tem hoje uma Política Nacional de Resíduos Sólidos instituída
pela Lei Federal 12.305, de 2 de agosto de 2010, e regulamentada pelo
Decreto Federal 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Considerada uma vitória
do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, o projeto
tramitou por 20 anos no Congresso Nacional.
“Nós entramos no circuito porque a primeira lei sequer citava os
catadores”, explica Severino Lima Junior, da coordenação nacional do
movimento. Segundo ele, a lei é uma das melhores da América Latina .”Hoje a
gente tem dados mostrando que 90% do material reciclado passou pela mão de um catador, seja ele de cooperativa ou de
rua e lixões.”
A coordenadora de Consumo Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Fernanda Daltro, diz que a aprovação
da lei foi o resultado de uma grande mobilização de todos os setores envolvidos: a sociedade, o setor produtivo, o governo
e os catadores. “A demora da tramitação foi necessária para a adequação de todos os interesses destes setores, do próprio
mercado, para atender as exigências, e dos governos, para entender a importância de uma política para os resíduos sólidos.”
A partir do segundo semestre de 2012 os brasileiros poderão ter regras fixas e determinadas pelo governo federal
para o descarte adequado de produtos como eletroeletrônicos, remédios, embalagens, resíduos e embalagens de óleos
lubrificantes e lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista .
Pela lei, os governos municipais e estaduais têm dois anos de prazo para a elaboração de um plano de resíduos sólidos.
Hypermarcas põe Etti e Assolan à venda
A Hypermarcas negocia a venda do negócio de
molhos e conservas da marca Etti e do negócio de
produtos de limpeza, cujas marcas principais são Assolan
e Assim. O plano é focar a operação nos segmentos de
medicamentos sem prescrição médica e beleza e higiene
pessoal, responsáveis por mais de 93% da receita do
grupo. As negociações já começaram e há interessados
avaliando os ativos, conforme apurou o Valor.
A decisão de se desfazer dos negócios tem um fator
emblemático importante. João Alves de Queiroz Filho,
o Júnior, fundador da Hypermarcas, começou a montar
o seu império de R$ 4 bilhões de faturamento com a
Assolan em 2002. A Etti, adquirida em 2006, também
teve participação crucial na estratégia do grupo num
momento em que a companhia precisava ganhar
musculatura e ampliar escala no mercado. Procurada,
a Hypermarcas informou que não comenta rumores de
mercado.
De acordo com informações apuradas, Cosan e
Bunge já foram sondadas pela companhia para a venda
da Etti. As duas empresas não comentam o assunto. Para
a Camil, o negócio também teria sido oferecido no fim
do ano passado. Em relação ao segmento de limpeza,
existem pelo menos três companhias, incluindo fundos
de investimentos, estudando a situação dos ativos: são
duas fábricas, em Itajaí (SC) e Goiânia (GO).
Uma das empresas a quem foi apresentada a venda
é a Química Amparo, dona da marca Ypê (executivos
da empresa não foram localizados para comentar o
assunto), segundo fontes do mercado. Outra é a Gtex,
do fundo Actis, que é dona da marca Urca e acaba
de comprar a fabricante do amaciante Baby Soft. A
Bombril foi procurada pela Hypermarcas, mas decidiu
não participar da negociação, apurou o Valor. Nesse
segmento de limpeza, as conversas entre as partes
duram cerca de três meses.
“Eles [Hypermarcas] sabem que é um processo
longo. E em limpeza, a coisa é mais complicada. O ideal
é vender o pacote Assim e Assolan - o conjunto sempre
vale mais. A questão é que nem sempre quem compra
quer tudo”, diz uma fonte próxima às negociações.
Somados os dois negócios, limpeza e alimentos, a
Hypermarcas faturou R$ 367 milhões no ano passado,
uma redução de 15% em relação ao 2009. Nesse grupo
de negócios, há outras linhas à venda como Fluss (bloco
sanitário), Matador (repelente) e Mat Inset (inseticidas)
e outras sete marcas.
Lançamentos nas linhas Etti, Assim e Assolan
acabaram minguando, assim como a participação de
mercado das marcas. “A linha Assim não tem mais de
5% de participação de mercado”, afirma um consultor.
No caso da Etti, a venda inclui além da marca, a
fábrica de Araçatuba (SP), mas não há perspectiva de
que o martelo seja batido logo. O grande nó seria o
valor alto pedido pela Hypermarcas, segundo pessoas
familiarizadas com o negócio. “Os preços foram
inflacionados pela venda da unidade de atomatados
da Unilever para a Cargill por R$ 600 milhões e pelo
negócio de R$ 1,2 bilhão entre a Quero e a Heinz, no
início do ano”, diz um empresário do setor. A Etti foi
comprada da Parmalat em 2006 pela Hypermarcas (na
época Assolan) por R$ 74,5 milhões.
A venda de ativos pode ser um importante reforço
de caixa para a companhia, que já investiu cerca de R$ 6
bilhões na compra de negócios nos últimos três anos - e
tem recorrido ao mercado de capitais para manter ritmo
de aquisições no período. O endividamento líquido da
Hypermarcas no fim do primeiro trimestre era de R$
2,8 bilhões, e em empréstimos e financiamentos são
mais de R$ 3,4 bilhão.
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Notícias
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Akzonobel tem novidades em seu
centro de pesquisas
A empresa inaugurou recentemente um novo laboratório
de pesquisa em Deventer, na Holanda, que desempenhará um
papel fundamental na ambição da Akzonobel de impulsionar seu
crescimento por meio de uma inovação pioneira. Em Deventer
está 40% da capacidade de pesquisa e desenvolvimento da
companhia.
Contando com mais de 200 pesquisadores vindos do
departamento de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
(Research, Development and Innovation – RD&I) da própria
empresa, as instalações - chamadas de Complexo “Street
Research” -, fazem parte de uma rede de seis centros de RD&I
globais, que trabalham em conjunto para realizar pesquisas de
ponta que conduzem a grandes inovações.
Estes centros globais de RD&I formam uma combinação de
grupos com negócios orientados pelo R&D e vários dos Grupos
de Capacidade Expert da empresa, que trabalham em parceria
com os negócios da AkzoNobel. O papel deles é fundamental
para atingir a ambição da empresa de aumentar a contribuição
de soluções eco premium, por meio de inovações maiores e
mais ousadas, de aproximadamente 9% para algo entre 15%
e 20% do faturamento até 2015, e assegurar que pelo menos
30% das vendas sejam provenientes deste tipo de produto.
Em 2010, a empresa destinou cerca de 20% do seu orçamento
global de R&D para a Holanda.
Muitas inovações já vieram dos laboratórios de Deventer,
incluindo o Dissolvine® GL, um agente quelante biodegradável
utilizado em detergentes de limpeza; o Perkalite®, que age
como um retardador de chamas; bem como produtos químicos
intermediários utilizados na produção de adesivos, produtos
farmacêuticos e cosméticos. Construir essa linha de soluções
para os segmentos-chave do mercado contribuirá para que
a AkzoNobel esteja bem posicionada para se beneficiar das
megatendências globais.
1991- 2011
A Citratus completou 20 anos de trabalho. Em 1991 foram 20 kg de fragrâncias vendidas e 20 anos depois, ultrapassou
as 1.100 toneladas.
Nada disso seria possível sem a decisiva ajuda de clientes, colaboradores e de todos os envolvidos no vmercado.
Segundo a empresa o crédito desse crescimento, é devido, principalmente, àqueles que acreditaram e acreditam na
capacidade de trabalho e criação.
Ao mesmo tempo em que comemoram esse sólido crescimento, recebem uma importante conquista, a certificação
ISO 9001:2008. “Isso só vem confirmar nossa qualidade e comprometimento que sempre tivemos com os clientes e
parceiro”.
“Agradecemos sinceramente, e reafirmamos que, chegar até aqui só nos motiva a despender mais esforços para
melhorar os trabalhos e nossas relações com todos”.
Jequiti amplia investimentos na área de pesquisa
Embora ainda jovem, com apenas 4 anos de atividades, a
Jequiti Cosméticos tem superado as expectativas de crescimento
e mostrado que tem força e maturidade para concorrer com
as gigantes do setor. A unidade de cosméticos do Grupo Silvio
Santos fechou 2010 com faturamento de R$ 360 milhões, um
crescimento de 88% sobre 2009. Os números são um indicador
do porquê a marca ter se tornado a maior aposta da Holding GSS.
Para 2011, a expectativa é chegar aos R$ 500 milhões, 40% acima
do volume de vendas do ano passado. Em termos de investimento, haverá um incremento de 35%.
“O Brasil hoje caminha para o segundo lugar do mundo em cosméticos, e já é o segundo lugar em perfumaria,
seria um contrassenso não apostar no segmento. Os recursos virão do próprio Grupo Silvio Santos e do mercado.
Nossa área de inovação, pesquisa e desenvolvimento deverá receber mais de R$ 15 milhões em investimentos”,
afirma o CEO da Jequiti e VP do Grupo SS, Lásaro do Carmo Jr.
Com foco no crescimento do canal de vendas, a empresa tem recebido grande procura de pessoas querendo ser
consultoras e isso tem aumentado muito o tamanho do canal de vendas da Jequiti. No Brasil existem apenas dois
players importantes no porta a porta e para Do Carmo isso gera uma oportunidade.
“Encerramos 2010 com mais de 160 mil consultoras, esperamos fechar este ano com um pouco mais de 200 mil.
A Jequiti nasceu há pouco mais de 4 anos e vai alcançar cerca de R$ 500 milhões de faturamento este ano. Isto é
resultado de uma reestruturação interna realizada desde 2008. Quando não tínhamos estrutura para crescer vimos
que tínhamos produto de qualidade e focamos muito nisso”, relembra.
Hoje o índice de satisfação do consumidor é muito alto e a empresa não para de investir na logística para
manter esta referência. O atual centro de distribuição da Jequiti está localizado em São Paulo e tem capacidade
para 15 mil pedidos por dia. Só este ano, a unidade de cosméticos do Grupo Silvio Santos deve abrir mais dois
centros de distribuição, um em Goiás para atender o Centro-Oeste e Norte do Brasil, e o outro em Alagoas para
atender o Nordeste.
“Entregamos em São Paulo muito mais rápido do que qualquer outro grande player. A empresa gasta muito
com isso, mas prezamos pela qualidade e melhores serviços. Existem projetos bem avançados para o centro de
distribuição no Sul. E para os centros de distribuição do Nordeste e Goiás faltam só alguns acertos. Isso vai melhorar
nossa logística e encurtar o prazo para as consultoras da região. Ao aumentar a distribuição você melhora o
atendimento.”
Sobre o projeto da fábrica previsto para 2013, o presidente da Jequiti Cosméticos confirma: “Também temos o
projeto conceitual da fábrica pronto e devemos começar a construí-la ainda este ano. A fábrica não vai produzir
tudo. Vamos trabalhar em um modelo híbrido usando nossa fábrica e terceiros”. E conclui: “A Jequiti é uma indústria
séria. Toda a diretoria é composta por profissionais do mercado com bastante experiência no modelo de negócio
e no segmento de cosméticos. Somos uma empresa jovem, mas com processos rigorosos dentro dos padrões de
mercado e auditados. Por isso temos grande potencial para crescer cada vez mais”.
A empresa conta, atualmente, com 400 gerentes de vendas distribuídos em 18 regionais pelo país, trabalhando
com quase 161 mil consultoras de vendas e mais de 900 produtos entre cosméticos e não-cosméticos.
Idealax está com nova sede em Sumaré (SP)
Em constante processo de aprimoramento e expansão, a Idealax, fabricante de produtos de limpeza, está em
nova sede na cidade de Sumaré (SP), em um terreno de 30 mil metros quadrados, sendo 10 mil de área fabril.
Com esta mudança - de Campinas (SP) para Sumaré (SP) –, o fabricante aproveitou também para adquirir novos
equipamentos, apresentará novos rótulos, embalagens e produtos.
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Descrição será em português
Hypermarcas estuda reorganizar linhas
Higiene e cosméticos: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi condenada a editar norma exigindo
que cosméticos e produtos de higiene pessoal tenham seus componentes descritos em português nas embalagens.
A agência não mais autorizará que empresas como Nivea, Avon e Johnson & Johnson vendam cosméticos com a
descrição apenas na Nomenclatura Internacional
O processo de integração das companhias adquiridas pela Hypermarcas levará a uma redução de sua estrutura. Está
sendo analisada a migração de linhas entre fábricas no país. O fim do prazo de contrato de aluguéis de algumas unidades
pode acelerar esse movimento. Já foram feitas mudanças nesse sentido nos dois últimos anos, mas há um entendimento
na Hypermarcas de que existe espaço para ganhos maiores de sinergia se uma reorganização mais ampla das operações se
aprofundar.
Segundo informações, as fábricas da companhia em São Paulo e no Rio de Janeiro devem ser alvo dessas mudanças
na estrutura. A Hypermarcas estuda a possibilidade de transferir a produção da marca Jontex, comprada da Johnson &
Johnson em 2009, para a fábrica de São Roque, onde são produzidas as linhas Olla e Lovetex. Essa unidade em São Roque é
considerada relativamente moderna e opera com uso de capacidade instalada inferior a 50% hoje. Mais antiga, a unidade
da J&J em São José dos Campos (SP) fabrica o Jontex para a Hypermarcas.
Além disso, a unidade do grupo em Barueri (SP), comprada da DM Farmacêutica, com produção de medicamentos e
outros produtos, deve mudar até o ano que vem para a fábrica de Anápolis (GO), onde está a fabricação das linhas da Neo
Química. Na antiga fábrica da DM são fabricados medicamentos sem prescrição médica como Melhoral, Doril, Engov, além
da linha Monange e o Zero Cal.
A unidade de Barueri é alugada e o contrato termina no fim deste mês, conforme consta no relatório anual do grupo.
Ainda há uma outra mudança em análise.
Procurada para comentar as informações, a companhia não concedeu entrevista. Ela informou que divulgará resultados
do primeiros trimestre na semana que vem e está em período de silêncio.
Ainda dentro dessa movimentação, há informações que circulam no mercado a respeito de outras integrações de
estruturas. No Rio de Janeiro, a unidade da Mantecorp, adquirida neste ano, pode receber novas linhas de cosméticos para
produção. A Mantecorp, dona do Polaramine e Calminex, fabrica cremes para pele como Episol, Epidrat e New Care. “É
uma fábrica que já tem alguma ‘expertise’ nesse negócio de cosméticos e há espaço físico para isso lá”, conta uma fonte
próxima à empresa.
Em São Paulo, o grupo discutiu a possibilidade de migrar o negócio de fraldas da empresa Mabesa, que produz as
marcas Plim e Puppet em Mogi das Cruzes (SP), para a fábrica que produz a linha Pom Pom e Big Fral, em Guarulhos (SP). A
unidade de Mogi foi comprada pela Hypermarcas em 2010, e com isso, ela poderia vender o ativo.
Essas mudanças são importantes para uma empresa que precisa ampliar ganhos de sinergia nos próximos anos.
Apresentação de resultados feita pelo grupo ao mercado este ano faz uma estimativa entre os ganhos de sinergia previstos
e aqueles que a empresa acha que obterá efetivamente no curto prazo. Ela prevê que alcançará 100% da sinergia prevista
(R$ 115 milhões) entre os negócios comprados na segunda metade de 2012.
A Hypermarcas soma hoje oito fábricas no país: três de produtos de higiene e beleza (Taboão, São Roque e Guarulhos),
duas de higiene e limpeza (Itajaí e Goiânia) e três de medicamentos (São Paulo, Barueri e Anápolis).
Você sabe o que é um cosmético eco-friendly?
Os empresários do setor de cosméticos estão cada vez mais
investindo nos produtos eco-friendly. Estudos mostram que os
resultados desses produtos aparecem tão rapidamente quanto os
dos produtos não organicos.
Os produtos orgânicos estão cada vez mais presentes na vida
dos consumidores. Chamados de eco-friendly, são feitos com
ingredientes orgânicos, não derivados de petróleo, adquiridos
de forma sustentável e não testados em animais. Além disso, a
embalagem precisa ser reciclada, reciclável ou biodegradável.
A proposta é reduzir a agressão à natureza ao mínimo possível. O
mercado já disponibiliza uma grande variedade de eco-friendly, nos
mais diversos tipos de cosméticos: shampoos, hidratantes, cremes,
esmaltes, condicionadores, entre outros. Eles são considerados
a nova aposta de empresários do setor de cosméticos e tendem a
ganhar mais espaço no mercado, considerando que estudos mostram que os resultados desses produtos aparecem
tão rapidamente quanto os produtos não ecologicamente corretos.
Ponto importante na produção dos eco-friendly é a forma de produção dos produtos de origem animal. Eles não
podem ser obtidos a partir de maus tratos ou morte dos bichos e sim da produção natural deles. Um bom exemplo
dessa utilização é o mel de abelha – produzido naturalmente pelo inseto – que vem trazendo ótimos resultados.
Para a certificação e regulamentação desses produtos foi criado o Instituto Biodinâmico (IBD). A certificação
garante se o produto está dentro das normas de pureza, segurança e eficácia. Apesar de alguns selos serem dados
a produtos com mais de 5% de ingredientes orgânicos, o IBD só aprova com no mínimo 90% dos ingredientes nessa
categoria. Algumas empresas brasileiras já colocaram em pratica o conceito de eco-friendly.
É o caso da Natura, que criou a linha de produtos Ekos, sem utilizar nenhuma matéria prima derivada de
petróleo, óleo mineral, mas sim óleos de origem vegetal. Criou ainda, uma tabela ambiental, com informações
sobre os produtos, origem e embalagens. Outras marcas como Éh Cosméticos, Magia dos Aromas, Amazônia Viva,
Reserva Folio, Weleda e a Phytophilo Aromatherapy também desenvolveram linhas orgânicas. Apesar das boas
contribuições para o meio ambiente, os produtos eco-friendly também têm algumas poucas desvantagens. Uma
delas é que a maioria dos produtos pesquisados e empresas dizem ser difícil comercializar produtos 100% corretos
em grande escala por conta do tempo de validade que é menor que os tradicionais.
Boticário - Alta de 27% nas vendas
Enquanto a marca Jequiti, bandeira criada pela área de cosméticos do Grupo Sílvio Santos,
anuncia a entrada de novas linhas em seu portfólio, durante evento na capital, hoje, a rede
O Boticário também diz estar otimista com o Dia das Mães deste ano. A previsão é de um
crescimento das vendas de 27% em relação ao mesmo período do ano passado. Para garantir
esse aumento, a empresa aposta nas fragrâncias Floratta in Rose Belle e Floratta in Rose Amour,
e na Garden Collection.
JBS recebe prêmio por ação com óleo de cozinha
Empresa já coletou 600 mil litros de óleo usado desde o início do projeto
Óleo usado e recolhido durante a feira da Apas será transformado em combustível renovável em Lins (SP)
Considerada a maior processadora de carnes do mundo, a JBS/Friboi recebeu nesta terça-feira (17/5)
o prêmio Ação Sustentável concedido pela Associação Paulista dos Supermercados (Apas), durante o
final da principal feira de negócios dirigida aos supermercadistas, em São Paulo. O prêmio foi concedido
devido à iniciativa pioneira da empresa no âmbito sustentabilidade.
Segundo informações da JBS, durante toda a feira, a empresa recolheu todo o óleo vegetal utilizado
no evento. O material recolhido será encaminhado para a usina de biodiesel da JBS, localizada em Lins
(SP), e transformado em combustível renovável. Além de renovar a energia, a iniciativa contribui para a saúde pública, os
recursos hídricos, tratamento de esgotos e a conscientização para o descarte correto do óleo de cozinha usado.
A JBS iniciou o projeto em janeiro de 2009 e, desde então, já reciclou 600 mil litros de óleo. O recolhimento é feito em
todas as casas do interior de São Paulo, engajadas no projeto. Com essas iniciativas sociais, a JBS tem por objetivo reforçar
de forma institucional o compromisso que a companhia tem com a sociedade e o meio ambiente.
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Cera Ingleza pega carona no apetite da classe C
MPEs poderão escolher data de vencimento de contas
As MPEs (micro e pequenas empresas) poderão escolher as datas de vencimento
de contas. A proposta, que também é válida para pessoas físicas, foi aprovada pela
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados.
Pelo projeto, que ainda será votado pelo Plenário da Câmara, as concessionárias
e permissionárias de serviços públicos serão obrigadas a disponibilizar ao usuário no
mínimo seis datas para opção de escolha de vencimento das contas de utilização do
serviço.
De acordo com a Agência Câmara, atualmente, a Lei de Concessões já prevê o
benefício para consumidores e usuários pessoas físicas, sem fazer distinção a outras
categorias de consumidores favorecidos.
Os negócios da Cera Ingleza Indústria e Comércio Ltda, fabricante de produtos de limpeza com planta em Santa Luzia,
na Região Metropolitana de Belo Horizonte, devem continuar aquecidos em 2011. Após registrar expansão de 15% no
faturamento de 2010 na comparação com o resultado de 2009, a empresa estima para este ano crescimento de 25% sobre
2010. O montante não foi revelado.
O que está impulsionando a receita da Ingleza, segundo o gerente de Marketing da empresa, Roberto Soares, é a maior
penetração da linha de produtos nos lares brasileiros, resultado do aumento do poder de compra das classes C e D.
No portfólio da Ingleza estão produtos para tratamento de pisos, móveis, calçados e roupas, limpadores, desinfetantes
e velas para uso doméstico, entre outros. A empresa também possui a linha automotiva e a profissional. A primeira inclui
ceras e detergentes próprios para carros e a segunda uma linha completa de produtos para higienização de cozinhas
profissionais, além de limpa vidros e pisos, entre outros.
Lançamentos de produtos também fazem parte da estratégia da Cera Ingleza para
crescer em 2011
Consumo - Para o gerente de marketing, cresceu a presença dos produtos da Ingleza nos lares brasileiros, fator ocasionado
pelo aumento no poder de compra das classes C e D. “Está acontecendo uma mudança no comportamento de consumo,
fato que está movimentando a categoria que a Ingleza trabalha, de produtos de limpeza.”
Em 2010, foi registrado incremento de 15% no faturamento da empresa com relação a 2009 e, para este ano, é esperado
crescimento de 25% na comparação com 2010.
Informalidade - Mesmo apresentando crescimento acima de dois dígitos, a Ingleza enfrenta alguns desafios no mercado.
Um deles é a concorrência com empresas informais. Soares afirmou que esses fabricantes utilizam produtos baratos
e ilegais na composição das fórmulas e ainda sonegam impostos, o que faz com que eles pratiquem preços abaixo da
realidade de mercado.
A variação do preço das principais matérias-primas utilizadas pela empresa também pode ser um elemento dificultador
dos negócios. Soares informou que alguns itens, como as ceras, silicones e os tensoativos sofreram variação de até 15%
no preço praticado hoje com relação àquele que foi registrado em 2010. “Para driblar esse fator procuramos negociar
com os fornecedores e fazer parcerias, mas em alguns casos não conseguimos absorver a variação e repassamos isso ao
consumidor.”
Preocupada com questões ligadas ao meio ambiente, a Ingleza possui linhas de produtos totalmente sustentáveis
como é o caso da linha Amo o Verde Ingleza. Mas entre esses produtos um tem merecido destaque, principalmente no
cenário belo-horizontino. A linha Ultraflexx de sacos de lixo foi desenvolvida com 84% de plástico reciclado das sobras
de embalagem dos demais produtos da empresa. Somente nos últimos dois meses, essa linha de sacos de lixo registrou
aumento de 80% nas vendas na capital mineira.
Soares atribuiu a alta nas vendas à proibição do uso de sacolas plásticas no comércio de Belo Horizonte. O que tem feito
com que esse item, muito utilizado para substituir os sacos de lixo, suma das casas dos belo-horizontinos e eles passem a
consumir o produto.
Quem desobedecer
As concessionárias e permissionárias de serviços públicos que desobedecerem a proposta serão punidas por meio dos
artigos 58 e 60 do Código de Defesa do Consumidor, que prevê revogação da concessão e intervenção administrativa. Além
disso, a proposta prevê sanções administrativas, entre elas, multa.
Mercado de beleza: sobram vagas, mas falta qualificação
De olho nas oportunidades do mercado, profissionais têm lotado cursos de formação
para cabeleireiros, maquiadores, depiladores, manicures e pedicures. Dados do Instituto
Embelezze, a maior rede de cursos profissionalizantes em beleza da América Latina,
mostram que o numero de matrículas no primeiro trimestre deste ano subiu 26% em
comparação ao mesmo período de 2010., Chegou-se à marca histórica de 50 mil novos
alunos, o que permitiu uma expansão de 28% no faturamento do grupo.
- Nos últimos anos houve um boom do segmento de beleza, já que o poder aquisitivo
das famílias aumentou e elas passaram a investir mais em bem estar. Por outro lado, há
uma carência de profissionais especializados para trabalhar com esse tipo de serviço –
afirma o principal executivo da rede, Paulo Tanoue, acrescentando que, hoje, 97% de sua
clientela são mulheres.
Segundo Tanoue, o mercado de beleza cresce acima do PIB, (soma de bens e serviços
produzidos no país) nas últimas décadas. Os reflexos dessa expansão podem ser sentidos não só através da multiplicação de salões
e clínicas de estética, mas também nos investimentos crescentes em inovação por parte de empresas de cosméticos, como Natura
e L’Oreal. A marca O Boticário, por exemplo, tem intensificado suas pesquisas na área de nanotecnologia para desenvolver produtos
que combatem o envelhecimento.
O aquecimento do mercado de beleza também surpreende quando se observa o recente e rápido crescimento de empresas de
estética criadas antes dos anos 90, quando a preocupação com o assunto era menor do que hoje. É o caso da Onodera, que oferece
mais de 50 tratamentos faciais, corporais e de medicina estética. Criada em 81, a marca só iniciou seu sistema de franquias em 2000.
Hoje já são 52 unidades em mais de dez estados.
-Há dois anos registramos aumento de 25% no faturamento da rede. Em 2011 esperamos crescer 30% em relação a 2010 –
afirma a diretora executiva Lucy Onodera, acrescentando que tratamentos rejuvenescedores e de redução de gordura são os mais
procurados., Ainda segundo a empresária, a idéia é abrir mais dez novas unidades no Rio, Belo Horizonte e no Nordeste, criando
cerca de 200 novas vagas: - Contrataremos fisioterapeutas, esteticistas, nutricionistas e massoterapeutas.
O problema é que nem sempre é fácil encontrar profissionais qualificados no mercado. E que ainda se preocupem em estar
atualizados para acompanhar as novidades do setor.
- É por isso que temos que treinar constantemente. Contamos com oficinas a cada três meses, além de uma universidade virtual
onde disponibilizamos informações para manter os profissionais atualizados – diz Lucy.
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Empresa israelense vai cultivar mamona no Brasil
A Terasol Energy – empresa que elabora matéria-prima de última geração
para a produção de alimentos e energia – firmou acordo com a Kaiima Bio
Agritech, empresa líder na produção de sementes baseada em Israel, para
comercializar variedades de mamona de propriedade da companhia no Brasil.
Pelo acordo, a Terasol terá os direitos de exclusividade para comercializar
variedades de mamona produzidas no estado de Mato Grosso. A Kaiima
utiliza atualmente uma tecnologia patenteada para produzir as sementes
de mamona mais avançadas disponíveis no mercado mundial, com a mais
elevada produtividade.
A empresa tem um grande portfólio de variedades de plantas inovadoras,
não modificadas geneticamente, e trabalha em parceria com a Terasol para
testar essas culturas no Brasil através da Heliagro Agricultura e Pecuária – empresa da Terasol que atua no desenvolvimento
e comercialização de sementes no Brasil.
A Heliagro vai distribuir as variedades de mamona da Kaiima para serem cultivadas inicialmente no Mato Grosso, com o
direito de expandir para os Estados de Goiás e Minas Gerais. Mato Grosso, o maior estado agrícola brasileiro, é atualmente
o foco das operações comerciais de produção de óleo vegetal da Terasol, assim como é o mercado chave para a introdução
de novos materiais genéticos alternativos para cultivo em grande escala no Brasil.
Atualmente a Terasol cultiva mamona em mil hectares em Mato Grosso e, com a inclusão do material genético da
Kaiima, esta área cultivada crescerá significativamente em 2012. A Terasol está desenvolvendo um projeto de escala
comercial totalmente integrado para o fornecimento de óleo de mamona em Mato Grosso, e esta parceria com a Kaiima é
crucial para o sucesso do projeto.
“Com este acordo de distribuição, a Terasol terá acesso ao material genético de mamona de classe mundial da Kaiima,
que otimizará o cultivo em grande escala”, disse Henrique Ubrig, CEO da empresa.
” A mamona tem um tremendo potencial como semente oleaginosa com alta produtividade para escala industrial
no Brasil e, com o acesso a este novo material genético, estaremos bem posicionados para sermos líderes da produção
comercial de mamona no Brasil”, avalia.
Alternativa para a glicerina
Aymer Maturana Cordoba, aluno de doutorado em engenharia mecânica, da Universidade de São Paulo, em São Carlos,
pesquisa há três anos sobre a combustão direta da glicerina bruta, resíduo do processo de fabricação do biodiesel, como
alternativa de aproveitamento energético sustentável. Em seu estudo, Aymer avalia as emissões dos gases, a transferência
do calor associada e os aspectos operacionais para a combustão.
Para a realização desse processo de combustão, foi desenvolvido um queimador tipo vórtice (padrão de fluxo para criar
estabilidade da chama), por meio do qual foi possível avaliar e quantificar as emissões de óxido de enxofre e nitrogênio,
monóxido e dióxido de carbono, hidrocarbonetos totais e acroleína, bem como os efeitos mutagênicos dos gases.
http://www.youtube.com/watch?v=6OFnklsDwhU&feature=player_embedded
Os testes foram realizados em uma fornalha desenvolvida nesses três anos de pesquisa. A fornalha flamo tubular tem
12 câmaras calorimétricas, possui sensores de temperatura e sondas para análise contínua de gases em analisadores
automáticos, fornecimento e controle de água de refrigeração e sistema de captação de dados em tempo real.
Aymer Maturana explica que para a pesquisa foi necessário o desenvolvimento de sistemas e equipamentos auxiliares
como a unidade de acondicionamento e alimentação de glicerina bruta. Para avaliar os efeitos mutagênicos e tóxicos,
foram feitos estudos sobre a planta Trandescantia, em que foram adaptadas câmaras de intoxicação e utilizadas técnicas
de análise biológica.
Segundo Maturana, os resultados foram processados, avaliados e comparados com as emissões e comportamento do
óleo diesel. “A combustão direta de glicerina bruta é um processo viável na parte técnica, econômica e ambientalmente”,
ressaltou.
Alta do sebo faz indústria reajustar
preço em até 25%
Higiene e limpeza: Disputa com fabricantes de biodiesel
contribui para elevar a cotação do insumo
O setor de higiene e limpeza e as indústrias de biodiesel
têm disputado matéria-prima, o sebo bovino, e isso já eleva
o preço de produtos ao consumidor. O valor do insumo
vendido por frigoríficos subiu mais de 30% em um ano.
Fabricantes de sabonetes e produtos de limpeza (sabão
em barra) repassaram, em março e abril, os aumentos dos
últimos meses. Empresas como Química Amparo, Bombril
e Bertin Higiene e Limpeza constataram o aumento – com
pedidos de reajuste de fornecedores que chegaram a
superar os 50%.
“Não dá para arcar com essa alta toda. E não vamos
abrir mão de margem por conta disso, então estamos
fazendo aumentos escalonados”, conta Moacir Sanini,
presidente da Bertin Higiene e Beleza. De acordo com ele,
os frigoríficos chegaram a solicitar reajustes de 53% pela
matéria prima no acumulado dos últimos seis meses. “O
sabonete que custava R$ 0,60 está indo para R$ 0,75. Não
é tanto, mas são os 25% de aumento que precisamos fazer
para proteger nossa rentabilidade”, disse.
De acordo com Marco Aurélio Guerreiro de Souza,
diretor-presidente da Bombril, por conta da pressão
de insumos como sebo e aço (usado na palha de aço), a
empresa fez aumentos de 5% a 6% nos preços nos últimos
dois meses, e ele explica que podem ser feitos novos
reajustes a conta-gotas. “Estamos vendo como o mercado
reage para voltarmos a pensar em novas altas”, afirma.
Com mais de 130 marcas no portfólio, a Hypermarcas
reajustou em 6% a 8% as linhas de produtos em abril. Higiene
e limpeza foram segmentos afetados pelo aumento, que foi
reflexo de mudança na política comercial e efeito dos maiores
custos de produção com a alta de insumos e fretes, segundo
analistas. “Com a inflação batendo na porta, e uma política de
juros maior, nós temos que garantir um crescimento rentável”,
disse Claudio Bergamo, presidente da Hypermarcas, em
teleconferência com analistas na semana passada.
“Para este ano, eles [os aumentos] vieram para ficar”,
disse ele, que confirmou a postura da empresa de proteger
as margens da operação ainda que em detrimento da
participação de mercado.
Segundo analistas e indústrias, a elevação no insumo
decorre não só da demanda maior pela matéria-prima nos
setores de higiene e biodiesel, como também pela oferta
mais restrita. É que os abates de bovinos no país não têm
crescido de forma significativa.
O sebo também se valorizou por meses consecutivos –
em abril e maio os reajustes perderam um pouco a força
– por conta de um efeito dominó. Desde que passou a ser
usado para fabricação de biodiesel nos últimos cinco anos,
o subproduto bovino tem sofrido a influência dos preços
do óleo de soja, outra matéria-prima para essa indústria.
Quando o consumo pelo óleo cresce, a elevação acaba
puxando também o valor do sebo. O preço do óleo subiu
47,5% na Bolsa de Chicago nos últimos 12 meses.
“Se o óleo de soja sobe, existe migração para o sebo,
o que acaba pressionando [a cotação]”, diz Hyberville
Neto, analista da Scot Consultoria, que acompanha preços
do subproduto junto a frigoríficos, indústrias de higiene
e limpeza e de biodiesel. Para ele, o aquecimento da
economia, que eleva a demanda por bens de consumo, e a
obrigatoriedade da mistura de 5% de biodiesel ao diesel, o
chamado B5, explicam a alta do sebo.
Segundo o último relatório da Agência Nacional de Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), referente ao mês de
fevereiro, um percentual de 12,4% do biodiesel produzido
no país usou o sebo como matéria-prima. A maior parte do
biodiesel ainda é produzida com óleo de soja (83,97% do total).
César Abreu, diretor industrial de biodiesel da JBS,
reconhece que há concorrência maior pelo sebo entre o
setor e a indústria de higiene e limpeza, mas ele aponta
sobretudo a influência dos preços do óleo de soja.
Conforme Abreu, o sebo colocado na indústria hoje (com
ICMS) está na casa dos R$ 2,00 a R$ 2,10 o quilo, 50% acima
do que custava há um ano.
Apesar da recente escalada, Abreu acredita que os
preços do sebo devem perder força no curto prazo, pois
a entrada da safra de soja deve reduzir a pressão sobre
o óleo de soja. As cotações desse produto já começaram
a recuar, afirma. “Na semana passada, o óleo de soja
degomado estava a R$ 2.360 a tonelada. Agora está em R$
2.310”, disse ele, quatro dias atrás.
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
“O foco de trabalho da FINEP é a inovação.
A transformação de ideias em produtos e
processos inovadores para o mercado.”
Entrevista
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Rogério Medeiros
“A oportunidade é excelente para fazer do Brasil,
o país da inovação, das indústrias criativas, da energia
sustentável e da economia verde”
Por: Lia Freire
C om a visão de transformar o Brasil por meio da inovação, a FINEP - F inanciadora de E studos e
P rojetos - desde o final de década de 60 vem promovendo o desenvolvimento econômico e social do
Brasil através de fomento público à Ciência , T ecnologia e I novação, em empresas , universidades ,
institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas .
O seu foco é atuar em ações estratégicas , estruturantes e de impacto para o desenvolvimento
sustentável do B rasil . “O País vive um momento muito especial em que as condições econômicas de
médio e longo prazo indicam uma fase de estabilidade e crescimento ”, afirma R ogério M edeiros ,
chefe do departamento de acompanhamento , avaliação e gestão da informação da FINEP, que nos
concedeu a seguinte entrevista :
Revista Espuma - Quando e o que levou a criação
da FINEP?
Rogério Medeiros – A Financiadora de Estudos e
Projetos, FINEP, é uma empresa pública vinculada ao
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), criada em
1967, para institucionalizar o Fundo de Financiamento
de Estudos de Projetos e Programas, que havia sido
criado dois anos antes. Posteriormente, a FINEP
substituiu e ampliou o papel até então exercido pelo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) e seu Fundo de Desenvolvimento TécnicoCientífico (FUNTEC), com a finalidade de financiar
a implantação de programas de pós-graduação nas
universidades brasileiras.
Em 1971, a FINEP passou a atuar como Secretaria
Executiva do Fundo Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (FNDCT), instituído em 1969
e destinado a financiar a expansão do Sistema de C&T
(Ciência & Tecnologia).
Hoje, é reconhecida como Agência Brasileira da
Inovação, atuando em todas as fases do processo, desde
a infraestrutura para pesquisa básica até a introdução
da inovação nos mercados.
Revista Espuma - Quais os objetivos e as metas
da FINEP?
Rogério – É promover o desenvolvimento econômico e
social do Brasil por meio do fomento público à Ciência,
Tecnologia e Inovação em empresas, universidades,
institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou
privadas. A sua visão é transformar o Brasil por meio
da inovação e atuar com foco em ações estratégicas,
estruturantes e de impacto para o desenvolvimento
sustentável do País.
Revista Espuma - Quais foram as principais
conquistas da FINEP desde a sua criação?
Rogério – Na década de 1970, a FINEP promoveu
intensa mobilização na comunidade científica,
ao financiar a implantação de novos grupos de
pesquisa, a criação de programas temáticos, a
expansão da infraestrutura da Ciência & Tecnologia
e a consolidação institucional da pesquisa e da pósgraduação no País. Estimulou também a articulação
entre universidades, centros de pesquisa, empresas
de consultoria e contratantes de serviços, produtos e
processos inovadores, além de introduzir a inovação
nas estratégias de negócios das empresas.
Iniciativas de C,T&I (Ciência, Tecnologia e
Inovação) de empresas em parceria com Instituições
Científicas e Tecnológicas (ICTs), que tiveram
grande sucesso econômico, também estão associadas
a financiamentos da FINEP, como, por exemplo,
o desenvolvimento do avião Tucano da Empresa
Brasileira de Aeronáutica (Embraer), que abriu
caminho para que os aviões da empresa se tornassem
competitivos, e hoje, importante item da pauta de
exportações do País; construção de um sistema
de pós-graduação eficiente no país, assim como
inúmeros projetos da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) e de universidades, que
foram essenciais para o desenvolvimento tecnológico
do sistema agropecuário brasileiro, tornando-o um
dos mais competitivos do mundo; projetos de pesquisa
e de formação de recursos humanos da Petrobrás, em
parceria com universidades, que contribuíram para o
domínio da tecnologia de exploração de petróleo em
águas profundas e que estão fazendo o País alcançar
a autossuficiência no setor.
A capacidade de financiar todo o sistema de
Ciência, Tecnologia e Inovação, combinando recursos
para empresas (reembolsáveis) e para Instituições
Científicas e Tecnológicas (não reembolsáveis), assim
como outros instrumentos de estímulo ao capital
inovador e o empreendedorismo criativo, proporciona
à FINEP grande poder de indução de atividades de
inovação, essenciais para o aumento da competitividade
do setor empresarial.
23
Entrevista
24
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
“O Brasil tem poucos cientistas na indústria, se comparado
a outros países, a maioria dos pesquisadores trabalha em
universidades, mas é necessário um fortalecimento da
pesquisa e desenvolvimento no meio empresarial.”
Revista Espuma - Há dados sobre o montante
financiado em 2010? Quais foram os principais
segmentos beneficiados?
Rogério – Em 2010, a FINEP operou recursos
da ordem de R$ 4 bilhões, incluindo a Subvenção
Econômica à Inovação nas empresas, os financiamentos
reembolsáveis (crédito às empresas) e o apoio não
reembolsável do Fundo Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico às Instituições Científicas e
Tecnológicas. Os setores prioritários para as linhas
de financiamento da FINEP foram estabelecidos
pelo Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação
(PACTI) do Ministério da Ciência e Tecnologia e
pela Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP),
dentre eles, se destacam: Tecnologia de Informação
e Comunicação (TICs), Energia (Petróleo & Gás),
Fármacos e Medicamentos, Equipamentos Médicos,
Novos Materiais, Aeroespacial e Defesa.
Revista Espuma - O que a FINEP apoia e em
quais segmentos atua?
Rogério – O apoio abrange todas as etapas do ciclo
de desenvolvimento de um projeto: pesquisa básica,
pesquisa aplicada e o desenvolvimento tecnológico
de produtos, serviços e processos inovadores. A
financiadora apoia também a incubação de empresas
de base tecnológica, a implantação de parques
tecnológicos, a estruturação e consolidação dos
processos de pesquisa, o desenvolvimento e a inovação
em empresas já estabelecidas e o desenvolvimento de
mercados de capital de risco.
A FINEP não concede bolsas de estudo, não fornece
recursos para capital de giro, não lança editais para
apoio a eventos, não apoia projetos para pessoas físicas e
nem a compra de equipamentos que não estejam ligados
a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Estamos preparados para atuar em todos os setores,
desde as tecnologias sociais até os sistemas inerciais
para aplicação aeroespacial. As escolhas se dão de
acordo com as políticas públicas de Ciência, Tecnologia e
Inovação, em vigor. Atualmente, se destacam os setores
prioritários da subvenção econômica: Tecnologia de
Informação e Comunicação (TICs), energia, fármacos,
medicamentos e equipamentos médicos, produtos da
biodiversidade, novos materiais e defesa.
Revista Espuma - Quem pode obter o financiamento?
Rogério – Empresas de todos os portes, desde que
tenham projetos na área de inovação, universidades e
instituições de pesquisa, de acordo com as chamadas
públicas ou encomendas estratégicas.
Revista Espuma - Como se dá o financiamento?
Rogério – Para que as empresas obtenham o
crédito é necessário preliminarmente apresentar
uma Consulta Prévia (CP) a qualquer tempo, via
formulário próprio, disponível na página da FINEP
na internet. É importante salientar que não operamos
por meio de intermediários remunerados para conceder
financiamento. A resposta da FINEP à CP ou o contato
para solicitar esclarecimentos e informações adicionais
é realizado em prazo não superior a 30 dias corridos.
Na CP são avaliados o enquadramento da proposta
nas modalidades de financiamento da FINEP, a
posição da organização no ambiente onde atua, a
estratégia de inovação e a capacidade da organização
para empreender as ações propostas de Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação.
Após o enquadramento da CP, a organização deve
preencher o formulário eletrônico da Solicitação de
Financiamento (SF). Este deverá ser submetido à
FINEP por via eletrônica. Os formulários contêm
as informações necessárias para a análise técnica,
jurídica e financeira dos seguintes aspectos: objetivos,
resultados esperados, indicadores, metas, metodologia,
estatutos, mercados, equipe de inovação do projeto e
informações econômico-financeiras da organização.
A FINEP analisa as propostas de inovação e seus
impactos para o fortalecimento da estratégia da
organização, bem como, sua contribuição para o
desenvolvimento econômico e social do País.
Para apoio a projetos de Ciência, Tecnologia
& Inovação, a FINEP não dispõe atualmente
de linha de financiamento não reembolsável em
fluxo contínuo. As propostas e solicitações de
financiamento devem ser apresentadas em resposta
a chamadas públicas (lançadas no portal da
FINEP durante o período de vigência das mesmas).
A seleção das propostas é feita em processo de
competição, julgado por comitê de avaliação formado
por especialistas. Cada chamada pública apresenta
o objeto da chamada, os resultados esperados, as
características das instituições elegíveis e das
propostas, os recursos financeiros disponíveis, os
prazos e os procedimentos do julgamento.
Revista Espuma - De onde provêm os recursos?
Rogério – Os financiamentos não reembolsáveis
são feitos com recursos do Fundo Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico, atualmente
formado preponderantemente pelos Fundos Setoriais
de Ciência, Tecnologia & Inovação. Eles são destinados
a instituições sem fins lucrativos, em programas e
áreas determinadas pelos comitês gestores dos Fundos.
Para as linhas de crédito, os recursos são da própria
FINEP e de empréstimos do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT), Fundo para o Desenvolvimento
Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL) e
Programa de Sustentação do Investimento (PSI).
As linhas de Subvenção Econômica à Inovação nas
empresas também é oriundo do Fundo Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Entrevista
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uma prestação de contas parcial e um relatório de
andamento do projeto. Cada projeto tem um analista
de acompanhamento que fica responsável por fazer o
contato com as instituições e acompanhar o andamento
através de relatórios técnicos e visitas aos locais.
Revista Espuma - De quais áreas a FINEP vem
recebendo mais solicitações de financiamento? A
que se deve esta demanda?
Rogério – Do ponto de vista estratégico, a área com
maior demanda é a área de Tecnologia de Informação e
Comunicação. O Brasil tem um enorme potencial a ser
desenvolvido. Outra importante área é a de energia e
o desenvolvimento na área de combustíveis renováveis
como etanol, biodiesel e energias alternativas.
Revista Espuma - Até quanto dos projetos são
financiados?
Rogério – Não existe uma definição prévia. Cada
programa e cada chamada pública têm um valor
específico para repassar aos projetos aprovados. O
valor do financiamento que receberão, será definido
particularmente. Na maioria dos casos, os projetos são
desenvolvidos em prazos de 24 a 36 meses.
Revista Espuma - Quais os critérios para disponi­
bilizar o financiamento?
Rogério – O foco de trabalho da FINEP é a inovação.
A transformação de ideias em produtos e processos
inovadores para o mercado. Os critérios de avaliação
de uma proposta variam de acordo com o objetivo
a ser atingido, mas sempre contém os julgamentos
dos princípios da inovação: a ideia, o planejamento, o
método, a organização, as pessoas, o mercado e o custo.
Revista Espuma - Como se dá o acompanhamento
da empregabilidade dos recursos concedidos
pela FINEP?
Rogério – Os financiamentos são feitos através
de parcelas, que são liberadas após o envio de
Revista Espuma - Quais as próximas metas da
FINEP?
Rogério – O papel da FINEP é continuar investindo
em ciência básica e ensino. Além disso, o seu objetivo
principal é ajudar as empresas a inovarem e se
unirem às instituições de pesquisa, para potencializar
o conhecimento adquirido. O Brasil tem poucos
cientistas na indústria, se comparado a outros países, a
maioria dos pesquisadores trabalha em universidades,
mas é necessário um fortalecimento da pesquisa e
desenvolvimento no meio empresarial.
A inovação tem que se colocar e permanecer no centro
do modelo de desenvolvimento econômico sustentável.
A oportunidade é excelente para transformar o Brasil
e fazer do “país do carnaval, do futebol e da música”,
também um país da inovação, das indústrias criativas,
da energia sustentável e da economia verde.
A FINEP vai aprofundar seu foco nas empresas,
no apoio aos centros e universidades que geram
conhecimento
novo,
no
aperfeiçoamento
da
infraestrutura de pesquisa (sempre em sintonia com
o CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico) como parte do esforço de
dar maior qualidade ao investimento em inovação.
Nos próximos quatro anos teremos que duplicar a
capacidade de crédito para triplicar o número de
empresas que apoiamos.
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Em Foco 1
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Agilidade no atendimento, qualidade, serviços personalizados e informações
exclusivas caracterizam a atuação do distribuidor exclusivo das fragrâncias Firmenich
FAV 105
Equipe e diretoria celebram os 15 anos da distribuidora.
Referência no mercado de
distribuição de fragrâncias
T
udo começou em 1972, quando Francisco
Antônio Volpe entrou para a unidade brasileira
da companhia suíça de fragrâncias, Firmenich.
Foram mais de 20 anos dedicados à empresa,
quando em 1994 surgiu o convite para um novo
desafio: tornar-se distribuidor da marca.
Em janeiro de 1996, Francisco, juntamente
com o seu filho Luiz Paulo Volpe (que um ano
antes havia ingressado na Firmenich e atuado em
diferentes áreas estratégicas a fim de entender a
filosofia empresarial e o modelo de negócios da
companhia) deu origem à FAV105. A distribuidora
nascia com o intuito de atender as particularidades
da grande maioria das empresas brasileiras que
necessitavam de demandas fracionadas e agilidade
no atendimento. “Na década de 90 a Firmenich
vislumbrou esta oportunidade e, para conduzir
os negócios não haveria ninguém melhor do que
um executivo que fosse de nossa total confiança,
que tivesse incorporado o espírito empresarial
da Firmenich e pudesse garantir que a filosofia
da companhia fosse mantida fielmente”, conta
Samuel Voelzke, gerente de contas da divisão
perfumaria da Firmenich.
A FAV105 leva as iniciais do nome de seu
fundador, Francisco Antônio Volpe e o 105 é uma
referência ao número onde começou a funcionar a
distribuidora, local que era a própria residência
do Francisco. “Na ocasião fizemos algumas
adaptações, construímos um depósito de 10
metros quadrados e juntamente com o meu pai e
mais uma funcionária começamos a trabalhar”,
recorda-se Luiz Paulo Volpe. Hoje, a atuação
da FAV105 concentra-se nas regiões CentroOeste, Sul e Sudeste do país e o Brasil tornou-se
para a Firmenich uma referência no modelo de
distribuição. “O que se faz aqui está ganhando
cada vez mais destaque. Toda a estrutura da FAV,
que inclui laboratório, desenvolvimento, estoque,
logística e demais áreas seguem exatamente o
padrão mundial Firmenich, claro que em uma
escala para atender os seus clientes. Temos
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Em Foco 1
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Sucesso de público, em sua quinta participação na FCE Cosmetique, a FAV105 criou um stand que remetia ao luxo das fragrâncias.
a tranquilidade de que somos representados
da melhor maneira possível. Assim como vem
acontecendo, há um ano, no nordeste do país com
a distribuidora Vitasense”, enfatiza Voelzke, gerente
da Firmenich.
O
segundo grande desafio
Após quatro anos ter fundado a FAV105,
Francisco Antônio faleceu e o seu filho, Luiz
Paulo, tinha mais um desafio pela frente: dar
continuidade aos negócios. “Em um momento
tão delicado e de tamanha perda eu realmente
tive dúvidas quanto ao futuro da FAV, afinal
era um negócio tão personificado na imagem do
meu pai, além disso, eu tinha apenas cinco anos
de experiência neste mercado de distribuição de
fragrâncias, porém, mais uma vez, a Firmenich
deu todo o respaldo necessário e incentivos para
eu continuar, inclusive com a entrega de novos e
maiores clientes”, lembra Luiz Paulo.
Apenas um ano depois do ocorrido, Luiz já
estava adquirindo um prédio de 500 metros
quadrados, no bairro de Santo Amaro (SP),
demonstrando que não só daria continuidade como
ampliaria os negócios. Hoje, está em outra sede,
que ocupa mil e quinhentos metros quadrados na
Vila Mascote (SP) e conta com uma equipe interna
de 30 pessoas. Em sua estrutura, possui, além
da equipe comercial, com 4 gerentes de contas
e 6 representantes; laboratório de aplicação;
de desenvolvimento; uma sala “totalmente
limpa” e protegida para o desenvolvimento de
fragrâncias, tem também a equipe de marketing
que leva aos clientes importantes informações
relacionados a tendências, dados de mercado,
avaliações etc, e uma pessoa que cuida de todo
o procedimento regulatório. “Não vendemos
apenas fragrâncias. Para isso já existem ótimos
fornecedores. Acredito que o diferencial do nosso
negócio esteja no atendimento, na informação e
nos serviços personalizados. Ajudamos o cliente
no desenvolvimento de novas fragrâncias; a cada
40 dias, por exemplo, realizamos um treinamento
olfativo, em que os convidamos para conhecerem
a origem das matérias-primas usadas, explicamos
como se faz fragrâncias etc. Trata-se de
importantes aspectos estratégicos em nossa
atuação”, afirma Luiz Paulo. Recentemente, a
FAV105 recebeu a certificação ISO 9001:2008
reafirmando e garantindo o padrão de qualidade
que mantém em sua atuação.
Bodas
de cristal
Foi em grande estilo que a FAV105 esteve no
mês de maio de 2011 participando como expositora
de mais uma edição da FCE Cosmetique. O
distribuidor aproveitou a ocasião para celebrar
os seus 15 anos e comemorando bodas de cristal,
distribuiu aos clientes aromatizadores com
cristais Swarovski. Em um stand que remetia
ao luxo das fragrâncias, também apresentou
uma identidade comemorativa. “A feira é
um referência de informação, lançamentos e
apresentação de tendências. Foi um grande
sucesso de público, mais uma vez tivemos a
oportunidade de estreitar o relacionamento com
o mercado, reforçar parcerias já existentes e
fazer novos contatos. Agradecemos a todos que
mais uma vez nos prestigiaram.”
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma / Fevereiro 2011
Em Foco 2
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PROCESSO PARA INSTALAÇÃO
DA LOGÍSTICA REVERSA ENVOLVE
GOVERNOS, EMPRESAS E CIDADÃOS
Álvaro Azambuja
Presidente da Abisa
Caro A ssociado .
A A bisa tem atuado
de forma firme na defesa de nossos interesses .
nossas comissões de trabalho diz respeito à
Sólidos (PNRS),
Política Nacional
de
Uma das
Resíduos
que trata sobre a gestão integrada e o gerenciamento do que
chamamos genericamente de lixo .
O
Brasil tem hoje uma PNRS instituída
pela Lei Federal 12.305 de 02 de agosto de 2010,
e regulamentada pelo decreto Federal 7404 de 23
de dezembro de 2010. Considerada uma vitória,
o projeto tramitou por 20 anos no Congresso
Nacional. A Lei definiu que na logística reversa
todos os os municípios, estados e federação,
e o setor privado (indústrias, distribuidores,
atacadistas, varejistas), além dos fabricantes
de embalagens, serão obrigados a sistematizar
33
o gerenciamento de resíduos sólidos no país, sendo os fabricantes
de produtos de limpeza parte deste processo. E, caso não cumpram
com o estabelecido nos regulamentos, estes fabricantes estarão
sujeitos a multas que podem chegar a R$ 50 milhões, interdição do
estabelecimento fabril ou comercial e reclusão
Todos os cidadãos terão responsabilidade compartilhada na correta
destinação do produto adquirido e sua implementação vai também
garantir o aumento do percentual de reciclagem no Brasil.
A partir do segundo semestre de 2012, o Brasil vai implementar
uma nova forma de lidar com o descarte de cinco grupos de resíduos.
Serão estabelecidas regras fixas para produtos como eletroeletrônicos;
remédios; embalagens; resíduos e embalagens de óleos lubrificantes; e
lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista. É
o começo do processo para a instalação da logística reversa, o principal
instrumento da PNRS.
Diariamente o Brasil produz 150 mil toneladas de lixo, das quais 40%
são despejadas em aterros a céu aberto. O destino adequado do lixo é
um problema que afeta a maioria das cidades – apenas 8% dos 5.565
municípios adotam programas de coleta seletiva.
Atualmente, o País recicla pouco. Um percentual de resíduos secos que
poderia atingir a casa dos 30%, não passa hoje de cerca de 13%.
Apesar de pouco conhecido da população em geral, o conceito de logística
reversa já é uma prática bem sucedida em vários setores. É o caso, por
exemplo, dos agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus e óleos lubrificantes.
A idéia central é que a vida útil do produto não termina após ser
consumido, mas volta a seu ciclo de vida, para reaproveitamento, ou
para uma destinação ambientalmente adequada. Outro caminho que
vai garantir ao Brasil o aumento da reciclagem é o da coleta seletiva.
Além de significar uma economia anual aos cofres da União da
ordem de R$ 8 bilhões, o aumento da reciclagem também vai evitar
que esses resíduos cheguem aos aterros sanitários.
As novas regras serão discutidas pelos integrantes dos cinco
grupos de trabalho compostos por representantes do setor produtivo e
da sociedade civil. Na primeira etapa, os grupos de trabalho definirão
o modelo, determinando, por exemplo, como o processo será custeado.
Depois, será feito um estudo de viabilidade técnica e econômica
para as cadeias e definidos eventuais subsídios para a convocação,
pelo governo, de um acordo setorial. Os acordos terão o valor de um
contrato firmado pelo Poder Público com toda a cadeia de um dos cinco
setores e existe ainda, a possibilidade de o governo editar, se julgar
pertinente, decretos que regulamentem a atividade.
Não espere o governo ditar as regras que você terá que
seguir. Junte-se a nós e faça parte das empresas do setor que
apresentará um projeto próprio. E não esqueça: as atuações
serão feitas por CNPJ e caso você não participe de nenhum
projeto e não tenha o seu descarte correto, sem dúvida sua
empresa será autuada...
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Em Foco 3
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A sustentabilidade na
indústria de saneantes
“O Desenvolvimento Sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades
do presente , sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as
suas próprias necessidades ”
E
sta definição foi publicada no Relatório
Brundtland, documento intitulado Nosso Futuro
Comum (Our Common Future), publicado em 1987.
O Relatório, elaborado pela Comissão Mundial
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (WCED),
faz parte de uma série de iniciativas, anteriores à
Agenda 21, as quais reafirmam uma visão crítica
do modelo de desenvolvimento adotado pelos países
industrializados e reproduzido pelas nações em
desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso
excessivo dos recursos naturais sem considerar
a capacidade de suporte dos ecossistemas. O
relatório aponta para a incompatibilidade entre
desenvolvimento sustentável e os padrões de produção
e consumo vigentes.
Trabalhar seguindo o norte de um desenvolvimento
sustentável significa possibilitar que as pessoas,
agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de
desenvolvimento social e econômico e de realização
humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um
uso racional dos recursos da terra e preservando as
espécies e os habitats naturais.
O desenvolvimento sustentável baseia-se em
quatro pilares inter-relacionados, sendo três deles
conhecidos como Triple Bottom Line que são a
proteção ambiental, desenvolvimento social e
crescimento econômico, o quarto é a cultura. Em
2001 o autor australiano Jon Hawkes abordada a
cultura como pilar de sustentabilidade no livro The
Fourth Pillar of Sustainability – Culture’s essential
role in public planning, e a United Cities and Local
Governments (UCLG) aprova a cultura como quarto
pilar de Sustentabilidade em 17 de novembro de 2010,
permitindo assim a valorização das riquezas locais e
dando garantias de um melhor aproveitamento dos
recursos físicos e humanos.
Ao longo dos anos vem se observando que as
empresas estão se comprometendo cada vez mais
em reduzir seus impactos sobre o planeta e fornecer
mais produtos e soluções ambientalmente corretas,
integrando a sustentabilidade em todas as áreas
de negócios em benefício dos clientes, acionistas,
colaboradores e a sociedade como um todo.
É desta forma que se iniciará o processo de gestão
ambiental sustentável e, a partir daí, aplicar ações
práticas e reais de proteção e recuperação do meio
ambiente, investimentos em pesquisas de fontes
alternativas e menos poluentes, de reaproveitamento
e tratamento dos resíduos gerados tanto no processo
produtivo como no processo administrativo.
Uma gestão sustentável deve estar fundamentada
no preceito de que há um limite de utilização dos
recursos naturais e de que a natureza tem ciclo
próprio de recuperação.
Sustentabilidade do setor de saneantes
Os produtos saneantes e afins desempenham um
papel vital para assegurar a limpeza e higienização
tanto em casa como nos lugares públicos, tais como:
hospitais, hotéis, aeroportos, restaurantes, escolas e
outros. Muito além de proporcionar uma sensação de
bem-estar, os saneantes são essenciais para a saúde
e qualidade de vida e, portanto, são parte integrante
do Desenvolvimento Social, um dos quatro pilares do
Desenvolvimento Sustentável.
O impacto ambiental da utilização dos saneantes
ocorre desde a sua concepção e fabricação até a sua
utilização e eliminação por seus consumidores. E é
no seu consumo que ocorre a maior parte do impacto
ambiental total de um produto. É de fundamental
importância que os fabricantes e associações do setor
eduquem o consumidor como utilizar os produtos de
um modo responsável, para que esse possa usufruir
inteiramente dos seus benefícios sem desperdiçar
recursos preciosos.
Globalmente, as indústrias de saneantes se
empenham em ações a fim de respeitar o princípio
do Desenvolvimento Sustentável, como por exemplo:
melhorar eficiência e a sustentabilidade de suas
atividades industriais e de logísticas; utilizar
ingredientes que promovam menor impacto para o
ambiente; estabelecer parcerias com empresas que
compartilham dos mesmos princípios; orientar os
consumidores sobre como utilizar seus produtos de
forma sustentável e gerenciar os resíduos gerados.
Desta forma, é possível promover assim a cadeia de
sustentabilidade.
Na Europa a A.I.S.E. (International Association
for Soaps, Detergents and Maintenance Products)
em 2005 lançou na União Européia, na Noruega,
Islândia e Suíça a “Charter for Sustainable Cleaning”
(Carta para a limpeza sustentável) com objetivando
incentivar todas as indústrias a realizarem a melhoria
contínua em termos de sustentabilidade e também
para encorajar os consumidores a adotarem formas
mais sustentáveis de fazer a sua lavagem, limpeza e
manutenção da casa.
A Carta está baseada na análise do ciclo de vida
do produto. Ela promove e facilita uma abordagem
comum do setor para a prática da sustentabilidade
e emissão de relatórios. Uma grande variedade
de atividades e iniciativas são abrangidas, desde
a segurança humana e ambiental de produtos
químicos, produtos eco-eficientes, segurança e
saúde ocupacional, uso de recursos e informação ao
consumidor.
As empresas que aderem aos princípios da
Carta para a Limpeza Sustentável são verificadas
35
Em Foco 3
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
anualmente por órgãos independentes no sentido de
garantir que tomam em consideração os princípios
no desenvolvimento e fabrico de seus produtos. As
mesmas garantem que os seus processos de fabricação
estão de acordo com as normas de segurança para
os trabalhadores e protegem o ambiente por meio
da utilização mais eficiente dos produtos químicos
e recursos naturais (por exemplo, a água). Também
garantem, por meio de uma gestão eficaz, que os
seus produtos são seguros para a utilização a que
se destinam. O objetivo é avançar no sentido de
estabelecer padrões mais sustentáveis de produção e
de consumo. Os resultados globais são publicados pela
A.I.S.E. em um Relatório Anual de Sustentabilidade.
Todas as empresas comprometidas perante esta
iniciativa fornecem informações de modo a permitir
medição do desempenho global das indústrias do
setor em termos econômicos, sociais e ambientais.
As mesmas, também se comprometem a manter
excelência na qualidade das informações de segurança
compartilhadas com consumidores e clientes.
Nos EUA, o ACI (American Cleaning Institute)
publicou, em abril deste ano, o primeiro Relatório de
Sustentabilidade. O relatório resume os dados sobre
as emissões de gases de efeito estufa (GEEs), o uso de
energia, uso da água e dos resíduos sólidos associados
com a produção de produtos de limpeza nos EUA.
Mensurou-se que em dois anos houve redução de
25% das emissões de GEEs, utiliza-se 18% menos
energia por tonelada de produção e 10% menos água
por unidade de produção. Somente a geração de
resíduo apresentou crescimento de 2%, relatado como
sendo devido a uma empresa específica, cujo total de
geração de resíduos é uma ordem de grandeza maior
do que as outras empresas participantes.
Embora o relatório descreva alguns passos
positivos, sempre há desafios a praticar e manter
iniciativas de sustentabilidade
O ACI, a CSPA (Consumer Specialty Products
Association) e a CCSPA (Canadian Consumer Specialty
Products Association) desenvolveram uma iniciativa
de comunicar aos consumidores os ingredientes
da formulação dos produtos em quatro grandes
categorias: cuidados com o ar, cuidado automotivo,
limpadores, produtos para polimento e manutenção
do piso. Este é um programa pró-ativo e voluntário
das empresas associadas que se fundamenta em uma
base sólida que a indústria criou para compartilhar
informações com os consumidores. É em grande parte
baseada nas convenções de rotulagem em uso hoje
nos EUA para alimentos, medicamentos e cosméticos
com as quais os consumidores já estão familiarizados.
Através deste programa, os fabricantes, distribuidores
e importadores deram um passo adicional e
significativo para atender o desejo do consumidor por
mais informações sobre os produtos que utiliza.
Ainda nos EUA, a EPA (Environmental Protection
Agency) confere às empresas a certificação DfE
(Design for the Environment ou em português;
Planejado para o Meio Ambiente) a qual permite
que os fabricantes coloquem o logo DfE no rótulo
de produtos de uso domésticos, institucionais e
industriais. A EPA faz uma avaliação rigorosa se
as empresas cumprem as normas do programa e ao
permitir a utilização do logotipo a EPA proporciona,
aos consumidores e compradores, produtos químicos
mais seguros para saúde humana e o meio ambiente,
sem prejudicar a qualidade ou desempenho.
No Brasil, com o intuito de incentivar o
Desenvolvimento Sustentável do setor, a ABIPLA
lançou em 2009 o Movimento Limpeza Consciente.
Este Movimento foi inspirado nas mais modernas
tendências sobre o tema e atua em algumas áreas
nas quais é possível melhorar o perfil ambiental
das indústrias do setor: a redução da utilização de
produtos químicos em geral; a redução de geração
de embalagens; a redução de emissão de CO2; a
racionalização do consumo de energia e a otimização
do uso da água. Há também a preocupação em educar
consumidores, incentivando o uso adequado dos
produtos de limpeza, tanto na redução de desperdício
dos recursos naturais (água e energia) como também
na destinação adequada das embalagens pós-uso.
Em consideração ao mercado de limpeza
profissional, há uma preocupação para que os
profissionais do setor comecem a utilizar recursos
mais sustentáveis como a limpeza a seco; uso de
produtos com baixo teor de espuma minimizando
os processos de enxágüe; uso de equipamentos que
reduzam a utilização de água e energia elétrica.
Considerando a política dos 3R´s de reutilizar, reduzir
e reciclar o que for possível, as empresas do setor estão
preferindo utilizar equipamentos com durabilidade
maior para que menos resíduos sejam despejados no
meio ambiente. Além disso, ao invés de trocar todo
o equipamento, apenas peças danificadas possam
ser trocadas. Uma atitude que vem sendo avaliada
por algumas empresas é a devolução de embalagens
de produtos químicos aos fabricantes para que seja
feita a reciclagem atendendo a Política Nacional de
Resíduos Sólidos.
As empresas devem educar os seus consumidores
a fazerem o uso correto de seus produtos com o
intuito de obter melhores resultados de eficiência
na aplicação dos produtos e minimização do impacto
ambiental. É fundamental a leitura dos rótulos,
utilização correta da dosagem de uso, utilização de
programas de lavagens adequados à quantidade de
roupas e ao nível de sujeira e a disposição correta da
embalagem após o uso.
As empresas fundamentadas na proteção ambiental,
desenvolvimento social, crescimento econômico e na
cultura devem avaliar a adoção da sustentabilidade
como plataforma de desenvolvimento e inovação.
Floripes Ferreira de Oliveira – Dra. em Química, trabalha há
15 anos no área de saneantes. Atualmente é coordenadora do
Laboratório de Fabric & Cleaning da AkzoNobel Brasil.
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
CAPA
38
Sabonetes
Um mercado de oportunidades
No dinâmico setor de sabonetes há cada vez mais espaço para os produtos elaborados e nunca
faltam oportunidades, como terceirizar a produção
Por Lia Freire
A
concorrência é acirrada, as opções variadas,
as exigências dos consumidores são cada vez
maiores e o potencial do setor permanece promissor.
Conforme dados do Euromonitor de 2010, o Brasil
ocupa a terceira posição no mercado mundial de
Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC)
e é o segundo colocado em itens para o banho, o que
inclui os sabonetes.
Dados sobre a produção de sabonetes divulgados
pela Abihpec - Associação Brasileira da Indústria de
Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos – apontam
que em 2010 foram registrados R$ 3.021.367,84
em valores exfactory (saídos de fábrica, sem
adição de impostos). Um segmento que abocanha
aproximadamente 10% de toda a indústria de HPPC.
Estima-se que 98% dos lares brasileiros consumam
sabonetes, o que poderia representar saturação
do mercado, sem chances reais para as empresas
conquistarem novos consumidores, no entanto, sinaliza
novas oportunidades, visto que estes consumidores
estão mais exigentes e buscam permanentemente
novidades. Portanto, sair à frente com inovações é uma
importante estratégia para os fabricantes.
Entre os principais players do mercado, está a
Unilever que desde o lançamento do seu sabonete
Lux, em 1932, vem investindo em inovações. A marca
e as suas variáveis representam 76% do volume do
comércio da companhia na categoria. Atualmente,
entre sabonetes líquidos, em barra e íntimos, oferece
53 produtos, divididos nas marcas: Dove, Dove
Íntimo, Lux, Lux Luxo, Lux Gotas de Beleza, Vinólia
e Lifebuoy. “A Unilever desenvolve sabonetes
validados através de pesquisas e produzidos com
tecnologias inovadoras. Apresentamos opções que
combinam óleos aromáticos hidratantes e perfumes
diferenciados”, destaca Renato Rossi, gerente de
marketing da categoria skin cleansing.
Dentre as novidades da empresa estão: Lux
Tentação de Pêra que combina pêras caldosas e
chantilly hidratante e Lux Desejo de Amora que
alia o frescor da amora com o chantilly hidratante.
“Sempre oferecemos benefícios adicionais, por
exemplo, na linha Lux o chantilly hidratante tem a
finalidade de proteger a pele contra o ressecamento,
mantendo a maciez, suavidade e a sensação
aveludada”, enfatiza Rossi.
O sabão foi inventado pelos fenícios,
600 anos antes de Cristo. Eles
ferviam água com banha de cabra e
cinzas de madeira e assim obtinham
um sabão pastoso. O sabão sólido
só surgiria no século VII, quando
os árabes descobriram o processo
de saponificação – mistura de óleos
naturais, gordura animal e soda
cáustica, que depois de fervida
endurece. Os espanhóis, tendo
aprendido a lição com os árabes,
acrescentaram óleo de oliva, para
dar ao sabão um cheiro mais suave.
Nos séculos XV e XVI várias cidades
europeias tornaram-se centros
produtores de sabão, entre elas,
Marselha (França) e Savona (Itália).
Foi da cidade de Savona que os
franceses tiraram a palavra Savon,
sabão, e o diminutivo savonnette,
sabonete.
Fonte : R ev ista S uper I nteressa nte
Questão cultural
As versões líquidas ganham pouco a pouco
mais espaço nas prateleiras brasileiras, ainda está
distante da penetração que este tipo de sabonete
tem nos Estados Unidos e Europa, por exemplo.
Nestas regiões, eles detêm aproximadamente 40%
do faturamento do setor. Na China é líder e está
presente em 63% dos lares. No entanto, estudos
realizados pela Unilever revelaram que o consumo
de sabonetes líquidos no Brasil está em franco
crescimento. “A categoria tem penetração em 11%
A Unilever aposta em tecnologias inovadoras, ingredientes e
fragrâncias diferenciadas para desenvolver os seus sabonetes.
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
As versões para a higiene íntima
despontam para o mercado.
CAPA
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Ingredientes com benefícios cosméticos estão nos sabonetes que
compõem o portfólio do Grupo Bertin.
O sabonete líquido
representa uma categoria
de potencial. O produto
está em 11% dos lares
brasileiros.
dos lares brasileiros. Desejamos estimular o seu
crescimento, sabemos também que a sua utilização
é uma questão cultural, por isso, mesmo que ganhe
espaço, o sabonete líquido não irá interferir no
consumo da versão em barra”, observa Rossi.
A gerente de marketing das marcas Francis,
Francis Protection e Hydratta, Sandra Ramalho,
acrescenta ainda que a aderência ao sabonete líquido
será uma questão de tempo, também em virtude da
necessidade da economia de água.
Uma outra categoria que apresenta-se como
promissora é a de sabonetes íntimos. Dê olho nas
consumidoras, que é quem decide e faz as compras,
a indústria apressou-se em desenvolver uma linha
específica. A Unilever, em janeiro de 2010, sob a
marca Dove (que surgiu em 1957 como um sabonete
que era clinicamente comprovado como sendo
mais suave para peles secas e sensíveis) lançou os
sabonetes, que vêm nas versões: Freshcare, com
consistência leve, transparente e perfume de chá
verde e o Neutro, com fragrância suave, em um
líquido perolado e consistente. “Além de contar
com pH ajustado à região íntima, Dove Íntimo
foi desenvolvido com ácido lático, responsável
pelo equilíbrio da região, tornando-a saudável e
protegida, além disso, possui fragrâncias únicas e
exclusivas”, destaca Rossi.
Ingredientes com benefícios cosméticos
Se antigamente a indústria preocupava-se apenas
com dois aspectos: a conservação do sabonete e a sua
durabilidade, de uns anos para cá, juntou-se mais
uma característica: oferecer maciez e suavidade à
pele.
Com investimentos permanentes em Pesquisa
& Desenvolvimento, o Grupo Bertin, que detém as
marcas Francis, Hydratta e OX, busca melhorias
constantes em seus produtos e processos. “Hoje em
dia, o consumidor quer um sabonete que além de
limpar a pele, perfume, hidrate, nutra, refresque e
proteja. Todas as nossas linhas são produzidas com
ingredientes hidratantes, combinando delicadas
essências, que não agridem a pele, contendo
partículas que a alcance e limpe suavemente,
retirando as impurezas”, afirma a gerente de
marketing, Sandra.
Uma das principais evoluções destacadas em
seus produtos, segundo o Grupo Bertin, está na
combinação de ativos na nova linha de sabonetes
vegetais OX, que proporciona uma espuma rica
e cremosa, limpando profundamente a pele, sem
ressecar. “A fórmula conta com ingredientes
naturais como manteigas, óleos e extratos naturais,
que trazem benefícios importantes para a derme,
como proteção, hidratação e manutenção da saúde. A
formulação elaborada com base vegetal, constituída
pelo processo de saponificação de óleos vegetais,
apresenta pouca quantidade de produtos químicos
e zero de gordura animal. A massa base está sendo
utilizada recentemente como alternativa à massa
base de origem animal, pelo conceito ecológico, de
preservação e renovação, sem que haja degradação
ambiental”, afirma Sandra.
Ação antibacteriana
Características antibacterianas também ganham
força na categoria de sabonetes. O Lifebuoy,
primeiro sabonete antibacteriano do mundo, que
conta com a exclusiva fórmula Active 5, segundo
o fabricante, garantindo 100% melhor proteção
contra as bactérias, chega na versão Lifebuoy para
as mãos. “O sabonete garante total proteção contra
as bactérias (com ação três vezes mais rápida do
que de outros produtos antibacterianos) e, assim,
ajuda a prevenir diarréia, infecções respiratórias e
oculares”, explica o gerente da Unilever, Rossi.
A tradicional marca no mercado de sabonetes,
Francis, também tem a versão antibacteriana: a
linha Francis Protection que apresenta ingredientes
hidratantes e suavizantes, aliados à proteção
antibacteriana diária. “Com formulação suave
elaborada para proporcionar a limpeza e remoção
das impurezas, deixando a pele saudável, macia e
protegida, a presença da tecnologia antibacteriana
cria uma barreira de proteção que ajuda a prevenir a
proliferação de bactérias na pele”, enfatiza Sandra,
gerente da Bertin. Francis Protection vem em nova
embalagem, explorando maior cosmeticidade, tendo
em vista que para o consumidor os benefícios de
higiene e beleza caminham juntos.
Terceirização
Existem no Brasil, aproximadamente 1.659
empresas atuando no mercado de produtos de Higiene
Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, sendo que apenas
20 são de grande porte, com faturamento líquido de
impostos acima dos R$ 100 milhões, representando
73% do faturamento total e as demais, de pequeno
e médio porte, ficam com o restante da fatia do
mercado. É muito comum entre estas companhias a
utilização da produção terceirizada.
Algumas das vantagens em adotar este modelo
de negócios estão em não precisar investir em
plantas industriais, manter os custos sob controle,
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CAPA
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Primeiro sabonete
antibacteriano do mundo Criado em 1895, na Inglaterra,
pelos irmãos William Hesketh e
James Lever, que uniram suas
operações com a holandesa
Margarine Unie e originaram a
Unilever em 1930, o Lifebuoy, foi o
primeiro sabonete antibacteriano
do mundo. Considerado mais
do que um simples sabonete
pelos consumidores, já que
proporcionava higiene e proteção.
O ácido carbólico também deu ao
Lifebuoy seu aroma característico,
sendo sinônimo de limpeza e saúde
por muitos anos. Entre os anos 40
e início dos anos 70 era um dos
carros-chefe da Unilever no Brasil.
Foi numa campanha publicitária
do sabonete, adaptada ao mercado
brasileiro, que surgiu, nos anos
Além da limpeza. Os sabonetes
devem também perfumar, hidratar,
nutrir e proteger.
40 a expressão “cê-cê”. Num dos
anúncios do Lifebuoy, sacou-se
esta: “Nada de C.C. comigo…”.
Em letras menores, a própria
propaganda explicava o significado
das duas letras: “cheiro de corpo”.
atingir preços finais competitivos etc. Normalmente,
o dono da marca é quem detém os direitos sobre
a fórmula do produto, resguardados no contrato.
Porém, isso não quer dizer que os fabricantes não
possam interferir na definição. Por deterem knowhow, muitas vezes orientam alguma mudança na
formulação, visando melhorias. Dependendo também
do modelo de negócio que foi acertado, o fabricante
fica responsável pelo registro do produto na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
A brasileira Razzo, presente no segmento de
higiene desde 1964, é hoje uma das principais
em terceirização na produção de sabonetes,
seja desenvolvendo formulações pré-definidas
ou produtos inovadores em parceria com os
clientes. Ao longo dos anos criou projetos para
Unilever, Procter & Gamble, Johnson & Johnson,
Natura, entre outros. A empresa destaca a sua
capacidade em atender uma variedade de pedidos
especiais, como formatos exclusivos e embalagens
diferenciadas, além da preocupação em preservar
a integridade de cada marca, aderindo aos mais
restritos padrões de qualidade. A flexibilidade e
agilidade em acompanhar e superar as mudanças
das tendências mercadológicas de maneira
pró-ativa, oferecendo soluções integradas e
personalizadas em cada ocasião também são
diferenciais apontados pela empresa.
Todo o foco e recursos da Petit Savon visam
a produção para terceiros de sabonetes finos
e em barras. Os lançamentos, que respeitam
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Capa
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Em 1878, Harley Procter, dono
de uma fábrica de velas e sabão,
queria produzir um sabão novo,
branco, cremoso e delicadamente
perfumado. O seu primo, o
químico James Gamble, chegou à
fórmula desejada. Este novo sabão
produzia uma rica espuma, mesmo
em contato com a água fria e tinha
uma consistência homogênea
e suave. Com a invenção da luz
elétrica, Harley previu que o
seu lucrativo negócio de vela
“A utilização da base 100% vegetal vem apresentando forte
tendência na composição dos sabonetes”, Amauri A. Bordon, da
Petit Savon.
poderia acabar e assim decidiu
promover o seu sabonete. Em 1879
foi inventado o sabonete “Roger
& Gallet”, o primeiro em formato
redondo, envolto artesanalmente
em papel drapeado.
Fonte: www.limpnet.com.br
integralmente as características de cada projeto,
chegam a 20 por mês. O aprimoramento dos
produtos é uma constante nos negócios da
empresa, que para atender as novas demandas
adquiriu uma nova linha de produção no valor de
R$ 700 mil e já projeta a abertura de uma nova
unidade de produção para 2012, ano para o qual
também foi traçada a meta de se estabelecer
entre os três maiores fabricantes de sabonetes em
barras, para o mercado de luxo e semiprestígio.
De acordo com Amauri Alexandre Bordon,
diretor comercial e de operações da empresa,
o objetivo da Petit Savon é ser a melhor opção
para os clientes de médio porte, permitindo
o desenvolvimento de sabonetes e moldes em
prazos extremamente curtos, respeitando sempre
a qualidade.
O que vem sendo solicitado pelos clientes da
Petit Savon e aponta como forte tendência é a
utilização da matéria-prima 100% vegetal na
base dos sabonetes, em substituição à animal.
“Normalmente, a evolução dos componentes é
feita a passos curtos, onde a adição de cada item é
avaliada não apenas pelas características que se
desejam melhorar, mas também o comportamento
deste novo ativo sobre todos os aspectos avaliados
do sabonete. É do equilíbrio dos ativos, fragrância
e da base escolhida que se obtém um bom produto.
Ainda há um longo caminho para a substituição
da base animal pela vegetal, mas seguimos nesta
direção. Também, há uma demanda crescente
por produtos com características específicas
como: hidratação, esfoliação, adstringência,
entre outras. A inegável melhora do cenário
econômico dos últimos anos permitiu que novas
características dos sabonetes passassem a ser
consideradas na hora da compra. O nível de
exigência e as expectativas com os resultados
dos produtos tornaram-se parte fundamental de
todos os projetos”, observa Amauri.
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Caderno Técnico
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Impactos ambientais gerados pelo
descarte inadequado de óleo comestível
Por Carlos Eduardo da Cunha
1. Introdução .
O lixo já é um caos mundial, e mesmo em
países desenvolvidos uma grande preocupação. O
principio denominado “ Principio dos 3 R’s ” , foi
criado para conscientizar a população mundial de
que é muito importante reduzir, reutilizar, reciclar
o lixo, respeitando sempre essa hierarquia, para
viver melhor e em harmonia com o planeta.
(VERANI et.al., 2000; OLIVEIRA et.al. 2004).
É fato que a intensificação da atividade
industrial, ou comercial gera maior quantidade
de resíduos e devido a isso é de fundamental
importância o uso consciente dos recursos para
que no futuro não tenhamos que pagar mais caro
para ter melhor qualidade de vida. (DORST,J.
2001).
O Brasil não tem nenhum regulamento que
defina legalmente o monitoramento de descarte
para óleos e gorduras no processo de fritura,
devido a isso a conscientização populacional é
bastante válida, visto que 1 litro de óleo contamina
1.000.000 ( um milhão) de litros de água. (BILCK
et.al.2009)
A água, nosso principal recurso, não pode
continuar sendo contaminada com todo tipo de
impureza, visto que é ela que mantém viva toda
e qualquer espécie do nosso planeta. Dentre os
resíduos existentes, o óleo de cozinha descartado
pelo ralo irá entupir o sistema de esgoto,
dificultará o sistema de tratamento de efluente,
além de formar uma barreira na superfície da
água aos raios solares e a oxigenação, seja num
rio, no mar ou em qualquer superfície aquática.
Caso o óleo seja descartado no solo irá formar
uma barreira para a chuva, impermeabilizando
e dificultará o escoamento da água propiciando
enchentes. (ALBERICI, 2004)
Devido a toda essa problemática, produzir
sabão de óleo de cozinha a ser descartado é acima
de tudo ecológico e pode além de tudo trazer
renda. Os sabões diferentemente dos óleos são
solúveis em água, por ser um sal de álcali, e ter
parte polar e são facilmente tratáveis em ETE’s
( Estações de Tratamento de Efluentes) com a
adição de floculantes em precipitação química
assistida.
Portanto pode ser definida uma rota doméstica
para a produção de sabão a partir do óleo de
cozinha, devido não demandar grandes tecnologias
para o seu preparo. Buscou-se utilizar matériasprimas mais baratas e de acesso em comercio
varejista para que a população possa seguir o
exemplo e produzir de maneira simples algo que
as gerações futuras irão certamente agradecer.
2.M ateriais
e
Métodos
para o preparo .
Dentre as diversas metodologias pesquisadas
para a confecção dos sabões, foi selecionada a que
tivesse menor quantidade de reagentes, menor
custo e com a mesma eficácia de limpeza que os
sabões comercializados. O óleo comestível usado
foi obtido do Supermercado Santo André na cidade
de Aparecida de Goiânia, Goiás.
Os ingredientes usados para a produção do
sabão foram: 1L de água, 500 ml de álcool ( devese adicionar lentamente e com fogo apagado), 5L
de óleo comestível usado e 1Kg de soda cáustica
em escamas. Primeiramente a soda cáustica foi
dissolvida em água, após isto adicionou-se o óleo
comestível e então agitou-se lentamente por 1
hora, em fogo brando, temperatura inferior a
70 o C. O conteúdo foi colocado em uma forma,
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Revista Espuma - Maio/Junho 2011
Revista Espuma - Maio/Junho 2011
de coleta, incentivo a quem tem a iniciativa de
recolher em feiras, supermercados, restaurantes o
resíduo de fritura e que dão destino final correto.
Assim estaremos evitando a contaminação dos
lençóis freáticos e solo.
Caderno Técnico
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6.Referências
onde permaneceu até adquirir uma consistência
rígida, após cortou-se em tamanhos uniformes e
deixados ao sol por 1 hora para adquirir melhor
consistência.
que vai ferver, o fogo deve ser diminuído ou o
vasilhame deverá ser retirado do fogo.
Obs: É muito importante a utilização de
Equipamentos de proteção tais como luvas, óculos
de proteção e avental, para garantir a segurança
frente a alcalinidade proporcionada pela soda
cáustica durante o preparo.
Para atenuar o impacto do descarte de óleo
comestível no meio ambiente existem, atualmente,
programas que apóiam a reciclagem deste óleo
para a sua transformação em biodiesel, e também
a sua transformação em sabões tipo barra e
pastoso, além disso resina para tintas, e na
indústria do vidro.
Todas as alternativa são viáveis e reutilizar
estes produtos podem gerar renda e economia,
conscientizar os órgãos municipais na coleta
seletiva e destinar os mesmos a uma finalidade
muito mais nobre além de não causar danos à
natureza.
3.Resultado
A confecção do sabão com óleo mais claro irá
gerar produto mais claro, portanto pode ser for
feita uma filtragem do óleo com papel de filtro de
café antes da reação. Com isso as barra geradas
apresentarão aspecto mais esbranquiçado.
O sabão conforme figura 1 é o resultado deste
experimento e sugestão as pessoas comprometidas
com o meio ambiente como rota de aproveitamento
do resíduo.
O odor do óleo também pode acarretar odor ao
produto final e a utilização de óleo de eucalipto
e o aumento de pequena quantidade de álcool
diminuem o odor. É importante ressaltar que o
álcool ferve a 80 o C e temperaturas abaixo de 70
o C devem ser mantidas durante todo o processo
para se evitar acidentes. Sempre que o produto
dentro da panela estiver dando a impressão
4.Recomendações
5.Conclusão
A conscientização da população que o descarte
de óleos e gorduras pelo ralo traz danos terríveis
ao meio ambiente e a elaboração doméstica de
sabões são uma alternativa clara de defesa do
meio ambiente. É importante que presidentes
de bairros, associações comunitárias e também
comunidade científica e pesquisadores cobrem
dos nossos orgãos públicos as providências para
criação de leis específicas, criação de pontos
4.
VERANI,
C.N,;
GONÇALVES,
D.R.,
NASCIMENTO, M.G. Sabões e Detergentes.
Química Nova na Escola, v. nº 12, p.15-19, 2000.
7.Agradecimentos
1.ALBERICI, R. M.; PONTES, F. F. F. 2004.
Reciclagem de óleo comestível usado através da
fabricação de sabão. Eng.ambient, Espírito Santo
do Pinhal, v.1, n.1, p.73-76, jan./dez., [online].
Homepage:
http://metaquimica.biz/artigos/
sabao.pdf
FIGURA 1: Imagem do Sabão pronto para a utilização.
3. DORST,J. 2001. Antes que a natureza morra.
1. Ed. São Paulo: Edgard Blücher LTDA, p. 227241
2. BILCK, A. P., SILVA, D.L.D., COSTA, G.A.N.,
BENASSI, V.T., GARCIA,S. Aproveitamento de
subprodutos: Restaurantes de Londrina. Revista
em Agronegócios e Meio Ambiente, v.2, n.1, p. 87104, 2009.
O autor é grato a ABISA- Associação
Brasileira de Industrias Saboeiras e Afins- pela
oportunidade e indicação e a Revista Espuminha
pela publicação.
É também grato a ZUPPANI Industrial LTDA,
por todos os ensinamentos e oportunidades
proporcionadas ao profissional Carlos Cunha.
Grato a Maria dos Santos Souza por ter
fornecido a formulação e ao Supermercado Santo
André pelo fornecimento dos insumos necessários
para a produção do sabão.
Por Carlos Eduardo da Cunha, Químico-Industrial.
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50
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( ) Embalagens
( ) Aromas
( ) Indústria Química Fina
( ) Equipamentos de Laboratórios e Análises
( ) Corantes e Pigmentos
( ) Entidades da Cadeia Produtiva
( ) Centros de Pesquisas e Universidades
( ) Escolas Técnicas
( ) Outros
49
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27
Firmenich
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25
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43
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