Sabonetes Sabonetes Sabonetes
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Sabonetes Sabonetes Sabonetes
Edição 64 / Mai - Jun 2011 / www.editorastilo.com.br Sabonetes Cores, fragrâncias, espuma... ...e negócios promissores! Foto pelo Projeto -TAMAR. Patrocínio 2 cedida Revista Espuma Maio/Junho 2011 nacional da Petrobras. A DETEN é apoiadora do TAMAR-Base de Arembepe, em Camaçari-BA. 3 ABISA Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Zoé Morés Jornalista e Executiva da Abisa UM OLHAR PARA A SUSTENTABILIDADE... Sustentabilidade é uma das palavras mais ouvidas da atualidade. A preocupação com conservação do meio ambiente e o destino do planeta fazem dela uma preocupação mundial. As preocupações do por vir planetário e os riscos ambientais assumiram posição primordial no debate coletivo nos últimos anos, quando despertamos para as revelações alarmantes a respeito do aquecimento global, e o termo sustentabilidade ganhou a importância merecida na mídia, governos e empresas. Sustentabilidade virou uma febre. As empresas são sustentáveis, o negócio é sustentável, tudo é sustentável. Mas o que é ser sustentável? Ser sustentável hoje, provavelmente, é viabilizar o negócio desde que não impacte em mais custos e/ou tecnologias mais caras. A cada ano, novas estatísticas assustam a sociedade e esta, parece não mudar muito. A sustentabilidade do planeta está comprometida devido ao grande crescimento da indústria e da LAB & DETEN UMA PARCERIA SUSTENTÁVEL QUE O MEIO AMBIENTE AGRADECE E O BRASIL PODE CONTAR! população e a riqueza envolvida, a grande procura por acúmulo de capital, levam muitas empresas e pessoas a deixarem o meio ambiente em segundo lugar. É importante entender que a busca por caminhos da sustentabilidade global, passam antes de qualquer coisa, pela busca da sustentabilidade individual, pois cada um, como indivíduo, pode combater ao lado das forças que desejam proporcionar uma melhor qualidade de vida para o futuro da humanidade. Cidades que tratam seus efluentes e resíduos, empresas que evitam o desperdício de energia e recursos e pessoas que vivem atentas para o modo como interferem na natureza e no meio O ALQUILBENZENO LINEAR - LAB Criado na década de 60 como resposta à necessidade de uso de detergentes biodegradáveis e compatíveis com o meio ambiente, o LAB é a principal matéria-prima para fabricação do LAS-Alquilbenzeno Linear Sulfonato, o tensoativo mais utilizado pela indústria de limpeza mundial e, por isto, o mais testado ambientalmente. São quase 5 milhões de toneladas anuais que terminam em rios e mares de todo o planeta, transformadas depois do uso em compostos rápida e integralmente assimiláveis pela natureza. ambiente que as cercam, são medidas praticas e educativas que fazem a diferença quando tratamos de sustentabilidade do planeta. Pequenas ações fazem toda a diferença no decorrer dos anos. Todos os dias nos deparamos como o comportamento humano é demasiadamente fechado a aceitar atitudes e comportamentos para a mudança de fato em relação ao meio. Tanto a sustentabilidade quanto a preservação ambiental, por incrível que pareça, ainda estão distantes das pessoas comuns. A formação e informação a todos de que é necessária uma mudança de hábitos não está sendo eficaz, haja visto a quantidade de lixo pelas ruas, e o desperdício. Mesmo com a mudança de hábitos de todos, ainda falta a estrutura adequada para cada ação por parte dos governos. Por exemplo, se separamos o lixo, não há coleta seletiva. Se guardamos pilhas e Há 30 anos iniciou a fabricação do LAB, colocando o Brasil na era dos detergentes biodegradáveis, sempre garantindo o pleno abastecimento das necessidades do mercado nacional. Agora, quando o crescimento do consumo de detergentes no país atinge a faixa de 10 a 15% anuais, a DETEN reafirma o compromisso de atendimento pleno das necessidades da indústria brasileira, pois já está ampliando sua capacidade de produção para atender ao aumento da demanda nos próximos 5 anos. Capa ESPUMA 4 FINAL.pdf em toda cidade, se temos uma muda de árvore, não temos onde plantá-la. Então, falar em fazer é muito fácil, difícil é fazer acontecer. 1 6/20/11 5:57 PM Edição 64 / Mai - Jun 2011 / www.editorastilo.com.br A DETEN baterias, não temos onde colocá-las, reduzimos o consumo de água e há inúmeros vazamentos A implementação mais consistente de uma educação ambiental, principalmente no ensino fundamental, seria o primeiro passo a ser dado na busca de uma conscientização concreta. Reeducar é preciso, mas se trata de um processo bem mais delicado para os dias de hoje. Conseguir C M Y CM MY o equilíbrio perfeito entre as três pontas da pirâmide “economia, ecologia e o social” é o ponto a ser CY CMY K alcançado. Os trabalhos de conscientização podem acontecer até de maneira rápida, mas para que os resultados apareçam, é preciso ter afinco e mergulhar neste mar de problemas caóticas ao qual nos encontramos. Mas, nada é impossível, a sustentabilidade é real e devemos praticá-la, afinal, o homem é parte da natureza e sua guerra contra a natureza é inevitavelmente uma guerra contra si mesmo... www.deten.com.br / Complexo Industrial de Camaçari (COPEC) – Bahia / Tel. +55 71 3634 3000 / Fax. +55 71 3632 2324 Sabonetes Cores, fragrâncias, espuma... ...e negócios promissores! Edição 64 / Maio - Junho de 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 expediente Editorial 4 Diretor Daniel Geraldes Prezado Leitor Quando voltamos nossas atenções para o mercado de sabonetes nos deparamos com uma categoria de produto bastante dinâmica. A concorrência é acirrada, as opções variadas e as exigências dos consumidores são cada vez maiores O foco está nos sabonetes mais elaborados, que vão além da limpeza, reunindo características que hidratam, nutrem, refrescam e protegem a pele. As fragrâncias também vêm recebendo atenção especial e são inspiradas na perfumaria fina, assim como a forma líquida, presente em 11% dos lares brasileiros. Uma outra característica percebida neste segmento é a terceirização na produção e algumas das vantagens em adotar este modelo de negócios estão em não precisar investir em plantas industriais, manter os custos sob controle e atingir preços finais competitivos. Também na edição deste mês da Revista Espuma você acompanha a trajetória da distribuidora das fragrâncias Firmenich, FAV105. A empresa, que atua nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil acaba de comemorar 15 anos de atividades e conta para a nossa equipe a sua bemsucedida história. Você já ouviu falar na FINEP? A Financiadora de Estudos e Projetos é uma empresa pública que desde o final de década de 60 vem promovendo o desenvolvimento econômico e social do Brasil através de fomento público à Ciência, Tecnologia e Inovação, em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas. O seu objetivo é atuar em ações estratégicas, estruturantes e de impacto para o desenvolvimento sustentável do País. Entrevistamos Rogério Medeiros, chefe do departamento de acompanhamento, avaliação e gestão da informação da FINEP, que fala sobre a atuação da financiadora, os seus objetivos e metas para os próximos anos. “O Brasil vive um momento muito especial em que as condições econômicas de médio e longo prazo indicam uma fase de estabilidade e crescimento.” Boa Leitura! Daniel Geraldes Editor Chefe Daniel Geraldes – MTB 41.523 [email protected] Jornalista Colaboradora Lia Freire - MTB 30222 [email protected] Publicidade Luiz Carlos Nogueira Lubos [email protected] Direção de Arte e Produção Leonardo Piva [email protected] Conselho Editorial Álvaro Azambuja Daniel Geraldes João Francisco Neves José Luiz Araújo Tânia Picchi Zoé Mores Impressão Intergraf Ind.Gráfica Ltda Distribuição ACF Alfonso Bovero Editora Stilo Rua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000 Fone: (11) 2384-0047 A Revista Espuma é um veiculo bimestral da ABISA publicada Editora Stilo que tem como público-alvo empresas dos seguintes mercados: Fabricantes da Indústria de Sabão, Higiene, Limpeza, Cosméticos, Perfumes e Fragrâncias, Fornecedores de Máquinas e Equipamentos, Insumos e Matérias Primas, Prestadores de Serviços, Frigoríficos e Graxarias, Atacadistas, Supermercados, Embalagens, Aromas, Indústria Química Fina, Equipamentos de Laboratórios e Análises, Corantes e Pigmentos, Entidades da Cadeia Produtiva, Centros de Pesquisas e Universidades, Escolas Técnicas, entre outros. A distribuição é gratuita para todo o Brasil. É enviada para presidentes, proprietários, diretores, gerentes, compras, engenheiros e técnicos de empresas. Tiragem de 5.000 exemplares. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora. 5 23 a 25 de outubro - Natal/RN Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Sumário 6 7 29º Expo & Congresso ABISA Nordeste 08 Notícias Pirâmide Natal 22 Resort & Convention Entrevista C Em Foco 1 28 M Y CM MY CY CMY Em Foco 2 Em Foco 3 34 Capa Caderno Técnico 1 32 K 46 38 ABISA Av Beira Mar, 406/1302 Centro CEP: 20021-900 Rio de Janeiro – RJ Te.: (21) 2524 5816 [email protected] www.abisa.com.br Notícias 8 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Bombril entra no mercado de cosméticos Com a aquisição do portfólio da Ecologie Cosméticos, numa transação da ordem de R$ 15 milhões, a Bombril diversifica ainda mais sua atuação, passando a ser a detentora das marcas Ecologie, Aquatress, Natural Pro, Raízes, entre outras, e seus mais de 120 produtos para cabelo, corpo e face. “Os princípios da Ecologie Cosméticos são alinhados com os da Bombril, principalmente no que se refere à sustentabilidade. Ambas as empresas investem em processos de produção, produtos e uma gestão socialmente responsável para minimizar os impactos ambientais. Essa filosofia será mantida na nova empresa a ser criada pela Bombril para onde serão direcionados os produtos e marcas adquiridas e onde serão desenvolvidos todos os novos investimentos”, declara Marcos Scaldelai, diretor de marketing da Bombril. Ainda segundo Scaldelai, a aquisição traz consigo toda a expertise comercial, de marketing e de negócio no setor de cosméticos desenvolvido pelos anos de experiência da Ecologie. Essa transferência se dá pela vinda de pessoas, inclusive dos donos originais, que manterão participação acionária no negócio e terão atuação ativa. “A retenção do know-how complementa de forma positiva a estratégia da Bombril de entrar no setor de cosméticos. Em todos os aspectos, a aquisição tem o perfil adequado para o primeiro passo da Bombril no setor, tanto em termos de porte, quanto de nicho de mercado, de foco e, muito importante, de potencial de sinergia comercial e administrativa. A Bombril é uma empresa de grande porte comercialmente podendo alavancar o potencial de vendas das marcas adquiridas. Da mesma forma, a aquisição cria novos canais que podem potencializar as vendas dos atuais produtos da Bombril”, acrescenta o diretor de marketing. Mais uma opção de detergente líquido para roupas O fabricante ASSIM desenvolveu o detergente líquido ASSIM A Força do Líquido, para cuidar e proteger as roupas. De acordo com a empresa, o produto chega para oferecer um ótimo custo-benefício: “sua fórmula exclusiva protege e perfuma as roupas com máxima economia, já que um litro rende mais que 1 kg de sabão em pó.” O lançamento vem para completar o portfólio de produtos para limpeza da marca, que possui sabão em pó, amaciante, tira manchas e alvejante sem cloro. “Estamos lançando uma nova opção para o consumidor que busca qualidade e rendimento, em um segmento que não para de crescer”, afirma Gabriela Garcia, diretora executiva de marketing da Hypermarcas. De acordo com dados da AC Nielsen, essa categoria de produtos representa 7% do mercado total de detergentes para roupas. Em 2010, faturou cerca de R$ 245 milhões, o que significa um aumento de 112% se comparado ao ano anterior. “Os números comprovam que o segmento de detergente líquido é uma forte tendência de mercado e ASSIM A Força do Líquido chega como uma opção diferenciada aos consumidores”, conclui a executiva. Brasil é líder mundial no consumo de perfumes As vendas de perfumes apresentaram um crescimento forte no Brasil nos últimos anos. Em 2010, as vendas desse mercado no país movimentaram US$ 6.029,5 bilhões no ano (valor de varejo), o que o torna o maior mercado consumidor de perfumes no mundo, passando à frente dos EUA, que movimentou no ano passado USD$ 5.347,5 bilhões, revelou a agência internacional de pesquisa e análise Euromonitor. Em 2009, os Estados Unidos movimentaram USD$ 5.257,4, enquanto este mercado no Brasil já mostrava seu vigor, um faturamento de US$4.552 bilhões. O terceiro lugar ficou com o mercado alemão, com US$2.497,2. A França em quarto lugar, com US$2.448,5 e a Rússia, em quinto, com US$2.171,0 bilhões. O resultado, de acordo com a agência, é atribuído ao tamanho do mercado e a alta propensão do consumidor brasileiro a comprar perfumes. Mas, a rápida depreciação da moeda americana frente ao Real, segundo a agência, teve papel importante para colocar o Brasil na dianteira desse mercado em 2010. Os perfumes chamados premium ainda apresentam uma participação bastante pequena na composição do mercado total, por conta dos altos impostos de importação e da relativa baixa renda da maioria da população. De acordo com o Euromonitor, apesar das empresas nacionais O Boticário e Natura juntas, somarem quase 60% do mercado, o Brasil continua a atrair empresas internacionais. Fonte: www.cosmeticosbr.com.br Deten Química: 30 anos, mas sempre atualizada As ações sociais do governo vêm produzindo resultados significativos no segmento de limpeza, que cresce à taxa de dois dígitos nos últimos anos. O acesso a lavadoras de roupas tem sido o ponto crucial para a mudança de hábitos de lavagem. Enquanto 98% dos lares brasileiros possuem geladeira, apenas 47% dispõem de uma máquina de lavar roupas, sendo que este índice é de apenas 15% no Nordeste, onde habitam 40 milhões de pessoas. Adicionalmente, 22 milhões de mulheres são provedoras do sustento de suas famílias no nosso país e, além de trabalharem fora, têm de cuidar de afazeres domésticos. Avaliando este cenário, Rosalvo Peixoto, coordenador comercial da DETEN, quer explicar que ainda há fôlego para crescimento da venda de detergentes sintéticos, mesmo que a taxas mais moderadas, nos próximos anos. A DETEN, única produtora nacional do LAB-Linear Alquilbenzeno, há 30 anos conhece muito bem o desafio que tem nas mãos. Por isto, já colocou em marcha seus planos de novamente expandir sua capacidade produtiva. O LAB é o precursor do LAS-Linear Alquilbenzeno Sulfonato, o tensoativo biodegradável mais usado mundialmente pelo seu melhor custobenefício e comprovada compatibilização ambiental. A empresa tem seus processos industriais certificados nas normas internacionais ISO-9001, ISO-14001, OHSAS-18001, o Verificar do Atuação Responsável e por repetidas vezes recebeu o status de “Excelência” do Prêmio Pólo de SSHMA do COFICComitê de Fomento de Camaçari. Assim, a DETEN vem atravessando seus 30 anos de vida mais que convencida de sua missão de elevar a qualidade de vida da sociedade, sempre focada na sustentabilidade e responsabilidade social, conclui Peixoto. 9 Notícias 10 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Supermercados faturaram mais de R$ 201 bilhões em 2010 O setor supermercadista faturou R$ 201,6 bilhões no ano passado. De acordo com os dados do Ranking Abras, na comparação com o ano anterior, as vendas reais tiveram alta de 4,20%. Em valores nominais, a expansão é de 9,46%. Do faturamento total, 73% são decorrentes de supermercados, 14% das vendas no atacado, 7% de bens duráveis, 2% do e-commerce, 2% da comercialização de combustíveis e 1% do canal de farmácias. “Gradativamente, as empresas supermercadistas incorporam partes substantivas de outras modalidades do varejo”, afirma o presidente da Abras, Sussumu Honda. O levantamento indica ainda que, entre 2009 e 2010, o setor também registrou aumento no número de lojas, chegando a 81,1 mil, o que representa crescimento de 3,6%. Já o número de funcionários teve expansão de 2,2%, totalizando 919,8 mil, assim como a área de vendas, que cresceu 2,8%, atingindo 19,74 milhões de metros quadrados. Maiores redes supermercadistas No período, a concentração de mercados no setor apresentou crescimento. As três maiores redes supermercadistas do País representam 43% do faturamento, alta de 3 pontos percentuais frente a 2009. As cinco maiores empresas tiveram uma participação de mercado de 46%. Já as dez maiores abocanharam 51% do mercado, 3 p.p a mais do que em 2009. O levantamento aponta também que, no ano passado, o total de investimentos no setor foi de R$ 3,9 bilhões. Desse total, 31,3% foram destinados para a construção, 25,8% para aquisição de lojas, 16,1% para reforma e ampliação de lojas, 4,6% na aquisição de terrenos, 2% para equipamentos refrigerados e de climatização, 1,9% para automação e prevenção de perdas e 1,1% para equipamentos gôndolas. Para 2011, levando em consideração a mesma base de respondentes, que foi de 282 empresas, o setor prevê investimentos de R$ 3,76 bilhões, mantendo o patamar auferido em 2010. Meio de pagamentos Quanto aos meios de pagamentos utilizados em 2010, os cartões de crédito representam 34% do faturamento, divididos entre cartões de crédito de terceiros, correspondentes a 20,2%, e cartões de crédito próprios (13,8%). O cartão de débito teve alta de 0,4 ponto percentual, passando de 16,7% em 2009 para 17,1%. O dinheiro continua sendo a forma mais utilizada, com 36,6%. Ajinomoto destaca as suas matérias-primas para cosméticos A empresa participou no mês de maio da 16ª edição da FCE Comestique, feira de negócios voltada ao setor de cosméticos, em São Paulo, e apresentou novidades em Especialidades Químicas desenvolvidas para cosméticos. Na ocasião, a Ajinomoto focou os Tensoativos AMISOFT - tensoativo natural que permite agregar valor à base do xampu pela sua suavidade e característica sensorial condicionante. Biodegradável, não agride a natureza nem os cabelos - destaque também para EB-21 e GP-1: derivados do aminoácido ácido glutâmico que podem ser usados para a fabricação de óleos corporais em barra, batom de alta estabilidade etc. Além de apresentarem alta transparência, o que diferencia o produto no mercado é o prodew 500, uma mistura de 11 aminoácidos, com composição muito similar a do cabelo. Pode ser utilizada em qualquer produto capilar, desde xampu até ampolas de tratamento. “O mercado de itens para cabelo no Brasil é destaque na indústria cosmética e os produtos da Ajinomoto se encaixam bem nesta tendência. Trabalhamos na divulgação do conceito de que os aminoácidos fazem parte do nosso corpo e são o principal constituinte do cabelo”, afirma Naoya Yamato, gerente de Especialidades Químicas. Mundo Verde planeja movimentar R$ 550 milhões em 2015 Para quem ainda duvida do potencial dos produtos naturais e orgânicos, a maior rede de lojas de produtos naturais da América Latina, a Mundo Verde, viu seu faturamento crescer 21% em 2010, totalizando R$ 181 milhões e 170 lojas em operação. “A previsão para 2011 é de 45 novas lojas em operação e 20 lojas em processo de montagem para 2012”, adiantou Marcos Leite, diretor de expansão, que prevê um faturamento em torno de R$ 210 milhões este ano. A meta até 2015 é movimentar R$ 550 milhões e 450 lojas no Brasil. A rede oferece cerca de 30 mil itens, entre alimentos orgânicos, diet, light e integrais e suplementos alimentares, cosméticos naturais e outros produtos voltados ao bem-estar. Para os fabricantes de cosméticos que desejam abrir novas frentes para seus produtos, a terceira edição do Seminário Internacional de Tecnologia Verde em Cosméticos será uma rara oportunidade de conhecimento e atualização sobre os vários aspectos que envolvem a produção de cosméticos naturais e orgânicos, bem como para as empresas fornecedoras mostrarem suas soluções verdes diretamente aos fabricantes do setor. 11 Notícias 12 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Arizona Sunwash lança proteção UV em produtos para lavar Uma empresa sediada em Phoenix, Arizona tornou-se a primeira a criar um produto para lavar o corpo e as mãos combinando a limpeza com proteção UVA e UVB de longa duração. A linha Solise, da Arizona Sunwash Corporation, de produtos para lavar com SPF15, surgiu aparentemente do desejo do seu presidente Dale Lillard de proteger a pele de seus filhos, sem a luta diária da aplicação do protetor solar e é descrita como a primeira linha de defesa para a proteção contra a exposição solar incidental. “A linha Solise de lavar o corpo e as mãos limpa, como outros produtos prêmium de limpeza com hidratação, mas com o benefício adicional da proteção solar”, explica Michael Doyle, sócio da Arizona Sunwash Corporation, e criador da fórmula emulsão multifase patenteada da Solise. “Nossa fórmula exclusiva emprega emolientes naturais de soja para vincular a proteção solar aos óleos naturais do corpo. Você simplesmente ensaboa, enxagua e seca como de costume, com uma toalha, para obter uma proteção FPS15 completa. “Um benefício adicional, diz Doyle, é que não há nenhum resíduo oleoso típico de muitos filtros solares. A marca, que demorou cinco anos para desenvolver o produto, carrega o selo de recomendação US Skin Cancer Foundation e custa $ 13,99. www.solise.com Apenas 8% dos municípios fazem a coleta seletiva de lixo Diariamente o Brasil produz 150 mil toneladas de lixo, dos quais 40% são despejados em aterros a céu aberto. O destino adequado do lixo é um problema que afeta a maioria das cidades – apenas 8% dos 5.565 municípios adotam programas de coleta seletiva. Os dados são de um estudo realizado pelo Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), associação sem fins lucrativos dedicada à promoção da reciclagem e mantida por empresas privadas. O Brasil tem hoje uma Política Nacional de Resíduos Sólidos instituída pela Lei Federal 12.305, de 2 de agosto de 2010, e regulamentada pelo Decreto Federal 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Considerada uma vitória do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, o projeto tramitou por 20 anos no Congresso Nacional. “Nós entramos no circuito porque a primeira lei sequer citava os catadores”, explica Severino Lima Junior, da coordenação nacional do movimento. Segundo ele, a lei é uma das melhores da América Latina .”Hoje a gente tem dados mostrando que 90% do material reciclado passou pela mão de um catador, seja ele de cooperativa ou de rua e lixões.” A coordenadora de Consumo Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Fernanda Daltro, diz que a aprovação da lei foi o resultado de uma grande mobilização de todos os setores envolvidos: a sociedade, o setor produtivo, o governo e os catadores. “A demora da tramitação foi necessária para a adequação de todos os interesses destes setores, do próprio mercado, para atender as exigências, e dos governos, para entender a importância de uma política para os resíduos sólidos.” A partir do segundo semestre de 2012 os brasileiros poderão ter regras fixas e determinadas pelo governo federal para o descarte adequado de produtos como eletroeletrônicos, remédios, embalagens, resíduos e embalagens de óleos lubrificantes e lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista . Pela lei, os governos municipais e estaduais têm dois anos de prazo para a elaboração de um plano de resíduos sólidos. Hypermarcas põe Etti e Assolan à venda A Hypermarcas negocia a venda do negócio de molhos e conservas da marca Etti e do negócio de produtos de limpeza, cujas marcas principais são Assolan e Assim. O plano é focar a operação nos segmentos de medicamentos sem prescrição médica e beleza e higiene pessoal, responsáveis por mais de 93% da receita do grupo. As negociações já começaram e há interessados avaliando os ativos, conforme apurou o Valor. A decisão de se desfazer dos negócios tem um fator emblemático importante. João Alves de Queiroz Filho, o Júnior, fundador da Hypermarcas, começou a montar o seu império de R$ 4 bilhões de faturamento com a Assolan em 2002. A Etti, adquirida em 2006, também teve participação crucial na estratégia do grupo num momento em que a companhia precisava ganhar musculatura e ampliar escala no mercado. Procurada, a Hypermarcas informou que não comenta rumores de mercado. De acordo com informações apuradas, Cosan e Bunge já foram sondadas pela companhia para a venda da Etti. As duas empresas não comentam o assunto. Para a Camil, o negócio também teria sido oferecido no fim do ano passado. Em relação ao segmento de limpeza, existem pelo menos três companhias, incluindo fundos de investimentos, estudando a situação dos ativos: são duas fábricas, em Itajaí (SC) e Goiânia (GO). Uma das empresas a quem foi apresentada a venda é a Química Amparo, dona da marca Ypê (executivos da empresa não foram localizados para comentar o assunto), segundo fontes do mercado. Outra é a Gtex, do fundo Actis, que é dona da marca Urca e acaba de comprar a fabricante do amaciante Baby Soft. A Bombril foi procurada pela Hypermarcas, mas decidiu não participar da negociação, apurou o Valor. Nesse segmento de limpeza, as conversas entre as partes duram cerca de três meses. “Eles [Hypermarcas] sabem que é um processo longo. E em limpeza, a coisa é mais complicada. O ideal é vender o pacote Assim e Assolan - o conjunto sempre vale mais. A questão é que nem sempre quem compra quer tudo”, diz uma fonte próxima às negociações. Somados os dois negócios, limpeza e alimentos, a Hypermarcas faturou R$ 367 milhões no ano passado, uma redução de 15% em relação ao 2009. Nesse grupo de negócios, há outras linhas à venda como Fluss (bloco sanitário), Matador (repelente) e Mat Inset (inseticidas) e outras sete marcas. Lançamentos nas linhas Etti, Assim e Assolan acabaram minguando, assim como a participação de mercado das marcas. “A linha Assim não tem mais de 5% de participação de mercado”, afirma um consultor. No caso da Etti, a venda inclui além da marca, a fábrica de Araçatuba (SP), mas não há perspectiva de que o martelo seja batido logo. O grande nó seria o valor alto pedido pela Hypermarcas, segundo pessoas familiarizadas com o negócio. “Os preços foram inflacionados pela venda da unidade de atomatados da Unilever para a Cargill por R$ 600 milhões e pelo negócio de R$ 1,2 bilhão entre a Quero e a Heinz, no início do ano”, diz um empresário do setor. A Etti foi comprada da Parmalat em 2006 pela Hypermarcas (na época Assolan) por R$ 74,5 milhões. A venda de ativos pode ser um importante reforço de caixa para a companhia, que já investiu cerca de R$ 6 bilhões na compra de negócios nos últimos três anos - e tem recorrido ao mercado de capitais para manter ritmo de aquisições no período. O endividamento líquido da Hypermarcas no fim do primeiro trimestre era de R$ 2,8 bilhões, e em empréstimos e financiamentos são mais de R$ 3,4 bilhão. 13 Notícias 14 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Akzonobel tem novidades em seu centro de pesquisas A empresa inaugurou recentemente um novo laboratório de pesquisa em Deventer, na Holanda, que desempenhará um papel fundamental na ambição da Akzonobel de impulsionar seu crescimento por meio de uma inovação pioneira. Em Deventer está 40% da capacidade de pesquisa e desenvolvimento da companhia. Contando com mais de 200 pesquisadores vindos do departamento de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (Research, Development and Innovation – RD&I) da própria empresa, as instalações - chamadas de Complexo “Street Research” -, fazem parte de uma rede de seis centros de RD&I globais, que trabalham em conjunto para realizar pesquisas de ponta que conduzem a grandes inovações. Estes centros globais de RD&I formam uma combinação de grupos com negócios orientados pelo R&D e vários dos Grupos de Capacidade Expert da empresa, que trabalham em parceria com os negócios da AkzoNobel. O papel deles é fundamental para atingir a ambição da empresa de aumentar a contribuição de soluções eco premium, por meio de inovações maiores e mais ousadas, de aproximadamente 9% para algo entre 15% e 20% do faturamento até 2015, e assegurar que pelo menos 30% das vendas sejam provenientes deste tipo de produto. Em 2010, a empresa destinou cerca de 20% do seu orçamento global de R&D para a Holanda. Muitas inovações já vieram dos laboratórios de Deventer, incluindo o Dissolvine® GL, um agente quelante biodegradável utilizado em detergentes de limpeza; o Perkalite®, que age como um retardador de chamas; bem como produtos químicos intermediários utilizados na produção de adesivos, produtos farmacêuticos e cosméticos. Construir essa linha de soluções para os segmentos-chave do mercado contribuirá para que a AkzoNobel esteja bem posicionada para se beneficiar das megatendências globais. 1991- 2011 A Citratus completou 20 anos de trabalho. Em 1991 foram 20 kg de fragrâncias vendidas e 20 anos depois, ultrapassou as 1.100 toneladas. Nada disso seria possível sem a decisiva ajuda de clientes, colaboradores e de todos os envolvidos no vmercado. Segundo a empresa o crédito desse crescimento, é devido, principalmente, àqueles que acreditaram e acreditam na capacidade de trabalho e criação. Ao mesmo tempo em que comemoram esse sólido crescimento, recebem uma importante conquista, a certificação ISO 9001:2008. “Isso só vem confirmar nossa qualidade e comprometimento que sempre tivemos com os clientes e parceiro”. “Agradecemos sinceramente, e reafirmamos que, chegar até aqui só nos motiva a despender mais esforços para melhorar os trabalhos e nossas relações com todos”. Jequiti amplia investimentos na área de pesquisa Embora ainda jovem, com apenas 4 anos de atividades, a Jequiti Cosméticos tem superado as expectativas de crescimento e mostrado que tem força e maturidade para concorrer com as gigantes do setor. A unidade de cosméticos do Grupo Silvio Santos fechou 2010 com faturamento de R$ 360 milhões, um crescimento de 88% sobre 2009. Os números são um indicador do porquê a marca ter se tornado a maior aposta da Holding GSS. Para 2011, a expectativa é chegar aos R$ 500 milhões, 40% acima do volume de vendas do ano passado. Em termos de investimento, haverá um incremento de 35%. “O Brasil hoje caminha para o segundo lugar do mundo em cosméticos, e já é o segundo lugar em perfumaria, seria um contrassenso não apostar no segmento. Os recursos virão do próprio Grupo Silvio Santos e do mercado. Nossa área de inovação, pesquisa e desenvolvimento deverá receber mais de R$ 15 milhões em investimentos”, afirma o CEO da Jequiti e VP do Grupo SS, Lásaro do Carmo Jr. Com foco no crescimento do canal de vendas, a empresa tem recebido grande procura de pessoas querendo ser consultoras e isso tem aumentado muito o tamanho do canal de vendas da Jequiti. No Brasil existem apenas dois players importantes no porta a porta e para Do Carmo isso gera uma oportunidade. “Encerramos 2010 com mais de 160 mil consultoras, esperamos fechar este ano com um pouco mais de 200 mil. A Jequiti nasceu há pouco mais de 4 anos e vai alcançar cerca de R$ 500 milhões de faturamento este ano. Isto é resultado de uma reestruturação interna realizada desde 2008. Quando não tínhamos estrutura para crescer vimos que tínhamos produto de qualidade e focamos muito nisso”, relembra. Hoje o índice de satisfação do consumidor é muito alto e a empresa não para de investir na logística para manter esta referência. O atual centro de distribuição da Jequiti está localizado em São Paulo e tem capacidade para 15 mil pedidos por dia. Só este ano, a unidade de cosméticos do Grupo Silvio Santos deve abrir mais dois centros de distribuição, um em Goiás para atender o Centro-Oeste e Norte do Brasil, e o outro em Alagoas para atender o Nordeste. “Entregamos em São Paulo muito mais rápido do que qualquer outro grande player. A empresa gasta muito com isso, mas prezamos pela qualidade e melhores serviços. Existem projetos bem avançados para o centro de distribuição no Sul. E para os centros de distribuição do Nordeste e Goiás faltam só alguns acertos. Isso vai melhorar nossa logística e encurtar o prazo para as consultoras da região. Ao aumentar a distribuição você melhora o atendimento.” Sobre o projeto da fábrica previsto para 2013, o presidente da Jequiti Cosméticos confirma: “Também temos o projeto conceitual da fábrica pronto e devemos começar a construí-la ainda este ano. A fábrica não vai produzir tudo. Vamos trabalhar em um modelo híbrido usando nossa fábrica e terceiros”. E conclui: “A Jequiti é uma indústria séria. Toda a diretoria é composta por profissionais do mercado com bastante experiência no modelo de negócio e no segmento de cosméticos. Somos uma empresa jovem, mas com processos rigorosos dentro dos padrões de mercado e auditados. Por isso temos grande potencial para crescer cada vez mais”. A empresa conta, atualmente, com 400 gerentes de vendas distribuídos em 18 regionais pelo país, trabalhando com quase 161 mil consultoras de vendas e mais de 900 produtos entre cosméticos e não-cosméticos. Idealax está com nova sede em Sumaré (SP) Em constante processo de aprimoramento e expansão, a Idealax, fabricante de produtos de limpeza, está em nova sede na cidade de Sumaré (SP), em um terreno de 30 mil metros quadrados, sendo 10 mil de área fabril. Com esta mudança - de Campinas (SP) para Sumaré (SP) –, o fabricante aproveitou também para adquirir novos equipamentos, apresentará novos rótulos, embalagens e produtos. 15 Notícias 16 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Descrição será em português Hypermarcas estuda reorganizar linhas Higiene e cosméticos: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi condenada a editar norma exigindo que cosméticos e produtos de higiene pessoal tenham seus componentes descritos em português nas embalagens. A agência não mais autorizará que empresas como Nivea, Avon e Johnson & Johnson vendam cosméticos com a descrição apenas na Nomenclatura Internacional O processo de integração das companhias adquiridas pela Hypermarcas levará a uma redução de sua estrutura. Está sendo analisada a migração de linhas entre fábricas no país. O fim do prazo de contrato de aluguéis de algumas unidades pode acelerar esse movimento. Já foram feitas mudanças nesse sentido nos dois últimos anos, mas há um entendimento na Hypermarcas de que existe espaço para ganhos maiores de sinergia se uma reorganização mais ampla das operações se aprofundar. Segundo informações, as fábricas da companhia em São Paulo e no Rio de Janeiro devem ser alvo dessas mudanças na estrutura. A Hypermarcas estuda a possibilidade de transferir a produção da marca Jontex, comprada da Johnson & Johnson em 2009, para a fábrica de São Roque, onde são produzidas as linhas Olla e Lovetex. Essa unidade em São Roque é considerada relativamente moderna e opera com uso de capacidade instalada inferior a 50% hoje. Mais antiga, a unidade da J&J em São José dos Campos (SP) fabrica o Jontex para a Hypermarcas. Além disso, a unidade do grupo em Barueri (SP), comprada da DM Farmacêutica, com produção de medicamentos e outros produtos, deve mudar até o ano que vem para a fábrica de Anápolis (GO), onde está a fabricação das linhas da Neo Química. Na antiga fábrica da DM são fabricados medicamentos sem prescrição médica como Melhoral, Doril, Engov, além da linha Monange e o Zero Cal. A unidade de Barueri é alugada e o contrato termina no fim deste mês, conforme consta no relatório anual do grupo. Ainda há uma outra mudança em análise. Procurada para comentar as informações, a companhia não concedeu entrevista. Ela informou que divulgará resultados do primeiros trimestre na semana que vem e está em período de silêncio. Ainda dentro dessa movimentação, há informações que circulam no mercado a respeito de outras integrações de estruturas. No Rio de Janeiro, a unidade da Mantecorp, adquirida neste ano, pode receber novas linhas de cosméticos para produção. A Mantecorp, dona do Polaramine e Calminex, fabrica cremes para pele como Episol, Epidrat e New Care. “É uma fábrica que já tem alguma ‘expertise’ nesse negócio de cosméticos e há espaço físico para isso lá”, conta uma fonte próxima à empresa. Em São Paulo, o grupo discutiu a possibilidade de migrar o negócio de fraldas da empresa Mabesa, que produz as marcas Plim e Puppet em Mogi das Cruzes (SP), para a fábrica que produz a linha Pom Pom e Big Fral, em Guarulhos (SP). A unidade de Mogi foi comprada pela Hypermarcas em 2010, e com isso, ela poderia vender o ativo. Essas mudanças são importantes para uma empresa que precisa ampliar ganhos de sinergia nos próximos anos. Apresentação de resultados feita pelo grupo ao mercado este ano faz uma estimativa entre os ganhos de sinergia previstos e aqueles que a empresa acha que obterá efetivamente no curto prazo. Ela prevê que alcançará 100% da sinergia prevista (R$ 115 milhões) entre os negócios comprados na segunda metade de 2012. A Hypermarcas soma hoje oito fábricas no país: três de produtos de higiene e beleza (Taboão, São Roque e Guarulhos), duas de higiene e limpeza (Itajaí e Goiânia) e três de medicamentos (São Paulo, Barueri e Anápolis). Você sabe o que é um cosmético eco-friendly? Os empresários do setor de cosméticos estão cada vez mais investindo nos produtos eco-friendly. Estudos mostram que os resultados desses produtos aparecem tão rapidamente quanto os dos produtos não organicos. Os produtos orgânicos estão cada vez mais presentes na vida dos consumidores. Chamados de eco-friendly, são feitos com ingredientes orgânicos, não derivados de petróleo, adquiridos de forma sustentável e não testados em animais. Além disso, a embalagem precisa ser reciclada, reciclável ou biodegradável. A proposta é reduzir a agressão à natureza ao mínimo possível. O mercado já disponibiliza uma grande variedade de eco-friendly, nos mais diversos tipos de cosméticos: shampoos, hidratantes, cremes, esmaltes, condicionadores, entre outros. Eles são considerados a nova aposta de empresários do setor de cosméticos e tendem a ganhar mais espaço no mercado, considerando que estudos mostram que os resultados desses produtos aparecem tão rapidamente quanto os produtos não ecologicamente corretos. Ponto importante na produção dos eco-friendly é a forma de produção dos produtos de origem animal. Eles não podem ser obtidos a partir de maus tratos ou morte dos bichos e sim da produção natural deles. Um bom exemplo dessa utilização é o mel de abelha – produzido naturalmente pelo inseto – que vem trazendo ótimos resultados. Para a certificação e regulamentação desses produtos foi criado o Instituto Biodinâmico (IBD). A certificação garante se o produto está dentro das normas de pureza, segurança e eficácia. Apesar de alguns selos serem dados a produtos com mais de 5% de ingredientes orgânicos, o IBD só aprova com no mínimo 90% dos ingredientes nessa categoria. Algumas empresas brasileiras já colocaram em pratica o conceito de eco-friendly. É o caso da Natura, que criou a linha de produtos Ekos, sem utilizar nenhuma matéria prima derivada de petróleo, óleo mineral, mas sim óleos de origem vegetal. Criou ainda, uma tabela ambiental, com informações sobre os produtos, origem e embalagens. Outras marcas como Éh Cosméticos, Magia dos Aromas, Amazônia Viva, Reserva Folio, Weleda e a Phytophilo Aromatherapy também desenvolveram linhas orgânicas. Apesar das boas contribuições para o meio ambiente, os produtos eco-friendly também têm algumas poucas desvantagens. Uma delas é que a maioria dos produtos pesquisados e empresas dizem ser difícil comercializar produtos 100% corretos em grande escala por conta do tempo de validade que é menor que os tradicionais. Boticário - Alta de 27% nas vendas Enquanto a marca Jequiti, bandeira criada pela área de cosméticos do Grupo Sílvio Santos, anuncia a entrada de novas linhas em seu portfólio, durante evento na capital, hoje, a rede O Boticário também diz estar otimista com o Dia das Mães deste ano. A previsão é de um crescimento das vendas de 27% em relação ao mesmo período do ano passado. Para garantir esse aumento, a empresa aposta nas fragrâncias Floratta in Rose Belle e Floratta in Rose Amour, e na Garden Collection. JBS recebe prêmio por ação com óleo de cozinha Empresa já coletou 600 mil litros de óleo usado desde o início do projeto Óleo usado e recolhido durante a feira da Apas será transformado em combustível renovável em Lins (SP) Considerada a maior processadora de carnes do mundo, a JBS/Friboi recebeu nesta terça-feira (17/5) o prêmio Ação Sustentável concedido pela Associação Paulista dos Supermercados (Apas), durante o final da principal feira de negócios dirigida aos supermercadistas, em São Paulo. O prêmio foi concedido devido à iniciativa pioneira da empresa no âmbito sustentabilidade. Segundo informações da JBS, durante toda a feira, a empresa recolheu todo o óleo vegetal utilizado no evento. O material recolhido será encaminhado para a usina de biodiesel da JBS, localizada em Lins (SP), e transformado em combustível renovável. Além de renovar a energia, a iniciativa contribui para a saúde pública, os recursos hídricos, tratamento de esgotos e a conscientização para o descarte correto do óleo de cozinha usado. A JBS iniciou o projeto em janeiro de 2009 e, desde então, já reciclou 600 mil litros de óleo. O recolhimento é feito em todas as casas do interior de São Paulo, engajadas no projeto. Com essas iniciativas sociais, a JBS tem por objetivo reforçar de forma institucional o compromisso que a companhia tem com a sociedade e o meio ambiente. 17 Notícias 18 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Cera Ingleza pega carona no apetite da classe C MPEs poderão escolher data de vencimento de contas As MPEs (micro e pequenas empresas) poderão escolher as datas de vencimento de contas. A proposta, que também é válida para pessoas físicas, foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados. Pelo projeto, que ainda será votado pelo Plenário da Câmara, as concessionárias e permissionárias de serviços públicos serão obrigadas a disponibilizar ao usuário no mínimo seis datas para opção de escolha de vencimento das contas de utilização do serviço. De acordo com a Agência Câmara, atualmente, a Lei de Concessões já prevê o benefício para consumidores e usuários pessoas físicas, sem fazer distinção a outras categorias de consumidores favorecidos. Os negócios da Cera Ingleza Indústria e Comércio Ltda, fabricante de produtos de limpeza com planta em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, devem continuar aquecidos em 2011. Após registrar expansão de 15% no faturamento de 2010 na comparação com o resultado de 2009, a empresa estima para este ano crescimento de 25% sobre 2010. O montante não foi revelado. O que está impulsionando a receita da Ingleza, segundo o gerente de Marketing da empresa, Roberto Soares, é a maior penetração da linha de produtos nos lares brasileiros, resultado do aumento do poder de compra das classes C e D. No portfólio da Ingleza estão produtos para tratamento de pisos, móveis, calçados e roupas, limpadores, desinfetantes e velas para uso doméstico, entre outros. A empresa também possui a linha automotiva e a profissional. A primeira inclui ceras e detergentes próprios para carros e a segunda uma linha completa de produtos para higienização de cozinhas profissionais, além de limpa vidros e pisos, entre outros. Lançamentos de produtos também fazem parte da estratégia da Cera Ingleza para crescer em 2011 Consumo - Para o gerente de marketing, cresceu a presença dos produtos da Ingleza nos lares brasileiros, fator ocasionado pelo aumento no poder de compra das classes C e D. “Está acontecendo uma mudança no comportamento de consumo, fato que está movimentando a categoria que a Ingleza trabalha, de produtos de limpeza.” Em 2010, foi registrado incremento de 15% no faturamento da empresa com relação a 2009 e, para este ano, é esperado crescimento de 25% na comparação com 2010. Informalidade - Mesmo apresentando crescimento acima de dois dígitos, a Ingleza enfrenta alguns desafios no mercado. Um deles é a concorrência com empresas informais. Soares afirmou que esses fabricantes utilizam produtos baratos e ilegais na composição das fórmulas e ainda sonegam impostos, o que faz com que eles pratiquem preços abaixo da realidade de mercado. A variação do preço das principais matérias-primas utilizadas pela empresa também pode ser um elemento dificultador dos negócios. Soares informou que alguns itens, como as ceras, silicones e os tensoativos sofreram variação de até 15% no preço praticado hoje com relação àquele que foi registrado em 2010. “Para driblar esse fator procuramos negociar com os fornecedores e fazer parcerias, mas em alguns casos não conseguimos absorver a variação e repassamos isso ao consumidor.” Preocupada com questões ligadas ao meio ambiente, a Ingleza possui linhas de produtos totalmente sustentáveis como é o caso da linha Amo o Verde Ingleza. Mas entre esses produtos um tem merecido destaque, principalmente no cenário belo-horizontino. A linha Ultraflexx de sacos de lixo foi desenvolvida com 84% de plástico reciclado das sobras de embalagem dos demais produtos da empresa. Somente nos últimos dois meses, essa linha de sacos de lixo registrou aumento de 80% nas vendas na capital mineira. Soares atribuiu a alta nas vendas à proibição do uso de sacolas plásticas no comércio de Belo Horizonte. O que tem feito com que esse item, muito utilizado para substituir os sacos de lixo, suma das casas dos belo-horizontinos e eles passem a consumir o produto. Quem desobedecer As concessionárias e permissionárias de serviços públicos que desobedecerem a proposta serão punidas por meio dos artigos 58 e 60 do Código de Defesa do Consumidor, que prevê revogação da concessão e intervenção administrativa. Além disso, a proposta prevê sanções administrativas, entre elas, multa. Mercado de beleza: sobram vagas, mas falta qualificação De olho nas oportunidades do mercado, profissionais têm lotado cursos de formação para cabeleireiros, maquiadores, depiladores, manicures e pedicures. Dados do Instituto Embelezze, a maior rede de cursos profissionalizantes em beleza da América Latina, mostram que o numero de matrículas no primeiro trimestre deste ano subiu 26% em comparação ao mesmo período de 2010., Chegou-se à marca histórica de 50 mil novos alunos, o que permitiu uma expansão de 28% no faturamento do grupo. - Nos últimos anos houve um boom do segmento de beleza, já que o poder aquisitivo das famílias aumentou e elas passaram a investir mais em bem estar. Por outro lado, há uma carência de profissionais especializados para trabalhar com esse tipo de serviço – afirma o principal executivo da rede, Paulo Tanoue, acrescentando que, hoje, 97% de sua clientela são mulheres. Segundo Tanoue, o mercado de beleza cresce acima do PIB, (soma de bens e serviços produzidos no país) nas últimas décadas. Os reflexos dessa expansão podem ser sentidos não só através da multiplicação de salões e clínicas de estética, mas também nos investimentos crescentes em inovação por parte de empresas de cosméticos, como Natura e L’Oreal. A marca O Boticário, por exemplo, tem intensificado suas pesquisas na área de nanotecnologia para desenvolver produtos que combatem o envelhecimento. O aquecimento do mercado de beleza também surpreende quando se observa o recente e rápido crescimento de empresas de estética criadas antes dos anos 90, quando a preocupação com o assunto era menor do que hoje. É o caso da Onodera, que oferece mais de 50 tratamentos faciais, corporais e de medicina estética. Criada em 81, a marca só iniciou seu sistema de franquias em 2000. Hoje já são 52 unidades em mais de dez estados. -Há dois anos registramos aumento de 25% no faturamento da rede. Em 2011 esperamos crescer 30% em relação a 2010 – afirma a diretora executiva Lucy Onodera, acrescentando que tratamentos rejuvenescedores e de redução de gordura são os mais procurados., Ainda segundo a empresária, a idéia é abrir mais dez novas unidades no Rio, Belo Horizonte e no Nordeste, criando cerca de 200 novas vagas: - Contrataremos fisioterapeutas, esteticistas, nutricionistas e massoterapeutas. O problema é que nem sempre é fácil encontrar profissionais qualificados no mercado. E que ainda se preocupem em estar atualizados para acompanhar as novidades do setor. - É por isso que temos que treinar constantemente. Contamos com oficinas a cada três meses, além de uma universidade virtual onde disponibilizamos informações para manter os profissionais atualizados – diz Lucy. 19 Notícias 20 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Empresa israelense vai cultivar mamona no Brasil A Terasol Energy – empresa que elabora matéria-prima de última geração para a produção de alimentos e energia – firmou acordo com a Kaiima Bio Agritech, empresa líder na produção de sementes baseada em Israel, para comercializar variedades de mamona de propriedade da companhia no Brasil. Pelo acordo, a Terasol terá os direitos de exclusividade para comercializar variedades de mamona produzidas no estado de Mato Grosso. A Kaiima utiliza atualmente uma tecnologia patenteada para produzir as sementes de mamona mais avançadas disponíveis no mercado mundial, com a mais elevada produtividade. A empresa tem um grande portfólio de variedades de plantas inovadoras, não modificadas geneticamente, e trabalha em parceria com a Terasol para testar essas culturas no Brasil através da Heliagro Agricultura e Pecuária – empresa da Terasol que atua no desenvolvimento e comercialização de sementes no Brasil. A Heliagro vai distribuir as variedades de mamona da Kaiima para serem cultivadas inicialmente no Mato Grosso, com o direito de expandir para os Estados de Goiás e Minas Gerais. Mato Grosso, o maior estado agrícola brasileiro, é atualmente o foco das operações comerciais de produção de óleo vegetal da Terasol, assim como é o mercado chave para a introdução de novos materiais genéticos alternativos para cultivo em grande escala no Brasil. Atualmente a Terasol cultiva mamona em mil hectares em Mato Grosso e, com a inclusão do material genético da Kaiima, esta área cultivada crescerá significativamente em 2012. A Terasol está desenvolvendo um projeto de escala comercial totalmente integrado para o fornecimento de óleo de mamona em Mato Grosso, e esta parceria com a Kaiima é crucial para o sucesso do projeto. “Com este acordo de distribuição, a Terasol terá acesso ao material genético de mamona de classe mundial da Kaiima, que otimizará o cultivo em grande escala”, disse Henrique Ubrig, CEO da empresa. ” A mamona tem um tremendo potencial como semente oleaginosa com alta produtividade para escala industrial no Brasil e, com o acesso a este novo material genético, estaremos bem posicionados para sermos líderes da produção comercial de mamona no Brasil”, avalia. Alternativa para a glicerina Aymer Maturana Cordoba, aluno de doutorado em engenharia mecânica, da Universidade de São Paulo, em São Carlos, pesquisa há três anos sobre a combustão direta da glicerina bruta, resíduo do processo de fabricação do biodiesel, como alternativa de aproveitamento energético sustentável. Em seu estudo, Aymer avalia as emissões dos gases, a transferência do calor associada e os aspectos operacionais para a combustão. Para a realização desse processo de combustão, foi desenvolvido um queimador tipo vórtice (padrão de fluxo para criar estabilidade da chama), por meio do qual foi possível avaliar e quantificar as emissões de óxido de enxofre e nitrogênio, monóxido e dióxido de carbono, hidrocarbonetos totais e acroleína, bem como os efeitos mutagênicos dos gases. http://www.youtube.com/watch?v=6OFnklsDwhU&feature=player_embedded Os testes foram realizados em uma fornalha desenvolvida nesses três anos de pesquisa. A fornalha flamo tubular tem 12 câmaras calorimétricas, possui sensores de temperatura e sondas para análise contínua de gases em analisadores automáticos, fornecimento e controle de água de refrigeração e sistema de captação de dados em tempo real. Aymer Maturana explica que para a pesquisa foi necessário o desenvolvimento de sistemas e equipamentos auxiliares como a unidade de acondicionamento e alimentação de glicerina bruta. Para avaliar os efeitos mutagênicos e tóxicos, foram feitos estudos sobre a planta Trandescantia, em que foram adaptadas câmaras de intoxicação e utilizadas técnicas de análise biológica. Segundo Maturana, os resultados foram processados, avaliados e comparados com as emissões e comportamento do óleo diesel. “A combustão direta de glicerina bruta é um processo viável na parte técnica, econômica e ambientalmente”, ressaltou. Alta do sebo faz indústria reajustar preço em até 25% Higiene e limpeza: Disputa com fabricantes de biodiesel contribui para elevar a cotação do insumo O setor de higiene e limpeza e as indústrias de biodiesel têm disputado matéria-prima, o sebo bovino, e isso já eleva o preço de produtos ao consumidor. O valor do insumo vendido por frigoríficos subiu mais de 30% em um ano. Fabricantes de sabonetes e produtos de limpeza (sabão em barra) repassaram, em março e abril, os aumentos dos últimos meses. Empresas como Química Amparo, Bombril e Bertin Higiene e Limpeza constataram o aumento – com pedidos de reajuste de fornecedores que chegaram a superar os 50%. “Não dá para arcar com essa alta toda. E não vamos abrir mão de margem por conta disso, então estamos fazendo aumentos escalonados”, conta Moacir Sanini, presidente da Bertin Higiene e Beleza. De acordo com ele, os frigoríficos chegaram a solicitar reajustes de 53% pela matéria prima no acumulado dos últimos seis meses. “O sabonete que custava R$ 0,60 está indo para R$ 0,75. Não é tanto, mas são os 25% de aumento que precisamos fazer para proteger nossa rentabilidade”, disse. De acordo com Marco Aurélio Guerreiro de Souza, diretor-presidente da Bombril, por conta da pressão de insumos como sebo e aço (usado na palha de aço), a empresa fez aumentos de 5% a 6% nos preços nos últimos dois meses, e ele explica que podem ser feitos novos reajustes a conta-gotas. “Estamos vendo como o mercado reage para voltarmos a pensar em novas altas”, afirma. Com mais de 130 marcas no portfólio, a Hypermarcas reajustou em 6% a 8% as linhas de produtos em abril. Higiene e limpeza foram segmentos afetados pelo aumento, que foi reflexo de mudança na política comercial e efeito dos maiores custos de produção com a alta de insumos e fretes, segundo analistas. “Com a inflação batendo na porta, e uma política de juros maior, nós temos que garantir um crescimento rentável”, disse Claudio Bergamo, presidente da Hypermarcas, em teleconferência com analistas na semana passada. “Para este ano, eles [os aumentos] vieram para ficar”, disse ele, que confirmou a postura da empresa de proteger as margens da operação ainda que em detrimento da participação de mercado. Segundo analistas e indústrias, a elevação no insumo decorre não só da demanda maior pela matéria-prima nos setores de higiene e biodiesel, como também pela oferta mais restrita. É que os abates de bovinos no país não têm crescido de forma significativa. O sebo também se valorizou por meses consecutivos – em abril e maio os reajustes perderam um pouco a força – por conta de um efeito dominó. Desde que passou a ser usado para fabricação de biodiesel nos últimos cinco anos, o subproduto bovino tem sofrido a influência dos preços do óleo de soja, outra matéria-prima para essa indústria. Quando o consumo pelo óleo cresce, a elevação acaba puxando também o valor do sebo. O preço do óleo subiu 47,5% na Bolsa de Chicago nos últimos 12 meses. “Se o óleo de soja sobe, existe migração para o sebo, o que acaba pressionando [a cotação]”, diz Hyberville Neto, analista da Scot Consultoria, que acompanha preços do subproduto junto a frigoríficos, indústrias de higiene e limpeza e de biodiesel. Para ele, o aquecimento da economia, que eleva a demanda por bens de consumo, e a obrigatoriedade da mistura de 5% de biodiesel ao diesel, o chamado B5, explicam a alta do sebo. Segundo o último relatório da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), referente ao mês de fevereiro, um percentual de 12,4% do biodiesel produzido no país usou o sebo como matéria-prima. A maior parte do biodiesel ainda é produzida com óleo de soja (83,97% do total). César Abreu, diretor industrial de biodiesel da JBS, reconhece que há concorrência maior pelo sebo entre o setor e a indústria de higiene e limpeza, mas ele aponta sobretudo a influência dos preços do óleo de soja. Conforme Abreu, o sebo colocado na indústria hoje (com ICMS) está na casa dos R$ 2,00 a R$ 2,10 o quilo, 50% acima do que custava há um ano. Apesar da recente escalada, Abreu acredita que os preços do sebo devem perder força no curto prazo, pois a entrada da safra de soja deve reduzir a pressão sobre o óleo de soja. As cotações desse produto já começaram a recuar, afirma. “Na semana passada, o óleo de soja degomado estava a R$ 2.360 a tonelada. Agora está em R$ 2.310”, disse ele, quatro dias atrás. 21 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 “O foco de trabalho da FINEP é a inovação. A transformação de ideias em produtos e processos inovadores para o mercado.” Entrevista 22 Rogério Medeiros “A oportunidade é excelente para fazer do Brasil, o país da inovação, das indústrias criativas, da energia sustentável e da economia verde” Por: Lia Freire C om a visão de transformar o Brasil por meio da inovação, a FINEP - F inanciadora de E studos e P rojetos - desde o final de década de 60 vem promovendo o desenvolvimento econômico e social do Brasil através de fomento público à Ciência , T ecnologia e I novação, em empresas , universidades , institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas . O seu foco é atuar em ações estratégicas , estruturantes e de impacto para o desenvolvimento sustentável do B rasil . “O País vive um momento muito especial em que as condições econômicas de médio e longo prazo indicam uma fase de estabilidade e crescimento ”, afirma R ogério M edeiros , chefe do departamento de acompanhamento , avaliação e gestão da informação da FINEP, que nos concedeu a seguinte entrevista : Revista Espuma - Quando e o que levou a criação da FINEP? Rogério Medeiros – A Financiadora de Estudos e Projetos, FINEP, é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), criada em 1967, para institucionalizar o Fundo de Financiamento de Estudos de Projetos e Programas, que havia sido criado dois anos antes. Posteriormente, a FINEP substituiu e ampliou o papel até então exercido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seu Fundo de Desenvolvimento TécnicoCientífico (FUNTEC), com a finalidade de financiar a implantação de programas de pós-graduação nas universidades brasileiras. Em 1971, a FINEP passou a atuar como Secretaria Executiva do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), instituído em 1969 e destinado a financiar a expansão do Sistema de C&T (Ciência & Tecnologia). Hoje, é reconhecida como Agência Brasileira da Inovação, atuando em todas as fases do processo, desde a infraestrutura para pesquisa básica até a introdução da inovação nos mercados. Revista Espuma - Quais os objetivos e as metas da FINEP? Rogério – É promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil por meio do fomento público à Ciência, Tecnologia e Inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas. A sua visão é transformar o Brasil por meio da inovação e atuar com foco em ações estratégicas, estruturantes e de impacto para o desenvolvimento sustentável do País. Revista Espuma - Quais foram as principais conquistas da FINEP desde a sua criação? Rogério – Na década de 1970, a FINEP promoveu intensa mobilização na comunidade científica, ao financiar a implantação de novos grupos de pesquisa, a criação de programas temáticos, a expansão da infraestrutura da Ciência & Tecnologia e a consolidação institucional da pesquisa e da pósgraduação no País. Estimulou também a articulação entre universidades, centros de pesquisa, empresas de consultoria e contratantes de serviços, produtos e processos inovadores, além de introduzir a inovação nas estratégias de negócios das empresas. Iniciativas de C,T&I (Ciência, Tecnologia e Inovação) de empresas em parceria com Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs), que tiveram grande sucesso econômico, também estão associadas a financiamentos da FINEP, como, por exemplo, o desenvolvimento do avião Tucano da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), que abriu caminho para que os aviões da empresa se tornassem competitivos, e hoje, importante item da pauta de exportações do País; construção de um sistema de pós-graduação eficiente no país, assim como inúmeros projetos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e de universidades, que foram essenciais para o desenvolvimento tecnológico do sistema agropecuário brasileiro, tornando-o um dos mais competitivos do mundo; projetos de pesquisa e de formação de recursos humanos da Petrobrás, em parceria com universidades, que contribuíram para o domínio da tecnologia de exploração de petróleo em águas profundas e que estão fazendo o País alcançar a autossuficiência no setor. A capacidade de financiar todo o sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação, combinando recursos para empresas (reembolsáveis) e para Instituições Científicas e Tecnológicas (não reembolsáveis), assim como outros instrumentos de estímulo ao capital inovador e o empreendedorismo criativo, proporciona à FINEP grande poder de indução de atividades de inovação, essenciais para o aumento da competitividade do setor empresarial. 23 Entrevista 24 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 “O Brasil tem poucos cientistas na indústria, se comparado a outros países, a maioria dos pesquisadores trabalha em universidades, mas é necessário um fortalecimento da pesquisa e desenvolvimento no meio empresarial.” Revista Espuma - Há dados sobre o montante financiado em 2010? Quais foram os principais segmentos beneficiados? Rogério – Em 2010, a FINEP operou recursos da ordem de R$ 4 bilhões, incluindo a Subvenção Econômica à Inovação nas empresas, os financiamentos reembolsáveis (crédito às empresas) e o apoio não reembolsável do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico às Instituições Científicas e Tecnológicas. Os setores prioritários para as linhas de financiamento da FINEP foram estabelecidos pelo Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI) do Ministério da Ciência e Tecnologia e pela Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), dentre eles, se destacam: Tecnologia de Informação e Comunicação (TICs), Energia (Petróleo & Gás), Fármacos e Medicamentos, Equipamentos Médicos, Novos Materiais, Aeroespacial e Defesa. Revista Espuma - O que a FINEP apoia e em quais segmentos atua? Rogério – O apoio abrange todas as etapas do ciclo de desenvolvimento de um projeto: pesquisa básica, pesquisa aplicada e o desenvolvimento tecnológico de produtos, serviços e processos inovadores. A financiadora apoia também a incubação de empresas de base tecnológica, a implantação de parques tecnológicos, a estruturação e consolidação dos processos de pesquisa, o desenvolvimento e a inovação em empresas já estabelecidas e o desenvolvimento de mercados de capital de risco. A FINEP não concede bolsas de estudo, não fornece recursos para capital de giro, não lança editais para apoio a eventos, não apoia projetos para pessoas físicas e nem a compra de equipamentos que não estejam ligados a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Estamos preparados para atuar em todos os setores, desde as tecnologias sociais até os sistemas inerciais para aplicação aeroespacial. As escolhas se dão de acordo com as políticas públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação, em vigor. Atualmente, se destacam os setores prioritários da subvenção econômica: Tecnologia de Informação e Comunicação (TICs), energia, fármacos, medicamentos e equipamentos médicos, produtos da biodiversidade, novos materiais e defesa. Revista Espuma - Quem pode obter o financiamento? Rogério – Empresas de todos os portes, desde que tenham projetos na área de inovação, universidades e instituições de pesquisa, de acordo com as chamadas públicas ou encomendas estratégicas. Revista Espuma - Como se dá o financiamento? Rogério – Para que as empresas obtenham o crédito é necessário preliminarmente apresentar uma Consulta Prévia (CP) a qualquer tempo, via formulário próprio, disponível na página da FINEP na internet. É importante salientar que não operamos por meio de intermediários remunerados para conceder financiamento. A resposta da FINEP à CP ou o contato para solicitar esclarecimentos e informações adicionais é realizado em prazo não superior a 30 dias corridos. Na CP são avaliados o enquadramento da proposta nas modalidades de financiamento da FINEP, a posição da organização no ambiente onde atua, a estratégia de inovação e a capacidade da organização para empreender as ações propostas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. Após o enquadramento da CP, a organização deve preencher o formulário eletrônico da Solicitação de Financiamento (SF). Este deverá ser submetido à FINEP por via eletrônica. Os formulários contêm as informações necessárias para a análise técnica, jurídica e financeira dos seguintes aspectos: objetivos, resultados esperados, indicadores, metas, metodologia, estatutos, mercados, equipe de inovação do projeto e informações econômico-financeiras da organização. A FINEP analisa as propostas de inovação e seus impactos para o fortalecimento da estratégia da organização, bem como, sua contribuição para o desenvolvimento econômico e social do País. Para apoio a projetos de Ciência, Tecnologia & Inovação, a FINEP não dispõe atualmente de linha de financiamento não reembolsável em fluxo contínuo. As propostas e solicitações de financiamento devem ser apresentadas em resposta a chamadas públicas (lançadas no portal da FINEP durante o período de vigência das mesmas). A seleção das propostas é feita em processo de competição, julgado por comitê de avaliação formado por especialistas. Cada chamada pública apresenta o objeto da chamada, os resultados esperados, as características das instituições elegíveis e das propostas, os recursos financeiros disponíveis, os prazos e os procedimentos do julgamento. Revista Espuma - De onde provêm os recursos? Rogério – Os financiamentos não reembolsáveis são feitos com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, atualmente formado preponderantemente pelos Fundos Setoriais de Ciência, Tecnologia & Inovação. Eles são destinados a instituições sem fins lucrativos, em programas e áreas determinadas pelos comitês gestores dos Fundos. Para as linhas de crédito, os recursos são da própria FINEP e de empréstimos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL) e Programa de Sustentação do Investimento (PSI). As linhas de Subvenção Econômica à Inovação nas empresas também é oriundo do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. 25 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Entrevista 26 uma prestação de contas parcial e um relatório de andamento do projeto. Cada projeto tem um analista de acompanhamento que fica responsável por fazer o contato com as instituições e acompanhar o andamento através de relatórios técnicos e visitas aos locais. Revista Espuma - De quais áreas a FINEP vem recebendo mais solicitações de financiamento? A que se deve esta demanda? Rogério – Do ponto de vista estratégico, a área com maior demanda é a área de Tecnologia de Informação e Comunicação. O Brasil tem um enorme potencial a ser desenvolvido. Outra importante área é a de energia e o desenvolvimento na área de combustíveis renováveis como etanol, biodiesel e energias alternativas. Revista Espuma - Até quanto dos projetos são financiados? Rogério – Não existe uma definição prévia. Cada programa e cada chamada pública têm um valor específico para repassar aos projetos aprovados. O valor do financiamento que receberão, será definido particularmente. Na maioria dos casos, os projetos são desenvolvidos em prazos de 24 a 36 meses. Revista Espuma - Quais os critérios para disponi bilizar o financiamento? Rogério – O foco de trabalho da FINEP é a inovação. A transformação de ideias em produtos e processos inovadores para o mercado. Os critérios de avaliação de uma proposta variam de acordo com o objetivo a ser atingido, mas sempre contém os julgamentos dos princípios da inovação: a ideia, o planejamento, o método, a organização, as pessoas, o mercado e o custo. Revista Espuma - Como se dá o acompanhamento da empregabilidade dos recursos concedidos pela FINEP? Rogério – Os financiamentos são feitos através de parcelas, que são liberadas após o envio de Revista Espuma - Quais as próximas metas da FINEP? Rogério – O papel da FINEP é continuar investindo em ciência básica e ensino. Além disso, o seu objetivo principal é ajudar as empresas a inovarem e se unirem às instituições de pesquisa, para potencializar o conhecimento adquirido. O Brasil tem poucos cientistas na indústria, se comparado a outros países, a maioria dos pesquisadores trabalha em universidades, mas é necessário um fortalecimento da pesquisa e desenvolvimento no meio empresarial. A inovação tem que se colocar e permanecer no centro do modelo de desenvolvimento econômico sustentável. A oportunidade é excelente para transformar o Brasil e fazer do “país do carnaval, do futebol e da música”, também um país da inovação, das indústrias criativas, da energia sustentável e da economia verde. A FINEP vai aprofundar seu foco nas empresas, no apoio aos centros e universidades que geram conhecimento novo, no aperfeiçoamento da infraestrutura de pesquisa (sempre em sintonia com o CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) como parte do esforço de dar maior qualidade ao investimento em inovação. Nos próximos quatro anos teremos que duplicar a capacidade de crédito para triplicar o número de empresas que apoiamos. 27 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Em Foco 1 28 Agilidade no atendimento, qualidade, serviços personalizados e informações exclusivas caracterizam a atuação do distribuidor exclusivo das fragrâncias Firmenich FAV 105 Equipe e diretoria celebram os 15 anos da distribuidora. Referência no mercado de distribuição de fragrâncias T udo começou em 1972, quando Francisco Antônio Volpe entrou para a unidade brasileira da companhia suíça de fragrâncias, Firmenich. Foram mais de 20 anos dedicados à empresa, quando em 1994 surgiu o convite para um novo desafio: tornar-se distribuidor da marca. Em janeiro de 1996, Francisco, juntamente com o seu filho Luiz Paulo Volpe (que um ano antes havia ingressado na Firmenich e atuado em diferentes áreas estratégicas a fim de entender a filosofia empresarial e o modelo de negócios da companhia) deu origem à FAV105. A distribuidora nascia com o intuito de atender as particularidades da grande maioria das empresas brasileiras que necessitavam de demandas fracionadas e agilidade no atendimento. “Na década de 90 a Firmenich vislumbrou esta oportunidade e, para conduzir os negócios não haveria ninguém melhor do que um executivo que fosse de nossa total confiança, que tivesse incorporado o espírito empresarial da Firmenich e pudesse garantir que a filosofia da companhia fosse mantida fielmente”, conta Samuel Voelzke, gerente de contas da divisão perfumaria da Firmenich. A FAV105 leva as iniciais do nome de seu fundador, Francisco Antônio Volpe e o 105 é uma referência ao número onde começou a funcionar a distribuidora, local que era a própria residência do Francisco. “Na ocasião fizemos algumas adaptações, construímos um depósito de 10 metros quadrados e juntamente com o meu pai e mais uma funcionária começamos a trabalhar”, recorda-se Luiz Paulo Volpe. Hoje, a atuação da FAV105 concentra-se nas regiões CentroOeste, Sul e Sudeste do país e o Brasil tornou-se para a Firmenich uma referência no modelo de distribuição. “O que se faz aqui está ganhando cada vez mais destaque. Toda a estrutura da FAV, que inclui laboratório, desenvolvimento, estoque, logística e demais áreas seguem exatamente o padrão mundial Firmenich, claro que em uma escala para atender os seus clientes. Temos 29 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Em Foco 1 30 Sucesso de público, em sua quinta participação na FCE Cosmetique, a FAV105 criou um stand que remetia ao luxo das fragrâncias. a tranquilidade de que somos representados da melhor maneira possível. Assim como vem acontecendo, há um ano, no nordeste do país com a distribuidora Vitasense”, enfatiza Voelzke, gerente da Firmenich. O segundo grande desafio Após quatro anos ter fundado a FAV105, Francisco Antônio faleceu e o seu filho, Luiz Paulo, tinha mais um desafio pela frente: dar continuidade aos negócios. “Em um momento tão delicado e de tamanha perda eu realmente tive dúvidas quanto ao futuro da FAV, afinal era um negócio tão personificado na imagem do meu pai, além disso, eu tinha apenas cinco anos de experiência neste mercado de distribuição de fragrâncias, porém, mais uma vez, a Firmenich deu todo o respaldo necessário e incentivos para eu continuar, inclusive com a entrega de novos e maiores clientes”, lembra Luiz Paulo. Apenas um ano depois do ocorrido, Luiz já estava adquirindo um prédio de 500 metros quadrados, no bairro de Santo Amaro (SP), demonstrando que não só daria continuidade como ampliaria os negócios. Hoje, está em outra sede, que ocupa mil e quinhentos metros quadrados na Vila Mascote (SP) e conta com uma equipe interna de 30 pessoas. Em sua estrutura, possui, além da equipe comercial, com 4 gerentes de contas e 6 representantes; laboratório de aplicação; de desenvolvimento; uma sala “totalmente limpa” e protegida para o desenvolvimento de fragrâncias, tem também a equipe de marketing que leva aos clientes importantes informações relacionados a tendências, dados de mercado, avaliações etc, e uma pessoa que cuida de todo o procedimento regulatório. “Não vendemos apenas fragrâncias. Para isso já existem ótimos fornecedores. Acredito que o diferencial do nosso negócio esteja no atendimento, na informação e nos serviços personalizados. Ajudamos o cliente no desenvolvimento de novas fragrâncias; a cada 40 dias, por exemplo, realizamos um treinamento olfativo, em que os convidamos para conhecerem a origem das matérias-primas usadas, explicamos como se faz fragrâncias etc. Trata-se de importantes aspectos estratégicos em nossa atuação”, afirma Luiz Paulo. Recentemente, a FAV105 recebeu a certificação ISO 9001:2008 reafirmando e garantindo o padrão de qualidade que mantém em sua atuação. Bodas de cristal Foi em grande estilo que a FAV105 esteve no mês de maio de 2011 participando como expositora de mais uma edição da FCE Cosmetique. O distribuidor aproveitou a ocasião para celebrar os seus 15 anos e comemorando bodas de cristal, distribuiu aos clientes aromatizadores com cristais Swarovski. Em um stand que remetia ao luxo das fragrâncias, também apresentou uma identidade comemorativa. “A feira é um referência de informação, lançamentos e apresentação de tendências. Foi um grande sucesso de público, mais uma vez tivemos a oportunidade de estreitar o relacionamento com o mercado, reforçar parcerias já existentes e fazer novos contatos. Agradecemos a todos que mais uma vez nos prestigiaram.” 31 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma / Fevereiro 2011 Em Foco 2 32 PROCESSO PARA INSTALAÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA ENVOLVE GOVERNOS, EMPRESAS E CIDADÃOS Álvaro Azambuja Presidente da Abisa Caro A ssociado . A A bisa tem atuado de forma firme na defesa de nossos interesses . nossas comissões de trabalho diz respeito à Sólidos (PNRS), Política Nacional de Uma das Resíduos que trata sobre a gestão integrada e o gerenciamento do que chamamos genericamente de lixo . O Brasil tem hoje uma PNRS instituída pela Lei Federal 12.305 de 02 de agosto de 2010, e regulamentada pelo decreto Federal 7404 de 23 de dezembro de 2010. Considerada uma vitória, o projeto tramitou por 20 anos no Congresso Nacional. A Lei definiu que na logística reversa todos os os municípios, estados e federação, e o setor privado (indústrias, distribuidores, atacadistas, varejistas), além dos fabricantes de embalagens, serão obrigados a sistematizar 33 o gerenciamento de resíduos sólidos no país, sendo os fabricantes de produtos de limpeza parte deste processo. E, caso não cumpram com o estabelecido nos regulamentos, estes fabricantes estarão sujeitos a multas que podem chegar a R$ 50 milhões, interdição do estabelecimento fabril ou comercial e reclusão Todos os cidadãos terão responsabilidade compartilhada na correta destinação do produto adquirido e sua implementação vai também garantir o aumento do percentual de reciclagem no Brasil. A partir do segundo semestre de 2012, o Brasil vai implementar uma nova forma de lidar com o descarte de cinco grupos de resíduos. Serão estabelecidas regras fixas para produtos como eletroeletrônicos; remédios; embalagens; resíduos e embalagens de óleos lubrificantes; e lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista. É o começo do processo para a instalação da logística reversa, o principal instrumento da PNRS. Diariamente o Brasil produz 150 mil toneladas de lixo, das quais 40% são despejadas em aterros a céu aberto. O destino adequado do lixo é um problema que afeta a maioria das cidades – apenas 8% dos 5.565 municípios adotam programas de coleta seletiva. Atualmente, o País recicla pouco. Um percentual de resíduos secos que poderia atingir a casa dos 30%, não passa hoje de cerca de 13%. Apesar de pouco conhecido da população em geral, o conceito de logística reversa já é uma prática bem sucedida em vários setores. É o caso, por exemplo, dos agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus e óleos lubrificantes. A idéia central é que a vida útil do produto não termina após ser consumido, mas volta a seu ciclo de vida, para reaproveitamento, ou para uma destinação ambientalmente adequada. Outro caminho que vai garantir ao Brasil o aumento da reciclagem é o da coleta seletiva. Além de significar uma economia anual aos cofres da União da ordem de R$ 8 bilhões, o aumento da reciclagem também vai evitar que esses resíduos cheguem aos aterros sanitários. As novas regras serão discutidas pelos integrantes dos cinco grupos de trabalho compostos por representantes do setor produtivo e da sociedade civil. Na primeira etapa, os grupos de trabalho definirão o modelo, determinando, por exemplo, como o processo será custeado. Depois, será feito um estudo de viabilidade técnica e econômica para as cadeias e definidos eventuais subsídios para a convocação, pelo governo, de um acordo setorial. Os acordos terão o valor de um contrato firmado pelo Poder Público com toda a cadeia de um dos cinco setores e existe ainda, a possibilidade de o governo editar, se julgar pertinente, decretos que regulamentem a atividade. Não espere o governo ditar as regras que você terá que seguir. Junte-se a nós e faça parte das empresas do setor que apresentará um projeto próprio. E não esqueça: as atuações serão feitas por CNPJ e caso você não participe de nenhum projeto e não tenha o seu descarte correto, sem dúvida sua empresa será autuada... Revista Espuma - Maio/Junho 2011 33 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Em Foco 3 34 A sustentabilidade na indústria de saneantes “O Desenvolvimento Sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente , sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades ” E sta definição foi publicada no Relatório Brundtland, documento intitulado Nosso Futuro Comum (Our Common Future), publicado em 1987. O Relatório, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (WCED), faz parte de uma série de iniciativas, anteriores à Agenda 21, as quais reafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas. O relatório aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de produção e consumo vigentes. Trabalhar seguindo o norte de um desenvolvimento sustentável significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso racional dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais. O desenvolvimento sustentável baseia-se em quatro pilares inter-relacionados, sendo três deles conhecidos como Triple Bottom Line que são a proteção ambiental, desenvolvimento social e crescimento econômico, o quarto é a cultura. Em 2001 o autor australiano Jon Hawkes abordada a cultura como pilar de sustentabilidade no livro The Fourth Pillar of Sustainability – Culture’s essential role in public planning, e a United Cities and Local Governments (UCLG) aprova a cultura como quarto pilar de Sustentabilidade em 17 de novembro de 2010, permitindo assim a valorização das riquezas locais e dando garantias de um melhor aproveitamento dos recursos físicos e humanos. Ao longo dos anos vem se observando que as empresas estão se comprometendo cada vez mais em reduzir seus impactos sobre o planeta e fornecer mais produtos e soluções ambientalmente corretas, integrando a sustentabilidade em todas as áreas de negócios em benefício dos clientes, acionistas, colaboradores e a sociedade como um todo. É desta forma que se iniciará o processo de gestão ambiental sustentável e, a partir daí, aplicar ações práticas e reais de proteção e recuperação do meio ambiente, investimentos em pesquisas de fontes alternativas e menos poluentes, de reaproveitamento e tratamento dos resíduos gerados tanto no processo produtivo como no processo administrativo. Uma gestão sustentável deve estar fundamentada no preceito de que há um limite de utilização dos recursos naturais e de que a natureza tem ciclo próprio de recuperação. Sustentabilidade do setor de saneantes Os produtos saneantes e afins desempenham um papel vital para assegurar a limpeza e higienização tanto em casa como nos lugares públicos, tais como: hospitais, hotéis, aeroportos, restaurantes, escolas e outros. Muito além de proporcionar uma sensação de bem-estar, os saneantes são essenciais para a saúde e qualidade de vida e, portanto, são parte integrante do Desenvolvimento Social, um dos quatro pilares do Desenvolvimento Sustentável. O impacto ambiental da utilização dos saneantes ocorre desde a sua concepção e fabricação até a sua utilização e eliminação por seus consumidores. E é no seu consumo que ocorre a maior parte do impacto ambiental total de um produto. É de fundamental importância que os fabricantes e associações do setor eduquem o consumidor como utilizar os produtos de um modo responsável, para que esse possa usufruir inteiramente dos seus benefícios sem desperdiçar recursos preciosos. Globalmente, as indústrias de saneantes se empenham em ações a fim de respeitar o princípio do Desenvolvimento Sustentável, como por exemplo: melhorar eficiência e a sustentabilidade de suas atividades industriais e de logísticas; utilizar ingredientes que promovam menor impacto para o ambiente; estabelecer parcerias com empresas que compartilham dos mesmos princípios; orientar os consumidores sobre como utilizar seus produtos de forma sustentável e gerenciar os resíduos gerados. Desta forma, é possível promover assim a cadeia de sustentabilidade. Na Europa a A.I.S.E. (International Association for Soaps, Detergents and Maintenance Products) em 2005 lançou na União Européia, na Noruega, Islândia e Suíça a “Charter for Sustainable Cleaning” (Carta para a limpeza sustentável) com objetivando incentivar todas as indústrias a realizarem a melhoria contínua em termos de sustentabilidade e também para encorajar os consumidores a adotarem formas mais sustentáveis de fazer a sua lavagem, limpeza e manutenção da casa. A Carta está baseada na análise do ciclo de vida do produto. Ela promove e facilita uma abordagem comum do setor para a prática da sustentabilidade e emissão de relatórios. Uma grande variedade de atividades e iniciativas são abrangidas, desde a segurança humana e ambiental de produtos químicos, produtos eco-eficientes, segurança e saúde ocupacional, uso de recursos e informação ao consumidor. As empresas que aderem aos princípios da Carta para a Limpeza Sustentável são verificadas 35 Em Foco 3 36 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 anualmente por órgãos independentes no sentido de garantir que tomam em consideração os princípios no desenvolvimento e fabrico de seus produtos. As mesmas garantem que os seus processos de fabricação estão de acordo com as normas de segurança para os trabalhadores e protegem o ambiente por meio da utilização mais eficiente dos produtos químicos e recursos naturais (por exemplo, a água). Também garantem, por meio de uma gestão eficaz, que os seus produtos são seguros para a utilização a que se destinam. O objetivo é avançar no sentido de estabelecer padrões mais sustentáveis de produção e de consumo. Os resultados globais são publicados pela A.I.S.E. em um Relatório Anual de Sustentabilidade. Todas as empresas comprometidas perante esta iniciativa fornecem informações de modo a permitir medição do desempenho global das indústrias do setor em termos econômicos, sociais e ambientais. As mesmas, também se comprometem a manter excelência na qualidade das informações de segurança compartilhadas com consumidores e clientes. Nos EUA, o ACI (American Cleaning Institute) publicou, em abril deste ano, o primeiro Relatório de Sustentabilidade. O relatório resume os dados sobre as emissões de gases de efeito estufa (GEEs), o uso de energia, uso da água e dos resíduos sólidos associados com a produção de produtos de limpeza nos EUA. Mensurou-se que em dois anos houve redução de 25% das emissões de GEEs, utiliza-se 18% menos energia por tonelada de produção e 10% menos água por unidade de produção. Somente a geração de resíduo apresentou crescimento de 2%, relatado como sendo devido a uma empresa específica, cujo total de geração de resíduos é uma ordem de grandeza maior do que as outras empresas participantes. Embora o relatório descreva alguns passos positivos, sempre há desafios a praticar e manter iniciativas de sustentabilidade O ACI, a CSPA (Consumer Specialty Products Association) e a CCSPA (Canadian Consumer Specialty Products Association) desenvolveram uma iniciativa de comunicar aos consumidores os ingredientes da formulação dos produtos em quatro grandes categorias: cuidados com o ar, cuidado automotivo, limpadores, produtos para polimento e manutenção do piso. Este é um programa pró-ativo e voluntário das empresas associadas que se fundamenta em uma base sólida que a indústria criou para compartilhar informações com os consumidores. É em grande parte baseada nas convenções de rotulagem em uso hoje nos EUA para alimentos, medicamentos e cosméticos com as quais os consumidores já estão familiarizados. Através deste programa, os fabricantes, distribuidores e importadores deram um passo adicional e significativo para atender o desejo do consumidor por mais informações sobre os produtos que utiliza. Ainda nos EUA, a EPA (Environmental Protection Agency) confere às empresas a certificação DfE (Design for the Environment ou em português; Planejado para o Meio Ambiente) a qual permite que os fabricantes coloquem o logo DfE no rótulo de produtos de uso domésticos, institucionais e industriais. A EPA faz uma avaliação rigorosa se as empresas cumprem as normas do programa e ao permitir a utilização do logotipo a EPA proporciona, aos consumidores e compradores, produtos químicos mais seguros para saúde humana e o meio ambiente, sem prejudicar a qualidade ou desempenho. No Brasil, com o intuito de incentivar o Desenvolvimento Sustentável do setor, a ABIPLA lançou em 2009 o Movimento Limpeza Consciente. Este Movimento foi inspirado nas mais modernas tendências sobre o tema e atua em algumas áreas nas quais é possível melhorar o perfil ambiental das indústrias do setor: a redução da utilização de produtos químicos em geral; a redução de geração de embalagens; a redução de emissão de CO2; a racionalização do consumo de energia e a otimização do uso da água. Há também a preocupação em educar consumidores, incentivando o uso adequado dos produtos de limpeza, tanto na redução de desperdício dos recursos naturais (água e energia) como também na destinação adequada das embalagens pós-uso. Em consideração ao mercado de limpeza profissional, há uma preocupação para que os profissionais do setor comecem a utilizar recursos mais sustentáveis como a limpeza a seco; uso de produtos com baixo teor de espuma minimizando os processos de enxágüe; uso de equipamentos que reduzam a utilização de água e energia elétrica. Considerando a política dos 3R´s de reutilizar, reduzir e reciclar o que for possível, as empresas do setor estão preferindo utilizar equipamentos com durabilidade maior para que menos resíduos sejam despejados no meio ambiente. Além disso, ao invés de trocar todo o equipamento, apenas peças danificadas possam ser trocadas. Uma atitude que vem sendo avaliada por algumas empresas é a devolução de embalagens de produtos químicos aos fabricantes para que seja feita a reciclagem atendendo a Política Nacional de Resíduos Sólidos. As empresas devem educar os seus consumidores a fazerem o uso correto de seus produtos com o intuito de obter melhores resultados de eficiência na aplicação dos produtos e minimização do impacto ambiental. É fundamental a leitura dos rótulos, utilização correta da dosagem de uso, utilização de programas de lavagens adequados à quantidade de roupas e ao nível de sujeira e a disposição correta da embalagem após o uso. As empresas fundamentadas na proteção ambiental, desenvolvimento social, crescimento econômico e na cultura devem avaliar a adoção da sustentabilidade como plataforma de desenvolvimento e inovação. Floripes Ferreira de Oliveira – Dra. em Química, trabalha há 15 anos no área de saneantes. Atualmente é coordenadora do Laboratório de Fabric & Cleaning da AkzoNobel Brasil. 37 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 CAPA 38 Sabonetes Um mercado de oportunidades No dinâmico setor de sabonetes há cada vez mais espaço para os produtos elaborados e nunca faltam oportunidades, como terceirizar a produção Por Lia Freire A concorrência é acirrada, as opções variadas, as exigências dos consumidores são cada vez maiores e o potencial do setor permanece promissor. Conforme dados do Euromonitor de 2010, o Brasil ocupa a terceira posição no mercado mundial de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) e é o segundo colocado em itens para o banho, o que inclui os sabonetes. Dados sobre a produção de sabonetes divulgados pela Abihpec - Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos – apontam que em 2010 foram registrados R$ 3.021.367,84 em valores exfactory (saídos de fábrica, sem adição de impostos). Um segmento que abocanha aproximadamente 10% de toda a indústria de HPPC. Estima-se que 98% dos lares brasileiros consumam sabonetes, o que poderia representar saturação do mercado, sem chances reais para as empresas conquistarem novos consumidores, no entanto, sinaliza novas oportunidades, visto que estes consumidores estão mais exigentes e buscam permanentemente novidades. Portanto, sair à frente com inovações é uma importante estratégia para os fabricantes. Entre os principais players do mercado, está a Unilever que desde o lançamento do seu sabonete Lux, em 1932, vem investindo em inovações. A marca e as suas variáveis representam 76% do volume do comércio da companhia na categoria. Atualmente, entre sabonetes líquidos, em barra e íntimos, oferece 53 produtos, divididos nas marcas: Dove, Dove Íntimo, Lux, Lux Luxo, Lux Gotas de Beleza, Vinólia e Lifebuoy. “A Unilever desenvolve sabonetes validados através de pesquisas e produzidos com tecnologias inovadoras. Apresentamos opções que combinam óleos aromáticos hidratantes e perfumes diferenciados”, destaca Renato Rossi, gerente de marketing da categoria skin cleansing. Dentre as novidades da empresa estão: Lux Tentação de Pêra que combina pêras caldosas e chantilly hidratante e Lux Desejo de Amora que alia o frescor da amora com o chantilly hidratante. “Sempre oferecemos benefícios adicionais, por exemplo, na linha Lux o chantilly hidratante tem a finalidade de proteger a pele contra o ressecamento, mantendo a maciez, suavidade e a sensação aveludada”, enfatiza Rossi. O sabão foi inventado pelos fenícios, 600 anos antes de Cristo. Eles ferviam água com banha de cabra e cinzas de madeira e assim obtinham um sabão pastoso. O sabão sólido só surgiria no século VII, quando os árabes descobriram o processo de saponificação – mistura de óleos naturais, gordura animal e soda cáustica, que depois de fervida endurece. Os espanhóis, tendo aprendido a lição com os árabes, acrescentaram óleo de oliva, para dar ao sabão um cheiro mais suave. Nos séculos XV e XVI várias cidades europeias tornaram-se centros produtores de sabão, entre elas, Marselha (França) e Savona (Itália). Foi da cidade de Savona que os franceses tiraram a palavra Savon, sabão, e o diminutivo savonnette, sabonete. Fonte : R ev ista S uper I nteressa nte Questão cultural As versões líquidas ganham pouco a pouco mais espaço nas prateleiras brasileiras, ainda está distante da penetração que este tipo de sabonete tem nos Estados Unidos e Europa, por exemplo. Nestas regiões, eles detêm aproximadamente 40% do faturamento do setor. Na China é líder e está presente em 63% dos lares. No entanto, estudos realizados pela Unilever revelaram que o consumo de sabonetes líquidos no Brasil está em franco crescimento. “A categoria tem penetração em 11% A Unilever aposta em tecnologias inovadoras, ingredientes e fragrâncias diferenciadas para desenvolver os seus sabonetes. 39 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 As versões para a higiene íntima despontam para o mercado. CAPA 40 Ingredientes com benefícios cosméticos estão nos sabonetes que compõem o portfólio do Grupo Bertin. O sabonete líquido representa uma categoria de potencial. O produto está em 11% dos lares brasileiros. dos lares brasileiros. Desejamos estimular o seu crescimento, sabemos também que a sua utilização é uma questão cultural, por isso, mesmo que ganhe espaço, o sabonete líquido não irá interferir no consumo da versão em barra”, observa Rossi. A gerente de marketing das marcas Francis, Francis Protection e Hydratta, Sandra Ramalho, acrescenta ainda que a aderência ao sabonete líquido será uma questão de tempo, também em virtude da necessidade da economia de água. Uma outra categoria que apresenta-se como promissora é a de sabonetes íntimos. Dê olho nas consumidoras, que é quem decide e faz as compras, a indústria apressou-se em desenvolver uma linha específica. A Unilever, em janeiro de 2010, sob a marca Dove (que surgiu em 1957 como um sabonete que era clinicamente comprovado como sendo mais suave para peles secas e sensíveis) lançou os sabonetes, que vêm nas versões: Freshcare, com consistência leve, transparente e perfume de chá verde e o Neutro, com fragrância suave, em um líquido perolado e consistente. “Além de contar com pH ajustado à região íntima, Dove Íntimo foi desenvolvido com ácido lático, responsável pelo equilíbrio da região, tornando-a saudável e protegida, além disso, possui fragrâncias únicas e exclusivas”, destaca Rossi. Ingredientes com benefícios cosméticos Se antigamente a indústria preocupava-se apenas com dois aspectos: a conservação do sabonete e a sua durabilidade, de uns anos para cá, juntou-se mais uma característica: oferecer maciez e suavidade à pele. Com investimentos permanentes em Pesquisa & Desenvolvimento, o Grupo Bertin, que detém as marcas Francis, Hydratta e OX, busca melhorias constantes em seus produtos e processos. “Hoje em dia, o consumidor quer um sabonete que além de limpar a pele, perfume, hidrate, nutra, refresque e proteja. Todas as nossas linhas são produzidas com ingredientes hidratantes, combinando delicadas essências, que não agridem a pele, contendo partículas que a alcance e limpe suavemente, retirando as impurezas”, afirma a gerente de marketing, Sandra. Uma das principais evoluções destacadas em seus produtos, segundo o Grupo Bertin, está na combinação de ativos na nova linha de sabonetes vegetais OX, que proporciona uma espuma rica e cremosa, limpando profundamente a pele, sem ressecar. “A fórmula conta com ingredientes naturais como manteigas, óleos e extratos naturais, que trazem benefícios importantes para a derme, como proteção, hidratação e manutenção da saúde. A formulação elaborada com base vegetal, constituída pelo processo de saponificação de óleos vegetais, apresenta pouca quantidade de produtos químicos e zero de gordura animal. A massa base está sendo utilizada recentemente como alternativa à massa base de origem animal, pelo conceito ecológico, de preservação e renovação, sem que haja degradação ambiental”, afirma Sandra. Ação antibacteriana Características antibacterianas também ganham força na categoria de sabonetes. O Lifebuoy, primeiro sabonete antibacteriano do mundo, que conta com a exclusiva fórmula Active 5, segundo o fabricante, garantindo 100% melhor proteção contra as bactérias, chega na versão Lifebuoy para as mãos. “O sabonete garante total proteção contra as bactérias (com ação três vezes mais rápida do que de outros produtos antibacterianos) e, assim, ajuda a prevenir diarréia, infecções respiratórias e oculares”, explica o gerente da Unilever, Rossi. A tradicional marca no mercado de sabonetes, Francis, também tem a versão antibacteriana: a linha Francis Protection que apresenta ingredientes hidratantes e suavizantes, aliados à proteção antibacteriana diária. “Com formulação suave elaborada para proporcionar a limpeza e remoção das impurezas, deixando a pele saudável, macia e protegida, a presença da tecnologia antibacteriana cria uma barreira de proteção que ajuda a prevenir a proliferação de bactérias na pele”, enfatiza Sandra, gerente da Bertin. Francis Protection vem em nova embalagem, explorando maior cosmeticidade, tendo em vista que para o consumidor os benefícios de higiene e beleza caminham juntos. Terceirização Existem no Brasil, aproximadamente 1.659 empresas atuando no mercado de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, sendo que apenas 20 são de grande porte, com faturamento líquido de impostos acima dos R$ 100 milhões, representando 73% do faturamento total e as demais, de pequeno e médio porte, ficam com o restante da fatia do mercado. É muito comum entre estas companhias a utilização da produção terceirizada. Algumas das vantagens em adotar este modelo de negócios estão em não precisar investir em plantas industriais, manter os custos sob controle, 41 CAPA 42 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Primeiro sabonete antibacteriano do mundo Criado em 1895, na Inglaterra, pelos irmãos William Hesketh e James Lever, que uniram suas operações com a holandesa Margarine Unie e originaram a Unilever em 1930, o Lifebuoy, foi o primeiro sabonete antibacteriano do mundo. Considerado mais do que um simples sabonete pelos consumidores, já que proporcionava higiene e proteção. O ácido carbólico também deu ao Lifebuoy seu aroma característico, sendo sinônimo de limpeza e saúde por muitos anos. Entre os anos 40 e início dos anos 70 era um dos carros-chefe da Unilever no Brasil. Foi numa campanha publicitária do sabonete, adaptada ao mercado brasileiro, que surgiu, nos anos Além da limpeza. Os sabonetes devem também perfumar, hidratar, nutrir e proteger. 40 a expressão “cê-cê”. Num dos anúncios do Lifebuoy, sacou-se esta: “Nada de C.C. comigo…”. Em letras menores, a própria propaganda explicava o significado das duas letras: “cheiro de corpo”. atingir preços finais competitivos etc. Normalmente, o dono da marca é quem detém os direitos sobre a fórmula do produto, resguardados no contrato. Porém, isso não quer dizer que os fabricantes não possam interferir na definição. Por deterem knowhow, muitas vezes orientam alguma mudança na formulação, visando melhorias. Dependendo também do modelo de negócio que foi acertado, o fabricante fica responsável pelo registro do produto na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A brasileira Razzo, presente no segmento de higiene desde 1964, é hoje uma das principais em terceirização na produção de sabonetes, seja desenvolvendo formulações pré-definidas ou produtos inovadores em parceria com os clientes. Ao longo dos anos criou projetos para Unilever, Procter & Gamble, Johnson & Johnson, Natura, entre outros. A empresa destaca a sua capacidade em atender uma variedade de pedidos especiais, como formatos exclusivos e embalagens diferenciadas, além da preocupação em preservar a integridade de cada marca, aderindo aos mais restritos padrões de qualidade. A flexibilidade e agilidade em acompanhar e superar as mudanças das tendências mercadológicas de maneira pró-ativa, oferecendo soluções integradas e personalizadas em cada ocasião também são diferenciais apontados pela empresa. Todo o foco e recursos da Petit Savon visam a produção para terceiros de sabonetes finos e em barras. Os lançamentos, que respeitam 43 Capa 44 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Em 1878, Harley Procter, dono de uma fábrica de velas e sabão, queria produzir um sabão novo, branco, cremoso e delicadamente perfumado. O seu primo, o químico James Gamble, chegou à fórmula desejada. Este novo sabão produzia uma rica espuma, mesmo em contato com a água fria e tinha uma consistência homogênea e suave. Com a invenção da luz elétrica, Harley previu que o seu lucrativo negócio de vela “A utilização da base 100% vegetal vem apresentando forte tendência na composição dos sabonetes”, Amauri A. Bordon, da Petit Savon. poderia acabar e assim decidiu promover o seu sabonete. Em 1879 foi inventado o sabonete “Roger & Gallet”, o primeiro em formato redondo, envolto artesanalmente em papel drapeado. Fonte: www.limpnet.com.br integralmente as características de cada projeto, chegam a 20 por mês. O aprimoramento dos produtos é uma constante nos negócios da empresa, que para atender as novas demandas adquiriu uma nova linha de produção no valor de R$ 700 mil e já projeta a abertura de uma nova unidade de produção para 2012, ano para o qual também foi traçada a meta de se estabelecer entre os três maiores fabricantes de sabonetes em barras, para o mercado de luxo e semiprestígio. De acordo com Amauri Alexandre Bordon, diretor comercial e de operações da empresa, o objetivo da Petit Savon é ser a melhor opção para os clientes de médio porte, permitindo o desenvolvimento de sabonetes e moldes em prazos extremamente curtos, respeitando sempre a qualidade. O que vem sendo solicitado pelos clientes da Petit Savon e aponta como forte tendência é a utilização da matéria-prima 100% vegetal na base dos sabonetes, em substituição à animal. “Normalmente, a evolução dos componentes é feita a passos curtos, onde a adição de cada item é avaliada não apenas pelas características que se desejam melhorar, mas também o comportamento deste novo ativo sobre todos os aspectos avaliados do sabonete. É do equilíbrio dos ativos, fragrância e da base escolhida que se obtém um bom produto. Ainda há um longo caminho para a substituição da base animal pela vegetal, mas seguimos nesta direção. Também, há uma demanda crescente por produtos com características específicas como: hidratação, esfoliação, adstringência, entre outras. A inegável melhora do cenário econômico dos últimos anos permitiu que novas características dos sabonetes passassem a ser consideradas na hora da compra. O nível de exigência e as expectativas com os resultados dos produtos tornaram-se parte fundamental de todos os projetos”, observa Amauri. 45 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Caderno Técnico 46 Impactos ambientais gerados pelo descarte inadequado de óleo comestível Por Carlos Eduardo da Cunha 1. Introdução . O lixo já é um caos mundial, e mesmo em países desenvolvidos uma grande preocupação. O principio denominado “ Principio dos 3 R’s ” , foi criado para conscientizar a população mundial de que é muito importante reduzir, reutilizar, reciclar o lixo, respeitando sempre essa hierarquia, para viver melhor e em harmonia com o planeta. (VERANI et.al., 2000; OLIVEIRA et.al. 2004). É fato que a intensificação da atividade industrial, ou comercial gera maior quantidade de resíduos e devido a isso é de fundamental importância o uso consciente dos recursos para que no futuro não tenhamos que pagar mais caro para ter melhor qualidade de vida. (DORST,J. 2001). O Brasil não tem nenhum regulamento que defina legalmente o monitoramento de descarte para óleos e gorduras no processo de fritura, devido a isso a conscientização populacional é bastante válida, visto que 1 litro de óleo contamina 1.000.000 ( um milhão) de litros de água. (BILCK et.al.2009) A água, nosso principal recurso, não pode continuar sendo contaminada com todo tipo de impureza, visto que é ela que mantém viva toda e qualquer espécie do nosso planeta. Dentre os resíduos existentes, o óleo de cozinha descartado pelo ralo irá entupir o sistema de esgoto, dificultará o sistema de tratamento de efluente, além de formar uma barreira na superfície da água aos raios solares e a oxigenação, seja num rio, no mar ou em qualquer superfície aquática. Caso o óleo seja descartado no solo irá formar uma barreira para a chuva, impermeabilizando e dificultará o escoamento da água propiciando enchentes. (ALBERICI, 2004) Devido a toda essa problemática, produzir sabão de óleo de cozinha a ser descartado é acima de tudo ecológico e pode além de tudo trazer renda. Os sabões diferentemente dos óleos são solúveis em água, por ser um sal de álcali, e ter parte polar e são facilmente tratáveis em ETE’s ( Estações de Tratamento de Efluentes) com a adição de floculantes em precipitação química assistida. Portanto pode ser definida uma rota doméstica para a produção de sabão a partir do óleo de cozinha, devido não demandar grandes tecnologias para o seu preparo. Buscou-se utilizar matériasprimas mais baratas e de acesso em comercio varejista para que a população possa seguir o exemplo e produzir de maneira simples algo que as gerações futuras irão certamente agradecer. 2.M ateriais e Métodos para o preparo . Dentre as diversas metodologias pesquisadas para a confecção dos sabões, foi selecionada a que tivesse menor quantidade de reagentes, menor custo e com a mesma eficácia de limpeza que os sabões comercializados. O óleo comestível usado foi obtido do Supermercado Santo André na cidade de Aparecida de Goiânia, Goiás. Os ingredientes usados para a produção do sabão foram: 1L de água, 500 ml de álcool ( devese adicionar lentamente e com fogo apagado), 5L de óleo comestível usado e 1Kg de soda cáustica em escamas. Primeiramente a soda cáustica foi dissolvida em água, após isto adicionou-se o óleo comestível e então agitou-se lentamente por 1 hora, em fogo brando, temperatura inferior a 70 o C. O conteúdo foi colocado em uma forma, 47 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 de coleta, incentivo a quem tem a iniciativa de recolher em feiras, supermercados, restaurantes o resíduo de fritura e que dão destino final correto. Assim estaremos evitando a contaminação dos lençóis freáticos e solo. Caderno Técnico 48 6.Referências onde permaneceu até adquirir uma consistência rígida, após cortou-se em tamanhos uniformes e deixados ao sol por 1 hora para adquirir melhor consistência. que vai ferver, o fogo deve ser diminuído ou o vasilhame deverá ser retirado do fogo. Obs: É muito importante a utilização de Equipamentos de proteção tais como luvas, óculos de proteção e avental, para garantir a segurança frente a alcalinidade proporcionada pela soda cáustica durante o preparo. Para atenuar o impacto do descarte de óleo comestível no meio ambiente existem, atualmente, programas que apóiam a reciclagem deste óleo para a sua transformação em biodiesel, e também a sua transformação em sabões tipo barra e pastoso, além disso resina para tintas, e na indústria do vidro. Todas as alternativa são viáveis e reutilizar estes produtos podem gerar renda e economia, conscientizar os órgãos municipais na coleta seletiva e destinar os mesmos a uma finalidade muito mais nobre além de não causar danos à natureza. 3.Resultado A confecção do sabão com óleo mais claro irá gerar produto mais claro, portanto pode ser for feita uma filtragem do óleo com papel de filtro de café antes da reação. Com isso as barra geradas apresentarão aspecto mais esbranquiçado. O sabão conforme figura 1 é o resultado deste experimento e sugestão as pessoas comprometidas com o meio ambiente como rota de aproveitamento do resíduo. O odor do óleo também pode acarretar odor ao produto final e a utilização de óleo de eucalipto e o aumento de pequena quantidade de álcool diminuem o odor. É importante ressaltar que o álcool ferve a 80 o C e temperaturas abaixo de 70 o C devem ser mantidas durante todo o processo para se evitar acidentes. Sempre que o produto dentro da panela estiver dando a impressão 4.Recomendações 5.Conclusão A conscientização da população que o descarte de óleos e gorduras pelo ralo traz danos terríveis ao meio ambiente e a elaboração doméstica de sabões são uma alternativa clara de defesa do meio ambiente. É importante que presidentes de bairros, associações comunitárias e também comunidade científica e pesquisadores cobrem dos nossos orgãos públicos as providências para criação de leis específicas, criação de pontos 4. VERANI, C.N,; GONÇALVES, D.R., NASCIMENTO, M.G. Sabões e Detergentes. Química Nova na Escola, v. nº 12, p.15-19, 2000. 7.Agradecimentos 1.ALBERICI, R. M.; PONTES, F. F. F. 2004. Reciclagem de óleo comestível usado através da fabricação de sabão. Eng.ambient, Espírito Santo do Pinhal, v.1, n.1, p.73-76, jan./dez., [online]. Homepage: http://metaquimica.biz/artigos/ sabao.pdf FIGURA 1: Imagem do Sabão pronto para a utilização. 3. DORST,J. 2001. Antes que a natureza morra. 1. Ed. São Paulo: Edgard Blücher LTDA, p. 227241 2. BILCK, A. P., SILVA, D.L.D., COSTA, G.A.N., BENASSI, V.T., GARCIA,S. Aproveitamento de subprodutos: Restaurantes de Londrina. Revista em Agronegócios e Meio Ambiente, v.2, n.1, p. 87104, 2009. O autor é grato a ABISA- Associação Brasileira de Industrias Saboeiras e Afins- pela oportunidade e indicação e a Revista Espuminha pela publicação. É também grato a ZUPPANI Industrial LTDA, por todos os ensinamentos e oportunidades proporcionadas ao profissional Carlos Cunha. Grato a Maria dos Santos Souza por ter fornecido a formulação e ao Supermercado Santo André pelo fornecimento dos insumos necessários para a produção do sabão. Por Carlos Eduardo da Cunha, Químico-Industrial. 49 50 Serviços Revista Espuma - Maio/Junho 2011 Revista Espuma - Maio/Junho 2011 ASSINATURA DA REVISTA ESPUMA Você pode solicitar o recebimento da Revista Espuma. Após preenchimento do formulário a seguir, envie-o para: Rua Sampaio Viana, 167, Conj. 61/ São Paulo (SP) - Cep: 04004-000 ou por e-mail: [email protected] Nome: Empresa: Endereço: Nº: Complemento: Cidade: Cep: UF: Fone: ( ) Fax: ( ) E-mail: Cargo: Tipo de Empresa: ( ) Fabricantes da Indústria de Sabão ( ) Higiene e Limpeza ( ) Cosméticos ( ) Perfumes e Fragrâncias ( ) Fornecedores de Máquinas e Equipamentos ( ) Insumos e Matérias Primas ( ) Prestadores de Serviços ( ) Frigoríficos e Graxarias ( ) Atacadistas 7 Abisa Tel. (21) 3353-3000 E-mail: [email protected] www.aboissa.com.br 3ª capa Aboissa Tel. (11) 3353-3000 E-mail: [email protected] www.aboissa.com.br 4ª capa e 37 Akzo Nobel Tel. (11) 4591-8935 www.akzonobel.com 49 Anima Consultores (11) 3677-1177 www.animaconsult.com.br E-mail: [email protected] 33 CCI Química Tel. (11) 5642-0102 E-mail: [email protected] www.cciquimica.com.br 5 Citratus Tel. (19) 3826-8100 www.citratus.com.br ( ) Supermercados ( ) Embalagens ( ) Aromas ( ) Indústria Química Fina ( ) Equipamentos de Laboratórios e Análises ( ) Corantes e Pigmentos ( ) Entidades da Cadeia Produtiva ( ) Centros de Pesquisas e Universidades ( ) Escolas Técnicas ( ) Outros 49 Consolid Tel. (11) 5531-0244 E-mail: [email protected] www.consolid.com.br 2ª capa Deten Tel. (71) 3634-3275 E-mail: [email protected] www.deten.com.br 27 Firmenich Tel. (11) 4617-8800 www.firmenich.com 25 Grande Rio Reciclagem Tel. (21) 2765-9550 E-mail: [email protected] www.grgrupo.com.br 11 Quantiq Tel. (11) 2195-9015 www.quantiq.com.br 43 Ype Tel. 0800-130054 E-mail: www.ype.ind.br www.florestasype.com.br 51