PEDRO BiAL EXCLUSiVO!
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PEDRO BiAL EXCLUSiVO!
News A revista do Grupo LET Recursos Humanos N0 13 | Janeiro / Fevereiro | 2009 | Ano 3 Big PEDRO BIAL Brother EXCLUSIVO! “Temos mil e uma maneiras de usar o BBB na vida” – Pág.11 GESTÃO DE pessoas TIVIT, Grupo Porcão e Cultura Inglesa aumentam performance ouvindo colaboradores! – Pág. 6 www.grupolet.com institucional Editorial Papo com o leitor “OUVIR será a grande virtude de 2009” Foto: Kryssiam Lauria Caros leitores, niciamos 2009 disseminando práticas daquela que será a tendência dos vencedores daqui por diante: a capacidade de ouvir e extrair daquilo que ouviu os melhores resultados. Por isso mesmo nossa reportagem de capa traz excelentes exemplos de empresas que aprimoram o talento de seus “ouvidores”. Nas organizações que estão se superando no mercado, os gestores são exímios “ouvidores” antes de se tornarem talentosos implementadores de ações bemsucedidas. Um dos maiores profissionais que se especializou na capacidade de ouvir o seu público para aperfeiçoar sua capacidade de realizar grandes trabalhos é o jornalista da TV GLOBO Pedro Bial, nosso PERSONAGEM desta edição. Gentilmente, o âncora do Big Brother Brasil nos recebeu em meio aos bastidores da 9ª edição para entrevista exclusiva na qual revela detalhes interessantes do reality show que mexe com a cabeça de milhões de brasileiros. Também ouvindo e se mantendo disponível a seus colaboradores, Mônica Almeida, Gerente de RH do Sistema Globo de Rádio, revela ferramentas para a construção de um profissional antenado com as atuais demandas do mercado. Mônica é a nossa entrevistada da edição. NEWSLET abre seu terceiro ano de vida comprovando ser a boa informação imprescindível ao profissional de Recursos Humanos que planeja se manter competitivo em tempos de crise. Afinal, ainda temos nesta edição matéria especial sobre a nova visão dos recrutadores de currículos on line e outra sobre a importância do Técnico de Segurança do Trabalho. Saiba também o que está acontecendo com os currículos que recebemos no evento RH na Praça (da ABRH-RJ). Este tema é uma prestação de contas que fazemos questão de honrar com inúmeras pessoas que buscam um melhor posicionamento no mercado de trabalho. Feliz 2009 a todos os leitores e boa leitura! I Joaquim Lauria Diretor Executivo do Grupo LET 2 | Janeiro / Fevereiro | 2009 Dicas NewsLet - Livros “Desenhando o Futuro – Transições de Vida e Carreira”, de Mariá Giuliese Editora Qualitymark Uma ferramenta encorajadora para refletir sobre sua vida pessoal de maneira pessoal e, sobretudo, humana! Embasado em teorias psicanalíticas e organizacionais, o livro traz um novo olhar sobre a forma como a carreira profissional está constituída – suas causas, suas conseqüências, seus estados e transições. Por meio de depoimentos de profissionais e modelos de auto-avaliação, sua principal lição é destacar que o sucesso profissional está em nossas mãos e é resultado direto das escolhas que fazemos. “A Verdadeira Motivação na Empresa”, de Silvio Broxado Editora Qualitymark O autor não fica em conceitos vazios, mas conta práticas já testadas de como se pode iniciar e manter um clima motivacional verdadeiro e constante nas empresas. Pode-se dizer que a obra até desmistifica o fato de que promover motivação não é dispendioso; mas sim é uma realidade fácil ser conquistada desde que cada um faça sua parte. O autor aborda tudo o que realmente funciona como fator motivador sem o glamour das inócuas “campanhas motivacionais”. “O Vendedor Talentoso”, de Celso Grinaldi Filho Editora Qualitymark Para ultrapassar os limites de uma simples venda ao cliente um vendedor precisa de força de vontade constante para investir em gestão do conhecimento e desenvolver capacidades de alta percepção. Mostrando isso ao leitor, o livro divide-se três partes: uma que relata acontecimentos relacionados ao dia a dia de um vendedor; outra que frisa tópicos relacionados às Técnicas de Venda; finalizando disponibiliza um Glossário de Termos Usuais em Vendas que o leitor não encontra em nenhuma obra similar. Expediente Grupo LET Recursos Humanos Membro Oficial Matriz Centro Empresarial Barra Shopping Av. das Américas 4.200, Bloco 09, salas 302-A, 309-A – Rio de Janeiro – RJ – tel: (21) 3416-9190 - CEP – 22640-102 / Site: http://www.grupolet.com Escritório São Paulo - Rua James Watt 84, 2º andar - Brooklin – Cep: 04576-050 -São Paulo (SP) – Brasil - Tel: (11) 5506-4299 / 5505-2509 / 5506-0639 Escritório Curitiba - Avenida Winston Churchill 2.370 sala 406, 4º andar - Pinheirinho - Cep: 81150-0050 - Curitiba (PR) – Brasil - Tel: (41) 3268-1007 Diretor Executivo: Joaquim Lauria Diretor Adjunto: Kryssiam Lauria Capa: Fabrício Mota / TV Globo Revista News Publicação bimestral Janeiro / Fevereiro 2009 Ano 3 – Nº 13 – Tiragem 1.500 exemplares Jornalista responsável (redação e edição): Alexandre Peconick (Comunicação Grupo LET) - Mtb 17.889 / e-mail para [email protected] Diagramação e Arte: Murilo Lins ([email protected]) Oportunidades: Cadastre seu currículo diretamente em nossas vagas clicando www.grupolet.com/vagas/candidato e boa sorte! Impressão: Walprint Gráfica e Editora Ltda. Endereço: Rua Frei Jaboatão 295, Bonsucesso – Rio de Janeiro – RJ E-mail: [email protected] Tel: (21) 2209-1717 entrevista Mônica Almeida Gerente de RH do Sistema Globo de Rádio “O Perfil do Novo Profissional do Mercado” Foto: Divulgação da SGR ENTREVISTA especial A trajetória da gestora Mônica Almeida deixa claro como deve ser o profissional do futuro: alguém que não tema desafios e que empreenda. Carioca, 44 anos, dois filhos e divorciada, ela graduou-se em Matemática (UERJ) e fez MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC. Iniciou carreira na área financeira – foi Assessora de Investimentos do Banco Bamerindus –, mas após dois anos mudou radicalmente. Finalizado o curso de Secretariado, ingressou em 1988 no cargo de Secretária da Superintendência de RH do Jornal O Globo. A partir deste salto, sua carreira em Recursos Humanos seguiu evoluindo proporcionalmente ao talento. Em 1994 já era promovida à Analista de RH, depois Consultora de RH e Coordenadora de Treinamento e Desenvolvimento. Em 2002, foi convidada pelo Sistema Globo de Rádio para assumir o cargo de Coordenadora de RH, cuidando de todos os subsistemas. Já no ano seguinte lia-se “Gerente de RH” no crachá de Mônica. Preparar profissionais com novo perfil e incentivá-los a não parar de crescer é um desafio que ela cumpre dia a dia, desde março de 2006, quando assumiu a posição de Gerente Geral de RH, reportando-se ao Diretor Geral, principal executivo da empresa. Mônica Almeida – Certamente as tecnologias como o celular e a Internet, além do excesso de informação disponível, acabam atuando como propulsores. Veja a quantidade de opções que temos hoje a todo instante: e-mail, celular, blog, twiter. Há redes sociais que nos deixam conectados quase 24 horas por dia. Há 20 anos, usávamos carta e memorando para nos comunicar. O timing era outro. A tomada de decisão ficou muito mais rápida. NEWSLET – Por que o mercado muda em velocidade muito maior do que há 20 ou mesmo 10 anos atrás? NEWSLET – Quais são as características que marcam um novo profissional? Mônica Almeida – O profissional da atualidade, nesse cenário de constantes mudanças, deverá ser capaz de: inovar (raciocinando de forma mais ágil, dando asas a imaginação); resolver problemas (formulando hipóteses e avaliando); tomar decisões (investigando e assumindo riscos); liderar pessoas (persuadindo e negociando); comunicar idéias de forma clara utilizando os diversos meios (linguagem oral, escrita e gráfica); dominar outras línguas (o inglês é obrigatório); usar diferentes programas de computador, além de e-mail e internet; desenvolver projetos em grupo; demonstrar elevada auto-estima; ter ética, integridade, Janeiro / Fevereiro | 2009 | 3 Entrevista honestidade e responsabilidade. O que o mercado mais irá demandar é a busca e o compromisso pela excelência. É o “aprender sempre”. NEWSLET – Em quê sentido esta crise pode estar mudando e moldando este profissional? Mônica Almeida – Época de crise é muito rica em oportunidades. É, ao mesmo tempo, provocadora e inspiradora. O novo profissional precisará se reinventar constantemente. Terá que aprender a gerenciar a si mesmo. Ter pensamento estratégico. Colocar e vencer desafios. Planejar, executar e obter resultados. Fazer uma avaliação constante sobre si mesmo e sobre seu trabalho. Desenvolver valores, conhecimentos e competências. NEWSLET – O processo de seleção muda em virtude de mudar o desenho dos cargos. Como esta transformação tem sido gerenciada pela área de Recursos Humanos em um aspecto mais amplo? Mônica Almeida – O processo de seleção muda para se adequar às novas demandas. Aspectos técnicos do perfil profissional continuam sendo relevantes, mas aspectos comportamentais e emocionais ganharam mais destaque e importância. A área de RH deve atuar como parceira da área cliente e facilitadora no processo de recrutamento e seleção, dando aos gestores o ferramental necessário para uma melhor avaliação dos candidatos. É um trabalho conjunto, onde participação do gestor demandante é cada vez mais exigida. NEWSLET – Quais são as diferenças entre o novo profissional que já recebe uma pré-moldagem na faculdade e assimila, efetivamente, este perfil desde seu primeiro emprego e o profissional com ampla experi4 | Janeiro / Fevereiro | 2009 ência no mercado que, de uma hora para outra, se vê na necessidade de ser este “novo profissional”? Mônica Almeida – O profissional que chega ao mercado de trabalho tendo recebido essa formação, facilita, e muito, sua adaptação. Esses prérequisitos fazem parte da sua bagagem. Mas isso não é determinante, ou seja, o fato de ter a formação não significa, necessariamente, que incorporará essa prática no seu dia-a-dia. Por outro lado, o profissional que não recebeu essa “pré-moldagem”, como você falou, mas está antenado com as novas exigências do mercado, tende a se sair muito bem. Cabe ao RH, juntamente com os gestores das áreas, deixar claro qual é esse novo perfil “A diversidade ajuda a construir um ambiente rico, produtivo, desafiador e, por isso mesmo, mais estimulante” Mônica Almeida exigido, orientando e acompanhando os funcionários que não perceberem ou que tenham dificuldade de perceber, de imediato, a necessidade da mudança no seu modo de pensar e agir. A relação tem que ser, sempre, transparente, madura. Todas as “cartas” devem estar, literalmente, sobre a mesa. NEWSLET – O que ganha a organização que consegue mesclar novos profissionais com sangue novo aos “novos profissionais” mais experientes? Mônica Almeida – A diversidade é fundamental! E isso não vale, apenas, no universo organizacional. Ela ajuda a construir um ambiente rico, produtivo, desafiador e, por isso mesmo, mais estimulante. Os novos profissionais geralmente trazem uma impulsividade natural, que os permite ousar, experimentar o novo com menos receio. Eles têm um olhar “mais limpo” e crítico sobre conceitos e processos. O tema mudança já faz parte do seu cotidiano. Por outro lado, profissionais mais experientes têm uma bagagem de vida e um conhecimento prático que não podem ser deixados de lado, devem ser valorizados. No fundo, independentemente se o indivíduo é um profissional novo no mercado ou se é experiente, o que vale é o modelo mental que o inspira e o faz agir na busca de resultados. NEWSLET – Como é o perfil do profissional que atua com a comunicação altamente veloz como a do rádio? Em que aspectos o profissional que atua em rádio mais tem evoluído? Mônica Almeida – Valorizamos a boa formação, o que não significa privilegiar universidades de primeira linha. Aqui, os candidatos têm espaço para demonstrar o seu valor. A cultura geral é outro fator importantíssimo. O alinhamento às novas tecnologias, também. Muito jogo de cintura, criatividade e iniciativa complementam esse perfil. As mudanças tecnológicas nesse segmento foram muitas nos últimos anos e fizeram com que o profissional que atua no meio rádio buscasse um aperfeiçoamento constante, acompanhando o que acontece de inovador não só no Brasil, como no mundo. A ampliação das redes de relacionamento, as visitas às feiras de negócio e tecnologia contribuem, também, para o desenvolvimento desse novo perfil profissional. No Sistema Globo de Rádio não fazemos apenas “rádio” no modelo tradicional, levamos informação, entretenimento e lazer através de diversos meios, como internet, mobile etc... responsabilidade social Foto: Alinor Cavalcanti / Divulgação ABRH-RJ Foto: Alexandre Peconick Valéria Torres esteve na matriz do Grupo LET para buscar up grade em sua carreira RH na Praça Veja o que está acontecendo com o seu currículo... F eedback a uma solicitação urgente é tudo o que pessoas pedem de uma consultoria de Recursos Humanos e é precisamente o que o Grupo LET tem feito em relação às centenas de currículos recebidos na 4a edição do RH na Praça, evento da ABRH-RJ realizado no último dia 13 de novembro na Praça XV, Centro do Rio. “Obtive aqui bem mais informações sobre a vaga e o trabalho do que esperava, o que me deixa segura em relação à transparência do processo seletivo”, conta a executiva de contas Valéria Torres, de 46 anos, que procurou o estande do Grupo LET no RH na Praça para melhorar sua posição no mercado, basicamente em relação à questão salarial. Na matriz do Grupo LET ela passou por uma entrevista para o cargo de Assistente Administrativa. Graduada em Comunicação Social e já tendo atuado em RH, Valéria considera que o maior obstáculo para alcançar seu foco tem sido a ausência de proximidade entre a competência e a oportunidade em boa parte do mercado de trabalho. Concorrendo à mesma vaga, Cássia Rodrigues Carvalho, de 43 anos, graduada em Direito, está há um ano desempregada. “Tive aqui no Grupo LET muito carinho na recepção e estou muito esperançosa de poder voltar a trabalhar, até melhorei meu currículo em função de uma matéria que li em NEWSLET (ed. nº7)”, revela. Ao todo oito candidatos foram convocados para preencher três vagas de Assistente Administrativa. Outros também foram convocados para processo seletivo do Grupo LET para empresa do ramo de hotelaria, como Jorge Ferreira dos Santos, de 60 anos, um ex-garçom e Edilza Maria Alves, de 55, com experiência de cozinheira. O Grupo LET Recursos Humanos avisa que os currículos ainda não convocados estão em um banco de dados aguardando apenas que exista demanda de vagas que case com o perfil de cada um deles. “Ainda esperamos chamar um número maior de candidatos e aprimorar nosso nível de resposta a todos eles, sejam aprovados ou não”, destaca Hellen Martins, Coordenadora de RH do Grupo LET. Janeiro / Fevereiro | 2009 | 5 Fotos: Alexandre Peconick gestão de pessoas Resultados A idéia das sessões de shiatsu de Nathalia Vasques (foto maior) foi acolhida e trouxe benefícios a colaboradores da TIVIT como Cristiane Maciel (na foto menor sendo atendida pela Dra. Letícia Pessoa). Quando “OUVIR” é o grande caminho para resultados C omprovando na prática o sucesso do sábio ditado “se temos dois ouvidos e uma boca, melhor ouvir do que falar”, algumas organizações alcançam resultados seguros e duradouros ao implementar em sua gestão a “capacidade de dar ouvidos e ecoar-lhes o som”. Quê resultados? Pessoas mais motivadas; ambientes 6 | Janeiro / Fevereiro | 2009 propícios à geração de idéias; ampla participação em atividades de equipes; eficácia na solução de conflitos; satisfação do cliente atendido e, sobretudo, retenção de pessoas. A tendência do ser humano que percebe eco em suas palavras é a de se envolver com intensidade e qualidade. Por outro lado, empresas nas quais os líderes não ouvem colabora- dores tendem a ser “trampolins”, pois as pessoas não vão estar identificadas e aderidas àquele ambiente. Não é a toa que o psicanalista pouco diz mas tem ampla virtude para, entre outras coisas, ouvir e tirar de tudo o que ouviu os melhores e mais precisos dados para orientar seu trabalho. Sem precisar de sessões de psicanálise; TIVIT, Grupo Porcão e Cultura Inglesa são três organizações onde a prática de “ouvir” já faz parte de seus códigos genéticos. “Desde que coloquei os pés na empresa adorei saber que sempre teria oportunidade de experimentar na prática minhas idéias; chamou-me atenção a urna de sugestões que existe em cada um dos andares bem como a continuidade e viabilidade de idéias que o RH debate com cada pessoa”, conta Nathália Alvarez Vasques, de 20 anos, Auxiliar de RH da TIVIT – empresa ícone no mercado de telemarketing. Uma das idéias de Nathália, a de criar um espaço para sessões de shiatsu na TIVIT, foi implementada e gerou muita satisfação dos colaboradores e aumento na performance. “Fiz shiatsu na minha academia e me senti super relaxada, algo necessário a quem fica o dia todo no computador, então coloquei a idéia na urna da TIVIT e menos de um mês depois me surpreendi e me motivei em vê-la já em ação”, lembra a Foto: Divulgação / TIVIT gestão de pessoas Débora Monteiro, Superintendente de RH da TIVIT Auxiliar de RH que viu sua foto no mural “Psiu” e sua idéia reduzindo dores no pescoço e nas costas dos colegas. Toda 3ª feira há uma profissional que aplica sessões de shiatsu nos colaboradores da TIVIT. Débora Monteiro, Superintende de RH da TIVIT, diz que ao ouvir colaboradores a empresa cria com eles um vínculo muito além do contratual. “Concordo com o Ricardo Semler que afirma que quando as pessoas fazem parte das decisões aplicadas ao seu trabalho elas certamente permanecem no quadro da empresa por um tempo superior àquelas empresas que não adotam tal política”, afirma Débora. Para ela o gestor que sabe ouvir tem uma análise crítica mais precisa de cada situação nos diversos ambientes da empresa e aprende a “distinguir entre o necessário, o desejável e o impossível” ao receber idéias. Fruto do intenso trabalho de aproximação dos colaboradores à empresa, o RH lançou em 2008 o Projeto Inova TIVIT, com o intuito, segundo Débora, de “alavancar o sentimento de liberdade de iniciativa”. “Divulgamos todas as idéias atendidas como meio para estimular a participação de mais pessoas nesse processo”, explica a Superintendente do RH da TIVIT. Mas o “ouvir” da TIVIT não começou em 2008. MensalFoto: Alexandre Peconick Fazendo a diferença Angela de Chermont, Gerente de RH do Grupo Porcão, intensifica em sua gestão a tradição da empresa em ouvir colaboradores e incentivar a inovação como a dos pratos mais compridos para as deliciosas comidas do buffet (ao fundo) Janeiro / Fevereiro | 2009 | 7 gestão de pessoas mente, desde 2005, o RH realiza reuniões com os “guardiões” (representantes dos teleatendentes) para colher sugestões. Deste trabalho já surgiram atividades como paintball, concursos de dança, rafting, entre outras. E para conciliar interesses entre colaboradores e seus gestores operacionais o RH criou o programa “Cuidando de Você” contemplando todo colaborador que bate suas metas e tem assiduidade integral com um dia útil de folga para participar de alguma atividade de lazer organizada pela TIVIT. “Nossa produtividade aumentou e o absenteísmo entre aqueles que participaram das atividades é inferior a 1%”, comemora Débora. Já no Grupo Porcão – pioneiro do ramo de churrascaria rodízio – “ouvir” é uma tradição que remonta às origens da organização criada pela família Mocellin, ex-garçons que sempre gostaram de realizar reuniões nas quais todos têm voz ativa. Todo o desenvolvimento da empresa foi calcado nos funcionários e em suas idéias para ampliar a satisfação dos clientes externos e internos. “Precisamos ouvir o funcionário que atende ao cliente para conferir se aquela nossa idéia é sustentável na prática; assim, abrimos espaço às opiniões de todos, trazendo-os junto às gerências”, revela Angela de Chermont, Gerente de RH do Grupo Porcão que cita o Projeto de Qualidade e Segurança Alimentar e o Projeto de Atendimento ao Cliente com Excelência como grandes exemplos de resultados eficazes da “arte de saber ouvir”. Segundo Angela, impor regras nunca funcionaria em uma empresa onde qualquer ação tem que gerar satisfação para todas as equipes. Dentro desse clima, semanalmente há reuniões gerais com todos os funcionários nas quais são tiradas dúvidas e criados espaços para exposição de idéias. No programa “O RH Quer Ouvir Você” a equipe de RH vai periodicamente a todas as unidades ouvir cada um dos funcionários – são 1.400 em unidades distribuídas por Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG). E eles apreFoto: Alexandre Peconick Ouvir significa reter talentos Saber que será sempre ouvido dá a Marcelo de Moraes (Sommelier) prazer em vestir a camisa do Grupo Porcão, empresa onde está há 12 anos 8 | Janeiro / Fevereiro | 2009 sentam índice de satisfação com a empresa superior a 80%. Entre as idéias de funcionários já implementadas nas Churrascarias Porcão e Galeria Gourmet estão a da comida japonesa – inserida há 13 anos -, a do prato mais comprido para comidas do buffet, a do carrinho que passa e corta carne bem à frente do cliente, a das dobras criativas nos guardanapos, locais para descanso dos funcionários, decoração criativa e diferenciada nos buffets temáticos, entre outras. “A maior parte das idéias não têm altos custos, só requerem vontade”, assegura a Gerente de RH. Para Marcelo de Moraes, 29 anos, 12 anos de Grupo Porcão e Sommelier (maitre de vinhos), saber que sempre será ouvido lhe dá prazer de vestir a camisa da empresa e se sentir um pouquinho dono dela. “Pequenas idéias fazem muita diferença, como a mesa de apoio para vinhos que implantei no Porcão de Ipanema permitindo que o profissional faça seu serviço sem prejudicar o cliente”, conta este gaúcho radicado do Rio de Janeiro que já esteve em países como Argentina e Chile realizando trabalho de pesquisa para aprimorar suas idéias. Observar a receptividade do cliente às novas idéias é algo que motiva o trabalho deste Sommelier que tenta também implementar nas unidades o procedimento da ordem das taças dispostas à mesa: água, espumante e vinho. “Motivar colegas a expor suas idéias é também uma forma de conhecê-los melhor”, esclarece Marcelo sobre outra de suas atribuições. A Gerente de RH enfatiza, no entanto, que o Grupo Porcão pratica a “ouvidoria” de forma sincera e tranquila, isenta de vaidades, orgulhos, rótulos e verdades absolutas. “Saber ouvir é valorizar as diferenças de pensamentos e opiniões, tendo em mente que pessoas têm histórias de vida e personalidades distintas; por isso devemos ouvir tudo, mesmo que nos pareça absurdo, pois somente os gestão de pessoas Foto: Divulgação / Cultura Inglesa Reconhecimento Elizabeth Correa, Gerente de RH, e Maria Lucia Willemsens, Diretora Superintendente, recebem do Great Place to Work Institute / ABRH-RJ premiação com uma das cinco Melhores Empresas Para Trabalhar no Estado do Rio de Janeiro em 2008 – “Capacidade de saber ouvir foi decisiva para a escolha” “No Grupo Porcão “ouvir” remete a uma tradição da organização criada pela família Mocellin. Ouvindo o funcionário que atende ao cliente tem-se a certeza de que determinada idéia pode dar certo na prática” funcionários que vivem nas pontas do negócio podem nos dar a sinergia necessária para validar idéias”, argumenta Angela de Chermont. Mais do que falar fluente um idioma estrangeiro, a sinergia é algo também muito presente na Cultura Inglesa e que significa dizer que “todos falam a mesma língua”. Nesta instituição de ensino inglês, grande parte do que é construído - em termos de projetos e ações importantes - nasce do envolvimento dos funcionários de várias áreas e com cargos diferentes. “O objetivo é chegar a um caminho que seja o produto das diferentes visões sobre um mesmo tema”, traduz Maria Lucia Willemsens, Diretora Superintendente. Com RH altamente estratégico a Cultura Inglesa tem o prazer de ouvir enraizado em todos os seus integrantes, a começar pela número 1 da empresa. “A gestão participativa tem aumentado muito o comprometimento de todos com os êxitos da organização”, garante Maria Lucia. Na Cultura Inglesa cada colaborador exercita o aprimoramento da percepção da opinião e das idéias dos colegas pára enriquecer seus próprios conceitos. “É esta soma de idéias que nos leva sempre a resultados ainda maiores”, revela a Diretora Superintendente. A política da ouvidoria também ganha corpo na empresa por meio de pesquisas direcionadas e livre acesso a todos das decisões estratégicas. Para fluir a comunicação, há uma equipe interna que usa um jornal impresso para veicular idéias, além dos canais eletrônicos de intranet “Fale Conosco” e “Fale com a Diretora Geral”. A precisão do grau de aceitação dos resultados aumenta a motivação da equipe. Como foi o caso de uma premiação de vendas que, após a Direção Geral da Cultura Inglesa ouvir a opinião dos funcionários, acabou acertando em cheio ao oferecer a cada grupo de trabalho uma viagem ao local da predileção de cada um deles. Os exemplos acima apenas enfatizam uma tendência que algumas empresas vêm seguindo para não apenas para evitar perda de talentos para a concorrência, mas, sobretudo, tendo a exata noção de que bom ambiente de trabalho também é investimento na saúde física e mental. Janeiro / Fevereiro | 2009 | 9 Foto: Alexandre Peconick CURRÍCULOS Mudanças on line Adriana Calliari, Analista de RH do Grupo LET, tria pela Internet cerca de 100 currículos por dia A velocidade de processamento e transmissão de dados pela Internet tem mudado o formato de currículo valorizado pelos recrutadores que buscam on line os melhores candidatos. Ao invés daquele que faz currículo objetivo de apenas uma ou duas páginas, muitas vezes preenche a vaga aquele que fornece informações completas com detalhamento de funções nos cargos que exerceu, datas, locais e capacidades técnicas acumuladas. “Como os gestores hoje têm à disposição modernas ferramentas de busca de currículos; eles podem programar o sistema para que um banco de dados apenas lhes envie candidatos de tal área, com x tempo de experiência, oriundos desta ou daquela instituição de ensino, só para citar um exemplo”, confirma Mariana Mattar, Gerente Comercial da Vagas Tecnologia, empresa responsável pelo site Vagas.com.br, ferramenta muito bem utilizada pelo Grupo LET Recursos Humanos desde 2001. Estes dados representam uma tendência de mercado; basta citar que no último Guia Exame por Vendas todas as 50 maiores empresas revelarem usarem ferramentas on line de recrutamento, sendo 15 delas clientes do Vagas.com.br Com mais tempo para ler muito menos currículos, o recrutador passa a 10 | Janeiro / Fevereiro | 2009 ser mais criterioso, exigindo mais detalhamento. Para se encaixar neste perfil, Mariana dá algumas dicas: é importante buscar cursos de pequena duração que possam oferecer ferramentas específicas que incluam palavras-chaves do perfil de determinadas funções; além disso, é fundamental não esquecer de todas as siglas de cursos, instituições, especificações, datas e nome de funções exercidas. “Quanto mais informações tiver o seu currículo que se encaixem no perfil do cargo maior será a chance do seu currículo ser lido e aproveitado”, assegura Mariana, ícone da chamada Geração Y. Ela tem apenas 23 anos, mas já exerce função de alta responsabilidade no atendimento aos clientes de uma empresa líder em seu mercado. Para Mariana, boa parte das empresas com base na Internet tem cultura jovem porque as gerações mais recentes nasceram e cresceram em meio aos mouses e cliques. Jovens têm, em geral, ampla facilidade em lidar com as mais complexas plataformas que hoje produzem formulários customizados para empresas que definem quais os campos para maior detalhamento dentro de um currículo on line. Tanta velocidade exige, contudo, muito cuidado com as palavras. “Pessoas que usam demais Orkut e MSN precisam ter atenção ao seu português, erros de grafia de palavra chamam muito mais atenção em meios eletrônicos”, alerta Mariana. Se as empresas estão mudando sua forma de olhar currículos, dando valor às palavras-chave – em sua maioria por habilidades técnicas e não comportamentais - , os candidatos também devem abrir os olhos. Quando se cadastram em sites como o Vagas.com.br passam a receber e-mail toda vez que uma empresa abre vagas com o seu perfil. Dessa forma, o candidato também fica livre a escolher de qual processo seletivo tomará parte. “Fique de olho no e-mail e não permita que a caixa postal fique lotada; considere a possibilidade também de receber torpedos SMS via celular, muitas empresas já estão fazendo este tipo de contato”, informa a Gerente Comercial do Vagas.com.br. “Já estamos oferecendo nossas ferramentas em inglês e espanhol”, diz r Mariana Matta da Vagas Tecnologia. Foto: Fabrício Mota / TV Globo personagem / capa Pedro Bial – Como todo mundo, eu era ignorante a respeito de um reality show. Quando trouxeram o BBB ao Brasil eles procuravam alguém que pudesse sustentar conversas com os participantes da casa, que tivesse técnica de entrevista. Na primeira edição buscamos o formato, o entendimento da dinâmica do programa e o meu próprio papel ali. Um dia percebi que tinha ido bem, mas senti que tinha me despido do título de “jornalista”. O fato é que a pessoa Pedro gosta de descobrir as pessoas, que elas se revelem. NEWSLET - Como é a consciência humana de quem vai falar não com 18 personagens, mas com cerca de 80 milhões? Pedro Bial “Um Big Brother para milhões de pessoas” E m meio ao “tempo do culto saturado às celebridades” e “busca da fama ilusória” como ele mesmo define, Pedro Bial, 50 anos, quase 28 deles na TV Globo, revela nesta entrevista exclusiva que vê muito da gestão de pessoas em seu trabalho de conduzir os participantes da casa mais vigiada do país: o Big Brother Brasil (BBB). Os quase nove anos nesse “ao vivo circense” são fontes inesgotáveis de aprendizado, mesmo ao profissional de tantas conduções estratégicas – Fantástico, Rock in Rio etc – ou inúmeras coberturas históricas – Queda do Muro de Berlim (1989), Guerra do Golfo (2001), colapso da União Soviética (1988), etc – e ainda livros da densidade de uma biografia póstuma do jornalista Roberto Marinho (2004). A visão multifacetada lhe permite a indignação com a incapacidade do Brasil em lidar com seus talentos. “Enquanto os EUA aproveitam, o Brasil chuta seus cérebros, ainda sem se dar conta de que são pessoas, ou seja, cérebros, que tocam uma nação”, diz o BBB Bial. NEWSLET - Como começou sua empatia com o público e o feeling em relação a um reality show? Pedro Bial – Por exemplo, em um paredão, antes da exclusão de um candidato;... estou falando com ele, mas aquilo serve a qualquer um que estiver ouvindo a aplicar na sua própria vida. Um exemplo bonito é o da carta que recebi em 2007 de uma professora de uma escola carente na periferia de Brasília. Ela percebeu que toda 4ª feira seus alunos conversavam sobre “um tal Big Brother”. Despindo-se dos preconceitos, passou a assistir ao programa e a partir das histórias do BBB ensinou para a turma dela, História da Arte, construção da personalidade, dramaturgia, enfim, aplicou lições referentes ao que elas estavam assistindo para a vida. A partir da leitura dessa carta, a minha consciência ficou muito mais aguda em relação à responsabilidade de quem passou a falar com gente que nunca falava antes e com quem quase ninguém fala até hoje. NEWSLET – Então o seu aprendizado em quase nove edições foi muito grande? Pedro Bial – Foi um aprendizado profissional profundo desse “ao vivo cirJaneiro / Fevereiro | 2009 | 11 personagem / capa cense”. Já aconteceu de tudo: a gente erra, se corrige, aparece mulher pelada. O erro humaniza a televisão e nos ensina. Digo a todos os BBB que isso serve para a vida deles. Sempre faço uma reflexão sobre o que foi o dia, o programa, onde deu certo, onde não deu. Isso me tornou mais tolerante com a limitação dos outros. É uma ilusão esses caras acharem que a suposta fama lhes dará uma nova identidade; mas ganhei muita compaixão e capacidade para entender pessoas assim. NEWSLET – Existe uma pré-temporada que você faça antes de cada edição do Big Brother? Pedro Bial – É muito curta. Apenas dois dias antes de começar assisto às últimas entrevistas daqueles que foram selecionados. Anoto os pontos principais, mas não fico estudando pontos fortes e fracos de cada um, vou pela minha intuição. O que realmente vale no BBB é transmitir autenticidade. O públi12 | Janeiro / Fevereiro | 2009 co percebe isso. A câmera de TV revela coisas que estão por trás do rosto da pessoa. NEWSLET - Como você avalia a atuação do “monitor” dos BBBs em comparação a de um Gestor de RH em uma empresa? Pedro Bial – A beleza do Gestor de RH e a beleza de olhar com isenção os participantes do BBB é a de descobrir os talentos e as singularidades de cada um. No BBB eles se auto-reduzem a personagens: o “bonzinho”, o “malvado”. Mas se o personagem for distante do que realmente a pessoa é, este não se sustenta. Procuro – e o gestor de RH também – pegar esse cara que está se reduzindo e chamálo a ser muito mais do que isso. No BBB é muito bonito quando eles descobrem sua complexidade e a assumem diante de riscos. NEWSLET – E em cada BBB há pessoas que se descobrem multifuncionais por meio da série de provações que passam dentro da casa... Pedro Bial – O BBB ajudou a sacudir alguns tipos de preconceitos muito enraizados. A Graziele Massafera, hoje reconhecida como atriz e mulher de talento e futuro; quando entrou no BBB 5 foi tachada apressadamente de “loura burra”. Mas ela mostrou inteligência refinada. E há outras assim no Brasil que não tiveram a oportunidade dela. No BBB, por outro lado, temos também um retrato desolador da realidade brasileira: gente que não tem informações básicas sobre o mundo. NEWSLET – É possível se descobrir no BBB? Pedro Bial – Sim, há um processo de auto-conhecimento no BBB. A pessoa entra achando que é uma coisa, quer mostrar aos outros o que ele acha que é, mas os outros vêem uma outra coisa nela e muitas vezes Foto: Fabrício Mota / TV Globo personagem / capa “Procuro – e o gestor de RH também – pegar esse cara que está se reduzindo e chamá-lo a ser muito mais... No BBB é muito bonito quando eles descobrem sua complexidade e a assumem diante de riscos. Pedro Bial” revelam a ela. Finalmente, ela passa a descobrir em si um ser que ela não sabia que era. NEWSLET - Você acha que alguém capaz de suportar tamanha pressão sem sucumbir e conseguindo colocar ideais éticos acima de tudo pode ser preparado para ser um líder de empresa? Pedro Bial - Devemos avaliar caso a caso. Eles têm grande capacidade de conviver e competir eticamente, não necessariamente para liderar. Vivemos uma sociedade muito pautada em “vencedores e perdedores” e, inevitavelmente, há mais perdedores. Então uma pessoa que passa pelo BBB percebe que é muito mais vantajoso se colocar na posição de “aprendiz” e não na de “vencedor” ou de “perdedor”. NEWSLET – Cada papo seu com os BBBs gera brain storm e mudanças. Então você é de fato um gestor? Pedro Bial - Sim, porém me preocupo sempre em não atrapalhar a dinâmica do jogo. Mas pode haver uma decisão consciente que não passa apenas por mim, que questiona já afirmando: “não estaria na hora de dar uma sacudida nesse grupo?!” No BBB 8 era um grupo difícil, refratário, volta e meia eu puxava eles. O psiquiatra Marcelo serviu como o elemento que botou pra quebrar, porque todo mundo botava “panos quentes” o tempo todo. Já no BBB9 a turma é muito boa e não tenho precisado esquentar muita coisa. O BBB9 está mais adulto, em uma dinâmica mais forte. NEWSLET - Você diz que não quer atrapalhar, mas existe imparcialidade no seu papel ou você toma partido deste ou daquele personagem? Pedro Bial - Não fico fingindo que sou absolutamente isento. É claro que tenho simpatias e antipatias. Procuro não enfatizá-las. Mas tenho que me comportar assim porque é assim que o telespectador assiste. Em uma semana você está gostando de alguém e na outra já acha essa mesma pessoa “uma mala”. Mas não tomo partido e nesta corda-bamba consigo ser honesto. NEWSLET - No histórico de oito edições do Big Brother Brasil (entrevista realizada no início da 9ª) qual foi aquela que lhe deu maior trabalho e qual o que lhe deu maior satisfação de fazer? Pedro Bial - As edições que dão menos trabalho são as piores. Quando dá trabalho é uma delícia! É interessante observar como a equipe de conduz o BBB fica estimulada intelectualmente porque temos que “ler as pessoas” e a dinâmica entre elas. Os vetores se alteram diariamente, a cada hora. Um grupo horrível foi o do BBB6 (da Mara, Mariana, Rafael). Todos queriam se fazer de bonzinhos, achavam que para ser vencedor tinham que ser “Madre Teresa de Calcutá”. Foi um grupo fraco. Cutucava-os o tempo todo! Já o mais trabalhoso foi o BBB5 pela clara demonstração de homofobia. Ali percebemos uma repercussão fantástica da comunidade gay. Algo impensável anos antes aconteceu: um gay assumido (Jean) venceu o BBB! NEWSLET - Trocando de identidade: como você se veria confinado em uma casa como o Big Brother e assistido pelo Brasil inteiro por três meses? Pedro Bial - Iria pirar! Talvez não durasse na casa mais de uma semana porque eu não teria a entrega suficiente para conseguir prestar atenção em tudo o tempo todo. Lá dentro eles têm que estar ligados em tudo: no que eles dizem, no que aconteceu. É impressionante! É necessário um nível de obsessão altíssimo para estar lá dentro que eu não tenho. Acho que me distrairia. Não daria certo. Janeiro / Fevereiro | 2009 | 13 SERVIÇOS LET Foto: Divulgação LET Rogério Marassi, Operador de Empilhadeira da GEI (Gerência Industrial – unidade Petrobras) ao lado de Vanessa de Paula, Técnica de Segurança no Trabalho do Grupo LET Recursos Humanos O valor do Técnico de Segurança no Trabalho Realidade urgente para as organizações C omo um diferencial no atendimento aos nossos clientes o Grupo LET completou neste mês de janeiro um ano oferecendo, sem custo adicional, os serviços de Técnico de Segurança no Trabalho (TST). Estes consistem em medidas adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do profissional. Não bastasse os benefícios, ao aprimorar as relações entre pessoas, a Segurança do Trabalho contribui decisivamente para aumentar a produtividade e qualidade dos produtos de uma organização. Alguns empresários ainda não atentaram para o fato de que o custo de um acidente traz inúmeros prejuízos. Sabe-se até de casos de empresas que fecharam suas portas por não suportarem indenizações por acidentes de trabalho. “Um acidente leva a encargos jurídi- 14 | Janeiro / Fevereiro | 2009 cos, gastos médicos, perda de tempo e materiais na produção; com certeza seria muito mais simples e barato investir em prevenção e regularização da segurança da empresa”, esclarece Vanessa de Paula, Técnica de Segurança no Trabalho do Grupo LET Recursos Humanos. Os clientes do Grupo LET beneficiados recebem visitas periódicas com informações sobre normas de segurança, documentações, inspeções e treinamentos de segurança. Todos os ambientes profissionais necessitam de um TST, dos que apresentam maior risco aparente de acidentes aos simples escritórios. O Técnico de Segurança no Trabalho atua intensamente com profissionais que trabalham em campo (externamente). Estes estão expostos a um risco maior: físicos, ergonômicos, químicos etc. No escritório o risco predominante é o de problemas de saúde por erros de postura e posições erradas de equipamentos como cadeira, monitor, teclado, iluminação. São riscos que afetam ossos, músculos, visão, ouvidos etc. E nos escritórios os problemas não são tão simples, “verifico que os profissionais de escritório fazem uma atividade, mas na verdade lhe pedem muitas outras; então há muitos problemas por esforço repetitivo”, confirma Vanessa. “Conscientizo pessoas por meio de palestras, uso também com placas de sinalização de segurança e com o plano de gestão de segurança do trabalho que inclui vários treinamentos, como combate a incêndio, primeiros socorros e segurança no uso de empilhadeiras”, conta Vanessa. Nestas ações ela usa, em geral, linguagem simples e objetiva, pois lida com profissionais que executam muitas tarefas repetitivas e rápidas “lutando” contra o tempo. “Mostro com exatidão a gravidade das consequências SERVIÇOS LET de doenças que eles podem adquirir se não tomarem cuidados adequados; há muitas doenças que podem surgir em ambiente de trabalho sem se manifestar visivelmente ou trazer dores”, alerta. Já na visita técnica são observadas as condições inseguras do ambiente bem como os atos inseguros de alguns profissionais. Esta análise indica e sugere ao cliente a necessidade de um treinamento ou intervenção para fazer a modificação daquela condição de risco. O TST do Grupo LET troca informações valiosas com o TST da empresa cliente sobre o dia a dia dos colaboradores daquela empresa. Esta cortesia aos clientes do Grupo LET tem rendido mais do que frutos esperados: em avaliações de profissionais das empresas, entre janeiro e novembro deste ano foram reduzidos sensivelmente casos de acidente e más condições de trabalho em empresas clientes do Grupo LET. Um diferencial do Técnico de Segurança no Trabalho do Grupo LET é o monitoramento diários das condições de trabalho dos terceirizados e temporários LET locados em clientes. “Pre- V tendo reduzir mais ainda os riscos no trabalho aprimorando o mapeamento da situação de nossos funcionários”, planeja Vanessa. Um dia de conscientização, no entanto, não é tudo, até porque há uma questão cultural do funcionário achar que nada irá acontecer com ele. A filosofia do “se não aconteceu até hoje, por que é que vai acontecer?”, do profissional operacional ou a do “ah, estudei para isso, já sei tudo, não preciso que você me diga como é o meu trabalho”, do profissional de nível superior, infelizmente, ainda imperam com intensidade em empresas dos mais diversos ramos de negócio. Este obstáculo deve ser considerado, mas precisa ser superado pelo Técnico de Segurança no Trabalho. Contra dados concretos, porém, não há o que contestar. Diversas empresas brasileiras e multinacionais fizeram um levantamento no qual perceberam que boa parte do absenteísmo no trabalho se deve a condições, posturas, equipamento e ambientes inadequados de trabalho. Chegaram à conclusão de que o papel do Técnico de Segurança no Trabalho passa a ser vital para a sobrevivência do próprio orçamento anual de suas organizações. Some-se a isso o aspecto legal da questão Segurança no Trabalho, cujos profissionais são exigidos por lei nas organizações. Recentemente aumentou no meio corporativo a percepção da importância do Técnico de Segurança no Trabalho porque o Ministério do Trabalho está mais incisivo na fiscalização. Hoje os fiscalizadores atuam mais no intuito de instruir a uma empresa a cumprir a regulamentação. Quando uma empresa não é obrigada a ter um Técnico de Segurança no Trabalho em seus quadros ela tem que contratar (terceirizar) esse serviço. Existem empresas que dão este tipo de assistência em PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional) e com o médico do trabalho – em geral terceirizado. Cada PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) vai traçar todo o risco daquela frente de trabalho. E dentro do PPRA há as sugestões de melhoria para aqueles riscos que o TST precisa estar monitorando passo a passo. O CERTO e o ERRADO no escritório eja nestes dois quadros as posições corretas para cada elemento envolvido no trabalho diário de um escritório. Vale ressaltar que o monitor precisa estar em um ângulo reto (90º) em relação aos olhos do profissional que o utiliza; apoio para o punho no teclado e no mouse, além de apoio para o descanso dos pés são mandatórios. São medidas que irão melhorar e MUITO as condições de trabalho. Janeiro / Fevereiro | 2009 | 15 mercado Nova Rio Informações precisas sobre Trabalho Temporário e Terceirização O contratante (ou tomador) de serviços precisa hoje de cada vez mais informações sobre as particularidades que a terceirização e a administração do trabalho temporário incluem. Buscando sempre aprimorar seu foco de informar as empresas contratantes, a ASSERTTEM (Associação das Empresas de Serviços Terceirizáveis e Temporários – criada em 1970) em sua regional Rio de Janeiro passará a investir neste ano de 2009 em eventos semestrais e cursos intensivos. “Queremos ajudar as empresas contratantes a realizar terceirização onde realmente elas precisem e administrar seus temporários com um controle preciso daquilo que pode ou não ser feito”, enfatiza Márcia Costantini (Diretora da Personale RH), que está assumindo a diretoria da ASSERTTEM Rio em gestão participativa com Joaquim Lauria (Diretor do Grupo LET Recursos Humanos) e George Gassmann (Diretor da Parceria RH). Além de aumentar número de associados, a ASSERTTEM Rio também vai priorizar a qualidade, por meio inclusive de proposta de parcerias com a ABRH-RJ e ABRH Nacional que gerem visibilidade às informações sobre terceirização e trabalho temporário em eventos como o RH RIO e o CONARH (Congresso Nacional Para Gestão com Pessoas). A nova diretoria da ASSERTTEM Rio também pretende obter 16 | Janeiro / Fevereiro | 2009 descontos aos seus associados nos eventos da ABRH-RJ em uma futura parceria com esta entidade. O primeiro desafio desta gestão participativa, no entanto, é o da montagem de um programa de treinamento, por meio de cursos, para os colaboradores de cada empresa associada. Os cursos incluirão formatos modernos de atendimento ao cliente, departamento pessoal, modernas técnicas de recrutamento e seleção, avaliação de desempenho, liderança, novas legislações, procedimentos de qualidade, entre outros. “Eles serão construídos em reuniões nas quais cada empresa associada à ASSERTTEM irá expor suas necessidades”, informa Joaquim Lauria. Ainda há um horizonte levemente nebuloso para algumas empresas contratantes que pretendem terceirizar e/ou incluir temporários em seus quadros. Algumas ainda temem diante da decisão sobre quais áreas e funções exatamente podem terceirizar ou precisam; também têm dúvidas sobre como se renova contrato de temporário ou quais são os encargos deste tipo de colaborador e outras sequer sabem que para admitir temporários precisam obter um registro específico no Ministério do Trabalho. Com o suporte do novo Presidente Nacional da ASSERTTEM, Vander Morales, bem como do convite à Delegacia Regional do Trabalho (conteúdo sobre fiscalização), a equipe do Rio de Janeiro terá bons subsídios para prosseguir em sua missão de atualizar constantemente as empresas associadas – hoje 26. Da esquerda para a direita Joaquim Lauria, Márcia Costantini e George Gassmann Sobre Trabalho Temporário (retirado de www.asserttem.com.br ) A evolução do Trabalho Temporário e de sua regulamentação mostra que, entre as formas de trabalho, ele se posiciona como a alternativa mais viável face à demanda da flexibilidade e rápida mobilização de recursos humanos nas organizações. O Trabalho Temporário permite o aproveitamento de parcela da população ativa que, por razões diversas, encontrase marginalizada do mercado de empregos efetivos. Largos segmentos encontram no Trabalho Temporário a possibilidade de auferir rendimentos dignos e imediatos, sem a necessidade de vínculos permanentes e com direitos trabalhistas praticamente equiparados aos dos empregados permanentes.
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