PEDRO BiAL EXCLUSiVO!

Transcrição

PEDRO BiAL EXCLUSiVO!
News
A revista do Grupo LET Recursos Humanos
N0 13 | Janeiro / Fevereiro | 2009 | Ano 3
Big
PEDRO BIAL
Brother
EXCLUSIVO!
“Temos mil e uma
maneiras de usar
o BBB na vida” – Pág.11
GESTÃO DE pessoas
TIVIT, Grupo Porcão
e Cultura Inglesa
aumentam
performance
ouvindo
colaboradores! – Pág. 6
www.grupolet.com
institucional
Editorial
Papo
com o leitor
“OUVIR será a grande virtude de 2009”
Foto: Kryssiam Lauria
Caros leitores,
niciamos 2009 disseminando práticas daquela
que será a tendência dos
vencedores daqui por diante: a capacidade de ouvir e
extrair daquilo que ouviu os
melhores resultados. Por
isso mesmo nossa reportagem de capa traz excelentes exemplos de empresas
que aprimoram o talento de seus “ouvidores”. Nas
organizações que estão se superando no mercado,
os gestores são exímios “ouvidores” antes de se tornarem talentosos implementadores de ações bemsucedidas.
Um dos maiores profissionais que se especializou
na capacidade de ouvir o seu público para aperfeiçoar sua capacidade de realizar grandes trabalhos é
o jornalista da TV GLOBO Pedro Bial, nosso PERSONAGEM desta edição. Gentilmente, o âncora do Big
Brother Brasil nos recebeu em meio aos bastidores
da 9ª edição para entrevista exclusiva na qual revela
detalhes interessantes do reality show que mexe com
a cabeça de milhões de brasileiros.
Também ouvindo e se mantendo disponível a seus
colaboradores, Mônica Almeida, Gerente de RH do
Sistema Globo de Rádio, revela ferramentas para a
construção de um profissional antenado com as atuais demandas do mercado. Mônica é a nossa entrevistada da edição.
NEWSLET abre seu terceiro ano de vida comprovando ser a boa informação imprescindível ao profissional de Recursos Humanos que planeja se manter
competitivo em tempos de crise. Afinal, ainda temos
nesta edição matéria especial sobre a nova visão dos
recrutadores de currículos on line e outra sobre a
importância do Técnico de Segurança do Trabalho.
Saiba também o que está acontecendo com os currículos que recebemos no evento RH na Praça (da
ABRH-RJ). Este tema é uma prestação de contas que
fazemos questão de honrar com inúmeras pessoas
que buscam um melhor posicionamento no mercado
de trabalho.
Feliz 2009 a todos os leitores e boa leitura!
I
Joaquim Lauria
Diretor Executivo do Grupo LET
2 | Janeiro / Fevereiro | 2009
Dicas NewsLet - Livros
“Desenhando o Futuro – Transições de Vida e Carreira”, de Mariá Giuliese
Editora Qualitymark
Uma ferramenta encorajadora para refletir sobre sua vida pessoal de
maneira pessoal e, sobretudo, humana! Embasado em teorias psicanalíticas e organizacionais, o livro traz um novo olhar sobre a forma
como a carreira profissional está constituída – suas causas, suas conseqüências, seus estados e transições. Por meio de depoimentos de
profissionais e modelos de auto-avaliação, sua principal lição é destacar que o sucesso profissional está em nossas mãos e é resultado
direto das escolhas que fazemos.
“A Verdadeira Motivação na Empresa”, de Silvio Broxado
Editora Qualitymark
O autor não fica em conceitos vazios, mas conta práticas já testadas
de como se pode iniciar e manter um clima motivacional verdadeiro e
constante nas empresas. Pode-se dizer que a obra até desmistifica o
fato de que promover motivação não é dispendioso; mas sim é uma
realidade fácil ser conquistada desde que cada um faça sua parte. O
autor aborda tudo o que realmente funciona como fator motivador sem
o glamour das inócuas “campanhas motivacionais”. “O Vendedor Talentoso”, de Celso Grinaldi Filho
Editora Qualitymark
Para ultrapassar os limites de uma simples venda ao cliente um vendedor precisa de força de vontade constante para investir em gestão
do conhecimento e desenvolver capacidades de alta percepção. Mostrando isso ao leitor, o livro divide-se três partes: uma que relata acontecimentos relacionados ao dia a dia de um vendedor; outra que frisa
tópicos relacionados às Técnicas de Venda; finalizando disponibiliza
um Glossário de Termos Usuais em Vendas que o leitor não encontra
em nenhuma obra similar.
Expediente
Grupo LET Recursos Humanos
Membro Oficial
Matriz
Centro Empresarial Barra Shopping Av. das Américas 4.200, Bloco 09, salas
302-A, 309-A – Rio de Janeiro – RJ – tel: (21)
3416-9190 - CEP – 22640-102 /
Site: http://www.grupolet.com
Escritório São Paulo - Rua James Watt 84,
2º andar - Brooklin – Cep: 04576-050 -São
Paulo (SP) – Brasil - Tel: (11) 5506-4299 /
5505-2509 / 5506-0639
Escritório Curitiba - Avenida Winston Churchill 2.370 sala 406, 4º andar - Pinheirinho
- Cep: 81150-0050 - Curitiba (PR) – Brasil
- Tel: (41) 3268-1007
Diretor Executivo: Joaquim Lauria
Diretor Adjunto: Kryssiam Lauria
Capa: Fabrício Mota / TV Globo
Revista
News
Publicação bimestral
Janeiro / Fevereiro 2009
Ano 3 – Nº 13 – Tiragem 1.500 exemplares
Jornalista responsável (redação e edição):
Alexandre Peconick (Comunicação
Grupo LET) - Mtb 17.889 / e-mail para
[email protected]
Diagramação e Arte:
Murilo Lins ([email protected])
Oportunidades:
Cadastre seu currículo diretamente
em nossas vagas clicando
www.grupolet.com/vagas/candidato
e boa sorte!
Impressão: Walprint Gráfica e Editora Ltda.
Endereço: Rua Frei Jaboatão 295,
Bonsucesso – Rio de Janeiro – RJ
E-mail: [email protected]
Tel: (21) 2209-1717
entrevista
Mônica Almeida
Gerente de RH do Sistema Globo de Rádio
“O Perfil do Novo Profissional
do Mercado”
Foto: Divulgação da SGR
ENTREVISTA especial
A
trajetória da gestora Mônica
Almeida deixa claro como
deve ser o profissional do
futuro: alguém que não tema desafios e que empreenda. Carioca, 44
anos, dois filhos e divorciada, ela
graduou-se em Matemática (UERJ)
e fez MBA em Gestão de Negócios
pelo IBMEC. Iniciou carreira na área
financeira – foi Assessora de Investimentos do Banco Bamerindus –,
mas após dois anos mudou radicalmente. Finalizado o curso de Secretariado, ingressou em 1988 no cargo
de Secretária da Superintendência
de RH do Jornal O Globo.
A partir deste salto, sua carreira em
Recursos Humanos seguiu evoluindo
proporcionalmente ao talento. Em 1994
já era promovida à Analista de RH, depois Consultora de RH e Coordenadora
de Treinamento e Desenvolvimento.
Em 2002, foi convidada pelo Sistema Globo de Rádio para assumir o
cargo de Coordenadora de RH, cuidando de todos os subsistemas. Já
no ano seguinte lia-se “Gerente de
RH” no crachá de Mônica. Preparar
profissionais com novo perfil e incentivá-los a não parar de crescer é um
desafio que ela cumpre dia a dia, desde março de 2006, quando assumiu
a posição de Gerente Geral de RH,
reportando-se ao Diretor Geral, principal executivo da empresa.
Mônica Almeida – Certamente as
tecnologias como o celular e a Internet, além do excesso de informação
disponível, acabam atuando como
propulsores. Veja a quantidade de opções que temos hoje a todo instante:
e-mail, celular, blog, twiter. Há redes
sociais que nos deixam conectados
quase 24 horas por dia. Há 20 anos,
usávamos carta e memorando para
nos comunicar. O timing era outro. A
tomada de decisão ficou muito mais
rápida.
NEWSLET – Por que o mercado
muda em velocidade muito maior do
que há 20 ou mesmo 10 anos atrás?
NEWSLET – Quais são as características que marcam um novo profissional?
Mônica Almeida – O profissional da
atualidade, nesse cenário de constantes mudanças, deverá ser capaz de:
inovar (raciocinando de forma mais
ágil, dando asas a imaginação); resolver problemas (formulando hipóteses
e avaliando); tomar decisões (investigando e assumindo riscos); liderar
pessoas (persuadindo e negociando);
comunicar idéias de forma clara utilizando os diversos meios (linguagem
oral, escrita e gráfica); dominar outras
línguas (o inglês é obrigatório); usar
diferentes programas de computador,
além de e-mail e internet; desenvolver
projetos em grupo; demonstrar elevada auto-estima; ter ética, integridade,
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Entrevista
honestidade e responsabilidade. O
que o mercado mais irá demandar é a
busca e o compromisso pela excelência. É o “aprender sempre”.
NEWSLET – Em quê sentido esta
crise pode estar mudando e moldando este profissional?
Mônica Almeida – Época de crise é
muito rica em oportunidades. É, ao
mesmo tempo, provocadora e inspiradora. O novo profissional precisará
se reinventar constantemente. Terá
que aprender a gerenciar a si mesmo.
Ter pensamento estratégico. Colocar
e vencer desafios. Planejar, executar e
obter resultados. Fazer uma avaliação
constante sobre si mesmo e sobre
seu trabalho. Desenvolver valores,
conhecimentos e competências.
NEWSLET – O processo de seleção
muda em virtude de mudar o desenho dos cargos. Como esta transformação tem sido gerenciada pela
área de Recursos Humanos em um
aspecto mais amplo?
Mônica Almeida – O processo de seleção muda para se adequar às novas demandas. Aspectos técnicos do
perfil profissional continuam sendo
relevantes, mas aspectos comportamentais e emocionais ganharam mais
destaque e importância. A área de
RH deve atuar como parceira da área
cliente e facilitadora no processo de
recrutamento e seleção, dando aos
gestores o ferramental necessário
para uma melhor avaliação dos candidatos. É um trabalho conjunto, onde
participação do gestor demandante é
cada vez mais exigida.
NEWSLET – Quais são as diferenças entre o novo profissional que já
recebe uma pré-moldagem na faculdade e assimila, efetivamente, este
perfil desde seu primeiro emprego
e o profissional com ampla experi4 | Janeiro / Fevereiro | 2009
ência no mercado que, de uma hora
para outra, se vê na necessidade de
ser este “novo profissional”?
Mônica Almeida – O profissional que
chega ao mercado de trabalho tendo recebido essa formação, facilita,
e muito, sua adaptação. Esses prérequisitos fazem parte da sua bagagem. Mas isso não é determinante,
ou seja, o fato de ter a formação não
significa, necessariamente, que incorporará essa prática no seu dia-a-dia.
Por outro lado, o profissional que não
recebeu essa “pré-moldagem”, como
você falou, mas está antenado com as
novas exigências do mercado, tende
a se sair muito bem. Cabe ao RH, juntamente com os gestores das áreas,
deixar claro qual é esse novo perfil
“A diversidade ajuda a
construir um ambiente
rico, produtivo, desafiador
e, por isso mesmo, mais
estimulante”
Mônica Almeida
exigido, orientando e acompanhando
os funcionários que não perceberem
ou que tenham dificuldade de perceber, de imediato, a necessidade da
mudança no seu modo de pensar e
agir. A relação tem que ser, sempre,
transparente, madura. Todas as “cartas” devem estar, literalmente, sobre
a mesa.
NEWSLET – O que ganha a organização que consegue mesclar novos profissionais com sangue novo
aos “novos profissionais” mais experientes?
Mônica Almeida – A diversidade é
fundamental! E isso não vale, apenas, no universo organizacional. Ela
ajuda a construir um ambiente rico,
produtivo, desafiador e, por isso
mesmo, mais estimulante. Os novos
profissionais geralmente trazem uma
impulsividade natural, que os permite
ousar, experimentar o novo com menos receio. Eles têm um olhar “mais
limpo” e crítico sobre conceitos e processos. O tema mudança já faz parte
do seu cotidiano. Por outro lado, profissionais mais experientes têm uma
bagagem de vida e um conhecimento
prático que não podem ser deixados
de lado, devem ser valorizados. No
fundo, independentemente se o indivíduo é um profissional novo no mercado ou se é experiente, o que vale é
o modelo mental que o inspira e o faz
agir na busca de resultados.
NEWSLET – Como é o perfil do
profissional que atua com a comunicação altamente veloz como a do
rádio? Em que aspectos o profissional que atua em rádio mais tem
evoluído?
Mônica Almeida – Valorizamos a boa
formação, o que não significa privilegiar universidades de primeira linha.
Aqui, os candidatos têm espaço para
demonstrar o seu valor. A cultura geral é outro fator importantíssimo. O
alinhamento às novas tecnologias,
também. Muito jogo de cintura, criatividade e iniciativa complementam
esse perfil. As mudanças tecnológicas nesse segmento foram muitas
nos últimos anos e fizeram com que
o profissional que atua no meio rádio
buscasse um aperfeiçoamento constante, acompanhando o que acontece de inovador não só no Brasil,
como no mundo. A ampliação das redes de relacionamento, as visitas às
feiras de negócio e tecnologia contribuem, também, para o desenvolvimento desse novo perfil profissional.
No Sistema Globo de Rádio não fazemos apenas “rádio” no modelo tradicional, levamos informação, entretenimento e lazer através de diversos
meios, como internet, mobile etc...
responsabilidade social
Foto: Alinor Cavalcanti / Divulgação ABRH-RJ
Foto: Alexandre
Peconick
Valéria Torres
esteve na matriz
do Grupo LET
para buscar up
grade em sua
carreira
RH na Praça
Veja o que está acontecendo
com o seu currículo...
F
eedback a uma solicitação
urgente é tudo o que pessoas
pedem de uma consultoria de
Recursos Humanos e é precisamente o que o Grupo LET tem feito
em relação às centenas de currículos
recebidos na 4a edição do RH na Praça, evento da ABRH-RJ realizado no último dia 13 de novembro na Praça XV,
Centro do Rio.
“Obtive aqui bem mais informações
sobre a vaga e o trabalho do que esperava, o que me deixa segura em relação
à transparência do processo seletivo”,
conta a executiva de contas Valéria
Torres, de 46 anos, que procurou o estande do Grupo LET no RH na Praça
para melhorar sua posição no mercado,
basicamente em relação à questão salarial. Na matriz do Grupo LET ela passou por uma entrevista para o cargo de
Assistente Administrativa. Graduada em
Comunicação Social e já tendo atuado
em RH, Valéria considera que o maior
obstáculo para alcançar seu foco tem
sido a ausência de proximidade entre a
competência e a oportunidade em boa
parte do mercado de trabalho.
Concorrendo à mesma vaga, Cássia
Rodrigues Carvalho, de 43 anos, graduada em Direito, está há um ano desempregada. “Tive aqui no Grupo LET muito
carinho na recepção e estou muito esperançosa de poder voltar a trabalhar,
até melhorei meu currículo em função
de uma matéria que li em NEWSLET (ed.
nº7)”, revela.
Ao todo oito candidatos foram convocados para preencher três vagas de
Assistente Administrativa. Outros também foram convocados para processo
seletivo do Grupo LET para empresa do
ramo de hotelaria, como Jorge Ferreira
dos Santos, de 60 anos, um ex-garçom
e Edilza Maria Alves, de 55, com experiência de cozinheira.
O Grupo LET Recursos Humanos
avisa que os currículos ainda não convocados estão em um banco de dados
aguardando apenas que exista demanda de vagas que case com o perfil de
cada um deles. “Ainda esperamos chamar um número maior de candidatos
e aprimorar nosso nível de resposta a
todos eles, sejam aprovados ou não”,
destaca Hellen Martins, Coordenadora
de RH do Grupo LET.
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Fotos: Alexandre Peconick
gestão de pessoas
Resultados
A idéia das sessões de shiatsu de
Nathalia Vasques (foto maior)
foi acolhida e trouxe benefícios
a colaboradores da TIVIT como
Cristiane Maciel (na foto menor
sendo atendida pela Dra. Letícia Pessoa).
Quando “OUVIR” é o grande
caminho para resultados
C
omprovando na prática o
sucesso do sábio ditado
“se temos dois ouvidos e
uma boca, melhor ouvir
do que falar”, algumas organizações
alcançam resultados seguros e duradouros ao implementar em sua gestão a “capacidade de dar ouvidos e
ecoar-lhes o som”. Quê resultados?
Pessoas mais motivadas; ambientes
6 | Janeiro / Fevereiro | 2009
propícios à geração de idéias; ampla
participação em atividades de equipes; eficácia na solução de conflitos;
satisfação do cliente atendido e, sobretudo, retenção de pessoas.
A tendência do ser humano que
percebe eco em suas palavras é a de
se envolver com intensidade e qualidade. Por outro lado, empresas nas
quais os líderes não ouvem colabora-
dores tendem a ser “trampolins”, pois
as pessoas não vão estar identificadas e aderidas àquele ambiente.
Não é a toa que o psicanalista pouco diz mas tem ampla virtude para,
entre outras coisas, ouvir e tirar de
tudo o que ouviu os melhores e mais
precisos dados para orientar seu trabalho. Sem precisar de sessões de
psicanálise; TIVIT, Grupo Porcão e
Cultura Inglesa são três organizações
onde a prática de “ouvir” já faz parte
de seus códigos genéticos.
“Desde que coloquei os pés na empresa adorei saber que sempre teria
oportunidade de experimentar na prática minhas idéias; chamou-me atenção a urna de sugestões que existe
em cada um dos andares bem como
a continuidade e viabilidade de idéias
que o RH debate com cada pessoa”,
conta Nathália Alvarez Vasques, de 20
anos, Auxiliar de RH da TIVIT – empresa ícone no mercado de telemarketing.
Uma das idéias de Nathália, a de criar
um espaço para sessões de shiatsu
na TIVIT, foi implementada e gerou
muita satisfação dos colaboradores e
aumento na performance. “Fiz shiatsu
na minha academia e me senti super
relaxada, algo necessário a quem fica
o dia todo no computador, então coloquei a idéia na urna da TIVIT e menos
de um mês depois me surpreendi e me
motivei em vê-la já em ação”, lembra a
Foto: Divulgação / TIVIT
gestão de pessoas
Débora Monteiro, Superintendente de RH da TIVIT
Auxiliar de RH que viu sua foto no mural “Psiu” e sua idéia reduzindo dores
no pescoço e nas costas dos colegas.
Toda 3ª feira há uma profissional que
aplica sessões de shiatsu nos colaboradores da TIVIT.
Débora Monteiro, Superintende
de RH da TIVIT, diz que ao ouvir colaboradores a empresa cria com eles
um vínculo muito além do contratual.
“Concordo com o Ricardo Semler que
afirma que quando as pessoas fazem
parte das decisões aplicadas ao seu
trabalho elas certamente permanecem
no quadro da empresa por um tempo
superior àquelas empresas que não
adotam tal política”, afirma Débora.
Para ela o gestor que sabe ouvir tem
uma análise crítica mais precisa de
cada situação nos diversos ambientes da empresa e aprende a “distinguir entre o necessário, o desejável e
o impossível” ao receber idéias.
Fruto do intenso trabalho de aproximação dos colaboradores à empresa,
o RH lançou em 2008 o Projeto Inova
TIVIT, com o intuito, segundo Débora,
de “alavancar o sentimento de liberdade de iniciativa”. “Divulgamos todas as
idéias atendidas como meio para estimular a participação de mais pessoas
nesse processo”, explica a Superintendente do RH da TIVIT. Mas o “ouvir” da
TIVIT não começou em 2008. MensalFoto: Alexandre Peconick
Fazendo a diferença
Angela de Chermont, Gerente de RH do Grupo
Porcão, intensifica em sua gestão a tradição da
empresa em ouvir colaboradores e incentivar
a inovação como a dos pratos mais compridos
para as deliciosas comidas do buffet (ao fundo)
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gestão de pessoas
mente, desde 2005, o RH realiza reuniões com os “guardiões” (representantes dos teleatendentes) para colher
sugestões. Deste trabalho já surgiram
atividades como paintball, concursos
de dança, rafting, entre outras.
E para conciliar interesses entre
colaboradores e seus gestores operacionais o RH criou o programa “Cuidando de Você” contemplando todo
colaborador que bate suas metas e
tem assiduidade integral com um dia
útil de folga para participar de alguma
atividade de lazer organizada pela TIVIT. “Nossa produtividade aumentou
e o absenteísmo entre aqueles que
participaram das atividades é inferior
a 1%”, comemora Débora.
Já no Grupo Porcão – pioneiro do
ramo de churrascaria rodízio – “ouvir” é uma tradição que remonta às
origens da organização criada pela
família Mocellin, ex-garçons que sempre gostaram de realizar reuniões nas
quais todos têm voz ativa. Todo o desenvolvimento da empresa foi calcado nos funcionários e em suas idéias
para ampliar a satisfação dos clientes
externos e internos. “Precisamos ouvir o funcionário que atende ao cliente
para conferir se aquela nossa idéia
é sustentável na prática; assim, abrimos espaço às opiniões de todos, trazendo-os junto às gerências”, revela
Angela de Chermont, Gerente de RH
do Grupo Porcão que cita o Projeto
de Qualidade e Segurança Alimentar
e o Projeto de Atendimento ao Cliente
com Excelência como grandes exemplos de resultados eficazes da “arte
de saber ouvir”.
Segundo Angela, impor regras
nunca funcionaria em uma empresa
onde qualquer ação tem que gerar
satisfação para todas as equipes.
Dentro desse clima, semanalmente há reuniões gerais com todos os
funcionários nas quais são tiradas
dúvidas e criados espaços para exposição de idéias. No programa “O
RH Quer Ouvir Você” a equipe de RH
vai periodicamente a todas as unidades ouvir cada um dos funcionários
– são 1.400 em unidades distribuídas
por Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF)
e Belo Horizonte (MG). E eles apreFoto: Alexandre Peconick
Ouvir significa reter talentos
Saber que será sempre ouvido dá a Marcelo de
Moraes (Sommelier) prazer em vestir a camisa
do Grupo Porcão, empresa onde está há 12 anos
8 | Janeiro / Fevereiro | 2009
sentam índice de satisfação com a
empresa superior a 80%.
Entre as idéias de funcionários já
implementadas nas Churrascarias
Porcão e Galeria Gourmet estão a
da comida japonesa – inserida há 13
anos -, a do prato mais comprido para
comidas do buffet, a do carrinho que
passa e corta carne bem à frente do
cliente, a das dobras criativas nos
guardanapos, locais para descanso
dos funcionários, decoração criativa
e diferenciada nos buffets temáticos,
entre outras. “A maior parte das idéias
não têm altos custos, só requerem
vontade”, assegura a Gerente de RH.
Para Marcelo de Moraes, 29 anos,
12 anos de Grupo Porcão e Sommelier (maitre de vinhos), saber que
sempre será ouvido lhe dá prazer de
vestir a camisa da empresa e se sentir
um pouquinho dono dela. “Pequenas
idéias fazem muita diferença, como a
mesa de apoio para vinhos que implantei no Porcão de Ipanema permitindo que o profissional faça seu serviço sem prejudicar o cliente”, conta
este gaúcho radicado do Rio de Janeiro que já esteve em países como Argentina e Chile realizando trabalho de
pesquisa para aprimorar suas idéias.
Observar a receptividade do cliente
às novas idéias é algo que motiva o
trabalho deste Sommelier que tenta
também implementar nas unidades
o procedimento da ordem das taças
dispostas à mesa: água, espumante e
vinho. “Motivar colegas a expor suas
idéias é também uma forma de conhecê-los melhor”, esclarece Marcelo
sobre outra de suas atribuições.
A Gerente de RH enfatiza, no entanto, que o Grupo Porcão pratica a
“ouvidoria” de forma sincera e tranquila, isenta de vaidades, orgulhos,
rótulos e verdades absolutas. “Saber ouvir é valorizar as diferenças de
pensamentos e opiniões, tendo em
mente que pessoas têm histórias de
vida e personalidades distintas; por
isso devemos ouvir tudo, mesmo que
nos pareça absurdo, pois somente os
gestão de pessoas
Foto: Divulgação / Cultura Inglesa
Reconhecimento
Elizabeth Correa, Gerente de RH, e
Maria Lucia Willemsens, Diretora
Superintendente, recebem do Great Place
to Work Institute / ABRH-RJ premiação
com uma das cinco Melhores Empresas
Para Trabalhar no Estado do Rio de
Janeiro em 2008 – “Capacidade de saber
ouvir foi decisiva para a escolha”
“No Grupo Porcão
“ouvir” remete a uma
tradição da organização
criada pela família
Mocellin. Ouvindo o
funcionário que atende ao
cliente tem-se a certeza
de que determinada idéia
pode dar certo na prática”
funcionários que vivem nas pontas
do negócio podem nos dar a sinergia
necessária para validar idéias”, argumenta Angela de Chermont.
Mais do que falar fluente um idioma
estrangeiro, a sinergia é algo também
muito presente na Cultura Inglesa e
que significa dizer que “todos falam
a mesma língua”. Nesta instituição de
ensino inglês, grande parte do que é
construído - em termos de projetos e
ações importantes - nasce do envolvimento dos funcionários de várias
áreas e com cargos diferentes. “O objetivo é chegar a um caminho que seja
o produto das diferentes visões sobre
um mesmo tema”, traduz Maria Lucia
Willemsens, Diretora Superintendente. Com RH altamente estratégico a
Cultura Inglesa tem o prazer de ouvir enraizado em todos os seus integrantes, a começar pela número 1 da
empresa. “A gestão participativa tem
aumentado muito o comprometimento de todos com os êxitos da organização”, garante Maria Lucia.
Na Cultura Inglesa cada colaborador exercita o aprimoramento da
percepção da opinião e das idéias
dos colegas pára enriquecer seus
próprios conceitos. “É esta soma de
idéias que nos leva sempre a resultados ainda maiores”, revela a Diretora
Superintendente. A política da ouvidoria também ganha corpo na empresa
por meio de pesquisas direcionadas e
livre acesso a todos das decisões estratégicas. Para fluir a comunicação,
há uma equipe interna que usa um
jornal impresso para veicular idéias,
além dos canais eletrônicos de intranet “Fale Conosco” e “Fale com a Diretora Geral”.
A precisão do grau de aceitação
dos resultados aumenta a motivação
da equipe. Como foi o caso de uma
premiação de vendas que, após a Direção Geral da Cultura Inglesa ouvir
a opinião dos funcionários, acabou
acertando em cheio ao oferecer a
cada grupo de trabalho uma viagem
ao local da predileção de cada um
deles.
Os exemplos acima apenas enfatizam uma tendência que algumas
empresas vêm seguindo para não
apenas para evitar perda de talentos
para a concorrência, mas, sobretudo,
tendo a exata noção de que bom ambiente de trabalho também é investimento na saúde física e mental.
Janeiro / Fevereiro | 2009 | 9
Foto: Alexandre Peconick
CURRÍCULOS
Mudanças
on
line
Adriana Calliari,
Analista de RH do
Grupo LET, tria pela
Internet cerca de 100
currículos por dia
A
velocidade de processamento
e transmissão de dados pela
Internet tem mudado o formato de currículo valorizado
pelos recrutadores que buscam on line
os melhores candidatos. Ao invés daquele que faz currículo objetivo de apenas uma ou duas páginas, muitas vezes
preenche a vaga aquele que fornece informações completas com detalhamento de funções nos cargos que exerceu,
datas, locais e capacidades técnicas
acumuladas.
“Como os gestores hoje têm à disposição modernas ferramentas de busca
de currículos; eles podem programar
o sistema para que um banco de dados apenas lhes envie candidatos de
tal área, com x tempo de experiência,
oriundos desta ou daquela instituição de
ensino, só para citar um exemplo”, confirma Mariana Mattar, Gerente Comercial
da Vagas Tecnologia, empresa responsável pelo site Vagas.com.br, ferramenta
muito bem utilizada pelo Grupo LET Recursos Humanos desde 2001.
Estes dados representam uma tendência de mercado; basta citar que no
último Guia Exame por Vendas todas as
50 maiores empresas revelarem usarem
ferramentas on line de recrutamento,
sendo 15 delas clientes do Vagas.com.br
Com mais tempo para ler muito menos currículos, o recrutador passa a
10 | Janeiro / Fevereiro | 2009
ser mais criterioso, exigindo mais detalhamento. Para se encaixar neste perfil,
Mariana dá algumas dicas: é importante
buscar cursos de pequena duração que
possam oferecer ferramentas específicas que incluam palavras-chaves do perfil de determinadas funções; além disso,
é fundamental não esquecer de todas
as siglas de cursos, instituições, especificações, datas e nome de funções
exercidas. “Quanto mais informações
tiver o seu currículo que se encaixem
no perfil do cargo maior será a chance
do seu currículo ser lido e aproveitado”,
assegura Mariana, ícone da chamada
Geração Y.
Ela tem apenas 23 anos, mas já
exerce função de alta responsabilidade
no atendimento aos clientes de uma
empresa líder em seu mercado. Para
Mariana, boa parte das empresas com
base na Internet tem cultura jovem porque as gerações mais recentes nasceram e cresceram em meio aos mouses
e cliques.
Jovens têm, em geral, ampla facilidade em lidar com as mais complexas
plataformas que hoje produzem formulários customizados para empresas que
definem quais os campos para maior
detalhamento dentro de um currículo on
line. Tanta velocidade exige, contudo,
muito cuidado com as palavras. “Pessoas que usam demais Orkut e MSN
precisam ter atenção ao seu português,
erros de grafia de palavra chamam muito mais atenção em meios eletrônicos”,
alerta Mariana.
Se as empresas estão mudando sua
forma de olhar currículos, dando valor às
palavras-chave – em sua maioria por habilidades técnicas e não comportamentais - , os candidatos também devem
abrir os olhos. Quando se cadastram
em sites como o Vagas.com.br passam
a receber e-mail toda vez que uma empresa abre vagas com o seu perfil. Dessa forma, o candidato também fica livre
a escolher de qual processo seletivo
tomará parte. “Fique de olho no e-mail
e não permita que a caixa postal fique lotada; considere a possibilidade também
de receber torpedos SMS via celular,
muitas empresas já estão fazendo este
tipo de contato”, informa a Gerente Comercial do Vagas.com.br.
“Já estamos
oferecendo
nossas
ferramentas
em inglês e
espanhol”, diz
r
Mariana Matta
da Vagas
Tecnologia.
Foto: Fabrício Mota / TV Globo
personagem / capa
Pedro Bial – Como todo mundo, eu
era ignorante a respeito de um reality show. Quando trouxeram o BBB
ao Brasil eles procuravam alguém
que pudesse sustentar conversas
com os participantes da casa, que
tivesse técnica de entrevista. Na primeira edição buscamos o formato, o
entendimento da dinâmica do programa e o meu próprio papel ali. Um
dia percebi que tinha ido bem, mas
senti que tinha me despido do título
de “jornalista”. O fato é que a pessoa
Pedro gosta de descobrir as pessoas, que elas se revelem.
NEWSLET - Como é a consciência
humana de quem vai falar não com
18 personagens, mas com cerca de
80 milhões?
Pedro Bial
“Um Big Brother
para milhões de pessoas”
E
m meio ao “tempo do culto
saturado às celebridades”
e “busca da fama ilusória”
como ele mesmo define, Pedro Bial, 50 anos, quase 28 deles na TV
Globo, revela nesta entrevista exclusiva
que vê muito da gestão de pessoas em
seu trabalho de conduzir os participantes da casa mais vigiada do país: o Big
Brother Brasil (BBB).
Os quase nove anos nesse “ao vivo
circense” são fontes inesgotáveis de
aprendizado, mesmo ao profissional de
tantas conduções estratégicas – Fantástico, Rock in Rio etc – ou inúmeras coberturas históricas – Queda do Muro de
Berlim (1989), Guerra do Golfo (2001),
colapso da União Soviética (1988), etc
– e ainda livros da densidade de uma
biografia póstuma do jornalista Roberto
Marinho (2004).
A visão multifacetada lhe permite a indignação com a incapacidade do Brasil
em lidar com seus talentos. “Enquanto
os EUA aproveitam, o Brasil chuta seus
cérebros, ainda sem se dar conta de
que são pessoas, ou seja, cérebros, que
tocam uma nação”, diz o BBB Bial.
NEWSLET - Como começou sua
empatia com o público e o feeling
em relação a um reality show?
Pedro Bial – Por exemplo, em um
paredão, antes da exclusão de um
candidato;... estou falando com ele,
mas aquilo serve a qualquer um que
estiver ouvindo a aplicar na sua própria vida. Um exemplo bonito é o da
carta que recebi em 2007 de uma
professora de uma escola carente
na periferia de Brasília. Ela percebeu
que toda 4ª feira seus alunos conversavam sobre “um tal Big Brother”.
Despindo-se dos preconceitos, passou a assistir ao programa e a partir
das histórias do BBB ensinou para a
turma dela, História da Arte, construção da personalidade, dramaturgia,
enfim, aplicou lições referentes ao
que elas estavam assistindo para a
vida. A partir da leitura dessa carta, a
minha consciência ficou muito mais
aguda em relação à responsabilidade de quem passou a falar com gente
que nunca falava antes e com quem
quase ninguém fala até hoje.
NEWSLET – Então o seu aprendizado em quase nove edições foi muito
grande?
Pedro Bial – Foi um aprendizado profissional profundo desse “ao vivo cirJaneiro / Fevereiro | 2009 | 11
personagem / capa
cense”. Já aconteceu de tudo: a gente
erra, se corrige, aparece mulher pelada.
O erro humaniza a televisão e nos ensina. Digo a todos os BBB que isso serve
para a vida deles. Sempre faço uma reflexão sobre o que foi o dia, o programa,
onde deu certo, onde não deu. Isso me
tornou mais tolerante com a limitação
dos outros. É uma ilusão esses caras
acharem que a suposta fama lhes dará
uma nova identidade; mas ganhei muita
compaixão e capacidade para entender
pessoas assim.
NEWSLET – Existe uma pré-temporada que você faça antes de cada edição
do Big Brother?
Pedro Bial – É muito curta. Apenas
dois dias antes de começar assisto às
últimas entrevistas daqueles que foram
selecionados. Anoto os pontos principais, mas não fico estudando pontos
fortes e fracos de cada um, vou pela
minha intuição. O que realmente vale no
BBB é transmitir autenticidade. O públi12 | Janeiro / Fevereiro | 2009
co percebe isso. A câmera de TV revela
coisas que estão por trás do rosto da
pessoa.
NEWSLET - Como você avalia a atuação do “monitor” dos BBBs em comparação a de um Gestor de RH em uma
empresa?
Pedro Bial – A beleza do Gestor de
RH e a beleza de olhar com isenção
os participantes do BBB é a de descobrir os talentos e as singularidades de
cada um. No BBB eles se auto-reduzem a personagens: o “bonzinho”, o
“malvado”. Mas se o personagem for
distante do que realmente a pessoa
é, este não se sustenta. Procuro – e
o gestor de RH também – pegar esse
cara que está se reduzindo e chamálo a ser muito mais do que isso. No
BBB é muito bonito quando eles descobrem sua complexidade e a assumem diante de riscos.
NEWSLET – E em cada BBB há pessoas que se descobrem multifuncionais
por meio da série de provações que
passam dentro da casa...
Pedro Bial – O BBB ajudou a sacudir alguns tipos de preconceitos muito
enraizados. A Graziele Massafera, hoje
reconhecida como atriz e mulher de talento e futuro; quando entrou no BBB 5
foi tachada apressadamente de “loura
burra”. Mas ela mostrou inteligência refinada. E há outras assim no Brasil que
não tiveram a oportunidade dela. No
BBB, por outro lado, temos também um
retrato desolador da realidade brasileira:
gente que não tem informações básicas
sobre o mundo.
NEWSLET – É possível se descobrir
no BBB?
Pedro Bial – Sim, há um processo de auto-conhecimento no BBB.
A pessoa entra achando que é uma
coisa, quer mostrar aos outros o que
ele acha que é, mas os outros vêem
uma outra coisa nela e muitas vezes
Foto: Fabrício Mota / TV Globo
personagem / capa
“Procuro – e o gestor de
RH também – pegar esse
cara que está se reduzindo
e chamá-lo a ser muito
mais... No BBB é muito
bonito quando eles
descobrem sua
complexidade e a assumem
diante de riscos.
Pedro Bial”
revelam a ela. Finalmente, ela passa
a descobrir em si um ser que ela não
sabia que era.
NEWSLET - Você acha que alguém capaz de suportar tamanha pressão sem
sucumbir e conseguindo colocar ideais
éticos acima de tudo pode ser preparado para ser um líder de empresa?
Pedro Bial - Devemos avaliar caso
a caso. Eles têm grande capacidade
de conviver e competir eticamente,
não necessariamente para liderar. Vivemos uma sociedade muito pautada
em “vencedores e perdedores” e, inevitavelmente, há mais perdedores. Então uma pessoa que passa pelo BBB
percebe que é muito mais vantajoso
se colocar na posição de “aprendiz”
e não na de “vencedor” ou de “perdedor”.
NEWSLET – Cada papo seu com os
BBBs gera brain storm e mudanças.
Então você é de fato um gestor?
Pedro Bial - Sim, porém me preocupo sempre em não atrapalhar a dinâmica do jogo. Mas pode haver uma
decisão consciente que não passa
apenas por mim, que questiona já afirmando: “não estaria na hora de dar
uma sacudida nesse grupo?!” No BBB
8 era um grupo difícil, refratário, volta e
meia eu puxava eles. O psiquiatra Marcelo serviu como o elemento que botou pra quebrar, porque todo mundo
botava “panos quentes” o tempo todo.
Já no BBB9 a turma é muito boa e não
tenho precisado esquentar muita coisa. O BBB9 está mais adulto, em uma
dinâmica mais forte.
NEWSLET - Você diz que não quer
atrapalhar, mas existe imparcialidade
no seu papel ou você toma partido
deste ou daquele personagem?
Pedro Bial - Não fico fingindo que
sou absolutamente isento. É claro
que tenho simpatias e antipatias. Procuro não enfatizá-las. Mas tenho que
me comportar assim porque é assim
que o telespectador assiste. Em uma
semana você está gostando de alguém e na outra já acha essa mesma
pessoa “uma mala”. Mas não tomo
partido e nesta corda-bamba consigo
ser honesto.
NEWSLET - No histórico de oito edições do Big Brother Brasil (entrevista realizada no início da 9ª) qual foi
aquela que lhe deu maior trabalho e
qual o que lhe deu maior satisfação
de fazer?
Pedro Bial - As edições que dão menos trabalho são as piores. Quando dá
trabalho é uma delícia! É interessante
observar como a equipe de conduz o
BBB fica estimulada intelectualmente
porque temos que “ler as pessoas” e
a dinâmica entre elas. Os vetores se
alteram diariamente, a cada hora. Um
grupo horrível foi o do BBB6 (da Mara,
Mariana, Rafael). Todos queriam se fazer de bonzinhos, achavam que para
ser vencedor tinham que ser “Madre
Teresa de Calcutá”. Foi um grupo fraco. Cutucava-os o tempo todo! Já o
mais trabalhoso foi o BBB5 pela clara
demonstração de homofobia. Ali percebemos uma repercussão fantástica
da comunidade gay. Algo impensável
anos antes aconteceu: um gay assumido (Jean) venceu o BBB!
NEWSLET - Trocando de identidade:
como você se veria confinado em uma
casa como o Big Brother e assistido
pelo Brasil inteiro por três meses?
Pedro Bial - Iria pirar! Talvez não durasse na casa mais de uma semana
porque eu não teria a entrega suficiente para conseguir prestar atenção
em tudo o tempo todo. Lá dentro eles
têm que estar ligados em tudo: no
que eles dizem, no que aconteceu. É
impressionante! É necessário um nível de obsessão altíssimo para estar
lá dentro que eu não tenho. Acho que
me distrairia. Não daria certo.
Janeiro / Fevereiro | 2009 | 13
SERVIÇOS LET
Foto: Divulgação LET
Rogério Marassi, Operador de Empilhadeira
da GEI (Gerência Industrial – unidade
Petrobras) ao lado de Vanessa de Paula,
Técnica de Segurança no Trabalho do
Grupo LET Recursos Humanos
O valor do
Técnico de Segurança no Trabalho
Realidade urgente para as organizações
C
omo um diferencial no atendimento aos nossos clientes o
Grupo LET completou neste
mês de janeiro um ano oferecendo, sem
custo adicional, os serviços de Técnico
de Segurança no Trabalho (TST). Estes
consistem em medidas adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho,
doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de
trabalho do profissional.
Não bastasse os benefícios, ao
aprimorar as relações entre pessoas,
a Segurança do Trabalho contribui
decisivamente para aumentar a produtividade e qualidade dos produtos
de uma organização. Alguns empresários ainda não atentaram para o
fato de que o custo de um acidente
traz inúmeros prejuízos. Sabe-se até
de casos de empresas que fecharam
suas portas por não suportarem indenizações por acidentes de trabalho.
“Um acidente leva a encargos jurídi-
14 | Janeiro / Fevereiro | 2009
cos, gastos médicos, perda de tempo
e materiais na produção; com certeza
seria muito mais simples e barato investir em prevenção e regularização
da segurança da empresa”, esclarece
Vanessa de Paula, Técnica de Segurança no Trabalho do Grupo LET Recursos Humanos.
Os clientes do Grupo LET beneficiados recebem visitas periódicas com
informações sobre normas de segurança, documentações, inspeções e
treinamentos de segurança. Todos os
ambientes profissionais necessitam
de um TST, dos que apresentam maior
risco aparente de acidentes aos simples escritórios. O Técnico de Segurança no Trabalho atua intensamente
com profissionais que trabalham em
campo (externamente). Estes estão
expostos a um risco maior: físicos,
ergonômicos, químicos etc. No escritório o risco predominante é o de problemas de saúde por erros de postura
e posições erradas de equipamentos
como cadeira, monitor, teclado, iluminação. São riscos que afetam ossos,
músculos, visão, ouvidos etc. E nos
escritórios os problemas não são tão
simples, “verifico que os profissionais
de escritório fazem uma atividade, mas
na verdade lhe pedem muitas outras;
então há muitos problemas por esforço repetitivo”, confirma Vanessa.
“Conscientizo pessoas por meio
de palestras, uso também com placas
de sinalização de segurança e com o
plano de gestão de segurança do trabalho que inclui vários treinamentos,
como combate a incêndio, primeiros
socorros e segurança no uso de empilhadeiras”, conta Vanessa. Nestas
ações ela usa, em geral, linguagem
simples e objetiva, pois lida com profissionais que executam muitas tarefas repetitivas e rápidas “lutando”
contra o tempo. “Mostro com exatidão a gravidade das consequências
SERVIÇOS LET
de doenças que eles podem adquirir
se não tomarem cuidados adequados; há muitas doenças que podem
surgir em ambiente de trabalho sem
se manifestar visivelmente ou trazer
dores”, alerta.
Já na visita técnica são observadas
as condições inseguras do ambiente
bem como os atos inseguros de alguns profissionais. Esta análise indica
e sugere ao cliente a necessidade de
um treinamento ou intervenção para
fazer a modificação daquela condição
de risco. O TST do Grupo LET troca
informações valiosas com o TST da
empresa cliente sobre o dia a dia dos
colaboradores daquela empresa.
Esta cortesia aos clientes do Grupo
LET tem rendido mais do que frutos
esperados: em avaliações de profissionais das empresas, entre janeiro e
novembro deste ano foram reduzidos
sensivelmente casos de acidente e
más condições de trabalho em empresas clientes do Grupo LET. Um
diferencial do Técnico de Segurança
no Trabalho do Grupo LET é o monitoramento diários das condições de
trabalho dos terceirizados e temporários LET locados em clientes. “Pre-
V
tendo reduzir mais ainda os riscos no
trabalho aprimorando o mapeamento
da situação de nossos funcionários”,
planeja Vanessa.
Um dia de conscientização, no entanto, não é tudo, até porque há uma
questão cultural do funcionário achar
que nada irá acontecer com ele. A filosofia do “se não aconteceu até hoje,
por que é que vai acontecer?”, do
profissional operacional ou a do “ah,
estudei para isso, já sei tudo, não preciso que você me diga como é o meu
trabalho”, do profissional de nível superior, infelizmente, ainda imperam
com intensidade em empresas dos
mais diversos ramos de negócio. Este
obstáculo deve ser considerado, mas
precisa ser superado pelo Técnico de
Segurança no Trabalho.
Contra dados concretos, porém, não
há o que contestar. Diversas empresas
brasileiras e multinacionais fizeram um
levantamento no qual perceberam que
boa parte do absenteísmo no trabalho
se deve a condições, posturas, equipamento e ambientes inadequados de
trabalho. Chegaram à conclusão de
que o papel do Técnico de Segurança no Trabalho passa a ser vital para
a sobrevivência do próprio orçamento
anual de suas organizações.
Some-se a isso o aspecto legal da
questão Segurança no Trabalho, cujos
profissionais são exigidos por lei nas
organizações. Recentemente aumentou no meio corporativo a percepção
da importância do Técnico de Segurança no Trabalho porque o Ministério
do Trabalho está mais incisivo na fiscalização. Hoje os fiscalizadores atuam mais no intuito de instruir a uma
empresa a cumprir a regulamentação.
Quando uma empresa não é obrigada
a ter um Técnico de Segurança no Trabalho em seus quadros ela tem que
contratar (terceirizar) esse serviço.
Existem empresas que dão este
tipo de assistência em PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e PCMSO (Programa de Controle
Médico e Saúde Ocupacional) e com
o médico do trabalho – em geral terceirizado. Cada PPRA (Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais)
vai traçar todo o risco daquela frente
de trabalho. E dentro do PPRA há as
sugestões de melhoria para aqueles
riscos que o TST precisa estar monitorando passo a passo.
O CERTO e o ERRADO no escritório
eja nestes dois quadros as
posições corretas para cada
elemento envolvido no trabalho diário de um escritório.
Vale ressaltar que o monitor precisa
estar em um ângulo reto (90º) em relação aos olhos do profissional que o
utiliza; apoio para o punho no teclado
e no mouse, além de apoio para o descanso dos pés são mandatórios. São
medidas que irão melhorar e MUITO as
condições de trabalho.
Janeiro / Fevereiro | 2009 | 15
mercado
Nova
Rio
Informações precisas sobre Trabalho Temporário e Terceirização
O
contratante (ou tomador)
de serviços precisa hoje de
cada vez mais informações
sobre as particularidades
que a terceirização e a administração
do trabalho temporário incluem. Buscando sempre aprimorar seu foco de
informar as empresas contratantes,
a ASSERTTEM (Associação das Empresas de Serviços Terceirizáveis e
Temporários – criada em 1970) em sua
regional Rio de Janeiro passará a investir neste ano de 2009 em eventos
semestrais e cursos intensivos.
“Queremos ajudar as empresas
contratantes a realizar terceirização
onde realmente elas precisem e administrar seus temporários com um controle preciso daquilo que pode ou não
ser feito”, enfatiza Márcia Costantini
(Diretora da Personale RH), que está
assumindo a diretoria da ASSERTTEM Rio em gestão participativa com
Joaquim Lauria (Diretor do Grupo LET
Recursos Humanos) e George Gassmann (Diretor da Parceria RH).
Além de aumentar número de associados, a ASSERTTEM Rio também vai
priorizar a qualidade, por meio inclusive de proposta de parcerias com a
ABRH-RJ e ABRH Nacional que gerem
visibilidade às informações sobre terceirização e trabalho temporário em
eventos como o RH RIO e o CONARH (Congresso Nacional Para Gestão
com Pessoas). A nova diretoria da ASSERTTEM Rio também pretende obter
16 | Janeiro / Fevereiro | 2009
descontos aos seus associados nos
eventos da ABRH-RJ em uma futura
parceria com esta entidade.
O primeiro desafio desta gestão participativa, no entanto, é o da montagem
de um programa de treinamento, por
meio de cursos, para os colaboradores
de cada empresa associada. Os cursos
incluirão formatos modernos de atendimento ao cliente, departamento pessoal, modernas técnicas de recrutamento
e seleção, avaliação de desempenho,
liderança, novas legislações, procedimentos de qualidade, entre outros.
“Eles serão construídos em reuniões
nas quais cada empresa associada à
ASSERTTEM irá expor suas necessidades”, informa Joaquim Lauria.
Ainda há um horizonte levemente nebuloso para algumas empresas
contratantes que pretendem terceirizar
e/ou incluir temporários em seus quadros. Algumas ainda temem diante da
decisão sobre quais áreas e funções
exatamente podem terceirizar ou precisam; também têm dúvidas sobre
como se renova contrato de temporário ou quais são os encargos deste
tipo de colaborador e outras sequer
sabem que para admitir temporários
precisam obter um registro específico
no Ministério do Trabalho.
Com o suporte do novo Presidente Nacional da ASSERTTEM, Vander
Morales, bem como do convite à Delegacia Regional do Trabalho (conteúdo
sobre fiscalização), a equipe do Rio
de Janeiro terá bons subsídios para
prosseguir em sua missão de atualizar
constantemente as empresas associadas – hoje 26.
Da esquerda para a direita Joaquim Lauria,
Márcia Costantini e George Gassmann
Sobre Trabalho Temporário
(retirado de www.asserttem.com.br )
A evolução do Trabalho Temporário e
de sua regulamentação mostra que,
entre as formas de trabalho, ele se
posiciona como a alternativa mais
viável face à demanda da flexibilidade e rápida mobilização de recursos
humanos nas organizações. O Trabalho Temporário permite o aproveitamento de parcela da população ativa
que, por razões diversas, encontrase marginalizada do mercado de empregos efetivos. Largos segmentos
encontram no Trabalho Temporário a
possibilidade de auferir rendimentos
dignos e imediatos, sem a necessidade de vínculos permanentes e com
direitos trabalhistas praticamente
equiparados aos dos empregados
permanentes.

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