O consumo masculino
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O consumo masculino
O consumo masculino Muito tem se falado sobre o desenvolvimento econômico brasileiro que levou milhares de pessoas a consumir marcas, serviços e categorias de produtos que até então eram inacessíveis à grande parte da população. O crescimento de uma elite, acompanhado da evolução da renda e do acesso ao crédito gerou uma significativa mudança no perfil do consumidor. Vivemos um novo momento. São novos consumidores, novas marcas e novas oportunidades. O mercado de Luxo, que evolui de maneira muito peculiar, já provou que não para de crescer nem mesmo em tempos de crise mundial. O mercado de consumo de bens de Luxo acompanha as mudanças no perfil dos seus consumidores e, de acordo com a Pesquisa “O Mercado do Luxo no Brasil – Ano V”, da MCF Consultoria em parceria com o instituto de pesquisas GfK, o número de homens que aqui compram produtos de alto padrão é praticamente o mesma que o de mulheres. Mesmo elas ainda sendo a roda motriz deste segmento, hoje este mercado atende cada vez mais o publico masculino e as mudanças no que antes era um cenário improvável são reflexos na transformação do papel do homem na sociedade. As marcas procuram explorar e entender o estilo de vida dessa nova geração de clientes masculinos que se permitem o cuidado, o prazer pessoal e que assumidamente gostam de moda. Os homens buscam marcas que conversem com eles e que atendam às suas vontades. São consumidores muito bem informados e educados que, mesmo num movimento mais cauteloso que o das mulheres, tem cada vez mais interesse em marcas e tendências de moda, beleza e lifestyle. A vaidade é clara e a preocupação com a imagem é uma realidade. A “masculinização” do mercado de Luxo é um fenômeno global. A americana Coach viu os seus números dobrarem no último ano: a porcentagem de vendas de produtos masculinos passou de 2,5% para 5% do total de vendas anuais – um aumento de mais de US$ 200 milhões. Já a Hermès viu a sua única loja de Nova York exclusivamente masculina ter um crescimento de vendas maior do que a média global de todo os Estados Unidos. E a Louis Vuitton lançou um serviço de sapatos feitos à mão e sob medida em sua loja de Milão. Acompanhando as previsões do relatório Altagamma, que estima que o mercado global de read-to-wear invista US$ 31,2 bilhões em produtos masculinos, o Grupo PPR, responsável por marcas como Yves Saint Lauren, Alexander McQueen, Balenciaga e Stella Mccartney, anunciou a abertura de lojas com todo o seu conceito voltado para os homens. A primeira delas foi uma loja Bottega Veneta – onde as vendas masculinas representam 30% do negócio – na China e a segunda, uma loja Gucci For Men em São Paulo, no shopping Iguatemi JK. É a força dos mercados emergentes, onde só no Brasil é esperado um crescimento de mais de 20% do mercado de Luxo em 2012. Aproveitando um momento bastante promissor do varejo nacional, o Grupo Restoque, responsável pelas marcas Le Lis Blanc, Bo. Bô. e John John, lançou a sua marca masculina, a Noir, Lelis. É a expansão de um grupo consolidado, que num movimento bastante agressivo e de planos audaciosos, pretende abrir 32 lojas da marca Noir, Lelis até o final de 2012. Não estamos diante de uma mudança temporária, mas sim de uma evolução que no longo prazo mudará os hábitos dos clientes de todo o mundo. O homem deixou o consumo tradicional de lado, e as empresas têm o desafio de compreender sua nova forma de comportamento. A força de consumo masculina cresce e desperta o interesse das grandes marcas que devem aproveitar esta vontade e investir, para que respondam e se comuniquem da melhor forma possível. O homem está no centro das atenções!