Caderno de Sustentabilidade 2009

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Caderno de Sustentabilidade 2009
relatório
de sustentabilidade
relatório de sustentabilidade 2009
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01 02 03 04 05 06 07 08 09
mensagem
dos presidentes
visão
e estratégia
âmbito
d0 relatório
apresentação
e perfil
do grupo
governação,
compromissos
com iniciativas
externas,
relacionamento
com
stakeholders
responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
investigação,
desenvolvimento
e inovação
desempenho
pág 3
pág 7
pág 11
pág 17
pág 64
pág 74
pág 103
pág 109
índice GRI
anexo
feedback
das partes
interessadas
pág 169
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mensagem
dos presidentes
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mensagem
dos presidentes
A crise financeira que abalou o mundo em 2008 repercutiu-se em
2009 no desempenho económico dos países mais desenvolvidos.
As restrições no acesso ao crédito, a quebra da procura global e
dos fluxos de investimento, e a crise de confiança dos mercados,
estiveram na origem de um período recessivo da actividade
económica com decréscimo do produto interno na generalidade
dos países.
Apesar das dificuldades criadas por um cenário macroeconómico
adverso, o Grupo Mota-Engil foi capaz de resistir à crise e de
cumprir os objectivos do seu plano estratégico “Ambição 2013”,
naquele que foi o primeiro ano da sua plena execução.
O Grupo Mota-Engil logrou assegurar níveis de rentabilidade em
linha com os anos anteriores, prosseguindo com êxito a estratégia
de crescimento, diversificação e internacionalização das suas
actividades, vectores essenciais à criação sustentada de valor a
longo prazo.
O volume de negócios do Grupo cresceu 14% em relação a 2008,
cifrando-se em 2.131 milhões de euros.
O resultado líquido atribuível ao Grupo em 2009 ascendeu a 71.7
milhões de euros.
A carteira de encomendas tem vindo a bater sucessivos recordes,
situando-se na casa dos 3,6 mil milhões de euros.
A área de Engenharia e Construção continua a ser a principal área
de negócios do Grupo.
António Mota
Jorge Coelho
Presidente do Conselho de Administração
Presidente da Comissão Executiva
Representando cerca de 79% do seu volume de negócios, viu a sua
actividade crescer 15% em 2009, cifrando-se em 1.694 milhões
de euros.
O mercado de Angola, com um crescimento de 40% face a 2008,
foi o grande responsável por este incremento, seguido do mercado
doméstico, que cresceu 14%.
O peso relativo deste mercado na área de negócios Engenharia
e Construção tem vindo a diminuir gradualmente ao longo dos
últimos anos, representando em 2009 47% do seu volume de
negócios (49% em 2008).
A Europa Central, por seu turno, registou um recuo de 11%.
Com um crescimento de 17% e um volume de negócios de 333
milhões de euros, a área de Ambiente e Serviços averbou em 2009
um assinalável desempenho, representando 16% do volume de
negócios do Grupo e 22% do EBITDA gerado.
Com um volume de negócios de 117 milhões de euros em 2009,
valor muito próximo do averbado em 2008, a área das Concessões
de Transportes registou um EBITDA de 105 milhões de euros,
representando 34% do EBITDA do Grupo em 2009.
Visando suportar a execução do plano estratégico “Ambição
2013” e o reforço do processo de internacionalização do Grupo, foi
introduzido em 2009 um novo modelo organizacional consagrado
na distribuição de responsabilidades por três áreas geográficas
fundamentais (África, América Latina e Europa Central).
O ano de 2009 fica ainda marcado por um conjunto de factos que
assinalam a evolução das operações e actividades do Grupo.
A comunicação, pelo concedente, da intenção de adjudicação
da Subconcessão do Pinhal Interior ao consórcio liderado pela
Mota-Engil constitui o acontecimento de maior relevância
no plano interno.
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mensagem
dos presidentes
Em Angola, a Mota-Engil Engenharia assinou um memorando de
entendimento para a constituição de uma sociedade de direito
angolano detida a 51% pelo Grupo, sendo os restantes 49% detidos
por um consórcio angolano liderado pela Sonangol.
A Ascendi, detida pelo Grupo em 60%, assinou um contrato de
concessão para a exploração da rodovia Marechal Rondon Leste no
estado brasileiro de São Paulo, naquela que é a primeira grande
operação da concessionária no Brasil.
Ainda em Angola, registe-se a adjudicação da obra de
requalificação da Baía de Luanda a um consórcio participado em
50% pela Mota-Engil Engenharia.
Em Moçambique, o consórcio participado em 40% pela Ascendi
e que integra o estado moçambicano, celebrou um contrato de
concessão para a concepção, construção, financiamento, operação e
manutenção da nova ponte de Tete, englobando ainda a reabilitação
e manutenção de várias infra-estruturas rodoviárias da região.
No quadro da diversificação do seu portefólio de negócios neste
país africano, assinale-se igualmente a formalização de uma
parceria com uma empresa no sector da indústria de trefilaria,
através da Mota-Engil Angola, para a construção de uma unidade
industrial de trefilaria na província de Benguela.
A Mota-Engil Central Europe mostrou-se particularmente activa na
Polónia, o seu mercado de referência.
A construção de uma via rápida, com perfil de auto-estrada, na
cidade de Skar ż ysko, a construção de uma secção da via rápida S8
entre as cidades de Je Žewo e Białystok, ambas em consórcio, e a
adjudicação de um outro importante conjunto de obras rodoviárias,
pontuam a actividade do Grupo neste país da Europa Central.
Na área de Ambiente e Serviços, realce-se a adjudicação da
concessão do Porto de Paita, no norte do Peru, ao consórcio
participado em 50% pela Mota-Engil através da Tertir e
da sua participada peruana Translei, evento que marca a
internacionalização da actividade logístico-portuária do Grupo.
No que toca à área das Concessões de Transportes, o Grupo
concluiu a aquisição de parte do capital da Lusoponte, tornando-se
o seu maior accionista, com uma participação de 38.02%.
As matérias relacionadas com a sustentabilidade e a responsabilidade
social no Grupo Mota-Engil continuaram no centro das nossas
preocupações.
A gestão do capital humano, a valorização do talento e do mérito e
a criação de valor com e através das pessoas, constituem um vector
determinante do plano estratégico “Ambição 2013” e um elemento
estruturante da estratégia de sustentabilidade e do programa de
responsabilidade social do Grupo Mota-Engil.
Além do desenvolvimento e consolidação das actividades da
universidade corporativa do Grupo Mota-Engil Active School, foi
lançado ainda neste âmbito o seminário WELCOME de acolhimento
corporativo visando a plena integração de novos quadros
recrutados pelo Grupo, bem como a primeira edição do programa
START@ME de acolhimento de “Trainees”.
O ano de 2009 conheceu ainda o lançamento do projecto
ONE – MOTA-ENGIL HR CORPORATE STANDARDS, visando a adopção
à escala do Grupo de um modelo corporativo comum de gestão
integrada de recursos humanos, envolvendo a gestão do desempenho,
a política retributiva e a política de mobilidade internacional.
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mensagem
dos presidentes
O apoio ao desenvolvimento social, educativo cultural, e ambiental
das comunidades onde se insere constitui igualmente um vector
fundamental da política de responsabilidade social do Grupo.
Procurando reforçar a solidez deste desígnio e dar expressão
organizada, sistematizada e duradoura ao seu compromisso com
uma gestão socialmente responsável, foi instituída em finais de
2009 a Fundação Manuel António da Mota.
A Fundação será o veículo privilegiado do Grupo no apoio a
iniciativas de solidariedade social e de natureza cultural nos
domínios de educação, saúde, ambiente, organização e apoio à
actividade artística.
Pela sua dimensão e diversidade, o Grupo Mota-Engil mantém um
extenso e complexo conjunto de relações com múltiplas pessoas e
entidades, a quem deve muito do seu sucesso e que são por isso
credoras do nosso apreço.
Uma saudação final e uma palavra de reconhecido agradecimento
a todos os Colaboradores, Accionistas, Clientes, Fornecedores,
Entidades Financeiras e demais parceiros que nos ajudam a
engrandecer a nossa história e a projectar o futuro de um Grupo
cada vez mais forte, coeso e solidário.
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visão e estratégia
PRESENTE
O presente que reflecte
um futuro sustentável
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visão e estratégia
O ano de 2009 representa o primeiro ano de plena execução do
plano estratégico “Ambição 2013”.
Assente nos eixos de crescimento, internacionalização,
diversificação e valorização do capital humano, este plano visa
projectar o futuro do Grupo para o próximo quadriénio.
Na área de Engenharia e Construção, o Grupo Mota-Engil manteve
em 2009 a liderança no mercado nacional, posição que vem
conservando ao longo dos últimos anos.
Representando a principal área da Mota-Engil com 79% do seu volume
de negócios, constitui-se como verdadeira alavanca e motor do
Grupo para a sua expansão e desenvolvimento, naquele que é o seu
propósito em consolidar a liderança no mercado interno, ganhando ao
mesmo tempo progressiva dimensão e exposição internacionais.
Com 53% do seu volume de negócios no estrangeiro, o ano de
2009 vem confirmar esta linha de tendência, procurando-se assim
explorar oportunidades de negócio em mercados com maior
potencial de crescimento e atractividade comercial, permitindo
assim obter os indispensáveis equilíbrios que garantam a
rendibilidade e sustentabilidade do processo de crescimento.
Assim e apesar do decréscimo de actividade na Europa Central,
com um recentramento das operações na Polónia, mercado
de referência nesta zona geográfica, e da menor vitalidade do
mercado doméstico, o volume de negócios da E&C cresceu 15%,
grandemente suportado pelo incremento de 40% em Angola
(segundo maior mercado do Grupo) e de 14% em Portugal.
A área de Ambiente e Serviços traduz de modo significativo o
esforço de diversificação do Grupo, tendo visto aumentar a sua
actividade em 2009.
Líder em Portugal no segmento do mercado privatizado de gestão
de resíduos sólidos urbanos e limpeza urbana, o Grupo ambiciona
expandir-se para outros mercados, tirando partido e aproveitando
as sinergias geradas pela presença da área de Engenharia
e Construção.
A participada do Grupo Vista Waste iniciou a operação em Angola,
prevendo-se ainda a aquisição de uma empresa de gestão de
resíduos no Brasil.
No sector da água, de resto o que mais contribuiu para o aumento
do volume de negócios desta área, registe-se o arranque da
concessão de Vila do Conde e o estabelecimento de uma parceria
público-privada com o município de São João da Madeira.
Na área portuária e logística, o Grupo conserva a liderança no sector
portuário nacional, assinalando-se o primeiro ano de operação em
pleno da Takargo, primeira operadora nacional privada no segmento
do transporte ferroviário de mercadorias, e a concessão do Porto de
Paita no norte do Peru, naquela que é a primeira grande operação
internacional neste segmento de negócio.
Na área das concessões de transportes, o Grupo mantém através
da Ascendi a vice-liderança nacional no domínio das concessões
rodoviárias.
O ano fica marcado, no plano nacional, pelo reforço do capital
na Lusoponte, e pelo arranque e manifestação de intenção de
adjudicação, das subconcessões do Douro Interior e Pinhal Interior,
respectivamente.
No plano internacional, foi assinado em 2009 um contrato de
concessão rodoviária no estado de São Paulo, passando o Brasil
a figurar entre os países onde esta área marca presença.
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visão e estratégia
No ano de 2009 teve lugar uma das mais profundas recessões
económicas dos últimos 60 anos. A incerteza nos mercados atingiu
o seu apogeu, abalando os níveis de confiança de todos os agentes
económicos.
Assistiu-se a uma queda pronunciada da actividade e dos fluxos de
comércio internacional, quebras acentuadas no investimento e na
procura global, o que viria a traduzir-se no decréscimo do produto
nas economias mais desenvolvidas.
As medidas adoptadas pelos governos e bancos centrais de
diversos países permitiram entretanto atenuar os riscos sistémicos,
produzindo paralelamente os necessários reequilíbrios financeiros,
de modo a impedir danos mais severos sobre o desempenho das
economias dos países afectados.
A partir de meados de 2009 começaram a sentir-se os efeitos de
uma progressiva recuperação económica, emergindo no entanto
outros riscos relacionados com a saúde das finanças públicas dos
países atingidos pela crise, de que Portugal é exemplo, a que se
associa a prevalência do desemprego e de outros problemas socais
agravados pelo fraco desempenho da economia, num processo de
recuperação que se adivinha débil e lento.
Neste contexto, aumenta a exposição das empresas ao risco e
a necessidade da sua gestão rigorosa e atenta, num cenário de
permanente adaptação e incerteza.
Ontem como hoje, os grandes desafios da sustentabilidade figuram
na ordem do dia.
No plano ambiental, as alterações climáticas e em particular o
aquecimento global continuam a concitar uma resposta tímida e
insuficiente por parte da comunidade internacional.
Avoluma-se, pois, o temor em torno da insuficiência das medidas
necessárias para afrontar decididamente a questão climática.
A gestão sustentável de recursos decisivos como a água e a
energia permanece ameaçada, persistindo linhas de tendência
insustentáveis na utilização de um sem-número de recursos
naturais escassos, assistindo-se concomitantemente à persistente
deterioração dos ecossistemas e à perda da biodiversidade.
No plano social e apesar dos avanços alcançados, a pobreza
extrema e a fome persistem atavicamente em múltiplas geografias,
situação que a crise económica e financeira mundial ajudou
a acentuar.
Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) continuam
distantes, admitindo-se já como seguro o incumprimento da
generalidade ou de parte desses objectivos até 2015.
O papel das empresas em prol da sustentabilidade assume assim
contornos de extrema relevância, nas suas várias dimensões.
Em observância dos objectivos gerais da sua estratégia de
sustentabilidade, o Grupo tem vindo a obter importantes ganhos
em matéria de ecoeficiência na utilização de recursos fundamentais
como a água ou a energia.
A preservação do ambiente e as questões ligadas à biodiversidade,
que acabam por ganhar importância acrescida em função,
particularmente, da actividade da área de Engenharia e Construção,
tiveram em 2009 forte incidência.
A aposta em soluções de construção sustentável, a vitalidade
do seu sistema de inovação na busca de soluções económica
e ambientalmente mais eficientes, a gestão dos resíduos de
construção e demolição e a incorporação de materiais reutilizados
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visão e estratégia
ou reciclados na construção de infra-estruturas rodoviárias,
avultam entre as mais significativas acções neste domínio.
O labor desenvolvido no domínio da educação e sensibilização
ambiental junto das populações servidas pela SUMA, no sector dos
resíduos e limpeza urbana, constitui já uma imagem de marca desta
unidade de negócio do Grupo.
No plano social interno, o Grupo tem-se mostrado particularmente
atento à valorização do seu capital humano, tendo o ano de 2009
ficado assinalado por avanços sistemáticos e consistentes
neste domínio.
Em 2009 assistiu-se à consolidação das actividades da Mota-Engil
Active School, de que se destaca a o lançamento do programa
WELCOME de acolhimento corporativo dirigido a novos quadros
do Grupo, a primeira edição do programa de acolhimento de
“Trainees”, START@ME, visando o reforço da cultura e a partilha
de valores no seio do Grupo.
O desenvolvimento do projecto ONE – MOTA-ENGIL HR CORPORATE
STANDARDS traduz, ainda em 2009, a aposta do Grupo na adopção
de um modelo corporativo comum de gestão integrada de recursos
humanos.
Aspectos, todos eles, já realçados no capítulo anterior.
Num ano particularmente sensível e problemático, a Mota-Engil
prosseguiu em 2009 o seu esforço de envolvimento e apoio a
projectos e causas de vária índole, acentuando-se o seu apoio
a organizações do terceiro sector através da marca Mota-Engil
Solidária, no cumprimento de um dos principais objectivos do seu
programa de responsabilidade social.
A criação da Fundação Manuel António da Mota no final de 2009
vem coroar exemplarmente esse esforço e confirmar de modo
indeclinável o empenho do Grupo Mota-Engil em afirmar-se cada
vez mais como grupo solidário e socialmente responsável, atento e
comprometido com os grandes desafios do mundo contemporâneo.
03
âmbito
do relatório
compromisso
O permanente
compromisso com
um mundo melhor
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03
âmbito
do relatório
03.1
perfil do relatório
O Grupo Mota-Engil, através da sociedade holding Mota-Engil
SGPS, SA, Sociedade Aberta, publica o seu Relatório
de Sustentabilidade de 2009.
Na sequência dos compromissos assumidos, o Grupo Mota-Engil
procede à reedição deste documento, com periodicidade anual,
comunicando e dando a conhecer às partes interessadas o seu
desempenho em matéria de sustentabilidade.
A comunicação do desempenho nos domínios social e ambiental,
para além da sua dimensão económica aprofundadamente
desenvolvida no Relatório e Contas de 2009, constitui um elemento
fundamental da estratégia de sustentabilidade do Grupo.
Na linha do que tem sido prática em múltiplas empresas e
organizações de referência nos planos nacional e internacional,
este Relatório foi concebido de acordo com as Directrizes “Global
Reporting Initiative” (GRI versão 3.0) para elaboração de Relatórios
de Sustentabilidade.
O Relatório de Sustentabilidade 2009, publicado em língua
portuguesa e inglesa, encontra-se disponível em formato digital,
podendo ser consultado no endereço de Internet do Grupo
Mota-Engil em www.mota-engil.pt.
No quadro de abertura e diálogo permanente e sistemático com as
suas partes interessadas, internas e externas, o Grupo Mota-Engil
acolhe favoravelmente os pedidos de esclarecimento, comentários
ou sugestões que lhe sejam transmitidos.
O diálogo assim estabelecido é um instrumento fundamental de
auscultação e de integração das preocupações e propostas das
partes interessadas, nomeadamente clientes, fornecedores,
investidores, entidades públicas, organizações não-governamentais,
entre outras, e onde se inclui, de forma privilegiada, o universo dos
colaboradores do Grupo Mota-Engil no plano mais vasto de uma
eficaz política de comunicação interna activa e participativa.
Os assuntos relativos a este Relatório e à sustentabilidade em geral
podem ser colocados à Direcção de Responsabilidade Social
e Sustentabilidade do Grupo Mota-Engil através dos seguintes
contactos:
MOTA-ENGIL, SGPS, SA, SOCIEDADE ABERTA
Direcção de Responsabilidade Social e Sustentabilidade
ENDEREÇO
Rua Rego Lameiro, nº 38
4300-454 Porto
Portugal
TELEFONE
+351 220 914 454
FAX
+351 220 914 291
CORREIO ELECTRÓNICO
[email protected]
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03
âmbito
do relatório
No final do Relatório e como seu Anexo, encontra-se um
formulário, denominado “Feedback de partes interessadas”, que
poderá revelar-se muito útil na apreciação dos vários aspectos do
Relatório e, na óptica da entidade relatora, de grande importância
no seu aperfeiçoamento em futuras edições.
03.2
objectivos e limites
do relatório
Enquadramento
No seu processo de desenvolvimento estratégico, assente no
crescimento, na internacionalização e na diversificação, o Grupo
Mota-Engil agrega hoje um conjunto muito diversificado de
negócios, afirmando-se de forma crescente como Grupo
empresarial de base portuguesa num contexto multinacional.
O carácter multi-sectorial das actividades do Grupo Mota-Engil,
englobando as áreas de Engenharia e Construção, Ambiente e
Serviços e Concessões de Transportes, e a sua presença em
contextos geográficos diversos, operando em 19 países de três
continentes, torna a identificação dos aspectos da sustentabilidade
materialmente relevantes uma tarefa de elevado grau
de complexidade e exigência.
A estratégia de sustentabilidade do Grupo encontra-se suportada
organicamente na Direcção de Responsabilidade Social e
Sustentabilidade, directamente dependente da Comissão Executiva
da Holding, e no Conselho Coordenador para a Sustentabilidade
(CCS), englobando membros de várias áreas funcionais e unidades
de negócio.
Este modelo de gestão visa favorecer a difusão transversal da
estratégia de sustentabilidade a toda a organização, tornar claro
o compromisso do Grupo e permitir uma ligação eficaz às áreas
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03
âmbito
do relatório
e unidades de negócio, responsáveis no plano operacional pela
condução das actividades e execução dos objectivos decorrentes
da estratégia de sustentabilidade do Grupo.
Estratégia e prioridades
Assim, a concepção da estratégia de sustentabilidade, bem como
a determinação das questões prioritárias e a identificação das
principais partes interessadas para efeitos de execução da política
de sustentabilidade e elaboração do Relatório, obedeceu, à
semelhança dos anos anteriores, a um processo de auscultação
interno promovido junto dos principais responsáveis das
sub-holdings e unidades de negócio do Grupo, com particular ênfase
nas que são objecto de relato mais detalhado neste documento,
daí resultando um consenso alargado e um conjunto de múltiplas
contribuições indispensáveis à elaboração do Relatório.
A determinação dos aspectos materialmente relevantes constitui
uma fase incontornável na correcta utilização das Directrizes
adoptadas e pressuposto essencial do cumprimento do plano
estratégico e das actividades dele dependentes.
Os sistemas de recolha, tratamento e difusão da informação que
suportam o modelo e os processos de gestão e de tomada de
decisão encontram-se particularmente desenvolvidos no âmbito
da Mota-Engil Engenharia e da SUMA, razão pela qual, a exemplo
dos relatos anteriores, são estas as únicas entidades do universo
do Grupo a fornecer e divulgar indicadores de acordo com
o referencial adoptado.
Tais entidades figuram, porém, entre as mais relevantes no que
toca à dimensão e presença no mercado, permitindo a este
Relatório ter, apesar das limitações ora enunciadas, um
considerável grau de representatividade do todo.
Mantém-se o propósito da entidade relatora em expandir o quadro
de indicadores às demais entidades do Grupo e às suas operações
nos mercados internacionais, faseadamente e alargando assim o
perímetro de abrangência do Relatório de Sustentabilidade.
Indicadores
O quadro de indicadores estabelecido pelas directrizes de relato
adoptadas deve, por sua vez, reflectir e ser o natural corolário dos
objectivos traçados e dos planos de actuação conducentes à sua
concretização, tendo por base os tópicos prioritários
da sustentabilidade considerados materialmente relevantes.
Pretende-se ainda, numa segunda fase, integrar nos sistemas de
informação novos indicadores que reflictam com maior propriedade
as especificidades de cada área e unidade de negócio face aos
desafios da sustentabilidade, de forma a servir mais eficazmente
o processo interno de melhoria contínua e a tornar mais clara e
perceptível a sua comparabilidade com organizações congéneres,
obedecendo a uma lógica de “benchmarking” sectorial com
evidentes benefícios para a avaliação da entidade relatora pelo
conjunto das partes interessadas.
A resposta aos indicadores, enquanto barómetro por excelência
de aferição do desempenho, não deve pois ser vista como acto
isolado, mas antes como parte integrante da arquitectura de gestão
do Grupo, em geral, e do seu modelo de gestão da sustentabilidade,
em particular, ganhando especial relevo o papel dos sistemas
de informação.
As técnicas de recolha e tratamento da informação e os métodos
de cálculo relevantes para a produção e difusão dos indicadores
são disponibilizados nos locais próprios e, sendo caso disso,
evidenciadas as alterações a declarações prestadas no Relatório
anterior e sua fundamentação, mormente as que possam surgir de
quaisquer processos de fusão, aquisição ou operações análogas.
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03
âmbito
do relatório
Abrangência
Atentas as circunstâncias referidas, o Relatório de Sustentabilidade
de 2009 abrangerá, no que respeita à divulgação de indicadores, as
seguintes entidades:
ÁREA DE NEGÓCIO – Engenharia e Construção
UNIDADE DE NEGÓCIO – Mota-Engil Engenharia e Construção, SA
PERÍMETRO GEOGRÁFICO – Actividade em Portugal
ÁREA DE NEGÓCIO – Ambiente e Serviços
UNIDADE DE NEGÓCIO – SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SA
PERÍMETRO GEOGRÁFICO – Actividade em Portugal
Em múltiplas ocasiões ao longo do presente Relatório e em
consonância com a forma como geralmente são apresentadas na
generalidade dos demais suportes de comunicação do Grupo, a
referência a estas entidades constará sob a designação abreviada
de “Mota-Engil Engenharia” e “SUMA”.
As designações “Mota-Engil Engenharia” e “SUMA” devem ser assim
entendidas como englobando os negócios e actividades na
dependência da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA (Holding
para a área de negócios de Engenharia e Construção) e SUMA,
Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SA (Holding da área de negócios
de Ambiente e Serviços para os negócios e actividades no sector
dos Resíduos).
Tendo em conta as limitações específicas decorrentes da informação
disponível, nalguns casos, ou a sua dimensão relativa, nos demais,
as áreas e unidades de negócio do Grupo que não fornecem
indicadores serão objecto de uma abordagem de gestão mais
restrita, procurando-se sobretudo dar uma visão global do Grupo
na sua diversidade, aprofundando face ao conjunto das suas
actividades, geográfica e materialmente dispersas, os aspectos
com maior relevância no domínio da sustentabilidade.
No que toca à presença em “joint ventures” ou actividades em
regime de “outsourcing”, estas não serão objecto de relato.
03.3
índice GRI
O Capítulo 9, sob a designação “Índice GRI”, contém o quadro
ordenado dos Indicadores GRI 3.0, indicando a sua localização
no Relatório.
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03
âmbito
do relatório
03.4
autodeclaração
O Grupo Mota-Engil autodeclara o nível C de adopção das Directrizes
GRI 3.0.
A verificação externa por entidade independente do Relatório de
Sustentabilidade constitui um objectivo a ser concretizado logo
que se mostre oportuno e se encontrem reunidas as indispensáveis
condições.
Relatório Níveis de Aplicação
C
Consolidado do Relatório
Perfil da G3
>
Responder aos itens: 1.1; 2.1 a
2.10; 3.1 a 3.8; 3.10 a 3.12; 4.1 a
4.4; 4.14 a 4.15
Informações sobre
a forma de Gestão da G3
>
Não exigido
Indicadores de
Desempenho da G3
& Indicadores
de Suplemento Sect0rial
>
Responder a um mínimo de 10
Indicadores de Desempenho,
incluindo pelo menos um de
cada uma das seguintes áreas de
desempenho: social, económico
e ambiental
04
apresentação
e perfil do Grupo
âmbito
Um Grupo global
de âmbito local
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04
apresentação
e perfil do Grupo
04.1
breve sinopse histórica
A Mota & Companhia e a Engil foram fundadas, respectivamente,
nos anos de 1946 e 1952.
Ao longo de várias décadas, as duas empresas consolidaram
progressivamente a sua posição no mercado de construção civil e
obras públicas.
Em 1975, a Mota & Companhia iniciou, a partir de Angola, o seu
processo de internacionalização, relançando, um ano mais tarde,
a sua actividade em Portugal.
A empreitada de regularização do Baixo Mondego adjudicada à
época constitui um importante marco na história da empresa,
simbolizando o início da sua progressiva afirmação como empresa
de referência no domínio das obras públicas em Portugal.
Em 1978, a Engil dá início, por seu turno, ao processo de
internacionalização das suas actividades.
Em 1980, a Mota & Companhia, em parceria com o estado angolano,
cria a empresa de Construção de Terraplenagens Paviterra, UEM,
expandindo assim as suas operações em Angola, num território
onde marcara presença ininterrupta desde a sua fundação.
Em 1984, a Mota & Companhia executa o lanço do IP5
Albergaria-Viseu, obra pública que se viria a tornar decisiva
e emblemática para a infra-estruturação da rede viária do País.
O mesmo aconteceria com a Engil, em 1987, ao associar o seu
nome a uma importante obra pública nacional com a construção
da barragem do Alto Lindoso, de enorme relevância para
a modernização e o reforço do sistema electroprodutor nacional.
Igualmente em 1987, a Mota & Companhia passa a sociedade
anónima, após o que viria a dispersar 12% do seu capital pelo
público e a solicitar a sua admissão à Bolsa de Valores portuguesa.
No mesmo ano, é constituída a sociedade holding Engil SGPS.
Em 1990, a Mota & Companhia inicia o processo de diversificação
das suas actividades em sectores directa ou indirectamente
relacionados com a construção ou dela complementares.
A aposta no sector das concessões de transportes conheceria um
momento marcante em 1994, com a criação da Lusoponte, que viria
a tornar-se a sociedade concessionária das travessias rodoviárias
do Tejo a jusante de Vila Franca de Xira e que compreendem a Ponte
25 de Abril e a Ponte Vasco da Gama.
A constituição da Serurb, em 1992, pela Engil e da SUMA, em 1994,
por parte da Mota & Companhia, traduzem a entrada das duas
empresas nos negócios ambientais, num contexto de progressiva
diversificação que viria a conhecer novos desenvolvimentos até
ao presente.
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apresentação
e perfil do Grupo
04.2
marcos históricos recentes
2005 – Euronext Lisboa – Entrada no PSI 20
O Grupo Mota-Engil passa a integrar o PSI 20, sendo a única
empresa do sector da engenharia e construção a ser cotada
no principal índice do mercado accionista da Euronext Lisboa.
2006 – Acordo TERTIR
O Grupo Mota-Engil estabelece um acordo para a aquisição da
TERTIR, Terminais de Portugal, SA, visando reforçar de forma muito
significativa a sua presença no sector das operações portuárias,
após a aquisição, em 2005, de participações no capital das
empresas Sadoport e Tersado.
2007
OPERAÇÕES PORTUÁRIAS
O Grupo Mota-Engil conclui a aquisição da TERTIR, garantindo
o controlo sobre a totalidade do capital desta empresa.
Reforço da posição nos terminais portuários de Lisboa, através da
aquisição pelo Grupo da Multiterminal, SA, sociedade que detém
50% da Sotagus e 31,25% da Liscont.
CONCESSÕES DE TRANSPORTES
Assinatura do contrato da concessão denominada “Grande Lisboa”,
em Portugal e adjudicação de uma concessão de auto-estrada no
México em regime de concepção, construção e manutenção,
marcando assim a entrada neste país centro-americano através
desta área de negócios.
Celebração de acordo estratégico entre o Grupo Mota-Engil
e o Grupo Banco Espírito Santo, através da criação de um veículo
societário próprio (ASCENDI), com o objectivo de desenvolver
em conjunto as suas actividades na área das concessões
de infra-estruturas de transportes.
MARTIFER
Oferta Pública de Subscrição (OPS) de acções da participada
do Grupo para o sector da indústria e energia, Martifer, SGPS, SA,
num total de 25% do seu capital social e subsequente admissão
à cotação na Euronext Lisboa.
Na sequência de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada
pela Martifer e pela empresa indiana Suzlon, estas passam a
controlar 86,5% do capital da empresa alemã Repower Systems AG.
Paralelamente, o Agrupamento Ventinvest, participado em 33%
pela Martifer, obteve, num concurso lançado pelo Estado português,
uma licença para a exploração de parques eólicos com uma capacidade
de produção de energia de 400 MW.
2008
AMBIENTE E SERVIÇOS
A Mota-Engil Ambiente e Serviços e o Grupo Privado do Atlântico
estabeleceram parceria para o mercado de Angola, tendo por
objecto os segmentos de actuação desta sub-holding.
O Grupo Mota-Engil, através da Mota-Engil Ambiente & Serviços,
SGPS, SA, reforçou a sua posição accionista passando a deter
o controlo da Indaqua, com 50,06% do seu capital social.
A Takargo, participada do Grupo Mota-Engil, e a Comsa Rail Transport
estabeleceram um acordo de colaboração para o desenvolvimento
de operações ferroviárias de mercadorias na Península Ibérica.
relatório de sustentabilidade 2009
20
04
apresentação
e perfil do Grupo
O Grupo Mota-Engil anuncia a participação, em consórcio,
no projecto de remodelação do porto de La Guaira na Venezuela.
de 24,19% da empresa. A LUSOPONTE detém a concessão das duas
travessias sobre o rio Tejo em Lisboa até Março de 2030.
O Grupo Mota-Engil assina um Memorando de Entendimento com o
Governo do Malawi para diversos projectos, com destaque para a
reabilitação do porto de Nsanje e desenvolvimento de duas centrais
hidroeléctricas.
Foi adjudicada ao consórcio participado pela MOTA-ENGIL CENTRAL
EUROPE (anterior MOTA-ENGIL POLSKA) a empreitada de
construção de uma via rápida, com perfil de auto-estrada, na cidade
de Skarżsko, a 180 quilómetros de Varsóvia. A empreitada está
avaliada em 160 milhões de euros, dos quais 140 milhões ficarão
a cargo da MOTA-ENGIL CENTRAL EUROPE, estando prevista a sua
conclusão em Dezembro de 2010.
CONCESSÕES DE TRANSPORTES
A Mota-Engil anunciou a formalização da parceria com a
ES Concessões, dando origem à constituição da Ascendi.
Os activos sob gestão das duas concessionárias representam mais
de 1.200km de auto-estradas e vias rápidas concessionadas,
dos quais mais de 1.100 em exploração.
Num universo de 14 concessionárias, a Ascendi passa a deter
projectos em desenvolvimento em nove países e actividade
sustentada em três (Portugal, Espanha e México), para além
de um plano de investimentos de 500 milhões de euros.
A Mota-Engil adquiriu 24,19% da Lusoponte, passando, após
a efectivação da compra, a ser o maior accionista (38,02%)
da empresa que detém a concessão das duas travessias sobre o rio
Tejo em Lisboa até Março de 2030.
A Mota-Engil anuncia a liderança do consórcio da Alta Velocidade
para participação nos diversos concursos lançados ou a lançar
pelo Estado Português para o estabelecimento das parcerias
público-privadas na área das linhas ferroviárias de alta velocidade.
2009
A MOTA-ENGIL passa a ser a maior accionista da LUSOPONTE, com
38,02% do seu capital, com a conclusão do processo de aquisição
Foi adjudicada a Concessão do Porto de Paita, situado no Norte do
Peru, província de Piura, ao consórcio participado em 50% pela
MOTA-ENGIL (através das suas filiais TERTIR, em Portugal, e TRANSLEI,
no Peru). O investimento inicial previsto para o projecto ascende a
cerca de 130 milhões de USD, estando previsto um montante adicional
de cerca de 120 milhões de USD para investimento de substituição.
A ASCENDI assinou o contrato de concessão da rodovia Marechal
Rondon Leste no Estado de São Paulo. Esta é a primeira operação
da empresa no mercado brasileiro e envolve um investimento total
de cerca de 780 milhões de euros e um pagamento fixo de cerca de
184 milhões de euros a entregar ao Estado de São Paulo nos
primeiros 18 meses do contrato.
Foi adjudicada a obra de Requalificação da Baía de Luanda, numa
parceria entre a MOTA-ENGIL ENGENHARIA e a Soares da Costa
(50/50). A obra, com um preço total previsto de cerca de 130 milhões
de USD, decorrerá por um período de 24 meses.
Foi assinado um memorando de entendimento sobre a constituição
de uma sociedade de direito angolano denominada MOTA-ENGIL
ANGOLA, detida em 51% pela MOTA-ENGIL ENGENHARIA e 49% por
um consórcio angolano liderado pela Sonangol.
relatório de sustentabilidade 2009
21
04
apresentação
e perfil do Grupo
Foi celebrado um contrato para a concepção e construção de uma via
rápida na Polónia, entre o Estado polaco e o consórcio constituído
pela MOTA-ENGIL CENTRAL EUROPE (que lidera o agrupamento com
51%) e a Strabag. O projecto consiste na concepção e construção
de uma secção da via rápida S8 a Nordeste de Varsóvia, entre as
cidades de Je Žewo e Białystok, com uma extensão de 160km. O
prazo de execução é de 36 meses e o valor do projecto, líquido de
IVA, ascende, aproximadamente, a 123 milhões de euros.
Foi celebrado um contrato de concessão entre o consórcio participado
em 40% pela MOTA-ENGIL (através da ASCENDI) e o Estado de
Moçambique, o qual inclui projecto, construção, financiamento,
operação e manutenção periódica e de rotina da nova ponte de Tete,
em Moçambique, englobando ainda a reabilitação e manutenção de
várias infra-estruturas rodoviárias na região, incluindo a operação
e manutenção de rotina da actual Ponte Samora Machel, em Tete.
Esta concessão tem um prazo de 30 anos e um investimento
previsto durante o período de construção de 106 milhões de euros.
A construção será executada por um agrupamento participado
pela MOTA-ENGIL (através da MOTA-ENGIL ENGENHARIA
E CONSTRUÇÃO) em 43,5%.
Foram adjudicadas obras na Polónia, no valor total de 111 milhões
de euros: concepção e construção de uma secção da via rápida
S8 entre as cidades de Wrocław e Oleśnica, com uma extensão de
22km (prazo de execução de 31 meses e valor do projecto líquido
de IVA de, aproximadamente, 87 milhões de euros); reconstrução
de rotunda na intercepção de duas vias rápidas em Cracóvia (valor
do projecto líquido de IVA de, aproximadamente, 24 milhões
de euros).
Foi adjudicada a Subconcessão Pinhal Interior ao consórcio liderado
pela MOTA-ENGIL (42,08%). Localizando-se na zona centro do País
e com uma extensão de cerca de 520km, a subconcessão inclui dois
eixos principais – IC3 e IC8. O IC3 é um eixo vertical que liga a futura
Subconcessão da AE Centro desde o nó de Coimbra (IP3/IC2) até à
A23 na zona de Torres Novas, e o IC8 é um eixo horizontal que liga a
A17 na zona de Pombal/Ansião novamente à A23, junto a Vila Velha
de Rodão. Trata-se de uma subconcessão em regime de
disponibilidade com um prazo de 30 anos e cujo investimento
inicial atinge um valor na ordem dos 1.429 milhões de euros. Este
investimento será financiado por capitais próprios de cerca de 210
milhões de euros e por financiamentos a contratar junto do BEI
e da Banca Comercial de cerca de 1.200 milhões de euros. O valor
do contrato de construção é de 958 milhões de euros e o consórcio
construtor é participado pela MOTA-ENGIL em 52,88%.
Foi formalizada uma parceria com uma empresa nacional líder no
sector da indústria de trefilaria para a implementação, através
da MOTA-ENGIL ANGOLA, de uma unidade industrial de trefilaria
na província de Benguela. No âmbito deste projecto, está previsto,
para uma primeira fase (a concluir ainda no decorrer de 2010), um
volume de investimento superior a 15 milhões de USD.
relatório de sustentabilidade 2009
22
04
apresentação
e perfil do Grupo
04.3
perfil do Grupo Mota-Engil
04.3.3
localização da sede e contactos
A Mota-Engil SGPS, SA, Sociedade Aberta tem a sua sede
em Portugal, na cidade do Porto.
04.3.1
organização relatora
Mota-Engil SGPS, SA, SOCIEDADE ABERTA
04.3.2
natureza da propriedade
e forma legal
O Grupo Mota-Engil é uma sociedade anónima por acções que tem
por objecto a gestão de participações sociais sob a forma de uma
holding com a denominação social “Mota-Engil, SGPS, SA
Sociedade Aberta”. O capital social da Mota-Engil, SGPS, SA,
Sociedade Aberta é de € 204.635.695, representado por
204.635.695 acções ordinárias com valor nominal de € 1 cada.
A sociedade holding detém sob o seu controlo três sub-holdings,
correspondendo às seguintes Áreas de Negócio:
DENOMINAÇÃO SOCIAL
ÁREA DE NEGÓCIO
Mota-Engil Engenharia e Construção, SA
Engenharia e Construção
Mota-Engil Ambiente e Serviços, SA
Ambiente e Serviços
Mota-Engil Concessões de Transportes, SA
Concessões de Transportes
Endereço
Rua Rego Lameiro, nº 38
4300-454 Porto
Portugal
Telefone
+351 225 190 300
Fax
+351 225 190 303
Website
www.mota-engil.pt
Endereços Electrónicos institucionais
disponíveis no website
relatório de sustentabilidade 2009
23
04
apresentação
e perfil do Grupo
Esta área de negócios desenvolve todas as valências especializadas
no âmbito da engenharia e construção, tirando partido de uma longa
experiência acumulada; do contínuo aperfeiçoamento dos seus
sistemas de gestão; de uma proposta de valor assente em elevados
padrões de produtividade, melhoria contínua, criatividade e partilha
do conhecimento; e da excelência do seu capital humano.
04.3.4
marcas principais,
produtos e serviços
Indicadores Financeiros
Volume de Negócios do Grupo/2009
Resultado Líquido do Grupo/2009 Carteira de Encomendas do Grupo/2009 Volume de Negócios por Segmento Geográfico/2009
€ 2,1 mil milhões
€ 31,3 milhões
€ 3,6 mil milhões
A Mota-Engil Engenharia é líder de mercado em Portugal e está
presente em 19 países de três continentes. A área de negócio
de Engenharia e Construção representou em 2009 cerca de 79%
do volume de negócios do Grupo.
Península Ibérica: 64%
Europa Central: 12%
África e América: 24%
O Grupo Mota-Engil compreende três grandes Áreas de Negócio:
- Engenharia e Construção
- Ambiente e Serviços
- Concessões de Transportes
As actividades no sector de Indústria e Energia são desenvolvidas
através da sua participada Martifer SGPS.
ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO
A Engenharia e Construção é a maior área de negócios do Grupo,
representando cerca de 79% do total das suas vendas e prestação
de serviços.
Ao longo dos seus mais de 60 anos de existência, o Grupo tem sido
responsável pela realização de grandes obras e projectos, entre os
quais pontes e barragens, estradas e vias rápidas, ferrovias, portos
e aeroportos, canais e túneis, bem como outras infra-estruturas nas
áreas de ambiente, saúde, comércio e indústria.
AMBIENTE E SERVIÇOS
No quadro das suas linhas de desenvolvimento estratégico, assentes
no crescimento, na internacionalização e na diversificação das suas
actividades, as áreas do Ambiente e a prestação de um conjunto de
Serviços Especializados traduzem uma aposta determinante desse
esforço de diversificação.
No sector Ambiental, avultam as áreas de Resíduos e água, uma
presença forte no segmento das operações de logística integrada e
gestão portuária, para além de uma componente de Multisserviços,
de que se destacam manutenção industrial e de edifícios;
concepção, construção e manutenção de espaços verdes;
marketing directo; e operações de mercados electrónicos.
No sector dos resíduos, a SUMA é líder em Portugal do segmento
privatizado, encontrando-se em fase de expansão para outros
mercados, em particular o mercado angolano, onde já se encontra
a operar.
Alargou-se ainda esta área de negócio ao transporte ferroviário de
mercadorias, através da participada Takargo, primeiro operador
privado português neste segmento.
relatório de sustentabilidade 2009
24
04
apresentação
e perfil do Grupo
Em 2009, esta área de negócios representou cerca de 16%
do volume de negócios do Grupo.
CONCESSÕES DE TRANSPORTES
A Mota-Engil Concessões de Transportes constitui para o Grupo
Mota-Engil uma área de negócios de vital importância estratégica.
Fruto da sua reconhecida experiência na concretização e desenvolvimento de parcerias público-privadas, o Grupo Mota-Engil, em
associação com reputados parceiros, tem vindo a afirmar-se de
forma crescente, nacional e internacionalmente, no segmento
de mercado das concessões de infraestruturas de transportes
(rodoviárias e ferroviárias).
A Mota-Engil Concessões de Transportes actua neste segmento
predominantemente através da Ascendi, uma parceria estratégica
celebrada com o Grupo BES, na qual detém a maioria do
capital (60%).
Sabendo aproveitar as oportunidades criadas por um mercado em
forte expansão, a Ascendi tem vindo a consolidar a sua afirmação
global, evidenciada numa posição de liderança em Portugal e numa
presença activa em outros cinco países de três continentes
(Espanha, Eslováquia, México, Brasil e Moçambique).
A área de Concessões de Transportes representou cerca de 5% do
volume de negócios do Grupo em 2009.
MARTIFER - INDÚSTRIA E ENERGIA
O Grupo Mota-Engil marca presença nesta área de negócios através
da sua participada Martifer SGPS.
Mantém com a Martifer uma parceria estratégica, detendo uma
participação de 37,5% do seu capital social.
Em 2007, a Martifer SGPS foi objecto de uma Oferta Pública de
Subscrição (OPS), através de um aumento do seu capital social,
tendo as suas acções sido posteriormente admitidas à negociação
na Euronext Lisboa.
A Martifer SGPS desenvolve a sua actividade nos sectores da
construção de estruturas metálicas (sendo líder ibérico e uma
das mais importantes empresas europeias neste segmento)
e energias renováveis.
Com uma aposta estratégica em áreas de negócio em franca
expansão, a Martifer SGPS tem registado um fortíssimo crescimento
nos últimos anos, alargando o seu portefólio de negócios. Está
presente em 16 países, possui 18 unidades industriais e conta com
cerca de 4.000 colaboradores.
MOTA-ENGIL, SGPS, S.A.
025
T)
100%
MOTA-ENGIL, SERVIÇOS
PARTILHADOS
100%
100%
LARGO DO PAÇO
VORTAL
100%
RTA
9,5%
SGA
A)
100%
MOTA-ENGIL, AMBIENTE E
SERVIÇOS
96,89%
100%
MOTA-ENGIL, ENGENHARIA E
CONSTRUÇÃO
MOTA-ENGIL, CONCESSÕES DE
TRANSPORTES
99,9%
MOTA-ENGIL BRASIL SGPS
37,5%
MARTIFER SGPS
L)
0,1%
64,50%
32,64%
TERTIR
U)
94,16%
58,73%
100%
SOCARPOR SGPS
P)
10%
15%
28%
100%
50%
SEALINE
PARQUEGIL
STIFA
OPERPORT
50%
STM TERM
MOÇAMBIQUE
0,14%
100%
VIBEIRAS
VBT
TERTIR SGPS
9,19%
37,75%
LOGZ
TCL
SUMA ESPOSENDE
ÁREAGOLFE
TEN
47,5%
GT SGPS
3,5%
TRANSNÁUTICA
MOÇAMBIQUE
GT INVEST GUINÉ
BISSAU
35%
40%
85%
51,7%
50%
Y)
65%
SLPP
LISPROJECTO
SADOPORT
85%
100%
TRANSITIBER
AR)
TAKARGO
100%
AM)
25%
TRANSITEX
LITUÂNIA
42,5%
NOVA BEIRA
50%
ME - IRLANDA
SERVICES
100%
GLAN AGUA
IRLANDA
N)
50%
2%
RELEVANTE FUNÇÃO
100%
50%
CENÁRIOS D'OURO
H)
70%
TABELLA HOLDING
(HOL)
67%
46,25%
73%
20%
AMBIBATALHA
EUROPE SA(POL)
100%
M-E KRUSZYWA (POL)
15%
85%
50%
100%
30%
100%
EKOSRODOWISKO
POLÓNIA
FERROVIAS BRASIL
34%
SO TYSOWSKA
PROJECT (POL)
HIFER (ESP)
ENVIROIL
80%
50%
N)
TRAVERSOFER
(ARGÉLIA)
99,92%
AG)
100%
ME-INVESTITII (ROM)
40%
SRI
100%
PIASTOWSKA (POL)
73,91%
CORREIA&CORREIA
60%
KOZIELSKA (POL)
GERFER
100%
60%
WILANOW PROJECT
DEVELOPMENT (POL)
INOVIA
ME SRODOWISKO
POLÓNIA
100%
DMOWSKIEGO
PROJECT (POL)
TECNOCARRIL
50%
AGIR
W)
100%
FERROVIAS
AP)
37,5%
MOTA-ENGIL CENTRAL
HOLDINORTE
SIGA
CITRAVE
ASINTER
JASZ VASUT (HUN)
C)
10%
ENERSERRA
33%
VESTIPARQUE
AENOR DOURO
INTERIOR AH)
INDIMO
50%
EMOCIL
(MOÇAMBIQUE)
80%
OPERANOR DOURO
INTERIOR AI)
30%
CONCES. AUTOPISTA
PEROTE XALAPA AI)
MKC (USA)
É
MOTA MAURÍCIAS
ME PROPERTY
INVESTMENTS (POL)
FIBREGLASS
(MOÇAMBIQUE)
50%
K)
100%
BICSKE PLAZA (HUN)
CIMERTEX & Cª
100%
MOTA-ENGIL FLORIDA
40%
Notas:
a) Vortal também detida em 20,38% pela MEEC
b) Tratofoz também detida em 1% pela SUMA
c) Jasz Vasut também detida em 30% pela ME Central Europe, SA
d) Socarpor SGPS detém 2,34% de acções próprias
EQUIMETRAGEM
100%
90%
JEREMIASOVA
PROJECT (CZE)
ASCENDI SA
8,85%
100%
FABRITUBO
TRANSPORLIXOS
AE)
60%
ASCENDI SGPS
100%
100%
KORDYLEWSKIEGO
PROJECT (POL)
AD)
80%
100%
100%
BERGAMON (SVK)
MOMASOTECO
100%
CONST. PEROTE
XALAPA (MÉXICO)
WILENSKA PROJECT
(POL)
50%
GESTIPONTE
LUSOLISBOA
95%
ME SÃO TOMÉ E
PRÍNCIPE
50%
ME REAL ESTATE
MANAGEMENT(POL)
100%
KILI SKIEGO
PROJECT (POL)
GROSSIMAN (ESP)
TRIU SA
TURALGO
50%
100%
100%
100%
OPERADORA
LUSOLISBOA
COSAMO
M-INVEST TRNAVSKA
(SVK)
MAMAIA (ROM)
100%
38,0%
LUSOPONTE
51%
30%
50%
24%
TRADELSU (ESP)
100%
100%
MOTA VISO
36,09%
IMOLAP
M-INVEST MIEROVA
(SVK)
TÉTÉNYI PROJECT
DEVELOP (HUN)
CRESPO (ESP)
INVESTAMBIENTE
100%
50%
100%
18%
METRO,
TRANSPORTES SUL
50%
M-INVEST SLOVAKIA
ZOLD-PROJECT 2
(HUN)
50%
EMASA
5%
REALMOTA (CZE)
100%
ZSOMBOR (HUN)
100%
SEDENGIL
33%
52%
TERSADO
70%
TMB
RESIGES
33%
IBEROCARGO RAIL
G)
100%
Q)
50%
100%
CORGIMOBIL
J)
100%
100%
NADOR OBOL (HUN)
7,2%
OPERADORA GP
33,3%
M-INVEST DEVONSKA
(CZE)
100%
CPTP
70,17%
50%
95%
TRANSITEX
MOÇAMBIQUE
100%
AQ)
LUSOSCUT GP
EDIFÍCIO GALIZA
95%
90%
ENGEBER (HUN)
IBERFIBRAN
REAL VERDE
70%
100%
AO)
20%
HAÇOR
95%
ECODETRA
40%
TERMINALES
PORTUARIOS
100%
NOVAFLEX
49%
TRANSITEX
60%
TRANSTER (GUINÉ
BISSAU)
VISTA WASTE
100%
GUIPORT (GUINÉ
BISSAU)
15%
TTRM
LISCONT
15%
PREFAL (ANGOLA)
M-INV BARRANDOV
(CZE)
SAMPAIO (HUN)
NORTEDÓMUS
41%
AN)
5%
90%
36,1%
80%
CARDOSO,RIBEIRO
ANTERO
NOVICER (ANGOLA)
M-INVEST JIHLAVSKA
(CZE)
100%
18%
7,2%
OPERADORA BLA
5%
70%
90%
OBOL XI (HUN)
100%
VISTA WATER
50%
85%
GUIFLORA
AMBIGERE
50%
E. AGRÍCOLA E
FLORESTAL
87,5%
50%
80%
5%
90%
M-INVEST PORTUGALIA
(CZE)
BAY TOWER (HUN)
99%
95%
80%
M-INVEST
BOHDALEC (CZE)
99%
MATIPREL
45%
30%
36,1%
LUSOSCUT BLA
100%
AURIMOVE
ICER (ANGOLA)
90%
BAY PARK (HUN)
RENTACO
70%
80%
M-INVEST (CZE)
BAY WELL (HUN)
7,2%
OPERADORA CP
MOTADOMUS
100%
99%
MIL E SESSENTA
SOCIBIL
MORAVSKÉ (CZE)
AL)
80%
100%
AUTO-SUECO
ANGOLA
70%
36,1%
LUSOSCUT CP
70%
EDIPAINEL
25,5%
96,67%
99%
100%
CIMERTEX ANGOLA
7,0%
OPERANOR
PLANINOVA
S)
50%
MOTA-ENGIL
ENGINEERING, A.S.
AENOR
80%
100%
RENTACO ANGOLA
ME CENTRAL EUROPE
CESKA REP (CZE)
BAY 6.3 (HUN)
M)
100%
SONAUTA ANGOLA
100%
BAY OFFICE (HUN)
PROBIGALP
100%
VISTA MULTI
SERVICES
ECOLEZÍRIA
AC)
LOKEMARK
MULTITERMINAL
49%
24,50%
70%
31,25%
RICA
60%
PTT
SOTAGUS
100%
AQUALEVEL
99%
ME REAL ESTATE
PORTUGAL
100,0%
ME CENTRAL EUROPE
SLOVENSKA REP(SVK)
35,11%
O
CALÇADAS DO DOURO
97,5%
84,00%
99%
VISTA SA
AMBILITAL
R)
10%
V)
40%
MOTA-ENGIL
PAVIMENTAÇÕES
49%
PROEMPAR
50%
TRACEVIA ANGOLA
ÁGUAS DE S. JOÃO
CITRUP
B)
26%
SADOMAR
50%
20%
SUMA MATOSINHOS
30%
TRATOFOZ
100%
GT INVEST
MOÇAMBIQUE
50%
B)
98,99%
SEA ROAD
X)
85%
TRATOFOZ
3,4%
100%
HUNGÁRIA HOTEL
(HUN)
OBOL INVEST (HUN)
60%
100%
100%
30%
TRACEVIA
INDAQUA VILA DO
CONDE
Z)
SUMA DOURO
100%
CHINALOG
AF)
98%
F)
TRANSLEI (PERU)
ME MAGYARORSZAG,
KFT (HUN)
100%
100,0%
MOTA
INTERNACIONAL
100%
99,9%
METROEPSZOLG
(HUN)
MOTA-ENGIL
PROJECT 1 (HUN)
CAPSFIL
10%
97,5%
INDAQUA
MATOSINHOS
ZRT (HUN)
100%
E)
ME MAGYARORSZAG,
100%
99,9%
ME REAL ESTATE
HUNGARY (HUN)
100%
CERÂMICA DE
BOIALVO
93%
100%
100%
42,5%
5%
100%
78,30%
AA)
99,86%
INDAQUA FEIRA
50%
NORCARGAS
99,99%
100%
EUROPE, SGPS
100%
ME BETÃO E
PRÉ-FABRICADOS
INDAQUA FAFE
RESILEI
10%
MOTA-ENGIL CENTRAL
100%
INDAQUA STO.TIRSO
50%
E.A. MOREIRA
50,0%
96,46%
66,7%
100%
35,0%
0,01%
RIMA
MANVIA
100%
6,0%
ERSUC
90%
50%
HIDROCONTRATO
SUMA PORTO
EMSA
100%
BERD
100,0%
85%
BEIRATIR
24,79%
INDAQUA
SUMA
100%
SOCARPOR AVEIRO
100%
50,05%
MEAS II
D)
75%
TERNOR
61,5%
18,08%
MTS - METRO,
TRANSPORTES DO SUL
e) Indaqua-Feira também detida em 1% pela MEEC
f) Cerâmica de Boialvo também detida em 85,04% pela MGP e em 1,71% pela Matiprel
g) Corgimobil também detida em 25,305% pela ME Real Estate Portugal
h) Cenários do Douro também detida em 1,5% pela RTA e em 1% pela SGA
i) Socarpor Aveiro detém 14,85% de acções próprias
j) Prefal também detida em 20% pela ME-Betões e pré-fabricados
k) Jeremiasova Project também detida em 10% pela MECE Ceska Republika
l) SGA também detida em 0,28% pela MEEC
m) Translei também detida em 0,10% pela MEEC
n) Correia & Correia detém 20% de Quotas Próprias
o) Sols e Solsuni detêm 5% de Acções Próprias
p) Ternor também detida em 3,61% pela EA Moreira e em 0,27% pela Tertir
q) Takargo também detida em 30% pela Ferrovias
r) Proempar também detida em 26% pela MEEC
s) Rentaco Angola também detida em 2,5% pela EMASA
t) Mota-Engil SGPS detém 3,96% de acções próprias
u) Tertir também detida em 2,6% pela Liscont e detém
0,26% de acções próprias
v) Tracevia Angola também detida em 20% pela Mota-Internacional
w) Mota-Engil Central Europe, S.A. também detida em 16,25%
pela Mota-Engil Real Estate Managment
x) GT Inv Int SGPS também detida em 10% pela MEAS
MOTA CHEONGKONG
y) GT Invest Guiné Bissau também detida em 10% pela Guiport (Guiné Bissau)
60%
z) Indaqua Vila do Conde também detida em 0,8572% pela MEEC
MOTA-ENGIL
IRLANDA
aa) TCL também detida em 20,41% pela TEN
ac) PTT também detida em 10% pela MEEC
ad) LusoLisboa detida em 36,09% pela ME Engenharia
ae) Operadora LusoLisboa detida em 7,218% pela MEEC
af) Indaqua Matosinhos também detida em 1% pela MEEC
ag) SRI também detida em 0,08% pela Enviroil
ah) AENOR Douro Interior também detida em 37,08% pela MEEC
ai) Operanor Douro Interior também detida em 7,42% pela MEEC
e em 1,77% pela MECT
ak) VBT também detida em 50 % pela Vibeiras
al) Edipainel também detida em 30% pela MEEC
am) Transitex Moçambique também detida em 5% pela GT SGPS
an) Novicer também detida em 10% pela EMASA
ao) Vista Water também detida em 49% pela SUMA
ap) Citrave também detida em 1% pela SUMA Esposende e em 1% pela Novaflex
aq) Haçor também detida em 20% pela MEEC
ar) Terminales Portuarios Euroandinos também detida em 10% pela Translei
relatório de sustentabilidade 2009
26
04
apresentação
e perfil do Grupo
04.3.5
presença no mercado
O Grupo Mota-Engil, através da sua área de negócios de Engenharia
e Construção, está presente em 19 países de três continentes.
Apresenta-se, em seguida, um conjunto de indicadores ilustrativos
da presença do Grupo no mercado.
Vendas e Prestação de Serviços por Área de Negócio
79% engenharia
e construção
16% ambiente
e serviços
Vendas e Prestação de Serviços por Mercado Geográfico
64% península ibérica
24% áfrica e América
12% europa central
5% concessões
de transportes
A área de negócios de Engenharia e Construção continua a ter um
peso expressivo no Volume de Negócios do Grupo, representando
79% do volume global em 2009. O contributo, em termos relativos,
de cada área de negócio, para o volume global manteve-se
relativamente constante face ao verificado em 2008.
O volume de vendas e serviços prestados pela Mota-Engil cresceu nos
mercados da Península Ibérica (15%) e nos mercados África e América
(33%). Por oposição, verificou-se uma quebra de actividade nos
mercados da Europa Central, em cerca de 12%. Desta forma, os
mercados da África & América viram aumentar o seu contributo para o
volume de negócios de 20% para 24%, decrescendo quase na mesma
proporção o mercado da Europa Central - dado que a Península Ibérica
manteve sensivelmente o seu contributo para o volume de negócios.
relatório de sustentabilidade 2009
27
04
apresentação
e perfil do Grupo
Investimento por Área de Negócio
04.3.6
dimensão
61% concessões
de transportes
22% engenharia
e construção
17% ambiente
e serviços
O Grupo Mota-Engil apresenta, em termos de dimensão, um conjunto
de indicadores relativos aos seus trabalhadores, volume de vendas e
prestação de serviços, investimento, capitalização total e montante
dos activos.
Colaboradores por Empresas Nacionais,
Estrangeiras e Sucursais
47% empresas nacionais
A MOTA-ENGIL aumentou globalmente o seu investimento líquido em
quase 89%. Este acréscimo deveu-se aos significativos investimentos
realizados nas áreas de Concessões de Transportes (+ 254%)
e Ambiente e Serviços (+ 31%). Este forte ritmo de investimentos nas
outras áreas de negócio faz com que o peso da área de Engenharia e
Construção tenha decaído nos últimos anos, representado em 2009
cerca de 22%.
32% sucursais
21% empresas
estrangeiras
relatório de sustentabilidade 2009
28
04
apresentação
e perfil do Grupo
Colaboradores por Mercados Geográficos
Colaboradores por Mercados Geográficos (nº)
Península Ibérica
e Europa
9.352
África
e América
7.900
Europa
de Leste
2.049
48% península ibérica
e europa
41% áfrica e américa
11% europa de leste
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
Colaboradores por País (nº)
O número global de colaboradores na Mota-Engil cresceu cerca de
8,6% em 2009. Este crescimento foi ligeiramente inferior na Península
Ibérica (8,3%) face aos outros mercados (9,0%).
9.096
portugal
angola
4.088
1.766
malawi
1.721
polónia
Assim, em 2009, acabou por reforçar-se ligeiramente a tendência,
verificada em 2008, de a maioria dos colaboradores deixar de estar na
Península Ibérica, evidenciando a determinação do Grupo em tornar-se
um universo empresarial cada vez mais global.
927
moçambique
835
perU
rEp. checa
irlanda
141
139
espanha
114
argélia
104
cabo verde
92
hungria
83
roménia
76
s. tomé
65
eslováquia
27
eua
brasil
20
3
holanda
3
lituânia
2
Em Desembro de 2009, a Mota-Engil tinha 19.302 colaboradores,
dos quais cerca de 47% em Portugal. Os quatro mercados mais
significativos representam cerca de 86% do seu efectivo.
10000
relatório de sustentabilidade 2009
29
04
apresentação
e perfil do Grupo
Evidencia-se, no triénio, a quebra do peso do investimento na área de
Engenharia e Construção - representava 55% do investimento total
em 2007, reduziu-se para 44% em 2008, e caiu para 22% em 2009.
Vendas e Prestação de Serviços por Área de Negócio
(milhões de euros)
2009
Desta forma, e dado o importante investimento feito em 2009 nas
Concessões de Transportes, estas passaram a representar cerca
de 61% do Investimento Total do Grupo, no final do ano.
2008
Esta alteração evidencia a intenção clara do Grupo em reforçar o seu
esforço de diversificação, aumentando o investimento em outras áreas
de negócio para além da Engenharia e Construção.
2007
0
500
engenharia e construção
1000
ambiente e serviços
1500
2000
2500
concessões de transportes
Capitais Empregues
O volume de negócios da Mota-Engil aumentou em cerca 14% em 2009.
Este acréscimo acabou por ser determinado pelo ritmo de crescimento
das áreas de Engenharia e Construção (15%) e Ambiente e Serviços
(16%), dado que a área de Concessões de Transportes manteve
praticamente o volume de actividade verificado em 2008.
(milhões de euros)
TOTAL
engenharia
e construção
ambiente
e serviços
Investimento por Área de Negócio
(milhões de euros)
concessões de
transportes
0
2009
capital próprio
500
1000
1500
2000
endividamento
2008
O capital empregue pelo Grupo está aplicado maioritariamente na área
das Concessões de Transportes, evidenciando o esforço
de investimento nesta área.
2007
0
100
engenharia e construção
200
ambiente e serviços
300
400
concessões de transportes
500
relatório de sustentabilidade 2009
30
04
apresentação
e perfil do Grupo
04.3.7
estrutura accionista
A identidade dos principais accionistas, a percentagem de capital
detida por estes e as alterações à estrutura de capitais ocorridas
durante o ano de 2009, podem ser consultadas a páginas 165 e 173
do Relatório e Contas Consolidadas da Mota-Engil SGPS, SA, acessível
através do website www.mota-engil.pt.
A Mota-Engil no Mundo
Portugal
Espanha
Irlanda
Polónia
República Checa
Eslováquia
Hungria
Roménia
Turquia
Venezuela
Cabo Verde
S.Tomé e Príncipe
Angola
Malawi
Moçambique
Estados Unidos
México
Peru
Brasil
relatório de sustentabilidade 2009
31
04
apresentação
e perfil do Grupo
04.4
áreas de negócio
04.4.1
engenharia e construção
INTRODUÇÃO
O Grupo Mota-Engil, através da sua área de negócios de Engenharia e
Construção, é líder de mercado em Portugal.
Compreende, além disso, o negócio imobiliário e um conjunto de
valências e segmentos de especialização que actuam, quer como
suporte às áreas de actividade principais, quer como negócios
autónomos no seu relacionamento com o mercado.
Através do conjunto das suas empresas participadas, actua
igualmente em segmentos de especialização ou em contextos
de mercado específicos.
Indicadores Financeiros
Vendas e Prestações de Serviços
Obras em Curso
A Mota-Engil Engenharia, face ao seu peso específico no portefólio
de negócios do Grupo, detém um papel essencial no seu
desenvolvimento empresarial.
Detentora de um conjunto de valências especializadas em todos os
segmentos da engenharia e da construção, a Mota-Engil Engenharia
ambiciona manter a sua liderança em Portugal, a par do reforço
da sua presença nos mercados internacionais, num quadro de
internacionalização e expansão que lhe permite já hoje estar
presente em 19 países.
A Mota-Engil Engenharia desenvolve as suas actividades através
da sua marca principal Mota-Engil Engenharia e Construção, SA
e das suas empresas participadas em Portugal e no estrangeiro.
A Mota-Engil Engenharia e Construção, SA engloba dois segmentos
de actividade principais que constituem o núcleo central do negócio
de engenharia e construção — construção de infra-estruturas e
edifícios —, actuando como sub-holding do Grupo Mota-Engil para
toda a área de Engenharia e Construção.
€ 1,7 mil milhões
Carteira de Encomendas
€ 3,2 milhões
mais de 300 em 19 países
MOTA-ENGIL ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, SA
1. VISÃO, MISSÃO, VALORES E ESTRATÉGIA
A Mota-Engil Engenharia, no âmbito do Plano “Ambição 2013”,
assume com determinação os grandes desafios de afirmação
da sua liderança no mercado em Portugal e o reforço
da internacionalização da sua actividade. Inserida num contexto
globalizado com muitas incertezas, a Mota-Engil Engenharia
orienta a sua actividade base nas seguintes premissas:
Missão
Criar valor no respeito pela comunidade e pelo futuro.
Visão
Ser reconhecida como empresa de excelência na engenharia
e construção.
relatório de sustentabilidade 2009
32
04
apresentação
e perfil do Grupo
Valores
• Compromisso e Responsabilidade
Obrigação e empenho no cumprimento dos objectivos;
• Competência e Rigor
Saber fazer com exactidão todas as tarefas;
• Integridade
Actuar em estrita conformidade com as normas do meio em que
nos inserimos;
• Sustentabilidade
Satisfazer as necessidades do presente sem comprometer o amanhã;
• Empreendedorismo
Busca de novas oportunidades e desafios;
• Solidariedade e Coesão
Partilhar direitos e obrigações, fortalecendo o espírito de equipa.
Estratégia
As linhas de desenvolvimento da Mota-Engil Engenharia, traçadas
para os anos que se seguem, contemplam cinco eixos estratégicos:
• Reforçar a liderança e a notoriedade da Marca em Portugal, apontando metas ambiciosas nos projectos do Programa Nacional
de Infra-estruturas;
• Reforçar a posição de referência no mercado de Angola, promover
o crescimento sustentado dos mercados de Malawi e Moçambique
e procurar novas oportunidades em África;
• Consolidar a exploração da Europa Central. A Mota-Engil Central
Europe assume-se como uma plataforma Mota-Engil na Europa
Central, com enfoque no reconhecimento como empresa de referência e de excelência na região;
• Promover o crescimento sustentado no Peru e potenciar a actividade
nas Américas, nomeadamente no México, no Brasil e na Colômbia;
• Desenvolver novas áreas de negócio, nomeadamente mineração,
produção de materiais, nichos tecnológicos, reabilitação, túneis, etc.
2. ACTIVIDADES PRINCIPAIS
Infra-Estruturas
· Aeroportuárias
· Aterros Sanitários
· Ferroviárias (Obra Arte, Obra Geral, Túneis)
· Hidráulicas (Barragens, Canais, Condutas, Emissários, ETA, ETAR, Túneis)
· Portuárias
. Rodoviárias (Obra Arte, Obra Geral, Túneis)
. Urbanas (Abastecimento Água, Arruamentos, Saneamento)
Construção Civil
. Agrícola
. Edifícios Públicos e Outros
. Escolas
. Escritórios e Comércio
. Habitação
. Hospitais
. Industrial
. Reabilitação de Edifícios
. Silos e Chaminés
relatório de sustentabilidade 2009
04
apresentação
e perfil do Grupo
Negócio Imobiliário
· Habitação
· Escritórios
· Comércio
· Centros de Negócios
3. SEGMENTOS ESPECIALIZADOS
Agregados/Pedreiras
A Mota-Engil Engenharia e Construção, SA dispõe de uma experiência
de quase 50 anos na produção de agregados.
Os primeiros centros de produção funcionavam geralmente associados
à execução de uma obra que necessitasse de agregados ou
enrocamentos e encerravam sempre que a obra terminava.
A partir do início dos anos 90, estavam criadas as condições para a
manutenção permanente da actividade nas pedreiras. Aproveitando
os meios existentes, desenvolveu-se uma estratégia de
acompanhamento dos projectos em execução e de cobertura
das principais regiões consumidoras de agregados com
uma organização flexível, competitiva e inovadora.
As preocupações com o ordenamento do território, a qualidade
da rocha, a facilidade de acesso e o mercado regional e local
figuram entre os critérios que presidiram à localização dos centros
de produção.
Neste momento a Direcção de Agregados da Mota-Engil, SA explora
16 centros de produção em Portugal: 14 pedreiras em produção,
uma pedreira em recuperação paisagística com enchimento total
e uma instalação de britagem e classificação na trituração
de escombros provenientes da produção de blocos para
rocha ornamental.
33
A Mota-Engil Engenharia e Construção através da sua direcção
de agregados, é um dos líderes no sector português de rochas
industriais.
Betão e Pré-Fabricados
Através da sua área de Betão e Pré-Fabricados, a Mota-Engil
Engenharia e Construção tem como principais áreas de intervenção,
no domínio dos betões, a concepção, o fabrico e o transporte de
betão de ligantes hidráulicos e de argamassas prontas; e, no
domínio da pré-fabricação, a concepção, o fabrico e a montagem
de produtos pré-fabricados, em betão, de porte médio e pesado,
dedicando-se ainda à aplicação de pré-esforço “in situ”.
Actualmente, a empresa opera cerca de 18 centrais de betão pronto
em todo o País, 70 autobetoneiras, 10 autobombas, 2 fábricas
de pré-fabricação (Nelas e Rio Maior) e um armazém/oficina para
a área de pré-esforço in situ (Maia).
Na área do betão, a empresa está especialmente habilitada para a
produção de betões de elevado desempenho, desenvolvendo
produtos ajustados a cada projecto e às necessidades dos seus
clientes. Tem igualmente vindo a estabelecer parcerias com
entidades externas de grande prestígio, o que lhe permite a
intervenção em nichos de mercado que exigem soluções altamente
especializadas, em particular no domínio dos betões especiais.
Na área da pré-fabricação, apresenta uma gama diversificada de
produtos no sector das estruturas pré-fabricadas, nomeadamente
painéis de fachada, estrutura de edifícios, túneis, vigas
pré-esforçadas, muros de suporte de terra, reservatórios, barreiras
acústicas, “box-culvert”, optiquadros, vigas caixão, a par de outras
soluções orientadas para construção civil e obras públicas. A
empresa estuda ainda soluções integradas para a construção final
de edifícios, túneis, passagens inferiores e superiores, muros,
reservatórios / ETAR, viadutos e pontes.
relatório de sustentabilidade 2009
34
04
apresentação
e perfil do Grupo
No domínio da aplicação de pré-esforço “in situ”, a empresa intervém
neste segmento de especialização em diversos tipos de obras, tais
como: viadutos especiais e pontes por cimbre ao solo, cimbre
autolançável ou avanços sucessivos; passagens superiores
e inferiores; edifícios (vigas, lajes ou paredes de grande
desenvolvimento); depósitos de água e estações de tratamento
de águas residuais; vigas pré-fabricadas; e outras.
No início de 2009, a empresa obteve a certificação do controlo
de produção de betão das suas centrais segundo a norma
NP EN 206-1:2007.
O desenvolvimento comercial deste segmento de negócio
encontra-se organicamente suportado na empresa participada
Mota-Engil Betão e Pré-Fabricados, resultante da fusão entre
as participadas Maprel e Qualibetão.
Fundações e Geotecnia
A Direcção de Fundações e Geotecnia da Mota-Engil Engenharia é
especializada em obras de fundações e estudos geotécnicos, com
mais de 1.000 obras realizadas em todo o território nacional. Esta
área de negócio resultou da união das Fundações Especiais e da
Geotecnia, em Janeiro de 2009, embora estes departamentos já
tenham estado juntos no passado.
Os trabalhos de fundações, realizados tanto para obras pequenas
(ex. residências), como para obras de médio e grande porte
(ex. indústrias, edifícios comerciais, viadutos, etc.) respondem às
mais variadas necessidades do mercado, sendo as microestacas;
estacas moldadas “in situ”, com diâmetros de 400 a 2000 mm;
paredes moldadas; contenções “Berlim”; ancoragens provisórias
e definitivas; betão projectado; pregagens; injecções; e
instrumentação geotécnica as principais actividades desenvolvidas
neste âmbito.
Por outro lado, a valência da geotecnia oferece um vasto conjunto
de serviços especializados para o reconhecimento de maciços, com a
execução de sondagens mecânicas; prospecção geofísica e ensaios “in
situ”, georradar e geotecnia ambiental, com a amostragem de solos e
águas subterrâneas eventualmente contaminadas, bem como estudos
hidrogeológicos e execução de furos de pesquisa e captação de águas.
No segundo semestre de 2005, a Direcção de Fundações e
Geotecnia iniciou o processo de internacionalização, com a entrada
em Espanha, onde já realizou mais de 100 obras. Como resultado
da contínua procura de novos mercados, o ano de 2006 marcou o
arranque de actividades na Polónia e o segundo semestre de 2007
a sua primeira obra na Roménia.
É objectivo desta Direcção atingir a qualidade do produto final
com eficiência, segurança e produtividade, satisfazendo as
exigências contratuais e legais assumidas, as expectativas do
cliente e a necessidade de corresponder às aspirações dos seus
colaboradores e ao desenvolvimento da empresa.
Laboratório Central
A Mota-Engil Engenharia, como maior construtora nacional, foi
pioneira na implementação de um sistema de controlo de qualidade
interno com a criação do Laboratório Central (LABC), que coordena
funcionalmente diversos laboratórios de obras e centros de
produção de agregados, distribuídos pelo País. Este apoio
estende-se a todas as delegações e obras no estrangeiro, bem
como às diversas empresas associadas do Grupo Mota-Engil.
Com 22 anos de experiência, o LABC tem desenvolvido a sua
actividade na perspectiva de ser reconhecido como um dos
laboratórios de referência nacional, apostando numa estratégia
de gestão direccionada para a melhoria contínua e garantia
de satisfação do cliente.
relatório de sustentabilidade 2009
35
04
apresentação
e perfil do Grupo
Este departamento da Mota-Engil Engenharia apresenta-se como
uma unidade prestadora de serviços na área da geotecnia
e do controlo de qualidade de obras e materiais de construção,
nomeadamente na caracterização de solos, agregados, ligantes
hidráulicos e betuminosos e misturas hidráulicas e betuminosas;
estudos de formulação de misturas betuminosas e hidráulicas;
estudos de dimensionamento de pavimentos rodoviários;
instrumentação e auscultação de pavimentos em serviço;
e ensaios de medição de ruído ambiental e laboral.
O Laboratório Central tem vindo ainda a desenvolver um conjunto
de novas técnicas construtivas e de valorização de resíduos, tirando
partido da sua larga experiência e conhecimento nas áreas em
que intervém.
O LABC desenvolve cerca de 200 ensaios diferentes, dispondo
de uma equipa técnica jovem, dinâmica e bastante motivada,
como também de tecnologia e equipamentos de última geração,
acompanhando de perto a evolução no sector. A aposta na formação
contínua permite dotar o LABC de profissionais altamente qualificados
de acordo com nível de qualidade exigido pelos nossos clientes.
O LABC obteve o seu certificado de acreditação n.º L0315, em 18 de
Fevereiro de 2003, de acordo com a norma NP EN ISO/IEC 17025.
Este certificado, concedido pelo IPAC - Instituto Português de
Acreditação abrange ensaios nas áreas de solos, agregados,
ligantes betuminosos, misturas betuminosas, rochas e acústica.
Electromecânica
O sector electromecânico tem por missão, no âmbito da Mota-Engil
Engenharia e Construção, SA, realizar trabalhos nos domínios da
execução, remodelação e ampliação de instalações eléctricas
de média, alta e muito alta tensão, bem como a execução
e a manutenção de instalações de baixa tensão.
Actua ainda no domínio da execução, remodelação, ampliação
e manutenção de instalações mecânicas, AVAC e sistemas
de gestão técnica e automação.
A atestar a sua reconhecida capacidade técnica, desenvolve uma
importante parcela da sua actividade junto de clientes exteriores ao
Grupo Mota-Engil, executando trabalhos no âmbito de distribuição
e transporte de energia eléctrica, instalações eléctricas de baixa
tensão em edifícios e projectos de AVAC, destacando-se ainda na
execução de projectos electromecânicos.
Em Dezembro de 2009, a Direcção de Electromecânica da Mota-Engil
alcançou o primeiro lugar no “rating” da REN – Rede Eléctrica Nacional –
na classe de Instalação Eléctrica Geral. Este “rating” reflecte a
qualidade de cada fornecedor e assenta na análise de um conjunto
de determinantes, nomeadamente a qualidade da execução
das obras e das equipas, a gestão dos aprovisionamentos
e subfornecedores e a qualidade das propostas comerciais.
Rochas Ornamentais
Esta nova área da Mota-Engil Engenharia dedica-se à transformação
e comercialização de rochas ornamentais destinadas à construção.
Desenvolve a sua acção de fabrico e comércio de artigos de
mármore e outras rochas similares, transformando blocos ou chapas
de rochas, tanto nacionais como importadas, contribuindo para a
execução de projectos de referência, não só a nível nacional como
internacional. Exerce também outras actividades importantes, tais
como a pesquisa de novas cores e formações geológicas únicas ou
as soluções, “standard” ou por medida, imediatas ou progressivas,
para todas as necessidades decorativas de qualquer tipo de obra
(cantarias, fachadas, revestimentos interiores, escadas, salas de
banho ou cozinhas, entre outros, com produtos de elevado valor
estético e de grande exigência de acabamentos).
relatório de sustentabilidade 2009
36
04
apresentação
e perfil do Grupo
4. PRINCIPAIS EMPRESAS PARTICIPADAS
EM PORTUGAL
A CPTP opera no mercado desde 1930, tendo assumido a designação
actual em 1945.
Constituída em 1988 e passando a integrar o Grupo Mota-Engil a
partir de 2000, a Ferrovias detém competências especializadas e
capacidade industrial no domínio das obras públicas ferroviárias.
Em 2003, a CPTP foi adquirida pelo Grupo Mota-Engil.
Trata-se de uma empresa especializada e com uma posição de
liderança no sector das obras marítimas em Portugal, demonstrando
inequívoca capacidade em dar resposta a todo o tipo de desafios
tecnológicos e de mercado neste sector de especialização.
Desde a data da sua fundação, a CPTP tem vindo a marcar presença
constante em obras portuárias de referência ao longo de toda a
costa continental portuguesa e nos arquipélagos da Madeira
e dos Açores.
Das grandes obras de renovação, construção e manutenção da
superestrutura da via férrea, diversificou sucessivamente para
outras áreas das instalações fixas como a catenária, a construção
civil, a reparação de estruturas especiais, o fabrico e tratamento
de travessas de madeira, e a deservagem química, tendo
participado em quase todas as grandes obras nacionais
de carácter ferroviário.
Com intervenções realizadas em todos os portos portugueses, nas
mais diversas especialidades, a CPTP é hoje reconhecida como uma
empresa de engenharia com competências em todos os segmentos
de obras marítimas, de que se destacam: a hidráulica marítima e fluvial
e a protecção costeira e fluvial; a construção de portos marítimos e
fluviais; exutores submarinos; barragens; aproveitamentos
hidráulicos e hidroeléctricos; dragagens de estabelecimento e
de manutenção; quebramento e dragagem de rocha submersa;
cravação de estacas metálicas e outras; e execução de ensecadeiras.
As soluções, globais ou por medida, imediatas ou progressivas,
que a Ferrovias propõe aos seus clientes apoiam-se numa sólida
estrutura de investigação e desenvolvimento de projectos,
assistida por departamentos e divisões multidisciplinares,
reconhecidas pelas várias entidades, públicas e privadas, com as
quais trabalha. Assim, a empresa acompanha as necessidades de
cada projecto, incluindo a Rede de Alta Velocidade, adaptando-se
às suas diferentes fases com uma gestão simultaneamente flexível,
rigorosa e eficiente. Dispõe da mais avançada tecnologia
de equipamentos existente no mercado, convertendo-a na única
empresa portuguesa do sector apta a trabalhar nas bitolas métrica,
ibérica e internacional.
A CPTP obteve, em 2005, a certificação do seu Sistema de Gestão
da Qualidade e, em Julho de 2008, a certificação do seu Sistema de
Gestão Ambiental.
Em termos internacionais, a Ferrovias desenvolve diversas
actividades desde 1997, tendo realizado obras de via de grande
dimensão no Chile, no Brasil e na Argentina.
relatório de sustentabilidade 2009
37
04
apresentação
e perfil do Grupo
Uma visão prospectiva das alterações estruturais no mercado
do caminho-de-ferro e a consciência da necessária convergência
ibérica em matéria de Alta Velocidade conduziram à consolidação
das actividades da Ferrovias em Espanha.
Através da sua participada Hifer, trabalha mercados de oportunidade
como a Turquia.
Em África, a par do desenvolvimento de actividade na Argélia,
estuda possibilidades de negócio em Angola, Moçambique e Malawi.
A Ferrovias tem o seu sistema integrado de Gestão da Qualidade,
Ambiente e Segurança certificado desde 2006.
A Mota-Engil Pavimentações, SA resultou da alteração da
denominação da Probisa efectuada a partir de 1 de Fevereiro
de 2008. Foi o culminar de um processo que envolveu a compra,
pelo Grupo Mota-Engil, de 50% da empresa à sua congénere
espanhola Probisa-Tecnologia y Construcción S.A.
A Mota-Engil Pavimentações é criada em pleno crescimento
do Grupo Mota-Engil, e como resposta às necessidades internas
e externas da organização. Nesse contexto, a nova empresa
é herdeira das tradições, do conhecimento e da capacidade técnica
da Probisa, que desenvolvia a sua actividade desde 1986.
A Mota-Engil Pavimentações tem como missão: fabricar e aplicar
misturas betuminosas a quente e a frio com o mínimo de consumo
de energia; efectuar a reciclagem de pavimentos e a estabilização
de solos; proceder à beneficiação e manutenção de redes viárias
com técnicas relacionadas com a aplicação de microaglomerado
e revestimento superficiais; ter uma presença no mercado
reconhecida como inovadora na apresentação de soluções novas
com mais-valias para os seus clientes.
A Mota-Engil Pavimentações, SA tem vindo, ao longo destes anos,
a cumprir com um dos seus mais importantes desígnios – a
permanente e sustentada busca do equilíbrio entre a protecção
ambiental e o desenvolvimento económico. Nesta perspectiva,
e acompanhando as novas e crescentes exigências e desafios no
contexto do mundo actual, a Mota-Engil Pavimentações tem
procurado situar-se na vanguarda da inovação como factor
fundamental para sustentar a vantagem competitiva.
Com a utilização de tecnologias de pavimentação a frio, Mota-Engil
Pavimentações tornou-se rapidamente líder de mercado nesta área.
As tecnologias de pavimentação a frio utilizam emulsões
de betume à temperatura ambiente, o que reduz substancialmente
as emissões de CO2 para a atmosfera, implicando um reduzido
consumo de energia.
A Mota-Engil Pavimentações está a estudar a hipótese de ser
pioneira, em Portugal, numa nova técnica de reciclagem de
pavimentos existentes, uma vez mais com enormes vantagens
na preservação do ambiente.
Em 2009 foi dada prioridade à implementação do Sistema de
Gestão da Qualidade e da Segurança, no âmbito de “Fabrico
e Comercialização de Misturas Betuminosas” e “Pavimentação
de Estradas, Auto-Estradas e Pistas de Aeroportos e Aeródromos”,
relatório de sustentabilidade 2009
38
04
apresentação
e perfil do Grupo
tendo obtido a Certificação pela APCER segundo os referenciais
normativos NP EN ISO 9001:2008 (Sistema de Gestão da Qualidade)
e NP 4397/OHSAS 18001 (Sistema de Gestão da Segurança).
A Rentaco foi constituída em 1989 para operar na actividade de
aluguer de equipamentos de construção, com especial destaque
para as autogruas.
Exerce actualmente a sua actividade no sector do aluguer de gruas
automóveis, gruas-torre, ferramentas eléctricas, fresadoras,
monoblocos, pré-fabricados, redes de vedação, mini-pás
carregadoras e mini-escavadoras.
No que respeita ao aluguer de equipamentos para construção,
dispõe de um vasto parque circulante, incluindo um dos mais
modernos parques de autogruas do País, e de um leque muito
alargado de serviços, dispondo, em qualquer momento, de
equipamentos modernos, seguros e operados por profissionais
altamente qualificados, aptos a satisfazer, de forma flexível
e economicamente optimizada, qualquer tipo de necessidades.
cargo”, desde a carga geral aos equipamentos de grande porte,
incluindo ainda o parqueamento e a movimentação.
Cumpre assinalar, em 2007, o início da internacionalização da
Rentaco, através do aluguer de cinco gruas-torre a um consórcio na
Roménia integrando a Mota-Engil Investiti, e ainda apoio técnico
e logístico à Rentaco Angola — empresa constituída neste país
para actuar inicialmente no ramo dos transportes de produtos
betuminosos e de aluguer de gruas automóveis, podendo expandir,
mais tarde, para negócios afins.
Em 2006, a Rentaco renovou e tornou extensiva a todas as suas
áreas de actividade a certificação do seu Sistema de Gestão
da Qualidade.
A Tracevia iniciou a sua actividade em 1981, na área da sinalização
horizontal, a que se seguiu a área da sinalização vertical, e é
actualmente umas das maiores empresas do sector da sinalização
a actuar em Portugal.
No segmento das ferramentas eléctricas e fruto de um acordo de
parceria com a Hilti Portugal, fabricante de renome mundial,
a Rentaco oferece um serviço de colocação imediata nos locais e
nas condições pretendidas, para além de toda a assistência técnica
e logística.
No domínio da sinalização horizontal, está equipada para proceder
à aplicação de marcas com todo o tipo de produtos. No capítulo
da sinalização vertical, como área de excelência da Tracevia, o seu
conhecimento e experiência têm-lhe permitido ver o seu nome
associado a uma parte significativa da sinalização implantada na
rede viária portuguesa.
A Rentaco presta ainda serviços no domínio do transporte público
rodoviário de mercadorias com motorista e em regime de “rent a
Com um enfoque especial na estrada e na segurança rodoviária,
a empresa alargou o seu âmbito de actuação, investindo em
relatório de sustentabilidade 2009
39
04
apresentação
e perfil do Grupo
áreas-chave. Para além das áreas tradicionais, nas quais possui
mais notoriedade – sinalização horizontal e vertical e equipamentos
de segurança, há cerca de 10 anos que a Tracevia tem actividade
relevante nos domínios de barreiras acústicas (elemento hoje
fundamental no conforto e na qualidade de vida das populações
vizinhas das grandes infra-estruturas rodoviárias)
e iluminação pública.
Desde meados da década de 90, tem vindo ainda a realizar
significativos investimentos nas novas tecnologias aplicadas à
gestão de tráfego, nomeadamente na área da telemática rodoviária.
Entre os projectos já desenvolvidos podem citar-se os sistemas
de portagem virtual e telemática de quatro concessões de
auto-estrada, numa extensão superior a 400 quilómetros.
A Tracevia, que desde 2004 integra o “ranking” das 2.000 maiores
empresas nacionais, mantém frentes de trabalho em todo o
território nacional e no estrangeiro. Realizou projectos em Cabo
Verde, Congo, Malawi, Macau, Benim e já se implantou no mercado
angolano, com a criação da Tracevia-Angola, em 2005.
Entretanto, fruto das sinergias inerentes ao facto de fazer
parte do Grupo Mota-Engil, a empresa pretende estender os seus
serviços aos mercados da Europa Central, onde deseja afirmar-se
graças ao “know-how” adquirido no domínio das novas tecnologias,
com a telemática, apostando na segurança rodoviária.
A Tracevia tem o seu sistema de Gestão da Qualidade certificado
desde 2005.
A BERD, participada do Grupo Mota-Engil, desenvolve e aplica
soluções de vanguarda, a nível internacional, na área dos métodos
construtivos de pontes.
Foi criada em 2006, conjugando os esforços de uma equipa de
gestão profissional e do grupo de investigação do projecto OPS.
Este grupo de investigação, constituído em 2002, foi agraciado com
diversos prémios nacionais e internacionais, incluindo, em 2001,
o prestigiado prémio FIB (Fédération Internationale du Béton), o
FIVE Award, patrocinado pelo IAPMEI e pelo ITP, e o Prémio BES
de Inovação, em cooperação com a Fundação Ilídio Pinho e
a Siemens Portugal.
Desde 1993, e após nove anos de investigação fundamental e
pré-experimental, o Grupo Mota-Engil juntou-se ao Grupo OPS
de investigação. A cooperação financeira e técnica estabelecida
converteu-se num impulso decisivo na transformação da
investigação fundamental em inovação efectiva.
A partir de 2003, fruto da celebração de vários Protocolos entre
a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e o
Grupo Mota-Engil, foi possível a execução de um protótipo
“full-scale” usado com sucesso na construção de uma ponte
em Lousada (Norte de Portugal).
O sistema OPS – Organic Prestressing System, patenteado a nível
internacional, é um sistema adaptativo automático de pré-esforço
inspirado no músculo humano, sendo aplicável em vários tipos de
relatório de sustentabilidade 2009
40
04
apresentação
e perfil do Grupo
estrutura. A sua utilização assegura a redução de custos de
aquisição de equipamentos (cimbres), a redução de custos
operacionais, melhorias de desempenho em termos funcionais
(redução de flechas) e o aumento da segurança.
As actividades da BERD incluem, a prestação de serviços na área
de engenharia de pontes, sendo as suas principais actividades a
consultoria, o projecto e a Investigação & Desenvolvimento,
bem como a venda de equipamentos construtivos de pontes
de grande porte.
2007 foi um ano crucial para a BERD, pois representou o período
de implementação de todos os processos e o arranque de todas
as actividades da empresa. Foi também neste ano que a BERD,
radicada em Portugal, iniciou o seu processo de internacionalização
em países como Espanha, República Checa, França, Alemanha,
Grécia, Hungria, Polónia, Roménia, Estados Unidos da América
e Rússia.
NO ESTRANGEIRO
EUROPA
Espanha
Com actividade nas áreas especializadas da geotecnia e fundações,
a Mota-Engil Engenharia actua no país vizinho através da sua
participada Grossiman.
Actua igualmente através da Construcciones Crespo, em particular
no mercado galego de construção civil e obras públicas.
Irlanda
A entrada neste mercado fez-se pela via da assinatura do contrato
da Auto-Estrada N7 - Nenagh to Limerick, no valor de 175 milhões
de euros, em finais de Novembro de 2006.
Este mercado fica positivamente marcado pela adjudicação, em
2007, da obra do Terminal 2 do Aeroporto de Dublin, no valor de
46 milhões de euros, num consórcio que conta com a participação
de 30% da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA e 60% da sua
participada Martifer.
De igual modo e em 2007, teve lugar o estabelecimento da MEIC
– Mota-Engil Ireland Limited, sendo accionistas a Mota-Engil
Engenharia e Construção, SA (60%) e a GKM (40%), empresa com
sede na Irlanda.
Tem sido intensificada a acção comercial na Irlanda, com vista à
obtenção de novos contratos no domínio rodoviário, tanto em
projectos D&B como parcerias público-privadas.
EUROPA CENTRAL
Os mercados da Europa Central constituem uma forte aposta no
esforço de internacionalização do Grupo e da sua área de negócios
de engenharia e construção.
A partir de uma primeira incursão na Polónia, onde o Grupo se
encontra há mais de uma década, a sua presença foi-se expandindo
progressivamente para outros países, com operações que hoje se
estendem à Roménia, à Hungria, à República Checa e à Eslováquia.
As infra-estruturas rodoviárias e a construção residencial
constituem os segmentos de mercado mais importantes e
os sectores onde o Grupo irá manter e reforçar a sua aposta, em
linha com as perspectivas de investimento e desenvolvimento
que se verificam nestes países.
Na Europa Central, o Grupo opera através da Mota-Engil Central
Europe SGPS, com actividade em dois segmentos societariamente
separados: a construção e o real estate (Imobiliária).
relatório de sustentabilidade 2009
41
04
apresentação
e perfil do Grupo
O Volume de Negócios na Europa Central foi de 263 milhões de
euros em 2009, representando um decréscimo de 12% em relação
a 2008.
ÁFRICA
O Grupo Mota-Engil tem origem em Angola, onde está presente
desde 1946. Os laços históricos que unem o Grupo Mota-Engil a
Angola têm permitido um reforço cada vez maior da sua presença
no país, representando este um dos seus principais mercados.
A Mota-Engil Engenharia desenvolve a sua actividade em Angola,
quer através da sua sucursal, a operar nos sectores de construção
civil e obras públicas, quer por via de um conjunto de empresas
participadas.
Noutros países de expressão portuguesa, exerce igualmente
actividade, através de sucursais e empresas em Cabo Verde,
Moçambique e S. Tomé e Príncipe (aqui sem sucursal, mas
com empresa).
É de realçar, igualmente, a presença no Malawi, onde o Grupo se
encontra a operar há cerca de uma década, tendo vindo a crescer e
a consolidar a sua posição neste mercado de forma significativa.
AMÉRICA
A Mota-Engil Engenharia está presente nos EUA, actuando
no domínio da construção civil, em particular no segmento
de habitação, na região de Miami (Florida).
O Grupo marca também presença no México, na Venezuela
e no Peru, onde actua, sobretudo, na execução de trabalhos
de apoio à indústria mineira, possuindo uma das frotas de
equipamento mais vastas e tecnologicamente avançadas
destes países latino-americanos.
O Volume de Negócios em África e no continente americano
registou, em 2009, um crescimento de 33%, tendo-se cifrado
em 508 milhões de euros, face aos 430 milhões de euros registados
em 2008.
5. CERTIFICAÇÕES
A Mota-Engil Engenharia e suas participadas dispõem de um
conjunto vasto de certificações que podem ser consultadas
no quadro das páginas seguintes.
relatório de sustentabilidade 2009
42
04
apresentação
e perfil do Grupo
Certificações Mota-Engil Engenharia
Empresa
MOTA-ENGIL ENGENHARIA
FERROVIAS
Sistema
de Gestão
ISO 9001
Sistema de Gestão Ambiental
ISO 14001
Sistema de Gestão da Segurança
OHSAS 18001
Ensaios Laboratoriais
ISO 17025
Marcação CE
Várias NP
Sistema Gestão da Inovação
NP 4457
Controlo de Produção de Betão
NP EN 206-1
Sistema de Gestão da Qualidade
ISO 9001
Sistema de Gestão Ambiental
ISO 14001
Sistema de Gestão da Segurança
OHSAS 18001
Sistema Gestão da Inovação
NP 4457
Sistema de Gestão da Qualidade
MOTA-ENGIL PAVIMENTAÇÕES
TECNOCARRIL
CPTP
Norma
Sistema de Gestão da Qualidade
ISO 9001
Âmbito
Concepção, desenvolvimento e comercialização
de activos imobiliários; Concepção e execução
de contratos de construção civil e obras públicas;
Produção e fornecimento de betão; Fundações
especiais, contenções, injecções, instrumentação
e reconhecimento geotécnico; Exploração de
pedreiras e produção de agregados; Ensaios
laboratoriais a materiais de construção e estudos
de formulação de misturas betuminosas e
hidráulicas; Execução e manutenção de instalações eléctricas e mecânicas, e implementação
de sistemas de gestão técnica e automação.
APCER
Maio 2005
Novembro 2007
3 CPB’s
Março 2009
Fevereiro 2003
APCER
ISO 14001
Marcação CE
Várias NP
Todas as centrais de produção de misturas
betuminosas
Sistema de Gestão da Qualidade
ISO 9001
Gestão de fabricação de travessas e outras
peças de madeira para utilização ferroviária;
Impregnação de madeira (processo creosote)
Sistema de Gestão da Qualidade
ISO 9001
Fabrico e comercialização de misturas
betuminosas; Pavimentação
Obras marítimas e fluviais, obras de barragens,
aproveitamentos hidroeléctricos, fundações, redes
de infra-estruturas (saneamento básico, drenagem
de águas pluviais, redes de distribuição de águas
potáveis e combate a incêndios, infra-estruturas
eléctricas), vias de comunicação, pontes e túneis,
em território nacional.
Dezembro 2004
Junho 2006
em curso
Fabrico e comercialização de misturas
betuminosas; Próximo ano será feita a
extensão para a pavimentação
OHSAS 18001
Fevereiro 2003
Maio 2004
Investigação, Desenvolvimento e Inovação
nas áreas de Engenharia, Construção
e Geotecnia
Sistema de Gestão Ambiental
ISO 14001
Maio 2005
17 Centros Industriais (Pedreiras)
Actividades desenvolvidas no domínio da construção,
renovação e conservação das infraestruturas fixas
ferroviárias (via, catenária, terraplenagens
e construção civil), com excepção de
telecomunicações e sinalização eléctrica
Data de
Concessão
do Certificado
Junho 2004
IPAC
Sistema de Gestão da Segurança
Sistema de Gestão Ambiental
Entidade
Certificadora
Março 2009
em curso
APCER
Novembro 2009
Dezembro 2008
APCER
Junho 2008
Julho 2005
APCER
Julho 2008
relatório de sustentabilidade 2009
43
04
apresentação
e perfil do Grupo
Certificações Mota-Engil Engenharia
Sistema
de Gestão
Empresa
Norma
Âmbito
Entidade
Certificadora
Produção e montagens de sinalização rodoviária
vertical; Marcação de vias rodoviárias;
Comercialização e montagem de barreiras
acústicas e de equipamentos de segurança
rodoviária; Projecto, comercialização
e montagens e manutenção de sistemas
de telemática rodoviária; Comercialização e
montagem de equipamentos de iluminação
pública; Projecto, comercializaçao e montagem
de equipamentos de semaforização rodoviária.
TRACEVIA
Sistema de Gestão da Qualidade
ISO 9001
RENTACO
Sistema de Gestão da Qualidade
ISO 9001
Aluguer de equipamento de construção,
nomeadamente autogruas, módulos e ferramentas
eléctricas e transporte rodoviário de mercadorias.
Sistema de Gestão da Qualidade
ISO 9001
Projecto, fabricação e montagem de produtos
pré-fabricados em betão de médio e pesado porte
MOTA-ENGIL BETÃO E
PRÉ-FABRICADOS
Sistema de Gestão Ambiental
ISO 14001
Sistema de Gestão da Segurança
OHSAS 18001
Indicadores Financeiros
Serviços Urbanos
Operações
Logístico-Portuárias
APCER
Novembro 2005
APCER
Fevereiro 2009
Novembro 2007
APCER
Concepção, fabrico, fornecimento e comercialização
de betão pronto
Janeiro 2008
No domínio ambiental, opera no sector de resíduos e da limpeza
urbana, sendo líder em Portugal do mercado privatizado de gestão
de resíduos sólidos urbanos.
04.4.2
ambiente e serviços
Vendas e Pestações de Serviços
Data de
Concessão
do Certificado
€ 333 milhões
2,2 milhões de habitantes em 50 concelhos
líder nacional, presente em todos os portos
portugueses com excepção do Porto de Sines
INTRODUÇÃO
A Mota-Engil Ambiente e Serviços compreende um conjunto
diversificado e um amplo portefólio de actividades e negócios.
No sector da água, gere um conjunto de participações em
concessões e parcerias público-privadas de sistemas de
abastecimento de água e tratamento de águas residuais.
A expansão do Grupo para o sector logístico e portuário coloca-o
em posição de liderança no mercado português das operações
portuárias, oferecendo ainda soluções abrangentes de integração
logística e destacando-se como primeiro operador privado português
a entrar no sector do transporte ferroviário de mercadorias.
Na sua componente Multisserviços, esta área integra um conjunto
de negócios nos domínios de manutenção industrial e de edifícios,
relatório de sustentabilidade 2009
44
04
apresentação
e perfil do Grupo
arquitectura paisagística, e construção e manutenção de espaços
verdes e campos de golfe, actuando ainda através de duas das suas
participadas na área dos mercados electrónicos e do marketing directo.
Opera neste segmento através de um conjunto de participadas, com
particular destaque para a SUMA, incluindo ainda a Correia & Correia,
a Enviroil e a Ekosrodowisko (Polónia).
ACTIVIDADES PRINCIPAIS
Resíduos
· Gestão de resíduos sólidos urbanos e limpeza urbana;
· Gestão de resíduos industriais;
· Reciclagem e valorização de óleos usados.
SUMA
A SUMA detém uma posição única no mercado da gestão do ambiente
urbano, alicerçada na liderança do sector em Portugal, a que alia uma
atitude de permanente proactividade na busca da inovação
em qualquer das suas áreas de actuação.
Água
· Gestão de sistemas de abastecimento de água;
· Gestão e tratamento de águas residuais.
Servindo mais de 2 milhões de habitantes de 46 concelhos do País,
a SUMA integra no seu universo empresarial mais de uma dezena de
empresas prestadoras de serviços complementares no domínio da
gestão integrada de resíduos.
Portos e Logística
· Operação de terminais marítimos;
· Operação de terminais rodo-ferroviários;
· Operações de logística integrada;
· Operação de transporte ferroviário de mercadorias.
Multisserviços
· Manutenção industrial e de edifícios;
· Arquitectura paisagística;
·C
oncepção, construção e manutenção de espaços verdes e campos
de golfe;
· Operação de mercados electrónicos (G2B2B);
· “Mailing” directo;
· Gestão de parques de estacionamento.
1. RESÍDUOS
O mercado da gestão dos resíduos sólidos urbanos e industriais tem
um relevante interesse estratégico para o Grupo Mota-Engil, fazendo
parte do “core business” da área de negócios de Ambiente
e Serviços.
Este alinhamento permite obter sinergias e congregar competências,
favorecendo a gestão logística de equipamentos e outros meios e
dotando-a de assinalável capacidade de resposta, solidez, qualidade
e competitividade nos serviços que presta.
Estes serviços englobam todo o ciclo de gestão dos resíduos sólidos
urbanos e industriais (recolha, transporte, triagem e tratamento) e a
limpeza urbana, para além de serviços complementares na área das
análises laboratoriais e controlo de qualidade de resíduos e águas e
os aspectos ligados à sensibilização e educação ambiental, vector
fundamental da política da SUMA perante a comunidade.
Em 2008, com a integração plena do Grupo Novaflex, a SUMA
reforçou a sua liderança nacional do mercado privatizado de gestão
de resíduos sólidos urbanos, com uma quota de 54% do mercado
privatizado, alargando por outro lado a sua presença no mercado de
tratamento de resíduos industriais através da aquisição da TRIU.
relatório de sustentabilidade 2009
45
04
apresentação
e perfil do Grupo
VISÃO, MISSÃO, VALORES E ESTRATÉGIA
Visão
Consolidação sustentada da liderança em Portugal e crescimento
sustentável para mercados internacionais
Missão
Gerir resíduos, na construção de um ambiente melhor.
Valores
· Liderança de mercado;
· Confiança dos clientes;
· Desempenho sustentável;
· Compromisso das pessoas.
Com base na Missão, nos Valores, na Visão e nos 10 Princípios do
United Nations Global Compact, a Administração da SUMA
estabelece a política de gestão, comprometendo-se a gerir a
organização, numa perspectiva de melhoria contínua, de acordo
com os seguintes compromissos:
ompromisso de Cumprimento
C
Cumprimento dos requisitos legais, normativos e contratuais
aplicáveis e dos outros requisitos que a Organização subscreva;
Compromisso de Criação de Valor
Criação de valor para os Accionistas, Clientes, Trabalhadores,
Fornecedores e demais partes interessadas;
Compromisso de Liderança
Consolidação da liderança no mercado nacional, promoção da
expansão internacional do negócio e melhoria da percepção
do benefício por parte dos Clientes e demais Partes Interessadas;
Compromisso com o Cliente
Diversificação e inovação na actividade para manutenção da
vanguarda em soluções de gestão de resíduos inovadoras, integradas
e eficientes, que satisfaçam os Clientes;
Compromisso com as suas Pessoas e seu Meio Social
Valorização profissional e pessoal dos Trabalhadores, adequação das
suas competências às funções que desempenham e apoio local aos
Trabalhadores e sua envolvente social;
Compromisso com a Saúde e Segurança
Prevenção dos danos para a saúde, controlo e protecção para a
eliminação ou redução dos riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores e terceiros;
Compromisso com o Meio Ambiente e Alterações Climáticas
Prevenção e controlo da poluição e utilização racional/eficiente da
energia e da água, entre outros aspectos Ambientais;
Compromisso de Melhoria Contínua
Melhoria contínua através da revisão periódica de objectivos, metas
e processos, e da monitorização, medição, análise e inovação
permanentes ao nível do desempenho;
Compromisso de Comunicação
Comunicação adequada às partes interessadas, promovendo
o seu envolvimento na cultura de qualidade, ambiente, segurança,
inovação e responsabilidade social.
ORGANOGRAMA
Vocacionada para a Gestão de Resíduos e Limpeza Pública, a SUMA
integra um conjunto de empresas que se complementam e permitem
alinhar e fortalecer competências na oferta de serviços no sector
dos resíduos.
relatório de sustentabilidade 2009
04
46
Internacional
POLÓNIA
100%
apresentação
e perfil do Grupo
Mota-Engil
Środowisko
100%
SUMA Matosinhos
Serviços Urbanos e
Meio Ambiente, Lda
100%
SUMA Douro
Serviços Urbanos e
Meio Ambiente, Lda
100%
Ekośrodowisko
ANGOLA
49%
GRUPO SUMA
Empresas do Grupo
100%
SUMA Esposende
Serviços Urbanos e
Meio Ambiente, Lda
100%
SUMA Porto
Serviços Urbanos e
Meio Ambiente, Lda
VISTA
Waste Management
Empresas do Grupo
NOVAFLEX
Técnicas do
Ambiente, SA
50%
AGIR - Ambiente e
Gestão Integrada
de Resíduos
100%
TRIU - Técnicas de
Resíduos Industriais
e Urbanos, SA
100%
Real Verde
Técnicas de
Ambiente, SA
95%
Investambiente
Recolha de Resíduos e
52% Gestão de Sistemas
de Saneamento
Básico, SA
AMBILITAL
Investimentos
Ambientais no
Alentejo, EIM
49%
CITRUP
Centro Integrado
de Resíduos, Lda
30%
ECOLEZÍRIA - Empresa
Intermunicipal
24,5%
para o Tratamento de
Resíduos Sólidos, EIM
33%
NOVABEIRA
Gestão de
Resíduos, SA
33%
CABO VERDE
Empresas participadas
50%
100%
Relevante
Função, Lda
Transporte
Lixos
RIMA - Resíduos
96,129% Industriais e Meio
AMBIBATALHA
Gestão de Resíduos, 20%
SA
50,16%
RESIGES
50% Gestão de Resíduos
Hospitalares, Lda
ERSUC
Resíduos Sólidos 5,98%
do Centro, SA
Ambiente, SA
70%
SIGA - Sistema
Integrado de Gestão
Ambiental, SA
50%
RESILEI - Tratamento
de Resíduos
Indústriais, SA
50%
AMBIGERE - Serviços
Ambientais, SA
citrave
Centro Integrado
75%
de Tratamento de
Resíduos de Aveiro,
SA
0,08%
50%
enviroil
Resíduos e
Energia, Lda
73,91%
80%
TTRM
Transferência
e Triagem de
Resíduos da
Correia & Correia
20%
Gestão de Resíduos,
Lda
Madeira, ACE
25%
SRI
Gestão de
Resíduos, Lda
99,92%
TRATOFOZ
Soc. de Tratamento
de Resíduos, SA
1%
relatório de sustentabilidade 2009
47
04
apresentação
e perfil do Grupo
CERTIFICAÇÕES
A SUMA dispõe de várias certificações, que podem ser consultadas
no quadro abaixo:
Certificações grupo suma
Empresa
SUMA, SA
Site/centro
de serviços
Sede e Centro
de Serviços
de Aveiro
CITRUP
Centro Integrado
de Resíduos, Lda
Sede (Sertã)
Correia & Correia
Âmbito
Sistema
de Gestão
Norma
Entidade
Certificadora
Data de
Concessão
do Certificado
Concepção, desenvolvimento, planeamento e comercialização de actividades
de limpeza urbana, recolha e transporte
de resíduos não perigosos, gestão da
contentorização, sensibilização e educção
ambiental na SED e execução
e operacional no CS
Sistema de Gestão da Qualidade
NP EN ISO 9001:2008
Sistema de Gestão Ambiental
NP EN ISO 14001:2004
Sistema de Gestão da Segurança
e Saúde no Trabalho
NP 4397:2008 / OHSAS
18001:2007
28-Ago-08
Deposição controlada em aterro de
resíduos sólidos provenientes da Central
de Valorização Energética e de resíduos
sólidos urbanos, durante os períodos de
paragem da mesma, assim como todas
as operações relacionadas com estas
actividades
Sistema de Gestão da Qualidade
NP EN ISO 9001:2008
31-Mai-05
Sistema de Gestão Ambiental
NP EN ISO 14001:2004
Recolha, armazeamento e tratamento de
resíduos perigosos e não perigosos,
para posterior expedição, quer para
valorização ou eliminação dos mesmos
Sistema de Gestão da Segurança e OHSAS 18001:2007/
NP 4397:2008
Saúde no Trabalho
29-Jun-06
APCER
28-Ago-08
24-Mai-05
APCER
24-Mai-05
Sistema de Gestão de
Responsabilidade Social
SA 8000:2008
18-Abr-07
Sistema de Gestão da Qualidade
NP EN ISO 9001:2008
26-Abr-10
Sistema de Gestão Ambiental
NP EN ISO 14001:2004
Sistema de Gestão da Segurança e OHSAS 18001:2007/
NP 4397:2008
Saúde no Trabalho
EIC
26-Abr-10
26-Abr-10
relatório de sustentabilidade 2009
48
04
apresentação
e perfil do Grupo
A Correia & Correia é uma empresa de gestão de resíduos que iniciou
a sua actividade em Setembro de 1988, na recolha de óleos usados.
Em 2002, iniciou um processo de evolução e diversificação, tornando-se uma empresa de gestão global de resíduos industriais.
Integrada no Grupo Mota-Engil, na área de negócios de Ambiente e
Serviços, possui uma frota própria e os meios que lhe permitem
a recolha de resíduos em todo o Continente.
Como agente activo na preservação do ambiente, assegura aos
seus Clientes o cumprimento das obrigações legais de natureza
ambiental, optimizando e racionalizando os custos associados
à gestão de resíduos industriais.
Entre estes últimos, conta-se a triagem e armazenagem de resíduos
industriais perigosos e banais, e a armazenagem e tratamento de
óleos usados, águas contaminadas e lamas oleosas.
A gestão global de resíduos envolve uma parceria estreita com
os Clientes, compreendendo a caracterização preliminar da
realidade ambiental da Empresa ao nível da inventariação dos
resíduos produzidos, do ponto de vista da sua segregação, necessidades de acondicionamento e condições para carga e descarga,
visando a implementação do sistema global de gestão dos resíduos
através do fornecimento do adequado acondicionamento, recolha,
transporte, tratamento ou armazenamento temporário dos mesmos,
estando especialmente autorizada para proceder a esta operação.
A Correia & Correia possui instalações de tratamento e transferência
de Resíduos, onde recepciona e segrega um vasto leque de resíduos,
procedendo posteriormente ao seu tratamento.
Executa ainda trabalhos na área de limpeza industrial, actuando com
meios de primeira intervenção na minimização de danos ambientais
em caso de derrame acidental de combustíveis ou produtos químicos, limpeza, desgasificação e desmantelamento de reservatórios e
tanques, lavagens com jacto de água de alta pressão, e desobstrução
e limpeza de redes de efluentes industriais, detendo neste
domínio as mais variadas competências e os mais elevados padrões
de segurança.
A empresa dispõe de uma unidade industrial de valorização de
óleos usados, armazenamento temporário de resíduos industriais
e tratamento físico-químico, e de uma unidade de armazenamento
temporário de resíduos, para além de um vasto conjunto de
equipamentos (contentores, camiões, plataformas e outros
equipamentos industriais).
Neste âmbito em particular, é de destacar a existência de um
pavilhão destinado à estabilização/inertização de lamas, as quais,
após desidratação e estabilização, são encaminhadas para eliminação em aterro autorizado.
Encontra-se ainda apetrechada de um laboratório devidamente
equipado, que permite efectuar o controlo da qualidade do óleo
usado e das águas residuais recepcionadas na Unidade.
A Correia & Correia apresenta no seu quadro técnico colaboradores
experientes e qualificados, apostando na sua permanente
valorização.
Organiza, por outro lado, acções regulares de sensibilização e
formação ambiental junto dos seus Clientes. A implementação
de acções de melhoria ambiental de acordo com as estratégias
e políticas nacionais de ambiente, aplicando as melhores técnicas
disponíveis, nomeadamente ao nível do tratamento físico-químico
relatório de sustentabilidade 2009
49
04
apresentação
e perfil do Grupo
de águas residuais, preparação de resíduos, tratamento de emissões
gasosas e gestão de resíduos produzidos nas instalações industriais,
constituem igualmente uma preocupação e um vector primordial
da política da empresa.
A empresa dedica-se à recolha de resíduos sólidos urbanos
e limpeza urbana, bem como à limpeza de neve durante o Inverno
e à manutenção de espaços verdes.
O estudo dos materiais recicláveis e a gestão deste tipo de resíduos,
através da criação de uma linha de triagem, estão entre as apostas
da empresa e desta área de negócios no futuro próximo.
Esta empresa foi constituída em 2002, tendo como objectivo a reciclagem de óleos lubrificantes usados e a sua valorização energética.
A tecnologia empregue pela Enviroil passa pela prévia eliminação das
águas e dos sedimentos sólidos dos óleos, os quais, após tratamento
térmico de evaporação seguido da respectiva condensação a que
são sujeitos, permitem a obtenção de dois produtos que podem ser
incorporados como combustível em motores a gasóleo e para
produção de energia eléctrica injectada na rede pública de
abastecimento eléctrico.
A Enviroil dispõe de um moderno complexo industrial, composto por
um parque de armazenamento, uma nave de tratamento de óleos
usados e uma nave de produção de energia.
A Ekośrodowisko, sedeada no Sul da Polónia, representa o esforço
da área de negócios de Ambiente e Serviços no sentido
da internacionalização da sua actividade nos mercados do Centro
e Leste Europeus.
2. ÁGUA
A Mota-Engil Ambiente e Serviços gere participações no mercado das
concessões e das parcerias público-privadas dos serviços de água e
saneamento através da sua participada Indaqua, uma das primeiras
empresas de capitais privados em Portugal a realizar operações de
captação, tratamento e distribuição de água para consumo público
e a recolha, tratamento e rejeição de efluentes.
A sua participada Hidrocontrato complementa esta actividade,
assegurando a concepção, construção, operação e manutenção
de empreendimentos de engenharia nos domínios de hidráulica e
saneamento básico.
A Mota-Engil Ambiente e Serviços participa no mercado das concessões e das parcerias público-privadas dos serviços de água e saneamento através da Indaqua, uma das primeiras empresas de capitais
privados a realizar a captação, tratamento e distribuição de água
para consumo público e a recolha, tratamento e rejeição de efluentes.
Apostando forte no sector, a Indaqua participou desde 1994,
em todos os concursos públicos relevantes para atribuição de
concessões municipais, ganhando em 1996 o primeiro contrato
no Município de Fafe, na zona norte de Portugal.
Dominando claramente toda a prestação de serviços do ciclo urbano
da água, as tecnologias e o serviço de atendimento a Clientes,
relatório de sustentabilidade 2009
50
04
apresentação
e perfil do Grupo
a Indaqua desenvolve um modelo de gestão delegada e assegura
soluções integradas, flexíveis, em diferentes modelos de concessão
e de parceria adequadas a vários municípios. Esta actividade exige
um elevado grau de compromisso e participação, pois a relação da
empresa com os seus clientes não se esgota na vertente comercial.
Cada concessão é gerida por uma empresa autónoma, pelo que a
Indaqua dispõe das seguintes empresas concessionárias: Indaqua
Fafe; Indaqua Santo Tirso/Trofa; Indáqua Feira; Indaqua Matosinhos;
Indaqua Vila do Conde; Águas de S. João (parceria público-privada
na empresa municipal de distribuição de água e recolha de águas
residuais no Município de S. João da Madeira).
A Indaqua serve cerca de 190.000 Clientes num universo
populacional de 560.000 habitantes. Hoje e pela população
servida, a Indáqua é o maior operador privado português, no que
diz respeito ao universo das concessões municipais de água. Possui
o directo controlo das empresas concessionárias, com uma participação social nunca inferior a 93% e assume-se ainda como parceira
dos municípios, nas empresas do tipo parceria público-privada.
Consciente da sua missão de prestar os serviços públicos de
abastecimento de água e saneamento e de executar os
investimentos tendo em vista garantir os melhores padrões
de qualidade estabelecidos para o sector, a Indaqua tem como
visão liderar a prestação deste tipo de serviços em Portugal. Esse
objectivo mostra-se alicerçado num quadro de valores que primam
pela transparência no relacionamento com todas as partes
interessadas e num serviço público orientado para o Cliente.
Assim, a política de qualidade da Indaqua assenta na melhoria
contínua do serviço prestado, através da monitorização constante
da qualidade da água, obedecendo a um Programa de Controlo
da Qualidade da Água (PCQA) de que se destaca a análise dos seus
parâmetros em laboratórios acreditados e independentes que
asseguram a qualidade final do produto.
O “Compromisso Ambiental” da Indaqua, como vector estratégico
da sua política de gestão ambiental, funda-se em domínios
de intervenção fundamentais, de que se destacam o planeamento
das actividades visando a minimização dos seus impactos
ambientais e a promoção da consciência ambiental envolvendo as
comunidades no desenvolvimento de soluções para os problemas
com ele relacionados.
A Indaqua obteve, em 2007, a tripla certificação do Sistema
Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente, Higiene e Segurança.
A Indaqua definiu ainda como prioridade máxima na exploração
dos sistemas públicos de abastecimento de água a gestão integrada
da água, desde a captação até a distribuição ao Cliente final.
A sistematização dos procedimentos internos de actuação e de
interacção com as empresas concessionárias em que participa foi
um dos passos do desenvolvimento do sistema integrado,
permitindo obter elevados níveis de eficiência que se reflectem
também no serviço que estas prestam aos seus Clientes.
Para isso, tem vindo a investir um importante volume dos seus
recursos no desenvolvimento e na implementação dos melhores
procedimentos e práticas de gestão de redes, com auxílio das
tecnologias mais sofisticadas existentes em todo o mundo, sendo
hoje considerada uma referência no sector a este nível.
relatório de sustentabilidade 2009
51
04
apresentação
e perfil do Grupo
Este esforço tem sido particularmente visível no combate às perdas
dos sistemas de abastecimento de água, cuja intervenção é de
molde a produzir importantes ganhos de eficiência económica para
além dos enormes benefícios ambientais daí decorrentes. No seu
esforço de relacionamento e auscultação das partes interessadas,
a Indaqua foi pioneira em Portugal ao introduzir nas concessões
de serviços públicos de abastecimento de água e saneamento o
Conselho do Consumidor e Ambiente, com a participação de
representantes das câmaras municipais e juntas de freguesia,
e o Provedor, com funções associadas aos interesses dos
consumidores e ao estabelecimento de uma prática aberta
de relacionamento.
Em 2008, o Grupo Mota-Engil reforçou a sua participação na Indaqua
em 7,2%, tornando-se assim seu accionista maioritário, com 50,05%
do capital social.
A inserção na comunidade inclui ainda as políticas de recrutamento,
de selecção de fornecedores e a de informação, em que se privilegia
sempre o mercado e os agentes locais.
A gestão do segmento portuário e logístico, através da sua área
de negócios de Ambiente e Serviços, inclui ainda participações nas
empresas Tersado e Sadoport, bem como na CargoRail/Takargo,
actuando no domínio do transporte ferroviário de mercadorias e
visando assim contribuir para a transformação e integração do sector
logístico e dos transportes.
É também de destacar a edição de folhetos dedicados à problemática
do uso racional da água, a realização de palestras em escolas
e juntas de freguesia e a criação de dias de visita às instalações
afectas à exploração.
Também a resolução de situações de famílias carenciadas utilizadoras
do serviço tem merecido particular atenção por parte da Indaqua,
nomeadamente através de um atendimento personalizado, analisando
e propondo soluções caso a caso, baseadas em modos faseados
de pagamento ou outros que se tornem mais adequados.
Este relacionamento contribui decisivamente para melhorar a
percepção pública face à utilidade e relevância deste tipo de serviços
e indicia uma atitude socialmente responsável perante a comunidade
enquanto imperativo fundamental dos valores e da política de gestão
da Indaqua.
3. PORTOS E LOGÍSTICA
No desempenho da função de “interface” mar/terra, os portos têm
uma função eminentemente estruturante de todo o sector dos
transportes e da economia nacional.
Em resposta ao crescimento das trocas comerciais e do correspondente
aumento da procura global de transportes marítimos, o Grupo
Mota-Engil concretizou em 2007 a aquisição da TERTIR.
A articulação entre o sector portuário e o dos transportes, a que
acrescerá a futura incorporação da plataforma logística nacional do
Poceirão LOGZ, Atlantic Hub – a desenvolver em parceria com outras
entidades no quadro do programa Portugal Logístico –, permite
ao Grupo Mota-Engil oferecer ao mercado um serviço integrado,
independente dos vários operadores.
De referir, como exemplos reveladores da pretendida lógica de
integração, a disponibilidade de espaços de referência para
parqueamento de mercadorias; extensões de cais superiores a
4500 metros; a proximidade das vias rodoviárias e ferroviárias;
e a disponibilidade de terminais com estatuto alfandegário tipo A.
relatório de sustentabilidade 2009
52
04
apresentação
e perfil do Grupo
naquele porto, prestando ainda serviços de parqueamento de
contentores no terminal e serviços de “depot”. Possui igualmente os
estatutos de depósito temporário e de armazém de exportação.
O ano de 2005 marca a entrada do Grupo Mota-Engil no sector
das operações portuárias, através das participações accionistas
adquiridas na Sadoport e Tersado em Setúbal.
Em 2007, consumou a aquisição da TERTIR, reforçando significativamente a sua presença no sector.
A TERTIR desenvolve a sua actividade em quatro áreas fundamentais:
terminais portuários; transporte intermodal; transitários e serviços;
plataformas logísticas.
O TCL iniciou a sua actividade operacional em Maio de 2000, data em
que a exploração desta actividade passou a ser cometida ao sector
privado, na sequência de um processo de concessão efectuado pela
Autoridade Portuária do Porto de Leixões.
O porto de Leixões e o seu terminal de contentores são parte
integrante do sistema portuário europeu, desempenhando um papel
de relevo na fachada atlântica da Península Ibérica, onde se assume
como a estrutura inter-regional mais importante, sendo referência
para as cadeias logísticas que operam nesta área.
Ao nível dos Terminais Portuários, a TERTIR está presente nos Portos
de Aveiro, Figueira da Foz, Leixões, Lisboa e Setúbal, englobando
empresas directamente ligadas à exploração de terminais portuários
e empresas que desenvolvem actividades logísticas e tecnológicas
aplicadas ao sector portuário.
A vocação do terminal de contentores para o “short sea shipping”,
com especial incidência na componente “feeder”, tem permitido o
crescimento sustentado do TCL, mas não esgota a sua missão de
criar condições de atractividade, quer às linhas “deep sea”, quer às
operações de valor acrescentado, ambas ditadas pelo novo ambiente
logístico nascido com a globalização.
No porto de Aveiro, a Socarpor Aveiro opera, em regime de
concessão, um terminal multiusos onde se efectuam movimentações
de carga geral e granéis. Esta empresa tem vindo a encetar um
ambicioso programa de investimentos, compreendendo a aquisição
de quatro gruas móveis e a construção de equipamentos de
movimentação e silos para a recepção e armazenamento de cereais.
No porto de Lisboa, a Liscont e a Sotagus operam, em regime de
concessão, os dois principais terminais de contentores da capital. É
igualmente de realçar a participação da Liscont na concessionária
MPDC – Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo, em
Moçambique, responsável pela gestão em regime de “master
concession” dos diversos terminais do porto de Maputo.
No porto da Figueira da Foz, através da Liscont — Figueira da Foz, as
operações portuárias de movimentação de cargas visam, sobretudo,
o sector da indústria da pasta e do papel e os produtos siderúrgicos.
Através do TCL, Terminal de Contentores de Leixões, SA, opera em
regime de concessão os dois terminais de contentores existentes
Na área dos transitários e serviços, através da Transitex, a TERTIR
actua na área logística, operando em Portugal e Espanha, com
escritórios nos dois países, e representações na Lituânia, no Brasil,
nos Estados Unidos e na China.
relatório de sustentabilidade 2009
53
04
apresentação
e perfil do Grupo
Tem vindo a desenvolver a sua actividade na organização de fluxos
logísticos que ligam o mercado ibérico a destinos oceânicos
longínquos, utilizando os terminais portuários do Grupo e
constituindo assim um vector importante no desenvolvimento
dos seus terminais de contentores.
Por via da E.A. Moreira, actua no agenciamento a uma empresa
madeirense de navegação e, por intermédio da Lisprojecto,
a TERTIR desenvolve “software” de apoio à planificação e ao controlo
das operações portuárias e do sector logístico, suportando ainda as
empresas do Grupo na aquisição e manutenção de “hardware”.
Foi adjudicada a Concessão do Porto de Paita, situado no Norte
do Peru na província de Piura, nas proximidades da fronteira com
o Equador, ao consórcio Terminales Portuarios Euroandinos, que o
GRUPO MOTA-ENGIL integra em 50%, através das suas participadas
Tertir, em Portugal, e Translei, no Peru.
No porto de Setúbal, a Tersado e a Sadoport actuam como concessionárias dos terminais multiusos daquele porto, prestando serviços
de movimentação portuária de carga geral fraccionada, carga
“roll-on/roll-off”, granéis sólidos e carga contentorizada.
Ao nível do transporte intermodal, a Takargo é a primeira empresa
privada portuguesa a marcar presença no sector do transporte
ferroviário de mercadorias, dispondo igualmente de soluções
multimodais integradas de transporte.
A Takargo firmou um acordo com a espanhola Comsa Rail Transport
para o desenvolvimento conjunto de operações ferroviárias
de mercadorias na Península Ibérica.
Participado pelo Grupo Mota-Engil e integrado na rede das
Plataformas Logísticas Nacionais, será desenvolvido, em Palmela,
um “hub” logístico de vocação global.
O posicionamento como o mais ocidental “hub” logístico da Europa e
com excelentes acessibilidades rodo-ferroviárias permite que se torne uma porta de entrada de excelência para o tráfego de mercadorias
dos continentes americano e africano, criando ainda uma nova
alternativa na Península Ibérica para o “short sea shiping” europeu.
O desenvolvimento do LOGZ – Atlantic Hub permitirá criar uma
verdadeira Cidade Logística, com espaços que contemplam uma área
logística multifuncional, uma área de logística e exposição, uma área
de logística intermodal, um centro intermodal, um centro de serviços
integrados, para além de um centro de apoio ao transporte
rodoviário, contemplando uma zona de estacionamento de veículos
pesados, com áreas de descanso e “stands” de venda e oficinas
de reparação de veículos.
4. MULTISSERVIÇOS
Na vastíssima área dos serviços, o Grupo Mota-Engil agrega um
conjunto de empresas vocacionadas para a prestação de serviços
em áreas em que a subcontratação se afigura como uma alternativa
flexível e eficaz, permitindo uma adequada racionalização
relatório de sustentabilidade 2009
54
04
apresentação
e perfil do Grupo
de custos a par do aproveitamento de uma forte componente de
inovação e especialização que em muito aproveitam, quer ao
universo de empresas que integram o Grupo Mota-Engil, quer
aos seus clientes externos.
Entre o conjunto de empresas que integram esta área, é de referir a
actuação nos segmentos da manutenção industrial e de edifícios,
através das suas participadas Manvia e Almaque. Outras áreas de
intervenção são a arquitectura paisagística e concepção, construção
e manutenção de espaços verdes e campos de golfe, através da
Vibeiras e da Áreagolfe e, mais recentemente, da VBT, marcando a
entrada no mercado angolano; a operação de mercados electrónicos,
por via da sua participada Vortal; e os serviços nas mais diversas
áreas de marketing directo, através da Lokemark. Refira-se também a
presença no mercado de concessões de parques de estacionamento,
através das empresas EMSA e PARQUENGIL, com espaços
concessionados em várias cidades portuguesas.
A Manvia iniciou a sua actividade 1998.
As actividades da Manvia enquadram-se no conceito de multisserviços,
abrangendo uma vasta área de intervenção, desde a manutenção
até à gestão de contratos externos, garantindo aos seus Clientes
a prestação de serviços baseada numa estrutura técnica sólida
e inovadora que potencia as valências-alvo específicas das
necessidades dos Clientes.
Na área das vias de comunicação, a Manvia dispõe da capacidade,
equipamentos e mão-de-obra especializada para a manutenção e
gestão da manutenção de infra-estruturas de transporte, como
sejam vias rápidas, auto-estradas, estações ferroviárias e portos.
Estão actualmente sob a responsabilidade directa da Manvia, em
termos de manutenção, mais de 400 quilómetros de auto-estradas e
vias rápidas, no que se refere à manutenção de iluminação pública,
instalações eléctricas, praças de portagem e estações elevatórias.
Em termos das necessidades específicas de edifícios complexos,
incluindo centros comerciais, os serviços prestados pela Manvia são
concebidos e executados à medida das necessidades dos clientes,
englobando a manutenção de instalações e equipamentos de electricidade, AVAC, águas e esgotos e outras especialidades; a gestão
de contratos externos (vigilância, limpeza, jardinagem, elevadores,
sistemas especiais de segurança); “facilities management”; gestão de
manutenção; concepção e implementação de planos de manutenção
programada; e gestão ambiental na perspectiva do cliente.
As necessidades de gestão, planeamento e controlo da manutenção
no segmento industrial, onde a empresa igualmente opera,
conduziram à definição de um posicionamento específico da Manvia
neste sector. Os serviços prestados pela Manvia nesta área englobam
a gestão da manutenção, bem como a limpeza e desobstrução de
colectores, num trabalho de parceria desenvolvido com outras
empresas especializadas.
A especificidade das necessidades de manutenção das cimenteiras
levou a Manvia a adquirir uma participação significativa na
ALMAQUE, líder ibérica na classificação de corpos moentes e
engenharia de desobstrução para cimenteiras.
Paralelamente e através da sua participada Engeglobo, actua
junto de empresas concessionárias do sector portuário ao nível da
manutenção de equipamentos de carga e descarga de contentores,
detendo competências especializadas neste domínio.
Na área do ambiente, a Manvia presta serviço no sector das águas
e águas residuais, abrangendo a exploração e manutenção de ETA,
relatório de sustentabilidade 2009
55
04
apresentação
e perfil do Grupo
ETAR e EE, limpeza e inspecção vídeo de colectores e reabilitação de
colectores (sem abertura de vala).
público e privado, e dispõe de um total de áreas verdes concessionadas de mais de 400 hectares.
A Manvia tem investido em instrumentos que permitem reduzir
custos e o impacto negativo da sua actividade no meio ambiente,
nomeadamente com o investimento num sistema de GPS para
controlo dos custos da frota, definição de rotas mais adequadas e
controlo das emissões através da promoção de uma utilização mais
responsável dos meios de transporte.
Ao nível do projecto, a concepção de soluções passa pelo seu
gabinete de projectos, que conta com uma equipa pluridisciplinar de
arquitectos paisagistas e técnicos de diversas áreas da engenharia.
A abordagem integrada de concepção/construção dos projectos tem
constituído na Vibeiras uma importante garantia na qualidade
do serviço prestado.
A Manvia promove também formação que visa alteração de
comportamentos ao nível ambiental e de segurança.
Os serviços de manutenção, operação que é hoje assegurada por
dezenas de equipas especializadas, desdobram-se numa operação
que envolve cerca de 400 hectares de áreas concessionadas, em
vários pontos do País, integrados em contratos de manutenção
de espaços verdes, num prolongamento natural do trabalho de
construção executado pela empresa.
Na sua actuação, a Manvia tem fortes preocupações ao nível da melhoria
da eficiência, não só energética mas também na redução dos efeitos
nocivos dos equipamentos que intervenciona, promovendo a substituição de equipamentos menos eficientes (como a substituição de
lâmpadas incandescentes por lâmpadas economizadoras quer nos
centros comerciais, quer nas vias públicas) e a implementação de
sistemas de segurança que permitam evitar potenciais danos para
o ambiente.
Tal tem vindo a permitir uma adequada racionalização de custos a
par do aproveitamento de uma forte componente de inovação
e especialização que em muito aproveitam, quer ao universo
de empresas que integram o Grupo Mota-Engil, quer aos seus
clientes externos.
A Vibeiras está certificada pela Norma Europeia da Qualidade NP EN
ISO 9001:2000, o que confere aos seus clientes a garantia de boa
organização da sua actividade.
A Vibeiras é uma empresa especializada no sector da arquitectura
paisagística, prestando serviços nas áreas de projecto, construção
e manutenção de espaços exteriores, parques e jardins, relvados e
espaços de jogo e recreio.
Exercendo a sua actividade desde 1990, a Vibeiras executou já mais
de 1.000 obras, de norte a sul do País, para clientes dos sectores
Atenta à evolução do mercado, em 2007 a Vibeiras iniciou um plano
de expansão, tanto ao nível da internacionalização como ao nível
da diversificação de negócios. Este plano consubstanciou-se na
fundação das empresas Áreagolfe, VBT Arquitectura Paisagista,
em Angola, e, mais recentemente, da Vibeiras Moçambique.
relatório de sustentabilidade 2009
04
56
������
apresentação
e perfil do Grupo
Esta empresa resultou de uma parceria estabelecida entre a Vibeiras
e um grupo de reconhecidos especialistas na área de construção,
manutenção e gestão de campos de golfe, a que esta empresa se
dedica em exclusivo, estando actualmente envolvida em diversos
projectos nacionais e internacionais (Reino Unido e Chipre).
A VBT, participada maioritariamente pela Vibeiras, nasceu com o
propósito de desenvolver em Angola actividades nas áreas de jardins
e arranjos exteriores, relvados desportivos e comercialização de
equipamento urbano e desportivo.
��� � dá um passo
Com a criação da VBT, a área de ambiente e serviços
em frente no cumprimento da sua estratégia de internacionalização,
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com a entrada no mercado angolano.
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Na vertente da gestão comercial de campos de golfe, tem como
objectivos, através do conhecimento aprofundado do negócio e
utilizando as adequadas ferramentas de gestão e marketing, tornar
o golfe um negócio independente, desenvolvendo uma estratégia
de comercialização dos diversos campos de golfe onde opera
e disponibilizando ao mercado os meios de gestão e o pessoal
necessários para o exercício de qualquer função num campo de golfe.
São também de destacar os serviços prestados ao nível de consultoria
especializada e auditoria, avaliação e aconselhamento na gestão e
manutenção, apoio agronómico e serviços laboratoriais, irrigação,
drenagem, estudos de impacto ambiental, acompanhamento
e gestão ambiental, para além de gestão de frotas, “pro-shop”
e estudos de viabilidade económico-financeira.
Desde a sua fundação, em 2007, a Áreagolfe já esteve envolvida na
construção e requalificação de cinco campos de golfe, dois deles em
fase final de execução.
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A Vortal, participada do Grupo Mota-Engil, é uma empresa portuguesa
de tecnologias de informação líder em plataformas electrónicas
baseadas na Internet, destacada no mercado ibérico de comércio
electrónico G2B2B (“Government to Business to Business”).
Com 10 anos de existência, a empresa foi criada com o pressuposto
de disponibilizar uma plataforma que permitisse agilizar os
procedimentos de compra e venda de bens ou serviços entre
empresas e entre as empresas e o Estado, actuando como um
dinamizador e um integrador de processos de negócio electrónicos
através de plataformas transaccionais.
Actualmente, a Vortal opera seis mercados electrónicos, dirigidos a
diferentes sectores de actividade: econstroi, vortalGOV,
vortalINDUSTRY, vortalENERGY&UTILITIES, vortalOFFICESUPPLIES
e vortalHEALTH. Nas plataformas de contratação da Vortal, foram já
relatório de sustentabilidade 2009
57
04
apresentação
e perfil do Grupo
transaccionados perto de 6 mil milhões de euros, pelas mais
de 19.000 empresas acreditadas.
Com sede em Lisboa, conta actualmente com mais de 100
colaboradores, distribuídos pelos escritórios de Lisboa, Porto
e Madrid, e pelo Laboratório de Inovação e Desenvolvimento.
Paralelamente, a empresa conta com uma rede de 38 agentes,
comerciais e tecnológicos, distribuídos de norte a sul do País.
A Vortal é certificada pela norma ISO 27001, a referência
internacional para a segurança da informação, e pertence à rede de
PME inovadoras da COTEC, tendo sido distinguida em 2007 com a
menção especial do prémio PME Inovação COTEC BPI, atribuído
pela COTEC PORTUGAL.
A Lokemark iniciou a sua actividade em 2003, passando a ser uma
participada do Grupo Mota-Engil a partir de 2007.
A Lokemark desenvolve, em regime de “outsourcing”, um conjunto de
actividades nas mais diversas áreas do marketing directo, detendo,
para o efeito, uma vasta e experiente equipa de profissionais
especializados, equipamento tecnologicamente avançado
e instalações aptas a garantir total operacionalidade e segurança.
Tem como principais segmentos de actividade as áreas de
“fulfillment” (embalamento manual, tratamento de devoluções,
e organização e gestão de concursos), “data entry” (digitação de
dados, questionários, RSF, cupões, notas de encomenda), “contact
center” (“callcenter”, “inbound”, “outbound” e telemarketing),
“billing” (emissão de facturação, gestão informática de cobranças,
transferências bancárias, contra-reembolsos e encomendas postais),
facturação electrónica (criação e envio de factura electrónica
certificada, envio massivo de e-mails e colocação em portal de
arquivo), personalização (impressão laser, endereçamento “inkjet”
de documentos), plastificação, envelopagem, cortes, dobras,
etiquetagem, colagens e agrafagens, tratamento de bases de dados
e armazenamento (recepção de materiais com área superior a
2.000 m2 e capacidade de armazenagem vertical superior a 1500
euro-paletes, com gestão de “stock” e logística de cargas e
descargas), bem como a preparação do correio e entrega directa aos
CTT ou outros distribuidores.
Com um vasto conjunto de clientes directos e indirectos,
operadores de marketing e agências de publicidade e meios,
a Lokemark posiciona-se num sector de actividade exigente
e competitivo com amplas perspectivas de crescimento futuro.
relatório de sustentabilidade 2009
58
04
apresentação
e perfil do Grupo
ACTIVIDADES PRINCIPAIS
•Auto-Estradas
•Vias Rápidas
•Pontes
•Metropolitano
04.4.3
concessões de transportes
Indicadores Financeiros
Vendas e Prestações de Serviços
Activos Geridos
Infra-Estruturas Rodoviárias Concessionadas
€ 117 milhões
€ 3,9 mil milhões
+ 1.500 km em 5 países
INTRODUÇÃO
As Concessões de Transportes constituem, para o Grupo Mota-Engil,
uma área de grande relevo e vital importância estratégica, sendo
desenvolvida através da sua sub-holding Mota-Engil Concessões
de Transportes.
Constituída formalmente em 29 de Dezembro de 2007, a Ascendi
resulta da parceria entre a Mota-Engil Concessões (Grupo Mota-Engil
- 60%) e a ES Concessões (Grupo Banco Espírito Santo - 40%), tendo
dado origem a um novo veículo de investimento em infra-estruturas
de transporte.
O ano de 2007 representou um marco de enorme relevância no
posicionamento estratégico do Grupo Mota-Engil e da sua área de
Concessões de Infra-Estruturas de Transportes, com a criação da
Ascendi, Concessões de Transportes, SGPS, SA.
Entre as concessões detidas pela Ascendi contam-se, em Portugal, as
que faziam parte do domínio da AENOR, Auto-Estradas do Norte, SA,
(Norte, Grande Porto, Costa de Prata, Beiras Litoral e Alta, e Grande
Lisboa), Scutvias (Beira Interior), ViaLitoral (Madeira) e Lusoponte
(pontes 25 de Abril e Vasco da Gama, em Lisboa), no domínio
rodoviário e pontes, bem como a MTS (metropolitano ligeiro da
Margem Sul do Tejo), no segmento ferroviário.
Fruto de uma parceria de cerca de uma década com o Grupo Banco
Espírito Santo em diversos projectos, foi acordada e formalizada a
criação de um novo veículo societário onde ambos os Grupos irão
concentrar os seus activos nesta área.
A Mota-Engil Concessões de Transportes actua neste segmento
predominantemente através da Ascendi, uma parceria estratégica
celebrada com o Grupo BES na qual detém a maioria do capital (60%).
O crescimento consolidado desta área de negócios permite já hoje a
presença em cinco países, de três continentes (Espanha, Eslováquia,
México, Brasil e Moçambique).
relatório de sustentabilidade 2009
59
04
apresentação
e perfil do Grupo
Actualmente a Ascendi é responsável, em Portugal, pela gestão de
cerca de 850 quilómetros de infra-estruturas rodoviárias, assim
distribuídas:
concessões ascendi em portugal
Concessão
Auto-estradas
Ano de
atribuição
da concessão
Investimento
total (milhões €)
Áreas de Serviço
Extensão (Km)
Concessão Norte
A11/ A7
1999
1.570
6
Concessão Costa da Prata
A44 / A29 / A25 / A17
2000
492
5
175
110
Concessões Beiras Litoral e Alta
A 25
2001
1.020
6
173
Concessões Grande Porto
VRI / A4 / A41 / A42
2002
763
3
56
Concessões Grande Lisboa
IC 16 / IC 30 / IC 2 / IC 17
/ IC 19 / IC 22 / IP 7
2007
256
2
91
Concessão Douro Interior
IP 2 /IC 5
2008
940
3
242
TOTAL
847
Internacionalmente, a Ascendi marca presença nas seguintes
concessionárias rodoviárias:
•Em Espanha, avultam as concessões rodoviárias da Autopista
Madrid-Toledo, Autovia de Los Viñedos, Autovia de Los Lianos e
Madrid 407.
•No México, a concessão rodoviária denominada Autopista
Perote-Xalapa.
•Mais recentemente, a Ascendi integrou o consórcio adjudicatário da
concessão Marechal Rondon-Leste, marcando assim a sua entrada no
mercado do Brasil. Esta concessão, por 30 anos, tem uma extensão
prevista de 410 quilómetros, elevando assim a mais de 1500 quilómetros a extensão das vias concessionadas detidas pela Ascendi.
Durante os anos mais próximos, a Ascendi concentrará grande
parte dos seus esforços e recursos no programa de concessões de
infra-estruturas anunciado e lançado pelo Governo português, nos
segmentos rodoviário, ferroviário e aeroportuário, bem como na
expansão da sua actividade nos mercados-alvo internacionais,
designadamente na Europa Central e de Leste e na América Latina.
A Ascendi é hoje um dos maiores investidores nacionais, gerando,
durante o período mais intenso de construção, mais de 9.000 postos
de trabalho.
relatório de sustentabilidade 2009
60
04
apresentação
e perfil do Grupo
04.4.4
martifer indústria e energia
O Grupo Mota-Engil detém uma participação qualificada no Grupo
Martifer, correspondente a 37,5% do seu capital social, mantendo
com este uma parceria estratégica nos domínios de indústria
e energia.
A Martifer iniciou a sua actividade em 1990, actuando no sector das
estruturas metálicas. Após 20 anos de actividade, a Martifer SGPS,
SA é a holding de um grupo de empresas focadas em dois sectores:
construção metálica e energias renováveis. No sector de energias
renováveis exerce a sua actividade em três segmentos de negócio:
equipamentos para energia (através da Martifer Energy Systems),
solar (Martifer Solar) e RE Developer - Promoção e Desenvolvimento
de Projectos Eólicos (Martifer Renewables).
O crescimento contínuo registado desde a constituição da Martifer
Construções Metalomecânicas, SA, em 1990, e que, em termos médios,
tem rondado os 30% ao ano, conduziu o Grupo à liderança ibérica do
segmento das construções metálicas em apenas seis anos. A partir
de 1996 e 1999, respectivamente, as estruturas em inox e alumínio
começaram a assumir um papel importante dentro da empresa.
A continuação do processo de internacionalização das suas
actividades e a diversificação dos negócios, essencialmente em áreas
ligadas ao mundo da energia, quer tecnológicas, quer de produção/
distribuição de energia propriamente dita, constituem os novos
desafios a prosseguir.
O Grupo complementa a sua actividade com a aposta nas energias
renováveis, no desenvolvimento da área dos equipamentos para a
energia, nomeadamente na produção de componentes como torres
eólicas e caixas multiplicadoras para aerogeradores, e na instalação
de parques eólicos e parques solares chave-na-mão.
Através da Martifer Renewables, desenvolve um conjunto de
activos de geração eléctrica a partir de fontes renováveis, visando
assumir-se como um “player” global relevante no mercado
de geração e comercialização de energia eléctrica.
A inovação é outro dos eixos estratégicos do Grupo. Através do seu
Núcleo de Investigação e Desenvolvimento (I&D), desenvolve uma
tecnologia inovadora destinada ao aproveitamento da energia das
ondas (projecto Flow).
Para fazer face ao seu importante plano de investimentos nas
diversas áreas, a Martifer foi admitida à cotação na bolsa portuguesa
em Junho de 2007, através de uma operação de aumento de capital.
A internacionalização do Grupo Martifer fez sempre parte integrante
das preocupações estratégicas da empresa. Este processo teve início
em 1999, com a criação da Martifer Espanha, ambicionando atingir
uma posição de liderança em outros mercados seleccionados,
nomeadamente Europa Central e Angola.
relatório de sustentabilidade 2009
61
04
apresentação
e perfil do Grupo
04.4.5
turismo
A área de Turismo do Grupo Mota-Engil engloba um conjunto
de actividades nas áreas de desporto e lazer, hotelaria e restauração,
sendo composta por três empresas:
•RTA – Rio Tâmega, Turismo e Recreio, SA;
•Largo do Paço – Investimentos Turísticos e Imobiliários, Lda;
•SGA – Sociedade do Golfe de Amarante, SA.
DESPORTO E LAZER
•Quinta de Covelas (RTA) – Composta por um parque aquático, com
capacidade para 1200 pessoas, “health center”, piscina de ondas,
piscinas cobertas e campos de ténis, este equipamento é servido por
parques de estacionamento com capacidade para 570 veículos e este
implantado num terreno com cerca de 17 hectares sobre o rio Tâmega.
•Campo de Golfe (SGA) – A cerca de 10 minutos do centro da cidade,
o campo de Golfe de Amarante dispõe de um percurso de 18 buracos, 5060 metros e par 68, desenhado por Jorge Santana da
Silva e inaugurado em 1997. A unidade dispõe de “driving range” e
“club-house” com restaurante e bar.
HOTELARIA E RESTAURAÇÃO
Estalagem Casa da Calçada (Largo do Paço) – Situada em pleno
centro histórico de Amarante, a Casa da Calçada é um hotel
de charme, membro da cadeia Relais & Châteaux.
A unidade dispõe de 26 quartos, uma suite presidencial e três suites
executivas. Disponibiliza ainda um bar, o restaurante “gourmet”
Largo do Paço e as Salas do Paço, para a realização de eventos
sociais e empresariais.
No exterior, oferece ainda uma piscina, bar e um espaço dedicado
à realização de eventos, harmoniosamente integrados num secular
jardim. A esplanada Parque das Tílias, completa a unidade.
•Hotel Navarras (RTA) – Unidade hoteleira de três estrelas localizada
em pleno centro de Amarante, objecto de uma remodelação total em
2002. O Hotel Navarras é uma unidade tradicional que dispõe de 55
quartos e três suites, equipados com TV satélite e ar condicionado.
O hotel oferece ainda aos hóspedes o conforto de uma ampla sala
de estar com bar de apoio, uma sala de reuniões e espaço para
banquetes com capacidade para receber até 120 pessoas.
•Casa do Rio (RTA) – A Casa do Rio é um espaço modular, que faz
parte da Quinta de Covelas, com cerca de 2800 m2, distribuídos por
vários salões em três pisos com vistas privilegiadas sobre o rio Tâmega.
Os espaços, destinam-se a grandes serviços de restauração e reuniões, dispondo a sua cozinha de capacidade para a confecção de 1.000 refeições em simultâneo.
relatório de sustentabilidade 2009
62
04
apresentação
e perfil do Grupo
04.4.6
mesp serviços partilhados
Missão
Assumir o papel de parceiro estratégico através da prestação de
serviços de suporte.
Valores
Ambição, competência, espírito de equipa, flexibilidade,
iniciativa, inovação, motivação, organização, profissionalismo e
responsabilidade.
A MESP – Mota-Engil, Serviços Partilhados Administrativos e de
Gestão, SA foi constituída em Dezembro de 2001, tendo em vista
prestar um conjunto de serviços às empresas do grupo Mota-Engil
nas áreas de contabilidade e prestação de contas, fiscalidade, gestão
financeira, gestão de recursos humanos, controlo de gestão
e sistemas de informação/comunicação.
A MESP aspira a prestar e partilhar com os seus clientes um serviço
de excelência incorporado na sua Visão, Missão e proposta de valor.
A partilha de recursos especializados permite à MESP redesenhar
múltiplas tarefas para formatos de execução mais eficientes e
integrados, reduzindo burocracia, assegurando a eficaz circulação
da informação e acelerando processos de decisão e aprovação.
Valor Acrescentado
Ao optimizar processos e desenvolver recursos, a MESP possibilita
um reaproveitamento de talento para as actividades que
acrescentam valor aos negócios e aos parceiros.
Benefícios
•Acesso às melhores práticas e plataformas tecnológicas a custos
reduzidos;
•Focalização no “core business”;
•Desenvolvimento do capital humano;
•Processos de negócio suportados em SAP;
•Reforço da posição negocial na interacção com terceiros;
•Acesso aos investimentos contínuos da MESP nos processos e sistemas.
A MESP suporta todo este processo de mudança adequando
pessoas e competências às alterações da realidade interna e externa
das empresas.
Qualidade no serviço prestado - Sistema de Gestão
A certificação do Sistema de Gestão obtida em 2007 comprovou o
alinhamento da MESP com as melhores práticas, em conformidade
com a Norma NP EN ISO 9001:2000.
Visão
Ser a única empresa de serviços de suporte do Grupo Mota-Engil e
obter reconhecimento no mercado pela excelência dos serviços.
Em 2010, a APCER comprovou a evolução do Sistema de Gestão para
a norma NP EN ISO 9001:2008 tendo considerado estarem reunidas
as condições para a renovação da certificação.
relatório de sustentabilidade 2009
04
apresentação
e perfil do Grupo
Esta certificação reconhece o esforço da MESP em assegurar
a conformidade dos seus serviços, a melhoria contínua e a satisfação
dos seus parceiros, garantindo:
•satisfação das expectativas dos parceiros, consolidando não só a
sua fidelização mas também o seu desenvolvimento sustentável;
•acesso inequívoco a um Sistema de Gestão da Qualidade adequado
e que promova a dinâmica de melhoria contínua;
•aumento de notoriedade no mercado;
•adopção das mais actuais ferramentas de gestão;
•confiança acrescida nos processos de concepção, planeamento e fornecimento do serviço.
63
05
governação,
compromissos
com iniciativas
externas,
relacionamento
com stakeholders
confiança
Relações de confiança
que perduram no tempo
relatório de sustentabilidade 2009
65
05
governação,
compromissos
com iniciativas
externas,
relacionamento
com stakeholders
05.1
governo societário
Introdução
O Grupo Mota-Engil é hoje um dos principais grupos económicos
privados em Portugal, explorando e desenvolvendo um portefólio
integrado de negócios, centrado na cadeia de valor da construção
e com níveis de “performance” alinhados com as melhores
práticas internacionais.
Ao longo da última década, o Grupo Mota-Engil adoptou e
implementou uma estratégia assente no reforço e consolidação,
na internacionalização e na diversificação.
Com a aprovação, em 2008, do Plano Estratégico “Ambição 2013”,
o Grupo Mota-Engil reiterou os seus principais objectivos estratégicos,
assentes em quatro áreas-chave:
Crescimento Sustentado
• Promovendo a assunção plena por parte dos órgãos de gestão do Grupo das suas funções e responsabilidades;
• Reforço do controlo da execução das decisões tomadas;
• Incremento dos mecanismos de comunicação interna de forma a
dinamizar a participação dos colaboradores nos objectivos do Grupo;
• Promoção da imagem nacional e internacional, como instrumento
de valorização do posicionamento global do Grupo;
• Progressiva implementação de procedimentos e práticas de gestão transversais a todo o Grupo;
• Política integrada de recursos humanos, num quadro de rigor e
compromisso que estimule a excelência e o mérito, a progressão
na carreira, tornando o Grupo capaz de enfrentar os desafios do futuro.
Diversificação
• Política de crescimento contínuo e sustentado;
• Diversificação de actividades cujo dinamismo permitirá elevadas
taxas de crescimento dentro de um contexto onde a participação
das áreas de negócio não-construção aumentem o seu contributo
para o volume de negócios;
• Condução do Grupo para um cenário de sustentabilidade, num
contexto nacional e internacional, em que o retorno não dependa
em exclusivo de nenhum sector, criando assim imunidade aos
efeitos sazonais dos ciclos económicos e políticos;
• Objectivo de liderança de mercado em todas as áreas de negócio
onde actua, no mercado nacional, alicerçando-se ainda na procura
constante de novos negócios;
• Aproveitamento do potencial de crescimento externo, em negócios
de elevadas rentabilidades e com retornos de capital recorrentes;
• Acompanhamento dos pólos de Investigação & Desenvolvimento,
de modo a tirar partido das oportunidades emergentes;
• E scrutínio permanente das inovações tecnológicas de carácter
modernizador dos sectores de actividade onde o Grupo opera,
adoptando paralelamente as melhores práticas de gestão existentes no mercado.
Internacionalização
• Análise, com objectividade e rigor, dos mercados onde o Grupo
se encontra presente, de forma a centrar as principais apostas no
reforço nos mercados que se revelem mais rentáveis, explorando
ainda novos mercados e oportunidades de negócio;
relatório de sustentabilidade 2009
66
05
governação,
compromissos
com iniciativas
externas,
relacionamento
com stakeholders
• Presença global em todos os mercados onde qualquer das áreas
de negócio se encontre, potenciando sinergias intra-Grupo.
Desenvolvimento do Capital Humano
• Afirmação da Mota-Engil como Grupo multidisciplinar e global;
• Reforço das competências-chave como suporte e garantia na
conquista dos objectivos estabelecidos;
• Identificação e gestão do talento de modo a promover o rigor e a
elevação dos níveis de desempenho e a capacidade do Grupo em
gerar líderes para o futuro;
• Formação de gestores com capacidade internacional, visão transversal do Grupo e disponibilidade para a rotação entre funções/mercados, reforçando a cultura e o conhecimento do Grupo;
• Fomento do recrutamento e da integração de quadros estrangeiros
nas estruturas de decisão, devidamente alinhados com os Valores
e a Estratégia definida globalmente, mas com a possibilidade
para, localmente, potenciar novas oportunidades;
• Captação de competências internas/parcerias para as novas áreas
de negócio a desenvolver;
• Promoção de instrumentos de avaliação de desempenho articulados com os instrumentos de planificação estratégica;
• E stímulo à remuneração em função do desempenho;
• Aposta clara na formação contínua e numa política de expatriamento
de recursos humanos compensadora e eficaz.
05.1.1
estrutura de governo societário
A Mota-Engil SGPS, na qualidade de sociedade de capital aberto,
está atenta às recomendações da Comissão de Mercado dos Valores
Mobiliários (CMVM) sobre o governo das sociedades cotadas, tal
como previsto nos regulamentos por esta emitidos.
Procura igualmente interiorizar as reflexões e consequentes
alterações do quadro regulamentar aplicável, entendendo-as
como um contributo oportuno e pertinente cuja observância
favorece todas as entidades envolvidas na actividade societária,
analisando assim criticamente o seu posicionamento em matéria
de governo da sociedade à luz destas recomendações, ponderando
designadamente as vantagens efectivas da sua integral
implementação face à realidade em que opera.
O acompanhamento responsável que a Mota-Engil tem vindo a
fazer neste domínio permite concluir por um bom grau de adopção
das recomendações emanadas pelos órgãos competentes sobre o
governo das sociedades.
As boas práticas de governo corporativo são, além disso, entendidas
como um suporte fundamental à Visão e Estratégia do Grupo
Mota-Engil, tal como se encontra explicitado no ponto anterior.
O modelo de governo seguido baseia-se no modelo Latino/Clássico
Reforçado, composto por Conselho de Administração, Conselho
Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Encontra-se estruturado
da seguinte forma:
relatório de sustentabilidade 2009
67
05
governação,
compromissos
com iniciativas
externas,
relacionamento
com stakeholders
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
• O Conselho de Administração da Mota-Engil, SGPS, SA é
constituído por 15 membros: um Presidente, três Vice-Presidentes
e onze Vogais; sete dos seus membros exercem funções
executivas e oito exercem funções não-executivas, sendo três
destes administradores independentes.
• O Presidente do Conselho de Administração não desempenha
funções executivas.
• No Conselho de Administração, estão presentes os Presidentes
dos Conselhos de Administração das sub-holdings do Grupo:
Mota-Engil Engenharia e Construção, Mota-Engil Ambiente e
Serviços e Mota-Engil Concessões de Transportes.
• É da exclusiva competência deste órgão a definição da estratégia
da Empresa, das políticas gerais da Sociedade e da estrutura
empresarial do Grupo.
COMISSÃO EXECUTIVA
• A Comissão Executiva é constituída por sete membros: um
Presidente, na qualidade de Chief Executive Officer (CEO) sendo
também um dos Vice-Presidentes do Conselho de Administração; e seis outros membros integrando, todos eles, o Conselho de Administração.
• A Comissão Executiva, através dos pelouros atribuídos aos seus
membros, superintende e coordena as seguintes direcções de
carácter corporativo e áreas:
- Direcção Corporativa de Recursos Humanos;
- Gabinetes de Comunicação e Imagem;
- Gabinete de Coordenação Internacional;
- Direcção de Responsabilidade Social e Sustentabilidade;
- Gabinete de Coordenação da Comissão Executiva;
- Direcção do Controlo de Gestão do Grupo;
- Direcção de Finanças Corporativas;
- Direcção de Relações com o Mercado de Capitais;
- Serviços Partilhados;
- Projecto Alta Velocidade;
- Novos Mercados Geográficos;
-D
esenvolvimento e Coordenação de Projectos Imobiliários nos
Mercados Interno e Externo;
- Negócios Engenharia e Construção;
- Negócios Ambiente e Serviços;
- Negócios Concessões de Transportes.
• A Comissão Executiva é o órgão de decisão operacional do
Grupo, actuando em conformidade com as linhas de orientação
global dos negócios e políticas estabelecidas pelo Conselho de
Administração.
ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO
A fiscalização da sociedade é exercida por um Conselho Fiscal e
por uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, que exercem
funções resultantes da legislação aplicável e dos estatutos.
O Conselho Fiscal é constituído por quatro membros, dos quais um
Presidente, dois membros efectivos e um suplente.
COMISSÕES ESPECIALIZADAS
O modelo de governo do Grupo Mota-Engil engloba ainda as
seguintes Comissões especializadas:
• a Comissão de Vencimentos, que, nos termos estatutários, tem
por função definir a política de remunerações dos titulares dos
órgãos sociais, fixando as remunerações aplicáveis, tendo em
consideração as funções exercidas, o desempenho verificado e a
relatório de sustentabilidade 2009
68
05
governação,
compromissos
com iniciativas
externas,
relacionamento
com stakeholders
situação económica da Sociedade; esta Comissão é constituída
por dois membros do Conselho de Administração e um membro do
Conselho Fiscal;
• a Comissão de Investimento, Auditoria e Risco, composta por três
membros permanentes (um administrador não-executivo, que
preside, um administrador independente não-executivo e o CFO),
que tem como principais funções e responsabilidades apreciar e
sugerir políticas de investimento e risco de negócios e projectos
ao Conselho de Administração, examinar e emitir parecer sobre
projectos de investimento ou desinvestimento, emitir parecer
sobre a entrada e saída em novas áreas de negócio, e monitorizar
operações financeiras e societárias relevantes; e
• a Comissão de Desenvolvimento de Recursos Humanos,
constituída por sete membros (um administrador não-executivo,
que preside; dois administradores executivos, os dois Presidentes
dos Conselhos de Administração das áreas de negócio e outros
dois membros), que tem como principais funções a monitorização
de níveis de produtividade, remuneração e igualdade de
oportunidades; avaliação dos programas de captação e
desenvolvimento de quadros de elevado valor; definição das
orientações dos sistemas de avaliação e incentivos, planos de
carreiras, plano de formação e plano de recrutamento e selecção;
avaliação regular da motivação dos colaboradores; definição
da cultura e valores-chave, coordenando esforços para a sua
implementação no Grupo.
ÁREAS DE NEGÓCIO
Cada uma das áreas de negócio do Grupo é dirigida por um
Conselho de Administração.
05.1.2
informações adicionais
Num quadro de adequação do modelo de governo societário às
recomendações, regras e boas práticas de governo corporativo
consagradas nacional e internacionalmente, importa acrescentar
o seguinte:
Relativamente à remuneração dos titulares de órgãos de administração,
refira-se que uma parte da mesma está directamente dependente
dos resultados da empresa.
Assim, em 2009, os membros do Conselho de Administração
da Mota-Engil SGPS auferiram o montante de e 1.257.652,
correspondentes a remuneração variável, por proposta de aplicação
de resultados aprovada em Assembleia Geral de Accionistas.
Registe-se ainda, em matéria de dividendos, a adopção pelo Grupo
de uma política de atribuição de dividendos materializada, em cada
ano económico, num “Pay-Out Ratio” mínimo de 50% e máximo de
75%, dependendo da avaliação pelo Conselho de Administração de
um conjunto de condições temporais, mas onde pontifica o objectivo
de atingir uma adequada remuneração do capital accionista por essa via.
De salientar ainda não terem sido efectuados negócios nem outras
operações entre a Sociedade e os membros dos órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas ou
sociedades que se encontram em relação de domínio ou de grupo,
excepto os negócios que fazem parte da actividade corrente e que
foram realizados em condições normais de mercado.
relatório de sustentabilidade 2009
69
05
governação,
compromissos
com iniciativas
externas,
relacionamento
com stakeholders
No que toca ao exercício dos direitos societários, é de salientar o
facto de não existirem limites estatutários ao exercício do direito de
voto nem direitos especiais de um accionista ou de um conjunto
de accionistas.
05.2
compromissos com
iniciativas externas
social; inovação e tecnologia; e criação de valor para os accionistas
e a sociedade.
No que à ética e governo das sociedades respeita, privilegiam-se as
relações com os clientes, com os fornecedores, com os accionistas,
com os colaboradores, com os concorrentes e com a sociedade,
sendo que o denominador comum assenta na satisfação que deve
ser uma exigência da acção empresarial, no comportamento pelo
respeito da lei e pelos critérios do mercado e na rejeição de práticas
que possam falsear o processo económico.
05.2.1
código de conduta aneop
Quanto à saúde e à segurança dos trabalhadores, consagra-se o
compromisso de desenvolver sistemas de largo espectro que
abranjam a globalidade das operações produtivas e a totalidade
dos trabalhadores, garantindo-se, em paralelo, formação
profissional desenhada de modo a que a prevenção do risco se
substitua à inventariação das consequências do acidente.
No quadro da sua participação na Associação Nacional de Empreiteiros
de Obras Públicas (ANEOP), onde desde sempre o Grupo Mota-Engil,
através da sua área de negócios Mota-Engil Engenharia, marcou
presença de relevo, foi aprovado para vigorar, a partir de 2007,
o Código de Conduta das empresas filiadas na ANEOP.
Na parte respeitante a qualidade, meio ambiente e responsabilidade
social, reafirma-se uma atitude de diferenciação pela qualidade,
o compromisso pela adopção de soluções e critérios de cariz
ambiental nos processos produtivos e um comportamento perante
o meio envolvente que ajude a conferir sentido à vida, tanto a das
gerações presentes, quanto, e em especial, a das gerações futuras.
Este documento, de adopção voluntária e aplicável em todo o espaço
nacional, enuncia um conjunto de princípios a que se obrigam
as empresas de construção e obras públicas que integram esta
associação que conta, entre os seus membros, com as maiores
e mais importantes entidades do sector a operar em Portugal.
Numa actividade integrante, por excelência, da fileira da engenharia,
como é o caso da construção, enfatiza-se a exigência da aposta
em Investigação & Desenvolvimento, acolhendo a vertente
tecnológica nas estratégias empresariais e incutindo-lhes uma
sólida cultura técnica.
O Código de Conduta ANEOP contempla cinco grandes capítulos,
englobando a ética e o governo das sociedades; a saúde e segurança
dos trabalhadores; qualidade, meio ambiente e responsabilidade
Finalmente e no pressuposto de que a Empresa é o produto
da iniciativa, da capacidade de avaliar e gerir o risco e de fazer
opções na afectação dos recursos existentes, com vista à optimização
relatório de sustentabilidade 2009
70
05
governação,
compromissos
com iniciativas
externas,
relacionamento
com stakeholders
do lucro, esta lógica deve compaginar-se com os direitos fundamentais
da pessoa humana, garantindo-se, por esta via, a criação de valor
para a Sociedade.
05.3
relacionamento com
as partes interessadas
05.2.2
actividade associativa
Consciente do seu papel na sociedade e de forma a assegurar mais
eficazmente a interacção e o diálogo com as partes interessadas, o
Grupo Mota-Engil participa activamente em inúmeras organizações
de índole industrial e comercial.
A presença nestes organismos associativos consubstancia-se
através do financiamento às suas actividades por via do esforço
de quotização a cargo das empresas filiadas e pelo exercício de
funções nos seus órgãos executivos.
O Grupo Mota-Engil, pela importância estratégica que estas
instituições representam enquanto factores de cooperação e de
relacionamento estreito com a comunidade empresarial, faz parte,
através das suas várias empresas, de 52 associações sectoriais,
três associações empresariais, oito câmaras de comércio e de seis
outros organismos. O Grupo faz-se assim representar nos sectores
onde actua e nas câmaras de comércio dos mercados geográficos
em que opera.
IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES INTERESSADAS
O Grupo Mota-Engil considera essencial focalizar a sua atenção nas
múltiplas partes interessadas com que se relaciona.
Pela dimensão e pelo carácter diversificado das suas actividades
em múltiplas geografias e contextos económicos, sociais e culturais
de referência, o quadro relacional do Grupo Mota-Engil expande-se
significativamente, assumindo regularmente novos contornos.
A identificação e a abordagem das suas partes interessadas afigura-se
assim como tarefa complexa, exigindo um processo de monitorização e
melhoria contínua num quadro de abertura e estreitamento de relações,
envolvendo múltiplas instituições e segmentos da sociedade.
Os processos de identificação e abordagem das principais partes
interessadas dependem, em grande medida, da dinâmica e das
características próprias de cada área de negócios do Grupo, disso
se dando em seguida resumida conta.
Em todas as áreas de negócio, com particular ênfase nas que são
objecto de relato mais detalhado neste relatório, a identificação das
partes interessadas obedeceu a um procedimento de consulta interna
junto dos principais responsáveis dessas áreas, tem vindo a produzir-se,
relativamente aos relatórios anteriores, um maior refinamento na sua
identificação.
relatório de sustentabilidade 2009
71
05
governação,
compromissos
com iniciativas
externas,
relacionamento
com stakeholders
No que respeita ao Grupo Mota-Engil em geral, pelo seu carácter
internacional e diversificado e face aos objectivos de
desenvolvimento estratégico, a consolidação e busca constante de
novas oportunidades de negócio coloca particular ênfase nos seus
Clientes, nacionais e internacionais, nos seus parceiros de negócio
e no universo dos seus Colaboradores, num contexto de valorização
do seu capital humano decisivo enquanto activo e vector
fundamental para o cumprimento desses objectivos estratégicos.
De igual modo, assumem primacial importância os accionistas
do Grupo, os investidores, as entidades financeiras e do sector
segurador, os trabalhadores, os meios de comunicação social, as
organizações não-governamentais, e as entidades reguladoras.
A identificação destas partes interessadas assume um carácter
transversal a todo o Grupo.
Na área de negócios de Engenharia e Construção, avultam
igualmente como partes interessadas de referência os Clientes
do Grupo, quer se trate de clientes institucionais (Estado e demais
entidades públicas), pelo seu peso muito significativo em relação
aos principais segmentos de actividade desta área de negócios,
quer ainda os inúmeros clientes do sector privado, o número de
valências especializadas na área de engenharia e construção
detidas pelo Grupo. Refiram-se também as comunidades locais,
pelo impacto do sector construtivo nos domínios social e
ambiental, e da vasta gama de fornecedores de produtos
e serviços, nota marcante desta actividade caracterizada pela
sua extensa cadeia de procura.
Na área de negócios de Ambiente e Serviços e em particular nas
actividades ligadas ao sector de resíduos e água, assumem
particular relevância as autarquias locais, enquanto concedentes de
serviços públicos explorados em regime de concessão, bem como
a multiplicidade dos cidadãos na sua qualidade de clientes finais
dos serviços prestados, sendo ainda especialmente importantes os
organismos responsáveis pelo enquadramento legal e regulação
destes sectores.
Na área das Concessões de Transportes, concitam especial atenção
os concedentes dos serviços públicos no sector das concessões de
infra-estruturas de transportes, bem como o público utilizador
dessas infra-estruturas numa área particularmente sensível às
questões de segurança, qualidade e níveis de serviço disponibilizados.
Abordagem das partes interessadas
Uma das formas privilegiadas de abordagem das partes interessadas
por parte do Grupo Mota-Engil, na sua globalidade, consiste na
adopção de um conjunto de meios de comunicação, entre os quais
se avulta o seu “website”, disponibilizando um conjunto de informação
vasta sobre o Grupo, bem como a publicação periódica
“Sinergia”, que constitui um amplo repositório informativo sobre
as actividades do Grupo.
A recente criação do portal corporativo interno “ON-ME” afigura-se
como outro instrumento privilegiado de comunicação, difusão e
partilha de conhecimento entre os colaboradores do Grupo.
A este nível, registe-se ainda a existência de “newsletters”
e publicações disponibilizadas por várias empresas do Grupo.
Através dos contactos disponibilizados via “website”, encontra-se
facilitada a interlocução com qualquer uma das áreas do Grupo,
possibilitando um número considerável de interacções com
o exterior do Grupo.
Assinale-se ainda a dinâmica de relacionamento com os meios
de comunicação social, quer generalistas, quer de imprensa
relatório de sustentabilidade 2009
72
05
governação,
compromissos
com iniciativas
externas,
relacionamento
com stakeholders
especializada, nos domínios económico e financeiro, atestada pelo
extenso acervo de menções às actividades, negócios e iniciativas
do Grupo e pela presença regular dos seus representantes nos
meios de comunicação social.
No que concerne em particular à abordagem das partes interessadas
na área de negócio de Engenharia e Construção, importa destacar
os seguintes aspectos:
Colaboradores:
• Realização de Encontros de Quadros e Fóruns de partilha de
conhecimento;
• Publicação quinzenal de uma “newsletter” interna que pretende
dar a conhecer a todos os seus colaboradores as notícias da
Empresa;
• Divulgação periódica de campanhas de sensibilização ambiental;
• Realização de diversas acções de formação;
• Portal corporativo “ON-ME”.
Clientes:
• Envio de inquéritos de satisfação do cliente.
Fornecedores:
• Promoção de acções de formação de fornecedores;
• Realização de inquéritos de satisfação e desenvolvimento de parcerias.
Universidades:
• Celebração de vários protocolos com Universidades;
• Parcerias para desenvolvimento de estudos e projectos
específicos.
Comunicação:
• Participação em eventos, feiras de construção, seminários;
• Elaboração de artigos e notícias para revistas e jornais.
Associações:
• Participação em grupos de trabalho e outras iniciativas.
A SUMA, na área de negócios de Ambiente e Serviços, identificou
no seu processo de monitorização, medição e análise, a actividade
“Satisfação das Partes Interessadas”. Com esta actividade, pretende
monitorizar, medir e analisar a satisfação das várias partes
interessadas da Organização de forma a estabelecer bases para
a melhoria contínua.
Relativamente aos Clientes, são considerados dois aspectos principais:
• A gestão do inquérito de avaliação da satisfação de clientes (ISC);
• A gestão das reclamações recebidas na Organização.
Com uma periodicidade mínima anual, são enviados inquéritos aos
clientes em todos os municípios onde a SUMA presta serviços. Esta
ferramenta visa monitorizar, numa base mensurável, informação
relativa à percepção de cada Cliente em relação à Organização e
os requisitos e níveis de serviço dela esperados. Contempla quatro
parâmetros de avaliação:
• Avaliação dos serviços prestados;
• Avaliação das competências técnicas e imagem da Organização;
• Avaliação global;
• Campo para fornecimento de opiniões e sugestões.
Independentemente do envio destes inquéritos, sempre que a área
Comercial ou a área da produção, no seu contacto regular com
clientes, tome conhecimento de informações relevantes ao nível da
satisfação ou sugestões de melhoria, documentam tais situações e
dão-lhes o seguimento adequado.
relatório de sustentabilidade 2009
73
05
governação,
compromissos
com iniciativas
externas,
relacionamento
com stakeholders
No que respeita às reclamações, a SUMA definiu e documentou a
forma como realiza o seu tratamento, desde o momento em que
estas são recebidas até à transmissão da resposta ao reclamante,
de forma a assegurar que:
• as reclamações são devidamente registadas e analisadas, com o
envolvimento dos respectivos responsáveis;
• é dada resposta objectiva ao reclamante;
• são detectadas as não-conformidades associadas às reclamações; e
• se obtém dados fidedignos/pertinentes para a melhoria do desempenho da Organização;
No que respeita às restantes partes interessadas, a SUMA identificou
os seus principais “stakeholders” e analisou os assuntos que lhes
podem interessar mais, relativamente à sua relação com a SUMA,
desdobrando-os pelas perspectivas da sustentabilidade.
A avaliação da satisfação para a totalidade das partes interessadas
está a ser alvo de um reforço, através da melhoria contínua das
metodologias e ferramentas já existentes (por exemplo, inquérito
à satisfação do trabalhador), ou através de metodologias
e ferramentas a introduzir nos programas de gestão, dada a valia
que essa avaliação tem para o desempenho sustentável da SUMA.
No que respeita à área de negócios de Concessões de Transportes,
e em particular à Ascendi, enquanto concessionária de mais de 800
quilómetros de auto-estradas em Portugal, registem-se a existência
de uma Linha de Apoio ao Cliente em funcionamento 24 horas
por dia, a existência, no seu “website”, de um espaço para
preenchimento de sugestões e reclamações, sendo ainda
disponibilizada informação sobre a forma de restituição de taxas
de portagem por parte dos seus utilizadores em relação aos troços
ou sublanços em obras.
Acresce a existência de um espaço de esclarecimento de dúvidas,
sendo disponibilizada uma listagem de perguntas mais frequentes
e respectivas respostas, e de um questionário de avaliação de
satisfação dos utilizadores.
É de assinalar, por último, a criação da figura do Provedor
do Cliente, entidade criada para garantir a máxima satisfação
do Cliente, acompanhando de perto e respondendo a todas as
questões que sejam colocadas. O Provedor do Cliente é o próprio
Presidente do Conselho de Administração da Ascendi, simbolizando
assim a importância conferida à figura do Cliente e utilizador final
dos serviços prestados pela Empresa.
06
responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
inspiração
Acreditar nas pessoas
como fonte de inspiração
relatório de sustentabilidade 2009
75
06
responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
06.1
responsabilidade social
introdução
Em 2006, o Grupo Mota-Engil deu início à concretização de uma
estratégia de sustentabilidade e responsabilidade social que viria
a culminar, em 2007, na publicação do seu primeiro Relatório de
Sustentabilidade.
A Visão e a Estratégia de sustentabilidade do Grupo Mota-Engil,
tratadas em capítulo próprio deste relatório, são aqui detalhadas
através da referência ao Programa de Responsabilidade Social
do Grupo, em que se materializa a sua concretização, e à forma
de organização adoptada para dar cumprimento aos objectivos
estratégicos traçados.
06.1.1
programa
de responsabilidade social
O Programa de Responsabilidade Social procura corporizar e
dar resposta prática à estratégia de sustentabilidade do Grupo
Mota-Engil.
Este programa integra um conjunto de objectivos gerais e uma
estrutura orgânica de suporte à sua execução, a qual, por sua vez,
se desdobra na realização de actividades/projectos que resultam,
quer de iniciativas próprias, quer do apoio a iniciativas com origem
em entidades exteriores ao Grupo.
Paralelamente e no domínio da comunicação do desempenho nas
áreas social e ambiental, o Programa de Responsabilidade Social
integra ainda a publicação regular do Relatório de Sustentabilidade
do Grupo, bem como, e igualmente no domínio da comunicação
externa, a publicação e actualização dos conteúdos inseridos no
“website” institucional sob a designação “Sustentabilidade”.
O Programa contempla os seguintes eixos estratégicos e objectivos
g erais:
1. CRIAÇÃO DE VALOR
• Criar valor na perspectiva do accionista e da sociedade em geral;
• A bordagem preventiva e prospectiva dos riscos decorrentes
dos impactos económicos, sociais e ambientais do negócio,
integrando-os no modelo global de gestão;
• Cultura baseada na qualidade, no rigor e na orientação para o
cliente;
• Incremento da produtividade e eficiência de processos, visando
atingir elevados níveis de desempenho operacional de acordo com
as melhores práticas internacionais e de mercado.
2. ECOEFICIÊNCIA E INOVAÇÃO
• Fazer mais com menos, reduzindo o consumo de recursos e
incrementando a eficiência na sua utilização;
• Procura constante de melhorias no plano ambiental que
potenciem paralelamente benefícios económicos;
• Forte incentivo à inovação como factor crítico de aumento da
competitividade, estimulando o crescimento, a diversificação e a criação de novas oportunidades de negócio.
relatório de sustentabilidade 2009
76
06
responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
3. PROTECÇÃO DO MEIO AMBIENTE
• Minimizar o impacto ambiental das actividades do Grupo,
integrando a perspectiva ambiental nos processos e sistemas de
gestão;
• Promover e participar em iniciativas de sensibilização e
preservação dos valores ambientais.
• Adoptar práticas de recrutamento e selecção não-discriminatórias
e que promovam a igualdade de oportunidades;
• Apoiar activamente a transição da escola para a vida activa,
promovendo a formação qualificante;
• E stimular o envelhecimento activo, visando o equilíbrio geracional
dos recursos humanos no quadro de uma política laboral
responsável e socialmente sustentável.
4. ÉTICA EMPRESARIAL
7. APOIO AO DESENVOLVIMENTO SOCIAL
• Observância de critérios éticos na promoção dos valores, cultura e
modelo de gestão do Grupo;
• Respeito pelas pessoas e pelos seus direitos.
• Apoiar iniciativas de carácter social, educativo, cultural e
ambiental promovidas pelo Grupo ou em parceria com entidades
externas;
• Contribuir através da acção mecenática para o desenvolvimento sócioeconómico das comunidades onde desenvolve a sua actividade.
5. DIÁLOGO COM AS PARTES INTERESSADAS
• Transparência e abertura no relacionamento com as partes
interessadas;
• Comunicação regular e sistematizada com as partes interessadas,
visando auscultar e integrar as suas preocupações;
• Relato objectivo e credível do desempenho económico, social e
ambiental.
06.1.2
estrutura orgânica
6. GESTÃO DO CAPITAL HUMANO
O Programa de Responsabilidade Social é coordenado e executado
ao nível corporativo pela Direcção de Responsabilidade Social
e Sustentabilidade (DRSS).
• Traduzir a dimensão humana e o respeito pelas pessoas na
estratégia e nas políticas de gestão de recursos humanos;
• Valorizar o emprego e a progressão na carreira, estimulando a
aquisição de competências através da formação contínua e da
aprendizagem ao longo da vida;
• Criar condições de trabalho motivadoras e compensadoras
mediante políticas remuneratórias e de incentivo que favoreçam a
excelência e o mérito;
• Garantir os mais elevados padrões de saúde e segurança no trabalho;
A Direcção de Responsabilidade Social e Sustentabilidade constitui
uma das funções de carácter estratégico e corporativo do Grupo
Mota-Engil, estando integrada na sua holding na dependência
directa do Presidente da Comissão Executiva do Grupo Mota-Engil.
Compete a esta Direcção planear, coordenar e executar a política
de sustentabilidade e o Programa de Responsabilidade Social
do Grupo Mota-Engil, de acordo com a Visão e a Estratégia
relatório de sustentabilidade 2009
77
06
responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
de sustentabilidade aprovadas pelos seus órgãos, actuando
transversalmente nas suas áreas e unidades de negócio.
O Conselho Coordenador para a Sustentabilidade (CCS) é o órgão
interno de carácter permanente responsável pelo acompanhamento
da política de sustentabilidade do Grupo Mota-Engil, coadjuvando
a Direcção de Responsabilidade Social e Sustentabilidade na
coordenação e execução do Programa de Responsabilidade Social.
O CCS integra, além do Director de Responsabilidade Social
e Sustentabilidade, que coordena o seu funcionamento,
os responsáveis corporativos pelo controlo de gestão,
desenvolvimento de recursos humanos, relações com os
Investidores e outros elementos de áreas e unidades de negócio
com responsabilidades operacionais nos domínios de ambiente,
qualidade, e saúde e segurança no trabalho, podendo cooptar
membros de outras áreas operacionais ou unidades de negócio em
função da especial natureza das matérias que fazem parte da sua
esfera de competências.
Compete igualmente ao CCS controlar e avaliar a execução do
Programa de Responsabilidade Social do Grupo, propor aos
seus órgãos de gestão as actividades relativas aos Objectivos
do Programa, encetar acções internas e externas de divulgação,
sensibilização e formação em matéria de sustentabilidade,
bem como apoiar a redacção e a publicação do Relatório de
Sustentabilidade do Grupo.
O CCS rege-se pelo seu Regimento Interno, reunindo ordinariamente
com periodicidade mensal e extraordinariamente sempre que tal
se justifique.
06.1.3
actividades e projectos
do programa
de responsabilidade social
Apresenta-se, em seguida, uma breve sinopse das actividades e
projectos em que o Grupo Mota-Engil se encontra envolvido, no
cumprimento do seu Programa de Responsabilidade Social.
6.1.3.1 MOTA-ENGIL SOLIDÁRIA
A marca Mota-Engil Solidária foi criada em 2008 para conferir
uma identidade gráfica e imagética aos projectos e iniciativas do
Grupo no domínio da responsabilidade social, em particular na sua
vertente de Solidariedade Social.
Procura representar os conceitos de acolhimento e protecção tão
característicos da ideia de solidariedade social.
A nova marca e a identidade gráfica de suporte visam simbolizar de
uma forma que se pretende marcante e apelativa, uma nova etapa da
política de responsabilidade social da Mota-Engil, na esteira da sua
melhor tradição e espírito filantrópico, profundamente enraizadas
na longa história do Grupo.
Sob a marca Mota-Engil solidária foi desenvolvido um conjunto
de iniciativas de apoio às mais diversas causas no domínio da
solidariedade social e, simultaneamente, foram reforçados e
consolidados projectos anteriormente desenvolvidos.
relatório de sustentabilidade 2009
78
06
responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
DEFICIÊNCIA
OEIRAS SEM BARREIRAS
O Projecto Oeiras Sem Barreiras, resultante de um protocolo
celebrado entre a Mota-Engil e a Câmara Municipal de Oeiras, tem
como objectivo remover barreiras arquitectónicas nos edifícios de
habitação das famílias mais carenciadas do concelho de Oeiras e
que integrem paralelamente deficientes ou pessoas com mobilidade
condicionada.
As intervenções a efectuar são objecto de um trabalho conjunto de
referenciação e análise das situações apresentadas, traduzindo-se em
regra na execução de trabalhos de requalificação e beneficiação das
habitações, melhorando assim as condições de mobilidade existentes.
O Grupo Mota-Engil procura deste modo, em estreita articulação
com a autarquia, exercer uma cidadania activa e participativa,
contribuindo para a inclusão social no concelho onde se situa um
dos principais escritórios do Grupo.
Após a realização, em 2008, da primeira intervenção na habitação
de uma idosa com dificuldades de locomoção, melhorando as
condições de mobilidade existentes, em 2009 foram referenciados
outros oito casos. Com a coordenação da equipa do Núcleo
de Arquitectura e Construção Civil da Mota-Engil Engenharia,
procedeu-se à identificação e análise das necessidades de
intervenção, que consistem essencialmente na adaptação de casas
de banho, adaptação de mobiliário de cozinha para utilizadores em
cadeiras de rodas, e adaptação nos acessos aos edifícios e na própria
habitação.
Este projecto tem conhecido alguns atrasos de ordem diversa,
mas é objectivo da Mota-Engil que os casos identificados como
prioritários estejam concluídos até ao final de 2010.
APPACDM DE LISBOA
A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente
Mental (APPACDM) de Lisboa é uma instituição particular de
solidariedade social, fundada em 1962, criada em torno do seu
objectivo primordial de apoiar e dar resposta às necessidades das
pessoas portadoras de Trissomia 21.
Ao longo do seu processo evolutivo, a instituição veio a consagrar
os seus esforços a toda a área da deficiência mental, dando origem
a 28 instituições congéneres, presentes na maior parte dos distritos
do País.
Integra hoje entre as suas valências uma creche para crianças com
necessidades educativas especiais, um centro educacional, um
centro de actividades ocupacionais, uma empresa de inserção,
serviços de apoio parental e formação profissional, para além de
cinco lares residenciais, em que se inclui a residência e o centro de
actividades ocupacionais de Alapraia, em São João do Estoril.
Procurando ir ao encontro das necessidades dos cidadãos
deficientes mentais da região de Lisboa, e suas famílias, a
instituição levou por diante um projecto de ampliação do seu
equipamento de Alapraia, cujos trabalhos de execução se iniciarão
a breve trecho.
Para além do financiamento obtido junto da Câmara Municipal de
Cascais, a obra conta ainda com uma importante comparticipação
financeira da Mota-Engil, numa demonstração clara da sua ligação
e apoio à causa da deficiência, causa maior de entre as que têm
merecido o seu apoio.
Associação de Surdos do Porto
A Associação de Surdos do Porto foi criada em 1995 como
instituição particular de solidariedade social e tem como principais
relatório de sustentabilidade 2009
79
06
responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
objectivos a representação e defesa da população surda, o ensino e
a formação profissional e o apoio social à comunidade surda.
A promoção da prática desportiva por parte da população
surda constitui igualmente um dos seus vectores de actuação,
destacando-se a presença em inúmeras competições nacionais e
internacionais.
A Mota-Engil tem vindo a apoiar regularmente a Associação
de Surdos do Porto, patrocinando uma vez mais a presença de
uma equipa da Associação num importante evento desportivo
internacional.
PROJECTO DE VELA ADAPTADA
A Oeiras Viva EEM é uma empresa municipal da Câmara Municipal
de Oeiras responsável pela gestão de espaços e equipamentos
desportivos, culturais e de lazer, incluindo o Porto de Recreio de
Oeiras e a Piscina Oceânica, implantada junto ao porto.
Em colaboração com a Associação Portuguesa de Portadores de
Trissomia 21 (APPT21), a Oeiras Viva EEM lançou uma nova vertente
da sua Escola de Vela vocacionada para a formação em vela ligeira
de crianças com necessidades educativas especiais.
Este projecto, inovador em Portugal, envolve a aquisição de
embarcações e apetrechos náuticos adaptados à prática da vela,
procurando-se assim proporcionar às crianças uma experiência
nova, da maior importância no seu desenvolvimento psicossocial.
Pela sua ligação ao concelho de Oeiras e pela relevância de que a
causa da deficiência se reveste na sua política de responsabilidade
social, a Mota-Engil abraçou este projecto patrocinando a aquisição
de uma das embarcações de vela adaptada.
ASSOCIAÇÃO SALVADOR
A Associação Salvador nasceu a 23 de Novembro de 2003 por
iniciativa de Salvador Mendes de Almeida, fundador da Associação,
que ficou tetraplégico aos 16 anos em consequência de um acidente
de viação.
A Associação tem por missão concorrer para a plena integração
social das pessoas com deficiência, sensibilizando a sociedade para
a causa da acessibilidade, desenvolvendo acções de apoio dirigidas
em particular aos deficientes motores, fomentando a investigação
de mecanismos de reabilitação, promovendo iniciativas e
divulgando um conjunto de suportes de comunicação.
Os seus principais eixos de intervenção englobam a prossecução
de acções próprias vocacionadas para as áreas de integração,
acessibilidade e prevenção rodoviária, cooperação internacional, e
investigação e tecnologia.
O projecto “Portugal Acessível” conta-se entre as suas mais
recentes iniciativas, tendo por objectivo, através do “website”
www.portugalacessivel.com, facilitar a integração das pessoas
com mobilidade reduzida na sociedade, disponibilizando uma lista
de espaços que estão preparados para recebê-las.
O Grupo Mota-Engil estabeleceu um acordo de parceria com
a Fundação, visando apoiar a gestão do projecto “Portugal
Acessível”, tornando-se seu “Mecenas Ouro”.
O Grupo procura assim, mais uma vez, postar-se na primeira linha
do apoio à causa da deficiência, que afecta cerca de 50 milhões de
pessoas em toda a Europa e 8 a 10% da população portuguesa.
relatório de sustentabilidade 2009
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06
responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
DESPORTO
DESPORTO AMARANTINO
O Amarante Futebol Clube e o Académico de Amarante Sport Clube
são duas instituições de referência no panorama desportivo de
Amarante, concelho a que a Mota-Engil se encontra ligada por
fortes laços institucionais, simbólicos e afectivos.
Em linha com o histórico apoio que a Mota-Engil tem dado ao
longo dos anos a instituições amarantinas de vários sectores,
as agremiações desportivas têm desde sempre figurado no seu
espectro de intervenção.
O Amarante Futebol Clube e o Académico Sport Clube de Amarante,
pelo que se têm notabilizado na promoção do desporto juvenil,
essencial ao desenvolvimento integral das crianças e jovens
amarantinos, mereceram mais uma vez a atenção da Mota-Engil
através do apoio concedido à prossecução das suas actividades.
NADADORES PARALÍMPICOS
A Mota-Engil, no âmbito da sua área de Responsabilidade Social,
decidiu em 2009 apoiar dois atletas paralímpicos, tendo esse
processo culminado com a assinatura de um protocolo, no dia 4
de Março de 2010, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, com os
nadadores Diana Guimarães e David Grachat.
Com a duração de três anos, visa apoiar financeiramente, com
uma subvenção fixa anual de 10 mil euros, os atletas de natação
adaptada nas competições nacionais e internacionais.
A verba atribuída permitirá ainda dotar os nadadores dos recursos
materiais necessários, suportar as estadias em competições e
estágios e a contratação de treinadores e estabelecimento de
um plano de treinos, tendo em vista a participação nos Jogos
Paralímpicos de Agosto de 2012, em Londres. Em caso de medalha
na competição, os atletas receberão um prémio variável, em função
do sucesso desportivo obtido.
A cerimónia de assinatura do protocolo foi presidida pela Dra. Maria
Manuela Mota, Administradora da Mota-Engil SGPS, e contou com
a presença do Dr. Jorge Coelho, Presidente da Comissão Executiva
do Grupo Mota-Engil, da Secretária de Estado Adjunta e da
Reabilitação, Dra. Idália Moniz, e da campeã olímpica Rosa Mota.
O estímulo à actividade desportiva na deficiência e a aposta na
participação e no sucesso desportivo em competições nacionais e
internacionais de atletas de alta competição, é para o Grupo MotaEngil um vector fundamental da sua política de apoio à deficiência.
HABITAÇÃO
PORTO AMIGO
O protocolo “Porto Amigo”, celebrado no dia 17 de Março de 2009,
entre a Mota-Engil e a Fundação Porto Social (integralmente
detida pela Câmara Municipal do Porto), tem por objecto o
estabelecimento de formas de colaboração entre o Grupo e a
Fundação na realização de obras de adaptação e de melhoria das
condições de habitabilidade da população sénior dependente da
cidade do Porto, em situação de pobreza e que resida em habitação
própria ou arrendada.
A Mota-Engil alia-se à autarquia portuense num esforço conjunto
em prol da coesão social urbana e da promoção de condições
habitacionais condignas a favor dos mais idosos.
No âmbito deste protocolo, foram efectuadas visitas às habitações
dos candidatos, tendo sido identificadas necessidades e
prioridades de intervenção em cinco casas. Prevê-se que
relatório de sustentabilidade 2009
81
06
responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
a conclusão desta primeira fase seja em 2010, após a qual se dará
início à segunda fase de intervenções.
época, o cenário de pobreza e abandono a que eram votadas muitas
crianças, levou-o a fundar a Obra da Criança Abandonada.
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA HABITAT
A Associação Humanitária Habitat, fundada em Maio de
1996, constitui a primeira filial portuguesa da organização
não-governamental sem fins lucrativos Habitat for Humanity
International, com sede nos EUA.
Estava lançada assim a obra que conta actualmente com uma
estrutura de vários estabelecimentos espalhados pelo País, de
acolhimento de crianças e jovens em risco. “A Casa de Ramalde”,
situada na homónima freguesia do Porto, constitui a sua última
realização, permitindo acolher 35 crianças e jovens.
É uma organização não-governamental que tem como princípio
fundamental congregar esforços e promover iniciativas no âmbito
da solidariedade social, visando especialmente contribuir para
eliminar a degradação habitacional e apoiar famílias carenciadas
na obtenção de habitações adequadas e condignas, através da sua
construção ou recuperação.
A realização da obra, orçada em cerca de 1,3 milhões de euros,
contou com a generosa contribuição de várias entidades, entre
as quais a Mota-Engil, durante o ano de 2009, que assim vê o seu
nome ligado a mais um relevante projecto neste segmento de
intervenção do seu programa de responsabilidade social.
O Grupo Mota-Engil, através de um protocolo celebrado com esta
instituição, procura associar-se ao seu trabalho, tendo em vista
viabilizar a construção ou recuperação de habitações para famílias
carenciadas, em especial no concelho de Amarante, território a que
o Grupo se encontra ligado por fortes laços sociais e institucionais.
Por razões de vária ordem, esta iniciativa tem conhecido alguns
atrasos, prevendo-se para 2010 a sua efectiva concretização.
Encontram-se constituídas duas equipas de voluntários da
Mota-Engil com o objectivo de participarem neste projecto.
FUNDAÇÃO DO GIL
A Fundação do Gil, nome inspirado na mascote da Expo’98, foi
criada em 1999 com origem num protocolo assinado entre a Parque
Expo 98, SA e o então Ministério do Trabalho e da Solidariedade,
através do Instituto para o Desenvolvimento Social.
A Fundação tem como principais objectivos o bem-estar, a
valorização pessoal e a plena integração social das crianças e dos
jovens, apoiando em particular as crianças em risco no domínio
da resolução de casos de crianças em internamento hospitalar
prolongado por razões sociais, assegurando a necessária
articulação com outras instituições e serviços competentes.
INFÂNCIA E JUVENTUDE
OBRA DO FREI GIL
A Obra do Frei Gil é uma instituição particular de solidariedade
social de inspiração católica fundada em 1942 por Frei Gil Alferes.
Frei Gil, de seu nome Manuel Nunes Alferes, nasceu em Oliveira
do Bairro no ano de 1905. O contacto com a realidade social da
Entre os seus projectos mais emblemáticos figuram a Casa do Gil,
primeiro centro de acolhimento temporário de cuidados intermédios
de saúde, e a Unidade Móvel de Apoio Domiciliário.
O Grupo Mota-Engil celebrou com a Fundação um protocolo com
a duração de três anos, adquirindo o estatuto de “Padrinho da
relatório de sustentabilidade 2009
82
06
responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
Fundação do Gil”. Tal permitirá apoiar as actividades e projectos da
Fundação, num domínio particularmente caro ao Grupo no âmbito
da sua política de responsabilidade social.
O Grupo Mota-Engil, no âmbito do protocolo celebrado, com a
duração de três anos, garante o apoio às actividades e projectos da
Fundação, mantendo o estatuto de “Padrinho da Fundação do Gil”.
Na prossecução dos seus objectivos de política de responsabilidade
social, em que o Porto constitui território de intervenção
prioritária, a Mota-Engil ofereceu ao SAOM, em 2009, uma viatura
totalmente equipada e medicalizada, que permitirá qualificar e
reforçar a intervenção da equipa de rua da instituição no apoio de
proximidade à população toxicodependente.
SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL
TOXICODEPENDÊNCIA
SAOM
Fundado em 1984, o Serviço de Assistência Organizações de
Maria (SAOM), com sede no Porto, é uma instituição particular de
solidariedade social que tem como principais objectivos o apoio aos
idosos e à população em risco de exclusão social. O SAOM conta,
entre as suas valências, com Centro de Dia, Serviços de Apoio
Domiciliário e Casa de Abrigo.
Além destes equipamentos, o SAOM tem vindo a desenvolver um
conjunto de acções no domínio da inclusão social. Destacam-se os
projectos “Dar sentido à vida”, promovendo acções de formação
que visam a empregabilidade de pessoas em risco de exclusão, e
“Prevenir para Vencer”, abrangendo vários grupos-alvo da zona
histórica do Porto na implementação de estratégias preventivas da
exclusão, explorando e valorizando os recursos existentes.
Especial relevo merece ainda o projecto “Cata-Vidas”, que
procura atalhar aos múltiplos problemas gerados pelo consumo
de estupefacientes, numa relação de complementaridade e em
estreita articulação com a equipa de rua “Aqui & Agora”, que actua
directamente junto da população toxicodependente em freguesias
das zonas central e ocidental da cidade do Porto.
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
A Mota-Engil apoiou o transporte de material escolar para São
Tomé e Príncipe, associando-se a uma acção de recolha efectuada
pela Navegar – Associação Humanitária para a Cooperação e
Desenvolvimento.
O material escolar destina-se à Paróquia de Santana e está inserido
num conjunto mais alargado de projectos de ajuda humanitária a
este país insular. O Grupo procura assim ajudar as famílias
são-tomenses na educação básica dos seus filhos, proporcionando
condições que garantam o acesso à escola e o sucesso educativo
num contexto sócio-económico debilitado.
Outra iniciativa ainda em São Tomé, e no sentido da
responsabilidade social num país onde opera, a Mota-Engil
entregou ao Futebol Clube de Santana um conjunto completo de
equipamentos, incluindo bolas e material médico, o que permitirá
ao clube participar no próximo campeonato nacional são-tomense.
PROJECTO CABO VERDE
O Projecto Cabo Verde, iniciado em 2006, é um programa de voluntariado para a cooperação. Procurando corporizar os ideais da solidariedade à escala internacional, apoia-se num corpo de voluntárias e
numa clara aposta na sua formação e aquisição de competências na
execução de projectos de cooperação e ajuda para o desenvolvimento.
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responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
Após dois anos consecutivos no bairro da Calabaceira, Cidade da
Praia, em 2008, o projecto estendeu-se às ilhas de Boavista (Sal Rei)
e Santo Antão (Paul). As acções desenvolvidas centram-se nas áreas
de saúde, educação, ambiente e formação, procurando dar resposta a
necessidades prementes e a promover a capacitação das populações
visando gerar autonomia na resolução dos seus problemas.
O Grupo encontra-se associado, de forma mais estável e duradoura,
a instituições de referência no panorama nacional em qualquer
dos domínios citados, acolhendo e apoiando ainda iniciativas e
projectos emanados da sociedade civil considerados de maior
relevância e interesse social.
AMBIENTE
Nos três primeiros anos, o projecto beneficiou já cerca de 6.000 pessoas,
mobilizando 175 voluntárias. Em 2009 a aposta recaiu na continuidade
do trabalho e na realização de acções de fomento do empreendorismo e
no auto-emprego destinadas a jovens desempregadas.
O projecto resulta de uma parceria entre três associações juvenis
portuguesas (Álamos, Rampa Clube e Arcádia), a que se juntou
em 2008 a Cooperativa de Promoção de Actividades Culturais de
Telheiras (Lisboa).
EDUCAÇÃO AMBIENTAL - INDAQUA
Ao nível de educação ambiental e saúde pública, a INDAQUA
promoveu em 2009, com a chancela da Comissão Nacional da
UNESCO, a iniciativa “Água limpa para beber dá saúde e faz
crescer”. Esta iniciativa, estruturada nas vertentes científica,
pedagógica e lúdica, desenhada para os alunos do 5º ano das
escolas E.B. 2-3, tinha como principal destinatário a comunidade
escolar dos municípios servidos pela INDAQUA.
À semelhança de outros apoios na área da cooperação para
o desenvolvimento, em 2009 a Mota-Engil abraçou mais esta
iniciativa, esperando que possa servir de estímulo à difusão do
voluntariado e à promoção da solidariedade além-fronteiras.
Este projecto, ainda em curso, visa a sensibilização das crianças em
idade escolar para o consumo de água da rede de abastecimento,
promovendo a prevenção junto da mesma comunidade do consumo
de água não-tratada, nomeadamente de poços e furos.
6.1.3.2 INICIATIVAS E COMPROMISSOS INSTITUCIONAIS
A importância da água na natureza e na vida humana, os seus ciclos
naturais e os processos básicos de tratamento e abastecimento
público completam os desígnios da iniciativa “Água limpa para
beber dá saúde e faz crescer”. Em sessões de 75 minutos, dois
monitores do projecto, acompanhados por um professor da escola
onde a iniciativa tem lugar, transmitem às crianças a importância
da água e os processos básicos de tratamento e abastecimento
público da mesma. Para o efeito, são criados nos locais um espaço
multimédia, onde se aprecia o tema “Água suporte de vida”,
um “espaço laboratório”, onde se faz experiências científicas a
propósito dos processos de tratamento, e um “espaço cena”, com
uma pequena peça de teatro sobre o tema água.
Para além da criação da marca Mota-Engil Solidária e no
desenvolvimento dos objectivos e eixos estratégicos fundamentais
do seu Programa de Responsabilidade Social, o Grupo Mota-Engil
apoiou um conjunto muito vasto de projectos e iniciativas,
assumindo também compromissos institucionais de vária ordem.
Os apoios à cultura, à educação, à ciência e à saúde figuram entre
as áreas de intervenção onde o Grupo tem marcado presença mais
destacada, a que acresce uma atenção muito particular à temática
da sustentabilidade nas suas várias dimensões.
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responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
PAINÉIS SOLARES – INDAQUA
O ano de 2009 fica marcado, para a INDAQUA, pelo seu primeiro
contributo para a produção de energia a partir de fontes limpas
e renováveis, com a instalação de seis novos sistemas solares
fotovoltaicos. Cada um é constituído por 20 painéis solares,
instalados, na sua maioria, nas coberturas de reservatórios
de Matosinhos e Santa Maria da Feira. A energia produzida é
introduzida na rede da EDP, através do ramal de fornecimento
local de consumo, onde foi feita a instalação do sistema de
micro-produção. Paralelamente, foi dinamizado um programa
de monitorização e redução dos consumos de energia eléctrica,
ainda em curso.
CASCAISNATURA – PROJECTO OXIGÉNIO
Planear a promoção e a defesa da natureza e da biodiversidade
no concelho de Cascais constitui o principal objectivo do Projecto
Oxigénio, da responsabilidade da CascaisNatura – Agência de
Ambiente da Câmara Municipal de Cascais.
O Projecto Oxigénio visa recuperar, manter e abrir à visitação
as parcelas do território sob a sua intervenção através de um
conjunto de acções em que se avultam a plantação de espécies
autóctones (arbustivas e arbóreas), o apoio à regeneração natural
de espécies autóctones, acções de controlo e erradicação de
espécies exóticas invasoras, recolha de sementes e estacas para
propagação vegetativa, estabilização e recuperação de ribeiras e
linhas de água, criação e protecção de galerias ripícolas, controlo
de erosão em zonas de risco com técnicas de engenharia natural,
implementação de uma rede de percursos interpretativos e
construção e colocação de ninhos.
Constitui objecto de intervenção prioritária deste projecto a defesa
de áreas ricas em biodiversidade e sob elevado grau de ameaça
(“hotspots”).
No âmbito do protocolo celebrado com a Agência CascaisNatura,
o Grupo Mota-Engil, apostado na defesa da biodiversidade, tem
assegurado a co-gestão de uma parcela de 1,2 hectares localizada
junto à ribeira de Marmeleiros, na freguesia de Alcabideche compromisso assumido por um período de cinco anos.
PARQUE NATURAL DA MADEIRA
Através de um protocolo celebrado, em Abril de 2007, entre a
Mota-Engil Engenharia e o Parque Natural da Madeira, o Grupo
Mota-Engil compromete-se a patrocinar a Reserva Natural Parcial
do Garajau, primeira reserva nacional de índole exclusivamente
marinha, financiando a montagem, afixação em solo firme e
manutenção de três bóias marítimas de sinalização e de três painéis
informativos para identificação e delimitação da Reserva Natural.
Em contrapartida, o Parque Natural compromete-se a divulgar a
imagem e a marca Mota-Engil associando-a às actividades por si
desenvolvidas.
Esta iniciativa de carácter plurianual, que manteve plena
vigência durante o ano de 2009, inscreve-se na promoção dos
valores ambientais, que integra a política de sustentabilidade
do Grupo Mota-Engil, associando-o a um património natural de
inquestionável raridade e beleza.
EDUCAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL – SUMA
Assumindo uma política de investimento na formação cívica
das populações, sobretudo nas camadas mais jovens, a SUMA
detém, no mercado do ambiente, um património ímpar ao nível
da educação ambiental. Constituído por mais de quatro centenas
de campanhas de sensibilização vocacionadas para gerar
consciências críticas que actuem numa perspectiva de mudança e
desenvolvimento, a aposta na conquista de uma responsabilidade
cívica colectiva e de âmbito nacional está associada à aquisição e
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do capital
humano
manutenção de competências individuais e sociais de urbanidade
e respeito pelos espaços e equipamentos públicos, bem como
pelos recursos naturais esgotáveis, através da adopção de
comportamentos e rotinas de redução, reutilização e reciclagem.
Destinadas a contribuir para elevar os níveis de participação e
co-responsabilização dos produtores de resíduos, as iniciativas
levadas a cabo pela SUMA neste campo de actuação têm como
objectivo colateral o aumento da eficácia e da eficiência dos
serviços de produção, sobretudo no que concerne às actividades de
recolha de RSU e limpeza urbana, áreas cuja intervenção envolveu,
no período em análise, 257.754 contactos efectuados, através de
37 campanhas de sensibilização com recurso às metodologias
de contacto proactivo, que se desmultiplicaram em 128 acções
geradoras de comportamentos convergentes com os padrões de
civilidade e crescimento sustentável.
Para além dos investimentos em território nacional, iniciou-se a
concretização do ambicioso Programa de Educação Ambiental
desenvolvido para Luanda, que prevê a concretização de cerca de
80 campanhas nos próximos cinco anos, através da participada
da SUMA para o mercado angolano, a VISTA Waste Management.
A inauguração do Centro de Educação Ambiental (CEA) de
Luanda foi um marco importante a registar, em 2009, ao nível da
internacionalização dos serviços de educação ambiental. Este
centro, implantado numa área total de 282 m2, funciona como
bastidores de todo o trabalho de educação e sensibilização
destinado a servir a população do município da Samba, no sul da
Província de Luanda, onde desenvolve, actualmente, actividades
de divulgação de campanhas para a sensibilização da população,
vocacionadas para a aprendizagem de boas práticas ambientais,
bem como acções de formação e exposições que respondam a
essas necessidades.
Colocação de publicidade de grandes formatos e as acções de
exploração sensorial e multimédia, dirigidas tanto à população
em geral como à população escolar, através das Unidades Móveis
de Sensibilização (UMS) – LIXOMACHIMBA® – , foram alguns
dos meios que marcaram a posta em prática das estratégias
de sensibilização. A UMS LIXOMACHIMBA® assume especial
relevância durante o ano de 2009, uma vez que percorreu várias
Instituições de Interesse Público em nove municípios da província
de Luanda, numa estratégia de intervenção que abrangeu público
em geral e públicos específicos, nomeadamente as populações
mais jovens. A primeira fase de intervenção, intitulada “Está na
Hora”, pretendeu alertar os luandenses para a urgência de alterar
rotinas de acondicionamento e deposição de lixo doméstico, e
para a importância da adopção de comportamentos de redução da
produção de resíduos, não esquecendo a integração de temáticas
transversais, como a prevenção de risco, a saúde primária e a
educação rodoviária. Disseminando as práticas de cidadania
activa e passiva, o projecto LIXOMACHIMBA® recorre a distintas
abordagens aos conteúdos temáticos, sendo transversais a todas
elas as mascotes “Bumba” e “Zito” (um gato e um rato), que
protagonizam os divertidos momentos de aprendizagem.
A complementar as estratégias de mobilização epidémica assentes
na abordagem directa junto dos alvos e na implicação dos sujeitos
em esquemas de hetero-fiscalização entre pares, este ciclo de
trabalhos, de âmbito nacional, foi caracterizado pelo recurso
crescente à utilização da certificação e de reconhecimento de
competências – mediante regulamentos e sessões de verificação
por observação directa –, como modelo de criação de quadros de
referência em matéria comportamental (exploração do conceito
de pertença e de distintividade social). A este propósito é de
salientar o desenvolvimento da campanha SABIENTAR®, que
assenta na certificação de competências ambientais e de cidadania,
e materializa-se num Manual de Fichas Curriculares, trabalhado
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do capital
humano
por crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico maioritariamente em
contexto de sala de aula, mas que potencia também o envolvimento
da comunidade extra-escolar, nomeadamente dos familiares e da
esfera íntima de contactos dos alunos.
No decorrer do ciclo de trabalhos escolares, as escolas aderentes
foram acompanhadas por um técnico de sensibilização e objecto de
avaliação dos procedimentos de redução, reutilização e reciclagem
adoptados nos diferentes espaços que os integram. Na recta final
do ano lectivo foi aplicada uma ficha de avaliação de competências
individuais, tendo sido certificadas “Escolas Sabientes” em
nove dos municípios onde são prestados serviços de educação
ambiental pela SUMA. Esta acção pretende ver reconhecidos os
esforços das forças vivas dos estabelecimentos de educação e
ensino que demonstrem os melhores indicadores de sucesso
na implementação de rotinas de cidadania, empenho que se
materializa na atribuição da certificação “Escola Sabiente”, com a
correspondente entrega de certificados e bandeiras.
É também de destacar a focalização da sensibilização nos conceitos
de prevenção, cidadania activa e vantagens individuais do produtor
de resíduos. A diversificação de alvos e metodologias utilizadas foi
igualmente um dos objectivos deste período.
Tendo assumido, desde cedo, uma das características
diferenciadoras da SUMA relativamente à concorrência, a
educação e sensibilização ambiental ultrapassa em muito as suas
valências contratuais com os municípios de actuação. No terreno,
a empresa continua a desenvolver e implementar projectos de
cariz transversal, que associam temáticas como a prevenção de
risco, a prevenção rodoviária e a saúde primária aos aspectos
relacionados com a produção de resíduos, seu acondicionamento e
encaminhamento para os circuitos normais e de valorização.
COMUNICAÇÃO
CAMPANHA “PENSAR SUSTENTÁVEL, AGIR RESPONSÁVEL”
A comunicação constitui um aspecto fundamental da estratégia de
sustentabilidade do Grupo Mota-Engil.
A tomada de consciência sobre os principais temas da
sustentabilidade e sobre os objectivos e metas da política do Grupo
nesta área são uma condição indispensável à sua apropriação por
parte dos colaboradores enquanto agentes decisivos de mudança.
Esta campanha materializa-se num conjunto de suportes de
comunicação nas várias línguas de trabalho do Grupo, em que
se inclui a edição de conteúdos em suporte digital patentes no
“website” do Grupo.
Após a divulgação da campanha da água, em 2009 procedeu-se à
divulgação da campanha alusiva ao tema da energia.
COMUNIDADES E CIDADANIA
CADEIA DO ALJUBE
A Câmara Municipal de Lisboa vai criar no espaço da antiga Cadeia
do Aljube, durante séculos utilizada como prisão e em particular
nos tempos da ditadura, um museu dedicado à temática da
República, Resistência e Liberdade.
Alargando as valências da actual Biblioteca-Museu República e
Resistência, o futuro museu pretende ser um espaço activo no
panorama cultural da cidade de Lisboa.
A Mota-Engil contribuiu financeiramente para alcançar este
importante desígnio no ano em que se comemora o centenário da
implantação da República.
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do capital
humano
CRUZ VERMELHA DE MATOSINHOS
A missão da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) consiste
essencialmente na prestação de assistência humanitária e social,
em especial aos mais vulneráveis, prevenindo e reparando o
sofrimento e contribuindo para a defesa da vida, da saúde e da
dignidade humana, propósito comum a todas as delegações da
instituição espalhadas pelo País.
social, procurando assim estimular e capacitar as IPSS como
agentes de inovação na resposta aos mais prementes problemas e
desafios sociais do distrito do Porto.
A delegação de Matosinhos da CVP dispõe de um centro de
atendimento para vítimas de violência doméstica, destinado a
combater este flagelo familiar e social.
A Mota-Engil patrocinou esta iniciativa, tendo o seu Director de
Responsabilidade Social e Corporativa e Sustentabilidade marcado
presença na mesa de encerramento do evento.
Sensível ao trabalho desenvolvido pela CVP, a Mota-Engil
tem-se mostrado desde sempre disponível para apoiar as iniciativas
desta centenária e prestigiada organização, desta vez através da
sua delegação de Matosinhos e na linha dos apoios já dados às
delegações de Porto e Amarante.
FUNDAÇÃO PRO DIGNITATE
Criada em 1994, a Fundação Pro Dignitate tem fins humanitários
e sociais e visa sobretudo a prevenção da violência e a promoção
dos Direitos Humanos, através da realização de estudo científicos,
planeamento, promoção e avaliação de medidas preventivas
e de outras acções dirigidas à salvaguarda daqueles direitos
fundamentais.
CONGRESSO SOBRE INOVAÇÃO SOCIAL
A União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade
Social do Porto (UDIPSS-Porto) é uma instituição particular de
solidariedade social criada em 2003, contando com a filiação de
cerca de 360 IPSS do distrito do Porto.
A UDIPSS procura assumir-se como expressão organizada da
cooperação entre estas IPSS do distrito, dotando-as de modelos
capazes de promover o seu desenvolvimento sustentado e
progressiva qualificação, ministrando apoio técnico, jurídico,
administrativo, contabilístico e de consultoria geral às instituições
suas filiadas.
Por sua iniciativa, teve lugar no passado dia 16 de Dezembro, no
Porto, o Congresso sobre Inovação Social, cujos objectivos se
centraram na discussão e reflexão sobre modelos de inovação
O congresso foi amplamente participado e contou com a presença
de reputados especialistas que animaram as sessões plenárias e
um vasto conjunto de sessões temáticas.
Entre essas acções incluem-se a realização de campanhas,
seminários, projectos de ajuda, publicações e outras iniciativas de
promoção e defesa dos direitos humanos.
A Fundação Pro Dignitate ONGD (Organização Não-Governamental
para o Desenvolvimento) promove igualmente campanhas de
solidariedade com os países de língua oficial portuguesa.
Procurando associar-se a esta instituição de utilidade pública na
prossecução das suas actividades, o Grupo Mota-Engil efectuou
em 2009 uma doação que lhe permitiu adquirir o estatuto de
Benemérito da Fundação, colocando-se assim ao lado dos que
lutam pela defesa dos Direitos Humanos e pela universalidade da
sua promoção.
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do capital
humano
CULTURA
ANO AGUSTINA
A Guimarães Editores é a editora que publica há mais de meio
século a obra ficcional de Agustina Bessa Luís, estando em curso no
ano de 2009 a publicação da edição “ne varietur” da obra completa
da escritora.
“A Sibila”, publicada em 1954, marca o início de um longo percurso
literário da consagrada e premiada escritora portuguesa, agraciada
com quase duas dezenas de prémios literários, entre os quais o Prémio
Camões atribuído em 2004, o mais alto galardão nacional de letras.
Na passagem do 55º aniversário da publicação daquela obra, a
Guimarães Editores decidiu assinalar a efeméride promovendo
um Ano Agustina. Contando com a adesão do Instituto Camões
e de várias outras instituições e personalidades, a antestreia no
Teatro Nacional de São Carlos do filme de João Botelho “A Corte
do Norte” e a mostra itinerante “Agustina – Vida e Obra”, de Inês
Pedrosa e João Botelho, marcaram o início das comemorações do
Ano Agustina.
Está ainda previsto um variado conjunto de outras iniciativas,
entre as quais a instituição do “Prémio Arte Agustina”, “Roteiro
Agustina”, o “Portal Agustina” e outros suportes de comunicação
que permitam divulgar a vida e obra da escritora. A importância
de Agustina no panorama da cultura e da literatura portuguesa
suscitou de parte da Mota-Engil justificado interesse,
associando-se a outras instituições e personalidades no apoio a
esta relevante iniciativa.
ÁRVORE – COOPERATIVA DE ACTIVIDADES ARTÍSTICAS
A Árvore, Cooperativa de Actividades Artísticas, CRL foi fundada
no Porto em 1963 por um grupo de artistas plásticos, visando
contribuir para a renovação cultural da cidade do Porto no quadro
de um projecto de mediação entre o artista plástico e o público.
Ao longo da sua existência, a Árvore abriu os seus espaços a
centenas de pintores, escultores, fotógrafos, designers, arquitectos
e outros artistas, dinamizando ainda um sem-número de colóquios,
ciclos de cinema, música e teatro, colaborando com diversas
instituições públicas e privadas na promoção da cultura no espaço
citadino. A cooperativa dispõe de oficinas próprias que coloca
à disposição dos artistas e de todos os que frequentam os seus
ateliers livres em diversas áreas das artes plásticas.
A Árvore tem vindo a ser agraciada com um importante conjunto de
distinções, entre as quais o título de membro honorário da Ordem
do Infante D. Henrique.
A Mota-Engil tornou-se sócia benemerente da Árvore, visando
assim dar o seu contributo para o cumprimento da sua inestimável
missão cultural na cidade do Porto.
EXPERIMENTA DESIGN
A ExperimentaDesign (EXD) é uma bienal internacional dedicada
ao design, à arquitectura e à criatividade. Promove a cultura
contemporânea através da discussão e de reflexão, posicionando-se
de forma dinâmica e arrojada e actuando como pólo difusor de
talentos emergentes em todo o espectro criativo. Os projectos e
conceitos originais são apresentados em diversos formatos, de
exposições a intervenções urbanas, “workshops” e conferências,
destinando-se ao público em geral.
A ExperimentaDesign realiza-se em Lisboa (desde 1999) e
Amesterdão (desde 2008), com programas distintos em anos
alternados. A edição de Lisboa, que decorreu entre os meses de
Setembro de Novembro de 2009, contemplou a discussão sobre o
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do capital
humano
tema do tempo (“It’s About Time”) nas suas variadas dimensões,
integrando um conjunto de exposições, conferências e “workshops”
tendo por base o design, mote e denominador comum que perpassa
todo o evento.
A edição de 2009 contou ainda com uma linha de iniciativas
designada por “Projectos Especiais”, em que se inclui o projecto
Efeito D, cujo o objectivo é a criação de uma linha de produtos
únicos, desafiando designers portugueses e estrangeiros a
desenharem objectos que incorporem na sua concepção um traço
distintivo que os torne únicos.
Os objectos serão comercializados em Portugal e no estrangeiro,
revertendo as receitas geradas a favor do Centro Diferenças, que
disponibiliza um conjunto de serviços de apoio em particular a
crianças com perturbações do seu processo de desenvolvimento,
em particular com trissomia 21.
A Mota-Engil patrocinou o projecto Efeito D da bienal, engrossando
o rol dos seus contributos a favor da causa da deficiência.
MINISTÉRIO DA CULTURA
Em 2009, o Ministério da Cultura, através da Direcção-Geral do
Livro e das Bibliotecas, e em parceria com a Imprensa Nacional-Casa
do Moeda e a Parque Expo, S.A, reuniu 12.844 livros que serão
doados a várias instituições dos estados-membros da CPLP.
Cada instituição beneficiária, nomeadamente escolas portuguesas
da rede CPLP, bibliotecas de escolas dos respectivos países, centros
culturais, Biblioteca Nacional de Angola e a futura Biblioteca
Nacional de Dili, entre outras, receberá cerca de 1.440 títulos.
A Mota-Engil, além da Guarda Nacional Republicana, assegurou
gratuitamente o transporte de todos os livros para os respectivos
países destinatários. Os livros doados abrangem diversas
temáticas, facilitando o acesso das populações de todas as faixas
etárias a um vasto conjunto de obras literárias.
Esta iniciativa, a que a Mota-Engil prontamente se associou,
integra-se na política de projecção da língua e da cultura
portuguesas entre os estados-membros da CPLP.
PATRIMÓNIO RELIGIOSO
O património religioso em Portugal caracteriza-se pela sua enorme
riqueza e diversidade, atravessando todas as épocas e estilos
arquitectónicos. Dada a sua vetustez e, em múltiplas situações, o
elevado estado de degradação das edificações e restante acervo
patrimonial, tem sido preocupação central das autoridades
religiosas a sua conservação e restauro.
A Igreja de São Domingos (Senhor dos Aflitos), na cidade de
Amarante, sobranceira ao rio Tâmega e junto à Igreja de São
Gonçalo, constitui um exemplar da arquitectura religiosa barroca,
tendo sido concluída em 1725 por iniciativa da Ordem Terceira
de São Domingos. O interior deste imóvel de interesse público
encontra-se profusamente decorado em talha dourada. O seu
restauro constitui uma prioridade das autoridades religiosas locais.
Em 2009, a Mota-Engil disponibilizou um importante contributo
financeiro, visando a reabilitação dos seus elementos
arquitectónicos e a conservação e restauro do seu recheio artístico.
Na linha dos apoios que tem vindo a dar neste domínio, a
Mota-Engil ajudou a paróquia de Cepelos, em Amarante, a
completar as obras de requalificação da igreja local, permitindo
dotar este espaço de culto de melhores condições de acolhimento
para a actividade religiosa.
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humano
REGATA DE BARCOS-DRAGÃO
Numa iniciativa da Fundação Oriente, em colaboração com o
Turismo de Macau e a Associação Naval Amorense, em 2009 o rio
Tejo foi palco, pelo segundo ano consecutivo, de uma corrida
de barcos-dragão. Em disputa estiveram cinco embarcações
e várias equipas.
Vinte remadores, um timoneiro ao leme e um tamborileiro à proa,
animaram cada uma destas coloridas embarcações de madeira
com cauda e cabeça de dragão. Os barcos progridem ao som dos
tambores e à ordem do capitão, que comanda os movimentos dos
remadores. As corridas de barcos-dragão, realizadas originalmente
no quinto dia do quinto mês do calendário chinês, constituem uma
tradição milenar, representando o dragão um símbolo benéfico de
vigor e fertilidade na cultura chinesa.
A Mota-Engil patrocinou esta iniciativa da Fundação Oriente,
vocacionada para a prossecução de acções que visam a valorização
e a continuidade das relações culturais e históricas entre Portugal e
o Oriente, nomeadamente a China.
FUNDAÇÃO DE SERRALVES
A Fundação de Serralves é uma instituição cultural de âmbito
europeu ao serviço da comunidade nacional que tem como
missão sensibilizar o público para a arte contemporânea e o
ambiente, através do Museu de Arte Contemporânea como centro
pluridisciplinar, do Parque como património natural vocacionado
para a educação e animação ambientais, e do Auditório como centro
de reflexão e debate sobre a sociedade contemporânea.
Reconhecida hoje como uma das principais instituições culturais
portuguesas e a mais relevante do Norte de Portugal, a Fundação
de Serralves tem desenvolvido um grande esforço no sentido de
projectar nacional e internacionalmente a arte dos nossos dias e de
divulgar o seu notável património arquitectónico e paisagístico.
A Fundação organiza e apresenta anualmente ao público uma
programação diversificada de iniciativas, tendo como fins incentivar
o debate e a curiosidade sobre a arte, a natureza e a paisagem,
educar de forma criativa e promover activamente a reflexão sobre a
sociedade contemporânea.
TEATRO VIRGÍNIA
A Vibeiras renovou o protocolo de mecenato cultural com o
Teatro Virgínia, na categoria de “Bronze”. Este apoio insere-se na
política social da empresa, sediada em Torres Novas. Prestando
homenagem à actriz torrejana Virgínia Dias da Silva, o Teatro
Virgínia, inaugurado em 2005, conta com uma programação regular
e diversificada e integra um vasto projecto de desenvolvimento
cultural concebido para a cidade.
Em 2009, ano em que se celebraram 20 anos de instituição da
Fundação e 10 anos da criação do Museu de Arte Contemporânea,
Serralves desenvolveu um conjunto de actividades destinadas a
assinalar a efeméride.
Com este protocolo, a Vibeiras beneficia, para além de
contrapartidas de comunicação e imagem, de convites para
espectáculos e eventos, que faz questão de encaminhar para
clientes e parceiros.
CASA DA MÚSICA
A Casa da Música, na cidade do Porto, constitui uma obra de vulto no
plano nacional e um marco incontornável da moderna arquitectura
urbana, sendo hoje um importante pólo de divulgação da música e
O Grupo Mota-Engil, que integra o seu Conselho de Fundadores
desde 1994, tem vindo a patrocinar diversas actividades desta
instituição.
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social e gestão
do capital
humano
das actividades formativas ligadas à arte musical, através de uma
programação de qualidade, abundante e diversificada, que procura
acolher todos os estilos e gostos musicais.
O Grupo Mota-Engil encontra-se ligado como Fundador à Fundação
da Casa da Música, entidade gestora deste equipamento cultural.
No contexto desta ligação, o Grupo disponibiliza anualmente junto
dos seus colaboradores um leque de benefícios que se traduzem
no acesso gratuito aos espectáculos e descontos na aquisição
de bilhetes, para além de outros serviços disponibilizados pela
instituição.
Facilitando o acesso à programação da Casa da Música, o Grupo
demonstra o seu empenhamento na generalização do acesso à
cultura, procurando ir ao encontro dos muitos colaboradores que já
apreciam a arte musical e despertar em todos os demais o interesse
pela música nas suas mais diversas formas e manifestações.
COLISEU DO PORTO
Ao longo dos seus mais de 60 anos de existência, o Coliseu do Porto
marcou carreiras, inspirou gerações, elevou a arte e a cultura. Pelo
seu carisma, beleza arquitectónica e riqueza artística, sempre foi
a sala de espectáculos mais emblemática da cidade. Tornou-se
o “palco da cidade” e também o “palco do mundo”, ao trazer ao
Porto os melhores artistas nacionais e internacionais, dando vida a
momentos memoráveis que engrandecem e eternizam o Coliseu
do Porto.
O Grupo Mota-Engil, no âmbito do protocolo “Amigos do Coliseu”
celebrado com o Coliseu do Porto, disponibiliza aos seus
colaboradores a possibilidade de usufruírem de descontos na
aquisição de bilhetes.
Com este protocolo, a Mota-Engil, além de facilitar o acesso aos
espectáculos do Coliseu aos seus colaboradores, pretende apoiar
uma instituição com muita tradição no Porto, de forma a manter o
contributo desta para o desenvolvimento cultural da cidade
do Porto.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
BCSD PORTUGAL
A missão do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento
Sustentável (BCSD) Portugal traduz-se na divulgação dos princípios
do desenvolvimento sustentável, cooperação e articulação dos
seus esforços com os governos e a sociedade civil na promoção
da sustentabilidade, realização de acções de formação e
sensibilização, disponibilização de ferramentas de gestão da
sustentabilidade nas empresas, execução de projectos e estudo
de casos ilustrativos das práticas de sustentabilidade.
O BCSD Portugal conta com a filiação de mais de 110 membros,
entre os quais um grande número de empresas portuguesas e
multinacionais de referência.
O Grupo Mota-Engil é membro do BCSD Portugal, mantendo uma
presença activa neste organismo através da participação nas
suas diversas iniciativas, de que se destacam o Encontro Anual de
Presidentes, o Encontro Anual de Delegados e a Conferência Anual,
para além dos grupos de trabalho, conferências e seminários em
que tem tomado parte.
Sob a coordenação do BCSD e com a colaboração da KPMG, um
grupo de trabalho tem vindo a desenvolver um trabalho sobre
“Construção Sustentável”, tendo em vista identificar soluções
sustentáveis associadas às actividades decorrentes do ciclo de
vida da construção de edifícios e infra-estruturas. Este trabalho
relatório de sustentabilidade 2009
92
06
responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
pretende promover uma reflexão que identifique as questões
associadas à resposta do sector da construção aos desafios do
desenvolvimento sustentável e apresente soluções efectivas para
a resolução ou minimização dos principais dilemas identificados,
através de exemplos de práticas de sucesso, que será materializado
na edição de um manual de boas práticas.
A Mota-Engil tem participado neste grupo de trabalho em conjunto
com outras empresas de referência no panorama nacional, não só
do sector da construção como de outros sectores.
QUERCUS – ECOCASA III
O Grupo Mota-Engil volta a associar-se à Quercus - Associação
Nacional de Conservação da Natureza, através de um protocolo
que procura dar continuidade a um projecto que conheceu já duas
edições anteriores.
Através do “website” ww.ecocasa.org, a Quercus disponibiliza toda
a informação sobre o projecto e um conjunto de funcionalidades
sobre a temática da energia no sector doméstico.
ANCORADOURO – EDIFÍCIO SUSTENTÁVEL
O Ancoradouro é um edifício de habitação, construído pela
Mota-Engil Engenharia, certificado na área da sustentabilidade
e eficiência energética. A certificação revela a conformidade com
regras que atestam a responsabilidade ambiental de quem constrói
e de quem habita.
Integrada no conjunto das suas actividades na área do
desenvolvimento sustentável, o tema da energia e em particular os
aspectos ligados à gestão da procura têm merecido da parte desta
instituição assinalável ênfase, pela sua interligação com outros
aspectos da sustentabilidade.
A eficiência no desempenho ambiental do edifício resulta da
integração de boas práticas em todas as actividades, desde
a concepção do projecto, até à sua construção e exploração.
Concretamente, a construção sustentável evidencia-se nos
domínios de gestão de energia, resíduos e recursos hídricos, e
conforto térmico, acústico e visual. Concretamente, todo o edifício
está projectado para o aproveitamento da energia solar térmica,
contribuindo para a diminuição do consumo individual de energia,
e o aproveitamento das águas pluviais foi pensado para ser
utilizado na rega de jardins e espaços verdes, numa lógica de
ecoeficiência e sustentabilidade
O projecto EcoCasa III, na linha das duas edições anteriores, visa a
sensibilização para a gestão da procura e eficiência energética no
sector doméstico, procurando a minimização do consumo através
de soluções concretas de poupança energética e de estímulo à
mudança de comportamentos.
Em termos dos parâmetros que balizam a pegada de carbono,
inerente a todas as actividades humanas, o Ancoradouro
privilegiou o recurso a menores e mais curtas deslocações
de trabalhadores através da contratação preferencial de
subempreiteiros locais.
O projecto envolve o desenvolvimento de uma Casa Virtual de
Energia (CVE), o acompanhamento dos hábitos de consumo de um
conjunto de famílias (EcoFamílias) e a difusão de um conjunto de
suportes de comunicação direccionados para os segmentos mais
jovens da população.
EDUCAÇÃO E CIÊNCIA
BOLSAS DE ESTUDO
O Programa de Bolsas de Estudo do Grupo Mota-Engil, com início
no ano lectivo 2006/2007, destina-se apoiar os colaboradores do
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social e gestão
do capital
humano
Grupo na educação dos seus filhos, favorecendo uma política de
igualdade de oportunidades que contribua para elevar os seus
patamares de qualificação e sirva de estímulo ao seu desempenho
académico.
As bolsas são atribuídas aos estudantes do ensino superior, filhos
de colaboradores do Grupo com menores recursos económicos e
que tenham obtido bom aproveitamento escolar.
O Programa de Bolsas de Estudo, traduzido na atribuição de uma
prestação pecuniária mensal, encontra-se já na sua quinta edição,
apoiando anualmente 16 estudantes universitários.
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SÃO JOÃO DO ESTORIL
O Agrupamento de Escolas de São João do Estoril (Cascais)
engloba um jardim-de-infância e um conjunto de escolas básicas
de 1º, 2º e 3º ciclos. Procurando, mais uma vez, responder aos
anseios da comunidade educativa, em 2009 a Mota-Engil apoiou o
Agrupamento de Escolas de São João do Estoril na aquisição
de diverso material escolar.
ESCOLA DA MAIA
No contexto do seu projecto educativo, a Escola EB/2,3 do Castelo
da Maia está a criar um espaço que visa reorganizar a resposta
educativa destinada a alunos com necessidades educativas
especiais de carácter permanente.
O projecto “Espaço Mais” prevê a criação de espaços temáticos que
promovam a aquisição em contexto real de competências práticas
nas áreas de cozinha, jardinagem, expressão plástica e tecnologias
de informação e comunicação, promovendo assim a plena
integração social dos alunos através da prática e de aprendizagem
de actividades úteis para a sua vida futura.
Na linha dos apoios que têm sido dados a várias escolas do
País, a Mota-Engil subvencionou financeiramente este projecto,
viabilizando assim a sua efectiva concretização.
ESCOLAS DE AMARANTE
A Mota-Engil apoiou a Escola Básica do 1º ciclo da Estrada, através
da sua Associação de Pais, na realização de uma visita de estudo
dos seus alunos, visando assim contribuir para o sucesso do
projecto educativo da escola.
Na mesma linha de intervenção, e procurando dar resposta às
dificuldades financeiras sentidas pelas escolas do concelho, a
Mota-Engil apoiou igualmente dois outros estabelecimentos
de ensino: o Jardim-de-Infância da Carvalha, na aquisição de
equipamento informático e jogos didácticos, e o Agrupamento de
Escolas Amadeo de Souza-Cardoso, na edição de um jornal que
servirá de elo de ligação entre a comunidade educativa e o meio
onde está inserida.
EPIS – EMPRESÁRIOS PELA INCLUSÃO SOCIAL
A EPIS é uma associação de direito privado sem fins lucrativos
que tem como missão prioritária a educação, em particular o
combate ao insucesso e ao abandono escolares. Neste sentido,
desenvolveu uma abordagem, inédita em Portugal, de combate ao
abandono e insucesso escolares no 3º ciclo de escolaridade que
tem, por base, uma metodologia de capacitação dos jovens e suas
famílias trabalhada e desenvolvida por uma rede de mediadores
profissionais e editada em dois manuais em parceria com
a Texto Editores.
Uma equipa de 65 mediadores profissionais analisou, em
2007/2008, 20.000 alunos, com um sistema de “screening”
quantitativo, e sinalizou cerca 6.000 para serem acompanhados
em proximidade durante dois anos.
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social e gestão
do capital
humano
Entre os anos lectivos de 2007/2008 e 2008/2009, foram
monitorizados em todos os períodos as notas destes alunos e o
sucesso escolar do grupo de jovens apoiados pela EPIS melhorou 14%.
de esforços e interesses comuns do sistema educativo e da
comunidade empresarial, através da adopção pelas escolas das
boas práticas do modelo de gestão do meio empresarial.
Os resultados para o primeiro período do ano lectivo 2009/2010
continuam a confirmar a eficácia da metodologia de capacitação
da EPIS: depois de ter havido uma melhoria na taxa de alunos
em condições de aprovação entre 2007/2008 e 2008/2009 – que
traduziu um ganho de produtividade de 112% –, verificou-se em
2009/2010 um novo aumento de 4,5 pontos percentuais face ao ano
anterior – um ganho adicional de produtividade de 13%.
Em Abril de 2007, a Mota-Engil, em conjunto com outras empresas
de referência da Área Metropolitana do Porto, assinou o protocolo
que serve de suporte a este projecto de que são igualmente
subscritores a Câmara Municipal do Porto, a Direcção Regional de
Educação do Norte e o Agrupamento Vertical de Escolas Manoel de
Oliveira, instituição parceira da colaboração e apoio do Grupo.
Em colaboração com a consultora McKinsey & Company, a EPIS
desenvolveu um projecto de codificação das boas práticas de
gestão nas escolas. Em Maio de 2009, em parceria com a Porto
Editora, a Epis lançou o manual “Escolas de Futuro”, que contém
mais de 130 boas práticas nas diferentes áreas da gestão escolar
– organização e processos de gestão estratégica, gestão da
actividade pedagógica e gestão de áreas e actividades de suporte
– explicadas através de aplicações reais e ilustradas pelos bons
exemplos práticos de 29 escolas de todo o País e também através
de alguns casos de estudo internacionais comprovados.
É a primeira vez que se concretiza, em Portugal, o desafio de
sistematizar boas práticas de gestão escolar de um modo tão
ambicioso.
O Grupo Mota-Engil apoia anualmente esta associação, sendo
um dos seus 95 fundadores, a par de um conjunto alargado de
empresas de referência no panorama nacional.
PORTO DE FUTURO
O Porto de Futuro é um projecto da iniciativa da Câmara Municipal
do Porto, com a duração inicial de três anos, visando a conjugação
No âmbito desta parceria, o Grupo tem vindo a prestar apoio a
um conjunto alargado de iniciativas do agrupamento escolar,
entre as quais se destacam: o patrocínio ao prémio dos alunos do
quadro de honra e de excelência; comparticipação nas despesas
associadas à equipa de rugby; a implementação dos programas
de empreendedorismo da Junior Achivement por colaboradores
da Mota-Engil em regime de voluntariado; comparticipação nos
concursos de construção de carros solares; assessoria técnica
em matéria de eficiência energética dos edifícios que compõem o
agrupamento; apoio por parte do Gabinete Técnico da Mota-Engil
Engenharia na elaboração dos projectos e cadernos de encargos
para as obras de remodelação do edifício-sede do agrupamento.
FUNDAÇÃO CIDADE DE LISBOA
A Fundação Cidade de Lisboa é uma Organização Não-Governamental
para o Desenvolvimento (ONGD) fundada em 1989.
Tem por objecto a defesa dos valores culturais, artísticos,
monumentais, turísticos e etnográficos, educativos e sociais da
cidade de Lisboa.
A Fundação procura ainda fomentar o estudo da realidade
urbana em geral e o desenvolvimento de relações e intercâmbio
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social e gestão
do capital
humano
entre Lisboa e outras cidades, a nível nacional e internacional,
nomeadamente com as de língua oficial portuguesa ou em que
vivam significativas comunidades portuguesas.
O Grupo Mota-Engil integra o núcleo restrito de 15 empresas que
apoiam a instituição, contando-se entre os “Amigos do IPATIMUP”,
estatuto que muito nos honra e prestigia.
As suas áreas de intervenção comportam igualmente as vertentes
educativa, formativa e científica, destacando-se em particular a
acção do Colégio Universitário da Cooperação – Nuno Krus Abecasis.
SAÚDE
O Grupo Mota-Engil tem vindo a patrocinar regularmente alunos
bolseiros do colégio oriundos de PALOP, contribuindo para o
desenvolvimento das relações de intercâmbio e cooperação entre
culturas e povos irmanados pelo traço de união representado pela
língua portuguesa.
IPATIMUP
O IPATIMUP, Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da
Universidade do Porto e associação privada de utilidade pública sem fins
lucrativos, foi criado em 1989 sob a égide da Universidade do Porto.
Entre os seus associados efectivos e aderentes contam-se a
Câmara Municipal do Porto, a Comissão de Coordenação para o
Desenvolvimento da Região Norte, entre outras instituições de
referência.
O IPATIMUP tem por vocação fundamental a investigação de
translação e pós-graduação em Patologia Humana, Oncobiologia,
Medicina Molelucar e Genética Populacional.
No ano em que comemora 20 anos de existência, o instituto
consolidou-se progressivamente como entidade de referência
a nível nacional e internacional no seu campo de investigação,
pela qualidade do trabalho desenvolvido pelos seus cerca de 130
elementos e pelo elevado número de artigos científicos publicados
em revistas internacionais.
ABRAÇO
Fundada em 1992, a Abraço é uma instituição particular de
solidariedade social cujo objectivo central consiste no apoio a
pessoas afectadas pelo VIH/SIDA.
Com origem no apoio psicológico, social e material a doentes
seropositivos internados na Unidade de Doenças Infecciosas e
Parasitárias do Hospital Egas Moniz em Lisboa, a Abraço apoia,
treina e forma trabalhadores e técnicos de saúde envolvidos no
combate à doença, actuando ainda no domínio da prevenção
dirigida à população em geral e na luta contra a discriminação
e na defesa dos direitos das pessoas infectadas.
Englobando vários núcleos e delegações regionais, a instituição
conta com a participação voluntária de cerca de 650 pessoas.
Margarida Martins, Presidente da Abraço e histórica dirigente da
instituição, editou no passado mês de Dezembro um livro intitulado
“Escrita de Luz”, em que procura, através de um extenso repositório
fotográfico, captar a realidade marroquina, erguendo assim um
traço de união entre Portugal e aquele país africano.
A Mota-Engil apoiou a edição deste livro, cujas vendas reverterão a
favor da Abraço e de uma instituição marroquina de protecção
da infância.
Paralelamente, e na sequência de uma campanha lançada pela
instituição para reconstrução da casa Ser Criança, a Mota-Engil
relatório de sustentabilidade 2009
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responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
doou à Abraço várias centenas de quilos de cabos eléctricos que
ajudarão a financiar este projecto.
ACREDITAR
A Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro
é uma instituição particular de solidariedade social que visa ajudar
as crianças com diagnóstico de cancro e respectivas famílias,
apoiando-as nos domínios psicológico, afectivo e económico.
Em resultado de um trágico acidente que vitimou um dos seus
elementos, a corporação amarantina viu-se privada de uma das
suas viaturas de transporte de doentes. Sensibilizada pelo facto e
atenta às necessidades de um concelho a que se mostra ligada por
fortes laços institucionais e simbólicos, a Mota-Engil efectuou em
2009 um importante contributo financeiro a favor dos Bombeiros
Voluntários de Amarante, viabilizando a aquisição de uma
nova viatura.
A Acreditar dispõe actualmente de Casas de Apoio em Lisboa,
Funchal e Coimbra, esta última inaugurada em Novembro de 2009.
BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE LOUSADA
Os Bombeiros Voluntários de Lousada desempenham um
papel social da maior importância nos domínios da protecção
civil, combate aos fogos, transporte de doentes, entre outras
actividades, estando-lhes especialmente confiada a missão de
socorrer as vítimas de acidente de viação nas auto-estradas A11 e
A42 e na via rápida IC25.
A Casa de Coimbra localiza-se junto ao novo Hospital Pediátrico de
Coimbra, a inaugurar em breve, dispondo de 20 quartos distribuídos por
três pisos e uma envolvente exterior com amplos espaços ajardinados.
A prestação deste auxílio em termos adequados obriga à utilização
de uma viatura de desencarceramento, com que esta corporação
não pode ainda contar.
Convidada a participar neste projecto, a Mota-Engil ofereceu
à Acreditar o jardim exterior da casa, patrocinando ainda o
funcionamento e a manutenção de um dos quartos pelo período de
um ano, nos termos do protocolo celebrado com a instituição a que
o Grupo muito se honra em encontrar-se associado.
Sensível ao apelo que lhe foi dirigido, a Mota-Engil efectuou
um contributo financeiro a favor dos Bombeiros Voluntários de
Lousada, com o que pretende viabilizar a aquisição da nova viatura.
O trabalho da instituição reparte-se pelos seus centros regionais de
Norte (Porto), Centro (Coimbra), Sul (Lisboa) e Madeira (Funchal),
que correspondem aos centros urbanos onde existem hospitais de
oncologia pediátrica.
BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE AMARANTE
Os Bombeiros Voluntários de Amarante, a exemplo dos seus
congéneres em todo o território nacional, desempenham
um relevantíssimo papel social nos domínios da protecção
civil, combate aos fogos, transporte de doentes, entre outras
actividades, representando ainda um incontornável símbolo de
abnegação e generosidade no cumprimento da sua nobre missão.
COMBATE À GRIPE SAZONAL
A gripe sazonal afecta muitos portugueses e é uma das causas
de absentismo nas empresas durante o Outono e o Inverno. A
Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a vacinação
generalizada, nomeadamente em grupos de risco (crianças, idosos
e doentes crónicos), assim como dos trabalhadores que estão
em contacto com o público em geral, que tenham necessidade de
efectuar muitas deslocações ou que estejam sujeitos a variações
significativas de temperatura.
relatório de sustentabilidade 2009
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responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
Neste contexto, e a exemplo de anos anteriores, a Mota-Engil
promove em 2009 mais uma campanha de vacinação sem encargos
para os seus colaboradores, procurando assim prevenir esta
enfermidade e os elevados custos económicos, sociais e laborais
que esta comporta.
CRUZ VERMELHA DO PORTO
A missão da Cruz Vermelha Portuguesa, inspirada nos princípios
fundamentais de humanidade, imparcialidade, neutralidade,
independência, voluntariado, unidade e universalidade, consiste na
prestação de assistência humanitária e social, em especial aos mais
vulneráveis, prevenindo e reparando o sofrimento e contribuindo
para a defesa da vida, da saúde e da dignidade humana.
A Mota-Engil tem-se mostrado desde sempre disponível para apoiar
as iniciativas desta centenária e prestigiada organização, o que fez
mais uma vez em 2009 através da sua delegação do Porto.
CRUZ VERMELHA DE AMARANTE
No cumprimento de uma velha aspiração, a Cruz Vermelha
de Amarante inaugurou recentemente o seu edifício-sede no
concelho de Amarante, num investimento de cerca de 600.000
euros comparticipado em 350.000 euros pela Câmara Municipal
de Amarante. O novo edifício contempla espaços diversificados,
estando especialmente vocacionado para a prestação de serviços
de saúde.
Em 2009, a Mota-Engil associou-se a este projecto, contribuindo
para a aquisição de um veículo de transporte de doentes, essencial
ao cumprimento da missão institucional da entidade beneficiária.
Por ocasião da cerimónia de inauguração, foram homenageados
vários beneméritos amarantinos, entre os quais o Eng. António
Mota, Presidente do Conselho de Administração do Grupo
Mota-Engil.
DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA
A criação, em 1995, de um Registo Nacional de Dadores Voluntários
de Medula Óssea com a designação de CEDACE (Centro Nacional
de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue
do Cordão), visou dar resposta à situação de muitos doentes que
tinham indicação para transplante de medula óssea e não tinham
um dador familiar compatível. Os Centros de Histocompatibilidade
do Norte, do Centro e do Sul do Ministério da Saúde são os
laboratórios de tipagem e estudo imunológico dos dadores.
Sensível a este importante problema e à esperança que o transplante de
medula representa para as pessoas afectadas, em 2009 a Mota-Engil
decidiu lançar um convite à participação de todos os seus colaboradores
que queiram ser dadores e estejam em condições de o fazer.
JUNTA DE FREGUESIA DE FRIDÃO (AMARANTE)
A freguesia de Fridão dista cerca de 6 quilómetros da sede do
concelho de Amarante, situando-se nas abas da Serra do Marão,
entre os caudais convergentes dos rios Tâmega e Olo.
A serra, e os rios Tâmega e Olo marcaram de forma indelével a vida
da população desta freguesia através dos tempos.
De cunho predominantemente rural e com uma população
envelhecida, a freguesia debate-se com diversas carências, entre
as quais o acesso em tempo útil a ajudas técnicas especializadas
destinadas a pessoas com deficiência ou incapacidade, permanente
ou temporária.
A Junta de Freguesia de Fridão constituiu um Banco de Ajudas
Técnicas. Associando-se à iniciativa, a Mota-Engil ofereceu à
autarquia um conjunto de equipamentos (camas articuladas,
cadeiras de rodas e andarilhos) que esta irá disponibilizar à
população da freguesia.
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social e gestão
do capital
humano
O Grupo procura assim contribuir para o reforço da coesão
territorial do País, ajudando as populações do interior a acederem
a esta tipologia de cuidados, essencial à preservação da qualidade
de vida dos cidadãos deficientes ou incapacitados.
A Mota-Engil reforçou o seu apoio adquirindo um conjunto
adicional de camas articuladas, o que vem atestar a pertinência e o
sucesso da iniciativa, num domínio essencial ao bem-estar e plena
integração dos cidadãos deficientes ou incapacitados da freguesia
de Fridão e suas limítrofes.
LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE SÃO JOÃO
A Liga dos Amigos do Hospital de São João (Porto) foi criada em
2006 com o propósito de promover o bem-estar dos doentes e o
bom-nome do Hospital de São João. Actua sobretudo no capítulo
da humanização dos cuidados hospitalares, complementando e
enriquecendo a missão da unidade hospitalar, propondo soluções
de melhoria dos serviços prestados.
Está ainda especialmente vocacionada para apoiar os doentes
deficientes, crianças e idosos que evidenciem particulares carências
de ordem social, material ou afectiva. A realização de um jantar de
benemerência permitiu reunir os amigos da Liga, cuja contribuição irá
reverter para a melhoria do Serviço de Pediatria. Em 2009, a
Mota-Engil, na qualidade de “amiga da Liga”, actuou mais uma vez
apoiando as suas iniciativas, pelo reconhecimento do meritório
esforço que tem sido desenvolvido desde a sua fundação.
LIGA PORTUGUESA CONTRA O CANCRO
A Liga Portuguesa Contra o Cancro foi fundada em 1941. Com o
intuito de tornar a sua acção extensiva a todo o território nacional,
foram criados em meados dos anos 60 núcleos regionais, entre os
quais o Núcleo Regional do Norte.
Declarada de utilidade pública em 1985, a Liga é uma associação
privada de carácter cultural e social que promove a prevenção
primária e secundária do cancro, o apoio social e a humanização
da assistência ao doente oncológico, actuando ainda nas áreas de
formação e investigação em oncologia.
A Mota-Engil tem vindo a apoiar regularmente as actividades da
Liga, em especial o seu Núcleo Regional do Norte, renovando em
2009 a sua contribuição financeira e distinguindo mais uma vez o
seu labor na luta contra o cancro.
CÓDIGO DE CONDUTA EMPRESAS E VIH/SIDA
A relação da problemática do VIH/SIDA com o mundo do trabalho
conduziu, em 2004, à constituição da Plataforma Laboral contra a
SIDA, dirigida pela actual Coordenação Nacional para a Infecção
VIH/SIDA.
A Plataforma integra associações patronais e sindicais, a
Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), organizações
não-governamentais que actuam nesta área e o escritório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Lisboa.
Por iniciativa da Plataforma Laboral foi desenvolvido um projecto
destinado a obter o compromisso das empresas no sentido de
garantirem condições de trabalho dignas para as pessoas que
vivem com a infecção pelo VIH/SIDA nas vertentes de
não-discriminação, prevenção e acesso ao tratamento.
O projecto consistiu na subscrição de um “Código de Conduta
Empresas e VIH” de adesão voluntária, mostrando-se
especialmente dirigido às empresas portuguesas e outras que
operem no mercado nacional, sendo dada particular prioridade às
entidades que desenvolvam também actividade nos países da CPLP
e que assumam uma posição de referência no panorama nacional
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responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
e internacional, quer pelo reconhecimento público de uma atitude
socialmente responsável, quer pela dimensão pedagógica e de
disseminação de uma atitude empresarial solidária.
O Grupo Mota-Engil, convidado a subscrever o Código de Conduta,
integra o conjunto de 52 empresas fundadoras, entre elas
multinacionais e empresas portuguesas de grande dimensão.
FUNDAÇÃO ERNESTO ROMA
A Fundação Ernesto Roma, entidade criada para apoiar a mais
antiga associação do mundo no acompanhamento das pessoas com
Diabetes (Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal APDP),
lançou a campanha “100 Mecenas Unidos pela Diabetes”.
A campanha, dirigida a organizações e empresas, tem por objectivo
sensibilizá-las para a problemática da diabetes, tornando-as patronos
desta causa com o fim específico de ajudar a APDP na investigação
para a cura desta enfermidade e na viabilização da Escola da Diabetes
Ernesto Roma — que deve o seu nome ao criador da Diabetologia Social
e Fundador da APDP —, destinada à formação de profissionais de saúde
e doentes na forma de lidar com a doença e suas formas de tratamento.
A diabetes é uma doença crónica que atinge cerca de 900.000
pessoas em Portugal, sendo a quarta principal causa de morte nos
países desenvolvidos.
O Grupo Mota-Engil adquiriu o estatuto de Mecenas desta causa,
através de um apoio com carácter plurianual.
GLOBAL BUSINESS COALITION (GBC)
A Global Business Coalition (GBC) integra mais de 220 empresas
de grande dimensão do mundo inteiro, tendo por missão o combate
às doenças infecciosas, em particular o VIH/SIDA, a malária
e a tuberculose.
A GBC desenvolve as suas actividades ao nível da troca de
experiências e práticas das empresas no combate a estas doenças;
ajuda a definir e implementar programas e políticas de prevenção
e apoio aos trabalhadores das empresas e suas famílias mais
expostos a estes riscos; facilita o acesso das empresas associadas
à ajuda técnica e financiamentos internacionais visando integrar as
comunidades locais nos programas de sensibilização, prevenção
e tratamento das doenças infecciosas; e mobiliza a comunidade
empresarial na gestão, comunicação e criatividade na luta contra
este tipo de enfermidades.
A GBC foi escolhida pela ONU como ponto focal para o sector
privado do Fundo Global da Luta Contra o VIH/SIDA, a malária
e a tuberculose.
O Grupo Mota-Engil é membro da GBC desde 2007, procurando com
a sua presença tirar partido da dimensão e reconhecida experiência
deste organismo, apoiando ainda as suas iniciativas na luta contra
estas enfermidades.
INSTITUTO PORTUGUÊS DE SANGUE
O Instituto Português do Sangue (IPS) é um instituto público que
tem por missão regular, a nível nacional, a actividade da medicina
transfusional e garantir a disponibilidade e acessibilidade de sangue
e componentes sanguíneos de qualidade, seguros e eficazes.
Na linha do que vem acontecendo nos últimos anos, o Grupo
Mota-Engil apoia o Instituto Português do Sangue na realização
de sessões de colheita de sangue, convidando os colaboradores a
contribuírem com a sua dádiva, em particular nos seus escritórios
principais de Porto e Linda-a-Velha.
relatório de sustentabilidade 2009
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responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
06.2
06.2.1
principais iniciativas
gestão do capital humano
introdução
O Grupo Mota-Engil despoletou, durante o ano de 2009, um
conjunto de projectos e iniciativas que, em total alinhamento
com a estratégia do negócio, permitiram continuar a reconhecer
o desenvolvimento dos Colaboradores do Grupo como um factor
crítico de sucesso para o alcance dos ambiciosos objectivos
estratégicos definidos.
Neste sentido, 2009 revelou-se um importante ano na
concretização das sete prioridades estratégicas de recursos
humanos definidas:
• Identificar e gerir o talento no Grupo;
• Desenvolver o perfil de gestor do Grupo;
• Desenvolver competências que acrescentem valor ao negócio;
• Promover a mobilidade e rotação de quadros;
• Fomentar o recrutamento e desenvolvimento de quadros
internacionais;
• Alinhar a política de retribuição com a gestão da “performance”
• Reforçar a Cultura e o conhecimento do Grupo
Foram vários os projectos iniciados ao nível da gestão das pessoas,
sendo igualmente visível o enfoque na melhoria e na consolidação
de iniciativas que transitaram de anos anteriores.
A este nível, é de destacar a consolidação da actividade da
MOTA-ENGIL Active School, através do alargamento dos programas
de desenvolvimento de competências a mercados onde o Grupo tem
presença. Um ano depois de iniciar a sua actividade, a universidade
corporativa da Mota-Engil promoveu, através da Active School
Gestão e Liderança, duas edições do Programa Internacional de
Gestão, uma em Angola e outra na Polónia. Com estas iniciativas,
a MOTA-ENGIL Active School assegura uma perspectiva global na
gestão do desenvolvimento dos quadros do Grupo, assegurando
respostas transversais, independentemente da unidade de negócio
ou geografia a que pertencem.
Ainda no domínio da MOTA-ENGIL Active School, foi lançado um
seminário de acolhimento corporativo denominado WelcoME.
O WelcoME é especificamente dirigido a todos os quadros
que tenham integrado recentemente o Grupo Mota-Engil,
independentemente da sua unidade de negócio, mercado ou
relatório de sustentabilidade 2009
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social e gestão
do capital
humano
geografia. Neste seminário é promovida a disseminação e o reforço
dos Valores e Cultura Mota-Engil, assim como a difusão e alargamento
do conhecimento das áreas de actuação e valências do Grupo.
passa por um conjunto de iniciativas de acolhimento corporativo e de
imersão no Grupo, através de acções de (in)formação e dinamização
do conhecimento da Mota-Engil.
Com esta iniciativa, desenvolvida através da Active School Cultura
e Valores, é reforçada a a necessidade de fomentar a construção
de uma Cultura e de Valores de âmbito corporativo, de modo
a assegurar a consolidação de uma identidade organizacional
forte, capaz de fomentar o alargamento de sinergias e estimular o
envolvimento dos Colaboradores.
@BUSINESS UNITS
Nesta segunda etapa do programa, cada “trainee” é integrado
numa unidade de negócio do Grupo, onde concretizará um Plano
de Integração numa ou várias áreas funcionais, garantindo o
desenvolvimento do seu conhecimento técnico e específico
do negócio.
No ano de 2009, foi ainda concretizada a primeira edição do
Programa de Acolhimento de Trainees – start@ME, com o objectivo
de atrair, formar, motivar e reter jovens de elevado potencial.
O start@ME pretende acolher anualmente um conjunto de “trainees”
com diferentes “backgrounds” académicos de base, promovendo o
seu alinhamento com a Cultura e os Valores da Mota-Engil e a sua
integração nas várias unidades de negócio do Grupo. Os candidatos
seleccionados têm a oportunidade de iniciar o seu percurso
profissional através de um programa estruturado que lhes permitirá
simultaneamente alcançar uma visão transversal do Grupo e
potenciar o seu “know-how” técnico e a sua experiência.
O programa contempla várias etapas sequenciais, cada uma
reflectindo a interacção crescente com os “trainees” e o respectivo
aprofundar do conhecimento do Grupo Mota-Engil:
@MOTA-ENGIL
Ao longo das primeiras semanas, o grupo de “trainees” seleccionado
@ME ACTIVE SCHOOL
Na fase final do start@ME, os “trainees” que tenham tido uma
elevada performance ao longo do seu Plano de Integração e
que venham a permanecer no Grupo Mota-Engil, integrarão um
programa de formação na MOTA-ENGIL Active School, com o
objectivo não só de reforçar o seu conhecimento do Grupo e as
relações e sinergias criadas, como também de promover a partilha
do “know-how” adquirido e o desenvolvimento de competências e
conhecimento em áreas transversais.
Através do Programa start@ME, a Mota-Engil está convicta de estar
a contribuir para a concretização dos ambiciosos objectivos a que
se propôs e para o desenvolvimento e gestão do talento do Grupo,
reforçando a sua capacidade permanente de rejuvenescimento e
assim preparando o futuro.
Em simultâneo, foi desenvolvido o Projecto one -Mota-Engil
“HR Corporate Standards”. Este projecto tem por missão definir e
implementar um conjunto de políticas e modelos corporativos de
gestão de recursos humanos que permitam assegurar uma filosofia
relatório de sustentabilidade 2009
06
responsabilidade
social e gestão
do capital
humano
e arquitectura comuns à diversidade de negócios e geografias
existentes no Grupo e, simultaneamente, garantir a adequação
prática às diferentes realidades e necessidades que caracterizam as
empresas do Grupo.
Nesta primeira etapa do projecto, que decorreu durante o ano de
2009, foram desenhados e aprovados para o Grupo os seguintes
modelos e políticas:
• um Modelo Corporativo de Gestão do Desempenho que estimule
uma melhor diferenciação do talento no Grupo, contribuindo para
uma cultura de meritocracia;
• uma Política Retributiva integrada e sustentada que fomente a
equidade interna e competitividade externa;
• uma Política de Mobilidade Internacional consistente, assente
num conjunto de processos e instrumentos que promovam uma
adequada gestão dos quadros em mobilidade no Grupo.
Pelo seu carácter estruturante, a implementação destes modelos
e políticas nas várias empresas do Grupo será necessariamente
gradual, sendo expectável que os resultados se consolidem
progressivamente até ao ano de 2013.
“Continuidade”, “Consolidação” e “Construção” foram as
palavras-chave em matéria de gestão de pessoas no Grupo neste
ano de 2009. Estes três C permitiram conciliar a continuidade e a
consolidação das iniciativas lançadas em 2008 e, simultaneamente,
a construção de novas bases, projectos e iniciativas que
contribuem, de um modo efectivo, para materializar as prioridades
estratégicas de recursos humanos que o Grupo definiu.
O ano de 2010 será a continuidade desse mesmo exercício e, como
tal, também uma continuidade do desafiante caminho que a
Mota-Engil traçou para a capitalização do seu capital humano.
102
07
investigação,
desenvolvimento
e inovação
mudança
Ser pioneiro
para liderar a mudança
relatório de sustentabilidade 2009
104
07
investigação,
desenvolvimento
e inovação
07.1
07.2
introdução
engenharia e construção
A Investigação, o Desenvolvimento e a Inovação (IDI) ocupam
um lugar central da estratégia do Grupo Mota-Engil e constituem
hoje um incontornável factor de diferenciação e competitividade
empresariais.
Grande parte das iniciativas neste domínio apresentam forte
correlação com os temas da sustentabilidade, quer ao nível
económico (através da minimização de custos, aumento da
eficiência operacional, melhoria dos sistemas de gestão e geração
de novas oportunidades de negócio), quer no plano ambiental (pela
sua influência na minimização dos impactos ambientais gerados
pelas diversas actividades e processos de negócio).
07.2.1
considerações gerais
Em 2009, o Sistema de Gestão de Investigação, Desenvolvimento
e Inovação demonstrou estar assente em bases fortes, criadas em
2008, e traduzidas numa metodologia robusta que lhe permitiu:
• concentrar um maior número de iniciativas em curso na empresa
sob a sua alçada; e
• focalizar os projectos existentes alinhando-os pelas orientações
estratégicas da empresa.
Este esforço é particularmente notório nas áreas de Engenharia e
Construção e Ambiente e Serviços.
Para isso, foi determinante a matriz de avaliação do potencial das
oportunidades de inovação desenvolvida no final de 2008.
Descrevem-se, em seguida, as principais iniciativas.
Igualmente em 2009, ainda com o objectivo de aproximar e
promover o entendimento da estratégia da empresa, foi promovida
a criação de um programa estratégico, o “Rethinking Construction”,
cujo objectivo passou por desdobrar e promover o entendimento
da estratégia de forma a refinar o filtro a partir do qual se toma a
decisão se os projectos devem ou não ser apoiados financeiramente
pela empresa.
Em 2009, realizou-se a primeira edição do Seminário sobre Gestão
da Construção. Pretendemos que esta iniciativa tenha um carácter
anual, tendo como objectivo dar conhecimento de todos os
relatório de sustentabilidade 2009
105
07
investigação,
desenvolvimento
e inovação
projectos de inovação em curso, bem como os resultados daqueles
que já encerraram. Para este evento foram ainda convidados
especialistas internacionais com o propósito de partilhar as
melhores práticas a nível internacional vivenciadas noutras
empresas e culturas.
07.2.2
organização
A Gestão de IDI está cometida à Direcção de “Performance”,
Tecnologia e Inovação da Mota-Engil Engenharia.
A implementação do Modelo Corporativo de Funções e Competências, integrada no Projecto de Mapeamento de Competências
(MAP), permitiu reforçar a importância da competência Inovação
nos colaboradores da Mota-Engil Engenharia, enquanto o
desenvolvimento do “Balance ScoreCard”, integrado no Projecto
Score, permitiu fortalecer o compromisso das várias áreas de
negócio para com a Inovação.
AUDITORIAS, AVALIAÇÃO DE RESULTADOS E FORMAÇÃO
Durante o ano de 2009, foi realizada uma auditoria interna por uma
entidade externa ao Sistema de Gestão de IDI, tendo sido iniciado
um conjunto de acções de melhoria. Posteriormente, o mesmo foi
submetido a uma auditoria da APCER, em finais de 2009, tendo sido
apreciadas e validadas todas as alterações implementadas
ao sistema.
Foram igualmente realizadas duas edições do curso “Formação
Prática na Nova Metodologia de Gestão do Sistema de IDI”,
recorrendo a formadores internos e envolvendo todos os
departamentos da empresa.
COMUNICAÇÃO
No domínio da comunicação interna, assistiu-se à promoção de
eventos (seminários, “workshops”) sobre conhecimento, tecnologia
e inovação na Mota-Engil Engenharia, sendo de destacar os
seguintes:
• Gestão de Processos – Novas Abordagens;
• “ Workshop” Técnico “Soluções sobre pedra natural”;
• “ Workshop” Técnico “Soluções técnicas sobre vidros”;
• “ Workshop” “Mota-Engil Experiência Conhecimento”;
• “ Workshop” Técnico “Dec-Lei Betão/Aço”;
• “ Workshop” Técnico “Marcação CE”;
• “ Workshop” Técnico “Estudo do erro”;
• “Open Day” “What Can I Change?” – dia aberto para os jovens
engenheiros;
• Apresentação dos trabalhos de estágio dos jovens engenheiros.
Foi igualmente renovado o Portal da Inovação, tendo como
objectivo torná-lo ainda mais funcional e de integrá-lo com o Portal
Corporativo da Empresa, o ON.ME.
07.2.3
sistema de gestão idi
RELACIONAMENTO COM ENTIDADES EXTERNAS
O relacionamento e a gestão de interfaces com entidades externas
reveste-se da maior importância para o sistema de gestão IDI. Os
clientes, fornecedores, distribuidores, parceiros, concorrentes,
consultores, associações empresariais, centros de conhecimento/
instituições de ensino superior, estado e organismos reguladores,
bem como a imprensa técnica especializada e o mercado em geral,
relatório de sustentabilidade 2009
106
07
investigação,
desenvolvimento
e inovação
constituem o amplo acervo de interfaces com entidades externas
que importa desenvolver.
Avulta, neste âmbito o protocolo celebrado com a Universidade
do Minho com a finalidade de estabelecer e desenvolver acções
de cooperação técnico-científica e de inovação em domínios
considerados de interesse mútuo pela Mota-Engil e pela
Universidade do Minho. Convém realçar ainda as seguintes
iniciativas e parcerias:
Iniciativas:
• Inova Gaia – Participação numa incubadora de empresas;
• PTPC – Participação na Plataforma Tecnológica para a
Construção.
Parcerias:
• INFOR – Protocolo de cooperação no âmbito do projecto BIM;
• Miguel Krippahl – Protocolo de cooperação no âmbito do projecto BIM;
• VICO – Protocolo de cooperação no âmbito do projecto BIM;
• IPG/ FEUP – Protocolo de cooperação no âmbito do projecto
Calibração Energética SPT e Modelos de Caracterização SRG;
• L aboratório de Engenharia Matemática (ISEP) – Protocolo de
cooperação no âmbito do projecto Determinação de Erros de
Medição.
Destaque-se, por último, a atribuição que vem sendo efectuada, de
há vários anos a esta parte, de um prémio destinado a galardoar
o melhor aluno do curso de Engenharia Civil da Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
PROJECTOS IDI
Organizacionais
• ON.ME – Plataforma colaborativa organizacional;
• Maturidade IDI 2010 – Programa composto por várias iniciativas
que permitam atingir um elevado grau de maturidade de
criatividade, inovação e empreendedorismo na Empresa;
• Link.ME – Projecto que visa desenhar e implementar um Sistema
de gestão de conhecimento;
• Connect People – Utilização de plataforma de “webconference”
para aproximar as obras, dispersas geograficamente, do
“backoffice” central.
Construção e Infra-Estruturas
• Modelos de caracterização SRG – Desenvolvimento de um modelo
de caracterização geotécnica adequada a solos residuais;
• Determinação de erros de medição – Avaliar a precisão e
respectivas implicações na quantificação das propriedades físicas
e mecânicas dos maciços terrosos, caracterizados com base em
ensaios “in situ”;
• Rede GNSS – Desenvolver um centro de competências e uma nova
unidade de negócios no domínio do posicionamento de precisão
que crie soluções inovadoras e únicas no mercado;
• EcoRoadMap – Proceder à análise interna, análise externa
e definição de cenário/plano de implementação visando a
introdução de soluções ecoeficientes na Mota-Engil Engenharia;
• Building Information Model – Utilização de simulações virtuais
para mitigar o risco inerente ao processo construtivo;
• VIRMEEC – Desenvolver uma ferramenta informática de suporte
à decisão para definir e optimizar a estratégia de produção das
obras de estradas;
• Encarregados On-Line – Desenvolvimento de uma solução
informática com um interface amigável que facilite a comunicação
entre o encarregado e a direcção de obra;
• Mercado de Gestão de Resíduos de Construção e Demolição
– Desenvolvimento de uma aplicação que permita optimizar a
gestão dos resíduos de construção e demolição e potenciar o seu valor.
relatório de sustentabilidade 2009
107
07
investigação,
desenvolvimento
e inovação
Laboratório Central
• MbMCE – Implementação dos ensaios iniciais de tipo obrigatório
para a Marcação CE de misturas betuminosas;
• DIP – Utilização do deflectómetro de impacto portátil no controlo
de execução de aterros;
• GSGPS – Gamadensímetro com sistema GPS para determinação de
posição, cota e grandezas geotécnicas.
Electromecânica
• TEGG – Implementação do Sistema de Inspecções Eléctricas TEGG.
Fundações e Geotecnia
• Melhoramento de solos – Tratamento de solos moles por
activação alcalina;
• Inertização de Lamas Bentoníticas Residuais – Estudo de soluções
de reutilização destas lamas bentoniticas residuais;
• Calibração energética SPT – Avaliar a eficácia energética dos
equipamentos SPT;
• Evolução no SCPTu – Avaliar quais as condições metodológicas
mais favoráveis à execução de ensaios com piezocone sísmico
(SCPTu).
Mota-Engil Betões e Pré-Fabricados
• SIPAV – Soluções inovadoras pré-fabricadas para vias férreas de
alta velocidade;
• LEGOUSE – Pré-fabricação modular de edifícios de custos
controlados.
07.3
ambiente e serviços
SUMA, SERVIÇOS URBANOS
E MEIO AMBIENTE, SA
Inovação e Desenvolvimento Tecnológico
O departamento de Inovação, Desenvolvimento e Rentabilização
(IDR) tem focalizado a sua actuação na vertente tecnológica,
estando em curso um projecto ambicioso de georreferenciação
“online” das viaturas e equipamentos de produção, associado à
identificação e pesagem da contentorização. O projecto irá em
breve entrar na fase de testes na produção, estando também ele a
recorrer a jovens licenciados recrutados através do iSUMA.
Sistemas de Informação
Foi efectuada, durante todo o ano de 2009, a consolidação do ERP
SAP dentro da organização SUMA, pelos cerca de 150 utilizadores
dispersos pelo País. Foram notórias as melhorias introduzidas
pelo sistema, uniformizando os processos e permitindo o acesso e
controle em tempo real de informações financeiras e de gestão.
A unidade GIS (“Geographic Information System”), criada em 2008,
prosseguiu o planeamento delineado de melhorias na plataforma
GISUMA e da sua adopção no terreno, por parte de utilizadores
dispersos pelos diferentes Centros de Serviço. A plataforma
correspondeu, dentro das elevadas expectativas, às necessidades
de informação dos utilizadores da área de produção, levando a que
fossem identificados rapidamente novos reportes a serem gerados,
em termos de equipamentos e de circuitos.
relatório de sustentabilidade 2009
108
07
investigação,
desenvolvimento
e inovação
Criou-se a possibilidade de exportação de dados para o “Google
Earth”, permitindo uma visualização pelos nossos clientes dos
circuitos efectuados e da localização exacta dos equipamentos de
contentorização, num ambiente visual muito “user-friendly”, de
uma forma simples e rápida.
Iniciou-se em paralelo com esta iniciativa uma plataforma inovadora
denominada WebGis que permitisse via Web que cada utilizador
tivesse a possibilidade de criar um circuito e colocar equipamentos,
ou seja um editor GIS via “Web”. Os ganhos de tempo e de
produtividade são enormes, pois a criação de circuitos de varredura
manual, por exemplo, passam a ser efectuados pelos utilizadores
dos Centros, que de facto conhecem o terreno, poupando muitas
horas de verificação e acertos manuais e colocando os principais
interessados no trabalho final como parte do processo.
Os ensaios efectuados durante o primeiro semestre de uma solução
de optimização de rotas “best of breed” decorreram de forma
satisfatória, evidenciando alguns ganhos possíveis em termos de
diminuição de quilómetros percorridos. Contudo, numa avaliação
de custo/benefício a curto prazo da aquisição da ferramenta, foi
decidido pela Administração que não seria um investimento com
prioridade neste momento.
Foram também efectuados ensaios bem-sucedidos de “download”
de rotas directamente para GPS, um projecto pioneiro e inovador
na logística e na área de serviços em que nos inserimos, o que
pode propiciar no futuro uma nova forma de treinar os motoristas a
efectuarem novos circuitos no terreno sem a necessidade de mapas
em papel.
Prossegue a iniciativa “Green IT”, substituindo servidores em fim
de vida por novos servidores em formato Blade. As melhorias,
em termos de diminuição de consumo energético, são visíveis e
constatáveis, traduzindo-se numa menor necessidade de potência
no sistema de refrigeração da sala de servidores.
A Base de Dados de Produção sofreu uma natural evolução,
nomeadamente na quantidade de informação disponível através
de reportes, propiciando cada vez mais o desenvolvimento de uma
plataforma agregadora e geradora de informação para análise
e decisão em tempo real no fundo, um sistema de “Business
Inteligence”.
08
desempenho
futuro
Acreditar no poder
de quem constrói o futuro
relatório de sustentabilidade 2009
110
08
desempenho
08.1
desempenho económico
08.1.1
engenharia e construção
mota-engil engenharia
e construção, SA
1. Enquadramento Estratégico e de Mercado
Península Ibérica
Tendo sido 2009 um ano de intensificação dos efeitos da crise
financeira internacional, o sector da construção em Portugal
continuou registar uma quebra de produção, à semelhança do que
já havia ocorrido em 2008.
Em Portugal, a actividade de Engenharia e Construção encontra-se
em crise profunda há alguns anos, com fraca procura, excesso de
capacidade instalada e esmagamento das margens praticadas.
O sector, influenciado por um enquadramento económico
profundamente desfavorável, voltou a registar durante o ano
de 2009 uma quebra na sua actividade, agravando-se mesmo a
tendência negativa que esta tem vindo a descrever ao longo dos
últimos oito anos e que se traduz na pior crise que o sector
conheceu nas últimas décadas. A generalidade dos indicadores
aponta para uma contracção do volume de produção da construção
em redor dos 9%, o que constitui o pior resultado observado no
passado recente.
Apesar de tudo, os índices de produção para as obras de
engenharia civil e edifícios públicos não-residenciais
apresentaram evoluções mais favoráveis do que os apurados
para o segmento dos edifícios privados, persistindo estes últimos
em quebras muito acentuadas de actividade. O segmento da
construção de edifícios residenciais privados em Portugal foi o
mais afectado e o que deverá ter registado o maior retrocesso em
termos de produção, dadas as características da crise económica
e financeira que se abateu sobre o mundo em 2008 e que teve
graves repercussões no nosso País. Este segmento terá assistido,
em 2009, a uma quebra de quase 38% nas superfícies licenciadas
para a construção de edifícios novos, magnitude que traduz bem a
ausência de procura de habitações novas, a qual tem conduzido a
sucessivas reduções de actividade nesta área que, por ser de
mão-de-obra intensiva, tem dado origem a um aumento do número
de desempregados. De facto, desde 2002 que a produção de
edifícios residenciais vem apresentando decréscimos, sendo
o relativo a 2009 o mais acentuado (menos 22%), de tal forma que
as quebras acumuladas rondarão os 50%.
As medidas de estímulo orçamental anunciadas pelo Governo
no final 2008, assentes no relançamento das actividades de
construção, não permitiram colmatar os efeitos da crise, em termos
gerais, no sector da construção em Portugal. Efectivamente, no que
se refere à evolução do índice de produção de edifícios públicos
não-residenciais, onde se incluem hospitais, escolas e edifícios
multifuncionais, registou-se um reforço de investimento público
muito substancial ao longo de 2009, nomeadamente
no volume de trabalhos realizados na modernização do Parque
Escolar, que terá envolvido mais de 600 milhões de euros. Durante
2009, a evolução deste segmento foi quase sempre ascendente,
tendo-se apenas invertido nos últimos meses e em Janeiro de
2010, mês em que, apesar do acréscimo muito razoável observado,
relatório de sustentabilidade 2009
111
08
desempenho
foi inferior ao registado até meados de 2009. Esta inversão da
tendência de evolução da produção de edifícios não-residenciais
públicos será temporária, uma vez que, só no mês de Janeiro,
a Parque Escolar, EPE, promoveu concursos públicos relativos
à terceira fase do programa de modernização de escolas num
montante superior a 300 milhões de euros, intervenções que
deverão ficar concluídas até ao final deste ano.
No segmento das obras de engenharia civil (obras de urbanização
e vias de comunicação), atingiram-se acréscimos muito razoáveis
no volume de produção, sobretudo no primeiro semestre, devido
aos dois actos eleitorais que se registaram até Outubro. A partir de
então, a tendência de evolução do índice de produção tem vindo
a inverter-se, sendo já negativa a variação registada no trimestre
terminado em Janeiro de 2010, face ao trimestre acabado em Janeiro
de 2009. Esta evolução não surpreende, isto por ter sido o ano de
2009 excepcional em termos de utilização do investimento público,
quer como instrumento para atenuar os efeitos da crise financeira
mundial, quer pelos actos eleitorais registados. Esta inversão
da tendência de evolução da produção de obras de engenharia
civil deverá continuar a observar-se no curto prazo, tendo em
consideração o objectivo traçado para 2010 de contenção do défice
orçamental por via da redução do investimento público (PIDDAC)
em todos os ministérios, conforme previsto no Orçamento
de Estado para 2010.
Ainda assim, o Orçamento de Estado para 2010 avança com
algumas medidas, mas de fraca repercussão no sector da
construção. Talvez a de maior impacto seja a relativa ao arranque,
em 2010, de um programa de apoio à reabilitação urbana que prevê
a concessão de apoios financeiros do Estado a obras de reabilitação
de imóveis habitacionais. O programa tem como meta multiplicar
por cinco a média anual de fogos reabilitados com apoio do Estado
e será um estímulo importante à economia e ao emprego.
O Governo anunciou, igualmente, a operacionalização dos Fundos
de Desenvolvimento Urbano, na sequência da constituição de um
Fundo de Participações de 130 milhões de euros cujo contrato de
gestão foi celebrado com o Banco Europeu de Investimento. Estes
fundos serão um instrumento essencial de financiamento das
operações de reabilitação urbana previstas no Regime Jurídico da
Reabilitação Urbana. Pretende ainda aprovar o Plano Estratégico da
Habitação, para dinamizar a reabilitação do património habitacional
degradado e o mercado de arrendamento, centrando-se a sua
execução, em 2010, em dois eixos estratégicos: (i) reabilitação do
património habitacional degradado; e (ii) desenvolvimento
do mercado de arrendamento urbano. As medidas previstas incluem
apoios aos particulares para reabilitação de fogos devolutos para
arrendamento, acções de reabilitação do parque habitacional
público e criação de mecanismos de reforço da confiança no
mercado de arrendamento, nomeadamente através da criação de
uma bolsa de habitação e da avaliação de condições para criação
de seguros de renda.
Ainda neste domínio, será desenvolvido o Projecto do Arco
Ribeirinho Sul, que constitui a mais importante iniciativa integrada
de ordenamento do território, de reconversão e requalificação
urbana e ambiental, e de desenvolvimento regional a ser realizada
em Portugal. Traduzido num amplo conjunto de investimentos,
com especial enfoque na área territorial dos municípios onde se
localizam os terrenos da Quimiparque, da Siderurgia Nacional e da
Margueira, mas que se estende a todo o território do Arco
entre Almada e Alcochete. A estratégia inerente ao Projecto assenta
na reconversão urbanística dos três territórios, através de um
processo de requalificação ambiental e de revitalização urbana,
antecipando e adaptando-se aos grandes investimentos públicos
previstos e ao seu impacto sobre o território (com particular
destaque para o novo aeroporto de Lisboa e terceira travessia
do Tejo).
relatório de sustentabilidade 2009
112
08
desempenho
No que respeita às infra-estruturas de transporte, o Orçamento de
Estado para 2010 (OE 2010) propõe, no plano rodoviário, prosseguir
com a concretização do Plano Rodoviário Nacional (PRN) e,
consequentemente, do plano de concessões, a cargo das Estradas
de Portugal. Neste sentido, e de acordo com o OE 2010, será
adjudicada a Auto-Estrada do Centro (IP3, IC2 e IC12) e prevê-se
dar início ao processo de preparação do lançamento dos concursos
para novas concessões rodoviárias: Rota Oeste, Ribatejo,
Vouga, Serra da Estrela e Tejo Internacional, relativamente às quais
cerca de 60% dos investimentos serão de requalificação
e modernização de vias rodoviárias existentes de ligação entre
capitais de distrito do interior do País sem perfil de auto-estrada.
Será também aprovado o plano anual de conservação e
beneficiação da rede existente e serão executadas as inspecções
associadas ao Sistema de Gestão de Obras de Arte.
No sector aeroportuário, o objectivo é continuar com as obras
de manutenção e expansão das estruturas existentes e iniciar o
processo de contratação, concepção, construção, financiamento e
exploração do novo aeroporto de Lisboa.
A nível ferroviário, manter-se-á a construção dos corredores e nós
estruturantes do território na rede transeuropeia de transportes,
onde se inclui uma série de empreitadas relacionadas com o TGV
(troços e estações de alta velocidade).
Apesar de tudo, é com optimismo que o Grupo encara o ano de
2010, sendo sua expectativa que venha a revelar-se como um ano
de melhoria deste ciclo depressivo no sector da construção
em Portugal.
Em 2009, o volume de negócios da área em Portugal foi superior
a 791,5 milhões de euros. A rentabilidade operacional, apesar
da evolução negativa face ao ano anterior, manteve uma
“performance” bastante positiva, originada em parte pela política
de preços praticada por alguns operadores do sector.
Tendo em conta as dificuldades sentidas no mercado interno,
aliadas ao dinamismo do processo de internacionalização da
actividade da construção, o mercado doméstico viu mais uma vez
reduzir o seu peso no total do volume de negócios da área: em 2009
o mercado português representou apenas 47% da actividade de
construção do Grupo (2008: 49%).
Europa Central
Actualmente, a área de Engenharia e Construção está presente
nos seguintes países da Europa Central: Polónia, República Checa,
Eslováquia, Hungria e Roménia.
Os efeitos da crise mundial fizeram-se sentir mais tardiamente nos
países da Europa Central, ou seja, apenas em 2009. Estes países
emergentes da Europa Central, que viram o seu produto crescer
em 2008 a taxas que variaram entre os 3% e 7% (ainda assim com
valores inferiores a 2007), e que vinham a impor alguma dinâmica
à economia europeia, assistiram, em 2009, a uma retracção dos
seus produtos internos de forma mais acentuada que a que ocorreu
nos restantes países europeus. Excepção feita à Polónia que,
ainda assim, conseguiu obter um crescimento de 1,2% em 2009.
Os restantes países viram o seu produto decrescer a taxas que
variaram entre -8% (Roménia) e -4,8% (República Checa).
A Polónia foi a única economia da Europa Central (e da União
Europeia) a não viver uma recessão em 2009. A equilibrada
estrutura macroeconómica, com uma menor dependência do
exterior comparativamente a outros países do Leste Europeu, e
uma assinalável resiliência da actividade interna, conjugada com
uma importante flexibilidade cambial, permitiram à economia
relatório de sustentabilidade 2009
113
08
desempenho
polaca registar o referido crescimento de 1,2% em 2009 (5% em
2008). O consumo e o investimento continuam a ser os principais
motores da economia, sendo que esta também beneficiou de um
sector bancário sólido, que não se revelou significativamente
exposto aos produtos financeiros “tóxicos”. Por outro lado, não se
notou qualquer sobreaquecimento no mercado da habitação ou
alavancagens excessivas do sector privado.
Em termos de futuro, prevê-se que a Polónia continue a crescer
acima da média das economias vizinhas do Leste Europeu (em
torno de 1,8% em 2010 e 3,2% em 2011), devido, essencialmente,
aos efeitos das políticas económicas expansionistas – monetária
e orçamental –, que ainda perdurarão este ano, por um lado, e à
recuperação do dinamismo das exportações e a um maior fluxo de
entrada de capital no país, num contexto de fortalecimento gradual
da economia global, por outro.
Em termos de procura interna, espera-se a continuação da robustez
do investimento privado, beneficiando dos fundos estruturais
vindos da União Europeia e da realização do campeonato europeu
de futebol em 2012 (organizado pela Polónia e pela Ucrânia), que
tem impulsionado o investimento em infra-estruturas.
Neste sentido, e apesar das dificuldades nos restantes países da
Europa Central, o Grupo continuará a apostar nesta área geográfica,
com destaque natural para a Polónia, continuando atento a
novas oportunidades de negócio que nestes países possam ser
exploráveis, nomeadamente por apresentarem oportunidades de
realização de sinergias com a actividade tradicional da construção.
Embora também num contexto de crise, a expansão da actividade
ligada ao imobiliário permanece como um dos objectivos da
MOTA-ENGIL. A lista dos países com maiores carências ao nível
habitacional é encabeçada, sem dúvida, pela Polónia, mas inclui
também a Roménia, a Hungria, a República Checa e a Eslováquia.
OGrupo já está presente em todos estes países e em todos eles tem
interesses em projectos imobiliários a decorrer.
O ano de 2009 marcou a operacionalização do projecto MOTA-ENGIL
CENTRAL EUROPE, reflectindo a transição de um modelo multipolar
(baseado em autonomias por empresa e país) para um modelo
de gestão corporativo, com uma estratégia integrada e de âmbito
transnacional, materializada na criação da empresa
MOTA-ENGIL CENTRAL EUROPE SGPS, SA. Esta empresa agora
criada concentra as participações da área de Engenharia e
Construção na Europa Central e actua em dois segmentos de
negócio distintos e societariamente separados: a construção
(actividade desenvolvida através da MOTA-ENGIL CENTRAL EUROPE
SA) e o “real estate” (a gestão passa a ser assegurada pela
MOTA-ENGIL REAL ESTATE MANAGEMENT).
Em 2009, o volume de negócios alcançado na Europa Central foi de
292 milhões de euros, quando em 2008 tinha sido de 330 milhões
de euros (redução de 11%). Em termos de EBITDA, o decréscimo do
volume de negócios não conseguiu ser compensado pelo ligeiro
aumento a que se assistiu na margem (1,6% em 2009, face a 1,5%
alcançado em 2008), razão pela qual o seu valor sofreu um ligeiro
decréscimo em 2009 (4,6 milhões euros em 2009, face a 4,9
milhões de euros em 2008). É de referir que os negócios que se
encontram actualmente em processo de redução de actividade na
Europa Central (segmento de construção na Hungria e na Roménia)
geraram, em 2009, um EBITDA negativo de 7,2 milhões de euros,
proveniente essencialmente do encerramento da actividade
operacional, bem como de custos de desmobilização e obras
em garantia.
Apesar da crise conjuntural, que se espera vir a manter durante
o ano de 2010, os mercados da Europa Central (com excepção
da Hungria e da Roménia) continuam a ser uma das fortes
relatório de sustentabilidade 2009
114
08
desempenho
apostas do Grupo, por apresentarem ainda perspectivas de
intenso crescimento. Aliás, o Grupo MOTA-ENGIL está presente
na Europa Central desde 1997, pelo que, ao longo de mais de 10
anos acumulou valiosa experiência e conhecimento de mercados
que, ao mesmo tempo que se tornam mais e mais atraentes,
também se revelam muito exigentes e competitivos. É, portanto,
com optimismo, embora moderado pela crise internacional, que o
Grupo olha para a actividade prevista para 2010 nestes mercados:
forte crescimento do volume de negócios, sempre assegurando a
melhoria sustentada das margens operacionais.
África
A área de Engenharia e Construção está presente nos seguintes
países de África: Angola, Moçambique, Malawi, São Tomé
e Príncipe e Cabo Verde.
Em África, o impacto da recessão mundial foi sentido, numa
fase inicial, junto das economias mais integradas nos mercados
financeiros internacionais (como a África do Sul) e, posteriormente,
junto dos países exportadores de petróleo (englobando Angola),
bem como economias exportadoras de bens industriais (como
Marrocos e Tunísia). No entanto, a forte recuperação dos fluxos de
comércio internacional e a estabilização das condições financeiras
na segunda metade do ano traduziram-se numa recuperação muito
visível da actividade nas principais economias africanas e numa
melhoria clara das perspectivas de crescimento para 2010 e 2011.
Os principais países de expressão portuguesa onde a MOTA-ENGIL
está presente, como Angola, Moçambique e Cabo Verde, deverão
registar em 2010 crescimentos próximos de 10%, 5% e 4%,
respectivamente. Acima de tudo, o dinamismo económico de África
esperado para 2010 deverá ser atribuído à melhoria da conjuntura
nos mercados das “commodities”, sustentada, em parte, pelos
países emergentes da Ásia.
Para além do contributo das matérias-primas, destaca-se a
manutenção de taxas de investimento elevadas, a recuperação
de fluxos de entrada de capitais do exterior e a intensificação do
esforço de investimento público em infra-estruturas, em muitos
casos num contexto de estabilidade financeira.
No caso específico de Angola, a aceleração da actividade
económica em 2010 deverá ser alicerçada num aumento das
receitas petrolíferas e num maior dinamismo dos sectores
não-energéticos (construção, serviços, agricultura, etc.),
associadas a uma recuperação dos fluxos de entrada de capitais do
exterior, bem como a uma recuperação do investimento.
Com efeito, apesar dos ritmos de crescimento económico bastante
consideráveis apresentado nos últimos anos (31,2% em 2008),
Angola não ficou imune aos efeitos da crise financeira e económica
global, que se começaram a sentir de forma mais significativa
em finais de 2008, com a forte queda no preço do petróleo nos
mercados internacionais. De facto, esta “commoditiy” atingiu
um mínimo de 28,9 USD em finais de Dezembro, face a um pico
de 145 USD registado em Julho de 2008. O petróleo é o principal
contributo para a formação do produto angolano, sendo que até
2008 representava mais de 50% do PIB, tendo o seu peso diminuído
para 40% em 2009.
Confirmou-se a acentuada desaceleração da economia angolana
ao longo de 2009, interrompendo um percurso de taxas de
crescimento do PIB de dois dígitos desde 2004. Para 2009,
estima-se que a economia tenha apresentado um crescimento
tendencialmente nulo, ainda assim superior ao inicialmente
expectável. Esta surpresa positiva pode ser justificada por uma
série de factores, entre os quais a recuperação mais acentuada do
preço do petróleo ao longo do último ano, os níveis de produção
ligeiramente acima do previsto (acima da quota definida pela OPEP)
relatório de sustentabilidade 2009
115
08
desempenho
e o desempenho relativamente favorável do sector não-petrolífero,
que nos últimos anos tem vindo paulatinamente a afirmar-se em
resultado do esforço de diversificação da economia.
Para 2010, espera-se que a economia angolana retome taxas de
crescimento mais expressivas, em torno dos 7%. Esta trajectória
reflectirá a esperada recuperação do preço do petróleo no mercado
internacional, possivelmente para patamares, em termos médios,
acima dos 65 USD/barril, apesar de não se perspectivarem
melhorias assinaláveis em termos de volume produzido (não só
por constrangimentos da OPEP, mas também porque Angola já se
encontra a produzir perto do seu potencial máximo).
Também o sector não-petrolífero deverá intensificar o seu
dinamismo em 2010, particularmente num ano marcado por um
clima mais favorável ao investimento por parte dos investidores
privados nacionais e internacionais. O acordo recentemente
alcançado com o FMI, com a atribuição de um empréstimo de
1,4 mil milhões de USD, constitui um importante instrumento de
reequilíbrio das contas externas e é também uma importante fonte
de financiamento para investimentos necessários no sector
não-petrolífero, permitindo promover a redução da dependência do
país em relação ao petróleo e torná-lo menos vulnerável a choques
internacionais. Em termos de política monetária para 2010, prevê-se
que o Banco Nacional de Angola mantenha as linhas orientadoras
dos últimos anos, nomeadamente no que diz respeito à estabilidade
dos preços. Prevê-se que a inflação se situe em torno dos 13%
(2009: 12%), mas considerando o recente padrão de evolução dos
preços em Angola, a aceleração dos agregados monetários e a
desvalorização da moeda, esse patamar parece difícil de alcançar.
O Grupo MOTA-ENGIL está presente em Angola desde a sua
constituição e assume este como um dos seus naturais mercados
de actuação. É certo que a evolução económica do país traz
consigo alterações de mercado e novos concorrentes, mas o Grupo,
beneficiando da sua posição histórica e dotado de excelentes
recursos, tem-se mostrado capaz de não só se adaptar a essas
evoluções como sobretudo retirar delas vantagens.
A sucursal angolana da MOTA-ENGIL ENGENHARIA está
equipada com meios técnicos modernos e meios humanos
reconhecidamente competentes e vê na estabilidade das
instituições públicas e na modernização do aparelho de Estado
angolano oportunidades para continuar a desenvolver a sua
actividade de forma profissional e eficiente. Deve-se destacar
as boas relações que o Grupo mantém e promove com o sector
público angolano, quer como adjudicatário, quer como parceiro
em associadas locais. Em 2009, foi assinado um memorando de
entendimento com um consórcio angolano liderado pela Sonangol
para a constituição da MOTA-ENGIL ANGOLA, a ser detida em
51% pela MOTA-ENGIL ENGENHARIA e que receberá os activos da
sucursal e as participações que esta detém no mercado angolano.
Durante o ano de 2009, deve-se destacar também a adjudicação,
ao consórcio em que a MOTA-ENGIL participa em 50%, da obra de
requalificação da Baía de Luanda, com um preço previsto de 130
milhões de USD.
Apesar da crise mundial, o arranque do ano de 2010 no mercado
angolano é encarado com algum optimismo e a expectativa
do Grupo é conseguir ainda um maior crescimento naquele
país, sustentado numa carteira de encomendas robusta (que
actualmente atinge o valor de 426 milhões de euros) e em
consolidação.
Por outro lado, a MOTA-ENGIL pretende diversificar os negócios em
Angola e, para isso, está a analisar projectos nas áreas de energia,
ambiente e logística. Adicionalmente, está ainda a desenvolver
duas actividades industriais no âmbito do negócio da construção,
relatório de sustentabilidade 2009
116
08
desempenho
a NOVICER, dedicada à cerâmica, e a FATRA, dedicada à trefilaria.
A actividade de Engenharia e Construção em Angola registou um
ano excelente em 2009, com 421 milhões de euros de volume
de negócios, e um crescimento de 40% face ao ano transacto
(2008: 301 milhões de euros.) Também ao nível da rentabilidade
operacional, o ano de 2009 foi muito positivo, com a margem
EBITDA a situar-se nos 14,4%.
Nos outros mercados de África onde o Grupo MOTA-ENGIL marca
presença, 2009 foi também bastante positivo, destacando-se o
Malawi, onde o Grupo reforçou a sua presença, nomeadamente
na área de construção e manutenção de estradas, apresentando
actualmente uma carteira de mais de 180 milhões de euros.
Este feito apenas foi possível devido ao reconhecido prestígio
construído por via do posicionamento no mercado, pautado pela
correcção e competência na execução.
Em Moçambique, o consórcio liderado pela MOTA-ENGIL concluiu
em 2009, a maior obra de engenharia da história de Moçambique do
pós-independência, a ponte sobre o rio Zambeze. As perspectivas
para o futuro são animadoras relativamente a este mercado, sendo
que a MOTA-ENGIL espera investir, em 2010, duas vezes mais
comparativamente a 2009 e consolidar o seu peso no país. Ainda
em 2009, foi celebrado o contrato de concessão para projecto,
construção, financiamento, operação e manutenção periódica e de
rotina da Nova Ponte, que engloba construção da nova ponte de
Tete e a recuperação e exploração durante 30 anos de toda a rede
principal rodoviária que liga Moçambique à Zâmbia, ao Malawi e ao
Zimbabwe. O valor de construção da nova ponte ascende a cerca
de 100 milhões de USD. A MOTA-ENGIL apresenta actualmente uma
carteira de cerca de 100 milhões de euros neste país e encontra-se bem
posicionada para ganhar o concurso de construção da empreitada
da ponte entre Maputo e Catembe, na margem sul da cidade, uma
obra avaliada em 200 milhões de euros.
Apesar do abrandamento em 2009 (crescimento de 7,5%),
Moçambique tem apresentado taxas de crescimento bastante
interessantes, tendo o PIB aumentado, em média, 7,5% no período
2004-2008. O FMI espera uma recuperação gradual do crescimento
nos próximos anos até atingir o crescimento potencial de 6,5%.
A actividade em São Tomé e Príncipe e em Cabo Verde, embora
limitada pela dimensão dos respectivos mercados, demonstra a
capacidade do Grupo para aproveitar as oportunidades surgidas
nos países de língua oficial portuguesa.
O segmento de negócio de África registou, em 2009, um
crescimento do volume de negócios de 38% para os 515 milhões
de euros (2008: 372 milhões de euros). Ao nível da rentabilidade
operacional o desempenho foi também positivo, com o EBITDA a
situar-se nos 75 milhões de euros, comparando com os 51 milhões
de euros obtidos em 2008.
América
A área de Engenharia e Construção está presente nos seguintes
países da América: EUA, México, Peru e Venezuela.
No Peru, a Mota-Engil continua a marcar presença sobretudo na
actividade de movimentação de terras. O ano de 2009 foi mais um
bom ano para a actividade neste país, sendo que a estabilidade
do mercado permitiu continuar a desenvolver a estratégia de
crescimento e valorização da associada local. É neste sentido
que a organização continua a dar passos para a diversificação da
actividade, com a entrada no mercado da promoção imobiliária.
No México, continua a construção da auto-estrada “Perote-Banderilla
y Libramiento de Xalapa”, representando um investimento na área
da construção de cerca de 179 milhões de euros.
relatório de sustentabilidade 2009
117
08
desempenho
O segmento de negócio da América registou, em 2009, uma redução
do volume de negócios de 13% para os 42 milhões de euros (2008:
49 milhões de euros). Ao nível da rentabilidade operacional, o
desempenho foi também negativo, com o EBITDA a situar-se em
1,1 milhões de euros, em comparação com os 4 milhões de euros
obtidos em 2008.
No quadro seguinte, encontram-se reflectidos os fluxos de capital
entre a Mota-Engil Engenharia e os seus “stakeholders”:
Valor Económico Gerado e Distribuído
indicador
2009
(euros)
2008
Valor económico directo gerado
1.330.331.191
1.106.867.674
Receitas
1.330.331.191
1.106.867.674
Valor económico distribuído
1.282.676.669
1.053.089.072
Custos operacionais
1.097.950.352
866.430.859
Salários e benefícios de empregados
142.095.961
136.815.992
Pagamento a fornecedores de capital
30.032.573
38.362.317
Pagamentos ao Estado
12.199.374
11.371.704
398.409
108.200
47.654.522
53.778.602
Investimentos na comunidade
Valor económico acumulado
O valor económico directo gerado teve um crescimento de
20% em 2009, mas em contrapartida, o valor económico
acumulado diminuiu cerca de 11%. Para esta situação contribuiu
essencialmente o crescimento dos custos operacionais, que levou a
um aumento do peso desta rubrica, sobre o valor económico directo
gerado, de 78% (em 2008) para 83% (em 2009).
Registe-se o crescimento da rubrica investimentos na comunidade,
que quase quadruplicou em 2009.
Não se registaram, em 2009, implicações financeiras nem outros
riscos ou oportunidades resultantes de mudanças climáticas para
as actividades desenvolvidas pela organização.
2. SUBSÍDIOS AUFERIDOS E PLANOS DE PENSÕES
Em 2009, a Mota-Engil Engenharia recebeu, como subsídios à sua
actividade, € 594.943,00 provenientes do Estado ou de outras
entidades públicas nacionais ou estrangeiras.
Foram ainda recebidos do Estado subsídios no valor de
€ 24.497,10 relativos à contratação de trabalhadores em regime
de primeiro emprego.
Para além das contribuições obrigatórias para o regime geral da
Segurança Social, cuja base contributiva incide sobre a massa
salarial, não existe, na Mota-Engil Engenharia, qualquer plano
de pensões de contribuição definida.
3. PRESENÇA NO MERCADO
Relativamente a este aspecto, que constitui matéria a ser abordada
de acordo com as directrizes de relato adoptadas (GRI 3.0), passa
a dar-se conta da política da Mota-Engil Engenharia em relação às
questões adiante enunciadas.
Política salarial
Os padrões remuneratórios praticados pela Mota-Engil Engenharia
correspondem, em traços gerais, à política global do Grupo sobre a
matéria e são estabelecidos tendo em conta a categoria profissional
e a avaliação das funções dos seus colaboradores, a inserção nas
linhas e respectivos planos de carreira, e o desempenho obtido,
premiando os comportamentos de mérito através de uma adequada
política de remuneração variável.
relatório de sustentabilidade 2009
118
08
desempenho
No plano laboral, a Mota-Engil Engenharia rege-se pela observância
do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) para a Construção Civil e
Obras Públicas, instrumento que rege supletivamente as condições
de trabalho da empresa para além dos dispositivos de natureza
imperativa vertidos na lei geral.
No plano remuneratório e relativamente à fixação por via legal
do Ordenado Mínimo Nacional (OMN), os valores praticados pela
Mota-Engil Engenharia situam-se acima desse nível.
Fornecedores locais
A complexidade dos projectos e obras em que a Mota-Engil
Engenharia se encontra envolvida não permite a adopção sistemática
de uma política de selecção de fornecedores que atente à sua
proximidade numa lógica de favorecimento das comunidades locais.
Ainda assim, e apesar de não se encontrar formalizada uma
política de preferência aos fornecedores locais, sempre que inicia
um processo de procura no mercado, a Mota-Engil Engenharia
procura garantir que estes são consultados e incluídos no processo
de selecção, efectuado segundo critérios técnicos e financeiros
previamente definidos.
Estes critérios incluem as variáveis qualidade/preço, prazo de
execução ou entrega e apresentação de propostas variantes que
cumpram ou melhorem os dois pontos anteriores.
Em igualdade de condições, são utilizados os critérios de melhor
cotação na fase de concurso e melhor avaliação interna.
Os fornecedores são sujeitos a um processo de qualificação onde
são analisados tendo em conta a sua idoneidade, existência dos
alvarás adequados, capacidade técnica e económico-financeira,
e garantia de qualidade.
As regras e condições gerais de fornecimento a cumprir pelos
fornecedores e contratados da Mota-Engil Engenharia estão
devidamente formalizadas.
Os subcontratados que operem com a Mota-Engil Engenharia
são, por outro lado, integrados no sistema de gestão, sendo-lhes
previamente comunicadas as regras ambientais e de segurança a
cumprir na execução dos contratos.
Trabalhadores locais
O carácter especializado de uma grande parte das actividades da
Mota-Engil Engenharia, aliado aos constrangimentos próprios do
funcionamento do mercado de trabalho, não permite o recurso
sistemático à contratação local.
Além dos impactos sociais favoráveis para as comunidades locais
que daí decorreriam, tal traduziria ainda a obtenção de evidentes
ganhos no custo dos recursos envolvidos.
Todavia e tendo a Mota-Engil Engenharia uma actividade marcada
pela dispersão e pelo carácter temporário das obras e projectos
em que está envolvida, procura-se sempre que possível, dar
preferência à contratação local, designadamente nos sectores que
requeiram menor grau de especialização.
Quadros dirigentes
A proveniência local na contratação de quadros dirigentes e
membros da Alta Direcção não é tida em conta, atenta a diversidade
e a complexidade da actividade da Mota-Engil Engenharia,
prevalecendo outros critérios que atendem a perfil de qualificações,
experiência e conhecimento do negócio dos profissionais a
contratar.
relatório de sustentabilidade 2009
119
08
desempenho
08.1.2
ambiente e serviços
suma, serviços urbanos
E MEIO AMBIENTE, SA
1. Análise da Actividade
A actividade da área de Ambiente e Serviços registou uma excelente
“performance” em 2009 em termos de volume de negócios,
apesar de influenciado positivamente pela alteração do método
de consolidação do Grupo INDAQUA (em 2008 consolidado pelo
método de integração proporcional e que, após a aquisição no final
de 2008 de 7,2% do capital social da INDAQUA – Indústria e Gestão
de Águas, SA, que permitiu obter o controlo daquele Grupo, passou
a ser consolidado pelo método de integração global).
A actividade cresceu cerca de 17%, tendo o volume de negócios
ascendido a 333 milhões de euros (2008: 286 milhões de euros).
Ao nível da rentabilidade operacional, o desempenho desta área de
negócio não foi tão positivo. O EBITDA manteve-se em 66 milhões
de euros, mas a margem EBITDA diminuiu de 23%, em 2008, para
20%, em 2009.
2. Enquadramento do Sector dos Resíduos
O segmento de negócio dos resíduos inclui as empresas de recolha
e tratamento de resíduos sólidos urbanos e de óleos usados,
concentradas na SUMA. Em 2009, a actividade de resíduos atingiu
um crescimento de 11%, tendo o seu volume de negócios passado
de 101,4 milhões de euros, em 2008, para os 112,1 milhões de euros,
em 2009. Em termos de EBITDA, assistiu-se a uma deterioração
das margens (23,2% em 2009, face a 27,2% em 2008), razão pela
qual, apesar do aumento do volume de negócios, o EBITDA diminuiu
cerca de 6% em relação ao ano passado, tendo atingido em 2009
o montante de 26,0 milhões de euros. A SUMA, com uma quota
de cerca de 49% do mercado privatizado, serve actualmente 50
concelhos e uma população superior a 2,1 milhões de habitantes na
área de recolha de resíduos sólidos urbanos e limpeza urbana.
No que concerne à gestão e tratamento de resíduos, a SUMA está
presente em 43 concelhos, servindo uma população de 1,3 milhões
de habitantes. Dada a quota de mercado alcançada, existe a
consciência que só se conseguirá continuar a crescer a este ritmo
neste mercado, maioritariamente operado por entidades públicas,
se o ritmo de privatizações acelerar. Assim, estando conscientes
desta limitação em termos nacionais, a opção de crescimento
passará também inevitavelmente pela internacionalização do
negócio, tendo o Grupo já definido como mercados estratégicos
Angola, Europa Central e Brasil, nos quais já se encontra presente
através de outras áreas de negócio. É de referir que, em Angola,
através da sua participada VISTA WASTE foram já adjudicados
alguns contratos e as perspectivas são animadoras. A operação
já existente na Polónia continua sem ter o desenvolvimento que
se desejava, porém o Grupo mantém-se atento a oportunidades
de crescimento por aquisição. Em 2010, o Grupo espera concluir a
aquisição de uma empresa no segmento dos resíduos no Brasil.
Apesar da conjuntura actual, é nossa convicção que o ano 2010
permitirá manter o crescimento do segmento, embora com menor
ritmo e forte pressão nas margens operacionais.
relatório de sustentabilidade 2009
120
08
desempenho
No quadro seguinte encontram-se reflectidos os fluxos de capital
entre a organização e os seus “stakeholders”:
Valor Económico Gerado e Distribuído
indicador
2009
(euros)
2008
Valor económico directo gerado
103.382.137
85.233.588
Receitas
103.382.137
85.233.588
Valor económico distribuído
90.770.237
73.899.237
Custos operacionais
40.697.491
32.270.128
Salários e benefícios de empregados
34.786.051
29.698.967
Pagamento a fornecedores de capital
9.764.223
7.007.339
Pagamentos ao Estado
4.898.630
4.773.319
623.842
149.484
12.611.900
11.334.35
Investimentos na comunidade
Valor económico acumulado
forma geral, a política global do Grupo e são estabelecidos tendo
em conta a categoria profissional e a avaliação das funções dos
seus colaboradores, a inserção nas linhas e respectivos planos de
carreira, e o desempenho obtido, premiando os comportamentos de
mérito através de uma adequada política de remuneração variável.
3. Subsídios Auferidos e Planos de Pensões
Durante o ano de 2009, a SUMA recebeu € 53.742,00 como
subsídios à sua actividade provenientes do Estado e outras
entidades públicas. Auferiu ainda benefícios fiscais no montante de
€ 488.962,00 respeitantes à criação de emprego para jovens.
Para além das contribuições obrigatórias para o regime geral da
Segurança Social, cuja base contributiva incide sobre a massa
salarial, não existe na SUMA qualquer plano de pensões de
contribuição definida.
4. Presença no Mercado
Política salarial
Os padrões remuneratórios praticados pela SUMA seguem, de
Face à inexistência de qualquer instrumento de regulamentação
colectiva do trabalho que abranja a actividade da SUMA, no seu
conjunto, as relações de trabalho na empresa são reguladas
observando a lei geral.
No plano remuneratório e relativamente à fixação por via legal
do Ordenado Mínimo Nacional (OMN), os valores praticados pela
SUMA situam-se acima desse nível.
Fornecedores locais
Os fornecedores da SUMA estão agrupados em dois grandes
segmentos: principais e secundários.
São considerados fornecedores principais aqueles cujo
desempenho influencia directamente os serviços prestados pela
SUMA, nomeadamente no que diz respeito à qualidade do serviço e
às condições ambientais e de segurança em que este é realizado.
Aos fornecedores secundários estão associadas aquisições e
fornecimentos específicos, de acordo com a área geográfica em que
se encontra implantado cada Centro de Serviço, sendo normal e
preferencialmente fornecedores locais.
A qualificação e avaliação de fornecedores é realizada de acordo
com procedimento documentado e que integra a rede de processos
do sistema de gestão da SUMA, destinando-se a todos os
fornecedores principais.
relatório de sustentabilidade 2009
08
desempenho
O procedimento de compras a fornecedores locais está definido
no Procedimento Compras, onde se refere que “o requerente
tem autonomia para efectuar uma compra localmente, sempre
que pretenda adquirir material descentralizado”, sendo a
lista de material centralizado/descentralizado e respectivos
fornecedores actualizada periodicamente com base na avaliação
dos fornecedores já qualificados e na qualificação de novos
fornecedores.
A compra descentralizada, tal como a centralizada, terá em
consideração aspectos como especificações do bem ou serviço,
condições de fornecimento e de pagamento compatíveis, risco
para os trabalhadores e terceiros na utilização do bem ou serviço,
impacto ambiental dos bens ou serviços a fornecer e análise do
histórico do fornecedor visado.
Trabalhadores locais
A SUMA procura, sempre que possível, proceder ao recrutamento
de trabalhadores locais, em particular para o exercício de funções
que requerem menor grau de especialização técnica.
A exemplo do que acontece com a Mota-Engil Engenharia, o
carácter especializado das actividades da SUMA, aliado aos
constrangimentos próprios do funcionamento do mercado de
trabalho, não permite o recurso sistemático à contratação local.
Quadros dirigentes
A proveniência local na contratação de quadros dirigentes e
membros da Alta Direcção não é tida em conta, tal como sucede
com a Mota-Engil Engenharia, prevalecendo outros critérios que
atendem a perfil de qualificações, experiência e conhecimento do
negócio dos profissionais a contratar.
121
relatório de sustentabilidade 2009
122
08
desempenho
08.2
desempenho ambiental
08.2.1
engenharia e construção
mota-engil engenharia
e construção, SA
1. gestão ambiental
A Mota-Engil Engenharia manteve em 2009 os princípios gerais de
Gestão Ambiental estabelecidos para o ano de 2008:
• Garantir o cumprimento dos requisitos legais e contratuais
aplicáveis;
• Reduzir os impactos ambientais decorrentes das actividades
das áreas de negócio, pela implementação dos procedimentos e
normas ambientais adequados, nomeadamente aqueles relativos
à gestão de resíduos, águas residuais e produtos perigosos; ao
controlo de emissões atmosféricas e ruído; à racionalização das
áreas a ocupar; e ao consumo de matérias-primas;
• Implementar em todos os centros de custo o sistema de
gestão ambiental e definir um documento orientador que,
desenvolvendo as metodologias de planeamento, implementação,
acompanhamento, verificação e monitorização a adoptar, dê
completo cumprimento aos requisitos legais e à norma EN NP
14001, incluindo os definidos na sua política ambiental;
• Garantir que os factores fundamentais de protecção ambiental e
as melhores práticas de gestão ambiental sejam considerados em
todas as fases das actividades das áreas de negócio;
• Sensibilizar todos os colaboradores internos e subempreiteiros
para a responsabilidade da preservação e protecção do meio
ambiente, assegurando a formação e educação adequadas a cada
função;
• E stabelecer os programas de monitorização e controlo adequados
para a verificação dos parâmetros de qualidade fundamentais, de
modo a permitir uma avaliação contínua da implementação e da
eficácia dos procedimentos;
• Avaliar periodicamente a eficácia do PGA implementado, a fim
de o corrigir ou melhorar, com vista à melhoria contínua do
desempenho ambiental.
Para além dos princípios enunciados, foram acrescentados outros
três considerados relevantes para 2009:
• Optimizar o processo de gestão de resíduos de construção e
demolição (RCD) em obra;
• Optimizar a gestão de informação sobre indicadores de
desempenho operacional;
• Contribuir para a criação de uma cultura organizacional de
respeito pelo ambiente.
Para a concretização destes princípios, a Mota-Engil Engenharia
possui, desde Maio de 2005, um sistema de gestão ambiental
implementado e certificado no âmbito da norma NP EN ISO
14001, estando o mesmo integrado no seu sistema de gestão por
processos, o que permite dar resposta aos vários requisitos
da norma.
relatório de sustentabilidade 2009
123
08
desempenho
Reconhecendo a dimensão e a influência da sua actividade
em matéria ambiental, a Mota-Engil Engenharia assume um
compromisso de actuação responsável, buscando, de forma
permanente, a minimização dos impactos ambientais, directos e
indirectos, da sua actividade.
Esta preocupação encontra-se interiorizada e embebida nos
processos de gestão da Mota-Engil Engenharia, através da
implementação de procedimentos específicos para os vários
descritores ambientais, cumprimento de requisitos legais,
avaliação regular do desempenho ambiental e promoção, junto
dos trabalhadores e entidades subcontratadas, dos valores e
procedimentos ambientais.
de forma a serem objecto de controlo através de programas
de monitorização e medição, aplicação de procedimentos de
controlo operacional, definição de medidas a cumprir pelas
entidades subcontratadas, estabelecimento de acções correctivas
e preventivas, medidas de formação e sensibilização ambiental
dos trabalhadores, e informação junto das populações sobre os
impactos decorrentes da obra.
A formação e a sensibilização dos trabalhadores constitui um aspecto
central do plano de gestão ambiental, através de um conjunto de
acções de divulgação dos aspectos essenciais do sistema de gestão
ambiental, procedimentos ambientais a executar e informação sobre
temas ambientais relevantes, acções estas extensivas às entidades
subcontratadas e respectivos trabalhadores.
2. ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
2.1. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
O sistema de gestão ambiental em vigor na Mota-Engil Engenharia
é suportado numa modelação por processos, traduzida num
repositório de conhecimento funcional e organizacional orientado
para os seus vários negócios.
Tal permite uma abordagem integrada e sistematizada da gestão,
a partir da qual é fixado o cumprimento de objectivos e dos
referenciais normativos de certificação, bem como a inovação e a
melhoria do desempenho.
Para cada actividade, são identificados os aspectos ambientais
associados, obedecendo o processo de identificação a uma
metodologia descrita num procedimento específico aplicável a
todas as actividades desenvolvidas pela Organização.
Os aspectos ambientais considerados significativos são
posteriormente integrados num plano de gestão ambiental,
Neste âmbito, são ainda efectuadas acções de “direct mailing”
(em 2009 foram divulgadas 10 acções e um “Caderno Ambiente”),
dirigidas a todos os colaboradores da Mota-Engil Engenharia,
alusivas à comemoração do Dia Mundial da Água, do Dia Mundial da
Árvore, do Dia Internacional da Terra e de outras datas evocativas.
Os níveis de responsabilidade, a definição de funções e
as interdependências em que estão envolvidos todos os
colaboradores, no âmbito do sistema de gestão ambiental, estão
definidos na modelação do sistema, recaindo sobre o membro do
Conselho de Administração da Mota-Engil Engenharia e Construção
com o pelouro ambiental a responsabilidade máxima pela
política ambiental.
Aos responsáveis das áreas e Direcções de Obra compete a missão
de desenvolverem as suas actividades em conformidade com o
que está previsto no sistema, tendo ainda a incumbência da sua
actualização em função das práticas efectivamente implementadas,
na perspectiva da sua melhoria contínua.
relatório de sustentabilidade 2009
124
08
desempenho
Nas ausências ou impedimentos destes responsáveis, é assegurada
a sua substituição temporária através da identificação explícita de
um substituto no exercício dessas funções.
Em relação ao negócio de construção, infra-estruturas e
engenharia, segmento principal de actividade, alguns dos projectos
são objecto de avaliação de impacto ambiental, sendo ainda
relevantes os princípios e exigências ambientais a respeitar em
cada empreitada tal como definidos pelo respectivo dono de obra.
2.2. ESTALEIROS
Na componente da gestão ambiental em estaleiros, existem procedimentos específicos para a gestão de resíduos e efluentes e controlo
de ruído, estando os referidos estaleiros e as diferentes frentes de
obra equipados com os materiais e meios necessários a dar resposta
a quaisquer incidentes/acidentes ambientais, nomeadamente quando
haja lugar a derrames acidentais de substâncias poluentes. As áreas
afectas a oficinas, parque de máquinas e armazenamento de produtos
químicos são impermeabilizadas, possuindo uma drenagem eficaz.
2.3. RESÍDUOS
No sector de actividade da Mota-Engil Engenharia, é particularmente
relevante a gestão de resíduos. Em todas as instalações e obras
da empresa são implementados planos de gestão de resíduos
em que se definem linhas de actuação para as operações de
recolha selectiva, armazenamento temporário, acondicionamento,
transporte e encaminhamento para destino final adequado.
2.4. AUDITORIAS INTERNAS
O sistema de gestão ambiental comporta ainda a condução de
auditorias internas com o objectivo de avaliar a conformidade com o
referido sistema. O seu planeamento é realizado semestralmente e
as equipas de auditoria são independentes das áreas auditadas, de
forma a garantir a sua imparcialidade e independência.
Em 2009, de modo a promover a melhoria contínua no desempenho
ambiental dos processos da Mota Engil Engenharia, contribuindo
assim para a redução dos impactes ambientais decorrentes das
diversas actividades da Empresa, desenvolveram-se dois novos
indicadores de desempenho ambiental (cujos níveis de avaliação
variam entre 1 e 5) concretamente:
• Índice de Conformidade em Auditoria (ICA) – evidencia
a conformidade com os requisitos normativos, pelo que,
indirectamente, demonstra o grau de implementação do sistema
de gestão ambiental;
• Índice de Conformidade Legal (ICL) – evidencia a conformidade
com os requisitos legais e outros aplicáveis às actividades
desenvolvidas.
Estes indicadores são apresentados semestralmente e por
processo.
Ainda em 2009, o sistema de gestão ambiental foi alargado às áreas
de negócio de rochas ornamentais e imobiliária.
3. SISTEMA DE INDICADORES
A área funcional de ambiente, devido ao tempo dispensado para o
tratamento dos indicadores da Empresa, sentiu a necessidade de
encontrar uma ferramenta que permitisse a recolha e o tratamento
de dados de uma forma mais célere e fiável e no menor tempo
útil possível.
A solução adoptada para a optimização da gestão de informação
sobre indicadores de desempenho ambiental da Mota-Engil Engenharia foi a criação de uma transacção em SAP (ZGIA - Gestão de
Indicadores de Ambiente), o que permitiu: a recolha dos indicadores em tempo útil, nos próprios locais de trabalho (centros de
relatório de sustentabilidade 2009
125
08
desempenho
custo) e o tratamento imediato da informação; maior fiabilidade; a
visualização e/ou tratamento dos dados por uma infinidade de filtros,
tantas quantas as possibilidades de selecção de dados e campos
existentes na aplicação; a visualização e/ou tratamento dos dados
por intervalos de tempo estabelecidos pelo operador; a compilação
dos resíduos produzidos pela empresa para posterior exposição dos
mesmos perante a Agência Portuguesa do Ambiente, etc. Esta
ferramenta ficou concluída no final do ano de 2009, tendo sido
realizadas acções de formação e divulgado o Manual de Utilização.
Para o cálculo dos indicadores, no âmbito da Directriz do Relatório GRI,
foram agregados os resultados dos centros de custo de cada área de
negócio, bem como, os resultados da Mota-Engil Engenharia.
O consumo de materiais é fornecido pela área dos
aprovisionamentos. Os consumos de electricidade e água, regra
geral, são agregados de acordo com as facturas emitidas pelos
respectivos fornecedores. Nos casos de captações de água são
instalados contadores. A quantificação dos resíduos por centro
de custo é feita através da recepção da cópia da GAR e/ou do
certificado de recepção de RCD.
Convém ainda referir que a análise dos indicadores de ambiente
da Mota-Engil Engenharia tem sempre a particularidade de variar
consoante a natureza das actividades exercidas, o tipo de obra, o
número de colaboradores afectos e o equipamento existente.
Factores de conversão:
• Gasóleo 43,31 Gj/ton – Fonte: Instituto do Ambiente
• Electricidade 0,0036 Gj/kwh – Fonte: EDP
Factores de Emissão de CO2:
· Gasóleo 74,1 kg/Gj – Fonte: Instituto do Ambiente
· Electricidade 470 g/kwh líquido – Fonte: EDP
I. Materiais
No decurso da actividade da Mota-Engil Engenharia, os maiores
consumos de materiais referem-se a trabalhos de execução de
obras e extracção de minerais.
Na tabela que se segue, são apresentados os principais materiais
consumidos em 2009 e respectivas quantidades.
Materiais Consumidos
(ton)
designaçãoTotal
Acumuladores (baterias)
16
Aço
14.783
Adjuvante
525
Agregados (areias, britas, inertes, etc)
1.817.631
Azulejos
499
Betão
842.342
Cimento
100.198
Ferro
77
Geotêxtil
180
Lâmpadas fluorescentes
0,22
Nos quadros que se seguem, são apresentados os indicadores
referentes a cada descritor ambiental, cujo cálculo foi efectuado
utilizando as seguintes densidades e factores de conversão e
emissão:
Madeira
2.981
Tintas
3
Densidades típicas:
• Gasóleo 890 kg/m3
Tinteiros
0,3
Massas de lubrificação
16
Óleos
249
Papel
22
Toners
2,6
Tubos de PVC
268
relatório de sustentabilidade 2009
126
08
desempenho
Registe-se que, confrontando o nível de consumo em toneladas dos
quatro principais materiais (aço, agregados, betão, cimento) entre
2008 e 2009, é possível observar uma queda no consumo de cerca
de 30%.
gasóleo a principal forma de energia consumida, associada ao
funcionamento de máquinas, equipamentos e outros veículos.
Os quadros e gráficos que se seguem permitem-nos analisar o
consumo de energia directa segmentado por fonte primária.
II. Energia
Este é um recurso essencial à actividade da Mota-Engil Engenharia
— seja para o transporte ou para o sector produtivo — sendo o
Consumo de Energia Directa, Segmentado por Fonte Primária
áreas de negócio
agregados
Consumo de Gasóleo
3.600.753
construção
infra-estruturas
engenharia
betões
209.087
3.492.302
fundações e
Geotecnia
739.276
estaleiro
do porto laboratório
alto
Electromecânica
central
78.451
1.194.870
(litros)
rochas
ornamentais total
32.575
19.287
9.366.601
Consumo de Energia Directa por Actividade
39% agregados
37% Construção,
infra-estruturas
e engenharia
13% estaleiro
do porto alto
8% fundações
e geotécnia
2% betões
1% electromecânica
relatório de sustentabilidade 2009
127
08
desempenho
As áreas de negócio que registaram um maior consumo deste
recurso durante 2009 foram a dos agregados e de construção,
infra-estruturas e engenharia, representando respectivamente 39%
e 37% do consumo total.
No entanto, convém salientar que, apesar do seu peso no consumo
total deste recurso, comparativamente a 2008, registou-se uma
diminuição significativa no consumo destas áreas, bem como nas
restantes, à excepção do Laboratório Central.
Evolução do Consumo de Energia Directa
por Fonte Primária Consumo de Gasóleo (Gj)
(Gj/ano)
2007
2008
2009
428.186,0
511.170,0
334.655,0
Evolução do Consumo de Energia Directa (Gj/ano)
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0
2007
2008
2009
Analisando o consumo de gasóleo da Mota-Engil Engenharia ao longo
dos últimos três anos, verifica-se que, após uma subida em 2008,
o consumo deste recurso volta a diminuir em 2009 para um nível
inferior ao verificado em 2007. Esta diminuição representa cerca de
35% face a 2008.
Relativizando o consumo de gasóleo face ao volume de actividade,
constata-se que o consumo de gasóleo em Gj por milhão de euros
vendido diminuiu em 43% — passando de 349 Gj por milhão de
euros, em 2008, para 198, em 2009.
relatório de sustentabilidade 2009
128
08
desempenho
O consumo de electricidade, aqui considerada como componente do
consumo total de energia indirecta, pode ser analisado nos gráficos
abaixo:
Consumo de Energia Indirecta, Segmentado por Fonte Primária
áreas de negócio
agregados
betões
Consumo
de Energia Eléctrica 10.742.866
217.995
construção
infra-estruturas
engenharia
fundações e
Geotecnia
estaleiro
do porto
alto
23.488
617.129
2.583.196
Consumo de Energia Indirecta por Actividade
69% agregados
17% Construção,
infra-estruturas
e engenharia
7% edifícios
4% estaleiro
laboratório
central
25.130
(Kwh)
rochas
ornamentais
Edifícios
total
282.148
1.032.976
15.524.928
de 11%, encontra explicação no aumento do recurso à bombagem
para a captação de água para a rega de caminhos.
Evolução do Consumo de Energia Indirecta
por Fonte Primária Consumo de Energia Eléctrica (Gj)
(Gj/ano)
2007
2008
2009
52.836,0
53.802,0
55.890,0
do porto alto
2% rochas
ornamentais
Evolução do Consumo de Energia Indirecta (Gj/ano)
1% betões
60.000
50.000
Em termos de consumo de electricidade, a área de negócio dos Agregados destaca-se, já que absorve 69% do consumo de electricidade.
A área de construção,infra-estruturas e engenharia aparece como
segundo consumidor de electricidade, em termos de peso, absorvendo cerca 17% do consumo total. Saliente-se que, apesar do seu peso
no consumo total de electricidade, a área da construção registou uma
diminuição significativa (cerca de 40%) face a 2008. O aumento do
consumo de electricidade na área de negócio de agregados, em cerca
40.000
30.000
20.000
10.000
0
2007
2008
2009
relatório de sustentabilidade 2009
129
08
desempenho
Verifica-se que o consumo de electricidade na Mota-Engil Engenharia
se tem mantido praticamente constante ao longo dos últimos três
anos, registando-se um ligeiro aumento (4%) em 2009.
Relativizando este consumo de electricidade face ao volume de
actividade, constata-se que o consumo de electricidade em Gj por
milhão de euros vendido diminuiu em 10% — passando de 37 Gj
consumidos por milhão de euros, em 2008, para 33, em 2009.
São várias as áreas de negócio da Mota-Engil Engenharia que
apostam na implementação de medidas com vista à optimização do
consumo de energia, destacando-se o Projecto Sustentabilidade EPA
(Estaleiro do Porto Alto), que visa a adopção de energias alternativas
no estaleiro, através da instalação de painéis solares térmicos e/ou
solares fotovoltaicos em edifícios de alvenaria e nas naves industriais
de estrutura e revestimento metálico que compõem o estaleiro. Está
também em estudo um projecto de instalação de painéis solares no
edifício do Laboratório Central, com o objectivo de microprodução de
electricidade através da instalação de um sistema solar fotovoltaico.
A par deste projecto, foram caracterizados procedimentos acessórios
de racionalização de consumos, tais como:
• Aplicação de películas atérmicas nos vidros das janelas dos
edifícios;
• Instalação de automatismos destinados a controlar a activação
e desactivação de equipamentos/instalações, de acordo com os
respectivos períodos de funcionamento;
• Substituição de lâmpadas incandescentes por outras de menor
consumo e maior durabilidade;
• Melhor aferição da bateria de condensadores de compensação de
energia reactiva.
Estas iniciativas irão revelar-se fundamentais também na redução de
emissões de gases de efeito de estufa.
III. Água
Em 2009, o consumo de água da Mota-Engil Engenharia ascendeu
aos 341 mil m3, representando uma diminuição de 17% face ao
consumo do ano anterior.
A água utilizada nas diferentes actividades tem como finalidades
o uso doméstico, o uso industrial, a lavagem de rodados e vias
públicas e a lavagem de caminhos de acesso de forma a diminuir a
libertação de poeiras para a atmosfera.
Consumo de Água Segmentado por Fonte
49% Captações
subterrâneas
(37 captações)
28% rede pública
23% Captações
superfíciais
(16 captações)
relatório de sustentabilidade 2009
130
08
desempenho
Cerca de 49% da água consumida na actividade da Mota-Engil
Engenharia é proveniente de captações subterrâneas (37 captações),
sendo também consumida água de 16 captações superficiais.
O gráfico seguinte ilustra os consumos de água efectuados pelas
diversas actividades desenvolvidas durante o ano 2009
na Mota-Engil Engenharia.
Evolução do Consumo de Água Segmentado por Fonte
Consumo Total de Água por Actividade
(m3)
450.000
400.000
41% Construção,
infra-estruturas
e engenharia
350.000
300.000
36% agregados
250.000
10% estaleiro
200.000
do porto alto
150.000
7% betões
100.000
5% edifícios
50.000
1% rochas
0
2007
captações subterrâneas
captações superfíciais
2008
2009
ornamentais
rede pública
Relativamente a 2008, verificou-se uma diminuição substancial no
consumo de água da rede pública, aumentando o consumo de água
proveniente de captações superficiais.
Relativizando face ao volume de actividade, constata-se que o
consumo de água em m3 por milhão de euros vendido diminuiu em
28% face a 2008 - passando de 279 m3 consumidos por milhão de
euros para 201 m3 em 2009.
Tal como sucedeu para os consumos anteriores, os principais
consumos estão associados às áreas de negócio de construção,
infra-estruturas engenharia e de agregados, representando as duas
77% do consumo total de água.
Refira-se que, à excepção do Estaleiro do Porto Alto e do Laboratório
Central, todas as outras áreas de negócio registaram uma diminuição
no consumo de água. O aumento verificado no Estaleiro do Porto Alto
deveu-se a uma ruptura ocorrida no sistema de rega.
relatório de sustentabilidade 2009
131
08
desempenho
IV. Biodiversidade
A Mota-Engil Engenharia não tem instalações localizadas em áreas
classificadas ou em zonas protegidas.
No entanto, para todas as áreas de negócio são identificados e
avaliados os possíveis impactos ambientais, entre eles os impactos
sobre a biodiversidade.
No caso das obras sujeitas a elaboração de Estudos de Impacto
Ambiental e Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de
Execução (RECAPE), bem como na elaboração de estudos de impacto
ambiental para a exploração de pedreiras, a biodiversidade é tida
também em consideração.
O Exemplo da subconcessão do Douro Interior
São merecedoras de destaque as medidas compensatórias
desenvolvidas na obra do Douro Interior de forma a compensar os
impactos negativos para o ambiente decorrentes das actividades da
empreitada, concretamente:
• Em conjunto com o Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância
de Animais Selvagens (CERVAS), a Mota-Engil promoveu, em
Setembro de 2009, a libertação de um grifo (Gyps fulvus), ave com
estatuto de conservação “quase ameaçado”. Esta acção resultou
de um processo de apadrinhamento de um grifo juvenil, encontrado
em estado debilitado no Douro Interior, tendo o mesmo sido
encaminhado para o CERVAS para sua reabilitação. O objectivo
desta iniciativa foi o de sensibilizar todos os colaboradores
envolvidos na empreitada para a promoção da conservação
da natureza, bem como compensar os potenciais impactos
negativos decorrentes da construção, sem esquecer a promoção
dos trabalhos desenvolvidos pelo CERVAS. A equipa do CERVAS
presente efectuou uma pequena palestra sobre a biologia do grifo
e agradeceu à Mota-Engil pelo apadrinhamento, reforçando que foi
da primeira vez que uma empresa de construção, no âmbito do seu
sistema de gestão ambiental, promoveu uma acção deste género;
• Adesão à Semana Europeia da Prevenção de Resíduos – Projecto
denominado de Compostagem – “Construir” Sustentabilidade,
pretende dar resposta aos resíduos verdes resultantes da
desmatação e dos resíduos orgânicos dos estaleiros.
V. Emissões, Efluentes, Resíduos
De uma forma geral, o sector da construção civil tem uma tipologia de
emissões associada: as emissões gasosas resultantes do transporte
e da movimentação de máquinas e veículos.
A emissão gasosa emitida pela Mota-Engil Engenharia com maior
relevância é o CO2, quer em termos de quantidade, quer de impacto.
Foram estimadas as emissões de CO2 correspondentes a consumos
de energia directa – relacionados com a produção – e de energia
indirecta – da frota automóvel.
Total das Emissões Directas e Indirectas
de Gases com Efeito de Estufa
(ton CO2/ano)
2009 %
Gasóleo
21.889
75%
Electricidade
7.297
25%
Total
29.186
100%
relatório de sustentabilidade 2009
132
08
desempenho
Evolução das Emissões Directas e Indirectas de GEE
(ton /ano)
40.000
35.000
Outras Emissões Indirectas de Gases
de Gases com Efeito de Estufa
(ton CO2/ano)
2009
Gasóleo - frota automóvel
2.875
Evolução das Outras Emissões Indirectas de GEE
(ton /ano)
30.000
25.000
20.000
15.000
8.000
10.000
7.000
5.000
6.000
0
2007
2008
2009
5.000
4.000
gasóleo
electricidade
3.000
2.000
Em 2009, registou-se uma diminuição das emissões de gases com
efeito de estufa em cerca de 24%, face aos valores registados
em 2008. Apesar de o gasóleo continuar a ser a fonte energética
responsável pela maior parte das emissões de CO2 (75%)
na Mota-Engil Engenharia, em 2009 verificou-se uma diminuição das
emissões provenientes daquela fonte em aproximadamente 31%.
No que respeita às actividades da Mota-Engil Engenharia,
continuam a ser as áreas de negócio de agregados e de construção,
infraestruturas e engenharia as que mais contribuem para este tipo
de emissões, representando respectivamente 49% e 33% do total.
1.000
0
2007
2008
2009
Como se pode constatar pela análise do gráfico anterior, as emissões
de CO2 provocadas pela frota automóvel têm vindo a diminuir desde
2007, verificando-se uma redução significativa em 2009 (cerca de
54%) face a 2008, o que revela a preocupação da organização na
utilização de veículos que cumpram os padrões europeus ao nível de
emissões de poluentes.
São as actividades de construção, infra-estruturas e engenharia e as
relacionadas com o Estaleiro do Porto Alto as que mais contribuem
para este tipo de emissões, representando respectivamente 26% e
20% do total de emissões.
relatório de sustentabilidade 2009
133
08
desempenho
1. Camada de ozono
A actividade da Mota-Engil Engenharia não provoca a emissão de
substâncias destruidoras da camada de ozono.
Com a entrada em vigor do DL 46/2008, passaram a ser enquadrados
em RCD os resíduos produzidos em actividades de construção
e demolição.
2. Emissão de poeiras
No que se refere à produção de poeiras resultantes da movimentação
de máquinas e veículos, as medidas de controlo normalmente
impostas passam pelo humedecimento dos solos, transporte coberto
de terras, silos encapsulados, uso de equipamentos dotados de
captação e lavagem dos rodados das viaturas.
Assim, relativamente aos resíduos produzidos nas actividades
desenvolvidas pela Mota-Engil Engenharia, temos as seguintes
tipologias: resíduos de construção e demolição, resíduos industriais
e resíduos equiparados a urbanos.
3. Efluentes gasosos
A Mota-Engil Engenharia efectua regularmente o controlo de
efluentes gasosos e, sempre que necessário, procede à instalação
de filtros para remoção de partículas.
4. Efluentes líquidos
Relativamente à produção de efluentes líquidos, as actividades
desenvolvidas pelas áreas de negócio da Mota-Engil Engenharia
caracterizam-se pela relativa reduzida quantidade de efluentes
produzidos. As actividades que mais contribuem para a produção de
efluentes são a escorrência e lavagem de areias (área de negócio dos
agregados), lavagem e manutenção de equipamentos e dos postos
de abastecimento de combustível, e lavagem de rodados. Nestas
situações, à excepção da lavagem de areias, o efluente antes de ir
para o destino final passa por um separador de hidrocarbonetos.
5. Resíduos de construção e demolição (RCD)
O sector da construção civil é responsável por uma parte muito
significativa dos resíduos gerados em Portugal, situação comum
à generalidade dos demais estados-membros da União Europeia
em que se estima uma produção anual global de 100 milhões de
toneladas de Resíduos de Construção e Demolição (RCD).
6. Projectos de valorização de resíduos
Refira-se que a Mota-Engil se encontra a desenvolver vários projectos
de valorização de resíduos:
6.1. Valorização de materiais provenientes de escavação
Os materiais provenientes das escavações executadas em obras
rodoviárias constituem um resíduo tradicionalmente depositado em
vazadouro, sendo a sua valorização possível através de técnicas de
tratamento dos materiais com ligantes hidráulicos (cal e cimento).
Esta valorização permite uma redução do consumo de recursos
minerais e ao mesmo tempo uma redução de custos e de consumo
de energia.
6.2. Reciclagem de misturas betuminosas a quente
A reabilitação de pavimentos rodoviários origina grandes
quantidades de materiais resultantes da fresagem dos pavimentos
e cujo destino final é maioritariamente a condução a vazadouro.
Com a reciclagem de misturas betuminosas a quente, pretende-se
uma gestão mais sustentável do consumo de materiais nobres na
execução de pavimentos rodoviários.
6.3. Reciclagem de misturas betuminosas com betume borracha
Os pneus usados constituem um resíduo altamente poluente e com
poucas alternativas em termos de valorização. A Mota-Engil tem
desenvolvido estudos na utilização da borracha triturada proveniente
relatório de sustentabilidade 2009
134
08
desempenho
de pneus usados para modificação das propriedades do betume
utilizado no fabrico de misturas betuminosas.
6.4. Valorização de finos de pedreiras
Os finos de duas pedreiras de granito, situadas na região Norte de
Portugal, têm vindo a ser objecto de um programa de investigação
na perspectiva da sua valorização como material de construção
de obras geotécnicas. Este programa, que se insere no quadro
de um protocolo celebrado entre o LNEC e o Grupo Mota-Engil,
compreendeu a realização de um vasto conjunto de ensaios
laboratoriais para determinação das propriedades geoambientais
e geotécnicas destes finos. Foram analisados os resultados obtidos
nos ensaios de caracterização hidráulica e mecânica, realizados com
objectivo de avaliar as propriedades determinantes para avaliação da
viabilidade técnica da aplicação destes materiais em infra-estruturas
de transportes e em obras geotécnicas. O programa de investigação
desenvolvido pretende contribuir para a valorização dos resíduos
em geral e dos finos de pedreiras em particular, através da sua
utilização em infra-estruturas de transporte e obras geotécnicas, em
substituição dos materiais naturais não-renováveis tradicionalmente
aplicados.
estudadas. Da análise global dos resultados obtidos foi possível
concluir, para o caso de solos com plasticidade, que a combinação
equilibrada de cal com cimento demonstra, de um modo geral, um
bom desempenho para os parâmetros analisados, enquanto para
solos não plásticos e quando o requisito principal consiste no aumento
da rigidez, a solução convencional de tratamento com cimento será
a mais adequada. A solução de tratamento combinado de solos com
ligantes hidráulicos, através de um primeiro tratamento dos materiais
com cal e posterior adição de cimento, poderá revelar-se bastante
interessante tanto a nível técnico como económico, devendo no entanto ser analisada em futuros trabalhos através da execução de trechos
experimentais devidamente monitorizados ao longo do tempo.
Na tabela que se segue, encontram-se caracterizados os resíduos
produzidos pela Mota-Engil Engenharia no decurso de 2009.
Quantidade Total de Resíduos por Tipo
e por Método de Tratamento
Ton/ano
%
Total Resíduos Industriais e RCD Perigosos
1.313,0
6,7%
Total Resíduos Industriais e RCD Não-Perigosos
18.331,0
93,3%
6.5. Combinação de cal com cimento no tratamento de solos
Uma possível valorização para este tipo de resíduos é o tratamento
de solos através do uso de ligantes hidráulicos. As ligações que ocorrem
entre os ligantes hidráulicos e os solos têm origem em diferentes
reacções físico-químicas que contribuem para o aumento da rigidez
da camada tratada. Este trabalho teve como objectivo contribuir para
uma primeira abordagem no estudo do tratamento de solos através
da combinação de dois ligantes hidráulicos, designadamente a cal e
o cimento. Os ensaios experimentais em contexto laboratorial foram
executados sob um solo plástico e um solo não-plástico, analisando
a evolução dos parâmetros geotécnicos mais comuns, bem como
os incrementos da tensão de rotura em função das combinações
Como se pode constatar, dos resíduos gerados no decurso das
actividades da Mota-Engil Engenharia, 93% pertence à tipologia
de não-perigosos. Este tipo de resíduos resulta essencialmente
das actividades de construção, infraestruturas e engenharia, com
um peso de cerca de 96% no total destes resíduos. Como exemplo,
consideram-se resíduos não-perigosos a mistura de betão,
ladrilhos, telas e materiais cerâmicos, à mistura de resíduos de
construção e demolição, o betão e os metais ferrosos.
relatório de sustentabilidade 2009
135
08
desempenho
Evolução dos Resíduos Perigosos e Não-Perigosos
Quantidade Total de Resíduos por Tipo
e por Método de Tratamento
120.000
Ton/ano
100.000
80.000
%
Valorização 9.233,0
42,0%
Eliminação 10.411,0
47,4%
Reutilização
2.332,0
10,6%
60.000
40.000
47% eliminação
20.000
42% valorização
11% reutilização
0
2007
perigosos
2008
2009
não perigosos
Em 2009 o Laboratório Central viu aumentar o seu contributo para
a geração de resíduos como resultado do aumento do número de
ensaios efectuados em relação a 2008.
Relativamente aos resíduos perigosos, cerca de 55% são gerados
nas actividades desenvolvidas na área de negócio dos betões,
referindo-se, a título de exemplo, as lamas contaminadas com
hidrocarbonetos e as misturas betuminosas contendo alcatrão.
Refira-se ainda que, em 2009, foram reutilizadas 549 toneladas de
solos e rochas, nas próprias obras e na recuperação ambiental e
paisagística de explorações mineiras e de pedreiras.
No próximo quadro, pode ser analisado o método de tratamento
dos resíduos efectuado pela Mota-Engil Engenharia.
Evolução do Tratamento Efectuado aos Resíduos
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
2007
valorização
eliminação
2008
2009
relatório de sustentabilidade 2009
136
08
desempenho
Para a optimização da gestão de RCD em obra, para além das acções
de formação sobre a matéria, foi iniciado o desenvolvimento de uma
transacção em SAP para o mercado de gestão de RCD, com o intuito de
desenvolver sinergias entre os vários centros de custos na gestão de
RCD, implementar uma gestão mais sustentável dos RCD prolongando o
ciclo de vida dos materiais, potencializar o seu valor dos RCD diminuindo
a procura de matérias-primas primárias, e minimizar os custos de gestão
RCD associados. A ferramenta para o mercado de RCD ainda se encontra
por concluir. Neste âmbito foi ainda divulgado o primeiro Caderno
Ambiental, cujo tema era sobre resíduos de construção e demolição.
Durante o ano de 2009, a Mota-Engil Engenharia registou a ocorrência
de 39 derrames significativos, que corresponderam a 0,43 m3 de
volume derramado.
VI. Produtos e Serviços
Foi desenvolvido pelo Núcleo de Gestão Ambiental um procedimento
específico com o objectivo de definir uma metodologia de identificação
e avaliação dos aspectos ambientais das actividades e/ou serviços
desenvolvidos pela Mota-Engl Engenharia.
A metodologia estabelecida neste procedimento consiste em identificar e avaliar os impactos e os aspectos associados a determinada
actividade, produto ou serviço, integrando os aspectos considerados
significativos no sistema de Gestão e garantindo o respectivo controlo.
Desta forma, nas obras da Mota-Engil Engenharia é implementado um
plano de gestão ambiental cujo propósito consiste em garantir o cumprimento dos requisitos legais, do cliente e do sistema, contribuindo desta
forma para a minimização dos impactos gerados pela sua actividade
(como por exemplo: produção de RDC, ruído, derrames). Todas as áreas
da Mota-Engil Engenharia são responsáveis pelo cumprimento dos
requisitos legais e outros que lhes sejam aplicáveis, existindo para tal
procedimentos internos que garantam o seu conhecimento e aplicação.
O Núcleo de Gestão Ambiental tem a responsabilidade de analisar os
requisitos legais aplicáveis às diversas áreas de negócio da organização,
divulgá-los e verificar o seu cumprimento. Quando são detectadas
situações de não-conformidade, são desenvolvidas acções correctivas
no sentido de resolver a situação e impedir a sua recorrência no futuro.
VII. Conformidade
No decurso da actividade desenvolvida pela Mota-Engil Engenharia,
em 2009 não ocorreram situações em que fossem aplicadas
multas resultantes de não conformidade com leis ou regulamentos
ambientais.
VIII. Transporte
A frota da Mota-Engil Engenharia é constituída por viaturas ligeiras,
viaturas pesadas e máquinas, e tem uma idade média reduzida,
a rondar os cinco anos, o que possibilita menores consumos de
combustíveis e emissões associadas.
No sentido de mitigar os impactos ambientais resultantes tanto
do transporte de bens e outros materiais utilizados nas operações
da organização, como do transporte de trabalhadores, têm sido
implementadas algumas medidas, das quais se destacam:
• renovação da frota, garantindo o maior número de veículos que
cumpram os maiores padrões europeus ao nível de emissões de
poluentes e consumo de combustível;
• a decisão de aquisição de equipamentos integra a análise de um
critério que avalia a emissão de poluentes;
• formação em ecocondução;
• monitorização de indicadores de consumo de gasóleo e de
emissão de carbono.
relatório de sustentabilidade 2009
137
08
desempenho
08.2.2
ambiente e serviços
suma, SERVIÇOS URBANOS
E MEIO AMBIENTE, SA
• Medições proactivas do desempenho que monitorizem a
conformidade com o programa de gestão da SUMA, com critérios
operacionais e requisitos legais e regulamentares;
• Medições reactivas do desempenho para a monitorização de
não-conformidades (incluindo quase-acidentes).
1. gestão ambiental
A SUMA tem definidos e documentados os seguintes objectivos, no
âmbito da gestão ambiental:
É de referir que estão definidas e documentadas metodologias para:
• Dar cumprimento às disposições legais existentes em matéria de
ambiente e de segurança e saúde no trabalho e planear as operações
que estão associadas aos aspectos ambientais e perigos e respectivos
impactos ambientais e riscos, consistentes com a sua política de
gestão e com os seus objectivos e metas, de forma a garantir que estas
operações são realizadas sob condições especificadas;
• organização e manutenção dos serviços de medicina do trabalho,
com vista à promoção e vigilância da saúde dos trabalhadores;
• E stabelecer metodologias para controlar não só as situações
relacionadas com os aspectos ambientais e riscos significativos,
como também garantir a aplicação das politicas da organização e
a realização dos seus objectivos.
• prevenir o consumo de álcool durante o período de trabalho;
• garantir que as potenciais situações de emergência na Organização
são evitadas e que quando ocorrem são implementadas as medidas
de controlo operacional definidas, procurando limitar as suas
consequências para o Homem e para o Ambiente.
• Monitorização da medida do cumprimento dos objectivos e suas
metas associados à política de gestão da SUMA;
2. ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
A função do departamento de Qualidade, Ambiente e Segurança
(QAS) assenta, principalmente, na gestão dos requisitos legais e
normativos e dos requisitos definidos pela própria Organização
para a manutenção, monitorização, controlo e melhoria contínua do
Sistema Integrado de Gestão de Qualidade, Ambiente, Segurança
e Saúde no Trabalho, implementado no Grupo SUMA. Em 2009
houve alteração do organograma funcional, passando o serviço QAS
a funcionar de forma autónoma da Coordenação da Sustentabilidade
e a reportar directamente à Administração do Grupo SUMA,
nomeadamente, ao pelouro da Administração – Produção.
• Monitorização e medição dos vários processos/actividades
através dos resultados obtidos nos indicadores definidos para
cada um deles;
Na Sede e no Centro de Serviços de Aveiro foi renovada a Certificação
do Sistema de Gestão da Qualidade, com transição para o novo
referencial normativo NP EN ISO 9001:2008, e manteve-se a
Anualmente, é definido um programa de monitorização, de modo
a regrar a monitorização do desempenho da Organização ao nível
de qualidade/conformidade, ambiente, segurança e saúde no
trabalho, que inclui os seguintes aspectos:
relatório de sustentabilidade 2009
138
08
desempenho
certificação dos Sistemas de Gestão Ambiental (NP EN ISO
14001:2004) e da Segurança e Saúde no Trabalho, que, neste último
caso, implicou a transição para o novo referencial normativo OHSAS
18001:2007/ NP 4397:2008.
Um dos objectivos primordiais é a manutenção da certificação tripla
da Sede e do Centro de Serviços de Aveiro pelas normas NP EN
ISO 9001:2008, NP EN ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:2007/ NP
4397:2008.
Lançaram-se as auditorias de diagnóstico aos Centros de Serviços,
tendo como objectivos: avaliar o grau de conhecimento e
implementação dos procedimentos internos; verificar se os processos/
actividades implementados estão conforme os requisitos aplicáveis
(legais, normativos, do Cliente e outros), nos âmbito de qualidade,
ambiente, segurança e saúde no trabalho; avaliar o desempenho dos
centros numa perspectiva de contribuir para a melhoria contínua da
Organização, com o levantamento de boas práticas implementadas
pelo Centro de Serviços e das sugestões de melhoria propostas.
3. SISTEMA DE INDICADORES
À semelhança da análise efectuada para a Mota-Engil Engenharia,
o sistema de indicadores adoptado no quadro da política de
gestão ambiental da SUMA procura dar resposta às informações
solicitadas no âmbito da directriz de relato GRI 3.0.
Durante o ano 2010, será dada continuidade às auditorias de
diagnóstico aos Centros de Serviços. Pretende-se fazer um
levantamento exaustivo da realidade de cada centro, de forma
a definir e planear os trabalhos necessários ao cumprimento
dos requisitos legais, normativos e os definidos pela própria
Organização no que diz respeito ao Sistema Integrado de Gestão de
Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho. De acordo
com os resultados das auditorias de diagnóstico, serão revistos
e documentados os procedimentos definidos pela Organização,
de modo a que estes traduzam as melhores práticas e permitam
a implementação destes procedimentos em todos os centros,
de todas as empresas do Grupo SUMA. Prosseguir-se-á com a
monitorização e o controlo do seu cumprimento.
Densidades típicas:
• Gasóleo 835 Kg/m3
• Gasolina 720 Kg/m3
• GPL 1000 Kg/m3
Está perspectivada a introdução de novas ferramentas que
permitam melhorare agilizar a monitorização e controlo dos
processos ou actividades, a comunicação dos resultados obtidos e
a consequente tomada de acções preventivas, correctivas e outras
acções de melhoria.
Nos quadros que se seguem, são apresentados os indicadores
referentes a cada descritor ambiental e para os quais foram utilizadas
as seguintes densidades e factores de conversão e emissão:
Fonte: Portaria Nº 228/90
Factores de conversão:
• Gasóleo 43,3 Gj/ton
• Gasolina 45 Gj/ton
• GPL 46 Gj/ton
• Electricidade 0,0036 Gj/kwh
Fonte: Despacho Nº 17313/2008
Factores de Emissão de CO2:
• Gasóleo 74 kg/Gj
• Gasolina 69,2 kg/Gj
• GPL 63 kg/Gj
• Electricidade 470 g/kwh líquido
Fonte: Despacho Nº 17313/2008
relatório de sustentabilidade 2009
139
08
desempenho
I. Materiais
Os principais materiais consumidos no desenrolar das actividades
específicas da SUMA relacionam-se com o acondicionamento de
resíduos, as actividades de limpeza urbana e a manutenção dos
veículos e equipamentos da frota da Empresa. Na tabela seguinte,
detalham-se os principais materiais consumidos na actividade da
SUMA durante o ano de 2009:
Materiais Consumidos designação
Refira-se que nos consumos energéticos do Grupo SUMA estão
incluídos os consumos energéticos internacionais (Vista Waste
Management - Angola)
(ton)
unidadesTotal
Acumuladores
Sacos de plástico
Pneus novos (pesados e ligeiros)
Pneus recauchutados (pesados e ligeiros)
Lubrificantes/massas
Gasóleo
Gasolina
Total químicos produção (herbicidas,
desinfectantes, detergentes, lixívia)
Tintas/vernizes/esmaltes/diluentes
(Outros) Produtos químicos para manut. automóvel
Papel Cartuchos/tinteiros (jacto tinta)
Toners (laser)
II. Energia
Os principais consumos de energia da SUMA decorrem de
actividades afectas aos seus Centros de Serviços, tais como
transporte de resíduos e funcionamento de equipamentos.
ton
ton
ton
ton
l
l
l
6,3
126,0
83,1
102,3
157.632,0
6.175.785,0
65.864,0
l
l
l
ton
un
un
70.372,0
5.839,0
19.097,0
10,1
306,0
385,0
Na tabela seguinte, podemos ver que o consumo de energia
directa é feito maioritariamente sob a forma de gasóleo (99%).
Consumo de Energia Directa, Segmentado
por Fonte Primária
Consumo (L, Kg)Consumo (Gj)
Gasóleo (litros)
6.175.785
223.764
Gasolina (litros)
65.864
2.134
GPL (Kg)
697
32
--
225.930
Consumo Total
Evolução do Consumo de Energia Directa A monitorização e optimização do consumo de matérias-primas
e recursos assume, na política de gestão da empresa, um
papel fundamental, sendo estas acções alvo da actividade de
Investigação e Desenvolvimento. Sempre que possível, a SUMA
recorre ao uso de materiais reutilizáveis ou reciclados. No caso
destes últimos, o consumo mais significativo diz respeito aos pneus
recauchutados. Em 2009, do total de pneus consumidos, 47%
eram recauchutados.
No que diz respeito aos sacos de plástico utilizados na produção
para a realização dos serviços, no seu processo de fabrico são
incorporados cerca de 38% de materiais reciclados.
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
2008
2007
gasóleo
gasolina
gpl
2009
(Gj)
relatório de sustentabilidade 2009
140
08
desempenho
O consumo de energia directa tem vindo a aumentar nos últimos
três anos – em 2009 a taxa de crescimento foi de 9%. Ao longo
deste período, o gasóleo manteve-se como consumo predominante.
III. Água
Durante o ano de 2009, o consumo de água na SUMA ascendeu aos
105 mil m3.
O quadro seguinte reflecte o consumo de electricidade, considerado
como consumo de energia indirecta.
Este recurso tem três grandes utilizações – produção, oficinas e uso
Doméstico –, sendo nas actividades de produção, designadamente
na lavagem de ruas, equipamentos, contentores e viaturas de
recolha, que o seu consumo é mais expressivo.
Consumo de Energia Indirecta Segmentada
por Fonte Primária
Consumo (kwh)Consumo (Gj)
Electricidade 7.158.065
Evolução do Consumo de Energia Indirecta 25.769
30.000
(Gj)
Consumo de Água Segmentado por Fonte (m3/ano)
2009
Subterrânea 37.422
Municipal
39.582
Cedência de cliente
28.481
Total
105.485
25.000
38% municipal
20.000
35% subterrânea
27% cedência de cliente
15.000
10.000
2007
2008
2009
consumo de electricidade
Analisando o consumo de electricidade ao longo dos últimos três
anos, verifica-se que, após se ter mantido constante, em 2009
registou uma diminuição de cerca de 11%.
relatório de sustentabilidade 2009
141
08
desempenho
Evolução do Consumo de Água por Fonte
Consumo de Água Segmentado por Utilização
120.000
(m3/ano)
2009
Uso doméstico
4.546
100.000
Oficinas/lavagem de viaturas
20.170
Viaturas lava-contentores
26.962
80.000
Lavagem contentores/papeleiras no CS
1.552
Lavagem de contentores/papeleiras na via pública
11.589
60.000
Lavagem de ruas
23.520
Total
88.338
40.000
20.000
30% viaturas lava-
0
2007
2008
2009
-contentores
27% lavagem de ruas
subterrânea
municipal
cedência de cliente
23% oficinas/lavagem
de viaturas
Após ter-se verificado uma alteração significativa, em 2008, na
proveniência da água consumida pela SUMA, resultando numa
distribuição mais repartida entre as três principais fontes, em 2009
manteve-se esta tendência. Não obstante, em 2009 registou-se um
acréscimo de 29% no consumo de água proveniente de captações
subterrâneas e uma diminuição de 17% no consumo de água de
cedência de cliente. Desta forma, o consumo de água proveniente
de cedência de clientes viu diminuir a sua expressão no total,
enquanto o consumo de água proveniente da rede pública
se manteve.
13% lavagem de
contentores/
papeleiras na
via pública
5% uso doméstico
2% lavagem de
contentores/
papeleiras no cs
Analisando o consumo de água por utilização, verifica-se que
os consumos mais expressivos estão associados às viaturas
lava-contentores e à lavagem de ruas, representando
respectivamente 30% e 27% do consumo total.
IV. Biodiversidade
A SUMA não tem instalações definitivas em áreas classificadas ou
em zonas protegidas. Após a conclusão da construção do novo
Centro de Serviços de Alcobaça (inaugurado em Fevereiro de 2010),
relatório de sustentabilidade 2009
142
08
desempenho
foi desmantelado o único estaleiro temporário, com uma área
próxima dos 2.000 m2, implantado numa área de Reserva Agrícola
Nacional.
83% gasóleo
16% electricidade
Não foram também identificados impactos significativos na
biodiversidade provocados pelas operações da organização.
1% gasolina
V. Emissões, Efluentes, Resíduos
A actividade da SUMA que origina maiores impactos ambientais a
nível das emissões gasosas – sendo o CO2 a mais relevante — é a
recolha e transporte de resíduos.
Neste sentido, foram estimadas as emissões de CO2
correspondentes aos consumos de energia directa e indirecta
(relacionados com a produção, deslocações, viagens de serviço dos
trabalhadores e transporte de pessoas).
Emissões Directas e Indirectas
de Gases de Efeito de Estufa
Gasóleo
Evolução das Emissões Directas e Indirectas de GEE
(ton co2 /ano)
25.000
(ton co2 /ano)
20.000
16.824
Gasolina
127
Electricidade
3.364
Total
20.315
15.000
10.000
5.000
0
2007
gasóleo
gasolina
electricidade
2008
2009
relatório de sustentabilidade 2009
143
08
desempenho
O gasóleo é a fonte energética responsável por grande parte (83%)
das emissões de CO2 na SUMA. No entanto, em 2009, registou-se
um acréscimo de 79% no contributo da electricidade para este tipo
de emissões.
É de salientar que a actividade da Organização não provoca a
emissão de substâncias destruidoras da camada de ozono.
Também não possui emissões significativas, nomeadamente as
regulamentadas por licenças ambientais.
No que concerne aos efluentes resultantes da actividade da SUMA,
estes são, em todos os casos, descarregados em colectores
municipais de águas residuais, tendo o seu volume ascendido aos
55 mil m3 durante o ano de 2009, o que representa um aumento de
13% face aos 49 mil m3 de 2008.
As medidas de gestão dos efluentes líquidos produzidos incluem o
tratamento prévio à descarga de águas residuais das lavagens de
viaturas e a monitorização regular daqueles sistemas de tratamento
instalados através de análises laboratoriais em laboratório acreditado.
Quantidade Total de Resíduos por Tipo
e Método de Tratamento
Total de Resíduos por Tipo
e Método de TratamentoTon/ano
Total Resíduos Industriais Perigosos
155,1
Valorização 70,6
Eliminação 84,5
%
43,2%
Total Resíduos Industriais Não-Perigosos
203,5
Valorização 110,7
Eliminação 92,8
56,8%
No que respeita ao destino final dos resíduos, cerca de 51% são
valorizados, destacando-se, no entanto, que um terço destes diz
respeito a resíduos industriais perigosos.
250
200
Na actividade de aplicação de herbicidas, a SUMA recorre apenas
a produtos aprovados pelo Ministério da Agricultura, seguindo
as instruções recomendadas, que, para além de optimizar as
quantidades utilizadas, minimizam os impactos negativos
decorrentes desta actividade. É de salientar que é evitado o recurso
massivo a estes produtos e, para tal, a SUMA adopta uma atitude
preventiva, promovendo o corte mecânico e a aplicação localizada.
Quanto a resíduos produzidos no decorrer da actividade da SUMA,
estes são, na sua maioria, resíduos industriais não-perigosos,
como óleos, pneus, metais ferrosos e lamas e misturas de resíduos
provenientes de desarenadores e de separadores óleo/água.
150
100
50
0
resíduos indústriais
perigosos
valorização
eliminação
resíduos indústriais
não-perigosos
relatório de sustentabilidade 2009
144
08
desempenho
nas Guias de Acompanhamento de Resíduos e outra por derrame de
óleo na via pública – no montante de 3.566 euros.
Evolução do Tratamento Efectuado aos Resíduos
(Eliminação/Valorização)
700
VIII. Transporte
No que se refere ao transporte de bens e produtos utilizados
na actividade da SUMA, o gráfico seguinte apresenta-nos a
classificação destes veículos, segundo o Padrão Europeu de
Emissões, que disciplina as emissões de veículos comercializados
na União Europeia.
600
500
400
300
200
Número de EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NOS SERVIÇOS
100
CLASSES DE EMISSÕESRSURSIRMMTotal
0
2007
valorização
2008
2009
eliminação
A quantidade de resíduos gerados pela actividade da SUMA em
2009 foi superior, em 16%, à gerada em 2008. Em termos de
destino dado a estes resíduos, pode concluir-se que a quantidade
de resíduos eliminada (49%) esteve muito próxima da quantidade
valorizada (51%).
Euro 1
27
3
0
30
Euro 2
63
0
7
70
Euro 3
59
35
4
98
Euro 4
48
11
6
65
5
6
14
25
NA
RSU - Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos
RSI - Recolha Selectiva de Resíduos Industriais
RMM - Recolha de Monos e Monstros
Transporte (RSU, RSI, RMM) - Classes de Emissões 2009
Não existiram episódios de derrames significativos na Organização
durante o ano de 2009.
VI. Produtos e Serviços
Desde o planeamento e desenvolvimento das suas acções que a
SUMA tem presentes preocupações de cariz ambiental e social,
conforme descrito anteriormente, que visam a minimização dos
impactos associados à sua actividade.
VII. Conformidade
Em 2009 foram registadas duas multas – uma por não-conformidade
10% euro 1
24% euro 2
34% euro 3
23% euro 4
9% NA
relatório de sustentabilidade 2009
145
08
desempenho
Cerca de 58% dos veículos da SUMA encontram-se integrados nas
classificações Euro 3 e 4.
Frota SUMA (2007, 2008 e 2009)
120
101
100
76
80
75
101
98
70
65
60
33
40
41
29
37
25
30
27
20
11
0
2007
2008
na
euro 1
2009
Em termos evolutivos, destaca-se a clara aposta da SUMA em
veículos com a classificação Euro 4, verificando-se uma diminuição
das demais classificações – particularmente expressiva na
classificação Euro 1.
euro 2
euro 3
euro 4
relatório de sustentabilidade 2009
146
08
desempenho
08.3
desempenho social
08.3.1
engenharia e construção
mota-engil engenharia
e construção, SA
1. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
Introdução
A Gestão de Recursos Humanos na Mota-Engil Engenharia procura
reflectir a estratégia e a política geral de recursos humanos
do Grupo adoptada a nível corporativo, adaptando-a às suas
características próprias e do sector de actividade em que está
envolvida, para o que conta com o apoio permanente da Direcção
Corporativa de Desenvolvimento de Recursos Humanos na
condução da sua estratégia e principais políticas.
Cumpre sublinhar igualmente, no plano orgânico, o apoio prestado
pela Mota-Engil Serviços Partilhados (MESP), a quem está cometido
um conjunto de funções de suporte nesta área, nomeadamente
em matéria de gestão administrativa de recursos humanos,
recrutamento e selecção, e formação profissional.
No plano estratégico, a Mota-Engil Engenharia considera os
recursos humanos um elemento diferenciador fundamental e o seu
mais valioso activo ao serviço da competitividade e da criação de
valor duradouro.
O respeito escrupuloso pelas pessoas constitui ainda uma matriz
de referência da sua estratégia, perpassando todo o ciclo de vida da
sua presença na Organização.
A política de recursos humanos da Mota-Engil Engenharia tem,
assim, como principais objectivos:
Recrutamento e selecção
• Planear o recrutamento e seleccionar os melhores recursos,
garantindo a sua adequação às necessidades da Empresa e a sua
eficaz integração e adaptação à Cultura e Valores da Organização;
Descrição e avaliação de funções
• Descrever e avaliar as funções, de forma a obter um referencial
claro dos domínios de responsabilidade e de uma adequada
articulação interfuncional, servindo ainda de suporte ao
estabelecimento dos fundamentos da sua política retributiva;
Política retributiva
• Garantir uma política de retribuição equitativa e motivadora
que tenha em conta não só o enquadramento e o ajustamento
às condições de mercado, mas também o valor relativo de cada
função e o seu contributo para os objectivos da Empresa, através
de uma política adequada de remuneração variável promotora do
mérito e da excelência;
Avaliação do desempenho
• Generalizar a política de avaliação do desempenho a todos os
colaboradores, garantindo a uniformidade, clareza e equidade do
processo de avaliação;
Gestão de carreiras
• Promover uma política que assegure a estratificação dos recursos
humanos por linhas e níveis de carreira, favorecendo a retenção
relatório de sustentabilidade 2009
147
08
desempenho
e a valorização do talento, bem como o desenvolvimento e a
progressão na carreira profissional, de acordo com critérios
baseados na aquisição de competências, na experiência e na
avaliação do desempenho;
Formação profissional
• Apostar decisivamente na formação profissional e na
aprendizagem ao longo da vida como forma de valorização do capital humano;
Condições de trabalho
• Promover um clima de bem-estar e qualidade de vida,
assegurando as melhores condições de trabalho nas áreas de
segurança e saúde ocupacionais e promovendo a igualdade de
oportunidades em todos os contextos geográficos, culturais e
sócio-económicos em que se encontra presente.
A política de recursos humanos da Mota-Engil Engenharia tem como
principal responsável o membro do Conselho de Administração
titular do pelouro, suportando-se ainda, tal como já referido, na
Direcção Corporativa de Desenvolvimento de Recursos Humanos
e na Comissão de Desenvolvimento de Recursos Humanos da
Mota-Engil SGPS e na Mota-Engil Serviços Partilhados (MESP), nas
funções já descritas.
As questões relativas a esta área em matéria de formação e
consciencialização dos colaboradores no domínio dos recursos
humanos encontram exemplificativa expressão nas iniciativas
descritas noutro capítulo deste relatório.
Relativamente à monitorização, adopção de medidas preventivas
e correctivas, auditoria e verificação em matéria de recursos
humanos, encontram-se expressas, no que toca às questões
relacionadas com a higiene e segurança no trabalho, no sistema
de gestão destas matérias, certificado de acordo com o referencial
normativo OHSAS 18001:2007.
Protecção social
Em matéria de protecção social, a Mota-Engil Engenharia efectua
contribuições obrigatórias para o regime geral da Segurança Social
portuguesa, as quais ascenderam a € 13.316.869 em 2009.
Como já referido no capítulo do desempenho económico, foram
recebidos do Estado subsídios relativos à contratação de
trabalhadores em regime de primeiro emprego.
1.1 PRÁTICAS LABORAIS E RELAÇÕES DE TRABALHO
Emprego
O sector de construção e obras públicas reveste-se de grande
importância no contexto nacional, representando quase 10% do
emprego gerado na economia.
O emprego gerado pela Mota-Engil Engenharia aumentou 5,6%
em 2009, face a 2008, apesar do ciclo recessivo que o sector vem
enfrentando há alguns anos. Em 31 de Dezembro de 2009, o número
de trabalhadores ascendia a 3.478, face a 3.295 na mesma data do
ano anterior.
relatório de sustentabilidade 2009
148
08
desempenho
O número de trabalhadores por grupo profissional, género e faixa
etária encontra-se estruturado da seguinte forma:
Número de trabalhadores por Grupo Profissional, Género e Faixa Etária
<30
grupo profissional
masculino
Dirigentes
Praticantes/aprendizes
Profissionais altamente qualificados e qualificados
30 a 50
total
masc.
>50
feminino
masculino
feminino
masculino
total total
total geral geral
2009
2008
femin.
feminino
0
0
4
0
7
0
11
0
11 8
45
10
7
2
1
0
53
12
65
75
179
16
1.131
84
485
10
1.795
110
1.905 1.863
Profissionais não-qualificados
70
0
132
3
60
1
262
4
266 239
Profissionais semiqualificados
19
0
28
7
16
6
63
13
76 71
3
0
261
1
175
0
439
1
440 407
Quadros intermédios
(inc. contra-mestres e chefes de equipa)
Quadros médios
10
4
116
13
56
1
182
18
200
170
Quadros superiores
94
39
241
81
58
2
393
122
515 462
420
69
1.920
191
858
20
3.198
280
3.478 3.295
Total geral O quadro anterior reflecte a predominância de trabalhadores do
sexo masculino na Mota-Engil Engenharia – cerca de 92% do total
de efectivos – situação resultante das características específicas
do sector da construção civil.
O grupo profissional que integra o maior número de trabalhadores
é o grupo dos profissionais altamente qualificados e qualificados,
representando 55% do total de efectivos.
No que respeita à distribuição em termos de género, é também
no grupo dos profissionais altamente qualificados e qualificados
que se encontra a maior percentagem de trabalhadores do
sexo masculino. Quanto ao sexo feminino, é também mais
expressivo neste grupo e nos Quadros Superiores, representando
o somatório destes dois grupos 83% do total de efectivos do
sexo feminino.
Convém ainda realçar que, em 2009, cerca de 61% dos efectivos da
Mota-Engil Engenharia se encontrava na faixa etária entre os 30
e os 50 anos, 25% tinham idade superior a 50 anos e os restantes
14% tinham menos de 30 anos de idade.
Em termos de estrutura dos recursos por grupo profissional,
comparativamente a 2008, registou-se um aumento do número de
trabalhadores em todos os grupos profissionais à excepção dos
praticantes/aprendizes, onde se verificou uma diminuição de 13%.
A maior taxa de crescimento de efectivos registou-se no grupo dos
dirigentes (37,5%) e nos quadros médios (17,6%).
relatório de sustentabilidade 2009
149
08
desempenho
No quadro abaixo pode ser analisada a estrutura dos recursos por
tipo de contrato e região.
Em 2009, pertenciam ao quadro permanente 55% dos efectivos
laborais, enquanto que os trabalhadores contratados a termo
representavam 45%, tendo-se verificado um acréscimo de cerca
6%, em ambos os casos, face a 2008.
NÚMERO de trabalhadores por tipo de contrato e região
portugal
norte
centro
total
estrangeiro
sul
ilhas
áfrica
resto da europa
outras regiões
Quadro permanente
584
45
845
32
347
38
8
Termo certo 142
6
296
18
392
4
3
861
Termo incerto 160
31
378
22
41
58
0
690
17
0
10
0
0
1
0
28
Estagiários
1.899
centro
norte
portugal
sul
ilhas
áfrica
resto europa
américa
0
termo certo
termo incerto
estagiários
500
quadro permanente
1.000
1.500
2.000
relatório de sustentabilidade 2009
150
08
desempenho
Verifica-se que é em Portugal que se encontra a maioria (74%)
dos trabalhadores da Mota-Engil Engenharia, destacando-se a
região Sul com 59% do total, dos quais 33% pertenciam ao quadro
permanente. Refira-se que os critérios utilizados para o cálculo
destes indicadores foram alterados em 2009: foram integrados
na região Sul todos os trabalhadores das obras de Lisboa, dos
escritórios de Linda-a-Velha e do estaleiro do Porto Alto, enquanto
no ano anterior foram integrados na região Centro.
A taxa de rotatividade global da Mota-Engil Engenharia registada
em 2009 considera-se ainda elevada (37,4%), como acontece na
generalidade do sector, apesar de ter registado uma diminuição de
12,4% face a 2008.
A nível internacional, é em África que se encontra o maior número
de trabalhadores, o que se deve ao crescimento do peso destes
mercados. Face a 2008, registou-se um acréscimo de 13%.
Benefícios
A Mota-Engil Engenharia assegura aos seus trabalhadores um
conjunto de benefícios, de que se destacam:
No gráfico abaixo, encontra-se reflectida a taxa de rotatividade dos
colaboradores da Mota-Engil Engenharia.
• Seguro de acidentes pessoais a quadros médios e superiores,
da estrutura técnica/administrativa e chefias de produção,
bem como um seguro de saúde a um número mais restrito de
trabalhadores;
Taxa de Rotatividade por Género e Faixa Etária
30,9%
> 50 anos
35,9%
30 a 40 anos
55,6%
< 30 anos
15,0%
feminino
• Distribuição de prémios de antiguidade;
• Atribuição de prémios de segurança aos responsáveis de obras e
centros autónomos (agregados/pedreiras);
37,4%
global
0%
10%
20%
• Complementos de subsídio de doença e acidentes de trabalho aos
colaboradores do quadro permanente até ao limite de 30 dias/
ano, para períodos de incapacidade temporária para o trabalho
superiores a oito dias, sendo que, em situações excepcionais de
doença grave, o período de concessão tem sido alargado;
• Realização da festa de Natal;
39,3%
masculino
Verifica-se igualmente que na Mota-Engil, tal como na economia
em geral, a taxa de rotatividade feminina é inferior à masculina e é
superior em escalões etários mais baixos (<30 anos).
30%
40%
50%
60%
• Disponibilização de veículos pesados de transporte de
colaboradores;
relatório de sustentabilidade 2009
151
08
desempenho
• Protocolo com o Banco Espírito Santo, permitindo aos
colaboradores da Mota-Engil Engenharia usufruírem de condições
mais vantajosas no crédito à habitação;
• Protocolo com vários ginásios e spas no sentido de permitir aos
colaboradores condições mais vantajosas de acesso, isenção de
pagamento de inscrição e usufruto das instalações em qualquer
parte do País;
• Condições especiais na utilização dos serviços da Casa da Calçada
em Amarante.
1.2. RELAÇÕES DE TRABALHO
As relações de trabalho na Mota-Engil Engenharia são reguladas
pelo Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) para o sector de
construção civil e obras públicas e, supletivamente, pela lei geral.
A totalidade dos trabalhadores está abrangida por este instrumento
de regulamentação colectiva do trabalho, ascendendo a taxa de
sindicalização a 12% num sector onde estes índices se apresentam
como tradicionalmente baixos.
Não existe na Organização qualquer comissão de trabalhadores
constituída.
A lei geral e o instrumento de regulamentação colectiva do trabalho
a que estão sujeitas as relações laborais na Mota-Engil Engenharia
fixam os períodos de pré-aviso a observar no caso de qualquer
mudança organizacional com impacto nas relações de trabalho,
mormente em caso de alteração do horário ou do local de trabalho,
encerramento de instalações ou outros processos conducentes à
alteração ou cessação das relações de trabalho.
1.3. SEGURANÇA OCUPACIONAL E MEDICINA NO TRABALHO
1.3.1 Segurança ocupacional
A segurança ocupacional constitui matéria de abordagem e
preocupação prioritárias no âmbito da actividade da Mota-Engil
Engenharia, num sector tradicionalmente associado a níveis
assinaláveis de sinistralidade laboral, apesar dos significativos
progressos obtidos nos últimos anos.
A empresa dispõe de um sistema de gestão da segurança e
medicina no trabalho implementado e certificado de acordo com o
referencial NP EN 4397 / OHSAS 18001:2007.
O planeamento das actividades de segurança e medicina no
trabalho tem em conta as características próprias da actividade da
Empresa, sendo um instrumento essencial para a prevenção dos
riscos profissionais.
A política de segurança ocupacional pretende garantir o
permanente conhecimento e cumprimento dos requisitos legais e
normativos aplicáveis à Organização e suas actividades, bem como
das orientações internas do Grupo. Pretende-se a promoção de uma
cultura comportamental responsável quanto à segurança e à saúde
no trabalho e prevenção dos riscos no exercício da actividade. Esta
política assenta na definição de metodologias e na elaboração
de documentos e instrumentos de planeamento que integram os
requisitos aplicáveis, que são difundidos pela organização.
São identificadas as necessidades e promovidas acções de
desenvolvimento das competências dos colaboradores através
de programas de formação contínua e participação em eventos
subordinados, assim como acções de informação e sensibilização.
relatório de sustentabilidade 2009
152
08
desempenho
Outro dos vectores de actuação passa pelo planeamento e pela
realização de auditorias técnicas de segurança e visitas de inspecção
que visam a avaliação da conformidade, a definição de acções
correctivas e a identificação de acções no sentido da melhoria
contínua do sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho.
As principais atribuições do Núcleo de Segurança centram-se
na análise detalhada dos projectos a executar, com vista à
recomendação de medidas de prevenção integrada e de forma
a introduzir no modo de execução das empreitadas as acções
conducentes à máxima segurança do pessoal e dos equipamentos,
avaliando e minimizando os riscos inerentes à execução da obra.
Modelo organizativo
O Núcleo de Gestão de Segurança (NGS), inserido na Direcção da
Qualidade, Ambiente e Segurança, encontra-se estruturado da
seguinte forma:
Este núcleo desenvolve ainda actividades de auditoria,
consultadoria e formação, possuindo, para o efeito, os suportes
formativos adequados às acções a empreender.
• Direcção de Segurança (agrega igualmente as áreas da qualidade
e ambiente) dirige um órgão executivo que coordena um conjunto
de técnicos profissionalmente habilitados que desempenham
diversas funções;
• Comissões de Segurança – são estruturas independentes
compostas por representantes dos principais níveis hierárquicos
com relevância na problemática da segurança e da saúde no trabalho.
• Responsável pelo Núcleo de Gestão de Segurança;
As comissões de segurança obedecem à seguinte tipologia:
• Técnicos NGS afectos à estrutura central (quatro em nos escritórios
de Lisboa e três nos escritórios do Porto) – têm como principais
funções o desenvolvimento de métodos e técnicas; a análise
e elaboração de documentos e instrumentos de prevenção,
identificação e apoio à implementação e avaliação do cumprimento
de requisitos; visitas de inspecção e acompanhamento e auditorias
técnicas de segurança, análise de programas de concurso e
preparação de elementos (no âmbito da segurança e saúde no
trabalho) para integração na resposta comercial a concursos;
assegurar o sistema de gestão de segurança e saúde;
• Comissão Geral de Segurança — órgão consultivo e informativo
do Conselho de Administração, sendo fórum privilegiado
para a reflexão e criação de uma cultura de segurança na
empresa. Cabe-lhe fundamentalmente a missão de promoção,
harmonização e dinamização de acções no âmbito da prevenção
de riscos profissionais, competindo-lhe ainda propor políticas,
objectivos e orientações no sentido de concretizar os objectivos
determinados pelo Conselho de Administração;
• Técnicos NGS afectos a projectos e obras específicos – têm
como principais funções a implementação do sistema em
obra, a realização de auditorias técnicas de segurança, visitas
de inspecção, elaboração de documentos e instrumentos de
prevenção. Exercem actualmente estas funções 30 técnicos.
• Comissões de Segurança de Obra — têm como âmbito de
actuação a implementação da política e das directivas da Empresa
nas respectivas obras, de acordo com uma metodologia de
funcionamento estabelecida em regulamento específico. Estas
comissões não devem limitar-se ao cumprimento dos requisitos
legais, devendo também ser o fórum apropriado para planear
a segurança do trabalho no estaleiro, verificar a adequação
relatório de sustentabilidade 2009
153
08
desempenho
do plano de segurança e saúde à obra e analisar os níveis de
prevenção ou protecção implementados;
• Comissões de Segurança de Centro de Exploração (Pedreiras)
— têm os mesmos objectivos das comissões de segurança de
obra, mas com âmbito de actuação ao nível da própria unidade de
exploração.
Formação, sensibilização e comunicação
As questões da segurança são acompanhadas da realização de um
conjunto de acções de que se salientam:
• Acções de acolhimento – normalmente de curta duração (cerca
de 30 minutos), dirigidas a todos os trabalhadores que integrem
o estaleiro; abordam regras gerais de segurança aplicáveis à
generalidade dos empreendimentos, bem como regras específicas
para o estaleiro em causa;
• Acções de sensibilização – também de curta duração e que
se destinam a alertar, genericamente, os diferentes grupos
de trabalho para os riscos de uma nova actividade (por ex:
imediatamente antes do início de uma escavação);
• Acções de formação específicas – com duração adequada ao tema
a tratar, destinadas a pequenos grupos, versando actividades de
risco, processos de trabalho inovadores ou pouco conhecidos dos
recursos humanos envolvidos, novos equipamentos, condições
particulares do local ou envolvente, entre outras;
• Acções de formação de especialização – dirigidas a grupos
específicos e destinadas a capacitar trabalhadores em actividades
definidas (por ex.: curso de primeiros socorros, formação de
gruistas, formação de operadores de substâncias explosivas);
• Acções de formação em geral — inclusão sistemática de um
módulo de saúde e segurança laboral;
• Participação dos trabalhadores em comissões de segurança e
acções de divulgação, nomeadamente através da afixação de
cartazes, da divulgação de pequenas brochuras e da distribuição
a todos os trabalhadores do “Manual de Normas Básicas de
Segurança e Ambiente”.
Lei geral e instrumentos
de regulamentação colectiva do trabalho
As matérias de segurança ocupacional são enquadradas por vários
diplomas legais, designadamente o Decreto-Lei nº 441/91, de 14 de
Novembro, e a Lei nº 99/2004, de 27 de Agosto.
Para além destes diplomas de carácter genérico, existe ainda
um diploma específico para o sector da construção (Decreto-Lei
nº 273/2003, de 29 de Outubro), um outro para as centrais de
agregados/pedreiras (Decreto-Lei nº 324/95, de 29 de Outubro) e
regulamentação conexa.
Ao nível da contratação colectiva, avulta o Contrato Colectivo de
Trabalho para a Indústria da Construção Civil e Obras Públicas. Este
instrumento fixa um conjunto de regras em matéria de organização dos
serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho, obrigações do empregador, obrigações gerais dos trabalhadores, medidas de segurança e
protecção, representação dos trabalhadores e controlo de alcoolemia.
É ainda de referir que se mantém a colaboração com o Sindicato
dos Trabalhadores da Construção, Madeiras, Mármores, Pedreiras,
Cerâmica e Materiais de Construção do Norte, tendo esta entidade
efectuado acções de informação/sensibilização para as matérias de
segurança e saúde no trabalho nos estaleiros mais representativos
da empresa em território nacional.
relatório de sustentabilidade 2009
154
08
desempenho
Indicadores de segurança ocupacional
Durante o ano 2009, realizaram-se 777 reuniões de Comissões de
Segurança em obra, estando presentes, em média, sete participantes
por reunião, efectuadas pelos diversos centros de custo.
de receituário e requisições de meios auxiliares de diagnóstico no
âmbito do Serviço Nacional de Saúde.
A Comissão de Segurança dos Agregados reuniu-se por cinco
vezes, com uma média de nove participantes (a estas reuniões
acrescem as 59 reuniões periódicas de segurança realizadas nos
15 centros de produção de agregados, contando em média com 11
participantes). Na área de fundações e geotecnia, foram efectuadas
10 reuniões com uma média de oito trabalhadores por reunião. Na
electromecânica realizaram-se três reuniões com uma média de
seis trabalhadores por reunião. Na Direcção de Betões, Rochas
Ornamentais e no Laboratório Central foi efectuada uma reunião
por cada área, com uma média de seis participantes.
• Realização de diagnóstico preventivo
• Vacinação anti-gripe
• Realização de campanha de dádiva de sangue
1.3.2 Medicina no trabalho
No âmbito da medicina no trabalho e nos termos da lei, todos os
colaboradores estão obrigados à realização de exames médicos
para aferir a aptidão física e psíquica no exercício da sua actividade.
Neste sentido, são assegurados exames médicos que se encontram
tipificados em exames de admissão, periódicos e ocasionais. Estes
últimos são efectuados sempre que ocorram ausências superiores a
30 dias causadas por doença ou acidente que tenham repercussão
na saúde do trabalhador.
Em matéria de controlo de alcoolemia e de modo a prevenir
acidentes/incidentes que tenham como origem o consumo de álcool
durante o horário de trabalho, a Mota-Engil Engenharia dispõe de
procedimento específico para prevenção e controlo do alcoolismo,
aplicável a todos os trabalhadores da Mota-Engil Engenharia e de
entidades subcontratadas.
Os serviços da medicina no trabalho estão disponíveis em todos os
locais de operação da Mota-Engil Engenharia.
Complementarmente, a Mota-Engil Engenharia disponibiliza, nos
escritórios de Porto e Linda-a-Velha, um Serviço de Medicina
Curativa, com a presença semanal de um médico. A actividade
deste médico está inserida num protocolo com as Administrações
Regionais de Saúde de Porto e Lisboa, o que permite a utilização
São de destacar as seguintes actividades desenvolvidas neste âmbito:
Semestralmente, são realizadas, por entidade externa acreditada,
avaliações de exposição ocupacional nas áreas de escritórios de
Porto e Linda-a-Velha, sendo analisados os seguintes parâmetros:
partículas em suspensão, dióxido de carbono, monóxido de
carbono, temperatura e humidade relativa, ruído, iluminação,
campos electromagnéticos e microrganismos em suspensão no ar.
No capítulo da prevenção e resposta a emergências, encontram-se
definidas as metodologias que permitem responder a situações de
emergência, mediante a implementação de planos de emergência
no âmbito da segurança ocupacional e da medicina no trabalho.
É ainda promovida a medicina preventiva relativamente à
constatação de doenças profissionais, através de visitas periódicas
dos médicos aos locais de trabalho, visando o levantamento dos
riscos para a saúde dos trabalhadores e posterior implementação
das acções preventivas e/ou correctivas.
relatório de sustentabilidade 2009
155
08
desempenho
No que toca a doenças ocupacionais, não se registou nenhum caso a
reportar, inserindo-se a sua prevenção nos princípios supra-enunciados.
Também não se registou, durante o ano de 2009, nenhum caso de
acidente mortal entre os trabalhadores da Mota-Engil Engenharia.
1.4. FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO
O plano de formação dos colaboradores da Mota-Engil Engenharia
pretende reflectir as necessidades diagnosticadas junto de cada
área de negócio e adopta as seguintes linhas de orientação:
Ainda neste âmbito, no que concerne a programas de educação,
formação, aconselhamento, prevenção e controlo de risco para os
colaboradores, a Mota-Engil Engenharia desenvolveu um plano de
aconselhamento específico para expatriados. Qualquer expatriado,
antes de partir, é aconselhado a fazer a “Consulta do Viajante”, no
Centro de Saúde respectivo, sendo habitualmente sensibilizado
para prevenir e tratar as doenças específicas dos locais de destino
(como por exemplo, a malária, profilaxia, etc.).
Formação técnica
Promover formação específica que garanta o reforço e o
alargamento da base de conhecimentos e valências técnicas e
de gestão de todos os quadros, designadamente daquelas que se
apresentam como mais críticas à prossecução dos objectivos
da empresa nas suas diversas áreas;
Apresentam-se de seguida os rácios relativos a segurança e saúde
no trabalho da Mota-Engil Engenharia, calculados de acordo com as
orientações GRI.
Formação comportamental
Dinamização de projectos de formação contínua na área
comportamental, nomeadamente ao nível de liderança, gestão
da mudança, espírito de equipa e comunicação, permitindo aos
diferentes níveis da Organização a melhoria de comportamentos e
Rácios de acidentes, dias perdidos E absentismo relacionados com o trabalho
agregados
betões
hidrául.
const.
infr.
engenh.
electrom
fundaç. e
equipamentos geotecnia
imobiliária
laborat.
central
rochas
ornament.
estrutura
administr.
Nº total trabalhadores
227
87
2.251
86
180
145
22
26
29
Taxa lesões 5,5
3,4
7,0
8,9
7,8
9,0
0
0
27,6
425
1,2
Taxa dias perdidos
213,1
323,6
154,7
29,0
109,5
491,1
0
0
226,5
49,5
Taxa absentismo
802,7
910,4
522,2
301,2
672,9
784,4
0
239,0
595,5
558,3
Indice de frequência
21,31
12,74
25,97
16,72
22,48
22,49
0
0
138,13
4,95
Indice de gravidade
1,06
1,62
0,77
0,14
0,55
2,45
0
0
1,13
0,25
relatório de sustentabilidade 2009
156
08
desempenho
atitudes e o reforço das competências de gestão de equipas e de
orientação para os resultados;
Prevenção e segurança
Desenvolvimento de um conjunto articulado de acções, quer de
sensibilização, quer de qualificação, abrangendo um conjunto
alargado de colaboradores, a diferentes níveis, que reforce e
alargue os conhecimentos desta matéria, no sentido de garantir
o permanente cumprimento dos requisitos legais e consolidar os
padrões de excelência até hoje alcançados;
Informática
Alargamento e consolidação das competências dos utilizadores das
diferentes aplicações informáticas da empresa, designadamente do
SAP, nos seus diversos domínios de utilização, de forma a melhorar
os fluxos e consolidar a informação de gestão, e optimizar o ciclo de
produção dessa informação;
Conhecimento e inovação
Desenvolvimento de acções de formação/sensibilização que
promovam uma atitude de vigilância e gestão dos conhecimentos
da empresa e externos, assim como um ambiente aberto à
criatividade e à mudança, para identificação e desenvolvimento de
ideias inovadoras.
Em 2009, o total de horas de formação ministrada aos
colaboradores da Mota-Engil Engenharia atingiu as 48.649 horas,
o que corresponde a uma média de aproximadamente 14 horas de
formação por trabalhador – mais duas horas do que em 2008.
Número de Horas de Formação por Grupo Profissional
Grupo Profissional
nº horas nº médio
formação
horas
formação/
colaborador
Dirigentes
Praticantes/aprendizes
Profissionais altamente qualificados e qualificados
87
8
3.472
53
21.395
11
Profissionais não-qualificados
231
1
Profissionais semiqualificados
196
3
Quadros intermédios (inc. contra-mestres e chefes de equipa)
3.271
7
Quadros médios
6.426
32
Quadros superiores
13.571
26
Total
48.649
14
relatório de sustentabilidade 2009
157
08
desempenho
Número Médio de Horas de Formação por Grupo Profissional
26
quadros superiores
32
quadros médios
7
quadros intermédios
3
profissionais semiqualificados
1
profissionais não-qualificados
profissionais altamente
qualificados
11
53
praticantes / aprendizes
8
dirigentes
0
10
20
30
40
50
60
nº médio de horas de formação
Como reflectem os gráficos anteriores, foi no grupo dos
praticantes/aprendizes que se registou o maior número médio de
horas de formação por colaborador (53 horas) e, em contrapartida,
foram os profissionais não-qualificados os que tiveram, em média,
menos horas de formação – uma hora por colaborador.
1.5 DIVERSIDADE E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
A Mota-Engil Engenharia pratica uma rigorosa política de igualdade
de oportunidades, integrando nas suas fileiras homens e mulheres
de várias nacionalidades e etnias.
Essa política é extensiva a todos os aspectos da vida laboral
e envolve uma atitude de tratamento igualitário e de
não-discriminação em matérias como recrutamento e selecção
de recursos humanos, política salarial, progressão na carreira e
todos os demais aspectos atinentes à relação de trabalho.
Atenta a natureza das actividades desenvolvidas pela empresa,
existe, contudo, um claro predomínio de trabalhadores do sexo
masculino, com excepção dos quadros superiores, onde se esbate
essa diferença.
Em relação à política remuneratória e tendo em conta a escassa
representatividade de trabalhadoras do sexo feminino em alguns
grupos profissionais, constata-se não existirem diferenças
significativas entre os níveis salariais praticados entre homens
e mulheres.
relatório de sustentabilidade 2009
158
08
desempenho
08.3.2
ambiente e serviços
suma, SERVIÇOS URBANOS
E MEIO AMBIENTE, SA
1. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS
Introdução
A Gestão de Recursos Humanos na SUMA procura reflectir, tal como
na Mota-Engil Engenharia, a estratégia e a política geral de recursos
humanos do Grupo adoptada a nível corporativo, adaptando-a às suas
características próprias e do sector de actividade em que está envolvida.
No plano estratégico, a SUMA vê igualmente nos recursos humanos
um elemento diferenciador fundamental e o seu mais valioso activo ao
serviço da competitividade e criação de valor duradouro.
A política de recursos humanos da SUMA tem como principal
responsável o membro do Conselho de Administração da empresa titular
do pelouro, suportando-se na sua Direcção de Recursos Humanos,
que acumula funções nas áreas administrativa e de desenvolvimento
de recursos humanos, bem como na Comissão de Desenvolvimento de
Recursos Humanos da Mota-Engil SGPS.
Os indicadores de actividade formativa revelam valores que ultrapassam
as metas definidas e que indicam um volume de formação que se
aproxima de valores consistentes com os objectivos da Organização.
As 1.954 presenças registadas e as 516 acções de formação realizadas
revelam um indicador que merece ser destacado face aos recursos
humanos e materiais dedicados à gestão e execução das actividades
formativas do Grupo SUMA.
SUMA Experience
Com o objectivo de incrementar uma identificação com os valores
SUMA, fortalecer o compromisso dos colaboradores com a Organização,
introduzir políticas activas que acrescentem valor aos quadros do Grupo
e implementar políticas de retenção, foi dada continuidade ao programa
SUMA Experience. Mantiveram-se os programas de sinalização dos
aniversários de todos os trabalhadores e o programa de consultas
personalizadas de dietética. Em 2008 foi iniciado um projecto de
promoção dos níveis de saúde – “Food for Life” – com a realização de
um rastreio nutricional, onde foi avaliado um conjunto de indicadores.
Dos 42 rastreios realizados foram identificados 19 casos com risco
nutricional, tendo sido estes colaboradores encaminhados para a
consulta personalizada de dietética. Em 2009 foram realizadas 70%
das 60 consultas previstas. A adesão ao programa e o “feedback” dos
participantes são fortes indicadores do grau de satisfação alcançado.
Resta aguardar pelos efeitos na saúde dos participantes. O ano de 2009
foi também o ano da implementação absoluta do ERP SAP na área da
GRH, o que requereu esforços adicionais no sentido de dar formação
a todos os colaboradores do Grupo que participam no processo
administrativo de recursos humanos nos vários Centros de Serviço.
Modelo corporativo de funções e competências
A implementação do modelo corporativo de funções e competências no
Grupo SUMA responde a um conjunto de prioridades estratégicas de
recursos humanos definido no âmbito do plano estratégico “Ambição
2013”. Com a implementação do modelo de funções e competências
espera-se um conjunto de benefícios: alinhamento estratégico e
prioridades da Organização; clarificação de responsabilidade e papéis;
identificação e desenvolvimento das competências que acrescentam
valor à função e ao negócio; e consolidação de uma cultura e de uma
identidade, assentes em competências e atitudes partilhadas. O modelo
corporativo de funções e competências será uma ferramenta central
de gestão de recursos humanos, através da sua ligação aos restantes
processos de desenvolvimento de pessoas.
relatório de sustentabilidade 2009
159
08
desempenho
Em 2009 foram concluídas as principais etapas da implementação
do modelo de funções e competências, nomeadamente descrição,
sistematização e integração dos descritivos, processo realizado
com o apoio dos serviços da Mota-Engil Serviços Partilhados.
A gestão de recursos humanos registou no ano de 2009, numa das
suas competências que é o recrutamento e selecção, um volume de
processos estável e similar aos anos anteriores, tendo-se verificado
uma variação de 3% no número processos e 7% no número
de colaboradores solicitados para contratação. É de salientar,
durante o ano de 2009, o aumento de processos na contratação
de colaboradores para funções técnicas, representativo de um
investimento e de um reforço nas competências técnicas
e nos conhecimentos específicos da Empresa.
assim como durante o ano de 2009 entrou diversa legislação na área
laboral, o que implicou a alteração de processos e de parametrizações
no SAP, bem como a formação dos RH-Sede e RH-Centros.
Protecção social
Em matéria de protecção social, a SUMA efectua as contribuições
obrigatórias para o regime geral da Segurança Social portuguesa,
as quais, no ano 2009, ascenderam a € 6.739.974.
A Empresa não recebeu qualquer valor a título de subsídios.
1.1 PRÁTICAS LABORAIS E RELAÇÕES DE TRABALHO
Emprego
O ano de 2009 representou para a SUMA um período de acréscimo
de actividade, o que se traduziu num aumento de 24% do seu
efectivo laboral.
Em Abril de 2009, a empresa RIMA foi integrada no serviço de GRH,
perfazendo um total de 11 empresas a serem processadas pelos
Recursos Humanos, com um total de 2.100 trabalhadores. Com este
número de trabalhadores e programas salariais, foram alterados
procedimentos e normas internas de recursos humanos.
Em Fevereiro de 2009 entra em vigor o novo código do trabalho,
Assim, o número de trabalhadores, em 31 de Dezembro de 2009,
ascendia a 2.612, contra 2.114 na mesma data do ano 2008.
Número de trabalhadores por Grupo Profissional, Género e Faixa Etária
<30
grupo profissional
30 a 50
total
masc.
>50
total total
total geral geral
femin.
2009
2008
masculino
feminino
masculino
feminino
masculino
Praticantes/aprendizes
1
2
0
0
0
0
2
1
3
-
Profissionais altamente qualificados e qualificados
1
3
7
17
2
1
21
10
31
501
Profissionais não-qualificados
89
315
246
849
49
239
1.403
384
1.787
1.396
Profissionais semiqualificados
23
82
25
361
3
115
558
51
609
23
Quadros intermédios 0
(inc.
contra-mestres e chefes de equipa)
Quadros médios
Quadros superiores
Total por género 13
feminino
0
1
39
0
26
65
1
66
85
14
25
25
0
5
44
38
82
77
0
0
8
23
0
3
26
8
34
32
127
416
312
1.314
54
389
2.119
493
2.612
2.114
relatório de sustentabilidade 2009
160
08
desempenho
Como se pode constatar, existe uma predominância de trabalhadores
do sexo masculino na SUMA – cerca de 81% do total de efectivos –,
situação resultante das características específicas do sector.
O grupo profissional que integra o maior número de trabalhadores é
o dos profissionais não-qualificados, representando 68% do total de
efectivos.
No que respeita à distribuição em termos de género, é também no
grupo dos profissionais não-qualificados que se encontra a maior
percentagem de trabalhadores do sexo masculino. Quanto ao sexo
feminino, é também mais expressivo neste grupo, seguido dos
grupos de profissionais semiqualificados e quadros médios.
Refira-se ainda que, em 2009, cerca de 62% dos efectivos da SUMA
se encontravam na faixa etária entre os 30 e os 50 anos.
Comparativamente a 2008, registou-se um aumento significativo no
recrutamento de profissionais semi-qualificados e uma expressiva
redução na contratação de profissionais altamente qualificados
e qualificados.
No quadro abaixo apresentado pode ser analisada a estrutura dos
recursos por tipo de contrato e região.
Número de Trabalhadores por Tipo de Contrato e Região
RegiãoContrato ContratoContrato
termo certo
termo incerto
sem termo
Açores
2
9
0
11
Angola
514
0
0
514
Centro
201
17
345
563
Norte
381
144
976
1.501
10
10
3
23
935
31
1.148
2.114
Sul
Total geral
contrato
sem termo
contrato
termo incerto
contrato
termo certo
0
açores
angola
centro
100
norte
200
sul
300
400
500
600
total
geral
700
800
900
1.000
1.100
1.200
1.300 1.400
relatório de sustentabilidade 2009
161
08
desempenho
Em 2009, os trabalhadores contratados a termo representavam 46%
dos efectivos laborais, valor ligeiramente superior ao registado
em 2008.
Devido ao facto de a actividade da SUMA ter como base contratos
limitados no tempo, geralmente efectuados com câmaras municipais
e/ou associações de municípios, as contratações de novos
trabalhadores são, em regra, efectuadas através de contratos a termo.
Taxa de Rotatividade por Género e Faixa Etária
Em 2009 a taxa de rotatividade feminina foi superior à masculina,
contrariando o que se verificou no ano anterior.
Em termos de regiões, a taxa de rotatividade foi superior nos Açores
e na região Sul, nesta última parcialmente explicada pela maior
oferta sazonal de trabalho.
Benefícios
A SUMA assegura aos seus trabalhadores um conjunto de benefícios,
de que se destacam:
• Distribuição de presentes de Natal aos filhos dos colaboradores;
23,5%
> 50 anos
24,5%
30 a 40 anos
43,8%
< 30 anos
• Protocolo de acordo com entidades financeiras, como o Banco
Português de Investimento (BPI) e o Millenium BCP, permitindo aos
trabalhadores da SUMA usufruírem de condições mais vantajosas
no crédito à habitação;
27,3%
masculino
33,0%
feminino
28,4%
global
0%
10%
20%
30%
50%
60%
Tendo em conta a natureza da actividade desenvolvida pela
SUMA, verifica-se que a rotatividade é elevada, nomeadamente
em trabalhadores com idade inferior a 30 anos, o que se explica
pelo facto de mais facilmente conseguirem emprego noutro tipo
de actividade. À medida que a faixa etária vai aumentando, a
rotatividade vai diminuindo, devido ao facto de estes trabalhadores
ficarem com menos opções de escolha.
• Protocolo de Acordo com ginásios e spas, nomeadamente
com o Holmes Place, o Clube FIT e o SPA GES, permitindo aos
trabalhadores a obtenção de condições de acesso mais vantajosas,
a isenção de pagamento de inscrição e o usufruto das instalações
das entidades visadas em qualquer parte do País;
• Protocolo de acordo com agências de viagens, permitindo aos
trabalhadores da SUMA a obtenção de viagens e pacotes turísticos
com descontos até 5% e com condições de pagamento idênticas às
da Organização;
• Atribuição de seguro de acidentes pessoais a todos os
colaboradores logo que perfaçam sete meses de trabalho e seguro
de saúde apenas a colaboradores com antiguidade superior a 36 meses.
relatório de sustentabilidade 2009
162
08
desempenho
1.2 RELAÇÕES DE TRABALHO
As relações de trabalho na SUMA não são reguladas por qualquer
instrumento de regulamentação colectiva do trabalho, vigorando
a Lei Geral do Código de Trabalho. Não existe na Empresa qualquer
comissão de trabalhadores.
A lei geral fixa os períodos de pré-aviso a observar no caso de
qualquer mudança organizacional com impacto nas relações de
trabalho, mormente em caso de alteração do horário ou do local
de trabalho, encerramento de instalações ou outros processos
conducentes à alteração ou cessação das relações de trabalho.
1.3 SEGURANÇA OCUPACIONAL E MEDICINA NO TRABALHO
1.3.1 Segurança ocupacional
De acordo com o quadro normativo vigente, os empregadores são
obrigados a organizar serviços de segurança, higiene e saúde no
trabalho (SHST), de modo a abranger todos os trabalhadores que
desempenham funções na Organização, incluindo, obviamente, o
próprio empregador quando desempenhe também actividade.
Os serviços de segurança e higiene no trabalho são internos e
geridos pela SUMA com recursos próprios (técnicos superiores de
SHST), abrangendo todas as pessoas que nela trabalham e em cujas
instalações se encontrem. Estes serviços, cujos principais objectivos
são a prevenção e a redução dos riscos profissionais e a promoção
da segurança, higiene e saúde dos trabalhadores, desenvolvem as
seguintes actividades:
• Conhecer a legislação de SHST e assegurar o cumprimento dos
requisitos legais aplicáveis à Organização;
• Identificar os perigos, avaliar os riscos e definir acções de
prevenção e controlo dos riscos identificados;
• Informar e formar os trabalhadores sobre os riscos identificados e
respectivas medidas de prevenção e controlo;
• Aplicar e fazer cumprir a política, os programas e os procedimentos
definidos pela Organização, relacionados com a higiene e
segurança;
• Promover, em conjunto com os estabelecimentos da Organização,
a elaboração de planos de emergência e a realização periódica dos
respectivos simulacros;
• Realizar a análise de todos os incidentes e definir as respectivas
acções correctivas;
• Recolher e organizar os elementos estatísticos relativos à
segurança dos trabalhadores, de forma a possibilitar a obtenção de
conclusões que permitam a respectiva prevenção e organização, de
modo a efectuar-se um estudo dos potenciais riscos profissionais;
• Suspender a execução de qualquer trabalho em caso de risco
iminente para a integridade e a saúde dos trabalhadores;
• Informar a Administração de todas e quaisquer situações que
coloquem em risco a integridade ou a saúde dos trabalhadores;
• Acatar as recomendações das autoridades e entidades competentes
no âmbito da SHST;
• Providenciar os meios de prevenção e de protecção colectiva e
individual definidos como obrigatórios ou necessários;
• Fazer respeitar a sinalização e as instruções de segurança e
emergência;
relatório de sustentabilidade 2009
163
08
desempenho
• Elaborar e enviar, anualmente, o relatório de actividades de
cada estabelecimento da SUMA para as autoridades/entidades
competentes no âmbito da SHST;
• Participar nas reuniões das várias Comissões Locais de SHST.
1.3.2 Medicina no trabalho
Os serviços de medicina no trabalho na SUMA são externos e
prestados por uma empresa prestadora de serviços de SHST.
A vigilância da saúde, tendo como objectivos fundamentais a
prevenção de doenças profissionais e de doenças relacionadas com o
trabalho, deve ainda promover o bem-estar dos trabalhadores como
factor de produtividade, nomeadamente:
• Conhecer os postos de trabalho, estabelecendo, para cada um, os
factores de risco a ter em conta, e adequar os exames médicos dos
trabalhadores aos factores de risco caracterizados no seu posto de
trabalho;
• Realizar os exames médicos de admissão, periódicos e de regresso
ao trabalho, e analisar os exames complementares de diagnóstico
necessários à avaliação do estado de saúde do trabalhador, tendo
em atenção as características do posto de trabalho;
• Colaborar na escolha dos meios de protecção individual mais
adequados ao trabalhador;
• Incentivar os trabalhadores a adoptarem boas práticas de trabalho
(vacinação, educação para a saúde, nutrição e reabilitação).
A SUMA promove a realização de exames de saúde, tendo em vista
verificar a aptidão física e psíquica dos trabalhadores para o exercício
da actividade, bem como a repercussão desta e das condições em
que é prestada na saúde dos mesmos.
Os serviços de SHST são geridos na SUMA em duas Coordenações:
• Segurança e higiene do trabalho: Serviços de Qualidade,
Ambiente e Segurança (QAS), que integram a Coordenação de
Sustentabilidade (que por sua vez, reporta à Administração);
• Medicina no Trabalho: Coordenação de Gestão de Recursos
Humanos (que reporta à Administração).
As Coordenações em questão gerem e operacionalizam cada uma
a sua área e equipa de trabalho com base nos objectivos e metas,
comunicando entre si periodicamente, nomeadamente quando há a
necessidade de passagem de informação entre si ou para a empresa
prestadora de serviços de medicina no trabalho e em concreto nas
seguintes situações:
• Política de gestão nos compromissos de SHST;
• Objectivos e metas a cumprir e atingir para a SHST;
• Programa de gestão nas acções relativas à SHST;
• Identificação de perigos e avaliação de riscos para SHST;
• Avaliações específicas de SHST: ruído, vibrações, agentes
biológicos, ergonomia, etc.;
• Monitorização e medição do desempenho;
• Documentação e registos relativos a SHST.
Modelo organizativo
A estrutura de segurança ocupacional e medicina no trabalho da
SUMA assenta no seguinte modelo organizativo:
• Comissão Geral de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
(CGSHST) – órgão interno responsável pela coordenação e
execução do programa de gestão e segurança, higiene e saúde no
trabalho, que funciona na dependência do director-geral da SUMA e
membro do Conselho de Administração.
relatório de sustentabilidade 2009
164
08
desempenho
As principais atribuições desta comissão centram-se no
planeamento, coordenação e controlo do programa; na concepção e
gestão do sistema de informação dos indicadores de desempenho,
proposta das actividades; no encetar as acções internas de
divulgação; na sensibilização e formação; e na elaboração do
relatório das suas actividades.
Este órgão reúne ordinariamente uma vez por mês e
extraordinariamente sempre que convocado para o efeito.
• Comissões Locais de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
(CLSHST) – estas comissões existem em cada um dos centros de
serviços da SUMA, tendo por missão a execução do programa ao
nível local.
Compõem cada uma destas comissões a chefia dos respectivos
serviços e um conjunto de trabalhadores representativos de cada
centro. As comissões reúnem ordinariamente uma vez por mês e
extraordinariamente sempre que convocadas para o efeito.
Formação, sensibilização e comunicação
No âmbito do seu plano geral de formação, a SUMA desenvolve um
conjunto de acções de formação de higiene e segurança no trabalho
para os seus colaboradores.
Lei geral e instrumentos de regulamentação
colectiva do trabalho
As matérias de segurança ocupacional são enquadradas por vários
diplomas legais, designadamente o Decreto-Lei nº 441/91, de 14
de Novembro, e a Lei nº 99/2004, de 27 de Agosto, conforme já
anteriormente referido a propósito da Mota-Engil Engenharia.
Não existindo instrumento de regulamentação colectiva de trabalho
com incidência no sector de actividade da SUMA, a Empresa rege-se
nesta matéria pela lei geral.
No âmbito da segurança e saúde no trabalho da SUMA, apresentamse de seguida alguns indicadores calculados de acordo com as
orientações GRI:
Rácios de acidentes, doenças profissionais, dias perdidos e absentismo relacionados com o trabalho
número
de trabalhadores
2115
horas
trabalhadas
3.764.911
* Índices calculados de acordo com as fórmulas OIT
nº de
acidentes
trabalho
332
nº de dias
perdidos
6.598
taxa de
lesões
17,6
taxa de
doenças
ocupac.
17,6
taxa de
dias
perdidos
350,5
índice de
frequência
(if)*
88,2
índice
gravidade
(ig)*
1,8
relatório de sustentabilidade 2009
165
08
desempenho
1.4 Formação e educação
O ano de 2009 foi de continuidade no investimento da actividade
formativa, com um reforço significativo nos cursos de formação
promovidos directamente pelo departamento de formação.
As acções de formação em sala registaram um aumento de
36%, tendo-se contabilizado 1.954 presenças no total de acções
realizadas em 2009 (incluindo formação interna, externa e no
local de trabalho). Reforçou-se o número de cursos de formação
profissional de imagem institucional e relação com o cliente, bem
como as acções de formação com temáticas associadas à área de
higiene e segurança no trabalho.
Este foi também o ano de reforço no Programa de Acolhimento
e Reciclagem (PAR). Ao longo de 2009 foi realizado um
acompanhamento ao grau de implementação do PAR nos centros
de serviço SUMA, o que permitiu introduzir um conjunto de
melhorias em diferentes áreas, tais como concepção de conteúdos,
metodologias de registo e agilização de processos. Em 2009, a
agilização do processo de formação no local de trabalho permitiu
recolher o registo da formação de acolhimento de todos os
colaboradores admitidos nos centros de serviço, num total de 441
registos contabilizados.
Em Dezembro de 2009, a SUMA obteve a renovação da acreditação
enquanto entidade formadora, por um novo período de três anos,
por parte da Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho
(ex–IQF). A SUMA manteve todos os domínios de intervenção, tendo
a sua oferta formativa crescido de cinco para 10 áreas de formação.
Em 2009 realizou-se uma intensa campanha relativa à prevenção e
informação sobre Gripe A que abrangeu todos os colaboradores do
Grupo SUMA.
Realizaram-se também diversas acções de formação no âmbito
da saúde, higiene e segurança no trabalho que se traduziram
numa maior consciencialização dos trabalhadores face a temas
específicos, como a avaliação de riscos profissionais ou utilização
de EPI.
A avaliação de desempenho é realizada semestralmente pela
chefia directa de cada colaborador, através de um ficheiro criado
para o efeito.
Em 2009, foram realizadas 516 acções de formação, envolvendo
1.954 trabalhadores e um volume de 9.021,5 horas de formação.
Refira-se que, face a 2008, houve um acréscimo significativo no
número de horas de formação.
Número de Horas de Formação por Grupo Profissional
Grupo Profissional
nº horas nº médio
formação
horas
formação
colaborador
Praticantes/aprendizes
Profissionais altamente qualificados e qualificados
6
2,0
482,5
15,6
Profissionais não-qualificados
1.913,5
1,1
Profissionais semiqualificados
2.328,5
3,8
401
6,1
Quadros médios
Quadros intermédios 2.682,5
32,7
Quadros superiores
1.207,5
35,5
Total geral
9.021,5
3,5
relatório de sustentabilidade 2009
166
08
desempenho
Número Médio de Horas de Formação por Grupo Profissional
35,5
quadros superiores
32,7
quadros médios
6,1
quadros intermédios
3,8
profissionais semiqualificados
1,1
profissionais não-qualificados
profissionais altamente
qualificados
15,6
2,0
praticantes / aprendizes
0
5
10
15
20
25
30
35
40
nº médio de horas de formação
Como reflectem os gráficos anteriores, foi o grupo dos quadros
superiores que registou o maior número médio de horas de
formação por colaborador (35,5), seguido dos quadros médios.
Em contrapartida, foram os profissionais não-qualificados os que
tiveram menos horas de formação, mantendo a tendência do ano
anterior.
Na SUMA, realizaram-se durante o ano de 2009 diversas acções de
formação no âmbito da saúde, higiene e segurança no trabalho que
se traduziram numa maior consciencialização dos colaboradores
face a temas específicos como higiene e segurança na operação
de varredura manual e operação de recolha de resíduos sólidos
urbanos – riscos/prevenção. A SUMA desenvolveu ainda um plano
de contingência e uma campanha de comunicação interna relativos
à Gripe A.
1.5 Diversidade e igualdade de oportunidades
A SUMA pratica uma rigorosa política no que respeita à defesa dos
princípios de igualdade e não-discriminação, integrando nas suas
fileiras homens e mulheres de várias nacionalidades e etnias.
Essa política é extensiva a todos os aspectos da vida laboral
e envolve uma atitude de tratamento igualitário e de
não-discriminação em matérias como recrutamento e selecção
de recursos humanos, política salarial, progressão na carreira
e todos os demais aspectos atinentes à relação de trabalho.
Todos os colaboradores têm à disposição, para consulta, afixada
nos seus locais de trabalho, a informação relativa aos direitos
e deveres do trabalhador em matéria de igualdade e
não-discriminação, nomeadamente a Norma Interna de Recursos
relatório de sustentabilidade 2009
167
08
desempenho
Humanos – NI_RH_021 – Princípio da não-discriminação, o artigo
22º e seguintes do Código Trabalho, o artigo 33º e seguintes do
Código Trabalho; o artigo 66º e seguintes da Lei nº 35/2004, de 29
de Julho, e o Decreto-lei nº 143/99, de 30 de Abril.
08.3.3
grupo mota-engil
1. DIREITOS HUMANOS
O Grupo Mota-Engil respeita e promove os Direitos Humanos em todos
os contextos culturais, socioeconómicos e geográficos onde opera.
Esse comportamento é naturalmente extensivo às práticas do Grupo,
quer em matéria de política de investimentos, quer na gestão da
cadeia de fornecimento, procurando tornar extensíveis à mesma os
princípios por que se rege nas actividades directamente exercidas,
designadamente em matéria de saúde e segurança no trabalho.
Não se registaram no interior de qualquer das empresas do
Grupo situações de discriminação, estando, por outro lado,
completamente salvaguardados os direitos associativos do foro
laboral, mormente a liberdade de associação e de negociação
colectiva, o que corresponde, de resto, a um imperativo de natureza
constitucional e legal.
Não existem no Grupo quaisquer situações de trabalho infantil
ou forçado.
Os trabalhadores ou entidades subcontratadas envolvidos em
questões de segurança (“security”) de instalações e salvaguarda
dos seus bens (não existem no Grupo trabalhadores ou entidades
subcontratadas envolvidos em missões de segurança pessoal)
respeitam, nas suas interacções pessoais, os direitos legalmente
consagrados em cada espaço geográfico onde exercem as
suas funções.
Refira-se, por último, que o Grupo Mota-Engil não exerce
habitualmente actividade em qualquer território onde estejam
ou possam estar em causa os direitos das populações ou
povos indígenas.
2. SOCIEDADE
O Grupo Mota-Engil privilegia de forma muito particular o
seu relacionamento com as comunidades locais, avaliando
regularmente os impactos ambientais e sociais provocados pelas
suas actividades.
O Grupo Mota-Engil respeita os mais elevados padrões de
ética, nomeadamente os relativos a promoção da concorrência
justa e proibição de subornos, pagamentos ilícitos e corrupção,
não existindo quaisquer situações a reportar a este nível nem
penalizações ou multas decorrentes da incursão em qualquer
comportamento ilícito neste âmbito.
Em matéria de políticas públicas, o Grupo não toma habitualmente,
nem de forma directa, quaisquer posições, nem procede a
quaisquer contribuições para organizações políticas.
3. RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO
A análise dos impactos na saúde e na segurança dos clientes do
Grupo Mota-Engil está incorporada nos sistemas de gestão em
vigor, em particular na Mota-Engil Engenharia e na SUMA, cujo
desempenho é descrito neste relatório.
relatório de sustentabilidade 2009
08
desempenho
Em matéria de rotulagem de produtos e serviços, não são
frequentes os casos em que tal se mostre necessário, atendendo
à natureza da actividade desenvolvida pelo Grupo e em particular
pelas entidades-objecto de relato do seu desempenho, sendo,
porém, providenciadas todas as informações em matéria de
rotulagem quando exigidas.
Não existiram, em 2009, quaisquer casos de não-conformidade
nestas matérias nem quaisquer penalizações associadas, sejam de
carácter pecuniário ou outro.
A propósito deste tema e em relação às práticas relacionadas com
a satisfação dos clientes, as mesmas encontram-se já evidenciadas
noutro capítulo deste relatório.
Na sua política de comunicação de marketing, o Grupo Mota-Engil
cumpre na íntegra as determinações legais em vigor, não existindo
quaisquer situações de não-conformidade ou aplicação de
sanções a relatar.
O mesmo se diga, por último, relativamente ao respeito pelos
direitos de personalidade dos clientes do Grupo Mota-Engil,
designadamente em matéria de defesa e salvaguarda do seu direito
à privacidade na gestão do relacionamento com aqueles, não
existindo até à data quaisquer reclamações a registar a este título.
168
09
índice GRI
ambição
Resultados
que projectam
a ambição de chegar
mais longe
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perfil
capítulo
página
1. ESTRATÉGIA E ANÁLISE
1.1 Mensagem do Presidente
1
4a6
1.2 Descrição dos Principais Impactos, Riscos e Oportunidades
2, 5 e 8
8 a 10, 65 a 73, 110 a 168
2.1 Nome da organização
4
22
2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços
4
23 e 24
2.3 Estrutura operacional da organização, incluindo principais divisões,
4
25
2.4 Localização da sede da organização
4
22
2.5 Número de países em que a organização opera e nome dos países em que
4
30
2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade
4
22
2.7 Mercados servidos
4
26 a 30
2.8 Dimensão da organização
4
27 a 29
2.9 Mudanças significativas realizadas, durante o período de elaboração
3
20 e 21
3.1 Período a que se referem as informações
3
12
3.2 Data do Relatório mais recente
3
12
3.3 Ciclo de reporte
3
12
3.4 Contactos para questões relacionadas com o Relatório ou o seu conteúdo
3
12
3.5 Processo para a definição do conteúdo do Relatório
3
13 a 15
3.6 Limites do Relatório
3
13 a 15
3.7 Outras limitações de âmbito específico
3
13 a 15
3.8 Base para a elaboração do relatório no que se refere a “joint
3
15
2. PERFIL ORGANIZACIONAL
unidades operacionais, subsidiárias e “joint ventures”
as suas principais operações estão localizadas ou são especialmente relevantes
para as questões da sustentabilidadecobertas pelo Relatório
do Relatório, relacionadas com tamanho, estrutura ou controlo accionista
3. PARÂMETROS DO RELATÓRIO
Perfil do Relatório
Âmbito e Limites do Relatório
ventures”, subsidiárias, instalações arrendadas, operações
subcontratadas e outras entidades que possam afectar significativamente
a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações
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perfil
capítulo
página
3
13 a 15
3
13 a 15
3
13 a 15
9
169 a 175
3
16
4.1 Estrutura de Governo Societário
5
66 a 68
4.2 Indicar se o Presidente do Conselho de Administração também desempenha
5
66 a 68
5
66 a 68
5
66 a 68
5
66 a 68
5
66 a 68
3.9 Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos, incluindo
hipóteses e técnicas, que sustentam as estimativas aplicadas à
compilação dos indicadores e outras informações do Relatório
3.10 Explicação da natureza e das consequências de qualquer
reformulação de informações contidas em relatórios anteriores
e o motivo da reformulação
3.11 Mudanças significativas em comparação com anos anteriores,
no que se refere a âmbito, limite ou métodos de medição aplicados
no relatório.
Índice do Conteúdo GRI
3.12 Tabela que identifica a localização de cada elemento do Relatórioda GRI
Verificação
3.13 Políticas e procedimentos actuais existentes para fornecer verificações
externas do Relatório
4. GOVERNO SOCIETÁRIO, COMPROMISSOS
E ENVOLVIMENTO DE “STAKEHOLDERS”
Governo Societário
funções executivas (e, se for caso disso, as suas funções dentro
da administração da organização e as razões para tal composição)
4.3 Para organizações com uma estrutura de administração unitária, declaração
do número de membros independentes ou não-executivos
4.4 Mecanismos que permitem aos accionistas e trabalhadores fazerem
recomendações ao mais alto orgão de governação
4.5 Relação entre a remuneração para membros do mais alto órgão de
governação e demais executivos e o desempenho da organização (incluindo
desempenho social e ambiental)
4.6 Processos em vigor no mais alto órgão de governação para assegurar
que conflitos de interesse sejam evitados
relatório de sustentabilidade 2009
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índice GRI
perfil
capítulo
página
5
66 a 68
4.8 Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios
5
69 e 70
internos relevantes para o desempenho económico, ambiental e social,
6
75 e 76
assim como o estado da sua implementação
4
31, 32 e 45
4.9 Procedimentos do mais alto órgão de governação para supervisionar
5
66 a 68
5
66 a 68
5
69 e 70
5
69 e 70
5
70
4.14 Lista dos principais “Stakeholders”
5
72
4.15 Base para identificação e selecção dos principais Stakeholders
5
70 a 73
4.16 Formas de consulta dos “Stakeholders”, de acordo com a frequência
5
70 a 73
5
70 a 73
4.7 Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos
membros do mais alto órgão de governação para definir a estratégia
da organização para questões relacionadas com temas económicos,
ambientais e sociais
a identificação e gestão por parte da organização do desempenho
económico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes,
assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas
internacionalmente, códigos de conduta e princípios
4.10 Processos para a auto-avaliação do desempenho do mais alto órgão de
governação, especialmente com respeito ao desempenho económico,
ambiental e social
Compromissos com Iniciativas Externas
4.11 Explicação sobre se e como o princípio de precaução é tratado pela
organização
4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de
carácter económico, ambiental e social que a organização subscreve
ou endossa
4.13 Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou
organismos nacionais/internacionais
Envolvimento de “Stakeholders”
das consultas, por tipo ou grupo de “Stakeholders”
4.17 Principais questões e preocupações apontadas pelos “Stakeholders”
como resultado da consulta, e como a organização responde a estas
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índice GRI
Capítulo
Mota-Engil Engenharia
Páginas
SUMA
5. desempenho
Económico
8
EC1 EC2 EC3 EC4 EC5 EC6 EC7 EC8 EC9 Ambiental
8
EN1 EN2 EN3 EN4 EN5 EN6 EN7 EN8 EN9 EN10 EN11 EN12 EN13 EN14 EN15 EN16 EN17 EN18 EN19 EN20 EN21 EN22 EN23 EN24 EN25 EN26 117
117
117
117
117
118
118
-
120
120
120
120
120
120
121
-
125
126 e 127
128 e 129
129 e 130
131
131
131
132
133
133
133
133 a 136
136
136
139
139
139
140
140 e 141
141 e 142
142
142
142
143
143
143
143 e 144
144
144
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índice GRI
Capítulo
Mota-Engil Engenharia
Páginas
SUMA
136
136
-
144
144 e 145
-
149 e 150
150
150
151
151
154
155
155
155 e 156
156 e 157
148
157
160
161
161
162
162
164
164
165 e 166
165 e 166
159
166 e 167
Direitos Humanos
HR1 HR2 HR3 HR4 HR5 HR6 HR7 HR8 HR9
167
167
167
167
167
167
167
167
167
167
167
167
167
167
167
167
167
167
Sociedade SO1 SO2 SO3 SO4 167
167
167
167
167
167
167
167
EN27 EN28 EN29 EN30 Social Práticas Laborais e Relações de Trabalho
LA1 LA2 LA3 LA4 LA5 LA6 LA7 LA8 LA9 LA10 LA11 LA12 LA13 LA14 8
relatório de sustentabilidade 2009
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09
índice GRI
Capítulo
Mota-Engil Engenharia
Páginas
SUMA
SO5 SO6
SO7 SO8 167
167
167
167
167
167
167
167
Responsabilidade pelo produto
PR1 PR2 PR3 PR4 PR5 PR6 PR7 PR8 PR9 167 e 168
167 e 168
167 e 168
167 e 168
167 e 168
167 e 168
167 e 168
167 e 168
167 e 168
167 e 168
167 e 168
167 e 168
167 e 168
167 e 168
167 e 168
167 e 168
167 e 168
167 e 168
relatório de sustentabilidade 2009
anexo - feedback
de partes
interessadas
Anexo – Feedback de partes interessadas
Diga-nos o que achou deste relatório!
Porque a sua opinião é muito importante para nós, agradecemos o preenchimento
do questionário que segue e o seu envio à nossa Direcção de Responsabilidade
Social e Sustentabilidade, através do seguinte correio electrónico:
[email protected]. O questionário encontra-se disponível para “download” em
www.mota-engil.pt.
Obrigado pela sua colaboração!
1. Das actividades da Mota-Engil incluídas neste relatório, qual lhe interessa mais?
Mota-Engil Engenharia
SUMA – Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A.
2. Além destas actividades, quais gostaria que fossem incluídas no âmbito do próximo
relatório?
3. A que grupo de partes interessadas pertence?
Clientes
Fornecedores
Entidades Oficiais (incluindo Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia)
Comunidade Local
Colaboradores
176
relatório de sustentabilidade 2009
anexo - feedback
de partes
interessadas
177
Munícipes
Accionistas/Investidores
ONG
Media
Outros (especifique, por favor):
4. O que achou deste Relatório no geral e de cada uma das secções consideradas?
Opinião geral
Visão e estratégia
Apresentação e perfil do Grupo
Governância, Responsabilidade Social e Gestão do Capital Humano
Sistemas de Gestão e relacionamento com “Stakeholders”
Investigação e Desenvolvimento e Inovação
Desempenho Económico
Desempenho Ambiental
Desempenho Social
Muito Bom
5. Qual a secção do relatório que considerou mais interessante?
6. Há questões que considera importantes e que não foram abordadas neste relatório?
Bom
Médio
Mau
relatório de sustentabilidade 2009
anexo - feedback
de partes
interessadas
178
7. O que achou deste relatório, relativamente aos aspectos abaixo indicados?
Muito Bom
Conteúdo
Nível de detalhe
Linguagem
Apresentação gráfica
Estrutura
Facilidade de utilização
Apresentação de exemplos
8. Outros comentários
Identificação (preenchimento opcional)
Nome:
Empresa:
Função:
Bom
Médio
Mau
PROPRIEDADE
Mota-Engil, SGPS
DESENVOLVIMENTO E COORDENAÇÃO
Direcção de Responsabilidade Social e Sustentabilidade
TRADUÇÃO
Vanda Calado
FOTOGRAFIA
VMI Corbis
CONCEPÇÃO E DESIGN
WHITE Brand Services
Escritórios Porto
www.facebook.com/motaengil
Rua do Rego Lameiro, n.º 38
4300-454 Porto
tel.:+351 225 190 300
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Rua Mário Dionísio, n.º 2
2799-557 Linda-a-Velha
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fax:+351 214 158 700
www.youtube.com/motaengilsgps

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