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Aterro sanitário Ano 2 | Edição 7 | Dezembro de 2007 | Versão STANDARD Jornal do Curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA | www.metodistadosul.edu.br/sites/universoipa Arquivo / SIL Página 3 Barragens prejudicam O tumulto gerado pelas torcidas organizadas da dupla Grenal estão cada vez mais graves e preocupantes. Porém, os torcedores se defendem dizendo que é tudo obra da mídia. Geral Tomas Edson Silveira Patrícia Prezotto Violência nos estádios Apoio na Vila Conceição Página 5 Moda mata a fome As barragens, principais fontes de energia elétrica, causam a erosão do rio aprofundando e alargando as margens. Elas são as causas dos danos sociais e econômicos à população ribeirinha e colocam em risco diversas espécies de peixes, plantas nativas e da vida selvagem em geral. meio ambiente Página 3 Brechó Sanmartin vende as suas roupas em troca de alimentos não perecíveis. Ao todo, são 46 entidades beneficiadas com o sistema de troca. Até agora, estima-se que 105 toneladas de alimentos foram doa das em apenas quatro anos. cidadania Página 6 Participação política As constantes manchetes levam a população a rever seu conceito de participação política. O cientista político Osvaldo Biz traça um panorama do cenário atual. Saúde na terceira idade Página 6 Inovando na literatura cidadania Página 6 CCMQ faz história Eveline Bastos Sara Kirchhof cidadania Cinqüenta e um anos de dedicação: a Pequena Casa da Criança auxilia moradores da vila, em seu dia-a-dia, com projetos educacionais, saúde e entretenimento para todos os moradores. Coordenada por Irmã Pierina Lorenzoni, a entidade atua há mais de meio século. A publicitária Claudia Tajes é uma das mais jovens escritoras da literatura gaúcha. Ela fala sobre suas obras, seus projetos na TV e o lançamento do mais recente livro na 53ª Feira do Livro. cultura Página 7 Rádio comunitária Idosos gaúchos estão mais preocupados com a saúde e bem-estar. Prova disso está nos grupos de atividades e nas academias especializadas na terceira idade. Saiba tudo sobre esse novo panorama, os cuidados que se deve tomar e as soluções para problemas comuns. geral Página 4 A Rádio Itapuã FM foi criada há sete anos como uma rádio-poste. Hoje, ela leva informação, música e entretenimento à Zona Sul de Porto Alegre, região metropolitana e localidades do interior do Estado. cultura Página 7 Nos primeiros anos da década de 1920, foi construído o Hotel Majestic, considerado ousado para a época. Hoje, transformou-se em um marco histórico para o desenvolvimento de Porto Alegre, abrigando a Casa de Cultura Mario Quintana, um espaço de convivência plural. cultura Página 7 Opinião dezembro de 2007 Jornal do curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA Juliana Job editorial A Comunicação não é tema do ano, da década, mas sim é assunto do século. Todos precisam da comunicação e estão percebendo o valor do profissional da área. Aos jovens que estão entrando na faculdade de Jornalismo muita esperança se apresenta. Eles têm sonhos de mudar o mundo, mas esses dias um amigo enviou um pensamento que dizia: “Cada um pensa em mudar a humanidade, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo”. Para podermos ver mudanças grandes, precisamos começar com pequenas ações. E, isso deve começar na família, continuar na escola, na faculdade, no mercado de trabalho. Temos que fazer a diferença. Acreditar que trabalhar com ética deve fazer parte da rotina do jornalista. Temos o exemplo de um jornal que publicou uma manchete mentirosa e no dia seguinte, no mesmo espaço de capa, assumiu o erro. Isso lhe rendeu prêmios. Ser honesto parece algo tão raro que merece condecoração? O que estamos propondo é educar um profissional que reflita sobre as suas ações e não apenas execute o trabalho de forma prática, automática. O Ser Jornalista é muito mais que uma profissão, é uma vocação. Tenham todos uma ótima leitura. O próximo governador gaúcho que dê um jeito nessa Ana Paula Megiolaro Jornalista - DRT 11419 Educação é a base Rogério Barbosa A atual constituição brasileira promulgada em 1988, tem em um dos seus artigos a seguinte frase: “Todo poder emana do povo e, em seu nome, será exercido”. Nossos representantes políticos costumam afirmar que “a democracia é o governo de todos”. Será mesmo? Se vivêssemos realmente em uma democracia, não seríamos obrigados a votar nem justificar por que não votamos. Na democracia teríamos acesso livre e amplo às decisões políticas, o que não acontece na prática. E o mais importante: se vivêssemos realmente em uma democracia, o governo se preocuparia com a educação de seu povo. Até porque se o poder público se preocupasse com isso, não veicularia programações educacionais na TV às cinco da manhã. Em resumo, um povo que tem educação e conseqüentemente conhece seus direitos vota melhor, exige mais de seu governo, de suas instituições e até de si mesmo. O coador Noemi Cabeleira Quando brincava de boneca e casinha, achava que podia coar tudo. Coava leite, sopa, chá, café, suco, fermento, farinha, gema, doce, calda, água da chuva, mel, geléia, sangue do molho pardo, cola de pandorga, gororoba de açúcar com limão e bicarbonato e molho inglês, feito com terra, água e sal. Achava que a função exata - desse pequeno objeto - era clarear, aguçar o paladar, melhorar o entendimento, destino, pensamento, desejo e emoção. Enfim, filtrar tudo que por ali passasse. Pensava nele sempre útil, necessário e insubstituível - como noutros tempos - quando freqüentava a mesa de papas, reis, rainhas, ricos, pobres, negros e brancos. A sua vestimenta podia ser de ouro, prata, lata, pano, até de plástico. Hoje, quando brinco com meus netos, vejo que sua função foi substituída por novas descobertas e tecnologias. Os chás são de saquinho, os cafés: expressos ou solúveis, as frutas viram sucos em centrífugas. Algumas vezes é utilizado para coar leite. Só que este líquido, não é mais o mesmo de antigamente, com nata, gordura e algumas impurezas. Limpar soda cáustica, água oxigenada e acetona é complicado. Não há coador que agüente! Pelo jeito, este objeto arcaico, está fadado a desaparecer do mercado. Não resistirá por muito tempo. Como eu. Pensando bem, acho que fui coada ou tomei leite demais. Minha memória está apagando! IPA - Instituto Porto Alegre da Igreja Metodista conselho diretor: Presidente, Edson Santa Rita Rubim; Vice-Presidente, Ricardo Hidetoshi Watanabe • secretária: Márcia Flori Maciel de Oliveira Canan • conselheiros: Vilmar Pontes da Fonseca, Maria Flávia Kovalski e Marcelo Montanha Haygertt. reitora: Adriana Menelli de Oliveira Jornal elaborado por estudantes do 1º semestre do curso de Jornalismo IPA ... A TVE é dos gaúchos, a governadora é paulista! Brasil paga a quinta maior taxa de energia Patrícia Prezotto A água e a energia não podem ser tratadas como mercadorias, devem estar a serviço e sobre o controle do povo brasileiro. O Brasil paga a quinta maior tarifa de energia do mundo. Os custos de produção de energia elétrica ficam em torno de seis centavos por KW. E a população está pagando de 30 a 63 centavos por KW, consumido. As grandes empresas, que consomem mais de 32% da energia do Brasil pagam o valor aproximado dos custos de produção. Essas multinacionais, além de trazerem diversos prejuízos a natureza e a vida, são as que mais consomem energia, e estão pagando quase o preço de custo, enquanto os trabalhadores, que trazem desenvolvimento ao país, pagam três vezes mais que o custo de produção. O preço da luz se tornou um “roubo” para o bolso dos brasileiros. Por isso, devemos lutar por nossos direitos (água, energia...) que devem ser igualitários. Despediram o gerúndio Bruno Luce Eu estarei escrevendo esta matéria depois que eu fizer um monte de coisas. Essa idéia geral da frase quando é empregado o gerundismo, parece que você vai fazer alguma coisa, mas não agora. Tão amado por telefonista e tão odiado pelo resto da nação. O gerúndio, cada vez mais, ganha espaço na boca do povo. O gerúndio é uma forma verbal muito discriminada pela sociedade, muitos utilizam desse meio para se comunicar, mas quando são indagados nunca admitem. É como a música sertaneja. Todo mundo fala que não gosta, mas quando toca a maioria sabe o refrão. Não sei o motivo da expansão desta forma verbal pelo Brasil. A culpa maior é dos operadores de telemarketing, disso tenho certeza. Uma das minhas teorias vem do ano de 1879, após Dom Pedro II decretar a abertura da primeira empresa de telefonia no Brasil. Desde este dia todos os telefonistas juraram que só usariam o gerundismo e isso é passado de geração em geração. O pior de tudo isso é que o gerundismo não está só nos telefones, mas já saiu para as ruas. O governador do Distrito Federal baixou um decreto demitindo o pobre gerúndio, acho que quem devia ser demitido são as pessoas que o empregam erroneamente. Mas depois que o presidente Lula demitiu o plural do seu vocabulário, demitir outra coisa da gramática não é de se espantar. Bebida é tabu? Betina Lopes de Mello Aquele tabu de que a bebida alcoólica é sinônimo de “grandiosidade”, não existe mais. Não tenho nada contra as pessoas que saem para beber a famosa “cervejinha dos justos”, aquela do final de tarde ou depois de cumprir suas atividades rotineiras. O que eu acho é que tudo em excesso faz mais mal. Não posso também ser medíocre a ponto de dizer que nunca estive de porre, mas posso afirmar que são “águas passadas”. Exageros estão fora de meus afazeres. Posso estar enganado, mas acredito que os jovens de certa forma estão se conscientizando de que a bebida e direção, por exemplo, não combinam. E que não é mais necessário estar “alterado” ou “mais alegre” (famosa sensação momentânea), para perder a vergonha ou sentir-se mais à vontade. Eu, hoje, felizmente ou infelizmente para alguns, não bebo mais por uma influência que neste caso julgo positiva, e que aos poucos me mostraram o quanto pode ser divertido estar de “cara limpa” e ciente de tudo o que está ocorrendo diante das baladas nasa noites de Porto Alegre. Tendo a certeza de que no dia de amanhã, todos os acontecimentos ainda estarão muito claros em nossa memória. Acredito que é muito mais “macho ou mais mulher”, aquele que não bebe e tem orgulho de dizer que não fará pela responsabilidade de estar guiando um automóvel e conseqüentemente sua vida. A contradição do Brasil na TV digital Amanda Fernandes Como sempre o Brasil chega atrasado na disputa pela tecnologia. Finalmente a TV Digital aterrissou na América Latina e fez a felicidade de poucos, uma vez que apenas uma pequena parte da população possui televisores adaptados ou condições de comprar um conversor. O presidente Luis Inácio Lula da Silva prometeu destinar R$ 1 bilhão para financiar a nova tecnologia. Agora a questão: será que o Brasil teria todo este dinheiro em caixa para investir em educação? Saúde? Ou segurança? Não é absurdo destinar tanta grana para um benefício para poucos? O governo junto com o BNDES pretende apoiar o varejo para compra dos novos aparelhos. O dinheiro será dado aos varejistas para que possam vender os conversores mais baratos para a população. Mais uma promessa de um governo que tanto desiludiu os brasileiros. Enquanto isso, a sociedade marginalizada torce para que os conversores comecem a ser vendido nas bancas de camelôs. Se nem os americanos têm condições de transmitir toda a programação em HD por que as emissoras tupiniquins conseguirão modernizar todo equipamento? Mais uma vez o Brasil se atolaria em dívidas para financiar uma bobice. É difícil acreditar que num país onde ainda se morre de fome, todos estarem orgulhosos com o início das transmissões da TV Digital. coordenação do curso de jornalismo Mariceia Benetti professores(as) Ana Paula Megiolaro, Laura Glüer, Maria Cristina Vinas, Mariceia Benetti e Rogério Soares projeto experimental i e produção e planejamento editorial e gráfico i editores-chefes: Ana Paula Megiolaro e José Antônio Meira da Rocha ajor - agência experimental de jornalismo arte-final: Carlos Tiburski • distribuição: Diego Andrade e Thays Leães revisão: Ana Paula Megiolaro • endereço ajor: Rua Dr. Lauro de Oliveira, 71 Rio Branco - Porto Alegre/RS - CEP: 90420-210 • contato: 51 3316.1269 e [email protected] • impressão: Zero Hora (2.000 exemplares) Jovens projetam o futuro no exterior Thales Konarzewski A violência no Brasil vem crescendo dia após dia, isso não é mais novidade. Porém, o que vem chamado atenção é a grande quantidade de jovens que estão deixando o país. Cada vez mais, o jovem tem como ambição deixar o país. Talvez seja pela violência dos dias de hoje e que só tende a crescer. Talvez não. Mas é cada vez maior o número de adolescentes que buscam projetar seu futuro em países estrangeiros. Eu concordo plenamente, não posso negar. As oportunidades que aparecem ao morar em outro país são inúmeras: aprender uma língua estrangeira, conhecer pessoas do mundo inteiro e, talvez, o principal para todos, fugir de um país sem nenhuma expectativa de vida. Meio Ambiente Jornal do curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA dezembro de 2007 Além de receber resíduos urbanos a Central de Resíduos Recreio poderá gerar energia elétrica no futuro Aterro sanitário no interior recebe 34% do lixo produzido pelos gaúchos Joel Maraschin a Autorizada para funcionamento desde 2001, a empresa SIL Soluções Ambientais, localizada em Minas do Leão, a 80 km de Porto Alegre, recebe os resíduos produzidos por mais de 140 municípios do Rio Grande do Sul, na Central de Resíduos Recreio. Com toda uma estruturação especial na cava em que são depositados os resíduos, a empresa está prestes a começar a captação e queima controlada dos gases produzidos no aterro, sendo pioneira na venda de créditos de carbono no mundo. Pertencente ao Grupo Copelmi de Mineração, que atua há mais de cem anos no mercado de exploração de Carvão, a SIL surgiu da visão de integração entre a atividade de mineração e a destinação final de resíduos, ou seja, a utilização complementar entre os processos aproveitando a cava resultante do final da extração do carvão, à disponibilidade de solos para cobertura e a configuração hidro-geológica da área que é perfeita e segura para a implantação e operação de um aterro sanitário. A Central de Resíduos fica situada em uma área de 45 hectares e tem capacidade para receber 13 milhões de metros cúbicos de resíduos, tendo a estimativa de vida útil de 17 anos. Levando em consideração a preocupação ambiental, antes dos resíduos serem colocados na cava é feito um projeto de engenharia que após aprovação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) recebe uma impermeabilização com manta geomembrana, implantação de drenos para captação do chorume e queima dos gases, ambos produzidos no processo de decomposição dos resíduos. Entre os mais de 140 municípios gaúchos que depositam os seus resíduos em Minas do Leão, estão as prefeituras de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Bento Gonçalves e Santa Cruz do Sul. No ano passado, a Central de Resíduos Recreio contabilizou o recebimento de aproximadamente 600 mil toneladas de resíduos, sempre operando 24 horas. novo mercado Após concluir as negociações no primeiro semestre deste ano com o fundo japonês Japan Carbon Finance (JCF), a SIL iniciou a venda de créditos de carbono que serão gerados a partir da captura de gás metano em seu aterro sanitário. Esse será o primeiro Arquivo / SIL Após ser minerada, cava foi transformada em aterro sanitário e recebe resíduos de mais de 140 municípios projeto no Brasil e um dos primeiros no mundo. No total, serão investidos cerca de R$ 6 milhões na implantação de processo de captação e queima de gás metano através de um equipamento de controle de poluição aérea chamado de faire (tocha). Com o novo sistema de coleta, a empresa vai controlar 85% do gás gerado por seu aterro sanitário, praticamente zerando essas emissões. O projeto prevê, no prazo de cinco anos, uma redução de cerca de 600 mil toneladas equivalentes de CO 2 - gases que causam o aquecimento global. Em janeiro deste ano, a SIL recebeu aprovação da Organização das Nações Unidas (ONU) para a implementação de seu projeto de queima do gás, o que a autorizou a operar no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto. Pelo MDL, ao evitar-se a emissão de gases em um lugar, podese liberá-la em outro completamente diferente, o que atrai o interesse de países com emissões de gases causadores do efeito estufa. A obra terá a duração de cerca de cinco meses e deverá gerar 25 novos empregos e mais dez na operação. Entre os efeitos da queima do gás metano prevê-se a redução significativa dos odores que ocorrem hoje no aterro sanitário. A próxima etapa poderá envolver o aproveitamento do gás para a geração de energia elétrica numa potência estimada de cinco a oito megawatts que daria para abastecer uma cidade de aproximadamente 8 mil habitante. polêmica A instalação da empresa no município gerou polêmica entre alguns moradores. Muitos reclamam do mal estar por morarem perto ao aterro e os seus terrenos e imóveis estarem desvalorizados. Os que moram na cidade e próximo do aterro reclamam do mau cheiro que chega até a cidade em certas horas do dia. Com a futura instalação do sistema de captura e queima de gases, esse problema poderá ser solucionado. Na opinião da estudante Thaís Costa, moradora de Minas do Leão, “no aspecto físico da cidade, o aterro é um ponto ruim por causa do mau cheiro, pois se chega algum visitante na cidade ele se surpreende com isso”. O prefeito de Minas do Leão, Miguel Almeida, afirma que a empresa gera em torno de R$ 50 mil mensais de impostos para os cofres do município, além de oferecer à cidade através de uma cooperativa, um cardiologista e ajudar freqüentemente em projetos sociais. Quanto à questão ambiental Almeida afirma, “o passivo ambiental nos preocupa, pois o município não recebe compensação das outras cidades de que depositam lixo aqui e para tanto seria necessário uma lei estadual”. Estudantes levam pilhas Barragens causam para descarte adequado prejuízos grave indios.blogspot.com Apenas 1% da pilha consumida tem destino ambientalmente correto Daniela Wietholter Lopes Os brasileiros consomem mais de 1,2 bilhão de pilhas por ano, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Mas quando chega a hora de jogar fora todo esse material, ainda há dúvidas de como descartá-las sem prejudicar o meio ambiente. Segundo o professor de engenharia química da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), Cláudio Frankenberg, pilhas e baterias usadas podem trazer riscos à saúde, caso não sejam descartadas adequadamente. A Resolução n° 257/99 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) estabelece o limite da quantidade de mercúrio, chumbo e cádmio que as pilhas comuns podem possuir e permite que se joguem apenas as que atenderem aos limites previstos junto ao lixo doméstico, em aterros sanitários licenciados. A Abinee, estima que o mercado brasileiro consome 400 milhões de pilhas ilegais, que estão fora do padrão exigido pelo Conama. O engenheiro alerta que “apenas 20% dos municípios brasileiros possuem aterros licenciados”. Para se dar o destino correto ao lixo são necessários investimentos em campanhas de conscientização, criação de aterros sanitários licenciados e de uma legislação compatível com as necessidades do país. O Conama não estipula de quem é a responsabilidade de recolher estes materiais. Algumas iniciativas estão surgindo como o Programa Real de Reciclagem de Pilhas e Baterias. Os Papa-Pilhas são totens de recolhimento de pilhas e baterias dispostos em agências e pontos estratégicos. O consultor socioambiental do Programa, Victor Hugo Kamphorst, explica que a idéia do projeto é conscientizar as pessoas sobre a necessidade de dar uma destinação correta a esses materiais, reduzindo a quantidade de pilhas e baterias lançadas no meio ambiente. “A reciclagem é feita por uma empresa especializada e licenciada para realizar esse trabalho. A empresa é responsável pelos custos de coleta, transporte e reciclagem dos materiais”. O Papa-Pilhas foi lançado em dezembro de 2006. Inicialmente, foi implantado em três cidades: Campinas (SP), João Pessoa (PB) e Porto Alegre (RS), mas este ano o programa começou a ser expandido para todas as capitais brasileiras. Segundo Kamphosrt, “até 2010, a expectativa é disponibilizar a coleta para 1 milhão de pessoas nos 479 municípios do país onde a empresa mantém agências”. No campus do IPA, o Banco Real disponibiliza um posto de coleta do Papa-Pilhas desde abril de 2007. Segundo o caixa da agência do campus, Diego Keren, centenas de pilhas e baterias são depositadas semanalmente por alunos, professores e visitantes. O consultor do Papa Pilhas comemora o sucesso do programa, “aproximadamente 150 kg de pilhas e baterias foram coletados até o momento na agência do IPA e Porto Alegre obteve o melhor resultado, coletando 12,5 toneladas do material em menos de um ano de funcionamento do programa”. Toda e qualquer pilha usada não deve ser guardada. No caso de ocorrer vazamento, lave as mãos com água abundante. Havendo reação grave, procure o médico. Patrícia Prezotto Energia elétrica pode ser substituída por outras fontes que não causam danos sociais e ambientais Patrícia Prezotto Hoje uma das principais fontes de energia elétrica do mundo são as barragens,que causam sérios danos sociais e ambientais, inundam terras extremamente férteis que abrigam ecossistemas diversos. A fauna e a flora que vivem nessa área não conseguem sobreviver em outas regiões. Em conseqüência disso, acabam ameaçando as rotas migratórias de muitos animais e de diversas espécies de matas ciliares. Junto com a água, os rios transportam sedimentos, tirados do solo e das rochas. Quando ocorre o fechamento da represa esse processo é interrompido. Como a água corre lentamente no reservatório, os mesmos se depositam no fundo e não seguem rio abaixo, com isso a qualidade da água se altera por causa da maior concentração de sais. A erosão do rio causa aprofun- damento e alargamento que ficam fora de nível das margens, causando danos sociais e econômicos à população ribeirinha e colocando em risco diversas espécies de peixes, plantas nativas e da vida selvagem em geral. Segundo o geólogo, Atamis Fonchiera, a decomposição da vegetação submersa pelo lago, nos primeiros anos de enchimento da represa, reduz a quantidade de oxigênio da água e, normalmente, a água é mais fria no verão e mais quente no inverno. Em virtude disso, mudam os ciclos da vida dos seres aquáticos, principalmente no período de procriação. A pedagoga, Alexandra Borba, atingida pela barragem de Campos Novos em Santa Catarina, declara que: “antes do fechamento da reservatório, minha vida era um sossego. Vivia junto de meus amigos, passeava nos vizinhos , ia à escola, à igreja. Após o ala- gamento, grande parte da região atingida teve que migrar para outros municípios. Acabou desconstruindo nossa comunidade. Além dos danos sociais, tivemos perda de diversas espécies de matas nativas”. A coordenadora do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Teresinha Magaieski, explica que o movimento visa mobilizar a população contra as barragens e pôr novas alternativas de energia, que não causem prejuízos às pessoas e à natureza. É preciso alertar sobre os prejuízo que recaem sobre a população e sobre o meio ambiente. Quem ganha com isso são os grupos econômicos responsáveis pelas obras. Segundo a coordenadora há pesquisas que apontam outras fontes para a geração de energia elétrica, que não causam danos, por exemplo a térmica, nuclear, eólica, das marés e outras. Geral dezembro de 2007 Jornal do curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA Divulgação Taxistas enfrentam dificuldades no trânsito Rafael Paz Rafael Paz Há quase cem anos atrás a rua da Praia abrigava a maioria dos sebos de Porto Alegre Sebos da Capital fazem história q Stefano Pfitscher Quem hoje procura por revistas e livros usados nos chamados sebos do centro de Porto Alegre sequer suspeita que esse tipo de atividade acontece há mais de cem anos. O proprietário do Beco do Livros, Peter Dullius, maior sebo da Capital, diz ser possível que o primeiro tenha sido fundado no centro de Porto Alegre na década de 1910, na rua da Praia. Lá localizavamse a maioria dos sebos até os anos 1950, quando a atividade começou a se popularizar. “A Casa Liceu deve ser um dos primeiros sebos da cidade, eu ouvi falar que ela existiu há 60 ou 70 anos atrás”, arriscou Dullius. Foi durante essa época, da grande popularização dos sebos, que os centros de troca, venda e compra de livros e revistas usados passaram da rua da Praia para a General Vitorino, Andradas e principalmente para a Riachuelo, que foi considerada “rua do livro” devido a quantidade e qualidade dos sebos que lá se encontram. Dullius lembra que muita desta fama se deve ao Beco dos Livros, que ele administra há 15 anos. Ao contrário do que se pen sa, a maior parcela dos clientes são estudantes, em maioria universitários, procurando livros didáticos. “Não existem os ‘ratos de sebo’, se existem são poucos”, esclarece o proprietário do Beco dos Livros. Para ele, de cada cem clientes que entram em um sebo, 70 são estudantes, 20 procuram por livros esotéricos, de autores como Paulo Coelho, ou de artesanato e somente dez estão atrás de romances e gibis. Ainda de acordo com Dul lius, o número de clientes que freqüentam seus sebos varia diariamente de 500 a 600 pessoas, a não ser em meses como março e setembro, quando a procura por livros didáticos é maior por ocasião da temporada de início das aulas. O sebo Beco dos Livros se encontra na rua Riachuelo, 1496, Centro. Telefone: 3224 2977. E-mail: [email protected]. Site: www.becodoslivros.com. Imagine você tendo que trabalhar no meio do trânsito de uma grande cidade, com muito engarrafamento, principalmente por volta das 18 as 20 horas, stress, assaltos, o que é comum para os taxistas em Porto Alegre. O taxista Gilberto Konzen, 43 anos, 23 de profissão, foi assaltado três vezes. Lembra que uma vez o assaltante levava uma criança no colo e relata quais os lugares mais perigosos da capital: “os bairros com maior freqüência de assalto são Bom Jesus, Leopoldina, Mario Quintana e Restinga”. Ele reclama também do número de viaturas na rua: “olha, é difícil você ver alguma viatura na rua e quando a gente liga para o 190, a polícia demora muito tempo para chegar no local”. Ele relata o jeito para tentar relaxar diante dessas situações, principalmente do stress: “É ler um jornal, ouvir música”. Segundo o Sr. Reynaldo Arthur Konzen, 70 anos, 30 A rotina é dura para quem trabalha no trânsito da Capital de profissão, os dias de maior movimento são na sexta-feira e claro que nos feriados também há grandes fluxo de passageiros na rodoviária. No resto dos dias, os melhores lugares para trabalhar são nos bairros Moinhos de Vento, onde encontram-se inúmeros hotéis, Menino Deus, nos shoppings e na Cidade Baixa onde há muitos bares. Existem também muitos passageiros estrangeiros, princi- palmente da Argentina, povo muito falante, Uruguai, que aparentem serem bastante amigos, do Paraguai e dos Estados Unidos. O motorista lembra que já achou vários objetos no carro, como uma câmera digital e até um revólver 38. “Essa é a rotina de um taxista em Porto Alegre, mesmo com os perigos, eu continua na atividade que ele gosta de exercer” afirma ele. Violência cresce no país Site: sxc.hu Idosos gaúchos cuidam da saúde diariamente Sara Kirchhof Sara Kirchhof Terceira idade não é mais sinônimo de sedentarismo. Na Capital gaúcha, os idosos, em sua grande maioria, têm se preocupado mais com a saúde, o que é muito importante, pois é nesta fase da vida que o corpo sofre bruscas mudanças, como: redução de força, de volume muscular, que resulta em suscetibilidade a quedas e fratura, redução das fibras e redução no número de atividades motoras. Em Porto Alegre, existem academias de ginástica especializadas na terceira idade e grupos de orientação com atividades físicas oferecidas pela prefeitura municipal. Um deles é o grupo de atividades da Ramiro Souto, localizado no Parque Farroupilha. Essa comunidade recreativa oferece atividades de esporte e lazer em grupos abertos, onde não é exigida presença constante nem inscrição prévia. E, há também, grupos fechados onde a inscrição é feita em um determinado período conforme o número de vagas, sendo essas disponibilizadas através de um sorteio. Para o professor e orientador do grupo, Jarbas Araújo, 44 anos, as atividades são muito importantes por três razões: para que o idoso não se sinta isolado da sociedade, para manter a saúde em dia e também por uma questão estética. As atividades desenvolvidas no grupo são: alongamento, ginástica normal, rítmica e chinesa, yôga, brinca dan- Os governos estaduais precisam diminuir a corrupção policial e melhorar o treinamento da polícia Carina Soares Jardim, 62 anos, faz alongamento: uma de suas atividades diárias “A maioria das pessoas acha que a idade é um empecilho para continuar com a prática de exercícios, sendo que é justamente na velhice que ela tem maior importância” ça e voleibol adaptado. O aposentado Rogério Jardim, 62, acredita que se exer- citar é fundamental. Ele faz caminhadas e alongamento diariamente e participa de jogos sempre que possível, cuidando também da alimentação. “A maioria das pessoas acha que a idade é um empecilho para continuar com a prática de exercícios, sendo que é justamente na velhice que ela tem maior importância. Enquanto puder, vou me exercitar, isto é sinônimo de saúde!”, afirma Jardim. Para ele, a terceira idade não é diferente das outras. Porém, sabe-se que a maioria dos asilos não proporciona esse tipo de atividades nem o acompanhamento de um profissional na área da Educação Física. Entre 1993 e 2003, aproximadamente 325 mil pes soas morreram vítimas de armas de fogo no Brasil. Com os 48 mil homicídios registrados em 2004, o país ocupa a quarta posição mundial nessa estatística. São 27 homicídios em cada 100 mil habitantes, o que constata a sociedade violenta em que se vive. Segundo a líder comunitária do bairro Formoza em Alvorada, Adriana Cardoso Leandro, o Brasil é considerado um dos países mais violentos do mundo. E cada vez mais aumenta este índice. As causas são sempre as mesmas: miséria, pobreza, má distribuição de renda, desemprego e desejo de vingança. Em muitos casos a polícia utiliza a repressão para combater a violência, mas isso gera mais conflitos e insegurança para população. Os governantes por sua vez deixam de lado as instituições que representam o povo. Um importante passo seria punições mais severas aos que infringirem as regras e diminuir a exploração econômica. Ao mesmo tempo, os governos estaduais precisam diminuir a corrupção policial, melhorar o treinamento da polícia, usar melhor as ferramentas de planejamento que existem em vários estados brasileiros para poder melhorar a atuação da polícia. “Fui vítima de assalto e isso é revoltante. Eu me senti um nada, pois a pessoa que cometeu este ato, não pas sava de um menino, mas armado e sem nada a perder”, afirma Patricia Leal, 26 anos. Segundo Leal a única solução para este problema seria diminuir a maioridade penal de 18 para 16 anos, pois se nesta idade já se pode escolher seus representantes políticos, também pode responder por seus atos. “Não acredito que seja uma solução radical, mas outra solução seria criar mais projetos sociais e que os governantes dessem mais atenção para a população carente inclusive crianças e jovens que são o futuro e o espelho do país”, confirma. “As condições são precárias, para se ter uma idéia os carros estão em péssimo estado. As armas, a maioria estão quebradas. Como vamos enfrentar bandidos munidos com as mais modernas armas e com carros blindados?”, indaga o policial Darci Cardoso, que há mais de 20 anos exerce a profissão. Cardoso explica que há toda uma questão psicológica, os policiais não tem o apoio de que precisam. Muitas vezes, quando um policial está com problemas e precisa de um acompanhamento especial ou até mesmo um afastamento temporário é necessário esperar muito tempo. Em muitos casos a família do policial é que tem que recorrer e pedir ajuda. “Tudo isso é absurdo pois em uma profissão em que lidamos com violência e morte, é muito importante que se tenha um bom acompanhamento psicológico”, protesta o policial. Geral Jornal do curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA dezembro de 2007 Violência assusta torcida organizada A estrutura prevê 150 boxes para até quatro carros Thales Konarzewski O RS entra na pista Divulgação Flávio Bandeira O Brigada Militar age com vigor na confusão do jogo do Grêmio Thales Konarzewski Os atos de violência, às vezes, praticados pela torcida de Grêmio e Internacional, talvez não sejam novidade para todos, mas os que os geram sim. As torcidas de Grêmio e Inter, Geral do Grêmio e Popular do Inter, além das torcidas organizadas, são os alvos da imprensa em geral. De alguns anos para cá, esse novo modo de torcer, apoiando o time durante os 90 minutos, começou a chamar a atenção. Foi, então, que surgiu a Geral do Grêmio, a pioneira no Brasil e, em seguida, a Popular do Inter. O “movimento” aparece em torcidas pelo Brasil inteiro. Mas o que talvez diferencie um pouco as torcidas do Grêmio e Inter para as outras seja os atos de vandalismo. Num clássico Grenal, com pouco mais de 30 mil pessoas, houve muito mais tumultos do que num outro clássico carioca no Maracanã, com mais de 60 mil pessoas. “Não queremos a violência, ela apenas acontece”, afirma um torcedor colorado que não quis se identificar. Foi, então, que surgiu a idéia de realizar o clássico Grenal com apenas uma torcida. O mesmo havia acontecido na Argentina, pelo superclássico Boca Juniors X River Plate. A idéia parecia um pouco quanto radical, mas poderia ser a solução. Um dos integrantes da Geral do Grêmio, que não quis se identificar, não concorda com essa idéia de Gre- nal com apenas uma torcida. “Grenal com uma única torcida perderia toda a graça”. E realmente parece que sim, tanto que a idéia não seguiu adiante. Mas o que fazer para acabar com a violência nos estádios, então? “Não é todo o torcedor que vai para a cancha em dia de jogo para brigar. Há também aqueles que vão para assistir ao jogo e apoiar o seu time do coração. A imprensa é quem colocou esse rótulo nas torcidas organizadas e principalmente na Geral do Grêmio. Porém, penso que esses pequenos atos de vandalismos, como a imprensa se refere, nunca acabarão. Mas também, quem se importa?” O sonho dos amantes da velocidade, por vários cantos do Brasil, em poder acelerar fundo dentro dos padrões internacionais, poderá estar se tornando realidade em breve no Rio Grande do Sul. Através da iniciativa de dois empreendedores gaúchos, Jhonny Bonilla e Felipe Johannpeter, ambos sócios no Kartódromo de Tarumã, o projeto Velopark eleva estas provas para os limites internacionais homologados pela NHRA - (National Hot Rod Association) - a maior associação profissional de pilotos de arrancadas dos EUA. Assim, a partir do primeiro semestre de 2008, o Brasil entra no calendário internacional imprimindo profissionalismo, qualificação, conforto, infraestrutura e segurança total para os amantes da velocidade de todo o mundo sem deixar, em nenhum momento, a emoção de fora da pista. O parque que conta com uma área de 680.000m 2 , o equivalente 68 campos de futebol, vamos encontrar uma estrutura de dar inveja a qualquer outro complexo pelo mundo a fora. As obras estão bem adiantadas e a previsão de inauguração é para o fevereiro de 2008. A reta de arrancada terá 900 metros, distribuídos em 402m de concreto, 480m em asfalto, e nos últimos 60m em brita com aclive de 20%, haverá um muro nas laterais e há a Projeto Velopark, ocupa área de 68 campos de futebol possibilidade de se colocar redes de contenção para garantir a frenagem com segurança. Para ter idéia da dimensão do projeto e garantir a qualidade do parque e, principalmente, da pista, a empresa responsável pela concretagem da mesma esteve em Las Vegas para conhecer a textura do concreto utilizado nos maiores autódromos dos EUA. A estrutura inicial prevê 150 boxes com capacidade para até quatro carros cada, torres com painéis eletrônicos com os tempos dos carros para o público acompanhar o tempo dos pilotos e ao final da reta está prevista a também a instalação de painéis com os tempos, para que o piloto possa avaliar seu desempenho ao término da arrancada. As arquibancadas estão preparadas para acomodar 30 mil pessoas e há a possibilidade de acoplar arquibancada móvel com capacidade para mais 20 mil pessoas, dependendo da dimensão do evento, aumentando a sua capacidade para 50 mil pessoas. Mas o projeto não poderia deixar de lado o que é considerado entre a maioria dos pilotos profissionais o berço da velocidade, também pensando nisso o prevê-se duas pistas de kart em nível profissional para os amantes desse esporte, já visando ser sede de grandes competições. O projeto se torna tão complexo, que pensando nisso kartódromo também vai dispor de uma pista de para crianças. Afinal os grandes campeões começam desde cedo, a dar os seus primeiros passos rumo as competições internacionais, uma prova disso são os grandes pilotos brasileiros que começaram suas carreiras desde pequeno. Foi o caso de Emerson Fittitapaldi, Nélson Piquet, Ayrton Senna, Rubens Barrichello e Felipe Massa. Briga de gigantes não Por trás dos três poderes incomoda os pequenos Divulgação Palácio Piratini, sede do governo e símbolo do poder executivo Betina Lopes Você sabia que os três poderes são: o legislativo, o executivo e o judiciário? Sorte sua se a resposta foi sim, pois nem todos têm este conhecimento nem tampouco sabem para o que servem. Visando esclarecer de forma rápida e procurando desvendar os três poderes, o Universo IPA entrou em contato com os profissionais da MMS Advogados Associados, que gentilmente colaboraram com esta matéria. Em nível Federal, o Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que é composto pela Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Nos Estados, o Poder Legislativo é composto pela Câmara de Deputados Estaduais e nos Municípios pela Câmara de Vereadores. O Legislativo, como o próprio nome diz, é o responsável pela criação das Leis. As leis são individualizadas, sendo criadas a partir da Câmara dos Deputados Federais e Senado Federal, valendo para todo território nacional. Por isso, as leis estaduais valem somente no seu Estado de origem, bem como as Leis Municipais, também conhecidas como Leis Orgânicas, valem individualmente para o Município que as criou e editou. O Poder Executivo da União é exercido pelo presidente da República, auxiliado pelos ministros de Estado. No Estado, este poder é exercido pelo governador e seus secretários. O mesmo ocorre nos Municípios, no caso, o prefeito e seus secretários. Segundo a advogada Simone Côrrea dos Santos, de forma geral e guardando-se as devidas proporções, as atribuições se alteram na União, nos Estados e nos Municípios. No caso do presi- dente da República, por exemplo, as atribuições estão estabelecidas nos 27 incisos do artigo 84 da Constituição Federal de 1988. Entre eles está a nomeação e exoneração dos ministros de Estado, cuja competência é privativa do presidente da República. “Entretanto os poderes anteriormente abordados se completam com o do Poder Judiciário. Este órgão é o responsável por fazer com que as Leis sejam cumpridas ou aplicadas com o rigorismo que lhe é peculiar. No que tange o Poder Executivo, o Judiciário tem o poder/dever de ‘policiar’, ‘vigiar’, os atos de quem detém o Poder Público”, complementou o advo gado Luiz Adriano. Para fins de conhecimento, cabe destacar que o Poder Judiciário é composto pelos seguintes órgãos: Supremo Tribunal Federal, Conselho Nacional de Justiça, Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais, Tribunais e Juízes do Trabalho, Tribunais e Juízes Eleitorais, Tribunais e Juízes Militares, Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios (art. 92 da CF/1988). Os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário estão diretamente relacionados, entretanto, são independentes e harmônicos entre si (art. 2º da CF/1988), servindo como um sistema de freios e contrapesos, pois, ao mesmo tempo em que exercem o poder de vigilância recíproca, não devem interferir nas atribuições um do outro. Noemi Cabeleira Fruteira Goethe: enfrentando os grandes de igual para igual Noemi Cabeleira Na briga pelo faturamento e disputa do consumidor “Os Anões”, bolichos e mercadinhos, espalhados na Capital, resistem bravamente às ofertas e tecnologias dos supermercados. Em tempos de tecnologia avançada, aparelhos de última geração, televisão digital e aviões com suítes, os gigantes dos carrinhos ainda sofrem a concorrência de anões. Essas casas que se multiplicam na resistência aos grandes do mercado, possibilitam ao seu público, fiel consumidor, adquirir as mesmas mercadorias acrescidas de um detalhe importante, a identificação do cliente consumidor. Enquanto Carrefour, Big e Nacional travam embate para atingir o topo do ranking em faturamento no Estado, uma única companhia genuinamente gaúcha, a Rede Zaffari/ Bourbon enfrenta os poderosos de igual para igual, com diversas lojas na Capital e con- quistando o mercado paulista. Estão espalhados por toda a cidade supermercados de pequeno e médio porte que se consolidam nessa prestação de serviço. No interior, grupos com filiais em cidades vizinhas, como a Rede Vivo, de Santa Maria, Baklizi, de Uruguiana, Peruzzo, de Bagé, Asun, de Gravataí, Imec, de Lajeado, e Comercial Zaffari, de Passo Fundo, disputam clientes. Em posição contrária aos grandes, a resistência dos “anões” é apreciada. Estão ali para afrontar os seus concorrentes maiores. Identificam os seus clientes, chamando-os pelos nomes ou apelidos, recebem desde vale-refeição, valetransporte, cheque pré-datado e até mesmo as compras de caderno. São eles, também, que solucionam os problemas de seus clientes preferenciais, trocando cheques, sem qualquer juros acrescidos. “Aqui na nossa fruteira, o cliente é quem manda, entregamos compras a domicílio, aceitamos cartão Visa, cheque pré e muitas vezes trocamos cheques. Conhecemos nossos clientes pelos nomes, alguns compram pelo caderno. Não fechamos nunca e permanecemos abertos até às 22 horas”, comentou o sócio da Fruteira Goethe, Leandro Rosseti, que atende o público das ruas Goethe, Dona Laura, Mostardeiro, Schiller e Casemiro de Abreu, nos bairros Moinhos de Vento e Rio Branco. A proprietária do Mercado Dalmac, antigo mini-mercado Machado, da esquina das ruas Dr. Timóteo e Tobias da Silva, Ivanete Dalmor, falou que o seu mercadinho atende das 7h30 às 21 horas, de segunda a sábado. “Esse negócio é tão bom que existe há mais de 50 anos no mesmo local”, declarou. Disse que o forte de suas vendas são as mercadorias necessárias para o dia-a-dia. Tem como clientes senhoras aposentadas que compram com caderno, “Só tivemos um pequeno incidente com um assalto a mão armada. Felizmente, o caixa dispunha de pouco valor e eles se contentaram com mais duas garrafas de Natu”, relatou. Muitos clientes, mesmo sabendo que pagam um pouco mais caro nesses estabelecimentos, preferem comprar ali mesmo, pois só assim evitam as promoções dos gigantes, em muitos casos armadilhas para o consumo desenfreado de mercadorias desnecessárias. Cidadania dezembro de 2007 Jornal do curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA Projeto educacional na Vila Maria da Conceição Pequena Casa promove bem-estar social Amanda Fernandes Tomas Edson Silveira Tomas Edson Silveira A A Pequena Casa da Criança presta trabalhos de promoção social para moradores da Vila Maria da Conceição, onde está situada sua sede funcional. Fundada em 1956 pela Irmã Nely de Souza Capuzzo, da Congregação Missionárias de Jesus Cristo Crucificado. Capuzzo iniciou seu trabalho em um “Carro Capela”, onde entrava na comunidade para catequizar os moradores e celebrar missas. O automóvel servia também como sala de aula, onde eram oferecidas inúmeras oficinas como bordado e costura. A alfabetização era oferecida sob as árvores da vila. Este carro impulsionou o trabalho da irmã, que com ajuda da comunidade e auxílio financeiro de contribuintes, inauguraram em 15 de agosto de 1956, um casebre que deu origem ao nome da instituição. Com 51 anos de serviços gratuitos prestados à comunidade, a casa financia seus programas com recursos próprios ou com contribuições provenientes de pessoas físicas ou jurídicas. A casa oferece hoje uma escola de educação infantil e fundamental com 315 alunos, um convênio com o Serviço de Apoio Sócio-educativo (SASE), que atende 110 crianças no turno inverso ao da escola, um trabalho educativo para 48 adolescentes, um grupo de 70 idosos que se encontram semanalmente e realizam ONG oferece assistência a moradores de rua Sede funcional da Pequena Casa da Criança, na Vila Conceição atividades de convivência e outras de seu interesse, além de um posto de saúde que funciona nas dependências da entidade que presta serviços médicos e odontológicos. A entidade mantém há 30 anos um convênio com a Caixa Econômica Federal. O Programa Primeiro Emprego (hoje Adolescente Aprendiz), já ajudou mais de seis mil adolescentes a ingressarem no mercado de trabalho. A Técnica de Enfermagem, Daiana Cristina Rodrigues, 25 anos, participou em 1998 do programa e enfatiza a relevância da entidade e de suas atividades. “Eu acho muito importante, o trabalho que a Pequena Casa realiza com a comunidade, oferecendo inúmeras oportunidades, para o desenvolvimento pessoal e profissional, me sinto privilegiada em ter participado do programa. O primeiro emprego, abriu várias portas profissionalmente”, comenta. A entidade serve mensalmente cerca de 12 mil refeições para crianças, adolescentes e colaboradores da instituição. Também recebe todo o tipo de doação. “A pequena casa é como uma mãe que atende a todos os seus filhos, é diferente de outras entidades que atendem apenas crianças, adolescentes ou idosos. Se estende a toda a família”, explica a diretora da entidade, irmã Pierina Lorenzoni. doações Doações podem ser destinadas na sede funcional, que fica na rua Mário de Artagão, 13, Partenon. Telefone 3336 5090. Mais informações na sede administrativa, situada na rua Ferreira Viana, 197, Petrópolis. Telefone: 3388 8550 ou pelo site: www.pequenacasa.org.br. Associação Cultural e Beneficente Ilê Mulher realiza trabalho de assistência aos moradores de rua Amanda Fernandes A Associação Cultural e Beneficente Ilê Mulher realiza desde 1º de outubro de 2004, em sua sede, na rua Gaspar Martins, 216, bairro Floresta um trabalho de assistência aos moradores de rua da Capital. Em entrevista, o coordenador e um dos fundadores, Glaudinei Veber, declara que a casa foi construída com a intenção inicial de auxiliar esses moradores de rua nos fins de semana e feriados quando os demais albergues e abrigos estão fechados, oferecendo além de alimentação, higiene pessoal, atendimento jurídico, cursos de informática, serviços de saúde e assistência social. O objetivo da casa é proporcionar condições para que o morador de rua busque por si melhores condições de vida. Os 150 usuários diários são cadastrados e encaminhados para o interior da casa, que oferece estrutura e material para banho e lavagem de roupas. Os internos só podem participar do convívio da casa, das oficinas e atividades oferecidas, como papel artesanal, acesso à internet, dança e música que ensina canto e instrumentos como flauta, saxofone, violão e cavaquinho depois de deixarem suas coisas no guarda-volumes. A oficina de música, junto com a coordenação do centro, promove durante a festa de final de ano um Festival de Talentos com os internos. Neste ano será no dia 20 de dezembro, às 14 horas. Dentre os novos projetos da Associação está uma rádio com programação direcionada aos usuários. Uma biblioteca que está sendo montada pelos funcionários e doações. E uma casa que atenderá exclusivamente mulheres e crianças em situação de risco. Hoje, a ONG atende algumas mulheres em sua sede, mas só até encaminhá-las a casas preparadas para este tipo de atendimento, “A Ilê foi idealizada para atender pessoas maiores de idade”, afirma Veber. Atualmente, não tem estrutura para receber crianças. A Ilê funciona todos os dias, de segunda a sextafeira das 7h30 às 18h30, nos sábados, domingos e feriados, das 7h30 às 16 horas. Participação A solidariedade faz a moda política ressurge Danielle Mendes Danielle Mendes Daniele Pitta Arquivo Assunto reca da mesma corrente em jormaneira. O cinais e televisão, dadão deve a política é fato. perceber que Direta ou indiremesmo fatos tamente faz corriqueiros do parte do coticotidiano estão diano. A particiligados à polítipação política é ca. Deve-se reuma realidade Prof. Osvaldo Biz verter o procesque desperta difeso de acusação, rentes reações, enquanto al- pois os governantes foram guns levantam a bandeira e eleitos pelo povo. Biz cita alpartem para a ação, outros gumas razões que considera rejeitam a idéia de tocar no desmotivadoras, entre elas, assunto. o partido girar ao redor de Há quem descorde de tal pessoas carismáticas, os pensamento. Por interesses “caciques” e o troca-troca de políticos ou econômicos, di- partidos. fundem idéias que pregam o “No Brasil, os partidos comodismo, seguem uma são frágeis. É preciso fideliideologia contrária aos que dade partidária para dar mais repelem a estagnação. seriedade à política”, declara O professor e cientista o cientista político. Anular o político, Osvaldo Biz, 69 voto é um desserviço à naanos, 33 deles dedicados à ção. Ele cita que é preciso vida docente, fala sobre o as- lembrar das lutas pelo direito sunto. Ele defende a partici- do voto e que a conscientizapação política e a considera ção dos movimentos sociais essencial a todo cidadão, in- é fundamental. Finaliza didependente de idade ou zendo que pela revindicação classe social. e conscientização é possível No livro “Participação Po- alcançar o que antes era inilítica” de sua autoria com a maginável, a exemplo do voprofessora Elizabeth Pedro- to feminino. so, Biz relata que abordar um Biz justifica a sua esperanassunto denso como esse, ça citando uma matéria publiem um texto leve e claro foi cada recentemente no jornal possível graças à militância. O Globo, onde a participação Aliou teoria e prática às de- popular na política ainda é tíclarações de quem sequer mida, mas levou à cassação conhecia, mas rejeitava o as- de 600 políticos. Ainda há ousunto. O professor afirma tros exemplos da mobilização que é preciso abandonar a do povo, valendo-se de meidéia de generalização, julgar didas legais resultaram que todos envolvidos com políti- em projetos de lei. O Instituto Sanmartin é um brecho que comercializa roupas de um modo diferente. A invés de cobrar em dinheiro é cobrado em quilos de alimentos como arroz, feijão, massa, óleo e leite. Estes alimentos são doados para entidades carentes. No momento, são 46 instituições beneficiadas no Estado. Estima-se que já foram doados mais de 105 toneladas de alimentos em quatro anos de trabalho. Muitos jovens morrem em acidentes de trânsito a cada ano. Familiares dessas vítimas tentam amenizar a dor da perda criando ONGs para conscientizar e ajudar a quem precisa. A bibliotecária Iara Zinn, que após ter perdido seu filho Colaboradores do Instituto em um San Day em um acidente de trânsito, criou em 5 de dezembro de 2002, o instituto Sanmartin, que tem como slogan: “Quem tem doa, quem precisa adqui- re, quem não tem recebe”. O instituto não visa fins lucrativos, “Existem vária formas de expressar a dor de uma perda, a nossa a foi a solidariedade”, recorda Zinn. As doações são feitas não apenas por conhecidos, mas também por lojas. Após passarem por uma triagem as roupas vão para as lojas do brechó. Mensalmente acontece o San Day que é o brechó solidário itinerante, que passa por vários locais diferentes da cidade. O brechó solidário funciona no bairro Restinga na rua Tenente Arizoly Fagundes, 100, de quinta a sexta, das 9 às 12 horas e das 14 às 18 horas. Aos sábados, das 9 às 13 horas. No bairro Tristeza na rua Wenceslau Escobar, 1286, estacionamento coberto do supermercado Nacional de segunda a quarta, das 9 às 12 horas e das 13 às 18 horas. De quinta a sexta, das 13 às 18 horas e aos sábados, das 9 às 13 horas. Cultura Jornal do curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA dezembro de 2007 CCMQ faz parte da história de Porto Alegre Com as suas obras irreverentes, Claudia Tajes está entre a nova safra de escritores gaúchos A nova cara da literatura gaúcha Arquivo Bruno Luce e Escritora e redatora publicitária, Claudia Tajes está ganhando espaço no meio literário nacional. Depois de largar a faculdade de Geologia e ter tentado o Jornalismo, a autora encontrou a sua verdadeira vocação na redação publicitária onde continua até hoje. Publicou o seu primeiro livro em 2000 e, em apenas sete anos, lançou seis livros, escreveu roteiros para séries de TV e fez várias campanhas publicitárias. “Antes de ser publicitária e escritora, tentei ser jornalista, mas não tive paciência necessária para suportar as pautas que me davam”, completa. Tajes tornou-se então redatora publicitária, com muito sucesso e daí para literatura foi um pulo. Hoje, há desde A escritora Claudia Tajes “Dez Quase Amores” a sua primeira obra de sucesso até alguns episódios para TV, como Antônia e Mandrake duas séries consagradas do público brasileiro. Com “As Pernas de Ursula” e “A vida sexual da Mulher Feia” a escritora segue uma linha que a tornou conhecida e conquistou leitores das mais diversas idades. Com o lançamento de sua última obra, na 53ª Feira do Livro, “Louca por Homem”, a escritora mantêm uma seqüência de obras que tem marcado o seu estilo e seus livros num êxito de público. Embora tenha escrito seis obras consagradas, com toda sua humildade, ainda se sente nervosa e confessa estar muito agradecida por todos aqueles que foram à feira em busca de um autógrafo numa tarde intensa de calor. Localizado na rua da Praia, no centro de Porto Alegre, o Hotel Majestic muito famoso nos anos de 1930 e 1940, passou por um processo de resgate e preservação de sua arquitetura e acabou sendo denominado Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), começando a fazer parte da Subsecretaria de Cultura do Estado. De 1990 até hoje a Casa de Cultura recebe pessoas de todas as idades, exposições e eventos culturais de todos os Estados do país. Nos primeiros anos da década de1920, foi construído o Hotel Majestic, considerado ousado para a época. Transformou-se num marco histórico para o desenvolvimento de Porto Alegre, recebendo pessoas da classe A, políticos e artistas importantes naquele período no Brasil. Antes de ser tombado pelo patrimônio público, foi realizado um leilão de imóveis e o Banrisul adquiriu o prédio em 1980, com o propósito de o transformar em mais uma agência bancária. Adquirido pelo governo, em 29 de dezembro de 1982, o Majestic se transformou em patrimônio histórico, hoje conhecido como Casa de Cultura Mario Quintana. Fundada em 25 de setembro de 1990, a Casa de Cultura é um dos lugares mais visitados em Porto Ale- Entrada da Casa de Cultura pela Rua dos Andradas gre. De acordo com a administradora da CCMQ, Maria do Carmo Vargas de Abreu, a finalidade era de transformar o prédio em um centro cultural aberto a população. O local abriga cinemas, teatros, galerias, um centro comercial e bibliotecas. No centro comercial há o Café Cataventos que abre diariamente ao público, inclusive nos feriados. É um lugar descontraído para happy hour nos fins de tarde. Há também o Café Concerto Mario Quintana, que passou por transformações em sua estrutura e programação. Nesse Café são servidos almoços acompanhados de música ao vivo. As livrarias Casa de Cultura, Quintanares e a bomboniere Delícias do Poeta juntamente com os Cafés são locados pela Associa- ção de Amigos da CCMQ. Os cinemas funcionam a partir das 14 horas, onde todos os tipos de filmes podem ser assistidos e os teatros iniciam por volta das 20 horas. Nas galerias são organizadas exposições de todos os tipos. Lançamentos de livros, aniversários, formaturas, casamentos e confraternizações, também fazem parte de sua programação. Atualmente, a CCMQ abriga parte do acervo da Biblioteca Pública. “A Biblioteca Pública recebeu uma verba do governo para reformas na estrutura de seu prédio, por isso foi transferida para a CCMQ provisóriamente”, segundo Abreu. A Casa de Cultura é aberta ao público de terça a sexta-feira, das 9 às 21 horas, sábados, domingos e feriados, das 12 às 21 horas. Cinema independente Daniele Correa Divulgação Rogério de Oliveira Repórter da Rádio Itapuã FM em ação tentar comprar um automóvel para o posto local da Brigada Militar. “Conseguimos arrecadar apenas 5 mil reais. Tivemos de interromper a arrecadação porque acabamos recebendo uma ameaça de assalto. Pensaram que a gente tinha dinheiro. No fim acabamos consertando a viatura antiga”, relembra Lexa. Ao invés de patrocinadores, a rádio recebe recursos através de apoios culturais, que geralmente são de empresas de Itapuã e de bairros próximos que apóiam financeiramente a emissora. “Estamos sempre abrindo espaço para quem deseja anunciar. Não temos fins lucrativos. Utilizamos os recursos apenas para manter o espaço físico da rádio”, comenta a presidente. A ambição dos colaboradores é tamanha que houve, no ano passado, uma tentativa de expansão com o lançamento de um jornal chamado “Portal da Eveline Bastos Eveline Bastos Itapuã tem rádio comunitária Um canal a serviço do cidadão. É o que se pode dizer da Rádio Itapuã FM 89,7 MHz, vinculada à Associação Comunitária e Solidária de Comunicação Social Itapuã, no ar há quase sete anos. A emissora entrou em atividade em 23 de dezembro de 2000, após uma idéia que deu certo. “Por brincadeira fizemos uma dessas ‘radioposte’ (quando se acopla uma caixa de som ou um altofalante a um poste de luz) próximo à praia da Varzinha. Um dia convocamos a comunidade para participar de uma limpeza ecológica no local e, para nossa surpresa, todo mundo se mobilizou. Nesse dia experimentamos o poder que tem um microfone”, explica a presidente da emissora, Laureci Ferreira Ilha (Lexa), 52 anos. Algumas conquistas de Itapuã foram vencidas graças à rádio. “A agência do Banrisul, único banco de Itapuã, também foi conquistada através da Itapuã FM e de um vereador da Capital”, observa Lexa. O alcance da emissora, cujas ondas atingem a zona sul de Porto Alegre, região metropolitana e localidades do interior do Estado, costuma mobilizar a comunidade para participar das mais diversas atividades. Uma delas foi a limpeza das praias do Parque Estadual de Itapuã, que precisavam ser reabertas para visitação. Lexa constata que muitas pessoas participaram e foram retiradas toneladas de lixo das praias. Foi assim quando se reuniram para Lagoa”. “Não conseguimos levar o projeto adiante. Lançamos apenas duas edições e ficou por isso mesmo”, lamenta Lexa. A emissora foi uma das 15 rádios comunitárias da Grande Porto Alegre selecionada pelo Ministério da Saúde para integrar um curso sobre prevenção e cuidados, ficando encarregada de repassar esse conhecimento para outras emissoras, funcionando como multiplicadora. Pelo endereço eletrônico www.itapuafm.webhits.com.br, é possível acompanhar a programação de diversos cantos do Brasil e do mundo. “Tem gente que nos escreve até da Europa para dizer que escutou a rádio”, comenta Lexa. A Rádio Itapuã FM 89,7 MHz tem o seu estúdio localizado na avenida Nossa Senhora dos Navegantes, 665, na área central do distrito, próximo ao portal da Lagoa dos Patos. O cinema gaúcho ganha um grande espaço nas telas de cinema. Hollywood que se cuide. A cena se destaca através de curtas e longas produzidos por gaúchos, alguns até com forte sotaque porto-alegrense. A Casa de Cinema de Porto Alegre, criada no ano de 1981 por cineas tas gaúchos, produz a maior parte dos filmes exibidos pela Rede Globo. Desde 1991 a Casa de Cinema tornou-se uma produtora audiovisual independente com seis sócios, Ana Luíza Azevedo, Carlos Gerbase, Giba Assis Brasil, Jorge Furtado, Luciana Tomasi e Nora Goulart. A Casa produziu dezenas de filmes e vídeos, programas de televisão (especiais e séries), cursos de roteiros e de introdução à realização cinematográfica, fórum de debates e programas eleitorais para televisão. Segundo o ci neasta, Carlos Gerbase, a cena nunca foi tão importante por dois motivos: há possibilidade de fazer filmes com orçamentos menores, utilizando as tecnologias digitais e a outra, há uma demanda constante de produtos independentes (ou semi-independen- tes) por parte da TV regional (RBS-TV, principalmente). O aluno de cinema, Rodrigo Rodriges ressalta que a produção nacional vem melhorando nos últimos anos. “Houve aquela queda inevitável e avassaladora da produção de filmes no governo Collor com o fim de investimentos na área, mas aos poucos está retornando ao seu lugar. Carandiru, depois de 90 foi o primeiro filme a ter público de três milhões de pessoas que viram o filme no cinema. Isso indica um progresso. Hoje em dia, é claro que dos milhares de projetos que existem por aí, apenas poucos conseguem ser levados até o fim”, afirma. Em contra-ponto o cineas ta, Maurício Bisol, relata que “a maioria da produção atual não me agrada, especialmente os filmes da Globo Filmes. Mas sou apaixonado por cinema nacional de qualidade”. Grande parte dos estudantes hoje tem a oportunidade de divulgar os seus curtas através de festivais e da internet, como o caso do estudante de cinema, Marcus Duprat, “tenho curtas que fazia quando era mais novo, totalmente amadores, que só servem para dar risadas no Youtube e ultimamente fiz alguns para mandar aos festivais”, aponta Duprat. Para conseguir captação de recursos para produção de curtas e longas, no Brasil existe a Lei de Incentivo ao Audiovisual que permite que empresas direcionem 3% do Imposto de Renda para a rea lização de obras cinematográficas e artísticas. Desta forma, se realiza com o dinheiro que é do Estado, mas se busca diretamente nas empresas. A outra forma é concurso. Você tem uma história, um roteiro ou uma idéia e vai nesses concursos apresentá-la. Se o projeto for escolhido, você recebe uma verba para produzir o projeto. O Centro Cultural Santander exibe alguns curtas realizados por estudantes em final de curso dando a oportunidade de divulgação do primeiro trabalho. O Cine Santander em conjunto com a Casa de Cinema, por exemplo, inclui as suas produções na programação do Cine Santander na sala alternativa que possui cerca de cem lugares com uma programação diferenciada dos filmes que são exibidos nas salas comerciais, como: Meu Tio Matou um Cara, Tolerância, Houve uma vez Dois Verões, Saneamento Básico, entre outros. Site: sxc.hu Santander Cultural Rua Sete de Setembro, 1028 Fone 3287 5500 Horário Segunda a sexta, das 10 às 19 horas. Sábado e domingo, das 11 às 19 horas. Saúde dezembro de 2007 Jornal do curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA Coma bem e tenha qualidade de vida Benefícios da dança Amanda Faccioni Amanda Faccioni Educação alimentar é sinôCarnes, aves, peixes, nimo de qualidade de vida Leite, iogurte e queijo feijões, ovos e nozes apenas com uma boa alimen2 - 3 PORÇÕES 2 - 3 porções tação o corpo humano é capaz de funcionar muito melhor e ainda produzir serotonina Vegetais Frutas (hormônio da felicidade). É 3 - 5 PORÇÕES 2 4 PORÇÕES preciso estabelecer normas de boa alimentação no cotidiano, o corpo necessita de uma certa quantidade de calorias e nutrientes para funcionar bem. Pular refeições durante o dia é errado, pois tende-se a compensar em outras Pão, arroz, cereais e massas refeições, o mais saudável é 6 - 11 PORÇÕES comer pequenas quantidades para disciplinarem uma alimen- verem medicamentos. “Acrecinco vezes ao dia. Dicas simples como as for- tação saudável, mas segundo dito na reeducação alimentar, necidas pelo livro “Vigilantes a nutricionista e professora do as dietas são por pequenos da Saúde”, de Luiz Santos da Centro Universitário Metodista períodos e servem apenas paSilva, são uma boa opção para IPA, Viviane Ferrari, é possível ra dar um susto no organismo começar uma reeducação ali- conciliar. Uma ótima dica é le- que está estagnado, ou seja, mentar: fazer sempre uma boa var o seu lanche saudável de não consegue mais perder pemastigação, pois comendo rá- casa. Quando for indispensável so”, afirma Ferrari. “A alimentação não é apepido o cérebro não registra o comer em restaurantes, o mesinal de saciedade. Tomar no lhor é escolher os pratos que nas para nutrir o corpo. Ela demínimo oito copos de água por contenham menos frituras, co- ve ser prazerosa”, lembra a dia, que além de diminuir a re- mer sempre antes da refeição massoterapeuta Evanir Scheltenção de líquidos ajuda na lu- um prato de salada (quanto ske, que reeducou a sua alibrificação do intestino, praticar mais colorida melhor) e trocar a mentação com ajuda de um exercícios físicos, que comple- sobremesa por uma fruta, são nutricionista. Segundo os especialistas, o importante é mentam o bom funcionamento algumas das alternativas. Sempre que for necessário aproveitar cada momento dudo corpo e da mente, diminuindo a ansiedade e conse- emagrecer é importante o rante a refeição, saber escoqüentemente ajudam a dimi- acompanhamento de um pro- lher o que estará disponível em fissional e tomar muito cuidado casa, além, é claro, de conter nuir a fome. Com o dia-a-dia corrido das com remédios que se dizem os impulsos na hora das comgrandes cidades muitas pesso- milagrosos, nutricionistas não pras, evitando ir ao supermeras reclamam da falta de tempo são habilitados para prescre- cado com fome. A dança é uma forma de expressão artística coordenada, onde você expressa todos os seus sentimentos, emoções, alegrias e outros, através dos movimentos. É uma arte onde existem regras para que saia tudo com perfeição e também exige habilidades, compromisso e muita dedicação para todos aqueles que fazem parte de alguma forma da dança. De acordo com o personal trainer e professor de ginástica em grupo Miguel Viero, 28 anos, a dança pode ser considerada um exercício que traz benefícios para o sistema cardio-respiratório, ou seja, uma atividade aeróbia ou anaeróbia. Tudo vai depender da intensidade e duração do exercício. Além de ser uma atividade física que proporciona descontração e convívio com pessoas. Permite à mulher o desbloqueio de sentimentos reprimidos e a torna mais audaciosa e provocante. Ativa a circulação, favorece os pulmões com mais oxigenação, concede flexibilidade e alongamento do corpo. Como a dança trabalha o sistema cardio-respiratório, os benefícios serão os mesmo de qualquer outra atividade similar. Miguel Viero diz: “a dança pode prevenir ou ajudar no tratamento em casos de hipertensão ou diabetes, por exemplo”. Mas ele diz também que a dança é um exercício que causa impacto, principalmente nas articula- Câncer de pele é preocupante no Estado 180 mil doadores de medula óssea no RS Gorduras, óleos e doces use moderadamente Juliana Job e Site: www.saude.gov.br Vanessa Schneider Pele bronzeada, esse é o ritmo do verão e principalmente da pele queimada do sol. Sinônimo de saúde e beleza entre os brasileiros, porém a cultura de ter a pele marcada pelo biquíni pode ser prejudicial. No país o câncer de pele é o tumor com mais incidência em ambos os sexos. O último dado coletado da campanha nacional contra o câncer de pele de 2006 pela Sociedade Brasileira de dermatologia (SBD) indica que o Rio Grande do Sul é o segundo Estado com maior número de casos com câncer de pele, atingindo 11% da população gaúcha. Outro dado preocupante constatado é que 59,3% da população continuam expondo-se ao sol sem protetor solar. O câncer de pele está ligado diretamente a quantidade de exposição solar, ou seja, quanto mais sol pegar ao longo da vida, há maiores riscos de desenvolver um câncer. A dermatologista e especialista em dermatoscopia, Dra. Rosaura Hartmann lembra que a irradiação solar é cumulativa ao longo dos anos e quanto mais sol pegar até os 20 anos de idade, maior o risco no futuro. Os raios UVA e UVB são os responsáveis pelo desenvolvimento do câncer e do envelhecimento precoce da pele. “A incidência do raio UVA é ao longo de todo o dia e a maior incidência do raio UVB é das 10 até às 16 horas, portanto não há um horário bom para pegar sol e que não tenha risco Pele queimada pelo sol indica pele irradiada por raios cancerígenos de câncer de pele”, afirma Dra. Hartmann. O filtro solar é essencial para proteger-se e a eficácia se dará aplicando-o várias vezes ao longo do dia. Não adianta passar protetor solar fator 60 e achar que está protegido 60 vezes mais do que não usando o filtro, ficando o dia todo com uma única aplicação, ressalta Hartmann. Os tipos mais freqüentes de câncer de pele são: o carcinoma basocelular, que reapresenta 70% dos casos e é muito comum em pessoas de pele clara. O carcinoma espinocelular, está ligado como causa principal a exposição solar e o melanoma que é o mais perigoso, podendo levar à morte se não diagnosticado e tratado rapidamente. Casos na família com câncer de pele é um dos requisitos a desenvolver a doen ça, como foi o caso do assessor parlamentar, Eduardo Eugênio Fiorin, 41 anos, que há oito anos constatou um caso de melanoma na região facial. “Meu pai era ferreiro e ficava muito exposto ao calor, passou por várias cirurgias no rosto de- vido ao câncer, mas todas benignas, como foi a minha”, relata. No caso de Fiorin, houve um processo cirúrgico de retirada do câncer. “Hoje não saio de casa sem colocar protetor solar fator 60”, afirma Fiorin. “A pior coisa para a pele é aquela pessoa que pega sol de vez em quando, por exemplo no final do ano, porque tem que chegar bronzeada na praia. Isso é uma agressão tremenda, pois a pele não tem condições de receber essa irradiação toda”,saliente a Dra. Hartmann. Ela recomenda que, no mínimo, uma vez ao ano se vá ao dermatologista e faça uma avaliação para saber se há uma pinta de risco na pele. PREVINA-SE Evite o horário entre 10 e 16 horas. Use chapéu e óculos contra raios UVA e UVB. Use filtro solar com fatores de proteção 15 ou maior. Reaplique a cada 2 horas. Evite bronzeamento artificial. Mantenha crianças fora do sol. Aplique filtro solar a partir dos seis meses Aula de Street Dance na academia de dança Cadica ções dos membros inferiores, pode gerar algumas lesões articulares como tendinites, luxações e entorses. O alongamento é importante, pois dá maior flexibilidade para as articulações, isso ajuda nosso corpo a trabalhar melhor de modo geral. Tornando o alongamento um hábito, os alunos têm melhoras na circulação sanguínea, maior consciência corporal e diminuição no risco de lesões articulares e musculares. Além disso, o alongamento relaxa corpo e mente o que ajuda a encarar as tarefas do dia-a-dia com mais disposição. É bom alongar sempre depois dos exercícios, principalmente a dança. Daniela Batistella Daniela Batistella Os gaúchos representam 36% dos candidatos a doador de medula óssea no Brasil. No país a marca de meio milhão de pessoas, aptas a doar, foi atingida no mês de outubro. O que aumenta a esperança para um mil pacientes que aguardam por transplante. Apesar de crescente, esse número ainda é insuficiente para atender à demanda, principalmente, porque a chance de encontrar um doa dor compatível é de uma em 100 mil. A chefe da Clínica de Hematologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Lúcia Mariano da Rocha Silla, ressalta que dependendo da doença, geralmente as benignas, a chance de cura com o transplante é de 70 a 80% e para as doenças malignas de 50 a 60%. “O transplante tem uma morbidade e mortalidade ainda relativamente elevada e é necessário que as pessoas saibam que, embora represente a única alternativa terapêutica, há riscos”, afirma Silla. Medula Óssea A medula óssea é constituída por um tecido esponjoso mole localizado no interior dos ossos longos. É nela que o organismo produz praticamente todas as células do sangue. O transplante é necessário para pacientes com produção anormal de células sangüíneas, geralmente devido a algum tipo de câncer. “Não há uma determinação de idade ideal para começarmos a praticar um exercício físico. Considerando a idade da pessoa, usamos o bom senso para escolher o tipo de exercício físico que mais se adapta a seus objetivos e aptidões”. Segundo Miguel Viero. O ritmo mais procurado é a dança de salão, conforme o professor de ginástica e de dança Diego Santiago, 25 anos. O ritmo que mais trabalha o corpo é o axé e o funk. Existe vário tipo de ritmos para aprender, como por exemplo: samba, bolero, forró, salsa, tango, valsa, merengue, rock, zouk, axé, funk, dança do ventre. Amostra de 5 ml de sangue Cerca de 70% dos pacientes que necessitam de transplante não têm familiares compatíveis. A solução é buscar pessoas que se dispõem a doar, através do Registro de Doadores de Medula Óssea (Redome), instalado no Instituto Nacional do Câncer (Inca). Quando os pacientes não têm doador identificado no Brasil é preciso apelar para uma busca internacional. A chefe do Serviço de Hemoterapia do HCPA, Almeri Marlene Balsan, fala sobre a importância em aumentar o número de doadores. “A população precisa se mobilizar permanentemente para participar do banco de medula. É importante a conscientização de todos e não esperar ter algum parente ou conhecido que esteja necessitando, mas sim fazer o cadastro para aumentar a chance de poder ajudar alguém”, ressalta Balsan. Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde pode ser voluntário para doação de medula. Para se cadastrar, o candidato a doador deve procurar um local de coleta, onde será agendada uma en- trevista para esclarecer as dúvidas. Preencher um cadastro com nome e endereço e após será feita a coleta de uma amostra de 5 ml de sangue. Os dados do doador são inseridos no cadastro do Redome e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, a pessoa será consultada para decidir quanto à doação. A doação é feito em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por 24 horas. Normalmente, os doadores retornam à rotina depois da primeira semana. Em um mês a medula será naturalmente regenerada. Onde doar HCPA - Banco de Sangue Rua São Manoel, 543 Fone: 2101 8504 Hemocentro do Estado Av. Bento Gonçalves, 3722 Fone: 3336 6755 Complexo Hosp. Santa Casa Av. Independência, 75 Fone: 3214 8025
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