título do resumo - EAIC
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O MÁGICO NA OBRA DE GARCÍA MÁRQUEZ Vanessa Cruz Mantoani (UEL – Ações Afirmativas para Inclusão Social), Cláudia Cristina Ferreira (Orientadora), e-mail: [email protected]. Universidade Estadual de Londrina/Centro de Letras e Ciências Humanas Londrina - Paraná Palavras-chave: Boom da Literatura hispano-americana, Realismo Mágico, Gabriel García Márquez. Resumo: O presente trabalho visa divulgar a pesquisa realizada sobre uma obra de Gabriel García Márquez, que foi um dos escritores do “Boom” da Literatura Hispano-Americana. Dessa forma, serão abordados aspectos sobre tal narrativa, bem como a análise do conto La Luz es como el Agua, valendo-se do Realismo Mágico como aporte teórico subjacente para realizar tal análise. Introdução O estudo centra-se na análise de uma obra de Gabriel García Márquez, escritor Colombiano, que se destacou como um dos precursores do Realismo Mágico ou Real Maravilhoso, que foi um movimento literário evidenciado no século XX. Ganhou notoriedade, principalmente, com o livro Cem Anos de Solidão, que foi uma das obras pioneiras do “Boom” da Literatura Hispano-Americana. O “Boom” da Literatura Hispano-Americana não deve ser considerado como um movimento literário, mas pode-se dizer que foi uma reforma técnica na literatura, que se originou do surrealismo na década de 1960. Dessa “reforma”, nasceu o chamado Realismo Mágico ou Realismo Maravilhoso, que é uma narrativa diferente das que eram conhecidas e utilizadas até então e que utiliza elementos inovadores para a construção da obra literária, rompendo com o padrão da época. Para tal fato, o escritor “Além de manejar os elementos estéticos e as técnicas narrativas capazes de construir um universo simbólico que refundasse o próprio discurso sobre a história, (…) deve também articular os elementos da cultura popular capazes de confirmá-lo como um guardião da memória coletiva.” (Bragança, 2008, p.126). O conto estudado foi La Luz es como el Agua (A luz é como a água), que foi escrito por García Márquez em 1978 e que pertence ao livro Doce Cuentos Peregrinos (Doze Contos Peregrinos). Durante a análise do conto, nota-se muito a presença de elementos mágicos e/ou insólitos na história, tais como a irrealidade como sendo algo real, o ambiente trabalhado de forma poética e também o narrador como testemunha da história. Anais do XVIII EAIC – 30 de setembro a 2 de outubro de 2009 Um ponto importante desse conto é levar o leitor a uma viagem na sua imaginação, criando uma ilusão daquilo que acontece na história. Mais característico ainda do realismo mágico, é como o autor busca fazer com que acreditemos naquilo que se lê, mesmo sendo algo, para nós, irreal. Dessa maneira, o absurdo torna-se normal e o normal, absurdo. E isso ocorre no conto com dois irmãos que sonham navegar com um bote, onde esse sonho torna-se realidade, porém não navegam em águas, e sim em luz. É assim que o autor leva o leitor à imaginação, colocando os personagens em fatos surreais, mas que no conto faz todo sentido. Estes são alguns dos aspectos encontrados na análise do conto. Materiais e Métodos Para realizar a pesquisa sobre o conto La Luz es como el Agua, os materiais a serem utilizados foram textos científicos de revistas acadêmicas, bem como artigos acadêmicos, além de livros que tratam sobre o Realismo Mágico e também sobre o “Boom” da Literatura Hispano-Americana. Os métodos abordados foram leitura, além de pesquisa sobre tais assuntos nos materiais citados acima. A pesquisa ocorreu da seguinte forma: buscou-se primeiramente o que foi o “Boom” da Literatura HispanoAmericana, tema do projeto e a identificação dos elementos que fizeram parte de tal acontecimento, como por exemplo, escritores, obras, características e movimentos literários. Dessa maneira, identificou-se García Márquez e o Realismo Mágico, fazendo assim a relação do conto do autor com os aspectos de tal narrativa, chegando-se à concretização da análise da obra. Resultados e Discussão O resultado a que chegamos nesta pesquisa, até o presente momento, foi a influencia de tal autor e o estilo literário em questão no desenvolvimento dessa nova reforma técnica em obras literárias, sobretudo, na década de 60, e que perduram até os dias atuais, de forma a levar-nos a lê-las e assim discutir sobre ela. Além de observar, também, a enorme modificação que ocorreu na literatura hispano–americana, e que é reconhecida até então. Conclusões Toda essa análise literária nos fez concluir a grande importância que tal acontecimento teve na história, e que ainda tem na literatura. E também com o estudo sobre o conto, podemos notar a significação de uma obra que rompe com o que é tradicional, conduzindo-nos para o diferente, inusitado, único e curioso, podendo, assim, observar vários pontos interessantes no tocante ao aspecto literário. O fato é que esses aspectos diferentes não só nos contagiam e motivam na leitura, mas também nos levam à imaginação e à reflexão sobre a nossa realidade. Anais do XVIII EAIC – 30 de setembro a 2 de outubro de 2009 Agradecimentos Agradeço a Deus pela oportunidade de participar desse projeto e à Professora Doutora Cláudia Cristina Ferreira pela orientação e apoio nessa pesquisa. Referências Ceserani, R. “Tentativas de definição”. O fantástico. Trad. Nilton Cezar Tridapalli. Curitiba: UFPR, 2006. p. 45-65. Chiampi, I. O realismo maravilhoso. São Paulo: Perspectiva, 1980. Fernández, T. “Lo real maravilloso de América y la literatura fantástica”. In: Morillas Ventura, E. (org.). El relato fantástico en España e Hispanoamérica. Madrid: Sociedad Estatal Quinto Centenario, 1991. p. 37-47. García Márquez, G. “La Luz es como el Agua”. Doce cuentos peregrinos. 12.ed. Buenos Aires: Debolsillo, 2008. p.185-191, 1978 Rodrigues, S. C. “Distinções: o fantástico ou...” O fantástico. São Paulo: Ática, 1988. cap. 3. p. 50-63. ____. “Hispano-América e Brasil: o fantástico e o maravilhoso – conclusões”. O fantástico. São Paulo: Ática, 1988. cap. 4. p. 64-68. Todorov, T. A conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1999. Anais do XVIII EAIC – 30 de setembro a 2 de outubro de 2009
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