El Centro latinoamericano de Administración para el - Inicio
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Metodologias para o Diagnóstico da Implantação da Carta Ibero-americana de Qualidade na Gestão Pública Documento aprovado pela XII Conferência Ibero- americana de Ministros da Administração Pública e Reforma do Estado Buenos Aires, Argentina, 1-2 de julho de 2010 Preparado por Luis Tenorio e Salvador Ríos, por encargo do CLAD Conteúdo Objetivo e Conclusões 3 1 4 Situação atual da qualidade na gestão pública na região 1.1 Características e definições surgidas da CICGP 2 3 Oportunidades e vantagens do acompanhamento dos avanços na Qualidade 5 7 2.1 Experiências e enfoques 7 2.2 Experiência em Qualidade na OECD 8 2.3 Enfoque básico comum de Qualidade 8 2.4 Temas especiais 12 Desenho conceptual e perspectivas do Sistema de Acompanhamento no CLAD 12 3.1 Especificação do Sistema de Acompanhamento de Qualidade 12 3.2 Aspectos a serem incluídos no Questionário de Consulta 13 3.3 Perfil dos usuários 15 3.4 Etapas do desenvolvimento do sistema 16 3.5 O produto do Sistema: o relatório Anual sobre Avanço de Qualidade 16 ANEXO – notas sobre alguns modelos de gestão de Qualidade na região 17 ARGENTINA 17 COLÔMBIA 19 O Modelo Padrão de Controle da Qualidade Interna, (MECI) e o Sistema de Gestão da Qualidade. MÉXICO Prêmio Nacional de Qualidade Total 19 21 21 OBJETIVO E CONCLUSÕES Na XII Conferência Ibero- americana de Ministros de Administração Pública e Reforma do Estado que será realizado nos dias 1-2 de julho de 2010 em Buenos Aires, a Secretaria do Centro Latino- americano de Administração para o Desenvolvimento (CLAD) impulsionará à implantação de um mecanismo para efetuar o acompanhamento na região da Carta Iberoamericana de Qualidade na Gestão Pública (CIQGP/ CICGP). Esta recomendação se sustenta nas seguintes considerações: Existe um desenvolvimento díspar nos países na melhora da qualidade, tanto no planejamento quanto no desdobramento e obtenção de resultados. A troca de informação sobre acertos, dificuldades e melhores práticas contribui ao aprendizado, a fixar objetivos e a descobrir formas de sucesso para encarar obstáculos operativos. A CIQGP (CICGP) é o documento de consenso e o CLAD é a instância adequada para ser o agente de intercâmbio, por sua função e sua trajetória em impulsionar a melhora da função pública na Região. Embora existindo interesse em chegar a um modelo comum de avaliação da qualidade, considera- se preferível como estratégia optar numa primeira etapa por uma ferramenta que realize unicamente um acompanhamento, já que existem diferenças entre os países e que alguns podem mostrar apenas resultados iniciais e muito recentes. O aprofundamento da análise e o avanço para um método de avaliação global por país, que media as suas instituições, será realizado no médio-prazo, de acordo com os resultados que se obtenham na primeira etapa de aplicação da ferramenta. A seguir se aprofundam as considerações anteriores. 1 SITUAÇÃO ATUAL DA QUALIDADE NA GESTÃO PÚBLICA NA REGIÃO Existe um desenvolvimento díspar nos países na melhora da qualidade, tanto no planejamento quanto no desdobramento e obtenção de resultados. Em relação com a formulação de modelos, os únicos países que poderia- se dizer que têm criado modelos na região, são o México e o Brasil, os demais usam versões traduzidas do modelo Malcolm-Baldrige (casos tais como o Equador, Chile, Costa Rica e o Peru)., outros têm algumas mudanças de terminologia e adaptações do mesmo (exemplos, a Argentina e a Colômbia) e outros como o dominicano utilizam o Marco Comum de Avaliação (CAF) da União Européia. O Modelo Ibero- americano, inclusive, é uma adaptação do Modelo EFQM de Excelência. O planejamento do desenvolvimento da qualidade tem seguido as linhas traçadas pelas decisões anteriores. Existem notórias diferencias no estado de disseminação ou desdobramento dos modelos. Os avanços e as estratégias adotadas pelos países da região para promover a melhoria da qualidade na gestão pública são muito variados, como variado é também o grau de avanço atingido tanto entre os países como no interior deles. Por exemplo: Na Argentina, o Prêmio Nacional à Qualidade foi instituído em 1994 com o mesmo desenho ora para o setor público ora para o setor privado. A base do prêmio para o setor privado, cuja última versão se desenvolveu em 2010, é o “Modelo de Qualidade para o Setor Público”, sustentado em oito critérios principais de avaliação. Dentre os quais ressalta o 7º, Impacto no entorno físico e social. No Chile, o Governo tem promovido desde 2005 nas instituições centrais do Estado a certificação em ISO 9001:2000 em sistemas transversais e desde 2009 na provisão de bens e serviços. Através de ChileQualidade, se impulsiona nas empresas o Modelo Chileno de Gestão de Excelência (1997), com ênfases nas PYMES. Na Colômbia, em 2003 criou- se o Sistema de Gestão da Qualidade para o setor público, com base ao Modelo Padrão de Controle da Qualidade Interno (MECI), e em 2004 adotou- se uma versão do ISO 9000 para o setor público, a Norma Técnica de Qualidade para a Gestão Pública, NTCGP-1000:2004. A versão geral, Norma Técnica Colombiana NTC-ISO 9001 (2ª versão) rege desde 2000. No México, o Modelo Nacional para a Qualidade Total foi publicado em 2007 e o Prêmio Nacional de Qualidade foi instituído em 2009. No setor privado, a Fundação Mexicana para a Qualidade Total (FUNDAMECA) organizou em 1990 o Prêmio Nacional de Qualidade, em conjunto com SECOFI. 4 Os Prêmios Nacionais à Qualidade, respaldados em Modelos de Excelência na Gestão, tem sido estabelecidos pelos países iberos- americanos, tomando como principais fontes de inspiração o Prêmio Deming de Japão (criado no ano 1981) e o Prêmio Malcom Baldrige criado no ano de 1987. Os países da região outorgam Prêmios nacionais à Qualidade desde: 1990 México 1999 Cuba 1992 Uruguai 1999 Paraguai (inativo) 1992 Brasil 2000 Ibero- americano 1993 Colômbia 2001 Equador 1993 Peru 2005 R. Dominicana 1994 Argentina 2010 Costa Rica (em preparação, primeiro processo) 1997 Chile Nota: A maioria dos países tem adotado ao Baldrige como modelo de referência, em alguns países utiliza versões traduzidas do Baldrige (Equador, Chile Costa Rica, Paraguai e Peru). 1.1 CARACTERÍSTICAS E DEFINIÇÕES SURGIDAS DA CICGP Os modelos de excelência, têm sido desenhados a partir de princípios, os quais estão integrados de forma sistêmica em critérios, sob critérios, áreas de análises e perguntas que se relacionam com resultados e permitem analisar a uma organização, avaliá-la e identificar brechas de desempenho. Não estão concebidos para avaliar avanços além de sistemas “fechados” (empresas ou organizações). Os princípios que promove a CIQGP (CICGP) seguem no quadro abaixo. 5 Quadro Nº 1. Eixos Estratégicos da Carta Ibero- americana de Qualidade na Gestão Pública CICGP Eixos estratégicos da Carta Ibero- americana de Qualidade na Gestão Pública 1. Orientação de serviço à cidadania 24 25 Component modelo de avaliação de Qualidade Cidadãos e Sociedade 2. Gestão pública para resultados 26 Resultados 3. Compromisso social e ambiental 27 Responsabilidade social 4. Responsabilidade diretiva, liderança e 28 29 Liderança Epígrafe constância de objetivos 5. Gestão por processos 30 31 Processos 6. Desenvolvimento de capacidades dos 32 33a-g Pessoas na organização 34 Processos 35 Planejamento funcionários públicos 7. Participação dos funcionários públicos para a melhoria da Qualidade da Gestão 8. Processo contínuo de aprendizado, inovação e melhoria da Qualidade 9. estratégico Relações de colaboração e cooperação 36a-e orientadas à melhoria da Qualidade Informação e conhecimento Embora a carta promova um enfoque comum a respeito de determinados conceitos e um conjunto de princípios e orientações para a melhoria da Qualidade na Gestão pública, porem ressalta no Preâmbulo, que: “a implementação dos princípios e orientações deverá adaptar- se à diversidade das condições das nações ibero- americanas, ao igual que a adoção das correspondentes ações e instrumentos sugeridos para a melhoria contínua da Qualidade na Gestão pública.” Não define uma via nem um modelo único, como também não apresenta uma ferramenta ou mecanismo de avaliação, entre outras razões porque a heterogeneidade da região apresenta diferentes desafios e as ações, técnicas e instrumentos que recomenda devem ser usadas dependendo “do grau de avanço e das características particulares de cada administração pública e seu correspondente entorno” (Preâmbulo). 6 A vantagem do planejamento “abrangente” da Carta, através da apresentação de múltiplas entradas e variedade de opções que sugere às administrações públicas, é a possibilidade de usá-las independentemente do grau de avanço de qualquer administração. Por outra parte, se levarmos em conta que os pontos de partida são diferentes, as realidades e as estratégias muito diversas, a limitação é a dificuldade para comparar e medir tais avanços. Porem, a Carta enfatiza a importância da medição e avaliação como estratégia de Qualidade e entre suas considerações finais indica que: “os Estados ibero-americanos estabelecerão os mecanismos que considerem convenientes para avaliar o avanço na implementação”, pelo qual é de particular relevância estabelecer mecanismos que ajudem aos Estados a avançar na implantação a a evidenciar e compartilhar tais avanços. Entre as ações relevantes que a Carta recomenda, em alguns casos reiteradamente, está a adoção de modelos de excelência, a postulação a Prêmios nacionais à Qualidade e o estabelecimento de sistemas de Gestão certificáveis. 2 OPORTUNIDADES E VANTAGENS DO ACOMPANHAMENTO DOS AVANÇOS NA QUALIDADE 2.1 E XPERIÊNCIAS E ENFOQUES Em cada fase da promoção de “Qualidade –planejamento”, desdobramento e resultados se apresentaria uma oferta documentada de possibilidades, com base em experiências internacionais e melhores práticas, e análises das experiências dos países na região, com os problemas e suas causas, os sucesso e suas condiciones e as perspectivas. Alguns aspectos/métodos em evolução: Metodologias que enfatizam a identificação de metas por etapas, indicadores e avaliação externa (ciclo de melhoria da Qualidade). Experimentação. Qualidade alem das formas de certificação (estandardizadas ou não). Convênios de desempenho de diretivos públicos e entre diretivos ao interior dos serviços. Descentralização progressiva (e dar passo a uma maior diversidade e delegação: ”Sendo que temos um único sistema, a aplicação será gradual y voluntaria…”). 7 2.2 E XPERIÊNCIA EM QUALIDADE NA OECD Da experiência em países OCDE ressalta que: Não somos homogêneos na hora de aplicar sistemas de Gestão de Qualidade. Embora a maioria dos países usa ISO em parte de sua administração publica, vários países preferem uma diversidade de sistemas. Vários combinam mais de um sistema e os elegem segundo o tipo de serviço. Exemplos destes sistemas são a CAF, EFQM, sistemas nacionais, etc. Em quase todos convivem vários sistemas. Em segundo lugar, parece existir serviços que se prestam mais à certificação ISO do que outros; exemplos: o escritório nacional de viação e o escritório de saúde publica, entre outras, como setores nos quais se implementa ISO à nível nacional na Suíça. Terceiro, um objetivo central da aplicação de normas ISO inclui um melhor serviço aos cidadãos. Não apenas se busca a eficiência ou um melhor controle dos processos, mas também uma maior efetividade nos serviços e um processo de melhoria continua da Gestão. 2.3 E NFOQUE BÁSICO COMUM DE QUALIDADE A fim de orientar o desenho inicial, nesta seção apresentam se alguns elementos para visualizar esse objetivo de mediano prazo, que envolveria um sistema central alimentado de sub-sistemas nacional, que reuniriam variáveis quantitativas à nível de critérios e sub-critérios estabelecidos a partir dos eixos da Carta. Ao desenhar um sistema de acompanhamento para monitorar o avanço da Carta, deve-se considerar que um problema central é que o universo da Qualidade se visualiza complexo e difícil de entender, com uma profusão de objetivos, modelos e ferramentas atuais. Por isso, é necessário então ter uma visão simplificada dos elementos de uma organização – desde o ponto de vista da Qualidade – e das inter-relações entre os mesmos. No diagrama na Figura Nº 1 se esquematizam os elementos de uma organização que são usualmente objeto de melhora em Qualidade: - O fluxo horizontal básico corresponde aos processos substantivos, que recebem insumos e entregam produtos (bens e serviços). Entre os elementos que ordenam e alimentam este fluxo (processos de suporte) ressaltam a gerencia, a organização e os métodos e ferramentas. - Todos os processos que facilitam o controle estão em linha ponteada: a obtenção de resultados, o processamento dessa informação e o planejamento. 8 Figura Nº 1. Diagrama de Fluxo para Acompanhamento da Qualidade 9 Quadro Nº 2. Componentes e Princípios Inspiradores para o Acompanhamento da Qualidade na Gestão Pública Componentes para o Acompanhamento da Qualidade 1. Liderança Princípios nos Eixos estratégicos da Carta Iberoamericana de Qualidade na Gestão Pública Pontos e princípios orientadores no ChileQualidade 4. Responsabilidade diretiva, liderança e constância de objetivos 110: Excelência-Compromisso da direção superior 2. Cidadão/cliente 1. 3. Pessoas na organização 6. Desenvolvimento de capacidades dos funcionários públicos 110: Apreciação das pessoas como principal fator estratégico 4. Planejamento estratégico 8. Processo continuo de aprendizado, inovação e melhoria da Qualidade 80: Aperfeiçoamento permanente de sistemas de planejamento e decisão 5. Processos 5. Gestão por processos Desenho e Gestão de processos Processos de produção, serviço e apoio Fornecedores e associados 6. Informação e conhecimento 7. Participação dos funcionários públicos para 80: Flexibilidade e capacidade de resposta rápida 30 9. Relações de colaboração e cooperação orientadas à melhoria da Qualidade 80: Melhora continua e adaptação á mudança 7. Responsabilidade social 3. 80: Valoração da responsabilidade pública Orientação ao serviço da cidadania a melhoria da Qualidade da Gestão 80: Orientação à satisfação do cliente 30 20 Compromisso social e ambiental Adesão à não-discriminação 8. Resultados 2. Gestão pública para resultados 400: Orientação da Gestão aos resultados: 90: Satisfação dos clientes (2) 90: Desempenho financeiro e de mercado (1) 75: Efetividade organizacional (5) 35: Responsabilidade social (7) 75: Satisfação dos funcionários (3) 35: Qualidade dos fornecedores (5) Nota: um elemento terá uma avaliação positiva em função de seu avanço seguindo o principio orientador; a pontuação indica uma estimação da sua contribuição à Qualidade. 10 Na figura é possível visualizar os impactos por intervir com ações (projetos) ou com a aplicação de técnicas e instrumentos nas diversas áreas o componentes de uma organização ou dependência pública. Esta intervenção pode gerar: - um impacto direto na Qualidade do componente intervindo, que pode ser medido através de um avanço ponderado por uma pontuação, como por exemplo, o que é usado no MalcolmBaldrige - a necessidade de fortalecer alem dos processos precedentes, para acima,e - um impacto indireto sobre os componentes para abaixo na organização (cidadãos do componente), que vão se ver favorecidos por receber um insumo de melhor Qualidade. O monitoramento da intervenção requereria medidas de todos esses aspectos. No Quadro Nº 2 se listam os componentes, susceptíveis de melhorias em Qualidade. A Carta propõe estratégias para cada um, válidas nas AAPP. Os diversos modelos fixam também critérios ou princípios inspiradores, para guiar as intervenções nos mesmos, como os indicados neste quadro no modelo chileno de Gestão de excelência. Visualizar a linha base de uma organização segundo o diagrama da Figura Nº 1 pode ajudar a estabelecer os problemas existentes, estabelecer quais deles estão nas raízes, e quais as suas conseqüências, orientando assim o diagnóstico, e ordenar então os objetivos e as intervenções de um plano de melhoria da Qualidade. As ferramentas sugeridas na Carta se aplicariam em função dos componentes para os quais são mais idôneas, e da necessidade de melhorar o componente específico. No quadro Nº 1 se aprecia que os Eixos Estratégicos da Carta e os objetivos associados a eles fazem as vezes dos princípios orientadores num modelo de Qualidade, e lhe conferem o caráter especial que esta assume nas administrações públicas. La linha de base nos recursos e demais componentes indicados na figura, assim como as características culturais e institucionais fazem as diferencias em cada país, que se refletem em suas metas, prazos e ferramentas. A fim de considerar estas particularidades, poderia ser conveniente colocar dois variantes para a avaliação: - a avaliação de uma etapa inicial de desenvolvimento da Qualidade, que utilizaria ferramentas 11 em extensão e profundidade para os primeiros esforços que devem desenvolver os países, e - a avaliação de uma etapa avançada, na que estariam os países que tem desenvolvidos modelos próprios, tais como o México e o Brasil, que se concentrariam em componentes diferentes. Em função do anterior, surgiria a necessidade de estabelecer dois sistemas de ponderadores, segundo o anterior. 2.4 T EMAS ESPECIAIS Diversos enfoques estratégicos estão sendo postos em prática na Região, que são fonte de boas práticas: - Responsabilidade institucional e gerencial (“É preciso que os serviços, e em especial seus gerentes, tomem esta ferramenta como própria.”) 3 - Melhoria continua - Associar as melhorias com um beneficio remunerativo - Articular as melhorias com o processo orçamentário (escassez de recursos) - Instrumentos de controle de Gestão - Horizontes: enfoque de Qualidade DESENHO CONCEPTUAL E PERSPECTIVAS DO SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO NO CLAD 3.1 E SPECIFICAÇÃO DO SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DE QUALIDADE 3.1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS É necessário considerar os seguintes aspectos: A busca e a análise da informação devem orientar-se por um enfoque marco, comum ás nações da região, de acordo aos princípios inspiradores da Gestão de Qualidade que reúne a CICGP, e básico, que reúna os elementos principais de um modelo de avaliação de Qualidade. Ver Figura Nº 1 e O Quadro Nº 1 na seção 1: os Eixos Estratégicos da Carta mostram os princípios orientadores em Qualidade, os que se expressam nos objetivos destes eixos, que conformam os elementos básicos para um modelo de Qualidade regional. O sistema deve ter uma orientação ao cidadão, o que implica definir o perfil de necessidades de seus usuários potenciais. Se deve especificar: o O que vai demandar seu desenvolvimento desde o ponto de vista da organização que o 12 Estados membros. o O que vai demandar para os próprios Estados, que deverão desenvolver e adaptar suas organizações para a elaboração de informação a ser proporcionada ao sistema. 3.1.2 NÍVEIS NA IMPLEMENTAÇÃO Não existe uma ferramenta para avaliar e comparar o estado global da Gestão de Qualidade na administração pública e desenhá-la seria de alta complexidade e seu uso poderia enfrentar resistências. Não obstante, existem aspectos gerais que podem sugerir-se como elementos chaves para o estabelecimento de um instrumento inicial de recopilação e acompanhamento, que sem constituir uma avaliação ou juízo de valor sobre o trabalho ou o nível atingido por uma determinada administração pública, sirva de ajuda e orientação para identificar aspectos relevantes que orientem aos governos na tomada de decisões e permitam compartilhar informação e aprendizados entre os países e mediante a experiência que se atinja com seu uso possa aperfeiçoar-se e se aprofundar. Se sugeri diferenciar três níveis na implementação: i) O primeiro deles, o nível estratégico, corresponde aos planos e programas de caráter geral que contem orientações e ações destinadas a impulsionar a melhoria em amplos setores da administração pública. ii) O segundo nível a execução dos planos e lineamentos correspondentes ao primeiro nível. iii) O terceiro nível, os resultados atingidos. 3.2 ASPECTOS A SEREM INCLUÍDOS NO QUESTIONÁRIO DE CONSULTA 3.2.1 E STRATÉGIAS Neste sessão os países deveriam informar sobre as normas legais, diretivas, planos estratégicos, lineamentos de política, orientações de caráter general para a melhoria e ações estratégicas de amplia cobertura e/ou de alto impacto. Alem do mais, o organismo reitor da administração pública de cada país deveria precisar quais os elementos focais, os objetivos, metas e políticas estabelecidas para implementar estratégias de Qualidade na Gestão pública. Entre os aspectos que se podem incluir estão: - diretivos sistemas certificáveis, - mecanismos de avaliação e acompanhamento, 13 - estabelecimento de Prêmios e reconhecimento, - sistemas de auto-avaliação, entre outros. 3.2.2 METODOLOGIAS Nesta sessão poderia solicitar-se: - explicação sobre a forma na que tem-se desdobrado os planos estratégicos, - detalhes sobre os organismos públicos que redundam em seus avanços na implementação - como tem sido executados?, - que ações de divulgação das propostas da carta tem sido realizadas?, e - de que maneira tem-se instalado os sistemas de premiação, auto-avaliação e as estratégias lineamentos e políticas estabelecidas. PLANOS PARTICULARES POR ESTADO DE MELHORIA DE QUALIDADE Dentro do espírito da Carta Ibero-americana de Qualidade na Gestão Pública se leva em conta que cada Estado pode ter escolhido, ou pode escolher, uma via particular para melhorar a Qualidade de sua Gestão (um modelo de Qualidade). Em função disso, cada Estado deve ter definido, ou deve definir, um plano particular de melhoria da Qualidade, com fases, metas, prazos, recursos e responsáveis. Para isso, deveria ter levado em em diversos aspectos, como consolidação da função pública, avanço eletrônico, etc. Cabe ressaltar que tão plano poderia diferenciar: a. a forma em que se tem avançado em Qualidade no setor público central, distinguindo: b. o Processos transversais/de suporte e o Processos substantivos do Estado A forma em que se encare o processo em instituições autônomas e empresas do governo, e c. A forma em que se fomente a Qualidade no setor privado, em particular na micro, pequena e media empresa. Por conta do anterior, pode-se concluir que a medição do avanço na melhoria da Qualidade iberoamericana deveria ser feita em médio prazo em função do cumprimento dos planos particulares de cada Estado. 14 3.2.3 RESULTADOS E AVANÇOS Nesta sessão poderia solicitar-se: - detalhar resultados e avanços conquistados por organismos a respeito das metas estabelecidas, - que conquistas se registram no uso de diferentes ferramentas: premiação, autoavaliação, cartas compromisso, participação cidadã, projetos de melhoria, sistemas de Gestão certificáveis, etc. - Informação sobre o número de certificações, reconhecimentos, auto-avaliação por períodos e totais, medições de satisfação, indicadores de melhorias dos serviços e - exemplos de boas práticas. Uma debilidade desta abordagem inicial, com uma ferramenta simples e com perguntas abertas, é que provavelmente se produzirão respostas muito diversas e dificilmente comparaveis. A aproximação deve-se iniciar após avaliar o resultado da primeira amostra e compartilhar a informação. A vantagem estaria no uso de uma ferramenta amigável, que não geraria maiores resistências e facilitaria um maior número de respostas O questionário deveria incluir uma sessão na qual apareçam os eixos estratégicos da carta perguntando de que forma se tem conseguido avançar em cada um dos nove eixos, solicitando exemplos. Pode-se incluir uma pauta ou formato muito simples para documentar tais exemplos, o qual seria o inicio de um de casos bem sucedidos que administraria o CLAD. 3.3 P ERFIL DOS USUÁRIOS As particularidades da administração pública em cada país condicionam o avanço da Qualidade. Diversas experiências1 nos mostram realidades que atingem este avanço, tais como a escassez de orçamento, as dificuldades para capacitar e desenvolver o aprendizado na função pública, as dificuldades de certificação e de auto-avaliação, e o caráter político da Alta Direção Pública, que condiciona seu compromisso e envolvimento com sistemas de Gestão de Qualidade. O acompanhamento deve aceitar estas realidades e iniciar a partir delas. 3.4 E TAPAS DO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA Como mencionado no Resumo, se prevê que a avaliação evolucione nas seguintes etapas: 1 Avaliação do BM ao PMG do Chile, http://www.dipres.cl/574/articles-42963_doc_pdf.pdf 15 a) Uma Etapa I, durante a qual se realize um acompanhamento dos avanços nos países em diversas dimensões, sem chegar a aplicar modelos com pontuações por critérios, durante a qual seja fomentado o aprendizado. Esta etapa teria uma duração estimada de dois a três anos. b) Uma Etapa II na qual se busque unificar critérios em relação a um modelo comum de Qualidade para a região, que permita fazer acompanhamento numérico à implantação e sustentabilidade de seus critérios e se direcione à sua aplicação, com freqüência anual o bianual, estabelecendo Prêmios a nível regional, por tipos de organizações. O CLAD, ao desenvolver o sistema de acompanhamento e avaliação de um modelo comum de Qualidade, deverá: - promover e solicitar aos Estados que manifestem seus propósitos e planes de melhoramento da Qualidade à nível de suas diversas instituições, concretizando metas e prazos, e fazer esforços para estabelecer linhas de base. - promover e solicitar aos Estados desenvolver sistemas de monitoramento e avaliação (M&A) para registrar os progressos de seus planos, e - reunir e analisar os progressos registrados nos sistemas de M&A de Qualidade nos Estados num sistema centralizado, disponível para as consultas dos países membros. 3.5 O PRODUTO DO SISTEMA: O RELATÓRIO ANUAL SOBRE AVANÇO DE QUALIDADE O contudo de um relatório anual sobre Qualidade pode-se organizar palas fases anteriores e reunir alem disso novos temas, surgidos de mudanças do entorno e na tecnologia: a) Políticas, planes e regulamentos para impulsionar a Qualidade – Síntese por Países– Revisões e atualizações. b) Estratégias de desenvolvimento e regulações estabelecidas nas AAPP centrais, os governos regionais, as instituições autônomas, as organizações orientadas aos produtores. c) Quantidade de organismos que experimentaram avanços, por niveles. Sínteses de avaliações realizadas, com as principais conclusões e recomendações. Casos especiais de boas práticas. Experiências em Qualidade e avaliações no Japão, OECD y EEUU. d) Atividades da CLAD em relação com o acompanhamento das Cartas e do Código Iberoamericano. e) Proposições dos países membros para unificar os modelos de Qualidade da região. f) Proposições dos países membros para melhorar o sistema de acompanhamento das Cartas E do Código Ibero americano. 16 ANEXO – NOTAS SOBRE ALGUNS MODELOS DE GESTÃO DE QUALIDADE NA REGIÃO ARGENTINA GESTÃO DE QUALIDADE T OTAL È uma filosofia gerencial que consiste num enfoque sistemático para estabelecer e cumprir os objetivos de Qualidade em toda a organização. Um enfoque sistemático de como desenvolve-la, surge de planificar os objetivos de Qualidade levando em conta o conhecimento do usuário, y suas necessidades ou expectativas. Desenvolver características em produtos/serviços que respondam às necessidades do cidadão. DESENVOLVER PROCESSOS CAPAZES DE PRODUZIR ESSAS CARACTERÍSTICAS. Transferir esses planos a toda a organização. A essência da Gestão Total de Qualidade consiste em envolver e motivar a todos os funcionários da organização para melhorar continuamente os processos de trabalho a traves da avaliação dos resultados e estabelecimento de planos de melhoria que cumpram o excedam as necessidades dos cidadãos. As práticas operativas para fazer realidade estes princípios são: Existência duma liderança pessoal que apóie o processo de Qualidade, encarnado no máximo nível hierárquico da organização e na equipe de alta direção. Garantir que toda a organização se oriente à satisfação das necessidades e expectativas do usuário. Planejar estrategicamente a instrumentação a curto e longo prazo de um processo de Qualidade em toda a organização, a partir dos Objetivos de Qualidade. Desenvolver informação clara para medir o processo de melhoria iniciado, podendo identificar as causas da não Qualidade para encontrar entre todas as soluciones. Fornecer recursos adequados para o treinamento e reconhecimento aos funcionários a fim de capacitá-los no cumprimento de suas tarefas, reforçando suas atitudes positivas. Fortalecer aos funcionários para tomar decisões e promover o crescimento das equipes de trabalho. Desenvolver sistemas para garantir que a Qualidade seja construída desde o inicio e em todas as atividades. 17 As Bases do Prêmio Nacional à Qualidade para o Setor Público examinam tais aspectos a través dos critérios de avaliação. Poderia considerar se que a avaliação de cada critério implicará, em resumo, a analise das respostas dadas às seguintes perguntas: CRITÉRIO 1.- LIDERANÇA Qual a visão da alta direção da organização, em relação ao processo de Qualidade, como participa em seu desenho e de que forma transmite os valores ao resto da mesma? CRITÉRIO 2.- ENFOQUE NO CIDADÃO Que sistemas utiliza a organização para conhecer as necessidades e requerimentos dos usuários externos e quais os métodos para dar uma resposta rápida e eficaz a tais necessidades? CRITÉRIO 3.- DESENVOLVIMENTO DOS FUNCIONÁRIOS Como se estimula o compromisso dos funcionários, como se consegue envolve-lo no processo de Qualidade e de que forma se fornece a educação necessária? CRITÉRIO 4.- INFORMAÇÃO E ANÁLISES Que indicadores quantitativos se usam para conhecer o avanço do processo de melhoria da Qualidade em toda a organização, qual o alcance dos dados e a partir de quando seriam usados? CRITÉRIO 5.- PLANEJAMENTO Como é integrado o processo de melhoria continua no planejamento global da organização e quais são os objetivos e metas de Qualidade no curto, médio e longo prazo? CRITÉRIO 6.- GARANTIA E MELHORIA DA QUALIDADE Quais as formas e sistemas implementados para garantir a Qualidade de todos os bens e serviços? ¿Como se faz para melhorar e controlar a Qualidade dos fornecedores? CRITÉRIO 7.- IMPACTO NO ENTORNO FÍSICO E SOCIAL O que faz a organização para que outros organismos iniciem processos de Qualidade e que recursos dedica a eles? Como é preservado o ambiente como se conservam os recursos? CRITÉRIO 8.- RESULTADOS DA GESTÃO DE QUALIDADE Quais os indicadores numéricos ou gráficos más representativos dos níveis atingidos de melhoramento da Qualidade dos bens e serviços que a organização produz? FONTE: PRÊMIO NACIONAL À QUALIDADE BASES PARA O SETOR PUBLICO ANO 2010 Documento de: Presidência de Argentina. SECRETARIA DA GESTÃO PUBLICA. SUBSECRETARIA DE GESTÃO E EMPREGO PÚBLICO. ESCRITÓRIO NACIONAL DE INOVAÇÃO DE GESTÃO http://www.sgp.gov.ar/contenidos/onig/Prêmio_nacional/docs/Bases_2010_Texto_completo.pdf 18 COLÔMBIA O MODELO PADRÃO DE CONTROLE DA QUALIDADE INTERNA, (MECI) E O SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE São complementários. Estes não apenas ajudam ao estabelecimento de políticas públicas efetivas baseadas em informação atualizada, mas adicionalmente se constituem numa ferramenta de controle, que tem a cidadania para analisar o grau de Gestão das entidades. Em dezembro de 2003, o Congresso da República expediu a Lei No. 872 através da qual se cria o Sistema de Gestão da Qualidade para o setor público colombiano. Esta Lei estabeleceu que dentro da regulamentação do Sistema de Gestão da Qualidade, o Governo Nacional deveria expedir uma norma técnica de Qualidade na Gestão pública, na qual fosse aplicável as normas técnicas internacionais existentes sobre a matéria. Neste sentido e com o objeto de reafirmar seu compromisso, o Governo Nacional a través do Departamento Administrativo da Função Pública e o Instituto Colombiano de Normas Técnicas e Certificação (ICONTEC), órgão assessor do Governo Nacional em matéria de normalização técnica, realizaram um convenio interinstitucional, para desenvolver em conjunto a norma técnica denominada Norma Técnica de Qualidade para a Gestão Pública, NTCGP-1000:2004, adotada como norma oficial pelo Decreto No. 4110 de 9 de dezembro de 2004. DETALHES DA NORMA Entrando em detalhes específicos da Norma, se ressaltam os lineamentos que devem acolher as entidades públicas colombianas, com o intuito de garantir sua implementação, antes de 8 de dezembro de 2008, ressaltando que para que este processo seja exitoso, é preciso contar não apenas com a devida autorização da alta direção, mas também com o apoio e compromisso das pessoas vinculadas aos mesmos. O processo de implementação deve-se iniciar coma a contextualização do direcionamento estratégico, estabelecendo qual a missão, a visão e a política de Qualidade, que permitam determinar o afazer a organização, enfocado nos requerimentos de nossos usuários, não somente a nível interno entendido como os servidores públicos e colaboradores, mas também externo traduzido nos cidadãos. Em segundo lugar, devem-se identificar os processos e serviços que são oferecidos aos usuários, cidadãos ou organismos de controle do Estado, considerados todos eles como o cliente externo da 19 entidade. Para isso, a chave das entidades é responder claramente a estas questões: - O que faz a entidade? - Como o faz? - Para que o faz ? - Por que o faz? - Com que o faz? Da mesma forma, devem tomar como referente por excelência, os seguintes princípios: - Enfoque para o cliente. - Liderança. - Participação ativa dos servidores públicos e/ou particulares que exercem funções públicas. - Enfoque baseado nos processos. - Enfoque do sistema para a Gestão. - Melhoria continua. - Enfoque baseado em fatos para a tomada de decisões. - Relações mutuamente vantajosas com os fornecedores de bens ou serviços. - Coordenação, cooperação e articulação. - Transparência. FONTE: Arango Viana, María del Pilar, “La Calidad en la administração pública colombiana” (documento). Norma NTC ISO 9001 http://gdcon.udea.edu.co/sistema_gestion_Qualidade/pdf/NTC-ISO9001.pdf 20 MÉXICO PRÊMIO NACIONAL DE QUALIDADE TOTAL O Modelo Nacional para a Qualidade Total tem como principal propósito impulsionar a competitividade das organizações mexicanas de qualquer tipo ou tamanho, com o intuito de projetálas para serem de classe mundial. Isto se pode obter na medida em que as organizações aplicam em sua operação cotidiana, os princípios do Modelo Nacional para a Qualidade Total, modificando ou transformando sua forma de ser e de fazer. A principal força desta transformação é a criação de valor superior para os clientes e consumidores finais, a través da melhoria continua dos sistemas e processos, assim como dos produtos, bens e serviço. O Modelo Nacional para a Qualidade Total ressalta o esforço, experiência e conhecimento das organizações participantes, avaliadores e especialistas nacionais e internacionais. Seu desenho, atualização e integração está a cargo do CONSELHO T ÉCNICO DO PRÊMIO NACIONAL DE QUALIDADE, conformado por uma equipe de especialistas em Qualidade Total, com amplia experiência em sua aplicação em organizações mexicanas, que representam os setores público, privado e acadêmico, incluindo setores produtivas de serviço e manufatura. O Modelo Nacional para a Qualidade Total não prescreve, isto é, promove o uso de práticas ou ferramentas conforme ás características particulares da organização e seu entorno, e não esta baseada em nenhuma teoria ou corrente, nem pretende prescrever ou propor como obrigatória alguma teoria, técnica ou ferramenta específica de Qualidade. Consiste em oito critérios que por sua vez se subdividem nos elementos fundamentais de todo sistema organizacional. Seu conteúdo permite identificar os sistemas e processos da organização, e sua estrutura facilita sua administração e melhoria. O Modelo Nacional para a Qualidade Total é uma guia que define a qualquer organização como um sistema. A ênfase de esta definição radica no entendimento integral do seu funcionamento para provocar a melhoria continua. É também uma ferramenta para realizar o diagnóstico de uma organização ou para avaliar seu grau de maturidade, o que permite apreciar suas fortalezas e áreas de oportunidade, ao correlacionar três dimensiones interdependentes: 21 ENFOQUE.Desenho de sistemas e processos, baseado em conceitos e teorias sólidas de qualidade, para a busca de melhores formas de produzir bens ou serviços. IMPLEMENTAÇÃO.Aplicação de conceptos e teorias sólidas de qualidade em sistemas e processos, para criar e desenvolver uma cultura organizacional de qualidade. RESULTADOS.Efeito causal das duas dimensiones anteriores para criar valor para todos os “grupos de interesse” da organização (clientes, fornecedores, acionistas, funcionários, comunidade imediata, etc.). FONTE: PRÊMIO NACIONAL DE QUALIDADE TOTAL 2005, México Ver também: www.competitividad.org.mx http://www.inacal.org.uy/files/userfiles/LlamEvalPNC2009.pdf 22