mutismo seletivo - Leticia de Oliveira

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mutismo seletivo - Leticia de Oliveira
MUTISMO SELETIVO
O que é: No Manual de Estatística e Diagnose de Desordens Mentais, o Mutismo Seletivo é descrito
como uma desordem psicológica pouco freqüente nas crianças. Crianças (e adultos) com este tipo
de problema são completamente capazes de falar e compreender a linguagem, mas não o fazem em
determinadas situações sociais, quando é o que se espera deles.
Funcionam normalmente em outras áreas do comportamento e aprendizado, embora se privam
severamente de participar em atividades de grupo. É como uma forma extrema de timidez, mas a
intensidade e duração a distingue. Como por exemplo, uma criança pode passar todo o tempo
completamente calado na escola, por anos, mas falar livremente ou excessivamente em casa.
Outras características são, além da timidez extrema, o retraimento social, a dependência e o
perfeccionismo.
Esta desordem NAO é considerada uma desordem da comunicação, pois a maioria das crianças se
comunica através de expressões faciais, gestos, etc.
Ao realizar o diagnóstico, pode ser confundido facilmente como um tipo seletivo de Autismo ou
Síndrome de Asperger, especialmente se a criança atua de modo retraído na presença do psicólogo.
Isto pode levar a um tratamento incorreto.
Como é/identificação:
Entre os aspectos negativos estão:
•
Os portadores do Mutismo Seletivo encontram dificuldade em manter contato visual.
•
Com freqüência não sorriem em público ou em expressões vazias (sempre em público).
•
Se movem de forma rígida e torpe.
•
Não podem manejar situações onde se espera que falem normalmente, como uma
saudação, uma despedida ou um agradecimento.
•
Tendem a preocupar-se mais com as coisas de que o restante das pessoas.
•
Podem ser muito sensíveis ao ruído e ao excesso de gente.
•
Encontram dificuldade em falar sobre si mesmo ou expressar seus sentimentos.
•
Entre os aspectos positivos estão:
•
Inteligência e percepção superior aos demais, são curiosos.
•
São sensíveis aos pensamentos e emoções alheias (empatia).
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•
Tem um grande poder de concentração.
•
Com freqüência tem um bom sentido do que é correto, incorreto e de justiça.
Causa: O mutismo seletivo tem causa obscura e, até o momento, parece ter origem multifatorial.
Acredita-se que a influência dos fatores ambientais e situações interpessoais sejam de grande peso
para o desenvolvimento do mutismo seletivo. Ele pode ser deflagrado por uma experiência negativa
pela qual a criança passou - uma violência física ou verbal, ou uma grande decepção.
A genética também tem um peso importante: estatísticas mostram que muitas crianças afetadas
pelo transtorno têm um parente próximo com histórico de transtornos emocionais e a patologia é
mais encontrada nos filhos de pais tímidos ou distantes.
A influência do comportamento dos pais nos relacionamentos com outras pessoas, bem como suas
alterações de humor podem dar à criança impressões problemáticas sobre o relacionamento
humano, gerando certa ansiedade fóbica social. A própria personalidade da criança pode favorecer
aparecimento do transtorno.
Em alguns casos o mutismo seletivo ocorre após algum trauma, como morte, início escolar,
seqüestro, violência. Todos de alguma maneira relacionados à separação do cuidador da criança,
sendo considerado um tipo de transtorno fóbico.
Tratamento: Não existem muitas referências e orientações para o tratamento do mutismo seletivo.
Talvez pelo fato da criança com mutismo seletivo não perturbar ninguém e passar por quietinha, ao
contrário da criança hiperativa, cujo comportamento agitado chama a atenção de todo mundo, seu
tratamento tem sido protelado e sua importância tem sido minimizada.
As modificações comportamentais são as medidas mais promissoras. A psicoterapia e terapia da fala
também são importantes, já a psicofarmacologia é bastante restrita nesses casos, muitas vezes
atuando somente em outros estados emocionais associados, sejam como comorbidade, sejam
conseqüências da discriminação, da auto-estima, etc.
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HIPOCONDRIA
O que é: A hipocondria é um estado psíquico que se caracteriza pela crença infundada de se
padecer de uma doença grave. Costuma vir associada a um medo irracional da morte, a uma
obsessão com sintomas ou defeitos físicos irrelevantes, à descrença nos diagnósticos médicos,
preocupação e auto-observação constante do corpo. A hipocondria pode vir associada ao transtorno
obsessivo-compulsivo e à ansiedade.
Como é: O hipocondríaco revela freqüentemente o medo de estar doente, mais que isso, acredita
ser portador de uma doença grave. Pequenos sinais e sintomas leves, normais no organismo, são
interpretados como algo significativo, alguns até crêem que vão morrer por causa desses indícios
expressos pelo corpo. Começa então a maratona médica, pois estes pacientes vão peregrinar entre
vários profissionais da saúde até encontrarem alguém que confirme suas preocupações. Enquanto
suas suspeitas não são ratificadas eles persistem em sua busca, cada vez mais decepcionados e
ressentidos.
Causa: As causas da hipocondria vão desde um trauma ou susto até outros fatores emocionais como
carência, ansiedade, insegurança e baixa auto-estima. O ambiente também influi. Entre as
emoções, pensamentos e fantasmas que povoam nosso plano mental, um deles acaba sendo forte
atrativo de doenças: o medo de ficar doente.
Tratamento: Reconhecer as emoções ruins que tentamos negar muitas vezes já o suficiente para
fazer cessar os sintomas, mas para que isso ocorra, é fundamental o acompanhamento de um
psicólogo.
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HIPERATIVISMO
O que é: A hiperatividade, denominada na medicina de desordem do déficit de atenção, pode afetar crianças,
adolescentes e até mesmo alguns adultos. Os sintomas variam de brandos a graves e podem incluir problemas
de linguagem, memória e habilidades motoras. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma
inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e
comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção,
impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.
Como é: As crianças hiperativas têm dificuldade em prestar atenção e aprender. Como são incapazes de
filtrar estímulos, são facilmente distraídas. Essas crianças podem falar muito, alto demais e em momentos
inoportunos. As crianças hiperativas estão sempre em movimento, sempre fazendo algo e são incapazes de
ficar quietas. São impulsivas. Não param para olhar ou ouvir. Devido à sua energia, curiosidade e necessidade
de explorar surpreendentes e aparentemente infinitas, são propensas a se machucar e a quebrar e danificar
coisas. As crianças hiperativas toleram pouco as frustrações. Elas discutem com os pais, professores, adultos e
amigos. Fazem birras e seu humor flutua rapidamente. Essas crianças também tendem a ser muito agarradas
às pessoas. Precisam de muita atenção e tranqüilização. É importante para os pais perceberem que as
crianças hiperativas entenderam as regras, instruções e expectativas sociais. O problema é que elas têm
dificuldade em obedecê-las. Esses comportamentos são acidentais e não propositais.
Causa: A causa ou causas exatas da hiperatividade são desconhecidas. A comunidade médica teoriza que a
desordem pode ser resultado de fatores genéticos; desequilíbrio químico; lesão ou doença na hora do parto ou
depois do parto; ou um defeito no cérebro ou sistema nervoso central, resultando no mau funcionamento do
mecanismo responsável pelo controle das capacidades de atenção e filtragem de estímulos externos.
Tratamento: Busque terapia e experimente modificação comportamental. Essas disciplinas ajudam a criança
a entender o problema contra o qual está lutando, a estabelecer metas e padrões e reconhecer e avaliar seu
comportamento. Podem ser de grande valia. Esses programas ensinam controles internos que podem ser
usados em várias situações. Seu filho aprenderá a oferecer recompensas pelos seus feitos e aprenderá a partir
dos seus erros. Coopere com seu médico ou terapeuta para desenvolver programas de modificação
comportamental. É importante que o programa seja claro, facilmente entendido e facilmente executado por
todos que dele participam - pela criança bem como pelos adultos. É essencial que essas intervenções sejam
realizadas com cautela e boa vontade, em um ambiente calmo e carinhoso. A criança deve participar com
disposição. Certifique-se de que os dois tenham entendido que esses programas objetivam ajudar e não punir.
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ANSIEDADE
O que é: A ansiedade é um sinal de alerta, que permite ao indivíduo ficar atento a um perigo
iminente e tomar as medidas necessárias para lidar com a ameaça. Portanto é um sentimento útil.
Sem ela estaríamos vulneráveis aos perigos e ao desconhecido. É algo que está presente no
desenvolvimento normal do ser humano, nas mudanças e nas experiências novas e inéditas. A
ansiedade permite a um ator que estreará uma nova peça, ensaiar o suficiente para ter maior
segurança e, conseqüentemente, menor ansiedade; ou então que um jovem se prepare
demoradamente e até com vários detalhes irrelevantes para um encontro amoroso. Após algum
tempo, a preparação para o encontro com uma antiga namorada se torna quase desnecessária, já
que não há mais ansiedade.
Como é: O indivíduo que sofre de transtorno de ansiedade generalizada apresenta:
•
Dificuldade para relaxar;
•
Sensação de que está no limite do nervosismo;
•
Tendência a cansar-se com facilidade;
•
Dificuldade de concentração e freqüentes esquecimentos;
•
Irritabilidade;
•
Tensão muscular;
•
Dificuldade para adormecer ou sono insatisfatório;
•
Preocupação com a possibilidade de doença grave ou acidente embora não existam
indicativos de que essas coisas possam vir a acontecer;
•
Tendência a assustar-se com facilidade e de forma intensa sem motivos justificáveis;
•
Em alguns casos podem ocorrer sintomas físicos como: boca seca, mãos ou pés úmidos,
enjôos ou diarréia, aumento da freqüência urinária, sudorese excessiva, dificuldade de
engolir ou sensação de um bolo na garganta;
Causas: As causas da ansiedade podem ser várias: fatores ambientais, psicológicos, químicos, prédisposição hereditárias, etc. Entre as causas que afligem as pessoas, as psicológicas inconscientes
provocam sintomas indesejáveis, impossibilitando as pessoas de conseguirem muitas vezes relaxar e
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descontrair. Qualquer coisa passa a ser motivo de tensão, a paciência, a calma, a tolerância, a
tranquilidade, a serenidade, o discernimento, a ponderação, e outros, passam a não fazer parte da
disciplina e capacidade intelectual e psicológica do indivíduo, aumentando assim, o grau de
ansiedade.
Tratamento: O tratamento mais indicado é a combinação de psicoterapia com medicamentos
tranqüilizantes e antidepressivos. A terapia cognitivo-comportamental é a que mais vem sendo
estudada e apresentado bons resultados.
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ESTRESSE
O que é:
O estresse é uma reação do organismo a um esforço extremo ou importante. Em geral o estresse
ativa um processo hormonal e nervoso baseado em um estado de alerta, o que explica o aumento do
ritmo cardíaco e do estado de vigilância. Às vezes o estresse pode ser benéfico (como na
preparação de uma prova ou como reação a uma situação de perigo,...) mas também pode
infelizmente levar a uma situação nefasta (estresse ruim), que pode desencadear em úlceras ou
ainda diversos problemas psíquicos (fadiga, distúrbios do sono, depressão).
Como é: Os sintomas do estresse podem ser:
•
Problemas digestivos: úlceras, náuseas e vômitos;
•
Irritabilidade (a pessoa se irrita facilmente);
•
Problemas cardíacos (aceleração do ritmo cardíaco) e/ou aumento da tensão
(hipertensão);
•
Diversos problemas do sono (insônia);
•
Distúrbios psíquicos: nervosismo, ira excessiva e não-habitual, crise de angústia, medos
excessivos (fobias), depressão.
•
Distúrbios da menstruação, na mulher;
•
Aparecimento de caspa (sobretudo nos homens);
•
Queda de cabelos;
•
Problemas de concentração (por ex. Na escola);
•
Desenvolvimento ou reaparecimento de doenças infecciosas como a herpes labial, herpes
genital, dores de garganta, resfriados,...;
•
Problemas sexuais: distúrbios eréteis, perda de desejo (problema de libido);
•
Mau hálito (devido a uma desidratação da boca, causada pelo estresse).
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Causas:
Aqui estão as causas que podem provocar o estresse com maior freqüência:
•
Um nervosismo passageiro;
•
O trabalho e seus problemas em geral: sobrecarga, esgotamento, provas, tensão;
•
Problemas de relacionamento (problemas sentimentais);
•
Um choque emocional;
•
Falta de tempo para efetuar uma tarefa;
•
Falta de repouso
•
Problemas sociais (isolamento, solidão, dívidas, problemas financeiros);
•
Problemas do sono;
•
Doenças psíquicas como a depressão, a ansiedade, crise de angústia;
•
Dependência ou consumo excessivo de determinados produtos como o café, o álcool, o
tabaco, drogas, etc.
Tratamento:
Uma psicoterapia pode auxiliar o paciente a melhor entender o estresse e, sobretudo, a melhor
gerenciá-lo.
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VICIO
O que é: Vício (do latim "vitium", que significa "falha ou defeito"
[1]
) é um hábito repetitivo que degenera ou
causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem. O termo também é utilizado de forma amena,
muitas vezes deixando um índice de sua acepção completa.
O vício, à semelhança da virtude, é um hábito. Só que, ao contrário da virtude, caracteriza uma disposição
estável para a prática de algum “mal”. Assim, por exemplo, fumar é um vício, caracterizado pelo hábito de
fumar, considerado prejudicial à saúde.
Ambos, virtude e vício, são em parte inatos e adquiridos. Inatos, enquanto encontram em nós uma
predisposição, às vezes até genética ou hereditária, seja para a prática do bem seja para a prática do mal.
Adquiridos, uma vez que se desenvolvem, a virtude, em decorrência de muito esforço; o vício, que também
cria raízes profundas e até dependência física, por concessões nossas e influências externas ou do ambiente.
Como é: Segue abaixo alguns exemplos comuns de vicio:
•
Cigarro (tabagismo)
•
Drogas
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Bebida alcoólica (alcoolismo)
•
Internet/vídeo- game (uso em excesso)
•
Comida (compulsão alimentar)
•
Exercício físico (vigorexia)
•
Sexo (ninfomania)
Diagnóstico:
Um ato é considerado vicio, quando este traz prejuízos para a saúde física e mental do individuo e/ou
daqueles que com ele convivem. Importante frisar que todos os vícios apresentam como causa uma
inadaptação a vida social.
Tratamento:
Os tratamentos vão variar de acordo com o tipo e com a intensidade do vicio.
Para drogas e álcool muitas vezes é inicialmente necessário a permanência desses indivíduos em clinicas de
recuperação. Paralelamente a esta internação, deve ser feito um tratamento farmacológico (psiquiatra) e
psicoterápico.
Para os demais vícios o tratamento mais comum é a psicoterapia; ela possui o objetivo de trabalhar a
ansiedade, a insegurança e o estresse desses indivíduos.
OBS: Para mais informações ler artigo publicado na revista saúde ativa 02/10 (Link artigos).
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