Edição nº 22 - iOS e Android

Ano 5 - nº 22 - Outubro / Novembro de 2014
Distribuição gratuita
?
Você tem
fome de que
24
o mundo mágico
dos alebrijes
ARTE
26
CORA CORALINA
GENTE
ARMAZÉM CENTRAL
EDITORIAL
em diversas cidades existem restaurantes típicos de
comida goiana.
A Padaria Vitória Régia preocupada em dar um atendimento excepcional aos seus clientes resolveu inovar
mais uma vez. Ela está lançando uma linha de sucos
terapêuticos que levam em sua composição frutas e
condimentos que colaboram na obtenção e manutenção
da boa saúde. Para acompanhar esses sucos a Vitória
Régia está revolucionando seu sistema de lanches. A
partir de agora o cliente vai montar seu lanche escolhendo os ingredientes de acordo com seu desejo. São
inúmeras opções de pães, recheios e molhos. O difícil
vai ser ficar num só. Bom apetite à todos!
Comércio de Doces
A NOSSA ALEGRIA É VER
VOCÊ AQUI
O
ATACADO E VAREJ
fotos meramente ilustrativas
O bacalhau é sem dúvida o rei de nossas mesas,
possivelmente uma das melhores heranças que a
culinária portuguesa nos deixou. Nesta edição não
vamos mostrar a cabeça do bacalhau, mas podemos
garantir que ela existe e pertence ao peixe cod gadus
morhua, considerado como o verdadeiro bacalhau.
Você vai conhecer um pouco da história do consumo
deste peixe e saber distinguir os diversos tipos
vendidos como bacalhau por ter sabor e textura
semelhantes ao mesmo.
A comida goiana tem sabor interiorano e não é para
menos. Ela teve origem na culinária paulista e mineira
e se desenvolveu adaptando-se às características
locais. Hoje, ela tem fãs em todo o Brasil, onde,
Presenteie com cestas de Natal
Que bela surpresa seus clientes, amigos e funcionários
terão ao receber uma cesta de Natal. Dispomos de diversos
tamanhos de cestas e uma grande variedade de produtos
nacionais e importados.
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CARDÁPIO
SABORES E SAÚDE
ALIMENTOS & BEBIDAS
Sucos e Lances
Bacalhau
INSTARÉGIA
06
12
TURISMO GOURMET
Cozinha goiânia
15
20
SAÚDE
22
Musicoterapia
16
ALIMENTO D’ALMA
Maneiras de dizer as coisas
armazemcentraldoces
ARTE
24
GENTE
26
Alebrijes
Cora Coralina
LIVROS
Enquanto eles choram eu vendo
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Temos a mais completa linha de Fantasias para crianças e adultos
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Diretor de Arte:
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04
Jornalista Responsável:
Gustavo Xavier - MTB 53.233
Piscina de bolinha Balão Pula Pula
Mesas e Cadeiras Cama Elástica
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Máquinas de Games Tompo Legal outros
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SABORES E SAÚDE
Função dos alimentos
CONSTRUTORES: São os grupos dos Leites e Produtos Lácteos, Carnes e Ovos
e das Leguminosas. Os alimentos construtores são aqueles responsáveis pela
construção e formação do corpo, ou seja, os que promovem o crescimento. Eles
participam da formação do sangue, músculos, ossos, cabelos, pele e órgãos, além
de defender o corpo contra doenças.
Quando você está com fome e tem vontade de comer um lanche,
se vê obrigado a optar pelos mesmos de sempre. São lanches conhecidos desde a sua infância e nunca mudam. Ou melhor, não mudavam.
A Padaria Vitória Régia inova mais uma vez e passa a
oferecer lanches personalizados, montados de acordo com
o seu gosto.
Lanches
Faça de seu lanche uma refeição completa
Lanche é uma excelente opção de refeição rápida, que satisfaz seu desejo
de comer certos ingredientes, mas ao mesmo tempo pode ser saudável e
nutritivo.
Uma refeição saudável e equilibrada deve incluir carboidratos, proteínas,
vegetais, laticínios e frutas. Tente se alimentar de 30% de vegetais, 20%
de carboidratos (como pão, milho etc.), 20% de proteínas (que pode ser
encontrada na carne, peixes etc.) e 10% em laticínios. Ao final procure
comer uma fruta ou salada de frutas.
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REGULADORES: São os grupos das Hortaliças e das Frutas. Os alimentos
reguladores têm como nutrientes, as vitaminas e os minerais. São aqueles
que regulam e controlam as funções do organismo, mantém a pele saudável e
participam da formação dos tecidos. Em sua falta podem ocorrem alterações do
funcionamento intestinal, falta de memória, sangramento das gengivas, perda de
apetite, irritabilidade, enfraquecimento das unhas e cabelos, etc.
ENERGÉTICOS: Os alimentos energéticos são aqueles que fornecem energia para
todos os processos metabólicos (digestão e absorção dos alimentos, sono, etc.)
e para os exercícios (andar, trabalhar e brincar), realizados pelo corpo. Podemos
dizer que é o nosso combustível.
É hora de montar o seu lanche
Veja quantas opções:
7 tipos de pães
11 tipos de queijo
Ciabata, baguete com parmesão,
baguete francês, croissant, baguete
integral, baguete australiana, e pão de
hamburger.
Cheddar, cream cheese, estepe, gouda, mussarela de búfala, queijo prato,
provolone, queijo fresco, requeijão, catupiry e mussarela.
16 recheios principais
20 tipos de vegetais e molhos
Filé mignon em tiras, filé de frango em
tiras marinado, peperone, presunto
magro, peito de peru, salame, presunto parma, rosbife caseiro, hamburger
bovino, copa, lombo apimentado,
mortadela, bacon, pernil (sábados e
domingos), atum e ovos.
Alface americana, rúcula, cebola,
tomate, tomate seco, champignon
temperado, picles, azeitona verde,
batata frita, batata palha, doritos,
milho verde, molho barbecue, maionese
temperada, molho shoyu, ketchup,
molho da casa, vinagrete, molho rosê
e molho tártaro.
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Agora vamos ver as propriedades de cada componente de seu suco
Laranja
- A vitamina C elimina radicais livres e ainda preserva a integridade dos tecidos. Além da C, a laranja
também oferece ácido fólico, cálcio,
potássio, magnésio, fósforo e ferro.
Abacaxi
A ingestão diária de sucos de frutas por si só já se constitui numa maneira
de colaborar na manutenção de sua saúde e bem estar. Se você fizer a
combinação certa, incluindo duas ou mais frutas ou outro ingrediente, o
suco pode trazer um benefício extra com efeito terapêutico.
Um suco de frutas traz os seguintes benefícios
• Melhora o desempenho físico e cardiovascular;
• Diminui a pressão arterial;
• Proporciona um sono com mais qualidade, mais energia e menos estresse;
• Controla a temperatura corporal;
• Transporta as fibras que estimulam o trabalho do intestino;
• Auxilia no funcionamento dos rins e favorece a digestão;
• Favorece uma pele mais bonita e viçosa, pois os líquidos ajudam a eliminar as
toxinas que se acumulam no organismo;
• Melhora o sistema imunológico.
Melhore seu bem estar com a nova linha de sucos Pura Saúde
da Vitória Régia
A nova linha de sucos têm nomes sugestivos e além de saborosos possuem ação
terapêutica.
Conheça os novos sucos:
Doce Sabor - Laranja,
abacaxi, acerola e mel;
Luar do Sertão - Laranja, manga e banana;
Brisa do Mar - Açaí,
Pé de Serra
Curisco - Laranja, mel e
Arretado - Mamão,
Xodó - Graviola,
Bem Me Quer - Água
de coco, limão e hortelã;
água de coco e maracujá;
maracujá;
morango e laranja;
Gota Serena
- Laranja,
acerola, gengibre, mel,
hortelã e limão;
Riacho Doce - Laranja,
mel e gengibre;
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e beterraba;
- Cenoura
laranja e abacaxi;
- A fruta auxilia no bom
funcionamento imunológico, melhora a
função intestinal e facilita a digestão,
graças à ação da bromelina. E os
benefícios não param por aí: o abacaxi
regula a atividade muscular do coração
e é um excelente diurético.
Acerola - Combate à fadiga, esgotamento nervoso e estresse, além de
contar com propriedades anti-infecciosas, que ajudam a estimular as defesas
do organismo. Mas seus componentes
benéficos não param por aí. A acerola
é a fruta que apresenta o maior teor de
vitamina C.
Mel
- Os benefícios do mel envolvem
o fortalecimento do sistema imunológico, auxiliar no processo de digestão
e também atua no funcionamento do
intestino porque tem enzimas que
estimulam os movimentos intestinais.
É um alimento considerado anti-séptico, antioxidante, anti-reumático, bactericida, diurético, digestivo, expectorante e calmante.
Açaí podem ajudar a reduzir os efeitos
do envelhecimento. O açaí também é
uma bomba energética e um tônico
natural!
Água de coco - Não é a toa que
a bebida é considerada um isotônico
natural, é ideal para repor os líquidos
eliminados durante a prática de atividades físicas. Além disso, ela deixa o
sistema imunológico mais ativo, possui propriedades anti-envelhecimento
e ajuda na preservação de bactérias
amigas da saúde.
Maracujá – Além de ser um ótimo
calmante natural, o maracujá é rico em
vitamina A, C e outras do complexo B.
Também apresenta boas quantidades
de sais minerais como cálcio, ferro,
fósforo e sódio. É um poderoso antioxidante que age contra o envelhecimento precoce dos órgãos e melhora o
funcionamento do organismo.
Graviola – Fruta muito saborosa e
aromática, vem sendo utilizada na medicina popular para combater bactérias, parasitas e vírus, além de retardar
o crescimento de tumores, aliviar a
depressão, reduzir a pressão arterial e
febre, estimular a digestão e dilatar os
vasos sanguíneos.
Açaí - O Açaí é uma fruta rica
em proteínas, fibras, lipídios e
uma excelente fonte das vitaminas: vitaminas C, B1 e B2.
O açaí também possui uma boa
quantidade de fósforo, ferro
e cálcio. Os antioxidantes no
Chamego -Melancia,
melão e morango;
Oxente - Abacaxi,
laranja e maracujá.
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Morango - O morango possui vitaminas, como a vitamina C, que é antioxidante e previne gripes, infecções e
fortalece dentes e ossos. A piroxidina,
que está presente na vitamina B6, é
excelente às mulheres.
Beterraba
Gengibre – O gengibre é usado como
desintoxicante do organismo, antiinflamatório, anticoagulante, antioxidante, bactericida, tratamento nas
inflamações da garganta, diarreias,
dores de cabeça, dores estomacais,
asma, bronquite e uma série de outros
problemas de saúde.
Cenoura - A cenoura é laxativa e diurética, regula o funcionamento do
intestino, ajudando a cicatrizar e desinfectando a mucosa intestinal e estomacal e evita a retenção de líquidos,
o que é excelente para evitar desconfortos e aumento de peso.
Hortelã
- Sua composição é rica em
ferro, cálcio e nas vitaminas A e C.
Sem mencionar que esta erva é antioxidante e auxilia na conservação do
colágeno da pele e do cabelo.
Limão - Além da vitamina C, ainda
contém em abundância: vitamina B,
riboflavina, tiamina, cálcio, ferro, fósforo e silício, todos importantes para
o organismo. Ele previne doenças, já
que fortalece o sistema imunológico,
fazendo com que as defesas do organismo funcionem plenamente.
Manga – A manga purifica o sangue,
tem funções diuréticas, melhora a
visão, combate a acidez estomacal, é
antioxidante, previne o envelhecimento precoce da pele, ajuda a controlar o
nível de insulina no sangue e impede
o depósito de colesterol nas paredes
arteriais.
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- Rica em açúcar, proteínas, vitamina A, B1, B2, B5, C, potássio, sódio, fósforo, cálcio, zinco, ferro
e manganês, a beterraba é considerada
um santo remédio no combate à anemia e à hipertensão.
Melancia - A melancia contém vitaminas B1, B2, A e C, além de cálcio
e fósforo, que garantem betacaroteno,
licopeno e glutationa, que são antioxidantes e protegem o organismo contra
o envelhecimento precoce, a oxidação
das células e contra o câncer. Também
é indicada em casos de reumatismos,
como a artrite; elimina o ácido úrico do
corpo, é indicada para auxiliar quem
deseja emagrecer.
Mamão - Benéfica em casos de mau
funcionamento dos intestinos, doenças
renais e vias urinárias, como cistites;
limpa o estômago e o intestino, combate a acidez gástrica, dispepsias e
vermes. O mamão contém diversas
vitaminas e substâncias antioxidantes
que evitam o acúmulo de gorduras
nas paredes dos vasos sanguíneos,
impedindo o aumento do nível de colesterol LDL, ou colesterol ruim, que
causa doenças cardiovasculares, como
ataques cardíacos e derrames.
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15
ALIMENTOS & BEBIDAS
América e África foi aumentando o número
de barcos pesqueiros e de pequenas e médias
indústrias pela costa norueguesa, transformando a Noruega no principal pólo mundial
de pesca e exportação do bacalhau.
Hoje os portugueses importam tanto o
bacalhau já seco e salgado como o bacalhau
“verde” que é curado e salgado nas indústrias
portuguesas.
O bacalhau no Brasil
A imagem de uma posta de bacalhau saindo do forno, ainda fumegando, é uma visão de dar
água na boca. Assado, refogado ou frito, existem centenas de maneiras de prepara-lo. Sozinho,
acompanhado de outros ingredientes ou preparado na forma de torta ou bolinho, o bacalhau
sempre é muito bem vindo como petisco ou refeição principal.
O bacalhau é sem dúvida, um dos peixes
mais apreciados dos brasileiros. Essa é uma
das melhores heranças que os portugueses
nos deixaram. O hábito de comer bacalhau
se deve a dois principais fatores: as grandes
navegações portuguesas e a proibição da
igreja católica, desde a Idade Média, de se
comer carne, não só na quaresma como em
outras datas religiosas durante o ano. O rigor
no calendário de jejuns foi abrandado, mas,
felizmente, o hábito de se comer bacalhau
ficou.
História
Mundialmente apreciado, a história do bacalhau é milenar. Existem registros de existirem
fábricas para processamento do Bacalhau na
Islândia e na Noruega no Século IX. Os Vikings
são considerados os pioneiros na descoberta
do cod gadus morhua (nome científico do verdadeiro bacalhau), espécie que era farta nos
mares que navegavam. Como não tinham sal,
apenas secavam o peixe ao ar livre, até que
perdesse quase a quinta parte de seu peso
e endurecesse como uma tábua de madeira,
para ser consumido aos pedaços nas longas
viagens que faziam pelos oceanos.
Mas deve-se aos bascos, povo que habitava
as duas vertentes dos Pirineus Ocidentais,
do lado da Espanha e da França, o comércio
do bacalhau. Os bascos conheciam o sal e
existem registros de que já no ano 1000,
realizavam o comércio do bacalhau curado,
salgado e seco. Foi na costa da Espanha,
portanto, que o bacalhau começou a ser
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salgado e depois seco nas rochas, ao ar livre,
para que o peixe fosse melhor conservado.
A difusão do hábito de se consumir bacalhau
no mundo se deve aos portugueses, apesar
de não existir este peixe nas costas portuguesas. Eles iam busca-lo nas águas frias do
Atlântico Norte e no Círculo Polar Ártico onde
esse peixe vive. A sobrevivência dos marinheiros durante a época das grandes navegações
portuguesas dependia da existência de
alimentos que não se deteriorassem por
muitos meses. O bacalhau foi o peixe que
melhor se adaptou a isso. Devido ao seu
baixo teor de gordura ele absorvia bem o sal
durante o processo de salga, se conservava
por longo tempo e ao ser dessalgado possuía
um sabor muito agradável. Os portugueses
que moravam longe do litoral, devido a dificuldade de se conseguir peixe fresco, também
passaram a consumir o bacalhau nas datas
em que a igreja católica proibia o consumo
de carne. Com isso, o povo português é o
maior consumidor de bacalhau do mundo e
criador da maioria das receitas existentes. Em
Portugal o bacalhau é chamado carinhosamente de “fiel amigo”.
A industrialização na Noruega
e Portugal
O hábito de comer bacalhau veio para o
Brasil com os portugueses, já na época do
descobrimento. Mas foi com a vinda da corte
portuguesa, no início do século XIX, que este
hábito alimentar começou a se difundir. Data
Os 5 tipos de bacalhau
1. LEGÍTIMO BACALHAU:
O Cod Gadus Morhua é o Legítimo Bacalhau.
É pescado no Atlântico Norte e considerado o
mais nobre tipo de bacalhau. Tem coloração
palha e uniforme quando salgado e seco;
quando cozido, desfaz-se em lascas claras e
tenras, de sabor inconfundível e sublime. É o
bacalhau recomendado em todos os pratos da
cozinha internacional.
dessa época a primeira exportação oficial
de bacalhau da Noruega para o Brasil, que
aconteceu em 1843.
Durante muitos anos o bacalhau foi um
alimento barato, sempre presente nas mesas
das camadas populares. Era comum nas
casas brasileiras o bacalhau servido às sextas-feiras, dias santos e festas familiares.
Após a 2ª Guerra Mundial, com a escassez de
alimentos em toda a Europa, o preço do
bacalhau aumentou, restringindo o consumo
popular. Ao longo dos anos foi mudando o perfil
do consumidor do bacalhau, e o consumo popular do peixe se concentrou, principalmente,
nas principais festas cristãs: a Páscoa e o Natal.
2. BACALHAU MACROCEPHALUS :
O Cod Gadus Macrocephalus, ou Bacalhau do
Pacífico, é muito semelhante em aspecto com
o Cod Gadus Morhua. Seu habitat é o Pacífico
Norte.
É um peixe claro e tem sido vendido em
muitos pontos de venda, devido à
semelhança, como sendo Legítimo Porto.
Não é fácil diferenciar um do outro: uma das
formas é observando bem o rabo e as barbatanas - se tiverem uma espécie de bordado
branco nas extremidades, é Macrocephalus.
Outra forma é pela coloração: o macro é um
peixe bem mais claro (quase branco) que o
Legítimo Porto.
Foi o mercador holandês Yapes Ypess que
fundou a primeira indústria de transformação
na Noruega e é considerado o pioneiro na
industrialização do peixe.
A partir daí, a crescente demanda na Europa,
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3. O SAITHE:
É um tipo mais escuro e de sabor mais forte.
É o tipo mais importado atualmente e é o
campeão de vendas no nordeste brasileiro. É
utilizado para bolinhos, tortas, mexidos, saladas e ensopados de bacalhau.
4. O LING:
É bem claro e mais estreito que os demais.
Tem um bom corte e é muito apreciado no
Brasil. Sua carne é clara, bonita e muito boa
para grelhar.
5. O ZARBO:
É um peixe pequeno e claro, que se adapta
bem ao corte transversal e tem muito boa
rentabilidade.
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Como identificar o legítimo
bacalhau
Identificar o Bacalhau não é tarefa muito fácil,
por isso peça sempre que o estabelecimento
onde você compra informe corretamente o
tipo e a classificação do bacalhau que está
sendo vendido.
Mas você pode fazer algumas observações
que ajudam a identificar se está comprando o
legítimo bacalhau:
1) Observe na hora da compra:
A forma do peixe - o legítimo bacalhau é largo
e permite o corte em lombos.
O rabo do peixe - deve ser quase reto ou ligeiramente curvado para dentro, de cor uniforme
( se tiver uma espécie de “bordado” branco na
extremidade, não é o legítimo ).
A cor “palha” - se o bacalhau é branquinho,
não é o legítimo.
A pele - solta com facilidade; puxe um
pouquinho para verificar.
2) Repare se o peixe está bem escovado:
Sua aparência deve ser limpa, sem manchas
escuras. Manchas ( pretas, marrons ) podem
ser resíduos do peixe como sangue, bílis, etc.
Significando que ele não foi bem trabalhado.
3) Verifique também se ele está bem seco:
Pegue o bacalhau firmemente pela “cabeça” e
solte a cauda. Se ele ficar reto - ou quase reto
- está bem curado, se dobrar “caindo” para
baixo está mal curado e úmido.
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TURISMO GOURMET
Delícias goianas
Delícias goianas
Até o ano de 1744, Goiás não existia, o território pertencia à capitania de São
Paulo, somente a partir dessa data é que surgiu a capitania de Goiás. Os principais
povoados e arraiais surgiram no momento da mineração, no século XVII, constituíamse de núcleos urbanos instáveis e irregulares. Ainda em 1722, Bartolomeu Bueno da
Silva, o Anhanguera, como ficou conhecido conseguiu encontrar e explorar ouro nas
margens do Rio Vermelho. Primeiramente fundou o povoado da Barra e depois o Arraial
de Sant’Anna, com a grande quantidade de ouro que foi extraído das minas. Devido à
sua importância econômica para a Coroa Portuguesa, toda área foi transformada em
capitania e o Arraial, em meados de 1750 foi denominado de Vila Boa de Goiás. Toda
a área do Triângulo Mineiro pertencia à Capitania de Goiás e, em 1816, por interesses
políticos, passou a pertencer a Minas Gerais.
A culinária goiana tem forte influência indígena, mas herdou muita coisa da comida
paulista e mineira. Muitos pratos foram adaptados em função da disponibilidade de
ingredientes locais, surgindo assim a típica comida goiana. Outra característica da
cozinha goiana é o fato de que muitos lares e restaurantes ainda conservam o fogão a
lenha que, sem dúvida, dá um sabor especial à comida.
Pequi, ou você ama ou detesta
Embora seja encontrado em outros Estados,
é apenas em Goiás que existem todas as
espécies, que frutificam de setembro a
fevereiro. Sua história de amor com a
culinária goiana começou há séculos, nas
antigas vilas de Meia Ponte (hoje Pirenópolis),
e Vila Boa (Cidade de Goiás), ainda no início
do século XVIII. Atualmente o fruto é utilizado das mais variadas formas: cozido, no
arroz, no frango, com macarrão, com peixe,
com carnes das mais variadas, e até na forma
de licor.
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Dentre os pratos típicos goianos podemos
destacar a “galinhada” (arroz com galinha)
onde entra o pequi ou a guariroba (espécie
de palmito amargo comestível); o “empadão
goiano”, empada com recheio de frango, carne
de porco, linguiça, guariroba e queijo; o “arrozde-puta-rica” é um prato tradicional de Goiás
que combina todos os ingredientes que estão
sobrando dentro de uma geladeira: palmito,
milho, sobras de carnes, frango, linguiça,
queijo e azeitonas. Feito em uma panela de
ferro sob a chama de um fogão caipira, não
exige nenhum acompanhamento; “matula”
é uma iguaria semelhante à feijoada, porém,
feita com feijão branco ou mulatinho, carnede-sol, linguiça, miúdos de porco e cúrcuma
(açafrão-da-terra), servida com arroz, galinha
caipira e mandioca; o ”peixe na telha”, surubim
ou pintado preparado em recipiente de barro e
assado forno a lenha, “arroz com suã”, suã é a
coluna vertebral do porco já cortada que vem
com um pouco de carne e é preparada com
arroz; “angu”, um tipo de mingau feito com
o polvilho do milho que pode ser temperado
com sal, pimenta e cheiro-verde ou servido
no seu natural, “pamonha goiana”, feita com
a massa do milho verde pode ser temperada
com açúcar, creme de leite e queijo ou com
sal, linguiça, guariroba ou frango; “pirão”,
farinha de mandioca preparada com caldo de
costela de vaca, frango ou peixe.
empadão goianio
A quitanda, denominação que se dá aos
biscoitos caseiros, também é diversificada:
quebrador, mané pelado (bolo de mandioca
assado na folha de bananeira), biscoito-dequeijo (que foi inventado em Goiás), mentira
(biscoito de polvilho frito), a peta, o quase
esquecido brevidade (polvilho batido com
ovos e açúcar), o pastelinho de doce de leite
e o bolinho doce de arroz (esses dois últimos
são quitandas típicas da Cidade de Goiás). É
riquíssima a variedade de doces: marmelada
em caixeta (região de Luziânia), moça-deengenho (melado batido e emoldurado em
forma de escultura), doce-de-leite (sobretudo
com pau de mamão ralado ou sidra ralada),
doce-de-ovo (ambrosia feita diretamente no
melaço), de frutas cristalizadas (riquíssimos
em Pirenópolis), doce de sidra ralada, de
cascas de frutas (laranja, limão), entre tantos
outros. As rapaduras temperadas (com leite,
casca de laranja, sidra ou amendoim).
Quitutes e sobremesas
Ao entrar em uma sorveteria de frutos do
cerrado em Goiás, você corre o risco de se
empanturrar de tanto sorvete. Existe uma
infinidade de frutos que sabiamente os
sorveteiros da região resolveram transformar
em deliciosos sorvetes. Você vai encontrar
sorvete de mangaba, baru, araticum, buriti,
curriola, gabiroba, cagaita e o amado/odiado
pequi.
Peixe na telha
de
Bolo Brevida
17
ALIMENTOS D’ALMA
Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que,
- Lembra-te meu amigo - respondeu o adivinho -
certa feita, um sultão sonhou que havia perdido
que tudo depende da maneira de dizer...
todos os dentes. Logo que despertou, mandou
Um dos grandes desafios da humanidade é
chamar um adivinho para que interpretasse seu
aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação
sonho.
depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça,
- Que desgraça, senhor! Exclamou o adivinho. Cada
a paz ou a guerra. Que a verdade deve ser dita em
dente caído representa a perda de um parente de
qualquer situação, não resta duvida. Mas a forma
vossa majestade.
como ela é comunicada é que tem provocado,
- Mas que insolente - gritou o sultão, enfurecido.
em alguns casos, grandes problemas. A verdade
Como te atreves a dizer-me semelhante coisa?
pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a
Fora daqui! Chamou os guardas e ordenou que
lançarmos
lhe dessem cem açoites. Mandou que trouxessem
provocando dor e revolta. Mas se a envolvemos
outro adivinho e lhe contou sobre o sonho. Este,
em delicada embalagem e a oferecemos com
após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:
ternura, certamente será aceita com facilidade. A
- Excelso senhor! Grande felicidade vos esta reser-
embalagem, nesse caso, é a indulgência, o carinho, a
vada. O sonho significa que haveis de sobreviver a
compreensão e, acima de tudo, a vontade sincera
todos os vossos parentes. A fisionomia do sultão
de ajudar a pessoa a quem nos dirigimos.
iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem
Ademais, será sábio de nossa parte, antes de dizer
moedas de ouro ao segundo adivinho. E quando
aos outros o que julgamos ser uma verdade, dize-
este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse
la a nós mesmos diante do espelho. E, conforme
admirado:
seja a nossa reação, podemos seguir em frente ou
- Não é possível! A interpretação que você fez
deixar de lado o nosso intento. Importante mesmo,
foi a mesma que o seu colega havia feito. Não
é ter sempre em mente que o que fará diferença é
entendo porque ao primeiro ele pagou com cem
a maneira de dizer as coisas...
no
rosto
de
alguém
pode
ferir,
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Quando me chamou, eu vim
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Quando dei por mim, tava aqui
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair
Quando lhe achei, me perdi
Deus lhe Pague
Quando vi você, me apaixonei...
Construção - Chico Buarque
A Primeira Vista – Chico Cesar
São só dois lados da mesma viagem
Mas cuidado não vá se entregar
O trem que chega é o mesmo trem da partida
Nosso caso não pode vazar
A hora do encontro é também despedida
E tão bom se querer
A plataforma dessa estação é a vida desse meu lugar
Sem saber
É a vida desse meu lugar, é a vida
Como vai terminar...
Encontros e Despedidas – Milton Nascimento e Fernando Brant
Lucidez – Jorge Aragão
Poema
Uma noite de lua pálida e gerânios ele viria com boca e mão incríveis tocar flauta no
jardim. Estou no começo do meu desespero e só vejo dois caminhos: ou viro doida ou
santa. Eu que rejeito e exprobo o que não for natural como sangue e veias descubro que
estou chorando todo dia, os cabelos entristecidos, a pele assaltada de indecisão. Quando
ele vier, porque é certo que vem, de que modo vou chegar ao balcão sem juventude? A
lua, os gerânios e ele serão os mesmos - só a mulher entre as coisas envelhece. De que
modo vou abrir a janela, se não for doida? Como a fecharei, se não for santa?
Adélia Prado
açoites e a você com cem moedas de ouro.
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SAÚDE
Em meados dos anos 1700, um embaixador russo
visitou Johann Sebastian Bach. Bach nesta época,
já era considerado um dos grandes compositores
alemães. Por ter em sua corte um exímio cravista de
nome Johann Gottlieb Goldberg, o embaixador pediu
a Bach que escrevesse uma composição para que seu
músico tocasse. O motivo para tal pedido era no mínimo, curioso. Este embaixador de nome complicado
(Hermann Karl vonKeyserling) era doente e por causa
de dores muito fortes que o acometia no período
noturno sofria de forte insônia. Bach teria que compor
uma música que o ajudasse a suportar estes momentos de sofrimento e com isso escreveu as famosas
“Variações Goldberg”. Goldberg então pela noite tocava esta composição para o alívio de Hermann Karl.
Sem saber, Bach e Goldberg já estavam praticando
exercícios de Musicoterapia, ciência, que só iria ser
descoberta 200 anos após este episódio.
De acordo com a Federação Mundial de Musicoterapia, ordem que rege seus princípios Musicoterapia é a
utilização da música e/ou seus e constituintes,
ritmo, melodia e harmonia por um musicoterapeuta qualificado, visando facilitar processos que
promovam comunicação, aprendizado, mobilização,
expressão, organização e outros objetivos terapêuticos
relevantes a fim de atender as necessidades físicas,
emocionais, mentais, sociais e cognitivas. Em grupo
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ou individualmente a musicoterapia busca desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do individuo
para que este alcance uma melhor qualidade de vida,
através da prevenção, reabilitação ou tratamento.
Esta é a atual definição de Musicoterapia e compila
citações de estudiosos que se debruçaram em longas
pesquisas e projetos para poder explicar esta
condição terapêutica que a Música oferece. Condição, que no passado não podia ser cientificamente
comprovada, mas que veio tornar-se uma prática
milenar de vários povos e culturas.
A Música esteve e está presente em todas as
sociedades e o mais interessante é que na maioria
delas sempre apareceu e aparece associada a
práticas médicas, promovendo não só o processo de
cura, mas tratamento e prevenção. Os povos indígenas usaram e ainda usam em seus rituais, músicas
e danças específicas para evocação de espíritos que
auxiliem em tratamentos ou curas de enfermidades.
Os indianos por sua vez também usam o som, a
vibração e a música para estimular os 7 chacras
corpóreos. Músicas mais ritmadas e percussivas
estimulam o chacra responsável pela área da
fertilidade, ou seja, a região das genitálias, oferecendo
assim a quem precisa tratamentos para enfermidades
desta área. Platão, na Grécia antiga, aconselhava o
uso de certas melodias e ritmos dependendo do
objetivo que se queria alcançar. Se o objetivo era
confronto em uma guerra, usava-se uma sequência
de notas e ritmos (música percussivas que estimulassem os movimentos e tônus muscular) diferentemente caso seu objetivo fosse melhorar e estimular a
sua intelectualidade (neste caso, tocavam-se
melodias em ritmos lentos executadas em instrumentos de sopros ou cordas).
Estas e outras histórias constatam que a Música
possui um poder sobre nosso corpo físico, espiritual
e psicológico, na verdade esta aparece como um elo,
um fio de comunicação entre o a terra (o corpo físico)
e os elementos espirituais e cósmicos (o corpo sensível). Este poder foi finalmente descoberto durante
o Século XX. Com o desenvolvimento tecnológico
(exames de imagem) e da neurociência pôde-se
comprovar cientificamente que exercícios musicais
(escuta, execução, interação) promovem o bem-estar
físico, mental, psicológico e espiritual. Isso ocorre,
porque durante um evento musical o cérebro sofre
estímulos em várias áreas ao mesmo tempo. Regiões
responsáveis pela fala, coordenação, memória e
emoção são fortemente estimuladas. Além disso,
por ser uma atividade que promove a liberação de
endorfina, a Música tem o poder de diminuir
sensações dolorosas. A partir dessas e outras
descobertas, surge então a Musicoterapia e as áreas
em que ela pode auxiliar e agir cresce a cada ano.
A Música, potencializando movimentos corporais
e estimulando as áreas do cérebro responsáveis
pela coordenação motora, torna-se elemento fundamental em tratamentos Fisioterápicos. A Música,
estimulando áreas do cérebro ligadas à concentração e
aprendizagem torna-se uma aliada poderosa em
tratamentos psicológicos e pedagógicos. A Música,
proporcionando a produção de endorfina, torna-se
um poderoso remédio (sem efeitos colaterais) em
tratamentos dolorosos (em alguns casos substituindo
analgésicos), como a Quimioterapia, auxiliando assim a área da Oncologia. A Música, agindo no campo
da memória e ajudando o cérebro a criar novas lembranças e restaurar antigas, torna-se elemento ímpar
na Psiquiatria. A Música promovendo a interação
entre pessoas e a formação e identificação de um
determinado grupo contribui de maneira decisiva em
projetos políticos de inserção social.
São infinitos os campos em que a Musicoterapia pode
agir. A cada ano, com novos estudos e descobertas
mais áreas utilizam essa ciência visando objetivos
diversos. É pena ainda, que diante de custos altos
(por ser uma área ligada à saúde) e retorno financeiro
baixo são poucas as instituições que investem na formação de novos profissionais. Também é uma pena
que alguns profissionais, por ignorância ou falta de
informação, recusem o uso da Musicoterapia como
tratamento complementar e integrativo por medo de
que esta possa competir comercialmente com a sua
área.
Na cidade de São Paulo apenas a FMU (Faculdades
Metropolitanas Unidas) oferece formação em Musicoterapia e especialização através de Pós-Graduação
em Musicoterapia hospitalar e organizacional. Esta
instituição, que fica no Brooklin, também oferece
tratamentos gratuitos em Musicoterapia e promove
encontros em grupo para melhor vivência desta área,
que é nova como ciência, mas que é milenar como
prática.
Danilo Borges Ramalho | Musicoterapeuta
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ARTE
Objetos e, principalmente animais ganham
formas fantásticas e cores vibrantes nesta
riquíssima arte mexicana.
A arte Alebrije mexe com nossa imaginação pela sua
criatividade e riqueza de cores. Tudo começou em 1936,
na Cidade do México, com o artesão de cartonaria, Pedro
Lopez Linares que fazia máscaras, piñatas e judas em
papel machê. Um dia ele caiu doente e não teve posses para
consultar um médico. Suas irmãs passaram a trata-lo com
remédios caseiros. Inconsciente na cama, já desenganado,
ele teve um estranho sonho. Pedro viu um burro com asas,
um galo com chifres de um touro, um cão com cabeça de
leão. Todos estes animais estavam gritando uma palavra
alebrijes alebrijes!. Pedro continuou naquele sonho fantástico, e numa estrada de pedras viu um homem caminhando
calmamente e lhe pediu ajuda para sair daquele lugar. O
homem disse-lhe que ele não deveria estar ali ainda, mas
tinha que caminhar mais adiante, a poucos metros havia
uma saída. Pedro correu até chegar diante de uma janela
estreita, por onde ele poderia escapar. Neste momento
acordou e percebeu que estava em seu próprio velório.
Todos os presentes, de olhos arregalados, gritavam ou
oravam, incrédulos diante do que estava acontecendo.
Desse dia em diante, recuperado, Pedro passou a fazer os
animais imaginários, conforme havia visto em seu sonho,
dando-lhes o nome genérico de alebrijes.
Na região de Oaxaca, os Alebrijes são feitos em madeira
entalhada. Inúmeras famílias dos povoados de San Martin
Tilcajete e San Antonio Arrazola vivem da produção de
Alebrijes entalhados em um tipo de madeira chamada copal
e pintados com tinta vinílicas.
Hoje, algumas cidades mexicanas promovem desfiles de
Alebrijes gigantes. O principal, promovido pelo Museu de
Arte Popular do México, é realizado na cidade do México e
conta com artistas de diversas cidades mexicanas.
No Brasil, a Guacamole Store (guacamolestore.com.br) trabalha com peças exclusivas, feitas pelos melhores artistas
mexicanos da atualidade.
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GENTE
“Sou mulher como outra qualquer.
Venho do século passado
e trago comigo todas as idades.
Nasci numa rebaixa de serra
Entre serras e morros.
“Longe de todos os lugares”.
Numa cidade de onde levaram
o ouro e deixaram as pedras.”
(trecho de um poema de Cora Coralina)
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, viveu quase toda sua vida
como uma dona de casa comum. A não ser pelo fato de que nas horas de folga dos afazeres
domésticos e da elaboração de doces que fazia sob encomenda, escrevia poesias e contos. Eram
momentos mágicos em que essa dona de casa colocava para fora toda sua sensibilidade e talento.
Ela nasceu na cidade de Goiás em 1889 onde seu
pai era desembargador nomeado por D. Pedro II.
Desde menina ela já escrevia e chegou a publicar
trabalhos em diversos jornais e revistas de Goiás.
Em 1910, aos 21 anos, conheceu e se apaixonou
pelo advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo
Bredas que exercia o cargo de chefe de polícia
de Goiás. Como ele era separado da esposa, os
dois fugiram para o Estado de São Paulo. Viveram
inicialmente em Avaré e Jaboticabal e em 1924
se mudaram para a capital. Ela teve seis filhos,
dos quais quatro sobreviveram. Com a morte do
marido, passou a vender livros de porta a porta.
Posteriormente, mudou-se para Penápolis, no
interior do estado, onde passou a produzir e
vender linguiça caseira e banha de porco.
Mudou-se em seguida para Andradina, cidade
que atualmente, mantém uma casa da cultura
com seu nome. Aos 67 anos ela retorna a Goiás
e passa a fazer doces para sobreviver. Na Casa
Velha da Ponte, comandou uma pequena legião de
colaboradores na produção de doces de
laranja da terra, banana, figo e mamão, famosos
em toda parte. “Meus doces pode comprar, os
livros pode deixar, pois os doces se estragam
e os livros não”. Só aos 76 anos publica seu
primeiro livro “Poema dos Becos de Goiás”.
Cora Coralina só veio a ser conhecida do grande
público brasileiro em 1980 ao ser elogiada pelo
grande poeta Carlos Drummond de Andrade. Ela
cursou somente as quatro primeiras séries, mas foi
agraciada com o título de Doutor Honoris Causa
da Universidade Federal de Goiá em 1983. Após
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ser descoberta pelo grande público, recebeu
diversos prêmios e passou a ser considerada uma das
maiores poetisas da língua portuguesa do século XX.
Em 1985, aos 95 anos Cora Coralina atingiu o pico da
montanha da escalada da vida e adentrou ao céu.
Eu sou aquela mulher que fez a escalada
da montanha da vida, removendo pedras
e plantando flores
• Estórias da Casa Velha da Ponte (contos)
• Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais
(poesia)
• Meninos Verdes (livro)
• Meninos Verdes (infantil)
• A Moeda de Ouro que o Pato Engoliu (infantil)
• Vintém de Cobre - Meias confissões de
Aninha
• Meu livro de Cordel
• O Tesouro as Casa velha (contos)
• Vila Boa de Goyás
• As Cocadas (infantil)
• Os Falantes
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Fininho
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“Vive dentro de mim a mulher cozinheira, pimenta e cebola. Quitute bem feito. Panela de barro.
Taipa de lenha. Cozinha antiga toda pretinha. Bem
cacheada de picumã. Pedra pontuda. Cumbuca de
coco”.
“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim
a caminhada. Caminhando e semeando, no fim
terás o que colher”.
“O saber a gente aprende com os mestres e os
livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com
os humildes”.
“Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim
decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou
lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida,
que o mais importante é o decidir”.
“Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas
sei que nada do que vivemos tem sentido, se não
tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que
envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar
que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem
curta, nem longa demais, mas que seja intensa,
verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que
transfere o que sabe e aprende o que ensina”
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“Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu, quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...”.
“Morta... serei árvore,
serei tronco, serei fronde
e minhas raízes
enlaçadas às pedras de meu berço
são as cordas que brotam de uma lira.
Enfeitei de folhas verdes
a pedra de meu túmulo
num simbolismo
de vida vegetal.
Não morre aquele
que deixou na terra
a melodia de seu cântico
na música de seus versos”.
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ideianossa
LIVROS
“
De todos os presentes
da natureza,
para a raça humana,
“Enquanto Eles Choram, Eu Vendo Lenços” tenta desvendar como Nizan Guanaes, maior empresário
o que é mais doce
de comunicação do Brasil, chegou até aqui e o que fez para isso, apresentando seus os erros e
seus acertos, sem deixar de lado sua trajetória desde os tempos em que começou a carreira em
para o homem
Salvador nos anos 1970. Foram dois anos de vasta pesquisa, além de cinco conversas com o
próprio Nizan, e entrevistas com mais de 80 pessoas em várias áreas - de propaganda a negócios,
do que as crianças?
de bancos a indústria de entretenimento -, pessoas que convivem e conviveram com Nizan e até
mesmo seus desafetos. No livro, o autor constrói uma narrativa que parece saída diretamente da
Ernest Hemingway
cabeça desse notório personagem. Seu principal desafio foi obter informações sobre os grupos
de comunicação pelo fato de tais dados serem “sempre mais controladas justamente porque o
negócio deles é a imagem, como vender bem essa imagem”. Daí a necessidade de ter escutado
tantas fontes. “Algumas foram ouvidas quatro ou cinco vezes para criar o perfil empresarial de
Nizan e de seu grupo, além dos recortes da história do
Brasil e da propaganda para compor o contexto em que
as coisas aconteceram”, completa. O autor, João Wady
Cury é escritor e jornalista. Trabalhou nos jornais Folha
de S. Paulo e O Globo e em várias revistas, como Veja
São Paulo, Quatro Rodas e Viagem e Turismo. Há duas
décadas cria conteúdo jornalístico e de entretenimento
para diferentes empresas de comunicação, portais e sites.
No dia 12 de outubro, a Copan ABC homenageia
a todas as crianças do mundo.
Elas são o futuro, e nós precisamos deixar
um planeta melhor para elas.
Um planeta saudável onde todos os seus habitantes
possam viver em paz e harmonia.
Serviço
Título: Enquanto eles choram eu vendo lenços
Autor: João Wady Cury
Editora: Agir
Preço médio: 29,90
30
2013
CONTABILIDADE
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”