Estágios da DRC - DAB
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Estágios da DRC - DAB
P quê Por ê abordar b d a Doença D R Renall Crônica C ô i ? PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA • • • • • • • • • • Doença com grande impacto no sistema de saúde Acomete muitas pessoas Vem aumentando nos últimos anos Provavelmente continuará a aumentar Alta taxa de morbidade e mortalidade Al custo Alto Baixa qualidade de vida Distribuição irregular Pode ser prevenida Pode ser retardada DOENÇA RENAL CRÔNICA • • • • • • • • • Conceito Cl ifi ã Classificação g Etiologia Epidemiologia Di ó i Diagnóstico Q Quadro Clínico Prevenção Tratamento Q Quando encaminhar para o nefrologista p g DRC - Conceito • É portador de DRC qualquer adulto com idade acima de 17 anos que, por um período > 3 meses, apresentar filtração glomerular < 60 ml/min/1.73 ml/min/1 73 m2, ou acima de 60 ml/min/1.73m2 mas com alguma evidência de lesão da estrutura renal (alteração no exame de urina ou imagem K/DOQI Clinical Practice Guidelines for Chronic Kidney Disease DRC - Classificação Estágio I: depuração de creatinina ≥ 90 ml/min, alteração no exame de urina (microalbuminúria, proteinúria) e/ou ultrassonografia renal (cisto, cálculo) Estágio II: depuração de creatinina entre 60 – 89 ml/min Estágio III: depuração de creatinina entre 30 – 59 ml/min Estágio IV: depuração de creatinina entre 15 – 29 ml/min Estágio g V: depuração p ç de creatinina < 15 ml/min DRC - Classificação Filtração Glomerular (FG) ESTÁGIOS V IV (mL/mi/1,73 m2) FALÊNCIA RENAL LESÃO RENAL COM FG SEVERAMENTE DIMINUÍDO <15 15-29 15 29 III LESÃO RENAL COM FG MODERADAMENTE DIMINUÍDA 30-59 II LESÃO RENAL COM FG LIGEIRAMENTE DIMINUÍDA 60-89 I AJKD, 39 (2), Suppl 1, 2002 LESÃO RENAL COM FG NORMAL ≥90 DRC - Etiologia Hipertensão Hi t ã arterial t i l Diabetes Mellitus Glomerulopatias ç tumores,, cálculos Obstruções: Rins Policísticos Outros: doenças imunológicas, infecciosas, rejeição crônica do transplante renal, infecção urinária de repetição, uso crônico de anti-inflamatórios www.anaemiaworld.com DRC – Fatores de Risco Risco Elevado Risco Médio Hipertensão Arterial Adultos com mais de 60 anos Diabetes Mellitus Rejeição Crônica do Enxerto Renal História Familiar de DRC Doença Autoimune Doença Glomerular Infecção Urinária de Repetição Doença Cardiovascular Infecções Sistêmicas Litíase Urinária Uropatias Obstrutivas, neoplasias Drogas nefrotóxicas: anti-inflamatórios, antibióticos Causa de DRC – Hipertensão arterial Número de portadores de Hipertensão Arterial, Estimativa por faixa etária, Brasil, Vigitel 2008 33.085.238 indivíduos Causa de DRC – Diabetes Mellitus Número de portadores de Diabetes Mellitus, Estimativa por faixa etária, Brasil, Vigitel 2008 5.089.525 que conhecem o diagnóstico Fatores de risco - Tabagismo Fatores de risco – excesso de peso Fatores de risco – obesidade POPULAÇÃO BRASILEIRA: 191.481.045 habitantes acima de 18 anos: 132.363.860 adultos acima de 18 anos: 132.363.860 adultos 25 MILHÕES 32 MILHÕES HAS DM 29 29 MILHÕES 7 MILHÕES 17 MILHÕES Fonte: IBGE 2009 IDOSO TABAGISMO OBESIDADE DRC – Epidemiologia Prevalência de DRC por estágios NHANES (USA) NHANES (USA) Censo da SBN (Brasil) C d SBN (B il) I 5 7% 5,7% ? II 5,4% ? III 5,4% ? IV, V 0,4% ? % população adulta Ann Intern Med, 2007 JBN,30: 2008 Portadores de DRC no Brasil – Dados estimados Estágios IV + V III II I 520.000 7.020.000 7.020.000 7.410.000 DRC – Epidemiologia Prevalência de DRC por estágios NHANES (USA) NHANES (USA) Censo da SBN (Brasil) C d SBN (B il) I 5 7% 5,7% ? II 5,4% ? III 5,4% ? IV, V 0,4% ? Diálise: 87.000 % população adulta Ann Intern Med, 2007 JBN,30: 2008 JBN, 2009:31 Prevalência de pacientes em diálise com g Jan idade > 65 anos no Brasil, por região, 2007, Censo SBN Fonte: Ministério da Saúde Secretaria de Assistência à Saúde Departamento de Controle e Avaliação de Sistemas 2006 Atualização: 2 bilhões de reais A DIMINUIÇÃO DA Filtração Glomerular SE ASSOCIA COM AUMENTO DA TAXA DE INTERNAÇÃO 160 144 61 144,61 Ta axa de ho ospitaliza ação (por cem m pessoas s) 140 120 100 86,75 80 60 45,26 40 20 0 13,54 ≥60 17,24 45-59 30-44 15-29 FGE (mL/min/1,73 m2) <15 Modified from: Go AS et al. N Engl J Med 2004;351:1296-1305 A DIMINUIÇÃO DA FG SE ASSOCIA COM AUMENTO DA MORTALIDADE E COM OS EVENTOS Cardiovasculares 40 35 Óbito por qualquer causa 30 E Eventos t cardiovasculares di l 36,60 25 21,80 20 15 14,14 11,29 10 5 0 0,76 2,11 ≥60 3,64 11,36 4,76 1,08 45-59 30-44 15-29 <15 Filtração ç glomeurular g (mL/min/1,73 ( , m2) Modified from: Go AS et al. N Engl J Med 2004;351:1296-1305 DOENÇA Ç RENAL CRÔNICA • • • • • • • • Problema de saúde pública P bl d úd úbli Alta prevalência (milhões de brasileiros) Alto risco cardiovascular Alta taxa de mortalidade Alta taxa de mortalidade Hipertensão e diabetes são as principais causas A DRC pode ser prevenida g g p O diagnóstico dos estágios de DRC é simples O tratamento da doença de base IMPEDE ou RETARDA a evolução da DRC RETARDA a evolução da DRC DRC - Brasil B il • QUEM IRÁ PREVENIR A DRC? • QUEM IRÁ DIAGNOSTICAR DRC? População brasileira: IBGEIBGE-2009:188.499.530 habitantes IBGE-Municípios por número de habitantes-2007 Total Até 5.000 hab. 5 001 a 20 000 hab 5.001 20 001 a 100 000 hab. 100 001 a 500 000 hab. Mais de 500 000 hab hab. 5 564 1.371 2 582 2.582 1.344 231 36 Distribuídos em 315 municípios INSERÇÃO da DRC na ATENÇÃO BÁSICA Filtração ç glomerular g 120 89 60 59 30 29 15 Identificação dos grupos de risco. Rastrear a DRC. Iniciar a Prevenção Primária ATUA AÇÃO D DO PSF 90 ATUA AÇÃO N NEFRO OLÓGIC CA Estágio 14 TRS –terapia renal substitutiva Implementar as medidas para retardar a progressão Dx e Rx comorbidades Avaliar e tratar as complicações Preparar para TSR TSR 1 2 3 4 5 Fisiologia Renal A 4 Funções As F õ P Principais i i i do d Rim Ri Eliminação Eli i ã de d produtos d t do metabolismo Controle do balanço hidroeletrolítico Produção odução hormonal o o a Regulação R l ã da d pressão ã arterial Ativação da vitamina D Intestino absorção de cálcio 1α hidroxilase Vitamina D Ativada Formação óssea Osso Produção de Glóbulos Vermelhos (Hormônio ERITROPOETINA ) Glóbulo Vermelho ERITROPOETINA AVALIAÇÃO INICIAL DA FUNÇÃO RENAL 1- CREATININA SÉRICA (mg/dL) 2- EXAME DE URINA Função renal - creatinina O uso isolado da creatinina sérica é limitado na avaliação da filtração glomerular, pois é afetado por idade, sexo, raça, superfície corporal, dieta, drogas e diferentes métodos laboratoriais No idoso, a diminuição da massa e atividade muscular faz com que possa ter uma creatinina sérica “aparentemente normal” , mas com graus variados de função renal A filtração glomerular pode ser determinada a partir da creatinina sérica através do cálculo da depuração da creatinina empregando-se coleta de urina de 24 horas A filtração glomerular pode ser estimada utilizando-se a fórmula de Cockroft-Gault ou do estudo MDRD (Modification of Diet in Renal Disease) ou tabelas de cálculo imediato Nos casos de filtração glomerular abaixo de 60 ml/min a utilização das fórmulas é mais segura Equações para a avaliação clínica da filtração glomerular Depuração de creatinina: creatinina urinária x volume urinário (24 hs) creatinina sérica Fórmula de Cockroft Cockroft-Gault: Gault: Depuração de creatinina (ml/min)= (140 –idade) x peso (x 0,85 se mulher) 72 x creatinina sérica Fórmula MDRD (simplificada): 1 154 x idade-0,203 0 203 Depuração de creatinina (ml/min/1.73 ( / / m2)= ) 186 x creatinina-1,154 X 0,742 (se mulher) x 1,212 (se afro-americano) Tabela de cálculo imediato de filtração glomerular: Construída a partir da fórmula de cálculo da filtração glomerular desenvolvida para o estudo MDRD (Tabela 1 e 2) Caso clínico 1 • Mulher Mulher, 20 anos, assintomática, peso 60 kg, 20 anos assintomática peso 60 kg pressão arterial, glicemia e urina tipo 1 normais, creatinina 0,7 mg/dL. Qual é o valor i i i 0 /d Q l é l p ç estimado da Depuração de creatinina? (X) 121 ml/min (CG) ( ) 100 l/ i ( ) 100 ml/min ( ) 95 ml/min ( ) 95 ml/min ( ) 90 ml/min Caso clínico 2 • Mulher Mulher, 75 anos, assintomática, peso 62 kg, 75 anos assintomática peso 62 kg pressão arterial, glicemia e urina tipo 1 normais, creatinina 0,8 md/dL. Qual é o valor i i i 0 8 d/d Q l é l p ç estimado da Depuração de creatinina? ( ) 100 ml/min ( ) 90 l/ i ( ) 90 ml/min ( ) 70 ml/min ( ) 70 ml/min (X) 60 ml/min (CG) Sexo feminino Creatinina (mg/dL) Idad de (anos)) Fiiltração iltração glo omerular (m mL/min/1,7 73 m2) Estágios da DRC: 1 2 3 Rita M.R. Bastos e Marcus G. Bastos (JBN, 2005) 4 5 Caso clínico 3 • Mulher Mulher, 45 anos, anos em exame preventivo de câncer ginecológico observado creatinina de 1,6 6 mg/dL. /d Qual Q l é o valor l estimado i d da d p ç de creatinina? Podemos afirmar Depuração que é portadora de DRC ‐ 37 ml/min/1.73 m2 (MDRD‐tabela) ‐ Não: repetir o exame no período de até 3 Não: repetir o exame no período de até 3 meses para caracterizar a cronicidade Função renal – exame de urina O exame de urina fornece importantes informações na avaliação das doenças renais (cor densidade (cor, densidade, pH, pH glicose, glicose nitrito, nitrito cristais, cristais leucócitos, leucócitos hemácias, hemácias proteína O exame de urina de rotina é capaz de detectar somente proteína; se positivo significa proteína acima de 300 mg (anormal); se negativo proteína abaixo de 300 mg Entretanto, a albumina é o principal constituinte da proteína urinária; o valor normal é g Para ser detectada entre 30 – 300mg g é necessário a realização ç do abaixo de 30 mg. exame de dosagem de MICROALBUMINÚRIA MICROALBUMINÚRIA: presença anormal de albumina entre 30 – 300 mg MICROALBUMINÚRIA é fator de risco para o desenvolvimento de doença renal progressiva em hipertensos e diabéticos A quantificação de microalbuminúria ou proteinúria pode ser realizada em urina de 24 hs ou em amostra isolada de urina mas neste caso, o valor precisa estar corrigido pela creatinina ti i urinária i ái O exame de urina deve ser realizado em todo indivíduo de risco para DRC COLETA DE URINA Urina de 24 hors -Microalbuminúria: Microalbuminúria: 30 – 300 mg -Proteinúria: > 300 mg Amostra isolada de urina corrigir pela creatinina urinária -Microalbuminúria: 30 – 300 mg/grama de creatinina -Proteinúria: > 300 mg/grama de creatinina Avaliação para pesquisa de proteinúria Grupo de risco para DRC Exame de urina de rotina Pesquisa de proteína Negativo Exame de microalbuminúria Normal Anormal < 30 mg 30 – 300 mg Positivo Exame de proteinúria Quantificação > 300 mg Função renal – exame de urina PESQUISA DE ALBUMINA URINÁRIA VALOR NORMAL VALORES ANORMAIS Microalbuminúria 30 mg 30 – 300 mg Proteinúria > 300 mg Caso clínico 4 • Mulher Mulher, 55 anos, diabética tipo 2, pressão 55 anos diabética tipo 2 pressão arterial, glicemia e urina tipo 1 normais. Qual a conduta? d ? ( ) retorno anual ( ) repetir exame de urina ( ) microalbuminúria amostra isolada ( X) microalbuminúria de 24 horas ( X) microalbuminúria de 24 horas Obs: amostra isolada corrigida pela creatU g p Caso clínico 5 • Mulher Mulher, 55 anos, diabética tipo 2, pressão 55 anos diabética tipo 2 pressão arterial, glicemia e urina tipo 1 normais. (( ) retorno anual ) retorno anual ( ) repetir exame de urina ( ) repetir exame de urina ( X) creatinina sérica ( X) microalbuminúria de 24 horas Ob Obs: estimar a depuração de creatinina ti d ã d ti i Caso clínico 6 • Mulher Mulher, 55 anos, diabética tipo 2, pressão 55 anos diabética tipo 2 pressão arterial, glicemia e urina tipo 1 com proteína + (( ) retorno anual ) t l ( ) repetir exame de urina ( ) repetir exame de urina ( ) proteinúria amostra isolada ( X) proteinúria de 24 horas Obs: amostra isolada corrigida pela creatU Realização MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA COORDENAÇÃO NACIONAL DE HIPERTENSÃO E DIABETES Apoio
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